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MEMÓRIA CNPT ReuniIo/1 9 rESULTADOS DE PESQUISA DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO APRESENTADOS NA XIV RENAPET ! REUNIAO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO 21 o 25 de julho de 1986 Londrino. PR Resultados de pesquisa do 1986 -2OO6.01(74

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MEMÓRIA CNPT ReuniIo/1 9

rESULTADOS DE PESQUISA DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO APRESENTADOS NA XIV RENAPET

!

REUNIAO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO 21 o 25 de julho de 1986 Londrino. PR

Resultados de pesquisa do

1986 -2OO6.01(74

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RAPOBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente: .Jos& Sarney

Ministro da Agricultura: Iris Rezende Machado

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuiria - 121BRAPA

presidente: Ormuz Freitas Rivaldo

Diretores: Ali Aldersi Saab

Derli Chaves Machado da Silva

Severino de M.I. Arajo

Centro Nacional de Pesquisa de Trigo - CNPT

Chefe: Luiz Ricardo Pereira

Chefe Adjunto Técnico: Aroldo Gaflon Linhares

Chefe de Apoio Administrativo: Pedro Paulino Risson

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ISSN 0101-6644

xIINISTËRIO DA AGRICULTURA - MA

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA ACROPECUÃRIA - EMERAPA

Centro Nacional de Pesquisa de Trigo - CNPT

Passo Pundo, RS

RESULTADOS DE PESQUISA DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE

TRIGO APRESENTADOS NA XIV REUNIÃO NACIONAL

DE PESQUISA DE TRIGO

XIV REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO,

Londrina, PR, 21 a 25 de Julho de 1986

Centro NacionaL de Pesquisa de Irigo

Passo Fundo, RS

1986

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EMBRAPA--CNPT. Documentos, 8

Exemplares desta publicaçao podem ser solicitados a: EMBRATA-CNPT .- BR 285 - Krn 174 Telefone: (054)313-1244 CEIO Telex: (054)2169 Uok1id: ...-..j

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Caixa Postal 569 99100 - Passo Fundo, RS .--.--..- Dts 8ÇUtÇ& Tiragem: 1•000 exemplares P4' 14 FiscaWatt:

- -Comite de Publicacoes

Presidente: .ioao Carlos Soares Mareira

Membros: Erlei Meio Reis ,,t7Jsf__Q_— Joo Carlos Ignaczak Maria Irene Baggio de Moraes Fernandes Milton Costa Medeiros Sino WiethSlter

Grupo Editorial: Mmando Ferreira Filho Benami Bacaltchuk - Editor Liane Matzenbacher Mary Matiko Mizuta Neiva Helena Beltrami da Silva

Capa e desenhos: Liciane Toazza Duda

Datilografia: Dinaura Miotto Winkelmann, rAtina Maria De Marchi, Roselaine Almeida Souza, LAa Mera Sulczinski, Nedir Rosane Scheneider

Raunio Nacional de Pesquisa de Trigo, 14, Londrina, PR, 1986.

Resultados de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo apresentados na XIV Retniao Nacional de Pesquisa! de Trigo. Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1986.

312p. (ERA2A-CNPT, Documentos, 8).

1. Trigo-Congressos-Brasil. I. Empresa Brasileira Pesquisa Agropecuria. Centro Nacional de Pesquisa Trigo, Passo Fundo, RS. II. Título. III. S&rie.

© EXBRAPA-1986

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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO . 9

TRABALHOS TÉCNICOS • li

MELHORAMENTO

• Incorporação de porte baixo, precocidade e melhoria da palha em algumas

cultivares brasileiras de trigo - Cantídio N.A. Sousa, Leo de J.A. Dei

Duca, Ottoni de S. Rosa ................................................ 15

• Experimentaçao preliminar de trigo em plantio antecipado - lao de J.A.

Dei Duca, Cantidio N.A. de Sousa, Edar P. Comes ........................ 25

• Comportamento das cultivares do 169 e 179 International Winter Wheat

Performance Nursery em Passo Fundo, RS - Leo de J.A. Del Duca, Cantrdio

N .A. de Sousa .......................................................... 31

• Estudo de altura e de algumas características do grão em populaç3es lii-

bridas F3 de cinco cruzamentos de trigo - deusa M. Vanini, Cantídio N.

A. de Sousa ............................................................ 39

• Resultados do ensaio regional de rendimento de variedades de trigo do

Cone Sul de 1979 a 1984 - Cantídio N.A. de Sousa, João C.S. Moreira,

Francisco A. Langer .................................................... 49

• Rasuitados obtidos atravs do projeto de criação de cultivares de trigo

em Passo Fundo, RS - Cantídio, N.A. Sousa, Leo de J.A. Del Duca, Edar

P. Comes, Francisco A. Langer, Milton C. Medeiros, Jogo C. Moreira,

Pedro L. Scheeren ...................................................... 69

PITOPATOLOCIA

• Ferrugem do como do trigo no Brasil, de 1983 a 1985 - Elisa T. Coelho 93

• Avaliaçâo de resistincia â ferrugem do coimo das cultivtres dos ensaios

regionais de rendimento de variedades de trigo do Cone Sul (ERCOS) -

Elisa T. Coelho ........................................................ 101

• Comportairento â ferrugem da folha das cultivares de trigo ..,.comendadas

para o cultivo no aS e em SC em 1986 - Amarilis L. Barcellos, José Mau-

rício C. Fernandes ..................................................... 111

• Ferrugem da folha do trigo no Brasil em 1984 e 1985 - Ücorrncia e vi-

rulncia - Axnariiis L. Barcelo. ........................................ 117

ENtOMOLOGIA

• Efeito de contato, inaiaco ou ingestao de inseticidas no controle da

lagarta do trigo PsdaIetia sequax - Dirceu N. Gassen ................. 135

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PRÁTICAS CULTURAIS

Rotação de culturas. VIII. Efeito de sistemas de cultivo no rendimento

de grãos de trigo - Henrique P. dos Santos, Luiz R. Pereira, Erlei M.

Reis ................................................................... 143

COMUNICADOSTÉCNICOS ..................................................... 157

MELHORAMENTO

• Seleção visando à obtenção de trigos com ciclo tardio-precoce - Leo de

LA. Del Duca, Edar P. Comes, Francisco A. Langor, Cant{dio N.A. de

Sousa .................................................................. 161

• Adaptação e reação às doenças en cultivares das coleçàes de trigos de

inverno no periodo 1984-85 - Leo de J.A. Dei Duca, Cantídio N.A. de

Sousa .................................................................. 165

• Melhoramento para resistincia parcial no Centro Nacional de Pesquisa de

Trigo: estratãgias e atividades em andamento - Leo de J.A. DeI Duca,

Edar F. Comes .......................................................... 169

• Rendimento de linhagens baixas de trigo no CNPT - João C.S. Moreira,

Edar P. Comes, Milton C. Medeiros 1 Cantidio N.A. de Sousa .............. 173

• Melhoramento de trigo para resistãncia a doenças atravãs de retrocruza-

mentos - O.S. Rosa, A.L. Barcellos, V. da R. Caetano, E.T. Coelho, L.

de J.A. Dcl Duca, LI, Linhares, G.L. Tonet, A.M. Prestes, C.N.A. de

Sousa, P.L. Scheeren, L. Aita, A.C.A. Zanatta, P.C. Sousa, C. Tavella,

S .R. Dotto, E. Iorczeski ............................................... 177

• Avanços no melhoramento genótico para evitar a germinação na espiga em

trigo - Ottoni de S. Rosa, Aroldo C. Linhares, Jorge L. Nedel .......... 183

• Melhoramento genãtico de trigo para resistãncia ao pulgão Schiaaphie

Grrarcinum - Ottoni de S. Rosa, Gabriela L. Tonet ........................ 187

• Resposta de alguns genótipos de trigo a fósforo no solo - Josã R. Ben,

Ottoni de S. Rosa ...................................................... 189

• Melhoramento genático de trigo para utilização de fósforo de solo -

Ottoni de S. Rosa, Josã R. Bem ......................................... 195

Melhoramento genãtico do trigo visando à maior tolerãncia à geada -

Ottoní de S. Rosa ...................................................... 199

FITO PATOLO CIA

Comportamento de cultivares de trigo artificialmente infectadas por

Cochiiobolus aativua, em casa de vegetação, em 1985 - Leonor Aita,

Ariano M. Prestes ...................................................... 205

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• Transmissão de Septoria nodorum Berk. das sementes para õrgãos aãreos

do trigo - Ariano M. Prestes ........................................... 209

• Giberela: biologia do agente causal e seu controle - Erlei M. Reis ..... 211

• Reação de cultivares de trigo ã mancha marrom, cansada por Cochliobo lua

sativua - Ariano M. Prestes, Leonor Aita ............................... 217

FERTILIDADE DOS SOLOS

• Ocorrãncia de fatores de toxidez em solo corrigido com a calagem na do-

se equivalente a 1 5H? para pH 6,0. 1. Resposta de cultivares de trigo

a doses de calcário superiores ã recomendação - Josá R. Ben, Ceraldino

Peruzzo ................................................................ 223

• Ocorrãncia de fatores de toxidez em solo corrigido com a calagem na do-

se equivalente a 1 8H para pii 6,0. II. Resposta do trigo a manganãs no

solo - Josá R. Ben, Ceraldino Peruzzo .................................. 225

• Ocorrância de fatores de toxidez em solo corrigido com a calagem na do-

se equivalente a 1 5H? para pH.6,O. III. Resposta do trigo a ferro no

solo - Josã R. Ben, Ceraldino ?eruzzo .................................. 227

• Avaliação da eficiãncia agronãmica de diversar fontes de fásforo nacio-

nais parcialnente soWveis - Trigo 1984 - Otávio J.F. de Siqueira, Cc-

raldino Peruzzo, Jos& Renato Ben ....................................... 229

• Avaliação da eficiáncia agronãmica de alguns fertilizantes fosfatados

nacionais a campo - 19 Cultivo, Trigo 1985 - Otávio J.F. de Siqueira,

Geraldino Peruazo, Sino WiethSlter, Josã R. Ben ....................... 233

• Resposta do trigo à adubação fosfatada aplicada a lanço e em linha -

Trigo, 1984-85 - Otávio J.F. de Siqueira, Ceraldino Peruzzo, Josá R.

Bem .................................................................... 237

• Avaliação na disponibilidade de nitrogânio de várias fontes para a cul-

tura do trigo - Ccraldino Peruzzo, Otávio J.F. de Siqueira ............. 245

• Perdas de nitrogãnio por lixiviação, sob condiçães controladas - Geral-

dino Peruano, Otávio J.F. de Siqueira, Sino Wiethlter, Josã R. Ben... 249

• Resposta do trigo à adubação nitrogenada em cobertura em solos do Pla-

nalto - as, em relação ao uso isolado de formjlaç&es tradicionais no plantio - Trigo, 1984185 - Otávio J.F. de Siqueira, Geraldino Peruzzo.. 253

• Adubos organo-minerais na cultura do trigo - Dados de 1985 - Sino

Wiethlter, Otávio J.F. de Siqueira, Ceraldino ?eruzzo, .Jos& R. Ben.... 257

RESUMO DE TRABALHOS VEICUIÀDOS EM OUTRAS PUBLICAÇÕES ..................... 261

Avaliação de cultivares de trigo en diferentes ápocas de seneadura -

João C.S. Moreira, João C. Ignaczak .................................... 265

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• Informaçées sõbre cultivares de trigo precoces recomendadas para o Rio

Grande do Sul em 1986 - joéo C.S. Moreira, Milton C. Medeiros, Cantídio

N .A. de Sousa, Edar P. Comes ........................................... 267

• Desuniformidade varietal e seu controle em trigo e em triticale - Maria

Irene B. de M. Fernandes ............................................... 269

FITOPATOLOGIA

• Viabilidade de conídios de Septoria nodorum Berk. expostos a condiçées

naturais em Washington - Josá M.C. Fernandes, J.W. Hendrix ............. 273

• Sobrevivancia de Septoria nodorum Berk. em Bromua teotorurn L. - José M.

C. Fernandes, J.W. Bendrix ............................................. 275

• Efeito da água livre e da temperatura no crescimento do micálio e de-

senvolvimento de sintomas nas folhas do trigo infectadas por Septoria

nodorien - José M.C. Fernandes, J.W. Hendrix ............................ 277

• Efeito de épocas de semeadura na infecçâo de sementes de trigo por 5ep-

tarja nodorum - Ariano M. Prestes, joao C.S. Moreira ................... 279

• Eficicia de fungicidas no controle da mancha da gluma do trigo, causada

por Septaria nodorum - Ariana M. Prestes, Edson C. Picinini ............ 281

• Metodologia para determinaçéo de perdas causadas em trigo por Qibbe-

relia aeae - Erlei M. Reis ............................................. 283

• Multiplicaçao de Eelininthaaporiwn sativura em árgjos aéreos de cereais

de inverno e sua relação com a origem do inéculo no solo - Erlei M.

Reis, Henrique P. dos Santos ........................................... 285

ENTOMOLOGIA

• Longevidade e proliferacéo de Metopolophiwn dirho&en, Rhopaiosiphum pa-

di, Sahizaphie graminum e Sitohion avenae (Hom., Aphididae) em trigo -

Dirceu N. Gassen ....................................................... 289

FERTILIDADE

• Comportamento de alguns genõtipos de cevada em relaçéo à acidez do so-

lo - José R. Ben, Geraldino Peruzzo, Euclydes Mineila .................. 293

PRÁTICAS CULTURAIS

• Produço de graos em campo bruto melhorado - Roque G.A. Tomasini, José

A.R. de O. Velioso, Ivo knbrosi, Luiz R. Pereira, Joéo K. Amantino ..... 297

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MECANIZAÇÃO

Desenvolvimento de seundora para plantio direto de parcelas experimen-

tais - José A. Portella, Antonio Faganello, Arcenío Sattler, Jorge L.

Nedel, Herculano 0. Annes .............................................. 301

INFORMÁTICA

Sistema Msico de Informação para o Trigo: resultados 1984 e 1985 -

Jogo C. Ignaczak, Armando Ferreira Filho, Benami Bacaltchuk ............ 305

ÍNDICE DE AUTORES ........................................................ 307

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APRESENTAÇÃO

Nesta oportunidade, em que se realiza a XIV Rsuniào Nacional de Pes-

quisa de Trigo, nossa Instituiçio, Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, Uni-

dade executora e coordenadora da cultura de trigo a nível nacional, tem o pra-

zer de colocar à disposiçào da pesquisa, assistncia técnica e produtores,

parte de seus trabalhos conduzidos com trigo nos dois ültimos anos.

Alertamos que algumas das pesquisas aqui apresentadas nào sÃo conclu-

sivas e devem ser utilizadas com os devidos cuidados pelos usuirios.

Luiz Ricardo Pereira Chefe do CNfl

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TRAEALIIOS TÉCNICOS

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MELHORAMENTO

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INCORPORAÇÃO DE PORTE BAIXO 1 PRECOCIDADE E MELHORIA DA PALHA

EM ALGUMAS CULTIVARES BRASILEIRAS DE TRICO

Cantídio N.A. de Sousa'

Leo de J.A. Dei Duca'

Ottoni de S. Rosa 1

RESUMO

Desde 1975 esta em desenvolvimento, no Centro Nacional de Pesquisa de

Trigo (EMBRAPA), Passo Fundo, ES, um trabalho específico referente ao melhora-

mento genático para algumas características agron8micas em relação is culti-

vares brasileiras de trigo. Atualmente, o trabalho concentra-se na diminuição

da altura em relação is cultivares BH 1146, BR 2, CNT 1, CNT 8, CNT 10, IAC 5-

Maringi e Jacut; melhoria da palha em relação i BR 2, IAS 58 e Jacuí e preco-

cidade em relação i CNT 8, CNT lO e Jacuí. Ap6s a realização de cruzamentos

simples com cultivares que pudessem corrigir o defeito das mesmas, foram rea-

lizados retrocruzamentos. O maior volume de trabalho á feito em condíçâes de

campo em Passo Fundo. O nível de dificuldade para atingir o objetivo final tem

sido maior em relação i melhoria da palha e menor em relação i incorporação

de precocidade. Foram reunidas linhagens, desde 1979, que foram colocadas em

coleçies ou em testes de rendimento. Algumas estio sendo usadas dentro do pro-

jeto geral em cruzamentos. E. 1985, foram reunidas 106 novas linhagens.

INTRODUÇÃO

Grande parte das cultivares de trigo lançadas para cultivo no Brasil são

de porte alto. Em algumas condiçâes favoráveis para a cultura como em solos

bem corrigidos com calcário, de alta percentagem de mstãria orgãnica e uso de

nitrogmnio em doses substanciais, este tipo de material geralmente apresenta

facilidade vara acamar. Em algumas regiães do Brasil, como no Rio Grande do

EngQ Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Passo Fundo, RS.

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Sul, tem havido maior utilização de cultivares altas. Entretanto, a melhoria

da tecnologia em uso poderá resultar na maior utilização de cultivares de por-

te mais baixo.

Outra maneira de minimizar os efeitos do acamamento poderá ser através da

melhoria da palha.

Em algumas regiões, as cultivares de ciclo curto apresentam algumas vem-

tagems em relação às de ciclo longo e entre oe aspectos importantes estão a

menor exposição ãs doenças, imfluãncia negativa de altas temperaturas no es-

pigamento e excesso ou falta de chuva no período final de desemvolvimento da

planta. A precocidade também é importante na sucessão com a cultura de verão

a ser estabelecida na mesma área de plantio.

Apôs a criação, pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRA-

PÁ) em 1975, do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT). em Passo Fundo,

RS, foram iniciados vãrios projetos específicos de melhoramento genético de

trigo. Um deles era referente à melhoria de características agronõmicas em

cultivares brasileiras. lnicialmente, concentrou-se no aspecto da diminuição

da altura.

Em 1980, foi feita uma avaliação da programação em relação a este traba-

lho, passando a pesquisa a ser feita com oito cultivares básicas, concentrando

o objetivo na diminuição da altura, na incorporação da precocidade e na melho-

ria da palha. No presente trabalha são apresentadas informações sobre o proje-

to e discutidos alguns resultados obtidos.

MATERIAIS E MÉTODOS

O trabalho de correção de defeitos em relação ao tipo agronõmico, a par-

tir de 1980, está sendo realizado com oito cultivares bésicas que estão rela-

cionadas na Tabela 1. Nos cruzamemtos envolvendo algumas destas cultivares

foram também utilizadas PF 782015 (CNT 1) • PF 772003 (CNT 8) • PF 782021 (CNT

lo) e PF 782023 (IAC 5-Maringã) resultantes do trabalho de seleção para esta-

bilidade genética dentro destas cultivares. Anteriormente, a partir de 1975,

cutras cultivares básicas como BR 3, BR 4, CMI 7, CNT 9, Cotiporã, IAS 59, No-

bre, PAI 19 e Toropi, também foram utilizadas, porém, não foram feitos outros

cruzamentos com estas cultivares a partir de 1980.

Apõs a realização de cruzamentos simples foram realizados retrocruzamen-

tos procurando selecionar, nas gerações segregantes, para o objetivo do cruza-

mento e ter, no final do trabalho, una cultivar con as características da

cultivar básica (recorrente) e com o defeito corrigido.

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A maior concentração da pesquisa tem sido em relação i diminuição da al-

tura, sendo o trabalho, atualmente, realizado com as cultivares básicas de

porte alto 88 1146, ER 2, CNT 1, CNT 8, CNT lO, IAC 5-Maringá e Jacuí. Entre

as fontes para diminuição da altura foram utilizadas as cultivares Alondra

Sib, Farfa, IAS 54, Jupateco 73, MS 7851, MS 7936, ND 81, NS 14-05, RC 7201,

RC 7205, PF 813, PF 79469, Sonora 64 e Timgalen.

A melhoria da palha está sendo buscada, procurando incorporá-la nas cul-

tivares básicas de palha fraca BR 2, IAS 58 e Jacuí. Foram utilizadas princi-

palmente as fontes de palha boa Alondra Sib, FB 6632, Italiano e MS 7936. No

trabalha em desenvolvimento esta se procurando ter materiais de palha mais

grossa, isto á, de maior diámetro de colmo. Na seleção tambám á considerado

o acamamento procurando-se descendentes com menor problema e, nestes casos,

poderá estar envolvida a resistáncia do sistema r"icular ao acamamento e a flexibilidade da palha.

A precocidade está sendo incorporada nas cultivares básicas de ciclo má-

dio CNT 8, CNT 10 e Jacuf, sendo utilizadas como fonte de precocidade as cul-

tivares IAC 13, Jupateco 73, PF 7614, Precoz Paraná INTA e Sonora 64.

Ê previsto que, após serem atingidos os objetivos específicos, parte do

material seja utilizado em cruzamentos visando correção de outros defeitos.

Em vários casos a cultivar básica está sendo trabalhada especificamente tam-

bám para outros defeitos, principalmente em relação a suscetibilidade âs doen-ças. Desta maneira poderão, paulatinamente, ser corrigidos dois ou mais defei-

tos de uma cultivar mantendo suas características básicas. As linhagens reuni-

das deverão ser utilizadas inclusive dentro do projeto geral ou convencional

de criação de cultivares de trigo, na realização de cruzamentos diversos. Pode

tambám ser viável a utilização direta de linhagens obtidas após a realização

de testes de rendimento.

O trabalho está sendo conduzido principalmente em condiçóes de campo com

tratamento com fungicidas, em Passo Fundo. A geração F1 é feita em Passo Fun-

do, em condiçóes de telado na geração de inverno (plantio em junho) ou de ve-

rão (plantio em dezembro) ou em Cd. Obregon, Sonora, Máxico (plantio em de-

zembro). A geração F2 á plantada a campo, em Passo Fundo, no inverno. É onde,

normalmente, o trabalho de seleção de plantas, buscando o objetivo de cada

cruzamento, é iniciado. As plantas selecionadas F3 são, em geral, semeadas em

Passo Fundo. A fim de avançar geração, parte do material de F3 a geração avan-

çada á enviada a Brasília (plantio em fevereiro) ou Cd. Obregon. Normalmente,

em Brasilia, a parcela á colhida em massa originando na geração seguinte o

plantio das filas de Brasília. Em U. Obregon são selecionadas plantas, apro-

veitando a ótima condição de seleção para tipo. As plantas selecionadas em

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Passo Fundo são medidas para altura antes da trilha. Para melhoria da palha,

muitas vezes, á medido o diãrnetro do colmo, e, para incorporação de precocida-

de, á dada nota de espigamento, ou marcação com lã dos materiais precoces.

Os grãos das plantas selecionadas são observados em relação à nota de grão.

Estes parãmetros são utilizados na seleção final dos materiais segregantes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O nGmero de parcelas estabelecidas como plantas selecionadas, filas de

Brasília e em população P2 em Passo Fundo, de 1981 a 1985, á apresentado na

Tabela 2. Neste námero estão incluÇdas as testemunhas (geralmente a cultivar

recorrente) usadas como base de comparação na seleção a campo.

O material segregante mais avançado, em relação à geração ou nível de re-

trocruzamento, plantado em Passo Fundo em 1985, á indicado a seguir:

Cultivar básica Cruzamento Geração Objetivo

3H 1146 6H 1146*51um 71-567 F3 Altura

ALD SIB14*HH 1146 Fe Altura

6H 1146*41SON 64 F3 Altura

MS 785113*EH 1146 F5 Altura

BR 2 BR 2*5/RC 7201 Ei Altura

6R 2*4/NS 14-05 E, Altura

ITL13*BR 2 F1 Palha

MS 793612*BR 2 Ea Palha

CNT 1 CNT 1*61JUP 73 E3 Altura

CNT 1*51JUP 73 E, Altura

ND 81/4*CNT 1 E3 Altura

PF 78201511IA 54/3*CNT 1 F4 Altura

CNT 1*315WN 1735 Es Altura

CNT 8 TGL/2*CNT 8/12*PF 772003 F Altura

PF 772003*21MS 7936 E, Altura

PF 772003"21PF 813 E, Altura

PF 772003*3//CNT 8*3/SON 64 E, Precocidade

CNT 8*31SaN 641/PF 772003 Fo Precocidade

CNT 10 CNT IO/RC 720513*PF 782021 E5 Altura

IAS 52/SOLO//JUP 73/3/4*CNT 10 E3 Altura

18

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Cultivar -

basaca Cruzamento Ceraçao Objetivo

MS 785113*PF 782021 F2 Altura

MS 785112*PF 782021 F5 Altura

CNT 9*21PF 7614//CNT 10/313*PF 782021 F2 Precocidade

CNT 9*21JU? 731/CNT 10/3/2*PF 782021 F4 Precocidade

IAC 5-Naringi JUP 7313*IAC 5112*PF 782023 F6 Altura

PF 782023*3/MS 7851 E, Altura

IAC 5*31ITAPUA 6 E5 Altura

PF 79469/2*PF 782023 F3 Altura

IAS 58 ES 6632/4*IAS 58 Fj Palha

ALD SIB/3*IAS 58 E6 Palha

ES 663212*IAS 58 E6 Palha

NS 7936/2*IAS 58 E3 Palha

IAS 58*2/ITL E3 Palha

Jacui Jacuí*5/JUP 73 E 3 Altura

Jacuí*51ALD SIB E2 Altura

Jacuí*5/CMR 75A919 Ei Altura

Jacuí*4/CMH 75A919 E3 Altura

Jacuí*4/ALD 818 E5 Altura

Jacui*3/PE 79469 E3 Altura

ITL/2*Jacuí F4 Palha

MS 793612*Jacuí E3 Palha

Quilamapu 4_7812*Jacuí E1 Palha

Jacuí*3//PPI/2*CNT 8 E, Precocidade

CNT 91JUP 73113*Jacuí E5 Precocidade

Jacuí*31IAC 13 E5 Precocidade

Em função do trabalho estar sendo desenvolvido há vários anos, muitas

linhagens furam reunidas. Estas linhagens foram colocadas em coleçGes e/ou em

ensaios de rendimento. Algumas estão sendo usadas no bloco de cruzamento vi-

samdo A combinação de características desejãveis sendo que as utilizadas em 1985 estio relacionadas na Tabela 3. Algumas linhagens, ap6s participação em

ensaios preliminares, passaram para emsaios mais avançados. Na Tabela 4, são

relacionadas as linhagens que participaram, em 1985, dos ensaios oficiais das

Comiss5es Regionais de Avaliaro e Recomendação de Cultivares de Trigo (CRC-

Trigo 1, CRCTrigo II e CRCTrigo III).

Em 1985 foram reunidas 106 novas linhagens, sendo os cruzamentos mais re-

19

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presentados relacionados a seguir:

FB 663212*IAS 58 8 Novas linhagens

FF 7720031FF 813 7 Novas linhagens

MS 785112*BH 1146 6 Novas linhagens

CNT 1*41JUF 73 6 Novas linhagens

FF 782023*2IMS 7851 6 Novas linhagens

ALO SIBI4*BR 1146 4 Novas linhagens

CNT 1*21SWM 173311FF 782015 4 Novas linhagens

CNT 8/SON 6411FF 772003 3 Novas linhagens

MS 7851IBH 1146 3 Novas linhagens

CNT IOIRC 7205I13*FF 782021 3 Novas linhagens

MS 7936/LAS 58 3 Novas linhagens

CNT 9*2/FF 76141/CNT 101312*FF 782021 3 Novas linhagens

A utilização do nãtodo do retrocruzamento, na melhoria das trãs caracte-

rTsticas agron&nicas, tem apresentado alguma dificuldade na obtenção de resul-

tados principalnente em relação à melhoria da palha que parece ser uma carac-

terística de herança complexa. Isto faz com que o mãtodo apresente grande di-

ficuldade en seu uso. A menor dificuldade foi encontrada em relação à incorpo-

ração de precocidade. No caso do trabalho de incorporação de porte baixo, al-

gumas dificuldades foram encontradas na obtenção de resultados. Entretanto, o

fato de a genãtica desta característica ser nuito estudada e con muita litera-

tura disponível facilitou a realização do trabalho pelo conhecimento dos genes

disponíveis e pelo tipo de herança de transmissão da característica. Em função

da intervenção e das interaç5es de muitos fatores relacionados à transmissão

da característica altura, alguns cruzamentos se destacaran mais. Assim cruza-

mentos de CNT 8 com a cultivar italiana Farfa e a australiana Tingalen não

nostraram bons resultados, enquanto que com MS 7936 ou FF 813 os resultados

são promissores na obtenção de material baixo. A cultivar mexicana Jupateco 73

mostrou boa aptidão combinatria em cruzamentos visando à dininuição da altu-

ra. No caso de cruzamentos desta cultivar com a CNT 1, jã estã disponível ma-

terial com 5 retrocruzamentos.

Iras

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Tabela 1. Cultivares recorrentes de trigo que estio sendo trabalhadas no pro-jeto de correção de defeitos para características agron6micas, cru-zamentos e objetivos buscados. EMBRAPA-CNPT, 1986

Cultivar Cruzamento Objetivo buscado

8H 1146 PC 1//FT/MT Altura (diminuiço)

OR 2 IAS 5014/IAS 46/3/VS01.*41IE 101/1 Altura e palha (melhoria)

CNT 1 PF 11-1000-62/BH 1146 Altura

CNT 8 IAS 20/ND 81 Altura e precocidade

CNT 10 IAS 46/IAS 491/IAS 46/TOKAI 66 Altura e precocidade

IAC 5-Maring PC 11/FN/I( 58 Altura

IAS 58 IAS 46/COP Palha

Jacuí 5 8/Toropi Altura, palha e precocidade

Tabela 2. Numero de parcelas de plantas selecionadas, filas de Brasília e E2 estabelecidas no CNPT de 1981 a 1985, em Passo Fundo, RS

Material 1981 1982 1983 1984 1985

E2 157 119 87 69 47

Plantas selecionadas

- palha, precocidade e principalmente altura 1.270 907 843 675 -

- altura - - 295 630 798

- palha - - 135 352 463

- precocidade - 192 135 89 229

Filas de Bmailia

- palha, precocidade e principalmente altura 929 708 666 269 201

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Tabela 4. Linhagens do projeto de correção de defeitos para características agronamicas presentes nos ensaios oficiais da CRCTrigo 1, CRCTri-go II e CRCTrigo III em 1985

Cultivar Cruzamento CRCTrigo Ensaio 2 Estados

PE 80271 RC 7201/BR 2 1 ESB as PE 80271 RC 7201/aR 2 II ML, CSBR MS, ER, SP

PF 8150 IAS 58*21Eagle 1 ER RS

PP 8150 IAS 58*21Eagle III EESQ DE, CO, MC

PE 828 aD SIB12BB 1146 III EESQ DE, GO, MC

PE 8237 RC 720112*BR 2 1 ER RS

PE 82410 RC 7201/2*BR 2 1 ER R5

PF 82420 RC 720112*BR 2 1 ER aS PF 82428 RC 720112*BR 2 1 ER R5

1 CRCTrigo (Comísso Regional de Avaliaço e Recomendação de Cultivares de Trigo - 1 (Regi5o 1 - RS, SC), II (Regiao II - ES, ER, SP) e III (Regiâo III - BA, DE, GO, MC, NT). CSBR - Ensaio Centro-sul-Brasileiro Resistente Alumínio. EESQ - Ensaio Estadual de Sequeiro. ER - Ensaio Regional (as). ESB - Ensaio sul-Brasileiro. ML - Ensaio Meridional.

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EXPERIMENTAÇÃO PRELIMINAR DE TRICO EM PLANTIO ANTECIPADO

Leo de J.A. Dei Duca 1

Cant!dio N.A. de Sousa t

Edar P. Cones 1

RESUMO

Na tentativa de identificar genõtipos de trigo com adaptação ao plantio

antecipado (fins de abril a meados de maio nas condiç&es de Passo Fundo), foi

conduzido um ensaio nos anos de 1984 e 1985, no Centro Nacional de Pesquisa de

Trigo. O experimento englobou 25 cultivares de trigo por ano, sendo a maioria

estrangeira, de hãbito invernal ou facultativo e algumas nacionais de ciclo

mdio e longo, utilizadas como testemunhas. A preferância por esse tipo de ma-

terial reside na inviabilidade de semear trigos precoces en mai,, devido à o-

corrãncia de geada no espigamento. O ensaio foi instalado em 15.05.84 e em

03.05.85, em blocos casualizados com 4 repetiç6es, sendo as 3 primeiras subme-

tidas a ap14caç6es de fungicidas. A área útil de cada parcela correspondia a 3

linhas de 3 m de comprimento. Conparativanente a CNT 8, destacaram-se, em 1984,

Ft 737-03, EL 72185A-A2-C1 , EL 301, MC 8114701, Coker 762, Omega 78 e Rosen com

rendimentos e percentuais que variaram de 4.384 a 2.342 kg/ha e 211 a 112 %,

nas repetiç&es tratadas. Em 1985, salientaram-se relativamente a CNT 8, as

cultivares Coker 80.33, NAPE 81014, EL 72185A-A2-C1, FL 737-03, MC 78W810, Co-

ker 68.19, Hunter, Oasís, EL 301 e Coker 762 com rendimentos e percentuais que

variaram de 3.426 a 2.817 kg/ha e 143 a 118 %, nas repetiçSes tratadas. Os

bons tendimentos, obtidos nas cultivares com melhor comportamento, fornecem e-

vidãncias no sentido de viabilizar a exploração do potencial oferecido pelo

plantio do cedo, especialmente quando forem obtidas linhagens selecionadas pa-

ra essas condiç8es. A adoção dessa prãtica envolveria tecnologia específica e

forneceria uma alternativa importante para os agricultores, no que tange à

conservação do solo, à diversificação de cultivares e ãpocas e ao aumento de

rendimento.

1 Eng9 Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Passo Fundo, RS.

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INTRODUÇÃO

Em algumas areas do Rio Grande do Sul, o plantio antecipado do trigo (an-

tes da apoca recomendada) tem apresentado em alguns casos boas perspectivas,

facilitando a sucessao com a soja e diminuindo as perdas por erosío. Isso por-

que permite a colheita con alguma antenipaçao e evita que o solo fique desco-

berto antes da semeadura em apoca normal.

Entretanto, caso sejam utilizadas as cultivares precoces que sao atual-

mente disponíveis, teríamos, com o espigamento em agosto ou início de setem-

bro, na regiAo de Passo Fundo, grandes riscos de prejuízo por geada (DeI Doca

& Sousa 1985).

Alam disso, os poucos trigos tardios em cultivo, al&n de nio apresentarem

grande potencial de rendimento, tira maturaçio muito tardia, o que dificultaria

o plantio da soja.

Assim, na tentativa de identificar genatipos com adaptaçio ao plantio an-

tecipado (fins de abril a meados de maio nas condiç6es de Passo Fundo), foi

conduzido um ensaio nos anos de 1984 e de 1985, no Centro Nacional de Pesquisa

de Trigo (CNPT). Para isso, foram escolhidas cultivares de trigo que, alam

de apresentar um melhor rendimento pela antecipaçio da semeadura, pudessem

espigar fora da faixa de maior risco de geada.

MATERIAL E MÊTODOS

Os experimentos foram instalados em 15.05.84 e em 03.05.85, englobando 25

cultivares de trigo por ano, na maioria estrangeiras, de hibito invernal ou

facultatiw e algumas nacionais de ciclo midio e longo. Destas, CNT 8 foi usa-

da como testemunha para rendimento, a exemplo dos ensaios oficiais de experi-

mantaçio.

0 delineamento utilizado foi o de blocos casualizados com 4 repetiç.3es,

sendo as 3 primeiras submetidas a tratamentos com fungicida e a ,ltima repeti-

ç&o nio tendo sido tratada. Essa metodologia visou a avaliar a influncia do

tratamento fingico e possibilitar a estimativa do potencial produtivo em me-

lhores condiç6es para as plantas, bem como testar, na repetíçio nio tratada, a

adaptaçio ao nosso ambiente na ausincia de controle de doenças.

Em 1984, foram seneadas 3 linhas de 3 metros por parcela com um intervalo

de 40 cai entre parcelas, sendo colhidas todas as linhas, enquanto que, em

1985, cada parcela era constituída de 5 linhas de 3 metros, sendo a irea itil

correspondente s 3 linhas centrais, nio havendo intervalo entre as parcelas.

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A densidade de semeadura empregada foi a normal, 300 sementes aptas por a'

sendo usado cm espaçamento de 20 cm entre as linhas.

As adubaçes usadas na base foram de 200 kg/ha e 250 kg/ha em 1984 e em

1985, respectivamente, da frmu1a 6-28-20. Na adubação em cobertura com nitro-

gãnio, foi utilizado sulfato de am&nia quando a maioria das cultivares estavam

perfilhando (20 lcg de N/ha) e no início do alongamento (70 kg de N/ha).

Foram aplicados os seguintes fungicidas nos dois anos: a) 1984 - em

10.08.84, 28.08.84, 12.09.84 e 11.10.84, triadimefom + mancozebe, triadimefom

+ mancozebe, triadimefom + benomil e propiconazole + benomil, respectivamente.

b) 1985 - em 17.07.85, 25.09.85 e 16.10.85, propíconazole, propiconazole + be-

nomil e triadimefom + anilazine + benomil, respectivamente.

Procedeu-se aplicação de inseticida para o controle de pulgão em

04.10.85.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A preferãncia por trigos de inverno ou facultativos e o uso intensivo de

nitrogãnio visa a elevar a potencialidade produtiva das plantas em cultivares

que requeririam períodos mais longos para mudar da fase vegetativa para a re-

produtiva, o que iria ao encontro de sugest6es de consultores estrangeiros que

estiveram no Brasil (Diomigi 196Z, Burrows 1978).

Analisando os dados relativos a 1984 (Tabela 1), verifica-se que, compa-

rativamente a CNT 8, destacaram-se as cultivares FL 737-C3-12-2-B2, FL 72185A-

A2-Cl, Florida 301, NK 81W701, Coker 762, Omega 78 e Rasem com rendimentos de

grãos e percentuais que variaram de 4.384 a 2.342 kg/ha e 211 a 112 % nas re-

petições tratadas e 3.216 a 1.706 kg/ha e 198 a 105 % na repetição sen trata-

mento com fungicida.

As cultivares com melhor comportamento em 1984, foram novamente testadas

eu 1985, enquanto as piores foram substituídas por novas entradas.

Em 1985 (Tabela 2), salientaram-se para rendimento, relativamente a CNT

8, as cultivares Coker 80.33, NAPE 81014, FL 72185A-A2-C1 , FL 737-0-12-2-B2,

NK 78W810, Coker 68.19, Hunter, Oasis, Florida 301 e Coker 762 com rendimentos

de grãos e percentuais que variaram de 3.426 a 2.817 kg/ha e 143 a 118 7. nas

repetiçâes tratadas e 3.044 a 1.861 kg/ha e 208 a 127 Z na repetição sem tra-

tamento.

Com base nos dados de dois anos verificou-se que FL 72185A-A2-C1, FL

737-C3-12-2-B2 • Florida 301 e Coker 762 confirmaram em 1985 a boa performance

de 1984.

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Tainbãm observa-se, na maioria dos casos, una diminuição no rendimento, no

peso de mil sementes, no peso do hectolitro e 'asa pior nota de grão nas parce-

las sem tratamento, quando comparadas a5 do mesmo tratamento submetidas

aplicação de fungicidas (Tabelas 1 e 2).

Algunas cultivares com maior precocidade, como Nascarenhas, NS 15-89A e

Licanka (1984 e 1985), Florida 301 (1984), Flavio e lcatya A-I (1965), tiveram

prejuízos no rendimento devido ao ataque de ratos.

A maioria das cultivares testadas foi colhida ainda em novembro, o que

permitiria, com o plantio antecipado 1 a realização de 'au segundo cultivo, como

soja e milho.

Certas regiúes do Brasil, de maior altitude e frio, como Vacaria no Rio

Grande do Sul, que t&u limitaçães para o emprego da sucessão trigo-soja, pode-

riam ter benefícios com o uso de cultivares de ciclo mais longo. Un material

com essas características poderia escapar aos damos de geada no florescimento

e, ao produzir altos rendimentos, tornar viãvel economicamente o emprego de

una única cultura.

Os bons rendimentos, obtidos nas cultivares cum melhor comportamento, for-

necem evidãncias no sentido de viabilizar a exploração do potencial oferecido

pelo plantio antecipado, especialmente quando começarem a ser obtidas linha-

gens selecionadas para essas condiçães.

A adoção dessa pritica envolveria tecmologia específica e forneceria uma

alternativa importante para os agricultores, mo que tange ã conservação do so-

lo, ã diversificação de cultivares e ãpocas e ao atmiento de rendimento.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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COMPORTAMENTO DAS CULTIVARES DO 169 E 179 INTERflATIONAL WINTER

WHEAT PERFORMMCE NURSER? EM PASSO FUNDO, RS

Leo de J.A. Dei Duca'

Cantídio N.A. de Sousa'

RESUMO

As cultivares que participam do "International Wincer Wheat Perfornance

Nursery" (iwwpN), organizado pela Universidade de Nebraska (tUA), sáo planta-

das na forna de ensaio com repetiçaes em nuitos países, visando testá-las nas

mais variadas condiçes climáticas, de solo e fitossanitáriaa. Ao longo dos

anos, a avaliaçáo desse ensaio tem permitido o aproveitamento de algumas cul-

tivares no Bloco de Cruzarnentos do Centro Nacional de Pesquisa deTrigo (CNn),

como F 29-76, NS 15-89A, Orovcanka, TAW 12399-75, Jugoslavija, Odessa 4,

Baikan, WWP 4394 e Katya A-1. O 169 e 179 IWWPN foram conduzidos sob a forma

de coleçáes, em 1984 e en 1985, no CNPT em Passo Fundo, RS. Foram estudadas 30

cultivares por ensaio, en área corrigida e com alumínio nocivo, procurando

avaliar a adaptação, a resistáncia ãs enfermidades e ao crestamento. Alám dis-

so, cada cultivar foi plantada com e sem vernalização em parcelas adjacentes.

Apresentam-se informaçaes obtidas para diferemtes características agron&micas,

fitossanitárias e fisiolágicas: ciclo, altura, reação s doenças, aspeeto do

grão e reação ao crestanento. Analisando as observaçães referentes aos dois

anos, algumas cultivares, com dados vantajosos para um maior nGmero de carac-

terísticas favoráveis (nota de grão e reação ãs doenças), podem ser destaca-

das: TAW 12399-75, NS 15-89A, MV 2-24-78, ME 78696, 9D-27-262, Auburm,Kosutka,

NS 2704, TX CH2875 e Avalon no 169 IWWPN e MV 2-24-78, NS 2704, Avalon,

Dobroudia 1, Kosutka, MV-8, TX dM2875, NS 18-71, Kaloyan, CK-Sagvan, GK-Boglar

e Siouxland no 179 IWWPN. Relativamente ã reação ao crestamento, somente Lasko

(triticale) comportou-se como resistente no 169 IWWPN, enquanto para o 179

IWVPN não foi possível avaliar-se essa característica.

1 Eng9 AgrÇ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Pundo, RS.

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INTRODUÇÀO

O "International t4inter Wheat Performance Nursery" (IWWPN) foi organizado

em 1969 pela "Nebraska Agriculturai Experiment Station", em cooperação com o

"Agricultural Research Service", "U.S. Department of Agriculture" e "U.S.

International Development Corporation (Kuhr et al. 1984).

