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 AS LEIS AMBIENTAIS E AS NASCENTES DA ÁREA URBANA DE JATAÍ-GO Zilda de Fátima Mariano 1 ; José Antonio Borges 2 ; Viviane Morais 2 ; Oziel Marcos 2 ; Jesiel Souza Silva 2 ; Romel Carvalho 2 . 1 - Professora do Curso de Geografia-Campus Jataí-UFG 2 - Alunos do curso de geografia- Campus Jataí-UFG RESUMO O presente trabalho teve como objetivo analisar os impactos ambientais, principalmente nas nascentes e margens dos córregos da área urbana de Jataí, baseado na Lei Orgânica e no Código Municipal do Meio Ambiente. Foram visitados quatro (4) pontos dentro da cidade, com georeferenciamento, fotografias e anotações de campo, onde foi observada a proporção da ação antrópica realizada nesses locais. Em muitos destes ou nas ruas, é visível a falta de planejamento ou fiscalização, o que leva a provocar conseqüente mudança no espaço que vai se configurando na paisagem urbana de Jataí. Estas alterações, que sem um controle eficaz, leva a um desequilíbrio do meio e mudança na paisagem urbana. Neste processo de modificação, figura a ameaça ao meio natural, principalmente no leito dos principais córregos que cortam a malha urbana da cidade, levando assim a uma degradação ambiental. Várias das mudanças causadas pelo homem precisam estar embasadas e asseguradas por leis, para que assim não causem maiores danos ou até que minimizem no máximo estes danos a o ambiente. Objetiva-se analisar o uso e habitação das áreas de nascentes de água existentes no município de Jataí, para avaliação do método utilizado para ocupação desses espaços e se são conhecidas e aplicadas às leis ambientais por parte dos moradores e do poder municipal. Para tanto foi realizada pesquisa de campo seguida de comparação do que foi observado com o Código Municipal do Meio Ambiente, Lei Orgânica do Município e a Legislação Ambiental do Estado de Goiás e outras leis que regem as questões ambientais. Palavras-chave: impactos ambientais, degradação, leis ambientais. INTRODUÇÃO O ambiente é considerado todo espaço onde há o desenvolvimento de vida vegetal e animal. Sendo dinâmico o processo de ocupação desse espaço, assim como as suas transformações (CUNHA E GUERRA, 1998). Segundo Cunha & Guerra, (1998, p. 225), “o ambiente é alterado pelas atividades humanas e o grau de alteração de um espaço, para outro, é avaliado pelos seus diferentes modos de produção e ou diferentes estágios de desenvolvimento da tecnologia”. O grande, acelerado e desordenado crescimento urbano, traz modificações significantes à paisagem e ao espaço urbano. Sendo cabíveis de um planejamento adequado, para que minimizem os impactos ambientais, para que o meio não sofra PDF created with pdfFactory Pro trial version www.pdffactory.com

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AS LEIS AMBIENTAIS E AS NASCENTES DA ÁREA URBANA DE JATAÍ -GO

Zilda de Fátima Mariano1; José Antonio Borges2; Viviane Morais2; Oziel Marcos2;Jesiel Souza Silva2; Romel Carvalho2.

1- Professora do Curso de Geografia-Campus Jataí-UFG2- Alunos do curso de geografia- Campus Jataí-UFG

RESUMO 

O presente trabalho teve como objetivo analisar os impactos ambientais,principalmente nas nascentes e margens dos córregos da área urbana de Jataí,baseado na Lei Orgânica e no Código Municipal do Meio Ambiente. Foram visitadosquatro (4) pontos dentro da cidade, com georeferenciamento, fotografias eanotações de campo, onde foi observada a proporção da ação antrópica realizada

nesses locais. Em muitos destes ou nas ruas, é visível a falta de planejamento oufiscalização, o que leva a provocar conseqüente mudança no espaço que vai seconfigurando na paisagem urbana de Jataí. Estas alterações, que sem um controleeficaz, leva a um desequilíbrio do meio e mudança na paisagem urbana. Nesteprocesso de modificação, figura a ameaça ao meio natural, principalmente no leitodos principais córregos que cortam a malha urbana da cidade, levando assim a umadegradação ambiental. Várias das mudanças causadas pelo homem precisam estarembasadas e asseguradas por leis, para que assim não causem maiores danos ouaté que minimizem no máximo estes danos ao ambiente. Objetiva-se analisar ouso e habitação das áreas de nascentes de água existentes no município de Jataí,para avaliação do método utilizado para ocupação desses espaços e se sãoconhecidas e aplicadas às leis ambientais por parte dos moradores e do poder

municipal. Para tanto foi realizada pesquisa de campo seguida de comparação doque foi observado com o Código Municipal do Meio Ambiente, Lei Orgânica doMunicípio e a Legislação Ambiental do Estado de Goiás e outras leis que regem asquestões ambientais.

