Memória de Cálculo Do Recondutoramentov4

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    INTRODUÇÃO

    O presente relatório tem por objetivo analisar a suportabilidade das estruturas, quantoaos esforços a que ficarão submetidas, devido a substituição do cabo de alumínio 1/0

    CAA (Ravem) por cabo 4/0 (Penguin) ou 336 (Oriole). O trecho em questão tem umcomprimento de aproximadamente 5km, sendo constituído por estruturas descritas aseguir:

    • N1 ou T1 – São estruturas compostas de uma cruzeta e três isoladores de pino. Suporta, conforme norma ABNT, 200daN (196 kgf).

    • N2 ou T2 – São estruturas compostas de duas cruzetas e seis isoladores de pino. Suporta, conforme norma ABNT, 600daN (588 kgf).

    • N3 ou T3 – São estruturas compostas de duas cruzetas e 03 cadeias deisoladores de vidro. Suporta, conforme norma ABNT, 600daN (588 kgf).

    • N4 ou T4 – São estruturas compostas de duas cruzetas e 06 cadeias deisoladores de vidro. Suporta, conforme norma ABNT, 600daN (588 kgf).

    A diferença entre a montagem de uma estrutura tipoN para uma tipoT é afixação do cabo central, que na estrutura tipoN se dá na cruzeta enquanto na estruturatipo T se dá nos poste. Somente em casos excepcionais, são utilizados outros tipos de

    estruturas. Quanto a utilização de postes, essa se dá da seguinte maneira:Poste 11x300 – Utilizado em estruturas de alinhamento.Poste 11x600 – Utilizado em estruturas de amarração ou com transformador.Poste 13x600 – Utilizado em situações especiais.Somente em casos excepcionais, postes de alturas e esforços diferentes são

    utilizados.

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    MEMÓRIA DE CÁLCULO

    1) ESFORÇOS MECÂNICOS DEVIDOS A PRESSÃO DE VENTO

    a) Velocidade de vento para o período de retorno T

    α β ˆ

    11lnlnˆ

    ⎟⎟ ⎠

    ⎞⎜⎜

    ⎛ ⎟⎟

    ⎞⎜⎜

    ⎛ −−

    −= r T

    t V Equação 1

    De acordo com a NBR-5422 pg. 29 e 30, ( )155,0ˆ −= smα e sm11ˆ = β com

    anos50=T é: ( )smV T 1,1855,05011lnln

    11 =⎟⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎜

    ⎝ ⎛

    ⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ −−

    −=

    b) Velocidade de projeto

    T

    N

    d r p V H

    K K V ×⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ ××=

    1

    10 Equação 2

    De acordo com a NBR-5422 pg. 6,7 e 8 para terreno tipo B temos: 1=r K ; 21,1=d K e11= N . Então:

    ( )smV p 9,211,18101021,11

    111

    =×⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ ××=

    c) Massa específica do ar

    ⎟⎟

    ⎞⎜⎜

    ⎛ +×+−×+

    ×+=

    H t H t

    t ovmovm

    ovm 641600641600

    00367,01293,1

    ρ Equação 3

    para C t ovm °=18 e m H 10=

    ⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    =⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    +×+−×+

    ×+= 32,11018641600010186416000

    1800367,01293,1

    mkg

    ρ

    d) Pressão dinâmica de referência

    2

    2 pV q

    ×= ρ Equação 4

    ( ) ( )22

    2882

    9,212,1m N q =

    ×=

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    e) Força do vento nos condutores