O objetivo principal do ensaio i testar em isa grande amplitude de am-

bientes, cultivares de trigo de inverno que estio entre as mais importantes e

recentemente desenvolvidas em diversos países.

Atravs desse intercâmbio realizado entre os mais importantes países pro-

dutores de trigo de inverno do mundo, visa-se a selecionar cultivares de alta

produtividade e qualidade para emprego nos programas de melhoramento.

Embora trigos de inverno não sejam cultivados no Brasil, a identificação

de cultivares com bom tipo agronãmico e/ou diferentes resistincias is enferini-

dades, pode ser valiosa para o emprego em bloLos de cruzamento.

A nível estadual, diversas informaçães referentes ao IWWPN jã foraM des-

critas por Rocha & Schlehuber (1972), Del Duca & Muceneeki (1978) e Dei Doca

& Sousa (1980, 1982, 1984).

Visa-se neste trabalho a testar a adaptação e avaliar a reação is doenças

e ao crestamento das cultivares do 169 e 179 IWPN, nas condiç6es de Passo

Fundo. Procura-se detalhar informaçães relativas i altura, ao ciclo, i reação

is doenças e ao crestamento e ao aspecto do grão.

Ao longo dos anos, a avaliação desse ensaio tem permitido o aproveitamen-

to de alginas cultivares no Bloco de Cruzamentos do CNPT, como F 29-76, NS

15-89A, Orovcanka, TAW 12399-75, Jugoslavija, Odessa 4, Baikan, WWP 4394 e

Katya A-1.

MATERIAL E MÉTODOS

O 169 e 179 IWWPN (Ensaio Internacional de Trigos de Inverno) foram ava-

liados no CNPT em 1984 e em 1985, respectivamente, sendo estudadas 30 cultiva-

res por ensaio na forma de coleção. Em outros pafses, o material & conduzido

em ensaios de rendimentos com repetiçães mas, nas condiçães ambientais deste es-

tudo, não ã pritico testar para rendimento cultivares que, na grande maioria,

são pouco adaptadas e exigentes em frio e/ou fotoperíodo. Cada cultivar foi

avaliada em solo calcariado e não-calcariado, utilizando-se parcelas adjacen-

tes de 1 linha de 2 metros, una vernalizada e outra sem vernalização, de forma

a se analisarem tambãm as diferenças provenientes da vernalização.

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Os trigos foram colocados em vernalizaço em 04.05.84 e em 08.05.85 e

transplantados para o campo em 07.06.84 e em 17.06.85 (reas corrigidas) e em

27.06.84 (area com altaarnio). As mesmas cultivares foram plantadas em parcelas

adjacentes, san vernalizaçao, em 04.05.84 e em 02.05.85 (areas corrigidas) e

em 27.06.84 (area com alum!nio).

A avaiiaçao para crestamento foi realizada somente em 1984 (pH = 4,5 com

3,4 m.e. AI/iDO g de solo), enquanto em area corrigida o material foi testado

nos dois anos (p8 = 5,4 com 0,20 m.e. Al/100 g de solo em 1984 e pli = 5,3 com

0,85 m.e. A11100 g de solo em 1985), objetivando, nesta altima condição, tes-

tar para adaptaçio e reaço s doenças. A adubaçio foi efetuada de acordo com

a analise de solo.

Os valores fornecidos para altura correspondem à altura midia das plan-

tas, em cm, desde a base das mesmas ao ipice das espigas, excetuando as aris-

tas.

Os dados de espigamento referem-se à data em que aproximadamente 50 Z da

parcela estava espigada.

As graduaçaes para as diferentes doenças foram feitas tanto no material

vernalizado como no nio-vernalizado, dependendo do estigio mais favnrável em

que se encontrasse o material para a observaçio de cada enfermidade. Assim,

procurou-se avaliar a doença na situaçio em que esta se apresentava com maior

severidade, tentando evitar graduaçio em situaç6es em que o material apresen-

tasse pouco ou nenhtaa sintoma por escape.

As notas de crestamento basearam-se tanto nas parcelas vernalizadas como

nas que nio sofreram vernaLizaçio, variando de 1 (resistente) a 5 (altamente

suscetível) e correspondendo i midia de duas repetiç5es. Uma escala de O (imu-

ne) a 5 (altaaente suscetível) foi utilizada nas graduaç6es para oídio, para

manchas foliares e para mancha da gluma, enquanto para as ferrugens do colmo

e da folha foi empregada a Escala de Cobb modificada. Relativamente ao aspecto

do grio, as notas abrangeram valores de 1 (excelente) a 5 (pissimo).

As denominaçies manchas foliares e mancha da gitrua englobam sintomas de

septoriose da folha, septoriose da gluma e/ou helmintosporiose, devido à difi-culdade de distingui-los visualmente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Analisando as Tabelas 1 e 2, verifica-se que, com a antecipaçio da ipoca

de plantio para início de maio no material nio-vernalizado, as cultivares

(exceto Nornan em 1984) espigaram mesmo sem sorem submetidas à vernaliraçio.

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Isso não teto ocorrido, generalizadamente, com plantios em ipoca normal como,

por exemplo, no 149 IWWPN (plantio em 11.06.82), quando 60 Z das cultivares

não-vernalizadas mio chegaram a espigar (Del Duca & Sousa 1984). Por outro

lado, o processo de vernalização, ao mesmo tempo que atende aquele material

exigente em frio, mostra tambim 'ml efeito negativo sobre as plantas, possivel-

mente em conseqUãncia do traumatismo que sofrem com o transplante: tanto no

169 como no 179 IS'MPN, observou-se uma redução generalizada na altura das cul-

tivsres e, em muitos casos, um pior aspecto dos grãos nas parcelas vernaliza-

dss.

Respostas diferenciais vernalização podem ser verificadas pelas dife-

renças nas datas de espi gamento observadas entre parcelas vernalizadas e não-

vernalizadas de uma mesma cultivar, podendo ser inexistentes (Auburn- 19.10.84

e 19,10.64; 22.10.85 e 22.10.85). pequenas (CA 8055 - 10.09.84 e 19.09.84) ou

acentuadas (WVP 4258 - 20.09.84 e 01.11.84). A influãncie da vernalização so-

bre este caráter pode ser semelhante (Flaiura 80 - 10.09.84 e 01.10.84;

10.09.85 e 05.10.85) ou variãvel (NE 78696 - 19.10.84 e 01.11.84; 22.10.85 e

22.10.85), em diferentes anos.

Na maioria dos casos, a ausãncia de informação para altura e espigamento

refere-se i perda ou ao prejufzo sofrido pela parcela, o que ocorreu com algu-

ma freqUãncia no material vernalizado em 1985.

Relativamente i composição do 169 e 179 IWWPN, 15 cultivares e as 2 tes-

temunhas do ensaio (Bezostaya 1 e Super x) estavam presentes nos dois anos,

com o restante dos trigos presentes s6 num dos ensaios, em 1984 ou 1985.

Do material avaliado apenas em 1984 (169 IWWPN - Tabela 1), encontram-se

relacionadas a seguir as cultivares que confirmaram dados obtidas em 1983 por

0e1 Doca & Sousa (1984):

a) para o!dio - TAW 12399-75;

b) para ferrugem da folha - Feng Kang 15 e Ogosta;

c) para manchas foliares - Lasko;

d) para mancha da gluma - Katya A-1

e) para nota de grão - NS 15-89A;

f) para crestanento - Lasko.

Com relação a5 cultivares que participaram tanto do 169 como 179 IWWPN,

podem ser citadas com destaque nos dois anos (Tabelas 1 e 2):

a) para ofdio - MV 2-24-78, Norman, Kosutka, TX CH2875, Avalon e

Martonvasari 8;

b) para ferrugem da folha - Flamura 80, Gult, 90-27-262, NS 2704, IX CH

2875, Avalon e Martonvasari 8;

c) para manchas foliares - 90-27-262;

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d) para mancha da gluna - NS 2704 e Hanagasa - Komugi;

e) para ferrugem do coitio (os destaques referem-se apenas a 1985, j que

não houve incidncia significativa da doença, para permitir graduação em

1984) - Skopjanka, MV 2-24-78, Labriego INIA, Kosutka e TX CH2875.

Das cultivares que foram avaliadas somente em 1985, e que constaram ape-

nas do 179 IWWPN (Tabela 2), podem ser relacionadas:

a) para ofdio - 80117, Kaloyan, Turbo e GK-Boglar;

b) para ferrugem da folha - NS 18-71, Kaloyan, Yantar, CK-Sagvan, C1C-Bo-

glar, Quilamapu 23-77 e Siouxland;

c) para manchas foliares - NS 18-71, Festival, Koloyan, Tantar, GK-

Sagvan, CK-Boglar e Bordan;

d) para mancha da gluna - NS 18-71, NS 18-99, Festival, CK-Sagvam, GK-

Boglar, Lada e Siouxland;

e) para ferrugem do colmo - Kaloyan, GK-Sagvan, CK-Boglar e Siouxlamd;

f) para nota de grão - GK-Sagvan e Siouxlamd.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ESTUDO DE ALTURA E DE ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DO GRÃO EM POPULAÇÕES

HÍBRIDAS F3 DE CINCO CRUZANENTOS DE TRICO

Cleusa M. Vanini'

Cantidio N.A. de Sousa 2

RESUMO

Foi realizado, em 1984, um estudo em populaçães hibridas F3 de cinco cru-

sarnentos de trigo conduzidas em dois diferentes ambientes na geração F2 (com e

sem calcúrio). O material foi semeado grão a grão, sendo colhidas individual-

mente todas as plantas de cada parcela. O tamanho da parcela era de 4 linhas de

5 metros de comprimento, distanciadas 25 centimetros. Foram feitas anilises das

correlaçães entre a altura, a nota de grão, o número e o peso de grãos por

planta e o peso de mil grãos (PMC)

Não ocorreu nenhuma correlação com valores negativos. A correlação entre

altura e nota de grão foi altamente significativa em todas as populaçães. Isto

mostra a tendãncia de que, nas plantas mais baixas, o enchimento do grão i pre-

judicada. Uma das razães disto pode ser a formação de um microclima que propor-

ciona um maior desenvolvimento de doenças nestas plantas mais baixas. A corre-

lação entre o número de grãos por planta e o PMG foi altamente significatiea em

ua tratamento, significativa om tratamento e não significativa em oito trata-

mentos. A correlação entre o número de grãos por planta e a nota de grão foi

altamente significativa em seis tratamentos, significativa em um tratamento e

não significativa em tr&s tratamentos. Nas demais correlaçães, houve uma uni-

formidade no sentido de que todos os tratamentos apresentaram valores altamente

significativos.

São tambim apresentados os valores m&dids de nota de grão, de número de

grãos, de peso de grão, de PMC e de número de plantas de cada grupo de altura e

por tratamento.

1 EngQ AgrV, Estagiiria do PIEP-CNPq-EMBRAPA no Centro Nacional de Pesquise de Trigo. EMERAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS, de agosto/84 a julho/85.

2 Eng9 Agr9, M.Sc. , Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EH- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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INTRODUÇÃO

O objetivo final dos programas de melhoramento genético de trigo é a ob-

tenção de cultivares com maior rendimento de grãos. Um dos fatores limitantes

para se obter maior rendinento é o acamamento. As cultivares altas e com palha

fraca não suportam altas doses de fertilizantes, pois isto induz à ocorrência

do acamamento.

A obtenção de cultivares de porte baixo tem sido um objetivo permanente de

diversos centros de pesquisas de trigo nc Rio Grande do Sul, entretanto, reta-

tivanente, poucos resultados positivos foram obtidos. Com a intensificação da

maior tecnologia na cultura do trigo, mais necessiria é a busca de cultivares

mais baixas e o conhecimento sobre as inplícaçêes desta caracteristica.

Das poucas cultivares de porte nédio ou baixo lançadas para cultivo no Rio

Grande do Sul, o resultado mais significativo foi o de IAS 54, lançada no ano

de 1970 e que se tornou a mais cultivada neste estado desde 1972 até 1975.. A

cultivar IAS 55 também apresentou algum destaque neste periodo. Na região no-

roeste do RS, a cultivar Peladinho, de origem desconhecida, mostrou uma alta

adaptação para esta região.

Das 33 cultivares de trigo recomendadas para cultivo no as, em 1984, so-mente duas eram de porte nédio (Herval e Peladinho) e as 31 restantes eram de

porte alto. Isso parece mostrar a dificuldade na obtenção de material de porte

baixo. A representatividade de materiais de porte médio foi aumentada em 1985,

com o lançamento das cultivares ER 14, BR 15 e CEP 14-Tapes.

O trabalho apresenta os resultados do estudo da influência da altura do

trigo sobre algumas caracteristicas do grão e da planta, em algumas populaçées

segregantes. Foi realizado durante o estégio do primeiro autor no Centro Nacio-

nal de Pesquisa de Trigo, nos amos de 1984 e 1985.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento consistiu no estudo de populaç&es hibridas em F3, conduzidas

em dois diferentes ambientes na geração F2 (irea com e sem pH corrigido com

calcério).

O material utilizado é citado a seguir:

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Cruzamento Genealogia Número de populaçao

- ME 7936/EH 1146 F 21748 - 100F 1.1

F 21748 - OF 1.2

- TIMGALEN/CNT 81/PF 70338/IAS 58 F 13113 -- 100F 1.3

F 13113 - OF 1.4

- PF 782023JALONDRA 4546 F 21764 - 100F 1.5

F 21764 - OF 1.6

- COLÕNIAS/ALONDRA 1J/ALONDRA 1/ F 13207 - 100F 1.7 FEL 73022

E 13207 - OF 1.8

- PF 813/CNT 5 F 20409 - 100F 1.9

E 20409 - OF 1.10

Nota: OF • Fa conduzido em nassa na irea corrigida com calcino. IOOF • E2 conduzido em massa na irea não corrigida com calcino.

As parcelas enan constituidas de 4 linhas de 5 metros de comprimento e

distanciadas 25 centimetros.

Cada tratamento foi plantado com tris reperiçies.

O material foi semeado nanualmente, grão e. grão, com distãncia aproximada

de 15 centLmetros entre as plantas.

Foram colhidas todas as plantas das parcetas.

O experimento foi instalado no dia 30.06.84, em campo experimental do Cen-

tro Nacional de Pesquisa de Trigo em Passo Fundo, RS.

O solo onde o experimento foi instalado, apresentou as seguintes caracte-

nisticas

pH 1120 1:1 5,6

Al trocivel me/100 g solo 0,20

Ca + Mg trocivel ne/100 g solo 6,95

P disponivel ppm 30,5

it disponivel ppm 190,0

Mat&nia orgãnica (%) 3,5

O experimento foi planejado principaloente para avaliar o efeito sobre a

altura de descendância de populaçies conduzidas em ãrea com e sem correção de

calcino na geração E2, testando a altura na geração F3. 0 objetivo do presente

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trabalho foi o de apenas eproveitar as plantas colhidas e realizar um estudo

das implicaçães da altura do trigo. Os dados estão sendo apresentados por popu-

lação.

De cada planta colhida individualmente foi medida a altura, dada nota de

grão (enchimento), contado o número de grãos por planta, avaliado o peso de

grãos por planta e calculado o peso de mil grãos.

Considerou-se a altura da planta, a distãncia em centímetros da base da

planta ao ápice das espigas, excetuando-se as aristas, sendo a medida feita no

afilho principal.

A nota de grão corresponde principalmente ao enchimento do grão, conforme

nota visual, segundo escala abaixo:

O - pássimo

1 - muito mau

2 - nau

3 - regular a nau

4 - regular

5 - regular a bom

6 - bom

7 - muito bom

8 - útimo

9 - excelente

O peso de grãos por planta foi dado em gramas, com duas casas decimais,

com uso de balança de precisão marca "Sartorius 2355".

A contagem dos grãos foi efetuada atravã do contador "Compteus de Cains

Numigral Procede

Atravás das informaçães de peso de grãos e número de grãos por planta, foi

determinado o peso de mil grãos, tambúm em gramas com duas casas decimais.

Para avaliar a influáncia da altura da planta sobre as demais caracterís-

ticas consideradas foi utilizada a análise de correlação.

Considerou-se, para efeito de avaliaçãn, altamente significativa a corre-

lação que atingiu significáncia ao nível de 1 Z de probabilidade e significati-

va quanto ao nível de 5 Z de probabilidade.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As populaçães utilizadas apresentaram bom desenvolvimento vegetativo, em-

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bora não tenham atingido grande estatura. Não houve ocorrãncia de acamamento.

Houve alta incidincia de septoria (ptoria sp.) e mádia de oídio (E»y-

n'pha g-rwriinia tritici), ferrugem da folha (Puccinia recondita), giberela (Gib-

bereila asas) e vírus lo mosaico do trigo. A ocorrncia de ferrugem do como

(P,tccinia raminia tritici) foi pequena e mais expressiva nos cruzamentos Tim-

galen/CNT 8//PF 70338/IAS 58 e P1' 813/CNT S.

Na Tabela 1 são apresentados os valores mádios de nota de grão, número de

gúos por planta, peso de grãos por planta, peao de mil grãos e número de plan-

tas de cada grupo de altura e por população híbrida.

Considerando as lO populaçães estudadas, em todos os casos a altura mais

representada esteve sempre em um grupo intermediário (altura entre 70 e 80 cm

de uma anplitude de 50 a 100 cm). Em relação às outras características, oa

maiores valores quase sempre estiveram no grupo mais alto ou no imediatamente

inferior.

Na Tabela 2 são apresentadas, por população, as informaçães sobre as cor-

relaç6es obtidas entre as características observadas e a amplitude de variação

verificada em relação a altura de plantas, à nota de grão, ao número de grãos

por planta, ao peso de grãos por planta e ao peso de mil grãos.

Em relação as correlaç&es constatou-se que não ocorreu nenhuma com valo-

res negativos. A correlação entre altura da planta e nota de grão foi altamente

significativa em todos os tratamentos, como era esperado. Isso mostra a tendin-

cia de que em plantas mais baixas o enchimento do grão & prejudicado. Uma das

raz6es disso poderia ser a formação de um microclima que propicie um maior de-

senvolvimento de doenças nas plantas mais baixas. Embora a correlação tenha si-

do sempre altamente significativa, o valor não foi alto, variando entre 0,298

0,480. Isto em parte deve ser atribuido ao ano relativamente favorável ao tri-

go, com as doenças ocorrendo de forma moderada. A correlação entre o número de

grãos por planta e o peso de mil grãos foi altamente significativa em um trata-

mento, significativa em um tratamento e não significativa em oito tratanentos.

A correlação entre o número de grãos por planta e nota de grão foi altamente

significativa em seis tratamentos, significativa em um tratamento e não signi-

ficativa em tr&s tratamentos. Nas demais correlaçâes houve uma uniformidade no

sentido de que todos tratamentos apresentaram valores altamente significativos.

Os dados obtidos mostram a grande dificuldade na obtenção de materiais

mais baixos em relação a algumas características inportantes do grão e da plan-

ts.

As populaç3es estudadas não foram submetidas a tratanentos com fungicidas,

e ã possível que, se isto fosse feito, tivessem sido obtidos valores distintos

nas correlaçães testadas.

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Tabela 1. Valores mdios por classe de altura de plantas dentro de cada popu-lação hibrida de número de grãos por planta, peso de grãos por planta, peso de mil grãos (PMC), mota de grão (NO). CNPT-EMBRAPA, Passo Fundo, RS, 1984

Número da populaçao Altura Número de

plantas Número de graos

Peso de graos PMO No

1.1 50 1 43 0,62 14,42 2 55 1 86 2,53 29,42 5 60 25 165 4,00 24,39 3,6 65 11 263 6,65 24,07 3,7 70 53 185 4,89 26,11 4.1 75 40 255 7,23 28,09 4,8 80 88 234 6,78 29,17 4,6 85 33 286 8,27 28,94 4,6 90 30 271 8,33 30,67 4,9 95 7 392 12,10 30,95 5,3 100 3 313 9,96 31,75 4,3

1.2 50 1 93 2,11 22,69 5 55 2 94 2,18 22,63 4 60 18 154 3,85 25,39 3,8 65 20 142 3,38 24,66 3,7 70 79 181 4,71 20,15 4,4 75 73 194 5.16 26,84 4,4 80 81 227 6,78 30,19 4,8 85 22 229 6,63 29,34 4,8 90 28 248 7,71 31,01 4,8 95 5 301 10,22 34,19 6 100 1 195 6,42 32,92 5

1.3 50 2 87 1,69 18,11 3,5 60 10 108 2,90 26,08 3,5 65 II 252 6,14 25,59 4,5 70 69 222 6,34 28,62 4,2 75 34 263 7,43 28,31 4,4 80 75 242 7,24 29,89 4,8 85 22 301 9,19 30,44 4,5 90 24 307 9,27 30,14 5,3 95 3 393 13,70 32,00 5 100 1 328 13,07 39,84 5

1.4 50 1 122 3,36 27,54 4 55 1 181 5,22 28,84 5 60 7 127 3,11 25,71 3,4 65 9 231 6,07 26,57 3,7 70 28 200 5,38 26,87 3,5 75 32 243 6,95 28,49 4,6 80 60 272 7,77 28,66 4,6 85 37 289 8,84 31,18 5 90 33 340 10,43 30,97 5 95 4 392 11,45 29,45 5,3 100 3 470 15,42 32,64 5,3

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Continuaçao Tabela 1

Numero P\ Altura NSmero de NGmero

de Peso de PMG NG

populaçao plantas graos graos

1.5 50 3 108 2,36 21,91 3,3 55 3 102 2,07 20 58 2,7 60 25 175 3.72 21,48 2,7 65 10 171 4,02 23,10 2,9 70 72 227 5,29 23,42 3,2 75 38 219 5,57 25,87 3,7 80 67 281 7,38 26,12 3,8 85 20 299 7,99 27,05 3,8 90 15 315 9,52 30,02 4,5

-- 95 2 285 7,93 28,80 4,5

1.6 55 1 124 2,81 20,97 3 60 19 125 2,79 23,34 3 65 9 180 4,11 23,16 3,1 70 53 224 5,28 23,27 3 75 27 268 6,52 24,92 3,3 80 75 270 7,22 26,81 3,8 85 18 255 6,95 27,24 3,8

90 22 299 8,49 28,72 4,7 95 7 366 10,15 28,05 4,8

100 2 348 8,74 25,12 3,5

1.7 50 4 166 3,22 19,98 2,3 60 12 128 2,80 21,92 3,1 65 6 148 3,48 24,13 3,2 70 28 201 4,90 24,92 3,5 75 28 235 6,33 27,79 3,8

80 56 268 6,97 26,40 3,7

85 21 273 7,91 30,33 4,4 90 21 301 9,29 30,60 4,7

95 6 383 11,13 29,55 4,7 100 5 305 10,46 33,74 4,8

1.8 50 2 66 1,04 16,45 2

55 1 35 0,69 19,71 2

60 22 147 3,39 24,03 3 65 13 173 3,93 23,86 3,5 70 55 210 5,17 24,85 3,3 75 26 232 6,20 27,32 3,7

80 70 253 6,93 28,13 3,9 85 15 252 7,64 30,85 4,7

90 30 278 8,71 31,31 4,6

95 3 414 12,85 29,98 5 100 2 444 13,15 29,69 4,5

1.9 50 2 67 1,39 20,15 3,5

55 3 125 2,55 19,75 3,7

60 22 194 4,32 22,75 3,5

65 13 224 5,47 24,43 3,6

70 65 240 6,01 24,95 4

75 40 289 7,77 27,26 4,6

80 77 294 8,29 28,51 4,6

85 26 319 8,98 28,78 5

90 33 287 8,51 29,76 4,8

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Continuaçao Tabela 1

Numero da - i Altura populaçao

Ninero de Número Peso de - plantas de graos graos FMG NG

95 6 449 12,66 28,20 4,3 100 3 422 13,91 32,77 6

1.10 50 1 445 10,43 23,44 4 60 li 170 3,97 23,59 3,7 65 10 185 4,88 26,04 4 70 41 265 6,67 25,11 3,7 75 25 303 7,87 26,90 4 80 73 294 8,09 27,76 4,4 83 26 313 8,86 28,79 4,7 90 36 372 11,15 30,24 4,5 95 9 351 10,96 31,80 4,6 100 6 379 12.27 32.12 5,8

1 Nimero populaço: 1.1 - NS 7936/EH 1146, E 21748-100F 1.2 - bIS 7936/EH 1146, F 21748-OF 1.3 - TIMGALEN/CNT 8/1PE 70338/IAS 58, E 13113-100F 1.4 - TWGÂLEN/CNT 811FF 70338/IAS 58, E 13113-OF 1.5 - PF 782023/ALONDRA 4546, E 21764-I0OF 1.6 - PE 782023/ALONDRA 4546, E 21764-DE 1.7 - COLÔNIAS/ALONDRA 11/ALONDRA 1/pEL 73022, E 13207-1F 1.8 - COLÓNIAS/ALONDRA 1/1ALONDRA 1/FEL 73022, E 13207-OF 1.9 - PE 813/CNT 5, F 20409-I0OF 1.10 - PF 813/cNT 5, F 20409-DE

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RESULTM)OS DO ENSAIO REGIONAL DE RENDIMENTO DE VARIEDADES

DE TRIGO DO CONE SUL, 1979 A 1984

Cantidio N.A. de Sousa'

Joào C.S. Moreira 1

Francisco A. tanger'

RESUMO

O Ensaio Regional de Rendimento de VariedadLs de Trigo do Cone Sul foi

conduzido, de 1979 a 1984, na Argentina, na Bolívia, no Brasil, no Chile, no

Paraguai e no Uruguai tendo cada um desses países participado, respectivamen-

te, com 31, lO, 28, 20, 13 e 19 cultivares nesse período. Além dasses países,

o ensaio foi instalado, também, em una localidade no México. O número de cul-

tivares testadao por ano variou de 21 a 47, sempre comparadas com Diamante IN-

TA, a testemunha. Considerando todo o período, os rendimentos médios mais al-

tos, por ano, foram verificados sempre em La Granja, Chile, variando de 4.550

a 7.224 Icg/ha. Na média geral das cultivares que participaram por mais de um

ano, verificou-se que Alondra 4546, C 7569, LAJ 1409, LAP 832, LAP 1144, Mai-

ten INIA, MilIaleu INIA, OCEPAR 8-Macuco, OCEPAR 9-Perdiz, Onda INIA, P

8015247 e PM9-J81 foram 5 Z ou mais superiores à testemunha em produtividade.

Das cultivares testadas por um ano, ultrapassaram o merto nível de produtivi-

dade 23584/CIAliO//TQF, BR lO-Formosa, BVE 9462, Cordilleras 3, ENU SIB, LAJ

2484, LA.! 2533, LA? 1080, LE 1903, LE 1999, ti 2096, LI 7, Moncho BSB, OCEPAR

7-Batuira, PAR 8015134, SB 37, SIPA INIA (B), SIPA INIA (C), Tarata 80, Totora

80 e Veery 2. A cultivar com mais de um ano de teste que apresentou o maior

rendimento médio de gràos foi Milialeu INIA (3.445 kg/ha nos anos de 1983 e

1984), com 18 Z acima da testemunha. Observa-se, também, que, nos últimos dois

anos, tém surgido maior número de cultivares que, em ternos relativos, supera-

ram a Diamante INTA.

Eng? Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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INTRODUÇÃO

O Ensaio Regional de Rendimento de Variedades de Trigo do Cone Sul (ER-

COS) & um ensaio cooperativo de avaliaço de cultivares organizado por meti-

tuiç&es oficiais de pesquisa dos países do Cone Sul da Ãmrica do Sul, O ERCOS

vem sendo executado desde 1975, com o objetivo de conhecer a adaptaçEo e o po-

tencial de genótipos em cultivo e em experimentado nos vários países, atravis

da cooperaçÃo de pesquisadores dos organismos participantes incluindo, alón

destes, a participaçÃo do CIl'NYT, Mxico.

Após o período inicial, 1975 a 1978, relatado por Sousa et al. (1980), o

trabalho teve continuidade nos anos de 1979 a 1984. Manteve-se a forma de or-

ganizaçÃo originalmente definida no Seminório Regional de Países do Cone Sul

para Progranaç&o de Trabalhos Cooperativos em Pesquisa de Trigo, realizado em

Passo Fundo (Seutinrio... 1975), continuando a coordenaço geral a cargo do

Brasil, executada pelo Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, CNPT-EMBRAPA.

As informaçóes geradas foram levadas, anualmente, aos participantes e ou-

tro tknicos interessados atravós de relatórios detalhados contendo as obser-

vaç&es colhidas nos 4rios locais.

No presente trabalho objetivou-se compilar os dados de rendimento de

grÃos, obtidos na rede experimental, dados estes que foram coletados pelas

instituiç6es e pelos pesquisadores como segue:

Argentina

- Estacióm Experimental Agropecu&ria Bordenave - IN'FA

Santiago E. Garbino (1982) e Juan Ramon Lopez (1982)

- Estaciún Experinental Regional Agropecuria Balcarce - INTA

Roberto A. Bedogni (1981 a 1984), .JosA H. Bariffi (1983 a 1984) e Hum-

berto Delmagro (1983)

- Estación Experimental Regional Agropecuhia de Marcos .Juárez - INTA

J. Nisi (1981 a 1982), R. Churin (1981), M. Galich (1981), C. Baimotti

(1981 a 1982) e Josó Salinas (1982); em 1983 e em 1984, o trabalho foi

conduzido pela equipe de pesquisadores sem identificaç&o de responú-

veis.

- Estacióm Experimental Regional Agropecuãria Pergamino - INTA

O. Polidoro, A. Calzolari e H. Conta, todos de 1979 a 1984.

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BaUvia

- Centro de Investigaci6n Agricoia Tropical - CIAT

Casiano Quintana (1982) e Waiter cdzman (1982).

- Estacíón Experimental Chinoli - lUTA

Harry Carrefio P. (1919)

- Estaci&t Experimental Cnei. A. Conez - Corporacidn Gestora del Projecto

"Abapo -

.J. Abela (1982) e O. Ferrei (1982).

- Estación Experimental San Benito - lUTA

René Gonez Q. (1979) e Vidal Velasco R. (1979).

Brasil

- Centro de Fomento à Produçio Animal - SA/RS

Luiz Carlos Dias (1979).

- Centro de Pesquisa Mropecuiria dos Cerrados - ERA2A

Sérgio R. Dotto (1982 a 1984), José R.N. dos Anjos (1982 a 1984) e Ed-

son Iorczeski (1983 a 1984).

- Centro Nacional de Pesquisa de Trigo - EMBRAPA

.joao C.S. Moreira (1979 a 1984), Cantldio N.A. de Sousa (1979 a 1984),

Elisa T. Coelho (1980 a 1984), Walesca I. Linhares (1979) e Amarilis L.

Barcelios (1983).

- Estaçao Experimental Fitotknica de Sio Borja - IPAGRO/SA/RS

Claudio Diefenthfler (1979 a 1980), Danilo BoM (1982), Ari Caumo (1982

e 1983) e .Jos& C.N. Dias (1982 e 1984); nio houve indicaçio do respon-

avel direto em 1981.

- Organizacio das Cooperativas do Estado do Paraná - Programa de Pesquisa

- OCEPAR

Fernamdo B. Gonide. (1983 e 1984) e Francisco A. Franco (1984); nio hou-

ve indicaçio do responsível direto em 1981 e 1982.

- Unidade de Execuço de Pesquisa de Ãmbito Estadual de Dourados/MS - EM-

BRAPA

Paulo Cervimi Sousa (1980) e Caio M. Tavella (1982).

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Chile

- Estacian Experimental Carillanca - INIA

Cristian Hewstone M. (1984).

- Estación Experimental La Platina - INIA

I. Itamirez (1979 a 1984), R. Cortázar (1979 a 1984), E. ilacke (1979 a

1984). M. Zalezzi (1979 a 1980), F. Rivero (1979 a 1982) e O. Moreno

(1980 a 1984).

- Estaci6n Experimental Quilamapu - INIA

Mano Neilado Z. (1979 a 1982 e 1984) e Ricardo Madariaga B. (1979 a

1981).

Paraguai

- Centro Regional de Investigaciõn Agrícola

Carlos Paniagua (1984) e Ramón Lopez V. (1984).

- Instituto Agronómico Nacional

R. Pedretti (1981), R. Torres (1981 e 1984), J. Schvartaman (1981) e

Emílíano Alarcón (1984); nào houve identificaço do responsável direto

em 1980 e en 1982.

Uruguai

- Estación Experimental La Estanzuela - CIAAB

Ruben Verges (1979 a 1984), Silvia Cermán (1979 a 1984) e Tabará AJadie

(1980 a 1984).

Mdxico

- Centro Internacional de Mejoramiento de Maiz y Trigo - CI}NYT

Pesquisadores do Programa de Nelhoramento de Trigo Comum do CI4YT

(1979 e em 1980).

MATERIAL E MÉTODOS

Tendo a coordenação do ERCOS, no período de 1979 a 1984, continuado a

cargo do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, as sementes das cultivares fo-

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ram enviadas pelas países participantes para Passo Funda, onde o ensaio foi

preparado e enviado posteriormente para plantio nos vários locais.

O número de cultivares estabelecido inicialmente, seis par pais, variou a

partir de 1981, tendo inclusive alguns países, em determinados amos, náo en-

viado material ou este náo ter chegado a tempo para ser incluido.

Por país, foram testadas no período: 31 cultivares da Argentina, 10 da

Bolívia, 28 do Brasil, 20 do Chile, 13 do Paraguai e 19 do Uruguai. Os trata-

nentos em cada ano e por pais de origem podem ser observados nas Tabelas 2 a

7.

O esquema experimental utilizada foi blocos ao acaso, com trás repeti-

cáes. A parcela era constituída de 6 linhas de 2,5 m de comprimento distancia-

das 0,2 m entre si, sendo consideradas, para avaliaçao da produçáo, as quatro

linhas centrais. Em alguns locais estas dimens&es foram ligeiranente alteradas

no comprimento ou no espaçamento entrelinhas, tendo sido isto levado em consi-

deraçáo no cálculo da produtividade.

As avaliaçáes havidas em número de tratamentos, países e locais de expe-

rimentação, durante o período 1979184. constam da Tabela 1.

Os dados de rendimento de grios foram analisados atravás da análise de

•variincia apropriada ao delineamento experimental empregado e as midias foram

comparadas pelo teste de Duncan, ao nível de 5 % de probabilidade. Estas aná-

lises foram feitas por local e por ano, individualmente. Como testemunha, ou

base para cálculo de percentuais núdios anuais por cultivar, foi adotada a

cultivar Diamante INTA devido ao seu bom comportamento no periodo de 1975 a

1980 e por ter sido, a partir de 1980, estabelecida oficialmente como testemi-

nha permanente do ERCOS. Para o cálculo do percentual de uma cultivar que nio

apresentou produçio em determinado local, tanbám nio foram considerados os da-

dos da testemunha do local correspondente. Tomou-se como crit&rio, para o cál-

culo da midia anual por cultivar, a utilizaçio dos dados disponíveis de cada

local independente do valor do coeficiente de variaçio (Cv Z). No entanto, nio

foram considerados para esta finalidade os dados de locais em que houve pre-

juízo grave no experimento, bem cano no caso de experinentos em que ocorreu

ausúmcia de informações de rendimento em relaçáo a várias cultivares. Por úl-

timo, nio foram incluidos na mádia os dados de Caacupá 1980181 por nio se dis-

por do comportamento produtivo de Diamante INTA, o que viria a alterar os cál-

culos percentuais de todas as demais cultivares.

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Os países e locais que executaram os ensaioF 510 apresentados a seguir:

pat's Local Instituipao Ensaio executado

Argentina Balcarce INTA 79, 89. 99 e 109 ERCOS

Bordenave INTA 89 ERCOS

Marcos Juárez INTA 79, 89, 99, 109 ERCOS

Pergamino INTA 59, 69, 79, 89, 99, 109 ERCOS

Bolivia Abap6 Projecto Abap- 89 ERCOS Izozog

Chinoli IRIA 59 ERCOS

Saavedra CIAT 89 ERCOS

San Benito IBTA 59 ERCOS

Brasil Baga SA/RS 89 ERCOS

Brasília EMB&A2A 89, 99 e 109 ERCOS

Dourados EMBRAPA 69 e 89 ERCOS

Palotina OCEPAR 79, 89. 99 e 109 ERCOS

Passo Fundo EMBRAPA 59, 69, 79, 89, 99 e 109 ERS

Slo Borja IPAGRO 59, 69, 79, 89, 99 e 109 ERCOS

Chile Chillãn INIA 59, 69, 79, 89 e 109 ERCOS

La Granja INIA 59, 69, 79, 89, 99 e 109 ERCOS

Temuco flUA 109 ERCOS

Paraguai Caacupé lAN 69, 79, 89 e 109 ERCOS

Capitam Miranda lAN 109 ERCOS

Uruguai La Estanzuela CIAAB 59, 69, 79, 89, 99 e 109 ERCOS

Young CIAAB 89, 99 e 109 ERCOS

M&xico Cíudad Obregon CIMMYT 59 e 69 ERCOS

EstIo incluídos, na lístagem acima, os ensaios que foram executados e dos

quais foram recebidas informaçles com os dados obtídos em cada local. Entre-

tanto, alguns destes locais mIo foram incluidos nas tabelas de resultados por

terem sofrido damos sInos, o que impediu a sua anSlise e o aproveitamento sa-

tisfatório.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados de rendinento de grlos, acompaniteeos da comparaçlo estatística

emtre tratamentos em cada local, a mldia anual por tratamento e sua produçlo

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relativa à testemunha, são apresentadoa nas Tabelas 2 a 7. Alén disso, sào iii-

formadas a média e o coeficiente de variação obtidos em cada local.

Verificou-se que La Canja, Chile, foi o local que apresentou os rendimen-

tos médios mais elevados durante todo o período. Os rendimentos deste local,

no qual o ensaio foi conduzido sob irrigação, estiveram compreendidos entre

4.550 e 6.825 Icglha, respectivamente em 1982 e em 1984. Salienta-se que estes

foram bem superiores inclusive em relação aqueles que foram obtidos em Ciudad

Obregon em 1979 e em 1980, únicos anos em que o teste foi realizado neste lo-

cal, contrastando com as informações obtidas no período anterior do teste re-

latado por Sousa et al. (1980).

Apesar de haverem ocorrido rendimentos médios inferiores a 1.0 kg/ha em

alguns locais, tais como Balcarce em 1981, Caacupé em 1982, Palotina em 1981 e

em 1982, Passo Fundo en 1979 e em 1980 e São Borja em 1981 e em 1982, conside-

rou-se satisfatório o desenvolvimento da rede experimental durante os seis

anos de atividades, baseando-se no coeficiente de variação calculado para cada

local. Somente cipco locais apresentaram este valor estatístico superior a 25

% de variação.

O número de cultivares testadas por pais de origem foi muito variãvel,

bem como o periodo de permanãncia de cada material no ensaio. Considerando-se

o material de cada pais nos diferentes anos, a Bolívia só teve participação

nos dois últimos anos e o chile e o Paraguai não tiveram material em teste em

dois e um ano, respectivamente. A Argentina, o Brasil e o Uruguai foram os

únicos países que mantiveran, em teste continuo durante o período, material de

sua origem.

A cultivar que atingiu o mais alto rendimento, em valores absolutos, foi

Trisa INIA, em 1981, no experimento realizado em La Cranja, Chile, com 9.750

kg/ha.

Considerando-se a média anual dos tratamentos, verificou-se que nenhuma

cultivar superou Diamante INTA (2.941 kg/ha) em 1979. Ji em 1980, somente

Alondra 4546 foi superior testemunha em 7 %, produzindo 3.429 kg/ha. O núme-

ro de cultivares superiores ã testemunha em 1981 aumentou para quatro - 663/7-

3E, Alondra 4546, C 7659 e Trisa INIA - com rendimentos variando de 3.343 a

3.655 kg/ha, respectivamente entre 2 a II % de vantagem relativa. No ano se-

guinte, na realização do 89 ERCOS, cresceu novamente a relação de materiais

mais produtivos chegando a nove. Destes, os que ultrapassaram em 5 Z ou mais a

cultivar padrão foram C 7659, IÀJ 2484, Moncho BSB, OCEPAR 8-Macuco, OCEPAR

9-Perdia e P 8015247, tendo LAJ 2484 um rendimento de 3.132 kg/ha, o que cor-

responde a 22 % de aumento de produtividade em zelação à testemunha. Em 1983,

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com percentuais compreendidas entre 3 e 18 Z acima de Diamante INTA, conta-

ram-se 25 tratamentos, sendo 23 na categoria que engloba os de 5 Z ou mais de

superioridade. Finalmente, no iltimo ano que compreende o período de estudo,

24 cultivares mostraram maior produtividade atingindo, inclusive, 125 Z de

produtividade relativa.

Durante estes anos de experimentação, o rendimento de grãos da testerainha

Diamante INTA manteve certa regularidade situando-se entre 2.558 a 3.283

kg/ha, com média de 2.942 kg/ha. Além disso, no período de 1975 a 1978, rela-

tado por Sousa et al. 1980, a sua nédia de produtividade foi de 2.603 kg/ha,.

inferior, portanto, ao presente período, não tendo ocorrido cultivares com su-

perioridade marcante na média anual. Desta forma, o nénro crescente de culti-

vares nelhores em produtividade que a testemunha, acima relatado, denota a

evolução havida nos programas de melhoramento dos vârios países do Cone Sul, o

que permitiu produzir materiais com maior potencial produtivo. Esta evolução é

evidenciada na0 somente pelo maior n&nero de cultivares, mas, também, pela

maior produtividade média relativa verificada nos Gltímos amos. Além disso,

esta situação talvez denote, inclusive, uma possível necessidade de se revisar

a manutenção desta cultivar como testemunha, se somunte o critério rendimento

de grãos for observado. Outros critérios, no entanto, devem ser considerados

e, entre eles, a necessidade de ter uma base de refer&ncia num longo período

de tempo, o que permite avaliar as diversas cultivares em teste, independente

do período que permaneçam em experimentação, avaliar o avanço dos programas de

melhoramento e inclusive das técnicas de cultivo, de modo geral, nos diversos

países.

Analisando as cultivares que participaram por nais de um ano verificou-se

que Alondra 4546, C 7659, LAJ 1409, LAP 832, LAP 1144, Maiten INIA, Millaleu

INIA, OCEPAR 8-Macuco, OCEPAR 9-Perdiz, Onda INIA, P 8015247 e PM9-J81 obtive-

ram rendimento de 5 % ou mais, superior ã testemunha, na média dos anos em que

foram testadas.

Considerando-se o material que participou lo ERCOS por somente um ano, no

período de 1979 a 1984, verificou-se que diversas cultivares obtiveram rendi-

mento de 5 E ou mais superior ã Diamante INTA, isto é, em 1982, LAJ 2484 e

Moncho BSB e em 1983, LE 1903, LE 1999, LE 2096, Tarata 80 e Totora 80; em

1984, 23584/CIANOIITQF, BVE 9462, ER 10-Formosa, Cordilleras 3, EMU SIb, LAJ

2533, LAP 1080, LI 7, OCEPAR 7-Batuira, PAR 8015134, SB 37, Sipa INIA (B), Si-

pa INIA (C) e Veery 2.