Palavras-chave: impactos ambientais, degradação, leis ambientais.

INTRODUÇÃO

O ambiente é considerado todo espaço onde há o desenvolvimento de vida

vegetal e animal. Sendo dinâmico o processo de ocupação desse espaço, assim

como as suas transformações (CUNHA E GUERRA, 1998).

Segundo Cunha & Guerra, (1998, p. 225), “o ambiente é alterado pelas

atividades humanas e o grau de alteração de um espaço, para outro, é avaliado

pelos seus diferentes modos de produção e ou diferentes estágios de

desenvolvimento da tecnologia”.

O grande, acelerado e desordenado crescimento urbano, traz modificações

significantes à paisagem e ao espaço urbano. Sendo cabíveis de um planejamento

adequado, para que minimizem os impactos ambientais, para que o meio não sofra

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maiores agressões. Estas alterações causadas pelo homem podem ser observadas

tanto nas áreas periféricas, quanto nas áreas centrais.

Com a poluição, falta de áreas verdes, concentração humana, degradação e

impactos ambientais, as cidades cada vez mais se tornam um ambiente inadequadopara o homem habitar, ou seja, inadequado para a ocupação urbana. Mas é essa

mesma ocupação, que causa as maiores destruições do meio, pois uma vez o meio,

ocupado por uma concentração urbana, se torna um ambiente passível de ocorrer

grandes alterações ao meio. De acordo com Cunha & Guerra (1998, p. 220), “caso

a degradação não ocorresse, as sociedades não precisariam utilizar novos

recursos”.

Deste modo, cada vez mais há uma necessidade de nortear e controlar o uso

e ocupação do solo, assim como as suas transformações, que além de tudo cabe aadministração municipal buscar, meios e técnicas de controle, principalmente

através das leis, buscando cumpri-las. Pois estas leis em muitos casos, não saem

do papel para se transformar em um instrumento de controle e normativo

principalmente visando à preservação ambiental e sendo de caráter punitivo para

os infratores.

Porém alguns processos ambientais podem ocorrer com ou sem a ação

humana, como a lixiviação, erosão, movimentos de massa e cheias, estes

processos também podem causar degradação ambiental, pois as próprias condições

naturais podem, junto com o manejo inadequado, acelerar a degradação (CUNHA & 

GUERRA, 1998). Porém os levantamentos dos impactos ambientais presentes nas

nascentes, leitos e margens dos córregos da área urbana de Jataí foram provocados

exclusivamente pela ação antrópica, portanto são passiveis de penalidades tanto,

pela lei orgânica do município, n. 1.400/90, como pelo Código Municipal do Meio

Ambiente, n. 2.047/98.

Porém ao mesmo tempo em que o poder público controla este uso para que

o mesmo venha a ser ocupado de forma adequada, há uma falta de planejamento

ambiental por parte da administração pública, que é caracterizado principalmente

pela falta de aplicação de recursos e gastos com mão-de-obra.

Dessa forma, as transformações constadas no meio urbano nos levam ao

questionamento dos arranjos espaciais para a cidade. Portanto é papel do geógrafo

compreender que tais transformações trazem conseqüências positivas e negativas

tanto para a sociedade como para a natureza. Neste conceito fica evidenciado que à

complexidade dos processos de impactos ambientais urbanos se apresentam dentro

de uma dualidade, onde de um lado é preciso problematizar a realidade, do outro é

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necessário que se faça uma interpretação mais coerente dos processos físicos,

químicos, biológicos e sociais da degradação do meio ambiente urbano.

Cunha e Guerra, (2001, p.115), afirma que “nas áreas urbanas, o

descalçamento e o corte das encostas, para a construção de casas, prédios e ruassão uma das principais causas da degradação”.

Em vários dos pontos visitados eram reais as presenças dos processos

erosivos ocorridos, o que segundo Cunha & Guerra (2001, p. 244), “para que seja

possível a recuperação de áreas degradadas, é preciso fazer um diagnóstico da

degradação”.

Os locais visitados passaram por inúmeras transformações na paisagem

devido ao processo urbanístico desordenado, no primeiro momento com os

desbravadores Francisco Joaquim Vilela (1785-1865) e seu filho José Manoel Vilela(1815-1894), que chegou ao Sudoeste Goiano em setembro de 1836, procedente

do Espírito Santo dos Coqueiros (atual Coqueiros), município de Lavras do Funil,

situado no Triângulo Mineiro-MG (AMURRIO, 1994). No ano seguinte o casal José

Carvalho Bastos e Ana Cândida Gouveia de Moraes chegou à Jataí, vindos do

município atual de Franca-SP.

