Memorização Dinâmica - Carlos Gomes

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    CarlosGomes

    MEMORIZAO

    DINMICAA Arte

    deValorizar

    aTolice

    Arte Grfica EDITORA

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    5.Partculas Bsicas das Oraes 1626.Alfabeto Ingls 1657.Outras Informaes 166SonsImportantes 167

    CAPTULO 13GEOGRAFIAE HISTRIA 168

    Geografia 168Histria 175

    CAPTULO 14QUMICAEBIOLOGIA 179

    Qumica 179Negcio de Doido 184Memorizao das Camadas, por Famlia 191Biologia 193

    CAPTULO 15DE BEM COM A LEI 195

    CdigodeProcessoPenal 195Legislao Tributria 198

    TERCEIRA PARTEO Sbio Prazer do Memorizador

    CAPTULO 16CALENDRIODO SCULO 201

    Fundamentos 202Mtodo 203Truque do Calendrio Velho 209Macetes para a subtrao dos anos 210

    CAPTULO 17BARALHO COMPLETO 211

    Arrumando ascartas 213

    Demonstrao 216

    CAPTULO 18MUSICAL DE NMEROS 217

    Orientaes 217

    Tensos de todo omunddefendamo-nos: distendamo-nos

    Dr. TranVu C

    Aos meus filhos, Zanonie sis,na esperana de que eles aprendamcomas tolices destemundo e sorriamcom

    a paz daqueles que so tranqilamente srios!

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    suaprpriaterra,quesocapazesdelembrardeumaquantidadeenormededadosmas, estranhamente,esquecematonmerodoprprtelefone.Atravsdelas,podemosaprenderoquedesejamosaprender,sem fazersacrifciosmentaisdesnecessriosnemesforosculturaolmpicos. Evidentemente, a mudana de conceitos exige dedicao, pois nenhumamgica produz porns o que nossa prprresponsabilidade.Mas a diferena enorme!

    necessriopensardiferente,mesmoqueparaistotenhamosdebuscarnasorigensdascivilizaesascausasparaosestupendpoderesdoshomensque,partindodequasenada,legaramaosnossosdiasasbasesdagrandezaatual.Porexemplo,comoosantigpuderamescreversuasobras-primasbaseadossomentenamemria,semterregistrosescritosemuitomenosocomputador?Serqperdemosessaqualidade?No,claroqueno!Hojesoucapazdememorizar800algarismosoumais,pormsoutonormalcomqualqueroutrapessoa, smesintoespecialpeloquerealizo,eprovoqueoutrossocapazesdefazeromesmoeatmuitomais. Acredi

    nistoetenhoaalegriadesaberqueamaioriadosqueparticiparamdosmeuscursosepalestraspassaramtambmaacreditarmaisemmesmos e emseuspoderes latentes

    Nestelivro,voc encontraras orientaesqueserviroparadespertarsuas valiosas idias,assimcomoomotivarosuas realizaesmaimportantes. Tudo ser apresentado de maneira to simples que, a princpio, poder no parecer til, mas com uma pequeexperimentao,a expressoverbal Parece mgica!saltarautomaticamente, vinda dos recnditos entusiasmados da mente.

    Espero,finalmente,queosbenefciosdestastcnicassejamrealmentevivenciadosequeovalordestelivronosejaapenasodeixadolivraria.

    Carlos H.B.Gomes

    PRIMEIRA PARTE

    O ABC DAMEMORIZAO

    RoteiroBsicoparaoSucesso

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    PRIMEIRO PASSO - NO PERDER TEMPO

    No perca tempo tentando aprender rapidamente todas as tcnicas ensinadas neste livro. Decida-se antecipadamente em que vai utiliz-e, aps aprender o b-a-b da memorizao (I Parte - Cap. 1 a 5), escolha as que sirvam ao seu objetivo e que possam ser inspirador

    para as suas idias. No aconselhvel, por exemplo, procurar aprender as demonstraes da terceira parte, quando voc necessaprender como memorizar textos; aprender a memorizar nmeros quando o seu objetivo imediato memorizar idiomas. claro que vo

    pode fazer uma leitura relaxada de todo o livro, como simples curiosidade, para depois estudar as partes que sejam do seu real interessBem, o tempo seu, cabe a voc administr-lo sabiamente ou desperdi-lo inconseqentemente.