Analisando-se o material que participou do ERCOS verifica-se que a maio-

ria do material que apresentou rendimentos 5 E ou maior que a testemunha, con-

centra-se nos trés iltimos anos, principalmente, em 1983 e em 1984. Novamente,

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este pode levar a inferir que as cultivares mais recentes tm maior potencial

de produção.

BIBLIOGRAFIA CITADA

SEMINÁRIO REGIONAL PARA PROGRA}IAÇÃO DE TRABALHOS COOPERATIVOS EM PESQUISA DE TRIGO, Passo Fundo, RS, 1975. Passo Fundo, EMBR.APA-CNPT, 1975. 46p.

SOIJSA, C.N.A. de; MOREIRA, J.C.S. & IGNACZAX, J.C. Resultados do ensaio de rendimento de variedades de trigo do Cone Sul (1975-1978). In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO, li, Porto Alegre, RS, 1980. Fitotecnia e tecnologia de sementes. Passo Fundo, EMBRATA-CNPT, 1980. v.1, p.115-8.

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RESULTADOS OBTIDOS ATRAVËS DO PROJETO DE CRIAÇÃO DE CULTIVARES

DE TRICO EM PASSO FUNDO, ES

Cantídio N.A. de Sousa 1

Leo de J.A. Dei Duca 1

Edar P. Comes 1

Francisco A. Langer t

Milton C. Medeiros 1

Jogo C. Moreira 1

Pedro L. Scheeren'

RESUMO

Desde 1969 vem sendo desenvolvido em Passo Fundo, RS, um trabalho volumo-

so relacionado crisço de cultivares de trigo. Vrios projetos est&o em an-

damento, sendo um deles o projeto criaçio de cultivares de trigo. No presente

trabalho, sio apresentadas, principalmente, informaçóes sobre a metodologia e

sobre os resultados obtidos, referentes ao período de 1982 a 1985, em relaçio

a este projeto. Crande nómero de cultivares tm sido estudadas atravis de co-

leçóes recebidas de outras regióes e países. As cultivares introduzidas de

maior interesse estio sendo utilizadas em cruzamentos. No período considerado,

foram realizados de 603 a 806 cruzanentos por ano, destinados ao trabalho em

Passo Fundo (RS) e tambóm para plantio em Dourados (MS). em Brasília (DF) e em

Sio Cotardo (MC), onde sio incorporados em projetos de criaçio desenvolvidos

nestes iocais. Após a reaiizaçio do cruzamento e a produçio da geraçio Fi, um

grupo de cruzamentos õ conduzido pelo mótodo genealógico desde a geraçio F2.

Outro grupo ó conduzido pelo mótodo da populaçio em massa aló a geraçio Fa ou

F6, quando entio o material ó selecionado individualmente. Ceraçóes extras sio

realizsdas em Brasília, em Cd Obregon (Mixico) e em Passo Fundo, em condiçóes

de telado, no verio. Foram reunidas, por amo, de 141 a 203 novas linhagens.

Após a fase de experímentaçio, algumas linhagens, reunidas neste projeto, fo-

ram lançadas para cultivo de 1982 a 1986, em virios estados onde o trigo ó

EngQ Agr9, M.Sc. • Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Passo Fundo, RS.

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cultivado no Brasil. Sào elas as cultivares BR 8, BR 14, BR IS, BR ló-Rio Ver-

de, BR 19 e MC 1. Das cultivares lançadas para cultivo anteriormente, apreseci-

taram boa aceitaço, na lavoura, CNT 7, CNT 8, CNT 9, CNT 10, BR 4 e BR 3 sen-

do CNT 8 a cultivar mais plantada, no RS, atualmente.

INTRODUÇÃO

O melhoramento genhico do trigo ú um dos trabalhos em que tem sido colo-

cada mais gnfase no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNn), EMBRAFA, lo-

calizado em Passo Fundo (RS). Virios projetos estâo em andamento, sendo pie

o presente trabalho apresenta informaçúes referentes ao projeto geral ou con-

vencional de melhoramento (Projeto 004.80001/4 - Criaçio de CultivaresdeTri-

go) -

Na XII RENAPET foi apresentado um informe (Sousa et al. 1982) referente

ao projeto em relaçio aos anos de 1975 a 1981. No presente trabalho, estL

concentradas as informaçúes de 1982 a 1983.

Entre os objetivos mais considerados na busca de novas cultivares, de

rendimento maior e mais estúveis, estio a melhoria das características agronS-

micas, a resístincia ou tolerincia às doenças e à acidez do solo.

Neste trabalho, sio apresentadas relaç&es do material utilizado no proje-

to e informaç6es sobre a conduçio do material segregante. Na parte de resulta-

dos, sio mostrados alguns dados referentes ao número de parcelas nos diversos

plantios, hibridaç&es realizadas, número de linhagens reunidas e relaçio de

cultivares lançadas para cultivo, aIim de destaque para alguns materiais.

MATERIAL E MttODOS

As características dos locais onde sio conduzidas geraçies segregantes

para o projeto Criaçio de Cultivares de Trigo sào apresentadas na Tabela li

Dentro do projeto, a concentraçio do trabalho esta na conduçio de diver-

sas coleç6es e na seleçio de plantas dentro de geraçies segregantes, visando

com isto à criaçio de novas linhagens. Um detalhanento do trabalho í apresen-

tado de maneira esquemitica na Figura L

A fase de estudo de coleç6es consiste nas observaç3es de cultivares rece-

bidas de instituiçGes internacionais cono o Centro Internacional de Melhora-

mento de Milho e Trigo (CI1'a1YT, localizado no Mixico), a Universidade de Ne-

braska (E1JA) e a Universidade de Oregon (EUA); do Chile, onde a coleçio Linhas

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Mancadas do Cone Sul (ISCOS) é prepacado; e de diversas cultivares recebidas

de outras regies brasileiras e de outros países, as quais sào incluídas na

coleçio de novas entradas. Dentro das coleç6es introduzidas, sio selecionadas

as cultivares de interesse para o programa de trigo. A maior parte das culti-

vares selecionadas do colocadas na coleçiode trigos estrangeiros (Desta-

ques), onde do reavaliadas e multiplicadas. As cultivares de maior• interesse

do, desse nodo, incluídas e utilizadas no bloco de cruzamento. Algumas do

colocadas, eventualmente, em ensaios preliminares de rendimento. Os trigos de

inverno sioestudadosem coleces especificas, necessitando de tratamento es-

pecial como plantio mais cedo ou utilizaçio de vernalizaçio. -

Através de diversos outros projetos em desenvolvimento em Passo Fundo,

do estudadas outras coleç&es para objetivos específicos em comdiç6es de campo

ou de casa de vegetaçio. Atravh deste trabalho, do indicadas as melhores

fontes de resistncia para o trabalho de cruzamentos. Este trabalho é desen-

volvido por diversos especialistas em doenças do trigo.

No bloco de cruzamento sio imcluídas as cultivares de maior interesse pa-

ra a realização de cruzanentos. Ele é constituído de diversos grupos como os

citados a seguir: -

- cultivares de trigo de inverno

- cultivares bisicas

- cultivares testemunhas (ciclo e altura)

- cultivares-resistentes à giberela (Gibberella zeae)

- cultivares resistentes ao oídio (Eryaiphe grcvninis tritici)

- cultivares resistentes à ferrugem da folha (Puccinia racondita)

- cultivares resistentes à ferrugem do como (Puocinia graminis tritici)

- cultivares resistentes ou tolerantes à helmintosporiose (Hetminthocpo-

num sativwn)

- cultivares resistentes ou tolerantes à mancha da gluna (Septoria nodo-

n)

- cultivares resistentes ao Vírus do Mosaico do Trigo e/ou ao VNAC

- cultivares de bom tipo agronSmico

- cultivares brasileiras baixas

- cultivares em recomendaçio na regiio Sul-Brasileira de Trigo

- cultivares em experimentaçio no sul

- - cultivares para as regies Centro e Centro-Sul Brasileiras de Trigo -

ireas com alumínio

- cultivares para a regiio norte - ireas sem alumínio

- cultivares virias (seca, germinação na espiga, etc.)

- elites ou touros novos (material sejregamte)

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Grande énfase tem sido colocada,nos últimos anos, mautilizaçúo de mate-

riais obtidos atravós do projeto de correção de defeitos em cultivares nacio-

nais, seja como cultivares ou como elites (segregantes), e cruzamentos de cul-

tivares brasileiras com cultivares de trigo de inverno.

O bloco de cruzamento i plantado no inverno, em virias ipocas, sendo ama

no telado, com tratamento com fungicida, e duas ou trs no campo e sem trata-

mento com fungicida. As cultivares bísicas, que são as cultivares mais utili-

zadas em cruzamentos, são plantadas em parcelas extras a fim de facilitar a

emasculação e a coleta de pólen. No verão, o bloco de cruzamento i plantado

em vasos no telado, em trãs õpocas e utilizando o tratamento com fungicida.

A Tabela 2 relaciona as cultivares estrangeiras de trigo de primavera

utilizadas no bloco de cruzamento de 1985. Neste tambím estavam presentes 30

cultivares de trigos de inverno ou facultativos, sendo a quase totalidade de

origem estrangeira.

Após a realização do cruzamento, i produzida a geração E1. Alóm de cruza-

mentos simples (MB) são tambãm realizados muitos cruzamentos triplos, ou de3

linhas (A/Bf/C), e duplos (A/B//C/D) e, em alguns casos, cruzamentos complexos

e retrocruzamentos. Após a produção da geração Ei, virias populaçóes são en-

viadas para plantio em outros locais como Dourados (NS), Brasilia (DE) ou São

Gotardo onde são incorporados em projetos de criação desenvolvidos nestes lo-

cais. O projeto em Passo Fundo atende principalmente a região Sul-Brasileira

de Trigo sendo, entretanto, previsto que as cultivares reunidas possam tsmba

ser testadas e utilizadas em outras regi&es e que, ao mesmo tempo, ocorra la

bom entrosamento com os trabalhos de melhoramento genãtico nas demais regióes

tritícolas do país.

As cultivares mais utilizadas em cruzamentos no projeto geral foram as

seguintes, de acordo com o ano:

1982 1983 1984 1985

Alondra 4545* Alondra 4545* BOI 1146* BOi 1146*

BOi 15 Anahuac 75* BOi 8 BOi 10_Formosa*

Cotiporã BR 5 BR I1_Cuarani* BOi 12_Aruanã*

Frontana BOi 8 BOi I2_Aruanâ* BOi 14

PF 7815 CNT 1 CEP 14-Tapes BOi 15

PF 782021 IAC 5-Maringá IAC 5-Maringã CEP 14-Tapes (CNT lO Cit)

PF 782023 PE 772003 Minuano 82 Coker 762 (IAC 5 Cit) (CNT 8 Cit)

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1982 1983 1984 1985

PF 79547* PF 79547* PF 782024 IAC 5-Maringi (IAS 20 Cit)

PF 79777 PF 79782 PF 79547* Minuano 82 (BR 14 Sib) (BR 14)

RS 3-Palmeira Polo 1* PP 79782 (BR 14) ES 4-Ibíraiaras

* Ás cultivares assinaladas foram principalmente utilizadas em cruzamentos visando às regióes tritícnlas do Brasil Central e Centro-Sul.

A partir da geração P2, dois métodos estão sendo utilizados em Passo Pun-

do: 1. parte das populaçêes em F2 (20 a 50 cruzanentos por ano) é conduzida

pelo método genealógico desde a geração F2; 2. outra parte (200 a 300 cruza-

mentos por ano) é prevista que seja conduzida pelo método da população em mas-

sa até a geração Fs ou F5 quando, então, o material é selecionado individual-

mente. Para tanto, são escolhidas 50 a 80 populaçães, dentre as 200-300 plan-

tadas cada ano a partir do F2, de acordo com o desempenho e expectativa do

cruzamento até esta fase.

O uso do método da população em massa, em adição ao método genealógico,

que era o método quase exclusivo em uso anteriormente, se deve, principalmen-

te, à dificuldade de conduzir todos os cruzamentos pelo método genealógico.

Este último método é mais laborioso, necessitando, também, de mais mão-de-

obra e de ãrea de plantio. Existem também outros fatores em consideração como

o auxílio da seleção natural e a grande variabilidade nas condiçóes de clima

e de problemas fitopatológicos de um ano para outro, fazendo com que o método

da população tenha também vantagens em seu uso. Uma provével deficiimcia na

utilização deste último método pode estar relacionado à seleção menos eficien-

te para tipo de planta.

Normalmente o material tem sido reunido como nova linhagem na geração F7

ou Pe. As linhagens reunidas servem de material bisico para os projetos de

competição de cultivares e de multiplicação de linhagens e de cultivares de

trigo. São também fornecidas cultivares para inclusão em coleçôes (Exemplo:

LACOS) ou preparadas coleçées para envio a outros locais e regiães.

A fim de facilitar a seleção para doenças, os materiais segregantes são

inoculados, em condiçóes de campo, com as principais doenças. Os fitopatolo-

gistas colaboram neste trabalho.

Tendo em vista um melhor controle da situação de cada planta selecionada

ou população segregante colhida, é usado um sistema de anotação utilizando,

al&n do cruzamento realizado, a designação do cruzamento, a numeração de se-

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leção de acordo com a situação e uma letra caracterizando o local onde o tra-

balho foi realizado (Tabela 3).

A seguir ã apresentado um exemplo utilizando a genealogia de BR 15, 1am-

çada para cultivo no RS e em SC, em 1985.

Cruzamento: IAS 54*2/TORAI 80//PF 69193

Genealogia: P 73387-1 P-37F- 1 F-OF-0R- 1F-OR

- P 73387 - Geração F1 e F2: proveniente de cruzanento n9 387 feito em

Pelotas (ES), em 1973.

- 1P - Geração F3: proveniente de planta (ou espiga) selecionada e,

Pelotas, na geração F2.

- 37F - Geração F,: proveniente de planta selecionada em Passo Fundo

(RS), na geração P

- IP - Geração Fs: proveniente de planta selecionada em Passo Fundo,

na geração Fi..

- OF - Geração F6: proveniente de colheita em massa de linha em Fs,

em Passo Fundo.

- OR - Geração F7: proveniente de colheita em massa de linha Fe, e,

Brasília (DF).

- IF - Geração Fe: proveniente de planta selecionada em Passo Fundo,

na geração F,.

- 0R - Geração Fg: proveniente de colheita em massa cano nova linha-

gem na geração Fe, em Brasilia.

Na geração F5 o material foi testado como uma nova linhagem designada to-

mo PF 79300, sendo 1979 o ano de reunião.

Em todas as geraç5es o material foi conduzido em £rea corrigida com cal-

chio. Grande interação existe entre o trabalho da presente projeto e outros es

desenvolvimento em diversas regiSes. Na Unidade de Execução de Pesquisa de

Âmbito Estadual de Dourados (UEPAE-Dourados), esti sendo desenvolvido, um pro-

grama de melhoramento genático de trigo visando ã região Centro-Sul-Brasileira

de Trigo, num trabalho integrado com o CNPT. Muitos cruzamentos produzidos es

Passo Fundo são posteriormente enviados na geração F2 a Dourados, para onde

tambim são preparadas coleç5es e ensaios de rendimento. Pesquisadores e pes-

soal de apoio do CNPT participcm efetivamente de virias fases do trabalho como

plantio, prã-seleção, seleção final do material a campo e seleção de grão eu

laborat&rio. Este tipo de trabalho integrado foi iniciado em 1978 (Sousa

Fontoura s.n.t.).

A partir de 1984, estã em desenvolvimento um projeto integrado entre e

CNPT e o CPAC para a condução de um programa de melhoramento de trigo para o

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Brasil Central, em continuação ao trabalho desenvolvido por muitos anos pelo

CPAC neste setor. Estes trabalhos estio concentrados em Brasília (DE) e em São

Gotardo (Mc). O trabalho em São Gotardo também conta com a participação da

Cooperativa Agrícola de Cotia.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Parte do trabalho realizado neste projeto refere-se ao estudo e ao uso

de coleçies de cultivares. Através dessas coleçies são estudadas e seluvinna-

das cultivares para posterior utilização. Na Tabela 4, são apresentadas as co-

leçies conduzidas em Passo Fundo dentro do projeto Criação de Cultivares de

Trigo, no período de 1982 a 1995.

As cultivares estrangeiras não tim se mostrado promissoras paraa utiliza-

ção direta no cultivo comercial, nas condiçies de Passo Fundo, e poucas lia

sido selecionadas para testes de rendimento oeste local. Uma das recentes ex-

ceçies é a linha Coker 762, dos Estados Unidos, que após ensaio preliminar e

preliminar em rede passou para o ensaio regional do RS (ensaio de nível inter-

mediãrio) em 1985, sendo eliminada da experimentação oficial em 1986. Entre-

tanto, uma cultivar como Coker 762 poderã ser de muita valia na realização de

cruzamentos como anteriormente aconteceu em relação â Alondra Sib, •de origem

mexicana. O uso de elites tem resultado em bom proveito no trabalho de cruza-

mentos: a elite Gaboto/Lagoa Vermelha, cruzada com a Fi do cruzamento IAS 63/

Alondra Sib, resultou na criação da cultivar BR 14; a elite IAS 20/Toropi, cru-

zada com a linhagem PF 70100, resultou na produção da cultivar BR S.

o múmero médio de cruzameotos (combinaçies) realizados por ano no período de 1981182 a 1984185, foi de 660 (Tabela 5), enquanto que, no período de 1970

a 1980/81, foi de 1.450 (Sousa et ai. 1982). A quantidade de cruzamentos rea-

lizados para serem trabalhados em Passo Fundo diminuiu bastante em relação ao

que era feito anteriormente, aimda mais considerando que parte dos cruzamentos

realizados anualmente são enviados para Dourados e Brasilia, na geração F,.

A Tabela 6 mostra o ntimero de parcelas de materiais segregantes estabele-

cidas em Passo Fundo de 1982 a 1985.

Os fatores que mais influenciaram a seleção do trigo no campo experimen-

tal são citados a seguir:

1982: ferrugem da folha, helmintosporiose, mancha da glurna, gibereia, Ví-

rus do Mosaico do Trigo e chuvas excessivas;

1983: giberela, mancha da giuma e Vírus do Mosaico do Trigo;

1984: giberela, mancha da gluma e Vírus do Mosaico do Trigo;

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1985: ferrugem do como, giberela, oídio e ocorr&ncia de seca em alguns

períodos da cultura do trigo.

No caso da ferruges da folha e do oídio a pressão de seleção tambãm

grande nos anos de pouca incidãncia destas duas doenças pela faciiidade de

realização da prã-seleção mesmo com baixos índices de infecção.

Na ãrea não corrigida com calcãrio, onde são plantados alguns materiais

segregantes (principalmente populações F2), a pressão para seleção natural ao

crestarsiento ã muito grande, principalmente em anos com período de seca na fase

vegetativa cprLo ocorreu em 1985.

Uma das dificuldades ao longo dos anos na seleção para resistãncia a ai:

gumas doenças tem sido a 000rrãncia de novos biõtipos dos patõgenos, tornando

suscetíveis materiais antes resistentes. Isto foi muito evidente no caso de

Alondra Sib e de Sei Tifton 72-59, que eram, anteriormente, resistentes ao

dio e à ferrugem da folha, sendo, atualmente, suscetíveis a estas duas doen-

ças. Este comportamento taabõm foi verificado em relação a quase toda a das-

cendãncia destas duas cultivares.

Em função da cooperação do Ci1'&IYT para o estabelecimento de uma geração

em Cd. Obregon no Mãxico, vãrios materiais tãm sido enviados para este local,

conforme a Tabela 7. Este local ã muito propicio para a seleção de tipo de

planta e para as ferrugens, al&m de proporcionar uma alta taxa de multiplica-

a°, razão pela qual tãm sido enviados para plantio neste local preferencial-

mente, os E1 de cruzasoentos triplos e duplos. Uma das dificuldades no estabe-

lecimento desta geração é a superposição entre a colheita em Passo Fundo e e,

melhor ãpoca de plantio em Cd. Obregon (novembro), alóm da longa distãncia

entre as duas localidades e as exigãncias alfandegárias, fazendo com que o na-

terial quase seapre seja plantado fora da melhor õpoca no Mãxico. Em geral, es

pesquisador do CNPT se desloca cada ano para Cd. Obregon a fim de selecionar,

colher o material e despachã-lo para o Brasil. Em função do grande intercãmbi:

de materiais entre o CIMNYT e o CNPT, forais reunidas muitas linhagens pelo

CNPT, tendo algumas chegado atã a fase de recomendação para cultivo (BR 14,5

16-Rio Verde e MC 1).

Na geração extra realizada em Brasilia, o CNPT conta com a cooperação do

CPAC. O plantio geralmente ã estabelecido em início de fevereiro, sendo a co-

lheita realizada em fins de maio. Para avanço de gerações t&m sido emviadas

a Brasília plantas selecionadas de F a Fe. A taxa da multiplicação á baisa

e a reprodução de semente de linhagens reunidas não tem apresentado bons re-

sultados. O trabalho coa geração extra em Brasilia tem ajudado na criação de

muitas linhagens, tendo algumas delas chegado sti a fase de recomendação para

cultivo çpmo BR 4, ER 5, BR 8, BR 15 e BR 18. Os materiais conduzidos em Bra-

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sília como avanço de geração do projeto Criação de Cultivares de Trigo são

relacionados na Tabela S.

Em Passo Fundo, tambãm ã realizada geração extra no verão, com plantios

de dezembro a janeiro em condiçães de telado. Os resultados são regulares, p0-

rãm o volume de material plantado ã pequeno.

Foram reunidas 669 novas linhagens pelo projeto Criação de Cultivares de

Trigo (Tabela 5) no período de 1982 a 1985 (mãdia de 167 por ano). Os cruza-

mentos mais representados são citados a seguir:

1982: ALO 5181FF 7326 30 linhagens

IAS 60/IN0US//IAS 62/3/ALO 516/4/IAS 59 15 linhagens

IAS 55/CNT 7//ALD SIB 8 linhagens

PAT 7219/ALD 516//IAS 20/JUP 73 8 linhagens

ALD SIB/IICRTO//PEL 73007 6 linhagens

CC/ALD 516/3/IAS 54-77/S 62//CNT 8 6 linhagens

1983: ALD 518/HORTO//FEL 73007 13 linhagens

PF 75221/FEL 73007 13 linhagens

PF 75771FF 78901/CNT 0/6K 5 11 linhagens

IAS 58/4/KAL/BB//CJ 71/3/ALO 518 10 linhagens

PEWEE SIB//PF 7658/BR 5 9 linhagens

EC 483-128/HLN//ACENT/IAS 54-45 7 linhagens

1984: FF 7577/FF 78901//CNT 10/6K 5 27 linhagens

PEWEE 516//FF 7658/8K 5 10 linhagens

PF 7656/PF 7577/3/IAC 5/JUF//CNT 8/ALU 518 7 linhagens

BR 4/CNT l//PF 7331*2/ALD 516 6 linhagens

985: PF 794691/NOBRE*2/N. BAY/3/FF 79768 20 linhagens

FF 7577/FF 78901//CNT 10/6K 5 6 linhagens

TIF/ER 81/8K 8/FEL 74144 6 linhagens

FEL 72380/ATR 71/3/IAS 63/ALD SI6//CTO/LV 6 linhagens

Apãs a reunião da linhagem, ela ã colocada em ensaios preliminares de ren-

dimento. Muitas se mostraram promissoras, apresentando rendimentos acima de

4.000 kg/ha nos ensaios preliminares. Os melhores materiais foram promovidos

posteriormente para ensaios mais avançados. As cultivares criadas pelo proje-

to que atingiram o nível intermediãrio ou final nos ensaios oficiais da Comis-

são Regional de Avaliação e Recomendação de Cultivares de Trigo (Região 1, Re-

gião li e Região 111) no ano de 1985, são apresentadas na Tabela 9.

Em função de testes em ensaios nas vãrias regiães tritícolas, algumas

cultivares obtidas neste projeto chegaram à fase de recomendação para culti-

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vo. As lançadas a partir de 1979 séo apresentadas na Tabela 10. Destas, BR 4

e BR 5 estéo tendo uma boa aceitaçéo na lavoura, sendo BR 4 a cultivar de

naior disponibilidade de semente ea Santa Catarina e a terceira no Rio Grande

do Sul. BR 8 apresenta uma ampla adaptaçéo, sendo recomendada em muitos esta-

dos, porém, a disponibilidade de sementes é ainda pequena. As cultivares lan-

çadas mais recentemente séo muito promissores; BR 14 é de porte médio, palha

boa, resistente é ferrugem do colmo e é ferrugem da folha; e BR 15 é de porte

médio, resistente é ferrugem do colmo e é Septorio nodoruno. Pelo bom tipo e

pelo porte médio, ambas constituem um avanço em relaçéo és demais cultivares

em recomendaçio no RS. BR 16-Rio Verde é resistente é ferrugem do colmo, pre-

coce, alta e de palha boa; MC 1 é precoce e resistente à ferrugem do colmo,

apresentando bom comportamento na condiçio de sequeiro em Minas Gerais; e BR

19 apresenta boa performance em algumas regiées do Parani. O CIhflIYT participou

no desenvolvimento de BR 14, BR 16-Rio Verde e MC 1. Diversas organizaçées m

Brasil são participantes no lançamento de algumas cultivares, como o CPAC no

lançamento de BR 16-Rio Verde, a Empresa de Pesquisa Agropecuiria de Minas Ge-

rais (EPAMIC) no caso de MC 1 e as instituiçües de pesquisa do Parani no caso

de BR 19.

O projeto tamhém participou na criaçéo das cultivares de sigla CNT lança-

das entre 1975 e 1977 (Sousa et alii 1982). Atualmente, estio em recoruie-ndaçio

no Brasil a CNT 1 (PR, aS, SC), CNT 7 (as, SC), CNT 8 (PR, RS, SC, SP), CNT9

(PR) e CNT lO (as) - As que tiveram maior aceitação na lavoura foram CNT li,

que chegou a ser a mais cultivada no RS em 1982, e CNT 8 que foi a mais culti-

vada neste estado em 1985, devendo repetir esta situação em 1986, com uma per-

centagem mais significativa. CNT 7 e CNT 9 tiveram alguma aceitação em alguns

anos e as demais tiveram participação muito pequena na lavoura.

O intercimbio com outros programas tem produzido alguns resultados bons.

A introdução da linhagem PF 781148, recebida do México em 1978 e enviada para

testes em Dourados, através da UEPAE de Dourados, resultou no lançamento da

cultivar BR 18-Tereraa em 1986. Ela é resultante do cruzamento D 6301/NAI 6011

WQ/RM/3/CIANO*21ClsRIS, o mesmo da cultivar Alondra 4546. Nos testes feitos no

Mato Grosso do Sul e no Parani, apresentou rendimentos médios superiores i

Alnndra 4546, sendo recomendada nestes estados. E. função de intercimbio de

materiais com o programa de trigo em Zimbia, foi lançada para cultivo neste

país a linhagem PF 7748, proveniente de cruzamento MD 81/IAS 59//IAS 58, toz

o nome de Whydah.

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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SOUSA, C.N.A. de; BEL DUCA, L. de J.A.; NOREIBA, J.C.S.; SCHEEREN, P.L. ; ROSA, O. de 5.; BAVARESCO, L. & RAPPEL, G. Projeto de criaço de cultivares de trigo no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo em Passo Fundo. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRICO, 12, Cascavel, PR, 1982. Resultados de pes-quisa... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1982. p. 19-37 .

SOUSA, P.G. &FONTOURA, J.V.G. Introdução e criaçao de cultivares de trigo adaptadas as coudiç6es de cultivo da Regiio Centro-Sul do Brasil. s.n.t. Trabalho apresentado na XI ReunIÃo Nacional de Pesquisa de Trigo, Porto Alegre, 8.5, ISSO.

Iras

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IENSAIO ESTADUAt.I

ENSAIO \ SUL- BRASILEIRO (FINAL) £

ENSAIO REGIONAL

MULTIPLICAÇÃO 1 (INTERMEDIÁRIO)

ENSAIO PRELIM, EM REDE

ENSAIO PRELIMINAR - £ • INTER.

NOVA LINHAGEM

PLANTAS OU 1

ESPIGAS

SELECIONADA4

POPULAÇÕES HIBRIDAS

(Alt GERAÇÃO 1 ( F3 o F6)

AVANÇADA)

CRUZAMENTO

BLOCO DE

CRUZAMENTOS

DE

2 ANOS

1 ANO

1 ANO 3-5 LOCAIS

1ANO 1LOCAL

1 LAJL'qMU COLEÇOES ESPECIAIS IDE TRIGO

IDE INVER

COLEÇÕES GERAIS 4 COLEÇÕES DE

INTRODUÇÕES

FIguro 1, ESQUEMA DO MELHORAMENTO DO TRIGO, CNPT-EMBRAPA Posso Fundo, RS, 1986.

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Tabela 2. Cultivares de trigo estrangeiro presentes no bloco de cruzamento, em 1985. CNPT-ENBRAPA, Passo Fundo (RS)

Cultivar Origem Resistência às doenças ou

caracteristica de especial interesse

Afta Estados Unidos Ferrugem da folha Anahuac 75 M&xico Cultivar bísica no ano de 1985 Balcarce 1 Argentina Ferrugem do colmo Camdeias Argentina Boa adaptaço no Brasil Coteau Estados Unidos Ferrugen da folha Era Estados Unidos Ferrugem do colmo FB 7274 Canadd Ferrugem do colmo (Sr 13) FB 7282 Canada Ferrugem do colmo (Sr Tt 3) Clennson 81 M&xico Bom potencial de rendimento, f. colma IBW 213-76 Paraguai lielmintosporiose, tipo bom 1FF 40382 Zâmbia Helmintosporiose IPF 41646 M&xico Tipo bom, ferrugem do colmo LAP 689 Argentina Oídio, ferrugem da folha, S. tritici LE 1961 Uruguai Ferrugem do colmo LE 2080 Uruguai Ferrugem do colmo Len Estados Unidos Ferrugem da folha Long Lin 112 China Giberela PF 781051 Mhico Oídio PF 781100 Mixico Oídio PF 781101 - Ferrugem da folha PF 781113 México Tipo bom, palha boa, f. colno PF 781121 Mxico Tipo bom, espiga boa, f. colmo PF 781133 - Oídio PF 781134 Chile Oídio PF 781194 Estados Unidos Oídio PF 781199 Mxíco Oídio if 781202 Estados Unidos Oídio PF 801034 Mxico Ferrugem da folha PF 801040 - Helnintosporiose Pitic 62 Nxico Res. seca Sonora 64 Mãxico Testemunha ciclo e altura Sunai 2 China Giberela Sumai 3 China Giberela Tioga Estados Unidos Ferrugem do colmo Transfer Estados Unidos Helmintosporiose W 3563 Austrilia Ferrugem do colmo (Sr 37)

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Tabela 3. Numeração utilizada na genealogia de trigo no CNPT-ENBRAPA. Passo Fundo (ES), 1986

Numeração Situação

0 Colheita em massa em área corrigida (com calcário)

1-98 Seleção de plantas em área corrigida

99 Colheita em massa modificada em área corrigida (soprador,

peneira, reunião de plantas, etc.)

100 Colheita em massa na área não-corrigida (sem calcário)

101-198 Seleção de plantas em área não-corrigida

199 Colheita em massa modificada em área não-corrigida

200 Colheita em massa (casos e situaçáes especiaia)

201-298 Seleção de plantas (casos e situaçães especiais)

299 Colheita em massa modificada (situaç&es e casos especiais)

300-349 Elites ou touros novos

400-449 Seleção para ferrugem do colmo (Puccinia grarninis tritici)

450-499 Seleção para ferrugem da folha (Puccinia recendita)

500-549 Seleção para Septoria tritici

550-599 Seleção para Septoria nodorum

600-649 Seleção para Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada

650-699 Seleção para Vírus do Mosaico do Trigo

700-749 Seleção para giberela (Gibberella asas)

750-799 Seleção para geada

800-849 Seleção para oídio (Erysiphe graminis tritici)

830-899 Seleção para germinação na espiga

900-949 Seleção para várias doenças

950-999 Avanço de geraçães

3.000-3.049 Duplos haplãides

Observação: 1 - Quando o material foi colhido em massa usar o primeiro número da sárie (Ex.: 450).

2 - Quando o material for colhido em massa modificada usar o últi-mo número da sárie (Ex.: 499).

3 - Quando forem selecionadas plantas, conduzidas individualmente, de populaçães E1 usar letras apús o número do cruzamento (Ex.; F 11801-A, F 11801-B, F 11801-C ... ).

4 - Letras utilizadas para caracterizar o local de plantio: F (Passo Fundo), R (Brasília - sistema sequeiro) e Y (Cd. Obre-gon, Máxico).

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Tabela S. Nimero de hibridaçães realizadas e nlnero de novas linhagens reuni-das pelo projeto Criação de Cultivares de Trigo de 1981 a 1985. CNPT-E14ERAPA, Passo Fundo (RS)

Ano N9 de hibridaçães

(combinaçães) realizadas

N9 de novas linhagens reunidas

1981/82 515 211

1982183 717 174

1983/84 603 203

1984185 806 141

1985186 611 1 151

Total 3.252 880

Não estão incluLdos os cruzamentos feitos no verão.

Tabela 6. Relação dos plantios e nlmero de parcelas estabelecidas na geração de inverno, de 1982 a 1983. CNPT-EMBRAPA, Passo Fundo (RS)

Nome do plantio N9 de parcelas

1982 1983 1984 1985

Populaçães F, 499 549 603 614

Populaçães F2 493 194 405 222

Plantas (e espigas) selecionadas-F2 740 536 503 52

Plantas selecionadas-F3 744 608 1.317 760

Plantas selecionadas e filas de 2.756 2.862 4.654 2.647 BrasLlia-F., a geração avançada

Espigas selecionadas-F3 a F5 148 1.442 123 56

Populaçães hrbridas 643 820 590 712

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Tabela 8. Relação dos plantios e nüznero de parcelas enviadas para avanço de geração no CPAC, Brasflia (geração de verão), pelo projeto criação de Cultivares de Trigo de 1982 a 1985

Nome do plantio 1982 1983 1984 1985

F2 e populaçães hfbridas - - - 134

Plantas selecionadas-F~ a Fe 587 411 1.020 457

Plantas selecionadas-F, a geração avançada 389 768 798 998

Filas selecionadas - 15 - -

Multiplicação de linhagens 19 SI 32 -

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FITOPATOLOCIA

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FERRUGEM DO COLHO DO TRIGO NO BRASIL, DE 1983 A 1985

Elisa T. Coelho'

RESUMO

A ferrugem do colmo do trigo pode causar s&rios prejuízos i cultura desse

cereal no Brasil. O conhecimento da população patoginica existente nas diferen-

tes regi&es, as alteraç&es de sua frequincia nos diversos anos, o aparecimento

de novas raças e o conhecimento das fontes de resistincia aio bisicos aos tra-

balhos de melhoramento com vista à obtenção de cultivares resistentes a esta

doença. Com este objetivo foram estudadas 404 amostras de ferrugem do colmo do

trigo (Puccinia grc.ir,inis Pers f.sp. tritici Eriks & Benn), colhidas mas zomas

tritícolas brasileiras nos amos de 1983 a 1985. Foram identificadas as raças

Gil, 015, 017, G18, G19, 020, 021, G22 e G23. A raça 021 foi determinada, pela

primeira vez, em amostras colhidas em Patos de Minas, MG e em Londrina, PR, em

1983; a raça C22 em Palotina, PR e em Dourados, MS e a 023 en Piratini, RS, am-

bas em 1984. As raças que mais ocorreram em 1983 foram CI? (65 Z), 020 (22 1);

em 1984 Cl? (27 1), 020 (26 %), 019 (24 1), e no levantamento parcial de 1985

015 • C20 e 017. Os gens Sr 22, Sr 24, Sr 25, Sr 26, Sr 27, Sr 31, Sr 32 e Sr

33 continuam a conferir resistncia a todas as raças ocorrentes mas amostras

estudadas

INTRODUÇÃO

Anualmente i realizado, no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT/EM-

BRAPA). o estudo das amostras de Puccinia grwrrimís Pers f.sp. tritici Eriks &

Renn, agente causal da ferrugem do colmo do trigo, colhidas em ensaios e lavou-

ras nas diferentes regiBes tritícolas do Brasil. Embora, nos iltimos anos, esta

doença tenha ocorrido com pouca intensidade e, geralmente, mais ao fim do ciclo

da planta, devido à sua capacidade de causar sírios prejuízos à cultura do tri-

go, estes estudos se revestem da maior importincia.

EngQ AgrQ, Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Cai-xa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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O conhecimento da popuiaçao patognica existente nas diferentes regi6es,

as alteraçes de freq11ncia nos diversos anos, o aparecimento de novas raças e

o conhecimento das fontes de resistncia sao básicos aos trabalhos de melhora-

mento com vistas à obtençao de cultivares resistentes a esta doença.

Resultados destes estudos foram relatados por Silva (1951), Silva et ai

(1955), Coelho et al. (1971), Coelho (1973, 1977, 1981, I984a e 1984b) e Coeitc

& Barcellos (1974).

O presente trabalho refere-se ao estudo das amostras colhidas nos anos

1983 a 1985, sendo este último parcial.

MATERIAL E MÉTODOS

Foram estudadas 404 amostras provenientes de diferentes zonas tritícolai

brasileiras, colhidas em ensaios e lavouras nos anos de 1983 a 1985.

Os m&todos, materiais usados e sistema de identificação das raças foram o,

descritos em trabalho anterior (Coelho, 1984b).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Amostras colhidas em 1983 - Foram estudadas 133 amostras, colhidas e

1983, tendo sido identificadas as raças CII, 015, 017, 018, 019, 020 e a ra;l

nova G21.

A raça 021 foi determinada, pela primeira vez, em amostras colhidas eu Pa.

tos de Minas, MC e em Londrina, PR. As raças 020 e 021 diferem quanto à reaçc

da cultivar Trigo BR 7, que tambúm diferencia a raça Cl? da 018.

A raça mais ocorrente foi a 017 com 65 1 do total de isolamentos, ficandc

em segundo lugar a 020 com 22 1. Na Tabela 1, tem-se a freqUncia das raças poi

estado, assim como o número de locais em que foram isoladas.

Amostras colhidas em 1984 - Foram estudadas, tamb&n, 219 amostras colhida

em 1984, tendo sido identificadas as raças 011, 015, 017, 018, 019, 020, 021

as novas raças 022 e C23.

A raça G22 foi determinada pela primeira vez em amostras colhidas em Falo-

tina, FR e em Dourados, MS, e a raça 023 em Piratini, ES. As fórmulas de vim-

lncia dessas raças encontram-se na Tabela 2 juntamente com as das raças ante-

riormemte descritas.

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As raças que mais ocorreram foram a 017, 020, 019 com 27 2, 26 2 e 24 2,

respectivamente, do total de isolamentos. Com reiação á ocorrãncia nos estados,

a raça 017 foi a que mais ocorreu em Minas Gerais, em São Paulo e no Distrito

Federal; a 019 no Paraná e a 020 no Rio Grande do Sul. Na Tabela 3, podem-se

observar a freqü&ncia das raças por estado e o número de locais.

Amostras colhidas em 1985 - Quanto ás amostras colhidas em 1985, foram es-

tudadas 52 e identificadas as raças Gil, 015, Ci?, G19, 020, 021 e 022. As ra-

ças mais ocorrentes neste levantamento parcial foram a 015, G20 e C17, cuja

frequãncia das raças está indicada na Tabela 4.

Procurando dar uma visão mais ampla da ocorrncia das raças, na Tabela 5,

encontran-se as freqUncia relativas (2) das raças de ferrugem do colro do tri-

go e o número de amostras estudadas nos anos de 1980 a 1984, no Distrito Fede-

ral e nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, São Paulo,

Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e a soma das freqflãncias no Brasil.

Como pode-se observar, em 1980, o conplexo de raças Gil + GiS (62 2) foi o que

riais ocorreu; de 1981 a 1983, a raça predominante foi a 017 en torno de 50 2 do

total de isolamentos, seguida, em importância de freqUãncia, da 015 (25 2) em

1981 da 020 e da 019 (17 2 cada) em 1982 e da G20 (22 2) em 1982. Já em 1984, a

ocorr&ncia das raças 017, 019 e 020 foi mais honogánea, ficando cada uma delas

com uma freqüância em torno de 25 2.

Com base na reação da sárie especial (Coelho, 1984b) foi possível verifi-

car que os genes Sr 22, Sr 24, Sr 25, Sr 26, Sr 27, Sr 31, Sr 32 e Sr 33, iso-

ladamente continuam a conferir resistância a todas as raças ocorrentes nas

amostras estudadas.

Amostras provenientes de outros países - As anostras recebidas de alguns

países do Cone Sul da Amárica do Sul, nos anos de 1983 e 1984 não apresentaram

esporos viáveis. Una amostra colhida, em 1984, em Puno, Peru (no altiplano)

apresentou, com relação à sárie padrão (Stakman et aI. 1962), reação semelhan-

te à raça 313 (identificada na Col8nbia). Quanto aos genes de resistância, suas

reaç6es foram as seguintes:

Genes efetivos - Sr 5, 6, (7a), 9a, 9b, 9e, 10,11 12, 13, 17, 22, 24, 25,

26, 27, 29, 30, 31, 32, 33, 36.

Genes inefetivos - Sr lb, 8, 9d, 9f, 9g, 14, IS, 16, 34, 35.

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AVALIAÇXO DE RESISTÊNCIA À FERRUGEM DO COLMO DAS CULTIVARES DOS

ENSAIOS REGIONAIS DE RENDIMENTO DE VARIEDADES DE TRICO DO

CONE SUL (ERCOS)'

Elisa T. Coelho 2

RESUMO

Foram avaliadas as cultivares componentes do 19 ao 119 Ensaio Regional de

Randimento de Variedades de Trigo do Cone Sul (ERCOS) quanto ã sua resist&n-

cia, em estidio de plmntula, ãs raças de Puccinia grcminie Pers. f.sp. tri-

tici Eriks & E. Henn (ferrugem do colmo do trigo) ocorrentes no Brasil e em

alguns países do Cone Sul da Amirica do Sul, tendo virias se mostrado resis-

tentes ãs raças testadas.

INTRODUÇÃO

A partir de 1975, vem sendo conduzido, em regime de cooperação entre as

virias instituiç&es de pesquisa de trigo dos países do Cone Sul - Argentina,

Bolívia, Chile, Paraguai. Brasil e Uruguai - o Ensaio Regional de Rendimento

de Variedades de Trigo do Cone Sul (ERCOS). Seu objetivo í avaliar a adaptação

e o potencial de linhas avançadas ou de cultivares dos programas de melhora-

mento de trigo, Souza et ai. (1984).

Com a finalidade de conhecer a resistância deste material em relação &s

raças de Puccinia graminis Pers. f.sp. tritici Eritcs. & E. Henn (ferrugem do

colmo do trigo) ocorrentes no Brasil, comuns a alguns países, (Coelho 1984)

foram anualmente realizados testes no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo

(CNPT/EMBRAPA).

1 Trabalho apresentado na Reunião de Especialistas em Ferrugens de Cereais de Inverno - Cone Sul da Ani&rica do Sul, realizada em Passo Fundo, RS, Brasil, de 15 a 18 de outubro de 1985.

2 Eng9 AgrQ, Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Pas-so Fundo, RS.

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MATERIAL E MËT000S

Foram estudadas as cultivares incluídas do 19 ao 119 Ensaio Regional da

Rendimento de Variedades de Trigo do Cone Sul, 1975-1985.

