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Dimens Orienta Faculdade d Mestra sionamento de um Pórtico Rolan Fernando José Granja Ribeiro Dissertação do MIEM ador: Prof. Carlos Manuel Balboa Reis Gomes de Engenharia da Universidade do ado Integrado em Engenharia Mecânica Junho de 2011 nte s o Porto a

Memoria Portico

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

Orientador: Prof.

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

Fernando José Granja Ribeiro

Dissertação do MIEM

Orientador: Prof. Carlos Manuel Balboa Reis Gomes

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

Junho de 2011

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

Carlos Manuel Balboa Reis Gomes

Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

Mestrado Integrado em Engenharia Mecânica

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

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Resumo

Neste trabalho apresentou-se a metodologia de dimensionamento de um Pórtico

rolante, tendo por base as Normas F.E.M, Fédération Européenne De La Manutention e o

Eurocódigo 3. As normas FEM abordam questões específicas relativas a estruturas e

aparelhos de movimentação de cargas onde se incluem o caso das pontes rolantes e dos

pórticos rolantes.

No decurso do projecto foram abordadas as seguintes questões: Definição das

solicitações sobre a estrutura de acordo com as normas F.E.M; Anteprojecto das secções

resistentes segundo o REAPE; Determinação dos esforços na estrutura, recorrendo a um

software de análise estrutural, Multiframe3D.; Verificação da resistência de acordo com o

EC 3 e as Normas F.E.M.; Dimensionamento e selecção de elementos mecânicos como

moto-redutores, blocos de rodas; Elaboração dos desenhos de projecto finais.

Abstract

The Project of an Portal Crane is done according to general rules of metallic

structures (Eurocode 3) and specific rules for overhead travelling cranes which are known

as FEM rules (Fédération Européenne De La Manutention). The objective of this work is

precisely the project of a Portal Crane according to those rules.

The project involved the following steps:

- Definition of actions applied to the structure according to FEM

- The use these actions and simplified assumptions of strength of materials and

structural analysis allowed a first pre-design of sections dimensions for pillars

and beams.

- A structural analysis using Multiframe 3D software to determine in the

structure for different positions of the travelling crane.

- Check section strength using Eurocode 3 and FEM rules

- Project and selection of mechanical components such as motors and wheels.

And finally the elaboration of definition drawings

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

v

Agradecimentos

Em primeiro lugar, gostaria de agradecer ao meu orientador Prof. Carlos Manuel

Balboa Reis Gomes pela disponibilidade prestada ao longo de todo o projecto, e pelos

conselhos e conhecimento transmitido, dada sua grande experiencia na área das estruturas

metálicas.

Gostaria também de agradecer ao Eng. Rodrigo Massa da TEGOPI, pela

disponibilidade e conselhos dados acerca de aspectos construtivos dos pórticos rolantes.

Agradecer também, aos meus pais Alberto e Alice e aos meus irmãos Carlos e

Ana Teresa, pela paciência e apoio dado ao longo da dissertação.

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

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Índice

Resumo ............................................................................................................................ iii

Abstract ............................................................................................................................ iii

Agradecimentos ................................................................................................................ v

Índice de figuras ........................................................................................................... ix

Índice de tabelas ......................................................................................................... xiii

1. Pontes e Pórticos rolantes .......................................................................................... 1

1.1. Pontes rolantes.................................................................................................... 1

1.2. Pórticos rolantes ................................................................................................. 2

2. Objectivos .................................................................................................................. 5

3. Bases de cálculo ......................................................................................................... 7

4. Definição das solicitações segundo as Normas F.E.M .............................................. 9

4.1. Classificação do grupo de operação do carro-guincho ....................................... 9

4.1.1. Espectro de carga ........................................................................................... 9

4.1.2. Tempo Médio de funcionamento diário ....................................................... 10

4.2. Escolha do tipo de carro-guincho ..................................................................... 11

4.3. Solicitações a entrevirem no cálculo das estruturas metálicas ......................... 14

4.3.1. Solicitações principais ................................................................................. 14

4.3.2. Solicitações devidas aos movimentos verticais ........................................... 14

4.3.3. Solicitações devidas aos movimentos horizontais ....................................... 15

4.3.4. Solicitações originadas pelos efeitos climáticos .......................................... 20

4.4. Casos de Solicitações ....................................................................................... 25

5. Dimensionamento do pórtico rolante ...................................................................... 27

5.1. Dimensões do pórtico rolante ........................................................................... 27

5.2. Tipo de ligações entre a viga resistente e os pilares ......................................... 28

5.3. Pré-dimensionamento da estrutura ................................................................... 29

5.3.1. Definição das secções com base no Pré-dimensionamento ......................... 32

5.4. Definição do esquema estático de toda a estrutura .......................................... 39

5.5. Análise de esforços da estrutura ....................................................................... 44

5.6. Verificação das Secções ao Estado Limite Último .......................................... 58

5.6.1. Viga resistente V1 e V2 ............................................................................... 58

5.6.2. Travessa M3 e M4 ....................................................................................... 83

5.6.3. Travessa D5 e D7 ......................................................................................... 89

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

viii

5.6.4. Diagonal D6 e D8 ........................................................................................ 91

5.6.5. Pilar P9,P10,P11 e P12 ................................................................................ 94

5.6.6. Carros Laterais C13 e C14 ......................................................................... 104

5.7. Verificação do Estado Limite de Utilização .................................................. 114

6. Dimensionamento dos Elementos Mecânicos ....................................................... 117

6.1. Dimensionamento das Rodas ......................................................................... 117

6.2. Escolha do tipo de Moto-Redutor .................................................................. 125

7. Dimensionamento das Ligações Aparafusadas ..................................................... 127

7.1. Ligação viga resistente – pilar ........................................................................ 128

7.2. Ligação travessa (M3 e M4) – viga resistente................................................ 137

7.3. Ligação diagonal (D6 e D8) - pilar ................................................................ 141

7.4. Ligação pilar – carro lateral ........................................................................... 144

7.5. Ligação carro lateral bloco de rodas .............................................................. 150

8. Dimensionamento dos Cordões de Soldadura ....................................................... 151

8.1. Ligação viga resistente – pilar ........................................................................ 151

8.2. Ligação travessa (M3 e M4) – viga resistente................................................ 153

8.3. Ligação diagonal (D6 e D8) - pilar ................................................................ 157

8.4. Ligação pilar – carro lateral ........................................................................... 159

8.5. Viga resistente ................................................................................................ 163

9. Conclusão .............................................................................................................. 165

10. Bibliografia ............................................................................................................ 167

Anexos .......................................................................................................................... 169

Anexo 1 – Grupo do carro-guincho .......................................................................... 171

Anexo 2 – Catálogo do carro-guincho ...................................................................... 173

Anexo 3 – Dimensões (www.vincteknobank.com) ................................................... 177

Anexo 4 – Catálogo dos moto-redutores e bloco de rodas ........................................ 179

Anexo 5 – Catálogo dos grampos de fixação ............................................................ 183

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Dimensionamento de um Pórtico Rolante

ix

Índice de figuras

Figura 1.1 – Ponte Rolante Monoviga Caixão ..................................................................... 1

Figura 1.2 – Ponte Rolante Biviga Caixão / Ponte Rolante em consola .............................. 2

Figura 1.3 - Pórtico Monoviga Caixão ................................................................................ 3

Figura 1.4 – Pórtico Rolante Biviga / Semi-Pórtico Rolante ............................................... 3

Figura 2.1 – Pórtico Rolante ................................................................................................ 5

Figura 4.1– Espectro de carga (baixo/médio) ...................................................................... 9

Figura 4.2 – Espectro de carga (alto/muito alto) ................................................................ 10

Figura 4.3 – Vista de frente do carro guincho ................................................................... 12

Figura 4.4 – Pormenor da roda .......................................................................................... 12

Figura 4.5 – Vista lateral “A” ............................................................................................ 12

Figura 4.6 – Carro/Reacções .............................................................................................. 13

Figura 4.7 – Força de inércia longitudinal ao trilho da viga resistente .............................. 16

Figura 4.8 – Cociente p/a ................................................................................................... 19

Figura 4.9 – Reacções transversais ao trilho da viga resistente ......................................... 20

Figura 4.10 – Secção caixão .............................................................................................. 22

Figura 4.11 – Distância entre perfis / Razão se solidez ..................................................... 23

Figura 5.1 – Dimensões do pórtico rolante ........................................................................ 27

Figura 5.2 - Dimensões do pórtico rolante......................................................................... 28

Figura 5.3 – Esquema estático (viga resistente)................................................................. 29

Figura 5.4 – Esquema estático ........................................................................................... 30

Figura 5.5 – Secção viga resistente .................................................................................... 32

Figura 5.6 – Secção RHS ................................................................................................... 33

Figura 5.7 – Secção HEB ................................................................................................... 33

Figura 5.8 – Pórtico Rolante .............................................................................................. 39

Figura 5.9 – Excentricidade das reacções verticais do carro-guincho ............................... 43

Figura 5.11 – Pórtico rolante/identificação dos elementos estruturais .............................. 45

Figura 5.10 – Posições sucessivas do Carro - Guincho ..................................................... 45

Figura 5.12 – Diagrama de momentos ............................................................................... 47

Figura 5.13 – Diagrama de momentos ............................................................................... 47

Figura 5.14 – Esforços transversos .................................................................................... 48

Figura 5.15 – Esforços transversos .................................................................................... 48

Figura 5.16 – Esforço Normal ........................................................................................... 49

Page 10: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

x

Figura 5.17 – Torção .......................................................................................................... 49

Figura 5.18 – Diagrama de momentos ............................................................................... 51

Figura 5.19 – Diagrama de momentos ............................................................................... 51

Figura 5.20 – Esforços Normais ........................................................................................ 52

Figura 5.21 – Esforços transversos .................................................................................... 52

Figura 5.22 – Esforços transversos .................................................................................... 53

Figura 5.23 – Torção .......................................................................................................... 53

Figura 5.24 – Diagrama de momentos ............................................................................... 54

Figura 5.25 – Diagrama de momentos ............................................................................... 55

Figura 5.26 – Esforços Normais ........................................................................................ 55

Figura 5.27 – Esforços transversos .................................................................................... 56

Figura 5.28 – Esforços transversos .................................................................................... 56

Figura 5.29 – Torção .......................................................................................................... 57

Figura 5.30 – Secção viga resistente .................................................................................. 58

Figura 5.31 – Distribuição de momentos ........................................................................... 62

Figura 5.32 – Distribuição de momentos ........................................................................... 62

Figura 5.33 – Degradação da carga sobre o trilho ............................................................. 70

Figura 5.34 – Secção Caixão ............................................................................................. 70

Figura 5.35 – Placa ............................................................................................................ 74

Figura 5.36 – Secção caixão - Centro de Massa ................................................................ 78

Figura 5.37 – Secção caixão - Centro de Massa ................................................................ 81

Figura 5.38 – Secção SHS ................................................................................................. 83

Figura 5.39 – Distribuição de momentos ........................................................................... 86

Figura 5.40 – Distribuição de momentos ........................................................................... 86

Figura 5.41 – Secção CHS ................................................................................................. 89

Figura 5.42 – Secção CHS ................................................................................................. 91

Figura 5.43 – Secção RHS ................................................................................................. 94

Figura 5.44 - Comprimento ��, � / ��, � ............................................................................ 96

Figura 5.45 – Distribuição de momentos ........................................................................... 99

Figura 5.46 – Distribuição de momentos ........................................................................... 99

Figura 5.47 – Secção HEB ............................................................................................... 104

Figura 5.48 – Distribuição de momentos ......................................................................... 107

Figura 5.49 – Distribuição de momentos ......................................................................... 107

Figura 5.50 – Deformada do Pórtico – Rolante (Todas as solicitações) .......................... 115

Page 11: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

xi

Figura 5.51 – Deformada do Pórtico – Rolante (Cargas Verticais - Peso do Carro + Carga

Nominal) .......................................................................................................................... 115

Figura 5.52 - Deformada do Pórtico – Rolante (Todas as solicitações) .......................... 116

Figura 6.1 – Grampo de Fixação/Componentes (9) ......................................................... 120

Figura 6.2 – Carril sobre base metálica ........................................................................... 121

Figura 6.3 – Detalhe do cordão de soldadura (9) ............................................................. 121

Figura 6.4 – Degradação da carga sobre o trilho ............................................................. 122

Figura 6.5 – Resistência ao rolamento ............................................................................. 125

Figura 7.1 – Flange T ....................................................................................................... 127

Figura 7.2 – Esforços instalados no parafuso .................................................................. 128

Figura 7.3 – Distribuição de forças do nó rígido ............................................................. 129

Figura 7.4 – Identificação das fiadas ............................................................................... 131

Figura 7.5 – Geometria da ligação ................................................................................... 131

Figura 7.6 – Esquema da ligação/esforços instalados na ligação .................................... 137

Figura 7.7 – Distribuição de forças .................................................................................. 138

Figura 7.8 – Geometria da ligação do elemento .............................................................. 141

Figura 7.9 – Esforços no parafuso (corte B-B) ................................................................ 144

Figura 7.10 – Distribuição de forças do nó rígido (corte A-A) ....................................... 145

Figura 7.11 – Geometria da ligação/identificação das fiadas .......................................... 145

Figura 7.12 – Corte B-B................................................................................................... 147

Figura 7.13 – Blocos de rodas /Posição dos parafusos .................................................... 150

Figura 8.1 – Pormenor dos cordões de soldadura ............................................................ 151

Figura 8.2 – Esforços no cordão de soldadura ................................................................. 152

Figura 8.3 – Pormenor dos cordões de soldadura/esforços instalados na ligação ........... 153

Figura 8.4 – Corte A-A .................................................................................................... 155

Figura 8.5 – Pormenor dos cordões de soldadura ............................................................ 157

Figura 8.6 – Pormenor dos cordões de soldadura ............................................................ 159

Figura 8.7 – Esforços no cordão de soldadura ................................................................. 159

Figura 8.8 – Pormenor dos cordões de soldadura ............................................................ 161

Figura 8.9 – Pormenor dos cordões de soldadura ............................................................ 163

Page 12: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

xii

Page 13: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

xiii

Índice de tabelas

Tabela 4.1 – Determinação do Grupo de Operação do Carro Guincho ............................. 11

Tabela 4.2 – Dimensões do carro guincho ......................................................................... 13

Tabela 4.3 – Valores de acelerações e tempos de aceleração ............................................ 17

Tabela 4.4 – Pressão e velocidade do vento ...................................................................... 21

Tabela 4.5 – Coeficientes de forma ................................................................................... 22

Tabela 4.6 – Coeficientes de blindagem (�) ...................................................................... 24

Tabela 4.7 – Valores do coeficiente de majoração �� ....................................................... 25

Tabela 5.1 – Propriedades da secção ................................................................................. 32

Tabela 5.2 – Propriedades da secção ................................................................................. 33

Tabela 5.3 – Propriedades da secção ................................................................................. 33

Tabela 5.4 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro ....... 46

Tabela 5.5 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro � ....... 50

Tabela 5.6 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro � ....... 50

Tabela 5.7 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro ..... 54

Tabela 5.8 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro � ..... 57

Tabela 5.9 – Esforços nas secções críticas (Viga resistente) ............................................. 58

Tabela 5.10 – Propriedades da secção ............................................................................... 58

Tabela 5.11 – Coeficiente de enfunamento........................................................................ 67

Tabela 5.12 – Esforços na secção crítica (Travessa M3 e M4) ......................................... 83

Tabela 5.13 – Propriedades da secção ............................................................................... 83

Tabela 5.14 – Propriedades da secção ............................................................................... 89

Tabela 5.15 – Propriedades da secção ............................................................................... 91

Tabela 5.16 – Esforços nas secções críticas (Viga resistente) ........................................... 94

Tabela 5.17 – Propriedades da secção ............................................................................... 94

Tabela 5.18 – Esforços na secção crítica (Carros Laterais C13 e C14) ........................... 104

Tabela 5.19 – Propriedades da secção ............................................................................. 104

Tabela 5.20 – Verificação do Estado Limite de Utilização (Todas as solicitações) ........ 114

Tabela 5.21 – Verificação do ELU (Cargas Verticais - Peso do Carro + Carga Nominal)

.......................................................................................................................................... 115

Tabela 5.22 – Verificação do Estado Limite de Utilização (Todas as solicitações) ........ 116

Tabela 6.1 – Reacções máximas nas rodas ...................................................................... 117

Tabela 6.2 – Reacções mínimas nas rodas ....................................................................... 117

Page 14: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

xiv

Tabela 6.3 – Dimensões do carril DIN 536 ..................................................................... 118

Tabela 6.4 – Dimensões dos carris DIN 536 ................................................................... 119

Tabela 6.5 – Carga admissível por roda (SR-E-400) ....................................................... 119

Tabela 7.1 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho) ................. 128

Tabela 7.2 – Valores dos esforços actuantes (Posição do carro guincho) ................. 137

Tabela 7.3 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho) ............... 144

Tabela 8.1 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho) ................. 151

Tabela 8.2 – Valores dos esforços actuantes na ligação (Posição do carro guincho) 153

Tabela 8.3 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho) ............... 159

Page 15: Memoria Portico

1. Pontes e Pórticos

As pontes e pórticos rolantes são

cargas que respondem a uma grande variedade de aplicações, através das suas diversas

tipologias:

• Ponte Rolante Monoviga

• Ponte Rolante Biviga

• Ponte Rolante Suspensa

• Pórtico Rolante

• Pórtico Rolante

• Semi-Pórtico Rolante

1.1. Pontes rolantes

Uma ponte rolante é um aparelho de elevação móvel, que circula numa via, a qual

se designa por caminho de rolamento.

pontes monoviga figura 1.1, ou duas vigas,

as quais se desloca transversalmente um carro guincho.

Figura

Dimensionamento de um

1

órticos rolantes

pontes e pórticos rolantes são equipamentos de elevação e movimentação de

a uma grande variedade de aplicações, através das suas diversas

Ponte Rolante Monoviga

Ponte Rolante Biviga

Ponte Rolante Suspensa

Pórtico Rolante Monoviga

Pórtico Rolante Biviga

Pórtico Rolante

olantes

Uma ponte rolante é um aparelho de elevação móvel, que circula numa via, a qual

se designa por caminho de rolamento. Pode ser constituída por uma viga, designadas por

figura 1.1, ou duas vigas, designadas por pontes biviga figura 1.2, sobre

as quais se desloca transversalmente um carro guincho. (1)

Figura 1.1 – Ponte Rolante Monoviga Caixão

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

de elevação e movimentação de

a uma grande variedade de aplicações, através das suas diversas

Uma ponte rolante é um aparelho de elevação móvel, que circula numa via, a qual

Pode ser constituída por uma viga, designadas por

designadas por pontes biviga figura 1.2, sobre

Page 16: Memoria Portico

Figura 1.2 – Ponte Rolante Em seguida tem-se os constituintes principais destes tipos de pontes:

Carro guincho – Este é responsável pela elevação da carga.

rodados que permitem o movimento de translação sobre a viga principal quer se trate de

monoviga ou biviga

Carros laterais – Os carros laterais são equipamentos que para além de transferirem a

carga para o caminho de rolamentos, permi

ponte.

Caminho de rolamento – É constituído por duas vigas, uma em cada extremo da ponte

rolante. Trata-se de uma viga contínua com vão idêntico ao afastamento entre pórticos.

No caso de pontes rolantes de carga nomin

curtas, directamente soldadas aos pilares do pavilhão. No caso de grandes cargas são

utilizados pilares de baioneta.

Viga resistente – É o elemento resistente principal, e pode ser formado por um perfil

laminado ou secção em caixão para vencer vãos maiores e para uma maior capacidade de

carga, sobre esta desloca-se o carro guincho.

1.2. Pórticos rolantes

Os pórticos rolantes são equipamentos geralmente utilizados para aplicações em

áreas exteriores a edifícios. Os

a colocação da carga com bastante liberdade. O corpo principal é constituído por pórticos,

que dependendo do nível de cargas a movimentar serão construídos por perfis laminados

ou vigas caixão. Os pórticos assentam sobre uma plataforma móvel sobre carris

Dimensionamento de um

2

Ponte Rolante Biviga Caixão / Ponte Rolante em consola

se os constituintes principais destes tipos de pontes:

Este é responsável pela elevação da carga. Possui um conjunto de

rodados que permitem o movimento de translação sobre a viga principal quer se trate de

Os carros laterais são equipamentos que para além de transferirem a

carga para o caminho de rolamentos, permitem também o movimento longitudinal da

É constituído por duas vigas, uma em cada extremo da ponte

se de uma viga contínua com vão idêntico ao afastamento entre pórticos.

s rolantes de carga nominal baixa, apoiam directamente sobre consolas

curtas, directamente soldadas aos pilares do pavilhão. No caso de grandes cargas são

utilizados pilares de baioneta.

É o elemento resistente principal, e pode ser formado por um perfil

o ou secção em caixão para vencer vãos maiores e para uma maior capacidade de

se o carro guincho.

Os pórticos rolantes são equipamentos geralmente utilizados para aplicações em

áreas exteriores a edifícios. Os movimentos de translação do carro e do pórtico permitem

a colocação da carga com bastante liberdade. O corpo principal é constituído por pórticos,

que dependendo do nível de cargas a movimentar serão construídos por perfis laminados

rticos assentam sobre uma plataforma móvel sobre carris

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

em consola

se os constituintes principais destes tipos de pontes:

Possui um conjunto de

rodados que permitem o movimento de translação sobre a viga principal quer se trate de

Os carros laterais são equipamentos que para além de transferirem a

tem também o movimento longitudinal da

É constituído por duas vigas, uma em cada extremo da ponte

se de uma viga contínua com vão idêntico ao afastamento entre pórticos.

al baixa, apoiam directamente sobre consolas

curtas, directamente soldadas aos pilares do pavilhão. No caso de grandes cargas são

É o elemento resistente principal, e pode ser formado por um perfil

o ou secção em caixão para vencer vãos maiores e para uma maior capacidade de

Os pórticos rolantes são equipamentos geralmente utilizados para aplicações em

movimentos de translação do carro e do pórtico permitem

a colocação da carga com bastante liberdade. O corpo principal é constituído por pórticos,

que dependendo do nível de cargas a movimentar serão construídos por perfis laminados

rticos assentam sobre uma plataforma móvel sobre carris. Tal

Page 17: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

3

como no caso das pontes rolantes pode-se também distinguir dois tipos de pórticos

rolantes, monoviga (figura 1.3) e biviga (figura 1.4).

Figura 1.3 - Pórtico Monoviga Caixão

Figura 1.4 – Pórtico Rolante Biviga / Semi-Pórtico Rolante

Os constituintes básicos dos pórticos rolantes são os mesmos que para as pontes

rolantes vistas no ponto anterior. Neste caso o caminho de rolamento é constituído por um

sistema de carris fixados ao solo. Existem também sistemas mais especializados

constituídos por pórticos rolantes auto, assentes sobre rodados e sem caminho de

rolamento fixo.

Page 18: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

4

Page 19: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

5

2. Objectivos

O objectivo deste trabalho é o projecto de um Pórtico Rolante, e de todos os

elementos que o constituem (moto-redutores, blocos de rodas, grampos de fixação do

carril entre outros), o pórtico terá como local de trabalho uma pedreira, e deverá

contemplar as seguintes características.

1. Localização: Amarante fora da zona urbana;

2. Operação no exterior;

3. Carga nominal: 30 ��� ;

4. Vão: 13 � entre pilares;

5. Altura livre: 9 � ;

6. Velocidade do pórtico: 40�/���;

7. Número de horas de trabalho: 8 ℎ����/ ��;

8. Extensão do percurso do pórtico: 50 �;

Figura 2.1 – Pórtico Rolante

Page 20: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

6

Page 21: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

7

3. Bases de cálculo

As solicitações sobre o pórtico rolante foram de definidas de acordo com a norma

da Federation Europeenne De La Manutention (F.E.M 1.001 3rd Editon - 1998 “

Rules for the design of hoisting appliances”). (2)

As normas F.E.M definem as solicitações sobre a estrutura, e os componentes

mecânicos para a movimentação do pórtico e da carga. Estas normas F.E.M estão

divididas em 8 cadernos, sendo que cada um deles aborda aspectos técnicos distintos. Na

presente dissertação apenas serão referenciados os cadernos 1,2 e 3.

Caderno 1 define o objectivo e domínio de aplicação, sendo que o objectivo é

determinar as solicitações e combinações de solicitações a ter em conta no projecto dos

aparelhos de elevação e de impor as condições de resistência e de estabilidade,

relativamente ao domínio de aplicação diz respeito ao cálculo de aparelhos de elevação,

ou partes de aparelhos de elevação.

O caderno 2 debruça-se sobre á classificação dos aparelhos de elevação e define as

solicitações na estrutura metálica e nos mecanismos.

O caderno 3 diz respeito ao cálculo das tensões e verificação da segurança, no

entanto o projecto e verificação da segurança da estrutura pórtico e das ligações foram

efectuados segundo EN 1993 Eurocódigo 3: Projecto de Estruturas de Aço. (3).

Actualmente a utilização do EC3 tem ainda um carácter facultativo, pois o regulamento

em vigor é o Regulamento de Estruturas em aço para Pontes e Edifícios (REAPE). (4)

Page 22: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

8

Page 23: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

9

4. Definição das solicitações segundo as Normas F.E.M

Nos pontos a seguir e tendo por base as Normas F.E.M (caderno 2) serão definidas

as solicitações sobre o pórtico rolante.

4.1. Classificação do grupo de operação do carro-guincho

A classificação do grupo do carro guincho foi efectuada de acordo com a norma

(FEM/ISO). Esta classificação permite-nos definir 2 grupos, o primeiro referente a

resistência do pórtico rolante através do grupo de estrutura (A1, …A8), o segundo grupo

define a resistência do carro guincho e dos outros mecanismos (1Bm, 1Am,2m …4m).

(anexo 1)

O Grupo é definido, tendo em conta os seguintes aspectos:

- Espectro de carga;

- Tempo médio de funcionamento diário;

4.1.1. Espectro de carga

O espectro de carga define o tipo de utilização do equipamento, em função dos

diferentes níveis de carga e a percentagem do tempo de utilização de cada um desses

níveis. Essa classificação é efectuada de acordo com as figuras 4.1 e 4.2.