O encontro entre essas famílias pioneiras surgiu o primeiro núcleo de

povoação, o qual denominou depois como o distrito de Paraíso, e mais tarde o

município de Jataí. O município conta com uma população de 75.408 habitantes

(IBGE, 2000), com estimativa de 86.000 em 2006.

Este trabalho tem por objetivo analisar o impacto ambiental na área urbana

de Jataí, dando ênfase às margens e as nascentes dos córregos baseado na Lei

Orgânica e Código Municipal do Meio Ambiente fazendo uma analise da realidade e

das ações causadoras da degradação do meio urbano.

CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS

Historicamente, a relação dos homens com seu espaço físico assumiram

diferentes formas e significados. Isso, devido às movimentações humanas

relacionadas com as modificações do ambiente, que obrigavam as populações a

buscar novas formas de planejamento ambiental e social, bem como novas

alternativas de sobrevivência. É a partir dessas premissas que o homem vem

ocupando espaços e construindo-os, segundo as necessidades de cada época.

Mas é a partir do século XVIII, com a Revolução Industrial que surgem de

fato as primeiras grandes transformações dos espaços físicos urbanos em

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detrimento direto da interferência humana. Fato este constatado por Almeida

(1999, p.34) quando diz que:

  “O espaço tem sido ao longo do tempo, destinado a cumprirfunções que variam segundo as necessidades das organizações

sociais em cada época. Dentro desta perspectiva, a cidade é aresultante inacabada e em transformação de intervenção reguladaspor diferentes sistemas de valores sociais e econômicos”.

Com o crescimento das áreas urbanas, muitas vezes sem planejamento

adequado, vários problemas são acarretados, tanto para a população como para o

meio ambiente, dentre eles, estão o desrespeito às leis de proteção ambiental

frente os descasos com as nascentes e cursos d’água da área urbana de Jataí.

Os levantamentos dos impactos ambientais presentes nas nascentes, leitos e

margens dos córregos da área urbana de Jataí foram provocados exclusivamente

pela ação antrópica que são passiveis de penalidade tanto, pela lei orgânica do

município, n. 1.400/90, como pelo Código Municipal do Meio Ambiente, n.

2.047/98.

Dessa forma as transformações constadas no meio ambiente urbano, nos

levam ao um questionamento dos arranjos espaciais para a cidade. Portanto é

papel do geógrafo compreender que tais transformações trazem conseqüências

positivas e negativas tanto para a sociedade como para a natureza. Neste conceito

fica evidenciado que à complexidade dos processos de impactos ambientais urbanos

se apresentam dentro de uma dualidade, onde de um lado é preciso problematizar

a realidade, do outro é necessário que se faça uma interpretação mais coerente dos

processos físicos, químicos e biológicos e sociais da degradação do meio ambiente

urbano.

Mas o que vem a ser o termo meio ambiente? De acordo com o Código

Municipal do Meio Ambiente (1998, p. 3), meio ambiente é “a interação de

elementos naturais e criados, sócio-econômicos e culturais, que permite, abriga e

rege a vida em todas as suas formas”. O autor, Santos (1999, p. 20) descreve o

meio ambiente como sendo:O conjunto de condições, leis, influências, alterações e interaçõesde ordem física, química e biológica, que permitem, abrigam eregem a vida em todas as suas formas e, com base na ConstituiçãoFederal de 1988, passou-se a entender também que o meioambiente divide-se em físico ou natural, cultural, artificial e dotrabalho.

Todavia, deve-se lembrar que há diversas definições de meio ambiente, no

entanto este trabalho é baseado no Código Municipal do Meio Ambiente e na Lei

Orgânica Municipal que vigoram no município de Jataí, contudo, embasando em

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conceitos de outros autores a critério de melhor esclarecimento de alguns desses

conceitos.

O processo de urbanização e suas conseqüentes transformações

estruturais estão associados a conceitos de modernidade, mas que por vezesprovocam danos ao meio ambiente, afetando a qualidade de vida do meio ambiente

como um todo.

As Leis Preservação Ambientais têm como propósito gerar um equilíbrio

entre as ações antrópicas e o meio ambiente, garantindo por sua vez, a proteção

contra as transformações antrópicas negativas no meio ambiente, o seu

descumprimento é passível de penalidades expressos por lei. Mas, com divido ao

cumprimento as leis ambientais, o homem e o meio ambiente poderão conviver

mais harmoniosamente em equilíbrio, contudo, se faz necessário o bom censo, umaeducação ambiental e o cumprimento das leis ambientais por todas as parcelas de

uma sociedade.

