Recife, setembro/2011
3. O EMPREENDIMENTO 3.1. Parcelamento 3.1.1. Usos 3.1.2. Áreas
3.1.3. Desmembramento 3.1.4. Descrição dos Lotes 3.2.
Caracterização das Edificações propostas 3.3. Quadro de Áreas 3.4.
Cronograma Previsto para Implantação do Empreendimento
4. ÁREA DE INFLUÊNCIA 4.1. Perfil dos Bairros 4.2. Caracterização
da Área de Influência
5. IMPACTOS SOBRE A INFRA-ESTRUTURA BÁSICA
5.1 Quadro de Demanda da Infraestrutura
6. IMPACTOS SOBRE O MEIO AMBIENTE NATURAL E CONSTRUÍDO 6.1 –
Cobertura Vegetal 6.2 – Impacto Sobre o Meio Ambiente Construído da
Vizinhança.
7. IMPACTO SOBRE OS TRANSPORTES
8. CONCLUSÕES 9. FONTES CONSULTADAS
10. ANEXOS
10.1 Anexo I – Projeto Arquitetônico 10.2 Anexo II – Cartas das
Operadoras de Serviços de Infraestrutura 10.3 Anexo III – Pesquisas
de Impacto sobre os Transportes
3
1. APRESENTAÇÃO
O presente Memorial Justificativo trata do projeto do
Empreendimento denominado NOVO RECIFE, localizado no terreno da
antiga RFFSA na Avenida Engenheiro José Estelita no bairro de São
José na cidade do Recife – PE, contemplando os efeitos positivos e
negativos do empreendimento quanto à qualidade de vida da população
residente na região. O Memorial Justificativo foi elaborado
considerando o que determina a Resolução nº 03/96 do Conselho de
Desenvolvimento Urbano- CDU e tem como objetivo apresentar o elenco
de informações referentes ao Empreendimento para efeito de sua
apreciação pela Comissão de Controle Urbanístico - CCU e pelo CDU,
em cumprimento à Lei nº 16.176/96 de Uso e Ocupação do Solo, nos
seus artigos 61,62 e 63.
4
2.1 Macrolocalização
O fenômeno da urbanização em geral, e nos países da América Latina
e no Brasil em especial, estabeleceu, nos últimos vinte e cinco
anos, um novo processo de desenvolvimento. Nessa nova ordem
econômica, a metropolização concentra as pessoas, as atividades e
riquezas nas aglomerações de várias centenas de milhares de
habitantes, multifuncionais, fortemente integradas na economia
internacional. O Estado de Pernambuco e em especial, a Região
Metropolitana do Recife, vivem momento dos mais importantes de sua
história recente. A existência de projetos em curso, como os
investimentos no Porto de Suape, O Estaleiro Atlântico Sul e o
Promar, a Refinaria de Petróleo Abreu e Lima, o Pólo Petroquímico,
a Fiat Automóveis são vetores do crescimento da demanda por
investimentos nos segmentos Negócios, Turismo e Habitação e
resultam do efeito combinado dos processos externos com as
tendências e movimentos econômicos políticos e sociais internos ao
Estado. Ao longo das últimas décadas Pernambuco tem passado por
importantes mudanças no seu perfil sócio-econômico, a economia
modernizou-se, acompanhando a dinâmica nacional, em 2010 o PIB do
Estado foi de R$ 87.170 bilhões, com um crescimento 12,7% maior que
o PIB do Brasil. A economia da Região Metropolitana do Recife
apresenta uma significativa diversidade da estrutura produtiva, com
uma forte presença do setor terciário, refletindo uma vocação para
o desenvolvimento de atividades comerciais e funcionando como
importante centro regional de prestação de serviços. Nos últimos
anos, a RMR vem experimentando uma valorização de suas
potencialidades e investimentos em infra-estrutura econômica,
procurando inserir a sua economia com competitividade no ambiente
externo, experimentando um ambiente de mudança e inovação, expressa
por uma nova postura do empresariado e pela perspectiva de uma
maior articulação entre os atores sociais, os governos e as
lideranças políticas. O fenômeno da urbanização em geral, e nos
países da América Latina e no Brasil em especial, estabeleceu, nos
últimos vinte anos, um novo processo de desenvolvimento.
5
Os efeitos da acelerada metropolização das cidades brasileiras se
expressam por excessiva fragmentação e periferização, nos bairros
centrais das cidades, inclusive no núcleo histórico, amplas zonas
de concentração industrial ou grandes equipamentos e instalações de
transporte ferroviário e portuário e de armazenamento, ou mesmo
antigas áreas residenciais, são rapidamente submetidas a processos
de deterioração e estagnação. Estas áreas, em geral, se apresentam
como vazios urbanos e ou glebas com estruturas funcionais
degradadas, submetidas a processos especulativos e criando
deseconomias no seu entorno. O Empreendimento NOVO RECIFE está
localizado no Núcleo da Região Metropolitana do Recife, no Centro
do Recife, conforme demonstrado no mapa ao lado. Trata-se de um
vazio urbano relevante, posto que sua localização no território
confere a gleba uma particular condição de ocupação vocacionada
para por serviços do terciário moderno e habitação.
6
2.2 Microlocalização
Os novos paradigmas de desenvolvimento mundial mudaram o papel das
cidades na economia. Condicionantes geográficos se apresentam como
facilitadores que, influindo nos custos de transportes e
comunicação, determinam à importância dessas cidades no contexto
econômico. A integração mundial, contudo, atribuiu um papel
adicional às cidades, o de imprimir maior eficiência a suas
atividades econômicas, sujeitas a acirrada competição. Neste
sentido, o Recife apresenta vantagens competitivas que o colocam na
trilha do desenvolvimento estruturado, dos quais destaca-se: • A
vocação e liderança regional como centro de serviços de saúde, de
turismo, especialmente de negócios, e de ensino e pesquisa. • O
comércio varejista e atacadista em franca expansão tendo em vista,
a localização estratégica da cidade, vis a vis, a Região, a Europa
e ao Porto de Suape. • A disponibilidade e grandes áreas no centro
revelam possibilidades para se acolher empreendimentos de porte. •
O tecido urbano e o ambiente natural são um convite a integração,
resultando na valorização do seu sitio físico, com destaque para o
manguezal do estuário dos rios Pina e Jordão. O Recife de hoje pode
ser entendido como o município-cidade dentro de uma cidade maior. O
Recife é o núcleo de uma região metropolitana de expressão regional
e nacional que envolve mais de uma dezena de municípios possui uma
população de 1.536.934 habitantes (CENSO 2010). O Recife é a
metrópole regional mais abrangente, que transborda por treze
municípios, além do município-cidade, com uma população de
3.690.547 habitantes (CENSO 2010). E neste contexto que se
apresenta o Empreendimento NOVO RECIFE , localizado no Bairro de
São. José, área central do Recife, em terreno com área total de
101.754,27m² entre as avenidas Sul e Engenheiro José Estelita. A
área que abrigou o Pátio Ferroviário de Cinco Pontas e a estação de
Cinco Pontas, da antiga Rede Ferroviária Federal, hoje desativados,
possui localização estratégica, às margens da Bacia do Pina
(estuário dos rios Jordão e Tejipió), e na linha de ligação entre
os dois centros de economia dinâmica da Cidade, o Recife Antigo e o
Bairro de Boa Viagem, na Zona Sul da cidade.
7
8
EMPREENDIMENTO: Empreendimento de uso múltiplo com área total
construída da ordem de 355.000,00 m².
LOCALIZAÇÃO : Em terreno que pertencia a RFFSA, com 101.754,27 m²
entre a Av. Eng. José Estelita e a Av. Sul, nos Bairros de São José
e Cabanga. RESPONSÁVEL : Novo Recife Empreendimentos Ltda. PROJETO:
Arquitetos: Jerônimo da Cunha Lima, Alexandre Maçães e Marco
Antônio Borsoi.
9
3. 1. Parcelamento
O empreendimento está localizado numa gleba com área total de
101.754,27 m², compreendendo 01 lote dividido em 05 quadras ( A, B,
C, D e E)
O Parcelamento da Gleba, em atendimento á lei nº 16.286/97 de
Parcelamento do Solo na Cidade do Recife apresenta as seguintes
características:
3.1.1. Uso:
O loteamento é destinado aos usos residencial, comercial, serviços
e hoteleiro.
3.1.2. Áreas:
Lote 01QA 12.065,00 11,86%
Lote 01QB 10.096,71 9,92%
Lote 01QC 15.068,00 14,80%
Lote 01QD 14.395,50 14,15%
Lote 01QE 14.516,92 14,27%
Subtotal Lotes 66.142,13 65,00%
Área Institucional – Lote 02QE 5.304,39 5,21%
ÁREA DA GLEBA 101.754,27 100,00%
3.1.3. Desmembramento das áreas:
Lote 01QA 12.065,00 11,86%
Quadra B 10.096,71 9,92%
Quadra C 15.068,00 14,80%
Lote 01QD 14.395,50 14,15%
Quadra E 19.700,00 19,36%
Calçada QB 947,58 0,93%
Calçada QC 726,56 0,71%
Calçada QD 706,64 0,69%
Calçada QE 369,94 0,36%
Subtotal Calçadas Quadras 3.473,94 3,41% Área verde Canteiro 01
92,23 0,09%
Área verde Canteiro 02 150,95 0,15%
Área verde Canteiro 03 216,72 0,22%
Área verde Canteiro 04 74,77 0,07%
Área verde Canteiro 05 155,83 0,15%
Área verde Canteiro 06 184,15 0,18%
Área verde Canteiro 07 302,73 0,30%
Área verde Canteiro 08 163,51 0,16%
Área verde Canteiro 09 318,44 0,31%
Área verde Canteiro 10 88,51 0,09%
Subtotal Área verde Canteiros 1.747,84 1,72% Subtotal Área meio-fio
dos canteiros 132,45 0,13% Área verde Retorno A 408,41 0,40%
Área verde Retorno B 247,72 0,24%
Subtotal Área verde Retornos 656,13 0,64% Área verde 01PrA 132,52
0,13%
Área verde 02PrA 760,63 0,75%
Área verde 03PrA 293,43 0,29%
Calçada PrA 861,64 0,85%
Subtotal Praça A 2.048,22 2,01% Área verde 01PrB 397,17 0,39%
Área verde 02PrB 1.204,20 1,18%
Área verde 03PrB 707,57 0,69%
Área verde 04PrB 1.503,01 1,47%
Área verde 05PrB 1.504,48 1,47%
Área verde 06PrB 378,69 0,37%
Área verde 07PrB 249,90 0,25%
Calçada PrB 1.727,22 1,69%
Estacionamento Público (65 vagas) 943,95 0,93%
ÁREA DA GLEBA 101.754,27 100,00%
11
O arruamento projetado compreende uma rua principal com secção de
14,00m, três retornos e três ruas secundárias com 7,00m de secção
cada.