Este espectro de carga é definido nos gráficos abaixo.

Figura 4.1– Espectro de carga (baixo/médio)

1 2

Page 24: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

10

Figura 4.2 – Espectro de carga (alto/muito alto)

O pórtico rolante tem como local de trabalho uma pedreira, a capacidade máxima

foi definida como sendo de 30 toneladas, e como tal definiu-se que o pórtico apenas

operará a carga máxima em cerca de 17% do tempo de operação, no restante tempo

assumiu-se que o espectro de carga segue a distribuição da figura 4.2 2, sendo assim

definiu-se o espectro de carga Médio.

4.1.2. Tempo Médio de funcionamento diário

O tempo médio de funcionamento diário pode ser calculado a partir da seguinte

expressão em [horas / dia].

� = 2 × % × & × '( × 60

Onde, % – �+�,�� �é �� . .+./�çã� [�]; & – �ú�.�� . 5�5+�� . ���6�+ℎ� 7�� ℎ��� [5�5+�� / ℎ]; ' – �.�7� . ���6�+ℎ� �á��� [ℎ]; ( – /.+�5� � . . .+./�çã� [� / ���];

Com uma altura média de elevação % = 9/2 = 4,5 �, com um número de ciclos

por hora de & = 4 [5�5+�� /ℎ], tempo de trabalho diário de ' = 8 [ℎ] e com uma

velocidade de elevação de ( = 4,0 [�/���], obtêm-se

� = 2 × 4,5 × 4 × 84,0 × 60 = 1,2 [ℎ����/ ��]

3 4

Page 25: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

11

Definido o espectro de carga como sendo Médio, e o tempo médio de

funcionamento diário igual : = , � [;<=>?/ @A>], o grupo de operação do carro

guincho é determinado através da tabela 4.1.

Da tabela abaixo tem-se que o carro guincho pertence ao grupo de trabalho

M4/1Am (Nota: se a extensão do percurso sobre a qual o pórtico rola, fosse muito grande

teria que se aumentar o grupo dos mecanismos para 1Bm ou 2m, pois estes teriam muito

mais horas de trabalho quando comparadas com as do carro guincho), para o grupo da

estrutura definiu-se também como sendo do grupo A4, uma vez que o espectro de carga e

número de ciclos é igual ao do carro-guincho.

Tabela 4.1 – Determinação do Grupo de Operação do Carro Guincho

4.2. Escolha do tipo de carro-guincho

Uma vez definido o grupo do carro-guincho e definida a carga nominal de

elevação, está-se em condições de escolher o tipo de carro. Consultando o catálogo da

empresa STAHL (anexo 2), optou-se por um carro do tipo AS 7080-16 L2, carro este que

reúne as características necessárias e apresenta uma velocidade de elevação de (B =4 �/���.

As restantes características do carro necessárias ao dimensionamento do pórtico

são apresentadas de seguida, onde se tem as dimensões principais do carro guincho

(distância entre rodas, distancia entre eixos, diâmetro das rodas entre outras) e as reacções

nas rodas.

Page 26: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

12

Dimensões do carro guincho

Figura 4.3 – Vista de frente do carro guincho

Figura 4.4 – Pormenor da roda

Figura 4.5 – Vista lateral “A”

Page 27: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

13

Tabela 4.2 – Dimensões do carro guincho

Dimensão [mm] Dimensão [mm]

O 1 2084 O 17 743

O 2 1500 O 22 476

O 3 292 O 23 743

O 6 835 O 24 743

O 8 765 z 1 1277

O 10 735 e 4 246

O 12 ϕ 250 Spw 2800

Reacções nas rodas

De acordo com o catalogo da STAHL as reacções na rodas são dadas por,

Figura 4.6 – Carro/Reacções

CDEáF = G7H − J12 × G7H × K + 0,3 × M�

CNEáF = J1 + .42 × G7H × K + 0,2 × M�

Onde,

C1, C2 − C.�5çõ.� ��� �� �� P�.� 5�.Q�5�.��. . ��R���çã�S KPTUS − V�7�5� � . . .+./�çã� M�PTUS − W.�� 7�ó7��� P5���� + U,��5ℎ�S G7H, J1, .4 − Ver \igura 4.5 e 4.6

Com, K = 32000 TU, M� = 3320 TU P/.� ��.b� 2S, G7H = 2800 ��, J1 = 1277 �� e .4 = 246 ��.

Page 28: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

14

Então as reacções nas rodas são dadas por,

CDEáF = 2800 − 12772 × 2800 × 32000 + 0,3 × 3320 = 9699 TU

CNEáF = 1277 + 2462 × 2800 × 32000 + 0,2 × 3320 = 9367 TU

4.3. Solicitações a entrevirem no cálculo das estruturas metálicas

O cálculo das estruturas metálicas é desenvolvido, estabelecendo como

determinantes, os esforços originados na estrutura aquando do seu funcionamento. Estes

esforços são calculados tendo em conta as solicitações abaixo definidas:

a) Solicitações principais que actuam sobre a estrutura metálica do aparelho

supondo que este se encontra imóvel, no caso da carga mais desfavorável;

b) As solicitações devidas ao movimento verticais;

c) As solicitações devidas aos movimentos horizontais;

d) As solicitações originadas pelos efeitos climáticos;

4.3.1. Solicitações principais

As solicitações principais compreendem:

- As solicitações devidas ao peso próprio dos elementos: Gd

- As solicitações devidas à carga de serviço: GB

Todas as solicitações serão determinadas assumindo, que os elementos móveis se

encontram na posição mais desfavorável.

4.3.2. Solicitações devidas aos movimentos verticais

Estas solicitações são provocadas por dois factores: pela elevação da carga de

serviço e acelerações/desacelerações que ocorrem no movimento de elevação, e pelos

choques originados pelo rolamento do aparelho sobre o caminho de rolamento.

Page 29: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

15

4.3.2.1. Solicitações originadas pela elevação da carga de serviço

São tidas em conta as oscilações provocadas pela elevação da carga multiplicando

as reacções originadas por um factor denominado de “ coeficiente dinâmico ”. O valor do

coeficiente dinâmico e a aplicar à solicitação devida a carga de serviço é dado por,

e = 1 + f × (B

Onde, f – 5�.Q�5�.��. .b7.���.���+; (B – /.+�5� � . . .+./�çã� [�/�]; Com um coeficiente experimental f = 0,6 e com uma velocidade de elevação de (B = 4 [�/���]. Então vem,

e = 1 + 0,6 × 460 = 1,04

No entanto as Normas F.E.M (caderno 2 ponto 2.2.2.2.1.1) referem, que o

coeficiente e calculado, nunca deverá ser menor que 1,15, sendo assim o valor do

coeficiente dinâmico usado será igual a g = , h. Apenas serão considerados os efeitos

da elevação da carga multiplicando-a pelo coeficiente de majoração dinâmico e. Pois a

consideração dos outros fenómenos, é tão gravoso quer para a estrutura metálica quer

para os equipamentos mecânicos, que é necessário fixar o princípio que as juntas do

caminho de rolamento estarão sempre em boas condições.

4.3.3. Solicitações devidas aos movimentos horizontais

As solicitações devidas aos movimentos horizontais são:

a) Os efeitos originados pelas forças de inércia, devidas as acelerações

/desacelerações, dos movimentos de translação horizontais, que serão

determinados em função do valor da aceleração/desaceleração;

b) Os efeitos da força centrífuga;

c) As reacções horizontais transversais provocadas pelo rolamento;

d) Os efeitos de choque contra fins de curso;

Page 30: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

16

4.3.3.1. Efeitos horizontais devidos as acelerações e desacelerações

Nos pontos de seguida serão abordadas as solicitações horizontais devidas as

acelerações e desacelerações, então tem-se:

1) Devido ao movimento de arranque e paragem do Carro Guincho, resultam forças

de inércia, na direcção longitudinal ao trilho da viga resistente (figura 4.7).

Figura 4.7 – Força de inércia longitudinal ao trilho da viga resistente

De acordo com o catálogo da empresa STAHL, a velocidade de movimentação

horizontal do carro-guincho é de (i = 20 �/��� ≅ 0,33 �/�. Com a velocidade a ser

alcançada pelo carro-guincho, é possível e de acordo com a tabela 4.3 das Normas F.E.M,

calcular a aceleração e tempo de aceleração do carro.

Page 31: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

17

Tabela 4.3 – Valores de acelerações e tempos de aceleração

Velocidade a

ser alcançada

�/�

a) Velocidade moderada

e grande extensão de

b) Velocidade moderada

e alta para aplicações

c) Elevada velocidade

com e elevada aceleração

Tempo de

aceleração �

Aceleração

�/�N

Tempo de

aceleração �

Aceleração

�/�N

Tempo de

aceleração �

Aceleração

�/�N 4,00 3,15 2,5 2 1,60 1,00 0,63 0,40 0,25 0,16

9,1 8,3 6,6 5,2 4,1 3,2 2,5

0,22 0,19 0,15 0,12 0,098 0,078 0,064

8,0 7,1 6,3 5,6 5,0 4,0 3,2 2,5

0,50 0,44 0,39 0,35 0,32 0,25 0,19 0,16

6,0 5,4 4,8 4,2 3,7 3,0

0,67 0,58 0,52 0,47 0,43 0,33

De acordo com a tabela acima, para uma velocidade de cerca de (i = 0,33 �/� e

para o caso a, obtêm-se uma aceleração de �E = 0,089 �/�N e consequentemente um

tempo de aceleração 'E = (i/�E = 0,33/0,089 = 3,7 � . De acordo com a Norma o cálculo da força de inércia segue, os seguintes passos:

Massa equivalente

Para este caso a massa equivalente, apenas será igual à massa do carro-guincho

pois não temos peças em rotação, e na massa equivalente não entra a carga a elevar.

�kl = �m = 3320 TU

Cálculo do n

o = �D�kl = 320003320 = 9,6

Onde, �kl é a massa equivalente e �D é a massa da carga nominal.

Page 32: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

18

Cálculo do g; Como o > 1, o valor do coeficiente eq é dado segundo as Normas F.E.M por,

eq = [2 + o + P1/oS]m.r = [2 + 9,6 + P1/9,6S]m.r = 3,4

Cálculo da força de Inércia st

A força de inércia será igual ao produto da massa pela aceleração (ou

desaceleração) resultante do movimento de arranque ou paragem do carro e da carga.

uv = eq × 12 �klwxyz{y |}E~|y� × �E

uv = 3,4 × 12 P3320 + 32000S × 0,089 = 5,4 T&

2) Devido ao movimento de arranque e paragem do Pórtico Rolante, resultam forças

de inércia. Estas forças de inércia serão assumidas como uniformemente

distribuídas sobre a estrutura pórtico.

Para a velocidade do pórtico foi adoptada uma velocidade de (� = 40 �/��� ≅0,67 �/�. De acordo com a tabela 4.3, para uma velocidade de (� = 0,67 �/� e para o

caso b, obtêm-se uma aceleração de �E = 0,19 �/�N e consequentemente um tempo de

aceleração 'E = (�/�E = 0,67/0,19 = 3,5 �.

O cálculo das forças de inércia devidas ao movimento de arranque e paragem do

pórtico rolante será efectuado depois de ser feito o pré-dimensionamento.

4.3.3.2. Efeitos da força centrífuga

Os efeitos da força centrífuga não se aplicam ao caso de estudo.

Page 33: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

19

4.3.3.3. Reacções transversais provocadas pelo rolamento do carro

Estas reacções são transversais ao trilho sobre o qual o carro guincho ira rolar, e

são devidas por exemplo a elevação oblíqua de cargas, travagem do carro-guincho,

irregularidades das rodas ou trilhos e desalinhamentos entre os trilhos. Segundo as

Normas F.E.M, esta reacção transversal é obtida multiplicando a carga vertical nas rodas

por um coeficiente �, que depende do cociente entre a bitola (7S e a distância entre eixos

do carro guincho (�S.

A Norma não é muito explícita quanto ao sentido destas forças, e como tal foi

considerado a pior situação, ou seja, a situação mais gravosa para a estrutura, que é

considerar as quatro forças todas com o mesmo sentido (ver figura 4.9).

As dimensões 7 e �, já foram anteriormente definidas obtendo-se assim,

7� = 28001500 = 1,9

Figura 4.8 – Cociente p/a

O valor de � = 0,05 é obtido a partir da Figura 4.8

A reacções máximas calculadas nas rodas no ponto 4.2 foram de CDEáF = 97 T&

e CNEáF = 93,7 T&. A reacção transversal será dada por,

CvD = CDEáF × 0,05 = 97 × 0,05 = 4,9 T& CvN = CNEáF × 0,05 = 93,7 × 0,05 = 4,7 T&

Page 34: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

20

Figura 4.9 – Reacções transversais ao trilho da viga resistente

4.3.3.4. Efeitos de choque contra fins de curso

Os efeitos de choque contra fins de curso podem ocorrer em duas situações, a

primeira é relativa ao choque entre o carro-guincho e os batentes de fim de curso a

segunda é relativa ao choque do pórtico rolante contra os batentes de fim decurso que se

encontram aplicados no solo.

No entanto estes efeitos não serão considerados, pois a ponte rolante será equipada

com equipamento de detecção de aproximação dos batentes de fim de curso e os batentes

de fim de curso serão equipados com mecanismos de amortecimento de impacto como

por exemplo borracha (neoprene) ou amortecedores. Na norma F.E.M (caderno 2 ponto

2.2.3.4), refere que para velocidades inferiores a 0,7 �/� os efeitos de choque podem ser

desprezados e no presente projecto tem-se para o carro-guincho (i = 0,33 �/� para o

pórtico tem-se (i,�óz�~x} = 0,67 �/�, velocidades estas que são inferiores a 0,7 �/�.

4.3.4. Solicitações originadas pelos efeitos climáticos

As solicitações devidas aos efeitos climáticos resultam da acção do vento, neve e

variações da temperatura, no caso em análise apenas se justifica considerar a acção do

vento sobre a estrutura (pórtico rolante).

Segundo a norma F.E.M e por simplificação do método é assumido que, o vento

sopra em qualquer direcção horizontal, com velocidade constante e trata-se de uma acção

estática aplicada à estrutura da ponte.

Page 35: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

21

Pressão do vento A pressão dinâmica do vento é dada por: � = 0,613 × (�N Onde � é a pressão dinâmica em &/�N, e (� é a velocidade do vento em �/�.

A velocidade do vento pode ser obtida, através da tabela abaixo, para 3 tipos

situações, (eventualmente poderia usar-se uma velocidade que não conste da tabela, uma

velocidade media do local de trabalho da ponte).

Tabela 4.4 – Pressão e velocidade do vento

Tipo de aparelho Pressão do vento &/�N

Velocidade do vento �/�

Gruas sujeitas a ventos fracos 125 14

Gruas normais instaladas no

exterior 250 20

Gruas que trabalham sobre

ventos fortes 500 28

Para o caso em análise considerou-se, uma grua do tipo normal instalada no

exterior e como tal considera-se uma velocidade de (� = 20 �/� ⇒ � = 250 &/�N.

Cálculo da força do vento

A força do vento é dada por, uD = � × � × VQ Onde, u − u��ç� � /.��� .� [&]; � − Á�.� .Q.5��/� Q�����+ .� [�N]; � − W�.��ã� ��â��5� � /.��� .� [&/�N]; VQ − V�.Q�5�.��. . Q����;

Page 36: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

22

Determinação do coeficiente de forma

O cálculo deste coeficiente de forma será calculado com recurso a tabela abaixo, a

tabela apresentada na Norma F.E.M, é uma tabela mais extensa pois contempla mais tipos

de secções.

Tabela 4.5 – Coeficientes de forma

Para consulta desta tabela, é necessário antes definir dois factores, o primeiro é

denominado de esbeltes aerodinâmica e o segundo razão da secção, pois a estrutura

resistente será composta por secções em caixão.

Figura 4.10 – Secção caixão

Esbeltes aerodinâmica +6

Onde, + é o comprimento da secção e 6 a altura da secção.

Razão da secção 6

Onde, 6 é a altura da secção e a largura da secção.

Descrição Esbeltes Aerodinâmica +/6

Secções rectangulares ocas 6/ 2

1

0,5

0,25

≤ 5 10 20 30 40 50 >50

1,55

1,40

1,0

0,8

1,75

1,55

1,20

0,90

1,95

175

1,30

0,90

2,10

1,85

1,35

1,0

2,20

1,90

1,40

1,0

Page 37: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

23

Definida a área secção e o coeficiente de forma, é possível calcular a força do

vento.

O pórtico rolante é constituído por dois pórticos, pelo que quando o vento sopra

numa determinada direcção, o pórtico a jusante é menos afectado com a pressão do vento

pois o primeiro pórtico faz “blindagem”. A Norma F.E.M tem em conta este facto,

aplicando á força do vento um factor de blindagem �.

Para consulta da tabela que dá esse coeficiente, é necessário antes definir dois

factores, o primeiro denominado de razão de espaçamento e o segundo razão de solidez.

Figura 4.11 – Distância entre perfis / Razão se solidez

Razão de espaçamento �6

Onde, � é a distância entre pórticos e 6 a altura da secção.

Razão de solidez

��k = �[P+~ × 6~S/P� × �S]|D = 1

Onde, � é a área total e �k a área parcial.

Nota: Apesar de ainda não estarem definidas as áreas, a razão se solidez é 1, pois

as secções em caixão serão completamente tapadas.

Com os factores definidos a cima, e consultando a tabela 4.6, obtêm-se o

coeficiente blindagem �.

Page 38: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

24

Tabela 4.6 – Coeficientes de blindagem (�)

Razão de

espaçamento �/6

Razão de solidez �/�k

0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 ≥ 0,6

0,5

1,0

2,0

4,0

5,0

6,0

0,75

0,92

0,95

1,0

1,0

1,0

0,40

0,75

0,80

0,88

0,95

1,0

0,32

0,59

0,63

0,76

0,88

1,0

0,21

0,43

0,50

0,66

0,81

1,0

0,15

0,25

0,33

0,55

0,75

1,0

0,10

0,10

0,20

0,45

0,68

1,0

A força do vento para o segundo pórtico é idêntica à do primeiro mas multiplicada

por o coeficiente de blindagem,

uN = � × � × � × VQ [&]

O cálculo das forças do vento será efectuado depois de ser feito o pré-

dimensionamento da estrutura pórtico, pois só nessa altura é que se estará em posse da

área resistente ao vento.

Acção do vento sobre a carga

De acordo com a Norma deve ser também considerada, a acção do vento sobre a

carga, a Norma sugere que para cargas sólidas (que é o caso) seja considerada uma área

mínima de 0,5 �N por tonelada.

Então,

u = � × � = P0,5 × 32S × 250 = 4 T&

Em termos de análise dos esforços sobre a estrutura esta acção será aplicada como

uma carga uniformemente distribuída. A carga por metro é dada por,

uEk�z} = u+�~{y + 2ℎ�~�yz = 413 + 2 × 9 = 0,13 T&/�

Page 39: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

25

4.4. Casos de Solicitações

As normas F.E.M referem 3 casos de solicitação, de acordo com a presença ou não

de vento e o caso de acções de carácter excepcional (ex: ventos muito fortes e testes de

carga através da aplicação de outros coeficientes de majoração):

Caso I – Funcionamento da ponte sem consideração da acção do vento;

Caso II – Funcionamento da ponte com consideração da acção do vento;

Caso III – Funcionamento da ponte com consideração de acções de carácter

excepcional;

Para o projecto em estudo apenas se considerou o Caso II (Funcionamento da

ponte com consideração da acção do vento), onde são tomados em consideração as

solicitações estáticas resultantes do peso próprio Gd, as solicitações resultantes da carga

de serviço GB multiplicadas pelo coeficiente dinâmico e, solicitações horizontais Gi, e

por fim as solicitações devidas ao vento G�. Todas estas solicitações foram anteriormente

definidas de acordo com a Norma. O conjunto das solicitações deve ser multiplicado por

um coeficiente de majoração �x, de acordo com a expressão abaixo.

�xPGd + e × GB + GiS + G�

O valor do coeficiente de majoração �x, é obtido do grupo na qual a ponte esta

classificada. Para uma ponte do grupo A4, e consultando a tabela 4.7 obtêm-se �� =, �.

Tabela 4.7 – Valores do coeficiente de majoração ��

Grupo do

aparelho A1 A2 A3 A4 A5 A6 A7 A8

�x 1,00 1,02 1,05 1,08 1,11 1,14 1,17 1,20

Nota: A verificação das secções será efectuada segundo o EC3, tendo por base todas as

indicações a nível de coeficientes de segurança do caderno 3 das normas F.E.M. De

acordo com a Norma a tensão de cedência para o caso de solicitação II deverá ser dividida

por um coeficiente de segurança de � = 1,33, este coeficiente será adoptado também no

EC3 contrariamente ao que este propõe que é um coeficiente de � = 1,1.

Page 40: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

26

Page 41: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

27

5. Dimensionamento do pórtico rolante

O projecto inclui duas fases. Um pré-dimensionamento utilizado para definir uma

primeira aproximação às necessidades em termos de secções resistentes. Nesta fase será

utilizado o REAPE (Regulamento de Estruturas d Aço para Edifícios e Pontes) (4). Uma

vez definidas as solicitações sobre o pórtico rolante, o cálculo dos esforços instalados na

estrutura será efectuado utilizando software Multiframe 3D. A verificação da

estabilidade final será efectuada com base no Eurocódigo 3 (3).

Mas antes de se proceder ao pré-dimensionamento, é necessário definir as

dimensões do pórtico rolante, estas são estabelecidas de seguida.

5.1. Dimensões do pórtico rolante

O pórtico será utilizado numa pedreira para movimentação de blocos de pedra.

Para o vão tem-se uma distância de 13 �, sendo esta suficiente para a movimentação e

posicionamento dos blocos e também suficiente para a paragem de um camião para que se

possa proceder a carga e descarga dos mesmos.

Figura 5.1 – Dimensões do pórtico rolante

Page 42: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

28

A distância entre rodas �z, já foi anteriormente definida aquando da escolha do

carro guincho, relativamente a distância entre eixos das rodas do carro lateral P�S, esta foi

definida de modo a garantir a estabilidade da ponte, para tal deverão verificar-se as

seguintes condições. (anexo 3)

� ≥ %2,5 ⇒ 4 ≥ 92,5 = 3,6 � . � ≥ �5 ⇒ 4 ≥ 135 = 2,6 �

Condições verificadas.

Nota: Para a garantir a estabilidade, deverá verificar-se também se as reacções nos apoios

(rodas) são positivas na direcção vertical, para assim não ser gerado um momento capaz

de capotar o pórtico.

Figura 5.2 - Dimensões do pórtico rolante

5.2. Tipo de ligações entre a viga resistente e os pilares

As ligações entre os pilares e a viga resistente serão idealizadas, como sendo

ligações rígidas. No entanto para vãos muito elevados, e pórticos com grande capacidade

de carga, ocorrem nas rodas reacções transversais que podem fazer com que as rodas do

pórtico descarrilem dos carris.

Page 43: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

29

Para evitar esta situação, de um dos lados do pórtico, as pernas são idealizadas

como sendo articuladas a viga resistente, diminuindo assim consideravelmente as

reacções horizontais que são transmitidas aos carris. De salientar também, que com esta

opção as flechas horizontais e verticais são muito grandes, o que obriga ao uso de perfis

com secções elevadas.

Utilizando as ligações todas rígidas, a flecha diminui consideravelmente, no

entanto teremos maiores momentos nas ligações viga pilar.

Como para o caso em estudo, não se tem cargas nem vãos muito elevados, optou-

se por ligações todas rígidas, entre as pernas e a viga resistente.

5.3. Pré-dimensionamento da estrutura

Com este pré-dimensionamento, pretende-se com poucos cálculos ter uma ideia

das secções necessárias para os elementos principais da estrutura pórtico, para assim se

efectuar uma análise de esforços através do software Multiframe, e com esses esforços

poder efectuar uma verificação das secções segundo o EC3.

No pré-dimensionamento, são assumidas algumas simplificações e não é feita

qualquer verificação quanto ao risco de enfunamento nas almas e banzos da viga

resistente, encurvadura entre outras verificações necessárias que o EC 3 contempla.

- Viga resistente

Figura 5.3 – Esquema estático (viga resistente)

O valor de CEáF = 97 T&, é a reacção máxima nas rodas do carro guincho, a

distância entre apoios é de 13 � e �N = 1,5�, o valor de CEáF será majorado com os

coeficientes já anteriormente calculados, e = 1,15 . �x = 1,08.

Page 44: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

30

O momento máximo na viga é dado por, �F = e × �x × CEáF × �� − �N2 � = 120,5 × �13 − 1,52 � = 692,9 T&. �

Então, o módulo de rigidez elástico necessário vem,

�k�,F > �Q�1,5 = 1,5 × 692,9 × 10�235 = 4422,8 × 10� ���

Deve igualmente ser verificada a flecha máxima. Nas estruturas com pontes

rolantes a flecha máxima admitida é muito reduzida, quando comparadas com outras

estruturas que não possuem pontes rolantes, e como tal vai influenciar o tipo de secção

resistente necessária. Sendo assim foi considerado o seguinte esquema estático.

Figura 5.4 – Esquema estático A flecha máxima vertical admitida é, �� = �800 = 13000800 = 16,25 ��

Para uma viga simplesmente apoiada, a flecha é dada por,

�� = W × ��48 × � ×  F = Pe × �x × 2 × CEáFS × ��48 × � ×  F ⇒  F

⇒  F = Pe × �x × 2 × CEáFS × ��48 × � × �� = 241 × 10� × 13000�48 × 210000 × 16,25 =

 F = 3232,5 × 10� ��¡

No entanto, é de salientar que o momento de inércia obtido é um pouco exagerado

na medida em que se considerou uma carga concentrada a meio vão (figura 5.5), o que

não corresponde a realidade, pois as reacções CEáFencontra-se separadas de 1,5 � que é

a distância entre eixos do carro-guincho ou bitola.