Os levantamentos dos impactos ambientais presentes nas nascentes, leitos e

margens dos córregos da área urbana de Jataí foram provocados exclusivamente

pela ação antrópica são passiveis de penalidade tanto, pela lei orgânica do

município, n. 1.400/90, como pelo Código Municipal do Meio Ambiente, n.

2.047/98. Dessa forma as transformações constadas no meio ambiente urbano, nos

levam ao um questionamento dos arranjos espaciais para a cidade. Portanto é

papel do geógrafo compreender que tais transformações trazem conseqüências

positivas e negativas tanto para a sociedade como para a natureza. Neste conceito

fica evidenciado que à complexidade dos processos de impactos ambientais urbanos

se apresentam dentro de uma dualidade, onde de um lado e preciso problematizar

a realidade, do outro é necessário que se faça uma interpretação mais coerente dos

processos físicos, químicos e biológicos e sociais da degradação do meio ambiente

urbano.

LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

A cidade de Jataí está localizada na Microrregião do Sudoeste de Goiás.

Segundo a Secretaria de Planejamento de Goiás, ela se localiza na Região de

Planejamento do Sudoeste Goiano (SEPLAM, 2006). Com aproximadamente 86.000

habitantes (PREFEITURA MUNICIPAL DE JATAÍ, 2006). A cidade conta com mais de

60 bairros. “A “área urbana de Jataí, situa-se a 17°53’26”S ““ e 17°52’ 55” W e

51º42’ 50” W e 51°41’23” W, em uma área de 7.174,1 km², com 766 m de

altitude.

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 Figura 1- Localização dos pontos analisados na área Urbana de Jataí 

ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Ponto 1. Parque Ecológico Olavo Circulo de Lima-o Diacuí 

Em razão do grande processo de urbanização evidente no Brasil, fica cada

vez mais evidente a necessidade de implantação de áreas de lazer e de vegetação

que visem uma melhoria na qualidade de vida desta população. A Organização

Mundial de Saúde (OMS) recomenda para as cidades, um mínimo de 12 m² por

habitante, pois a urbanização causa Grandes mudanças no espaço, no micro-clima,

no relevo, na vegetação, no ciclo da água, na atmosfera entre outros elementos

que causem a queda da qualidade de vida.

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A existência de espaços livres e de vegetação é uma necessidade

das cidades, em função de seus possíveis benefícios. Tais

benefícios tornam-se mais abrangentes na medida em que as áreas

livres se constituem em áreas verdes, pois a vegetação urbana tem

um papel preponderante na manutenção da qualidade ambiental no

meio urbano, tanto em seus aspectos ecológicos como sócio-

econômicos. (SCHERER & HOCHHEIM, 1998, p. 33)

Desta forma justifica a grande necessidade das áreas verdes, pois elas

proporcionam melhorias no ambiente urbano. Dentre os benefícios das áreas

verdes, podemos citar o fator da preservação da vegetação que promove melhorias

no clima e na qualidade do ar. Porém estas áreas oferecem uma função social com

suas áreas de lazer.Situado a 707 metros de altitude e nas coordenadas UTM (0422876 e

8021369), o Parque Ecológico Olavo Sérvulo de Lima, popularizado com o nome

de Diacuí é um exemplo claro de uma área verde urbana. Esta área pode ser

considerada uma unidade de conservação, pois de acordo com Código Municipal

de Maio Ambiente de Jataí em seu artigo 29, as unidades de conservação são

coletivamente os sítios ecológicos de relevante importância cultural, criadas pelo

Poder Público, como, parques municipais, estações e reservas ecológicas, reservas

biológicas, florestas municipais etc.Este mesmo código define áreas de unidades de conservação como parcelas

do território municipal, incluindo as áreas com características ambientais

relevantes de domínio público ou privado, legalmente constituídas ou reconhecidas

pelo Poder Público, com objetivos e limites definidos, sob regime especial de

administração, às quais se aplicam garantias adequadas de proteção.

O Parque Ecológico Diacuí se localiza na zona urbana da cidade de Jataí,

entre as Ruas Capitão Serafim de Barros, Voluntários da Pátria e Leopoldo de

Bulhões, no Conjunto Rio Claro. Considerado área verde urbana o Parque foi criadocom dois principais objetivos; proteger as nascentes do córrego Diacuí, que tem

uma extensão de cerca de 800 metros, e se transformar em uma área de lazer á

população. Para este segundo objetivo, o Parque Ecológico do Diacuí conta com

uma longa pista para caminhada, lago com uma grande extensão laminar e espécie

de peixes, quadra, playground, área gramada, mata de preservação da nascente,

entre outros, (Figura 2).

