Meio ambiente - SENAI

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  • 8/7/2019 Meio ambiente - SENAI

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    Definio

    Meio AmbienteVoc deve ter ouvido falar muito em meio ambiente, certo? Os jornais, revistas, e outros meios decomunicao divulgam constantemente que o meio ambiente est em perigo. E voc sabe o que meioambiente? E por que ele est em perigo? Vamos comear a estud-lo agora e entender a suaimportncia para ns.

    DefinioO meio ambiente definido seguindo conceitos tradicionais e modernos.O conceito tradicional de meio ambiente sempre foi considerado muito simples como tudo aquilo quenos cerca, incluindo gua, ar e solo. No entanto, deve-se observar tambm, toda a atmosfera, o clima, osubsolo, as guas costeiras superficiais, subterrneas, interiores, e toda a paisagem que se divide emdois tipos:

    Flora - representada por todas as plantas; Fauna - representada por todos os animais

    Mas ser que meio ambiente s isso mesmo?

    Voc ver que meio ambiente muito mais que isso. Deve-se perceber que o conceito de meio ambiente

    muito mais abrangente quando se verifica que um problema ambiental no pode ser estudadoisoladamente, pois precisa ser associado a um contexto maior. A origem dos problemas ambientais podesofrer a influncia de diversos fatores que envolvem tanto os aspectos relacionados com a natureza,como os aspectos sociais, culturais, histricos, ticos, estticos, econmicos e polticos de uma nao.

    Dessa forma, meio ambiente em seu conceito moderno, um conjunto de elementos relacionados,com fluxo dinmico e contnuo de processos naturais, histricos, culturais, sociais, polticos eeconmicos que ocorrem atravs de uma rede de relaes que dependem entre si.

    Quanto mais se estuda o meio ambiente, mais se percebe que os seres que o habitame suas relaes no podem ser entendidos isoladamente. Essa rede de relaes, naqual todos os seres e elementos que existem no planeta esto inseridos, funcionacomo uma delicada teia que precisa ser preservada: A TEIA DA VIDA. No estudo da

    ecologia, veremos mais a fundo como funciona esta teia.

    Ambientes natural e construdo

    Como vimos anteriormente, o meio ambiente est em todo o lugar. Basicamente, ele pode ser divididoem dois tipos: ambiente natural e ambiente construdo.

    O ambiente natural constitudo dos recursos naturais tais como a gua, a fauna, a flora e os diversosrecursos minerais existentes na crosta terrestre. A principal caracterstica deste ambiente est nosrecursos que ainda no foram explorados pelo homem.

    Em alguns livros, considera-se como ambiente natural o ambiente rural. Por exemplo, uma fazenda,

    onde alguns recursos naturais ali existentes estejam sendo explorados pelo homem, como bois, porcos,ovelhas etc.

    As principais caractersticas de um ambiente natural so:

    y no acumula energia em excesso, a qual tem como fonte principal a radiao solar. Todaenergia aproveitada e reutilizada de forma a manter os processos que sustentam a vida e osnveis de populao de cada espcie;

    y as comunidades so organizadas de acordo com as interaes biolgicas. Essas comunidadessobrevivem com recursos disponveis nos prprios locais onde esto situadas;

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    y a maioria dos organismos interage com uma grande variedade de outros organismos, semprebuscando a evoluo e perpetuao de suas espcies. O equilbrio deste ambiente mantidopor processos naturais;

    Trata-se de ambiente auto-suficiente, pois produz tudo que suas comunidades precisam para sobreviverpor meio dos seus prprios recursos. Por exemplo, uma floresta que tem alimento, gua e abrigo paratodos os organismos.

    Ambiente construdo O ambiente construdo o ambiente urbano, formado pelas cidades, com os seus aglomerados debairros, ruas, prdios, indstrias, escolas e parques. resultante da ao do homem quando este utilizaos recursos disponveis na natureza.As principais caractersticas de um ambiente construdo so:

    y os seus processos que so sempre acompanhados pela gerao de resduos noreaproveitados. Fabricamos, muitas vezes, produtos que podem ser utilizados apenas uma vez eque, aps o uso, jogado fora.

    y utiliza, principalmente, fontes de energia finitas tais como a proveniente dos combustveisfsseis; ex: gasolina e leo diesel para o abastecimento de veculos automotores.

    y suas comunidades e seus processos dependem dos recursos naturais que podem ser

    provenientes de outras reas ou regies. Lembra-se do ambiente natural que auto-suficiente,pois produz tudo que suas comunidades precisam para sobreviver por meio dos seus prpriosrecursos? No ambiente construdo ao contrrio. Precisamos buscar recursos do ambientenatural para sobrevivermos.

    Recursos Naturais Renovveis e Recursos Naturais no Renovveis

    Tanto no ambiente natural quanto no ambiente construdo, os recursos naturais que dispomos podemser classificados em dois tipos:Recursos Naturais Renovveis e Recursos Naturais no Renovveis.A diferena entre eles o tempo de renovao para a sua posterior utilizao. Os recursos disponveis, adepender da sua capacidade de renovao, podem ser classificados como:

    Recursos naturais renovveis - So recursos que se renovam muito rapidamente na natureza e estodisponveis em grandes quantidades, como a gua, o oxignio, o nitrognio.

    Recursos naturais no renovveis - So recursos que demoram muito tempo para serem renovadosna natureza tais como os minerais, que so ricos em certos metais, e o petrleo.

    O petrleo, por exemplo, demora milhes de anos para se formar na natureza. Se osrecursos mais abundantes e de fcil renovao na natureza exigem moderao de uso,imagine um tipo de recurso no renovvel! Ser que o homem moderno j est atentoa isso?

    Evoluo e desenvolvimento do Meio Ambiente

    Em busca do seu desenvolvimento, o homem tem construdo, cada vez mais, novos ambientes, similaresao meio ambiente natural.Desde os tempos pr-histricos, na caminhada em busca do seu desenvolvimento, o homem vemcriando alternativas para melhorar sua qualidade de vida no planeta. A natureza vem sendo utilizadapara criar novos materiais. A industrializao trouxe novos produtos. A cincia e a tecnologia estomodificando a nossa vida. No restam dvidas, o desenvolvimento traz ao homem muitas vantagens.Mas ser que o desenvolvimento s nos traz vantagens?

    Conseqncias do desenvolvimento

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    Veja alguns dos inmeros problemas com que convivemos diariamente. Eles surgiramcomo conseqncia do desenvolvimento:

    y Todos os dias, os carros, caminhes e indstrias lanam seus gases txicos para a atmosfera;y O aumento da populao e o da produo causa uma necessidade maior de recursos naturais;y Todos os dias, os desertos do mundo aumentam alguns quilmetros em rea;y Nas ltimas dcadas, surgiram no mundo problemas ambientais que pem em risco a vida de

    todos os seres.