Page 45: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

31

- Pilar rigidamente ligado a viga resistente

Para o pré-dimensionamento do pilar, utilizou-se uma regra prática em que se

admite para momento máximo no pilar, 35% do momento máximo na viga resistente,

calculado anteriormente. O módulo de resistência elástico para o pilar será dado por,

�k�,F > � × 0,35Q�1,5 = 1,5 × 692,9 × 10� × 0,35235 = 1547,9 × 10� ���

- Carro lateral

Para perfil do carro lateral foi seleccionado uma secção HEB, dada a maior

espessura de banzos quando comparados com secções IPE. A maior espessura dos banzos

é favorável para a fixação das pernas por ligação aparafusada, e também para a ligação

dos blocos de rodas. Sendo assim propõem-se um perfil HEB 360.

Page 46: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

32

5.3.1. Definição das secções com base no Pré-dimensionamento

Com base no pré-dimensionamento efectuado acima, foram geradas secções no

software SectionMaker, para posterior análise estrutural no software Multiframe3D, uma

vez que este programa não possui secções em caixão.

Para secção da viga resistente será utilizada uma secção em viga caixão. No caso

dos pilares e atendendo ao nível dos esforços em causa será possível utilizar uma secção

tubular normalizada, SHS. Sempre que possível a utilização de secções normalizadas é

preferível à utilização de vigas caixão por questões de custos.

- Viga resistente (Caixão 530×920) S 235

De acordo com o pré-dimensionamento efectuado, para a viga resistente esta

deverá possuir, com base nas tensões (£��,� ≥ 4422,8 × 10� ���S, com base na flecha

máxima P¤� < 3232,5 × 10� ��¡S, mas como já referido anteriormente este momento

de inércia é um pouco exagerado, senso assim, foi gerado um perfil no Section Maker,

com propriedades intermédias aos valores calculados para  F e Hk�,F . Tabela 5.1 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 180,4 TU/� 30 �� Q 60 �� 6 530 �� ℎ 920 �� 7 65 �� �� 7 �� �¦ 8 �� � 22936 ��N  F 2999,6 × 10� ��¡  § 751,8 × 10� ��¡ �F 361,6 �� �§ 181,1 �� Hk�,F E~| 6032,1 × 10� ��� Hk�,§ E~| 2681,1 × 10� ���

Figura 5.5 – Secção viga resistente

Page 47: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

33

- Pilar (RHS 300×500×8) S 235

De acordo com o pré-dimensionamento: £��,� ≥ 1547,9 × 10� ���

Tabela 5.2 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 97,9 TU/� 6 300 �� ℎ 500 �� � 8 �� � 12500 ��N  F 437,3 × 10� ��¡  � 199,5 × 10� ��¡ �F 187 �� �� 126 �� Hk�,F 1749 × 10� ��� Hk�,� 1330 × 10� ���

- Carro (HEB 360) S 235

Tabela 5.3 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 142 TU/� 6 300 �� ℎ 360 �� 261 �� �� 12,5 �� �¦ 22,5 �� � 18060 ��N  � 431,9 × 10� ��¡  § 101,4 × 10� ��¡ �� 154,6 �� �§ 74,9 �� Hk�,� 2400 × 10� ��� Hk�,§ 676,1 × 10� ���

Figura 5.6 – Secção RHS

Figura 5.7 – Secção HEB

Page 48: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

34

Cálculo das forças de inércia devido ao movimento de arranque e paragem do

pórtico rolante

Efectuado o pré-dimensionamento do pórtico é possível calcular as forças de

inércia para uma aceleração do pórtico de �E = 0,19 �/�N. Dada a diferença de secções

entre a viga resistente e os pilares serão calculadas forças de inércia diferentes para os

dois casos. Estas forças de inércia serão aplicadas, como uniformemente distribuídas por

cada elemento do pórtico (vigas resistentes e pilares).

Para o caso da carga nominal, e carro-guincho as forças de inércia serão aplicadas

às rodas, pois este conjunto desloca-se para qualquer posição da viga resistente. Nos

carros laterais será aplicada segundo o seu eixo.

Os restantes elementos que compõem o pórtico não serão considerados pois, a

massa destes é insignificante, quando comparada com a massa dos pilares ou da viga

resistente.

Cálculo do coeficiente g;

Massa equivalente

A massa equivalente corresponde as massas submetidas ao mesmo movimento

linear, neste caso, movimento longitudinal do pórtico, com excepção da carga nominal de

elevação.

O carro-guincho tem uma massa de �x = 3320 TU, a viga resistente ��z =180,4 TU/�, o pilar �� = 97,9 TU/�, o carro lateral �x� = 142 TU/�, a carga

nominal tem uma massa de �x| = 32000 TU.

Então e de acordo com as dimensões definidas anteriormente tem-se,

�kl = �x + 2 × 13 × ��z + 4 × 9 × �� + 2 × �x� �kl = 3320 + 2 × 13 × 180,4 + 4 × 9 × 97,9 + 2 × 4 × 142 = = 12671 TU

Page 49: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

35

Cálculo do n

o = �D�kl = 3200012671 = 2,5

Como o > 1, o valor do coeficiente eq é dado e segundo as normas F.E.M por,

eq = [2 + o + P1 o⁄ S]m.r = [2 + 2,5 + P1 2,5⁄ S]m.r = 2,2

Uma vez definido o coeficiente eq, está-se então em condições de calcular as

forças de inércia, devidas ao movimento pórtico.

- Carro-Guincho e Carga Nominal

O carro-guincho tem uma massa de �x = 3320 TU, a carga nominal tem uma

massa de �x| = 32000 TU.

Cálculo da força de Inércia s©

A força de inércia será igual ao produto da massa pela aceleração (ou

desaceleração) resultante do movimento de arranque ou paragem do pórtico, e é dada por, uªD = eq × P�x + �x|S × �E uªD = 2,2 × P3320 + 32000S × 0,19 = 14,8 T&

Esta força de inércia, será distribuída pelas 4 rodas do carro guincho.

uªD,�}z z}«y = 14,84 = 3,7 T&

- Viga resistente

De acordo com o pré-dimensionamento efectuado, tem-se que a massa da viga

resistente è ��z = 180,4 TU/� .

Cálculo da força de Inércia s©�

uªN = eq × ��z × �E uªN = 2,2 × P13 × 180,4S × 0,19 = 980,3 &

Page 50: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

36

Como já foi referido a força de inércia será assumida, como sendo uniformemente

distribuída pela viga resistente então,

uªN,�}z Ek�z} = uªD��~{y = 980,313 = 75,4 &/�

- Pilar

De acordo com o pré-dimensionamento efectuado, tem-se que a massa do pilar è �� = 97,9 TU/� .

Cálculo da força de Inércia s©�

uª� = eq × �� × �E uª� = 2,2 × P9 × 97,9S × 0,19 = 368,3 &

Como já foi referido a força de inércia será assumida, como sendo uniformemente

distribuída pelo pilar,

uª�,�}z Ek�z} = uªN��~�yz = 368,39 = 40,9 &/�

- Carro lateral

Como foi dito anteriormente foi assumido, um HEB 360 para perfil do carro

lateral. Este perfil tem uma massa de �x� = 142 TU/�

Cálculo da força de Inércia s©¬

uª¡ = eq × �x� × �E

uª¡ = 2,2 × P4 × 142S × 0,19 = 237,4 &

Page 51: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

37

Cálculo da força do vento

Uma vez feito o pré-dimensionamento da estrutura, é possível calcular a força do

vento sobre a estrutura pois já são conhecidas as áreas de cada elemento (pilares e viga

resistente). Esta força depende da área total de cada elemento, sendo a aplicação desta no

pórtico efectuada como uma força uniformemente distribuída.

- Viga resistente

De acordo com o pré-dimensionamento efectuado, tem-se uma secção em caixão

de 530 × 920 ��.

- A força do vento (1º pórtico) é dada por,

uD = � × � × VQ uD = P13000 × 920 × 10­�S × 250 × 1,8 = 5,4 T&

Onde, � é a área exposta ao vento, � é a pressão do vento e VQ o coeficiente de

forma, este factor é dado pela tabela 4.5, em função de +/6 = 13000/920 = 14,1 e 6/ = 920/530 = 1,7, resultando assim VQ = 1,8.

- A força do vento (2º pórtico) é dada por,

uN = � × � × � × VQ uN = 0,33 × P13000 × 920 × 10­�S × 250 × 1,8 = 1,8 T&

Onde, � é o coeficiente de blindagem, e é dado pela tabela 4.6, em função de �/6 = 2800/920 = 3,04 e �/�k = 1, resultando � = 0,33.

Para a força ser uniformemente distribuída basta dividir pelo comprimento da viga

resistente,

uD,�}z Ek�z} = uD13 = 5,413 = 0,41 T&/�

uN,�}z Ek�z} = uN13 = 1,813 = 0,14 T&/�

Page 52: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

38

- Pilar

De acordo com o pré-dimensionamento efectuado, tem-se uma secção tubular de 500 × 300 ��.

- A força do vento (1º pórtico) é dada por,

uD = � × � × VQ uD = P9000 × 500 × 10­�S × 250 × 1,9 = 2,1 T&

Onde, � é a área exposta ao vento, � é a pressão do vento e VQ o coeficiente de

forma, este factor é dado pela tabela 4.5, em função de +/6 = 9000/500 = 18 e 6/ =500/300 = 1,7, resultando assim VQ = 1,9.

- A força do vento (2º pórtico) é dada por,

uN = � × � × � × VQ uN = 0,87 × P9000 × 500 × 10­�S × 250 × 1,9 = 1,9 T&

Onde, � é o coeficiente de blindagem, e dado pela tabela 4.6, em função de �/6 = 2800/500 = 5,6 e �/�k = 1, resultando � = 0,87.

Para a força ser uniformemente distribuída basta dividir pelo comprimento do

pilar,

uD,�}z Ek�z} = uD9 = 2,19 = 0,23 T&/�

uN,�}z Ek�z} = uN9 = 1,99 = 0,21 T&/�

Page 53: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

39

5.4. Definição do esquema estático de toda a estrutura

Uma vez definidas todas as solicitações sobre estrutura, está-se em condições de

definir o esquema estático geral sobre o pórtico, para posterior análise de esforços

(Momentos, Esforços Normais, Esforços Transversos e Momentos Torsores) no software

Multiframe 3D. (Nota: Todas as cargas horizontais foram consideradas no sentido

contrario ao eixo x, este sistema de eixo será utilizado ao longo do trabalho)

Figura 5.8 – Pórtico Rolante

De acordo com o sistema de eixos acima, serão definidas de seguida todas as

solicitações sobre a estrutura, anteriormente calculadas.

a) Peso próprio da estrutura;

b) Solicitações devidas aos movimentos verticais;

c) Solicitações devidas aos movimentos horizontais;

d) Solicitações originadas pelos efeitos climáticos;

As solicitações serão majoradas de acordo com:

�xPGd + e × GB + GiS + G�

Page 54: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

40

Onde, Gd representa peso próprio da estrutura, GB a carga de serviço,Gi

solicitações horizontais, e por fim as solicitações devidas ao vento G�. Com �x = 1,08 e e = 1,15 que são os coeficientes de majoração.

a) Peso próprio da estrutura - ®¯

O peso próprio da estrutura é considerado no cálculo dos esforços, como uma

carga uniformemente distribuída.

Foi considerado também, uma carga uniformemente distribuída sobre a viga

resistente de cerca de 250 &/�, relativa ao peso das nervuras de rigidez ou septos,

varandim e cabos eléctricos.

b) Solicitações devidas aos movimentos verticais - ®°

Carga nominal Solicitação na direcção z-z

Estas solicitações são consideradas, nas 4 Rodas do Carro-Guincho.

Pórtico A C�± = 1,08 × 1,15 × 97 = 120,5 T&

Pórtico B C�² = 1,08 × 1,15 × 93,7 = 116,4 T&

c) Solicitações devidas aos movimentos horizontais - ®³

Forças transversais provocadas pelo rolamento Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas, nas 4 Rodas do Carro-Guincho.

Pórtico A uv± = 1,08 × 4,9 = 5,3 T&

Pórtico B

uv² = 1,08 × 4,7 = 5,1 T&

Page 55: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

41

Força de Inércia – Mov. Carro Solicitação na direcção y-y

Estas solicitações são consideradas, nas Rodas do Carro-Guincho (não são

aplicadas nas 4 rodas do carro, apenas numa roda de cada pórtico).

Pórtico A e B

u ±,² = 1,08 × 5,4 = 5,8 T&

Força de Inércia – Mov. Pórtico (Carro e Carga) Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas, nas 4 Rodas do Carro-Guincho.

Pórtico A e B

u ±,² = 1,08 × 3,7 = 4 T&

Força de Inércia – Mov.Pórtico (Viga Resistente) Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas, uniformemente distribuídas pela Viga

Resistente.

Pórtico A e B u ±,² = 1,08 × 75,4 = 81,4 &/�

Força de Inércia – Mov.Pórtico (Pilar) Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas, uniformemente distribuídas pelo pilar. Pórtico A e B u ±,² = 1,08 × 40,9 = 44,2 &/�

Força de Inércia – Pórtico (Carro Lateral) Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas, nos carros laterais.

u ± = 1,08 × 237,4 = 256,4 &

Page 56: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

42

d) Solicitações originadas pelos efeitos climáticos - ®£

Força do vento – Viga Resistente Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas, uniformemente distribuídas pela Viga

Resistente.

Pórtico A u�± = 0,41 + 0,13 = 0,54 T&/�

Pórtico B u�² = 0,14 T&/�

Força do vento – Pilar Solicitação na direcção x-x

Estas solicitações são consideradas uniformemente distribuídas pelo Pilar.

Pórtico A u�± = 0,23 + 0,13 = 0,36 T&/�

Pórtico B u�² = 0,21 T&/�

Momento Torsor originado pela excentricidade da carga

No software de análise estrutural Multiframe, só é permitido aplicar cargas no

centro das secções, mas no caso das cargas verticais sobre a viga resistente, isso conduz a

um erro, pois estas cargas são aplicadas sobre os carris e estes encontram-se descentrados

do eixo da secção da viga.

Por este motivo, essa reacção excêntrica será substituída por uma de igual valor

mais um momento torsor correspondente a excentricidade, aplicadas no centro da secção,

como de resto se mostra na figura abaixo.

Page 57: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

43

Figura 5.9 – Excentricidade das reacções verticais do carro-guincho

A secção em caixão tem uma secção de 6 = 530 × ℎ = 920 ��.

Pórtico A �v± = . × C�± = 196,5 × 10­� × 120,5 = 23,7 T&. � Valor por roda.

Pórtico B �v² = . × C�² = 196,5 × 10­� × 116,4 = 22,9 T&. � Valor por roda.

.

Page 58: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

44

5.5. Análise de esforços da estrutura

De acordo com as solicitações anteriormente definidas, e com secções obtidas do

pré-dimensionamento, será efectuada uma análise de esforços no software Multiframe

3D, para posterior verificação das secções segundo o EC 3. O carro-guincho pode estar

em qualquer posição sobre a viga resistente, gerando assim diferentes esforços sobre a

estrutura pórtico, para tal consideraram-se sucessivas posições do carro (1 em 1 �), para

assim se poder definir qual a situação mais crítica.

Posições do carro guincho

Page 59: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

45

Para identificação dos elementos, bem como dos pontos críticos é usada a notação

apresentada na figura abaixo. Os pontos numerados com (9,10,11 e 12), referem-se as

rodas do carro-guincho e como tal são pontos que irão “percorrer” a viga resistente, de

acordo com as posições sucessivas atrás definidas.

Figura 5.11 – Pórtico rolante/identificação dos elementos estruturais

Figura 5.10 – Posições sucessivas do Carro - Guincho

Page 60: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

46

Restrições nas ligações ao exterior:

De acordo com a figura acima, tem-se as rodas dos carros laterais aplicadas nos

nós 1,4,17 . 20. Tendo em conta o sistema de eixos da figura, definiram-se as seguintes

restrições para os deslocamentos e rotações das rodas, que são os apoios ao exterior da

estrutura pórtico.

Apoio � �

Deslocamentos – Restringidos segundo b, ¶, J

Rotações – Livres segundo b, ¶, J

Apoio ¬ � �

Deslocamentos – Restringidos segundo b, ¶, J

Rotações – Livres segundo b, ¶, J

Nota: Foram aplicados motores nas quatro rodas. Análise de esforços na estrutura - Esforços e Diagrama de Esforços

Esforços – Carro-Guincho na posição

Tabela 5.4 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro

Pontos

Críticos

&�« [T&]

(�«.F­� [T&] (�«.F­§ [T&]

(�«.�­§ [T&]

��«.F [T&. �]

��«.� [T&. �] ��«.§ [T&. �] ·� 12 6,7 PVS −11,1 - 113,8 −170,3 20,9 16,5 ¸� 8 17,1 PVS 0,6 −12,2 - 0 −19,7 0,8 ¹h 5 31,9 - - - - - - ¹º 2 127,9 PVS - - - - - - » 7 242,2 PVS - −35,2 0,3 −2,4 58,7 0,8 13 35,3 PVS - −4,2 6,1 −54,7 6,6 3,7 ¼� 2 43,8 PVS −0,4 −339 - 0 −203,6 −0,2

Page 61: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

47

Figura 5.12 – Diagrama de momentos

Figura 5.13 – Diagrama de momentos

Page 62: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

48

Figura 5.14 – Esforços transversos

Figura 5.15 – Esforços transversos

Page 63: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

49

Figura 5.16 – Esforço Normal

Figura 5.17 – Torção

Page 64: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

50

Esforços – Carro-Guincho na posição �

Tabela 5.5 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro �

Esforços – Carro-Guincho na posição �

Tabela 5.6 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro �

Pontos

Críticos

&�« [T&]

(�«.F­� [T&] (�«.F­§ [T&]

(�«.�­§ [T&]

��«.F [T&. �]

��«.� [T&. �] ��«.§ [T&. �] ·� 11 4,6 PVS −18,8 - 211,6 −232,8 40,2 20,8 ¸� 8 15,4 PVS 1,2 −11,2 - 0 −18,1 1,8 ¹h 5 29 - - - - - - ¹º 2 117,9 PVS - - - - - - » 7 218,8 PVS - −31,6 −3,9 26,2 53,1 −1,3 13 58,6 PVS - −7,4 9,1 −81,9 12,2 4,4 ¼� 2 40,4 PVS 3,7 −308,9 - 0 −185,6 2,2

Pontos

Críticos

&�« [T&]

(�«.F­� [T&] (�«.F­§ [T&]

(�«.�­§ [T&]

��«.F [T&. �]

��«.� [T&. �] ��«.§ [T&. �] ·� 11 16,5 PVS −9,8 - 118,1 −640,1 23,7 59,5 ¸¬ 14 8,9 PVS −2,3 −7,3 - 0 −11,9 −3,4 ¹h 5 18,3 - - - - - - ¹º 2 80,6 PVS - - - - - - 13 142,7 PVS - −19,6 13,8 −124,3 32,7 5,5 ¼¬ 18 28,1 PVS −16,1 −209,4 - 0 −125,4 −9,6

Page 65: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

51

Figura 5.18 – Diagrama de momentos

Figura 5.19 – Diagrama de momentos

Page 66: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

52

Figura 5.20 – Esforços Normais

Figura 5.21 – Esforços transversos

Page 67: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

53

Figura 5.22 – Esforços transversos

Figura 5.23 – Torção

Page 68: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

54

Esforços – Carro-Guincho na posição

Tabela 5.7 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro

Figura 5.24 – Diagrama de momentos

Pontos

Críticos

&�« [T&]

(�«.F­� [T&] (�«.F­§ [T&]

(�«.�­§ [T&]

��«.F [T&. �]

��«.� [T&. �] ��«.§ [T&. �] ·� 12 13,8 PVS 15,8 - −188,6 −416,8 −34,7 41,1 ¸¬ 14 13 PVS −1,8 −9,8 - 0 −16 −2,6 ¹� 5 25,1 - - - - - - ¹� 2 105,8 PVS - - - - - - 13 208,5 PVS - −27,6 11,5 −103,8 46,3 3,8 ¼¬ 18 36,5 PVS −13,1 −281,1 - 0 −168,8 −7,8

Page 69: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

55

Figura 5.25 – Diagrama de momentos

Figura 5.26 – Esforços Normais

Page 70: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

56

Figura 5.27 – Esforços transversos

Figura 5.28 – Esforços transversos

Page 71: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

57

Figura 5.29 – Torção

Esforços – Carro-Guincho na posição �

Tabela 5.8 – Esforços máximos instalados na estrutura, para a posição do carro �

Pontos

Críticos

&�« [T&]

(�«.F­� [T&] (�«.F­§ [T&]

(�«.�­§ [T&]

��«.F [T&. �]

��«.� [T&. �] ��«.§ [T&. �] ·� 12 7,4 PVS 20,7 - −239,2 2,4 −43,8 4,5 ¸¬ 14 16,4 PVS −0,7 −11,9 - 0 −19 −1,1 ¹� 5 30,9 - - - - - - ¹� 2 126,2 PVS - - - - - - 13 240,8 PVS - −34,3 6,2 −55,5 57,5 0,4 ¼¬ 18 43,3 PVS −6,3 −340,1 - 0 −200,8 −3,8

Page 72: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

58

5.6. Verificação das Secções ao Estado Limite Último

5.6.1. Viga resistente V1 e V2

Os casos mais críticos verificam-se para a viga (2 secção 11, para a posição Wµ do

carro guincho a outra situação, verifica-se para a viga (2 secção 12, para a posição WD�

do carro.

Tabela 5.9 – Esforços nas secções críticas (Viga resistente)

Secção – Caixão 530×920

Tabela 5.10 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 180,4 TU/� 30 �� Q 60 �� 6 530 �� ℎ 920 �� 7 65 �� �� 7 �� �¦ 8 �� � 22936 ��N  F 2999,6 × 10� ��¡  § 751,8 × 10� ��¡ �F 361,6 �� �§ 181,1 �� Hk�,F E~| 6032,1 × 10� ��� Hk�,§ E~| 2681,1 × 10� ���

Secção 11, posição P7 Secção 12, posição P13 &½« = 16,5 T& PVS &½« = 7,4 PVS T& (½«.F­� = −9,8 T& (½«.F­� = 20,7 T& (½«.�­§ = 118,1 T& (½«.�­§ = −239,2 T& �½«.F = −640,1 T&. � �½«.F = 2,4 T&. � �½«.� = 23,7 T&. � �½«.� = −43,8 T&. � �½«.§ = 59,5 T&. � �½«.§ = 4,5 T&. �

Figura 5.30 – Secção viga resistente

Page 73: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

59

A verificação da resistência das secções de acordo com o EC3 é feita em relação a

cada um dos modos de ruína associados aos diferentes esforços. Assim, e para o caso de

peças solicitadas fundamentalmente à flexão, em primeiro lugar há que verificar a sua

capacidade resistente em relação ao momento flector e ao esforço cortante. Paralelamente

será verificada a interacção entre o esforço cortante e o momento flector bem como a

resistência em relação a outros esforços secundários como a torção e o esforço normal.

Adicionalmente, e com particular importância no caso de peças como os perfis

PRS, quer se trate de perfis de alma alta ou vigas caixão, que fazem uso de chapas finas

por questões de economia de material devem verificar-se os potências riscos de

instabilidade daí resultantes. Referimo-nos neste caso aos problemas de instabilidade da

alma e dos banzos devido ao esforço cortante e ao enfunamento da alma provocado pela

flexão e esforço cortante.

Para a verificação da resistência é necessário classificar a secção, o que permite

definir o valor dos esforços resistentes em função da possibilidade da secção admitir um

comportamento plástico, com plastificação parcial ou caracterizado pela tensão limite

elástica.

Classificação da secção ¾ = ¿235/Q� = À235/235 = 1

- Banzo f × � × Q� = &½« f × 8 × 235 = 16,5 × 10� ⇒ f= 8,8 ��

�52 + f2� = Á × 5; �3862 + 8,82 � = Á × 386 ⇒ Á = 0,51 5� = 3868 = 48,3 ≤ 396 ¾P13Á − 1S = 396 × 1P13 × 0,51 − 1S = 70,4

Classe 1 - Banzo

�72 + f2� = Á × 7; �652 + 8,82 � = Á × 65 ⇒ Á = 0,57 7� = 658 = 8,1 ≤ 9 ¾Á√Á = 9 × 10,57 × À0,57 = 20,9

Então a secção é da classe 1.

Sequência dos cálculos:

Page 74: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

60

1) Resistência à flexão composta com compressão

2) Resistência à torção

3) Resistência ao esforço transverso

4) Interacção entre Esforço Transverso, Momento Flector e Esforço Axial

5) Resistência à encurvadura local da alma por esforço transverso

6) Resistência à encurvadura do banzo no plano da alma

7) Resistência ao esmagamento da alma

8) Resistência ao enrugamento da alma

9) Resistência dos septos intermédios

Resistência à flexão composta com compressão - Secção com �

Os elementos com secções transversais das classes 1 e 2 sujeitas a uma

combinação de flexão e compressão devem satisfazer a condição (5.5.4 (1) do EC 3):

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ TF ��.½«���.F Q��ÅD

+ T§ �§.½«���.§ Q��ÅD< 1

com,

TF = 1 − oF × &½«Ä� × � × Q� ��� TF ≤ 1,5

oF = �F × P2 × ÇÅ.F − 4S + È���,F − �k�,F�k�,F É ��� oF ≤ 0,9

T§ = 1 − o§ × &½«Ä§ × � × Q� ��� T§ ≤ 1,5

o§ = �§ × P2 × ÇÅ.§ − 4S + Ê���.§ − �k�.§�k�.§ Ë ��� o§ ≤ 0,9

ÄE~| é o menor de ÄF e ħ

Determinação do coeficiente de redução de encurvadura Ä , Ä~ = 1

Ì~ + ¿Ì~N − �~N

onde, Ì~ = 0,5 × Í1 + Á~ × Î�~ − 0,2Ï + �~NÐ �~ é a esbelteza normalizada

Page 75: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

61

O comprimento de encurvadura (+k), quer segundo o eixo dos x-x quer segundo o

eixo dos z-z foi considerado como sendo igual ao comprimento total da viga resistente +k,F = +k,§ = 13000 ��.