As cultivares, foran testadas anualmente em casa de vegetação em estédio

de plantula, para cada uma das raças de Puccinia graminis tritici disponíveis

na ocasião. A técnica usada na inoculação foi semelhante a utilizada para as séries diferenciais (Coelho, 1984).

Foram utilizadas as seguintes raças: Cl, 03, 04, 07, 08, 09, Gil, 011,

013, 015, 016, G17, G18, G19, 020, 021 e 022, cujas fórmulas de virulncia fi-

ram descritas por Coelho (1984).

No período abrangido pela instalação dos ensaios, houve uma grande varia-

ção ma ocorrãncia das raças, não só na sua freqUãncia como também pela deter-

minação de novas raças. Na Tabela 1, pode-se observar a frequ&ncia relativa

das raças ocorrentes no Brasil, no período de 1975 a 1984.

A escala de leitura adotada foi a seguinte: O - imune O; 1, 1-, 2 - , 2.

resistente 2+, 2++ - noderadamente resistente 3, 3 - moderadamente suscetí-

vel 3. 4 - suscetível, duas notas = a cultivar apresenta plantas com reaç&es

diferentes.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na apresentação dos resultados obtidos nos testes de resistncia, agni-

param-se as cultivares por seu país de origem.

Devido ã variabilidade que houve, na ocorrãncia de raças, no período a-

brangido pelos -estudos, as cultivares mao foram testadas para todas as raça

nas para as disponíveis por ocasião dos testes, dessa forma quando uma culti-

var é citada como resistente, é em relação ãs raças para as quais ela foi tes-

tada -

Destacaram-se por sua resist&ncia ã ferrugem do colmo as seguintes culti-

vares:

Argentina - Balcarce 1, Bordenave 2, BVE 9462, LAJ 657, LAJ 2484, UJ

2503, LAJ 2514, LAP 340, LAP 889, LAP 1080, LAP 1144, Leones INTA, 1' 8015247

Pampeano INTA, PAR 80/5134, PM 9 - J81, San Augustim INTA (Tabela 2).

Bolívia - Bolívia 2-78, Saguayo 79, Valuno 78 (Tabela 3)

Brasil - Alondra 4546, Trigo aR 10, Formosa, Trigo BR 14, CNT 8, OCEPel

7-Batuira, OCEPAR 8-Macuco, OCEPAR 9-Perdiz, PAT 7392, RS 2-Santa Maria (Tabe-

la 4).

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Chile - 25584/Cianp//TOF, Chile 6-78, CLFFIIFNITH..., Mexif&n, Millaleu

flUA, PTF/CLLF Sib 1 Sipa INIA (grama caf), Sonka mia, Toquifn (Tabela 5).

Paraguai - Atondra 1, Cordilieras 3, Cordilleras 4, Phoebe, Veery 2, (Ta-

bela 6).

Uruguai - Est. Dakuru, Est. Lusitano, LE 504, LE 1316, tE 1474, LE 1530,

tE 1999, tE 2080, LE 2092, LE 2096, LE 2118, LE 2119, LE 2120, LI 7, LI 61,

Sou 64/TZPP//Nai 60 (Tabela 7).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

COELHO, E.T. Ferrugem do como do trigo no Brasil e outros pafses do Cone Sul. Pesq. Agropec. Bras., Brasilia, 19(0:29-39, 1984.

SOUSA, C.N.A. de; MOREIRA, J.C.S. & IGNACZAK, J.C. Resultados do 79 Ensaio Regional de Rendimento de variedades de Trigo do Cone Sul, 1981-82. Passo Fundo, ENBRAPA-CNPT, 1984. 35p.

103

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COMPORTAMENTO À FERRUGEM DA FOLHA DAS CULTIVARES DE TRIGO RECCMENDADAS

PARA O CULTIVO NO RS E EM SC EM 1986

Aroarilis L. Barcellos 1

Jos& Maurício C. Fernande6 2

RESUMO

Prejuízos à produçào de trigo, devido à ferrugem da folha, causada pelo

fungo R400inia recondita Rob. ex Desm. tritici, ocorrem, anualmente, no sul do Brasil. O nível de danos depende das condiç6es climiticas, da resistància ge-

mitica das cultivares e do controle através de fungicidas. Para fornecer sub-

sídios à escolha da cultivar e à necessidade de controle químico, avalia-se,

no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, a reaçào dos trigos comerciais, vi-

sando diferencii-los quanto à resistncia à ferrugem da folha. Nesta publica-

çào, descreve-se o comportamento varietal das cultivares recomendadas para o

cultivo no RS e en SC, em 1986, utilizando-se os seguintes parnetros: irea

sob a curva de desenvolvimento da ferrugem, abrangendo virios estidios de de-

senvolvimento das plantas, de 1982 a 1985, em Passo Fundo, RS, sob infecçào

artificial; infecçào m&dia e mixima - dados provenientes de virios anos e lo-

cais, no Brasil, en geral de una avaliaçào anual na época de infecçào mais

elevada; reaç&es às raças do pat6geno. As cultivares CEP 14-Tapes, Trigo BR

14, CEP II e Trigo BR 4 foram as que apresentaram melhor comportamento; CEP

14-Tapes e Trigo BR 14 s&o resistentes a todas as raças determinadas no Bra-

sil. Destacaram-se, tanbm, mantendo níveis nào elevados de infecçào, hã vi-

rios anos, Nhu-Por&, Charrua e Trigo BR 3. Estas são suscetíveis a algumas ra-

ças que, tornando-se prevalecentes, poderão elevar o nível de suscetibilidade.

Jacuí, assim como Trigo BR 4 e, provavelmente, CEP II, caracterizam-se por

resistãncia em planta adulta.

£ EngV Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

2 EngÇ AgrÇ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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INTRODUÇÃO

A importancia econõmica da ferrugem da folha do trigo, no sul do Brasil,

tem requerido adequado conhecimento do comportamento das cultivares comerciais

b molástia. Causada pelo fungo Puccinia recondita Rob. ex Desm. tritici, 1

ferrugem da folha causa, anualmente, prejuízos à produço de trigo. O nível de

danos depende das condições climáticas, da resist&ncia genática das cultivares

e do controle atravás de fungicidas. Em condições favoráveis, o patdgeno te;

atingido proporções limitantes à produtividade do trigo.

Neste trabalho informa-se o comportamento à ferrugem da folha das culti-

vares recomendadas para o cultivo no RS e em SC, em 1986. A diferenciaçao va-

rietal objetiva fornecer subsídios à escolha da cultivar e õ necessidade do

controle químico.

MATERIAL E NTOD0S

As cultivares do Ensaio Estadual de Cultivares Recomendadas de Trigo fo-

ram avaliadas, de 1982 a 1985, segundo os parmetros a seguir descritos.

Área sob a curva de desenvolvimento da ferrugem

Todas as folhas de 10 plantas, nas 3 filas centrais de parcelas de 5 fi-

las de 1 n/cultivar, foram avaliadas à ferrugem da folha, no Centro Nacio-

nal de Pesquisa de Trigo/EMBRAPA, em Passo Fundo, RS. A semeadura foi rea-

lizada em 09.06.82, 17.06.83, 25.06.84 e 14.06.85. As parcelas e bordos exter-

nos de trigo suscetível foram pulverizados com esporos de mistura de raças

em õleo mineral.

As observações foram realizadas desde o início da infecçao. Foram as se-

guintes as datas das primeiras avaliações: 12 e 13.08.82, 19.08.83, 28.08.84 e

07.08.85. A freqüncia variou de acordo com o ciclo das cultivares: 3 ou 4 e.

1982, 9 a 12 em 1983, 7 a 10 em 1984 e en 1985.

As avaliações em vários estádios de desenvolvimento das cultivares poaai-

bilitaram traçar em gráficos o progresso da doença (Barcellos & Aita 1983,

1984).

A área sob a curva de desenvolvimento da ferrugem foi calculada atrav&s

de um programa para computador (linguagem BASIC) baseado na fõrrm.ila relatada

por Johnson & Wilcoxson (s.d.). Os dados obtidos correspondem à soma dos valo-

res mádios de cada duas avaliações consecutivas, irs.sltiplicada pelo mimero de

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dias entre elas.

Infecç5o midia e radzima

Utilizaram-se todos os dados disponíveis, arquivados por cultivar, prove-

nientes de vérios anos e locais, no Brasil, em geral de urna avaliaçao anual,

na época de infecç&o mais elevada. Os valores de infecçéo mixiina e mdia re-

sultam de variado número de dados, coletados em diversas instituiç&es da pes-

quisa.

Reaç5ee a racaa de Puccinia recondita

As cultivares do Ensaio Estadual 5a0 testadas, anualmente, em estédio de

pléntula, sob condiçes ambientais controladas, através de imoculaç&es com ra-

ças puras de P. recondita e misturas.

As escalas utilizadas para estimar a intensidade de ferrugem, em pléntu-

las (Mains e Jackson, complementada por .Johnston e Nains) e em campo (segundo

as instruçées do "Imternational Spring Wheat Rust Nursery') estio descritas no

livro Trigo no Brasil (Barcellos 1982).

As observaçéas em campo foram transformadas em coeficientes de infecç.o:

porcentagem de infecçio (0 a Ico) nailtiplicada pelo valor correspondente ao

tipo de infecçio (O - imune; 0,2 - altamente resistente e resistente; 0,4 -

moderadamente resistente; 0,6 - heterogéneo; 0,8 - moderadamente suscetível e

1,0 - suscetível e altamente suscetível).

RESULTADOS E niscussÃo

A £rea sob a curva de progresso da ferrugem da folha, de 1982 a 1985, das

cultivares de trigo recomendadas para o cultivo no RS e em SC, em 1986, cons-

tam na Tabela 1. Os coeficientes de infecçio médios e mixímos encontram-se na

Tabela 2.

As cultivares CEP 14-Tapes, Trigo BR 14, CEP 11 e Trigo SE 4 foram as que

apresentaram melhor comportamento; CEP 14-Tapes e Trigo BR 14 sio resistentes

a todas as raças de P. recondt'ta determinadas mo Brasil.

Destacaram-se, também, mantendo níveis nio elevados de infecçio, hi vi-

rios anos, Nhu-Pori, Charrua e Trigo BR 3. Estas sio suscetíveis a algumas ra-

ças que, tornando-se prevalentes, poderio elevar o nível de suscetibilidade.

Jacuí, assim como Trigo BR 4 e, provavelmente, GEP 11, caracterizam-se

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por resistncia em planta adulta.

As demais cultivares, embora suscetíveis, diferenciam-se quanto ao com-

portamento à ferrugem da folha, o que pode ser constatado pelos valores apre-

sentados nas Tabelas 1 e 2.

Os resultados deste trabalho tn permitido classificar, anualmente, as

cultivares comerciais. Para 1986, é a seguinte a classificaçào quanto ao com-

portamento à ferrugem da folha:

Bom - resistentes a todas as raças: Trigo 8K 14, CEP 14-Tapes,

Bom-. Trigo 8K 4, CEP 11.

Razovel: Nhu-Porà, Charrua, Trigo BR 3, Jacui.

Suscetível: Trigo 8K 5, Trigo BR 6, Trigo 8K 8, Trigo 8K 15, Butui, CNT

1 9 CWT 7, CNT 8, CNT 10, Frontana, Herval, IAC 5-Maringã, Mascarenhas, Minuano

82, Nobre, PAT 7219, PAT 7392, Peladinho, RS l-Fnix, 5(5 2-Santa Maria, RS

3-Palmeira, 5(5 4-Ibiraiaras, Santiago, Vacaria.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁYICAS

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Tabela 1. Área sob a curva de progresso de ferrugem da folha, artificialmente inoculada, em Passo Fundo, de 1982 a 1985, referente às cultivares de trigo recomendadas para o cultivo no as e em SC, em 1986. CNPT/EMBRAPA, Passo Fundo, 1986

Cultivar Ano

Área

1982

sobacurva de

1983

progresso

1984

da ferrugem

1985

da folha 19dj85

Trigo BR 3 72 90 64 134 90

TrigoBR4 11 11 5 63 22

Trigo BR 5 70 667 146 1.135 504

Trigo 62 6 837 285 236 453

Trio8R 8 644 99 539 427

Trigo BR 14 2

Trigo 62 IS 631

ButuÇ 516 76 177 256

CEP li 1 28 14

CEP 14-Tapes O

Charrua 114 lii li 25 67

CNT 1 586 907 323 951 692

CNT 7 661 880 469 1.311 830

CNT 8 311 719 225 309 391

CNT 10 271 1.269 461 419 620

Frontana 680 1.065 197 472 603

Herval 1.323 325 528 725

IAC 5-MaringÁ 740 875 411 882 727

Jacut 69 565 84 100 204

Mascarenhas 847 482 270 296 474

Minuano 82 326 614 253 461 413

Nhu-Porü 56 119 24 63 65

Nobre 705 972 567 1.070 828

PAT 7219 315 741 182 165 351

PAT 7392 34 228 80 63 101

Feladinho 998 736 198 856 697

8.5 1-Fnix 49 477 263

aS 2-santa Maria 306 1.107 706

as 3-Palmeira 238 738 488

as 4-Ibiraiaraa 101 479 290

Santiago 397 555 77 483 378

Vacaria 489 512 16 268 337

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Tabela 2. Coeficiente mdio e mãimo de infecçao de ferrugem da folha, em vi-rios anos e locais, no Brasil. referente a5 cultivares de trigo re-comendadas para o cultiva no RS e em SC, em 1986. CNPT/DIBRAPA, Pas-so Fundo, 1986

Coeficiente de infecçio Cultivar

Médio Miximo N9 de

observaçSes

Trigo BR 3 9.8 40 23 Trigo Bit 4 2.8 43** 72 Trigo Bit 5 10.0 50 47 Trigo Bit 6 19.1 60 24 Trigo Bit 8 21.0 60 40 Trigo Bit 14* 0.7 30** 96 Trigo Bit 15 21.3 80 44 Butui 27.1 60 IS CEP 11 0.4 3 16 CE? 14-Tapes 3.9 35** 19 Charrua 8.4 40 30 CNT 1 44.0 90 37 CNT 7 50.1 90 38 CNT 8 13.9 60 95 CNT 10 14.2 80 47 Frontana 23.6 70 42 nerval 12.8 40 13 IAC 5-Maringi 41.7 80 95 Jacuí 5.6 40 74 Mascarenhas 24.3 70 27 Minuano 82 24.8 50 30 Nhu-Pori 10.5 50 13 Nobre 47.7 80 29 PAT 7219 13.9 65 51 PAT 7392 13.5 70 36 Peladinho 57.0 80 10 RS 1-Finix 50.0 80 8 RS 2-Santa Maria 65.0 90 8 RS 3-Palmeira 48.3 80 9 RS 4-Ibiraiaras 46.1 60 9 Santiago 24.1 70 13 Vacaria 27.0 80 IS

* Os dados anteriores a 1985 correspondem âs 5 linhagens que constituem o Tri-go Bit 14.

** O niximo de infecção registrado para a linhagem PF 79782, uma das componen-tes do Trigo Bit 14, foi 30S (30 2 da ires foliar com pústulas suscetiveis), en uma avaliação, em 1984. O coeficiente 35, miximo de infecção para CEP 14-Tapes, corresponde a uma observação em 1983: plantas munes e plantas suscetiveis (0,705). A infecção nixina (40S) no Trigo Bit 4 corresponde tanb&ra a apenas uma ava-liação, em 1979.

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FERRUGEM DA FOLHA DO TRIGO NO BRASIL EM 1984 E 1985 -

OCORRÊNCIA E VIRULÊNCIA

Amarilis L. Barceilos'

RESUMO

A ferrugem da folha, causada por Puccinia recondita Rob. ex Deam. triti-

ci, é um dos fatores de prejuizo â produdo de trigo no Brasil. Estudos refe-

rentes a este fungo, no Centro Nacional de Pesquisa de trigo, visam, priorita-

rianente, a obtençao de cultivares geneticamente resistentes. Para fornecer

subsidios ao melhoraménto varietal, pesquisa-se a populaçao patognica quanto

a ocorrncia e à virulncia. A identificado de raças é realizada em casa de

vegetado, com amostras provenientes das diversas regi&es tritícolas brasilei-

ras, sendo as raças diferenciadas segundo a reaçao de linhagens portadoras de

genes conhecidos. Avaliam-se as cultivares em condices controladas e/ou em

campo, sob infecç6es naturais e artificiais. Trs novas raças foram determina-

das: duas, em amostras coletadas em 1983 e uma, em amostra de 1984. Cao inefe-

tivos a estas raças, respectivamemte,os seguintes genes Lr: 1, 3, 10, 14a,

23', 1, 2a, Zd, lo, 14a, 14b, 17, 18, 24; 1, 2a, 2d, 3, aka, 14a, 17, 18, 24.

Resultados preliminares do levantamento de 1985 indicam a j,redominncia da ra-

ça B25 (genes Lr inefetivos: 1, 10, I4a, 14b, 23, 26). A prevalncia desta ra-

ça, desde 1933, relaciona-se ao ;umento de ires cultivada com o trigo Ajondra.

O gene Lr 19 (Agatha) permanece çondiciomando resistincia a todas as raças de

P. recondita. Outras fontes de rçsistincia, assin como genes que se caracteri-

zam por resistincia de planta adulta ou suscetibilidade a poucas raças, so

descritos na publicaço. A resistincia a todas as raças das linhagens brasi-

leiras baseada nos genes Lr 26, Lr 9, Lr 19, Lr 24 entre outros. Trigo Bit

14, CEP 13-Guaiba, CEP 14-Tapes, OCEPAR 7-Batuira, Trigo Bit 4 e CE? 11 salien-

tam-se em resistncia à ferrugem da folha, entre as cultivares recomendadas

para cultivo em 1986.

EngQ AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBR.APA, Caixa postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

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INTRODUÇÃO

A incidincia de ferrugem da folha em 1984 nio foi tio importante como nos

anos em que a infecçio ocorre desde estdios iniciais do trigo. Em 1985, na

regiio Sul do pais, a produçio foi prejudicada devido à ferrugem da folha en-

tre outros fatores. Causada pelo fungo Puccinia recondita Rob. ex Desm. triti-

ci, esta doença se desenvolve nas diferentes regiães tritícolas brasileiras.

Os prejuizos variam de acordo com intensidade e início de ocorrncia, chegando

a níveis limitantes à produtividade. O controle tem sido realizado através de

resistmncia genética das cultivares e, mais recentemente, tainhim, pelo uso dê

fungicidas.

Segundo Picinini & Prestes (1984), em ensaio realizado em Passo Fundo,

ES, no ano de 1982, as parcelas das cultivares comerciais CNT 10 e IAS 54 pro-

duziram menos de 200 kg/ha e os melhores tratamentos, com fungicidas, ultra-

passaram a 2.000 kg/ha, sendo os prejuízoscausados, principalmente, por ferru-

gem da folha. Sob infecç6es artificiais de ferrugem da folha, o trigo CNT 9,

em parcelas experimentais, foi prejudicado, devido a esta mol&stia, em 37, 40

e 43 2, respectivamente, de 1983 a 85, em Passo Fundo (dados mio publicados).

Em ensaio similar, em 1977, a ferrugem da folha, tendo ocorrido cedo, causou

danos de 50 2, na cultivar IAS 55 (Barcellos & Ignaczak 1978).

Para fornecer subsídios aos programas de melhoramento varietal, pesqui-

sa-se, anualmente, no Centro Nacional de Fesquisa de Trigo (CNPT), a populaçio

patoginica de P. recondita quanto à ocorrincia e à virul&ncia (Barcellos 1982, Barcellos & Aita 1982a, b, 1984).

Nesta publicaçio sio relatados os resultados obtidos em 1984 e em 1965.

MATERIAL E MÉTODOS

O agente causador da ferrugem da folha é altamente especializado, dife-

renciando-se em numerosas raças fisiológicas. A idemtificaçio da populaçio pa-

togmnica, atravês da distribuiçio geogrãfica, da freqUincia e da detecçio de

novas raças à estudada no CNPT/EMERAPA. Passo Fundo.

Amostras (folhas infectadas) de lavouras, experimentos e coleçies espect-

ficas colhidas nas diferentes regiies brasileiras de cultivo do trigo sio

identificadas sob condiçies ambientais controladas em casa de vegetaçio. Atra-

vàs de isolamentos nomopustulares, em plintulas de trigo suscetível a todas as

raças conhecidas, o imiculo a ser identificado é purificado. O isolado obtido

à multiplicado e inoculado em trigos portadores de genes de resistincia conhe-

lis

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cidos (McIntosh 1913, 1975, 1979), para determinaçao da raça (féronla de viru-

lncia).

A avaliaçio de cultivares quanto a resistncia à ferrugem da folha é rea-

lizada em casa de vegetaçao e/ou no campo. Em condiçes controladas, os testes

a raças puras e a misturas sao feitos em estédio de pintula. No campo, em

condiç6es naturais ou sob infecç3es com mistura de raças em &leo mineral, so

avaliadas plantas adultas. Em alguns casos, 5a0 realizados testes em plantu-

las, em cmara de crescimento e, para identificaçao de resistncia de planta

adulta, em telado, sob infecçBes artificiais.

Foram avaliados a P. recondita, em 1984 e/ou 1985, cultivares do Banco

Ativo de Germoplasma, do Bloco de Cruzamentos e da Coleçao de Trigo Estrangei-

ro do CNPT; Coleç5es de Ferrugens do CNfl, do Cone Sul (IDTN), Internacional

(ISWRN) e de Resisténcia do CIMMYT (Centro Internacional de llhoramento de

Milho e Trigo); Ensaio Regional de Cultivares de Trigo do Cone Sul (ERCOS);

cultivares comerciais e de Ensaios de Rendimento do Brasil; linhagens promis-

soras de outras Instituiçées de Pesquisa e espécies afins ao trigo.

As escalas utilizadas para estimar a intensidade de ferrugem em plintulas

(Mama e Jackson, complementada por Johnston e Mains) e em campo (segundo as

instruç&es do "International Spring Wheat Rust Nursery") esdo descritas na

livro Trigo no Brasil (Barcellos 1982).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

PopulaçEo patogenica de Puccinia recondita

As raças identificadas no Brasil, segundo as fõrniilas de virulncia (ge-

nes Lr efetivos/inefetivos) até 1984 e em levantamento parcial de 1985, cons-

tam da Tabela 1.

Trés novas raças-B28, B29eB30 - foram determinadas em 1984, além da B27

descrita por Sarcellos & Aita (1984). B28 e 330 foram coletadas, pela primeira

vez, no Brasil, em 1983 e 529, em 1984, nos seguintes locais:

- B28 foi identificada em amostras de Santo Anténio das Niss6es e de Ca-

pao do Leao, no ES. Em 1981, esta raça havia sido identificada em inéculo co-

letado no Paraguai.

- 330 foi detectada em amostra de Palotina, PR.

- B29 foi constatada em amostra proveniente de Sio Borja, ES, tendo sido

relatada anteriormente na Argentina.

A raça B29 difere das demais devido à combinaçio da virulmcia em Lr 3,

IIn

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Lr 3ka, Lr 17 e Lr 18. Estas virulencias couinadas haviam sido detectadas no

Cone Sul da América do Sul, mas mao no Brasil.

A 530 é a terceira raça determinada com viruléncia em Lr 24 (Tabela 1).

Sua constatação coincide com a previsao da ocorrância de uma raça virulenta e,

Lr 2c (ou 2d), Lr 10 e Lr 24 logo que cultivares portadoras de Lr 24 fossa

cultivadas. Esta suposiçao foi baseada em uma anãlise da evolução da população

patogênica de Puccinia recondita no Brasil (Roelf a 1982) quanto ã coninação

de virulências. Tendo sido supostas reproduç&es assexuais e mutaçées indivi-

duais de genes, o estudo indicou também que virulência em Lr 10 ocorria,

frequentemente, por mutação, originando novas raças. Os dados atualizados, re-

ferentes ãs fórmulas de virulência no Brasil (Tabela 1), indicam a confirmaçh

do suposto.

A frequência das raças, no Brasil,por local, em 1984, e em levantamento

parcial, em 1985, encontra-se nas Tabelas 2 e 3 respectivamente.

Resultados preliminares de 1985 indicam a predominência da raça B25 (ge-

nes Lr inefetivos: 1, 10, 14a, 14b, 23 e 26). A prevalência desta raça, desde

1983, relaciona-se ao aumento de ãrea cultivada com o trigo Alondra.

Em 1984, assim como em 1983, cerca de 50 Z do total de isolados de expe-

rimentos e lavouras correspondeu ã raça 825.

Apenas 10 %, aproximadamente, dos isolados identificados em 1984 e ea

1985 foram provenientes de lavouras. As tabelas de freqUência expressam, por-

tanto, a população patogênica em ãreas experimentais principalmente.

De acordo com a Tabela 4, a virulência de P. recondita em 1984 e em 1985,

no Brasil, foi especialmente referente aos genes Lr 14a, 14b, 1, 23 e 10.

Quanto à avirulência das raças ocorrentes, destacaram-se os genes Lr 9, 16,

19, 21 e 2a, 17, 18. Os dados da Tabela 4 foram calculados utilizando-se na

valores de frequência de raças das Tabelas 2 e 3.

Amostras de trigo infectadas com ferrugem da folha, provenientes da Boli-

via, do Chile, do Paraguai e do Uruguai estão sendo identificadas no CNPT. E,

inóculo do Uruguai, coletado em érea experimental, em 1985, foram determinadas

as raças B16 (1 isolado) e B25 (4 isolados).

Inõculo da Argentina, com virulência a Lr 9, pela primeira vez relatada

no Come Sul, identificado no Brasil, correspondeu ã raça 816, diferindo apenas

quanto ao Lr 9.

Fontes de resistincia

Constam da Tabela 5 as cultivares e os respectivos cruzamentos que se

destacam por resistência ã ferrugem da folha do trigo.

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O gene Lr 19 (Agatha) permanece condicionando resistncia a todas as ra-

ças de P. reandita.

Virulncia em Lr 9 (Tranafer, Chinese + .4agilcrps umbellulata - CAN) nÃo

foi confirmada no Brasil, embora tenha sido relatada na Argentina, em 1982

(Rodriguez Amieva et ai. 1983). No Uruguai, segundo Cermán & Abadie (1985), o

trigo coancial La Paz INTA apresentou níveis alarmantes de infecçÃo A ferru-

gem da folha em 1985. Enviada amostra ao CNPT, foi detectada virulncia en

prantulas de RL 6010, portadoras do gene Lr 9. Viruláncia em Precoz Paraná IN-

TA e CEP 14 ocorreu tambám com maculo do Uruguai de 1985, provavelmente devi-

do A inefetividade de Lr 9.

De acordo com a Tabela 5, a resistáncia das cultivares brasileiras testa-

das á, de modo geral, proveniente de combinaçt,es que incluem os genes Lr 26

(Alondra), Lr 9 (Transfer, EL 6010, CI 15243, Arthur, Precoz Paraná INTA, Sul-

livan, CAU, Oasis), assim como Lr 24 (Agent, Tifton) e Lr 19 (Agatha) entre

outros. Observa-se, tambám, resistAncia sendo conferida, provavelmente, por

apenas 1 gene (Lr 9 ou Lr 19).

Na Tabela 6, sÃo descritas cultivares que nÃo expressam resistÃncia a to-

das as raças de P. recondita, mas apresentam características adequadas ao uso

em melhoramento genático. Estas conferem resistáncia em planta adulta, susce-

tibilidade a poucas raças ou moderada resistáncia.

Entre as cultivares recomendadas para o cultivo em 1986, salientam-se

em resiatÃncia A ferrugem da folha: Trigo Bit 14, CEP 13-Guaiba, CE? 14-Tapes,

OCEPAR 7-Batuira, Trigo Bit 4 e CEP 11 (Tabelas 5 e 6).

Avirulncia do conjunto das raças 326, 327, 829, 330 indica resistÃncia a

todas as raças determinadas no Brasil (Tabela 1), segundo estudo realizado por

)deiros (nÃo publicado).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Tabela 2. FreqUncia das raças fisiológicas de Puceinia recondita no Brasil, a 1984. CNPT/ENBRÁPA, Passo Fundo, 1986

Raça Número de isolados/Estado' N9 total Z do

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Total 182

1 Os números entre par&nteses indicam o total de localidades.

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Tabela 3. Freq0ncia das raças fisiológicas de P4cciria reoondíta no Brasil, em 1985 1 . CNPT/EMBRAPA, Passo Fundo, 1986

Raça fisiol&gica RS

Nimero de isolados/Estado' SC P8. SI' DF MS

N9 total de

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321 3(2) 3(1) 6 11.1

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325 7(5) 1 8(4) 2(2) 1 19 35.2

826 2(2) 2 3.7

827 1 1 1.8

330 1 1 1.8

Total 54

Levantamento não concluído. Os números entre parinteses indicam o total de localidades

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Tabela 4. Virulncia dos isolados de Puccinia recondita em trigos portadores de genes de resistncia ferrugem da folha, no Brasil, em 1984 e em 1985 k . CNPT/ENBRAPA, Passo Fundo, 1986

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Lr 26 89 21

1 Levantamento nao concluido.

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ENTOMOLOGIA

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EFEITO DE CONTATO, INALAÇÃO OU INGESTÃO DE INSETICIDAS NO CONTROLE DA LAGARTA

DO TRIGO Pseudaletia sequaz

Dirceu Neri Cassen 1

RESUMO

O experimento foi elaborado em condiçães de laboratório com o objetivo de

quantificar o efeito de contato, inalação ou ingestão dos trãs inseticidas

mais utilizados para o controle da lagarta do trigo no Rio Grande do Sul.

A aspersão dos inseticidas monocrotofós, pernetrina ou triclorfom nas do-

ses de 180, 25 e 500 g de ingrediente ativo/ha foi feita atravis de pulveriza-

dor de precisão Burkard.

As avaliaçies de índices de mortalidade das lagartas foram realizadas 24,

48, 72 e 96 horas após a aspersão. Observou-se que o controle mais elevado,

índice de mortalidade superior a 84 Z, foi obtido atravis da ação de ingestão

dos trãs inseticidas, enquanto que, atravis de contato ou inalação, observou-

se, no miximo, 20 Z de mortalidade. O inseticida triclorfom evidenciou a ação

mais ripida com 70 Z de mortalidade após 24 h. Após 96 ti, através da ação de

ingestão, o inseticida triclorfom evidenciou maior índice de controle, com 98

Z de mortalidade, seguido de permetrima e monocrotofõs, com 88 e 84 Z.

As mariposas obtidas das lagartas utilizadas no experimento foram identi-

ficadas como Eseudaletia sequaz Franclemont 1951 (Lep., Noctuidae).

INTRODUÇÃO

As lagartas do trigo Pseu&oletia adaltera (Schaus 1984) e Pseudaietia

sequaz Franclemont 1951 (Lep., Noctuidae) são os principais insetos filõfagos

da cultura do Sul do Brasil.

De acordo com informaçães do Dr. Vitor 0. Becker, as duas espécies ocor-

ren nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do Parani e podem

ser observadas juntas na mesma lavoura conforme Gassen (1984b).

1 EngY Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-. BRAPA, Passo Fundo, RS.

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A lagarta do trigo i una das principais pragas da cultura e o uso de in-

seticidas para o seu controle, em alguns anos, pode atingir quase 40 % da írea

cultivada conforne Cassen (1984a).

As informaç6es de experimentos com inseticidas, realizados a campo por

Falanghe (1958) Paro Junior et aI. (1972), Coellner (1982) e Tonet & Tambasca

(1984), foram obnidos com alguns produtos que não sao comercializados

as inforinaç3es, em função da espãcie e metodologias utilizadas, apresentam re-

sultados contradit&rios. A dificuldade na obtenção de resultados confiãveis

pode ser atribuída ãs características de intensa migração da lagarta e do ta,

manho de parcelas em trigo.

Experimentos realizados em condiçaes de laborat6rio por Pigatti et ai.

(1981) e Cassen (1984a) necessitam de confirmação dos resultados de eficãcia,

a campo, para uma segura recomendação de controle.

Em experimentos de laborat6rio, Cassen (1984a) evidenciou o efeito de is-

gestão de inseticidas como principal causador da morte de P. adrtltera e es

reduzido efeito de contato. Apesar de não ter separado o efeito de inalação,

estes resultadcs evidenciaram a importãncia da ingestão de inseticidas paras

obtenção de um controle satisfat6rio da lagarta do trigo.

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de quantificar a ação de con-

tato, inalação ou ingestão dos tr&s inseticidas niais utilizados para o contro-

le da lagarta do trigo, em 1984, nas regi&es do Planalto M&dio, das MiasSes e

do Vale do Uruguai, de acordo com levantamentos realizados junto a cooperati-

vas e empresas que comercializam produtos fitossanitirios.

MATERIAL E IT0D0S

o experimento foi executado no laborat6rio de entomologia do Centro Na-

cional de Pesquisa de Trigo, em outubro de 1985.

Coletaram-se lagartas de 59 e início de 69 instares, en lavouras de tri-

go e mantidas em sala de criação de insetos.

A aspersão dos inseticidas foi realizada com pulverizador de precisão

Burkard, com um volume de 880 1 de calda por hectare.

O efeito de contato dos inseticidas foi testado através da aspersão sobre

lagartas, em placas de petri forradas com papel absorvente e, imediatamente,

transferidas para copos de papel parafinado com tampa, medindo 8 cm de altura,

7 cm de diãnetro na base e 9 cm na parte superior.

O efeito de inalação foi avaliado atravás da aspersão do lado interno,

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nlo parafinado, da tampa do copo de papel e, imediatamente, colocado, com este

lado, fechando os copos que continham lagartas con folhas de trigo sem trata-

mento.

A ação de ingestão foi avaliada atravõs da aspersão de uma face do linbo

de folhas de trigo colocadas sobre papel absorvente. Logo após, as folhas fo-

ram servidas como alimento para lagartas em copos de papel, sem inseticida.

Adotou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado com dez

trstamentos e cinco repetições de dez indivíduos mantidos em copos de papel.

Os tratamentos constaram de trõs inseticidas: monocrotofós (Azodrin 40), per-

metrima (Pounce 38,4) e triclorfom (Dipterex 50) nas doses de 180, 25 e 500 g

i.a./ha respectivamente, e uma testemunha sem aplicação de produtos químicos.

Para cada inseticida foi testada a ação de contato, inalação ou ingestão.

Duas vezes ao dia abriam-se os copos e trocava-se a alimentação. A ava-

liação do efeito dos inseticidas foi realizada atravõs da contagem do nõmero

de lagartas mortas e retiradas dos copos após 24, 48, 72 e 96 h da aplicação

de produtos.

Para facilitar a compreensão, após os cilculos estat.ísticos convencio-

nais, os dados foram transformados em porcentagem de controle.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As mariposas obtidas de lagartas do tratamento-testemunha e de lagartas

que não foram utilizadas no experimento mas coletadas com este objetivo, fo-

ram, na totalidade, identificadas como Paeudaletia sequax de acordo com a des-

crição de Cassen (1983). No Rio Grande do Sul, nos anos de 1984 e 1985, obser-

vou-se a espõcie P. sequax e, muito raramente, P. adultera.

Os agrupamentos das porcemtagens módias de lagartas mortas, em diferentes

umentos após a aspersão, atravõs do teste de Duncan, encontram-se na Tabela

1.

Comparando o modo de ação dos inseticidas, evidenciaram-se os maiores

índices de controle atravâs da ingestão dos produtos com as folhas de trigo,

nas quatro observações realizadas. Após 96 h, o inseticida triclorfom apresen-

tou o maior índice de controle atravõs de ingestão, com 98 Z, seguido de per-

metrima e nonocrotofõs com 88 e 84 1 de controle. Os mesnos inseticidas, atra-

v&s da ação de contato ou inalação, apresentaram no miximo 20 1 de controle.

Estes resultados evidenciam a importância da ingestão de inseticidas para o

controle efetivo da lagarta do trigo, já cbservado por Cassen (1984a), para

ronocrotofós e para triclorfom. Estes resultados destacaram a importância de

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se realizarem as aplicaçes dos inseticidas a campo, quando ainda houver fa-

lhas verdes de trigo, para um controle eficiente, pois, nas ireas cose desfs-

lhamento muito elevado ou pr6ximo à fase de maturação, quando as folhas estio

secando, nio se obteri um controle satisfat6rio desta praga.

Comparando-se a velocidade de açio dos inseticidas, o triclorfom apresen-

tou a açio nais ripida com 70 E de mortalidade através da ingestio apds 24 lo,

seguido de permeLrina e de monocrotofas com 24 7.. Na avaliaçio de 48 h, o e-

feito inseticida dos tr&s produtos foi equivalente.

REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FALANGITE, O. O combate as pragas do trigo proporciona melhores colheitas. O Biolgico, Sio Paulo, 24(3):42-5, 1958,

GASSEN, D.M. Caracterizaçio das espécies do ginero Pseudaletia Franc, 1951 (Lep., Noctuidae) ocorrentes mo Rio Grande do sul. Porto Alegre, PUC - Instituto de Bioci&ncias, 1983. 18p. Trabalho complementar de especiali-zaçio - Área de Zoologia.

CASSEN, D.N. Efeito de inseticidas por contato ou ingestio no controle de Pseudaletia adultera (Lep. , Noctuidae), lagarta do trigo. In: REUNIÃO NA-CIONAL DE PESQUISA DE TRICO, 13, Cruz Alta, RS, 1984. Resultados de pes-quisa do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1984a. p.98-106.

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GOELLNER, C.I. Determinaçio da eficícia de alguns inseticidas no controle da lagarta do trigo Pseudaletia aequf2x Framclemont, 1951. Passo Fundo, UPP, 1982. 9p. Trabalho apresentado na XII Reuniio da Comissio Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo, Cruz Alta, 1982.

PARO JUNIOR, LA.; NAKANO, O.; ARAGÃO, P.F. & PESSINI, L.A. Controle da la-garta do trigo Pseuduletia adultera (Schaus, 1894) (Lepidoptera, Noctui-dae), com o inseticida endogan em atomizaçio. Solo, Piracicaba, SP, 64(0:29-32, 1972.

PICATTI, A.; ALMEIDA. P.R. & MELLO, O.F. Sensibilidade da lagarta do trigo, pseudaletja adultera (Schaus, 1894) (Lepidoptera, Noctuidae), aos insetici-das. Biológico, Sio Paulo, 47(6) :169-73, 1981.

TONET, G.L. & TA}ASCO, F.J. Avaliaçio da efici&ncia de inseticidas no con-trole das lagartas do trigo, Peeudaletia sp. lo: REUNIÃO NACIONAL DE PES-QUISA DE TRIGO, 13, Cruz Alta, RS, 1984. Resultados de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1984. p. 79-84.

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PRATICAS CULTURAIS

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ROTAÇÃO DE CULTURAS, VIII. EFEITO DE SISTEMAS DE CULTIVO

NO RENDIMENTO DE GRÃOS DE TRIGO

Henrique P. dos Santos 1

Luiz R. Pereira 2

Erlei M. Reis 2

RESUMO

No período de 1980 a 1985, foi avaliado, no Centro Nacional de Pesquisa

de Trigo-CNPT, o efeito de alguns sistemas de rotação de culturas sobre o ren-

dimento de grãos de trigo. O trigo foi semeado em monocultivo ou retornou à

mesma ãrea a cada un, dois ou trãs invernos. Os tratamentos foram arranjados

em blocos ao acaso, com quatro repetiçaes e a irea útil das parcelas foi de

120,0 m 2 . As culturas de inverno e o milha foram estabelecidos pelo sistema de

semeadura convencional e a soja em plantio direto. O trigo, nos últimos trs

anos, foi cultivado ap6s as seguintes culturas de inverno: (a) trigo, trigo,

trigo; (b) colza, linho, tremoço; (c) colza, cevada, tremoço; (d) trevo, tre-

vo, ou ervilhaca. O rendimento de grãos de trigo em rotação de inverno (colza,

linho, tremoço; colza, cevada tremoço; duas leguminosas) foi, na maioria dos

anos, maior do que em monocultivo. O grau de intensidade de doenças radicu-

lares foi maior no monocultivo do que nos demais tratamentos de rotação de

culturas. O peso de 1.000 grãos foi o componente que melhor se correlacionou

com o rendimento de grãos. A cevada teve um rendimento de grãos superior ao

trigo nas mesmas condiçães.

INTRODUÇÃO

O rendimento de grãos de trigo no Brasil é dependente, em grande parte,

do clima. Este fato esti relacionado, diretamente, com as doenças da parte ai-

rea e do sistema radicular.

EngY AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. ENER.APA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

2 Eng9 AgrY, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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As doenças da parte aérea do trigo podem ser cuLlroladas pelo tratamento

da semente, pela aplicação de fungicidas na parte aérea e pela rotação de cul-

turas. Para as doenças do sistema radicular, o uso de fungicidas no solo is-

viãvel economicamente. Pelo pousio de inverno ou pela rotação com culturas no

suscetíveis a podridão comum e ao mal-do-pé, consegue-se o controle dessai

doenças (Recomemdaçées... 1985).

Trabalhos de pesquisa e levantamentos conduzidos a nível de lavoura mos-

traram que o monocultivo de trigo, de cevada, de triticale ou de centeio ia

principal causa da ocorrncia severa de podridóes radiculares e, conseqiente-

mente, dos baixos rendimentos de grãos destes cereris (Diehl 1979; Diebl cc

ai. 1982, 1983; Patella 1978 e Pereira et ai. 1984).

De acordo com Pereira et ai. (1984) a simples alternância de trigo com a

cevada, durante um inverno, propiciou melhores rendimentos de grãos do que

quando se cultivou trigo após trigo. Patella (1978), em experimento conduzido

durante 15 anos, obteve o melhor resultado com a sucessão trigo-soja em anca

alternados do que em relação ao trigo em monocultivo. Slope & Etheridge

(1971), utilizando trigo de inverno, verificaram que, intercalando-o com aveia

ou feijão, aquele cereal produziu mais do que o monocultivo do mesmo. Reis et

aI. (1983), comparando a monocultura de trigo com um, dois ou trâs anos de in-

tervalo, observaram que as doenças do sistema radicular foram controladas pela

observância de dois anos de rotação de culturas, Seiman (1975) obteve melhores

rendimentos de grãos de trigo quando este foi intercalado por um ano de feijão

ou do 4 s anos com aveia e feijão do que com o monocuitivo desse cereal.

O inõculo no solo de fungos que causam doenças radiculares é uma coa-

seqUância da multiplicação do fungo em tecidos mortos na superfície do solo,

Reis & Abrão (1983), verificaram que 67 % dos propégulos de Helminthosporíoa

sativuon concentraram-se na camada superficial de 0-5 cm, 27 % de 5-10 çm, 82

de 10-15 cm e apenas 2 % na camada de 15-20 cm. Provavelmente, pela ação dos

implementos de preparo do solo, os propógulos são levados da superfície às ca-

madas mais profundas.