O maior fluxo de pessoas no local se concentra mais aos finais de semana,

aonde muitas famílias vão ao Parque, principalmente para apreciar as belezas do

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lago. No meio de semana este fluxo acontece antes ou depois do horário comercial,

quando muitas pessoas usam deste horário para prática da caminhada.

Figura 2- Parque Ecológico Olavo Sérvulo de Lima

Ao redor do Parque encontra um tipo de comércio variado, substancialmente

voltado para a área de veículos: postos de gasolina, borracharia, oficinas, depósitode gás, laticínio, madeireira e garagem de revenda de veículos além de várias

residências.

Hoje a preservação deste parque encontra-se ameaçada. É comum deparar

com vários tipos de lixo jogado na mata de proteção da nascente do córrego, como

garrafas descartáveis, sacos plásticos, papéis e outras embalagens vazias e/ou

descartáveis. Outras pessoas sem nenhuma consciência usam a mata para fazerem

as suas necessidades fisiológicas. Uma das grandes ameaças ao Parque Ecológico

são os eventos que ocorrem ali. O problema se torna mais grave quando se

observa a retirada de alguma parte da vegetação, principalmente da mata,

deixando-a mais aberta. Esta mutilação das árvores no local é proibida pelo Código

de Postura do Município, que estabelece as normas e procederes aos disciplinadores

do bem-estar público, da higiene pública, do funcionamento de instituições

comerciais, industriais ou de prestação de serviço e as relações jurídicas

correspondentes entre o poder público municipal e os munícipes, em seu artigo 61:

Art. 61 - Além das exigências específicas da legislação dePreservação do Meio Ambiente, fica proibido:I - danificar, de qualquer forma os jardins públicos;

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II - cortar, danificar, remover, derrubar e/ou sacrificar qualquerunidade da arborização pública;III - plantar nos logradouros públicos plantas venenosas ouvegetais que venham prejudicar a saúde das pessoas;IV - colocar nas árvores ou demais componentes da arborização

pública cabos, fios ou outros materiais e equipamentos de qualquernatureza;V - derrubar ou cortar, para qualquer fim, vegetação protetora oumatas de mananciais ou fundos de vales.

Apesar das áreas ao redor do lago se valorizar com a construção do Parque

Ecológico, muitos moradores são os mesmos que antes viviam ali. Antes da

construção do Parque Ecológico Diacuí, os moradores que viviam na região, sofriam

com problema de falta de asfalto e esgoto escorriam a céu aberto. Com a

construção do Parque, as ruas que o circundam foram pavimentadas e feitas redes

de esgoto e galerias pluviais.Um conjunto de ações de preservação tem que ser elaborado para combater

a degradação do Parque Ecológico Diacuí. Dentre estas ações devem conter

medidas como trabalho de educação ambiental, impedir entrada de pessoas no

interior da mata, proibir eventos de grande porte no lago para evitar a poluição e

depredação das nascentes, maior controle do lixo, definidas ações de fiscalização e

patrulhamento mais intensivos (guarda-zeladores), além de outras ações que se

fizerem necessários.

Ponto 2- Uso industrial e residencial do córrego Diacuí 

As modificações realizadas nas margens dos córregos e rios causam

desequilíbrios ambientais, e quebram a estabilidade dos mesmos (VIEIRA & CUNHA

2001).

Entre as principais modificações que ocorrem o aumento das áreas

impermeáveis e as alterações nos canais são as principais, dessa forma favorece o

escoamento superficial e concentração das enxurradas. Isso observa no córrego

Diacuí, que passa lado do Laticínio Dallas que se localiza nas coordenadas em UTM- 0423189 e 8021233 e a 679 m, na porção sudeste da cidade em relação ao

Campus Jataí/UFG, (Figura 3).

Próximo a este ponto esta uma área de lazer, o parque Diacuí, seguindo o

curso da água percebe-se a presença de residências simples margeando o córrego,

as áreas próximas ao local são asfaltadas e calçadas, o que modifica o

comportamento das águas da chuva e que não sendo infiltradas ocasionam maiores

problemas, como por exemplo: acumulo de lixo proveniente da enxurrada, perca do

solo das margens do córrego por falta da vegetação o que pode ocasionar o

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surgimento de voçorocas próximo à área. Tudo isso associado ao fato de o laticínio

  jogar dejetos do processamento do leite no córrego e também dos moradores

 jogarem o esgoto no local. A remoção da mata e das árvores, com a construção de

canais de esgoto e de residências às margens dos rios, podem ocasionar poluiçãodas águas.