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo x-x Ì� = 0,5 × Í1 + Á� × Î�� − 0,2Ï + ��NÐ onde, Á = 0,34 Curva b, pois ℎ/�� = 131,5 > 30 (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�F = +k,F�F = 13000361,6 = 35,9

�F = ��F�D� ÀDZ = 35,993,9 = 0,38 PDZ = 1, 7��� 5+���. 1,2 �, 3S então, ÌF = 0,5 × [1 + 0,34 × P0,38 − 0,2S + 0, 38N] = 0,60

ÄF = 10,60 + À0,60N − 0,38N = 0,94

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo z-z ̧ = 0,5 × Í1 + Á§ × Î�§ − 0,2Ï + �§NÐ onde, Á = 0,34 Curva b, pois ℎ/�� = 131,5 > 30 (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�§ = +k,§�§ = 13000181,1 = 71,78

�§ = ��§�D� ÀDZ = 71,7893,9 = 0,76 PDZ = 1, 7��� 5+���. 1,2 �, 3S então, ̧ = 0,5 × [1 + 0,34 × P0,76 − 0,2S + 0,76N] = 0,89

ħ = 10,89 + À0,89N − 0,76N = 0,74

Page 76: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

62

Como ÄF > ħ então ÄE~| é ħ = 0,74

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, ÇÅ.F (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.31 – Distribuição de momentos �Ó = Ô�D + �N2 Ô + |�~| �~- corresponde ao mínimo de � indicado no cálculo do ∆� �Ó = Ô74,9 + 127,42 Ô + |−640,1| = 741,3 T&. �

∆� = |�EáF| + |�E~|| = |127,4| + |−640,1| = 767,1

�D = 127,4 T&. � 74,9 = e × �D e = 0,59

ÇÅÓ = 1,4 ÇÅ× = 1,8 − 0,7 × 0,59 = 1,39

ÇÅF = ÇÅ× + �ÓØ� ÎÇÅÓ − ÇÅ×Ï = 1,39 + 741,3767,1 P1,4 − 1,39S = 1,4

- Determinação factor de momento do uniforme equivalente, ÇÅ.§ (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.32 – Distribuição de momentos �Ó = Ô�D + �N2 Ô + |�~| �~- corresponde ao máximo de � indicado no cálculo do ∆�

�Ó = Ô−7,2 − 6,52 Ô + |59,5| = 66,4 T&. �

∆� = |�EáF| + |�E~|| = |59,5| + |−7,2| = 66,7

�D = −7,2 T&. � −6,5 = e × �D e = 0,90

ÇÅÓ = 1,4 ÇÅ× = 1,8 − 0,7 × e = 1,17

Page 77: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

63

Çŧ = ÇÅ× + �ÓØ� ÎÇÅÓ − ÇÅ×Ï = 1,17 + 66,466,7 P1,4 − 1,17S = 1,4

Cálculo do módulo de resistência plástico P���,F, ���,§S. (Nota: para este cálculo

foi desprezada a área do carril).

���,F = 2 Ù6 × �¦ × �ℎ2 − �¦�Ú + 4 ÙÛℎ − 2�¦2 Ü × �� × Ûℎ − 2�¦4 ÜÚ = = 2 Û530 × 8 × �9202 − 8�Ü + 4 Û�920 − 2 × 82 � × 7 × �920 − 2 × 84 �Ü =

= 6693,2 × 10� ���

���,§ = 4 �62 × �¦ × 64� + 2 ÙÎℎ − 2�¦Ï × �� × �62 − 7 − ��2 �Ú = = 4 �5302 × 8 × 5304 � + 2 ÙP920 − 2 × 8S × 7 × �5302 − 65 − 72�Ú =

= 3610,5 × 10� ��� Está-se agora em condições de calcular os factores, o e T : oF = 0,38 × P2 × 1,4 − 4S + Ê6693,2 − 6032,16032,1 Ë = −0,35

TF = 1 − −0,35 × 16,5 × 10�0,94 × 22936 × 235 = 1,001 o§ = 0,76 × P2 × 1,4 − 4S + Ê3610,5 − 2681,12681,1 Ë = −0,57 T§ = 1 − −0,57 × 16,5 × 10�0,74 × 22936 × 235 = 1,003

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ TF �F.½«���.F Q��ÅD

+ T§ �§.½«���.§ Q��ÅD< 1

Sendo assim e com �ÅD = 1,33 (de acordo com as normas F.E.M e para o caso de

solicitação II, a tensão de cedência do material deve ser dividida por um factor de

segurança de 1,33) temos, 16,5 × 10�0,74 × 22936 × 2351,33 + 1,001 × 640,1 × 10�

6693,2 × 10� × 2351,33 + 1,003 × 59,5 × 10�3610,5 × 10� × 2351,33 =

= 0,64 < 1

Resistência do perfil verificada.

Page 78: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

64

Resistência a torção - Secção � com �

Os esforços de torção na travessa resultam como se viu da excentricidade das

cargas motivada pela posição relativa do caminho de rolamento em relação ao eixo da

viga. O valor de cálculo da torção como se verá é substancialmente inferior ao valor do

esforço resistente à torção. O caso crítico será o da Secção 12 com o carro na posição W13.

No caso de elementos sujeitos a torção em que as deformações de distorção

poderão ser ignoradas, o valor de cálculo do momento torçor actuante 'ª« em cada secção

transversal deverá satisfazer a condição, (6.2.7 do EC3)

'ª«'Ý« ≤ 1,0

Para secções de parede fina, e segundo a 1ª Fórmula de Bredt, as tensões

tangenciais Þ serão dadas por (5), (admitindo que Þ é constante ao longo da espessura)

Þ = '2 � � Onde, ' é o momento torsor, � a área media da secção e � a espessura.

Para o limiar da plastificação, a tensão de corte máxima segundo o critério de Von

Mises é dada por,

ÞEáF = ßxk«√3 = 235√3 = 135,7 �7�

Então o momento torsor resistente 'Ý« para a alma e para os banzos será dado

respectivamente por,

- Banzo 'Ý«,ày|§} = ÞEáF × 2 × P6 − 27 − ��S × Îℎ − �¦Ï × �¦ = = 135,7 × 2 × P530 − 2 × 65 − 7S × P920 − 8S × 8 = 792,1 &. � - Alma 'Ý«,y�Ey = ÞEáF × 2 × P6 − 27 − ��S × Îℎ − �¦Ï × �� = = 135,7 × 2 × P530 − 2 × 65 − 7S × P920 − 8S × 7 = 693,1 N. �

É na secção 12 onde se verifica o maior valor do momento torsor ��«.� = 'ª« =43,8 T&. �. Está portanto assegurada a resistência quer da alma quer dos banzos.

Page 79: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

65

Resistência ao Esforço Transverso - Secção � com �

O valor do esforço transverso máximo verifica-se para a secção 12, carro na

posição W13, (½«.�­§ = −239,2 T&. No caso de uma combinação de esforço transverso e

momento torsor, o valor de cálculo do esforço transverso resistente plástico com torção

deverá ser reduzido de (��,Ý« para (��,v,Ý« e o valor de cálculo do esforço transverso

actuante deverá satisfazer a condição (6.2.6 do EC3):

(�«(��,v,Ý« ≤ 1,0

Onde, (��,v,Ý« para uma secção estrutural tubular é dado por (6.2.7 do EC3),

(��,v,Ý« = âããä1 − Þ�,½«� Q�√3� /�Åmåææ

ç (��,Ý«

A área de corte para uma secção em caixão bem, - Carga paralela aos banzos:

��D = � − �Pℎ� ��S = 21136 − P2 × 904 × 7S = 8480 ��N

- Carga paralela à alma:

Para a área resistente só se considera uma alma, pois o esforço transverso não está

centrado com a secção caixão. Uma vez que o carril na qual rola o carro-guincho está

sobre a alma de um dos lados, e como tal considera-se que 80% da carga descarrega

sobre essa alma.

��N = � �Pℎ� ��S = 1 × P904 × 7S = 6328 ��N

De forma conservativa pode-se tomar � = 1.

Pode-se, então calcular o esforço transverso resistente plástico,

(��,Ý«,F­� = ��DÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 8480 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 865,1 T&

(��,Ý«,�­§ = ��NÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 6328 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 645,6 T&

Page 80: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

66

Os valores da tensão tangencial e do esforço cortante resistente devido à torção,

para os banzos e para a alma são dados por:

- Banzo

Þ�,�«,ày|§} = �½«.§2P6 − 27 − ��S × Îℎ − �¦Ï × �¦ =

= 43,8 × 10�2P530 − 2 × 65 − 7S × P920 − 8S × 8 = 7,6 �7�

(��,v,Ý«,F­� = è1 − 7,6�235√3 � /1,33é × 865,1 = 828,7 T&

- Alma

Þ�,�«,y�Ey = �½«.§2P6 − 27 − ��S × Îℎ − �¦Ï × �� =

= 43,8 × 10�2P530 − 2 × 65 − 7S × P920 − 8S × 7 = 8,7 �7�

(��,v,Ý«,�­§ = è1 − 8,7�235√3 � /1,33é × 645,6 = 614,5 T&

(½«,F­�(��,v,Ý«,F­� = 20,7828,7 = 0,03 ≤ 1,0 V�� �çã� /.��Q�5� �. (½«,�­§(��,v,Ý«,�­§ = 0,8 × 239,2614,5 = 0,31 ≤ 1,0 V�n �çã� /.��Q�5� �.

Quando da verificação da resistência à flexão é que se deve averiguar se há

necessidade de reduzir o momento flector resistente ou não. Se o valor de cálculo do

esforço cortante for inferior a 50% do esforço cortante resistente não há lugar a qualquer

redução. Neste caso,

(½«,F­�(��,v,Ý«,F­§ = 20,7828,7 = 0,03 ≤ 0,5 (½«,�­§(��,v,Ý«,�­§ = 0,8 × 239,2614,5 = 0,31 ≤ 0,5 e portanto o efeito do esforço transverso sobre o momento flector resistente pode ser

desprezado (6.2.8 do EC3).

Page 81: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

67

Interacção entre Esforço Transverso, Momento Flector e Esforço Axial

Se (�« exceder 50% de (ày,z«(valor do esforço transverso resistente a

encurvadura), a resistência de cálculo da secção transversal ao momento flector e ao

esforço axial tem de ser reduzida para ter em conta o esforço transverso (�« (5.6.7 do EC

3).

(½«,�­§(ày,z« = 0,8 × 239,2505,7 = 0,38 ≤ 0,5 V�� �çã� /.��Q�5� �.

Nota: O valor de (ày,z« é calculado no ponto de seguida.

Resistência à encurvadura local da alma por esforço transverso

Dada a geometria da secção resistente em que a alma é formada por chapas de

espessura fina, será necessário ter em conta os riscos potências de ruína por instabilidade

local ou global.

No caso de uma alma reforçada deverá verificar-se (5.4.6 (7) do EC 3), �� > 30¾ÀTë

O coeficiente de enfunamento por tensões de corte Të, é dado por,

Tabela 5.11 – Coeficiente de enfunamento

Onde � representa a distância entre septos e a altura da alma da secção em

caixão. Então,

� = 2000904 = 2,21 > 1

Existem cutelos de reforço intermédios? Valor de Të

Não Të = 5,34

Sim

�/ < 1 Të = 4 + 5,34ì� íN

�/ ≥ 1 Të = 5,34 + 4ì� íN

Page 82: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

68

Logo,

Të = 5,34 + 4ì2000904 íN = 6,13

Como, �� > 30¾ÀTë ; 9047 = 129,1 > 30 × 1 × À6,13 = 74,3

É necessária a verificação à encurvadura local da alma. Esta verificação será

efectuada de acordo com o Método Pós-Crítico Simples (5.6.3 do EC3),

A resistência da alma ao esforço cortante tendo em conta os problemas de

instabilidade, é definido em função da esbelteza da alma �� que é definida por,

�î = ��37,4 ¾ ÀTë = 904737,4 × 1 × √6,13 = 1,39

Pelo método Pós-Critico Simples, o valor de cálculo do esforço cortante, (�«, deve

ser inferior ao valor de calculo do esforço cortante resistente (ày,z«.

Onde (ày,z« é dado por,

(ày,z« = ��Þày�ÅD

Em que a tensão resistente pós-critica, Þày é dada em função da esbelteza da alma ��. Dado que �� ≥ 1,2 então,

Þày = 0,9��Q��√3 = 0,91,39 × 235√3 = 87,9 �7�

então,

(ày,z« = 904 × 7 × 87,9 1,1 = 505,7 T&

(½«,�­§(ày,z« = 0,8 × 239,2505,7 = 0,38 ≤ 1 V�n �çã� /.��Q�5� �.

Page 83: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

69

Resistência à encurvadura do banzo no plano da alma

Para impedir a possibilidade do banzo comprimido encurvar no plano da alma, a

relação /�� da alma deve satisfazer o critério seguinte (5.7.7 do EC 3):

�� ≤ T Û �Q�àÜ Ò���¦x

Em que, �� é a área da secção da alma, �¦x é a área do banzo comprimido, Q�¦ é a

tensão de cedência do banzo comprimido e T = 0,3 para banzos da classe 1.

Então,

9047 = 129,1 ≤ 0,3 × Û210 × 10�235 Ü × Ò904 × 7530 × 8 = 327,5 (.��Q�5� �

Resistência ao esmagamento da alma - Secção com �

O valor de cálculo da resistência ao esmagamento C�,Ý« da alma, deverá ser feita

para a secção 11 com W7, pois é ai que os momentos instalados são maiores, conduzindo

assim a uma maior tensão longitudinal no banzo. O valor de cálculo da resistência ao

esmagamento deve ser obtido a partir de 5.7.3 (1) do EC 3:

C�,Ý« = Î�� + ��Ï��Q���ÅD Em que,

�� = 2,5 Pℎ − S È1 − ��Åmߦ,ª«Q�¦ �NÉm,rÎ1 + 0,8 �� /Pℎ − SÏ

Onde, ℎ- Altura total; - Altura da alma; Q�¦ , Q�� – Tensão de cedência do banzo e da alma; ߦ,ª« - Tensão longitudinal no banzo; �� - Comprimento de apoio rígido;

Page 84: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

70

O comprimento de apoio rígido é determinado considerando uma degradação das

cargas a 45º,

Figura 5.33 – Degradação da carga sobre o trilho

De acordo com a figura a baixo e com os esforços instalados para a secção 11 tem-

se,

Figura 5.34 – Secção Caixão

Page 85: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

71

ߦ,ª« = & � + �F ℎD F − �§ ℎN § =

= − 16,5 × 10�22936 + −640,1 × 10� × 414,72999,6 × 10� − 59,5 × 10� × 181,1751,8 × 10�

= −103,6 �7�

Então,

�� = 2,5 P920 − 904S Ê1 − ì1,1 × 103,6235 íNËm,rÎ1 + 0,8 × 76 /P920 − 904SÏ = 8,3

C�,Ý« = P76 + 8,3S × 7 × 2351,33 = 104,3 T& > CEáF = 0,8 × 120,5 = 96,4 T&

Resistência verificada.

Nota: O factor de 0,8 deve-se ao facto de se assumir que 80 % da carga transmitida pelas

rodas do carro guincho é descarregada apenas numa alma.

Resistência ao enrugamento da alma

O valor de cálculo da resistência ao enrugamento Cy,Ý« da alma obtém-se a partir

de (5.7.4 do EC 3),

Cy,Ý« = 0,5 ��N Î� Q��Ïm,r È��¦���m,r + 3 ����¦ � ì�� íÉ�ÅD

Mas ��/ não deve ser considerado superior a 0,2. �� = 76904 = 0,08 Então,

Cy,Ý« = 0,5 × 7NP210 × 10� × 235Sm,r Èì87ím,r + 3 ì78í ì 76904íÉ1,33 = 166,9 T&

166,9 T& > CEáF = 0,8 × 120,5 = 96,4 T& V�� �çã� /.��Q�5� �

De acordo com o ponto 5.7.4 (2) do EC3, nos casos em que a peça esteja também

sujeita a momentos flectores, deve ser satisfeito o seguinte critério,

Page 86: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

72

��« ≤ �x,Ý« CEáFCy,Ý« + ��« �x,z« ≤ 1,5

�x,z« = ���,F Q��Åm = 6693,2 × 10� × 235 1,33 = 1182,6 > ��« = 640,1 T&. �

Então,

CEáFCy,Ý« + ��« �x,z« ≤ 1,5

0,8 × 120,5166,9 + 640,1 1182,6 = 1,1 ≤ 1,5 V�� �çã� /e��Q�5� �

Resistência dos cutelos ou septos intermédios - Secção � com �

Devido ao fenómeno de enfunamento, foram considerados rigidificadores (septos)

espaçados de 2 metros com �� = 6�� de espessura, estes para além de evitarem este

fenómeno também evitam a excessiva flexibilidade das almas no transporte e

manuseamento. De acordo com a norma espanhola NBE EA-95, deveram ser colocados

septos sempre que a seguinte condição não se verifique (para um S 235),

��ℎ ≥ 0,013 ⇒ 7904 = 0,0077 ≤ 0,013 V�� �çã� �ã� /.��Q�5� �

O esforço de compressão em cutelos intermédios deve ser obtido através de (5.6.5

e 5.7.6 do EC 3),

&�« = (�«,�­§ − ��Þàà�ÅD 5�� &�« ≥ 0

Em que Þàà é a tensão crítica a encurvadura por corte, dada em função de ��.

�� = ��37,4 ¾ ÀTë = 904737,4 × 1 × √6,13 = 1,39

Como �� > 1,25 então,

Þàà = 1��NQ��√3 = 11,39N × 235√3 = 70,2 �7�

Page 87: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

73

&�« = 239,2 × 10� − 904 × 7 × 70,21,33 = −94,8 T& Como o &�« deu negativo, isso significa que a alma por si só resiste ao esforço

transverso. Sendo assim os cutelos estão verificados, no entanto e de acordo com a norma

deverá também verificar-se, se o cutelo apresenta uma rigidez suficiente, para tal o

momento de inércia mínimo do cutelo deve verificar a seguinte relação:

Como �/ = 2000/904 = 2,2 ≥ √2 então,

 �,E~| ≥ 0,75 ��� = 0,75 × 904 × 7� = 2,3 × 10r ��¡

O momento de inércia do septo é então dado por,

 � = .� P6 − 27 − 2��S�12 = 6 × P530 − 2 × 65 − 2 × 7S�12 = 2,88 × 10µ ��¡

 � ≥  �,E~| ; 2,88 × 10µ ≥ 2,3 × 10r V�� �çã� /.��f�5� �

Até agora a verificação da resistência foi efectuada de acordo com a Norma

genérica para estruturas metálicas, o EC3. Passamos agora à verificação ao enfunamento

da Alma de acordo com a Norma FEM.

Page 88: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

74

5.6.1.1. Verificação da estabilidade da alma ao Enfunamento (F.E.M)

A verificação ao enfunamento é muito semelhante a verificação efectuada pela

norma espanhola NBE EA-95. O processo de cálculo é em tudo semelhante, diferendo

apenas nalguns parâmetros. As normas F.E.M são no entanto mais conservadoras,

sugerindo a utilização de tensões inferiores na verificação da estabilidade.

Uma vez que a viga caixão esta submetida a esforços de flexão e corte, as tensões

normais de compressão e as tensões de corte resultantes poderão originar instabilidade na

alma por enfunamento desta. Para evitar a ocorrência de tal fenómeno são colocadas

nervuras de rigidez designados por (septos) aumentando assim a estabilidade das almas ao

enfunamento.

Para a verificação ao enfunamento é considerada uma tensão crítica de

enfunamento, que é um múltiplo da tensão de referência de Euler, definida por,

ßݪ = ÑN × �12P1 − �NS ì.6íN

Onde 6, representa a dimensão da placa medida no sentido perpendicular aos

esforços de compressão, � o modulo de elasticidade e � o coeficiente de Poisson. Estes

troços rectangulares da alma supõem-se simplesmente apoiados pelos seus quatro bordos.

Na figura abaixo, � = 2000 �� representa distância entre septos, e 6 = 904 �� a

altura da alma.

Figura 5.35 – Placa

Para um aço, com � = 210000 &/��N e � = 0,3, a tensão de Euler vem,

ßݪ = 189800 × ì.6íN

A tensão crítica ao enfunamento, para os casos de solicitações simples de

compressão ou corte será dada por:

Page 89: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

75

Compressão: ßxz� = Tð × ßݪ

Corte: Þxz� = Të × ßݪ

Os coeficientes de enfunamento, Tð e Të são calculados a partir das expressões

dadas pelas normas F.E.M, são apresentados cinco casos diferentes, dependendo dos

valores e e Á.

Caso I

Compressão simples e uniforme e = 0

Caso II

Compressão não uniforme 0 < e < 1

Caso III

Flexão simples e = −1 ou flexão com predomínio da tracção e < −1

� =

� =

� =

Page 90: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

76

Caso IV

Flexão com compressão preponderante −1 < e < 0

Caso V

Corte puro

Compressão e Corte:

Para situações em que estejam presentes os dois tipos de esforços (compressão e

corte), a tensão de comparação crítica de enfunamento ßxz,x� vem dada por,

ßxz,x� = √ßN + 3 ÞN 1 + e4 × ß ßxz� + Ò�3 − e4 × ß ßxz� �N × � ÞÞxz� �N

Onde, ß é a tensão máxima de compressão para o troço de alma em causa,

resultante do momento flector �∗ e esforço axial, e Þ é a tensão tangencial, no troço,

admitindo que o esforço cortante (∗ é integralmente resistido pela alma e que a tensão de

corte é uniformemente distribuída ao longo da altura da alma.

No caso dos valores máximos de �∗ e (∗ não coincidirem na mesma secção do

troço, devem verificar-se as duas secções, uma onde o valor de �∗ é máximo e outra onde (∗ é máximo.

� =

� =

Page 91: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

77

De seguida verifica-se, se a instabilidade ocorre no domínio elástico ou não

elástico.

• Se, ßxz� �, √3 Þxz� �, ßxz,x� ≤ ß� = 0,8 Q� Neste caso o enfunamento dá-se antes de esgotada a capacidade de resistência

elástica. O valor da tensão crítica teórica coincide então com o valor da tensão crítica real.

• Se, ßxz� �, √3 Þxz� �, ßxz,x� ≥ ß� = 0,8 Q� Ao trabalhar-se em regime elastoplástico, o módulo de elasticidade deixa de

constante, passando a variar de ponto para ponto da curva, tensões /deformações, a

correcção efectuada tem em consideração a variação do módulo de elasticidade tangente.

A tensão real, passa a ser obtida pela multiplicação de um coeficiente de correcção,

ßzky� = 50 × ÍÇ + ÀÇN − 0,6Ð × P0,8 − ÇS × ßxz� �, √3 Þxz� �, ßxz,x�

Ç = 0,8 − Q�50 × ßxz� �, √3 Þòz� �, ßxz,x�

Uma vez determinado o valor de ßxz,x,zky�� , a verificação da estabilidade da alma

obriga a que se verifique a seguinte condição (isto para o caso de compressão e corte),

Àó� + �ô� ≤ ó�=,�,=�>�· õ

De acordo com as Normas F.E.M, o valor de ßxz,x,zky�� deve ser dividido por um

coeficiente de segurança õ, em que para o caso de solicitação II (Funcionamento da ponte

com consideração da acção do vento) é dado por,

ö = 1,50 + 0,125Pe − 1S

Uma vês efectuada a introdução teórica, procede-se de seguida a verificação das

secções ao enfunamento provocado pela flexão e esforço transverso.

Page 92: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

78

Esforços - Secção com � Verificação da Estabilidade da Alma ao Enfunamento (Norma F.E.M)

De acordo com os esforços instalados para a secção 11 tem-se,

Figura 5.36 – Secção caixão - Centro de Massa

ßD = &∗� + �F∗ ℎD F = − 16,5 × 10�22936 + −640,1 × 10� × 414,72999,6 × 10� = −89,2 �7�

ßN = &∗� + �F∗ ℎN F = − 16,5 × 10�22936 + −640,1 × 10� × −489,32999,6 × 10� = 103,7 �7�

Þ = 0,8 (�«,�­§��Îℎ − 2�¦Ï + ��«.�2P6 − 27 − ��S × Îℎ − �¦Ï × �� =

= 0,8 × 118,1 × 10�7 × P920 − 2 × 8S + 23,7 × 10�2P530 − 2 × 65 − 7S × P920 − 8S × 7 = 19,6 �7�

Nota: Na tensão de corte a primeira parcela faz referência ao esforço transverso, e

como já foi dito considera-se que 80 % desse esforço é absorvido pela alma que esta

sobre o carril, a segunda parcela faz referência as tensões tangenciais provocadas pela

torção.

Para o cálculo dos coeficientes de enfunamento define-se,

Page 93: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

79

e = ßNßD = 103,7−89,2 = −1,16

Á = �6 = 2000904 = 2,21

De acordo com os quatro casos atrás definidos, está-se perante o caso de flexão

com tracção preponderante e < −1 e Á = 2,21 ≥ 2/3 com, então tem-se,

Tð = 23,9

Como Á = 2,21 ≥ 1, então tem-se que Të é dado por,

Të = 5,34 + 4ÁN = 5,34 + 42,21N = 6,2

A tensão de referência de Euler vem,

ßݪ = 189800 × ���6 �N = 189800 × � 7904�N = 11,4 �7�

A tensão critica ao enfunamento vem,

Compressão: ßxz� = Tð × ßݪ = 23,9 × 11,4 = 272,5 �7� ≥ ß� = 0,8 × 235 = 188 �7�

Ç = 0,8 − Q�50 × ßxz,x� = 0,8 − 23550 × 272,5 = 0,782752

ßxz,zky�� = 50 × ÍÇ + ÀÇN − 0,6Ð × P0,8 − ÇS × ßxz� = 210,4 �7�

Corte: Þx÷� = Të × ßݪ = 6,2 × 11,4 = 70,7 �7� √3 Þxz� = √3 × 70,7 = 122,5 ≤ ß� = 0,8 × 235 = 188 �7� ⇒ Þxz� = Þxz,zky��

A tensão de comparação crítica de enfunamento ßxz,x� vem dada por,

ßxz,x� = √ßN + 3 ÞN 1 + e4 × ß ßxz� + Ò�3 − e4 × ß ßxz� �N + � ÞÞxz� �N

ßxz,x� = À89,2N + 3 × 19,6N 1 − 1,164 × 89,2210,4 + Òì3 + 1,164 × 89,2210,4íN + ì19,670,7íN = 189,4 �7

Page 94: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

80

Calcula-se de seguida, a tensão crítica real, ßxz,x� ≥ ß� = 0,8 Q� ⇒ 189,4 ≥ 188 = 0,8 × 235 �7�

então,

Ç = 0,8 − Q�50 × ßxz,x� = 0,8 − 23550 × 189,4 = 0,775185

ßxz,zky�� = 50 × ÍÇ + ÀÇN − 0,6Ð × P0,8 − ÇS × ßxz,x� = 189,2 �7�

Determinada a tensão de comparação critica real de enfunamento, a estabilidade

da chapa é assegurada se,

ö = 1,50 + 0,125Pe − 1S = 1,50 + 0,125P−1,16 − 1S = 1,23

Àó� + �ô� ≤ ó�=,�,=�>�ø õ ⇒ À89,2N + 3 × 19,6N = 104,9 ≤ 189,21,23 = 153,8 �7�

Condição verificada.

