Medida de Grandezas Nao-Electricas

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     A INSTRUMENTA A INSTRUMENTAÇÇ ÃO NA ÃO NAINDINDÚÚSTRIA DESTRIA DE

    PROCESSOSPROCESSOS

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    •• 5.5. Medida de GrandezasMedida de Grandezas NãoNão--ElElééctricasctricas por viapor viaelelééctricactrica

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    TRANSDUTORES, SENSORES E ACTUADORES

    Transdutor:Dispositivo que faz corresponder, segundo uma lei determinada, umagrandeza de saída a uma grandeza de entrada.

    Ex.: termopar, transformador de corrente, extensómetro, eléctrodo de pH.

    Sensor:

    Elemento de um instrumento de medição ou de uma cadeia de mediçãoque é directamente afectado pela mensuranda.

    Ex.: tubo de Bourdon de um manómetro, flutuador de um aparelho de mediçãode nível, rotor de um contador de turbina, termopar de um termómetrotermoeléctrico.

    Actuador:Converte grandezas físicas, geralmente eléctricas, noutros tipos degrandezas para controlo dos processos. É um transdutor de saída.

    Exemplos:

    Trinco eléctrico, Electroválvula, Motor eléctrico …

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    INTERLIGAÇÃO DE TRANSMISSORES

     A corrente de saída dos transmissores, variável entre 4 e 20 mA,deve manter-se constante para uma resistência de carga quevarie, no mínimo, entre 0 e 600 Ω.

    VR

    Receptor (série ou paralelo)

    Transmissor 

    Tipo 2

    Alimentação

    +

    -(a)

    -

    +VR

    Receptor (série ou paralelo)

    Transmissor 

    Tipo 3

    Alimentação

    +

    -(b)

    +

    -

    VR

    Receptor (série ou paralelo)Transmissor 

    Tipo 4

    Alimentação

    -(c)

    +

    -+ *

    * omitido em caso de alimentação em c.a.

    Esquemas de interligação dosdiferentes tipos de transmissores:(a) tipo 2, (b) tipo 3 e (c) tipo 4.

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    CLASSE DOS TRANSMISSORES

    Os transmissores de tipo e classe 2U, 3U e 4U têm carácter 

    universal e especificações conformes aos seus homólogos dasclasses L e H, sendo capazes de funcionar com qualquer tensão que varie entre 23 e 32,7 V, variando os limites daresistência de carga proporcionalmente entre 300 e 800 Ω,respectivamente.

     A classe de um transmissor define a sua capacidade de fornecimento de

    corrente em função da sua resistência de carga e da tensão dealimentação. Na Tabela 1 indica-se o limite superior da resistência decarga para as diferentes classes de transmissores (L, H ou U).

    2323--32,732,732,732,72323Tensão de alimentação (V)

    300300--800800800800300300Resistência (Ω)

    Classe UClasse HClasse L

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    SENSORES

    Sensores resistivos – variação da resistência com a grandeza

    física: extensómetros, termístores, RTD’s, LDR’s, …

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    TRANSDUTORES, SENSORES

    εr- constante dieléctrica relativa

    ε- varia com a intensidade e o tipo de radiação (λ )

    µr- permeabilidade magnética relativa do meio

    Capacidade como função da variação da distância e da área das armaduras:

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    TERMO-RESISTÊNCIA

    TERMO-RESISTÊNCIA Fio normalmente de platina enrolado

    sobre núcleo isolante

    A resistividade dos metais aumenta com

    a temperatura

    )2 3

    t 0R = R 1 + α t + β t + τ t + . . .

    A mais vulgar na industria é a Pt 100 DIN Termo-resistênciacom 100 Ω a 0ºC

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    TERMOPAR

    Efeito Thompson e Efeito de Peltier  ⇔

    Efeito de Seebeck

    T1T2

    ∆E

    T2

    T1-Junção quente T2-Junção fria

     ∆E e b/a(T1-T2)

    b

    a

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    TERMOPAR

    Os diferentes tipos de termopar têm sensibilidades e

    gamas de medida diferentes

    O termopar tipo J tem uma maior sensibilidade mas uma gama de

    medida mais reduzida que o termopar tipo K

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    Transdutor Resistivo (Potenciómetro) Converte a grandeza a medir numa relação de tensões.

     A relação de tensões depende da posição do cursor (contacto móvel)

    É fundamentalmente um transdutor de posição.