3.1.4. Descrição - lotes:
Lote 01, área 12.065,00m², quadra A
• Frente: 2 segmentos de reta, sendo um de 74,83m e o outro de
19,50m. Confronta com a rua projetada (Via local).
• Fundos: 3 segmentos de reta, de 6,00m, 75,25m e o outro de
81,90m. Confronta com limite da gleba.
• Lado direito: 4 comprimentos de arco, sendo o primeiro de 33,80m
com raio de 24,55m, o segundo de 23,63m com raio de 32,81m, o
terceiro de 20,23m com raio de 18,24m e o quarto de 7,08m com raio
de 31,98m e; 5 segmentos de reta de 19,50m, 22,62m, 11,02m, 10,10m
e 16,94m. Confronta parte com a área verde e parte com rua
projetada.
• Lado esquerdo: 1 comprimento de arco, de 9,77m com raio de 6,00m
e; 4 segmentos de reta de 31,88m, 2,96m, 56,67m e 11,50m. Confronta
parte com a área verde e parte com rua existente.
Lote 01, área 10.096,71m², quadra B
• Frente: 4 comprimentos de arco, sendo o primeiro de 9,00m com
raio de 7,00m, o segundo de 76,39m com raio de 80,00m, o terceiro
de 21,68m com raio de 50,00m e o quarto de 7,04m com raio de 4,50m
e; 2 segmentos de reta de 15,79m e 46,14m. Confronta com rua
projetada.
• Fundos: 2 segmentos de reta, sendo um de 28,77m e o outro de
54,33m. Confronta com limite da gleba.
• Lado direito: 1 segmento de reta, de 61,22m. Confronta com a rua
projetada. • Lado esquerdo: 2 comprimentos de arco, sendo o
primeiro de 9,69m com raio
de 24,52m e o segundo de 7,91m com raio de 7,00m e; 1 segmento de
reta de 92,65m. Confronta com rua projetada.
Lote 01, área 15.068,00m², quadra C
• Frente: 5 comprimentos de arco, sendo o primeiro de 6,82m com
raio de 4,50m, o segundo de 20,06m com raio de 226,55m, o terceiro
de 63,91m com raio de 215,00m, o quarto de 11,39m com raio de
226,64m e o quinto de 7,36m com raio de 5,00m e; 2 segmentos de
reta de 55,33m e 50,69m. Confronta com rua projetada.
12
• Fundos: 2 segmentos de reta, sendo um de 190,72m e o outro de
17,82m. Confronta com limite da gleba.
• Lado direito: 1 segmento de reta, de 60,95m. Confronta com a rua
projetada. • Lado esquerdo: 1 segmento de reta, de 61,51m.
Confronta com a rua
projetada.
Lote 01, área 14.395,50m², quadra D
• Frente: 4 comprimentos de arco, sendo o primeiro de 7,86m com
raio de 5,00m, o segundo de 34,78m com raio de 224,94m, o terceiro
de 128,20m com raio de 204,01m e o quarto de 13,61m com raio de
15,00m e; 1 segmento de reta de 41,57m. Confronta com rua projetada
(via local).
• Fundos: 3 segmentos de reta, de 99,14m, 75,70m e o outro de
47,75m. Confronta com limite da gleba.
• Lado direito: 1 comprimento de arco, de 17,70m com raio de 21,00m
e; 1 segmento de reta, de 20,60m. Confronta parte com a área verde
e parte com rua projetada.
• Lado esquerdo: 1 segmento de reta de 59,75m. Confronta com rua
projetada.
Lote 01, área 14.516,92m², quadra E
• Frente: 5 segmentos de reta de 52,15m, 10,73m, 23,75m, 52,24m e
10,27m. Confronta com rua projetada.
• Fundos: 4 comprimentos de arco, sendo o primeiro de 21,86m com
raio de 231,33m, o segundo de 21,57m com raio de 282,66m, o
terceiro de 19,33 com raio de 191,66m e o quarto de 36,15m com raio
de 359,77m e; 3 segmentos de reta de 40,00m, 18,42m e 69,57m.
Confronta com limite da gleba.
• Lado direito: 3 segmentos de reta, de 30,20m, 63,77m e 32,00m.
Confronta com o lote 02 institucional, quadra E.
• Lado esquerdo: 2 segmentos de reta de 10,78m e 38,24m e; 2
comprimentos de arco, sendo o primeiro de 10,47m com raio de
10,00m, e o segundo de 36,32m com raio de 21,00m. Confronta com rua
projetada.
Lote 02 institucional, área 5.186,56m², quadra E
• Frente: 2 segmentos de reta de 75,83m e 41,26m.Confronta com rua
projetada.
• Fundos: 1 segmento de reta de 52,66m. Confronta com limite da
gleba. • Lado direito: 1 segmento de reta, de 58,78m. Confronta com
limite da gleba. • Lado esquerdo: 3 segmentos de reta, de 30,20m,
63,77m e 32,00m.
Confronta com o lote 01, quadra E.
13
3.2 Caracterização das Edificações
No conjunto das quadras estão propostos, nas extremidades (quadras
“A” e “E” os Usos de Comércio/ Serviços, Hotelaria/Flats e
Empresariais compostos de 04 (quatro) torres e no centro (quadras
“B”, “C” e “D”) 08 (oito) torres de Uso habitacional. Ao Centro
ligando a quadra “A” à quadra “E”, uma Área Verde Pública com
10.457 m² localizada à frente aos blocos habitacionais, todos
servidos por pavimentos e edifícios garagem. Uma passarela sobre a
Av. Engenheiro José Estelita possibilita a ligação do Pier ao Pátio
dos Armazéns- Setor de Serviços.
O perfil do empreendimento apresenta um confortável afastamento
entre as edificações, de forma, altura e usos diversos integrados
por espaços públicos de grandes dimensões onde coexistem
harmoniosamente vias de acesso, áreas de lazer e espaços
rudes.
14
3.2.1. Descrição das Quadras QUADRA “A” A quadra A apresenta 12.065
m² (doze mil e sessenta e cinco metros quadrados) de terreno com
duas torres de Uso Múltiplo e pavimentos garagem comuns, com um
total de 62.923,25 m² de área construída e 3.164,86m² de Área
Verde, sendo 2.643,05m² de Solo Natural. A primeira das torres
abriga Escritórios Empresariais com 37(trinta e sete) pavimentos de
salas comerciais, sendo 05 (cinco) pavimentos de garagem em um
total de 43.225,60 m² de área construída e 956 vagas de garagem .
No mesmo lote encontra-se o Flat-Apart- Hotel com 21(vinte e um)
pavimentos, 04 (quatro) pavimentos garagem com um total de
19.697,65 m² de área construída e 231 vagas de
estacionamento.
15
QUADRA “B”
A quadra B apresenta 10.096,71 m² de terreno com duas torres de Uso
Habitacional com 35 (trinta e cinco) pavimentos tipo, 03 (três)
pavimentos garagem, e um pavimento de lazer, com um total de
51.185,86m² (cinqüenta e um mil cento e oitenta e cinco) metros
quadrados de área construída, 144 unidades e 585 vagas de
estacionamento e 4.099,15 m² de Solo natural.
PLANTA BAIXA HABITACIONAL
16
QUADRA “C” A quadra C apresenta 15.068,00 m² de terreno, com 03
(três) torres de Uso Habitacional, sendo 01 torre (bloco A) com 37
(trinta e sete) pavimentos tipo e 01 cobertura de um lado e 33
(trinta e três) pavimentos tipo e 01 cobertura do outro, e 02
(duas) torres (blocos B e C) com 41 (quarenta e um) pavimentos
tipo, 03 (três) pavimentos garagem, e um pavimento de lazer, com um
total de 83.012,14 m² de área construída, totalizando 304 unidades,
962 vagas de estacionamento e 5.573,02 m² de Solo Natural.
17
QUADRA “D” A quadra D apresenta 14.395,50 m² de terreno, com 03
(três) torres de Uso Habitacional, sendo 01 torre (bloco A) com 32
(trinta e dois) pavimentos tipo e 01 cobertura de um lado, e 36
(trinta e seis) pavimentos tipo e 01 cobertura do outro, 01 torre
(bloco B) com 36 (trinta e seis) pavimentos tipo e 02 coberturas,
01 torre (bloco C) com 37 (trinta e sete ) pavimentos tipo, 03
(três) pavimentos garagem, e um pavimento de lazer, com um total de
80.702,25 m² de área construída, totalizando 362 unidades, 942
vagas de estacionamento e 4.731,35 m² de Solo Natural.
18
QUADRA “E” A quadra E apresenta 19.623,48 m² de terreno, divididos
em 02 lotes: Lote 01 com 14.516,92 m² com 02 (duas) torres de Uso
Múltiplo e pavimentos garagem, totalizando de 77.164,01m² de área
construída e 3.732,80 m² de Área Verde. A primeira das torres é um
edifício empresarial com 38 (trinta e oito) pavimentos de salas
comerciais, 07 (sete) pavimentos de garagem e 456 (quatrocentos e
cinquenta e seis) salas comerciais em um total de 41.088,68 m² de
área construída e 834 vagas de estacionamento. A segunda torre
abriga um Flat- Home Service com 31 (trinta e um) pavimentos tipo e
02 (dois) pavimentos de garagem, 408 unidades em um total de
36.075,33 m² e 465 vagas de estacionamento. Lote 02 com 5.106,56 m²
parte dos antigos galpões a serem preservados e repassados a
Prefeitura para uso Institucional.
19
As edificações propostas e seu projeto arquitetônico encontram-se
representadas graficamente através das seguintes plantas, cujas
cópias encontram-se no – Anexo I: LOTE 1 QUADRA “A”
132-ARQ-PL-L1-P01-SIT-R08 132-ARQ-PL-L1-P02-LOC-R08
132-ARQ-PL-L1-P03-SEM-R08
20
3.3. Quadro de Áreas
Área verde
FLAT 4,00 231 21
HABITACIONAL 3,64 585
HABITACIONAL
HABITACIONAL
EMPRESARIAL 4,40 834 38
FLAT 4,00 465 31
TOTAL 71.248,69 21.301,18 354.987,51 - 5.072 -
21
3.4.Cronograma previsto para implantação do Empreendimento
1 - Cronograma de execução, prazo contado à partir do Alvará de
construção:
− Lote "A" - 36 meses − Lote "B" - 36 meses − Lote "C" - 42 meses −
Lote "D" - 48 meses − Lote "E" - 54 meses
22
4. ÁREA DE INFLUÊNCIA O perímetro definido como área de influência
direta do Empreendimento NOVO RECIFE abrange os Bairros de São
José, parte da Ilha Joana Bezerra e do Leite, Cabanga, e parte do
Bairro do Pina e Boa Viagem. Esta delimitação resulta da análise
dos componentes de infraestrutura, da acessibilidade e da
proximidade considerada como vizinhança a ser impactada. De outra
parte deve-se observar o impacto do conjunto sobre o ambiente que
incorpora a Bacia do Pina, em razão de sua relevância para o tecido
urbano do Recife.