    V vc xcVc aC qF θ φ 2sen×××∂××= Equação 5

    ( ) N F Vc 16012120

    100011,10

    92,01288 =×××××= para cabo 1/0 Raven

    ( ) N F Vc 22812120

    100031,1492,01288 =×××××= para cabo 4/0 Penguin

    ( ) N F Vc 30012120

    100083,1892,01288 =×××××= Para cabo 336 Oriole

    f) Peso virtual dos cabos com vento máximo22

    vcr F p p +=

    ( ) )/(4,360

    16081,92163,02

    2 km N pr =⎟ ⎠ ⎞⎜

    ⎝ ⎛ +×= para cabo 1/0 Raven

    ( ) )/(7,56022881,94325,0

    22 km N pr =⎟ ⎠

    ⎞⎜⎝ ⎛ +×= para cabo 4/0 Penguin

    ( ) )/(2,96030081,97845,0

    22 km N pr =⎟ ⎠

    ⎞⎜⎝ ⎛ +×= para cabo 336 Oriole

    g) Força do vento nos postes

    i) Cálculo da altura do centro de gravidade

    ( ) bb Bh

    B p

    +−⎟⎟

    ⎞⎜⎜

    ⎛ −=′ 6,09,0 Equação 6

    ( ) )(29611011033011

    6,09,0 mm B =+−⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ −=′ Face B

    ( ) )(4,40014014044811

    6,09,0 mm B =+−⎟ ⎠

    ⎞⎜

    ⎛ −=′ Face A

    36,09,02 −××

    +′×+′= p

    g

    h

    b Bb B

    h Equação 7

    )(43

    6,0119,0110296

    1102296mhg =

    −××+

    ×+= Face B

    )(9,33

    6,0119,0

    1404,400

    14024,400mhg =

    −××+

    ×+= Face A

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    ii) Cálculo da seção do centro de gravidade

    b

    b B

    hbb B

    hbhh

    b p

    pg p

    g ×

    ×−

    ×+−−×

    =6,09,0

    Equação 8

    216110

    11033011110

    1103301111046,0119,0

    =×⎟⎟

    ⎜⎜

    −×

    −×+−−×

    =gb Face B

    )(2,291140

    1404,448 11140

    1404,448111409,36,0119,0

    mmbg =×

    −×

    −×+−−×

    = Façe A

    iii) Força do vento nos postes

    gg xtpvp hbC qF ×××= Equação 9

    N F vp 4604100021685,1288 =×××= poste 11x300Face B

    N F vp 6059,310002,291

    85,1288 =×××= poste 11x300Face A

    h) Força do vento nos isoladores

    i xiVi sC qF ××= Equação 10

    )(3,6018,02,1288 N F Vi =××=

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    2) HIPÓTESES DE CÁLCULO

    1. hipótese “Na condição de trabalho de maior duração, caso não tenham sidoadotadas medidas de proteção contra os efeitos da vibração, recomenda-se limitar oesforço de tração nos cabos a 20% no caso de cabos CAA.”

    1/0 (Raven) 4/0(Penguin) 336(Oriole)Temperatura média 23º 23º 23ºTração máxima 3904N 7435N 15441N

    2. hipótese “No caso de velocidade máxima de vento, o esforço de tração axial noscabos não pode ser superior a 50% da sua carga nominal de ruptura dos mesmo.” Na prática limita-se a cerca de 33% de sua carga de ruptura.

    1/0 (Raven) 4/0(Penguin) 336(Oriole)Velocidade máxima 100km/h 100km/h 100km/hTemperatura de ocorrência 18° 18° 18°Tração máxima 6500N 12270N 25477N

    3. hipótese “Na condição de temperatura mínima, recomenda-se que o esforço detração axial nos cabos não ultrapasse 33% da carga de ruptura dos mesmos”

    1/0 (Raven) 4/0(Penguin) 336(Oriole)Temperatura mínima 18° 18° 18°Tração máxima 6500N 12270N 25477N

    3) EQUAÇÃO DE MUDANÇA DE ESTADO

    022021302 =−×+ M T M T Equação 11

    24

    22

    2reg APS E M

    ×××= ; ( )123 t t S E M t −××= α ; 0132

    01

    21 T M

    T

    M M −+=

    Solução da equação cúbica:

    3

    31

    2223

    31

    222

    02 322322 ⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ ++⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +−= M M M M M M T

    a) Vão regulador

    ∑∑=

    i

    ireg A

    A A

    3

    Equação 12

    m A

    A A

    i

    ireg 120

    3

    == ∑∑

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    b) Cálculo do vão crítico

