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1 MEMORIAL DESCRITIVO DETALHADO ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS SERVIÇOS

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MEMORIAL DESCRITIVO DETALHADO

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DOS SERVIÇOS

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1. APRESENTAÇÃO .............................................................................................................. 5

2. TERMINOLOGIA ................................................................................................................ 5

3. REFERÊNCIAS NORMATIVAS ............................................................................................. 5

4. RELAÇÃO DOS DESENHOS E DOCUMENTOS ....................................................................... 7

5. DISPOSIÇÕES GERAIS ...................................................................................................... 8

6. MATERIAIS, FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS .................................................................. 10

7. ESPECIFICAÇÃO DE MARCA E MODELOS PARA MATERIAIS ................................................. 11

8. REFERÊNCIA DO ORÇAMENTO ........................................................................................ 11

9. ELEMENTOS DE PROTEÇÃO ............................................................................................ 11

10. METODOLOGIA CONSTRUTIVA ..................................................................................... 13

11. CONDIÇÕES GERAIS................................................................................................... 13

12. CONDIÇÕES PARA EXECUÇÃO DOS SERVIÇOS .............................................................. 13

13. INSTALAÇÕES PROVISÓRIAS ....................................................................................... 14

13.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA AO CANTEIRO DE OBRAS ...................................................... 14

13.2. ESGOTO .................................................................................................................... 15

13.3. ENERGIA ELÉTRICA .................................................................................................... 15

14. PLACA DA OBRA ........................................................................................................ 16

15. ESCAVAÇÕES E MOVIMENTO DE TERRA ....................................................................... 16

16. LOCAÇÃO DA OBRA .................................................................................................... 16

17. CORTES .................................................................................................................... 17

18. ESTRUTURAS ............................................................................................................. 17

18.1. EM CONCRETO ARMADO ............................................................................................. 17

18.2. CIMENTO PORTLAND .................................................................................................. 18

18.3. AGREGADO MIÚDO ..................................................................................................... 18

18.4. AGREGADO GRAÚDO .................................................................................................. 18

18.5. AÇOS PARA ARMADURAS ............................................................................................ 19

18.6. MADEIRAS PARA FORMAS E ESCORAMENTOS ............................................................... 19

18.7. EXECUÇÃO DE FORMAS E ESCORAMENTOS .................................................................. 19

18.8. PREPARO E MONTAGEM DAS ARMADURAS ................................................................... 20

18.9. DOSAGEM E CONTROLE DO CONCRETO ........................................................................ 22

18.10. LANÇAMENTO DO CONCRETO ................................................................................... 22

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18.11. CURA DO CONCRETO .............................................................................................. 23

18.12. JUNTAS DE CONCRETAGEM ..................................................................................... 23

18.13. RETIRADA DE FORMAS E ESCORAMENTO .................................................................. 24

19. PINTURA ................................................................................................................... 24

19.1. PINTURA EXTERNA ..................................................................................................... 24

19.2. PINTURA DOS PORTÕES E CERCADO DE ALAMBRADO .................................................... 25

20. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS ........................................................................................... 25

20.1. DEMOLIÇÃO DE PAVIMENTO ......................................................................................... 25

20.2. ESCAVAÇÃO .............................................................................................................. 25

20.3. DRENAGEM DAS VALAS ............................................................................................... 26

20.4. REATERRO DE VALAS ................................................................................................. 27

20.4.1. MATERIAIS PARA REATERRO DE VALAS ..................................................................... 27

20.5. MATERIAIS ORIUNDOS DAS ESCAVAÇÕES DAS VALAS ..................................................... 27

20.6. MATERIAIS DE JAZIDAS ............................................................................................... 28

20.7. ENCHIMENTO DE VALAS .............................................................................................. 28

20.8. ADENSAMENTO DE VALAS ........................................................................................... 29

20.9. COMPACTAÇÃO DE VALAS .......................................................................................... 29

21. RECOMPOSIÇÃO DE PAVIMENTOS ................................................................................ 29

21.1. PAVIMENTO ASFÁLTICO .............................................................................................. 30

21.2. PAVIMENTO POLIÉDRICO ............................................................................................. 31

21.3. PAVIMENTO COM PARALELEPÍPEDOS ............................................................................ 31

21.4. OUTROS PAVIMENTOS ................................................................................................ 32

22. REDE DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................ 32

22.1. MOVIMENTO DE TERRA ............................................................................................... 32

22.2. ENSAIOS ................................................................................................................... 32

22.3. ESCAVAÇÃO MECÂNICA DE VALAS ............................................................................... 33

22.4. ESCAVAÇÃO EM MATERIAL DE 1° CATEGORIA ............................................................... 33

22.5. ESCAVAÇÃO EM MATERIAL DE 2° CATEGORIA ............................................................... 33

22.6. ESCAVAÇÃO EM MATERIAL DE 3º CATEGORIA ................................................................ 33

22.6.1. ESCAVAÇÃO EM MATERIAL DE 3º CATEGORIA – PLANO DE FOGO ................................ 34

22.7. ACERTO E VERIFICAÇÃO DO NIVELAMENTO DE FUNDO DE VALAS ................................... 35

22.8. REATERRO DE VALAS ................................................................................................. 35

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22.9. ESCORAMENTO DE VALAS .......................................................................................... 35

22.10. ASSENTAMENTO DE TUBULAÇÕES ............................................................................ 36

23. SISTEMA DE PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS (SPDA) ......................... 36

23.1. NÍVEL DE PROTEÇÃO .................................................................................................. 36

23.2. SUBSISTEMA DE CAPTORES ........................................................................................ 36

23.3. SUBSISTEMA DE CONDUTORES DE DESCIDAS ............................................................... 36

23.4. SUBSISTEMA DE ATERRAMENTO .................................................................................. 37

23.5. INSPEÇÕES................................................................................................................ 37

24. INSTALAÇÕES ELÉTRICAS ............................................................................................ 37

24.1. GENERALIDADES ........................................................................................................ 37

24.2. QUADROS ................................................................................................................. 38

24.3. CONDUTORES ELÉTRICOS ........................................................................................... 38

24.4. ELETRODUTOS........................................................................................................... 39

24.5. MALHA DE ATERRAMENTO ........................................................................................... 40

24.6. CAIXAS PARA INTERRUPTORES, TOMADAS E LUMINÁRIAS. .............................................. 40

24.7. LUMINÁRIAS............................................................................................................... 41

24.8. INTERRUPTORES ........................................................................................................ 41

24.9. TOMADAS DE CORRENTE ............................................................................................ 41

24.10. CONDIÇÕES PARA ACEITAÇÃO DA INSTALAÇÃO .......................................................... 42

25. RELATÓRIO DE CONCLUSÃO ........................................................................................ 42

26. LIMPEZA DA OBRA ...................................................................................................... 42

27. DISPOSIÇÕES FINAIS .................................................................................................. 43

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1. Apresentação

Estas especificações têm por finalidade complementar as orientações e exigências

contratuais para a execução, sob regime de empreitada por preço global, da obra de

construção da Rede de Abastecimento de Água. Os detalhes omissos neste memorial

deverão ser esclarecidos no “REGULAMENTO DOS SERVIÇOS DE ÁGUA E ESGOTO DA

COMPANHIA RIOGRANDENSE DE SANEAMENTO (CORSAN) E SOB A REGULAÇÃO DA

AGÊNCIA ESTADUAL DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DELEGADOS DO RIO GRANDE

DO SUL (AGERGS)” ou da FISCALIZAÇÃO.

2. Terminologia

Para os estritos efeitos destas Especificações, são adotadas as seguintes definições:

CONTRATANTE - Órgão que contrata a execução de serviços e obras de construção,

complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto de edificações;

CONTRATADA - Empresa ou profissional contratado para a execução de serviços e

obras de construção, complementação, reforma ou ampliação de uma edificação ou conjunto

de edificações;

Especificações Técnicas - Parte do Edital que tem por objetivo definir o detalhamento

das propriedades mínimas exigidas dos materiais e a técnica que será usada na construção,

bem como estabelecer os requisitos, condições e diretrizes técnicas e administrativas para a

sua execução;

FISCALIZAÇÃO - Atividade exercida de modo sistemático pelo Contratante e seus

prepostos, objetivando a verificação do cumprimento das disposições contratuais, técnicas e

administrativas, em todos os seus aspectos, neste ato exercida pela Secretaria de

Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo - SDR, ou por outro orgão federal que

venha a financiar a obra ou a quem a SDR vier a designar;

Projeto Executivo - Conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução

completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de Normas

Técnicas – ABNT.

3. Referências Normativas

A presente especificação técnica possui referências nas seguintes normas

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3.1. Da ABNT:

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão.

NBR 5419 – Sistema de proteção contra descargas atmosféricas.

NBR 5626 – Instalação predial de água fria.

NBR 5732 – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto.

NBR 5738 – Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos de concreto.

NBR 5739 – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos de concreto.

NBR 6118 – Cálculo e execução de obras de concreto armado.

NBR 6457 – Amostras de solo-preparação para ensaios de caracterização.

NBR 6490 – Reconhecimento e amostragem para fins de caracterização de

ocorrência de rochas.

NBR 6491 - Reconhecimento e amostragem para fins de caracterização de

pedregulho e areia.

NBR 7112 – Concreto pré-misturado.

NBR 7182 – Solo - ensaio de compactação.

NBR 7190 – Projetos de estrutura de madeira.

NBR 7193 – Execução de pavimentos de alvenaria poliédrica.

NBR 7211 – Agregados para concreto.

NBR 7225 – Materiais de pedra e agregados naturais.

NBR 7229 – Projeto, construção e operação de sistemas de tanques sépticos.