23
Bairro de São José - Localização: Situa-se na RPA: 1, Microrregião:
1.2 Área Territorial (hectare): 178,0 População Residente (2000):
8.653 hab Densidade : Demográfica (Habitante/Hectare): 48,61
Domiciliar (Habitante/Domicílio): 3,58 Quantitativo de Imóveis por
Uso (IPTU/Sec. de Finanças): Imóveis Residenciais: 1.597 Imóveis
não Residenciais: 2.458 Terrenos: 2.491
Bairro do Cabanga Localização: Situa-se na RPA: 1, Microrregião:
1.2 Área Territorial (hectare): 83,8 População Residente (2000):
1.536 hab Densidade: Demográfica (Habitante/Hectare): 18,33
Domiciliar (Habitante/Domicílio): 3,48 Quantitativo de Imóveis por
Uso (IPTU/Sec. de Finanças): Imóveis Residenciais: 379 Imóveis não
Residenciais: 66 Terrenos: 393
Bairro da Ilha Joana Bezerra Localização: Situa-se na RPA: 1,
Microrregião: 1.3 Área Territorial (hectare): 116,0 População
Residente (2000): 12.755 hab Densidade: Demográfica
(Habitante/Hectare): 110 Domiciliar (Habitante/Domicílio): 3,86
Quantitativo de Imóveis por Uso (IPTU/Sec. de Finanças): Imóveis
Residenciais: 768 Imóveis não Residenciais: 26 Terrenos: 664 Bairro
da Ilha do Leite Localização: Situa-se na RPA: 1, Microrregião: 1.2
Área Territorial (hectare): 26,8 População Residente: 959 hab
Densidade: Demográfica (Habitante/Hectare): 35,85 Domiciliar
(Habitante/Domicílio): 3,17 Quantitativo de Imóveis por Uso
(IPTU/Sec. de Finanças): Imóveis Residenciais: 491 Imóveis não
Residenciais: 473 Terrenos: 263
Bairro do Pina Localização: RPA 6, Microrregião: 6.1 Área
Territorial (hectare): 616,0 População Residente: 27.422 Densidade:
Demográfica (Habitante/Hectare): 44,52 Domiciliar
(Habitante/Domicílio): 3,11 Quantitativo de Imóveis por Uso
(IPTU/Sec. de Finanças): Imóveis Residenciais: 5.599 Imóveis não
Residenciais: 1.567 Terrenos: 2.372
24
Bairro de Boa Viagem Localização: RPA 6, Microrregião: 6.1 Área
Territorial (hectare): 738,1 População Residente: 100.388
Densidade: Demográfica (Habitante/Hectare): 136,0 Domiciliar
(Habitante/Domicílio): 3,25 Quantitativo de Imóveis por Uso (
IPTU/Sec. de Finanças): Imóveis Residenciais: 35.856 Imóveis não
Residenciais: 7.764 Terrenos: 6.506 4.2 - Caracterização da Área de
Influência
VISTA DO LOCAL DO EMPREENDIMENTO NOVO RECIFE I A área do Bairro de
São José abriga zonas de concentração industrial, equipamentos e
instalações ferroviárias, armazenamento, antigas áreas residenciais
submetidas a processos de deterioração e o comercio popular do
Centro da Cidade.
Em contraponto, na Ilha do Leite, na Ilha Joana Bezerra e nos
Bairros do Pina e de Boa Viagem a economia urbana é pulsante,
expressada na expansão do Pólo Médico, na implantação do Pólo
Jurídico e na concentração de negócios em edifícios empresariais,
no surgimento de Flats e Home-Services e mais recentemente na
construção do Shopping Rio Mar.
25
VISTA DO LOCAL DO EMPREENDIMENTO NOVO RECIFE I
VISTA DO LOCAL DO EMPREENDIMENTO NOVO RECIFE II
De outra parte, o desenvolvimento econômico da RMR e os
preparativos para a Copa do Mundo de 2014, fazem com que recursos
públicos sejam aplicados em ações na área de influência do
Empreendimento NOVO RECIFE , a exemplo da Via Mangue e do
alargamento e alças do Viaduto Capitão Temudo. Destaca-se ainda as
obras de revitalização do Porto do Recife com novo terminal
marítimo, museu Luiz Gonzaga, centro de artesanato, cinemas, lojas
e restaurantes, galerias de arte, hotel e centro de
convenções.
26
ESPAÇO ADJACENTE
O terreno do empreendimento está localizado entre dois corredores:
a Av. Engenheiro José Estelita e a Av. Sul. Na primeira via, o
acesso ao empreendimento é direto. No segundo corredor, Av. Sul, o
terreno fica segregado pela faixa ainda pertencente à RFFSA, onde
existe o ramal ferroviário de acesso ao Porto do Recife. Embora não
diretamente adjacente ao terreno, merece referência a Rua Imperial,
que funciona em binário com a pista de tráfego misto da Av. Sul.
Além das três vias adjacentes, julga-se oportuno descrever a
circulação no sistema viário mais amplo, assim entre as vias
julgadas relevantes para os acessos, destacam-se: - A Ponte Gov.
Agamenon Magalhães (Ponte do Pina), com duas pistas e quatro faixas
de tráfego, onde a pista do lado direito dá acesso exclusivo a Av.
Engenheiro José Estelita e a pista do lado esquerdo dá acesso ao
Viaduto João Paulo II (Capitão Temudo) e também à já referida Av.
Engenheiro José Estelita; - A Ponte Paulo Guerra, com cinco faixas
de tráfego que têm continuidade pela Av.Herculano Bandeira; - A Av.
Saturnino de Brito, que liga a Av. Engenheiro José Estelita com a
Ponte Paulo Guerra. Esta avenida possui três faixas de tráfego
fazendo esta ligação e uma faixa no sentido inverso, separada por
blocos de concreto, que possibilita o retorno para a Av. Engenheiro
José Estelita, no sentido Boa Viagem/Centro;
27
- O Viaduto João Paulo II (Capitão Temudo) possui no seu trecho
mais estreito duas pistas, com duas faixas de tráfego por sentido
em cada uma, que têm continuidade pela ponte sobre o Rio Capibaribe
e a Av. Agamenon Magalhães, ambas com quatro faixas de tráfego por
sentido. Este viaduto encontra-se em obras, com a duplicação das
suas pistas e a construção de novos acessos; - O Cais de Santa
Rita, em frente ao GRCT – Grande Recife Consórcio de Transporte
(antiga EMTU/Recife). No sentido Subúrbio/Centro este segmento
viário recebe os fluxos de tráfego da Av. Engenheiro José Estelita
e da Av. Sul. Esta via possui no referido trecho quatro faixas de
tráfego entretanto, a terceira faixa (a partir do canteiro central)
é prejudicada pela linha férrea existente e as irregularidades do
pavimento em paralelepípedos. A quarta faixa é subutilizada pelas
mesmas razões, além de ser permitido o estacionamento de
veículos.
28
5. IMPACTOS SOBRE A INFRA-ESTRUTURA BÁSICA
5.1 - Caracterização do Empreendimento O Empreendimento objeto de
estudo de impacto é composto de 08 (oito) torres residenciais, 02
(duas) torres empresariais, 02 (duas) torres de Flats e 05 torres
de garagens em 05 (cinco) quadras a ser implantado no Cais José
Estelita, bairro de São José. Ocupa uma área de terreno com
101.754,27 m² (10,17ha) e apresenta os seguintes indicadores:
QUADRA A:
Área ocupada: 12.065,00 m², equivalente a 11,86% da gleba; 02
torres, sendo 01 empresarial com 37 pavimentos com 185 unidades,
05
pavimentos de garagem, totalizando uma área de construção de
43.225,60 m² e 956 vagas de estacionamento, e 01 flat com 21
pavimentos com 105 unidades, 04 pavimentos de garagem, totalizando
uma área de construção de 19.697,65 m² e 231 vagas de
estacionamento.
QUADRA B: Área ocupada: 10.096,71 m², equivalente a 9,92% da gleba;
02 torres residenciais com 35 pavimentos cada, com 144
apartamentos, 03
pavimentos de garagem e 01 pavimento de lazer, totalizando uma área
de construção de 51.185,86 m² e 585 vagas de estacionamento.
QUADRA C: Área ocupada: 15.068,00 m², equivalente a 14,80% da
gleba; 03 torres residenciais, sendo 01 com 37 pavimentos tipo e 01
cobertura
de um lado, e 33 pavimentos tipo e 01 cobertura de outro lado, e 02
com 41 pavimentos cada, com 320 apartamentos, 03 pavimentos de
garagem e 01 pavimento de lazer, totalizando uma área de construção
de 83.012,14 m² e 962 vagas de estacionamento.
QUADRA D: Área ocupada: 14.395,50 m², equivalente a 14,15% da
gleba; 03 torres residenciais, sendo 01 com 32 pavimentos tipo e 01
cobertura
de um lado, e 36 pavimentos tipo e 01 cobertura de outro lado, 01
com 36 pavimentos tipo e 02 coberturas, e 01 torre com 37
pavimentos tipo, 03 pavimentos de garagem e 01 pavimento de lazer,
com 362 apartamentos, totalizando uma área de construção de
80.702,25 m² e 942 vagas de estacionamento.
QUADRA E: Área ocupada: 14.516,92 m², equivalente a 14,27% da
gleba; 02 torres, sendo 01 empresarial com 38 pavimentos com 456
unidades,
07 pavimentos de garagem, totalizando uma área de construção de
41.088,68 m² e 834 vagas de estacionamento, e 01 flat / home
service
29
com 31 pavimentos com 408 unidades, 02 pavimentos de garagem,
totalizando uma área de construção de 36.075,33 m² e 465 vagas de
estacionamento.
No que se refere a demanda por infra-estrutura, foram considerados
os
indicadores abaixo:
c) quantidade de água demandada: 55.074 m³/mês
d) quantidade de gás demandado: 27.000 m³/mês
e) quantidade de lixo produzido: 1.666.720 litros/mês de lixo
reciclável +
416.680,2 litros/mês de lixo orgânico
Objetivando a formalização do atendimento para o suprimento da
infra-
estrutura demandada, foram realizadas consultas formais as
seguintes empresas:
- COMPESA: abastecimento d’água e tratamento de esgotos
- CELPE: suprimento de energia elétrica
- OI: operação de serviços de telefonia
- EMLURB: limpeza urbana
Em resposta as consultas formuladas, obteve-se os pronunciamentos:
- COMPESA e CELPE: as operadoras informam que poderão atender
as
demandas e o custo decorrente de obras para atender o
empreendimento
será de responsabilidade dos empreendedores;
- OI: informação de disponibilidade de atendimento na forma
apresentada;
- EMLURB: as varrições das vias internas pavimentadas serão
de
responsabilidade do condomínio. A Prefeitura fará a coleta diária
e
implementará a coleta seletiva devido ao grande volume de
resíduo
reciclável a ser gerado.
inseridas no Anexo II .