    ( )2

    11

    2

    22

    121224

    ⎟⎟ ⎠

    ⎞⎜⎜⎝

    ⎛ −⎟⎟ ⎠

    ⎞⎜⎜⎝

    ⎥⎦

    ⎢⎣

    ×−

    +−=

    mm

    mmt

    cr

    T p

    T p

    S E

    T T t t

    Equação 13

    ( )22

    390412,2

    650096,2

    47,62793303904650023180000191,024

    ⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ −⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    ⎥⎦

    ⎢⎣

    ×−+−××

    =cr A não existe vão crítico(1/0 – Raven)

    ( )

    22

    743524,4

    1227015,5

    1,1257933074351227023180000191,024

    ⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ −⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    ⎥⎦

    ⎢⎣

    ×−+−××

    =cr

    A não existe vão crítico(4/0-Penguin)

    ( )22

    154417,7

    2547762,8

    3,21079330154412747723180000191,024

    ⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ −⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    ⎥⎦

    ⎢⎣

    ×−+−××

    =cr A não existe vão crítico (336-Oriole)

    A hipótese 2 é sempre regente!

    4) DETERMINAÇÃO DA TRAÇÃO DE MONTAGEMCálculo da flecha máxima

    min0

    2

    max 8 T p A

    f reg××

    = Equação 14

    Cálculo da flecha percentual

    min0

    5,12%

    T

    p A

    A f

    f reg

    reg

    ××== Equação 15

    Cálculo da tração mínima

    %

    5,12min0 f

    p AT reg

    ××= Equação 16

    Admitindo-se uma flecha máxima de 1,5% á 60°C, a tração correspondente será de:

    )(122.25,1

    81,92163,01205,12min0 N T =

    ×××= cabo 1/0

    )(243.45,1

    81,94325,01205,12min0 N T =

    ×××= cabo 4/0

    )(696.75,181,978455,01205,12

    min0 N T =×××

    = cabo 336

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    5) VERIFICAÇÃO DAS TRAÇÕES LIMITES DAS HIPÓTESES

    Utilizando-se da equação de mudança de estado e a fórmula de resolução de umaequação cúbica temos:Hipótese1

    061338786314713581,632.2 202302 =−×− T T )(642.302 N T =∴ cabo 1/00100633,15071,257.5 11202302 =×−×− T T )(6,269.702 N T =∴ cabo 4/0

    01092866,5502269,414.9 11202302 =×−×− T T )(8,949.1202 N T =∴ cabo 336Hipótese2

    043437304801878259,1556 202302 =−×+ T T )(7,806.202 N T =∴ cabo 1/00109192,102261,439.1 11202302 =×−×− T T )(9,288.602 N T =∴ cabo 4/0

    01047234,8585601,704.6 11202302 =×−×− T T )5,302.1202 N T =∴ cabo 336Hipótese3

    061338786314509366,103.32

    023

    02 =−×− T T )(958.302 N T =∴ cabo 1/00100633,176814,192.6 11202302 =×−×− T T )(6,897.702 N T =∴ cabo 4/00109286,539667,999.10 11202302 =×−×− T T )(9,016.1402 N T =∴ cabo 336

    Todas as hipóteses foram atendidas.

    6) ESFORÇOS NAS ESTRUTURAS, SEM CONSIDERAR O VENTO

    Ângulo do condutor com a horizontal

    02T l parctg ×=α Equação 17

    °=×

    ×= 2642.32120122,2

    arctgα para cabo 1/0

    °=×

    ×= 26,269.72

    12024,4arctgα para cabo 4/0

    °=×

    ×= 28,949.122

    1207,7arctgα para cabo 336

    Cálculo da tração axial

    α cos0T T = Equação 18

    )(644.32cos

    642.3 N T =°

    = para cabo 1/0

    )(274.72cos

    6,269.7 N T =°

    = para cabo 4/0

    )(958.12

    2cos

    8,949.12 N T =°

    = para cabo 336

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    Tração vertical

    α sen2

    T pl

    F v =×= Equação 19

    )(1272sen3642 N F v =°= para cabo 1/0)(2542sen6,269.7 N F v =°= para cabo 4/0)(4522sen8,949.12 N F v =°= para cabo 336