NBR 7480 – Barras e fios de aço destinados a armaduras de concreto armado.

NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário.

NBR 8800 – Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e

concreto de edifícios.

NBR 9061 – Segurança de escavação a céu aberto.

NBR 12211 – Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de

água.

NBR 12212 – Projeto de poço para captação de água subterrânea.

NBR 12214 – Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento

público.

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NBR 12217 – Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento

público.

NBR 12218 – Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento

público.

NBR 12266 – Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de

água, esgoto ou drenagem urbana.

3.2. Do Ministério do Trabalho:

NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade.

NR 15 – Atividades e operações insalubres.

NR 17 – Ergonomia.

NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

3.3. Da CORSAN/RS:

Regulamento dos Serviços de Água e de Esgoto (RSAE) - Resolução 1093 da

Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande

do Sul (AGERGS).

3.4. Do INCRA/RS:

Norma de Execução nº 54 – Dispõe sobre a implantação de obras de engenharia

componentes de infra-estrutura básica de projetos de assentamento.

3.5. Da CEEE/RS:

CEEE RIC - Regulamento de Instalações Consumidoras;

3.6. Atualização:

Cada referência citada neste texto deve ser observada em sua edição em vigor, desde

que mantidos os mesmos objetivos da data de aprovação da presente Norma, com o

conhecimento e autorização da FISCALIZAÇÃO.

4. Relação dos Desenhos e Documentos

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Fazem parte da presente especificação técnica todos os projetos e detalhamentos de

desenhos constantes do processo de licitação, e devem ser seguidos integralmente, devendo

a FISCALIZAÇÃO dirimir as dúvidas que possam surgir durante a obra.

5. Disposições Gerais

A CONTRATADA será responsável pela observância das leis, decretos, regulamentos,

portarias e normas federais, estaduais e municipais direta e indiretamente aplicáveis ao

objeto do contrato.

Antes do início das obras a empresa responsável pela execução dos serviços,

doravante denominada CONTRATADA deverá anotar no CREA-RS, a responsabilidade pelo

Contrato e pela execução de todos os serviços contratados, e obter junto ao INSS o

Certificado de Matrícula relativo ao objeto do contrato, de forma a possibilitar o licenciamento

da execução dos serviços e obras, nos termos do Artigo 83 do Decreto Federal nº 356/91.

Durante a obra, a CONTRATADA deverá se responsabilizar pelo fiel cumprimento de

todas as disposições e acordos relativos à legislação social e trabalhista em vigor,

particularmente no que se refere ao pessoal alocado nos serviços e obras objeto do contrato,

e atender às normas e portarias sobre segurança e saúde no trabalho e providenciar os

seguros exigidos em lei, na condição de única responsável pelos serviços e obras de

construção, objeto destas Especificações.

Os serviços serão realizados em rigorosa observância dos projetos e respectivos

detalhes fornecidos pela FISCALIZAÇÃO, bem como em estrita obediência às prescrições e

exigências contidas nestas Especificações e nas Normas Brasileiras vigentes;

Durante a execução o CONTRATANTE poderá apresentar desenhos complementares,

os quais serão também devidamente autenticados pela CONTRATADA;

As placas relativas à obra deverão ser confeccionadas e afixadas dentro dos padrões

recomendados por posturas legais, em local bem visível, e com as dimensões, logomarcas e

dizeres definidos pela FISCALIZAÇÃO.

Os serviços contratados serão executados rigorosamente de acordo com este Caderno

de Especificações Técnicas, com os documentos nele referidos, as Normas Técnicas

vigentes e os Projetos anexos;

Quaisquer omissões ou dúvidas estabelecidas pelas especificações técnicas, pelos

projetos ou planilhas de quantitativos deverão ser dirimidas pelas empresas proponentes

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junto a FISCALIZAÇÃO, para que as propostas apresentadas sejam suficientes para a

conclusão dos serviços especificados na apresentação deste caderno.

No caso de divergências de informações entre memoriais, especificações e

partes gráficas, deverão ser adotados os itens mais restritivos e a favor da segurança

e da qualidade, e/ou a somatória dos itens, caso estejam coerentes com as Normas de

Execução do INCRA, com o Regulamento dos Serviços de Água e de Esgoto da

CORSAN/RS e se a FISCALIZAÇÃO entender que estes sejam complementares.

Todos os materiais, necessários à boa execução dos serviços, serão fornecidos pela

CONTRATADA.

Toda mão-de-obra necessária à execução dos serviços, bem como seus respectivos

encargos sociais serão de responsabilidade da CONTRATADA.

Serão impugnados pela FISCALIZAÇÃO, todos os trabalhos que não obedecerem às

especificações e normas técnicas ou não satisfizerem às demais condições contratuais.

Ficará a CONTRATADA obrigada a demolir e a refazer os trabalhos impugnados pela

FISCALIZAÇÃO, logo após o recebimento da Ordem de Serviço correspondente, ficando por

conta da CONTRATADA todas as despesas decorrentes dessas providências.

Em caso de divergência, discrepância ou dúvida acerca de qualquer um dos serviços a

serem executados a FISCALIZAÇÃO deverá ser consultada para a eliminação da referida

situação.

Durante toda a vigência do contrato, a CONTRATADA deverá disponibilizar um

engenheiro civil, legalmente habilitado/registrado junto ao Conselho Regional de Engenharia,

Arquitetura e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS), para acompanhar

diretamente a execução de todos os serviços, garantindo sua presença na obra por período

integral.

A partir do início dos serviços, a CONTRATADA deverá providenciar diário de obra,

que deverá permanecer no escritório situado no canteiro de obras, preenchendo-o

diariamente e disponibilizando-o para a FISCALIZAÇÃO.

Os serviços deverão ser executados dentro do expediente comercial, ou seja, das

07h00min às 18h00min de segunda a sexta-feira, salvo autorização da FISCALIZAÇÃO em

contrário.

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A CONTRATADA deverá apresentar nas medições de fatura o orçamento

detalhamento entre o emprego de material e mão-de-obra, por item e total, com a finalidade

de apurar as despesas aplicadas com mão-de-obra e material.

Será de obrigatoriedade da CONTRATADA o fornecimento dos projetos “As built” das

alterações que ocorram durante a obra, autorizadas pela FISCALIZAÇÃO, após a conclusão

de todos os serviços, impressos em uma cópia de cada e de forma digital e com extensão

DWG, bem como “manual de uso” dos equipamentos e instalações prediais da obra descrita

e CONTRATADA neste memorial.

6. Materiais, Ferramentas e Equipamentos

As ferramentas e equipamentos de uso no canteiro de obras serão dimensionados,

especificados e fornecidos pela CONTRATADA, de acordo com o seu plano de execução de

construção e necessidades do cronograma de execução das obras, observadas as

especificações estabelecidas.

As instalações executadas pela CONTRATADA e destinadas ao desenvolvimento de

seus trabalhos serão consideradas parte integrante da obra e somente poderão ser retirados

por avaliação de conveniência e expressa autorização formal da FISCALIZAÇÃO.

Todos os materiais a serem empregados na obra deverão ser novos,

comprovadamente de primeira qualidade, atestados pela FISCALIZAÇÃO antes da aquisição

e estarem de acordo com as especificações e normas técnicas vigentes.

Se julgar necessário, a FISCALIZAÇÃO poderá solicitar à CONTRATADA a

apresentação de informações, por escrito, dos locais de origem dos materiais ou de

certificados de ensaios relativos aos mesmos. Os ensaios e as verificações serão

providenciados pela CONTRATADA, sem quaisquer ônus para a FISCALIZAÇÃO.

A CONTRATADA deverá submeter à aprovação da FISCALIZAÇÃO amostras dos

materiais a serem empregados e, cada lote ou partida de material será confrontada com a

respectiva amostra, previamente aprovada pela FISCALIZAÇÃO.

Depois de autenticadas pela FISCALIZAÇÃO e pela CONTRATADA, as amostras

serão conservadas no canteiro de obras até o final dos trabalhos de forma a facultar, a

qualquer tempo, a verificação de sua perfeita correspondência com os materiais fornecidos

ou já empregados.

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Os materiais que não atenderem às especificações não serão aceitos pela

FISCALIZAÇÃO para emprego nas obras e não poderão ser estocados no canteiro de obras.

A retirada de entulhos será feita por meio de contêineres acondicionamento em sacos

de linha ou plásticos, que permitam a permanente limpeza das áreas de circulação pública do

Município.

7. Especificação de Marca e Modelos para Materiais

Os materiais empregados para execução do objeto deste, serão detelhados e

dimensionados em projeto executivo, porém só poderá ser substituido marcas similares deste

que tenham a mesma especificação, dimensionamento e aprovação prévia da

FISCALIZAÇÃO, atendendo NBR específica e seja de marca de tradição no mercado

nacional de fácil reposição e manutenção.

8. Referência do Orçamento

Por ocasião da contratação da obra, o valor unitário máximo de cada item não deverá

ultrapassar o respectivo valor unitário da planilha de preços básicos fornecida pelo órgão.

Para determinação dos valores orçamentários foi usado como referência,

principalmente, o preço base de serviços do SINAPI, da Caixa Econômica Federal, de acordo

com o disposto na Lei nº 10.707 de 30/06/2004.

9. Elementos de Proteção

A CONTRATADA será responsável pela segurança de seus funcionários, munindo-os

com todos os equipamentos necessários à proteção individual e coletiva, durante a

realização dos serviços, bem como de uniforme com logomarca da empresa de modo a

facilitar a identificação dos mesmos.

Além dos equipamentos de proteção individual e coletiva, a CONTRATADA deverá

adotar todos os procedimentos de segurança necessários à garantia da integridade física dos

trabalhadores e transeuntes.