    Entretanto, se voc desejar ser um profissional nesta rea, um artista memorizador ou meu concorrente como escritor, estudedicadamente todas as tcnicas, inclusive as que esto na segunda e terceira partes desta monumental obra, e invente outras melhoreAcredito que isto ser possvel, especialmente se voc tiver tendncia meditao profunda e transcendental e conseguir entrar em contaespiritual com os antigos mestres vedantinos ou com seres aliengenas. Em todo o caso, e por no sabermos com certeza o que poacontecer no futuro, candidato-me a ser um dos primeiros a receber as novas revelaes csmicas. Escreva-me, por favor!

    SEGUNDOPASSO-TERINTERESSE

    O principal segredo para voc conseguir uma memria prodigiosa interessar-se pelo que deseja memorizar. Este um segredconhecido desde os tempos imemoriais, onde at o Brucutu j comentava sobre ele na roda da malandragem paleozica, especialmenquando fazia comentrios sobre os belos olhos azuis da garota que morava no Gruto, prximo caverna do Barney. Reconhecidamenele sabia como despertar o interesse em seus pr-histricos amigos! Ora, ento como que existem, nestes tempos modernos, pessoas qreclamam de ter uma pssima memria? Ser que no mais existem coisas interessantes? Ou ser que elas no atentaram para essegredo to bvio?

    Sem interesse, voc no aprende nem aqueles versinhos do jardim da infncia! Quer tentar? Leia-os!

    Os olhos servem para ver.A cabea para pensar.A boca para comer.O corao para amar.

    Eu s sirvo pr brincar,Minha maninha tambm,Papai para me agradar,Mame para me querer bem!

    No perguntarei se voc memorizou estas duas estrofes bobas, pois tenho medo de sua reao. Afinal, nunca se sabe...

    A conseqncia natural do interesse a concentrao da ateno no objeto observado, seja idia, pessoa, coisa ou smbolo. verdade qexistem aqueles que, ao se interessarem por algo, ficam abobalhados, passivos, sem partir para explorar totalmente aquilo que lhchamou a ateno. Talvez tenha sido isto o que aconteceu com o cara que concentrou-se apenas nos olhos azuis da garota pr-histricaEvidentemente, a ateno foi chamada, mas desmaiou em seguida! Voc tambm faz parte deste grupo?

    Portanto, o interesse deve ser global, inteiro.

    A vontade de aprender e a motivao para continuar aprendendo so fatores individuais que tambm esto relacionados com o interesspor isto dependem exclusivamente de cada pessoa, de suas aspiraes.

    TERCEIRO PASSO - A COMPREENSO

    Quemnavidanoficouvoandoaolerumtextoespecializadoouaoouvirumdaquelesoradoresenciclopdicos?Quantasvezesvonopensou:Noestouentendendonada!.Vocestlembradodaqueleseucolegadeescolaqueosseusamigoschamavam-noburro,detapado?Ser que ele mereciarealmenteesses adjetivos?

    Emminhahumildeesbiaopinio,afaltadecompreensoumacondioconseqentedediversosfatores,especialmentedacarnciaumapreparaobsicaqueproporcioneumconjuntodeidiasquesirvamparasercomparadaseassociadasaoutras,facilitando,assimaprendizadodenovasinformaes.verdadequeumapessoacansadaoudoentetambmtemdificuldadedecompreender,porm,

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    problemamaiscomum,repito,afaltadeconhecimentobsicosobreumassuntonovo,muitasvezesporcausadenossaignorncquanto ao significadodealgumaspalavras da mensagemtransmitida.

    Ento,oque devemos fazerparacompreendermelhorumconhecimentonovo?

    Respostainteligente:Compreumbom dicionrio(oupea-oemprestadoaalgumamigoquedesejecontinuarmedocre)efaabomudaspalavrinhas estranhas que estoespremidas entre as suaspginas.

    Lembre-sedequeaspalavrassosmbolosquerepresentamidias.Portanto,ningumpodecompreenderbemaidiadeoutremsenconhece os significados daspalavras que a representam. Afinal,a cultura exige!

    Assim,este importantssimopasso querdizero seguinte:

    Memorizamosmelhoroque compreendemos, pois as informaes comsentido claro e significado lgicoparaagloriosa menhumana,somaisfortemente impressasem nossamemria.

