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Curso de Medicina Legal Prof. Mario Gimenez

Medicina Legal Aula2

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Curso de Medicina Legal

Prof. Mario Gimenez

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• Concurso Publico – DelPol-SP/ 06

• Medicina Legal: Conceito. Aplicação no Direito.• Peritos e perícias.

• Documentos Médico-Legais.• Identificação policial e antropológica.

• Traumatologia.• Tanatologia.• Asfixiologia.

• Sexologia Forense.• Drogas Psicoativas.

• Psicopatologia Forense

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Tanatologia Médico-legal

É a parte da Medicina Legal que estuda a morte e as suas repercussões na esfera jurídico-social.

França, G.V.

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• Morte circulatória

A definição mais simples e tradicional de morte é aquela que refere como a cessação totale permanente das funções vitais.

França,G.V.

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• Morte Encefálica

Ocorre quando se instala a parada total e irreversível da funções encefálicas, comprometendoa vida de relação e a vida vegetativa.(Resolução CFM n º. 1.480/97 e Lei dos transplantes n º. 9434 art. 3 º. 04/02/1997)

França,G.V.

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• Morte Aparente

É um estado passageiro, no qual todas as funções vitais parecem abolidas. Imobilidade, aparente cessação da respiração e circulação.

França,G.V.

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• Morte Real

Imobilidade, cessação permanente da respiração circulação e atividade cerebral.

França,G.V.

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• Morte Súbita

Ocorre de maneira abrupta e inesperada,com a parada brusca dos fenômenos vitais. Ex.: IAM, AVCI, Trauma.

França,G.V.

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• Morte Agônica

Se arrasta por dias ou semanas após a instalação da doença básica. Ex.: IAM, AVCI, Trauma.

França,G.V.

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• Morte Natural

É aquela oriunda de um estado mórbido adquirido ou de uma perturbação congênita. (SVO)

França,G.V.

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• Morte Violenta

Tem origem por ação externa e raramente interna,onde se incluem as causas jurídicas da morte. (IML)

França,G.V.

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Causas Jurídicas da Morte

Um dos principais objetivos do estudo daTanatologia Médico-Legal é estabelecer a causajurídica da morte. homicídio, suicídio ou acidentes.

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• Exame Tanatológico

Perinecroscopia (Ex. do local, Hist. do fato)

Necropsia completa

Exames Complementares

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Diagnóstico da realidade de morte

Para se constatar a certeza da morte,é necessário a observação cuidadosa dos Fenômenos Cadavéricos.

São aqueles que comprovam a falta de vida.

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Fenômenos cadavéricos

• Abióticos

Demonstram os sinais vitais negativos. Se dividem em Imediatos e Consecutivos.

• Transformativos

Denotam a transformação do corpo após a morte. Divide-se em Destrutivos e Conservativos

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Fenômenos cadavéricos

• Imediatos

Aparecem imediatamente após instalado o processo de morte. Imobilidade , perda da consciência, perda da sensibilidade, abolição da motilidade e tono muscular, cessação permanente da respiração , circulação e atividade encefalica.

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Fenômenos cadavéricos

• Consecutivos

Se instalam com o passar do tempo de morte. Desidratação cadavérica, decréscimo do peso, pergaminhamento da pele, dessecamento das mucosas do labio, modificações do globo ocular, esfriamento do corpo, manchas de hipóstases, rigidez cadavérica, espasmo cadavérico.

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Fenômenos Cadavéricos Transformativos

• Destrutivos

Se caracterizam pelo processo destrutivo do corpo.

Autólise, Putrefação (cromática,enfizematosa e resolução)

e Maceração.

• Conservativos

Se instalam conservando as estruturas do corpo.

Saponificação e Mumificação.

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Fenômenos Cadavéricos Transformativos Destrutivos

• Autólise

Acidificação celular.

• Maceração

Morte fetal, intra uterina (início ao 9 º . mês) ou

afogamento.

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Fenômenos Cadavéricos Transformativos Destrutivos

•Putrefação

Se caracterizam pelo processo de desorganização dos tecidos, promovido por ação bacteriana, etc.

Três fases:

Cromática : mancha verde, circulação post mortem Bruardel.

Enfizematosa : Liberação de gases por todo corpo.

Resolução : Esqueletização.

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Fenômenos Cadavéricos Transformativos Conservativos

Se caracterizam pelo processo de preservação

dos tecidos.

Saponificação: instalação da adipocera.

Mumificação:

Natural : ambientes quente e seco ou ventilado.