    Rn – resistência total L

    Rl – resistência parcial l (pos. cursor)

    Identicamente para o potenciómetro angular:

    nl  R L

    l R   ⋅=   io   V 

     L

    lV    ⋅=X i

    i

     M 

    o  V V    ⋅=α 

    α 

    Constituição: Resistência fixa Rn e cursor ou contacto móvel.

    Cursor

    VoL

    l

    Deslocamento

    α 

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    Transdutor Resistivo (Potenciómetro)

    Tipos:

    Deslocamento rectilíneoDeslocamento angular – circular e helicoidal

    ou multi-volta

    Construção e materiais:Bobinadas – Ligas de Ni e Cr resolução saltos (espiras) – Baixo

    coeficiente de temperatura.

    Resistências de carvão – Resolve o problema da resolução, mas

    tem baixa precisão e baixa estabilidade.Filme metálico depositado – resolução melhor que 0,001 mm.

     Aplicação:Tipicamente transdutor de posição ex: grau de

    abertura de uma válvula.

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    TRANSDUTORES, SENSORES

    conversão mecânico-eléctrica (efeito piezoeléctrico directo)

    conversão eléctrico-mecânico (efeito piezoeléctrico inverso)

    resistência semicondutora variável com a temperatura

     Alguns princípios de funcionamento

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    Transdutores Piezoeléctricos

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    TRANSDUTORES

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    i(F,t) U (t)0R q Cq

    ( )dtdFk 

    dtdQtF,i   ==

    Na Figura representa-se o esquema eléctrico equivalente de umtransdutor piezoeléctrico na medida de força (F), onde Rq corresponde

    à resistência interna e Cq à capacidade interna do cristal.

     A fonte de corrente produz uma corrente proporcional à taxa devariação temporal da grandeza a medir (F), dada por:

    onde k representa a sensibilidade do transdutor e dQ/dt a taxa devariação temporal da carga associada à corrente i(F,t).

    Esquema Eléctrico Equivalente

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    Circuitos de MedidaO efeito de carga causado pela resistência de entrada de um

    amplificador genérico provoca o decréscimo exponencial da tensão U0(t)sendo o amplificador de carga, representado na Figura, o circuito demedida mais utilizado para transdutores piezoeléctricos.

    i(F,t) R T CT U (t)0 V R V

    +

    -

    R f 

    Cf 

     A tensão de saída tende a ser constante quando Rf tende para infinito(integrador ideal). Nestas condições, os transdutores piezoeléctricospodem ser utilizados para medir grandezas de variação lenta no tempo

    (0.001 Hz)

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    Transdutores Piezoeléctricos

    • Um sensor de quartzo consegue medir pressões da ordem dos 20000 N/m2 com

    uma resolução de 0.02 N/m

    2

    Esta desvantagem é minimizada com a utilização de amplificadores de carga. Com um

    amplificador de alta impedância de entrada, eléctrodos e superfícies limpas, é possível

    obter uma constante de tempo de alguns minutos para um sensor de quartzo.

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    Condicionadores de Sinal

    Ponte de Wheatstone

    R1, R2, R3, R4 – Conforme figura

    Ponte em equilíbrio quando VBD=0

    Então:

    D

    2411  i Ri R   =

    2312  i Ri R   =

    Dividindo estas duas equações, resulta nas

    condições de equilíbrio:donde

    d.d.p. AB = d.d.t.AD

    d.d.t. BC = d.d.t.DC

    4

    3

    2

    1  R R

     R R   = e se R2=R3 R1=R44231   R R R R   =

     A Ponte de Wheatstone usa-se para determinar o valor de resistências

    ou converter as variações de resistência em tensões de saída.

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    Condicionadores de Sinal

    Sensibilidade da ponte de Wheatstone

    D

    ( )( )

      ( )

    S

    mR Ci.dR m mn p

    R V m

    ⎡ ⎤+∆δ = = + + +⎢ ⎥

    ⎢ ⎥⎣ ⎦

    2

    1

    1 11

    11 1

    Esquema 1

    Esquema 2

    ( ) ( )  ( )

    S

    mnR  Ci.dR mn m p

    R V mn

    ⎡ ⎤+∆δ = = + + +⎢ ⎥

    ⎢ ⎥⎣ ⎦

    2

    12 1

    1

    11 1

    DR mR R nR R mnR R pR  = = = =2 1 3 1 4 1 1

    Ci- constante de corrente do detector (galvanómetro)

    Verifica-se que para ter a maior sensibilidade o galvanómetrodeve unir sempre o nó das duas resistências maiores com onó das duas resistências mais pequenas.