    Emoutraspalavras,dsignificadoaoquenotemsentidoparaasuaburiladaeducao,mesmoqueesse significadotenhasentidsomente para voc. (Leia isto de novo!)

    Conheciumcidadoque,aoassistirauma cultapalestrasobrePaleontologia,dissequeachouinteressanteexistirumperododopassachamadopmiando(permiano).QuemsabesenofoiporcausadeumapedraquecaiunopdoFredFlintstone! Bem,aquelecidadcompreendeu a informao sua maneira.

    Podemosdeduzir,ento,queacompreensoumaartequedevesersemprecultivada,poiselarepresentaarazodequalquersucesso

    vidaprofissionaloufamiliar.Portanto,afirmocomconvicoquedevemoscompreenderrazoavelmentebempelomenososassuntrelacionados com a rea em que atuamose da qual tiramos onossosustento dirio.

    QUARTOPASSO-SOLTEAIMAGINAO

    A imaginao um dos instrumentos mais importantes para a criatividade e para o desenvolvimento. Sem a imaginao criadora, o quseria do ser humano? Ela a grande geradora das idias revolucionrias e construtivas (e tambm das medocres e das destrutivas). como sabemos, uma boa idia tem valor inestimvel!

    Graas imaginao, muito do que foi considerado fantasia, fico, hoje realidade. Homens que ousaram desafiar os paradigminstitucionalizados e que tiveram vises livres e futuristas, fizeram dos seus sonhos o alicerce de suas realizaes. Um bom exemplo fJlio Verne, escritor francs (1828-1905), que escreveu Cinco semanas em um balo (1862), Viagem ao centro da Terra (1864), D

    Terra Lua (1865), Vinte mil lguas submarinas (1869), Os ingleses no plo norte (1870), A volta ao mundo em oitenta dias(1872), Miguel Strogof (1876), Um capito de 15 anos (1878). Sua capacidade imaginativa predisse muitas invenes do sculo XXcomo a televiso (foto-telefoto) antes da inveno do rdio, o helicptero antes da inveno do avio, o dirigvel areo antdo Zeppelin, o cinema falado, a vitrola, o gravador, a iluminao a non, as calada rolantes, o diamante sinttico, o ar condicionado, arranha-cus, os msseis teleguiados, os tanques de guerra, os submarinos com propulso eltrica, os telescpios gigantescos, os veculanfbios, os grandes transatlnticos, o avio, a caa submarina, o aqualung, o aproveitamento da luz e da gua do mar para produzenergia, o uso dos gases como arma de guerra, o fuzil eltrico, silencioso, o explosivo definitivo, capaz de destruir o mundo. (Informa

    baseadas na Enciclopdia Britnica, volume 15, pginas 372 e 373).

    A imaginao possibilita ao ser humano formar uma imagem mental indita, um smbolo visualizvel, a partir de algum elemento ocondio existente na memria. Isto funciona tanto para os grandes inventores como para algum que insiste em contar uma mentira.

    justamente por causada imaginao que considero amemorizao a arte devalorizar atolice.

    Osrecentesestudoscientficosdocrebrohumanocomprovaramquecadahemisfriocerebraltemfunesespecficas.Oesquerdoconsideradocomooquedeterminaa comunicao lingstica, a racionalidadeea lgica (analtico), odireito consideradocomintuitivo,artstico,musical (sinttico). Este parecetermaishabilidadeemlidarcomas formas,comasimagens,reconhecendo-asreproduzindo-as.Porm,anossaeducaoocidentalinduzavalorizaodoraciocniolgicoedopensamentoanaltico,quandooidealaharmoniaentreasfunesdosdoishemisfrios.Provavelmente,osorientais,chinesesejaponeses,tenhamoladodireitodocrebmais ativado do que a grande maioria dos ocidentais, exatamente por utilizarem as imagens como fatores de aprendizadocomunicao,comoos caracteres kanji.

    exatamenteessacondiodeharmoniaqueesperosugerirnaspginasdestelivro,afimdeque,nestesculodegrandesrealizaepossamosreaprenderalinguagemdosnossosancestraisgenticoseespirituais,dentrodeumaabordagemmodernadeaprendizado.Udosvaliososinstrumentos queencontreipararealizaresseintento,foiatticadeludibriarotodo-poderosoladoesquerdodocrebro

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    QUINTO PASSO - OS OLHOS DA MENTE

    Agora vamosfalarsobrevisualizao das imagens.

