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MEMÓRIAS DE UM
SARGENTO DE MILÍCIAS
Manuel Antônio de Almeida
Profª. Daniele Onodera
BIOGRAFIA DO AUTOR
1831 - Nasce no Rio de Janeiro
1848 – Ingressa no curso de Medicina
1852-1853 – Escreve Memórias de um Sargento de Milícias ( sua única obra)
1858 - É nomeado administrador da Tipografia Nacional
1861 – Morre no naufrágio do vapor “Hermes”, na costa da província do Rio de Janeiro
Manuel Antônio de Almeida
COMO FOI
PUBLICADA A
OBRA?
Memórias de um Sargento de
Milícias foi publicado num
folhetim do Jornal Correio
Mercantil chamado
“A Pacotilha” entre 27 de junho
de 1852 e 31 de julho de 1853.
“A Pacotilha”
COMO SE
ORIGINOU A
OBRA?
POR QUE O TÍTULO
“MEMÓRIAS DE UM
SARGENTO DE MILÍCIAS?”
Segundo pesquisadores,
Manuel Antônio de
Almeida teria
fundamentado o enredo
no livro na biografia do ex-
sargento de milícias
Antônio César Ramos
Este viera ao Brasil como
soldado para guerra da
Cisplatina em 1817, e que
chegara a ser comandado
após a guerra pelo Major
Vidigal (único
personagem histórico do
livro)
APESAR DA OBRA TER SIDO
PUBLICADA CAPÍTULO A
CAPÍTULO É POSSÍVEL
COMPROVAR QUE O AUTOR JÁ
TINHA EM MENTE O ESBOÇO
TOTAL DO ENREDO. VEJA:
“Como o velho tenente-coronel
conhecia a comadre e o
Leonardo, e por que se
interessava por ele, o leitor
saberá mais adiante.”
“ A este episódio da Folia
seguiam-se outros de que vamos
em breve dar conta aos leitores.
Por agora voltemos ao nosso
visitantes.”
ESTRUTURA DA OBRA
Estruturalmente, obedece ao
módulo da NOVELA: uma
seqüência de células
dramáticas, ou episódios,
equivalentes aos capítulos,
dispostos na ordem linear do
tempo.
TEMPO E ESPAÇO
Rio de Janeiro
século XIX
“Era no tempo do rei”
LINGUAGEM
Fluência
Simplicidade vocabular
Tom coloquial da narrativa
Tonalidade jornalística em algumas passagens
Aspecto comum à crônica
NARRADOR
“O major recebeu-as de rodaque de
chita e tamancos, não tendo a
princípio suposto o quilate da visita;
apenas porém reconheceu as três,
correu apressado à camarinha vizinha,
e envergou o mais depressa que pôde
a farda; como o tempo urgia,
− Onisciente (em 3ª pessoa), cínico,
debochado e irônico:
e era uma incivilidade deixar a sós as
senhoras, não completou o uniforme, e
voltou à sala de farda, calças de enfiar,
tamancos e um lenço de alcobaça sobre o
ombro, segundo seu uso. A comadre, ao
vê-lo assim, apesar da aflição em que se
achava, mal pode conter uma risada que
lhe veio aos lábios.”
PERSONAGENS
− Tipos, caricaturais, amorais;
− São caracterizadas de forma
anti-romântica, sem
maniqueísmo;
− Representam um contraponto:
“universo da ordem” X “universo
da desordem”;
PERSONAGENS
Leonardo: desordeiro desde a
infância, é o típico vadio, o anti-herói –
“filho de uma pisadela e de um
beliscão”;
Leonardo Pataca: meirinho (oficial
de justiça) sentimental – “rotunda e
gordíssima personagem de cabelos
brancos e carão avermelhado, que era
o decano da corporação”;
PERSONAGENS
Maria da Hortaliça: “saloia,
rechonchuda e bonitona”, infiel;
Major Vidigal: representante da
lei e da ordem;
Barbeiro: padrinho de
Leonardinho, preocupado com o
menino, carrega um passado
escuso;
PERSONAGENS Comadre: madrinha de Leonardo,
é parteira;
Dona Maria: senhora rica, é tia e
tutora de Luisinha, amor do
protagonista – “devia ter sido muito
formosa em seu tempo; porém
desta formosura só lhe restavam o
rosado das faces e a alvura dos
dentes”;
PERSONAGENS
Luisinha: amor da vida de
Leonardo, é feia, tola, sem graça;
José Manuel: caça-dotes,
advogado de D. Maria, acaba
casando-se com Luisinha;
PERSONAGENS
Vidinha : mulata fogosa (amante
de Leonardo)
Maria Regalada (ex-amante do
Major)
Outros: Chiquinha, Cigana,
Toma-Largura e sua mulher,
Vizinha, etc.
INOVAÇÕES DA OBRA
Crônica jornalística do
viver popular;
Documenta a época.
O QUE NA
OBRA
REVELA UMA
VISÃO
ROMÂNTICA
ÀS
AVESSAS?
O tipo de herói ou anti-herói
O tipo de relação amorosa
A ausência de Maniqueísmo
A concepção da mulher