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Memórias de Tradução: Contra a Reinvenção da Roda IATE: Que Futuro? Departamento de Línguas e Culturas Ana Isabel & Andreia TATII Universidade de Aveiro

Memórias de Tradução: Contra a Reinvenção da Roda

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Universidade de Aveiro. Memórias de Tradução: Contra a Reinvenção da Roda. IATE: Que Futuro?. Ana Isabel & Andreia TATII. Departamento de Línguas e Culturas. INTRODUÇÃO. O trabalho de tradução na Comissão Europeia remete-nos para dois importantes aspetos : - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Memórias de Tradução:  Contra a Reinvenção da Roda

Memórias de Tradução: Contra a Reinvenção da

Roda

IATE: Que Futuro?

Departamento de Línguas e Culturas Ana Isabel & Andreia TATII

Universidade de Aveiro

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INTRODUÇÃO• O trabalho de tradução na Comissão Europeia

remete-nos para dois importantes aspetos: 1) elevada tecnicidade da maioria dos

documentos;2) papel importante no processo legislativo.

• Criação de novas bases de dados:- CELEX, em 1972;- Eurodicatom, em 1973;- Primeiros pares da tradução automática, em

1975/76.

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• Cerca de 20 anos depois, criaram-se as memórias de tradução;

• Os programas das Memórias de Tradução "memorizam" a tradução digitada pelo tradutor para uma frase (ou parte de uma frase) e, se mais adiante, o texto original apresentar a mesma frase novamente, o programa sugere ou mostra a tradução empregada anteriormente, deixando ao critério do tradutor utilizá-la ou não;

• Aqui, portanto, está uma das características mais importantes dos programas de memórias de tradução: quem traduz é o tradutor, não a máquina.

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SOB O SIGNO DA REUTILIZAÇÃO: FRASES E TERMOS

• As memórias de tradução baseiam-se no seguinte: - na ligação de cada sequência, frase e/ou parágrafo, de dois textos paralelos em duas línguas diferentes; - na comparação de cada segmento de um texto novo numa determinada língua com todos os segmentos dessa língua armazenados na base de dados – memória;

• Por outro lado, as memórias de tradução também permitem uma fácil reutilização da terminologia, ou seja, também é possível interrogar a memória se uma palavra ou expressão já foi traduzida em algum dos documentos que estão inseridos – Concordância.

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O SERVIÇO EURAMIS• Para armazenar e gerir memórias de tradução, foi criada

uma base de dados e uma série de ferramentas para poder ser explorada – Euramis (European Advanced Multilingual Information System);

• No Departamento de Língua Portuguesa, a utilização direta das memórias ronda os 70% de páginas traduzidas.

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BASE DE DADOS EURAMIS

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VANTAGENS DAS MEMÓRIAS• As memórias de tradução apresentam duas vantagens

principais: 1) Eficiência gerada pela reutilização de traduções

anteriores;2) Melhoria da qualidade devido a uma maior coerência

aos níveis intra- e intertextual.

• Na DGT, a situação é mais complexa devido aos seguintes factores:

- Soluções diferentes para uma mesma frase;- segmentos e termos idênticos na língua de partida

que requerem traduções diferentes em português;- série de soluções apresentadas em português com

pequenas divergências, “melhoradas” no estilo, ou até mesmo atualizadas.

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O QUE MUDOU OU ESTÁ A MUDAR SOB A INFLUÊNCIA DAS MEMÓRIAS• No que toca ao resultado provindo das memórias, pode-se

salientar o seguinte: racionalização do esforço, normalização dos textos, coerência terminológica e “democratização” do conhecimento;

• A tríade: tradutor, revisor, dactílografo é apoiada pela ação de um sistema que assenta num trabalho mais cooperativo e menos hierarquizado;

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A TRADUÇÃO AUTOMÁTICA• A tradução automática é das ferramentas essenciais à

tradução e é composta por duas grandes categorias: 1) Os tradutores2) Os não tradutores

• Os não tradutores utilizam esta ferramenta apenas para terem uma ideia geral de um documento redigido numa língua que não conhecem;

• Uma vez que as traduções podem ser feitas de forma automática, muitas vezes, quando queremos inserir uma frase para nos apresentar a sua proposta de tradução, esta apresenta-nos resultados com diversas alterações a nível estrutural, de vocabulário e de sentido.

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a) Possibilidade de combinar a T.A. com as memórias de tradução;b) Expectativas realistas dos utilizadores;c) Investimento continuado no enriquecimento dos dicionários.

• O DLP é um dos maiores utilizadores da T.A. e tem vindo a apostar, sobretudo, no par inglês-português.