    Visualizar ver com a mente as imagens observadas pelos sentidos fsicos neste mundo de meu Deus e/ou as criadas pelo poder dimaginao.

    Pela observao atenciosa de um objeto ou pela anlise consciente de uma idia ou de um smbolo, podemos ver na tela de nossa menuma conseqente imagem vvida e marcante, criada por nossa imaginao.

    Na verdade, a imagem mental a nica linguagem universal, compreendida por qualquer pessoa em qualquer latitude da Terra.

    Para que aprendamos a visualizar adequadamente, necessitamos cultivar o hbito de prestar ateno ao que vemos, sentimos oimaginamos. A visualizao deve ser uma condio ativa, consciente, a fim de que ela possa ser utilizada como instrumento paramemorizao, em qualquer lugar e em qualquer momento.

    SEXTOPASSO-ACONCENTRAO

    A concentrao a capacidade de fixar sua ateno na imagem mental visualizada durante o tempo suficiente para torn-la importanpara voc. O inverso verdadeiro: quanto mais importante uma coisa for para ns, mais fcil ser a nossa concentrao sobre ela.

    Eis o problema: como tornar importante uma coisa que no nos interessa?

    Soluo: ou manda a coisa para o inferno ou usa a imaginao para torn-la celestial!

    Concluso: o problema seu!

    Eu disse, ali atrs, que a concentrao a capacidade de fixar sua ateno na imagem mental visualizada durante o temsuficiente para torn-la importante para voc. Isto verdade! Porm observe que o tempo de concentrao deve ser apenassuficiente para visualizar e compreender a imagem mental, pois a nossa mente incrivelmente poderosa e, conseqentemente, capde registrar com a velocidade da luz uma idia completa. Isto , assim que a imagem passa a ter sentido para a mente, atravs dvisualizao e concentrao instantnea, imediatamente o dispositivo de memorizao ligado e a imagem fica mais presa do que corade velho apaixonado.

    STIMOPASSO - AS ASSOCIAESVoc deve ter ouvido inmeras vezes a potica e verdadeira frase uma coisa puxa outra sem, no entanto, desconfiar que nesexpresso da sabedoria milenar encontra-se a chave secreta de todo o aprendizado. A este respeito, William James, o Pai da Psicologamericana, escreveu seriamente:

    Quanto mais um fato se associa a outros na mente, melhor a memria o retm. O segredo de uma boa memria , assim, fazassociaes diversase mltiplas comtodoo fatoquedesejamosreter...

    Como vemos, estas belas palavras simplesmente significam: Uma coisa puxa a outra!. Se estou com fome, penso em comida; se estocom frio, penso em agasalho; o rato lembra o gato; a dvida lembra o credor; uma coisa lembra outra e outra, e mais outra, que lemboutra ou outras. A outra pode lembrar aquela anterior e esta pode lembrar uma outra. E assim por diante! Eu sempre puxo a mesm

    cadeira, no mesmo lugar, todos os dias, quando vou almoar. Portanto, uma coisa puxa outra!

    Na minha abalizada opinio, associao indica organizao. Dizendo diferente: no pode haver associao sem organizao e no pohaver organizao sem associao. As duas andam juntas, como o p e o tornozelo. Sempre existe alguma conexo, mesmo que ela n

    parea evidente. Observe a figura seguinte para entender o que estou afirmando:

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    Descobriuoqueocidadoaemcimaestfazendo?Muitobem!Agora,vejaarelaoabaixoedescubraquaisasconexesexistentcom oqueestoassociadas,observando comofoi organizadae comofcil de sermemorizada.

    Asa Jia SinoBbado Karat TeiaCesta Leite Uva

    Deus Mesa VespaElefante Negro WCFeira leo XixiGelo Peneira Yoga

    Hotel Queijo ZebraIgreja R ei -------

    Descobriu?

    Claro! Ela est organizada em ordem alfabtica. Ou melhor, cada palavra est associada a uma letra do alfabeto, na sua devida seqncSe necessrio, crie umas estorinhas com a seqncia dessas palavras. Mais ou menos assim:

    1. Voc pe um par de asas num bbado e o esconde sob uma cesta para escond-lo de Deus, que est sobre um elefante no meio

    feira. Ento, como se no tivesse feito nada, compra uma barra de gelo na feira e leva-a para um hotel, depois voc segue paraigreja para pedir perdo, e l voc encontra uma jia enorme que lhe ataca. Voc defende-se com golpes de karat.