A CONTRATADA será responsável pela obediência a todas as recomendações,

relacionadas à segurança do trabalho, contidas na Norma Regulamentadora NR-18,

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aprovada pela Portaria 3214, de 08.06.78, do Ministério do Trabalho, publicada no DOU de

06.07.78 (suplemento).

A CONTRATADA deverá manter particular atenção para o cumprimento de

procedimentos para proteger as partes móveis dos equipamentos e evitar que as ferramentas

manuais sejam abandonadas sobre passagens, escadas, andaimes e superfícies de trabalho,

bem como para o respeito ao dispositivo que proíbe a ligação de mais de uma ferramenta

elétrica na mesma tomada de corrente.

Em obediência ao disposto na Norma Regulamentadora NR-18, serão de uso

obrigatório os seguintes equipamentos:

Capacetes de segurança: para trabalhos em que haja o risco de lesões

decorrentes de queda ou projeção de objetos, impactos contra estruturas e

outros acidentes que ponham em risco a cabeça do trabalhador. Nos casos de

trabalhos realizados próximos a equipamentos ou circuitos elétricos será exigido

o uso de capacete específico;

Protetores faciais: para trabalhos que ofereçam perigo de lesão por projeção de

fragmentos e respingos de líquidos, bem como por radiações nocivas;

Óculos de segurança contra impactos: para trabalhos que possam causar

ferimentos nos olhos;

Óculos de segurança contra radiações: para trabalhos que possam causar

irritação nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de radiações;

Óculos de segurança contra respingos: para trabalhos que possam causar

irritações nos olhos e outras lesões decorrentes da ação de líquidos agressivos;

Protetores auriculares: para trabalhos realizados em locais em que o nível de

ruído for superior ao estabelecido na NR-15;

Luvas e mangas de proteção: para trabalhos em que haja possibilidade do

contato com substâncias corrosivas ou tóxicas, materiais abrasivos ou cortantes,

equipamentos energizados, materiais aquecidos ou quaisquer radiações

perigosas. Conforme o caso, as luvas serão de couro, de lona plastificada, de

borracha ou de neoprene;

Botas de borracha ou de PVC: para trabalhos executados em locais molhados

ou lamacentos, especialmente quando na presença de substâncias tóxicas;

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Botinas de couro: para trabalhos em locais que apresentem riscos de lesão do

pé;

Cintos de Segurança: para trabalhos em que haja risco de queda;

Respiradores contra poeira: para trabalhos que impliquem produção de poeira.

Máscaras para jato de areia: para trabalhos de limpeza por abrasão, através de

jato de areia.

Respiradores e máscaras de filtro químico: para trabalhos que ofereçam

riscos provenientes de ocorrência de poluentes atmosféricos em concentração

prejudiciais à saúde.

Avental de raspa: para trabalhos de soldagem e corte a quente e para

dobragem e armação de ferros.

10. Metodologia Construtiva

10.1. Objetivo

Tem por objetivo orientar os serviços de demolição de pavimentos, escavação e

reaterro de valas, assentamento das tubulações, com a respectiva recomposição de

pavimentos.

11. Condições Gerais

Nas áreas públicas abrangidas pela construção das obras deverão ser adotadas as

providências necessárias para evitar acidentes ou danos às pessoas e aos veículos.

As obras deverão ser sinalizadas conforme a Norma NE-54 do INCRA e do

Regulamento de Serviços de Água e Esgoto (RSAE) da CORSAN/RS.

12. Condições para Execução dos Serviços

12.1. Canteiro da Obra

O canteiro de obras deverá ser instalado em local indicado pela FISCALIZAÇÃO.

A CONTRATADA deverá apresentar um croqui das instalações. Este croqui deverá ser

entregue antes do início da obra, constando a locação e definição do barracão e tapumes,

para ser aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

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Ao término da obra o canteiro deverá ser desmontado ou demolido e removido para

fora da obra. Todas as instalações provisórias deverão ser desmobilizadas e deverão ser

executados todos os acertos necessários no terreno tais como reaterros, regularização,

limpezas e reurbanização no local.

12.2. Barracão de Obra

Os barracões deverão ser em madeirite, pintados, internamente e externamente com

tinta látex-PVA, fixados por pregos 18x24 em estrutura de madeira firmados por pilares e

cintas em vigota 12x6cm. A cobertura deverá ser em telha ondulada de fibrocimento. As

esquadrias serão em madeirite fixadas por dobradiças.

12.3. Andaimes, Passarelas e Telas de Proteção

Caberá à CONTRATADA a locação e montagem de andaimes e passarelas do tipo

mais adequado para execução dos serviços descritos nesta especificação.

Os andaimes e passarelas deverão ter interferência mínima nas atividades

cotidianamente realizadas na obra e seu entorno, além de garantirem total segurança aos

funcionários que farão uso dos mesmos e aos usuários que circulam pelo local, preservando

também os bens materiais existentes.

Deverá ser obrigatória a instalação de telas de proteção nos andaimes.

13. Instalações Provisórias

13.1. Abastecimento de água ao canteiro de obras

O abastecimento de água potável deverá ser feito inicialmente através de pontos

existentes próximos, que alimentarão os reservatórios, localizados estrategicamente em

número suficientes a atender a demanda do canteiro de obras em seu pico. A distribuição

interna far-se-á em tubulações de PVC para os recintos de consumo naturais, bem como aos

bebedouros industriais instalados em toda a edificação, capazes de fornecer água filtrada e

gelada.

Caso seja necessário, a CONTRATADA deverá instalar reservatórios de fibrocimento,

dotados de tampa, com capacidade dimensionada para atender, sem interrupção de

fornecimento, a todos os pontos previstos no canteiro de obras. Cuidado especial será

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tomado pela CONTRATADA quanto à previsão de consumo de água para confecção de

concreto, alvenaria, pavimentação revestimento da obra.

Os tubos e conexões serão do tipo soldável de PVC para instalações prediais de água

fria.

O abastecimento de água ao canteiro será efetuado obrigatoriamente sem

interrupções, mesmo que a CONTRATADA tenha que se valer de caminhão-pipa.

13.2. Esgoto

Caberá à CONTRATADA a ligação provisória dos esgotos sanitários provenientes do

canteiro de obras, de acordo com as exigências da FISCALIZAÇÃO e da Secretaria de

Obras do Município.

Se não for possível a ligação diretamente ao coletor público de esgotos, a

CONTRATADA instalará fossa séptica e sumidouro, de acordo com as prescrições mínimas

estabelecidas pela NBR 7229 - Projeto, construção e operação de sistemas de tanques

sépticos . As redes serão executadas em tubos de PVC com inclinação de 3%.

13.3. Energia Elétrica

Caberá à FISCALIZAÇÃO vigilância das instalações provisórias de energia elétrica, a

fim de evitar acidentes de trabalho e curtos-circuitos que venham prejudicar o andamento

normal dos trabalhos.

O sistema de iluminação do canteiro fornecerá condições de funcionamento a todos os

equipamentos. Serão feitas diversas ligações em alta ou baixa tensão, de acordo com a

necessidade do local e em relação à potência do equipamento instalado em cada ponto do

canteiro.

As redes do canteiro serão em linha aérea com postes de 7,00 metros, em madeira

para instalação das redes de baixa tensão.

O transformador e estação abaixadora de tensão (se forem necessários) serão

instalados em local isolado e sinalizado, conforme indicação de projeto.

Os ramais e sub-ramais internos serão executados com condutores isolados por

camada termoplástica, devidamente dimensionadas para atender às respectivas demandas

dos pontos de utilização. Não serão permitidos cabos de ligação de ferramentas com

emendas.

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Todos os circuitos serão dotados de disjuntores termomagnéticos. Cada máquina e

equipamento receberão proteção individual, de acordo com a respectiva potência, por

disjuntor termomagnético fixado próximo ao local de operação do equipamento, devidamente

abrigado em caixa de madeira com portinhola.

As máquinas e equipamentos tais como serra circular, torre, máquinas de solda, etc.,

terão suas carcaças aterradas.

Serão colocadas tomadas próximas aos locais de trabalho, a fim de reduzir o

comprimento dos cabos de ligação de ferramentas elétricas.

14. Placa da Obra

A placa de obra deverá ser confeccionada pela CONTRATADA e fixada no barracão ou

tapume em local visível, indicado pela FISCALIZAÇÃO. As informações constantes da placa

devem seguir as exigências dos órgãos reguladores.

15. Escavações e Movimento de Terra

A CONTRATADA deverá realizar o nivelamento do terreno necessário para a execução

do projeto. Todo o serviço de escavação e movimento de terra deverá ser feito atendendo as

seguintes precauções:

Evitar que o material escavado alcance as áreas de circulação de pedestres ou

veículos.

Os trabalhos de aterro e reaterro deverão ser executados com material da própria

escavação, ou material a ser adquirido de jazidas próximas ou dentro da própria área, após

aprovação da FISCALIZAÇÃO.

16. Locação da Obra

A localização da obra no terreno deverá ser realizada a partir das referencias de nível e

dos vértices de coordenadas implantados ou utilizados para a execução do projeto de

fundação. Sempre que possível, a localização da obra deverá ser feita com equipamentos

compatíveis com os utilizados para o levantamento topográfico. A locação propriamente dita

deverá ser executada a partir das direções e pontos obtidos na localização da obra.

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A locação deverá ser global, sobre quadros de madeiras que envolvam todo o

perímetro da obra. Os quadros, que serão executados em tábuas para forma (10 cm)

estruturadas em pontaletes 3x3” com pregos 18x24 e arame galvanizado nº 14, deverão ser

perfeitamente nivelados e fixados de tal modo que resistam aos esforços dos fios de

marcação, sem oscilação e sem possibilidades de fuga da posição correta.