Page 95: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

81

Esforços - Secção � com � Verificação da Estabilidade da Alma ao Enfunamento (Norma F.E.M)

De acordo com os esforços instalados para a secção 12 tem-se,

Figura 5.37 – Secção caixão - Centro de Massa

Como o momento �F é muito reduzido, pode-se assumir que apenas temos corte

então,

Þ = 0,8 (�«,�­§��Îℎ − 2�¦Ï + ��«.�2P6 − 27 − ��S × Îℎ − �¦Ï × �� =

= 0,8 × 239,2 × 10�7 × P920 − 2 × 8S + 43,8 × 10�2P530 − 2 × 65 − 7S × P920 − 8S × 7 = 40 �7�

Nota: Na tensão de corte a primeira parcela faz referência ao esforço transverso, e

como já foi dito considera-se que 80 % desse esforço é absorvido pela alma que esta

sobre o carril, a segunda parcela faz referência as tensões tangenciais provocadas pela

torção.

Para o cálculo dos coeficientes de enfunamento define-se,

Á = �6 = 2000904 = 2,21

Page 96: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

82

Como Á = 2,21 ≥ 1, então tem-se que Të é dado por,

Të = 5,34 + 4ÁN = 5,34 + 42,21N = 6,2

A tensão de referência de Euler vem,

ßݪ = 189800 × ���6 �N = 189800 × � 7904�N = 11,4 �7�

A tensão critica ao enfunamento vem,

Corte: Þxz� = Të × ßݪ = 6,2 × 11,4 = 70,7 �7� √3 Þxz� = √3 × 70,7 = 122,5 ≤ ß� = 0,8 × 235 = 188 �7� ⇒ Þxz� = Þxz,zky��

Determinada a tensão de corte crítica real de enfunamento, a estabilidade da chapa

é assegurada se,

ö = 1,50 + 0,125Pe − 1S = 1,50 + 0,125P−1,18 − 1S = 1,22

ô ≤ ô�=,=�>�· õ ⇒ 40 ≤ 70,71,22 = 57,9 �7a

Condição verificada

Nota: Também deverá ser feita, a verificação da estabilidade do banzo ao enfunamento,

no entanto tal não se justifica pois os esforços (�§ e (F­�) são muito inferiores quando

comparados com (�F e (�­§), a espessura do banzo é superior a da alma e também o

comprimento do banzo é inferior ao da alma. Apesar de o  § ser inferior ao  F, não é

compensado pela diferença dos momentos �F . �§. Sendo assim os banzos estão

verificados quanto ao enfunamento.

Page 97: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

83

5.6.2. Travessa M3 e M4

O caso mais crítico verifica-se para a travessa �3 secção 8, para a posição WD do

carro guincho.

Tabela 5.12 – Esforços na secção crítica (Travessa M3 e M4)

Secção – SHS 200×100×6,3

Tabela 5.13 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 28,1 TU/� 6 100 �� ℎ 200 �� 5 81,1 �� 181,1 �� � 6,3 �� � 3580 ��N  � 18,29 × 10� ��¡  § 6,13 × 10� ��¡ �� 71,5 �� �§ 41,4 �� Hk�,� 183 × 10� ��� Hk�,§ 123 × 10� ��� H��,� 228 × 10� ��� Hk�,§ 140 × 10� ���  � 14,75 × 10� ��¡

Secção 8, posição P1 &½« = 17,1 T& PVS

(�«.F­� = 0,6 T& (½«.F­§ = −12,2 T& �½«.F = 0 T&. � �½«.� = −19,7 T&. � �½«.§ = 0,8 T&. �

Figura 5.38 – Secção SHS

Page 98: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

84

Classificação da secção

¾ = ¿235/Q� = À235/235 = 1

- Alma f × � × Q� = &½« f × 6,3 × 235 = 17,1 × 10� ⇒ f= 11,6 ��

� 2 + f2� = Á × ; �181,12 + 11,62 � = Á × 181,1 ⇒ Á = 0,53

� = 181,16,3 = 28,8 ≤ 396 ¾P13Á − 1S = 396 × 1P13 × 0,53 − 1S = 67,2

Classe 1

- Banzo

�52 + f2� = Á × 5; �81,12 + 11,62 � = Á × 81,1 ⇒ Á = 0,57 5� = 81,16,3 = 12,9 ≤ 396 ¾P13Á − 1S = 396 × 1P13 × 0,57 − 1S = 61,8

Então a secção é da classe 1.

Resistência à flexão composta com compressão

Os elementos com secções transversais das classes 1 e 2 sujeitas a uma

combinação de flexão e compressão devem satisfazer a condição (5.5.4 (1) do EC 3):

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ T� ��.½«���.� Q��ÅD

+ T§ �§.½«���.§ Q��ÅD< 1

com,

T� = 1 − o� × &½«Ä� × � × Q� ��� T� ≤ 1,5

o� = �� × Î2 × ÇÅ.� − 4Ï + È���,� − �k�,��k�,� É ��� o� ≤ 0,9

T§ = 1 − o§ × &½«Ä§ × � × Q� ��� T§ ≤ 1,5

o§ = �§ × P2 × ÇÅ.§ − 4S + Ê���.§ − �k�.§�k�.§ Ë ��� o§ ≤ 0,9

ÄE~| é o menor de Ä� e ħ

Page 99: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

85

Determinação do coeficiente de redução de encurvadura Ä , Ä~ = 1

Ì~ + ¿Ì~N − �~N

onde, Ìù = 0,5 × Í1 + Á~ × Î�~ − 0,2Ï + �~NÐ �~ é a esbelteza normalizada

O comprimento de encurvadura (+k), segundo o eixo dos y-y e z-z é igual a

distância entre pórticos que é cerca de +k,� = +k,§ = 2800 ��.

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo y-y

Ì� = 0,5 × Í1 + Á� × Î�� − 0,2Ï + ��NÐ onde, Á = 0,21 Curva a, secções acabadas a quente (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�� = +k,��� = 280071,5 = 39,2

�� = Û���DÜ ÀDZ = 32,193,9 = 0,42 Pβû = 1, para classe 1,2 ou 3S então, Ì� = 0,5 × 21 + 0,21 × P0,42 − 0,2S + 0,42N3 = 0,61

Ä� = 10,61 + À0,61N − 0,42N = 0,95

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo z-z ̧ = 0,5 × Í1 + Á§ × Î�§ − 0,2Ï + �§NÐ onde, Á = 0,21 Curva a, secções acabadas a quente (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

Page 100: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

86

�§ = +k,§�§ = 280041,4 = 67,6

�§ = ��§�D� ÀDZ = 67,693,9 = 0,72 Pβû = 1, para classe 1,2 ou 3S então, ̧ = 0,5 × 21 + 0,21 × P0,72 − 0,2S + 0,72N3 = 0,81

ħ = 10,81 + À0,81N − 0,72N = 0,85

Como ħ > Ä� então ÄE~| é ħ = 0,85

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, β

�.� (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.39 – Distribuição de momentos �D = −19,7 T&. � 15,6 = e × �D e = −0,79 ÇÅ,� = 1,8 − 0,7 e = 2,35

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, β�.� (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.40 – Distribuição de momentos �D = 0,8 T&. � −0,6 = e × �D e = −0,75 ÇÅ,§ = 1,8 − 0,7 e = 2,32

Está-se agora em condições de calcular os factores, o e T : o� = 0,42 × P2 × 2,35 − 4S + Ê228 − 183183 Ë = 0,54

T� = 1 − 0,54 × 17,1 × 10�0,95 × 3580 × 235 = 1

Page 101: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

87

o§ = 0,72 × P2 × 2,32 − 4S + Ê140 − 123123 Ë = 0,59 T§ = 1 − 0,59 × 17,1 × 10�0,85 × 3580 × 235 = 1

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ T� ��.½«���.� Q��ÅD

+ T§§ �§.½«���.§ Q��ÅD< 1

Sendo assim e com �ÅD = 1,33 (de acordo com as normas F.E.M e para o caso de

solicitação II, a tensão de cedência do material deve ser dividida por um factor de

segurança de 1,33) temos,

17,1 × 10�0,85 × 3580 × 2351,33 + 1 × 19,7 × 10�

228 × 10� × 2351,33 + 1 × 0,8 × 10�140 × 10� × 2351,33 = 0,55 < 1

Resistência do perfil verificada.

Resistência ao Esforço Transverso

Apesar de os esforços transversos nas travessas apresentarem valores reduzidos,

deverá verificar-se a necessidade de reduzir os momentos resistentes e de verificar a

seguinte condição (6.2.6 do EC 3).

(�«(��,v,Ý« ≤ 1,0

A área de corte para um perfil rectangular tubular é dada por,

Carga paralela à largura:

��D = � 6P6 + ℎS = 3580 × 100P100 + 200S = 1193,3 ��N

Carga paralela à altura:

��N = � ℎP6 + ℎS = 3580 × 200P100 + 200S = 2386,7 ��N

Page 102: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

88

O esforço transverso resistente plástico é dado por,

(��,Ý«,F­� = ��DÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 1193,3 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 121,7 T&

(��,Ý«,F­§ = ��NÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 2386,7 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 243,5 T&

então, (�«,F­�(��,Ý«,F­� = 0,6121,7 = 0,01 ≤ 1 V�� �çã� /.��Q�5� �

(�«,F­§(��,Ý«,F­§ = 12,2243,5 = 0,05 ≤ 1 V�� �çã� /.��Q�5� �

Deverá verificar-se também a necessidade de reduzir os momentos resistentes,

devido a interacção entre o momento flector e o esforço transverso (6.2.8 do EC 3)

(�«,F­�(��,Ý«,F­� = 0,6121,7 = 0,01 ≤ 0,5 V�� �çã� /.��Q�5� �

(�«,F­§(��,Ý«,F­§ = 12,2243,5 = 0,05 ≤ 0,5 V�� �çã� /.��Q�5� �

Então o efeito do esforço transverso sobre o momento flector resistente pode ser

desprezado.

Nota: Apesar de existirem, para outras posições do carro guincho esforços transversos

superiores ((�«,F­�), não se justifica fazer a verificação pois estes são muito reduzidos,

quando comparados com valor resistente, como de resto se pode verificar pelos cálculos

acima.

Resistência à encurvadura local da alma por esforço transverso

De acordo com o ponto 5.4.6 (7) do EC 3:

� = 181,16,3 = 28,8 < 69¾ = 69

Logo não é necessária a verificação à encurvadura local da alma.

Page 103: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

89

5.6.3. Travessa D5 e D7

O caso mais crítico verifica-se para a travessa �5 secção 5, para a posição WD do

carro guincho.

Esforços instalados (secção 5): &�« = 31,9 T&

Secção – CHS 139,7×5

Tabela 5.14 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 16,6 TU/� � 139,7 �� � 5 �� � 2120 ��N   4,81 × 10� ��¡ � 47,7 �� Hk� 68,8 × 10� ��� H�� 90,8 × 10� ���

Estado limite de utilização

Em relação ao estado limite de utilização será necessário verificar a deformada

para o peso próprio do perfil escolhido.

A flecha máxima é dada por:

¶EáF = 5 � �¡384 �   = 5 × 166 × 10­� × 2800¡384 × 210 × 10� × 4,81 × 10� = 0,13 �� ≤ �200 = 14 ��

Estado Limite Último

Classificação da secção

¾ = Ò235Q� = Ò235235 = 1

Figura 5.41 – Secção CHS

Page 104: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

90

- Para secções tubulares (5.5 do EC 3) � = 139,75 = 27,9 < 50 ¾N = 50

Então é da Classe 1

Resistência a tracção

O valor de cálculo do esforço de tracção actuante &�« em cada secção deve

satisfazer a seguinte condição (5.4.3 do EC3),

&�«&�,Ý« ≤ 1

Em que &�,Ý« é o valor de cálculo da resistência a tracção da secção transversal,

&��,Ý« = � Q��Åm = 2120 × 2351,33 = 374,6 T&

Então,

31,9374,6 = 0,08 ≤ 1 V�� �çã� (.��Q�5� �

Nota: Seria possível escolher um perfil de menor secção, no entanto por uma questão de

uniformidade escolheu-se o mesmo perfil das diagonais. E também pelo facto de quando

as cargas horizontais trocam de sentido esta travessa fica à compressão, no entanto com

um esforço inferior (&�« = 12,5 PVS T&S ao verificado para a diagonal �6, sendo assim

está verificado para ambas as situações.

Page 105: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

91

5.6.4. Diagonal D6 e D8

O caso mais crítico verifica-se para a diagonal �6 secção 5, para a posição WD do

carro guincho.

Esforços instalados (secção 5): &�« = 127,9 PVS T&

Secção – CHS 139,7×5

Tabela 5.15 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 16,6 TU/� � 139,7 �� � 5 �� � 2120 ��N   4,81 × 10� ��¡ � 47,7 �� Hk� 68,8 × 10� ��� H�� 90,8 × 10� ���

Estado limite de utilização

Em relação ao estado limite de utilização será necessário verificar a deformada

para o peso próprio do perfil escolhido.

A flecha máxima é dada por:

¶EáF = 5 � �¡384 �   = 5 × 166 × 10­� × 7539,2¡384 × 210 × 10� × 4,81 × 10� = 6,9 �� ≤ 7539,2200 = 37,7 ��

Estado Limite Último

Classificação da secção

¾ = Ò235Q� = Ò235235 = 1

Figura 5.42 – Secção CHS

Page 106: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

92

- Para secções tubulares (5.5 do EC 3) � = 139,75 = 27,9 < 50 ¾N = 50

Então é da Classe 1

Resistência a encurvadura

Para elementos sujeitos a compressão axial, o valor de cálculo do esforço axial &�«, deve verificar a seguinte condição (5.5.1 do EC3).

&½« ≤ &à,z«

onde,

&à,z« = Ä Ç± � Q��ÅD

Determinação do coeficiente de redução de encurvadura Ä . Ä = 1

Ì + ¿Ì N − � N

DZ = 1, para secções da classe 1

Esbelteza de Euler

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

Ì = 0,5 × Í1 + Á~ × Î� − 0,2Ï + � NÐ Onde, Á~ = 0,21, curva a pois acabado a quente (6.2 do EC 3)

� = +k� = 7539,247,7 = 158,1

� = � � �D� ÀDZ = 158,193,9 = 1,68 Pβû = 1, para classe 1S Então, Ì = 0,5 × 21 + 0,21 × P1,68 − 0,2S + 1,68N3 = 2,1

Ä = 12,1 + À2,1N − 1,68N = 0,29

Page 107: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

93

Então calcula-se:

&½« = 127,9 T& < 0,29 × 1 × 2640 × 2351,33 = 135,3 T&

Sendo assim o perfil tubular CHS 139,7×5 verifica.

Nota: Quando as cargas horizontais trocam de sentido esta diagonal fica a tracção, mas

este perfil como já calculado anteriormente tem, um valor de cálculo da resistência a

tracção de &��,Ý« = 374,6 T&, que é muito superior ao valor instalado que é de &�« =119,2 T&, que se verifica quando as cargas trocam de sentido.

Page 108: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

94

5.6.5. Pilar P9,P10,P11 e P12

Os casos mais críticos verificam-se para o pilar W9 secção 7, para a posição WD do

carro guincho a outra situação, verifica-se para o pilar W11 secção 13, para a posição WDm

do carro.

Tabela 5.16 – Esforços nas secções críticas (Viga resistente)

Secção – SHS 500×300×8

Tabela 5.17 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 97,9 TU/� 6 300 �� ℎ 500 �� 5 276 �� 476 �� � 8 �� � 12500 ��N  F 437,28 × 10� ��¡  � 199,51 × 10� ��¡ �F 187 �� �� 126 �� Hk�,F 1749 × 10� ��� Hk�,� 1330 × 10� ��� H��,F 2100 × 10� ��� H��,� 1480 × 10� ���  � 425,63 × 10� ���

Secção 7, posição P1 Secção 13, posição P10 &½« = 242,2 T& PVS &½« = 208,5 PVS T& (½«.F­§ = −35,2 T& (½«.F­§ = −27,6 T& (½«.�­§ = −0,3 T& (½«.�­§ = 11,5 T& �½«.F = −2,4 T&. � �½«.F = −103,8 T&. � �½«.� = 58,7 T&. � �½«.� = 46,3 T&. � �½«.§ = 0,8 T&. � �½«.§ = 3,8 T&. �

Figura 5.43 – Secção RHS

Page 109: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

95

Classificação da secção

¾ = ¿235/Q� = À235/235 = 1

- Alma f × � × Q� = &½« f × 8 × 235 = 242,2 × 10� ⇒ f= 128,8 ��

� 2 + f2� = Á × ; �4762 + 128,82 � = Á × 476 ⇒ Á = 0,64

� = 4768 = 59,5 ≤ 396 ¾P13Á − 1S = 396 × 1P13 × 0,64 − 1S = 54,1

Não é da classe 1 � = 4768 = 59,5 ≤ 456 ¾P13Á − 1S = 456 × 1P13 × 0,64 − 1S = 62,3

Classe 2

- Banzo

�52 + f2� = Á × 5; �2762 + 128,82 � = Á × 276 ⇒ Á = 0,73 5� = 2768 = 34,5 ≤ 396 ¾P13Á − 1S = 396 × 1P13 × 0,73 − 1S = 43,3

Classe 1 Então a secção é da classe 2.

Resistência à flexão composta com compressão - Secção � com

Os elementos com secções transversais das classes 1 e 2 sujeitas a uma

combinação de flexão e compressão devem satisfazer a condição (5.5.4 (1) do EC 3):

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ TF �F.½«���.F Q��ÅD

+ T� ��.½«���.� Q��ÅD< 1

com,

TF = 1 − oF × &½«ÄF × � × Q� ��� TF ≤ 1,5 oF = �F × P2 × ÇÅ.F − 4S + È���,F − �k�,F�k�,F É ��� oF ≤ 0,90

Page 110: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

96

T� = 1 − o� × &½«Ä� × � × Q� ��� T� ≤ 1,5 o� = �� × Î2 × ÇÅ.� − 4Ï + È���.� − �k�.��k�.� É ��� o� ≤ 0,90

ÄE~| é o menor de ÄF e Ä�

Determinação do coeficiente de redução de encurvadura Ä , Ä~ = 1

Ì~ + ¿Ì~N − �~N

onde, Ìù = 0,5 × Í1 + Á~ × Î�~ − 0,2Ï + �~NÐ �~ é a esbelteza normalizada

Comprimento de encurvadura ��

O comprimento de encurvadura (+k), foi determinado considerando duas situações

distintas, para o comprimento de encurvadura em torno do eixo dos x-x, é considerado o

esquema estático da figura 5.44 (lado esquerdo), considerando o pilar simplesmente

apoiado na base, pois os carros laterais podem rodar ligeiramente, para o comprimento de

encurvadura em torno dos eixos dos y-y, é considerado o esquema estático da figura 5.44

(lado direito).

Figura 5.44 - Comprimento ��,� / ��,�

Page 111: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

97

De acordo com os esquemas dos pórticos acima e consultando a norma NBE-EA-

95 (6) , e fazendo algumas simplificações, tem-se que os comprimentos de encurvadura

segundo x e y serão dados por,

- Comprimento de encurvadura +k,F Ç = À0,51P1 + �S × À4 + 1,4P5 + 6�S + 0,02P5 + 6�SN

Onde,

� = WDWN = 78,5208,5 = 0,38 ≤ 1

5 =   6 } + = 437,28 × 10� × 130002999,6 × 10� × 9000 = 0,2 ≤ 10

� = 4   6N � = 4 × 437,28 × 10�13000N × 12500 = 0,0008 ≤ 0,2

Então, Ç = À0,51P1 + 0,38S ×× À4 + 1,4P0,2 + 6 × 0,0008S + 0,02P0,2 + 6 × 0,0008SN Ç = 1,74 +k,F = + × Ç = 9000 × 1,74 = 15660 ��

- Comprimento de encurvadura +k,� Ç = À0,51P1 + �S × À1 + 0,35P5 + 6�S − 0,017P5 + 6�SN

Onde,

� = W WN = 186,6208,5 = 0,89 ≤ 1

5 =   6 } + = 199,51 × 10� × 280018,29 × 10� × 9000 = 3,39 ≤ 10

� = 4   6N � = 4 × 199,51 × 10�2800N × 12500 = 0,008 ≤ 0,2

Então, Ç = À0,51P1 + 0,89S ×× À1 + 0,35P3,39 + 6 × 0,008S − 0,017P3,39 + 6 × 0,008SN Ç = 1,44 +k,� = + × Ç = 9000 × 1,44 = 12960 �

Page 112: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

98

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo x-x

ÌF = 0,5 × Í1 + ÁF × Î�F − 0,2Ï + �FNÐ onde, Á = 0,21 Curva a, secções acabadas a quente (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�F = +k,F�F = 15660187 = 83,7

�F = ��F�D� ÀDZ = 83,793,9 = 0,89 Pβû = 1, para classe 1,2 ou 3S então, ÌF = 0,5 × 21 + 0,21 × P0,89 − 0,2S + 0,89N3 = 0,97

ÄF = 10,97 + À0,97N − 0,89N = 0,74

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo y-y Ì� = 0,5 × Í1 + Á� × Î�� − 0,2Ï + ��NÐ onde, Á = 0,21 Curva a, secções acabadas a quente (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�� = +k,��� = 12960126 = 102,9

�� = Û���DÜ ÀDZ = 102,993,9 = 1,10 Pβû = 1, para classe 1,2 ou 3S então, Ì� = 0,5 × 21 + 0,21 × P1,10 − 0,2S + 1,10N3 = 1,20

Ä� = 11,20 + À1,20N − 1,10N = 0,60

Como ÄF > Ä� então ÄE~| é Ä� = 0,60

Page 113: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

99

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, β�.� (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.45 – Distribuição de momentos �D = −103,8 T&. � 0 = e × �D e = 0 ÇÅ,F = 1,8 − 0,7 e = 1,8

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, β�.� (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.46 – Distribuição de momentos

�Ó = Ô�D + �N2 Ô + |�~| �~- corresponde ao máximo de � indicado no cálculo do ∆� �Ó = Ô−37,5 + 46,32 Ô + |46,3| = 50,7 T&. �

∆� = |�EáF| + |�E~|| = |46,3| + |−37,5| = 83,8

�D = 46,3 T&. � −37,5 = e × �D e = −0,81

ÇÅÓ = 1,4 ÇÅ× = 1,8 − 0,7 × e = 2,37

ÇÅ,� = ÇÅ× + �ÓØ� ÎÇÅÓ − ÇÅ×Ï = 2,37 + 50,783,8 P1,4 − 2,37S = 1,78

Está-se agora em condições de calcular os factores, o e T : oF = 0,89 × P2 × 1,8 − 4S + Ê2100 − 17491749 Ë = −0,16 TF = 1 − −0,16 × 208,5 × 10�0,74 × 12500 × 235 = 1,02

o� = 1,10 × P2 × 1,78 − 4S + Ê1480 − 13301330 Ë = −0,37

Page 114: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

100

T� = 1 − −0,37 × 208,5 × 10�0,6 × 12500 × 235 = 1,04 &½«ÄE~| � Q��ÅD

+ TFF �F.½«���.F Q��ÅD+ T�� ��.½«���.� Q��ÅD

< 1

Sendo assim e com �ÅD = 1,33 (de acordo com as normas F.E.M e para o caso de

solicitação II, a tensão de cedência do material deve ser dividida por um factor de

segurança de 1,33) temos,

208,5 × 10�0,6 × 12500 × 2351,33 + 1,02 × 103,8 × 10�

2100 × 10� × 2351,33 + 1,04 × 46,3 × 10�1480 × 10� × 2351,33 = 0,63 < 1

Resistência do perfil verificada.

Resistência a torção

No caso de elementos sujeitos a torção em que as deformações de distorção

poderão ser ignoradas, o valor de cálculo do momento torsor actuante 'ª« em cada secção

transversal deverá satisfazer a condição (6.2.7 do EC3), 'ª«'Ý« ≤ 1,0

Para secções de parede fina, e segundo a 1ª Fórmula de Bredt, as tensões

tangenciais Þ serão dadas por, (admitindo que Þ é constante ao longo da espessura)

Þ = '2 � � Onde, ' é o momento torsor, � a área media da secção e � a espessura.

Para o limiar da plastificação, a tensão de corte máxima segundo o critério de Von

Mises é dada por,

ÞEáF = ßxk«√3 = 235√3 = 135,7 �7�

Então o momento torsor resistente 'Ý« será dado por,

'Ý« = ÞEáF × 2 × P6 − �S × Pℎ − �S × � = = 135,7 × 2 × P300 − 8S × P500 − 8S × 8 = 311,9 T&. �

Page 115: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

101

É na secção 13 para a posição W7 do carro guincho, onde se verifica o maior valor

do momento torsor ��«.� = 'ª« = 5,5 T&. �, sendo assim e de acordo com o calculado

atrás deverá verificar-se o seguinte.