    Com a explorao, principalmente dos recursos naturais no-renovveis como fonte de energia, o meioambiente urbano e o meio ambiente natural esto em perigo. Diante desta situao precisamos dar maisateno a nossa relao com o meio ambiente antes que seja tarde demais.

    Cuidar do meio em que vivemos uma das alternativas que est ao alcance de todos!

    Ecologia / Biosfera

    ECOLOGIAAgora vamos estudar sobre Ecologia. Voc sabe o que Ecologia e o que ela tem a ver conosco?As informaes abaixo ajudaro voc a descobrir por que a Ecologia faz parte de nossa vida.

    Ecologia o estudo de nossa casa (planeta). Dentro dela existem vrios cmodos(camadas) e os seres vivos que a habitam.

    A palavra ECOLOGIA deriva do grego, assim sendo:ECO = oikos = casaLOGIA = logos = estudoO termo "ECOLOGIA" foi criado por Hernst Haekel, em 1869, e significa, em seu sentido mais amplo, "o

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    estudo das relaes dos seres entre si e o ambiente com que estes convivem".

    Como esses seres se relacionam? O que comem? Como dormem? o que veremos a seguir.

    BiosferaApesar de a Terra ser "a grande casa" de todos os seres, a vida s possvel numa camada muitoestreita denominada Biosfera. na Biosfera que todos os seres vivos encontram os elementos bsicosnecessrios para todos os processos da vida, tais como: luz, calor e gua. Biosfera significa "camada

    da vida".

    Esta camada chega a 7 km acima do nvel do mar e cerca de 6 km abaixo deste nvel. No total noultrapassa 15 km. A sua representatividade deespao quando comparada com os 14.000 km, que odimetro total da Terra, no chega a ser to significativo.

    A Biosfera subdividida em trs regies:

    y Atmosfera representada pela camada gasosa que circunda toda a superfcie da Terra eenvolve a hidrosfera e a litosfera.

    y Hidrosfera representada pelas guas dos rios, lagos e oceanos.y Litosfera representada pelo solo e por rochas.

    A composio da Biosfera varia continuamente como resultado da atividade biolgica de todas asespcies que nela vivem. Esta composio vem sendo alterada ao longo de milhes de anos, desde aformao do planeta e, graas a isto, diversas formas de vida surgiram e evoluram. O ser humano uma das espcies mais novas que surgiram na Terra. Todos os outros seres vivos surgiram bem antes,a exemplo dos dinossauros.

    Ecossistema

    um espao onde ocorrem as relaes entre os seres vivos e o ambiente em queestes habitam. Todo o Ecossistema constitudo de elementos Abiticos e Biticos.Os Abiticos so elementos referentes ao meio fsico como ar, solo, gua e todos os minerais. Eelementos Biticos se referem aos seres vivos como, por exemplo, as rvores e os animais.Em um Ecossistema, as rvores utilizam a luz do sol e os sais minerais para se desenvolver e crescer e,tambm, servem de alimentos para outros seres vivos ali presentes.

    HabitatHabitat o local onde uma espcie vive e de onde ela retira tudo que necessrio para a suasobrevivncia.

    Por exemplo, o habitat dos peixes composto das guas dos rios ou mares. So nessas guas que elesencontram seus alimentos e as condies necessrias para sua vida.

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    J o habitat dos pingins so as regies geladas do sul do planeta. O gelo e a temperatura baixa doaos pingins caractersticas especiais que no lhes permitem sobreviver em lugares quentes.

    J as onas vivem em habitats de florestas tropicais, onde encontram seus alimentos e todas ascondies para sua vida.

    Tipos de seres

    A natureza tem vrios tipos de seres vivos com diferentes formas e funes. Esses seres se relacionamcomo poderemos ver a seguir:

    Seres produtores ou fotossintetizadores - so seres capazes de utilizar a luz do sol paraproduzir seu prprio alimento. Tambm so chamados de seres AUTTROFOS, ou seja, queproduzem sua prpria energia. Exemplo: as plantas.

    Seres consumidores - so seres que necessitam de outros seres para se alimentarem j queno possuem a capacidade de transformar a luz do sol em alimento, como fazem as plantas.

    Tambm, so chamados de seres HETERTROFOS. Exemplos: animais, como o boi que sealimenta das plantas.

    Seres decompositores - So seres que fazem a decomposio (apodrecimento) de animais ouplantas, transformando-os em substncias simples para que as plantas as absorvam. Exemplos:microorganismos como fungos e bactrias.

    CADEIAS ALIMENTARES Nas cadeias alimentares, uma espcie pode servir de alimento para outra, e esta por sua vez para outra,e assim sucessivamente.

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    Ao morrer, atravs da ao dos seres decompositores, uma espcie, pode se transformar em nutrientespara o solo, os quais sero absorvidos pelas plantas que serviro de alimento para outras espcies,dando continuidade a um ciclo perfeito, no qual nenhum resduo gerado.

    Exemplos:Na gua, os peixes menores se alimentam de plantas aquticas. Os peixes maiores se alimentam dospequenos, e estes servem de alimento para as garas. J os jacars se alimentam das garas e quandomorrem so decompostos por fungos e bactrias, dando, assim, continuidade ao ciclo da Cadeia

    Alimentar.

    Na terra, os insetos servem de alimento para os sapos. Estes, por sua vez, servem de alimento para ascobras, que so alimentos dos gavies. Estes, quando morrem, so decompostos por fungos ebactrias, dando assim continuidade ao ciclo.

    Ciclos Biogeoqumicos

    Os Ciclos Biogeoqumicos so ciclos que envolvem o fluxo deelementos biolgicos, qumicos, geoqumicos presentes no solo, gua, ar, onde estes podemse encontrar como elementos puros ou combinados a outros elementos.

    Estes fluxos cclicos e contnuos permitem que os recursos naturais se mantenham, garantindo a vidadas espcies que deles dependem. Se voc observar a natureza com ateno, vai verificar que todos os

    processos que ela realiza so cclicos e contnuos.

    Para tentar aprender com a natureza, veja alguns exemplos de seus ciclos.

    y Ciclo da guay Ciclo do carbonoy Ciclo do nitrognio

    Estes so apenas trs exemplos de ciclos biogeoqumicos. Existem outros ciclos como o do fsforo, odo ferro e o do oxignio. importante saber que todos os elementos da natureza que compem os

    ecossistemas tm seus ciclos prprios.

    y Ciclo da gua

    A gua (H2O) uma das substncias mais abundantes na natureza e tambm o recurso mais ameaado

    do planeta. O ciclo da gua tambm denominado deCiclo Hidrolgico.A gua evapora dos mares, oceanos, lagos, rios e plantas pela ao da luz solar. O vapor condensado,ou seja, transforma-se em lquido e volta Terra em forma de chuva. Essas guas podem sofrerescoamento superficial no solo, infiltrao, escoamento subterrneo ou evaporao, quando retornam denovo para a atmosfera.