    7) ESFORÇO NAS ESTRUTURAS EM ÂNGULO

    vpvc A F F T F +⎥⎦

    ⎢⎣

    ⎡ +×=2

    sen23 0θ Equação 20

    °= 0θ estrutura de passagem (N1)

    [ ] )(505.16053003 N F A =+×= °=10θ estrutura de alinhamento com ângulo máximo (N2)

    )(800.26051602

    10sen642.323 N F A =+⎥⎦

    ⎢⎣

    ⎡ +××= para cabo 1/0

    )(711.46052282

    10sen6,269.723 N F A =+⎥⎦

    ⎢⎣

    ⎡ +××= para cabo 4/0

    )(601.76053002

    10sen8,949.1223 N F A =+⎥⎦

    ⎡ +××= para cabo 336

    °= 90θ estrutura de mudança de direção (N3-N3)

    )(277.15605160290sen642.323 N F A =+⎥

    ⎢⎣

    ⎡ +××= para cabo 1/0

    )(616.29605288290sen269.723 N F A =+⎥

    ⎢⎣

    ⎡ +××= para cabo 4/0

    )(966.51605300290

    sen949.1223 N F A =+⎥⎦⎤

    ⎢⎣

    +××= para cabo 336

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    8) DIMENSIONAMENTO DAS ESTRUTURAS

    a) Limitação pela resistência nominal do poste

    10

    0 2sen2h

    hF hF T n R

    g pmvc

    n

    ×+×⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    +≥

    θ

    Equação 21

    b) Estrutura de alinhamento (N1)

    )(7472,9

    9,36054,916020sen642.323

    N Rn =×+×⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +×

    )(140.12,9

    9,36054,928820sen6,269.723 N Rn =

    ×+×⎟ ⎠ ⎞⎜⎝ ⎛ +×≥

    )(176.12,9

    9,36054,930020sen8,949.1223

    N Rn =×+×⎟

    ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +×

    c) Estrutura de alinhamento (N2)

    )(499.22,9

    9,36054,91602

    10sen642.323 N Rn =

    ×+×⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +×

    ≥ para cabo 1/0

    )(636.42,9

    9,36054,92882

    10sen6,269.723 N Rn =

    ×+×⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +×

    ≥ para cabo 4/0

    )(405.72,9

    9,36054,93002

    10sen8,949.1223 N Rn =

    ×+×⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛ +×

    ≥ para cabo 336

    d) Limitação pelo pino do isolador

    2cos

    2sen2 0

    θ θ vc p F T R +≥ Equação 22

    )(7312

    10cos1602

    10sen642.32 N R p =+×≥ para cabo 1/0

    )(427.1210

    cos288210

    sen6,269.72 N R p =+×≥ para cabo 4/0

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    11

    )(925.128cos300

    28sen8,949.122 N R p =+×≥ para cabo 336

    e) Estrutura de amarração intermediária

    10

    max

    4,12cos

    h

    hT R

    m

    n ×

    ××≥

    θ Equação 23

    )(845.22,94,1

    4,9220cos958.3

    N Rn =×

    ××≥ para cabo 1/0

    )(676.52,94,1

    4,9220cos6,897.7

    N Rn =×

    ××≥ para cabo 4/0

    )(074.102,94,1

    4,9220cos017.14

    N Rn =×

    ××≥ para cabo 4/0

    f) Estrutura fim de linha

    10max 2

    cos3h

    hT R mn ××≥

    θ Equação 24

    )(948.112,94,9

    220

    cos958.33 N Rn =×××≥ para cabo 1/0

    )(840.232,94,9

    220cos6,897.73 N Rn =×××≥ para cabo 4/0

    )(313.422,94,9

    220cos017.143 N Rn =×××≥ para cabo 336

    g) Limitação da cruzeta

    ⎟ ⎠ ⎞

    ⎜⎝ ⎛

    +≥ 2cos2sen23 0θ θ

    vcc F T R Equação 25

    ( ) )(193.27313 N Rc =×≥ para cabo 1/0( ) )(281.4427.13 N Rc =×≥ para cabo 4/0( ) )(775.519253 N Rc =×≥ para cabo 336