'ª«'Ý« = 5,5 311,9 = 0,02 ≤ 1,0 V�� �çã� /.��Q�5� �

Resistência ao Esforço Transverso - Secção � com

No caso de uma combinação de esforço transverso e momento torsor, o valor de

cálculo do esforço transverso resistente plástico com torção devera ser reduzido de (��,Ý«

para (��,v,Ý« e o valor de cálculo do esforço transverso actuante deverá satisfazer a

condição (6.2.6 do EC 3):

(�«(��,v,Ý« ≤ 1,0

Onde, (��,v,Ý« para uma secção tubular é dado por (6.2.7 do EC 3),

(��,v,Ý« = âããä1 − Þ�,�«� Q�√3� /�Åmåææ

ç (��,Ý«

A área de corte para um perfil tubular é dada por,

Carga paralela à largura:

��D = � 6P6 + ℎS = 12500 × 300P300 + 500S = 4687,5 ��N

Carga paralela à altura:

��N = � ℎP6 + ℎS = 12500 × 500P300 + 500S = 7812,5 ��N

Então,

(��,Ý«,F­§ = ��DÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 4687,5 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 478,2T&

(��,Ý«,�­§ = ��NÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 7812,5 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 797 T&

Page 116: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

102

A tensão tangencial é dada por,

Þ�,�« = ��«.§2 × P6 − �S × Pℎ − �S × � = 3,8 × 10�2298,6 × 10� = 1,6 �7�

Está-se agora em condições de calcular (��,v,Ý«,

(��,v,Ý« = âããä1 − Þ�,�«� Q�√3� /�Åmåææ

ç (��,Ý«

(��,v,Ý«,F­§ = è1 − 1,6�235√3 � /1,33é 478,2 = 471,7 T&

(��,v,Ý«,�­§ = è1 − 1,6�235√3 � /1,33é 797 = 784,5 T&

(�«,F­§(��,v,Ý«,F­§ = 27,6471,7 = 0,06 ≤ 1,0 V�� �çã� /.��Q�5� �. (�«,�­§(��,v,Ý«,�­§ = 11,5784,5 = 0,02 ≤ 1,0 V�� �çã� /.��Q�5� �.

Quando da verificação da resistência à flexão é que se deve averiguar se há

necessidade de reduzir o momento flector resistente ou não. Se o valor de cálculo do

esforço cortante for inferior a 50% do esforço cortante resistente não há lugar a qualquer

redução. Neste caso,

(�«,F­§(��,v,Ý«,F­§ = 27,6471,7 = 0,06 ≤ 0,5 V�� �çã� /.��Q�5� �. (�«,�­§(��,v,Ý«,�­§ = 11,5784,5 = 0,02 ≤ 0,5 V�� �çã� /.��Q�5� �.

e portanto o efeito do esforço transverso sobre o momento flector resistente pode ser

desprezado (6.2.8 do EC3).

Page 117: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

103

Nota: Apesar de existirem, para outras posições do carro guincho esforços transversos

superiores ((�«,F­§ ou (�«,�­§), não se justifica fazer a verificação pois estes são muito

reduzidos, quando comparados com valor resistente, como de resto se pode verificar pelos

cálculos acima.

Resistência à encurvadura local da alma por esforço transverso

De acordo com o ponto 5.4.6 (7) do EC 3:

� = 4768 = 59,5 < 69¾ = 69

Logo não é necessária a verificação à encurvadura local da alma.

Page 118: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

104

5.6.6. Carros Laterais C13 e C14

O caso mais crítico verifica-se para a viga V13 secção 2, para a posição WD do

carro guincho.

Tabela 5.18 – Esforços na secção crítica (Carros Laterais C13 e C14)

Secção – HEB 360

Tabela 5.19 – Propriedades da secção

Propriedade Valor Unidade � 142 TU/� 6 300 �� ℎ 360 �� 261 �� �� 12,5 �� �¦ 22,5 �� � 18060 ��N  � 431,9 × 10� ��¡  § 101,4 × 10� ��¡ �� 154,6 �� �§ 74,9 �� Hk�,� 2400 × 10� ��� Hk�,§ 676,1 × 10� ��� H��,� 2683 × 10� ��� H��,§ 1032 × 10� ���  � 2883 × 10� ���  � 2292,5 × 10¡ ��¡

Secção 2, posição P1 &½« = 43,8 T& PVS

(�«.F­� = −0,4 T& (½«.F­§ = −339 T& �½«.F = 0 T&. � �½«.� = −203,6 T&. � �½«.§ = −0,3 T&. �

Figura 5.47 – Secção HEB

Page 119: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

105

Classificação da secção

¾ = ¿235/Q� = À235/235 = 1

- Alma f × �� × Q� = &½« f × 12,5 × 235 = 43,8 × 10� ⇒ f= 14,9 ��

� 2 + f2� = Á × ; �2612 + 114,92 � = Á × 261 ⇒ Á = 0,53

�� = 26112,5 = 20,9 ≤ 396 ¾13Á − 1 = 39613 × 0,53 − 1 = 67,2

- Banzo f × �¦ × Q� = &½« f × 22,5 × 235 = 43,8 × 10� ⇒ f= 8,3 ��

�52 + f2� = Á × 5; �143,82 + 8,32 � = Á × 143,8 ⇒ Á = 0,53 5�¦ = 143,822,5 = 6,4 ≤ 9 ¾Á√Á = 9 × 10,53 × À0,53 = 23,3

Classe 1

Então o HEB é da classe 1.

Resistência à flexão composta com compressão

Os elementos com secções transversais das classes 1 e 2 sujeitas a uma

combinação de flexão e compressão devem satisfazer a condição (5.5.4 (1) do EC 3):

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ T� ��.½«���.� Q��ÅD

+ T§ �§.½«���.§ Q��ÅD< 1

com,

T� = 1 − oF × &½«Ä� × � × Q� ��� T� ≤ 1,5

oF = �� × Î2 × ÇÅ.� − 4Ï + È���,� − �k�,��k�,� É ��� o� ≤ 0,9

T§ = 1 − o§ × &½«Ä§ × � × Q� ��� T§ ≤ 1,5

Page 120: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

106

o§ = �§ × P2 × ÇÅ.§ − 4S + Ê���.§ − �k�.§�k�.§ Ë ��� o§ ≤ 0,9

ÄE~| é o menor de Ä� e ħ

Determinação do coeficiente de redução de encurvadura Ä , Ä~ = 1

Ì~ + ¿Ì~N − �~N

onde, Ìù = 0,5 × Í1 + Á~ × Î�~ − 0,2Ï + �~NÐ �~ é a esbelteza normalizada

O comprimento de encurvadura (+k), segundo o eixo dos y-y e z-z foi considerado

como sendo igual ao comprimento total do carro +k,� = +k,§ = 4000 ��.

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo y-y Ì� = 0,5 × Í1 + Á� × Î�� − 0,2Ï + ��NÐ onde, Á = 0,34 Curva b, pois ℎ/6 ≤ 1,2 . �¦ ≤ 100 (6.2 do EC 3)

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�� = +k,��� = 4000154,6 = 25,9

�� = Û���DÜ ÀDZ = 25,993,9 = 0,28 Pβû = 1, para classe 1,2 ou 3S então, Ì� = 0,5 × 21 + 0,34 × P0,28 − 0,2S + 0, 28N3 = 0,55

Ä� = 10,55 + À0,55N − 0,28N = 0,98

- Determinação do coeficiente de redução de encurvadura no eixo z-z ̧ = 0,5 × Í1 + Á§ × Î�§ − 0,2Ï + �§NÐ onde, Á = 0,34 Curva b, pois ℎ/6 ≤ 1,2 . �¦ ≤ 100 (6.2 do EC 3)

Page 121: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

107

�D = ÑÒ�Q� = ÑÒ210000 235 = 93,9

�§ = +k,§�§ = 400074,9 = 53,4

�§ = ��§�D� ÀDZ = 53,493,9 = 0,67 Pβû = 1, para classe 1,2 ou 3S então, ̧ = 0,5 × 21 + 0,34 × P0,67 − 0,2S + 0,67N3 = 0,80

ħ = 10,80 + À0,80N − 0,67N = 0,81

Como Ä� > ħ então ÄE~| é ħ = 0,81

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, β

�.� (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.48 – Distribuição de momentos �D = −203,6 T&. � 0 = e × �D e = 0 ÇÅ× = 1,8 − 0,7 × e = 1,8

- Determinação do factor de momento uniforme equivalente, β�.� (fig. 5.5.3 do EC 3)

Figura 5.49 – Distribuição de momentos �D = −0,3 T&. � 0 = e × �D e = 0 ÇÅ× = 1,8 − 0,7 × e = 1,8

Tem-se agora condições para calcular os factores, o e T :

o� = 0,28 × P2 × 1,8 − 4S + Ê2683 − 24002400 Ë = 0,006

Page 122: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

108

T� = 1 − 0,006 × 43,8 × 10�0,98 × 18060 × 235 = 1 o§ = 0,67 × P2 × 1,8 − 4S + Ê1032 − 676,1676,1 Ë = 0,26

T§ = 1 − 0,26 × 43,8 × 10�0,81 × 18060 × 235 = 1

&½«ÄE~| � Q��ÅD+ TF �F.½«���.F Q��ÅD

+ T§ �§.½«���.§ Q��ÅD< 1

Sendo assim e com �ÅD = 1,33 (de acordo com as normas F.E.M e para o caso de

solicitação II, a tensão de cedência do material deve ser dividida por um factor de

segurança de 1,33) temos,

43,8 × 10�0,81 × 18060 × 2351,33 + 1 × 203,6 × 10�

2683 × 10� × 2351,33 + 1 × 0,3 × 10�1032 × 10� × 2351,33 = 0,45 < 1

Resistência do perfil verificada.

Verificação à encurvadura lateral (bambeamento)

Os elementos das classes 1 ou 2 em que o bambeamento seja um modo de ruína

potencial devem verificar a seguinte equação (5.5.4 (2) do EC 3).

&½«Ä§� Q��ÅD+ TBv ��.½«ÄBv ���.� Q��ÅD

+ T§ �§.½«���.§ Q��ÅD≤ 1

onde, T§ = 1, já calculado

TBv = 1 − oBv &½«Ä§ � Q� ��� TBv ≤ 1

oBv = 0,15 �§ ÇÅ.Bv − 0,15 ��� oBv ≤ 0,9 β�.� = β�.� = 1,8, já calculado �§, já calculado

Então, oBv = 0,15 × 0,67 × 1,8 − 0,15 = 0,031

Page 123: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

109

TBv = 1 − 0,031 × 46,5 × 10�0,81 × 18060 × 235 = 1

ÄBv = 1ÌBv + ¿ÌBvN − �BvN ��� ÄBv ≤ 1,0

em que, ÌBv = 0,5 × Í1 + ÁBv × Î�Bv − 0,2Ï + �BvNÐ ÁBv = 0,21 pois ℎ/6 = 360/300 = 1,2 ≤ 2 (6.3.2.2 do EC 3)

�Bv = ÒH�,�� Q��xz

Segundo o Anexo F tabela 1.1 do EC 3, e considerando k=1 e kw =1 e um perfil

duplamente simétrico temos VD = 1,879

Pois, �D = −203,6 T&. � 0 = e × �D e = 0

O momento critico elástico é dado por,

�xz = VD ÑN�  §+BvN ì TT�íN  � + 0,039 +BvN  �  §

= 1,879 × ÑN × 210 × 10� × 101,4 × 10� 4000N ×

×ì11íN × 2883 × 10� + 0,039 × 4000N × 292,5 × 10¡ 101,4 × 10� = 5318,3 T&. �

�Bv = ÒH�,�� Q��xz = Ò2683 × 10� × 2355318,3 × 10� = 0,34

Pode-se agora calcular o ÌBv e ÄBv, ÌBv = 0,5 × 21 + 0,21 × P0,34 − 0,2S + 0,34N3 = 0,57

ÄBv = 10,57 + À0,57N − 0,34N = 0,97

Então calcula-se,

Page 124: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

110

43,8 × 10�0,81 × 18060 × 2351,33 + 1 × 203,6 × 10�

0,97 × 2683 × 10� × 2351,33 + 1 × 0,3 × 10�1032 × 10� × 2351,33 =

= 0,46 ≤ 1

Resistência do perfil verificada.

Resistência ao Esforço Transverso

Para a secção 1, o esforço de corte é elevado e como tal é necessário verificar se

existe redução do momento flector resistente, mas antes deverá verificar-se o seguinte

(6.2.6 do EC 3):

(�«(��,v,Ý« ≤ 1,0

A área de corte, para secções laminadas em H e carga paralela á alma é dada por, ��D = � − 26�¦ + P�� + 2�S�¦ = = 18060 − 2 × 300 × 22,5 + P12,5 + 2 × 27S × 22,5 = 6056,3 mmN

Para a carga paralela ao banzo, ��N = 26�¦ = 2 × 300 × 22,5 = 13500 mmN O valor do esforço transverso resistente plástico é dado por, (��,Ý«,F­§ = ��DÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 6056,3 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 617,5 T&

(��,Ý«,F­� = ��NÎQ� √3⁄ Ï�Åm = 13500 × Î235 √3⁄ Ï1,33 = 1377,2 T&

Então, (�«,F­§(��,Ý«,F­§ = 339617,5 = 0,55 ≤ 1 ��� ≥ 0,5 Sendo assim o efeito do esforço transverso sobre o momento flector resistente não

pode ser desprezado (6.2.8 do EC 3).

(�«,F­�(��,Ý«,F­� = 0,41377,2 = 0,0003 ≤ 1 . 0,5

Page 125: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

111

Nota: Apesar de existirem, para outras posições do carro guincho esforços transversos

superiores ((�«,F­�), não se justifica fazer a verificação pois estes são muito reduzidos,

quando comparados com valor resistente, como de resto se pode verificar pelos cálculos

acima.

Momento Flector e Esforço Transverso

Segundo o EC3 quando (�« excede 50% de (��,Ý«, o valor de cálculo do momento

resistente da secção transversal deve ser reduzido para ��,z«, valor de cálculo reduzido

do momento resistente plástico tendo em conta o esforço transverso. Então deverá

verificar-se as seguintes condições (6.2.8 do EC3),

��« ≤ ��,�,z« ��,�,z« ≤ �x,z«

��,�,z« = ����,� − � ��DN4 �� � Q��Åm

Em que,

� = Û2 (�«,F­§(��,z« − 1ÜN = �2 × 339617,5 − 1�N = 0,0095

Então,

��,�,z« = �2683 × 10� − 0,0095 × 6056,3N4 × 12,5 � × 2351,33 = 472,8 T&. �

O valor de cálculo do momento flector resistente da secção transversal é da do

por,

�x,z« = ��� Q��Åm = 2683 × 10� × 235 1,33 = 474,1 T&. �

Sendo assim tem-se,

203,6 T&. � ≤ 472,8 T&. � 472,8 T&. � ≤ 474,1 T&. �

Resistência verificada.

Page 126: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

112

Interacção entre Esforço Transverso, Momento Flector e Esforço Axial

Se (�« exceder 50% de (ày,z«(valor do esforço transverso resistente a

encurvadura), a resistência de cálculo da secção transversal ao momento flector e ao

esforço axial tem de ser reduzida para ter em conta o esforço transverso (5.6.7 do EC 3):

O (ày,z«, valor de resistência a encurvadura por esforço transverso é dado por,

(ày,z« = ��Þày�ÅD

Em que Þày, resistência pós-encurvadura ao corte é dado em função de,

�� = /��37,4 ¾ ÀTë = 261/12,537,4 × 1 × À5,34 = 0,24

O valor de Të = 5,34 pois não existem reforços transversais intermédios. Como �� ≤ 0,8 então,

Þày = Q��√3 = 235√3 = 135,7 �7�

(ày,z« = ��Þày�ÅD = 261 × 12,5 × 135,71,33 = 402,5 T&

Então,

(�«,F­§(ày,z« = 339402,5 = 0,84 ≥ 0,5 Como (�«,F­§ ≥ 0,5 × (ày,z«, deve verificar-se,

��«,� ≤ �¦,z« + P���,z«,� + �¦,z«S È1 − Û2 (�«,F­§(ày,z« − 1ÜÉ

Como existe esforço axial, os valores de �¦,z« e ���,z«,�devem ser reduzidos.

� = &�«&��,Ý« = 43,8 × 10�� Q��Åm

= 43,8 × 10�18060 × 2351,33 = 0,01 < 0,2

Então o valor de �¦,z« e ���,z«,� não terão de ser reduzido.

Page 127: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

113

O momento resistente plástico é dado por, ���,z«,� = ���.z«,� Q��Åm = 2683 × 10� × 235 1,33 = 474,1 T&. �

O momento resistente plástico da secção constituída apenas pelos banzos é dada

por,

�¦,z« = 26�¦ �ℎ − �¦2 � Q��Åm = 2 × 300 × 22,5 ì360 − 22,52 í × 2351,33 = 402,5 T&. �

Verifica-se então,

203,6 × 10� ≤ 402,5 × 10� + P474,1 × 10� + 402,5 × 10�S ×

× 1 − Û2 × 374,9 × 10�402,5 × 10� − 1ÜN� = 625,7 × 10�

Resistência verificada.

Resistência à encurvadura local da alma por esforço transverso

De acordo com o ponto 5.4.6 (7) do EC 3: �� = 26112,5 = 20,9 < 69¾ = 69

Logo não é necessária a verificação à encurvadura local da alma.

Page 128: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

114

5.7. Verificação do Estado Limite de Utilização

Na verificação do Estado Limite de Utilização considera-se as mesmas posições

para o carro guincho. O estado limite de utilização estabelece os limites à deformação das

peças das estruturas e portanto à deformação global da própria estrutura.

De salientar que para a verificação do estado limite de utilização, não são usados

coeficientes de majoração.

De acordo com a referência (7), do Centre Suice de la Construction Métalique, as

flechas admissíveis máximas são dadas por:

As flechas limites Verticais em Pórticos Rolantes são dados por:

Peso do carro + Carga Nominal JEáF < +800 = 13000800 = 16,25 ��

Peso do carro + Carga Nominal+ Peso Próprio JEáF < +500 = 13000500 = 26 ��

As flechas limites Horizontais em Pórticos Rolantes são dados por:

bEáF, ¶EáF < ℎ500 = 9000500 = 18 ��

De seguida apresentam-se as deformadas para as posições mais críticas, do carro-

guincho, ou seja aquelas que conduzem as flechas mais elevadas.

Carro-Guincho na Posição

Tabela 5.20 – Verificação do Estado Limite de Utilização (Todas as solicitações)

Pontos críticos FP��S �P��S §P��S

Pilares 7 -10,618 9,41 -1,893

Page 129: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

115

Figura 5.50 – Deformada do Pórtico – Rolante (Todas as solicitações)

Carro-Guincho na Posição �

Tabela 5.21 – Verificação do ELU (Cargas Verticais - Peso do Carro + Carga Nominal)

Figura 5.51 – Deformada do Pórtico – Rolante (Cargas Verticais - Peso do Carro + Carga Nominal)

Pontos críticos FP��S �P��S §P��S

Viga Caixão 11-12 -0,660 -0,001 -12,680

Page 130: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

116

Tabela 5.22 – Verificação do Estado Limite de Utilização (Todas as solicitações)

Figura 5.52 - Deformada do Pórtico – Rolante (Todas as solicitações)

De acordo com os resultados acima, o estado limite de utilização esta verificado.

Pontos críticos FP��S �P��S §P��S

Viga Caixão 11-12 -5,703 8,220 -13,589

Pilares 16 -3,692 11,383 -0,667

Page 131: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

117

6. Dimensionamento dos Elementos Mecânicos

Dimensionada a estrutura pórtico, segue-se o dimensionamento dos restantes

elementos, nos quais se incluem os blocos de rodas e moto-redutores.

6.1. Dimensionamento das Rodas

O dimensionamento das rodas foi efectuado com recurso ao catálogo da STAHL

(8) (anexo 4). Para tal é necessário conhecer e definir as seguintes características:

a) Carga máxima nas rodas

Na tabela abaixo tem-se as cargas máximas e mínimas nas rodas, que não são mais

que as reacções nos apoios retiradas do programa de análise estrutural Multiframe.

Foi considerada a aplicação de motores nas quatro rodas. De salientar e de acordo

com as normas FEM (4.2.4.1.1), os valores das reacções foram obtidos sem coeficientes

de majoração. Nesta tabela apenas se apresentam às reacções para as posições do carro-

guincho, que levam as reacções mais elevadas.

Tabela 6.1 – Reacções máximas nas rodas

Tabela 6.2 – Reacções mínimas nas rodas

Nota: As reacções apresentadas segundo o eixo do x-x são o somatório das reacções para

o par de rodas do mesmo carro lateral, foram obtidas não considerando as cargas

transversais devido ao rolamento do carro-guincho, e a força do vento foi multiplicada

por um factor de 0,8, pois o valor da velocidade do vento é elevado demais para as

condições de funcionamento normais. ((�k|�} = 72 × 0,8 = 57,6 T�/ℎ, onde os 72 T�/ℎ foi a velocidade considerada para o dimensionamento da estrutura pórtico, mas

manifestamente elevada para as condições de trabalho normais).

<?Açã< <?Açã< � ��[��] 23,6 16,9 ��[��] −6,9 −13,7 �� [��] 288,9 180,9

<?Açã< <?Açã< � �� [��] 24,2 24,2

Page 132: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

118

De acordo coma norma e o catálogo da STAHL, a carga a utilizar para a escolha

das rodas é dada por,

C~« = CE~| + 2CEáF3 = 24,2 + 2 × 288,93 = 200,7 T&

b) Classificação do Grupo dos Elementos Mecânicos

De acordo com o definido anteriormente, o grupo segundo a norma F.EM, dos

elementos mecânicos é o 1Am.

c) Velocidade do Pórtico

A velocidade do pórtico já foi definida, como sendo igual a (� = 40 �/���.

d) Tipo e dimensões do Carril

De acordo a empresa Gantrail (8) (produtora de carris), a largura cheia do carril

pode ser determinada considerando uma largura de 2,5 �� por tonelada,

Então tem-se,

Tk = 2,5 × 200,7 × 10�9,81 × 10� = 51,2 ��

Da tabela abaixo escolhe-se o tipo de carril.

Tabela 6.3 – Dimensões do carril DIN 536

Page 133: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

119

Tabela 6.4 – Dimensões dos carris DIN 536

De acordo com a tabela acima, escolhe-se um carril do tipo A75, uma vez que este

apresenta uma largura efectiva de contacto entre a roda e o carril de Tk¦¦ = T − 2�D =75 − 2 × 8 = 59 �� > Tk = 51,2. Um outro factor que determinou a escolha deste

carril, prende-se com o facto de aquando da escolha das rodas, estas serem determinadas

com base no Tk¦¦, como de resto se pode verificar na tabela abaixo.

Escolha das Rodas Uma vez definidas as características necessárias á escolha das rodas, e de acordo

com o catálogo da empresa STAHL, tem-se a seguinte tabela.

Tabela 6.5 – Carga admissível por roda (SR-E-400)

Page 134: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

120

Sendo assim e de acordo com o catálogo da STAHL, serão escolhidas rodas do

tipo SR-E-400 com 400 �� de diâmetro, e com uma capacidade de carga de C~« §�� =20250 TU . Esta escolha prende-se com o facto de ser necessário verificar as seguintes

condições.

CEáF = 28890 ≤ C§�� = 30000 TU C~« = 20070 < C~« §�� = 20250 TU

Verificação da Reacção Máxima Horizontal

De acordo com o catálogo de onde foram seleccionadas as rodas, a máxima

reacção horizontal transversal deverá verificar a seguinte a condição.

CEáF,vzy|��kz�y� < 20 % C§�� ⇒ 1370 < 0,2 × 30000 = 6000 TU

Dimensionamento dos Grampos de Fixação do Carril

Os grampos de fixação são dimensionados para resistir as cargas transversais ao

carril PCEáF,vzy|��kz�y� = 13,7 T&S, então e de acordo com a empresa Gantrail escolhe-

se um grampo de fixação do tipo 9116/08/29 (anexo5) que apresenta uma capacidade de

carga horizontal de 55 T&.

Figura 6.1 – Grampo de Fixação/Componentes (9)

Page 135: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

121

O componente número 5 da figura 6.1 é uma base soldável para posterior fixação

do grampo, pois o carril ira apoiar numa base metálica com uma largura de 370 ��, base

metálica esta que por sua vez é fixada ao betão por meio de chumbadouros. Sobre esta

base é soldado o componente número 5, para posterior fixação do parafuso (componente

numero 4).

Figura 6.2 – Carril sobre base metálica

Relativamente ao cordão de soldadura do componente 5, este deverá ser soldado

por um cordão de 4 �� de espessura de garganta.

Figura 6.3 – Detalhe do cordão de soldadura (9)

Dimensionamento do Betão e Espessura da chapa de base

Para a tensão de compressão na fundação entre a chapa de base e a sapata de

betão, deverá verificar-se o seguinte:

Utilizado um betão do tipo C20/25, com uma tensão de ruptura a compressão de Qx� = 20 &/��N.

Page 136: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

122

&½«G� ≤ 0,7Qx�

Onde G� é á área reduzida da secção.

G� = G − �¦

E �¦ é a área total da furação. Da expressão anterior resulta:

Û� × � − �¦ × Ñ�N4 Ü × 0,7Qx« ≥ &½«

Onde as dimensões � . � são dadas nas figuras 6.2 e 6.4.

� = 370 ��, � = 182 ��

Utilizando parafusos M16, tem-se,

Û370 × 182 − 2 × Ñ × 18N4 Ü × 0,7 × 18,7 = 884,5 T& ≥ 288,9 T&

Betão verificado.

Figura 6.4 – Degradação da carga sobre o trilho

O dimensionamento da espessura da placa pode ser efectuado considerando a

flexão de uma viga em balanço, sob acção de uma carga uniformemente distribuída igual

à tensão de contacto ßx.