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    y Ciclo do Carbono

    O carbono, embora exista na forma de gs carbnico (CO2) na atmosfera, est presente tambm emgrandes quantidades nos oceanos, na forma de carbonatos. Assim, os oceanos constituem o seu maiorreservatrio.

    O carbono retirado do ar atravs do processo de fotossntese realizado pelas plantas e algas, quetambm so responsveis pela restituio da concentrao do gs carbnico no ar, atravsdo processode respirao.

    Com a morte, os seres vivos so decompostos por microorganismos que ao respirarem tambm liberamgs carbnico para a atmosfera.

    y Ciclo do Nitrognio

    O Nitrognio (N) um dos elementos mais importantes para a constituio das clulas e, portanto, dosseres vivos. Esse participa das molculas das protenas e outros compostos orgnicos essenciais vida.

    Vamos descrever o seu ciclo? O ar constantemente recebe nitrognio devido ao de bactriasdenominadas desnitrificantes, que transformam os nitratos em nitrognio gasoso (N2). Do ar, o nitrogniopode ser retirado pela ao de algumas bactrias e algas capazes de fix-lo novamente, formandomatria orgnica nitrogenada e passando esta ao solo e gua.

    Tambm no ar, a ao de descargas eltricas (raios), pode provocar a combinao do nitrognio com ooxignio e gua, formando nitratos que se precipitam sobre o solo e a gua. Do solo e da gua, oelemento retirado pelos vegetais fotossintetizantes, sendo utilizado na formao de compostosorgnicos. A restituio ao solo e gua ocorre atravs de decomposio. Vale salientar que parte donitrognio retirado do solo pelas plantas transferida para as cidades, na forma de produtos vegetais edepois para as guas, atravs da decomposio de resduos e de esgotos domsticos e industriais.

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    Como podemos perceber na nossa casa (planeta), tudo est interligado, os seres vivos, os elementosqumicos, os processos de transformao etc. Tudo que f izermos para ela ter conseqncias tanto boascomo ruins, certo? Ento, temos que cuidar de nossa casa (planeta) de uma maneira responsvel paraque os nossos filhos, netos, bisnetos possam tambm freqent-la e utiliz-la.

    Introduo

    Ao observar os processos naturais, percebemos que existem uma relao de troca constante erenovao entre os elementos que deles participam. Atravs de um ciclo perfeito de reuso/reciclagem, anatureza garante a manuteno deste valioso recurso natural. Assim, constatamos que todos osprocessos naturais ocorrem de uma forma cclica, onde tudo reaproveitado, ou seja, um processo emequilbrio.

    Mas, quando h alguma alterao no ciclo desses processos naturais, podemosperceber que ocorre um desequilbrio ecolgico.

    Poluio

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    A lei 6.938, de 31/08/1981, que dispe sobre Poltica Nacional do Meio Ambiente, considera poluio

    qualquer tipo de alterao no

    meio ambiente que possa prejudicar os seres vivos ou o local em que estes se encontram. Segundo estalei, a poluio uma degradao da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ouindiretamente:

    y Prejudica a sade, a segurana e o bem-estar da populao;y Cria condies contrrias s atividades sociais e econmicas;y Afeta desfavoravelmente a biota (conjunto de seres vivos de um ecossistema);y Afeta as condies estticas ou sanitrias do meio ambiente;y Lana matria ou energia em desacordo com os padres ambientais estabelecidos.

    Fontes Geradoras

    As fontes geradoras de poluio so vrias. Cada uma tem suas caractersticasprprias e gera determinados tipos de poluio que podem atingir o ar, a gua e o solo.Veja alguns exemplos:

    y Poluio Industrial: causada pelos processos desenvolvidos nas indstrias.y Poluio Agrcola: causada pelas atividades agrcolas, geralmente associadas a agrotxicos e

    ao uso excessivo de fertilizantes.y Poluio Urbana: causada pelas atividades desenvolvidas numa cidade, geralmenteassociadas gerao de lixo, esgotos, emisses gasosas proveniente da frota veicular etc.

    y Poluio Natural: aquela causada por fontes naturais como os vulces que, quando entramem erupo, podem emitir gases txicos.

    Poluio do Ar

    Para sobreviver, o homem precisa diariamente de cerca de 15 quilos de ar. Ao respirar um ar poludo, ohomem envia para seu organismo, componentes txicos que podem causar doenas respiratrias comoasma, bronquite, infeces nos pulmes, enfisema pulmonar e doenas do corao.

    A presena de certos gases em excesso na atmosfera tambm provoca uma poluio que pem emrisco a vida de todo o planeta.

    No ar, podem ser encontrados os seguintes componentes:y Material com minsculas partculas

    a forma de poluio mais perceptvel, pois interfere diretamente na visibilidade. Pode serencontrado na forma de aerosol (spray), partculas slidas ou partculas lquidas emum gs.

    y Gases poluentes

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    Os gases poluentes presentes na atmosfera so resultantes de diversas atividades, como porexemplo os processos industriais, a queima de combustveis em veculos e indstrias, refino depetrleo, queimadas (desmatamento) etc.

    Dentre os gases mais poluentes gerados nessas atividades encontram-se:

    y Gases de Enxofre: podem ser compostos pelos gases SO2, SO3, H2S.y Monxido de Carbono: o poluente que ocorre em maior quantidade na atmosfera. A

    emisso mundial est estimada em 200 milhes de toneladas/ano.y Oznio: um subproduto de reaes entre os xidos de nitrognio e hidrocarbonetos, na

    presena de luz solar.y Composto de Nitrognio: Os principais compostos de nitrognio so NO, NO2, NH3, HNO3.y Compostos Orgnicos: a emisso dos compostos orgnicos volteis derivada do uso de

    solventes em colas, tintas, produtos de proteo de superfcies, aerosis, limpeza de metais elavanderias. So exemplos de compostos orgnicos os Hidrocarbonetos, os Aldedos eo Peroxi-acetilnitrato (PAN).