    2. Voc pega leite na mesa e entrega a um negro que est tomando leo.

    3. Voc pega uma peneira, enche de queijos e entrega para o rei. Este, para comemorar a sua bondade, manda tocar um sino antigque est cheio de teias de aranha.

    4. Voc oferece uma uva a uma vespa. Esta fica agoniada e entra no WC para fazer xixi.

    5. Voc praticayoga nas costas de umazebra.

    Para treinar a concentrao, procure memorizar a relao acima, visualizando as imagens sugeridas pelas palavras. Depois, tente repetodas elas na mesma ordem, de A a Z. Garanto que este passatempo servir para ajud-lo no futuro.

    Veja agora a outra tabela:

    1 - Anum (pssaro preto) 2 - Arroz3 - Pedrs (uma galinha) 4 - Prato5 - Brinco 6 - Chins (bom em kung-fu)7 - Canivete 8 - Biscoito9 - Automvel 10 - Pastis11 - Bronze 12 - Pose

    E agora? Fcil, no mesmo?

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    Estaorganizaofoifeitaporsemelhanasonoracomosnmerosde1a12:Um-Anum,Dois-Arroz,etc.Paranoperderabrincadeirmemorize tambmestarelao.

    Notenhamedodememorizarmuitascoisas,pensandoquevaiencheramemria,poisadanadatopoderosa,almdemisteriosa,qsabecomocolecionartudodireitinho,deformamicroreduzida,sendoimpossvelparavocench-laduranteosprximosseiscentosande aprendizadoconstante.

    Est comprovadoquequanto mais voc us-la maisespao voc terparanovos registros. Eu no disse que ela mesmo misteriosa!

    Conhecendo a existncia dessa chave secreta, que a associao de idias, palavras, fatos e smbolos, podemos utiliz-conscientementeparaabrirmosamemria,afimdeguardarmosoquerealmentedesejarmos,conformeasnossasreaisnecessidadeLogo,logo,veremos isto!

    Nestesistemadememorizao,asassociaesmentaisdasimagensvisualizadaspodemparecertolas(eamaioriasorealmentetolaporm so muito eficientes para a recordao. Elas fazemcomque a tolice seja maravilhosamentevalorizada. Assim, sugiro nsubestimarasbesteirasqueseroditasnestefantsticolivro.Vocpodenoserevelarcomoumexcelentememorizador,masgaranque ficar menostenso e,conseqentemente, maisalegre,oque jfacilita oaprendizado.

    OITAVO PASSO - REPETIES CORRETAS

    Depois de fazermos as associaes mentais de forma consciente, devemos repeti-las algumas vezes, de forma cientificamente espaada

    para que elas possam, definitivamente, fazer parte do imenso depsito de informaes da nossa memria. Esse depsito que, por algudesgnio estranho, nunca enche, est, na maioria das vezes, completamente desorganizado, dificultando a recuperao do que fguardado. As associaes mentais, devidamente repetidas, se estabelecem devidamente nos compartimentos da memria, de formorganizada e limpa, como referncias que facilitam a busca do que desejamos, no momento em que precisarmos.

    Com todo o respeito aos queridos papagaios, a repetio a que me refiro no como a conversa de comadres fofoqueiras, sem descansmas espaadas adequadamente, para que a mente tenha tempo de organizar as informaes e idias nos momentos silenciosos.

    Para concluir, j que voc deve estar cansado de dar tantos passos para a frente, volte ao primeiro, relendo tudo, enquanto eu irei esper-pacientemente no prximo captulo, dando umas boas gargalhadas por causa da sua agonia de principiante. At l!