RELAÇÃO ENTRE A TRADUÇÃO AUTOMÁTICA E OS TRADUTORES

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SERVIÇO DE TRADUÇÃO AUTOMÁTICA DA COMISSÃO EUROPEIA

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IATE• O IATE significa hoje “Inter-Active Terminology for

Europe”;• Antigamente era “Inter-Agency Terminology

Exchange”;• Foi assim batizado em 1999 pelo CdT (Centro de

Tradução); • Objetivo: criar uma infra-estrutura de informação

terminológica que pudesse servir as necessidades das Agências da União.

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A GRANDEZA DO IATE• Com um milhão e meio de fichas;• Com cerca de oito ou nove milhões de termos;• Com uma dezena de línguas;

• Este gigantismo é mais um defeito do que uma qualidade;

• Os problemas que existem no IATE dizem principalmente respeito aos conteúdos e à gestão.

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IATE• O IATE não é um verdadeiro banco de terminologia: A maioria dos termos não são definidos; As definições originais são uma minoria; Baixo nível de pertinência terminológica;

• Sem definição e identificação clara dos conceitos torna-se praticamente impossível garantir a coerência interna de uma ficha multilingue;

• Apenas cerca de 20% dos termos satisfaz as exigências mínimas de pertinência e de fiabilidade.

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A PROBLEMÁTICA DO IATE• O problema do IATE é um problema de concepção do

trabalho terminológico nas instituições europeias (onde há um universo heterogéneo) com dimensões, necessidades, politicas e recursos muito diferentes.

• Em 2005 foi elaborado um Código de Boas Práticas que foi aprovado por todas as instituições participantes.

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O PORTUGUÊS NO IATE• Com mais de 500.000 termos;• A mais importante base de dados terminológica

disponível para o português;• Também existe o problema de pertinência e de

fiabilidade;• 2 pontos positivos:há menos lixo do que no conjunto da base;as fichas portuguesas são das que incorporam mais

trabalho terminológico.

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O FUTURO DO IATE• O futuro desta base está condicionado pela evolução

do IATE no seu conjunto, mas isto levanta desafios;• Vamos destacar 3 desafios:O desafio de Cooperação interinstitucional;O desafio de disseminação;O desafio de politização.

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O DESAFIO DE COOPERAÇÃO INTERINSTITUCIONAL

• Em 1998, foi criado o GITP (Grupo Interinstitucional de Terminologia Portuguesa);

• Cooperação necessária e importante para tratar e resolver problemas comuns;

• Constitui a ferramenta ideal para assentar a cooperação em bases sustentáveis.

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O DESAFIO DA DISSEMINAÇÃO• O IATE tem duas versões:• uma versão interna que é utilizada principalmente por

tradutores.• Uma versão externa que é acessível na internet desde

março de 2007, está aberta a uma público em geral;

• Estes dois públicos podem ter um papel importante no processo da disseminação e de aceitação social da terminologia e na revisão, atualização e aperfeiçoamento da base.

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O DESAFIO DA POLITIZAÇÃO• Politizar o IATE é introduzi-lo na esfera política;• O IATE-PT pode ser um instrumento dessa política e

deve merecer a atenção de quem ocupa o poder;• O IATE existe para apoiar uma comunicação clara e

precisa com os cidadãos na sua própria língua;• A defesa do português, é a defesa de um interesse

particular que vai de par com a defesa do interesse geral que é aqui o multilinguismo. O Parlamento Europeu e o Conselho da União Europeia têm responsabilidade nesta matéria.

Page 21: Memórias de Tradução:  Contra a Reinvenção da Roda

CONCLUSÃO• Hoje em dia há uma grande facilidade de acesso às

mais variadas fontes de informação;• O IATE tem de evoluir mas para que este seja útil e

também uma mais-valia tem de ter uma terminologia elaborada e original;

• O futuro do IATE depende assim do futuro e da evolução dos serviços de terminologia das instituições. Se estes se mantiverem, se reforçarem e se profissionalizarem, o IATE poderá transformar-se numa verdadeira base de terminologia útil a um vasto número de utilizadores externos.

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Aplicação da tecnologia à tradução

TERMINOLOGIA

MEMÓRIAS DE TRADUÇÃO

TRADUÇÃO AUTOMÁTICA

CORPUS 

SOFTWARES 

Inquérito a tradutores independentes – utilização das TIC

Bases de dados europeias

Contexto UE

Contexto UE

Utilização de corpora na prática e no ensino da tradução

Programas informáticos alternativos

  

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Que ferramentas para que tarefa, em tradução?

BD da UE – perspectiva futura

Ensino   Informática linguística

Ferramentas aplicadas a tarefas específicas de tradução

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Contexto da UE Inquérito às empresas e aos tradutores

TRADOS e outros programas

    TRADOS e outros programas

  

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Meio empresarial português 

Gestão terminológica

       

   

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