30
CONCLUSÃO: Diante do registro de atendimento a demanda, conclui-se
que o empreendimento pode ser realizado sem acarretar impactos
negativos ao suprimento dos serviços mencionados. Para tanto deverá
atender as normas específicas de cada um dos operadores.
31
6. IMPACTOS SOBRE O MEIO AMBIENTE NATURAL E CONSTRUÍDO 6.1 –
Cobertura Vegetal O empreendimento será implantado em área sem
arborização, anteriormente utilizada como Pátio de manobras da Rede
Ferroviária Nacional, Galpões de estocagem de açúcar e tanques de
estocagem de melaço e há muito se encontra sem nenhuma atividade,
não apresenta qualquer tipo de cobertura vegetal relevante.
O Empreendimento NOVO RECIFE prevê no parcelamento a criação de uma
Área Verde Pública com 10.457,46 m², densamente arborizada e dotada
de pista de Cooper e demais equipamentos de lazer. Em cada uma das
quadras está prevista área de Solo Natural em atendimento a Lei
16.176/96 de Uso e ocupação do Solo, Art. 65 e 66, totalizando
21.301,12 m² de área verde a serem tratadas de acordo com projeto
de paisagismo específico.
32
área verde
LOTE 1
TOTAL 21.301,12
(1) Trata-se de área institucional correspondente a parte dos
Galpões existentes junto ao viaduto do Forte das Cinco Pontas
A Gleba apresenta uma topografia plana e sem alagamento. Na
proposta arquitetônica das diversas torres do Empreendimento estão
previstas obras de subsolo que requerem movimento de terra,
resultando em pavimento semi-enterrado e térreo acrescidos de 02
dois pavimentos vazados. As torres variam de 21 a 41 pavimentos. No
que se refere a legislação ambiental, a gleba não apresenta
qualquer atributo que requeira enquadramento especial de projeto,
face a inexistência de cobertura vegetal e de afastamento de cursos
d’água ou açudes. 6.2 – Impacto sobre o Meio Ambiente Construído da
Vizinhança. O Empreendimento é constituído por 15 (quinze) torres,
sendo 13 (treze) de uso habitacional, - 10 habitacionais e 02 Flats
e 01 Home Service e, 02 (dois) de uso não Habitacional
(Empresariais).
Está localizado na ZUP 1 – Zona de Urbanização Preferencial,
conforme Capítulo 10 da Lei de Uso e Ocupação do Solo nº 16.176/96,
Artigos 9 e 10 item I, obedecendo do contido nos Anexos 8 e 10 da
citada lei, que dispõe sobre requisitos de estacionamento para usos
e atividades bem como, as condições de ocupação e aproveitamento do
solo nas zonas de urbanização.
33
Por outro lado, os usos propostos não indicam a possibilidade de
atração de atividades geradoras de incomodidade e desta forma não
causarão dano a comunidade residente no seu entorno nem a cidade. O
impacto sobre a ventilação sudeste será atenuado pelos afastamentos
generosos entre as torres, posto que os pavimentos vazados permeiam
os ventos fazendo-os atravessar de uma face à outra. A implantação
de conjunto arquitetônico na gleba não será geradora de ruídos
externos nem internos prejudiciais ao ambiente, devido ao
tratamento acústico utilizado na composição ambiental (interna), no
mobiliário, forro etc. com também a criação da área verde pública,
e nos afastamentos de edificações lindeiras – na parte frontal ao
empreendimento a área verde, a Av. Engenheiro José Estelita e a
bacia do Pina compõe o afastamento das edificações de Brasília
Teimosa. Na sua parte posterior, a faixa da Linha Férrea e a Av.
Sul separam o empreendimento das quadras edificadas da Rua
Imperial/ Av. Sul. Com efeito, o Empreendimento atende as
exigências da legislação urbanística e sua regulamentação, ao mesmo
tempo a tipologia vertical permite valorização dos espaços públicos
e certamente irá promover a revitalização da região, em especial a
os setores limítrofes da Avenida Sul, da Rua Imperial, do Cais de
Santa Rita e do Recife Antigo, em decorrência da instalação de
atividade e serviços de apoio a esta nova população.
34
35
7. IMPACTO SOBRE OS TRANSPORTES 1 EMPREENDIMENTO: Empreendimento de
uso múltiplo, conforme detalhado no
Item 1, com área total construída da ordem de 355.000 m².
LOCALIZAÇÃO: Em terreno que pertencia a RFFSA, entre a Av. Eng.
José
Estelita e a Av. Sul, nos Bairros de São José e Cabanga.
RESPONSÁVEL: Novo Recife Empreendimentos Ltda. PROJETO: Arquitetos:
Jerônimo da Cunha Lima, Alexandre Maçães e
Marco Antônio Borsoi. ESTUDO DE IMPACTO: Germano Travassos – CREA
5116-D/PE. DATA: 05 de agosto de 2011 APRESENTAÇÃO O presente
Memorial Justificativo de Impacto sobre os Transportes foi
elaborado de acordo com o roteiro estabelecido pela Resolução nº
03/96 de 30/12/96, do Conselho de Desenvolvimento Urbano - CDU da
Cidade do Recife e, tem por objetivo fornecer elementos para
apreciação e aprovação pela Prefeitura da Cidade do Recife, do
empreendimento descrito a seguir. 1 – CARACTERIZAÇÃO DO
EMPREENDIMENTO E DO TRÁFEGO GERADO O empreendimento objeto da
presente análise está localizado numa gleba com área total de
101.754 m², dividida em seis lotes. É constituído por 12 torres de
usos múltiplos, além de um uso comercial e outro institucional,
previstos para os galpões existentes na extremidade norte do
terreno. Os diferentes usos e os seus respectivos dados básicos
para o estudo de impactos sobre os transportes estão detalhados no
Quadro 1. 1.1- Base Bibliográfica e Conceitual Utilizada
Uma das etapas mais complexas nos estudos de impactos de tráfego
para empreendimentos de grande porte diz respeito à previsão das
viagens, tanto produzidas como atraídas pelos diferentes
equipamentos. Entre a bibliografia internacional disponível,
destacam-se os relatórios do ITE – Institute of Transportation
Engineers, onde são propostos distintos modelos de geração de
viagens ajustados aos diferentes usos, baseados em centenas de
estudos de casos nos EUA. Considerando-se que os padrões de
deslocamentos americanos são, até
1 Terminologia utilizada na Resolução nº 03/96 do CDU, que
compreende o impacto na mobilidade urbana, envolvendo os seus
elementos relevantes, incluindo o sistema viário, o trânsito, o
transporte público de passageiros e a circulação dos
pedestres.
36
certo ponto, distintos dos nossos, buscou-se referências locais,
mais adequadas à realidade brasileira.
Para os padrões brasileiros existem vários modelos de geração de
viagens desenvolvidos para supermercados e shoppings center. No
entanto, para outros usos, as referências são mais discretas.
Considerando os múltiplos usos previstos no presente
empreendimento, para
a elaboração deste estudo de impacto foi necessário uma ampla
pesquisa bibliográfica, concluindo-se por uma seleção de fontes que
deram suporte geral ao estudo e, fontes específicas, utilizadas na
análise de cada uso ou equipamento.
Como fonte geral foram utilizados os seguintes documentos: . Manual
de Procedimentos para o Tratamento de Pólos Geradores de
Tráfego.
Denatran – Departamento Nacional de Trânsito. Brasília – DF. – 2001
. Estudo de Pólos Geradores de Tráfego e de seus Impactos nos
Sistemas Viários e
de Transportes. Licinio da Silva Portugal e Lenise Grando Goldner.
Editora Edgard Blücher Ltda. – 2003
Como fontes específicas para cada uso, foram utilizados:
Uso Residencial: . Metodologia para Identificação dos Efeitos do
Uso e da Ocupação do Solo Urbano
no Transporte – Teste Piloto da Metodologia A - Demanda Gerada por
Equipamento Preexistente. IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada e MDU - Mestrado de Desenvolvimento Urbano da UFPE. Recife
– PE. – 1998
Uso Escritório: . Metodologia de Previsão de Viagens para Edifícios
de Uso Misto: Aplicação ao
Caso da Cidade de Fortaleza. Antônio Paulo de H. Cavalcante, João
Bosco F. Arruda e Hostílio Xavier R. Neto. XVII ANPET – Congresso
de Pesquisa e Ensino de Transportes. Rio de Janeiro. – Revisão
2004
. Pólos Geradores de Tráfego II. Boletim Técnico nº 36. CET –
Companhia de
Engenharia de Tráfego. São Paulo. Uso Flat/Home Service: .
Gerenciamento da Mobilidade em Pólos Geradores de Tráfego: Análise
de Hoteis-
Residência no Município do Rio de Janeiro. Tayssa C. G. Feitosa e
Ronaldo Balassiano. XVII ANPET – Congresso de Pesquisa e Ensino de
Transportes. Rio de Janeiro. – 2003
. Os Hoteis como Pólos Geradores de Viagens. Lenise G. Goldner,
Diego Westphal,
Jorge A. M. Gonçalves e Ronaldo Balassiano. TRANSPORTES Volume
XVIII, pag. 95 – 103. – 2010
37
Flat 231 231 19.703,86 3.661,60 16.042,26 Escritórios 185 956
43.182,88 14.419,05 28.763,83
2 Residencial 144 584 51.185,00 10.615,00 40.570,00
3 Residencial 322 962 84.236,00 17.213,00 67.023,00
4 Residencial 366 942 81.159,00 17.236,00 63.923,00
Home 204 204 20.310,40 Flat 306 320 21.720,15 Escritórios 168
Comercial 1
6 Institucional 1 * 2.300,00 * *
Total - 4.951 355.275,29 83.924,65 271.350,64
* As vagas de garagens assim como a Área Total - Área de Garagens
estão juntas com Escritórios + Comercial
Áreas de Construção (m²)
Total Garagens Total -
11.632,00
1.2- Geração do Tráfego 1.2.1- Uso Residencial Referência
bibliográfica: Metodologia para Identificação dos Efeitos do Uso e
da Ocupação do Solo Urbano no Transporte – Teste Piloto da
Metodologia A - Demanda Gerada por Equipamento Preexistente.
IPEA/MDU.
Neste estudo foi pesquisado, dentre outros usos, o Conjunto
Residencial Beira Rio, localizado no Bairro da Torre, constituído
de apartamentos de dois quartos e área útil de 75 m², com área
total construída de 22.300 m².