Química : Egípcios

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Cronotanatognose

• Esfriamento do cadáver

• Livôres de hipóstases

• Rigidez cadavérica

• Gases de putrefação

• Perda de peso

• Mancha verde abdominal

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Cronotanatognose

•Cristais de sangue putrefeitos

• Crescimento dos pelos da barba

• Conteúdo estomacal

• Conteúdo vesical

• Fundo de olho

• Fauna cadavérica

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Estimativa de tempo de morte

•menos de 2 horas

Corpo flácido, quente e sem livores,

rigidez de nuca e mandibula.

• de 2 a 4 horas

Rigidez de nuca, mandibula e dos membros

superiores, alterações oculares, esboço de

livores.

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Estimativa de tempo de morte

•de 4 a 6 horas

Rigidez generalizada, mancha de hipostáses,sem mancha verde abdominal.

• mais de 8 e menos de 16 horas

Rigidez generalizada, esboço da mancha verde abdominal.

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Estimativa de tempo de morte

•mais de 16 e menos de 24 horas

Mancha verde abdominal, inicio de flacidez.

• mais de 24 e menos de 48 horas

Presença de mancha verde abdominal,

alterações oculares.

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Estimativa de tempo de morte

•mais de 48 e menos de 96 horas

Extensão da mancha verde abdominal e fundo

de olho só reconhecível na periferia.

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Estimativa de tempo de morte

•de 2 a 3 anos

Desaparecimento das partes moles do corpo

e presença de insetos.

• mais de 3 anos

Esqueletização completa.

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Perícia Médico-Legal

Laudo de exame de corpo de delito

Exame necroscópico

• necropsia

• exumação

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02 - A manifestação de um fenômeno transformativo destrutivo pode se verificar pela:a) coagulação sangüínea;b) mancha hipóstase;*c) circulação póstuma de Brouardel;d) Lei de Nysten.

2001

Page 31: Medicina Legal Aula2

05 - São fenômenos abióticos consecutivos:a) a insensibilidade, a imobilidade e a rigidez cadavéricas;b) a imobilidade, a rigidez e o espasmo cadavéricos;c) a parada circulatória, a hipóstase e o resfriamento cadavérico;*d) o resfriamento, a dessecação e a rigidez cadavéricos.

2003

Page 32: Medicina Legal Aula2

02 - É considerado fenômeno abiótico imediato:a) a mancha verde abdominal;b) a formação de manchas de hipóstase;*c) a insensibilidade;d) o resfriamento cadavérico;e) a opacificação da córnea.

2006

Page 33: Medicina Legal Aula2

03 - Nas exumações é importante reconhecer-se a fase de putrefação do cadáver. Para tanto, é importante saber que a seqüência das fases de putrefação do cadáver é a seguinte:a) gasosa, cromática, coliquativa e de esqueletizaçã o;*b) cromática, gasosa, coliquativa e de esquelitizaç ão;c) gasosa, coliquativa, cromática e de esqueletizaç ão;d) cromática, gasosa, coliquativa, adipocérica e de esqueletização;e) gasosa, cormática, coliquativa, adipocérica e de esqueletização.

2006

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Prof. Mario Gimenez

[email protected]

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Asfixiologia

Energias de Ordem Físico-Química

São aquelas que impedem a passagem do aràs vias respiratórias e alteram a bioquímica do sangue, produzindo um fenômeno chamado asfixia; que alteram a função respiratória,inibindoa hematose, podendo, em consequência, levar oindivíduo até a morte.

França.G.V

Page 36: Medicina Legal Aula2

Asfixia, palavra de origem grega, com significado: a = ausência, falta e

sfizos = o palpitar.

Asfixia, síndrome caracterizada pelos efeitos da ausência do oxigênio no ar respirável porimpedimento mecânico de causa fortuita,violenta e externa em circunstâncias as maisvariadas. Ou a perturbação oriunda da privação,completa ou incompleta, rápida ou lenta,externa ou interna de oxigênio.

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• Classificação das Asfixias

Asfixias PurasA) Asfixia em ambientes por gases irrespiráveis

a) confinamento

B) Obstáculo a penetração do ar nas vias respiratórias

a) sufocação direta b) sufocação indireta

C) Transformação do meio gasoso em meio liquido

a) afogamento

D) Transformação do meio gasoso em meio sólidoa) soterramento

França.G.V.

Page 38: Medicina Legal Aula2

Confinamento

É a asfixia mecânica-pura, caracterizada pela permanência do indivíduo num ambiente restrito ou fechado, sem condições de renovação do ar respirável.

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Sufocação

É o impedimento da passagem de ar respirável por meio direto ou indireto de obstrução.

Direta: obstrução da boca e fossas nasais, oclusão das vias respiratórias por corpo estranho.