A locação deverá ser feita sempre pelos eixos dos elementos construtivos, com

marcação nas tábuas ou sarrafos dos quadros, por meio de cortes de madeira e pregos.

17. Cortes

A escavação de cortes deverá ser executada em conformidade com os elementos

técnicos fornecidos no projeto de arquitetura e estrutural dos reservatórios.

A escavação deverá ser precedida da execução dos serviços de desmatamento,

destocamento e limpeza e se processará mediante a previsão da utilização adequada ou

rejeição dos materiais extraídos. Assim, apenas deverão ser transportados para constituição

dos aterros, os materiais que, pela classificação e caracterização efetuadas nos cortes,

sejam compatíveis com os especificados para a execução dos aterros.

Os taludes dos cortes deverão apresentar, após as operações de terraplanagem, a

inclinação indicada no projeto. Os taludes deverão apresentar a superfície obtida pela normal

utilização do equipamento de escavação. Deverão ser removidos os blocos de rocha

aflorantes nos taludes, quando estes vierem a representar riscos para a segurança dos

usuários.

Os taludes de corte deverão ser revestidos e protegidos contra desmoronamentos de

material natural.

18. Estruturas

18.1. Em concreto armado

As estruturas serão executadas com rigorosa fidelidade ao projeto estrutural, não

sendo tolerados alterações quanto a profundidade, dimensão, especificação e método

executivo sem a expressa anuência da FISCALIZAÇÃO e observando-se que o controle

tecnológico da execução dos elementos de concreto armado da superestrutura obedecerá a

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normas específicas, prevendo-se o rompimento dos corpos de prova com idade de sete a

vinte e oito dias.

18.2. Cimento Portland

O cimento Portland a ser empregado deverá satisfazer a NBR-5732 e ao item 8.1.1.1

da NBR-6118.

O cimento acondicionado em sacos deverá ser recebido no invólucro original da

fábrica, devidamente identificado com a marca do cimento, peso líquido, marca da fábrica,

local e data de fabricação. Os invólucros deverão estar em perfeito estado de conservação,

não sendo aceitos aqueles avariados ou que contiverem cimento empedrado.

O armazenamento do cimento deverá ser em local protegido da ação de intempéries,

da umidade do solo e de outros agentes nocivos.

Os sacos contendo cimento deverão ser empilhados de maneira a permitir facilidades

de contagens, inspeção e identificação de cada partida; cada pilha terá no máximo dez

sacos.

Lotes de cimento de diferentes partidas não poderão ser misturados.

18.3. Agregado Miúdo

Poderão ser empregados dois tipos de agregado miúdo:

Tipo 1: Areia natural quartzosa, com diâmetro igual ou inferior a 4,8mm

proveniente de britagem de rochas estáveis.

Tipo 2: O Agregado miúdo poderá ser constituído pela mistura de areia e brita

indicada desde que a porcentagem de areia seja superior a 50% e mediante

aprovação pela FISCALIZAÇÃO.

O agregado miúdo deverá obedecer ao item 8 da NBR-7211.

O Armazenamento deverá ser de modo a não haver mistura com outros tipos de

agregados e ainda não haver contaminação por impurezas.

O agregado miúdo deverá chegar à betoneira com umidade uniforme.

18.4. Agregado Graúdo

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O agregado graúdo deverá ser o pedregulho natural ou a pedra britada proveniente de

britagem de rochas estáveis, com um máximo de 15%, passando pela peneira 4,8mm.

O agregado graúdo deverá obedecer ao item 9 da NBR-7211.

Os agregados a serem utilizados deverão estar classificados em tipos 1, 2 e 3,

conforme o item 11 da NBR-7225.

Os diferentes tipos de agregados deverão chegar à betoneira separadamente com

umidade uniforme.

Os agregados de diferentes tamanhos deverão ser armazenados em compartimentos

separados. Se acontecer mistura de agregados de diferentes tipos, eles poderão ser

aproveitados após serem peneirados e separados de acordo com a sua granulometria.

Deverão ser tomadas precauções para que materiais estranhos não se misturem com

os agregados, vindo a prejudicar as suas características. Caso isso venha a acontecer, os

agregados deverão ser lavados antes de serem utilizados, ou rejeitados.

18.5. Aços para Armaduras

Todo o aço das armaduras passivas das peças estruturais de concreto armado deve

estar de acordo com o que prescreve a NBR-7480.

Para amarração das armaduras deverá ser usado arame recozido preto, bitola 18AWG.

18.6. Madeiras para Formas e Escoramentos

A madeira de uso provisório para a montagem de andaimes, tapumes e escoramentos,

deverá ser o Pinho do Paraná ou equivalente, o tipo de madeira poderá ser substituído por

uma de uso local, com resistência e finalidade equivalentes, com prévia aprovação da

FISCALIZAÇÃO nas dimensões comerciais adequadas ao fim a que se destinem.

18.7. Execução de Formas e Escoramentos

As formas deverão apresentar geometria, alinhamento e dimensões rigorosamente de

acordo com as indicações dos desenhos.

As formas deverão ser dimensionadas para não apresentarem deformações

substanciais sob ação de quaisquer causas, particularmente cargas que deverão ser

suportadas; para tanto é necessário que as mesmas sejam suficientemente resistentes e

rígidas, bem como adequadamente escoradas.

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As fendas ou aberturas com mais de 3 mm de largura, através das quais possa haver

vazamento de argamassa deverão ser preenchidas devidamente. As fendas com largura de 4

a 10 mm não deverão ser aceitas ou calafetadas, pois esta estrutura de concreto aparente.

Não se admitirá, na confecção das formas, chapas de compensado com espessura

inferior a 12 mm, sendo obrigatória a utilização do compensado plastificado, para concreto

aparente, levando-se em conta a utilização máxima de 5 vezes, As formas de compensado

serão reforçadas com sarrafos, tábuas e barrotes de 3a qualidade, nas dimensões

adequadas, a fim de se evitar esbojamento que prejudique o acabamento regular (superfície

lisa) do concreto.

As madeiras deverão ser de boa qualidade, sem apresentar curvaturas, sinais de

apodrecimento ou nós soltos.

Antes do lançamento do concreto, as formas deverão ser molhadas até a saturação.

Os escoramentos deverão ser projetados e executados de modo a apresentarem

segurança quanto à estabilidade e resistência.

Os escoramentos deverão obedecer às prescrições das Normas Brasileiras NBR-7190

e NBR-8800, respectivamente para estrutura de madeira e estruturas metálicas e ainda

observar os itens 9.2.2., 9.2.1., 9.1.1. da NBR-6118.

Os escoramentos deverão apresentar rigidez suficiente para não se deformarem em

excesso sob ação das cargas e variações de temperatura e/ou umidade.

Sempre que necessário, as escoras deverão possuir em suas extremidades,

dispositivos para distribuir as pressões de modo a não comprometerem a eficiência de seus

pontos de apoio.

18.8. Preparo e Montagem das Armaduras

Nos desenhos de Armadura estão indicadas as categorias e classes de aços a serem

utilizados nas diferentes partes da estrutura.

As barras de aço que não se apresentarem retas antes da preparação das armaduras,

deverão ser alinhadas por método que mantenha inalteradas as características mecânicas do

material.

O corte e dobramento das barras deverão ser executados por processos que não

alterem as características mecânicas do material.

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Os dobramentos e medidas das armaduras deverão estar rigorosamente de acordo

com as indicações dos desenhos.

Os dobramentos para ganchos e estribos deverão ser feitos segundo os critérios

especificados no item 6.1.4.1. da NBR-6118 e os dobramentos de barras curvadas, segundo

o que estabelece o item 6.1.4.2. da mesma NBR-6118.

Para as barras que necessitem de emendas estas deverão ser executadas conforme os

itens 6.1.5 e 10.4 da NBR-6118 e localizadas rigorosamente nas posições previstas nos

desenhos.

Se os desenhos não indicarem as posições das emendas, estas deverão ser

executadas, sempre que possível, em regiões de menor solicitação; porém, quando isso não

for possível, as emendas deverão apresentar total garantia de eficiência e segurança.

A CONTRATADA poderá substituir um tipo de emenda por outro, desde que

previamente aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

A montagem das barras das armaduras obedecerá sempre às posições indicadas nos

desenhos.

As barras deverão ser devidamente amarradas a fim de não sofrerem deslocamentos

de suas posições no interior das formas antes e durante a concretagem.

Quando os desenhos de armaduras não indicarem os espaçamentos entre barras

paralelas, não deverão ser admitidas distâncias inferiores aos valores mínimos prescritos

pela NBR-6118.

O cobrimento de concreto sobre as barras das armaduras não poderá ser inferior aos

valores mencionados no item 6.1.1.1 da NBR-6118.

Havendo necessidade de se deslocar alguma armadura que interfira com tubulações,

eletrodutos, chumbadores, insertos, etc., e se este deslocamento exceder um diâmetro da

barra ou às tolerâncias permitidas por norma, a nova posição deverá ser comunicada à

FISCALIZAÇÃO e submetida à sua aprovação, que poderá, se julgar necessário, exigir a

colocação de armaduras adicionais de reforço na região afetada pelo deslocamento.

As armaduras deverão ser inspecionadas antes da concretagem a fim de constatar

estarem corretas, devidamente montadas isentas de escamas de laminação, terra,

argamassa, óleo, escamas de ferrugem ou outro material que possa prejudicar sua aderência

ao concreto.

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18.9. Dosagem e controle do Concreto

O concreto poderá ser preparado na própria obra em central ou betoneira, ou fornecido

por empresa especializada em concreto pré-misturado.