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    Medida de Resistências (R

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    Condicionadores de Sinal

    Ponte de Wheatstone

    Ponte em desequilíbrio quando VBD ≠ 0

    Então:

    D

    ( )( )   S 4321

    4231

    O  V 

     R R R R

     R R R RV ++

    −=

    Num dos braços coloca-se aresistência desconhecida.

    Para pequenas variações  ∆R, da resistênciadesconhecida ( ∆R

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    Condensador Para enviar os valores das variáveis à distância, é

    necessário traduzir as deformações ou acções das

    variáveis em sinais usualmente eléctricos.

     d 

     AC 

    =

    Condensador Plano

    C – Capacidade do condensador F (Farad)

    d – Distância entre armaduras (espessura do dieléctrico) (m)

    d

    a

    b

    ε - Constante dieléctrica do isolante

    ε0- Constante dieléctrica do vazio (8,85 . 10  –12 F.m-1)

     A - Área das armaduras (axb) m2

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    CONDENSADOR

    Condensador cilíndrico

    r 1 - Diâmetro da armadura interna

    r 2 - Diâmetro da armadura externa L – Comprimento do condensador 

    l – Comprimento útil em termos capacitivos

    Condicionador de Sinal, para condensadores.

    (Ponte de SAUTY)

    Em equilíbrio:

    2

    31

    C C C 

    .=

    1

    2

    o

    l2

    log

    .π εε =

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    CONDENSADOR

    Condensador cilíndrico

    0 g∆CV =A U4C

     A – Ganho do amplificador 

      ∆C – Variação de capacidade

    C – Capacidade nominal

    Ug – Tensão de alimentação (valor eficaz)

    V0 – Valor eficaz da tensão de saída

    Considerando: C1=C2=C3=C e∆C

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    Transdutor capacitivoVariação da Capacidade

    Os transdutores capacitivos baseiam-se na variação da

    capacidade eléctrica de um sistema de condutores. Num condensador plano existem 3 variáveis que afectam o

    valor da capacidade C=C(d,A,ε).

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    Transdutor capacitivo

    Variação da permitividade eléctrica

    180 Água

    14.5Quartzo7506.4Mica

    133.6Metanol

    13.4Gelo

    Radiofrquência7.8-8.5Calcite

    16.4Calcite

    12.3Benzeno

    11.0 Ar 

    120.9 Acetona

    Frequency (MHz)εr Material

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    P

     

    TIPOS DE TRANSMISSORES DE

    PRESSÃO

    P

     

    Pressão absolutaP1 - Pressão a medir 

    P2 – Câmara de vácuo

    = P 

    - P 

    P

     

    Pressão diferencialP1 – Alta pressãoP2 – Baixa pressão

    P

     

    CélulaCapacitiva

    Pressão relativaP1 - Pressão a medir 

    P2 – Pressão atmosférica

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    TIPOS DE TRANSMISSORES DE

    PRESSÃO

    O princípio de funcionamento é baseado na variação da espessura do

    dieléctrico nos dois elementos capacitivos que constituem o transdutor 

    xdεA

    C

    xdεA

    C

    2

    1

    −=

    +=

    dd

    x0

    Circuito de medida - Ponte de Wheatstone em c.a.:

    ARcurv. >>

    C1

    C2 N1

     N1:N2

    u

     N2 N1

    u2

     N2

     N1

    u

    2

    C1

    C2

    B

    uAB uAB

    A AB

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    TIPOS DE TRANSMISSORES DE

    PRESSÃO

    O valor eficaz da tensão uAB é dada por:

    UN

    N

    U

    2

    1

    d

    1

    kAB2

    1 c

    = ∆ p

    No caso de o transdutor não ser do tipo diferencial, para alémdo erro associado às grandezas de influência, ter-se-ia:

    Relação linear entre o valormedido e a mensuranda

    Kc- constante de proporcionalidade característica do

    líquido de enchimento do dieléctrico

    UN

    N

    U

    2

    1

    2d- p / K

    1

    kAB2

    1 c c

    =∆

      ∆ pRelação não linear entre ovalor medido e a mensurandae menor sensibilidade (1/2)

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    TRANSMISSOR DE PRESSÃO

    CAPACITIVO

    Ligações aoProcesso

    CélulaCapacitiva

    Condicionadorde Sinal

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    Transdutor capacitivo  A variação da permitividade dieléctrica pode ser utilizada na medida

    de níveis

     A medida da impedância capacitiva varia inversamente com o nível dolíquido no depósito

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    Transdutor capacitivo No caso de um líquido condutor (σ >> ωC) o próprio líquido funciona

    como segundo eléctrodo sendo o eléctrodo central revestido por

    “teflon”.