    2UMLEGADOMILENAR

    Osensinamentosdosantigosmestreshinduseramtransmitidosverbalmenteaosseusdiscpulosesuasobrasmonumentaisforamescrittendoamemriacomonicafontedeinformaes.Osgrandesoradoresromanos,comoCcero,noutilizavampapisparatransmitire

    assuas idias.Asteseseconceitosfilosficosdossbiosgregoseramdiscutidosoralmenteesomentedepoiscompilados.Platoescrevosensinamentosde Scrates comumaclareza impressionante, porm, este nuncaescreveuuma linha sobre suas idias. Omesmaconteceu comos evangelistas que escreveram,depoisdemuitotempo,sobreavida emensagensdeJesus, oCristo. O que aconteceucoa memriados homense mulheresdaatualidade? Serque somos mentalmentemenosevoludos?Ouser quetivemosospadres naturadeaprendizadototalmentemodificados,artificializados?Naverdade,perdemosaharmoniacomosfatoresqueaNaturezaorganizodurantemilhesdeanoseaprendemosaprivilegiarmaisoladoanalticodocrebrohumanoemdetrimentodoholstico,aoinvscontinuarmostrabalhandocomambos,comofaziamosnossosantepassados.possvelquetenhasidoporcausadessacondioqueelconstrurama Grande Pirmide,os Jardins Suspensos da Babilnia, oColosso de Rodes, etc.

    Obviamente,nosomosmenosevoludosdoqueosnossosirmosdopassado,porm,simplesmentedeixamosdeagircomnaturalidadnoquedizrespeitospotencialidadeshumanas.Hoje,podemosfazeramesmacoisaqueosantigosfizeramemuitomais(comotem

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    feito), mas nos falta disciplina para superar nossas limitaes psicolgicas e mentais, impostas porpedagogos medievais qpreconizavamosofrimento como meiodepurificaoeseleo dos eleitos.

    Ograndelegadodopassado,relacionadocomoaprendizado,aorientaodequeasabedoriapodeseradquiridaatravsdaalegria,relaxamento, queproporcionaminteresse efacilitama harmoniaassociativa entre as imagense aexpressoverbal e escrita.justamente

    base desse legado quepasso a transmitirde maneirasimples e aparentementeboba.

    SISTEMA X - Y

    Caro leitor, no se assombre com o que eu denomino de Sistema X - Y, pensando que ensinarei tcnicas baseadas em frmulmatemticas ou em equaes exponenciais. Neste captulo, o X e o Y servem apenas para simplificar o que j simples e, ao mesmtempo, dar um ar de autoridade ao comum, para que o autor no seja considerado muito medocre pelos impiedosos e pouco criativocrticos literrios, excelentes em ver e parcos em realizar.

    O X indica o que voc j tem devidamente organizado na memria, como o arquivo de um bom computador, com os fichripreparados para receberem novas informaes.

    O X representa as informaes que voc j conhece e sabe como localiz-las na memria. Por exemplo: a calada e a sala de sua casacama e o guarda-roupas; o fogo e a pia, etc. o X que forma a base do aprendizado!

    O Y representa as informaes novas, que devero ser registradas nas fichas do seu arquivo mental, atravs daqueles passos que voviu no primeiro captulo. O Y o que voc deseja aprender e memorizar, para que depois seja transformado em X e recebnovos Y. Entendeu? tudo muito fcil! Portanto, no procure complicar!

    Para os fins da memorizao dinmica e consciente, inicialmente voc deve preparar um arquivo X especial, pela observao de algque lhe seja bastante familiar, como o ambiente onde voc reside. um exerccio bastante interessante que, de certa forma, forar a smente a organizar, conscientemente, os dados existentes na memria, desenvolvendo a sua habilidade de concentrao. A nica condique pode atrapalhar esse passeio agradvel ser a chuva, no lado de fora, ou a senhora preguia. Neste caso, voc seria um daqueles qcompram um livro esperando que nele estejam escritas algumas palavras mgicas, para serem pronunciadas numa noite de lua cheia, couma invocao aos poderes esotricos dos Mestres tibetanos, que transformaro completamente suas vidas num estalar de dedoInfelizmente, no sei o que fazer para ajudar os buscadores esotricos, pois fui reprovado no curso de magia oculta!

    Existem tambm os que lem sobre tudo para demonstrar cultura, mas que so pouco prticos. Eles tm teorias suficientes para resolverproblema mundial da fome, para transformar uma nao de terceiro mundo em um Shangri-l, em acabar definitivamente comanalfabetismo, etc., etc., etc., mas se enrolam at para trocar uma lmpada de lanterna ou um pneu furado. Porm, no acredito que esseja o seu caso, seno no estaria lendo este livro! E se for, chegou o momento de mudar completamente de atitude mental!

    Alm do valor que voc pagou por este livro, o que voc aprender aqui tem o seu preo, que representado por seu esforo e por sudedicao pessoal. Mas este no um problema com o qual eu tenha que me preocupar, cabendo a voc optar pelo que lhe for maconveniente.