Para o concreto preparado na obra, por betoneira, os componentes deverão ser

medidos em peso e separadamente.

18.10. Lançamento do concreto

A FISCALIZAÇÃO só poderá autorizar o lançamento do concreto nas formas após a

verificação e aprovação de:

Geometria, prumos, níveis, alinhamentos e medidas das formas;

Montagem correta e completa das armaduras, bem como a suficiência de suas

amarrações;

Montagem correta e completa de todas as peças embutidas na estrutura

(tubulação, eletrodutos, chumbadores, insertos, etc.);

Estabilidade, resistência e rigidez dos escoramentos e seus pontos de apoio;

Rigorosa limpeza das formas e armaduras, bem como a necessária vedação das

formas.

Não poderá ser utilizado o concreto que apresentar sinais de inicio de pega,

segregação, ou desagregação dos componentes, não podendo ainda decorrer mais de uma

hora desde o fim do amassamento até o fim do lançamento.

Para o lançamento do concreto, além do exposto nesta especificação, deverá ser

seguido o item 11.2 da NBR-6118.

Para o concreto que for lançado em camadas, deverão ser tomadas precauções para

que uma camada não seja lançada sobre a anterior parcialmente endurecida.

O concreto não poderá ser lançado com altura de queda livre superior a dois metros;

em peças estreitas e altas o concreto deverá ser lançado por meio de funis ou trombas ou

então por janelas abertas nas laterais das formas.

Durante e após o seu lançamento, o concreto deverá ser vibrado por meio de

equipamento adequado para ficar assegurado o completo preenchimento das formas e a

devida compactação do concreto.

Os equipamentos a empregar são os vibradores de agulha ou de superfície,

dependendo da natureza da peça estrutural que esteja sendo concretada.

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No adensamento com emprego de vibradores de agulha a espessura da camada de

concreto a vibrar deverá ser da ordem de 75% do comprimento da agulha; não sendo

satisfeita a condição anterior; as opções deverão ser o emprego da agulha em posição

conveniente ou o emprego de vibradores de superfície.

O tempo de vibração do concreto não poderá ser excessivo, devendo ser o suficiente

para assegurar a perfeita compactação de toda a massa de concreto sem a ocorrência de

ninhos ou segregação dos materiais.

As armaduras não deverão ser vibradas para não acarretar prejuízos na aderência com

o concreto em virtude de vazios que poderão surgir ao redor das mesmas.

18.11. Cura do Concreto

Depois de lançado nas formas e durante o período de endurecimento, o concreto

deverá ser protegido contra secagem, chuva, variações de temperatura e outros agentes

prejudiciais.

Durante o endurecimento o concreto não poderá sofrer vibrações ou choques que

possam produzir fissuração na massa de concreto ou prejudicar a sua aderência com as

armaduras.

Durante os primeiros 7 dias após o lançamento o concreto deverá ser protegido contra

a secagem prematura umedecendo-se a sua superfície exposta.

18.12. Juntas de Concretagem

Sempre que for necessário interromper a concretagem da estrutura, a interrupção

deverá ocorrer em locais pré-determinados.

A concretagem só poderá ser interrompida fora dos locais indicados nos desenhos com

o conhecimento e autorização da FISCALIZAÇÃO. Nestes casos, a interrupção deverá ser

prevista de modo a formar-se juntas de concretagem, na medida do possível, com a

superfície normal à direção dos esforços de compressão, devendo ainda essas juntas ser

armadas para resistir a eventuais esforços de cisalhamento, de modo a não diminuir a

resistência da peça.

A concretagem de pilares e paredes que constituem apoio de vigas e lajes deverá ser

interrompida no plano da face inferior da viga ou laje pelo tempo suficiente para ocorrer o

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assentamento do concreto, de modo a se evitar a formação de fissuras horizontais nas

imediações do nível de apoio.

18.13. Retirada de Formas e Escoramento

As formas e escoramento só poderão ser retirados depois que o concreto estiver

suficientemente endurecido de modo a apresentar resistência necessária às solicitações

decorrentes das cargas que atuarão.

Nos casos normais os prazos mínimos para retirada de formas e escoramentos são os

seguintes:

Faces laterais: 7 dias;

Faces inferiores, desde que deixem pontaletes bem encunhados e

adequadamente espaçados: 21 dias;

Faces inferiores sem pontaletes: 28 dias.

As formas e escoramentos deverão ser retirados com cuidado de modo a não provocar

choques e avarias na estrutura.

19. Pintura

O piso, bem como outras superfícies não destinadas à pintura, deverá ser protegido

durante a execução da pintura, a fim de evitar respingos de tinta. Se, apesar da proteção

ainda vierem a acontecer alguns salpicos, estes deverão ser removidos enquanto a tinta

ainda estiver fresca, e com o emprego de removedores adequados.

19.1. Pintura Externa

Pintura com tinta acrílica para exterior aplicada em três demãos, sobre massa acrílica,

aplicada em duas demãos, em todas as paredes externas, inclusive as existentes. Elas

deverão ser tratadas previamente com selador acrílico. Em superfícies externas novas aplicar

fundo preparador de paredes antes do emassamento. As cores a serem usadas estarão

indicadas nas fachadas em plantas. Em superfícies externas existentes, deverão ser

corrigidas as falhas e trincas existentes.

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A pintura das paredes externas será executada através da remoção com lixa 100 de

eventuais partes soltas e deformidades no revestimento (reboco) seguido da aplicação de

uma farta demão de fundo preparador.

Espanação do substrato para remoção de impurezas e aplicação de única demão de

tinta texturizada acrílica na cor e tonalidade definidas pela FISCALIZAÇÃO ou projeto de

detalhamento da arquitetura.

19.2. Pintura dos Portões e Cercado de alambrado

Antes da aplicação da tinta os mesmos deverão ser lixados até que se elimine 100%

das impurezas, relevos, lascas e farpas, e após receber uma demão de seladora.

Deverá ser aplicada tinta, específica para o material utilizado, de 1ª linha e com selo de

qualidade, em quantas demãos forem necessárias para um perfeito acabamento, não sendo

admitidos escorridos e manchas no acabamento final.

20. Condições Específicas

20.1. Demolição de pavimento

Antes de qualquer obra em ruas pavimentadas ou em passeios, o responsável pelo

serviço deverá tomar conhecimento prévio da natureza das obras a executar, de modo a

providenciar o necessário para a recomposição dos pavimentos.

A demolição do pavimento será efetuada de acordo com a natureza dos pavimentos

existentes; por processos mecânicos (martelete pneumático), quando asfalto ou concreto, ou

manuais para os demais casos.

O material proveniente da demolição será removido do local, se não puder ser

aproveitado ou devidamente armazenado, se ainda útil na recomposição do pavimento.

A largura de demolição do pavimento será especificada em projeto de detalhamento da

vala.

20.2. Escavação

As valas serão escavadas segundo o alinhamento e as cotas indicadas no projeto.

A largura da vala deverá ser mantida constante, em toda sua extensão, de modo a

obter-se uma superfície uniforme em projeção horizontal, conforme indicado no projeto.

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Para evitar a ruptura lateral do maciço escavado, as paredes da vala devem apresentar

as superfícies regulares (razoavelmente planas), de modo que a diferença entre a saliência e

a reentrância mais acentuada, seja inferior a l0 cm.

A largura da vala deverá obedecer aos limites estabelecidos na NBR 12266/1992 –

Anexo - Tabela 2 – Largura da vala para obra de água, exceto nos casos em que as

condições físicas do terreno não o permitirem e com prévia autorização da FISCALIZAÇÃO.

Na hipótese de novos processos construtivos que permitam a redução da largura da

vala, sem comprometimento do grau de compactação do reaterro desta, esta solução poderá

ser adotada mediante estudo e com a aprovação prévia da FISCALIZAÇÃO.

A escavação poderá ser feita manualmente ou com equipamento mecânico apropriado.

Neste caso, a escavação mecânica deve se aproximar do greide da geratriz inferior da

tubulação, sendo o nivelamento do fundo da vala feito manualmente.

A escavação em terrenos rochosos que necessitem do uso de explosivos, será objeto

de projeto especial, que devera ser apresentado a FISCALIZAÇÃO.

O escoramento será executado logo após a abertura da vala, conforme indicado em

projeto e segundo a NBR 12266/1992.

O material resultante da escavação, que não puder ser reaproveitado, será removido

do local. O material passível de reaproveitamento será depositado, provisoriamente, de um

só lado da vala, a uma distância no mínimo igual à profundidade, de modo a não perturbar os

serviços, não comprometer a estabilidade dos taludes e não permitir a invasão da vala pelas

águas das chuvas.

Para evitar o acúmulo de material e facilitar o tráfego de veículos e pedestres, as

atividades de escavação, assentamento da tubulação e reaterro, deverão ser subseqüentes.

20.3. Drenagem das valas

Quando a escavação atingir o lençol freático dever-se-á ter o cuidado de manter o

terreno permanentemente drenado, impedindo-se que a água se eleve no interior da vala,

pelo menos até que o material que compõe a junta da tubulação atinja o ponto de

estabilização.

A drenagem da vala deverá ser feita de modo a impedir que a água corra em tubos

recém assentados, lavando a argamassa de cimento e areia das juntas quando forem

empregados tubos com este tipo de junta.

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Quando a drenagem for feita por meio de bombas, a água retirada deverá ser

encaminhada para a galeria de águas pluviais ou vala mais próxima, através de condutos

apropriados, para evitar o alagamento das áreas vizinhas ao local de trabalho.

20.4. Reaterro de Valas

Na execução do reaterro, deverão ser consideradas as condições do lençol freático, a

disponibilidade de jazidas próximas ao local da obra e a proteção inicial da tubulação.