Segundo a pesquisa, são os seguintes os parâmetros obtidos do
referido
conjunto residencial:
- Viagens (deslocamentos de pessoas) geradas por dia útil (produção
+ atração) = 3.022 viagens;
38
- Taxa de geração de viagens por área total construída = 0,14
viagens/m² de construção;
- Repartição modal (autos privados) = 55% das viagens;
- Taxa de ocupação dos autos privados = 1,5 pessoas/veículo;
- Fator de hora pico da manhã (FHP – saída) = 15,4% das
viagens;
- Horário de pico da manhã (saída) = 6:45 às 7:45 horas;
- Fator de hora pico da tarde (FHP – entrada) = 11,0% das
viagens;
- Horário de pico da tarde (entrada) = 17:45 às 18:45 horas
Os empreendimentos residenciais aqui analisados possuem
características construtivas diferenciadas do imóvel estudado pelo
IPEA/MDU e se destinarão a moradores de maior poder aquisitivo, com
padrões de deslocamentos diferenciados. Dessa forma, foram
promovidos ajustes nos parâmetros encontrados no aludido estudo do
IPEA/MDU, conforme descrito a seguir: - Taxa de ocupação dos
apartamentos (pessoas/m²):
Tratando-se de imóvel destinado à população com um padrão social
mais elevado é lícito supor que a quantidade de pessoas por metro
quadrado de construção seja inferior à do edifício pesquisado pelo
IPEA/MDU. Assim, foi considerada uma taxa de ocupação (pessoas/m²)
conservadora, a favor da segurança, de 50% da verificada na
pesquisa, o que implica numa taxa de geração de viagens por m²
também 50% inferior.
Ou seja, taxa de geração de 0,07 viagens/m² de construção (50% de
0,14 viagens/m²). - Repartição Modal:
Pelas mesmas razões do item anterior, ou seja, o nível de renda dos
moradores do empreendimento, foi considerada uma repartição modal
com maior participação das viagens por autos, incrementando-se de
55% para 75%, também a favor da segurança da simulação. É
importante alertar que nas viagens levantadas no estudo do IPEA/MDU
estão considerados todos os deslocamentos produzidos e atraídos
pelo imóvel, incluídas as viagens das pessoas que trabalham nos
apartamentos, na administração do edifício, dos eventuais
prestadores de serviços e dos deslocamentos a pé dos moradores. As
viagens por transporte público totalizam 25% do total.
- Taxa de ocupação dos veículos:
39
Como se trata de moradia de mais alta renda, com maior taxa de
motorização dos moradores, admitiu-se uma redução da taxa de
ocupação dos autos privados de 1,5 pessoas/veículo (do estudo do
IPEA/MDU), para 1,2 pessoas/veículos. - Fator de hora de pico
(FHP):
Mais uma vez o nível econômico-social das moradores do imóvel
analisado recomenda ajustes no fator de hora de pico das viagens,
uma vez que a maior taxa de motorização permitirá uma melhor
distribuição dos deslocamentos dos seus moradores ao longo do
dia.
Dessa forma, no pico da manhã será utilizado um fator de hora pico
de 12%
(saída) e, no pico da tarde, de 10% (entrada). - Área construída
para efeito de geração de viagens:
A área construída considerada para cada empreendimento residencial
é a diferença entre a área total de construção e a área de
construção destinada às garagens, conforme o Quadro 1.
Com base nos parâmetros acima ajustados, o tráfego de autos gerado
pelos empreendimentos residenciais é o seguinte: LOTE 2 a- Área
construída: 40.570 m²; b- Total de viagens por dia: 40.570 x 0,07 =
2.840 viagens (pessoas)/dia; c- Viagens por autos por dia: 2.840 x
0,75 = 2.130 viagens por auto/dia; d- Volume de autos por dia:
2.130 / 1,2 = 1.775 autos/dia; e- Volume de pico de saída: 1.775 x
0,12 = 213 autos/hora pico da manhã; f- Volume de pico de entrada:
1.775 x 0,10 = 178 autos/ hora pico da tarde/noite; LOTE 3 a- Área
construída: 67.023 m²; b- Total de viagens por dia: 67.023 x 0,07 =
4.692 viagens (pessoas)/dia; c- Viagens por autos por dia: 4.692 x
0,75 = 3.519 viagens por auto/dia; d- Volume de autos por dia:
3.519 / 1,2 = 2.932 autos/dia; e- Volume de pico de saída: 2.932 x
0,12 = 352 autos/hora pico da manhã;
40
f- Volume de pico de entrada: 2.932 x 0,10 = 293 autos/ hora pico
da tarde/noite; LOTE 4 a- Área construída: 63.923 m²; b- Total de
viagens por dia: 63.923 x 0,07 = 4.475 viagens (pessoas)/dia; c-
Viagens por autos por dia: 4.475 x 0,75 = 3.356 viagens por
auto/dia; d- Volume de autos por dia: 3.356 / 1,2 = 2.797
autos/dia; e- Volume de pico de saída: 2.797 x 0,12 = 336
autos/hora pico da manhã; f- Volume de pico de entrada: 2.797 x
0,10 = 280 autos/ hora pico da tarde/noite;
É importante alertar que os volumes de autos gerados por dia
(conforme item “d”) correspondem ao tráfego nos dois sentidos, ou
seja, a entrada e a saída dos veículos, que podem ocorrer várias
vezes ao dia para um mesmo automóvel. Além disso foram considerados
os fluxos de veículos (incluindo táxis) de não residentes no
conjunto mas, que se deslocam para o local transportando algum
morador, visitantes ou prestadores de serviços.
Como se tratam de empreendimentos residenciais, os fluxos de
viagens
deverão permanecer praticamente constantes ao longo do ano, à
exceção dos meses de férias escolares, quando deverão ser pouco
inferiores aos valores apresentados.
O Quadro 2 apresenta para cada lote e por tipologia de uso um
resumo dos
totais de viagens diárias (produzidas + atraídas), a repartição
modal dessas viagens (autos e transporte público) e ainda, os
volumes de autos entrando e saindo no empreendimento, nos picos da
manhã e da tarde/noite.
1.2.2- Uso Escritório Referência bibliográfica: Pólos Geradores de
Tráfego II. Boletim Técnico nº 36. CET – São Paulo.
O estudo da CET, baseado em levantamentos realizados em vários
edifícios de escritórios, preconiza a geração de viagens através
das seguintes fórmulas: V1 = Área2/16 Para áreas ≤ 10.800 m² V2 =
Área2/22 Para áreas ≥ 28.800 m²
2 Área construída para efeito de geração de viagens = Área total de
construção menos a Área de construção destinada às garagens.
41
V3 = 257,5 + 0,0387 x Área2 Para 10.800 m² < áreas < 28.800
m² No caso do empreendimento da Av. Engenheiro José Estelita, as
duas torres
de escritórios possuem áreas de 28.764 m² e 24.630 m²,
respectivamente nos lotes 1 e 5, indicando o uso da terceira
fórmula.
O estudo da CET encontrou ainda um percentual de viagens por
autos
variando de 28% a 61% do total dos deslocamentos atraídos, em
função de uma série de fatores, incluindo a tipologia da
construção, a natureza do escritório e a oferta de transporte
público da região onde se encontrava o edifício pesquisado.
Considerando-se as características do empreendimento da Av.
Engenheiro José Estelita assumiu-se um percentual de 70% para
viagens por autos e 30% por transporte público. Considerou-se ainda
uma taxa de ocupação dos veículos de 1,0, por se tratar do destino
final das pessoas que fazem os deslocamentos. Assim, para cada
viagem gerada por autos corresponderá a uma viagem de auto (um
veículo).
Finalmente, ainda com base no estudo da CET, considerou-se um FHP
(Fator
de Hora de Pico) de 35%, para o total de viagens diárias por autos,
ou seja, os deslocamentos entrando e saindo dos empreendimentos de
escritórios.
LOTE 1 a- Área construída: 28.764 m²; b- Total de viagens por dia3:
[257,5 + (0,0387 x 28.764)] x 2 = 2.742 viagens
(pessoas)/dia; c- Viagens por autos por dia: 2.742 x 0,70 = 1.919
viagens por auto/dia; d- Volume de autos por dia: 1.919 / 1,0 =
1.919 autos/dia; e- Volume de pico de saída: 1.919 x 0,35 = 672
autos/hora pico da tarde/noite; f- Volume de pico de entrada: 1.919
x 0,35 = 672 autos/ hora pico da manhã; LOTE 5
No lote 5 foi agregada à área dos escritórios, as áreas dos usos
Comercial (1.078 m²) e Institucional (2.300 m²) e, calculada em
conjunto a geração de viagens. Esta opção foi assumida uma vez que
ainda não estão definidas as utilizações específicas dos galpões
destinados para estes fins. Por outro lado, essas áreas
correspondem apenas a 3,8% e 8,0% da área total construída de
escritórios no lote 5. Considerando a área total do empreendimento,
de aproximadamente 356.000 m², as áreas de usos Comercial e
Institucional pesam muito pouco, respectivamente 0,3% e 0,6%, não
comprometendo dessa forma o volume de tráfego gerado. 3 V = 257,5 +
(0,0387 x 28.764) = 1.371 viagens atraídas (entrando) VTotal =
1.375 x 2 = 2.742 viagens/dia (entrando + saindo)
42
a- Área construída: 24.630 m²; b- Total de viagens por dia4: [257,5
+ (0,0387 x 24.630)] x 2 = 2.422 viagens
(pessoas)/dia; c- Viagens por autos por dia: 2.422 x 0,70 = 1.695
viagens por auto/dia; d- Volume de autos por dia: 1.695 / 1,0 =
1.695 autos/dia; e- Volume de pico de saída: 1.695 x 0,35 = 593
autos/hora pico da tarde/noite; f- Volume de pico de entrada: 1.695
x 0,35 = 593 autos/ hora pico da manhã;
Tal como no uso residencial, alerta-se que os volumes de autos
gerados por dia (conforme item “d”) correspondem ao tráfego nos
dois sentidos, ou seja, a entrada e a saída dos veículos, que podem
ocorrer várias vezes ao dia para um mesmo automóvel. Além disso,
foram computados os fluxos de veículos (incluindo táxis) de pessoas
que não trabalham nos escritórios mas, que se deslocam para o local
como visitantes ou prestadores de serviços.
Como se tratam de empreendimentos empresariais, os fluxos de
viagens
deverão sofrer as flutuações normais ao longo do ano, com reduções
nos períodos das férias. Entretanto, para efeito das simulações de
impactos, foram consideradas as situações mais desfavoráveis.
O Quadro 2, já referido, apresenta um resumo das viagens
geradas.
1.2.3- Uso Flat e Homes Service Referência bibliográfica: Os Hoteis
como Pólos Geradores de Viagens. Lenise G. Goldner, Diego Westphal,
Jorge A. M. Gonçalves e Ronaldo Balassiano.
As viagens dos flats e dos homes service poderiam ser geradas com
base
nos padrões residenciais ou nos padrões do setor hoteleiro. De
acordo com a destinação que se pretende dar aos equipamentos dos
lotes 1 e 5 julgou-se mais adequado trabalhar com os padrões de
hoteis.