    Danos causados pela poluio do ar:

    y Cidades poludas afastam os turistas e seus prprios moradores. Com isso,as cidades param de produzir e sofrem prejuzos financeiros.

    y Um ar carregado de elementos poluentes causa danos vegetao e aosolo que perde sua fertilidade.

    y Um ar poludo pode destruir esculturas ou outros materiais atravs deprocessos de corroso ou eroso.

    y Doenas respiratrias, alteraes em rgos vitais e outras doenas maisgraves podem ser causadas pela poluio atmosfrica.

    y Poluio da guay

    A gua uma das substncias mais importantes para todas as formas de vida na Terra. Estpresente em todos os organismos vivos, fazendo parte de uma infinidade de

    substncias. H inmeros seres

    vivos de diversos tipos e tamanhos que tambm vivem na gua.y considerada um solvente natural, portanto a gua sempre encontrada associada a outras

    substncias. A escassez de gua no planeta uma preocupao mundial e j existem previsesde que a gua doce ser o recurso natural mais disputado neste sculo.

    y Veja alguns exemplos de substncias e microorganismos encontrados associadas a gua.y Matria Orgnica: pelo menos 50% dos constituintes do esgoto (efluente domstico ou

    industrial), so substncias orgnicas. Basicamente, estas substncias possuem em suaestrutura tomos de carbono, hidrognio, nitrognio, fsforo, enxofre e ferro, os quais atribuemcaractersticas especiais ao efluente, como odor desagradvel proveniente do gs sulfdrico.

    y Matria Inorgnica: encontramos tambm uma grande quantidade de matria inorgnica nagua, dentre as quais os metais que so considerados prejudiciais ao ser humano (mercrio,

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    zinco etc.), pois atingem o sistema nervoso central, os ossos e os rins. Esto presentes nosesgotos industriais, fabricao de couro, indstria txtil, tintas e corantes.

    y Microorganismos: os microorganismos, como bactrias, fungos, protozorios, vrus e algasesto sempre presentes em guas poludas e fazem parte do sistema natural de depurao damatria orgnica. As anlises bacteriolgicas que determinam e quantificam a presena demicroorganismos nos esgotos so os coliformes.

    y Poluio do Solo y

    O solo a formao natural que se desenvolve na poro superficial da crosta terrestre. nosolo que o homem constri sua moradia e extrai a maior parte das substncias que necessitapara sua sobrevivncia.

    y Os resduos slidos so os maiores causadores da poluio do solo. Muitos destes resduos,como o lixo domstico ou industrial por no serem degradados ou por demorarem muito paraserem degradados na natureza, podem permanecer por muitos anos poluindo o meio ambiente.Existem ainda os esgotos e as guas da chuva que podem retornam ao solo com poluentesatmosfricas, contaminando assim o solo.

    y A Questo Demogrficay

    A questo demogrfica outro aspecto que compromete o desequilbrio ecolgico. Devido aosndices atuais de degradao em um mundo de 6 bilhes de habitantes, as perspectivas deproteo ao meio ambiente com uma populao de aproximadamente 10 bilhes, em umperodo correspondente a pouco mais de uma gerao, no so nada animadoras.

    y A produo de alimentos no suficiente para suprir a demanda da populaomundial e, na agricultura, a eroso do solo est destruindo as plantaes namaioria das regies agrcolas mais importantes do mundo. Alm disso, o manejoinadequado dos projetos de irrigao existentes est afetando de forma negativaas reservas de lenis de gua, causando tambm problemas deempobrecimento do solo.

    y Hbitos de Consumo y

    Os hbitos de consumo em excesso podem ser denominados tambm de consumismo. aexpanso da cultura do ter em detrimento da cultura do ser. O consumo invade diversasesferas da vida social, econmica, cultural e poltica. Neste processo, os servios pblicos, asrelaes sociais, a natureza, o tempo e o prprio corpo humano se transformam emmercadorias.

    y Os indivduos passam a ser reconhecidos, avaliados e julgados por aquilo que consomem,vestem ou calam, pelo carro e pelo telefone celular que exibem em pblico.

    y A abundncia dos bens de consumo, continuamente produzidos pelo sistema industrial, considerada, freqentemente, um smbolo do sucesso das economias capitalistas modernas. Noentanto, esta abundncia passou a receber uma conotao negativa, sendo objeto de crticasque consideram o consumismo um dos principais problemas das sociedades industriaismodernas, ocasionando srios desequilbrios ecolgicos.

    Hbitos de Consumo

    Conseqncias dos Hbitos de Consumo A partir do crescimento do movimento ambientalista surgem novos argumentos contra os hbitos

    consumistas, deixando evidente que o padro de consumo das sociedades ocidentais modernas, almde ser socialmente injusto, ambientalmente insustentvel.

    A crise ambiental mostrou que no possvel a incorporao de todos no universo de consumo emfuno da grande maioria dos recursos naturais no serem renovveis. O ambiente natural est sofrendouma explorao excessiva que ameaa a estabilidade dos seus sistemas de sustentao, causando:

    y Exausto de recursos naturais renovveis e no renovveis;y Desfigurao do solo;y Perda de florestas;y Poluio da gua e do ar;

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    y Perda de biodiversidade;y Mudanas climticas e etc.

    Diante disso, a partir da percepo de que os atuais padres de consumo esto nas razes da criseambiental, a crtica ao consumismo passou a ser vista como uma contribuio para a construo de umasociedade mais sustentvel.

    Mas como o consumo faz parte do relacionamento entre as pessoas e promove a sua integrao nosgrupos sociais, a mudana nos seus padres torna-se muito difcil. Por isso, este tema vem fazendo

    parte de programas de educao ambiental.

    Diante do contedo visto nesta aula, voc deve ter percebido que as causas do desequilbrio ecolgicoesto diretamente ligadas ao aumento da produo industrial. Esse aumento de produo ocasionado,principalmente, pelo aumento populacional e seu conseqente aumento no consumo. E voc? Comoavalia suas atitudes em relao ao consumo? Pense nisso!

    A diferena entre Preservar e Conservar

    Existe uma diferena entre preservar e conservar. Quando preservamos algo, estamos deixando deutiliz-lo, ou seja, no causamos nenhuma interferncia. Quando aplicamos o conceito de conservao,partimos do princpio de que se pode utilizar algo ou alguma coisa sem degrad-la, sem estrag-la.Portanto, a conservao ambiental est diretamente ligada s condies da qualidade ambiental dedeterminado local.A qualidade ambiental a situao em que se apresenta um determinado ambiente em relao integridade dos seus recursos ambientais. Muitas vezes, um simples exame visual pode revelar aqualidade ambiental de um lugar. Veja, por exemplo, os dois ambientes abaixo:

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    Preveno da Poluio

    Voc j ouviu falar em Produo Mais Limpa ou P+L?

    A Produo Mais Limpa um valioso instrumento na Preveno da Poluio e j est sendo adotado poralgumas indstrias. Esse conceito prope a substituio dos processos industriais convencionais, osquais sempre foram desenvolvidos de forma tradicional, por processos cclicos que imitam a sabedoriada natureza.

    Dessa forma, evita-se assim a gerao de resduos que necessitam ser tratados e obrigam a aplicaodas tecnologias de fim-de-tubo - tecnologias que no focam na identificao da causa do problema nafonte, atuando apenas no final do processo produtivo.

    Durante anos, os pases desenvolvidos tm usado tcnicas de fim-de-tubo (ou end of pipe),trabalhando principalmente no tratamento de resduos e emisses, gerados num processo produtivo.

    Apesar de essas tcnicas terem sido efetivas na reduo da poluio e, muitas vezes, teremrepresentado a nica opo disponvel, so ao mesmo tempo, uma abordagem de alto custo e nocompletamente eficientes. Hoje, muitos pases desenvolvidos e as indstrias, ali presentes, buscamutilizar a abordagem da produo mais limpa para reduzir os problemas ambientais.