ßx = &½«� × � − �¦ × Ñ�N4

ßx = 288,9 × 10�370 × 182 − 2 × Ñ × 18N4 = 4,3 &/��N

Page 137: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

123

Considerando uma faixa de 10 mm de espessura, calcula-se o momento máximo

na secção crítica,

� = ßx6 +N2

� = 16 6�N

Em função da tensão resistente do aço S355, é então possível determinar a

espessura mínima t,

ߦ = � � = 3ßx × +N�N ≤ ßÝ«

� ≥ Ò3 × 4,3 × 85N355 = 16,2 ��

Escolhe-se então � = 18 ��.

Dimensionamento dos chumbadouros Estes chumbadouros serão os elementos de ligação da base metálica na qual

assenta o carril, ao betão. Estes apenas estarão solicitados ao corte, gerado pela reacção

transversal e longitudinal instalada nas rodas dos carros laterais.

O esforço corte resultante é dado por,

(zk����y|�k = ¿CFN + C�N = À45,6N + 7,7N = 46,3 T&

Resistência ao corte (Quadro 6.5.3 do EC 3) Como dois parafusos trabalham ao corte,

u�,Ý« = (zk����y|�k2 = 0,6 Q�à ���Åà = 0,6 × 400 × ��1,25 ⇒ �� = 120,6 ��N

Escolhe-se então parafusos M16, com uma área �� = 157 ��N, classe 4.6.

u�,Ý« = 0,6 Q�à ���Åà = 0,6 × 400 × 157 × 10­�1,25 = 30,1 > (zk����y|�k2 = 23,2 T&

Resistência verificada.

Page 138: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

124

Resistência ao esmagamento (Quadro 6.5.3 do EC3)

A resistência ao esmagamento, é dada por:

uà,Ý« = 2,5 Á Q� ��Åà

Em que Á, é o menor dos seguintes valores: .D3 m = 213 × 18 = 0,39

7D3 m − 0,25 = 6503 × 18 − 0,25 = 11,8

Q�àQ� = 600360 = 1,7

1 �E~| = 16 ��, espessura da chapa de base.

uà,Ý« = 2,5 × 0,39 × 360 × 16 × 16 × 10­�1,25 = 71,9 T& > u�,½« = 23,2 T&

Resistência ao esmagamento verificada.

Espaçamento dos Grampos de Fixação do Carril

De acordo com os catálogos da mesma empresa, esta sugere que para aplicações

normais, os grampos sejam espaçados de 650 em 650 ��.

Page 139: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

125

6.2. Escolha do tipo de Moto-Redutor

Para determinar o binário necessário para vencer a carga vertical, efectua-se o

cálculo da resistência ao rolamento, então e de acordo com a figura seguinte tem-se.

Figura 6.5 – Resistência ao rolamento Para calcular a intensidade da força que faz rolar a roda, e portanto permite vencer

a resistência ao rolamento u�/±, é necessário considerar dois momentos calculados em

relação a geratriz que passa em %.

- Momento da resistência ao rolamento = CEáF ×

- Momento da força motora = u × �

Igualando estes momentos temos:

CEáF × = u × � ⇒ u = CEáF × �

Onde é o coeficiente de resistência ao rolamento e, por ser um comprimento

exprimisse em metros. Para o caso de análise considera-se = 0,0005 � (roda de vagão

carril).

u = CEáF × � = 288,9 × 0,00050,2 = 0,72 T&

Á resistência ao rolamento calculada anteriormente, ainda se deverá somar a acção

horizontal do Vento e da Inércia a vencer para por o pórtico em movimento. De acordo

com o programa de análise estrutural tem-se uma reacção de CF,EáF = 23,6 T&. O valor

desta reacção é dividido por dois, pois teremos dois motores em cada carro lateral.

Então, u�}�y� = u + C�k|�}w´|ézx~y/2 = 0,72 + 23,6/2 = 12,6 T&

Page 140: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

126

Potência do Motor Foi escolhido um motor do catálogo da STAHL (anexo 4), para uma roda com um

diâmetro de 400 ��. Como já definido anteriormente tem-se que a velocidade a atingir

pelo pórtico é de (i,�óz�~x} = 40 [�/���], o motor escolhido apresenta duas velocidades 10/40 [�/���], devido à bobine ter 2 enrolamentos (ou funciona 1 ou o outro e por isso

as velocidades diferentes).

W = � × � [T�] Onde, � = u�}�y� × � = 12,6 × 10� × 0,2 = 2520 &. �

� = (i,�óz�~x}� = 0,170,2 = 0,85 �� /�

Em que, u�}�y� - Resistência ao rolamento total � - Raio da roda (� = 200 ��S (i,�óz�~x}- Velocidade linear ((i,�óz�~x} = 0,17 �/�S

A potência do motor é então dada por, W = � × � = 2520 × 0,85 = 2,2 T�

Do catálogo da STAHL escolhe-se um moto-redutor do tipo SA-C 6730523, com

uma potência de 3,2 T�.

Resistência ao derrube do Pórtico Rolante

As reacções nos apoios têm todas, sentido positivo na direcção vertical pelo que

não é gerado um binário de capaz de provocar o derrube da estrutura. Mesmo quando o

pórtico não esta carregado, a força do vento não gera reacções nos apoios negativas,

sendo assim a resistência ao derrube esta assegurada, e a geometria do pórtico validada.

Page 141: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

127

7. Dimensionamento das Ligações Aparafusadas

Uma vez dimensionada a estrutura resistente e todos os seus elementos, procede-

se de seguida ao dimensionamento das ligações aparafusadas, de acordo com as

disposições apresentadas no EC 3. As ligações ao corte apresentadas são da Categoria A –

ligações aparafusadas correntes, no que respeita a ligações traccionadas, estas pertencem

à Categoria D – ligações com parafusos não pré-esforçados. Consultando o quadro 6.5.3

do EC3, obtêm-se os critérios de resistência adequados para os parafusos.

Para o dimensionamento do nó rígido, (ligação viga resistente – pilar e pilar – carros

laterais) segue os pressupostos do Anexo J, do Eurocódigo 3, determinando a resistência

do banzo e da placa de testa através da análise de sucessivas flanges T equivalentes, o

modelo da flange T é representado na figura 7.1. A resistência global da ligação será

função da resistência de cada uma das fiadas de parafusos e do mecanismo de deformação

definido, para cada uma dessas fiadas de parafusos.

Figura 7.1 – Flange T

Disposição dos furos para os parafusos (6.5 do EC3)

A disposição dos furos dos parafusos, deve ser tal que, facilite a colocação dos

parafusos, e também deve obedecer aos limites da validade das regras utilizadas para

determinar as resistências de cálculo dos parafusos. As disposições dos parafusos a seguir

apresentadas seguem os pressupostos do ponto 6.5.1 (Disposição dos furos para parafusos

e rebites) do EC3.

Page 142: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

128

7.1. Ligação viga resistente – pilar

Para a ligação em análise, a posição mais crítica verifica - se para a posição W7,

onde o momento instalado �F é maior.

Tabela 7.1 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho)

De acordo com os esforços da tabela acima e tendo em conta o referencial usado

tem-se, (D = (�«,�­§PW11S = 13,8 T& (N = (�«,F­§PW11S = 19,6 T& (zk����y|�k = À(ND + (NN = 24 T& � = ��«,FP(1S = ��«,FPW11S = 124,3 T&. �

Considerando-se como eixo de rotação o banzo inferior da viga resistente (ver

figura 7.3, assinalado com um ponto), a distribuição dos esforços de tracção nas

diferentes fiadas de parafusos (figura 70), é a seguinte.

�½« = uD × bD + uN × bN + u� × b� + u¡ × b¡ + ur × br + u� × b�

= u~ℎ~ × PbDN + bNN + b�N + b¡N + brN + b�NS

124,3 × 10� = u~b~ × P50N + 150N + 250N + 350N + 450N + 550NS

Tendo em conta figura abaixo temos,

uD = 95,6 T& u¡ = 43,5 T& uN = 78,3 T& ur = 26,1 T& u� = 60,9 T& u� = 8,7 T&

Pontos

Críticos

&�« [T&]

(�«.F­� [T&] (�«.F­§ [T&]

(�«.�­§ [T&]

��«.F [T&. �]

��«.� [T&. �] ��«.§ [T&. �] · 13 11,5 PVS 10,6 - −134,6 124,3 22,9 −8,6 13 142,7 PVS - −19,6 13,8 −124,3 32,7 5,5

Figura 7.2 – Esforços instalados no parafuso

(�U�

W�+��

Page 143: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

129

Figura 7.3 – Distribuição de forças do nó rígido

Dimensionamento dos parafusos

Foram escolhidos parafusos M 16, classe 8.8. Com uma tensão de ruptura Q�à = 800 �W�, diâmetro dos furos m = 18 ��, diâmetro nominal = 16 ��,

secção resistente a tracção �� = 157 ��N.

Considerem-se 12 parafusos da classe 8.8 distribuídos pelas 6 fiadas.

Resistência á tracção (Quadro 6.5.3 do EC 3) u�,Ý« = 0,9 Q�à ���Åà = 0,9 × 800 × 157 × 10­�1,25 = 90,4 T&

u�,Ý« > uD2 = 95,6 2 = 47,8 T&

Resistência verificada.

Page 144: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

130

Resistência ao corte (Quadro 6.5.3 do EC 3)

Admitindo que só dois parafusos trabalham ao corte,

u�,Ý« = 0,6 Q�à ���Åà = 0,6 × 800 × 157 × 10­�1,25 = 60,3 T&

u�,Ý« > (½«2 = 24 2 = 12 T&

Resistência verificada.

Resistência dos parafusos a esforços combinados (6.5.5 do EC 3)

Parafusos que estejam simultaneamente sujeitos ao corte e à tracção devem,

satisfazer a seguinte condição: u�,½«u�,Ý« + u�,½«1,4u�,Ý« ≤ 1,0

1260,3 + 47,81,4 × 90,4 = 0,58 ≤ 1,0

Resistência verificada.

Resistência do banzo da viga resistente

Como já foi referido no dimensionamento do nó rígido é adoptada a metodologia

do Anexo J do EC 3 determinando a resistência do banzo da viga resistente e da placa de

testa do pilar através da análise de sucessivas flanges T equivalentes.

Utilizando 6 fiadas de parafusos, M16 da classe 8.8.

Page 145: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

131

Figura 7.4 – Identificação das fiadas

Figura 7.5 – Geometria da ligação

De acordo com à disposição dos furos para os parafusos, estabeleceram-se as

seguintes considerações geométricas (onde � é a espessura do cordão de soldadura):

. = 32,5 ��

� = 2 − 0,8 � √2 = 652 − 0,8 × 4,5 × √2 = 27,4 ��

� = minP. ; 1,25 × �S = 32,5 ��

� = �� = 32,527,4 = 1,19

2 � 2 � + 1 = 2 × 1,192 × 1,19 + 1 = 0,70

1ª e 6ª fiada (J.3.4.1 do EC 3)

Para 1ª e 6ª fiada, o comprimento característico +k¦¦ é dado pelo menor dos

seguintes valores:

Page 146: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

132

Para o caso de fiadas extremas. +k¦¦,à = 0,57 + 2� + 0,625. = 0,5 × 100 + 2 × 27,4 + 0,625 × 32,5 = 125,1 �� +k¦¦,à = 4� + 1,25. = 4 × 27,4 + 1,25 × 32,5 = 150,2 �� +k¦¦,à = 2Ñ� = 2 × Ñ × 27,4 = 172,2 ��

Assim, +k¦¦,à = 125,1 ��

O momento plástico é dado pela seguinte expressão,

��� ,Ý« = �N +k¦¦ Q�4 �Åm = 18N × 125,1 × 235 × 10­�4 × 1,1 = 2,16 T&. �

Determinação do modo de ruína (figura J.3.3 do EC 3)

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý«

Onde, ∑��,Ý« – Somatório da resistência à tracção dos parafusos de uma fiada.

Então,

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý« = 4 × 2,16 × 10�27,4 × 2 × 90,4 = 1,74 > 2�2� + 1 = 0,70

O modo de ruína é o Modo 2 (figura J.3.3 do EC 3). Ruptura dos parafusos, com

cedência da placa.

u�,EáF = 2 ��� ,Ý« + � ∑u�,Ý« � + � =

= 2 × 2,16 × 10� + 32,5 × 2 × 90,4 27,4 + 32,5 = 170,2 T&

Desta forma verifica-se que, para a fiada 1 e 6 o esforço máximo suportado pelo

banzo da viga resistente é de u�,EáF = 170,2 T&, sendo que o esforço instalado máximo é

de u�,½« = 95,6 T&. Sendo assim a resistência esta assegurada.

2ª, 3ª,4ª e 5ª fiada (J.3.4.1 do EC 3)

Para 2ª,3ª,4ª e 5ª fiada, o comprimento característico +k¦¦ é dado pelo menor dos

seguintes valores:

Page 147: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

133

Para o caso de fiadas interiores. +k¦¦,y = 7 = 100 �� +k¦¦,y = 4� + 1,25. = 4 × 27,4 + 1,25 × 32,5 = 150,2 �� +k¦¦,y = 2Ñ� = 2 × Ñ × 27,4 = 172,2 ��

Assim, +k¦¦,y = 100 ��

O momento plástico é dado pela seguinte expressão,

��� ,Ý« = �N +k¦¦ Q�4 �Åm = 18N × 100 × 235 × 10­�4 × 1,1 = 1,73 T&. �

Determinação do modo de ruína (figura J.3.3 do EC 3)

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý«

Onde, ∑��,Ý« – Somatório da resistência à tracção dos parafusos de uma fiada.

Então,

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý« = 4 × 1,73 × 10�27,4 × 2 × 90,4 = 1,39 > 2�2� + 1 = 0,70

O modo de ruína é o Modo 2 (figura J.3.3 do EC 3). Ruptura dos parafusos, com

cedência da placa.

u�,EáF = 2 ��� ,Ý« + � ∑u�,Ý« � + � =

= 2 × 1,73 × 10� + 32,5 × 2 × 90,4 27,4 + 32,5 = 155,9 T&

Desta forma verifica-se que, para as fiadas 2,3,4 e 5 o esforço máximo suportado

pelo banzo da viga resistente é de u�,EáF = 155,9 T&, sendo que o esforço instalado

máximo é de u�,½« = 78,3 T&. Resistência verificada.

Resistência da placa Admitamos uma placa testa com, 600 × 530 × 18, soldada ao pilar por meio de

um cordão continuo com � = 5,5 �� de garganta.

Page 148: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

134

. = 32,5 ��

� = ℎ − 2 − 0,8 � √2 = 115 − 652 − 0,8 × 5,5 × √2 = 76,3 ��

� = minP. ; 1,25 × �S = 32,5

� = �� = 32,576,3 = 0,43

2 � 2 � + 1 = 2 × 0,432 × 0,43 + 1 = 0,46

1ª e 6ª fiada (J.3.4.4 do EC 3)

Para 1ª e 6ª fiada, o comprimento característico +k¦¦ é dado pelo menor dos

seguintes valores:

Para o caso de fiadas extremas. +k¦¦,« = 0,57 + 2� + 0,625. = 0,5 × 100 + 2 × 76,3 + 0,625 × 32,5 = 222,9 �� +k¦¦,« = 4� + 1,25. = 4 × 76,3 + 1,25 × 32,5 = 345,8 �� +k¦¦,« = 2Ñ� = 2 × Ñ × 76,3 = 479,4 ��

Assim, +k¦¦,y = 222,9 ��

O momento plástico é dado pela seguinte expressão,

��� ,Ý« = �N +k¦¦ Q�4 �Åm = 18N × 222,9 × 235 × 10­�4 × 1,1 = 3,86 T&. �

Determinação do modo de ruína (figura J.3.3 do EC 3)

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý«

Onde, ∑��,Ý« – Somatório da resistência à tracção dos parafusos de uma fiada.

Então,

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý« = 4 × 3,86 × 10�76,3 × 2 × 90,4 = 1,11 > 2�2� + 1 = 0,46

O modo de ruína é o Modo 2 (figura J.3.3 do EC 3). Ruptura dos parafusos, com

cedência da placa.

Page 149: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

135

u�,EáF = 2 ��� ,Ý« + � ∑u�,Ý« � + � =

= 2 × 3,86 × 10� + 32,5 × 2 × 90,4 76,3 + 32,5 = 124,9 T&

Desta forma verifica-se que, para a fiada 1 e 6 o esforço máximo suportado pela

placa é de u�,EáF = 124,9, sendo que o esforço instalado máximo é de u�,½« = 95,6 T&.

Sendo assim a resistência esta assegurada.

2ª,3ª,4ª e 5ª fiada (J.3.4.4 do EC 3)

Para 2ª,3ª,4,e 5ª fiada, o comprimento característico +k¦¦ é dado pelo menor dos

seguintes valores:

Para o caso de fiadas interiores. +k¦¦,x = 7 = 100 �� +k¦¦,x = 4� + 1,25. = 4 × 76,3 + 1,25 × 32,5 = 345,8 �� +k¦¦,x = 2Ñ� = 2 × Ñ × 76,3 = 479,4 ��

Assim, +k¦¦,y = 100 ��

O momento plástico é dado pela seguinte expressão,

��� ,Ý« = �N +k¦¦ Q�4 �Åm = 18N × 100 × 235 × 10­�4 × 1,1 = 1,73 T&. �

Determinação do modo de ruína (figura J.3.3 do EC 3)

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý«

Onde, ∑��,Ý« – Somatório da resistência à tracção dos parafusos de uma fiada.

Então,

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý« = 4 × 1,73 × 10�76,3 × 2 × 90,4 = 0,50 > 2�2� + 1 = 0,46

O modo de ruína é o Modo 2 (figura J.3.3 do EC 3). Ruptura dos parafusos, com

cedência da placa.

Page 150: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

136

u�,EáF = 2 ��� ,Ý« + � ∑u�,Ý« � + � =

= 2 × 1,73 × 10� + 32,5 × 2 × 90,4 76,3 + 32,5 = 85,8 T&

Desta forma verifica-se que, para a fiada 2,3,4 e 5, o esforço máximo suportado

pela placa é de u�,EáF = 85,8 T&, sendo que o esforço instalado máximo é de u�,½« =78,3 T&. Sendo assim a resistência esta assegurada.

Resistência ao esmagamento (Quadro 6.5.3 do EC3)

A resistência ao esmagamento, é dada por:

uà,Ý« = 2,5 Á Q� ��Åà

Em que Á, é o menor dos seguintes valores: .D3 m = 32,53 × 18 = 0,6

7D3 m − 0,25 = 1003 × 18 − 0,25 = 1,6

Q�àQ� = 800360 = 2,2

1 �E~| = 18 ��, espessura do banzo da viga resistente e da placa.

uà,Ý« = 2,5 × 0,6 × 360 × 18 × 18 × 10­�1,25 = 139,9 T& > u�,½« = 12 T&

Resistência ao esmagamento verificada.

Nota: Os 3 parafusos laterais de cada lado não foram considerados no dimensionamento.

Estes apenas foram colocados devido a problemas de corrosão que podem ocorrer entre as

chapas.

Page 151: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

137

7.2. Ligação travessa (M3 e M4) – viga resistente

De acordo com o definido anteriormente, esta ligação foi idealizada como sendo

rígida, e sendo assim terá de ser executada como tal. No entanto não será dimensionada

com base no anexo J do EC3, pois a ligação não se assemelha a base de cálculo

apresentada no anexo.

Para a ligação em análise, a posição mais crítica verifica - se para a posição W1,

onde o momento instalado é maior.

Tabela 7.2 – Valores dos esforços actuantes (Posição do carro guincho)

Figura 7.6 – Esquema da ligação/esforços instalados na ligação

Pontos

Críticos

&�« 2T&3

(�«.F­� 2T&3 (�«.F­§ 2T&3

(�«.�­§ 2T&3

��«.F 2T&. �3

��«.� 2T&. �3 ��«.§ 2T&. �3 ¸� 8 17,1 PVS 0,6 −12,2 - 0 −19,7 0,8

Page 152: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

138

Com base na figura 7.6, e tomando como centro de rotação o parafuso central, a

força instalada nos dois parafusos devido ao momento é dada por:

Figura 7.7 – Distribuição de forças

uD = uN = ��«,�2 ℎ = 19,7 × 10�2 × 90 × 10­� = 109,4 T&

Com base na figura 7.6, o esforço de corte nos parafusos, é dado pela resultante da

força, devido ao momento e ao esforço normal, com o esforço transverso no plano

vertical x-z. Então o esforço de corte por parafuso é dado por,

(�« = Ò�uD + &�«3 �N + �(�«,F­§ 3 �N = Ò�109,4 + 17,13 �N + �12,23 �N = 115,2 T&

Existem também, esforços transversos no plano horizontal x-y, e momento

segundo o eixo dos zz, gerando assim tracção nos parafusos. Estas forças são dadas então

por,

u�« = (�«.F­�3 + ��«.§3 × b = 0,63 + 0,8 × 10�3 × 45 × 10­� = 5,9 T&

Dimensionamento da chapa de amarração

Como a chapa esta à compressão, e é de dimensões reduzidas.

&½« = 126,5 T& < &Ý« = � Q��ÅD = 15 × 260 × 235 × 10­�1,1 = 833,2 T&

Resistência verificada.

Nota: O valor do &�«, foi considerado como sendo igual ao esforço normal de

compressão instalado, mais, a força gerada pelo momento instalado.

Page 153: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

139

Dimensionamento dos parafusos

Foram escolhidos parafusos M 24, classe 8.8 Com uma tensão de ruptura Q�à =800 �W�, diâmetro dos furos m = 26 ��, diâmetro nominal = 24 ��, secção

resistente a tracção �� = 353 ��N.

Resistência ao corte (Quadro 6.5.3 do EC 3)

u�,Ý« = 0,6 Q�à ���Åà = 0,6 × 800 × 353 × 10­�1,25 = 135,6 T&

u�,Ý« > (�« = 115,2 T&

Resistência verificada

Resistência á tracção (Quadro 6.5.3 do EC 3) u�,Ý« = 0,9 Q�à ���Åà = 0,9 × 800 × 353 × 10­�1,25 = 203,3 T&

u�,Ý« > > u�« = 1,9 T&

Resistência verificada.

Nota: Apesar de existirem, para outras posições do carro-guincho, esforços

transversos no plano horizontal (�«.F­�, e momentos ��«,§ ligeiramente superiores ao

verificados para a posição W1 do carro, não se justifica fazer a verificação, pois a

resistência a tracção dos parafusos é muito elevada, e os restantes esforços instalados

para essa posição são inferiores.

Resistência dos parafusos a esforços combinados (6.5.5 do EC 3)

Parafusos que estejam simultaneamente sujeitos ao corte e à tracção devem,

satisfazer a seguinte condição: u�,½«u�,Ý« + u�,½«1,4u�,Ý« ≤ 1,0

115,2135,6 + 5,91,4 × 203,3 = 0,88 ≤ 1,0

Resistência verificada.

Page 154: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

140

Resistência ao esmagamento (Quadro 6.5.3 do EC3)

A resistência ao esmagamento, é dada por:

uà,Ý« = 2,5 Á Q� ��Åà

Em que Á, é o menor dos seguintes valores: .D3 m = 453 × 26 = 0,58

7D3 m − 0,25 = 803 × 26 − 0,25 = 0,78

Q�àQ� = 800360 = 2,2

1 �E~| = 15 ��

uà,Ý« = 2,5 × 0,58 × 360 × 15 × 24 × 10­�1,25 = 150 T& > u�,½« = 115,2 T&

Resistência ao esmagamento verificada.

Page 155: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

141

7.3. Ligação diagonal (D6 e D8) - pilar

Estas diagonais de acordo com o esquema estático definido estarão a compressão &�« = 127,9 T& PVS, no entanto e como já foi referido anteriormente quando as

solicitações horizontais trocam de direcção, estas diagonais ficam a tracção &�« =119,2 T&.

A geometria das chapas para ligações articuladas em forma de olhal, para uma

dada espessura � = 15 ��, é dada por:

� ≥ &�« �Å�2 � Q� + 2 m3 = 127,9 × 235 × 10� × 1,252 × 15 × 235 + 2 × 263 = 40,1 ��

5 ≥ &�« �Å�2 � Q� + m3 = 127,9 × 10� × 1,252 × 15 × 235 + 263 = 31,4 ��

De acordo com as dimensões mínimas para � e 5 (ver figura abaixo), estabeleceu-

se a seguinte geometria para a ligação.

Figura 7.8 – Geometria da ligação do elemento

Page 156: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

142

Foram escolhidos parafusos M 24, classe 8.8. Com uma tensão de ruptura Q�à = 800 �W�, diâmetro dos furos m = 26 ��, diâmetro nominal = 24 ��,

secção resistente a tracção �� = 353 ��N.

Resistência ao corte (Quadro 6.5.3 do EC 3)

O esforço de corte no parafuso, é dado por: u�,½« = &½«,EáF = 127,9 T&

u�,Ý« = 0,6 Q�à ���Åà = 0,6 × 800 × 353 × 10­�1,25 = 135,6 T& > u�,½«

u�,Ý« > u�,½« = 127,9 T&

Resistência ao corte verificada.

Resistência ao Esmagamento (Quadro 6.5.3 e pontos 6.5.11,6.5.13 do EC 3)

A resistência ao esmagamento vem:

uà,Ý« = 2,5 Á Q� �E~|�ÅN

Onde, �E~| = 10 �� (espessura da chapa de ligação ao gousset) Á, é o menor dos seguintes valores: .D3 m = 703 × 26 = 0,89

Q�àQ� = 800360 = 2,2

1

uà,Ý« = 2,5 × 0,89 × 360 × 24 × 15 × 10­�1,25 = 230,7 T& > u�,½«

Em ligações por sobreposição simples de chapas, com apenas um parafuso, o

parafuso deve ser munido de anilhas colocadas sob a cabeça e sob a porca de modo a

evitar a rotura por arrancamento.

O valor de calculo da resistência ao esmagamento uà,Ý«, será então limitado por, uà,Ý« = 1,5 Q� �E~|�ÅN

Page 157: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

143

uà,Ý« = 1,5 × 360 × 24 × 15 × 10­�1,25 = 155,5 T&

u�,Ý« > u�,½« = 129,1 T&

Resistência ao esmagamento verificada.

As travessas D5 e D7 ficam também dimensionadas pois os esforços, instalados

são inferiores aos das diagonais, e a secção tubular é a mesma.