Indireta: compressão em grau suficiente, do torax e abdome impede os movimentos respiratórios.

Page 40: Medicina Legal Aula2

Afogamento

DefineDefine--se afogamento, a morte produzida pela se afogamento, a morte produzida pela

obstruobstruçção total ou parcial da ão total ou parcial da áárvore respiratrvore respiratóória, ria,

por um lpor um lííquido, um meio viscoso ou quido, um meio viscoso ou semisemi--

fluido. fluido.

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Soterramento

É a asfixia pela obstrução das vias respiratórias por terra ou substância pulverulentas.(homicida, suicida, acidente) Ex.: desmoronamento ou o desabamento.

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• Classificação das Asfixias

Asfixias ComplexasConstrição das vias respiratórias com anoxemia

e excesso de gás carbônico, interrupção da circulaçãocerebral e inibição por compressão dos elementosnervosos do pescoço:a) Enforcamento

b) Estrangulamento

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Enforcamento

É o impedimento da passagem de ar respirável pela constrição do pescoço por um laço fixo, acionado pelo peso da própria vítima, como força ativa. Suicídio, é o mais comum, Homicídio, acidente e execução judicial

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Tipos de Enforcamento

• CompletoCaracteriza-se pela suspensão completa do corpo.

• IncompletoOcorre suspensão parcial do corpo, que fica

apoiado em alguma superfície.

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Enforcamento

Lesão externa: Sulco geralmente único, obliquo, ascendente. O laço é interrompido a nível do nó. Nó na região occipital é o mais comum (típico). Suicídioé a forma mais comum.

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Estrangulamento

É o impedimento da passagem de ar respirável, que ocorre pela constrição do pescoço através de um laço acionado por uma força estranha, de forma ativa. Homicídio, é o mais comum, acidente e suicídio são raríssimos.

Page 47: Medicina Legal Aula2

Estrangulamento

Lesão externa: freqüentemente duplo ou múltiplo, horizontal , contínuo e uniforme em todo o pescoço, por baixo da cartilagem tireóidea.Ausência de nó.

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• Classificação das Asfixias

Asfixias MistaEm que se confundem e se superpõem, em graus variados, os fenômenos circulatórios, respiratórios e nervososA) Esganadura (estrangulamento com as mãos)

Page 49: Medicina Legal Aula2

Esganadura

Também conhecido como estrangulamento pelas mãos, é o impedimento da passagem de ar respirável pela constrição do pescoço pelas mãos. Sempre Homicídio, impossível acidente e suicídio

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• Sinais externos e internos de asfixias

Congestão de face, CianoseCogumelo de espumaEquimoses de pele e mucosaFenômenos cadavéricos alteradosProjeção da línguaExoftalmia

Fluidez e cor do sangueCongestão polivisceral

Equimoses viscerais (Petéquias de Tardieu e Paltauf)

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• Laudo necroscópico

necropsia completaexames complementares

toxicológicodosagem alcoolica

vitalidade dos tecidos

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01 - Ao examinarmos o cadáver de uma jovem verificam os: face edemaciada e cianótica, língua escura projetad a além das

arcadas dentárias, pequenas equimoses na face e pes coço, sulco horizontalizado, uniforme, contínuo,

por baixo da cartilagem tireóide. Podemos determinar a morte por:

*a) estrangulamento;b) enforcamento;c) esganadura;

d) sufocação direta.

Concurso 2001

Page 53: Medicina Legal Aula2

02 - A cianose, presente nas asfixias mecânicas, resulta :*a) do aumento da concentração sangüínea de gás carbônico

combinado com a hemoglobina;b) da ausência de oxigênio na circulação sangüínea;

c) da drástica diminuição da circulação sangüínea na cabeça;d) da congestão facial.

Concurso 2003

Page 54: Medicina Legal Aula2

09 - O sulco cervical típico, encontrado no cadáver de vítima de enforcamento por suspensão completa é, ha bitualmente,

a) horizontal, interrompido e de profundidade desigual;*b) oblíquo, interrompido e de profundidade desigual;c) horizontal, contínuo e de profundidade uniforme;d) oblíquo, contínuo e de profundidade uniforme.

Concurso 2003

Page 55: Medicina Legal Aula2

04 - Considerando-se os sucos cervicais típicos de e nforcamento e de estrangulamento, pode-se afirmar que aqueles s ão,

respectivamente:a) horizontal contínuo e oblíquo interrompido;b) oblíquo contínuo e horizontal interrompido;c) horizontal interrompido e oblíquo contínuo;*d) oblíquo interrompido e horizontal contínuo;

e) oblíquo interrompido e horizontal interrompido.

Concurso 2006