20.4.1. Materiais para reaterro de valas

Os materiais para o reaterro devem apresentar as seguintes características:

Ausência de pedras, de vegetação e de corpos com diâmetro superior a 3,00 cm;

Baixa compressibilidade (pequena diminuição de volume dos solos sob a ação de

cargas);

Baixa sensibilidade à ação da água;

Boa capacidade de suporte.

Na execução do reaterro, será utilizado preferencialmente o próprio material da

escavação. Excepcionalmente, serão aceitos materiais granulares (não coesivos), a critério

da FISCALIZAÇÃO, tais como:

Pedregulho natural arenoso;

Areia;

Brita de boa qualidade;

Restolho de pedreira;

Escórias siderúrgicas de granulação adequada;

Finos de minério de ferro, etc.

O reconhecimento e a coleta de amostras destes materiais serão feitos de acordo com

as normas NBR 6490 e NBR 6491.

20.5. Materiais oriundos das escavações das valas

Neste caso, devem ser removidos:

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Entulhos provenientes de vegetais e de animais;

Elementos grosseiros (minerais ou não), com dimensões superiores a 3,00 cm;

Solos turfosos (grande porcentagem de partículas fibrosas);

Solos excessivamente orgânicos;

Argilas muito gordas (untuosas ao tato);

Siltes muito expansivos.

20.6. Materiais de jazidas

No caso de jazidas deverá ser feita uma pesquisa na região onde as obras se

desenvolvam, tendo em vista:

Evitar que o orçamento global fique onerado com o transporte de material a longa

distância.

Escolher o material que satisfaça às especificações do projeto.

Qualquer material só poderá ser empregado com a prévia autorização da

FISCALIZAÇÃO.

20.7. Enchimento de Valas

Devem ser observados os seguintes procedimentos de enchimento de valas:

Iniciar o aterro logo que possível, com o cuidado necessário para não haver

deslocamento lateral da tubulação;

Colocar o material, alternadamente, nos lados da tubulação, em camadas que

podem variar de 5,00cm até o máximo de 10,00cm;

Até 20cm acima da geratriz superior da tubulação, deve ser usado equipamento

manual, em camadas sucessivas de até 10,00cm de altura;

Utilizar um pequeno soquete para a compactação do aterro, de modo a não

atingir a tubulação e não permitir o tráfego de pessoas sobre a tubulação antes

de completar-se uma altura de 20,00cm de aterro acima da geratriz superior do

tubo;

Tomar todas as precauções para não danificar as juntas e as tubulações.

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Os materiais indicados nas especificações podem ser misturados, fazendo-se sua

homogeneização com o auxílio de ferramentas manuais (ancinho, enxada, pá, etc.) até haver

um grau de uniformização adequado.

A reconstituição do corpo do reaterro atingirá a cota da base do pavimento a

reconstruir.

20.8. Adensamento de Valas

Permite-se o uso da água para a consolidação de reaterro somente no caso de material

granulado.

A primeira aguada será aplicada até a saturação do material, depois de concluídos os

60cm de reaterro sobre a geratriz superior do tubo.

A segunda aguada será aplicada depois do subsequente enchimento da vala.

A quantidade de água será a suficiente para preencher os vazios do solo, evitando-se

que a água em excesso venha a escorrer, a fim de impedir a alteração das condições de

suporte do solo subjacente aos tubos, bem como deverá também ser evitado o excesso de

pressão sobre os mesmos;

20.9. Compactação de Valas

A compactação do aterro pode ser feita por:

Equipamentos manuais;

Equipamentos mecânicos.

No aterro a partir de 20,00cm acima da geratriz superior do tubo, é obrigatória a

compactação mecânica, que pode ser feita por pressão ou por impacto.

A compactação mecânica deve ser iniciada no centro da vala e em direção às laterais,

a fim de que o material seja comprimido contra o talude da vala (local de mais difícil

compactação).

A aparelhagem para a compactação mecânica do aterro será constituída de

equipamentos vibratórios ou de equipamentos de ação dinâmica.

21. Recomposição de pavimentos

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A recomposição da base será, sempre que possível, idêntica à base original.

Após a execução da base do pavimento, será feita a recomposição do revestimento,

em um dos seguintes tipos, conforme as características pertinentes ao trecho e com a

aprovação da FISCALIZAÇÃO:

Concreto asfáltico;

Calçamento poliédrico ("pé-de-moleque");

Calçamento com paralelepípedos;

Bloket;

Calçada portuguesa (mosaico de pedras);

Passeios diversos (ladrilho hidráulico, ardósia, mosaico, português, etc.).

21.1. Pavimento Asfáltico

Considera-se como imprimação a película betuminosa destinada a preparar e proteger

a base do revestimento, além de garantir a solidariedade do concreto asfáltico.

A imprimação será executada com os seguintes cuidados:

Verificar se a superfície de aplicação está bem acabada;

Verificar se existem as condições necessárias para a execução de uma junta

bem feita entre o novo e o antigo pavimento;

Varrer, previamente, a superfície de aplicação;

Espalhar o líquido betuminoso com regadores de crivos largos e furos limpos;

Somente executar a imprimação quando a temperatura ambiente for igual ou

superior a 10°C, não estiver chovendo (ou não houver ameaça de chuva

iminente) e quando o terreno não estiver molhado.

Para facilitar a recomposição e melhorar o contato com o novo pavimento, recomenda-

se a adoção de taludes positivos iguais ou inferiores a 1:1, na faixa da espessura do

pavimento.

O concreto betuminoso pré-misturado será lançado sobre a imprimação e atenderá aos

seguintes requisitos:

Ter espessura conforme aquela do pavimento original, nunca inferior a 3,50 cm

ou superior a 10,00 cm;

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Quando a espessura do concreto asfáltico for superior a 6 cm, o pavimento deve

ser executado em duas camadas idênticas;

Ser aplicado no local à temperatura mínima de 70°C. Se houver queda excessiva

de temperatura, durante o transporte, a massa será reaquecida, de modo que a

temperatura de reaquecimento não ultrapasse 140°C.

Após a aplicação, a massa receberá uma compactação inicial, por meio de placas

vibratórias, rolos lisos, ou rolo de pneus.

Para a completa cura do concreto betuminoso, a abertura da via pública ao tráfego

somente se verificará 2 (duas) horas, no mínimo, após a conclusão da compressão do

revestimento de cimento asfáltico.

21.2. Pavimento poliédrico

O calçamento poliédrico ("pé-de-moleque") será constituído de pedras irregulares,

cravadas de topo por percussão.

As pedras serão justapostas e o assentamento far-se-á sobre base de solo

estabilizado.

Neste tipo de calçamento deve ser obedecida a norma NBR 7193 da ABNT.

21.3. Pavimento com paralelepípedos

No calçamento com paralelepípedos, estes devem ser de concreto, de granito ou de

outras rochas que satisfaçam plenamente às especificações, com prévia aprovação da

FISCALIZAÇÃO.

O assentamento dos paralelepípedos será feito, sobre uma base de areia ("colchão" ou

"leito"), com espessura mínima de 10 cm, tomando-se o cuidado de socar, fortemente, o

terreno antes de lançar a areia.

Os paralelepípedos serão colocados em fiadas corridas (segundo sua maior dimensão)

e desencontradas no sentido transversal da rua.

Em casos especiais, o projeto poderá exigir para o assentamento de paralelepípedos:

Base de macadame (pedra britada, revestida de saibro);

Base de cascalho de barranco;

Base com aterro de minério de ferro.

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21.4. Outros pavimentos

O revestimento tipo bloket, deverá ser constituído de lajotas hexagonais articuladas, em

concreto vibrado, com espessura variável e idêntico ao material existente. A recomposição

obedecerá às instruções técnicas do fabricante.

A calçada portuguesa (mosaico de pedra) é do tipo de revestimento de passeio,

executado com fragmentos de pedra, em formato irregular (porém com uma face lisa),

constituindo desenhos, de caráter decorativo, idênticos aos existentes.

As pedras serão alternadas, conforme a coloração preta (do diabásio) ou clara (do

calcário branco-acinzentado).

Em cima da base de concreto, será colocada uma camada de argamassa seca de

cimento, areia grossa e saibro (traço 1:2:4), com espessura de 3 a 5 cm.

Após esta argamassa, serão assentadas as pedras, obedecendo ao desenho existente,

o que se realizará por meio de gabaritos de madeira, solidamente fixados no solo. As juntas

de argamassa entre as pedras serão uniformes e com a largura aproximada de 2mm.

Após a colocação das pedras, o revestimento será comprimido, manual ou

mecanicamente, de tal forma que a superfície final se apresente desempenada e livre de

saliências entre as pedras. Para aumentar a aderência, é recomendável uma aspersão de

água sobre o revestimento.

22. Rede de Abastecimento de Água

22.1. Movimento de Terra

Nos aterros de grande vulto e nos pavimentos sujeitos ao tráfego intenso serão feitos

ensaios em laboratórios especializados de solos, a critério da FISCALIZAÇÃO.

Os corpos de prova para esses ensaios serão preparados pelos laboratoristas

especializados, de acordo com o método adotado para cada teste.

22.2. Ensaios

Os ensaios serão dispensados no caso de obra de pequeno vulto (vala e aterro de

reduzidas dimensões), a critério da FISCALIZAÇÃO.

Para os ensaios não aprovados pela FISCALIZAÇÃO, não haverá ônus para esta,

estando todas as respectivas despesas por conta da CONTRATADA.

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22.3. Escavação Mecânica de Valas

A escavação compreende a remoção de qualquer material abaixo da camada

superficial de terreno, até as linhas e cotas especificadas no projeto, utilizando-se os

equipamentos convencionais.