    (a)

    d

    C

    dd

    l

    1

    1

    3

    2

    1

    Líquidocondutor 

    ε

    L

     AB

     A medida de impedância depende

    do valor da condutividade e dapermitividade dieléctrica do líquidoque se encontra no interior doreservatório.

    No caso de líquidos condutores acaracterística isolante, do pontode vista eléctrico, da película de

    “teflon” evita a existência de umaimpedância muito reduzida entreos terminais A e B.

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    Transdutor capacitivo No caso geral a impedância entre os pontos A e B é dada por:

    (a)

    d

    C

    d

    d

    l

    1

    1

    3

    2

    1

    Líquidocondutor 

    ε

    L

     AB

    ( )

    ( )

    ( )

    oT

    o

    Air 

    o L

    L L L

    LAB

    T L A L

    LC

    dln

    d

    L lC

    dlnd

    L lC R ( ) k l

    dln

    d

    R ( )Z ( )

     j C j R ( ) C C

    πε ε=

    ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠πε −

    =

    ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

    πε ε −= σ = ⋅

    ⎛ ⎞⎜ ⎟⎝ ⎠

    σω = +ω + ω σ +

    1

    2

    1

    3

    2

    3

    2

    2

    2

    2

    11

    O ajuste do transmissor requer uma calibração específica para cadatipo de líquido (εL,σL)

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    Deformação de Sólidos

    Uma força F aplicada a um corpo provoca-lhe uma deformação.

    Chama-se esforço unitário ou tensão (força aplicada por unidade de superfície)σ = F/A

     A deformação por unidade de comprimento vale:

    ε =  ∆L/L

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    Deformação de Sólidos

    Num ensaio de tracção de um metal temos a seguinte curva σ = f (ε)

    O valor σP é o limite de proporcionalidade do material, ou seja, a máxima tensão paraa qual o material segue a lei de Hooke (a deformação é proporcional à tensão).

     A relação entre a tensão e a deformação é o módulo de elasticidade E do material.

     Assim, até ao limite de proporcionalidade:   σ = E.εonde E é o módulo de elasticidade (Young’s modulus) .

    σ

    σ

    ε

    ε

    Deformaçãoplástica

    Deformação

    elástica

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    Deformação de Sólidos

    Uma barra metálica (ou fio eléctrico) ao ser traccionada: O seu comprimento aumenta – Deformação longitudinal ε

    L

    =  ∆L/L

     A secção transversal diminui – Deformação transversal εt =  ∆D/D

    Definindo-se o Coeficiente de Poisson por: tL

    D

    DL

    L

    ∆ε

    ϑ = − = −∆   ε

    Resultando num aumento da Resistência EléctricaS 

     L R   ρ =

      0.3 para a maioria dosmateriais

    Para além das variaçõesgeométricas a resistividadetambém aumenta pois existe

    uma redução na mobilidadedos portadores de cargaquando a tensão aumenta

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    EXTENSÓMETRO - TRANSDUTOR DE DEFORMAÇÃO

    O primeiro extensómetro (1938) era constituido por um único fio.

     Actualmente são constituidos por uma rede de condutores eléctricos (Ø  ≈ 0,0025mm)

    (ligas de niquel, crómio, cobre etc). Ou de material semicondutor (silicio) depositado.

    Os extensómetros são colados, com uma resina epoxy, à superficie cuja deformaçãose pretende medir.

    Quando a carga (força) é aplicada à superficie, esta aumenta de comprimento, como

    consequência o extensómetro aumenta a sua resistência eléctrica.