Este trabalho teve por objetivo avaliar o efeito de sistemas de rotação

de culturas sobre o rendimento de grãos de trigo e sobre a incidãncia de

doenças radiculares,

MATERIAL E MÉTODOS

O ensaio foi realizado no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo-CNPT, em

Passo Fundo, RS, região do Planalto Médio, durante os anos de 1980 a 1985, em

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Golo classificado como Latossolo Vermelho Escuro Distréfico, unidade de mapea-

mento Passo Fundo (Brasil. Ministério da Agricultura 1973). Neste mesmo local

foi conduzido um ensaio de 1975 a 1979, denominada "quatro cultivares em dois

anos" ou seja, sistemas alternativos para inverno (trigo e cevada) e verão

(soja, milho e sorgo) (Pereira et ai.. 1984).

Os tratamentos constaram de quatro sistemas de rotação para trigo: (a)

trigo, trigo, trigo; (b) colza, linho, tremoço; (c) coiza, cevada, tremoço;

(d) trevo, trevo ou ervilhaca (Tabela 1). No verão a irea experimental foi

cultivada com milho em semeadura convencional ou soja em plantio direto, de

acordo com o sistema previsto.

O preparo do solo até o ano de 1983 foi feito em cada parcela, indivi-

dualmente. Porém, em 1984 e em 1985, toda a área experimental foi arada com

arado de aiveca.

A adubação de manutenção foi realizada de acordo com as recomendaçes pa-

ra cada cultura e baseadas nos resultados de análise do solo. As amostras de

solo foram coletadas aps a colheita das culturas de verão (Tabela 2). Em

1981, antes da semeadura de inverno, foram aplicadas 6,5 t/ha de calcário com

PRNT de 56 Z.

As culturas de inverno foram estabelecidas em plantio convencional, uti-

limando-se semeadeira-adubadeira marca Nordsten.

As épocas de semeadura, controle das plantas daninhas e tratamentos fi-

tossanitários foram realizados de acordo com a recomendação para cada cultura.

A semente de trigo foi sempre tratada com o fungicida recomendado e mais

eficiente.

A colheita foi realizada com automotriz de parcelas, marca Hege 125 B ou

Nursery-Master Hidrostatic.

Para a avaliação do rendimento, a umidade do grão foi corrigida conforme

• cultura: colza 9 Z, linho 10 Z, cevada e trigo 13 Z.

A avaliaço do grau de intensidade (CI) das doenças do sistema radicular

• do mosaico comum foi procedida de acordo com o método descrito por Reis et

al. 1983.

Para serem determinados os componentes do rendimento, foram coletadas 50

plantas ao acaso, pouco tempo antes da colheita. A população de plantas foi

avaliada em duas amostras de 1 m2 por parcela.

O delineamento experimental foi de blocos ao acaso, com quatro repeti-

ç&es. Foi feita uma análise estatística individual e conjunta para todas as

características estudadas. As médias foram comparadas entre si, pela aplicação

do teste de Duncan, ao nível de 5 Z de probabilidade.

Para estimar o efeito das podrid&es radiculares no rendimento de grãos,

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aplicou-se a análise de regressão linear simples. Para determinar o efeito dai

podridáes radiculares e mosaico comum no rendimento de grãos, no ano de 1983,

fez-se a analise de regressão linear máltipla.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise conjunta dos dados relativos A intensidade de doenças do siste-

ma radicular (mal-do-pá (Caeumannomycea (sim. Ophiobolua) graminia (Sacc.) va

Arx. & Oliver var. tritici Walker) e podridão comum (Tlclminthceporiura satia10

Pasma., Ring & Bakke sim. Bipotaria sorckiniana (Sacc. in Sorok.) Shoem. (forma

imperfeita de Cochliobolu8 sativass (Ito & Kurib) Drech. ex Dastur), do rendi-

mento de grãos, dos componentes do rendimento, do peso de 1.000 grãos, do peso

do hectolitro e espigas por m2 mostrou efeitos significativos para o fator

anos e imteração anos x tipos de sistemas. Isto indica que os resultados es

comportamento dos sistemas são influenciados pelo ano. A população inicial ei

altura de plantas apresentaram diferenças estatísticas entre as mádias para o

fator anos e anos x tipos de sistemas respectivamemte. A intensidade de doen-

ças radiculares mostrou, tambám, efeito significativo para o fator tipos de

sistema (Tabelas 3 e 4).

Considerando tais dados, os resultados serão discutidos a partir do ana

em que foi possível observar o tratamento com um intervalo de trs invernos de

rotação para a cultura do trigo.

No ano de 1983, o clima não foi favorável para as culturas de inverno

(Boletim Agrometeorológico 1984). Neste ano, durante o período vegetativo do

trigo, ocorreram, no mãs de julho, precípitaç6es superiores ã mádia dos álti-

mos anos. Isto proporcionou o acainulo de água em determinadas partes das par-

celas do experimento, favorecendo a ocorrãncia de podridão comEm, mal-do-pá e,

principalmente, mosaico comum do trigo (Reis et al. 1985) (Tabela 5). A análi-

se de regressão nuiltipla mostrou que a redução, no rendimento de trigo, neste

ano, esteve, significativamente, mais relacionada ao mosaico do que As doenças

radiculares (Tabela 6).

Em 1983, a intensidade de mosaico comum apresentou valores mais baixoi,

nas rotaç&es de trãs (intercalando colza, linho e tremoço ou colza, cevada@

tremoço) em relação à rotação de dois invernos sem o trigo (intercalando treva

e trevo) e o monocultivo desse cereal. Para rendimento de grão, neste wesro

ano, isto foi ao contrário.

Em 1984, o trigo, com trâs invernos de rotação, retormou A mesma área. A

imtensidade de doenças radiculares e o rendimento de grãos, foi estatistica-

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mente diferente entre o tratamento de raonocuitivo de trigo e as rotaçães de

dois invernos (intercalado por trevo e trevo) e três invernos sem trigo (in-

tercalado por colza, cevada e tremoço ou colza, linho e tremoço). Isto vem

confirmar os dados obtidos por Diehl et ai. (1982, 1983) de que são necessá-

rios de 2 a 3 anos de pousio ou rotação, can culturas não suscetíveis a doen-

ças radicuiares do trigo, para reduzir significativainente a intensidade das

podridées radiculares do trigo. Reis et ai. (1983), estudando as doenças radi-

culares do trigo nos anos de 1981 e de 1982, no presente experimento, mostra-

ram que os rendimentos obtidos no nonocultivo deste cereal foi o mais baixo,

com um ano de rotação foi intermediário e com dois anos, o mais elevado. A se-

veridade das doenças foi maior sob o cultivo continuo e nenor ã medida que au-

mentou o período de intervalo entre os cultivos de trigo.

A análise da variãncia, no ano de 1985, para a intensidade de doenças ra-

dicuiares mostrou, também, significincia entre as médias, do monocultivo, em

relação à rotação de três invernos sem trigo (intercalado por coiza, cevada e

tremoço) e esta das rotaçães de dois (intercaiado por trevo e ervilhaca) ou de

três invernos sen trigo (intercalado por colza, linho e tremoço). Para rendi-

mento de grãos, a situação foi semelhante ã de 1984 (Tabelas 5 e 6). Prova-

velmente, a aração com arado de aiveca em 1984 e em 1985, deve ter colaborado

para elevar o rendimento de grãos do trigo nestes anos, para este cereal em

monocultivo, em relação a 1983.

Na média de três anos, o monocuitivo, a rotação de três invernos (inter-

caiando colma, cevada e tremoço), de dois anos (intercaiado por leguminosas) e

de três anos (intercalado por coisa, linho e tremoço) sem trigo, apresentaram

valores de intensidade de doenças radiculares de 92, 70, 59 e 49 Z, reapecti-

vamente. A rotação de três invernos sem trigo e intercalado por cevada aumen-

tou a intensidade de doenças do eis tema radicular e, como consequência, in-

fluenciou o rendimento de grãos, coiocando este sistema de rotação numa posi-

ção intermediária porque a mesma pode ser um hospedeiro para E. satizywn,

O rendimento de grãos de trigo diminuiu linearmente com o aumonto da in-

tensidade de doenças do sistema radicular (Figura 1), tendo sido responsável

por 11 Z da variação no rendimento de grãos durante o período de 1983 a 1985.

Isto, também, já foi obtido por Siope e Etheridge (1971) para o mal-do-pé.

Não houve diferença significativa entre as médias, no período de 1983 a

1985, para o rendimento de grãos. Todavia, as rotaçêes de três invernos (in-

tercalada por colza, linho e tremoço ou colza, cevada e tremoço) e dois inver-

nos sem trigo apresentam valores na nédia para rendimento de grão de 73 %, 56

e 32 1 a mais do que o monocuitivo desse cereal, respectivamente. Pereira et

ai. 1984, alternando trigo com cevada, ou trigo apés pousio, obtiveram 55 1 e

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21 Z a mais para rendimento de grãos, respectivanente, do que quando se culti-

vou trigo após trigo. Patelia (1978) obteve o melhor resultado com a sucesso

trigo e soja em anos alternados, do que em relação ao trigo em monocultivo.

Esta melhoria no rendimento de grãos com um ou dois anos de rotação foi encon-

trada, tambóm, por Selman (1975).

O rendimento de grãos de trigo aunentou ã medida que houve acréscimo no

peso de 1.000 grãos (Figura 2). Isto explica diferenças no rendimento, prova-

velmente, pelo efeito das doenças, sobre o peso de grãos.

Finalmente, ao considerarem-se rotaçães de trs invernos para cevada,

trigo, linho e colza, a primeira foi a que apresentou maiores valores para

rendimento de grãos (Tabela 7). A cevada teve um rendimento de grãos superisu

ao trigo nas mesmas condiçóes.

CONCLUSÕES

1, O rendimento de grãos de trigo, em rotação de inverno, com (a) colza,

linho e tremoço, (b) com colza, cevada e tremoço e (c) com leguminosa por doía

invernos foi, na maioria dos anos, superior ao nonocultivo.

2. A intensidade de doenças do sistema radicular foi mais elevada no os.

nocultivo de trigo (92 1) do que em relação dois anos de rOtação (59 Z) ou

trãs para a seqtiãncia trigo após colza, cevada e trenoço (70 Z) e para a

seqUãncia colza, linho e tremoço (49 %) -

3. O peso de 1.000 grãos foi o componente que melhor se relacionou com

rendimento do trigo.

4. A cevada foi a cultura que apresentai, em valores absolutos, maiores

rendimentos de grãos.

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Tabela 2. Valores de pH, de alunrnio, de cálcio + magnásio, de f&sforo,

de potássio e de matária orgnica em diferentes anos. 1ERAPA- CNPT, Passo Fundo, RS, 1986

Análise do solo 1980 1981

Ano 1982 1983 1984 1985

p13 em 1320 1:1 5,1 4,9 5,3 5.4 5.4 5.3

Al trocáveis (mel 0,90 1,04 0,38 0,28 0,45 0,31

100 g de solo)

Ca + Mg trocáveis 4,85 5,29 6,78 7,14 6,93 7,21

(me/100 g de solo)

F disponível (ppm) 12,5 11,5 13,9 13,1 10,9 15,6

K disponível (ppm) 50 104 112 108 88 112

M.0. (%) 3,2 3,6 3,6 3,4 3,4 3,4

Em 1981, antes da semeadura de inverno, foram aplicadas 6,5 ciba de calcá-rio, com FRIT de 56 %.

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Tabela 6. Rendimento de grãos (kg/ha) de trigo de 1983 a 1985. EMBRÀPA-CNFT, Passo Fundo, RS, 1986

Tratamentos 1983 1984 1985 Módia Z

Rotação de 3 invernos 1.784 a 2.044 a 2.806 a 2.211 173 sem trigo 1

Rotaço de 3 invernos 1.493 a 1.962 a 2.547 a 2.001 156 Sem trigo 2

Rotaçio de 2 invernos 388 b 1.941 a 2.741 a 1.690 132 sem trigo

Monocultura de trigo 159 b 1.734 b 1.950 b 1.281 100

Mdia 956 1.920 2.511 1.796

C.V. Z 29,14 6,22 9,06

F de tratamento 33,20** 4,$7* 11,72** 3,04 NS

1 Trigo após colza, linho e tremoço. 2 Trigo após colza, cevada e tremoço. M&lias, seguidas pela mesma letra na vertical, nao apresentam diferenças signi-

ficativas ao nível de 5 Z de probabilidade, pelo teste de Duncan. ** Nível de significancia de 1

* Nível de significancim de 5 %. NS Nóo significativo.

Tabela 7. Rendimento de gróoS (kg/ha) de cevada, de trigo, colra, de 1980 a 1985. F2ERAFA-CNPT, Passo Fundo,

do linho RS, 1986

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Tratamentos 1983 1984 1985 Módia

Cevada após tremoço, trigo e colza 2.258 2.199 2.642 2.366

Trigo após coiza, linho e tremoço 1.784 2.044 2.806 2.211

Trigo após colza, cevada e tremoço 1.493 1.962 2.547 2.001

Linho após tremoço, trigo e colza 1.166 1.354 836 1.119

Colza após cevada, tremoço e trigo 1.009 1.244 766 1.006

Colza após linho, tremoço e trigo 1.065 1.164 703 977

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MELHORAMENTO

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SELEÇÃO VISANDO X OBTENÇÃO DE TRIGOS COM CICLO TARDIO-PRECOCE

Leo de J.A. Del Duca 1

Edar P. Comes'

Francisco A. Langer'

Cantídio N.A. de Sousa'

As atividades de seleção iniciadas em 1983 e dirigidas para o desenvol-

vimento de cultivares com fase vegetativa longa, reprodutiva curta e adaptadas

ao plantio do cedo foram continuadas no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo

(CNn) com os plantios em 04.05.84 e 02.05.85. As denominaçães fase reprodu-

tiva e plantio do cedo referem-se ao período espigamento-maturação e ao plan-

tio entre fins de abril e meados de maio mas condiçães de Passo Fundo.

Busca-se, com o ciclo tardio-precoce (TP), escapar dos danos de geada,

minimizar perdas por doenças de espiga e dilatação da ápoca de plantio. Isso

seria possibilitado pelo espigamento mais tardio, pela fase espigamento-matu-

ração mais curta e pela possibilidade de antecipação da ápoca de plantio em

relação ao período recomendado.

Visa-se, tambám, á maior proteção ao solo (que mão ficaria descoberto

apás a colheita da soja, antes da ápoca normal de semeadura), a uma ãpoca de

colheita que viabilize a sucessão trigo-soja e a um maior rendimento. Esse

maior potencial produtivo á visualizado pela possibilidade da planta, ao per-

manecer um más mais no solo, desenvolver mais o sistema radicular, ter um me-

lhor estabelecimento e consequente otimização da expressão fenotípica para

boas características agronámicas.

Assim, paralelamente ao ciclo átimo de desenvolvimento idealizado (TP),

tem-se procurado, dentro do possível, selecionar plantas com bom tipo e resis-

tentes ás enfermidades prevalentes.

Como suporte a esse enfoque de trabalho, pode-se citar que, em algumas

regiáes produtoras do Sul dc país, o plantio anterior ás ápocas recomendadas,

por facilitar a sucessão com soja, tem sido realizado por muitos agricultores

e estimulado por algumas Cooperativas que tám solicitado a antecipação da data

de semeadura pela Comissão Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo. Entretanto, o

Eng? AgrÇ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM BRAPA, Passo Fundo, RS.

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empregu das cultivares disponíveis, implicaria altos riscos de perda per gea-

da. Alám disso, o pesquisador italiano Dionigi e o fisiologista canadense

Burrows, atuando como consultores na Secretaria da Agricultura do RS e no

CNPT, respectivamente, em ãpocas diferentes, sugeriram um ciclo assemelhado

ao que se estã procurando obter, como forma de elevar a potencialidade produ-

tiva da cultura do trigo no Sul do Brasil (Dionigi 1962, Burrows 1978).

Adicionalmente ãs 50 populaçGes F2 trabalhadas em 1983 (Del Duca et ai,

1984), foram incluídas 41 F2 em 1984 e 48 F2 em 1985,provenientes, na maio-

ria, de cruzamentos de trigos de prinavera com de inverno. As plantas, sele-

cionadas dessas F2, originaram 139 seleç3es F3 em 1984 e 170 F 3 e 70 F 4 a

1985. Nos dois anos, foram marcadas as plantas F2 que não haviam espigado aú

20 de setembro, data escolhida como-limite para menores riscos de perda pot

geada. Nas parcelas das plantas selecionadas F3 e F, eliminaram-se as pia-

tas espigadas antes dessa data e realizaram-se pr&-seleção e seleção final

para doenças e tipo agron&mico. Apãs a seleção a campo e pelo grão, restara

304 plantas nas diferentes geraçães que serão conduzidas em 1986, nas gera-

çães F3 a F5. As pupulaçaes que originaram maior nümero de seleçães nas gera-

ç&es F2 e F3 (duas ou mais plantas) e as que ainda permaneceram em Fi, apds

a seleção a campo e pelo grão em 1985, estão indicadas na Tabela 1. Destaca.

ram-se cruzamentos envolvendo Ccker 747 e 762, Oasis, F 29-76, Quilamapu 4-78,

Sullivan, Migo, PF 772003, Minuano 82, PF 79547 e as linhas PF 79777, P?

79782 e PF 79791, provenientes do cruzamento IAS 63/ALD SIB//GTO/LV (BR 14).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1978. 16f1s.

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DIONIGI, A. Miglioramento genetico del frumento in Brasile. Bati, s.ed.,

1962. 12p.

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ADAPTAÇÃO E REAÇÃO Às DOENÇAS EM CULTIVARES DAS COLEÇÕES DE TRIGOS DE INVERflO NO PERtODO 1984-85

Leo de J.A. Dei Duca 1

Cantídio N.A. de Sousa 1

Devido à limitada disponibilidade de informaçes referentes ao conporta-

mento de trigos de inverno no Brasil, diferentes coleçães, envolvendo trigos

de hábito invermal, facultativo ou linhas provenientes de cruzamentos com es-

se tipo de material, tãm sido, anualmente, estudadas no Centro Nacional de

Pesquisa de Trigo (CNPT) em Passo Fundo, ES (Del Duca et al. 1980, 1982, 1984).

Objetiva-se a exploração do potencial desse germoplasma pelos programas

de melhoramento, atravás de inclusão em blocos de cruzamentos, com um conse-

quente intercimbio de genes com os trigos de primavera e exploração de maior

recombinação genática.

A intensificação do emprego desse germoplasma pode ser caracterizada, pe-

la inclusão no Bloco de Cruzamentos (BC) do CNPT, de 23 e 24 cultivares de in-

verno ou facultativas, nos anos de 1984 e 1985, respectivamente.

Foram avaliadas 637 cultivares nos dois anos, distribuídas pela Coleção

Geral de Trigos de Inverno, 129 International Winter x Spring lWieat Screening

Nursery (IWSWSN) e Introduçães de Clima Omido, sendo estudados 363 trigos em

1984 e 274, em 1985. O material analisado ã bastante diversificado, sendo ori-

ginírio de diversos países, entre os quais Estados Unidos, França, China, Iu-

goslávia, Chile, Rissia, Romnia, Inglaterra, Itália, Espanha e Turquia. As

cultivares foram estudadas em um ou nos dois anos.

A maioria das parcelas, nas diferentes coleçães, foi semeada sem ter a se-

mente sido submetida à vernalização: Coleção Geral (04.05.84 e 02.05.85). 129

IWSWSN (15.05.84) e Introduçães de Clima tmido (02.05.85). Em 1984, tamb&m foi

realizado o transplante de trigos vernalizados (Coleção Geral: vernalização a

partir de 18.04.84 e transplante em 07.06.84), ao lado das parcelas não verma-

lizadas. As parcelas das diferentes coleçães foram semeadas ou transplantadas

em uma fila de 2 m, enquanto as do IWSWSN foram semeadas em duas filas de

2,5 M.

1 Eng9 AgrÇ, M.Sc. , Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-

BRAPA, Passo Fundo, ES.

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Relativamente às enfermidades avaliadas, as denominaç6es mancha foliari

mancha da gluma englobam sintomas de Septoriose da folha, septoriose da gim

e/ou helmintosporiosena folhae na espiga, devido à dificuldade de distingui-los

visualonente a campo.

As grsduaçes para oídio, manchas foliares e mancha da gluma foram proce-

didas em escala variável de O (imune) a 5 (altamente suscetível), enquanto pa-

ra as ferrugens foi utilizada a escala de Cobb modificada.

Como possível indicativo de maior tolerimcia às doencas e melhor adapte-

çao às condiç6es ambientais é apresentada a nota de grào em escala varivet&

1 (ótimo) a 5 (péssimo)

So fornecidas informaçóes das 74 cultivares que apresentaram destaque

para um maior número de dados relativos à reaço às molóstias e nota de gru

(Tabela 1).

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEL DUCA, L. de LA.; SOUSA, C.N.A. de & SCHEEREN, P.L. Comportamento dos trigos de inverno em Passo Fundo nos anos de 1980 e 1981. Im: REUNIÃO&4-CIONAL DE PESQUISA DE TRIGO, 12, Cascavel, PR, 1982. Resultados de pesqui-sa apresentados... Passo Fundo, ENBRAPA-CNPT, 1982. p.41+-57.

BEL DUCA, L. de J.A.; SOUSA, C.N.A. de & SCHEEREN, P.L. Reação às molstiae em germoplasma de coleçóes de trigos de inverno no período 1982-83. lo: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO, 13, Cruz Alta, RS, 1984. Resultadoí de pesquisa do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo apresentados na nU BENIPET. Passo Fundo, ENBRAPA-CNPT, 1984. p.247-9.

BEL DUCA, L. de J.A.; ZANATTA, A.C.A.; SOUSA, C.N.A. de; AlTA, L. & LINEAIES, W.I. Performance dos trigos de inverno em PassoFundo nos anos de 1978 e 1979. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRICO, 11, Porto Alegre, RS, 1980. Fitotecnia e tecnologia de sesentes. Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1980. v.l, p.57-71.

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MELHORAMENTO PARA RESISTÊNCIA PARCIAL NO CENTRO NACIONAL DE

PESQUISA DE TRIGO: ESTRATÉGIAS E ATIVIDADES EM A1DAMENTO

Leo de J.A. Dei Duca

Edar P. Gomes 1

Devido ã ocorrãncia frequente de quebras de resistãncia a doenças em cul-

tivares de trigo, a incorporação de formas de resistãncia mais durãveis contri-

buiria para a estabilização do rendimento nas lavouras.

Adicionalmente à resistãncia vertical ou específica, hã necessidade de

pesquisar formas alternativas de resistãncia (parcial, horizontal ou não-espe-

cífica), que poderian apresentar mais durabilidade. Entretanto, esse tipo de

resistãncia ã extremamente difícil de provar e de selecionar, constituindo-se o

tempo de permanância em cultivo de uma cultivar un dos critérios mais confia-

veis para seu reconhecimento (Johmson 1981).

A resistãncia parcial caracterizada por uma taxa reduzida de desenvolvi-

mento da doença, a despeito da ocorrãmcía de infecção do tipo suscetível. São

parãmetros para sua identificação: freqüãncia de infecção reduzida, período la-

tente mais longo, baixa taxa de produção de esporos por lesão e/ou período pas-

sível de sofrer infecção mais curto (Parlevliet 1978).

Um projeto, limitado em Ârea (comparativamente ao que vinha sendo desen-

volvido em resistãncia horizontal), esti sendo desenvolvido no Centro Nacional

de Pesquisa de Trigo visando a duas estratgias orientadas para obtenção de re-

sistencia parcial: 1. seleção de plantas para as principais doenças em misturas

derivadas de policruzamentos ao acaso, com uso de gameticidas; 2. concentração

de atividades nos orgamismos biotróficos (agentes causais de ferrugens e oí-

dio), onde, freqUentemente, novas raças patogânicas tornam ineficientes as re-

sistincias existentes, em populaçGes provenientes de cruzamentos manuais e

orientados entre dois ou mais genótipos. A ãmfase não é dirigida aos necrotrõ-

ficos (por ex. Cem. .Feptoria, Eelrrrinthosporium e Pusarium), porque ê provivel

supor-se que sejam de caráter não-específico as resistãncias a esses orgaois-

mos, pois não tem sido encontrada imunidade para os mesmos e as resistãncias

tm se mantido ao longo dos anos.

1 EngQ Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMERA-LA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

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Segundo Bingham (1981), nesses organismos o principal problema não é aia-

rabilidade da resistância, mas encontrar fontes suficientemente efetivas.

Assim, dando continuidade neste trabalho às atividades iniciadas em 188)

(DeI Duca 1984), realizou-se a seleção de plantas individuais nas 4 mistura

obtidas no projeto que vinha sendo executado desde 1975 sob orientação da ri)

(Beek 1983), procurando-se genãtipos com nível mais baixo de suscetibilidadea

molãstias e melhor tipo agronmico. Desse material foram semeadas 705 parcela

em 1984 e 462, em 1985, resultando, ap6s a seleção a campo e pelo grão, 35)

plantas para serem semeadas em 1986, nas geraçâes Fs a F7 (Tabela 1).

Paralelamente às seleçães em misturas, realizaram-se cruzamentos rnanüai!

entre possíveis fontes de resistância parcial para ferrugem do colmo, da folha

e oídio, orientados especificamente por doença, sendo conduzidas populaç&s

massais provenientes dessas hibrídaçães (24 E5 em 1984 e 48 Fa e E3 em 1992

Essa estrat&gia visa, ao intercruzar possíveis fontes de diferentes origens

selecionar a partir de E6, para níveis transgressivos de resistância, tendam

vista diferentes evidãncias que sugerem ser de natureza pol.igãnica o tipo do

resistãncia visado (Parlevliet 1978).

REFERËNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BEEK, A.N. Rorizontal resistance Co wheat diseases and pests in Brazil; Final Report. s.l. • s.ed., 1983. 236p.

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DEL DUCA, L.J.A. Aspectos relativos aos trabalhos visando resistância parcial no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. Inc REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO, 13, Cruz Alta, RS, 1984. Resultados de pesquisa do Centro Nacio-nal de Pesquisa de Trigo... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPI, 1984. p.15-22.

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PARLEVLIET, J.E. Further evidence of polygenic inheritance of partial resistance in barley Co leaf rust, Puccinia hordei. Euphytica, Wageningen, 27:369-79, 1978.

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RENDIMENTO DE LINHAGENS BAIXAS DE TRIGO NO CNPT

Joo C.S. Moreira'

Edar P. Gomes'

Milton C. Medeiros'

Cantidio N.A. de Sousa

Dentre os objetivos do programa de melhoramento de trigo do Centro Nacio-

nal de Pesquisa de Trigo (CNPT), alám da busca de material mais produtivo e re-

sistente ãs molástias, a obtençao de linhagens baixas tanhám tem merecido des-

taque.

Até o presente, poucas cultivares de porte baixo foram recomendadas para

cultivo no Rio Grande do Sul pelas diversas entidades que atuam neste Estado,

embora fosse muito grande o número de cruzamentos realizados com esse objetivo.

Em 1983, 1984 e 1985, um número relativamente grande de linhagens baixas

(altura 100 cm) foi selecionado e testado em Ensaios Preliminares de Rendi-

mento, no CNPT; dai a razao deste trabalho onde á estudada a distibuiço das

linhagens por classes de altura e de rendimento.

A produtividade e a altura mádias da melhor testemunha foram de 3.756

kg/ha e 112 cm em 1983 (CNT 8), 4.128 kg/ha e 113 cm em 1984 (CNT 8), 2,930

kg/ha e 118 cm em 1985 (Minuano 82), respectivamente.

Na Tabela 1, á apresentado, por classe de altura, o número de linhagens, o

rendimento mádio e o número e percentagem das que superaram a melhor testemunha

de 1983 a 1985, com o material sendo agrupado tambám em classes que compreendem

as alturas de 65 a 85 cm, 90 a 100 cm, 105 a 115 cm e 120 a 140 cm.

A análise da tabela, principalmente se forem consideradas as quatro clas-

ses citadas anteriormente, evidencia, para os anos de 1983 e 1984, o mumento

dos rendimentos à medida que aumenta a altura mádia das linhagens. No entanto,

em 1985, náo ocorreram diferenças consideráveis de rendimento a partir da clas-

se correspondente a 75 cm de altura. Este comportamento á visualizado com maior

clareza na Figura 1, onde á mostrado o rendimento mádio, em kg/ha, das diferen-

tes classes de altura das linhagens dos ensaios preliminares de trigo plantados

em Passo Fundo, RS, nos anos de 1933, 1934 e 1935.

Eng9 Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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Por outro lado, se forem divididas as linhagens estudadas nos trs anos a

dois grupos, um com altura até 100 cm e outro com mais de 100 cm, observa-ser

comportamento similar em 1983 e 1984 e bastante diferenciado em 1985, com re1a

ço ao rendimento de graos e à altura de planta.

Esta divisão foi feita partindo da suposição de que uma altura ao redor da

IDO cm, semelhante à observada na cultivar BR 14, é considerada boa para i

maioria das condiçées em que se cultiva trigo no Rio Grande do Sul.

Dentro desta classificação, observa-se que, em 1983, de um total de 2b

linhagens estudadas, 159 (56 %) tiveram altura 1 100 cm e, destas, apenas 14 (1

Z) superaram a testemunha mais produtiva. Em 1984, de um total de 616 lirdF

gens, 306 (50 Z) tiveram altura até 100 cm e 20 (3 Z) superaram a te stestjrüm

Jã em 1985, de um total de 396 linhagens testadas, 144 (36 Z) tiveram altura!

100 cm e, destas, 48 (12 %) renderam mais do que a testeiainha mais produtiva.

Verifica-se, assim, que, embora nos dois primeiros anos tenha havido a

percentual maior de linhagens de alturas 1 100 Z, os percentuais das que supe.

a CNT 8 (melhor testemunha) foram pequenos. No entanto, em 1985, mema

com um percentual menor de linhagens de até 100 cm de altura, houve um percen-

tual bem maior (12 Z) de material superior a Minuano 82 que foi a testenut

mais produtiva do ano.

Este último resultado, embora possa ser devido a condiçées ambientais qe

tenham favorecido o material mais baixo, sugere a possibilidade de que as li-

nhagens testadas em 1985 sejam superiores às dos anos anteriores.

Se isto for confirmado nos experimentos de 1986, ter-se-á, no futuro, e

maior número de linhagens de porte baixo ria rede oficial de experimentaço do

RS, e a conseqüente possibilidade de lançamento de cultivares baixas e produti-

vas em número superior ao observado até agora.

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MELHORAMENTO DE TRICO PARA RESISTÊNCIA A DOENÇAS ATRAVÉS DE

Rosa, 0.5.'; Barcellos, A.L.'; Caetano, V. da R.'; Coelho, E.T.'; Del Duca, L.

de LA.'; Linhares, W.I.'; Tonet, C.L.'; Prestes, A.M.'; Sousa, C.N.A. de';

Scheeren, P.L.'; Aita, L.'; Zanatta, A.C.A.'; Souza, P.C. 3 ; Taveila, C.';

Dotto, S.R.' & lorczeski, E.

O Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT), desde a sua criaçao, vem

desenvolvendo projetos de pesquisa visando à incorporaç7lo de genes Gteis em

cultivares adaptadas as principais áreas tritícolas do Brasil. É utilizado ba-

sicamente o mtodo de retrocruzamento. É um trabalho amplo que envolve o me-

lhoramento para resist&ncia a doenças, ao pulgao Schimaphys granrinum, i germi-

naçao na espiga e a melhoria de características agron6micas. Procura-se combi-

nar todas essas características em uma mesma planta.

Atravü de duas geraçBes por ano, com seleçGes en condiç6es controladas e

a campo, sob inoculaç6es artificiais e imfecçBo natural, procura-se adicionar

genes mais efetivos de resist&ncia ou tolerincia a5 doenças conservando-se as

boas características do gernoplasma original, utilizado como gemitor recorren-

te. As seleçSes a campo tm sido realizadas em Passo Fundo, em Dourados e em

Brasília, trabalhando-se nessas ireas o material bisico que mais se adapta a

cada uma dessas regies, com a participaçao da IJEPAE de Dourados e do Centro

de Pesquisas Agropecuirias do Cerrado.

Neste trabalho, busca-se tanto a criaçao de cultivares para serem reco-

mendadas aos agricultores, como para utilizaçao nos programas de melhoramento.

Nas Tabelas 1, 2 e 3, apresenta-se a relaçio de genes e de fontes de re-

sist&ncia que estio sendo utilizadas para incorporar resistincia i ferrugem da

folha, i ferrugem do colmo e ao oídio e os respectivos genitores recorrentes.

1 EagQ Agr9, M.Sc. , Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

2 Eng9 AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-

BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

Eng9 AgrY, Pesquisador da Unidade de Execuçio de Pesquisa de Âmbito Estadual de Dourados - UEPAE-Dourados, Caixa Postal 661, 79800 - Dourados, MS.

EngY AgrQ, Pesquisador do Centro de Pesquisa Agropecuiria do Cerrado. CPAC-EMBRAPA, Caixa Postal 70023, 73300 - Planaltina, DF.

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Quanto ao Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada, foram realizados cruzanentos es.

pecificos e seleçâo ap&s inoculação com pulges. As fontes mais utilizadas pa-

ra incorporação de toierãncia ao VNAC foram: PF 81907, Pei 10054-65 e EI

81910. Em relação a essa virose, o material desse projeto tem recebido ama

atemção especial: todas as parcelas conduzidas no campo, em Passo Fundo, tà

sido inoculadas, parcialmente, com VNAC e aquelas que mostram una boa tolerã

cia são selecionadas e testadas, posteriormente, em condiçaes de telado. Com

resultado desse trabalho foram selecionadas linhas com elevada tolerãncia ei

retrocruzamentns para EH 1146, CNT 1, CNT 7, CNT 8, CNT 10, IAC 5-Maringá, IAS

55, IAS 58, Londrina e Nobre.

Em relação ao Vírus do Mosaico do Trigo, foram identificadas linhas re-

sistentes ao vírus e outras doenças em retrocruzamentos para: BH 1146 9 CNT

CNT 8, CNT lO, IAC 5-Maringã, IAS 55, IAS 59, .Jupateco e Londrina. As seleçBes

para essa virose tám sido realizadas a campo, em áreas infestadas, e as fontas

de resistâmcia mais utilizadas foram: IAS 58 sol., CNT 10 sei., Londrina, E!

74407, IAS 55 e LD*2/Aid Sib.

Muitas linhagens já foram obtidas como resultado desse trabalho, as quais

participam de ensaios para avaliação do rendimento nas trás regiáes triticolas

do país, ou estão sendo entregues ao Banco de Cermoplasma de Trigo do CNPT/CE-

NARGEM. Foram obtidas linhagens que combinam resistáncia ou tolerincia a

rias doenças e apresentam melhores características agrománicas que os genito-

res recorrentes. Um exemplo desse tipo de linhagem á a PF 83144, resultado do

cruzamento IAC 5*213/CNT 7*3I1.D/IIAC 5IHAD, resistente à ferrugem do colrao, ao

oídio, ao vírus do mosaico do trigo, tolerante ao Vírus do Nanismo Amarelo da

Cevada, com provável resistáncia de planta adulta à ferrugem da folha e porte

mais baixo que o genitor recorrente IAC 5-Maringá.

A obtenção de linhagems com fem6tipos muito semelhantes ao genitor recor-

rente, nas que diferem quanto aos genes de resistância ou toleráncia incorpo.

rados, permitirá a formação de nultilinhas. Em relação às ferrugens, existei

possibilidade de, nos pr&ximos trás anos, iniciar-se o processo de avaliaçio

de multilinhas de Jupateco 73, de Londrina e de EH 1146.

Outra estratágia que está sendo trabalhada visando dimimuir a probabili-

dade de "quebras" de resistáncia à ferrugem da folha, à ferrugem do colono e ao

oídio, á a de combinar, em una mesma planta, mais de üm gem efetivo para te-

sistáncia a essas doenças. O material mais adiantado do programa em que se

busca esse tipo de resistáncia mais duradoura pode ser exemplificado coara

seguintes cruzamentos já em fase inicial de avaliação pare rendimento.

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L3*5/KVZ//3*5/AGENT/3/LD*5/EAGLE//LD*7/HST 13471

Linhagens resultanLes desse projeto estào à dísposiçào das entidades de

pesquisa que trabalham em melhoramento de trigo atrav&s de solicitaçâo ao Ban-

co Ativo de Germoplasma de Trigo-CNPT/CENARGEN.

Tabela 1. Genes, fontes e genitores recorrentes que estào sendo utili-zados nos projetos de pesquisa do CNPT visando à incorporaçào de resistência à ferrugem da folha (Puccinia recondita) do trigo, atravs de retrocruzamentos. CNPT/&(BRAPA, Passo Fundo, 1985

Genes Fontes de resist&ncia Genitores recorrentes

LR9 8L6010,Transfer, CI 15243, 8H 1146,BR10, 6K 12,CNT7, CNT Oasis, Sullivan, Precoz Pa- 8, CNT lO, IAC 5-Maringg, lupa- rana INTA teco 73, Londrina e Nobre

LR 17 Klein Lucero BH 1146, Londrina, Jupateco 73, Nobre

LR 18 Africa 43 EH 1146, Jupateco 73, Londrina

LR 19 Agatha, CI 14048 8H 1146, 6K lO, 8K 12, CNT 8, CNT 10, IAC 5-Maring, Jupateco 73, Nobre, Londrina

IS 21 RL 6043 8H 1146 9 8K 12, Jupateco 73, Londrina

LR 22 RL 6044 e P1 181337 Nobre, Londrina, Jupateco 73

LR 24 Agent 8H 1146, EH 10, 8K 12, GEP 11, CNT 8, CNT 10, IAC 5-I4aringã, Jupateco 73, Nobre, Sonora 64, Super X e Londrina

11 25 Transec 8K 14, Nobre, Londrina

LR 26 Alondra Sib, Kavkaz 8H 1146, 8K 12, CNT 10, IAS 55, Sonora 64, Super X, CNT 1, Lon- drina, Nobre

LR 29 C 75-39 Nobre, Londrina

- Hadden, CEP II EH 12, EH 14, IAC 5-Marinja, Jupateco 73, CNT 7, Londrina e IAS 55

- Waldron Jupateco 73, Londrina

- Amigo, Amigo Sel. Jupateco 73, Peladinho, 8H 1146

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AVANÇOS NO MELHORAMENTO GENÉTICO PARA EVITAR A GERMINAÇÃO NA ESPIGA EM TRICO

Ottoni de S. Rosa 1

Aroldo G. Linhares 1

Jorge L. Nedel 1

Nas vérias regiGes tritícolas do país, durante o periodo de colheita, po-

dem ocorrer vários dias de chuva, umidade atmosférica elevada e altas tempera-

turas, favorecendo, consequentemente, a germinaçao dos graos nas espigas. o Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, desde 1975, vem trabalhando para identi-

ficar fontes de resisténcia para essa caracteristica e incorporé-la em algumos

cultivares bem adaptadas a essas regi&es. Nesse programa estao sendo utilizadas

cont fonte de resistência as cultivares Ri 4137, Kleiber, Frontana, Jufy I. t4W

9941 e Takabe.

O material que está sendo melhorado quanto a esse objetivo é cultivado a

campo, ou em telado e as espigas selecionadas a campo, de plantas com boas ca-

racterísticas agronémicas, sêo testadas quanto à germinaço em laboratério uti-

lizando-se a metodologia descrita por Linhares & Dotto (1980). As linhagens

reunidas são multiplicadas e avaliadas quanto ã atividade enzimética, através

do teste de Falling Number. São aproveitadas aquelas linhagens que apresentam

baixa germinação na espiga e baixa atividade de o-amilase.

Visando acelerar a obtenção dos resultados dessa pesquisa, são cultivadas

geraçées de verão com o material desse programa que, para evitar seleção nega-

tiva quanto a essa caracteristica, & submetido a métodos répidos para superação

da dorméncia das sementes, antes de cada plantio (Brasil 1976). Os métodos de

superação de dormência que têm sido mais utilizados são: a) Tratamento com

frio - submeter as sementes em condiçées de germinação a temperaturas de 5 0C

durante 5 dias; b) Tratamento com calor - submeter as sementes a temperaturas

de 37 0C durante 7 dias e c) Tratamento com Ácido Giberélico 3 (AO 3) - submeter

as sememtes ã imersão em solução de AO 3 em acetona, na concentração de 400

ppm, durante 4 minutos (Nedel 1982).

Linhagems semelhantes a BH 1146, IAC 5-Maringá, CNT 8 e CNT 10, obtidas

através de retrocruzamentos e melhoradas quanto ã germinação na espiga, já fo-

1 EngV Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRA-PA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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ram obtidas e estào participando de ensaios de avaliaçào de rendimento ou senda

utilizadas cano fontes em programas de melhoramento. Os resultados de avaliacio

dessas linhagens e de algumas cultivares quanto à resisthcia à germinado na

espiga e quanto à atividade enzimtica so apresentados na Tabela 1. Destaca-e

o excelente desempenho da cultivar Frontana, uma &tima fonte para essas carac-

terísticas. As linhagens CD 8337, PF 82216, PF 82221, PF 83587, PF 83593, rI

83594, PF 83599, PF 83609, PF 839091 e PF 839093, apresentaram, tanbêm, um ban

comportamento quando comparadas ao progenitor recorrente.

REFERÉNCIAS BIBLI0CE.ÁIICAS

BRASIL. Minist&rio da Agricultura. Departamento Nacional de Produçào Vegetal. Diviso de Sementes e Mudas. Regras para analise de sementes. Portaria n9 532 de jul. 1916. [Brasília], 1976.

LINEARES, Ã.G. & DOflO, S.R. Report of a study conduced in Brazil on the sprouting problem in wheat. Cereal Ros. Connm., Szeged, 8(0:251-9, 1980. Trabalho apresentado no Second International Sprouting Symposium, England, 1979.

NEDEL, J.L. Superaçio da dormància de sementes de trigo com uso de kido gi-berlico (AC 3). Itt: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRICO, 12, Cascavel, PR, 1982. Resultados de pesquisa apresentados... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1982. p.146-8. (3 ref.).

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Tabela 1. Resultados de testes de germinação na espiga e de testes de Failing Number em limhagens selecionadas quanto a essas características, em algumas cultivares utilizadas corno genitoras recorrentes e na cul-tivar Frontana. Material cultivado em Passo Fundo na safra 1985. CNPT/EMERÀPA, 1986

Cultivares ou limhagens Cruzamento Grãos ger-

manados 7. F.N.

2 seco F.N.

- unido 3

311 1146 - 36,3 344 74

P8 82221 88 1146*61RL 4137 15,0 365 153

88 839091 BH 1146*5/RI. 4137 3,5 350 142

CNT 8 - 52,0 322 110

88 82216 CNT 8*4/NP*6/RL 4137 11,5 328 173

PF 83587 CNT 8*4/KLEIBER 4,2 352 185

PF 83593 CNT 8*4/KLEIBER 1,4 360 199

PF 83594 CNT 8*4/KLE1BER 1,2 354 213

PF 83599 CNT 8*3/KLEIBER 1,5 367 320

P8 83609 CNT 10*3//CNT 8/KLEIBER 3,6 348 231

IAC 5-Maringã - 22,4 377 67

GO 8337 IAC 5*6/RI. 4137 4,0 263 150

28 839093 MC 5*41RL 4137 5,1 369 256

Frontama - 1,4 388 260

Percentagem de grãos germinados - m&dia de 20 espigas submetidas a banho de ãgua por 2 horas e 96 horas em cãmara Gmida.