    A produo mais limpa procura tratar o problema ambiental reduzindo o desperdcio durante oprocesso de produo, ao invs de trat-lo aps o seu surgimento. A grande diferena entre controle depoluio e produo mais limpa que a primeira aborda o problema depois de seu evento, sendo assim

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    reativa. Enquanto que a produo mais limpa representa uma filosofia de antecipao e preveno queinduz as empresas a se voltarem para a origem de seus problemas ambientais

    Lembre-se que Prevenir melhor que remediar!!!Descarte de Resduos Slidos

    A coleta de lixo comercial e domiciliar nas cidades feita pela empresa de limpeza pblica local ou porempresas privadas. Outros tipos de lixo so de responsabilidade do gerador, conforme indicado na

    tabela abaixo:Tipo de lixo Responsvel

    Domiciliar Prefeitura

    Comercial Prefeitura

    Servios de sade Gerador (hospitais, clnicas etc.)

    Indstrias Gerador (indstrias)

    Lixo de portos, aeroportos e terminais rodovirios Prefeitura

    Agrcola Gerador (agricultor, proprietrio rural)

    Entulho Gerador

    As tecnologias aplicadas no tratamento e a disposio de resduos so conhecidas como "Tecnologiasde Fim de Tubo", pois do nfase ao resduo no processo final e no no processo em que estes seformam e onde poderiam ser encontradas as oportunidades para reduzir ou evitar a sua gerao. Essastecnologias tendem a se tornarem ultrapassadas. Apesar de saber que elas ainda continuaro sendousadas por muito tempo, espera-se que um dia o ser humano consiga finalmente aprender com a sbianatureza, aproveitando todos os seus resduos.

    Em geral, os resduos slidos precisam passar por um tratamento antes do seu descarte final. Namaioria das vezes, os resduos so responsveis por srios problemas de contaminao do solo, do ar edos recursos hdricos, devido ao fato de eles apresentarem, na sua grande maioria, propriedadestxicas, ou no serem biodegradveis (no so degradados naturalmente). Quando no soaproveitados e dispostos de maneira incorreta, estes resduos, que so de responsabilidade dasempresas, podem trazer srios problemas para o meio ambiente.

    A disposio ou lanamento do resduo no meio ambiente o que existe de menos recomendvel noque se refere s aes para o controle de poluio. No toa que essa alternativa encontra-se como

    ltima opo na pirmide hierrquica de aes recomendadas para controlar a poluio.Mesmo em grandes metrpoles brasileiras, o lixo depositado em lixes a cu aberto, causandograndes prejuzos ao meio ambiente. lixo em decomposio gera o chorume, lquido escuro comcaractersticas altamente poluentes que pode contaminar o solo e as guas subterrneas. O lixo jogadoa cu aberto, sem os devidos cuidados um perigo para o meio ambiente. Assim, se tiver de depositarresduos, recomendvel usar um aterro sanitrio municipal.

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    Economia de gua

    A gua fonte da vida e indispensvel para a sobrevivncia de qualquer ser vivo. A captao, otratamento e distribuio de gua so realizados pela empresa de saneamento local. Essa gua distribuda tanto para as reas urbanas, como para as reas industriais.

    A atual crise de abastecimento de gua promete se estender pelos prximos anos por quase todo oterritrio brasileiro. Por isso necessrio aperfeioar o uso deste bem, atravs de reduo dodesperdcio, mudana de hbitos de consumo e implementao de sistemas de economia. A gua um

    bem precioso e escasso que pode faltar na cidade, no estado, no pas, no continente e no mundo. Nodeixe acabar!

    Dicas de economia:

    1. Reduza o tempo do seu banho. 10 minutos so mais que suficiente. Desligue o chuveiro parapassar o xampu e o sabonete. Alm de economizar gua, voc vai ajudar a diminuir tambm oconsumo de energia eltrica.

    2. Ao escovar os dentes ou fazer a barba, no deixe a torneira ligada o tempo todo. Abra a torneiraapenas quando for enxaguar a boca ou o rosto.

    3. Antes de lavar a calada, varra bem para que o grosso da sujeira seja removido. No utilize amangueira. Encha um balde com gua para lav-la. Voc vai economizar tempo e o efeito ser omesmo.

    4. Para regar as plantas, utilize um regador. Faa isso no perodo da manh ou ao entardecerquando o sol no est to forte e a evaporao menor.

    5. Na cozinha, quando for lavar a loua, abra a torneira s quando for enxagu-la.6. Seu carro no precisa tomar banho todo dia como voc. Deixe para lavar seu veculo nos finais

    de semana. Utilize um balde ao invs da mangueira.7. Verifique regularmente as pias, privadas descargas, vlvulas, caixa d'gua, tubulaes e

    torneiras.8. Verifique sua caixa-d'gua. Se ela estiver vazando, sinal de que a bia est com defeito e

    precisa ser trocada.9. Quando verificar vazamentos de gua nas ruas da cidade, ligue para o Servio de

    Abastecimento e comunique o fato.

    Economia de Energia Eltrica

    A gerao de energia, no Brasil, est baseada na produo pelas usinas hidreltricas, que dependem dagua dos rios para o seu funcionamento. O aumento no consumo de energia implica na necessidade decriao de novas usinas para suprir esta demanda.

    As construes de usinas sempre implicam no alagamento de extensas reas e conseqentemente nadestruio da natureza, gerando impactos para fauna e a flora, e tambm para os moradores daslocalidades onde as mesmas sero construdas. Assim, economizando energia, voc est poupando omeio ambiente. Pense nisso!

    Veja algumas dicas para a Economia de Energia Eltrica:

    Chuveiro

    Eltrico Geladeira/Freezer Lmpadas

    Televiso Ferro Eltrico Mquina de LavarRoupa

    ArCondicionado

    Computador AquecedorSolar

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    No ato da compra:

    Verifique se o produto tem o SELO PROCEL DE ECONOMIA DE ENERGIA que tem por objetivo orientaro consumidor, indicando os produtos que apresentam os melhores nveis de eficincia energtica dentrode cada categoria como: geladeira, freezer, ar-condicionado, coletor solar, lmpada fluorescentecompacta e circular.

    O PROCEL - Programa Nacional de Conservao de Energia Eltrica, tambm objetiva estimular afabricao de produtos mais eficientes, contribuindo para a reduo de impactos ambientais.

    J o Selo CONPET de Eficincia Energtica destinado aos equipamentos consumidores de derivadosde petrleo ou de gs natural como foges, fornos e aquecedores de gua a gs.

    Lar ecolgico:

    Edificaes Sustentveis - Arquitetos podem projetar construes ecolgicas, utilizando: madeiras dereflorestamento, energia solar, reaproveitamento da gua (principalmente para descargas no vasosanitrio), tecnologia para captao de chuva, camada de terra com vegetao para diminuir oaquecimento interno, sensores de presena para iluminao, ampla ventilao (janelas), tijolos de vidro etelhas translcidas para aproveitar a luz natural etc. rvores do sombra e ajudam a refrescar a casa.