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    40

    EXTENSÓMETRO - TRANSDUTOR DE DEFORMAÇÃO

    A variação da resistência do extensómetro depende da variação da

    resistividade, da variação do comprimento e da variação da secção,visto que:

     L R   ρ =

    Considerando no desenvolvimento em série de Taylor apenas asprimeiras derivadas tem-se:

    ( )

    L LR L S

    S S SS L

    como , vem:S L

    R L

    R L

    ρ ρ∆ ≅ ∆ρ + ∆ − ∆

    ∆ ∆= − ϑ

    ∆ ∆ρ ∆≅ + + ϑ

    ρ

    2

    2

    1 2

    A variação de resistência depende do tipo

    de material e da deformação longitudinal etransversal a que ele fica sujeito

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    41

    EXTENSÓMETRO - TRANSDUTOR DE DEFORMAÇÃO

    Sensibilidade de alguns materiais utilizados na construção deextensómetros metálicos:

    4.092 Pt, 8 WPlatina/Tungsténio

    2.180 Ni, 20 Cr Nicrómio

    2.074 Ni, 20 Cr, 3 Al, 3 FeKarma3.636 Ni, 8 Cr, 0.5 Mo, 55.5 FeIsoelástico

    2.145 Ni, 55 CuConstantan

    2.070 Fe, 20 Cr, 10 Al Armour D

    SensibilidadeComposiçãoMaterial

    Direcção de máxima sensibilidade

    Direcção de mínima sensibilidade

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    EXTENSÓMETRO - TRANSDUTOR DE DEFORMAÇÃO

    R 1 R 2

    R 4 R 3

    B

    C V 0 A

     V s

    D

    ig

    i

    i1

    i1

    i2

    i2

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    EXTENSÓMETRO - TRANSDUTOR DE DEFORMAÇÃO

    CÉLULAS DE CARGA (exemplos)

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    EXTENSÓMETRO - TRANSDUTOR DE DEFORMAÇÃO

    CÉLULAS DE CARGA (exemplos)

    A deformação nos veios causada pela aplicação de binários (T)também pode ser medida por extensómetros. Devem serutilizados 4 extensómetros, localizados perpendiculares 2 a 2 ediametralmente opostos.

    A interligação dos extensómetros, que se encontram emrotação, com o sistema de condicionamento de sinal exteriorpode ser implementada por anéis colectores com escovas ou

    por transmissão de radiofrequência sem fios (“wireless”).

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    TRANSDUTORES

    Os extensómetrostambém podem serutilizados na medida

    de deformações detanques ou comodetectores de níveis

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    Circuitos de medida com extensómetros

    o Circuito de medida com ponte de Wheatstone alimentada a tensãoconstante e com amplificador de instrumentação na saída.

    Considerando o AMPOP e o amplificador de instrumentação ideais, atensão de saída V0 é dada por:

    +VCC

    G

    R A

    -VCC

    V0

    VZ

    R+ R ∆

    R+ R ∆R- R ∆

    R- R ∆

    V G VR 

    R Z0 = .  ∆

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    Circuitos de medida com extensómetros

    R1 R2

    R4R3

    G

    +

    -

    R A

    +VCC

    -VCC

    V0

    VZ R 

    S

    VG V

    Z

    S0

    41

    4

    =+

    ∆∆

    R1=R3=R4=R

    R2=R+∆R

    o Circuito de medida com ponte de Wheatstone alimentada a correnteconstante e com amplificador de instrumentação na saída.

    Considerando o AMPOP e o amplificador de instrumentação ideais, atensão de saída V0 é dada por:

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    49

    TRANSDUTORES

    LVDT – Transformador Diferencial

     

           P     r     e

         s     s      ã     o

    O afastamento do núcleo relativamente à sua posição central aumenta a indutância

    mútua entre o enrolamento primário e um dos enrolamentos secundários e diminui

    essa indutância mútua relativamente ao outro enrolamento secundário.

    Posição angular

    Posição linear

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    TRANSDUTORES

    LVDC – Transdutor Capacitivo

    O afastamento do núcleo relativamente à sua posição central aumenta a capacidademútua entre a armadura móvel e uma das armaduras fixas e diminui a capacidade

    mútua relativamente à outra armadura fixa, em função do sentido do deslocamento

    2 eléctrodos 3 eléctrodos - diferencial

    Posição linear

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    TRANSDUTORES

    ⇒ Isolamento da entrada/saída - o isolamento galvânico inerente aosenrolamentos do transformador não requer a utilização de amplificadores deisolamento;

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    TRANSDUTORES

    Anelde

    Prova Célula de deformação em anel com medida

    por LVDT

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    TRANSDUTORES Transdutor Indutivo

    Considerem-se as seguintes situações:

    a) Bobina L ligada a 50V DC

    b) Bobina L ligada a 50V AC (50Hz)

    c) Bobina L com Núcleo de Ferro ligada a 50V AC (50Hz)

    Qual dos Amperimetros A marca mais corrente?

           B     o       b       i     n     a

            L

    a)

     A

    50V AC

    c)b)

    Resposta: Ia) > Ib) > Ic) Porquê?