No estudo acima citado e que foi utilizado como base de referência
no
presente memorial, os autores desenvolveram quatro equações de
regressão, baseadas nas seguintes variáveis independentes: número
de unidades/quartos; números de funcionários; vagas de
estacionamento e, área total construída.
A equação de regressão baseada na área total construída
apresentou
Coeficiente de Correlação (R²) abaixo de 0,5, sendo desaconselhado
o seu uso. A variável “número de funcionários” é de difícil
obtenção no presente estágio do projeto, desaconselhando também o
seu uso.
4 Mesmo calculo efetuado para o Lote 1, considerando-se agora uma
área = 24.630 m²
43
Assim, a geração de viagens de cada equipamento foi calculada
através de duas equações: a primeira baseada no número de unidades
e a segunda, na quantidade de vagas de estacionamento. Os valores
utilizados nos carregamentos foram as médias dos dois resultados. É
importante ressaltar que as viagens de autos geradas pelas duas
equações apresentam diferenças discretas, da ordem de 15%.
As equações utilizadas pelos autores, foram:
V1 = 1,997 x Unidades V2 = 2,268 x Vagas de Estacionamento V1 e V2
= Total de autos por dia (entrando + saindo)
Do estudo analisado depreende-se que as viagens por autos
correspondem a
70% do total dos deslocamentos, admitindo-se que os 30% restantes
são por transporte público. Considerou-se ainda uma taxa de
ocupação dos veículos de 1,0, o que significa que, para cada viagem
gerada por autos corresponderá a uma viagem de auto (um
veículo).
Quanto aos horários de picos e os seus respectivos fatores (FHP),
os
levantamentos realizados no estudo apresentaram uma variedade muito
grande, tanto dos horários mais carregados como dos FHP. Dessa
forma, assumiu-se um FHP médio da ordem de 13%, tanto para as
entradas como para as saídas e que os percentuais máximos
ocorreriam nos mesmos horários dos outros usos. Entende-se que esta
suposição trabalha a favor da segurança. LOTE 1 Número de unidades
= 231 V1 = 1,997 x 231 = 461 autos/dia (entrando + saindo) Vagas de
estacionamento = 231 V2 = 2,268 x 231 = 524 autos/dia (entrando +
saindo)
Os valores a seguir apresentados já são decorrentes da média entre
V1 e V2. a- Número de unidades / vagas de estacionamento = 231; b-
Total de viagens por dia: 704 viagens (pessoas)/dia; c- Viagens por
autos por dia: 704 x 0,70 = 493 viagens por auto/dia; d- Volume de
autos por dia: 493 / 1,0 = 493 autos/dia; e- Volume de pico de
saída: 493 x 0,13 = 64 autos/hora pico da manhã; f- Volume de pico
de entrada: 493 x 0,13 = 64 autos/ hora pico da tarde/noite;
44
LOTE 5 Número de unidades = 510 V1 = 1,997 x 510 = 1.018 autos/dia
(entrando + saindo) Vagas de estacionamento = 524 V2 = 2,268 x 524
= 1.188 autos/dia (entrando + saindo)
Os valores a seguir apresentados já são decorrentes da média entre
V1 e V2. a- Número de unidades = 510 / Vagas de estacionamento =
524; b- Total de viagens por dia: 1.576 viagens (pessoas)/dia; c-
Viagens por autos por dia: 1.576 x 0,70 = 1.103 viagens por
auto/dia; d- Volume de autos por dia: 1.103 / 1,0 = 1.103
autos/dia; e- Volume de pico de saída: 1.103 x 0,13 = 143
autos/hora pico da manhã; f- Volume de pico de entrada: 1.103 x
0,13 = 143 autos/ hora pico da tarde/noite;
Os volumes de autos gerados por dia (conforme item “d”)
correspondem ao tráfego nos dois sentidos, ou seja, a entrada e a
saída dos veículos, que podem ocorrer várias vezes ao dia para um
mesmo automóvel. Além disso foi considerado o fluxo de veículos
(incluindo táxis) de pessoas que não residem nos flats/homes
service mas, que se deslocam para o local como visitantes,
participantes de eventos ou prestadores de serviços.
Como se tratam de empreendimentos com características hoteleiras,
os fluxos
de viagens deverão ser incrementados em períodos de alta estação ou
em eventos como o carnaval. Para efeito das simulações de impactos,
foram consideradas as situações mais desfavoráveis, ou seja, a
ocupação plena de todas as unidades.
O Quadro 2, já referido, apresenta um resumo das viagens
geradas.
45
% Volume % Volume % Volume % Volume
Flat 704 211 493 13 64 13 64 13 64 13 64 Escritórios 2.742 823
1.919 35 672 5 96 5 96 35 672
2 Residencial (1) 2.840 710 1.775 3 53 12 213 10 178 4 71
3 Residencial (1) 4.692 1.173 2.933 3 88 12 352 10 293 4 117
4 Residencial (1) 4.475 1.119 2.797 3 84 12 336 10 280 4 112
Home + Flat 1.576 473 1.103 13 143 13 143 13 143 13 143 Escritórios
(2) 2.422 727 1.695 35 593 5 85 5 85 35 593
Totais 19.451 5.235 12.715 1.698 1.289 1.139 1.773
(1) Taxa de ocupação dos autos de 1,2 pessoas/veículos. Demais
usos, 1,0 pessoa/veículo
(2) - Viagens dos Escritórios + Comercial + Institucional
1
5
Viagens de Autos (Veículos / UCP) Pico da Manhã Pico da
Tarde/Noite
Entrando Saindo Entrando Saindo Lotes Usos
Viagens Totais/dia
A análise do empreendimento considerou quatro macro
origens/destinos para os fluxos de viagens produzidas e
atraídas:
i- Orla Sul – compreendendo toda faixa de praia sul de Recife e
Jaboatão (Boa Viagem, Piedade, Cadeias, etc.); ii- Afogados – com
prolongamento pelas áreas atendidas pelos corredores da Av.
Mascarenhas de Moraes e Rua São Miguel/Av. José Rufino; iii- Av.
Agamenon Magalhães – com os seus acessos aos corredores: Av. Abdias
de Carvalho, Av. Caxangá, Av. Rui Barbosa/Av. Rosa e Silva, Av.
Norte, PE-15, Olinda, etc.; iv- Centro – considerando a maior parte
do Centro Expandido e as rotas que se prolongam pela Ponte de
Limoeiro: Av., Norte, PE-15, Olinda, etc.
Baseado no conhecimento local, estimou-se a seguinte distribuição
percentual das origens e destinos das viagens: - Orla Sul - 25% -
Afogados - 10% - Av. Agamenon Magalhães - 35% - Centro - 30%
O Croquis 1 apresenta esquematicamente a distribuição das viagens
entre os quatro macro destinos.
47
Empreendimento
1.4- Vagas de Garagens
As vagas de garagens oferecidas para estacionamentos atendem ao que
preceitua a Lei de Uso e Ocupação do Solo do Recife (Lei nº
16.176/96 de 13/04/96), conforme detalhado no Quadro 1 e descrito a
seguir:
No lote 1 são previstas 1.187 vagas de estacionamento, onde 231 são
destinadas aos flats (1 vaga por unidade) e 956 para os
escritórios.
O lote 2 prevê um total de 584 vagas para as duas torres, o que
corresponde em média a pouco mais de 4 vagas para cada unidade
habitacional. Deve-se considerar que das 144 unidades deste lote,
quatro são apartamentos duplex.
O projeto das três torres do lote 3 prevê um total de 962 vagas, o
que corresponde a aproximadamente 3 vagas para cada unidade
habitacional. Neste lote, dois são apartamentos duplex.
No lote 4 foram projetadas 942 vagas para estacionamento dos
veículos das suas três torres, o que corresponde a uma média de 2,6
vagas para cada unidade habitacional. Neste caso, das 322 unidades
deste lote, quatro são apartamentos duplex.
Finalmente, o lote 5 oferece um total de 1.276 vagas, das quais 204
são para
os flats, 320 para o homes service e, 752 para a torre de
escritórios e os usos comercial e institucional. 2 – CARACTERIZAÇÃO
DO SISTEMA VIÁRIO ADJACENTE
O terreno do empreendimento está localizado entre dois corredores:
a Av. Engenheiro José Estelita e a Av. Sul. Na primeira via, o
acesso ao empreendimento é direto. No segundo corredor, Av. Sul, o
terreno fica segregado pela faixa ainda pertencente à RFFSA, onde
existe o ramal ferroviário de acesso ao Porto do Recife. Embora não
diretamente adjacente ao terreno, merece referência a Rua Imperial,
que funciona em binário com a pista de tráfego misto da Av.
Sul.
A Av. Engenheiro José Estelita possui duas pistas. A que faz a
ligação de Boa
Viagem com o centro tem duas faixas de tráfego e largura de 7,20 m,
enquanto a pista inversa possui três faixas e largura de 10,60 m. A
via possui ainda passeios regulares, com 4,90 m no lado da bacia do
Pina e, 3,90 m no lado oposto, além de um canteiro central de 0,80
m. O pavimento em concreto da via apresenta algumas
irregularidades, parcialmente corrigidas por concreto
asfáltico.
A Av. Sul também possui duas pistas, onde a do lado direito (junto
à linha
férrea) é exclusiva para ônibus, com três faixas de tráfego,
largura de 10,70 m e passeio de 1,80 m, alargado para 2,20 m nos
locais das paradas dos ônibus. A pista esquerda acomoda o tráfego
misto, também com três faixas e largura de 10,70 m, e passeio
variando de 3,90 à 4,70 m. O canteiro central da via tem
predominantemente 0,95 m de largura, expandido para 3,40 m nos
locais das paradas dos ônibus. A pista esquerda da Av. Sul
apresenta ainda um pequeno trecho, de aproximadamente 100 m, com
largura reduzida para duas faixas, por
49
conta de alguns imóveis ainda não desapropriados e removidos. Tal
como a Av. Engenheiro José Estelita, a via apresenta também algumas
irregularidades no pavimento.
A Rua Imperial opera com mão única de tráfego no sentido
Centro/Afogados,
com três faixas e largura de 9,30 m. Os passeios são bastantes
irregulares, variando no lado direito predominantemente entre 1,00
e 1,30 m e, no lado esquerdo, entre 1,50 e 3,00 m. O pavimento
desta via é em concreto asfáltico em condições razoáveis. O Desenho
01/02 apresenta o sistema viário no entorno do empreendimento, com
indicação das faixas de tráfego e as respectivas cotas das vias
adjacentes. 3 – CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA DE CIRCULAÇÃO
Além das três vias adjacentes já descritas no Item 2, julga-se
oportuno descrever a circulação no sistema viário mais amplo, que
sofrerá reflexos do tráfego gerado pelo empreendimento.