    Energia dinheiro. No desperdice!!!

    Biodiversidade

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    Voc j parou para observar a enorme diversidade de organismos existentes no planeta Terra? Elesexistem sob vrias formas, tamanhos e cores. Existem dentro e fora da gua, podem nadar, correr, voaretc.

    Com as constantes discusses sobre questes ambientais, certamente voc j deve ter ouvido falar notermo Biodiversidade.

    Mas voc sabe o que isto significa?

    Bio = vida.Diversidade = qualidade daquilo que diverso, diferente, variado; variedade.

    Fique atento para aprender ainda mais sobre a biodiversidade!

    B i o d i v e r s i d a d e e D e s e n v o l v i m e n t o S u s t e n t v e l

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    Modelo de Desenvolvimento Sustentvel

    O Desenvolvimento Sustentvel foi definido pela Comisso Mundial sobre Meio Ambiente, no

    relatrio "Nosso Futuro Comum", documento publicado pelas Naes Unidas, em 1987 como: "Modelode Desenvolvimento que atende s necessidades do presente sem comprometer a possibilidade dasgeraes futuras atenderem a suas prprias necessidades".

    A adoo do Modelo de Desenvolvimento Sustentvel exige o envolvimento de toda a sociedade.Antes de tudo, necessrio um processo de reeducao para que as pessoas optem por uma melhorforma de utilizar os recursos que a natureza oferece. Consiste na alternativa ideal para a preveno dosproblemas ambientais; a adoo de um novo modelo de desenvolvimento.

    Obioplstico um bom exemplo de um produto baseado no conceito dedesenvolvimento sustentvel. Utiliza um recurso renovvel, a fibra vegetal, que se

    decompe com facilidade na natureza. Os produtos de bioplsticos substituem osprodutos derivados do petrleo (recurso no renovvel).

    Extino de espcies Se os nveis atuais de desmatamento das florestas continuarem, dentro de um sculo haver a perda deinmeras espcies de plantas e animais na bacia Amaznica, nas Amricas Central e do Sul. No sepode estimar precisamente o nmero de espcies que esto se extinguindo nas florestas tropicais ou emqualquer habitat pela simples razo de no conhecermos o nmero de espcies originalmente presentes.

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    A Unio Internacional para Conservao na Natureza IUCN utiliza critrios para caracterizar asespcies ameaadas de extino contidas em listas e livros vermelhos. As espcies so classificadasem categorias que indicam o grau de ameaa:

    y Extintas: espcies no encontradas na natureza nos ltimos 50 anos.y Em perigo: inclui espcies cujos nmeros foram reduzidos a nveis crticos ou cujos habitats se

    reduziram drasticamente e que se encontram em perigo iminente de extino.y Vulnerveis: nesta categoria, esto includas as espcies em que as populaes esto

    decrescendo pelo excesso de explorao e destruio extensiva de habitats ou por outrodistrbio ambiental.

    y Raros: espcies localizadas em reas geogrficas ou habitats isolados ou distribudos em reasmaiores, mas com populaes pouco numerosas.

    y Indeterminados: so espcies que podem ser enquadradas nas categorias em perigo,vulnervel ou rara, mas as informaes existentes no permitem determinar a categoria maisapropriada.

    y Insuficiente conhecido: so espcies de que se suspeita pertencer a uma das categoriasacima, embora no se possa definir com segurana por insuficincia de informaes.

    y Uso de transgnicos

    yy De acordo com a definio do Greenpeace, transgnicos ou organismos geneticamente

    modificados OGM , so seres vivos criados em laboratrio a partir de cruzamentos quejamais aconteceriam na natureza: planta com bactria, animal com inseto, bactria com vrusetc., usando uma tcnica que permite cortar genes de uma determinada espcie e col-los emoutra, os cientistas criam organismos totalmente novos com caractersticas especficas.

    y Entre os principais problemas ambientais relacionados aos transgnicos est a mistura gentica,que acontece quando plantas transgnicas cruzam com plantas convencionais e se sobrepem,causando uma perda da diversidade gentica da espcie. Isso j aconteceu com o milho noMxico, por exemplo. Variedades que vinham sendo melhoradas h sculos pelos agricultoresforam perdidas quando tiveram contato com o milho transgnico.

    y Alm disso, osOGM tambm podem aumentar o uso de agrotxicos. A soja da Monsanto(indstria que produz alimentos geneticamente modificados), por exemplo, foi feita para serresistente a um nico pesticida. Aps alguns anos usando sempre o mesmo produto, o agricultor

    comea a ter problemas para matar as ervas daninhas, que passam a ficar mais fortes eresistentes.

    y Para acabar com esse problema, ele obrigado a aplicar o veneno mais vezes e emquantidades cada vez maiores. E isso significa que mais agrotxico ser depositado no solo e nagua ao redor da lavoura, conseqentemente, o consumidor acaba ingerindo alimento commaior grau de contaminao por agrotxicos.

    y Agenda 21

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    yy A Agenda 21 um plano de ao para ser adotado global, nacional e localmente, por

    organizaes do Sistema das Naes Unidas, governo e pela sociedade civil, em todas as reasem que a ao humana traz conseqncias para o meio ambiente.

    y Constitui-se na mais abrangente tentativa j realizada de orientar para um novo padro de

    desenvolvimento para o sculo XXI, buscando a sustentabilidade ambiental, social e econmica,em todas as suas aes propostas.

    B i o d i v e r s i d a d e e D e s e n v o l v i m e n t o S u s t e n t v e l

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    Reaproveitamento e reciclagem de recursos A natureza tem seus ciclos, em que todos os recursos so reaproveitados e/ou reciclados naturalmente.O ser humano quando manufatura esses recursos para produzir bens de consumo gera resduos quedevem ser reaproveitados ou reciclados de alguma forma.Voc j deve ter ouvido falar em coleta seletiva de lixo, certo? Esta apenas uma maneira dereaproveitar e/ou reciclar os recursos.

    Quer saber mais?A coleta seletiva a etapa essencial quando se busca uma maior eficincia na reciclagem. Tudo comeacom a separao dos materiais reciclveis no prprio local onde so produzidos. Aps a separao, osmateriais so coletados e encaminhados para o beneficiamento. Este sistema facilita a reciclagem,porque os materiais estaro mais limpos e, conseqentemente, com maior potencial dereaproveitamento. Os sistemas mais utilizados na coleta seletiva so:

    y Coleta porta-a-porta - os resduos so selecionados e coletados diretamente nas casas,escolas, escritrios etc., pelo servio de limpeza pblica, sucateiros ou empresas responsveispelo servio.

    y Postos de coleta ou entrega voluntria - os resduos so colocados em recipientes,containeres ou caambas adequadas, em locais previamente definidos.