Figura 3- Vista parcial das margens do córrego Diacuy

A canalização dos cursos de água modifica o regime fluvial, aumenta

o volume de água e impermeabiliza o solo. Certa tendência politico-administrativa é

favorável à canalização do córrego tendo como solução rápida, fácil e definitiva

para se evite enchentes, mau-cheiro, desbarrancamentos, proliferação de insetos e

doenças, bem como outros efeitos da má conservação, proteção e preservação do

meio ambiente, porem não foi realizada o replantio da mata ciliar. Nesse contexto,

são atribuídos aos cursos de água sinônimos equivocados, que acabam por iludir a

massa populacional menos atenta, fazendo com que ocorra a inversão de valores,

substituindo-se a realidade pela ilusão. Demoradas e provocam inúmeros impactos

ambientais, além de serem de eficiência decrescente na medida em que a

degradação ambiental avança na região em que são implantadas.

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Com efeito, os que detêm o poder canalizam os córregos, bens ambientais

de valores culturais, históricos, turísticos, paisagísticos, educacionais, dentre

outros, que também pertencem às futuras gerações. Os pobres e ou menos

favorecidos materialmente, especialmente, sofrem mais o efeito desta degradaçãoambiental. Uma vez que o grande e rápido crescimento da região, onde se

localizam os córregos influenciados por desmedidos interesses econômicos, cada

vez mais ávidos por novas fontes de lucro e de poder, encravados numa sociedade

progressivamente imediatista e consumista, onde a concentração de riquezas faz

aumentar o abismo entre as classes sociais, determinam a destruição dos

ambientes naturais e conseqüentemente da pessoa humana. E ainda provocando

um desequilíbrio paisagístico caracterizado, de um lado pela frieza e morbidez dos

cenários de cimento e, de outro, pelas cores, tranqüilidade e beleza dos cenáriosnaturais.

Ponto 3- Nascente do Córrego Brasnipo

O referido ponto fica situado a sudoeste da cidade, abaixo da Rua Capitão

Serafim de Barros, entre a Rua 107 e a Avenida São Tomaz, acima do Clube

Balneário Brasnipo de Jataí, no Bairro Jardim Rio Claro, na altitude de 688 metros,

longitude de 0422389 metros W e latitude 8020393 metros S, (Figura 4).

Em visita ao Clube Recreativo Balneário Brasnipo percebeu o que pode ocorrer caso

não tomem os cuidados necessários para a proteção da nascente do córrego, pois

ele é de suma importância para essa instituição. Pudemos verificar que a área onde

se encontra a nascente está toda protegida com cerca feita pelo próprio clube na

década de 1980, inclusive com a mata original do local também totalmente

conservada.

Os maiores problemas estão fora da área do clube, e isso preocupa um

pouco mais, por estar em lotes baldios pertencentes a um só proprietário. A

enxurrada tem prejudicado bastante devido à declividade do terreno. A PrefeituraMunicipal no ano passado (2005) fez algumas curvas de níveis para prevenir que a

água da chuva pudesse provocar maiores danos, porém segundo Sr. Luís Carlos de

Lima, funcionário do clube, o proprietário da área exigiu que fossem desfeitas tais

barreiras de proteção.

Segundo Hirata (2003), os resíduos sólidos tanto de origem doméstica

quanto industrial, são também grandes causadores de contaminação em águas

subterrâneas, e é o que está acontecendo na cabeceira do córrego, onde várias

espécies de lixo foram depositadas no local anteriormente e devido à falta de

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cuidado com o meio ambiente, a própria prefeitura municipal providenciou a

compactação desse lixo, deixando totalmente bloqueada a área que era composta

de várias nascentes que contribuía para o aumento das águas daquele córrego,

impossibilitando a impermeabilização de água visto que trata de uma área decaptação.

Figura 4- Vista parcial da nascente do córrego Brasnipo

Guerra (1999, p. 22), trata essa questão como à formação de crostas

e selagem dos solos, e ocorre quando:

À medida que os agregados se rompem no topo do solo, vai

ocorrendo a formação de crostas, que eventualmente provocarão a

selagem dos solos. Esse processo é responsável pela diminuição das

taxas de infiltração e, conseqüentemente, aumentam as taxas de

escoamento superficial, podendo aumentar a perda de solo.

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Hoje, 2006 há uma placa avisando sobre a proteção do meio ambiente, no

entanto, o lixo continua sendo depositado.

A voçoroca é um dos problemas que vem ocorrendo também no local, é o

que Oliveira (1999) chama de erosão por quedas-d’água. Devido à força da água aocair no solo, é retirado o material na área escavando a base da borda e

conseqüentemente colaborando para que essa erosão venha aumentar ainda mais.