    Agora, acompanhe o meu magnfico raciocnio e descubra a existncia de possibilidades inestimveis para o despertar harmoniosonatural do latente e excepcional poder de sua memria sofredora.

    1. ORGANIZAO DO ARQUIVO X

    Este mtodo to antigo quanto a posio de ficar de ccoras, porm, de maneira sbia, eu estou atualizando a sua praticidade. Respeio, portanto!

    a)Faaumpasseioporsuaresidncia,desdeacaladaatoquintal,eobserveatentamente tudooquenelaexiste,especialmentealgumlocalizaes quepossam serconsideradasfixas,mesmoque possamsermovidas.

    b)Depoisdeobservartodasaslocalizaes,aovivoeacores,sente-seconfortavelmente,canteasuacanofavorita,relaxe,fecheolhos efaa umpasseiomentalportodos os lugaresporondepassoufisicamente.Encontrandoalgumadificuldadeemlembrar-sedetodas partes observadas (isto normal naprimeira vez), levante-se e repita opasseio,reforandoa observao.Afinal, bomconhecertudoque lhe pertence,no mesmo?Estou considerandoumaresidnciae noopalcioda rainhadaInglaterra.

    c)Acreditandoquevocjconhecetodaasuaresidncia,sugirofazeroseguinte:comeandopelaparteexternadacasa,numerelocalizaes de 01 a 09,seguindosempreosentidodos ponteiros dorelgio. Porexemplo:

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    a calada (01)o poste (02)a rvoreda rua(03)o muro (04)o porto(05)o medidor de gua (06)a torneirado jardim(07)a roseira (08)e aportade entrada (09).

    Escolha as localizaes mais importantes e conserve-as na mente, seguindo-as mentalmente na seqncia exata. Se desejar, considererua como o ponto zero (00).

    Estas localizaes sero, daqui para frente, as fichas do seu arquivo mental. Em seguida, entre em casa e, sempre obedecendo o sentiddos ponteiros do relgio, numere as localizaes do primeiro ambiente interno de 10 a 19. Por exemplo:

    o sof que est no lado esquerdo de quem entra (10)o belo quadro daparede(11)a janela (12)o outrosof(13)o retrato do seu av (14)a velharadiola (15)a poltrona (16)o tapete(17)

    a mesa de centro (18) e o lustre (19).

    Lembre-sedequeestouapresentandoapenasexemplos,poisnotenhoopoderdeadivinharcomosoascasasdosleitoreseoquenelexistem.

    d)Apstermemorizadoosdoisambientes anteriores,continue numerandoosambientes restantes,seguindoa seguinte ordem:de20a 2de 30 a 39,de 40 a49, de 50 a 59,de60a 69,de 70a 79, de 80 a 89, e de 90 a 100.

    e)Seasuaresidnciaforpequenaparanumerarascemlocalizaes,complementecomoseulocaldetrabalho,acasadamameouescola.Sevocjdesenvolveuasuacapacidadedeimaginar,podeacrescentarmentalmente,paracompletarassuaslocalizaes,objetos que faltam sua residncia, como aquele tapete persa, aquele som incrementado, aquele Ferrari, etc., contanto q

    permaneam sempre,daqui para frente, nos mesmoslugares.

    2. INFORMAES Y

    Agora, apresentareio Y, que,neste exemplo, uma relaodepalavras soltas sem um significadolgicoentre elas.

    01.Pssaro 06.Cosmos 11.ngela02. Escova 07. Cadeira 12. Relgio03.Crtex 08.Tempo 13.Ternura04. Livro 09. Navio 14. Piada05.Luz 10.Voar 15.Guitarra

    A primeira coisa que voc tem a fazer verificar se existe alguma palavra que no tenha significado para a sua mente, que voc ncompreenda e, conseqentemente, no possa criar uma imagem mental para visualiz-la conscientemente. Vou analis-las para vocfazendo de conta que a sua cultura seja inferior minha. (Desculpe a ousadia!)

    Crtex e Cosmos so palavras pouco conhecidas, difceis de serem visualizadas. Procurando no dicionrio, lemos as seguintes definie

    Crtex - camada superficial de diversos rgos.Cosmos - o universo.