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    Fases da Educao Ambiental

    O desenvolvimento da Educao Ambiental no planeta surgiu com os principais eventos e iniciativasrelacionados com a proteo ambiental. Veja como isso aconteceu:

    y Nos anos 60, o livro Primavera Silenciosa da jornalista Rachel Carson provocou um forteimpacto sobre a conscincia ecolgica em diversos pases. A autora realizou uma pesquisa deabrangncia mundial sobre os usos e abusos dos agrotxicos e seus efeitos sobre o meioambiente. Suas denncias resultaram em mobilizao de organizaes no governamentais epresso sobre as autoridades constitudas.

    y AConferncia de Estocolmo: Conferncia das Naes Unidas sobre o Meio Ambienteaconteceu em junho de 1972, em Estocolmo, Sucia. Esta conferncia considerada um grandemarco na histria por ter chamado a ateno do mundo para a gravidade da situao ambiental.Um dos resultados da Conferncia de Estocolmo foi a criao, em 1972, pela ONU, do Programadas Naes Unidas para o Meio Ambiente - PNUMA (UNEP- United Nations EnvironmentalProgram).

    y Conveno de Viena para a Proteo da Camada de Oznio: Esta Conveno, realizada emmaro de 1985, teve como objetivo discutir os mecanismos necessrios para proteger a sade

    humana e o meio ambiente contra os efeitos adversos, resultantes das modificaes da camadade oznio, estabelecendo medidas e desenvolvendo protocolos com este

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    propsito. Como resultado desta

    Conveno, foi estabelecido o Protocolo de Montreal, de abrangncia internacional, lanado em1987, o qual estabelece diretrizes para controlar as emisses de substncias que destroem acamada de oznio tais como aquelas que contm CFCs - Cloro Flor Carbonos nas suascomposies. Diversos pases se comprometeram com o que foi estabelecido neste Protocolo,inclusive o Brasil.

    y Conferncia Rio-92 ou ECO-92: Conhecida tambm com Conferncia das Naes Unidas

    sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento ou a Cpula da Terra, foi realizada em junho de 1992.Na oportunidade estiveram presentes delegaes nacionais de 175 pases. A Conferncia foiaudaciosa ao permitir uma grande participao de organizaes no-governamentais (ONGs),que passaram a desempenhar um papel fiscalizador e pressionar os governos para ocumprimento dos compromissos firmados neste evento. Para saber mais sobre a ConfernciaRio-92, acesse este link.

    y A Instituio da Poltica Nacional de Educao Ambiental: Em 27/04/99, o ento Presidenteda Repblica, Fernando Henrique Cardoso, sancionou a lei que institui a Poltica Nacional deEducao Ambiental.

    O projeto de lei, de autoria do ex-deputado Fbio Feldman, tramitou no Congresso Nacional porseis anos. No processo de elaborao da lei, foram consultadas mais de trezentas entidades detodo o pas, entre universidades, secretarias estaduais de meio ambiente e organizaesambientalistas.

    A i n t e g r a o h u m a n a c o m o m e i o a m b i e n t e

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    Aes para conscientizao e prtica da educao ambiental

    Apresentaremos agora dicas e aes para a prtica de educao ambiental nas empresas, escolas,bairros e ambientes domsticos.

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    y Boas prticas nas empresas

    No segmento industrial, as empresas vm sofrendo grandes presses em relao s questesambientais, em funo da Norma Internacional Ambiental ISO-14001.

    Um Programa de Educao Ambiental numa empresa deve ser contnuo e permanente,constitudo de vrias etapas. O ideal adotar um programa que, alm de promover asensibilizao dos empregados para as questes ambientais, possa igualmente oferecer suportena implantao do Sistema de Gesto Ambiental (SGA) das empresas. Um bom exemplo de

    programa de Educao Ambiental na empresa a realizao da coleta seletiva que beneficiauma cooperativa de catadores de materiais reciclveis.

    y Boas prticas nos bairrosQualquer atividade sobre Educao Ambiental, quando direcionada a bairros ou comunidades,tem que considerar a histria, a cultura e os costumes do local. O teatro, as gincanas, osfestivais, os shows musicais e as campanhas podem ser recursos interessantes para divulgar asboas prticas ambientais.

    O ideal envolver a comunidade na criao de idias, personagens e smbolos, que devemestar de acordo com a realidade local. Oficina de vdeos, envolvendo a participao de todos tambm uma excelente alternativa.

    y Boas prticas nas escolas

    Nas escolas, tanto por exigncia da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educao (LDB) quantoda nova Poltica Nacional de Educao Ambiental, os contedos de Educao Ambientaldevero ser integrados ao currculo atravs do que se chama "TRANSVERSALIDADE", isto ,

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    "atravessando" as diversas reas do conhecimento, de forma a criar uma viso global eabrangente da questo ambiental.

    No caso da Educao Ambiental, o profissional dever estimular a aplicao do conhecimentode diversas disciplinas para anlise de uma situao, considerando a dimenso cultural e naturaldo local, visando transformao da realidade em benefcio do meio ambiente.

    y Boas prticas no ambiente domstico

    Uma forma de garantir que seus filhos se tornaro futuros cidados, alinhados s novastendncias mundiais inform-los sobre a Educao Ambiental. Explique a todos por que importante no desperdiar a gua, energia e papel. Informe para onde vai o lixo que geradona sua casa e por que importante reduzi-lo, assim como fazer a coleta seletiva domstica.

    Se existir espao para cultivar algumas plantas, incentive as pessoas a aproveitarem os restosde alimento como adubo.

    Leve filmes educativos para casa e assista-os com sua famlia. Existem filmes interessantesdisponveis em bibliotecas ou em rgos pblicos. Alguns canais de televiso j oferecemtambm algumas opes de programas educativos relacionados com a questo ambiental.

    Diante das Aes para conscientizao e prtica da Educao Ambiental, pode-se afirmar que aeducao ainda o melhor meio de conscientizar as pessoas de que o meio ambiente precisa decuidados.

    Estratgias devem ser adotadas para a sustentabilidade como, por exemplo, parcerias de intercmbio deinformaes entre municpios e compromissos de cooperao com governos locais. Estes devem levar

    em conta, principalmente, as especificidades e as caractersticas particulares de cada localidade, decada cidade, e planejar o que deve ser desenvolvimento sustentvel em cada uma dessas localidades.