    h) LIMITAÇÃO ELÉTRICA

    ) f kv D ×+×= 37,00076,0 Equação 26

    ( ) )(60,08,137,08,130076,0 m D =×+×=

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    CONCLUSÃO

    De acordo com a memória de cálculo, temos as seguintes conclusões:Estruturas de alinhamento são estruturas locadas de tal forma que o ângulo

    de deflexão é igual a zero ( °= 0θ ).Os postes deverão ter resistência nominal mínima de 150daN no sentido

    perpendicular à linha. Portanto, podemos utilizar postes 11x300 somente nas estruturasde alinhamento e implantá-los de modo que o lado de maior resistência fique perpendicular à linha.

    O esforço máximo sobre o isolador é desprezível e, portanto não será necessárioa troca dos mesmos.

    O esforço máximo sobre a cruzeta é desprezível e, portanto não será necessário amodificação da estrutura.

    Conclusão: todas as estruturas de alinhamento permanecem como estão.Estruturas de alinhamento em deflexão são estruturas locadas de tal forma

    que o ângulo de deflexão é maior que zero ( °≤< 100 θ ).Os postes deverão ter resistência nominal mínima de 600daN no sentido

    perpendicular à linha. Portanto, podemos utilizar postes 11x600 implantado de modo

    que o lado de maior resistência fique perpendicular a linha, ou ainda estaiar a estrutura.O esforço máximo calculado sobre cada isolador é de menos de 142daN, para o

    cabo 4/0 e supera 200daN no caso do 336 sendo necessário limitar o ângulo de deflexãoa no máximo 8°, e o esforço máximo calculado sobre a cruzeta é de menos de 580daN.Tendo em vista esses esforços, será necessário a utilização de estrutura tipo N2 ou T2.

    Conclusão: mudar a posição do poste ou utilizar estai nas N2 ou T2.Estruturas de amarração intermediária são estruturas locadas de tal forma

    que servem para amarrar a linha nos dois sentidos supondo um ângulo de deflexãomáximo de 20° ( °≤ 20θ ).

    Os postes deverão ter resistência nominal mínima de 600daN e 1.000daN para ocabos 4/0 e 336 respectivamente implantados no sentido perpendicular à linha, oudeverá ser utilizado estai.

    Conclusão: por ser mais barato, deve-se utilizar estai nas N4 ou T4. Se adeflexão da N4 for igual a zero, não há necessidade de mudança do poste, desde que

    seja, no mínimo 11x600 e montado com o lado de maior resistência no sentido da linhaou esteja estaiado.

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    Estruturas fim de linha são estruturas locadas de tal forma que servem paradefinir o inicio ou o término de um rede elétrica, supondo um ângulo de deflexãomáximo de 10° ( °≤ 10θ ).

    Os postes deverão ter resistência nominal mínima de 600daN e estai no sentidoda linha.

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    LISTA DE SÍMBOLOS EMPREGADOS

    VARIÁVEL DESCRIÇÃO VALOR TÍPICO

    va Semi-vão de vento (m) 60

    reg A Vão regulador (m) 120

    cr A Vão crítico (m) -

    B Medida da aresta da base (mm) 330 / 448 B′ Medida da aresta da base ao nível do solo (mm) -

    gb Seção correspondente ao centro de gravidade (m) -

    b Medida da aresta do topo (mm) 110 / 140

    xcpC Coeficiente de arrasto de vento perpendicular à face 1,85

    xiC Coeficiente de arrasto para os isoladores 1,2

    xcC Coeficiente de arrasto para os cabos 1

    D Distancia entre fases - E Módulo de elasticidade (N/mm²) 79.330

    vcF Força do vento nos condutores em ângulo (N) -

    vpF Força do vento nos postes (N) -

    viF Força do vento nos isoladores (N) -

    vF Tração vertical (N) -

    f Flexa (m) -

    AF Esforço nas estruturas em ângulo -

    10h Distância do engastamento ao ponto de referência de aplicação dosesforços (m)9,4

    ph Altura do poste (m) 11

    eh Altura de fixação do estai (m) -

    gh Altura do centro de gravidade do poste (m) -

    mh Altura de fixação da cruzeta (m) ???