Entre as vias julgadas relevantes para os acessos,
ressaltam-se:
- A Ponte Gov. Agamenon Magalhães (Ponte do Pina), com duas pistas
e quatro
faixas de tráfego, onde a pista do lado direito dá acesso exclusivo
a Av. Engenheiro José Estelita e a pista do lado esquerdo dá acesso
ao Viaduto João Paulo II (Capitão Temudo) e também à já referida
Av. Engenheiro José Estelita;
- A Ponte Paulo Guerra, com cinco faixas de tráfego que têm
continuidade pela Av.
Herculano Bandeira; - A Av. Saturnino de Brito, que liga a Av.
Engenheiro José Estelita com a Ponte
Paulo Guerra. Esta avenida possui três faixas de tráfego fazendo
esta ligação e uma faixa no sentido inverso, separada por blocos de
concreto, que possibilita o retorno para a Av. Engenheiro José
Estelita, no sentido Boa Viagem/Centro;
- O Viaduto João Paulo II (Capitão Temudo) possui no seu trecho
mais estreito duas
pistas, com duas faixas de tráfego por sentido em cada uma, que têm
continuidade pela ponte sobre o Rio Capibaribe e a Av. Agamenon
Magalhães, ambas com quatro faixas de tráfego por sentido. Este
viaduto encontra-se em obras, com a duplicação das suas pistas e a
construção de novos acessos;
- O Cais de Santa Rita, em frente ao GRCT – Grande Recife Consórcio
de
Transporte (antiga EMTU/Recife). No sentido Subúrbio/Centro este
segmento viário recebe os fluxos de tráfego da Av. Engenheiro José
Estelita e da Av. Sul. Esta via possui no referido trecho quatro
faixas de tráfego entretanto, a terceira faixa (a partir do
canteiro central) é prejudicada pela linha férrea existente e as
irregularidades do pavimento em paralelepípedos. A quarta faixa é
subutilizada pelas mesmas razões, além de ser permitido o
estacionamento de veículos.
Todas as vias descritas nos Itens 2 e 3 apresentam sinalização,
entre discreta e precária.
50
4 – VOLUMES DE TRÁFEGO NAS VIAS ADJACENTES AO EMPREENDIMENTO
O planejamento das pesquisas de tráfego levou em conta os trechos
viários julgados mais críticos para acomodar o volume adicional de
veículos gerado pelo empreendimento, que não necessariamente se
encontram nas vias adjacentes ao terreno do projeto. Dessa forma,
foram realizadas contagens de tráfego numa área bem ampla, em sete
postos, envolvendo 13 movimentos:
- Posto 01 – Av. Engenheiro José Estelita próximo ao Viaduto das
Cinco Pontas; - Posto 02 – Av. Sul (embaixo do Viaduto das Cinco
Pontas); - Posto 03 – Av. Herculano Bandeira, junto à Ponte Paulo
Guerra; - Posto 04 – Av. Antônio de Goes, junto à Ponte Gov.
Agamenon Magalhães; - Posto 05 – Av. Sul, próximo à Ponte sobre o
Braço Sul do Rio Capibaribe; - Posto 06 – Rua Imperial, junto à
Ponte sobre o Braço Sul do Rio Capibaribe; - Posto 07 – Joana
Bezerra, próximo à Ponte João Paulo II (Rio Capibaribe).
O Mapa 1 apresenta a localização dos postos de contagens, enquanto
o
Quadro 3 apresenta o Resumo das pesquisas realizadas, com os
volumes horários máximos de veículos, nos picos da manhã e da
tarde/noite e com os respectivos intervalos em que ocorreram os
aludidos picos. As contagens de tráfego foram realizadas em dois
turnos de quatro horas, das 6:00 às 10:00 horas e das 16:00 às
20:00 horas, respectivamente pela manhã e pela tarde/noite,
cobrindo consequentemente os horários de maior movimentação do dia.
Para o posto 03 (Av. Herculano Bandeira/Ponte Paulo Guerra) e o
posto 07 (Joana Bezerra/Ponte João Paulo II), as contagens do
período da tarde/noite foram estendidas até às 21:00 horas, para
permitir uma melhor análise do fluxo entre a Av. Agamenon Magalhães
e o Bairro de Boa Viagem. As pesquisas foram executadas nos dias 30
e 31/05/2011, respectivamente 2ª e 3ª feira, com contagens
volumétricas e direcionais de tráfego, estratificadas por tipos de
veículos e segmentadas por intervalos de 15 minutos. O Quadro 3, já
referido, apresenta os volumes obtidos nos horários mais
carregados, enquanto os Croquis 2 e 3, permitem visualizar
esquematicamente estes fluxos, respectivamente para os períodos de
picos da manhã e da tarde/noite.
Foram acrescentados no Quadro 3 e nos Croquis 2 e 3, os fluxos de
pico do Cais de Santa Rita, correspondentes ao somatório do
movimento 2 do Posto 1 (Av. Engenheiro José Estelita) com o
movimento 1 do Posto 2 (Av. Sul/Cinco Pontas).
Ainda neste Quadro 3 pode-se observar que o intervalo horário
mais
carregado do pico da manhã é variado, iniciando em alguns
movimentos às 7:00 horas e estendendo-se em outros até às 9:45
horas, ou mesmo 10:00 horas para a
51
pista exclusiva de ônibus da Av. Sul. No período da tarde/noite
ocorre situação similar, com os horários de pico iniciando às 17:15
horas e prolongando-se até às 19:30 horas. No Anexo estão
apresentadas as tabelas e os fluxogramas com os resultados
detalhados de todas as pesquisas de tráfego realizadas. 5 –
CONDIÇÕES DE FLUIDEZ DO TRÁFEGO NAS VIAS DE ACESSO Parte do sistema
viário no entorno do empreendimento já trabalha nos limites de
saturação nos períodos de pico, apresentando normalmente níveis de
serviço entre C e D e, com frequência, atingindo o nível E, ou
seja, congestionamentos, com retenções dos fluxos de
veículos.
Os percursos mais saturados são as ligações entre a orla sul (Boa
Viagem, Piedade e Candeias) e a Av. Agamenon Magalhães, com os
segmentos críticos nas duas pontes do Pina e no Viaduto João Paulo
II (Capitão Temudo). As retenções de tráfego na Av. Domingos
Ferreira, no período da noite, também provocam ondas de
congestionamentos que eventualmente atingem a Av. Engenheiro José
Estelita, no sentido Centro/Boa Viagem. Ainda no período da noite,
a Rua Imperial apresenta retenções de tráfego advindas das
interseções em Afogados. Finalmente, embora menos frequente, o Cais
de Santa Rita também apresenta eventuais congestionamentos no pico
da manhã, provocando retenções que se estendem pela Av. Engenheiro
José Estelita no sentido Cabanga/Cais de Santa Rita.
É importante ressaltar que as obras de alargamento e de novos
acessos do
Viaduto João Paulo II (Capitão Temudo) estão em fase de conclusão,
assim como, foram iniciadas as obras da Via Mangue. Estas
intervenções estão sendo implementadas pela Prefeitura do Recife
com o objetivo de melhorar as condições de fluidez do tráfego na
área. Por outro lado, a regularização do pavimento no Cais de Santa
Rita, no sentido subúrbio/centro, e o efetivo uso das quatro faixas
existentes, contornariam os eventuais congestionamentos nos picos
da manhã.
52
53
Vol. Horário Vol. Horário
Mov 1 - Cais Sta. Rita/Av. Saturnino de Brito 1.102 7:30 - 8:30
2.003 18:15 - 19:15
Mov 2 - Av. Saturnino de Brito/Cais Sta. Rita 2.682 7:15 - 8:15
1.865 17:45 - 18:45
02 Av. Sul (Cinco Pontas) Mov 1 - Afogados/Cais Sta. Rita 1.957
8:00 - 9:00 2.492 17:30 - 18:30
* Cais de Sta. Rita * Mov 1 - Av. Sul + Estelita/Cais Sta. Rita *
4.507 7:45 - 8:45 4.309 17:30 - 18:30
03 Av. H. Bandeira (Pte. Paulo Guerra) Mov 1 - Pte. Paulo
Guerra/Av. Domingos Ferreira 4.350 7:30 - 8:30 5.257 17:15 -
18:15
Mov 1 - Boa Viagem/Cabanga (Lado Direito) 2.744 7:00 - 8:00 1.892
17:30 - 18:30
Mov 2 - Boa Viagem/Cabanga (Lado Esquerdo) 3.224 7:00 - 8:00 2.637
17:45 - 18:45
Mov 1 - Afogados/Cais Sta. Rita (Tráfego Misto) 2.489 7:15 - 8:15
1.958 18:00 - 19:00
Mov 1 - Cais Sta. Rita/Afogados (Só Ônibus) 346 9:00 - 10:00 364
18:30 - 19:30
Mov 2 - Afogados/Cais Sta. Rita (Só Ônibus) 322 7:45 - 8:45 308
17:45 - 18:45
06 Rua Imperial (Pte. Braço Sul Capibaribe) Mov 1 - Cais Sta.
Rita/Afogados 1.463 8:45 - 9:45 2.086 17:15 - 18:15
Mov 1 - Derby/Boa Viagem 3.134 7:30 - 8:30 4.180 17:30 -
18:30
Mov 2 - Boa Viagem/Derby 4.252 7:30 - 8:30 2.639 17:45 -
18:45
* - Maior valor do somatório do Movimento 2 do Posto 01 + Movimento
1 do Posto 02
Posto Pico Manhã Pico Tarde/Noite Volume de Tráfego (UCP)
Movimento/SentidoLocal
01 Av. Eng. José Estelita
04 Av. A. de Goes (Pte. Agam. Magalhães)
05 Av. Sul (Pte. Braço Sul Capibaribe)
54
CROQUIS 2 - FLUXOS DE TRÁFEGO (UCP) Pico da manhã (ver horários
mais carregados no Quadro Resumo)
Empreendimento
by
55
CROQUIS 3 - FLUXOS DE TRÁFEGO (UCP) Pico da tarde/noite (ver
horários mais carregados no Quadro Resumo)
Empreendimento
6 – CONDIÇÕES DE ACESSO AO EMPREENDIMENTO
As soluções de acessos (entradas e saídas) ao empreendimento, foram
condicionadas pelo seu porte, ou seja, uma área total construída de
355.000 m² e cerca de 5.000 vagas para estacionamentos. O
empreendimento deverá gerar (produzir e atrair) um fluxo total
diário de quase 20.000 viagens com cerca de 12.700 viagens de
autos.