2 Falling Number Seco - valores obtidos com grãos de 100 espigas no submeti-das a condiçães ümidas - dados equivalentes a colheita sem chuva. Failing Nunber amido - valores obtidos com grãos de 100 espigas submetidas a banho de ãgua por 2 horas e ã cãmara úmida por 96 horas - dados equivalentes ã colheita ap&s 4 dias de chuva.

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MELHORAMENTO GENÉTICO DE TRIGO PARA RESISTÊNCIA AO PULGÃO

Schizaphis g-raminum

Ottoni de S. Rosa1

Gabriela L. Tonet1

O Centro Nacional de Pesquisa de trigo (CNPT) iniciou, en 1979, trabalhos

para incorporação de resistãncia ao pulgão Schizaphis graminwn em cultivares

de trigo com boa adaptação às regi&es produtoras do Brasil.

Inicialmente, foram utilizadas como fontes a cultivar Amigo e algumas se-

leçes precoces dessa cultivar. Amigo é uma cultivar de trigo lançada por Se-

besta & Wood (1978), nos Estados Unidos, e que tem um gen simples dominante que

confere resistncia ao pulgão, a qual é derivada da cultivar de centeio Insave

A. Naquele pais, a resistãncia de Amigo é efetiva para os biútipos A, B e C.

Viaando a aumentar a variabilidade da resistãncia, passou-se a utilizar,

tambm, a resistricia de Largo, um anfiplide de T. turgidwn/T. tauachii e de

CI 17959, um anfipliSide de T. durwn/T. tauschU. A resistncia de Largo é de-

termirada por um gen dominante localizado no cromossomo 70. A resistãncia do

CI 17959, aparentemente, é dominante e determinada, também, por um sd gen do-

minante. Existem indicaçães de que são genes diferentes. Largo e CI 17959 são

resistentes, nos Estados Unidos, aos biétipos A, B, C e E.

O trabalho de seleção, até 1985, foi conduzido em condiçes controladas

com a infestação de plãntulas com pulg&es livres de vírus, 3 dias apús a emer-

gncia, colocando-se aproximadamente, 30 pulg&es por plãntula. A seleção tem

sido realizada li dias apãs a infestação, eliminando-se as plãntulas de acordo

com o tipo de mancha e com a superfície prejudicada.

Em 1985, material segregante e algumas linhagens resistentes aS. graminis

foram conduzidos em Santa Rosa, RS, e em Dourados, bIS, realizando-se a seleção

a campo apés forte infestação natural. As diferenças observadas a campo entre

o material resistente e o suscetível, quando não foi realizado controle quími-

co, foram muito grandes em relação à sobrevivância de plantas, ao tipo de man-

cha, ao número de perfilhos e ao conseqUente número de espigas e produção de

1 Eng9 4r9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BR.APA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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RESPOSTA DE ALGUNS GENÓTIPOS DE TRICO A FÓSFORO NO SOLO

Josá R. Ben 1

Ottoni de S. Rosa'

A pesquisa foi realizada no CNPT-ENER.APA, em 1983, em condiç&s de casa de

vegetaçáo e telado, utilizando-se solo pertencente á unidade Passo Fundo (La-

tossolo Vermelho Escuro DistriSfico), deficiente em fósforo.

Foram avaliados os gemótipos Toropi, IAC 5-Maringá e EH 1146 em seis doses

de fósforo: O, 30, 60, 120, 240 e 480 ppm de P20s em casa de vegetaçáo e quatro

doses: O, 30, 60 e 120 ppm em comdiç&es de telado, em dois niveis de acidez, O

e 1 SMP para pH 6,0. Os tratamentos foram arranjados em blocos ao acaso com

trs repetiç6es. A unidade experimental era constituída de Lan vaso, contendo

6,5 lcg de solo e 5 plantas de trigo.

A correçao do solo, para o nível 1 SMP, foi realizada, imcubamdo-se o solo

com calchio por um período de trs meses. - A adicão das doses de fósforo foi

feita imediatamente antes da semeadura, junto can a adubaçao potássica.

Em todos os tratamentos, aplicou-se 50 ppm de 1(20 e 30 ppm de N, sob a

forma de cloreto de potássio e uróia. Como fonte de fósforo, usou-se superfos-

fato triplo. O nitrogânio foi aplicado 113 na base e 213 em cobertura.

As plantas de todos os tratamentos em cada genótipo foram colhidas quando

aquelas que estavam em solo com suprimento de fósforo encontravam-Se na flora-

çáo. Foram determinados matória verde e seca (a 650C) da parte a&rea, altura de

planta, nGmero de afilhos e espigas, matória seca e comprimento de raiz. Este

último foi deterninado pelo mútodo de intersecçáo de linhas (Temant 1975). No

solo, determinaram-se pH em água (1:1), necessidade de calcário, alumínio e

cálcio + magnósio trocáveis e fósforo disponível, conforme metodologia descrita

por Mielniczuk et aI. (1969). - -

A análise de variáncia dos resultados obtidos em condiç,es de casa de ve-

getaçáo e telado mostra o efeito altamente significativo da adubado fosfatada

sobre as cultivares de trigo, manifestando-se sobre a prodiçáo de matória verde

ou seca da parte aárea, a altura da planta, o nómero de afilhos e de espigas, a

1 EngÇ Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-flAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, P3.

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Tabela 1. Anãlise da varincia dos dados obtidos para mat5ria verde (MV) e seca (MS) da parte aérea, altura de planta (Ai'), nómero de afilhos (NA) e espigas (NE), mat&ria seca (MR) e comprimento de raiz (CR) de tr&s cultivares de trigo sob diferentes nfveis de fósforos

C.V. MV lIS Parmetros observados AP NA ME MR CR

1.Condições de casa de vegetaçõo

Blocos bIS * NS lIS MB * **

Fósforo (P) ** ** ** ** ** ** **

'Calagem (cal.) ** ** ** ** ** ** **

Cultivares (cult.) ** ** ** ** ** ** **

PxCaL ** ** * ** NS * lIS

PxCul. ** ** NS NS * * NS

Cal. x Cult. NS * MB lIS ** * NS

P x Cal. x Cult. NS bIS MB NS MB NS bIS

2.Condições de te lado

Blocos ** ** ** NS * MB

Pósforo ** ** ** ** ** **

Calagem ** ** ** ** ** **

Cultivares ** ** ** ** ** **

PxCal. ** ** MB ** ** **

PxCult. ** ** NS ** lIS **

Cal. x Cult. NS ** ** ** NS MB

P x Cal. x Cult. bIS lIS lIS * bIS *

* - Significativo a 5 Z. ** - Significativo a 1 NS - Mao Significativo.

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Tabela 3. Valores encontrados para produçâo de mathia seca de trs cultiva-res de trigo em resposta a fósforo no solo sob suas situaç&es de acidez. IBRAPA-CNPT, Passo Fundo, as. 1983

P205

pp m ' 1 ° ° Toropi

OSMP 5- .

Maringa 85 1146 Toropi

1SMP 1À 5 . . Maringa

BH 1146

-------------------------- g/vasO ---- --------------------- condições de casa de vegetação 1

0 2,9 0,97 0,50 0,47 1,65 0,75 0,57

30 5,2 12,31 7,37 5,36 21,69 11,23 10,57

60 7,0 14,98 9,83 7,30 20,20 14,14 12,47

120 13,9 20,14 11,36 10,11 24,38 15,00 13,75

240 26,0 22,48 13,42 11,60 25,15 17,35 14,01

480 53,5 23,16 14,71 13,26 28,00 16,43 15,48

Condições de te lado 2

O 3,0 0,72 0,36 0,48 1,39 0,80 0,84

30 5,6 11,92 6,76 6,36 24,62 13,88 12,69

60 7,9 16,32 9,39 8,20 26,17 15,75 15,77

120 10,4 18,73 10,20 9,65 27,47 17,80 17,04

CV - 10,68 CV - 11,33

193

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MELHORA1ENTO GENÉTICO DE TRIGO PARA UTILIZAÇÃO DE FÓSFORO DO SOLO

Ottoni de S. Rosa 1

.Josó R. Bent

As cultivares Toropi e PC 1 mostraram, segundo Ben & Rosa (1983), carac-

terísticas vantajosas quanto à utiiizaçao de fósforo do solo. Com base nesses

resultados, o Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT) iniciou em 1981 um

projeto de melhoramento visando transferir essa característica para cultivares

com melhor potencial de produção. Visa-se, portanto, à obtençao de cultivares

que apresentem, conjuntamente, resistncia ao crestamento e melhor utilizaçio

do fósforo do solo.

Inicialmente, foram realizados cruzamentos e uma primeira retrocruza en-

tre as cultivares 6H 1146, Londrina, CNT lO, Nobre e Jupateco 73 com a culti-

var Toropi. O material segregante, a partir de F3, vem sendo selecionado no

campo 1 em solo, con condiçes de fertilidade natural, apresentando pH 4,6,

fósforo 1,0 ppm, potássio 85 ppm, alumínio trocável 2,4 me/100 g e matária or-

gnica 4,5 %. É utilizada apenas adubado nitrogenada.

As características do solo onde as seleç&es vàm sendo realizadas, sào ex-

tremas com relaçào a pH e fósforo e se deseja que sobrevivam as plantas que

tenham herdado as boas características de Toropi. Uma parcela do mesmo mate-

rial é conduzida em solo com melhor fertilidade para evitar perdas.

Em idênticas condides de solo tém-se observado coleçées de cultivares de

centeio, de triticale e de cevada. As cultivares de centeio, originárias de

regi&es com solos rmiito ácidos e pobres em fósforo, tm apresentado um compor-

tamento excelente en comparado cnn o trigo. Uma pequena coleçào de triticales

já recomendados ou em avaliado de rendimento no Brasil apresemtaram um com-

portamento semelhante aos dos melhores trigos. As cultivares de cevada apre-

sentaram um péssino comportamento.

As cultivares de centeio foram obtidas do Dr. Augusto C. Baier e corres-

pondem a materiais coletados em diversas regióes brasileiras, cultivados em

solos muito ácidos e pobres em fósforo. O desempenho excelente destas cultiva-

res pode ter como causa a seleçâo recorrente que deve ter ocorrido nessas po-

pulaçóes submetidas à seleçào natural por muitas geraç&es.

EngQ AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. fli-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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R!FERÊNCIÀS BIBLIOGRÁPICAS

BEM, J.R. & ROSA, O. de S. Comportamento de algumas cultivares de trigo em relação a fósforo no solo. Pesq. Agropec. Bras., Brasilia, 18(9):967-972, set. 1983.

Um

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MELEORMENTO GENÉTICO DE TRIGO VISANDO À MAIOR TOLERÂNCIA À GEADA

Ottoni de S. Rosa 1

O Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT), desde 1975, vem estudando

a viabilidade de criação de cultivares de trigo com maior tolerãncia ãs gea-

das.

Os resultados obtidos por Moraes Fernandes (1978), Dei Duca & Sousa

(1982), Rosa et ai. (1982), Wendt & Rosa (1984) evidenciaram a existância de

variabilidade em relação ã tolerãncia ã geada na fase reprodutiva do trigo.

O melhoramento gen&tico para a maior tolerãncia ã geada vem sendo desen-

volvido em projeto especifico do CNPT, no qual são realizados cruzamentos com

as melhores fontes jã identificadas e o material segregante & conduzido a cam-

po, em plantio, em fins de abril, em &poca antecipada à recomendada para a re-

gião de Passo Fundo. Essa antecipação visa aumentar a probabilidade da ocor-

rncia de geadas coincidentes com a fase de espigamento e de floração do tri-

go, facilitando a seleção de plantas e de linhagens tolerantes a esse fenãmeno

climatico.

Em 1984, as fortes geadas ocorridas em Passo Fundo, nos dias 26, 27 e 28

de agosto, quando se verificaran, respectivamente, temperaturas de -4,1 0 C,

-3,30C e -1,9 0C, foram coincidentes com a fase de espigamento, da floração e

de início da formação de grãos de uma grande proporção do naterial desse pro-

jeto, permitindo que uma sãrie de observaçães fossem realizadas.

Entre os resultados mais importantes obtidos em 1984, destacam-se os re-

lacionados a seguir:

1. A cultivar IAC 5-Maringi confirmou ser uma das mais suscetíveis ã gea-

da na fase reprodutiva;

2. em Passo Fundo, nas condiçães em que foi conduzido o material desse

projeto, todas as espigas que ji estavam emergidas no dia 26 de agosto, foram

queimadas ou ficaram estireis, demonstrando que entre o material em estudo que

ji havia espigado, nenhum suportou as condiçes de frio ocorridas;

3. boas diferenças de tolerãncia ã geada foram observadas nos materiais

em estudo. No material suscetível, toda planta foi queimada e mesmo as espigas

1 Eng? MrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRADA, Caixa Postal 569. 99100 - Passo Fundo, RS.

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que ainda nâo estavam emergidas em 26 de agosto, nào tiveran condições de

emergir. Na material tolerante, houve queima das espigas j& emergidas na data

de ocorrncia das geadas mas, passadas alguns dias houve emergincia normal da-

quelas em fase de emborrachanoento;

4. a característica de espigamento desuniforme (nõo sincronizada), nas

plantas de cultivares com boa tolerância à geada, mostrou ser muito importante

no material selecionado nesse projeto;

S. o parâmetro reduçào relativa de rendimento, que vinha sendo utilizado

nos testes em condições controladas (Wendt & Rosa 1984), salientou-se como em

dos mais importantes no processo de seleção;

.6. em parcelas conduzidas para avaliação preliminar de rendimento e quaoo-

tificação doa prováveis efeitos de geadas, pode-se medir diferenças quanto à

tolerância a esse fenõmeno.

Na Tabela 1, são apresentados os rendimentos em diversas cultivares se-

meadas em parcelas de 4 sulcos de 2,5 n de comprimento, bem como a data de es-

pigamento.

As 4 linhagens PF, relacionadas na tabela, as quais foram selecionadas

com o objetivo de maior tolerância à geada, apesar de sofrerem grandes danos,

ainda assim, mostraran um bom grau de tolerância se comparado com o apresenta-

do pelas 4 cultivares testemunhas, atualmente recomendadas aos.agricultores.

7. Evidenciou-se a importância da busca de fontes de tolerância à geada

na fase reprodutiva, ainda mais forte que as atualmente utilizadas, as quais

estão sendo buscadas entre as cultivares com maior resistância a frio da Rús-

sia, Estados Unidos e outros países.

8. .Em condições de geadas mais severas que as ocorridas en Passo Fundo,

tal como foi possível observar na Estaçâo Experimental de Ponta Crossa, em

1985, grande proporção do material en ensaios de avaliação de rendimento, foi

intensamente prejudicado mesmo antes do espiganento. Nesse local, salienta-

ram-se por sua resistncia na fase vegetativa, as cultivares Coker 762, CEP

14-tapes, PC 82125, CEP 8236, CEP 8251 e CEP 82152.

9. Em condições de geadas menos intensas, como as ocorridas em Cascavel,

em 1984, foi possível observar fortes danos de geadas em cultivares susceti-

veis, como IAC 5-Maringã, e um grande número de cultivares com boa tolerância,

o que demonstrou que a seleção para essa característica, com o material atual-

mente disponível, pode ser bastante eficiente, para níveis de geada de inten-

sidade média.

ID. Pelas observações realizadas em 1984, concluiu-se que ainda não se

dispõe de material que suporte geadas muito fortes, como as ocorridas em Passo

Fundo. Rã variabilidade quanto à tolerância e os agricultores deverão evitar o

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plantio de cultivares nuiito suscetjveis como a IAC 5-Maringi, ou isai-lo nas

ireas da lavoura com maior altitude e em ipocas de plantio com maior probabi-

lidade de escape. O trabalho de melhoramento gen&tico visando maior tolerancia

à geada deve continuar, procurando-se utilizar fontes de resiatincia ainda

mais eficientes que as atuais,

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DEL DOCA, L. de J.A. & SOUSA, C.N.A. de. Avaliacào de danos causados pela geada em cultivares de trigo. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRIGO, 12, Cascavel, PR, 1982. Resultados de pesquisa apresentados... Passo Fun-do, EsRAFA-CNPT, 1982. p.331-3.

NORAES FERNAJqDES, M.I.B. de. Seleçao de plantas tolerantes a choques de bai-xa temperatura. In: REUNIÃO ANUAL CONJUNTA DE PESQUISA DE TRICO, 10, Por-to Alegre, ES, 1978. Melhoramento Se trigo, senentes, triticale e cevada. Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1978. v.l, p.94-8.

ROSA, O. de 5.; WENDT, W. & ZANATTA, A.C.A. Melhoramento genêtico de trigo visando resist&ncia é geada. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRICO, 12, Cascavel, PR, 1982. Resultados de pesquisa apresentados... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1982. p.119-21.

WENDT, W. & ROSA, O. de S. Avaliaçào de genatipns de trigo quanto à tolerin-cia à geada na fase reprodutiva. Pesq. Mrcpec. Bras., Brasilia, 19(8): 973-83. ago. 1984.

/ fn

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Tabela 1. Rendimento de cultivares submetidas a geada de _4,1 0C, -3,30C -1,90C nos dias 26, 27 e 28 de agosto de 1984, em Passo Fundo, 8$, CNPT/EMBRAPA, 1986

Cultivar Oata de espigamento

Rendimento kg/ba

IAC S-Maringã 03.08 44 (1)

Trigo Bit 14 03.08 107 (1)

CNT 1 25.08 184 (l) CNT 8 25.08 296 (i),

PF 83531 25.08 466 (2)

PP 83543 25.08 501 (2)

PF 83545 25.08 520 (2)

PF 83547 25.08 429 (1)

Coker 762 Ap&s a geada >1.850 (2)

(1)M&dia de 3 repetiç3es. (2)Rendimento de 1 parcela.

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FITOPATOLOCIA

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COMPORTAMENTO DE CULTIVARES DE TRICO ARTIFICIAJJNTE INFECTADAS POR

Cochlicholua sativua, EM CASA DE VECETAÇÀO, EM 1985'

Leonor Afta 2

Ariano M. Prestes 3

O fungo Cochliobolus sativus (Ito & Kurib) Drechsl. ex Dastur Eforma im-

perfeita Helrninthosporiwn sativuin Pam., Ring & Bakke) é o agente causal da

mancha marrom em folhas de trigo, ocasionando, em algumas regiées, graves pre-

juízos. Além do trigo, infecta outros cereais, diminuindo o rendimento econé-

mico dessas culturas. Pode ocorrer em raízes, em colmos, em nés, em folhas, em

espigas e em sementes.

Estudos do comportamento das fontes de resisténcia e das perdas ocasiona-

das pela moléstia podem auxiliar na escolha das cultivares tanto para traba-

lhos de melhoramento como para o seu cultivo nas diversas regi&es tritícolas,

podendo servir para amenizar os prejuízos causados por esta doença.

Com a finalidade de identificar os germoplasmas mais resistentes a C. ao-

tivus e de avaliar as reduçées no rendimento de grãos, foram testadas, em casa

de vegetação, 85 cultivares de trigo pertencentes aos ensaios Estadual e

Sul-Brasileiro de 1985 e subnetidas à inoculação artificial do patégeno. Cada

cultivar foi seneada em baldes plásticos contendo mistura de solo e areia

(2:1) fertilizada uniformemente e esterilizada, sendo dois baldes por cultivar

com cinco plantas por vaso.

o inéculo foi multiplicado em grãos de sorgo (Joshi et al. 1969) mantido

ã temperatura de ± 25 0C e utilizado apés 14 dias.

As cultivares foram pulverizadas com uma suspensão de esporos apresentan-

do uma mistura de isolados de C. sativus, na concentração de 100.000 coni-

dios/ml e incubadas em cãmara climatizada (Picimini et aI. 1982) com 90-100 %

de umidade e temperatura entre 23-25 0C por 24 horas e, apés, removidos para tun

1 Comunicado Técnico apresentado na XIV Reunião Nacional de Pesquisa de Trigo de 21 a 25 de julho de 1986, Londrina, Nt.

2 Eng? Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

EngQ Agr9, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

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compartimento em casa de vegetação. Dois baldes foram mantidos sob as mesmas

condiç6es, mas sem inoculação do fungo, a fim de se avaliar o decrásciseo no

número de grãos por espiga e no peso de mil sementes (P248) do material inocu-

lado em relação ao não inoculado.

As inoculaç8es foram realizadas no emborrachamento (esúdio 47) e na fio-

ração (estádio 61) da escala de ladoks et ai. (1974).

A reação das cultivares foi determinada atravás da avaliaçào da percenta-

gem de área das folhas e das espigas infectadas pelo patógeno.

As avaliaç6es em folhas foram realizadas no estádio 73 a 75 e, nas espi-

gas, no estádio 83 a 87 da escala citada. Observou-se, tambãm, a percentagem.

de grãos que apresentavam ponta preta, a redução do número de grãos por espiga

e o peso de mil sementes (Tabela 1).

Das cultivares testadas, apenas 16 apresentaram percentagem de área fo-

iiar infectada inferior a 40 7h. Dessas cultivares Butui, BR 8, PF 7339, Pi

81330, CNT 8 e ROl 54 apresentaran infecção baixa nas espigas (menos de 20 1)

enquanto as cultivares BR 15, CEP 7951, CNT 8, Cotiporá, IAS 20, Fel 14142 e

PF 81230 apresentaram percentagens de grãos com ponta preta inferior a lO Z.

IAC 5-Maringã, embora tenha sido uma das testemunhas suscetiveis e ter apre-

sentado altas percentagens em todos os outros parámetros analisados, a percen-

tagem de grãos com ponta preta situou-se abaixo de 10 7h.

Considerando-se a redução do número de grãos por espiga, CEP 7951, CNT 8,

Cotiporã e IAS 20 apresentaram reduç3es inferiores a 20 7h frente à infecção

artificial do patógeno.

Quanto ao P245, foram observadas reduç6es abaixo de 20 7h em CNT 8, Cotipo-

rã, PF 81330 e RI! 54.

As cultivares que melhor se comportaram, considerando-se os diversos pa-

rãmetros observados, foram CNT 8, Cotiporá, IAS 20 e 81154 (Tabela 1).

Fazendo-se uma correlação simples entre a percentagem de infecção em es-

pigas e o percentual de ponta preta, obteve-se um coeficiente de correlação

- 0,08, indicando não haver relação entre estes - dois paránetros analisados.

Dados semelhantes foram obtidos por lan (1971) e por Aita (1980).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AlTA, L. Teste de resistãncia ou de tolerncia de cultivares e linhagens de

trigo a Cochliabolus aativus (Ito & lcurib.) Drechsl. ex Dastur (He Zminthos-por-Zuna sativum P.K. & 8.). In: REISNIÀO NACIONAL DE PESQUISA DE TRICO, II, Porto Alegre, 1980. Sanidade. Passo Fundo, EMBR.APA-CNPT, 1980. p.132-4.

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JOSHI, L.M. GOEL, L.B. & RENFRO, B.L. Multiplication of inoculum o! Fie mi n-thosporium turcicum cm sorghum seeds. Imdian Pbytopathol., New Delhi, 22:146-8, 1969.

LUZ. P.C. da. Avaliação da influncia de Drachslera sorokiniana (Sacc.) Subram. & Jain no produto econSmico de cultivares de trigo. In: REUNIÃO ANUAL CONJUNTA DE PESQUISA DE TRIGO, 9, londrina, 1977. Sanidade. Passo Fundo, EMBRAPA-CNPI, 1977. v.4, p.138-42.

PICININI, E.C.; FERNANDES, J.M. & SARTORI, J.F. Camara climatizada de baixo custo para testes com organismos fitopatog&nicos. In: REUNIÃO NACIONAL DE PESQUISA DE TRICO, 12, Cascavel, 1982. Resultados da pesquisa... Passo Fundo, EMBRAPA-CNPT, 1982. p.260-2.

ZADOKS, J.C.; CHANC, T.T. & KONZAJC, C.F. A decimal code for the growth stages of cereals. ljeed Res., Oxford, 14:415-21, 1974.

Tabela 1. Comportamento de cultivares de trigo infectadas artificialmente com Cochliobolus sotivus, em casa de vegetação, no CNPT/EMBRAPA, 1985

Cultivar Infecção Folhas

(O-IDO 2) Espigas

% grãos e/ponta preta

1 reducão* NY grãos p/espiga PMS

B 7944 31.6 25 54.5 49.1 51.3

Butuí 32.5 10 10.3 66.6 36.1

BR 8 24.9 10 13.5 66.1 50.2

ER 15 26.6 25 6.9 52.3 39.2

C 7918 22.5 40 17.4 65.9 39.7

CEP 7951 39.9 40 2.5 17.9 53.9

CNT 8 26.6 15 3.5 17.8 14.4

Cotiporã 30.0 20 0.6 13.3 18.6

IAS 20 20.0 25 6.5 10.8 46.6

FEL 74142 40.0 70 7.2 34.3 38.0

PF 7339 34.9 lO 26.6 56.7 57.2

PF 81230 34.9 50 4.1 38.3 48.9

FF 81330 40.0 5 40.8 44.4 3.4

RIl 54 11.6 5 16.1 44.3 19.4

RS 3-Palmeira 33.3 60 17.0 20.7 28.4

Santiago 25.8 70 10.1 36.6 52.3

IAC 5-Nariogá (TS) 78.3 60 8.0 32.7 65.0

Paraguai 214 (TS) 84.5 80 61.5 86.1 57.2

* 1 redução das plantas inoculadas em relação ãs não inoculadas, R = 0,08 ( coeficiente de correlação)

/ fm

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TRAqSMISSXO DE Septoria nodorum BERK. DAS SENENTES

PARA ÓRGÀOS ARE0S DO TRICO

Ariano M. Prestes 1

A transmisso de Septoria nodorum Berk. das sementes, para os úrgos aEeos

de plantas de trigo, foi estudada em c2mara de crescimento (FITOTRON)

Sementes de trigo, naturalmente infectadas por Septoria nodorwn em 21,2 Z na

mdia'de cinco cultivares, foram plantadas em vasos plsticos contendo areia

esterilizada. O teste foi realizado à tenperatura de 10 0C no período de pró-e-

mergncia e de 18115C dia/noite no período de pós-emergncia das plóntulas.

Vinte dias após a emergncia, as plóntulas foram examinadas em laboratório para

determinaçóo do número de coleoptilos infectados por Septoria nodorum. Numa

primeira observação, apenas CNT 1 e Charrua apresentaram 10 Z de transmissão de

Septorea nodorwn, a considerar-se a presença de picnídios (Prestes 1984). En-

tretanto, as lesSes que não apresentavam sinais do fungo, quando plaqueados em

meio de Bannon (1978), revelaram a presença de S. nodorura em 17,3 Z dos colecp-

tilos, na módia das cultivares, representando uma eficióncia de 816 E de

transmissão (Tabela 1).

Considerando-se uma densidade normal de plantas (300 sementes aptas/n2) de

semente com 21,2 E de infecção de Septoria nodorum, a eficiãncia de transmissão

de 81,6 E representaria 51 plantas infectadas/m' . Esse número significa um ele-

vado potencial de inóculo primãrio de S. nodor'uin na lavoura e, portanto, repre-

sentando alto risco de uma epidemia de septoriose.

EngQ AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRA-PÁ, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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LITERATURA CITADA

BANNON, E. A methcd of detecting Septoria nodorv.m co symptomless leaves of wheat. Irish J. Agric. Res., Dublin, 17(3):323-5, 1978.

PRESTES, A.N. ocorrancia de Septoria nodorum em sementes de trigo e a impor-tãncia destas na disseminação do pat&geno. In. REUNIÃO NACIONAL DE PESQUI-SA DE TRIGO, 13, Cruz Alta, RS, 1984. Resultados de pesquisa apresenta-dos... Passo Fundo, ENERAPA-CNPT, 1984. p.24 1+-5.

Tabela 1. Percentagem de infecçao de Septoria nodorum nas sementes e nos co-leoptilos de cinco cultivares de trigo e a eficincia de transiolsso para a parte a&rea

Percentagem de infecço Z de eficiincis Sementes Coleoptilos** de transmissao

SE 5 17 14.5 85.3

Charrua 27 19.8 73.3

CNT 1 17 15.3 90.0

Frontana 15 7.8 52.0

Santiago 30 29.2 97.3

Média 21.2 17.3 81.6

* Testes em placas de Petri. ** Teste en areia esterilizada

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GIBERELA: BIOLOGIA DO AGENTE CAUSAL E SEU CONTROLE

Erlei Meio Reis 1 .

A giberela é causada por um fungo denominado Fusarium grarainearwa (Schwab)

cuja forma teleomórfica corresponde a Gibberella aeae (Schw.) Petch. Os hos-

pedeiros de maior importância económica de F. graminearum, no Brasil, sao o

trigo, o triticale, a cevada e o milho (Fig. 1).

Quando é procedida a colheita do trigo com ceifatrilhadeira automotriz

(Fig. ib), o mecanismo de limpeza desta deixa, junto com os restos culturais,

a maioria dos grãos chochos ou denominados, também, de giberelados. Estes grãos

estão infectados, portanto, irão fornecer nutrição e manter o fungo viável

até o próximo plantio do trigo. Quanto mais eficiente for o mecanismo de lim-

peza da automotriz, menor será o percentual de sementes infectadas e (Fig. lc),

maior será a quantidade de grãos infectados deixados na lavoura. Logicamente,

as máquinas classificadoras de semente e as mesas de gravidade, equipamen-

tos utilizados pelos produtores de sementes retirarão ainda mais os grãos in-

fectados por serem mais leves do que os demais. Por isto que, em sementes de

boa qualidade, não é muito elevado o percentual de grãos giberelados. Dai con-

clui-se que embora s vezes presente, Fusarium graminearum não é considerado

um dos principais patógenos associados ã semente. As sementes infectadas mão

são importantes na continuidade do ciclo de vida deste fungo, salvo quando o

grão giberelado ficar na superfície do solo.

Os restos culturais do trigo (Pig. Id), quando infectados e deixados na

superfície do solo, desempenham papel chave na sobrevivéncia do fungo na la-

voura até a semeadura de cereais de inverno ou milho na mesma área. Conside-

rando-se o trigo, sobre os tecidos infectados deixados na lavoura formam-se os

peritécios (Fig. le) do fungo. Quando a colheita do trigo é feita em fins de

novembro, ou dezembro, os peritécios tornam-se visíveis do 39 ao 49 dia após

aquela. Passados 10-I5 dias já estão maduros, isto é, verificam-se ascosporos

presentes em seu interior. Os õrgãos sobre os quais é mais abundante a forma-

ção de peritécios, são os grãos infectados, seguidos, em ordem decrescente de

espiguetas, contendo grãos infectados, ráquis e nós. £ comum observarem-se pe-

1 Eng9 Agr9, Ph.D. • pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. til- BBAPA, Passo Fundo, RS.

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ritácios sobre glumas infectadas, nas plantas, mesmo antes da colheita.

A velocidade de formação de peritécios e sua maturação á função direta da

temperatura e da umidade. Quando os grãos infectados são levados ã superfície

do solo, no período mais quente (dezembro e janeiro), formam-se e amadurecem

mais rapidamente do que nos demais meses mais frios. Por exemplo, em maio ou

junho, levam li dias para serem formados. Isto permite a sobrevivénciamaisse-

gura durante o inverno. Outro fator importante na formação de peritécios é a

luz. Estes só se formam na porção dos tecidos infectados que recebem a luz di-

reta, ou seja, na parte inferior, em contato com o solo, não são encontrados.

Portanto, se os restos culturais forem enterrados, é eliminada a presença fiz

e a consequente formação dos corpos frutíferos.

O fungo, como micélio, associado a tecidos infectados incorporados no so-

lo (Fig. if) á o int3cuto, considerado mais importante ã infecção das raízes do

trigo e dos demais cereais de inverno (causa a podridão comum de raízes junta-

mente com Tleiminthosperium sativuin).

No Crifico 1, é mostrada a curva de sobreviv&ncia de peritácios de Gibbe-

relia zeae em colmos de milho deixados na superfície ou quando incorporados a

IS cm de profundidade. Na fase saprofítica, sobre tecidos mortos, o fungo pode

permanecer viável por tanto tempo quanto existirem nutrientes disponíveis.Por-

tanto, após a decomposição completa, ou mineralização dos restos culturais do

trigo ou do milho, o fungo perecerá por inanição. O fungo não produz estrutu-

ras de resisténcia importantes ã sua sobrevivéncia no período em que não se

cultivam espécies hospedeiras.

Os diferentes tipos de inõculo são: micálio, conídios e ascosporos. Os

conídios são formados na superfície dos õrgãos infectados, porém, não são a-

daptados ã disseminação anemáfila por estarem embebidos por uma substáncia

gelatimosa a qual os protege da dessecação, que só á dissolvida pela água. Por-

tanto, o agente disseminador deste tipo de inõculo são os respingos de chuva

e, consequentemente, por curta distãncia. Contrariamente, os ascosporos (Fig,

lg) contidos nos perirécios requerem água para serem lançados, ativamente, no

ar. Daí são transportados pelo vento, ao acaso e em todas as direções (Fig.

li). Dos esporos coletados en Passo Fundo, em 1984, sobre uma lavoura detrigo,

apenas 1 % constituiu-se de conídios e os restantes 99 %, de ascosporos. Dos

ascosporos coletados no ar, 21 % foram durante o dia e 79 ã noite (Fig. 1h).

Os ascosporos são ejetados ativamente no ar sempre que ocorrem chuvas.

Por isto, a giberela está relacionada com o tempo chuvoso durante o espigamen-

to e a floração do trigo. Este mecanismo de lançamento de ascosporos, em res-

posta ã chuva, demonstra qual a estrutura e como o fungo, partindo do solo, a-

tinge, novamente, as espigas do trigo. Não existindo ascosporos, num número

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mínimo necessário no ar, por ocasião da floração do trigo, não haverá epide-

mia. O processo de maturação e de liberação de ascosporos á cíclico, ou seja,

descarregam após a chuva e depois recarregam-se novamente. Este fenómeno de

carga e de descarga á dependente das chuvas, da temperatura e continua atã a

completa decomposição do resto cultural que nutre os peritácios.

Não se determinou ainda qual a distãncia que o vento pode levar, eficien-

temente, os ascosporos. Sabe-se, porám, que, nas lavouras en que se pratica a

monocultura de trigo ou de milho, o inóculo existente dentro da lavoura á mui-

to elevado. O número máximo coletado em 1984, numa secção de ar de 140 cn,nu-

ma noite, após uma chuva de 24 rmn, foi de 92 ascosporos, em área de monocultu-

ra de trigo (presença de restos culturais como peritácios na superfície do so-

lo).

Outra fonte de ascosporos são os peritácios fornados sobre hospedeiros se-

cundários ou substratos saprofíticos de plantaa não hospedeiras como Erachia-

ria plantaginea (LK.) Hitch, Pennisetimi purpureum Chumach, P. clandestinum

Chiov., Digitaria sanguinalis (L.) Scap, Paspalum spp., Ándropogon bicornis L.

e Eryathus sp. Estes são, na maioria, invasoras de lavouras de soja. O inócu-

lo nesses hospedeiros pode atingir níveis, em algumas situaçôes elevados, cons-

tituindo-se em fator de importãncia na epidemiologia do fungo.

Os ascosporos dissiminados pelo vento (Fig. lj, i, 1) são depositados so-

bre as flores do trigo (anteras) . Isto á função do acaso e á proporcional ao

seu número no ar (densidade de inóculo). Aqueles esporos que não caírem sobre

as flores masculinas do trigo não darão continuidade ao ciclo de vida do fungo.

Uma vez sobre as anteras (Fig, li), sob umidade relativa acima de 90 7,,

temperatura de 25-28°C, germinam e penetram, rapidariente, na flor do trigo, ser-

vindo-se do filete, como veículo á passagem do exterior ao interior da flor.

Diz-se que o período de suscetibilidade do trigo á, principalmente, durante a

floração. Portanto, não havendo anteras expostas, o fungo dificilmente chegará

ao interior da flor. A giberela á, pois, uma doença de infecção floral.

Pesquisadores na Inglaterra relatam que Fusarium grorlinearum (= Gibbere-

la zeae) á dependente nutricional de dois compostos químicos que contóm nitro-

gânio, colina e betaína. Os teores mais altos destes compostos são encontrados

nas anteras e no ovário da flor. Estas substóncias apenas promovem o cresci-

mento rápido do fungo, desde o exterior (antera) atá o interior (ovário). Es-

te crescimento rápido á fundamental á infecção, pois as anteras não permanecem

expostas sobre as glumas por período indefinido. Por exemplo, em 1984, na cul-

tivar Trigo BR 4, numa espiga a antese durou 4 dias, numa planta, 12 dias e na

lavoura, 18 dias. Quanto mais tempo a antera ficar retida, externamente, maior

será a chance dos esporos atingí-la . Ianto a liberação dos esporos como a in-

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feccio da espiga requer tempo iimido e quente. A giberela ocorre, principalmen-

te, com primaveras quentes e chuvosas, requerendo mais do que 3 dias de chuvas

contínuas durante a antese. Nio ocorrendo chuvas, mio haveri a incidincias da

doença.

As medidas de controle incluem rotaçio de culturas, destruiçio de hos-

pedeiros secundinas, resistincia genítica e quimioterapia com fungicidas ben-

zimidazolicos aplicados no inicio da antese.

LITERATURA CONSULTADA

ANDERSEN; A.L. The development of Gibbereiia sece head blight of wheat. Phytopathology, Sr. Paul, 38:595-611, 1948.

REIS, E.M. Doenças do trigo III. Fusaniose. Sïo Paulo, Merck Sharp Dohme, 1985. 28p.

SUITON, J.C. Epidemiology of wheat head blight and maize ear rot caused by Fusariwn graminearum. Cam. J. flant. Pathol., Ontanio, 4(2):195-209, 1982.

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branqueamento de espiguetas

a

/~ontese esga

deposição e i germina çõo em anteras

í i disseminação

(verto)

t h liberação (chuva. ro,te)

os co s p oras

LII

colheita meco n j todo

se!te c infectada

(armazém)

peritécios em restos cuituros

sobre o soro maturação

A e 7ÚTICA

sabreviv&ncIo

) (6s rdquus éspiguetos gás

micêlia -fragmentos argãnicas t::r

-

podridão sola

l\ \ radicular j

Fig. 1. Cicio biológica de Gittere/Ia Tece Petch, em cereais de inverno (Reis, 19851.

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REAÇÃO DE CULTIVARES DE TRIGO À MANCHA MARROM, CAUSADA POR

Cochlioboius sativu8 1

Ariano M. Prestes 2

Leonor Aita 3

A mancha marrom do trigo, causada pelo fungo Cochlioboãus activas (Ito &

Kurib.) Drechsl. ex. Dastur [forma imperfeita Hslminthosporium ectivum Pam.,

King & Bakke], ocorre de forma generalizada no Brasil, podendo causar sinos

prejuízos a essa cultura, em determinadas regiães do pais.

A utilização de cultivares resistentes é uma daa alternativas que podem

ser utilizadas para minimizar os prejuízos.

Em 1984, com o objetivo de identificar germoplasmas resistentes a essa

enfermidade, testou-se, em condiçies de campo, 390 cultivares, sob inoculação

artificial do patSgeno. Cada cultivar foi semeada, em 2 linhas de 1 metro de

comprimento, distanciadas 0,20 m entre linhas, e como bordadura utilizou-se

uma mistura de linhagens de triticale, altamente suscetíveis ao microrganis-

mo. IAC 5-Maringã e Paraguai 214 foram usadas como testemunhas suscetíveis.

Para acompanhar o estidio de desenvolvimento das plantas, usou-se a es-

cala de estidios de crescimento de cereais de Zadoks et aI. (1974).

As inoculaçies foram realizadas semanalmente desde o estidio 20 (perfi-

lhameoto) ati o 61 (floração) usando-se uma concentração de 500.00 coní-

dios/ml de suspensão de esporos. O iniculo desenvolveu-se em grãos de sorgo

(Joshi et al. 1969) numa temperatura de 21 a 25 0C e com fotoperiodo de 12 ho-

ras. Duas gotas de espalhante adesivo foram adicionadas por litro de solução.

As avaliaçies foram realizadas entre o estidio 83 e 87 e determinadas

através da avaliação da percentagem de irea infectada pelo patógeno. Foram

feitas leituras da percentagem da irea foliar e das espigas infectadas pelo

fungo e que variaram de O a 100 E de infecção.

1 Resumo apresentado no XVIII Congresso da Sociedade Brasileira de Fitopato-logia, Fortaleza, CE, de 8 a 12 de julho de 1985, e na XVI Reunião Nacional de Pesquisa de Trigo, Londrina, PR, de 21 a 25 de julho de 1986.

2 EngQ AgrQ, Ph.D., pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

EngQ AgrY, M.Sc. • pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-ERAPA,, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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A maioria das cultivares comportaram-se como altamente suscetíveis (80 a

100 Z da área foliar infectada) e somente algumas delas, as constantes da Ta-

bela 1, apresentaram infecçao nas folhas inferior a 50 1 e de O a 10 1 nas

espigas, evidenciando resistncia quando comparadas a5 testemunhas susceti-

ve is.

Luz (1977), estudando algumas destas mesmas cultivares, por&n mantidas

em casa de vegetaçao, obteve resultados semelhantes aos encontrados neste ex-

perimento, como é o caso de CNT 1 e Transfer, que apresentaram resistncia, a infecçao na espiga.

Poucas cultivares, no entanto, destacaram-se pela baixa infecçao nas es-

pigas, como foi observado com BE 8, E 7947, CNT 1, CEP 80153, IAS 20, P2

7339, PF 801040, PF 81336, PF 8379 e Transfer (Tabela 1).

LITERATURA CITADA

.JOSIII, L.M.; GOEL, L.B. & RENFRO, B.L. Itltiplication of inoculum of Bebnin-thosporúan tureicwn on sorghum seeds. Indiain Phytopath., New Delhi, 22:146-8, 1969.

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ZADOKS, .J.C.; CHANC, T.T. & KONEAX, C.F. A decimal code for the growth stages of cereales. Weed Research, Oxford, 14:415-21, 1974.

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Tabela 1. Relação das cultivares de trigo com maior grau de resistkcia quando inoculadas artificialmente, a campo, com Cochliobolua sati-vus, CNPT-EMBRAPA, 1984

Cultivar folhas

Z iafecçâo espigas

8R4 50 lo

8R8 40 1

B7947 50

CNT 1 50

CEP 80153 40 1

CEP 8251 30 lO

CE? 8265 50 10

CEP 82113 50 lO

1A820 30 O

PF 71131 30 10

PF 7339 50 O

PF 801040 50 1

PF 813019 30 10

PF 81336 40 1

PF 8221 50 lO

PF 8252 50 10

?F 82302 40 5

PE 8379 50

Transfer 50 O

IAC 5-Marinfl (TE) 90 80

PAR 214 (TE) 90 100

219

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FERTILIDADE DE SOLOS

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OCORRÊNCIA DE FATORES DE TOXIDEZ EM SOLO CORRIGIDO COM A CALAGEM NA DOSE

EQUIVALENTE A 1 SMP PARA pH 6,0. 1. RESPOSTA DE CULTIVARES DE TRIGO A

DOSES DE CALCÁRIO SUPERIORES À RECOMENDAÇÃO

José R. Ben1

Geraldino Peruzzo

Visando estudar a possibilidade de ocorréncia de fatores de toxidez para o

trigo, em solo corrigido com calcino, na dose recomendada (1 SMP para pH 6 90),

conduziu-se, em 1984, no CNPT-EMBRAPA, um experimento em vasos sob condiçes de

casa de vegetaçào. Utilizou-se solo pertencente à Umidade Passo Fundo (Latosso-

lo Vermelho Escuro Distréfico).