Por falta de conhecimento sobre recuperação de área afetada por erosão, a

população joga lixo de construção prevendo que isso seja útil na recuperação da

área.

Segundo o Código Municipal do Meio Ambiente, através da lei 2047/98 no

Livro II – Parte Especial, Título I – Do Controle Ambiental, Capitulo III - da Água,

artigo 97, deixa claro que a Política Municipal de Controle de Poluição e Manejo dosRecursos Hídricos, objetiva:

I - proteger a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida dapopulação;II – proteger, conservar e recuperar os ecossistemas aquáticos,com especial atenção para as áreas de nascentes e outrasrelevantes para a manutenção dos ciclos biológicos;III – reduzir, progressivamente, a toxidade e as quantidades dospoluentes lançados nos corpos d’água;IV – compatibilizar e controlar os usos efetivos e potenciais daágua, tanto qualitativa quanto quantitativamente;V – controlar os processos erosivos que resultem no transporte desólidos no assoreamento dos corpos d’água e da rede pública dedrenagem;VI – Assegurar o acesso e o uso público às águas superficiais esubterrâneas, exceto em áreas de nascentes e outras depreservação permanente, quando expressamente disposto emnorma específica;VII – o adequado tratamento dos efluentes líquidos, visandopreservar a qualidade dos recursos hídricos (CODIGO MUNICIPALDO MEIO AMBIENTE, 1998, p. 22-23).

Compreendemos que o município deve cumprir o que está disposto na lei

2047/98, podendo para isso adquirir parte da área onde está a maior ocorrência

dos problemas, para que possa recuperá-la através de reflorestamento, e tambémmantendo no local uma maior fiscalização. Com isso estaria cumprindo o art. 194,

do capítulo X, Seção Única do Meio Ambiente da lei 1400, onde afirma que todos

têm direito ao meio ambiente equilibrado, e colocando o poder público com o dever

da defesa e preservação do mesmo para as gerações futuras. Ainda no parágrafo

1º, inciso V da mesma lei, o município deve: “promover a conscientização pública

para a preservação do meio ambiente”.

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Ponto 4 Córrego Jataí – Uso oficina e jato de areia

A 4ª parada está localizada na margem direita do Córrego Jataí, no Setor

Cordeiro, região sul da cidade de Jataí, dentro das coordenadas UTM, com altitudede 640 m, latitude 8019718 S (Sul). longitude 0423094 W (oeste). Esta área possui

diversas irregularidades definidas pelas leis: Orgânica do Município – n. 1.400 e

Código Municipal de Meio Ambiente – n. 2.047/98, a começar pela retirada da mata

ciliar na margem do córrego, para deposição de vários resíduos sólidos,

predominando os entulhos da construção civil, (Figura 5).

No entanto, sem a mata ciliar para proteger o curso d’água, o problema se

agrava, pois de acordo com Lisboa (2005, p.416), dependendo da intensidade da

chuva parte desse entulho é levado para o córrego, comprometendo o seu curso e aqualidade da água, pois este não consegue diluir e depurar o que nele é lançado,

através das bactérias e da oxigenação.

Com o ato da retirada da cobertura vegetal da margem do Córrego, que é

a sua defesa natural contra os processos erosivos, que de acordo com Bertoni

(1999, p. 59) essas defesas são:

  “(a) proteção direta contra o impacto das gotas de chuva; (b)dispersão da água, interceptando-a e evaporando-a antes que atinjao solo; (c) decomposição das raízes das plantas que, formandocanalículos no solo, aumenta a infiltração da água; (d)

melhoramento da estrutura do solo pela adição de matéria orgânica,aumentando assim sua capacidade de retenção de água; (e)diminuição da velocidade de escoamento da enxurrada peloaumento do atrito na superfície”.

Outro problema é gerado quanto à exposição do solo, que fica sujeito a

processos erosivos, que ainda segundo Bertoni (1999, p.45),

  “é causada por forças ativas, como as características da chuva, adeclividade e comprimento do declive do terreno e a capacidade quetem o solo de absorver água, e por forças passivas, como aresistência que exerce o solo à ação erosiva da água e a densidadeda cobertura vegetal”.

Sendo que a chuva é um dos fatores climáticos mais relevantes no

processo erosivo dos solos, que devido à intensidade, esta pode provocar maior ou

menor perda de solo.

O córrego Jataí possui aproximadamente 4 (quatro) metros de largura de

uma margem a outra, margens estas que são consideradas como sendo áreas de

preservação permanente, segundo o Art. 5º e inciso XII, do Código Municipal do

Meio Ambiente (1998, p. 3-4), como sendo “porções do território municipal de

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domínio público ou privado, destinadas à preservação de suas características

ambientais relevantes”.