Antes de iniciar a escavação a CONTRATADA fará a pesquisa de interferência do

local, para que não sejam danificados quaisquer tubos, caixas, postes etc., que estejam na

zona atingida pela escavação ou área próxima a mesma.

Caso haja qualquer dano nas interferências citadas anteriormente, todas as despesas

decorrentes dos reparos correrão por conta da CONTRATADA, desde que caracterizadas a

responsabilidade da mesma.

A vala só deverá ser aberta quando os elementos necessários às instalações estiverem

depositados no local.

22.4. Escavação em Material de 1° categoria

A escavação deste tipo de material deverá ser feita mecanicamente salvo no caso

de proximidade de interferência cadastrada ou detectada ou em locais com autorização da

FISCALIZAÇÃO.

Nesta categoria são incluídos: solo de qualquer tipo, rochas em adiantado estado de

decomposição e pedras soltas.

A escavação será executada de modo a proporcionar o máximo de rendimento e

economia, em função do volume de material a remover e das dimensões, natureza e

topografia do terreno.

22.5. Escavação em Material de 2° categoria

A escavação deverá ser executada de modo a proporcionar o máximo de rendimento e

economia em função do volume de material a remover e das dimensões, natureza e

topografia do terreno.

A CONTRATADA deverá efetuar a escavação com método apropriado às condições

locais, aprovado pela FISCALIZAÇÃO.

22.6. Escavação em Material de 3º categoria

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Os trabalhos de escavação deverão ser executados de modo que a superfície da

rocha, após concluída a escavação, se apresente rugosa e sem saliências de mais de 0,5 m.

Esses trabalhos serão dados por concluídos e aprovados, após verificação da

FISCALIZAÇÃO, e o local estiver limpo e não apresentar fragmentos de rocha, lama ou

detritos de qualquer espécie.

A ocorrência eventual de fendas ou falhas na rocha escavada, além das fraturas

ocasionadas pelas explosões será, a critério da FISCALIZAÇÃO, tratada convencionalmente,

só se permitindo a continuação dos serviços após liberação desta.

22.6.1. Escavação em Material de 3º categoria – Plano de Fogo

A CONTRATADA deverá executar os serviços de escavação a fogo, quando for

nescessário, tomando todas as precauções possíveis para preservar, sem danos, o material

abaixo e além dos limites da escavação definidos no projeto, especialmente nas superfícies

sobre as quais será construída a obra. Deverá, outrossim, tentar obter a maior quantidade

possível de materiais selecionados para uso direto na construção das estruturas

permanentes e na produção de agregados.

Para tanto, deverá a CONTRATADA estudar para cada área, a extrema necessidade e

o tipo de material, com base em sua experiência e nas presentes especificações, o “Plano de

Fogo” adequado, apresentando-o para aprovação da FISCALIZAÇÃO, em tempo hábil.

Em cada plano de fogo, a CONTRATADA indicará as profundidades e disposições dos

furos para o desmonte, assim como as cargas e tipo de explosivos, ligações elétricas das

espoletas com cálculo da resistência total do circuito e método de detonação, especificando

as características da fonte de energia, ou ligações de cordel com retardadores, bem como

tipo e método de ligação.

A aprovação, pela FISCALIZAÇÃO, de um plano de fogo não exime a CONTRATADA

de qualquer uma de suas responsabilidades, incluindo o uso impróprio das técnicas de pré-

fissuramento e fogo cuidadoso.

Os trabalhos de escavação serão medidos segundo o volume escavado, efetivamente

medido. A unidade de medição será o metro cúbico com aproximação centesimal e seu preço

deverá remunerar todos os recursos necessários, seja de mão-de-obra, de materiais, de

ferramentas próprias e de equipamentos, para acertos e conformações do terreno.

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22.7. Acerto e Verificação do Nivelamento de Fundo de Valas

O fundo de valas deverá ser perfeitamente regularizado e, quando necessário, a critério

da FISCALIZAÇÃO, apiloado.

Para os terrenos onde, eventualmente, houver tubulações colocadas sobre aterro,

deverá ser atingida no embasamento uma compactação mínima de 97% (noventa e sete por

cento) em relação ao Proctor Normal (NBR 7182).

Qualquer excesso de escavação, ou depressão, no fundo das valas deverá ser

preenchido com areia, pó de pedra ou outro material de boa qualidade, a critério da

FISCALIZAÇÃO.

Os trabalhos serão medidos após a conclusão de todas as etapas necessárias

considerando-se a largura da vala determinada pelo projeto e a extensão efetivamente

executada.

22.8. Reaterro de Valas

O reaterro de valas será processado até o restabelecimento dos níveis anteriores das

superfícies originais ou de forma designada pela FISCALIZAÇÃO, e deverá ser executado de

modo a oferecer condições de segurança às estruturas e as tubulações e bom acabamento

da superfície.

O reaterro de valas para assentamento das canalizações compreende um primeiro

aterro e um aterro complementar.

O reaterro das valas será feito de acordo com as linhas, cotas e dimensões mostradas

em projeto.

O material de reaterro deverá ser colocado em torno do tubo, de forma a manter as

juntas expostas, até a pressurização da linha para os testes de estanqueidade.

22.9. Escoramento de Valas

Toda vez que a escavação, em virtude da natureza de terreno, possa provocar

desmoronamentos, a CONTRATADA é obrigada a providenciar o escoramento adequado,

tendo a função de conter as paredes laterais e aumentar a estanqueidade das valas.

O escoramento de valas com profundidades inferior a 1,50 m, só será executado caso

a FISCALIZAÇÃO considere necessário.

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Para se evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado será colocado a uma

distância da vala, no mínimo igual a sua profundidade.

22.10. Assentamento de Tubulações

Os serviços de assentamento de tubulações envolvem a marcação da área de

escavação e de demais pontos notáveis para a execução da obra.

Quaisquer interferências ou modificações terão que ser previamente aprovadas pela

FISCALIZAÇÃO e descritas em “as built”.

23. Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPDA)

23.1. Nível de Proteção

De acordo com a Norma NBR 5419 o nível de proteção para a estrutura é o nível II.

23.2. Subsistema de Captores

Deverá ser instalado um mastro de 3 metros de altura com captor Franklin sobre cada

reservatório elevado d’água. As escadas externas aos reservatórios deverão ser interligadas

ao SPDA no ponto mais próximo deste.

23.3. Subsistema de Condutores de Descidas

As descidas deverão ser em cabo de cobre nu #35mm².

Não são admitidas emendas nos cabos utilizados como condutores de descida, exceto

na interligação entre a escada externa ao reservatório e entre o condutor de descida e o

condutor de aterramento, onde deverá ser utilizado um conector de medição. Sendo assim

cada condutor de descida externa deverá ser provido de uma conexão de medição, instalada

próxima do ponto de ligação ao eletrodo de aterramento. A conexão deve ser desmontável

por meio de ferramenta, para efeito de medições elétricas, mas deve permanecer

normalmente fechada, conforme detalhe.

Condutores de descida devem ser retilíneos e verticais, de modo a prover o trajeto mais

curto e direto para a terra. Devem ser firmemente fixados, para impedir que esforços

eletrodinâmicos, ou esforços mecânicos acidentais (por exemplo, vibração) possam causar

sua ruptura ou desconexão. Deverá ser protegido com PVC 1” rígido até no mínimo 2,5m

acima do nível do solo.

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23.4. Subsistema de Aterramento

Para cada descida deverá ser instalada uma haste de aterramento tipo copperweld

5/8"x2,40m (alta camada), e interligada a 50 cm abaixo do solo com cabo de cobre nu

#50mm² através de conector em bronze reforçado para 2 cabos e 1 haste a uma distância

mínima de 1m das fundações da estrutura ou conforme projeto.

Cada haste de aterramento do tipo copperweld necessita de uma caixa de inspeção

subterrânea em PVC com tampa de ferro fundido.

23.5. Inspeções

Após o término da obra, deverão ser feitos testes de continuidade para verificação do

sistema.

O sistema deverá ter uma manutenção preventiva anual e sempre que atingido por

descargas atmosféricas, para verificar eventuais irregularidades e garantir a eficiência do

SPDA.

O projeto, instalação e fiscalização deverão ser realizados por empresas

especializadas para garantir a qualidade final e confiabilidade do sistema.

24. Instalações elétricas

24.1. Generalidades

O objetivo deste item é descrever os serviços, fixar normas gerais e especificar os

materiais referentes ao Projeto Elétrico da edificação.

As partes vivas expostas dos circuitos e dos equipamentos elétricos serão protegidas

contra acidentes, seja por um invólucro protetor, seja pela sua colocação fora do alcance

normal de pessoas não qualificadas.

As partes de equipamento elétrico que, em operação normal, possam produzir

faíscas deverão possuir uma proteção incombustível protetora e ser efetivamente separados

de todo material combustível.

Em lugares úmidos ou normalmente molhados, nos expostos às intempéries, onde o

material possa sofrer ação dos agentes corrosivos de qualquer natureza, serão usados

métodos de instalação adequados e materiais destinados especialmente a essa finalidade.

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Os eletricistas e seus auxiliares deverão ser tecnicamente capacitados para a

execução dos trabalhos de instalação, devendo os mesmos seguir o projeto elaborado da

melhor maneira possível. Quaisquer dúvidas, sempre procurar o Autor do projeto.

Os serviços deverão ser entregues com as instalações em perfeito estado de

funcionamento, de acordo com a FISCALIZAÇÃO do responsável técnico da obra.

Qualquer alteração, em relação ao projeto e/ou emprego de material inexistente na

praça, só será permitida, após consulta ao Autor do projeto, sob pena de possíveis danos às

instalações.