Os tratamentos foram arranjados em blocos ao acaso com trs repetiçées e

constaram de quatro doses de calcino nas quantidades equivalentes a: O, 1, 1,5

e 2 SMP para p11 6,0, aplicadas tnis meses antes da semeadura, e quatro cultiva-

res de trigo: BU 1146, IAC 5-Maningi, CNT lO e CNT 1. Os genctipos BU 1146 e

IAC 5-Maningi são classificados como sensível e tolerante à toxidez de ferro

respectivamente (Camargo s.m.t.). Os genétipos CN'T 1 e CNT 10 sio considerados

como sensível e tolerante A toxidez do mangans respectivamente (Brauner 1979).

Comum a todos os tratamentos, fez-se uma adubação equivalente a 120 ppm de

a 100 ppm de K20 e a 30 ppm de N, sob a forma de superfosfato triplo, dt

cloreto de potissio e de uréia respectivamente. O nitrogénio foi aplicado 113

na base e 213 em cobertura.

Avaliou-se o efeito dos tratamentos através da produção de matéria seca da

parte aérea das plantas, colhidas na floração. Determinou-se pli em égua, a ne-

cessidade de calcino, o alumínio e o cilcio + magnésio trociveis, em amostras

coletadas na colheita do trigo, segundo metodologia descrita por Mielniczuk

et ai. (1971).

Os genétipos avaliados apresentaram um comportamento semelhante em relação

aos niveis de calagem. Não se observaram diferenças significativas na produção

de matéria seca da parte aérea, devido i calagem nas doses superiores a5 indi-

cadas pelo método SMP para p11 6,0 (Tabela 1). Estes dados evidenciam que a ca-

lagem, na dose equivalente a 1 5)11' para p11 6,0, é suficiente para neutralizar

Eog9 AgrV, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

223

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os fatores de toxidez, além do alumínio, originados pela acidez neste solo. Coa

este nível de correção, obteve-se uma redução do alumínio trocável de 2,1 para

0,1 me/100 g, elevando-se o teor de cálcio + magnésio trocável de 3,8 para 7,0

me/100 g (Tabela 1). O pH em água passou de 4,5 para 5,3, 5,9 e 6,3, pela cala-

gem, nas doses equivalentes a 1, 1,5 e 2 SMP respectivarrente.

BIBLIOGRAFIA CITADA

BRAIJNER, J.L. Toler2ncia de cultivares de trigo (Tritiewn aeativwn L. ao alu-mínio e ao manganes: sua determinação, influência na concentração de nutri-entes e absorção de cálcio e fésforo. Piracicaba, ESALQ, 1979. 211p. Tese Doutorado.

CM{ARGO, G.E. de 0. Tolerência de cultivares de trigo a diferentea níveis de ferro em solução nutritiva. s.n.t. 8f. Trabalho apresentado na IX Reu-nião Norte Brasileira de Pesquisa de trigo, Brasília, DF, 1983.

MIELNICZUK, .L; LIJDWICK, A. & BOHNEN, H. Recomendação de adubo e calcário para os $0108 e culturas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, UFRGS, 1971. 38p. (UFRGS. Boletim Técnico, 2).

Tabela 1. Valores médios de matéria seca da parte aérea da planta, pH em água, necessidade de calcário (NC), Alumínio (Al) e Cálcio + Magnésio tro-cáveis, obtidos nos diferentes níveis de calagem. UIBRAPA-CNPT, Pau-

50 Fundo, RS, 1985

Níveis de Mat&ra pH H20 Al Ca + 1%

calagen seca (11) me/ltYJ g SMP g/vaso

O 11,03 b 2 4,5 2,1 3,8

1 18,97 a 5,3 0,1 7,0

1,5 19,30 a 5,9 0,0 8,7

2 18,20 a 6,3 0,0 9,9

1 CV - 7,92 %. 2 As letras comparan médias na vertical pelo teste de Duncan a 5 % de probabi-

lidade.

/ fm

224

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OCORRÊNCIA DE FATORES DE TOXIDEZ EM SOLO CORRIGIDO COM A

CALACEM NA DOSE EQUIVALENTE A 1 SMP PARA p11 6,0.

II. RESPOSTA DO TRIGO A MAI4GANÊS NO SOLO

José R. Ben 1

Ceraldino Peruzzo'

Avaliou-se a possibilidade de ocorrncia de toxidez de manganés em solo

com a acidez corrigida pela calagem, na dose recomendada pelo método SMP para

pH 6,0, em experimento conduzido em casa de vegetaçao, no CNPT-ENBR.APA, em

1984. Utilizou-se solo pertencente Unidade Passo Fundo (Latossolo Vermelho

Escuro Distrófico) com acidez corrigida com calcário dolomitico, aplicado tras

meses antes da semeadura.

Os tratamentos foram arranjados em blocos ao acaso com trs repetiçaes e

constaram de seis doses de nangans: O, 50, 100, 200, 400 e 800 ppm, sob a for-

ria de sulfato de mangan&s e dois genétipos de trigo: CNT 1 e CNT 10, sensível e

tolerante á toxidez deste elemento, conforme Brauner (1979). Para eliminar o

efeito do enxofre, duplicou-se o experimento, aplicando-se em uma parte 15 ppm

deste elemento, sob a forma de sulfato de cálcio e, na outra, quantidades sufi-

cientes para se ter em todos os tratamentos o mesmo teor de enxofre, perfazendo

um total de 466 ppm.

Comum a todos os experimentos, fez-se uma adubaço equivalente a 120 ppm

de P205, 100 ppm de KjO e 30 ppm de N, sob a forma de superfosfato triplo, de

cloreto de potássio e de uréia. O nitrognio foi aplicado 1/3 na base e 2/3 era

cobertura

Os tratamentos foram avaliados através da produçáo da matéria seca da par-

te aérea das plantas, colhidas na floraçáo. No solo, determinaram-se os valores

de pli em água, necessidade de calcário, de alumínio e de cálcio + magnésio tro-

cáveis, conforme metodologia descrita por Mielniczuk et al. (1971).

Os resultados náo evidenciaram efeito significativo da adiçáo de mangamh

ao solo sobre a produçáo de matéria seca da parte aérea para os dois genétipos

avaliados, embora os menores rendimentos tenham sido observados com a maior do-

se (Tabela 1).

Verificou-se uma acidificaço do solo pela adiçáo de manganés, tendo-se

com a dose 800 ppm uma reduçáo do pH em água de 5,4 para 4,9 e uma elevaço do

1 EngÇ Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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teor de alumÇnio trocável de 0,1 para 0,4 me/loa g, tear considerada nao tóxico

para as cultivares avaliadas (Tabela 1).

Á aus&ncia de resposta da planta â adiçaa de mangans aa solo indica que a

calagem, na dose recomendada pelo mátoso 5142 para pH 6,0, tambám foi suficiene

para neutralizar um posstvel efeito.t&xico de manganas nativo neste sola para a

cultura do trigo.

BIBLIOGRAFIA CITADA

BRAUNER, J.L. Tolsrncia de cultivares de trigo (Triticwn acativum Lj ao aluiutnio e ao manganis: sua determinaçaa, influáncia na concentração de nu-trientes e absorção de cálcio e fósforo. Piracicaba, ESALQ, 1979. 211p, Tese Doutorado,

MIEUUCZUX, .1.; LUDWICK, A. & BOHNEN. E. Recomendação de adubo e calcário para os solos e culturas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, UFRCS, 1971, 38p. (UFRGS. Boletim Tócníco, 2).

Tabela 1. Produção (mõdia de duas cultivares) de matõria seca da parte aórea da planta de trigo, p11 em água, necessidade de calcário (NC), alu-mínio (fl) e calcia + nagnásio (Ca + Mg) trocáveis, abtidos no sala sob diferentes doses de manganü. EMBRAPA-CNPT, Passa Funda, BS, 1984

Doses de Mn ppm

Matória seca' g/vaso

pE H20 (1:1)

MC t/ha

Al Ca + meJicO g

O 18,76 5,4 2,3 0,1 7,6

50 18,27 5,4 2,6 0,2 7,6

100 18,04 5,3 2,9 0,1 7,3

200 19,01 5,3 2,7 0,1 8,1

400 18,17 5,1 3,6 0,2 7,0

800 16,43 4,9 4,2 0,4 8,2

C.V. - 14,02 %.

fim

226

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000RBNCIA DE FATORES DE TOXIDEZ EM SOLO CORRIGIDO COM A

CALAGEM NA DOSE EQUIVALENTE A 1 SMP PARA p11 6,0.

III. RESPOSTA DO TRIGO A FERRO NO SOLO

Josá R. Bem 1

Geraldino Peruzzo'

A possibilidade de ocorrância de toxidez de ferro para o trigo em solo com

a acidez corrigida pela calagem, na dose recomendada pelo mátodo SNP para p11

6,0, foi avaliada em experimento de vasos conduzidos em casa de vegetação, no

CNPT-EMBRAPA, em 1984. Utilizou-se solo pertencente à Unidade Passo Fundo (La-

tossolo Vermelho Escuro Distrafico) com a acidez corrigida com calcário dolomi-

tico, aplicado trás meses antes da semeadura.

Os tratamentos foram arranjados em blocos ao acaso com trás repetiçães e

constaram de cinco doses de ferro: O, 200, 400, 800 e 1.600 ppm, sob a forma de

sulfato de ferro e dois gen6tipos de trigo: BE 1146 e IAC 5-Maringá.

Comum a todo o experimento, fez-se una adubação equivalemte a 120 ppm de

PzOs, 100 ppm de lCzO, 30 ppm de N e 15 ppm de 5, sob a forma, respectivamente,

de superfosfato triplo, de cloreto de potãssio, uráia e de sulfato e cálcio. O

nitrogánio foi aplicado 1/3 na base e 213 em cobertura.

Os tratamentos foram avaliados atravás da produção de matiria seca da par-

te aãrea das plantas colhidas ma floração. No solo, determinaram-se os valores

de pH em água, necessidade de calcário, de alumínio e de cálcio + magnásio tro-

cáveis, conforme metodologia descrita por Mielniczuk et ai. (1971).

O efeito fitotóxico da adição de ferro ao solo deu-se a partir da dose 800

ppm para a cultivar 8H 1146 (Tabela 1). A cultivar IAC 5-Maringá teve o rendi-

mento em matária seca diminuido apenas com a dose 1.600 ppm, evidenciando sua

maior tolerãncia à toxidez de ferro quando comparada àquela cultivar. Camargo

(s.n.t.) identificou a cultivar EH 1146 como sensível e a IAC 5-Marimgá como

tolerante à toxidez deste elemento em solução nutritiva.

A adição de ferro ao solo provocou a sua acidificação, reduzindo o pU em

água de 5,3 para 4,3 com a dose 1.600 ppm e elevando o teor de alumínio trocá-

vel de 0,1 para 1,7 me/iDO g (Tabela 1). Deste modo, o efeito fitotóxico, ob-

servado neste tratamento, não pode ser atribuido exclusivamente ao ferro e,

1 Eng? AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- EtAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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sim, ao complexo de acidez originada pela reacidificaço ao solo. Com a dose

800 ppm de ferro, o pR em água ficou em 4,8 e o alumínio trocável em 0,6 me/I

g (teor considerado náo téxico para as cultivares avaliadas).

A ausincia de resposta da cultivar BH 1146 (cultivar mais sensível) è adi-

ço de 400 ppm de ferro ao solo (Tabela 1) indica que a calagem na dose reco-mendada 0 SMP para pH 6,0), neste solo, foi tambám eficiente para neutralizar

um possível e-feito téxico de ferro nativo para a cultura do trigo.

BIBLIOCRAFIA CITADA

CANARCO, C.E. de O. Tolerncia de cultivares de trigo a diferentes níveis de feno em solucio imaritiva, s,n,t, 8f. Trabalho apresentado na IX Reu-nio Norte-Brasileira de Pesquisa de Trigo, Brasília, DF, 1983.

!IELNICZUK, 3.; LIJDWICK, A. & B0}3NEN, H. Recomendaç3o de adubo e caléário para os solos e culturas do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, IJFRGS, 1971. 38p. (utcs. Boletim Técnico, 2).

Tabela 1. Produco de matéria seca da parte aérea da planta de dois gén6tipos de trigo, pH em água, necessidade de calcário (NC), alumfnio-(Al) e cálcio + magnésio (Ca + Mg) trocáveis, obtidos no solo, sob dife-rentes doses de ferro. EMBRAPA/CNPT, Passo Fundo, RS, 1984

Doses de Fe ppm

Matéria Bil 1146

seca (g/vaso)1 IAC 5-Maringa

pH 820 (1:1)

NC - t/ha

AI me/I00

Ca+ Mg

O 18,30 a 2 19,24 ab 5,5 2,3 0,1 7,6

200 17,08 a 17,84 sb 5,3 2,6 0,2 7,4

400 16,41 a 20,24 a 5,1 3,4 0,2 7,5

800 12,48 b 17,66 b 4,8 4,5 0,6 7,0

1600 5,73 c 9.61 c 4,3 6,4 1,7 7,1

C.V. - 9,23 Z. 2 As letras comparam médias na vertical pelo teste de Duncan a 5 1 de probabi-

lidade.

/fm

228

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AVALIAÇÃO DA EFICIENCIA AGRONÔMICA DE DIVERSAS FONTES DE

FÓSFORO NACIONAIS PARCIALMENTE SOLÚVEIS - Trigo, 1984

Otivio J.F. de Siqueira 2

Ceraldino Peruzzo 3

José R. Ben 4

Avaliaram-se diversas alternativas industriais oriundas do beneficiamento

das rochas fosfatadas brasileiras visando à utilizaçào dos produtos resultan-

tes como fontes de fsforo para as culturas. Este trabalho foi conduzido em

casa de vegetaç&o, no CNPT-ENBRAPA, em 1984. Foram estudadas 54 fontes de P,

incluindo sete produtos jã disponíveis no mercado nacional, avaliados sob di-

versas doses de f6sforo (teor total).

Os produtos experimentais rsultaram do processamento industrial via calor

ou químico das rochas fosfatadas de Patos de Minas, de Aaitpo1is, de Tapira,

de Catalào, de Olinda e de Araxi. Entre os processos de solubilizaçào das ro-

chas fosfatadas estudados, destacaram-se com melhores os tratamentos trmi-

cos, havendo algumas diferenças entre os termofosfatos resultantes, dependendo

da origem do material. Entre os tratamentos químicos salientaram-se os trata-

mentos por "rota nÃo convencional" (RNC), havendo diferenças entre os produtos

testados, destacando-se, no caso, o material "RNC-EXP. 01". Os demais fosf atos

parcialmente solubilizados dependeram da quantidade de icido empregada no tra-

tamento da rocha, destacando-se em geral os produtos com quantidades equiva-

lentes ou superiores a 50 Z do necessirio para a obtençào •do equivalente em

superfosfato simples. Os fosfatos naturais apresentaram eficiància agron&nica

inferior a 5 Z. Os valores de eficincia agronamica obtidos para os diversos

produtos experimentais e comerciais, 2t1 relaçào à cultura do trigo, constam,

respectivamente, nas Tabelas 1 e 2.

A eficincia agro4nica dos materiais referidos correlacionou-se estreita-

mente com a frafao "solüvel" em icido cítrico a 2 Z, relaçào 1/100, para a

1 Trabalho integrante do Convmio EMBRA2A/PETR0FRTIL.

2 Eng9 AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BEMA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

Eng? AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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maioria dos fosfatos testados (Figura i). A efici&ncia dos fosfatos nacurail

relacionou-se melhor com o teor de P "soliivel" em égua.

Entre os produtos testados, somente o termofosfato Catalao foi superior

fonte padrão de comparaç&es (superfosfato triplo). Foram considerados equiva-

lentes ao superfosfato triplo os termofosfatos: Araxé, Olinda, Anitápolis, ta-

pira, Yoorin, Patos-CETEC, além de Fosfato Fatos RNC-01 • Fos-sol-520, Fosfato

de Olinda AS-IS e superfosfato simples. Os demais produtos apresentaram um de-

sempenho consideravelmente inferior ao superfosfato triplo.

0 0O

es

o

e 0

0

o e

o o

00

e O o

O o O

o o o o

O O

o o o

O

• o

20 40 60 80 100 (AC/Te 1001 - 1%)

Figura 1. Relação entre o índice de eficiãncia agronSnica (IEA) cal-culado com base na dose de 40 ppm P205 total e a fração "solúvel" do P no adubo relacionado aos teores totais de análise. AC - Teor P soluvel em ácido cítrico a 2 Z, relação iIUO. T - Teor total de P.

/fn

ILA

( e/el

0

230

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Tabela 1. tndices de efici&ncia agron6mica (IEA) de diversas fontes de f6sforo nacionais em relaçao ao desenvolvimento do trigo em casa de vegeta-ço (19 cultivo) - Produtos experimentais'

Tratamentos Rochas fosfatadas de rocha Fatos .Olinda Anitãpolis Araxá CataUo Tapira

--------------------------- (z) - -------------------

Rochanatural O O O 2 O 2

ÀS-O,05 2 - - - - -

ÂS-0,l5 9 12 - - - -

AS - 0,25 20 25 24 19 26 16

AS-O,35 - - 32 24 39 33

AS-0,50 57 - - - - -

AS - 13 63 79 45 47 65 42

A1q-O,12 17 - - - - -

AN-0,15 40 18 25 22 14 10

NU - 0,35 21 - - - - -

NU - 0,35 + S 13 5 5 - - -

Trnico 74 109 103 117 123 101

Thmico-Cetec 92 - - - - -

RNC 56 - - - - -

PIK-Exp. 01 90 - - - - -

BC-Exp. 08 73 - - - - -

1 M. Seca fonte - M. IEA

Seca test. x 100 M.Seca S.F.Triplo - M.Seca Test.

- Material no disponível para teste.

AS AcidulaÇo com ácido sulfiirico AS - Acidulação com ácido nítrico Nt - Acidulação via nitrato de urêia

de -

anomia) BC - Acidulaçio por rota não convencional (bissulfato

231

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Tabela2. titdices de eficincia agron&nica (IEÁ) de diversos fosfatos riade-nais disponíveis no mercado em relaçio ao desenvolvimento do trigo 1

Produtos comerciais

(Z)

Fosforisa 38

Fosfac - 100 46

Fos-sol - 520 $1

Termofosfato Voorin 98

Fosfato Natural de Patos de Minas 3

Superfosfato simples 88

IEA - N. Seca fonte - M. Seca Tese. M. Seca S.F.Triplo-M.Seca Test.

X

Cilculo com base em 40 ppm P205 total

232

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AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA AGRONÔMICA DE ALGUNS FERTILIZAZÇTES

FOSFATADOS NACIONAIS A CAMPO - 19 Cultivo, Trigo 1985'

Otévio J.F. de Siqueira 2

Geraldino Peruzzo 3

Sírio Wiethlter'

José R. Ben 3

Testaram-se em condiçóes de campo, em um Latossolo Vermelho Escura - Dia-

tráfico "Passo Fundo", diversos fertilizantes fosfatados incluindo seis fontes

de P existentes no mercado brasileiro (Termofosfato Yoorin, Fosfac-100, Fos-

forisa, Fos-sol-520, Fosfato Natural de Fatos de Minas, Superfosfato Triplo) e

cinco produtos em fase experimental (Fosfato de Uréia, Dapinho, Termofosfato

CETEC e dois Fosfatos Farcialmente Acidulados via ácido sulfúrico efosfórico).

O superfosfato triplo foi incluído no experimento como fonte padrão de campa-

ração. Na Tabela 1, constam os teores totais e solúveis de fósforo dos produ-

tos estudados. O solo apresentava baixa disponibilidade de fósforo (3,8 ppm P)

e corrigiu-se a acidez do solo com calagem para p8 6, pelo método SMP (7,3

calcãrio/ha)

Os produtos foram avaliados em diversas doses de fósforo (30-60-120-240-

kg P205 "solúvel"/ha) aplicadas a lanço e incorporadas ao solo. Incluiu-se tam-

bém um tratamento correspondente a 60kg de P20 solúvel/ha aplicadona linha de

plantio. Duas fontes de P (Dapinho e Fosfato de Uréia) não foram avaliadas na

dose méxima de 1' devido a problemas de excesso de N para o trigo (19 cultivo).

Incluiu-se também um tratamento testemunha para fósforo. Utilizaram-se a cul-

tivar Trigo BR 14 e as práticas de manejo da cultura recomendadas pela Comis-

são Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo.

As fontes de P testadas equivaleram-se em efici&ncia com relação ao ren-

dimento de grãos do trigo, excluindo-se o fosfato parcialmente acidulado via

écido sulfúrico e o fosfato natural de Fatos de Minas (Tabela 2). Estes resul-

1 Trabalho integrande do Conv&ni0EMBRAPA/PETROF2RTIL (Relatório Técnico Bienal)

2 Eng9 AgrQ, Ph.D., Pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Passo Fundo, RS.

EngQ Agr9, M.Sc., Fesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA. as.

233

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tados confivsam as hipóteses indicadas em experimentas em casa de vegetação de

que a eficiãncia dos produtos fertilizantes fosfatadas correlaciona-se, em ge-

ral, com o conteúdo de 1' solúvel dos produtos, à exceção dos fosfatos naturais

moUos cuja eficiincia relaciona-se com a fração solúvel em água. Todos ospro-

dutps apresentaram o mesmo comportamento em resposta ao mátodo de aplicação ao

solo, destacando-se a aplicação em linha sabre o fertilizante aplicado a lanço

e incorporado ao solo, excluindo-se somente duas fontes de P (Fosforisa e Ter-

mofosf ato Toorin). Este efeito correspondeu, em nádia, a um acrescimo de pro-

dução de 113 kg/ha. O referido experimento continua em andamento para estudar-

se o comportamento dos produtos em relação a cultivos sequentes e avaliar-se

o efeito residual dos tratamentos.

Tabela 1. Características dos fertilizantes fosfatados

Teores de fósforo Adubos fosfatados

Total A Solúvel

--------------(z) --------- Superfosfato Triplo 45 41 44*

Termofosfato CETEC 14 13* 9

Termofosfato Yoorim 17 15* 13

Fos-sol-520 21 20* .20

Fosfac 100 26 12* 12

Fosforisa . 24 11* 13

Fosfato de uráia 42 41* 41

Dapinho 20 16* ló

Fosfato Parc. Acid.-POk 42 19* 20

Fosfato Parc. Acid.-S0 20 10* 10

Fosfato Nat. Fatos Minas . 25 5

* Teores considerados para cálculo das doses de P. A: teores solúveis em ácido citrico a 2 Z, relação 1/100. 3: teores solúveis em água + citrato de am3nio neutro.

234

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Tabela 2. Rendimento de grãos do trigo:

a) Comparação entre produtos:

Fontes de f6sforo Rendimento

(kg/ha)

Fosfac-10 4.256 a

Superfosfato triplo 4.208 a

Fos-sol 520 4.189 a

Fosfato de ur&ia 4.142 a

Termofosfato CETEC 4.118 a

Termofosfato Yoorin 4.117 a

Dapinho 4.088 a

Fosfato Parc. Acid.-PO4 4.031 a

Fosforisa 4.014 a

Fosfato Parc. Acid.-S0. 3.702 b

Fosfato Nat. Patos Minas 2.864 c

Nota: - A interação entre fontes e doses não foi significativa. - As coiiiparaçães são com base nos rendimentos médios obtidos nas doses

de 30-60-120 kg P2051ha e 60 kg P:05/ha na tinha de plantio.

b) Comparação entre doses de f6sforo:

Doses de PzOs Rendimento*

-------------------------------- (kg/ha) ---------------------------

Testemunha 2.515**

30 lanço 3.411

60 lanço 3.844

60 linha 4.001

120 lanço 4.520

240 lanço 4.788

* Média de 9 fontes do P, 3 repetições ** Média de 6 repeti.. .us.

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235

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RESPOSTA DO TRIGO À ADUBAÇÀO FOSFATADA .APLTCADA A LANÇO

E EM LINHA - Trigo, 1984-85

Otivio J.F. de Siqueira'

Geraldino Peruzzo 2

Josi R. Ben 2

Este projeto de pesquisa foi inciado em 1983 e visa quantificar a eficin-

cia, para o trigo, do fsforo aplicado a lanço e incorporado ao solo ou na li-

nha da plantio, pr6ximo às sementes. Os resultados apresentados neste trabalho

referem-se aos experimentos conduzidos nos anos de 1984 e 1985 nas localidades

de Carazinho e de Passo Fundo.

Os tratamentos constituíram-se de diversas doses de fãsforo

0-30-54-97-175-315 kg P 2 06/ha, aplicadas a lanço (incorporadas) e na linha de

plantio. Dois experimentos foran arranjados em fatorial incompleto 6 x 6, no

delineamento composto central, com tratamentos adicionais, totalizando 30 tra-

tamentos, en blocos completos ao acaso com 3 repetiçSes. Nestes experimentos

avaliou-se o efeito isolado e associado dos mitodos de aplicação de P a lanço e

na linha. Os experimentos foram conduzidos com controle preventivos das doenças

da parte airea. Em 1984, conduziu-se um experimento adicional, junto à irea em

Carazinho, sem o controle das doenças da parte airea com fungicidas, avalian-

do-se o efeito, isoladamente, dos mitodos de aplicação de P mencionados, nas

doses descritas acima, totalizando 12 tratamentos, em blocos conpletos ao acaso

com 3 repetiç6es. Todos os experimentos foram instalados em locais cujos teores

de P estavam abaixo do nível crítico para os solos estudados (9 ppn). Os dados

das anilises de solo antes da instalação dos experimentos constam na Tabela 1.

Nitrognio e potissio foram aplicados em doses uniformes, correspondendo a 55

kg N/ha (unia) e IS kg K20/ha (cloreto de potissio) em 1984, e 45 kg tUba

(sulfato de amãnio) e 30 kg K40/ha (cloreto de potissio) em 1985. O nitroginio

foi aplicado 1/3 na base e 2/3 em cobertura, fracionando-se esta em duas apli-

caçães, urna no inicio do perfilhamento e outra na fase de alongamento. As cul-

Eng9 AgrQ, Ph.D. Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRA- PA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

EngY Agr9, M.Sc. , Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-

BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES

237

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tivares utilizadas foram a BR 5 e ER 14, respectivamente em 1984 e em 1985. As de-

mais prãticas de manejo da cultura obedeceram ãs recomendaçães da comissão

Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo.

Os rendimentos de grãos observados nos dois experimentos, conduzidos com o

controle das doenças ftngicas da parte aãrea, variaram entre 2.000 e 6.0

kg/ha, aproximadamente, refletindo as boas condiçães de manejo adotadas para a

cultura. A amplitude de variação nos rendimentos de grãos do trigo devida ao

fãsforo aplicado por experimento variou, em m&dia, entre 716 e 2.847 kg/ha,

respectivamente em Carazinho e em Passo Fundo (Tabela 2).

O efeito das doses de fãsforo aplicadas pelos m&todos estudados (a lanço é

ou linha), bem como a relação de substituição avaliada em dois experimentos

são apresentados na Tabela 3. Considerando-se a magnitude dos coeficientes pa-

ra os efeitos lineares das doses de P pelos mãtodos mencionados para o rendi-

mento de grãos do trigo, trão se observam diferenças significativas entre os mé-

todos de aplicação de P estudados, nos dois experimentos. Independentemente dos

mitodos de aplicação de F, as respostas em rendimento de grãos do trigo foram

mais expressivas em Passo Fundo, embora os solos apresentassem o mesmo teor ab-

soluto de P no solo (5,7 ppm). Este solo apresenta uma textura mais arenosa e o

teor de P correspondente ao nivel critico para o mesmo solo deve situar-se em valor

mais elevado.

Na Tabela 4 constam os resultados de rendimento de grãos de trigo, obtidas

em Carazinho, em função do efeito isolado das doses de P aplicadas em linha ou

a lanço, sem o controle das doenças da parte airea com fungicidas. Os rendimen-

tos foram inferiores aos obtidos oom a aplicação de fungicidas, situando-se en-

tre 1.600 e 2.250 kglha, aproximadamente.

Analisando-se o efeito isolado dos mitodos de adubação estudados nos 3 ex-

perimentos, conforme apresentado na Tabela 5, não se observam diferenças ex-

pressivas entre os mitodos de adubação estudados, conforme se constata atravs

da magnitude dos coeficientes lineares apresentados para o rendimento de grãos

do trigo. Nos experimentos conduzidos em 1984, observa-se uma pequena diferença

nos coeficientes em favor da aplicação na linha de plantio em relação a aduba-

ção a lanço. Em 1985 repetiu-se a mesma tendãncia observada em 1984 para o ren-

dimento de grãos do trigo, não havendo diferenças entre os métodos estudados.

Para o desenvolvimento da cultura como um todo, avaliada atravis da produção de

massa seca, constatam-se, no entanto, diferenças em favor da aplicação do f6sfo-

ro na linha de plantio. Na Tabela 6, apresentam-se os rendimentos de grãos a

a produção de massa seca estimados nas doses de 30 e 60 kg P20s/ha, permitindo

avaliar-se a magnitude das diferenças discutidas acima. Em rendimento de grãos

as diferenças entre os mitodos de adubação estudados são inferiores a 50 kglha

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nas doses de P mencionadas. Para a produçao de massa seca do trigo as diferen-

ças são mais expressivas, atingindo, aproximadamente 600 lcg/ha na dose de 60 kg

P2051ha, em favor da aplicação localizada do fertilizante práximo s sementes.

0 controle das doenças da parte aãrea, atravás do uso de tungicidas, não alte-

rou as relaçães apresentadas pera o rendiunto de grãos, conforme ilustram os

resultados da Tabela 6 e a representação grãfica apresentada na Figura 1.

239

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241

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Tabela 3. Modelos de resposta para o rendimento de grãos de trigo em função do efeito associado de doses de f6sforo aplicadas a lanço e em linha, sob condições com o controle das doenças da parte aõrea con fungici-das

Experimentos Coeficientes de regre ssio

Carazinho - 1984 2.206 +2,32 +2,55 -0,002 -0, 4 -0,004

Passo Fundo - 1985 3.785 +8,58 +7,53 -0,011 -0,015 -0,013

X o - Remdimento de gros em aus&ncia de P, en kglha.

X j - Doses de P aplicadas a lanço, em kg PoOs/ha. - Doses de P aplicadas em linha, em kg P2051ha

Tabela 4. Rendimento de grãos de trigo em reiaçao a doses de fõsforo aplica-das a lanço (incorporadas) e na linha de plantio, sob condiçes sem o controle das doenças da parte a&rea com fungicidas - Carazinho, 1984

Modo de aplicaço kg Pz0s/ha Lanço Linha

- ------- (kg/ha) -------

O 1.795 1.593

30 1.777 1.890

54 1.763 2.W6

97 2.034 2.080

075 2.012 2.018

315 2.164 2.259

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Tabela S. Modelos de resposta para o rendimento de grãos do trigo em funço do efeito, isolado, de doses de fósforo aplicadas a lanço (incorpora-das) ou em linha no plantio

ExperirlEntos Varióvel Coeficientes de regressão

dependente i

Carazinho - 1984 - C/CD: R. grãos 2.136 +3,0 +3,1 -0,004 -0,006

Carazinho - 1984 - S/CD: R. gros 1.756 +2,2 +2,7 -0,003 -0,004

Passo Fundo - 1985 - c/CD: R. graos 3.213 +17,9 +17,3 -0,04 -0,04

M. Seca 7.401 +34,8 +45,8. -0,06 -0,08

- Rendimento de gúos em ausncia de P, em kg/ha. - Xj - Doses de P aplicadas a lanço e incorporadas ao solo, en kg/ha

- Doses de P aplicadas na linha de plantio, em kg/ha. C/CD - com o controle das doenças da parte aérea com fungicidas. S/CD = sem o controle das doenças da parte aérea com fungicidas.

Tabela 6. Rendimento de graos do trigo estimados para o efeito isolado de duas doses de 2 aplicadas ao solo pelos mótodos de adubação estudados, sob distintas condições de manejo das doenças da parte area

Experin-tntos Variável Doses de P C/CD S/CD Dif. - (kg 2205/ha) lança linha lanço linha midia*

(kg/ha) -------------

Carazinho - 1984: R. gros 30 2.222 2.224 1.820 1.833 +8

60 2.300 2.302 1.877 1.901 +13

Passo Fundo - 1985: R. gros 30 3.714 3.696 -18

60 4.143 4.108 -35

30 8.391 8.703 +312 M. seca

60 9.273 9.861 +588

* Diferença - linha-lanço. C/CD - con o controle das doenças da parte aérea com fungicidas 8/CO - sem o controle das doenças da parte a&rea com fungicidas

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(C / FUNGICIOAS) Pil

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(S/ FUNGICIDAS) _-. TZ PO

R!NDINLIITO

TRISO

1 k9 / Pia)

io • P oplicado o lanço e incorporado

Pli P aplicado na linho de plantio

O 60 120 160 240 300

DOflS DL tOsro.ø - Kg P 2 05 / Pio

Figura 1. Resposta do trigo ao fasforo aplicado a lanço e em linha, sob condiç6es de manejo da cultura com e sem aplicaço de fungicidas para o controle das doenças da parte aérea - Tri-go, 1984.

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AVALIAÇÃO NA DISPONIBILIDADE DE NITROCNIO DE VÁRIAS

FONTES PARA A CULTURA DO TRICO'

Ceraldino Peruzzo 2

Otivio .j0a0 Fernandes de Siqueira 3

Esti sendo testada pela ind,istria, em cariter experimental, a apresentaço

da urdia em novas formulaç3es. Torna-se necessârio, portanto, determinar a efi-

ciência agron6mica destes produtos. Em 1984, testaram-se a campo dezoito fontes

de nitrog&nio, sendo treze em fase experimental. Estas fontes foran avaliadas

en microparcelas de 1 m 2 , em Latossolo Vermelho Escuro Distrifico. Foram estu-

dadas as doses 0, 25, 50 e 75 kg/ha de N aplicadas 113 na base e 213 en cober-

tura. A dose de 50 kg/ha de N com aplicaço total no plantio tambim foi estuda-

da. Avaliou-se, na matiria seca, aos 90 dias da semeadura, na antese, o teor de

nitrognio total absorvido pelas plantas de trigo. A cultura do milho antecedeu

o trigo na ãrea experimental.

O indice de eficincia agronimico (IEA) em relação ao nitrato de amBnio

(fonte padrao), calculado a partir do nitrogmnio total absorvido pelas plantas

de trigo (Tabela 1), indicou as eficimncias distintas entre as doses de N apli-

cadas 1/3 na base e 213 en cobertura. O nitrocilcio e o nitrosulfocilcio com

gesso DE foram as únicas fontes que apresentaram efici&ncias superiores a 100 E

em todas as trs doses estudadas. As demais fontes apresentaram IEA superiores

em apenas uma ou duas doses de N. Utilizando-se a dose intermediiria de 50

kg/ha para todas as fontes de N. verificou-se que as seguintes fontes apresen-

taram IEA superior a 100 E: nitrocilcio, nitrosulfocilcio com gesso DE, nitro-

magsulfocilcio com gesso EH, nitromagsulfocilcio com gesso DE, unia perolada

com gesso, unia perolada com SAIÍ, nitrato de unia compactada com fosfato de

Patos, urmia revestida com rocha de Patos (mitrico) e sulfato de am6nio. Os

produtos que apresentaram um IEA superior a 100 E, em re1aço ao nitrato de

am6nio, com a dose de 50 kg/ha de N na base, foram: nitrosulfocilcio com gesso

Trabalho integrante do convmnio E5RAPA-PETR0FÊRTIL.

EngQ AgrQ, M.Sc., pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Irigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

a EngQ AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRADA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

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104, nitrosulfocilcio com gesso OH, nitronagsulfocicio com gesso 1ULuria for-

maldeido, uréia perolada com gesso, ur&ia perolada com SAM, ur&ia compactada

com gesso OH, urêia revestida com rocha Fatos (sulfiirico) e (nítrico), uria e

ScU.

Estes resultados, embora preliminares, indicam que algumas formulaçee,

obtidas a partir da ur&ia, se mostraram promissoras para sua utilizaçao na cul-

tura do trigo.

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Tabela 1. Quantidade de nitrogénio total abaorvido pelo trigo (kg/ha e percentagem relativa em relação ã maior dose de nitrato de amE-nio) e índice de eficiéncia agronémica (IEA) de diversas fontes de N

Fonte de N Dose de N kgiha

N total kglha

absorvido 7.

IEA 1

Testemunha - 13,50 34 -

Nitrato de arnnio 25 23,44 59 100 50 30,60 76 100 75 39,95 100 100 50 base 25,24 63 100

Nitrocélcio 25 23,63 59 102 50 34,12 85 120 75 41,65 104 106 50 base 24,24 61 91

Nitrosulfocilcio ei ges- 25 26,04 65 126 ao 88 50 28,47 71 87

75 32,73 82 73 50 base 25,68 64 103

Nitrosulfocilcio ei ges- 25 25,78 64 123 ao DII 50 32,84 82 113

75 40,82 102 103 50 base 25,60 64 103

Nitromagsulfocilcio com 25 24,13 60 107 gesso 88 50 34,85 87 125

75 34,86 87 80 50 base 29,53 74 136

Nitromagsulfocilcio com 25 20,83 52 74 gesso DII 50 31,74 79 107

75 41,09 103 104 50 base 24,68 62 95

Uréia formaldeido 25 24,35 61 109 50 29,03 73 91 75 37,22 93 90 50 base 28,39 71 127

Uréia perolada 25 22,83 57 94 com gesso 50 32,53 81 lii

75 39,54 99 98 50 base 29,12 73 133

Uréia compactada 25 21,65 54 82 com gesso DII 50 27,69 69 83

75 34,95 87 SI 50 base 30,15 75 142

Uréia perolada com SM1 25 21,77 54 83 50 32,46 81 111 75 36,00 90 85 50 base 28,37 71 127

Uréia compactada 25 25,84 65 124 com SMI 50 29,32 73 92

75 35,62 89 84 50 base 23,85 60 88

247

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Continuaçio tabela 1

Fonte de N Dose de N kg/ha

N total absorvido Icg/ha Z

IEA 1

Nitrato de uróia compac- 25 22,76 57 93 tada c/ fosfato de Patos 50 37,87 95 142

75 34,56 86 80 50 base 24,50 61 94

Uróia revestida com ro- 25 23,08 58 96 cha/Patos (sulfhico) 50 27,48 69 82

75 34,66 87 80 50 base 27,06 66 lIS

tjróia revestida com ro- 25 23,37 58 99 cha/Patos (fosfórico) 50 26,73 67 77

75 30,77 77 65 50 base 24,48 61 93

tjróia revestida com ro- 25 22,76 57 93 cha/Patos (nítrico) 50 31,57 79 106

75 31.31 78 67 50 base 27,05 68 115

Sulfato de amónio 25 19,29 48 58 50 32,35 81 110 75 32,96 85 73 50 base 23,84 60 88

UrRa 25 21,83 54 84 50 26,80 67 78 75 34,53 86 79 50 base 26,54 66 lii

SCU 25 19,62 49 61 50 26,05 65 73 75 29,29 73 84 50 base 30,36 76 144

C.V. 12,64 Z

- Nabs. pela fonte teste - N aba, pela testemunha 100 - ,

N abs. pelo nitrato amonio - N abs. pela testemunha

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PERDAS DE NITROGÊNIO POR LIXIVIAÇÂO, SOB CONDIÇÕES CONTROLADAS

Geraldino Peruzzo'

Otvio J.F. de Siqueira 2

Sírio Wieth6lter 2

José R. Bem 1

O entedimento da dinãmica do nitrogõnio (N) no solo é fundamental para a

obtenção de melhores beneficios, quando da sua utilização em cereais de inver-

no. Para determinar o efeito de culturas anteriores nas perdas de N por lixi-

viação, durante a cultura do trigo, coletaram-se amostras de solo (I,atossolo

Vermelho Escuro Distrõfico) de O a 15 cm e de 15 a 30 cm de profundidade, de

quatro situações de hist&ricos de cultivos distintos a seguir descritos:

Tratamento A - sorgo, ,,ousio, soja, pousio, milho

Tratamento li - soja, pousio, milho, tremoço, soja

Tratamemto C - milho, colza, soja, linhaça, soja

Tratamento O - soja, aveia, milho, aveia, soja.

As duas camadas de solo foram assentadas em tanques de 0,88 m 2 de kea

õtil, Aplicou-se O e 100 kg/ha de N na toma de unia, sendo 113 na base e 213

em cobertura. Na parte inferior dos tanques foram instalados drenos para a co-

leta de agua de percolação proveniente de chuvas naturais. O experimento foi

conduzido em 1983 e em 1984. Avaliou-se o rendimento de matõnia seca, o teor

de N total absorvido pelas plantas de trigo e a quantidade de N mineral perdi-

do por lixiviação.

Devido ã necessidade de realizar alguns ajustes na metodologia ao longo

do experimento, não são relatados dados de 1983 neste trabalho. Entretanto, a

metodologia empregada foi adequada para o estudo de perdas de N. Neste expeni-

remto foram coletados resultados de 18 precipitações pluvionitnicas com inten-

sidades diferentes, totalizando 487 imn de chuva.

Em 1984, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas entre

as doses de O e 100 kg de N/ha com relação a quantidades de ti total absorvido

1 EmgQ Agr9, M.Sc. • Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

2 'ng9 Agr9, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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pelas plantas de trigo, aos 80 dias da semeadura (Tabela 1). No entanto, não

ocorreu interação significativa para todos os tratamentos estudados e não hou-

ve diferença significativa entre os histõricos de cultivos. Com relação à pro-

dução de massa seca do trigo (Tabela 2) verificaram-se diferenças sigmíficati-

vas entre as doses de N e entre os tratamentos de cultivos anteriores à insta-

lação do experimento.

Foram encontradas diferenças significativas entre as quantidades de

perdidas por lixiviação, tanto na forma de anãnio (NH') quanto de nitrato

(N05) tanto nas parcelas que não receberam N como nas que receberam 100 kg de

N/ha (Tabela 3). As quantidades de N lixiviadas na forma de amanio foram infe'

riores às quantidades na forma de nitrato confirmando que a forma de Nik'

menos suscetível à perda por lixiviação. As perdas na forma de nitrato foram

29 vezes superiores às equivalentes a anànio, na dose de 100 kg/ha de N. Mesmo

sem N as perdas foram em torno de 11 vezes maiores. O hist6rico de lavoura in-

fluiu na quantidade de N coletado nas ãguas de percolaço. As quantidades de

amnio e nitrato perdidas por lixiviação foram proporcionais à dose de N uti-

lizada. Estes valores estão relacionados com a quantidade de ãgua que percolou

no perfil do solo. A quantidade total de N mineral perdido por lixiviação foi

obtido, em kg/ha, pela diferença entre os tratamentos com e sem nitrogãnio. As

perdas foram em torno de 24, 19, 26 e 28 kg/ha de N para os tratamentos A. E,

C e D respectivamente, quando se aplicaram 100 kg/ha de N. Para a dose zero,

perdeu-se cerca de 9, 7, 9 e 11 kg/ha de N, do solo, para os tratamentos A, 8,

C e D, respectivamente.