O estudo dos acessos considerou as seguintes premissas:
a- Necessidade de múltiplos locais de entrada e saída de veículos,
para que não haja uma concentração em um único ponto (ou em poucos
pontos);
b- Distribuição das entradas e saídas entre os corredores
adjacentes ao empreendimento (Av. Engenheiro José Estelita, Av. Sul
e Rua Imperial), como forma de diluir o impacto do tráfego gerado,
no tráfego existente;
c- Rotas de acesso mais diretas possíveis aos corredores radiais
que atendem aos quatro macros origens/destinos (Orla Sul, Afogados,
Av. Agamenon Magalhães e Centro);
A solução adotada parte de uma via distribuidora longitudinal, de
mão única
no sentido sul/norte, paralela à Av. Engenheiro José Estelita (via
“A”). Esta via “A” se conecta com a Av. Sul e a Rua Imperial
através de duas outras vias, “B” e “C”, ambas com sentido duplo de
tráfego. A área do empreendimento é ainda dotada de mais duas vias,
“I” e”II”, entre os lotes 2, 3 e 4, articuladas com a via “A” mas,
sem passagem de veículos para a Av. Sul. Só permitem acessos de
pedestres. Essas vias dão acesso às torres dos três lotes
citados.
Este conjunto de vias oferece duas entradas e duas saídas pela
Av.
Engenheiro José Estelita, duas entradas e duas saídas para a Av.
Sul/Rua Imperial e ainda, uma entrada e uma saída junto ao lote 1,
na extremidade sul do terreno. Este último acesso será viabilizado
com a construção de um viaduto para os fluxos no sentido orla
sul/empreendimento e uma via inferior ao Viaduto João Paulo II
(Capitão Temudo), para acessá-lo através da alça já existente,
junto ao muro da RFFSA. Os acessos da Av. Engenheiro José Estelita
serão realizados em pistas segregadas, internas ao terreno do
empreendimento, com faixas de desaceleração de no mínimo 60 metros
e, faixa de aceleração mínima de 50 metros.
O Desenho 02/02 apresenta as vias descritas e as condições de
entrada e
saída do empreendimento, com as indicações das rotas mais prováveis
para os acessos dos veículos. Pode-se concluir que a solução
adotada praticamente não provocará conflitos que comprometam as
condições operacionais das vias lindeiras ao empreendimento. 7 –
ACESSO AO TRANSPORTE PÚBLICO DE PASSAGEIROS Os usos residenciais do
empreendimento são voltados para classe alta e média alta, enquanto
os usos não residenciais sinalizam para uma ocupação por
57
escritórios qualificados e modernos. Mesmo assim, as simulações
apontam para uma demanda por transporte público da ordem de 5.200
viagens/dia, correspondentes aos moradores que não disponham de
autos privados, empregados, prestadores de serviços e funcionários
de apoio dos escritórios e equipamentos não residenciais. Neste
aspecto, a localização do empreendimento entre os corredores da Av.
Engenheiro José Estelita e Av. Sul/Rua Imperial é privilegiada, uma
vez que em ambos há uma excelente oferta do Sistema de Transporte
Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife –
STPP/RMR. Os serviços disponíveis oferecem excelente acessibilidade
não apenas para o centro da cidade, como também, para vários outros
bairros e corredores, através das 77 linhas adjacentes, que operam
com 684 ônibus nos dias úteis e realizam aproximadamente 5.170
viagens/dia no sentido subúrbio/centro e, cerca de 4.670 no sentido
centro/subúrbio. Os Quadro 4.1 a 4.5 apresentam as diversas linhas
de ônibus que itineram pelos dois corredores referidos. As linhas
do Quadro 4.4 Av. Sul (Cinco Pontas) atendem apenas parcialmente ao
empreendimento, pois só possuem uma parada nas proximidades do
Viaduto das Cinco Pontas. Entretanto, é importante ressaltar neste
conjunto, as Linhas Circulares 116 (Príncipe) e 117 (Prefeitura),
integradas ao Metrô, e que fazem parte do SEI – Sistema Estrutural
Integrado, o que permite aos seus usuários utilizarem uma ampla
rede integrada de linhas, pagando uma só passagem. No futuro,
pode-se cogitar a criação de uma nova linha circular para atender
ao empreendimento, integrada na Estação do Metrô de Joana Bezerra e
na Estação Central. QUADRO 4.1 - LINHAS POR VIA Av. Engº José
Estelita
Código Nome S/C C/S Frota Nº Viagens 1 14 Brasília(Conde B.Vista) X
X 4 50
2 18 Brasília Teimosa X X 4 57
3 21 QG Aeronáutica X X 5 45
4 31 Shopping Center X X 7 67
5 32 Setubal (Conde da Boa Vista) X 12 126
6 33 Aeroporto X X 5 55
7 39 Setubal (Príncipe) X 7 63
8 42 Aeroporto (Opcional ) X 12 69
9 44 Massagana ( Boa Vista ) X 9 66
10 61 Piedade X 17 132
11 62 Jardim Piedade X X 16 124
12 69 Conjunto Catamarã X 8 58
13 71 Candeias X 9 64
14 72 Candeias (Opcional) X 13 73
Total: Viagens Dias Úteis / Frota 789 658 128 -
Linha Sentido Dia Útil Seq.
58
QUADRO 4.2 - LINHAS POR VIA Av. Sul (Pista exclusiva para
ônibus)
Código Nome S/C C/S Frota Nº Viagens 1 111 Pinheiros X X 3 40
2 121 Vila da Sudene X X 5 53
3 122 Vila do IPSEP X X 4 39
4 123 Três Carneiros Baixo (Monte Verde) X X 8 50
5 124 Vila do Sesi X X 3 35
6 125 Córrego da Gameleira X X 4 43
7 126 UR-03 (Pantanal) X X 4 35
8 132 UR-02/Ibura (Conde da Boa Vista) X X 16 108
9 133 Três Carneiros (IMIP) X X 10 72
10 134 Lagoa Encantada X X 6 55
11 135 UR-10 X X 4 36
12 136 UR-05 X X 5 45
13 137 UR-11 X X 20 113
14 138 Zumbi do Pacheco X X 10 72
15 141 Jardim Monte Verde X X 5 39
16 142 Alto Dois Carneiros X X 7 55
17 143 UR-06 X X 23 128
18 144 UR-04 X X 8 66
19 151 Jardim Jordão X X 3 55
20 152 Jordão Baixo X X 15 131
21 153 Jordão Alto X X 10 84
22 161 Brigadeiro Ivo Borges X X 13 97
23 162 Muribeca X X 8 63
24 163 Cajueiro Seco X X 7 55
25 164 Conjunto Marcos Freire X 12 90
26 165 Muribeca dos Guararapes X X 6 34
27 181 Cabo (Cohab) X X 21 107
28 183 Ponte dos Carvalhos X X 4 23
29 185 Cabo X X 25 124
30 200 Jaboatão (Parador) X X 7 56
31 211 Vila Tamandaré X X 8 97
32 212 Jardim São Paulo X X 10 95
33 221 Cardeal Silva X X 7 90
34 222 Jardim Uchôa X X 3 45
35 232 Cavaleiro X X 13 118
36 242 Pacheco X X 4 47
37 243 Dois Carneiros (Cais de Sta. Rita) X X 11 96
38 243 Dois Carneiros (Dantas Barreto) X X 11 96
39 411 Estrada dos Remédios X 7 55
40 412 San Martin (Largo da Paz) X X 7 71
Total: Viagens Dias Úteis / Frota 2.758 2.723 357 -
Linha Sentido Dia Útil Seq.
59
QUADRO 4.3 - LINHAS POR VIA Av. Sul (Pista Mista)
Código Nome S/C C/S Frota Nº Viagens 1 133 Três Carneiros (IMIP) X
- 10 72
2 135 UR-10 X - 2 22
3 136 UR-05 X - 5 45
4 143 UR-06 X - 23 128
5 162 Muribeca X - 8 63
6 165 Muribeca dos Guararapes X - 6 34
7 166 Cajueiro Seco/Afogados X - 5 43
8 411 Estrada dos Remédios X - 7 55
Total: Viagens Dias Úteis / Frota 462 - 66 -
Linha Sentido Dia Útil Seq.
QUADRO 4.4 - LINHAS POR VIA Av. Sul (Cinco Pontas)
Código Nome S/C C/S Frota Nº Viagens 1 116 Circular (Príncipe) X -
6 114
2 117 Circular (Prefeitura) X - 10 149
3 432 CDU (Várzea) X - 18 131
4 521 Alto Santa Isabel X - 9 79
5 524 Sítio dos Pintos (Dois Irmãos) X - 7 55
6 527 Sítio dos Pintos IMIP (Joana Bezerra) X - 5 37
7 532 Casa Amarela (Cruz Cabugá) X - 8 56
8 624 Brejo X - 14 98
9 632 Alto do Refúgio X - 6 53
10 742 Linha do Tiro X - 12 106
11 841 Nova Olinda X - 4 41
12 983 Rio Doce (Pincesa Isabel) X - 16 120
13 992 Pau Amarelo X - 18 121
Total: Viagens Dias Úteis / Frota 1.160 - 133 -
Linha Sentido Dia Útil Seq.
QUADRO 4.5 - LINHAS POR VIA Rua Imperial
Código Nome S/C C/S Frota Nº Viagens 1 164 Conjunto Marcos Freire -
X 12 90
2 166 Cajueiro Sêco/Afogados - X 5 43
Total: Viagens Dias Úteis / Frota - 133 17 -
Linha Sentido Dia Útil Seq.
60
8 – ACESSO PARA VEÍCULOS DE CARGA Os veículos de carga assim como
os prestadores de serviço (abastecimentos em geral, distribuição de
gás, coleta de lixo, etc.) deverão executar as suas operações nas
áreas internas dos empreendimentos de cada lote, com acessos pelas
vias “B”, “C”, “I” e “II”, conforme o Desenho 02/02. 9 –
REMANEJAMENTO DO TRÁFEGO Não será necessário qualquer alteração na
circulação dos principais corredores da área, nem modificação nas
condições do tráfego atual, exceto, eventuais ajustes decorrentes
das canalizações nas interseções de acesso ao empreendimento, que
serão objeto de detalhamentos quando da elaboração dos respectivos
projetos geométricos. 10 – INTERVENÇÕES NO SISTEMA VIÁRIO
Praticamente todas as intervenções viárias serão realizadas na área
interna do empreendimento, conforme o Desenho 02/02, com exceção
das vias de acesso ao lote 1, no lado sul do terreno, já referido
no Item 6. 11 – AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE FLUIDEZ DO TRÁFEGO APÓS
A
IMPLANTAÇÃO DO EMPREENDIMENTO
As condições de fluidez do tráfego após a implantação do
empreendimento envolve a avaliação de eventuais conflitos entre os
fluxos de veículos existentes e os fluxos adicionais gerados.
No caso em questão, uma série de fatores contribuem para tornar as
análises
mais complexas. Entre eles, pode-se ressaltar:
a- As múltiplas rotas alternativas de chegada e saída ao
empreendimento e a difícil previsibilidade dos caminhos que serão
utilizados em função das origens e destinos das pessoas;
b- Intervenções viárias de porte em implementação nas proximidades
de empreendimento, que modificarão as atuais condições de fluidez
do tráfego;
c- Diferentes horários de pico para o tráfego existente em cada
corredor;
d- Diferentes usos para uma mesma gleba, com distintos
comportamentos de geração de viagens e horári