    H Altura média dos condutores (m) 10m

    r K Coeficiente de rugosidade do terreno 1,0

    d K Coeficiente para correção do período de integração 1,21

    N Número de condutores 3n Coeficiente de correção da altura 11 p Peso do cabo (N/km) 2,121903

    4,2428257,695945

    r p Peso virtual dos cabos considerando o efeito do vento (N/km) -q Pressão dinâmica de referência (N/m²) -

    n R Resistência nominal do poste (N) -

    estai R Resistência devida ao estai (N) -

    p R Resistência do pino isolador (N) 1.000

    S Àrea da seção transversal do cabo (m²) 62,47 / 124,1 /210,3

    T Tração axial (N) -.maxT Tração máxima (N) -

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    0T Tração de montagem (N) -

    01T ; 02T Trações nas condições 1 e 2 respectivamente (N) -

    r t Período de retorno (ano) 50

    mcpct Temperatura máxima coincidente com o pico de carga (°C) 25°C

    mínimat Temperatura mínima (°C) 15°C

    médiat Temperatura média (°C) 23°C

    ovmt Temperatura de ocorrência do vento máximo (°C) 20°C

    1t ; 2t Temperaturas (°C) -

    pV Velocidade de vento do projeto (m/s) 22m/s

    T V Velocidade de vento para o período de retorno (m/s) 18,1 m/s (períodode retorno de 50anos – tempo deintegração 30s)

    t α Coeficiente de dilatação térmica linear 6

    101,19 −

    × α ̂ Estimador do fator de escala de Gumbel (s/m) 0,55α Ângulo do condutor com a horizontal (°) - β ̂ Estimador do fator de posição da distribuição de Gumbel (m/s) 11

    δ Fator de efetividade do vento 0,6 –1,0 ρ Massa específica do ar (kgf/m³) 1,026

    cφ Diâmetro do cabo (m) 0,010110,014310,01883

    ϕ Ângulo do estai (°) -

    vθ Ângulo de incidência do vento (°) -

    θ Ângulo de deflexão da linha (°) -

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    b

    hp

    B

    hN

    hA hBhE

    hg

    ht

    Pt Pb

    PL

    FB

    FtTB

    dt

    FA

    TA

    TA

    h

    hg

    B '

    bg

    Figura 1 plano de aplicação de esforços

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    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

    CCONCritérios para projetos de redes de distribuição – n° 675/88, fev/1988COSERN Critérios para projetos de redes de distribuição rural – RTD-005.

    1986,RNFUCHS, Rubens Dario e ALMEIDA, Márcio Tadeu de.Projetos mecânicos das linhas

    aéreas de transmissão, Edgade Blucher ltda,1982FUCHS, Rubens Dario et ali.Projetos mecânicos das linhas aéreas de transmissão,

    Edgade Blucher ltda, 2ª edição,1992HUDSON, Ralph G.Manual do engenheiro, Livros Técnicos e científicos S.A., 2ª

    edição,1973 N – 1998Projeto de redes elétricas aéreas – procedimento, Petrobras,set/1987 NBR-5422 Projeto de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica –

    procedimento. ABNT, mar/1995. NBR-7270Cabos de alumínio com alma de aço para linhas aéreas – especificação.

    ABNT, maio/1988 NBR-8451Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia

    elétrica – especificação. ABNT, fev/1998 NBR-8452Postes de concreto armado para redes de distribuição de energia

    elétrica – padronização. ABNT, fev/1998 NBR-8453Cruzetas de concreto armado para redes de distribuição de energia

    elétrica- especificação. ABNT, abr/1984