     R

    50

     R

     I a   ==) ( )212

    1

    b

     L R

    50

     Z 

    U  I 

    ω +==) ( )2

    2

    22

    c

     L R

    50

     Z 

    U  I 

    ω +==)

    ω=2.π.f 

    L2>>>L1

    µ2>>µ1

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    Transdutores – Deslocamento Sinal eléctrico

    1000 000“Supermalloy

    200 000“Ferro (0.05)*100 000“78 Permalloy

    5 000“Ferro (0.2)*

    600“Níquel

    250FerromagnéticaCobalto

    1.00002“ Alumínio1.0000004Paramagnética Ar 

    1Não magnéticaVácuo

    0.999991“ Àgua

    0.999991“Cobre

    0.99998“Prata

    0.99983DiamagnéticoBismuto

    µrTipoSubstância

    *- Grau de impurezas

     A variação dapermeabilidademagnética pode serutiliza emtransdutores dediferentes grandezas.

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    Transdutores – Indução mútua

    O coeficiente de acoplamento magnético (LM) pode ser positivo ou

    negativo consoante os fluxos magnéticos gerados pelas 2 bobinas sejamconcordantes ou discordantes, respectivamente.

    v Ldi

    dt

    + Ldi

    dt

    v Ldi

    dt+ L

    di

    dt

    1 111

    122

    2 211

    222

    =

    =

    ⎨⎪⎪

    ⎩⎪⎪

    Fluxos aditivos Fluxos subtractivos(LM >0) (LM

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    Transdutores – Deslocamento Sinal eléctrico (1)

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    Transdutores – Deslocamento Sinal eléctrico (2)

    Os transdutores indutivos são muitas vezes utilizados para medir avelocidade angular de rotação de uma máquina taquímetro

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    Transdutores – Deslocamento Sinal eléctrico (3)

    Os transdutores indutivos são muitas vezes utilizados para medir deslocamentos, em valor absoluto ou relativo

    1 enrolamento 2 enrolamentos - diferencial

    Posição linear

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    Transdutor de Ultra-sons

    SOM é um sinal acústico que resulta da vibração de corposelásticos.

    O som propaga-se através do ar, dos sólidos e dos líquidos.

    O ultra-som é um fenómeno ondulatório elástico de frequência superior aolimite dos sons audíveis (maior do que 20 000 hertz)

    Toda a radiação (som, luz, radioactividade, etc.) ao incidir sobre um objecto:

    Parte da radiação reflecte-se

    Parte é transmitida

    Parte é absorvida

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    60

    Transdutor de Ultra-sons

     A velocidade de propagação do som depende essencialmente

    do material e da temperatura.

    1322Chumbo1143 Álcool metílico (25ºC)3240Ouro1450Mercúrio (25ºC)

    3560Cobre1493 Água (25ºC)

    4700Latão1533 Água do mar (25ºC)

    5100 Alumínio331 Ar (0ºC)

    5130Ferro343 Ar (20ºC)5640Vidro pirex972Hélio (0ºC)

    12000Diamante1286Hidrogénio (0ºC)

    V (m/s)MaterialV (m/s)Material

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    SENSOR DE NÍVEL ULTRA-SÓNICO

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    62

    Transdutor de Ultra-sons

    Transdutor “ideal”:

    • Alta fidelidade – “forma de onda” independente da distorção;

    • Efeito de carga nulo;

    • Linearidade da função de transferência;

    • Insensibilidade à influência de grandezas externas;• Dimensões bem adaptadas ao local de instalação;

    • Boa exactidão de medida.

  • 8/19/2019 Medida de Grandezas Nao-Electricas

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    EFEITO DE HALL

    H

    H

    H H

    H H H

    E v B

    J v ( - densidade de carga eléctrica)

    E J B

    R (R - coeficiente de Hall)

    iV d E R B sen( ) ( - ângulo entre v e B)

    L

    = ×

    = ρ ρ

    = ⋅ ×ρ

    = ⋅ = ⋅ ⋅ ⋅ θ θ

    1

    1

    ur r ur

    r r

    ur ur ur

    r ur

    Obtêm-se maiores sensibilidadescom materiais semicondutores poistêm uma constante RH mais elevada

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    Transdutor Optoelectrónicos

    A intensidade do efeito fotoeléctrico, em regime permanente, é proporcional aonúmero de cargas libertadas por unidade de tempo (corrente eléctrica).

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    Transdutor Optoelectrónicos