Este trabalho caracterizci.,se como um estudo inicial de avaliação de per-

das de N por lixiviação, devendo-se, a partir deste, intensificar as investi-

gaçàes nesta linha de pesquisa.

/fm

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Tabela 1. Nitrognio total absorvido pelas plantas de trigo em 1984

Cultivos Dose de N (kg/ha) anteriores O 100

kg/ha ----------------

A 13,9 58,3

B 13,2 60,0

C 13,3 56,4

O 13,0 58,2

M&ciia 13,3 B 58,2 A

C.V. (%) 5,15

Valores acompanhados de letras comuns n2o diferem significativanente pelo teste de Duncan ao nível de 5 2 de probabilidade. As letras mai.isculas comparam valores na horizontal.

Tabela 2. Rendimento de nat&ria seca da parte aérea das plantas de trigo em 1984

Cultivos Dose de N (kg/ha) anteriores O IDO

------------------g/n 2 ------------

A 139,2 Ba 458,0 .Ab

li 125,0 Bab 485,2 As

C 113,6 Eb 445,7 Ah

D 116,0 Bb 400,8 Ac

M~dia -- 123,4 3 447,4 A

C.V. (2) 5,33

Valores acompanhados de letras comuns nio diferem significativamente pelo teste de Duncan ao nível de 5 2 de probabilidade. As letras maiGsculas comparam valores na horizontal. As letras minúsculas comparam valores na vertical.

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RESPOSTA DO TRICO À ADUBAÇÃO NITROCENADA EM COBERTURA EM SOLOS DO

PLPJALTO-RS, EM RELAÇÃO AO USO ISOLADO DE FORMULAÇÕES

TRADICIONAIS NO PLANTIO - Trigo, 1984/85

otavio J.F. de Siqueira t

Ceraldino Peruzzo 2

Conduziram-se 54 experimentos de campo a partir de 1982, visando ava-

liar as respostas do trigo ao nitrog&nio aplicado em cobertura, em relaçâo ao

sistema tradicional de aplicação apenas no plantio. Os resultados apresentados

referem-se ao período 1984-1985. Os tratamentos corresponderam aplicaço ou

nio de 20 kg N/ha como urdia, em cobertura no início do perfilhanento. Em

1985, incluiu-se um tratamento correspondendo a 20 kg N/ha no início do perfi-

lhamento, complementado com 20 kg N/ha no início do alongamento. Os tratanea-

tos referentes ao N foram avaliados com e sem o controle das doenças da parte

aérea com o emprego de fungicidas. Em 1984, a semelhança de 1983, os tratamen-tos com e sem N em cobertura foram somente avaliados sob o controle das doen-

ças com fungicidas e coletaram-se, na colheita, amostras da lavoura circunvi-

zinha para ter-se uma estimativa do rendimento alcançado na lavoura do produ-

tor. Todos os experimentos foram locados dentro de lavouras instaladas por

produtores.

O efeito de 20 kg de N/ha, aplicado em cobertura, correspondeu, em 1984,

a um acréscimo mdio no rendimento de grios de trigo equivalente a 178 kg/ha,

havendo diferenças tambim em relaçio is cultivares avaliadas (Tabela 1). Ca-

racterizou-se, também, que a cultura anterior tem efeito determinante no su-

primento de N disponível no solo para o trigo, conforme mostra a Tabela 2. O

suprimento de N sob o cultivo anterior com milho, mesmo utilizando-se as doses

atualmente recomendadas de N (20 kg N/ha em cobertura), foi insufi-

ciente para que o trigo atingisse o rendimento alcançado sob o cultivo antece-

dente com soja.

Em 1985, o incremento médio de rendimento devido aplicaçio do N em co-

1 Eng9 Agr9, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMERA- PA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

2 EngQ Agr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRA- PA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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bertura no inicio do perfilhamento (recomendaç6es atuais de N para o trigo no

RS/SC), correspondeu a 291 kg/ha, sob condiç6es com doenças da parte ahea

controladas com fungicidas. Sem o controle das doenças o aumento de reodimento

limitou-se a 143 kg/ha. A magnitude de resposta ao N em cobertura, tamb&n nes-

te caso, variou em funço das cultivares avaliadas (Tabela 3).

A aplicaço adicional de N em cobertura no alongamento do trigo resultou

num atamento médio de rendimento de gros de 204 kg/ha, sob controle das doen-

ças e de 83 kg/ba sem o emprego de fungicidas. Da mesma forma, neste caso,

destacou-se o efeito de cultivares, entre elas a BR 14, com um acr&scimo de

rendimento, em relação a atual recomendaço de M (20 kg N/ha no perfilhanento)

de 439 e 305 kg/ha, respectivamente com e sem o uso de fungicidas para o con-

trole das doenças da parte ahea. -

Doses de N superiores és atualmente recomendadas para o trigo representam

uma importante alternativa para atingir-se tetos de rendimento mais elevados,

especialmente sob condiç6es de manejo da cultura que envolve o controle das

doenças, particularmente para cultivares com menor suscetibilidade ao acama-

mento.

Os rendimantos alcançados no período 1984185, sendo em m&dia superiores a

2.500 kg/ha, mesmo sem a aplicaçao de N em cobertura, sio um reflexo das de-

mais condiç3es de manejo da cultura observadas pelos produtores nos locais., de

experinentaço. Os tetos miximos de rendimento alcançados, superiores a 3.000

kg/ha, considerando-se especialmente o fato de os experimentos terem sido con-

duzidos sobre lavouras implantadas por produtores diversos, traduzem, por ou-

tro lado, a potencialidade do aumento imediato da produtividade da lavoura de

trigo na regiao, através do uso integrado da tecnologia disponível e recomen-

dada pela pesquisa.

/ras

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Tabela 1. Rendimento de grâos do trigo verificados em funçio da ap1icaço de N em cobertura. 1984

Experimentos Mat. Org.' Rendimento de

Ensaios2 -N cob. +N cob.

grios

Lavoura

(%) --- (kg/ha) ------------

Ensaios CNT 8 (5 exp.) 3,7 2.606 2.864 2.478

Ensaios BR 4 e BR 5 (6 exp.) 4,4 2.788 2.917 2.115

Ensaio IAC 5-Maringi (1 exp.) 4,3 3.228 3.146 2.033

Ensaio PAT 7392 (1 exp.) 3,0 1.895 2.153 1.811

Todos ensaios 3,7 2.678 2.856 2.243

Teor m&dio. 2 Tratamentos: O e 20 kg N/ha aplicados no início do perfilhamento

Tabela 2. Rendimento de gros do trigo verificados em funçio da aplicaçio de N em cobertura numa lavoura (solo Erexin) sob distintos cultivos no verão antecedente, 1984

Cultivo N "disponível" no solo' Rendimento de grãos no verão Mat. N GIR2 Ensaio

pH N-NHi, N-NO3 Lavoura anterior org. total -N cob. +N cob.

(Z) (ppm) (7,) (kg/ha)

Soja 5,8 4,0 1.539 2,3 1,3 19 3.120 3.563 2.582

Milho 5,6 3,4 1.382 1,6 0,3 5 2.427 2.796 2.427

Amostras coletadas na ipoca da aplicação do N em cobertura 2 Grau de infecção das raízes com podrid3es.

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Tabela 3. Rendimento de grãos do trigo verificados em relação aos tratamen- tos com N em cobertura, sob a&rea com fungicidas, 1985

controle ou mao das doenças da parte

Mat. Controle N em cobertura Experimentos 1 org. de doenças 2 20 +

(7.) (kg/ha) ---------

Ensaios CNT 8 (7 exp.) 4,2 Não 2.763 2.946 2.948

Sim 2.862 3.195 3.374

Ensaios BR 14 (2 exp.) 4,4 Não 2.876 3.195 3.500

Sim 2.950 3.251 3.690

Ensaio Minuano 82 (1 exp.) 4,8 Não 2.638 2.566 2.809

Sim 2.954 3.152 3.448

Todos ensaios 4,3 Não 2.883 3.026 3.109

Sim 2.976 3.267 3.471

1 Amostras coletadas na &poca da aplicação do primeiro tratamento com N em co-bertura, no início do perfilhanento.

2 N aplicado no início do perfilhamento. N aplicado no início do perfilhainento e no início do alongamento.

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ADUBOS ORCA1O-MINERAIS NA CULTURA DO TRIGO - DADOS DE 1985

Sírio Wiethulter 1

Otãvio J.F. de Siqueira'

Geraldino Peruzzo 2

.Josã R. Ben 2

O conhecimento da eficiãncia agronâmica dos adubos comerciais ã importante

para a escolha dos produtos mais econEmicos. A efici&ncia agronEmica e o custo

da unidade de um nutriente ou de uma farmula nem sempre ã equivalente nas di-

versas fontes.

Os fertilizantes organo-minerais são elaborados a partir de natãria-prima

de origem orgânica, fertilizantes minerais comuns, calcino e, ãs vezes, outros

compostos quimicos, especialmente icidos e bases fortes. Em função disso, espe-

ra-se que a eficiância agronãmica deva ser igual ou superior ã eficiãncia da

matiria-prima orgânica e mineral usada no processo de elaboração destes ferti-

lizantes. O processo industrial envolve etapas como moagem, peneiragem e trata-

mentos quimicos, târmícos e ãs vezes biolGgicos (Kiehl 1985).

Alguns trabalhos realizados no Rio Grande do Sul (Pons & Coelho 1982, Te-

desco & Vogel 1983, Tedesco s.n.t.) evidenciaram que o valor agronâmico dos

adubos organo-minerais comerciais proporcional ao seu teor de nutrientes es-

senciais ãs plantas, principalmente de mitrogânio, de fisforo e de potissio. Em

experimentos realizados em casa de vegetação e a campo, verificou-se que os

adubos orgamo-minerais apresentaram a mesma eficiância agronâmica que os adubos

minerais, quando quantidades iguais de nutrientes foram comparadas. Em outras

palavras, o rendinento das culturas não foi estatisticamente diferente entre os

adubos organo-minerais e os adubos minerais, em dose igual de NPIC. Resultados

idânticos foram tamb&m obtidos em condiçâes de campo por Egli & Pendleton

(1965) e Bauder (1976), quando iguais quantidades de nutrientes foram compara-

das.

O objetivo do presente trabalho foi testar, na cultura do trigo, a

Eng9 Agr9, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

2 EngÇ AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRASA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

257

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eficiãncia agronSmica de trãs adubos organo-minerais comerciais, em comparação

com adubos minerais convencionais.

A comparação entre os adubos foi feita aplicando-se iguais doses de NU

(teor total) dos adubos organo-mineirais e dos minerais, tanto na presença coun

na ausãncia de adubação de correção de P e K. A mat&ria-prima orgãnica dos adu-

bos organo-mineraís foi lignito oxidado (carvão), turfa e cama-de-aviário. Os

adubos minerais foram elaborados atrav&s da mistura de sulfato de an&nio, su-

perfosfato triplo e cloreto de potssio. Todos os adubos foram analisados, a

fim de permitir a aplicação exata das doses de NPK. O experimento foi conduzido

em solo Latossolo Vermelho Escuro Distrfico, Unidade de Mapeamento Passo Fun-

do, com as seguintes características por ocasião da instalação do experimento:

pH 5,1, P 3,1 ppm, K 122 ppm, matãria orgãnica 5,4 Z. O delineamento experimen-

tal foi o de blocos ao acaso com trãs repetiçães. O tamanho das parcelas foi de

2,4 x 6 m. Os adubos foram aplicados manualmente na linha de semeadura. A cul-

tivar foi Trigo BR 14. As doenças foram controladas preventivanente mediante a

aplicação de fungicidas.

Os dados sobre os tratamentos, o custo da adubação e os rendimentos obti-

dos constam na Tabela 1. Verificou-se que não houve diferença significativa en-

tre os adubos organo-minerais e os minerais, quando doses iguais de NPK foram

aplicadas, tanto na presença como na ausãncia de adubação de correção de P e K.

A adubação de correção aunentou o rendimento mdio em 569 kg de grãos/ha. O

custo médio da adubação com os adubos organu-minerais foi 90 % superior ã adu-

bação com adubos minerais. Ressalta-se que os dados se referem apenas a um cul-

tivo; no entanto, as respostas são idãnticas ãs obtidas por Egli & Pendleton

(1965), Bauder (1976), Pons & Coelho (1982), Tedesco & Vogel (1983) e Tedesco

(s.n.t.). Prevã-se a continuação do experimento atã um total de 6 cultivos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAUDER, J.W. Soil conditioners - a problen or a solution? Farm Res., 33(4):21-4, 1976.

EGLI, D.E. & PENDLETON, J.W. 1965 progreas report of agronomic field studies with leonardite. Urbana, University of Illinois, [1965]. 13p.

KIEHL, E.J. Fertilizantes orgãnicos. São Paulo, Ceres, 1985. 492p.

PONS, A.L. & COELHO, C.D. Efeito do "Carbohuuuis" sobre o rendimento de milho. In: REUNIÃO TËCNICA MUAL DO MILHO, 27, Porto Alegre, RS, 1982. Ata... Porto Alegre, IPAGRO/EMATER, 1982. p.90-1.

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258

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TEDESCO, M.J. Resultados de erperimentos com materiais orgnicos e organo-mi-nerais conduzidos em casa de vegetaço em 1982/83. s.n.t. 30f. Trabalho apresentado no Seninirio "Eficiincia Aron3mica de Adubos Orginicos e Orga-no-minerais', Passo Fundo, RS, 1985.

TEDESCO, M.J. & VOCEL, E.T. Avaliaçao da eficincia de adubo nitrobunomine-ml. Agrom. Sulriogr., Porto Alegre, 19:129-42, 1983.

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RESUMOS DE TRABALHOS VEICULADOS EM OUTRAS PtJBLICAÇÕES

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MELHORAMENTO

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AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE TRICO EM DIFERENTES

ÉPOCAS DE SEMEADURA 1

João C.S. Moreira 2

Joo C. Ignaczak 2

RESUMO

A comissao Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo informa, anualmente, a re-

comendaço de cultivares para cada uma das regi&s triticolas do RS, bem como

as datas limites para plantio de trigo em cada uma dessas regiaes. Visando a

determinar qual o melhor período de plantio, dentro do recomendado, foram es-

tudadas, com base nos resultados do Ensaio Estadual de Cultivares Recomendadas

de Trigo do RS, semeado em trs épocas no Centro Nacional de Pesquisa de Trigo

- Passo Fundo, RS, nos anos de 1983, 1984 e I985, as respostas, em termos de

rendimento de grao, de 27 cultivares comuns nesses 3 anos. Foi efetuada uma

an&lise de variÃncia conjunta dos dados e os resultados evidenciaram ser alta-

mente significativa a influncia de ano, de época e de cultivar, bem como as

interaç6es ano x época, ano x cultivar, época x cultivar e ano x época x cul-

tivar. Desta forma, é dificil de ser efetuada de forma exata, para todas as

cultivares, a determinacao da melhor época de plantio de trigo para esta re-

giao triticola. No entanto, verifica-se que a segunda época de plantio (perío-

do preferencial) foi a mais favorãvel para a maioria das cultivares testadas,

1 A ser publicado na Revista Pesquisa Agropecuria Brasileira. 2 EngÇ AgrÇ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRiSA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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INFORMAÇÔES SOBRE CULTIVARES DE TRICO PRECOCES RECOMENDADAS PARA

O RIO GRASDE DO SUL EM 19861

Joo C.S. Mereira 2

Hilton C. 2&deiros 2

Cantídio N.A. de Sousa 2

Edar P. Comes 2

RESUMO

O Rio Grande do Sul esta dividido em nove regiGes tritícolas e a recomen-

daço de cultivares, feita pela Comisso Sul-Brasileira de Pesquisa de Trigo

para cada uma dessas regiGes, classifica as cultivares em preferenciais e to-

ler ad a s

visando definir, para cada uma das regiGes, quais cultivares tm apresen-

tado melhor rendimento de gr&os, foi efetuada una avaliaco dos dados do En-

saio Estadual de Cultivares Recomendadas para o RS, nos anos de 1981 até 1985.

Poram efetuadas conparaçSes entre as cultivares reconendadas em relacao

IAC 5-Maringã e os resultados so apresentados em percentagem, por região e

por ano, e mas mdias de 2, 3, 4 e 5 anos.

No periodo abrangido por este estudo, verificou-se que das cultivares re-

conendadas para todas as regies tritícolas do Rio Grande do Sul, BR 3, ER 4,

BR 5, ER 8, BR 14, BR 15, Butui, CEP li, CE? 14-Tapes, CNT 1, CNT 7, CMV 8,

Minuano 82, PAT 7219 e RS l-F&nix superaram a testemunha MC 5-Maringã, na

maioria dos anos, em valores absolutos.

Verificou-se, tambãn, um comportanento diferenciado das cultivares em di-

ferentes regi3es triticolas, evidenciando a necessidade da escolha das melho-

res cultivares para cada região.

1 Publicado cono Circular Tãcnica n9 6 de 1986 do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo.

2 Eng9 AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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DESUNIFORNIDADE VAIETAL E SEU CONTROLE EM TRICO E EM TRITICALE 1

Maria Irene B. de M. Fernandes 2

RESUMO

A mistura mecanica acidental, os cruzamentos naturais e a instabilidade

cromoss&mica recorrente sáo os principais fatores responsáveis pela ocorrncia

de tipos desviantes do padrão da cultivar. Os dois primeiros, no entanto, náo

deveráo causar aumento na freqUncia relativa dos desviantes, se forem eventos

ocasionais. Já a instabilidade meiótica recorrente, de acordo com a literatu-

ra, aumenta esta freqUncia en uma taxa definida por geraçáo, alám de, even-

tualmente, contribuir para a deterioração varietal. Os resultados obtidos nos

estudos efetuados no Brasil, (CNPT e UFRGS), en trigo e em triticale, mostra-

ram que oscilaçáes climáticas drásticas, defensivos, molástias e acidez do so-

lo contribuem para aumentar a incidáncia de anomalias, mas o principal fator

determinante &, sem dtivida, genotípico. As progánies de plantas instáveis tm

grandes quedas de fertilidade. Das cultivares estudadas, as portadoras de ger-

moplasma mexicano foram as que apresentaram as freqUncias mais elevadas de

anomalias. A seleço em prognies estáveis de cultivares com instabilidade

elevada nâo foi ben sucedida, comprovando, ser a nesma recorrente, determinada

pelo gen6tipo e um caráter de penetrncia variável. Deste modo, as recomenda-.

ç&es para o melhorista üo: 1) evitar, sempre que possível, o uso, em cruza-

mentos, de material desuniforme; 2) eliminar, rigorosamente, as prognies de-

suniformes nas linhas avançadas; 3) proceder a purificação varietal com o

plantio de 200 espigas de linhagens a serem lançadas e novas purificaç,es se

uma das linhas (0,5 E) apresentar desuniformidade. Esses procedimentos tn

permitido una triagem eficiente contra a instabilidade em outros países coRo a

França, por exemplo. A produçâo de semente genática, a partir de progEnies

uniformes, pode minimizar o problema de cultivares desuniformes.

1 A ser encaminhado para publicaçáo pela Revista Pesquisa Agropecuária Brasi-leira.

2 Lic. em Rist5ria Natural, Dr. em Genática, Pesquiaador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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FITOPATOLOGIA

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VIABILIDADE DE CONIDIOS DE Septcria nodorwn BERK.

EXPOSTOS A CONDIÇÕES NATURAIS EM WASHINCTON'

José M.C. Fernandes 2

J.W. Hendrix 3

RESUMO

A viabilidade de conídios de Septoria nodorum, expostos ao ambiente, ade-

ridos em tiras de plástico, sofreu um declínio significativo assim que as con-

diçaes climiticas foram secas e quentes no estado de Washington, USA. Ao com-

trino, o maior índice de sobrevivncia foi observado nos meses de outono e de

primavera caracterizados por baixas temperaturas e por alta umidade relativa.

Na temperatura média de 210C, com umidade relativa cdia de 43,6 Z, o índice

de sobrevivncia foi de 25,3 Z enquanto que a 5,8 0C e 59,2 %, respectivamente,

o índice médio de sobrevivncia foi de 76,9 %, no fim de 56 horas.

1 A ser publicado pela Revista Fitopatologia Brasileira (no prelo). 2 Eng9 AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BEATA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

Prof. Emérito da Universidade do Estado Washington, Pullman WA (99164).

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SOBREVIVÊNCIA DE Septoria nodorum BERX EM Bromuo tectorum L. 1

José M.C. Fernandes 2

J.W. Hendrix 3

RESUMO

A sobrevivéncia do fungo Septoria nodorwn Berk. (Teleomorfo - Leptoephae-

ria nodorwn Muiler), agente causal da septoriose da gluna em outros hospedei-

ros além de trigo, foi estudada na região triticola do "Palouse", no estado de

Washington (USA). Os resultados indicaram que a gramínea Brornus tectorum L.,

comuinente encontrada em lavouras de trigo, pode servir como efetivo hospedeiro

secundério. Especula-se que o mesmo possa ter participaço importante na epi-

demiologia da doença. Detalhes do modo de infecção, de colonização e de trans-

misséo serão considerados.

1 Encaminhado para Revista Fitopatologia Brasileira parte da Tese de Doutora. tento do autor na Universidade do Estado de Washington U.S.A.

2 EngQ AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. nIBRAYA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, R$.

Prof. Emérito da Universidade do Estado Washington, Pullman WA (99164).

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EFEITO DA ÁCUA.LIVRE E DA TEMPERATURA NO CRESCIMENTO DO MICÊLIO E

DESENVOLVIMENTO DE SINTOMAS NAS FOLHAS DO TRICO INFECTADAS POR

Septoria ncdcrwn'

José M.C. Fernandes 2

J.W. Hendrix'

RESUMO

Os efeitos de duraçao de períodos de agua livre e de temperatura, na su-

perficie das folhas de trigo, foram estudados isoladamente e em combinaç&ea,

no crescimento das hifas e na severidade de infeccio por Septoria nodorwn, sob

condiç6es controladas.

Equaç&es de regresso mdltipla para estimar crescimento das hifas e seve-

ridade de infecço de Septaria nadarwn em folhas de trigo foram determinadas.

O crescimento progressivo de miclio do fungo nas folhas de trigo foi propor-

cional aos incrementos de duraçao de hgua livre nas folhas e de temperatura.

Entretanto, para estimar a severidade da infecço, o modelo que explicou a

maior proporco da varincia foi aquele que incluiu a interação.

De uma maneira geral, a maior taxa de crescimento do micélio e a severi-

dade de infecço - ocorreram quando o período de igua livre nas folhas foi > 72

horas e quando as temperaturas eram, relativamente, altas (20-25 0c).

1 A ser publicado pela Revista Fitopatologia Brasileira.

EngQ AgrY, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

Prof. Emirito da Universidade do Estado de Washington, Pullman WA (99164).

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EFEITO DE ÉPOCAS DE SEMEADURA NA INFECÇÃO DE SEMENTES

DE TRIGO POR Septoria noácr'wn'

Ariano M. Prestes 2

Joo C.S. llsreira 3

R.E SUMO

A percentagem de sementes infectadas por Septoria nadorwn Berk., em seis

cultivares colhidas do Ensaio Estadual de Cultivares de Trigo, plantadas no

município de Passo Fundo, RS, em 1984, foi determinada, en laboratório, utili-

zando-se meio de cultura.

O numero ndio de senentes infectadas por Septoria nodorien variou, signi-

ficativamente, em função da &poca de plantio e das cultivares testadas. Na n-

dia das seis cultivares, o percentual de senentes infectadas foi de 35,4; 33,1

e 13,2 2 respeccivanente, na primeira, na segunda e na terceira épocas de

plantio.

A cultivar CNT 8 destacou-se das denais, sendo que, mesmo nas duas pri-

neiras êpocas de plantio - mais favorveia â infecção nas senentes - esta cul-

tivar manteve um baixo nümero de sementes infectadas (14,1 e 12,5 Z respecti-

vanente) enquanto que as outras cultivares apresentaram, correspondentemente,

42,5 e 37,2 2. Na terceira &poca, nao houve diferença significativa entre as

cultivares.

1 A ser encaminhado para publicaçio pela Revista Pesquisa Agropecuria Brasi-leira.

2 EngQ AgrY, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. flt-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

EngQ AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo, EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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EFICÁCIA DE FUNCICIDAS NO CONTROLE DA MANCHA DA GLUMA DO

TRICO, CAUSADA POR Septoria nodor-urn 1

Ariano M. Prestes 2

Edson C. Picinini 3

RESUMO

Quinze fungicidas aplicados isoladamente e oito misturas de tanque foram

testados em telado para o controle de Septoria nodorum, inoculada, artificial-

mente, na cultivar "Peladinho", suscetível a esse pat6geno. O desempenho dos

tratamentos foi determinado com base no percentual da área infectada na folha

bandeira. Todos os tratamentos reduziram significativamente a área infectada

em relaço à testemunha no pulverizada. Os fungicidas mais eficazes foram, em

gramas de ingrediente ativo por hectare, procloraz (450 g). captafol (960 g) e

propiconazole (125 g), com 95, 90 e 88 1 de controle de S. nodorum, respecti-

vanente. Iprodione (500 g), zinebe (1.815 g), ditianon (563 g), fenarimol (90

g), mancozebe (2.000 g), fenpropemorfo (750 g) e nanebe (2.000 g) apresenta-

ram eficácia mflia (controle de 55 a 77 1) enquanto que, benomil (250 g), di-

clobutrazole (125 g), nuarimol (66 g), triforine (285 g) e triadimefom (125 g)

foram pouco eficazes, com um controle da doença inferior a 50 1. Das misturas

de tanque testadas, apenas mancozebe + carbendazim, mancozebe + propiconazole

e mancozebe + captafol foram superiores ao mancozebe isoladamente.

A ser publicado pela Revista Fitopatologia Brasileira. Resumo apresentado no XVIII Congresso Brasileiro de Fitopatologia.

Eng? Mr9, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

En89 AgrY, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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METODOLOGIA PARA DETERNIM&ÇÃO DE. PERDAS CAJJSADAS EM TRIGO

POR Cibberejja aeae'

Erlei M. Reis 2

RESUMO

Descreve-se una metodologia para determinação de perdas causadas por Gib-

bereila aeae em trigo. As perdas foram determinadas isoladamente das demais

doenças e de modo natural, sem o emprego de fungicidas. A metodologia foi tes-

tada em duas safras.agrícolas. Foram constatadas perdas no rendimento de graos

de 11,7 kg/ha, em 1984, ma linhagem PF 8049 e, em 1985, de 122,5 kg/ha na cul-

tivar Coker 762 e de 186 kg/ha na linhagem PF 8122.

2 A ser publicado pela Revista Fitopatologia Brasileira (no prelo). Resumo em-caminhado para o XIX Congresso Brasileiro de Fitopatologia.

EngQ Agr9, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. f- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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MULTIPLICAÇÃO DE Relminthosporiwn sativwn EM ÕRGÂOS AÉREOS DE CEREAIS

DE INVERNO E SUA RELAÇÃO. COM A ORIGEM DO INÓCULO NO SOLO'

Erlei M. Reis 2

Henrique P. dos Santo8 3

RESUMO

A flutuação da esporulaçâo de Helminthosporium sativwn em órgaoâ aõreos

de aveia, cevada e trigo foi acompanhada mensalmente durante o desenvolvimento

das culturas, em 1982, e após em seus restos culturais. O inóculo na folhagem

foi, inicialmente, detectado quando as folhas basais tornaram-se necróticas. O

nCimero de propógulos aumentou à medida que as plantas alcançaram a naturaçõo e

por algum tempo após a colheita. A densidade de inóculo no solo apresentou uma

tendncia semelhante. As maiores determinações populacionais ocorreram em ce-

vada, intermedikias no trigo e menores em aveia. Os resultados sugerem que os

conidios produzidos em argos aéreos das plantas hospedeiras contribuem, subs-

tancialmente, com o inóculo do solo.

1 Trabalho a ser publicado na Revista Plant Disease (no prelo).

Eng9 AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-EtAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

EngQ Mr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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ENTOMOLOGIA

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LONGEVIDADE E PROLIFERAÇÃO DE mo topoIophiwn dirho&un, Rhopa1csip/z4m

padi, Schizaphia graminwn E Sitobion aVnas (BOM. • APHIDIDAE)

E)! TRIGO 1

Dirceu N. Gassen 2

Determinaram-se o período de vida e a capacidade de proliferaçao das qua-

tro espcies de pulg&es encontradas com maior frcqiincia na parte area da

cultura do trigo no Brasil. O trabalho foi realizado em ambiente com tempera-

tura controlada (21 ± 20C) sobre plantas de trigo, cultivar IAC S-Maring, com

10 a 20 cm de altura. Este estudo foi realizado sobre 45 indivíduos de cada

esp&cie, gerados de pulges adultos, coletados a campo.

As espkies, Metopoiophiwn dirhom (Walker 1849), pulgào da folha, Rho-

palosiphwn padi (Linneaus 1758), pulgão da aveia, Schizaphia graminum (Rondani

1852) pulgào verde dos cereais e Sitobion avenae (Fabricius 1794) pulgio da

espiga, tiveram determinados, respectivamente, a duração média, em dias, da

fase de ninfa: 6,9 ± 0,6; 4,1 ± 0,4; 5,5 ± 0,4; e 8,2 ± 0,6; das fases de nin-

fa somada à fase adulta: 19,3 ± 3,2; 17,6 ± 3,3; 32,1 ± 4,6 e 35,9 ± 8,6. Cada

uma das espêcies gerou, em mãdia, através de partenoginese telítoca, respecti-

vamente: 22,1 ± 4,7; 41,3 ± 7,9; 73,6 ± 8,5 e 40,1 ± 11,6 ninfas por pulgão.

1 A ser publicado nos Anais da Sociedade Entomolãgicado Brasil. 2 Eng9 Mr9, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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FERTILIDADE DOS SOLOS

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COMPORTAMENTO DE ALGUNS GENÓTIPOS DE CEVADA EM

RELAÇD À ACIDEZ DO SOLO'

José R. BenZ

Ceraldino Peruzzo 2

Euclydes Minella 2

RESUMO

Visando a avaliaçao do comportamento de alguns genútipos de cevada em te-

iaçao a acidez do solo, conduziu-se, em 1983, um experimento em vasos, sob

condiçGes de cása de vegetaçao, em solo pertencente a Unidade de Mapeamento

Passo Fundo (Latossolo Vermelho Escuro Distrófico). Os tratamentos constaram

de cinco gen&tipos de cevada e seis níveis de correçao da acidez do solo, ar-

ranjados em um fatorial 5 x 6 com delineamento em blocos, ao acaso, com trh

repetices. Foram determinadas, em plantas colhidas na floraçao, a matria

verde e seca da parte ahea, a altura de plantas, o número de afilhos e espi-

gas, a mataria seca e o comprimento de raizes e, no solo, os fatores represen-

tativos da acidez. Os resultados evidenciaram a resposta da cevada a neutrali-

zaco da acidez pela calagem manifestada atravús dos parmetros determinados

na planta. A matkia seca da parte area apresentou um alto grau de associaçao

com os demais par3metros determinados na planta e com os fatores de acidez do

solo, indicando que a reacao da cevada a estes fatores pode ser expressa por

aquele parimetro. Os gen&tipos FM 404, PFC 7802 e Antarctica 1 apresentaram

uma maior tolerancia à acidez do solo do que FM434 e PFC 8026, sendo esta úl-

tima a mais senaivel.

A ser encaminhado para publicaço pela Revista Pesquisa Agropecuiria Brasi- leira.

2 Eng? AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de trigo. EH- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

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PRATICAS CULTURAIS

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PRODUÇÃO DE GRÃOS EM CAMPO BRUTO MELHORADO'

Roque G.A. Tomasini 2

.Josá A.R. de O. Velloso'

Ivo Ambrosi 3 Luiz R. pereirak

João K. knantino 5

RESUMO

O cultivo de trigo e de soja, etravás do plantio direto, em áreas de campo

bruto melhorado, está sendo estudado em Passo Fundo, RS. A área experimental

(1,5 ha), caracterizada por conduzir um projeto Voisin modificado, apresentava,

no início do experimento, um baixo nível de fôsforo (1,8 ppm), com vegetação

nativa e introduzida, sendo esta última atravás de implantadeiras diretas de

pastagems.

Os resultados, na produção de grãos, obtidos em soja nas safras 1984/85 e

1985186 de 3.320 kg/ha e 2.603 kg/ha (ano de estiagem) respectivamente e, ain-

da, 3.121 kg/ha (p11 79,40) no trigo, em 1985, são considerados altamente proinis-

àores. A confirmação dos mesmos em outros locais com condiçGes semelhantes

abrirá novas perspectivas na exploração animal/vegetal no Rio Grande do Sul,

com benefícios mútuos para agricultura e para pecuária, principalmente, no que

diz respeito à conservação de nossos solos.

1 Será publicado como Série Documento do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. 2 EngQ AgrY, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRA-PÁ, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

Economista, M.Sc., Economia Rural, Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 991(0 - Passo Fundo, RS.

EngÇ AgrQ, Ph.D., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. a1BRA-PÁ, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

Med. Vet., Colaborador, Av. Brasil, 1536 - Apto. 201, 99100 - Passo Fundo, RS.

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MECANI ZAÇÀO

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PARCELAS EXPERIMENTAIS'

José A. Portei].a 2

Antonio Faganelio'

Arcenio Sattler'

Jorge L. Nadei 3

Herculano 0. Annes'

P1 SUMO

Visando atender as necessidades da pesquisa em experimentação e muitipli-

caçâo de semente, foi projetada, construfda e testada, no ano de 1985, uma se-

nEadora para plantio direto de parcelas. O projeto diferencia-se, considera-

velmente, dos demais conhecidos (máquinas experimentais importadas), tanto na

construção, quanto ao modn de operaçao dos controles. A maquina é catposta por

um chassi robusto, bem dimensionado, ao qual foram acoplados sete conjuntos de

discos duplos defasados (especiais para plantio direto); uma caixa de adubo

com capacidade para aproximadamente 100 kg; dois sistemas de distribuição de

sementes: um, de precisão, empregando o conjunto de distribuiçao OYJORD, usado

em pequenas parcelas e experímentos; outro, de maior capacidade (IS kg), com

sistema de distribuição por rotores dentados e regulagem de vazao através de

caixa norton, para parcelas de maior porte. A miquina foi projetada para ser

acoplada a tratores de pequeno porte, ME SOX ou Agrale 4300. É de f5cil mano-

bra, simples de operar, sendo que os controles ficam próximos do operador. Os

ajustes de densidade de semeadura, tamanho de parcela, profundidade de semea-

dura e vazao de adubo sâo rápidos, precisos e fceis. A caixa de sementes e o

sistema de distribuição são autolimpantes, com reduzida possibilidade de mis-

tura varietal. A semeadora permite, ainda, variar o mimero de linhas, o espa-

çamento entrelinhas e o plantio consorciado.

1 Publicado como Sirie Docunento nQ 1 de 1986 do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo.

2 Eng9 Mac. • Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EMBRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

Eng? AgrQ, M.Sc., Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM-ERAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, RS.

' Eng9 Mr9, Estagiário-Bolsista, EMBRAPA-CNPT.

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INFORMÁTICA

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SISTEMA BÁSICO DE INFORMAÇÃO PARA O TRIGO: RESULTADOS

1984 E 1985'

joão C. Ignaczak'

Armando Ferre ira Filho 1

Benami Bacaltchuk 2

RESUMO

O Sistema Bãsico de inforniaçao para o Trigo (SIBIT) consiste num trabalho

conjunto do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo (CNPT/ENBRAPA) com o CTRIN -

Banco do Brasil, agncias do Banco do Brasil, cooperativas agrícolas e érgos

de extensao rural. O objetivo principal do SISIT é coletar, processar e divul-

gar informaçes referentes a formação da lavoura de trigo, à adoção de tecno-logias e ao perfil do triticultor. Em 1984, o SIBIT coletou informaçes rela-

tivas a 4.701 lavouras de trigo, localizadas en 12 municípios do RS, corres-

pondentes a 67.999 ha, aproximadamente II Z da érea cultivada com trigo no es-

tado. Em 1985, o projeto obteve a participação de 16 agàncias do Banco do Bra-

sil e de cooperativas agrícolas ligadas a elas, cobrindo 9.945 lavouras que

somaram una irea de 184.183 lia, cerca de 20 Z da irea com trigo no ES, neste

ano. Polos resultados obtidos em 1984 e 1985, constata-se que, de maneira ge-

ral, a concentração de érea em torno de uma cultivar é uma realidade, variando

a preferncia de cultivar de acordo com regiães bem distintas. Nota-se, bem,

que o índice de adoção de tecnologia é mais elevado, nos uiinicípios da região

do planalto médio, obtendo-se aí, nesses dois anos, produtividades médias de

1.500 a 1.700 kg/ha de trigo. Dos índices de tecnologias avaliados, foram mais

significativamente correlacionados com a produtividade, nos dois anos, os se-

guintes: percentual de lavouras em que se utilizou mais de 210 kg/ha de adubo

(r - 0,82 er 0,84); o némero de doenças da parte aérea para as quais mais

de 50 % da irea plantada continha material suscetível (r = - 0,76 e r -

0,91) e percentual de lavouras com trigo sobre trigo (r - 0,61 e r - -

0,79).

1 Seré publicado como Série Documento do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo.

2 Eng9 AgrQ, M.Sc. , Pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa de Trigo. EM- BRAPA, Caixa Postal 569, 99100 - Passo Fundo, ES.

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A

AlTA, L. - 177, 205, 217

AMÁNTIMO, J.K. - 297

AMBROSI, 1. - 297

AMNES, 11.0. - BOI

B

BACALTCHU}Z, B. - 305

BARCELLOS, A.L. - lii, lii, 177

BEM, J.R. - 189, 195, 223, 225, 227, 229, 233, 237, 249, 257, 293

C

CAETANO, V. da R. - 177

COELHO, E.T. - 093, 101, 177

o

DEL DOCA, L. de J.A. - 015, 025, 031, 069, 161, 165, 169, 177

DOTTO, S.R. - 177

F

FAGANELLO. A. - 301

FERNANDES, J.M.C. - III, 273, 275, 277

FERREIRA FILHO, A. - 305

a

GASSEN, D.N. - 135, 289

GOMES, H.P. - 025, 069, 161, 169, 173, 267

11

HENDRIE, J.W. - 273, 275, 277

307

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1

IGNACZAX, J.C. - 265, 305

IORCZESKI, E. - 177

L

LANGER, F.A. - 049, 069, 161

LINEARES, A.G. - 183

LINEARES, W.I. - 177

14

MEDEIROS, M.C. - 069, 173, 267

MINELLA, E. - 293

MORAES FERZWJDES, M.I.B. de - 269

MOREIRA, J.C.S. - 049, 069, 173, 265, 267, 279

14

NEDEL, J.L. - 183, 301

P

PEREIRA, L.R. - 143, 297

PERUZEO, G. - 223, 225, 227, 229, 233, 237, 245, 249, 253, 257, 293

PICININI, E.C. - 285

PORTELIÀ. A. - 301

PRESTES, A.M. - 177, 205, 209, 217, 279, 281

Fli

REIS, E.M. - 143, 211, 283, 285

ROSA, 0. de S. - 015, 177, 183, 187, 189, 195, 199

308

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8

SANTOS, H.P. dos - 143, 285

SATTLER, A. - 301

SCHEEREN, P.L. - 069, 177

SIQUETRA, O.J.F. de - 229, 233, 237, 245, 249, 253, 257

SOIJSA, C.N.A. de - 015, 025, 031, 039, 049, 069, 161, 165, 173, 177, 267

SOIJZA, P.C. - 177

T

TAVELLA, C. - 177

TONASINI, R.G.A. - 297

TONET, C.L. - 177, 187

VANINI, C.N. - 039

VELLOSO, J.A.R. de 0. - 297

WIETIWLTER, S. - 233, 249, 257

ZANATTA, A.C.A. - 177

v

z

309

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ADMINISTRAÇÃO E EQUIPE TSCNICA DO CNPT/ENBRAPA

ADMINISTRAÇÃO

Luiz Ricardo Pereira Chefe

Aroldo Galion Linhares Chefe Adjunto T&cnico

Pedro Paulino Risson Chefe de Apoio Administrativo

Liane Matzenbacher Re1açes Públicas

PROGRAMA COOPERATIVO DE PESQUISA AGRÍCOLA DO CONE SUL - IICA/BID/PROCISUR -

SUBPROGRANA CEREAIS DE INVERNO

Miltcjn Costa Medeiros

EQUIPE MULTIDISCIPLINAR

Antarílis Labes Barcellos

Ana Christina A. Zanatta

*Antonio Faganello

Arc&nio Sattler

Ariano Moraes Prestes

Armando Ferreira Filho

Augusto Carlos Baier

Benami Bacaltchuk

Cantidio N.A. de Sousa

Dirceu Neri Gassen

Edar Peixoto Gomes

Edson C. Picinini

Elisa T. Coelho

*E.uclydes Minella

*Erivelton Scherer Ronan

Erlei Meio Reis

Fernando J. Tambasco

Francisco A. Langer

Gabriela L. Marques

Geraldino Peruzzo

Gerardo Árias

Gilberto Ornar bem

Fitopatologia

Banco de Cermoplasma

Maquinaria Agrícola

Maquinaria Agrícola

Fitopatologia

Difusor de Tecnologia

Fitomelhoramento

Difusor de Tecnologia

Fitomelhorarnento

Entomologia

Fitonelhoramento

Fitopatologia

Fitopatologia

Fitornelhoramento

Manejo e Tratos Culturais

Fitopatologia

Entomologia

Fitomelhoramento

Entomolog ia

Fertilidade do Solo

Fitomelhoramento

Tecnologia de Sementes

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Henrique P. dos Santos

Ivo Ajabrosi

João Carlos Ignaczak

João Carlos S. Moreira

João Francisco Sartori

Jorge Luiz Nedel

*Josã Antonio portelia

Josã Artur Diehl

*José Eloir Denardin

Jose M.C. Fernandes

Jose Renato Ben

*José Roberto Salvadori

Josã A.R. de O. Velioso

*Juiio Cesar B. Lhanby

Leo de J.A. Dei Duca

Leonor Aita Selli

Maria Irene B. de M. Fernandes

Mary Matiko Mizuta

Otãvio João F. de Siqueira

Otaoni de Sousa Rosa

Paulo F. Bertagnoili

*Pedro L. Scheeren

Rainoldo A. Kochhann

Roque G.A. Tomasini

Simião A. Vieira

Sino Wiethlter

Vandenlei da R. Caetano

Walesca I. Linhares

*Wilmar Cano da Luz

Manejo e Tratos Culturais

Economia Rural

Estatistica

F i tome 1 ho ramento

Fitopatologia

Tecnologia de Sementes

Maquinaria Agricola

Fitopatologia

Conservação de Solos

Fitopatologia

Fertilidade do Solo

Entomologia

Manejo e Tratos Culturais

Pniticas Culturais

Fitomelhorair.ento

Fitopatologia

Citogen&tica

Bibi ioteciria

Fertilidade do Solo

Fitomelhoramento

Fitomelhoramento

Fitomelhoramento

Manejo e Tratos Culturais

Economia Rural

Manejo e Tratos Culturais

Fertilidade do Solo

Fitomelhoramento

Fitopatologia

Fitopatologia

* Em Curso de P,s-Craduação.

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