24.2. Quadros

O fornecimento da energia elétrica é de responsabilidade da CEEE, o quadro de

medição será em poste com uma caixa monofásica.

Os quadros de distribuição serão construídos em chapa de aço, com espessura

mínima de 1,5 mm, de embutir, pintura eletrostática, porta de 1 folha, com fechadura e/ ou

trinco, tampa interna removível, acessórios para montagem de disjuntores e barramento de

neutro, fase e terra (SIEMENS, ELSOL, CEMAR ou equivalente do mesmo padrão de

qualidade).

Todos os cabos/e ou fios deverão ser arrumados no interior dos quadros utilizando-

se canaletas, fixadores, abraçadeiras, e serão identificados com marcadores apropriados

para tal fim.

As plaquetas de identificação dos quadros deverão ser feitas de acrílico, medindo

50x20mm e parafusadas nas portas dos mesmos.

Após a instalação dos quadros, os diagramas unifilares dos mesmos deverão ser

armazenados no seu interior em porta planta confeccionado em plástico apropriado.

Serão instalados nos locais indicados no projeto, a 1,50 m do centro da caixa ao piso

acabado.

Os disjuntores de proteção dos circuitos, instalados nestes quadros, encontram-se

indicados no diagrama unifilar.

O nível de proteção dos quadros deverá ser no mínimo IP – 54.

24.3. Condutores elétricos

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Todas as emendas ou derivações, em condutores de bitola igual a 2,5 mm², serão

feitas de acordo com a técnica correta e, a seguir, isoladas com fita isolante. Para condutores

com bitola superior a 6,0 mm², deverão ser usados conectores de pressão, fita de autofusão

e fita isolante.

Qualquer emenda ou derivação, em condutores elétricos, só poderá ocorrer no

interior de caixas de passagem, caixas de luminárias, interruptores ou de tomadas, e nunca

no interior de eletrodutos.

Para facilitar a passagem de condutores elétricos em eletrodutos, é aconselhável a

tração dos mesmos por meio de arame galvanizado, nº. 12 BWG.

Os condutores deverão ser instalados de forma que os isente de esforços mecânicos

incompatíveis com sua resistência, ou com a do isolamento ou revestimento. Nas deflexões

os condutores serão curvados segundo raios iguais ou maiores que os raios mínimos

admitidos para seu tipo.

Os condutores somente serão instalados no interior dos eletrodutos, após a

conclusão do revestimento de paredes e tetos e, ainda, com os mesmos completamente

isentos de umidade e de corpos estranhos, a fim de não criarem obstáculos para a passagem

dos mesmos.

Os condutores para alimentação de circuitos terminais serão flexíveis na cor azul

claro para neutro, verde para terra, vermelho, preto ou cinza para fase e branco ou amarelo

para retorno. Para os circuitos de alimentação será adotada a cor preta para fios fase e azul

claro para o neutro e verde para o condutor de aterramento.

Especificações:

Condutores para instalação interna: Com isolamento 450/750V, singelos, do tipo

Antiflan;

Condutores para instalação de alimentadores: Com isolamento 0,6/1kV, singelos

do tipo Antiflan;

Fita isolante: Plástica, antichama (PIRELLI, 3M ou equivalente do mesmo padrão

de qualidade);

Fita de autofusão: Plástica, antichama (PIRELLI, 3M ou equivalente do mesmo

padrão de qualidade).

24.4. Eletrodutos

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Os eletrodutos utilizados no projeto serão do tipo flexível.

Só serão aceitos condutos e dutos que tragam impressos indicação de marca, classe

e procedência.

Os eletrodutos subterrâneos internos serão embutidos no piso; Eletroduto (Tigre ou

similar).

Nas emendas de eletrodutos, deverão ser empregadas luvas, e nas mudanças de

direção de 90° curvas de mesma fabricação dos eletrodutos.

Após a serragem ou corte do eletroduto, as arestas cortantes deverão ser eliminadas

a fim de deixar o caminho livre para passagem dos condutores.

Nas junções de eletrodutos com caixas de passagem metálicas, deverão ser

utilizadas buchas e arruelas metálicas e, nas extremidades de eletrodutos em caixa de

passagem subterrânea, deverão ser utilizadas apenas as buchas.

Os eletrodutos deverão estar completamente limpos e sem umidade quando da

passagem de condutores elétricos pelos mesmos.

24.5. Malha de aterramento

O esquema de aterramento adotado será TN-S, no qual o condutor neutro e o

condutor de proteção são distintos.

Previsto a utilização de dispositivo de proteção contra sobrecorrente com tempo de

seccionamento máximo de 20 segundos (NBR-5410 tab.25) aplicando-se situação 2 (NBR-

5410 anexo C) atendendo a exigência de proteção supletiva contra choques elétricos

conforme NBR-5410.

O QDM será interligado a malha de aterramento radial, cabo nú 16,0 mm², com a

instalação de hastes Copperweld Ø 16x3000mm espaçadas de 3 m no mínimo, e deverão ser

instaladas tantas hastes quanto necessário, para que a resistência de terra seja menor que

10 Ω em qualquer época do ano.

As Luminárias e equipamentos deverão ser convenientemente aterrados.

24.6. Caixas para interruptores, tomadas e luminárias.

Todas as caixas para luminárias, interruptores e tomadas, serão em PVC, com alça

de fixação (orelhas).

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Serão instaladas com suas alças no mesmo plano do reboco, para que não haja

necessidade de amarrar o equipamento (interruptores e tomadas), com arame às mesmas.

As caixas de interruptores e tomadas deverão ser instaladas com a direção de sua

maior dimensão, na posição vertical.

Em todas as caixas, as conexões destas com os eletrodutos deverão possuir buchas

e arruelas em suas extremidades, a fim de proporcionar maior proteção e rigidez ao sistema.

As caixas deverão ficar, rigorosamente, de acordo com as modulações previstas no

projeto e, ainda, bem afixadas na parede, garantindo boa estética.

Especificações:

As caixas para interruptores e tomadas, serão em PVC, com alça de fixação,

formato retangular ou quadradas, com dimensões respectivamente de 4x2x2” ou 4x4x2”

(CEMAR, ARCOIR QUATROCENTOS ou equivalente de mesmo padrão de qualidade);

As caixas para luminárias, serão conforme item anterior, porém de formato

octogonal, com dimensão 4x4x2” (CEMAR, ALCOIR, QUATROCENTOS ou equivalente de

mesmo padrão de qualidade).

24.7. Luminárias

Os aparelhos para luminárias do tipo de arandelas para lâmpadas incandescentes,

devendo ser construídas de forma a apresentar resistência adequada e possuir espaço

suficiente para permitir as ligações necessárias.

As arandelas serão do tipo comum com soquete base E27 para lâmpada

incandescente de uso geral de 60W.

24.8. Interruptores

Todos os interruptores serão da marca Pial, linha Duale, com espelho cor branca,

parafuso de fixação, contatos fixos em prata, ou outro de igual qualidade e tradição no

mercado, que atenda a NBR 6527, 6268, 6147 e 6256.

24.9. Tomadas de corrente

As tomadas comuns, de embutir em caixa 4x2x2”, serão de 2 pólos+terra, universal,

com placa ou espelho na cor Branca, marca Pial ou equivalente de mesmo padrão de

qualidade.

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24.10. Condições para aceitação da instalação

As instalações elétricas apenas serão recebidas quando entregues em perfeitas

condições de funcionamento, ligadas à rede existente, perfeitamente dimensionada e

balanceada e dentro das especificações.

Todos os equipamentos e instalações deverão ser garantidos por 24 (vinte e quatro)

meses a contar do recebimento definitivo das instalações.

24.11. Bomba de recalque

A bomba de recalque será instalada na tampa do poço e sua ligação terá que

obrigatoriamente ser ligada ao barramento terra do quadro geral.

O temporizador usado vai ser um MTS 702 a ligação será em paralelo com a bomba e

a mesma só será ligada quando for mandado um sinal pelo tempo programado. A bomba

poderá ser ligada e desligada também manualmente.

25. Relatório de conclusão

Após a conclusão da obra, deverá ser providenciado um relatório completo com

fotografias comunicando a FISCALIZAÇÃO o término dos trabalhos.

As despesas, decorrentes das providências descritas no parágrafo anterior, deverão

estar incluídas na taxa relativa aos Benefícios e Despesas Indiretas (BDI), adotada pela

CONTRATADA na composição de seus preços unitários.

26. Limpeza da obra

Antes da entrega definitiva da obra serão implementados todos os trabalhos

necessários à desmontagem e demolição de instalações provisórias utilizadas na obra.

Serão devidamente removidos da obra todos os materiais e equipamentos, assim como

peças remanescentes e sobras não utilizadas de materiais, ferramentas e acessórios.

Deverá ser removido todo o entulho da obra, deixando-a completamente livre e

desimpedida de quaisquer resíduos de construção.

Para assegurar a entrega da obra em perfeito estado, a CONTRATADA executará

todos os demais arremates que julgar necessários e os que a FISCALIZAÇÃO determinar.

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27. Disposições Finais

Na entrega definitiva da obra a empresa deverá fornecer a FISCALIZAÇÃO o repasse

das garantias dos materiais fornecidas pelos fabricantes juntamente com cópia das notas

fiscais dos respectivos produtos.

Os casos omissos e eventuais dúvidas que surgirem no decorrer do serviço serão

esclarecidas exclusivamente com a FISCALIZAÇÃO.

Este memorial possui 43 (quarenta e três) folhas, contando a partir da folha de rosto.

__________________________________________________

BRAZ CAMPOS

Engº Civil – CREA 7044/D-GO

RESPONSÁVEL TÉCNICO