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    E d u c a o p a r a a Q u a l i d a d e A m b i e n t a l

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    Educao para a Qualidade Ambiental Como voc j deve ter percebido ao longo do nosso curso, inegvel a prtica da educao ambientalpara uma melhoria da qualidade de vida do nosso planeta, certo? Nas empresas, a prtica da educaoambiental est diretamente ligada s questes do aumento da competitividade no mercado interno(Brasil) e no mercado externo (outros pases).Veja a seguir alguns mecanismos e iniciativas de conformidade e atuao com responsabilidadeambiental utilizados na indstria para garantir uma melhoria da qualidade ambiental:

    y Programa Poluidor Pagador

    Este Princpio foi popularizado, em 1975, pela Organizao para a Cooperao e oDesenvolvimento Econmico CECD, que estabelece que o poluidor potencial deve agir demodo a prevenir a poluio e arcar com os custos referentes remediao e recuperao dosdanos decorrentes desta poluio.

    y Programa de Atuao Responsvel (Responsible Care Program)

    Este Programa foi criado no Canad, em 1984, com o objetivo de melhorar a imagem pblica daindstria qumica, acuada pela sociedade em virtude dos fortes impactos ambientais que estavinha provocando ao meio ambiente. Atualmente, este programa obrigatrio para os membrosda Associao das Indstrias Qumicas (Chemical Industries Association), baseia-se nosprincpios da gesto da qualidade total, incluindo a avaliao dos impactos atuais e potenciais

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    sobre a Sade, Segurana e Meio Ambiente. Prev, ainda, a prestao de informaes daempresa a todas as suas partes interessadas. No Brasil, este Programa gerenciado pelaABIQUIM - Associao Brasileira das Indstrias Qumicas.

    y EMAS = Eco - Management and Audit Scheme

    Trata-se da Regulamentao de Gesto e Auditoria Ambiental (EEC N 1836/93), criada em1992 e adotada pelos Ministros do Conselho da Unio Europia em 1993. Os principaisrequisitos para uma empresa adotar o EMAS so:

    y Declarao de uma Poltica Ambiental;y Realizao de uma auditoria ambiental;y Implementao de um Sistema de Gesto Ambiental aplicvel em todas as atividades

    desenvolvidas pela empresa;y Compromisso com a melhoria contnua de desempenho ambiental.

    Mecanismos para garantir melhor qualidade ambiental

    Veja abaixo maisalguns mecanismos utilizados na indstria para garantir uma melhoria da qualidadeambiental:

    y

    Selos ecolgicosSo selos concedidos s empresas que comprovam que esto fabricando e/ou utilizandoprocessos que no causam danos ao meio ambiente. O primeiro selo ecolgico surgiu naHolanda, em 1972, mas s na dcada de 90, quando a questo ambiental comeou a serconsiderada um diferencial competitivo no mundo dos negcios, que houve o maior incentivopara a criao destes selos em diversos pases.

    y Protocolo Verde

    Este Protocolo foi publicado pelo Ministrio do Meio Ambiente em 1995. Seu objetivo incorporar a varivel ambiental no processo de gesto e concesso oficial de crditos ebenefcios fiscais s atividades produtivas. Os bancos devem adotar sistemas internos declassificao de projetos que levem em conta o impacto ambiental e suas implicaes em termosde risco de crdito. O BNDS, Banco do Brasil, BASA, BNB, CEF j vm atuando dentro dos

    Princpios do Protocolo Verde.

    As prticas de Produo Limpaesto mais prximas do topo da pirmide.

    y Produo Limpa

    Os princpios da Produo Limpa (Clean Production) surgiram nos anos 80, como proposta daorganizao ambientalista internacional Greenpeace, na campanha para mudana maisprofunda do comportamento industrial. A boa idia ganhou maior visibilidade, a partir de 1989,

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    quando o PNUMA Programa das Naes Unidas para o Meio Ambiente criou o programadeProduo Mais Limpa.

    Os Programas de Produo Limpa j vm sendo amplamente disseminados no mundo e jexistem cerca de 30 Centros de Produo Limpa criados com o apoioda UNIDO/UNEP envolvendo muitos pases e organizaes.

    O CNTL - Centro de Tecnologias Limpas foi o primeiro Centro deste tipo criado no Brasil. Suaimplantao, em julho de 1995, foi fruto de um convnio com a UNIDO/UNEP e o Ministrio das

    Relaes Exteriores, em parceria com a Federao das Indstrias do Rio Grande do Sul, estado ondeeste centro est localizado. O site do CNTL : http://www.rs.senai.br/cntl .

    Existem tambm Ncleos de Produo Limpa no Brasil sediados em diversos estados brasileiros osquais atuam em conjunto com universidades e empresas, formando uma rede voltada para adisseminao destes programas no Brasil.

    Nesses Programas, procura-se investigar as causas da gerao dos resduos, substituindo a perguntaconvencional usada na gesto de resduos: "Como se podem tratar os resduos?" pela pergunta "Deonde vm os resduos e por que eles se formam?

    A questo econmica e as normas ISO14000

    A sigla ISO significa Organizao Internacional para Normalizao (International Organization for

    Standardization ).Essa organizao est localizada em Genebra, na Sua, e foi fundada em 1947. Trata-se de umareferncia palavra grega ISO, que significa igualdade.

    O propsito da ISO desenvolver e promover normas e padres mundiais que traduzam o consenso dosdiferentes pases do mundo de forma a facilitar o comrcio internacional. A ISO tem 119 pasesmembros. A srie de normas ISO-14000 fruto do trabalho do Comit Tcnico TC-207 da ISO. O Brasilfaz parte da ISO, como scio fundador, atravs da ABNT- Associao Brasileira de Normas Tcnicas.

    A ISO uma grande famlia que possui diversas normas como por exemplo: NBR ISO 14001, NBRISO14004, NBR ISO 14010, NBR ISO 14011e a ISO 14001 (enfoque ambiental).

    ISO14001- Sistema de Gesto Ambiental

    Esta norma fornece informaes para a implantao de um Sistema de Gesto Ambiental a partir da

    identificao e priorizao dos aspectos e impactos ambientais da empresa.

    a nica norma da srie ISO 14000 que permite a empresa receber um certificado ambiental. O ciclomostrado abaixo o "Ciclo do PDCA", iniciais das palavras inglesas Plan (planejar), Do (fazer), Check,(checar, avaliar) Act (agir para a melhoria). O ciclo do PDCA muito utilizado nos processos deimplantao do Gerenciamento pela Qualidade Total - GQT.

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    Elaborao da ISO-14000

    Com o apoio de diversos setores da economia brasileira, o GANA - Grupo de Apoio NormalizaoAmbiental, criou em 1994, as principais atribuies no processo de elaborao das normas ISO-14000:

    y Acompanhar as discusses que ocorriam nas reunies do TC-207;y Avaliar como as sugestes e opinies levantadas nessas reunies poderiam influenciar na

    competitividade dos produtos nacionais;y Propor alternativas que atendessem aos interesses do Brasil.

    Com o desenvolvimento da maioria das normas da srie ISO-14000, o GANA - Grupo de Apoio Normalizao Ambiental foi extinto e deu lugar ao Comit Brasileiro CB-38.

    A presena brasileira na elaborao da ISO-14000 muito importante. Essaparticipao tem colocado o Brasil numa posio respeitvel perante o TC-207.

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