Page 158: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

144

7.4. Ligação pilar – carro lateral

Para a ligação em análise, a posição mais crítica verifica - se para a posição W13,

onde o momento instalado é maior.

Tabela 7.3 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho)

De acordo com os esforços da tabela acima e tendo em conta o referencial usado

tem-se,

(D = (�«,F­�PV13S = 6,2 T& (N = &�«PV13S = 43,3 T& (zk����y|�k = À(ND + (NN = 43,7 T& �D = ��«,�PW11S = 44,7 T&. �

Considerando-se como eixo de rotação o ponto assinalado na figura 7.9, a

distribuição dos esforços de tracção nas diferentes fiadas de parafusos (figura 7.9), é a

seguinte. �½« = uD × bD + uN × bN

= u~b~ × PbDN + bNNS

44,7 × 10� = u~ℎ~ × P30N + 390NS

Tendo em conta figura abaixo temos,

uD = 114,0 T& uN = 8,8 T&

Pontos

Críticos

&�« 2T&3

(�«.F­� 2T&3 (�«.F­§ 2T&3

(�«.�­§ 2T&3

��«.F 2T&. �3

��«.� 2T&. �3 ��«.§ 2T&. �3 18 253,4 PVS - −5,6 6,2 0 −44,7 0,4 ¼¬ 18 43,3 PVS −6,2 −340,1 - 0 −203,8 −3,8

Figura 7.9 – Esforços no parafuso (corte B-B)

Page 159: Memoria Portico

Figura 7.10

Figura 7.

Dimensionamento dos parafusos

Foram escolhidos parafusos M 16, classe 8.8. Com uma tensão de ruptura Q�à = 800 �W�, diâmetro dos furos

resistente a tracção �� = 157Considerem-se 8 parafusos da classe

Resistência á tracção (Quadro 6.5.3 do EC 3) u�,Ý« = 0,9 Q�à ���Åàu�,Ý« > uD4 = 114,04Resistência verificada.

Dimensionamento de um

145

10 – Distribuição de forças do nó rígido (corte A-

.11 – Geometria da ligação/identificação das fiadas

Dimensionamento dos parafusos

Foram escolhidos parafusos M 16, classe 8.8. Com uma tensão de ruptura

, diâmetro dos furos m = 18 ��, diâmetro nominal 157 ��N.

parafusos da classe 8.8 distribuídos pelas 2 fiadas.

Resistência á tracção (Quadro 6.5.3 do EC 3)

= 0,9 × 800 × 157 × 10­�1,25 = 90,4 T&

0 = 28,5 T&

Resistência verificada.

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

-A)

Geometria da ligação/identificação das fiadas

Foram escolhidos parafusos M 16, classe 8.8. Com uma tensão de ruptura = 16��, secção

fiadas.

Page 160: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

146

Nota: Divide-se por 4, pois cada fiada tem 4 parafusos e como tal a força instalada uD é dividida pelos 4 parafusos.

Resistência ao corte (Quadro 6.5.3 do EC 3) Admitindo que só dois parafusos trabalham ao corte,

u�,Ý« = 0,6 Q�à ���Åà = 0,9 × 800 × 157 × 10­�1,25 = 60,3 T&

u�,Ý« > (½«2 = 43,7 2 = 21,9 T&

Resistência verificada.

Resistência dos parafusos a esforços combinados (6.5.5 do EC 3)

Parafusos que estejam simultaneamente sujeitos ao corte e à tracção devem,

satisfazer a seguinte condição: u�,½«u�,Ý« + u�,½«1,4u�,Ý« ≤ 1,0

21,960,3 + 28,51,4 × 90,4 = 0,59 ≤ 1,0

Resistência verificada.

Resistência do banzo do carro lateral Para a verificação da resistência do banzo, apenas se vão considerar os dois

parafusos interiores, que apertam ao banzo.

De acordo com à disposição dos furos para os parafusos, estabeleceram-se as

seguintes considerações geométricas:

. = 65 �� � = − 0,8 � = 78,75 − 0,8 × 27 = 57,2 �� � = minP. ; 1,25 × �S = 65

� = �� = 6557,15 = 1,14

2 � 2 � + 1 = 2 × 1,142 × 1,14 + 1 = 0,70

Page 161: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

147

Figura 7.12 – Corte B-B

1ª e 2ª fiada (J.3.4.1 do EC 3)

Para 1ª e 2ª fiada, o comprimento característico +k¦¦ é dado pelo menor dos

seguintes valores:

Para o caso de fiadas extremas. +k¦¦,à = 0,57 + 2� + 0,625. = 0,5 × 360 + 2 × 57,2 + 0,625 × 65 = 335,1 �� +k¦¦,à = 4� + 1,25. = 4 × 57,2 + 1,25 × 65 = 310,1 �� +k¦¦,à = 2Ñ� = 2 × Ñ × 57,2 = 359,4 ��

Assim, +k¦¦,à = 310,1 ��

O momento plástico é dado pela seguinte expressão,

��� ,Ý« = �N +k¦¦ Q�4 �Åm = 15N × 310,1 × 235 × 10­�4 × 1,1 = 3,73 T&. �

Determinação do modo de ruína (figura J.3.3 do EC 3)

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý«

Onde, ∑��,Ý« – Somatório da resistência à tracção dos parafusos de uma fiada.

Page 162: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

148

Então,

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý« = 4 × 3,73 × 10�57,2 × 2 × 90,4 = 1,44 > 2�2� + 1 = 0,70

O modo de ruína é o Modo 2 (figura J.3.3 do EC 3). Ruptura dos parafusos, com

cedência da placa testa.

u�,EáF = 2 ��� ,Ý« + � ∑u�,Ý« � + � =

= 2 × 3,73 × 10� + 65 × 2 × 90,4 57,2 + 65 = 157,2 T&

Desta forma verifica-se que, para a fiada 1 e 2 o esforço máximo suportado pelo

banzo do carro lateral é de u�,EáF = 157,2, sendo que o esforço instalado máximo é de u�,½« = 114,0 T& . Sendo assim a resistência esta assegurada.

Resistência da placa Para a verificação da resistência da testa, apenas se vão considerar os dois

parafusos exteriores de cada fila.

Admitamos uma placa testa com, 530 × 620 × 15, soldada ao pilar por meio de

um cordão continuo com � = 5,5 �� de garganta. .F = 30 �� �F = − 0,8 � √2 = 30 − 0,8 × 5,5 × √2 = 23,8 ��

. = 30 �� � = 15 �� � = minP. ; 1,25 × �S = 18,8

� = �� = 18,815 = 1,25 2 � 2 � + 1 = 2 × 1,252 × 1,25 + 1 = 0,71

1ª e 2ª fiada (J.3.4.4 do EC 3)

Para 1ª e 2ª fiada, o comprimento característico +k¦¦ é dado pelo menor dos

seguintes valores:

Page 163: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

149

Para o caso de fiadas de fora +k¦¦,y = 0,56� = 0,5 × 530 = 265�� +k¦¦,y = 0,5H + 2�F + 0,625.F = = 0,5 × 470 + 2 × 23,8 + 0,625 × 30 = 301,4 �� +k¦¦,y = 4�F + 1,25.F = 4 × 23,8 + 1,25 × 30 = 132,7 �� +k¦¦,y = 2Ñ�F = 2 × Ñ × 20,9 = 149,5 ��

Assim, +k¦¦,y = 132,7 ��

O momento plástico é dado pela seguinte expressão,

��� ,Ý« = �N +k¦¦ Q�4 �Åm = 15N × 132,7 × 235 × 10­�4 × 1,1 = 1,59 T&. �

Determinação do modo de ruína (figura J.3.3 do EC 3)

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý«

Onde, ∑��,Ý« – Somatório da resistência à tracção dos parafusos de uma fiada.

Então,

Ç = 4 ��� ,Ý« � ∑u�,Ý« = 4 × 1,59 × 10�15 × 2 × 90,4 = 2,34 > 2

O modo de ruína é o Modo 3 (figura J.3.3 do EC 3). Ruptura dos parafusos.

u�,EáF = � u�,Ý« = 2 × 90,4 = 180,8 T&

Desta forma verifica-se que, para a fiada 1 e 6 o esforço máximo suportado pela

placa é de u�,EáF = 180,8, sendo que o esforço instalado máximo é de u�,½« = 114,0 T&.

Sendo assim a resistência esta assegurada.

Resistência ao esmagamento (Quadro 6.5.3 do EC3)

A resistência ao esmagamento, é dada por:

uà,Ý« = 2,5 Á Q� ��Åà

Page 164: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

150

Em que Á, é o menor dos seguintes valores: .D3 m = 303 × 18 = 0,56

7D3 m − 0,25 = 1503 × 18 − 0,25 = 2,53

Q�àQ� = 800360 = 2,2

1 �E~| = 15 ��, espessura da chapa de testa.

uà,Ý« = 2,5 × 0,56 × 360 × 18 × 15 × 10­�1,25 = 108,7 T& > u�,½« = 21,9 T&

Resistência ao esmagamento verificada.

7.5. Ligação carro lateral bloco de rodas

De acordo com o catálogo da STAHL, e para blocos de rodas do tipo SR-E 400, a

ligação ao carro é efectuada por meio de 8 parafusos M20 classe 8.8, apertados ao banzo

carro (HEB360).

Figura 7.13 – Blocos de rodas /Posição dos parafusos

Page 165: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

151

8. Dimensionamento dos Cordões de Soldadura

O dimensionamento dos cordões de soldadura foi efectuado, de acordo com o

REAPE (4), Capítulo IV, artigo 60º. No entanto e de acordo com o Capítulo III, artigo

29º, as dimensões dos cordões de soldadura devem satisfazer aos seguintes

condicionamentos:

a) A espessura dos cordões não deve ser inferior a 3 ��;

b) A espessura dos cordões de ângulo não deve ser superior a 0,7 �� da menor

espessura dos elementos a ligar;

c) Os cordões de ângulo contínuos não devem ter comprimento inferior a 40 ��;

8.1. Ligação viga resistente – pilar

O dimensionamento do cordão de soldadura que liga o tubo a chapa de testa segue

o artigo 60º do REAPE, figura 25 h).

Figura 8.1 – Pormenor dos cordões de soldadura

Tabela 8.1 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho)

De acordo com os esforços da tabela acima e tendo em conta o referencial usado

tem-se,

Pontos

Críticos

&�« 2T&3

(�«.F­� 2T&3 (�«.F­§ 2T&3

(�«.�­§ 2T&3

��«.F 2T&. �3

��«.� 2T&. �3 ��«.§ 2T&. �3 · 13 11,5 PVS 10,6 - −134,6 124,3 22,9 −8,6 13 142,7 PVS - −19,6 13,8 −124,3 32,7 5,5

Page 166: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

152

& = &�«PW11S = 142,7 T& (D = (�«,�­§PW11S = 13,8 T& (N = (�«,F­§PW11S = 19,6 T& � = ��«,FP(1S = ��«,FPW11S = 124,3 T&. �

A espessura mínima na ligação é a espessura do tubo com ���à} = 8 ��, pois a

chapa tem uma espessura de �xqy�y = 18 ��. Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × ���à} = 5,6 ⇒ � = 5,5 ��

Para os cordões verticais, desprezam-se os esforços transversos na direcção(D, ou

seja o esforço transverso perpendicular aos cordões verticais.

ß�«,zk¦ = 10,77 � &�«∑ + × � ± ��«,Fℎ + � �

Onde,

� + × � = 2P300 × 5,5 + 500 × 5,5S = 8800 ��N

Então,

ß�«,zk¦ = 10,77 Û142,7 × 10�8800 ± 124,3 × 10�500 × 300 × 5,5Ü = 216,7 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Para os cordões horizontais, despreza-se o momento flector.

ß�«,zk¦ = 10,90 Ò1,4 � &�«∑ + × ��N + 1,8 � (D∑ +q}z~§}|�y� � �

= 10,90 Ò1,4 Û142,7 × 10�8800 ÜN + 1,8 Û 13,8 × 10�2 × 500 × 5,5 ÜN = 21,6 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Os restantes esforços não são considerados, pois são muito pequenos, e sua

contribuição é insignificante.

W�+��

Figura 8.2 – Esforços no cordão de soldadura

5�� ã�

(�U�

Page 167: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

153

8.2. Ligação travessa (M3 e M4) – viga resistente

O dimensionamento do cordão de soldadura que liga a chapa Gousset a viga

resistente segue o artigo 60º do REAPE.

Figura 8.3 – Pormenor dos cordões de soldadura/esforços instalados na ligação

Tabela 8.2 – Valores dos esforços actuantes na ligação (Posição do carro guincho)

Cordão 1

Uma vez que a espessura mínima das chapas a ligar é a chapa de testa da viga

resistente com ��k��y = 10 ��, pois o gousset tem uma espessura de �{}���k� = 15 ��.

Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × ��k��y = 7 ⇒ � = 7 ��

Considerando o artigo 60º, figura 25, caso b), e considerando apenas os cordões

horizontais, tem-se,

ß�«,zk¦ = u�«0,67∑ + × �

Onde, u�« é a carga paralela aos cordões de soldadura horizontais, e é dada por:

u�« = &�« + uD = 17,1 + 109,4 = 126,5 T&

Nota: uD é força devida ao momento �� aplicado, já calculada aquando do

dimensionamento dos parafusos.

Pontos

Críticos

&�« 2T&3

(�«.F­� 2T&3 (�«.F­§ 2T&3

(�«.�­§ 2T&3

��«.F 2T&. �3

��«.� 2T&. �3 ��«.§ 2T&. �3 ¸� 8 17,1 PVS 0,6 −12,2 - 0 −19,7 0,8

5�� ã� 1 5�� ã� 2 . 3

Page 168: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

154

Então,

ß�«,zk¦ = 126,5 × 10�0,67 × 2 × 150 × 7 = 89,9 �7� < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Para o esforço transverso no plano x-z, considera-se a situação a) do artigo 60º,

onde a carga actua perpendicularmente ao cordão de soldadura.

ß�«,zk¦ = u�«0,77∑ + × �

Onde, u�« é a carga perpendicular aos cordões de soldadura, que é dada por:

u�« = (�«.F­§ = 12,2 T&

Então,

ß�«,zk¦ = 12,2 × 10�0,77 × 2 × 260 × 7 = 4,4 �7� < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Os restantes esforços não são considerados, pois são muito pequenos, e sua

contribuição é insignificante.

Cordão 2 A espessura mínima na ligação é a espessura da chapa com �xqy�y = 15 �� (os

elementos a ligar têm a mesma espessura). Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × �xqy�y = 10,5 ⇒ � = 7 ��

Considerando o artigo 60º, figura 25, caso f), tem-se,

ß�«,zk¦ = u�«0,77∑ + × �

Onde, u�« é a carga transversal aos cordões de soldadura, e é dada por:

u�« = &�« + uD = 17,1 + 109,4 = 126,5 T&

Nota: uD é força devida ao momento �� aplicado, já calculada aquando do

dimensionamento dos parafusos.

Page 169: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

155

Então,

ß�«,zk¦ = 126,5 × 10�0,77 × 2 × 260 × 6 = 52,7 �7� < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Para o esforço transverso no plano x-z, considera-se a situação b) do artigo 60º,

onde a carga actua paralelamente ao cordão de soldadura.

ß�«,zk¦ = u�«0,67∑ + × �

Onde, u�« é a carga paralela aos cordões de soldadura, que é dada por:

u�« = (�«.F­§ = 12,2 T&

Então,

ß�«,zk¦ = 12,2 × 10�0,67 × 2 × 260 × 7 = 5 �7� < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Os restantes esforços não são considerados, pois são muito pequenos, e sua

contribuição é insignificante.

Cordão 3

Figura 8.4 – Corte A-A

A espessura mínima na ligação é a espessura do tubo com ���à} = 6,3 ��, pois a

chapa tem uma espessura de �xqy�y = 15 ��. Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × ���à} = 4,41 ⇒ � = 4,5 ��

Page 170: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

156

Para os cordões horizontais, desprezam-se os esforços transversos do plano x-z, ou

seja o esforço transverso perpendicular aos cordões horizontais. Considerando o artigo

60º, figura 25, caso h), tem-se,

ß�«,zk¦ = 10,77 � &�«∑ + × � ± ��«,�ℎ + � �

Onde,

� + × � = 2P200 × 4,5 + 100 × 4,5S = 2700 ��N

Então,

ß�«,zk¦ = 10,77 Û17,1 × 10�2700 ± 19,7 × 10�200 × 100 × 4,5Ü = 225,2 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Para os cordões verticais, despreza-se o momento flector.

ß�«,zk¦ = 10,90 Ò1,4 � &�«∑ + × ��N + 1,8 � (�«.F­§∑ +�kz�~xy� � �

= 10,90 Ò1,4 Û17,1 × 10�2700 ÜN + 1,8 Û 12,2 × 10�2 × 200 × 4,5 ÜN = 13,1 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Os restantes esforços não são considerados, pois são muito pequenos, e sua

contribuição é insignificante.

Page 171: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

157

8.3. Ligação diagonal (D6 e D8) - pilar

O dimensionamento do cordão de soldadura que liga o tubo a patela, segue então o

artigo 60º do REAPE, figura 20 f).

Figura 8.5 – Pormenor dos cordões de soldadura

Cordão 1

A espessura mínima na ligação é a espessura do tubo, com ���à} = 5 ��, pois a

chapa tem uma espessura de �xqy�y = 15 ��. Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × ���à} = 3,5 ⇒ � = 3,5 ��

Este montante apenas é solicitado segundo o seu eixo, com &�« = 127,9 T& .

Então e de acordo com REAPE, temos

ß�«,zk¦ = u�«0,77∑ + × �

Onde,

� + × � = 2 × Ñ × 69,9 × 3,5 = 1536,1 ��N

Então,

5�� ã�1 5�� ã�2

Page 172: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

158

ß�«,zk¦ = 127,9 × 10�0,77 × 1536,1 = 108,1 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Cordão 2

ß�«,zk¦ = u�«0,77∑ + × �

Onde,

� + × � = 2 × 140 × 3,5 = 980 ��N

Então,

ß�«,zk¦ = 127,9 × 10�0,77 × 3980 = 169,5 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

As ligações das travessas D5 e D7 ficam também, dimensionadas quanto aos

cordões de soldadura, pois os esforços instalados são inferiores e as dimensões da ligação

são as mesmas.

Page 173: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

159

8.4. Ligação pilar – carro lateral

Cordão 1

O dimensionamento do cordão de soldadura que liga o pilar a placa base, segue o

artigo 60º do REAPE, figura 20 h).

Figura 8.6 – Pormenor dos cordões de soldadura

Tabela 8.3 – Valores dos esforços actuantes (Posição � do carro guincho)

De acordo com os esforços da tabela acima e tendo em conta o referencial usado

tem-se,

& = &�«PW11S = 253,4 T& (D = (�«,F­�PV13S = 6,2 T& (N = &�«PV13S = 43,3 T& �D = ��«,�PW11S = 44,7 T&. �

Pontos

Críticos

&�« 2T&3

(�«.F­� 2T&3 (�«.F­§ 2T&3

(�«.�­§ 2T&3

��«.F 2T&. �3

��«.� 2T&. �3 ��«.§ 2T&. �3 18 253,4 PVS - −5,6 6,2 0 −44,7 0,4 ¼¬ 18 43,3 PVS −6,2 −340,1 - 0 −200,8 −3,8

Figura 8.7 – Esforços no cordão de soldadura

5�� ã�1 5�� ã�2

Page 174: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

160

A espessura mínima na ligação é a espessura do tubo com ���à} = 8 ��, pois a

chapa tem uma espessura de �xqy�y = 15 ��. Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × ���à} = 5,6 ⇒ � = 5,5 ��

Para os cordões horizontais, desprezam-se os esforços transversos na direcção (N,

ou seja o esforço transverso perpendicular aos cordões horizontais.

ß�«,zk¦ = 10,77 � &�«∑ + × � ± ��«,Fℎ + � �

Onde,

� + × � = 2P300 × 5,5 + 500 × 5,5S = 8800 ��N

Então,

ß�«,zk¦ = 10,77 Û253,4 × 10�8800 ± 44,7 × 10�300 × 500 × 5,5Ü = 107,8 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Para os cordões verticais, despreza-se o momento flector.

ß�«,zk¦ = 10,90 Ò1,4 � &�«∑ + × ��N + 1,8 � (N∑ +�kz�~xy� � �

= 10,90 Ò1,4 Û253,4 × 10�8800 ÜN + 1,8 Û 43,3 × 10�2 × 300 × 5,5 ÜN = 42,6 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Os restantes esforços não são considerados, pois são muito pequenos, e sua

contribuição é insignificante.

Cordão 2

A espessura mínima na ligação é a espessura da chapa �xqy�y = 15 ��, pois o

banzo tem uma espessura de �ày|§} = 22,5 ��. Então, pode-se escrever o seguinte: 3 ≤ � ≤ 0,7 × �xqy�y = 10,5 ⇒ � = 5,5 ��

Page 175: Memoria Portico

Figura

Para os cordões horizontais, desprezam

ou seja o esforço transverso perpendicular

ß�«,zk¦ = 10,77 � &∑ +Onde,

� + × � = 2P300 Então,

ß�«,zk¦ = 10,77 Û253Condição verificada. Para os cordões verticais, despreza

ß�«,zk¦ = 10,90 Ò�∑

Dimensionamento de um

161

Figura 8.8 – Pormenor dos cordões de soldadura

Para os cordões horizontais, desprezam-se os esforços transversos

ou seja o esforço transverso perpendicular aos cordões horizontais.

� &�«+ × � ± ��«,Fℎ + � �

P300 × 5,5 + 420 × 5,5S = 7920 ��N

Û253,4 × 10�7920 ± 44,7 × 10�420 × 300 × 5,5Ü = 125,3 <Condição verificada.

Para os cordões verticais, despreza-se o momento flector.

Ò� &�«∑ + × ��N + 1,8 � (N∑ +�kz�~xy� � �

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

se os esforços transversos na direcção (N,

< Q� = 235 �7�

Page 176: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

162

= 10,90 Ò1,4 Û253,4 × 10�7920 ÜN + 1,8 Û 43,3 × 10�2 × 420 × 5,5 ÜN = 44,3 < Q� = 235 �7�

Condição verificada.

Os restantes esforços não são considerados, pois são muito pequenos, e sua

contribuição é insignificante.

Page 177: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

163

8.5. Viga resistente

O dimensionamento do cordão de soldadura que liga as almas ao banzos da viga

resistente, segue o artigo 60º do REAPE, figura 25 g). O esforço transverso máximo,

verificado para a viga resistente tem um valor de (D = −239,2 T& . A espessura mínima na ligação é a espessura da chapa �y�Ey = 7 ��, pois o

banzo tem uma espessura de �ày|§} = 8 ��. Então, pode-se escrever o seguinte:

3 ≤ � ≤ 0,7 × ���à} = 4,9 ⇒ � = 4,5 ��

Figura 8.9 – Pormenor dos cordões de soldadura

De acordo com o REAPE se a espessura do cordão de soldadura respeitar a

condição, � ≥ .y�Ey/2 ⇒ 4,5 ≥ 7/2 = 3,5 �� ��, então não é necessária a verificação

da segurança. Estes cordões estendem-se pelo comprimento total da viga resistente.

Para o cordão de soldadura que liga o carril ao banzo superior, é usado um cordão

com a mesma espessura que a utilizada para a ligação alma banzo. Também aqui o cordão

de soldadura será contínuo, para assim prevenir problemas de corrosão que possam

ocorrer entre o carril e o banzo pois nessa zona não terá qualquer tipo de tratamento anti-

corrosivo.

Para os restantes cordões, usa-se uma espessura não superior a 0,7 �� da menor

espessura dos elementos a ligar.

Page 178: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

164

Page 179: Memoria Portico

Dimensionamento de um Pórtico Rolante

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9. Conclusão

Neste trabalho apresentou-se a metodologia de dimensionamento de um Pórtico

rolante, tendo por base as Normas F.E.M e o Eurocódigo 3.

Fixadas as dimensões e o valor da carga a movimentar pelo pórtico foram

determinadas as acções sobre a estrutura de acordo com o especificado pela FEM. Para a

verificação da resistência das secções foi o Eurocódigo 3 e os aspectos específicos

tratados na norma FEM. Foi dado particular ênfase aos aspectos de verificação da

resistência das secções tendo em vista os múltiplos mecanismos de ruína previstos no

regulamento.

Muitas das questões analisadas no dimensionamento do pórtico são aplicáveis ao

caso de uma ponte rolante convencional pois os requisitos de funcionamento são

semelhantes.

O projecto do Pórtico Rolante fica concluído com os desenhos de definição 2D.

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10. Bibliografia

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2. F.E.M. Federation Europeenne de la Manutention : Rules for Design of Hoisting

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3. Eurócodigo 3 : Projecto de estruturas de aço - Parte 1.1 - Instituto Portugês da

Qualidade, ENV 1993-1, 1998

4. Regulamento de Estruturas em aço para Pontes e Edifícios (REAPE), Imprensa

Nacional - Casa da Moeda, 1986

5. Gomes, Carlos Reis, Mecânica das Eestruturas 1, Cap. 5 DEMEC, 2010.

6. Alvarez, Arguelles, Estruturas de Acero, Vol.1 Bellisco, 2007.

7. Bases de calcul pour roulement de pounts roulants, Centre Suice de la Construction

Métalique, 1979.

8. www.stahlcranes.com

9. www.gantrail.com

10. Morais, Simões, Desenho Técnico Básico - Desenho de Constroção de Máquinas,

Vol.3, Porto Editora, 2006.

11. Gomes, Carlos Reis, Estruturas Metálicas, Cap. 5,6, DEMEC, 2010. 12. Eurócodigo 3 : Projecto de estruturas de aço - Parte 1.1 - Instituto Portugês da

Qualidade, ENV 1993-1, 2010

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Anexos

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Anexo 1 – Grupo do carro-guincho

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Anexo 2 – Catálogo do carro-guincho

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Anexo 3 – Dimensões (www.vincteknobank.com)

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Anexo 4 – Catálogo dos moto-redutores e bloco de rodas

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Anexo 5 – Catálogo dos grampos de fixação

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