Figura 5- Vista parcial da margem direita do Córrego Jataí  

No inciso I, do Art. 28 da referida lei, (CÓDIGO MUNICIPAL DO MEIO

AMBIENTE, 1998, p.9) consideram-se como áreas de preservação permanente

(dentre outras), “as faixas bilaterais contínuas aos cursos d’água temporários e

permanentes, com largura mínima de 30 (trinta) metros, a partir das margens de

ou cota de inundação para todos os córregos”, portanto, verifica-se que não há

neste ponto de estudo a mata ciliar, a não serem algumas variações de capins à

beira do córrego, mas capins não são considerados como sendo mata ciliar, pois a

mata ciliar é composta de vegetação nativa da região.

Pode-se notar que não está havendo planejamento adequado da ocupação

do solo nesse local, e nem a preocupação com o destino dos entulhos da construção

civil, seja por falta de conhecimento do fato ou mesmo por achar que é uma

solução escondê-lo em lugar menos o visível aos olhos da população.

De acordo com a Lei Orgânica do Município (1990, p. 2-4), no Art. 7º e 8º

incisos XIII e XXV, VI e VII:

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 “É da competência do município”:XIII – planejar o uso e a ocupação do solo em seu território,especialmente em sua zona urbana;XXV – prover sobre a limpeza das vias e logradourospúblicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de outros

resíduos de qualquer natureza, observando a proteção aomeio-ambiente.No Art. 8º, incisos VI e VII respectivamente, da referida lei,diz que é da competência do município:VI – proteger o meio-ambiente e combater a poluição emqualquer de suas formas;VII – preservar as florestas, a fauna e a flora.

Pelos problemas apresentados, é possível perceber que está ocorrendo um

descaso quanto à legislação ambiental, contrariando seus dispositivos e retirando a

mata ciliar da margem direita do Córrego jataí e posteriormente depositando

entulhos da construção civil no local, considerado como sendo área de preservaçãopermanente.

CONCLUSÕES

Conclui-se que os problemas de uso e ocupação do solo na área urbana de

Jataí tornam-se cada dia mais grave. Isto porque, as Leis Ambientais regentes no

município de Jataí como o Código Municipal do Meio Ambiente n. 2.047/98, de 14

de dezembro de 1998, e a Lei Orgânica do Município de Jataí n. 1.400, de 05 de

abril de 1990, não estão sendo cumpridas, sendo que, o não cumprimento dessas

leis, acarreta em penalidades expressas por lei. 

Frente a essas irregularidades quem sofre é natureza, mas como ela é um

organismo perfeito, não sofre sozinha, pois depois de tantas agressões ela começa

a mostrar os efeitos negativos de tantas agressões, isto através de desequilíbrios

ambientais, tais como enchentes, aquecimento global, proliferação de insetos,

epidemias etc.

Os problemas de uso e ocupação de forma indevida realizados pelo processo

de urbanização de Jataí podem ser considerados graves, pois foi constatado que háum imenso desrespeito para com a natureza, ou seja, as nascentes e as margens

dos cursos d’água estão carentes de matas ciliares para sua devida proteção. Outro

problema foi detectado, pois em alguns pontos há imensos amontoados de resíduos

sólidos às margens de nascentes e cursos d’água, que prejudica o seu curso ou até

mesmo acarretando em compactação de terrenos dificultando a infiltração de água

no solo, drenando o terreno.

Todavia, percebesse que os maiores infratores são os órgãos públicos, estes

de tem por obrigação planejar e fazer valer as leis ambientais.

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A conscientização de que o homem e o espaço físico estão interligados, um

completando o outro, formando um arranjo equilibrado em que o meio ambiente

pode sofrer prejuízos danosos, devido á ação antrópica irresponsável, é importante

para que este trabalho atinja o objetivo de fornecer informações aos órgãospúblicos, para que estes possam melhor planejar e/ou tentar buscar propostas e

soluções para os problemas apresentados neste trabalho.

BIBLIOGRAFIA

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SCHERER, Silvia Raquel; HOCHHEIM, Norberto. O Cadastro de Áreas VerdesPúblicas de Blumenau- O Cadastro de Áreas Verdes Públicas de Blumenau-COBRAC 98 · Congresso Brasileiro de Cadastro Técnico Multifinalitário · UFSCFlorianópolis · 18 a 22 de Outubro. Disponível em:http:/ / geodesia.ufsc.br/Geodesia-online/arquivo/ cobrac98/ 025/ 025.HTM Acesso em 14 de maio de 2006.

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