    Muito bem, agora j sabemos o significado de cada uma dessas palavras, mas como lembrar da palavra crtex quando pensarmos camada superficial de um rgo? Neste caso, utilizaremos um artifcio associativo: procuraremos na memria uma palavra conhecida qude alguma forma, lembre aquela palavra e a ligaremos definio. Por exemplo: a palavra corte lembra crtex, por semelhana sonor

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    b) Poste (02)- Escova

    Imagine-se escovando o poste ou, se preferir, imagine um poste vivo, com braos e mos, passando uma escova em seus fios. Como dissemos, aqui tudo vlido, at fazer o que no deve ser feito.

    c) rvore (03) - Crtex

    Imagineumcortenarvore. (CorteapalavradesubstituioqueinventeiparaformarumaimagemmentalquelembreapalavestranhaCrtex.)

    No esquea:

    Procurevisualizaraimagemmentaldaassociaodamaneiramaisntidapossvel,conservando-anamenteapenasotemposuficienpara tercerteza de queela foi formada,isto ,pouqussimossegundos.

    Lembre-sedequeamemriapoderosa,nsqueatrapalhamosasualivreexpressocomanossainseguranaedesorganizao.Madeixemos de lengalenga e continuemoscomasassociaes!

    d) Muro(04)- Livro

    Imagine um enorme livro servindo de muro. Se voc preferir, veja um livro sobre o muro. O importante escolher uma, somente umimagem mental e visualiz-la adequadamente. Normalmente, a primeira que vem mente a melhor.

    e) Porto (05) - Luz

    Imagineuma luz bem forte no porto de suacasa.

    d) Medidorde gua(06) -Cosmos

    Imagine o medidor explodindo com a presso da gua e subindo em direo ao Cosmos. Veja a ao na tela da mente.

    e) Torneira do jardim (07) - Cadeira

    Imagine-sesentandosobreatorneira,fazendodelaumacadeira.Naimaginao,podemossubstituirasfunesdequaisquerobjetos.importante fazeristoconscientemente, coma inteno dirigidaparaa associao.

    f)Roseira(08)- Tempo

    Imagine uma roseira repleta de relgios. Relgio o smbolo do tempo. Voc tambm pode imaginar-se contemplando a roseirasentindo que o tempo no passa. Esta minha favorita, pois est relacionada com a idia do tempo, condio que podemos sent

    perfeitamente em nossa conscincia. Sobre idias falaremos l na frente.

    g) Porta de entrada (09) - Navio

    Imagineumenorme navio passandopelaportade entrada de suacasa.

    h) Sofdo lado esquerdo(10)- Voar

    Imagine o sof tentando voar. Observe mentalmente a sua localizao para no confundir com o outro sof.

    i) Quadro da parede (11) - ngelaImaginequea paisagem do quadrocontm umabelaanja ou veja angela(sua amiga) noquadro. (Admire-se!)

    j)Janela (12)- Relgio

    Imagine um enorme relgio na janela. Epa! Ser que vai haver confuso com aquele relgio da roseira, que representava o tempo? Nhaver confuso se voc fizer as associaes conscientemente direcionadas, isto , pensando em relgio e no em tempo!

    k) Sof (13) - Ternura

    Imagine-setratandoosof commuitaternura. Se lheconvier, imagineumamemuitoterna como filhinhonosof.

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    Oimportante usar a imaginaode forma consciente.

    l) Retrato do seu av (14) - Piada

    Imagine-secontando uma piadaparao seuav e ele dando uma gostosa gargalhada.

    m)A velha radiola(15) -Guitarra

    Imagine-se quebrando a velha radiola com uma guitarra. Violento, no mesmo? O que importa, neste caso, a ao mental. Isto ajuda

    memorizao.

    Acabamos de memorizar as quinze palavras da relao proposta. Agora, olhando para as localizaes correspondentes, que repetiremoseguir, escreva cada palavra associada.

    X Y X YCalada Pssaro Porta de entradaPoste Sof esquerdorvore QuadroMuro JanelaPorto O outro sofMedidor de gua Retrato do av

    Torneira do jardim Velha radiolaRoseira

    Se, por acaso, errou alguma associao foi porque ela no foi feita conscientemente, com imagem mental sem concentrao. Volmentalmente localizao e reforce a visualizao. Depois, tente lembrar-se de todas elas.

    Preste a devida ateno! Eu no admito que uma pessoa inteligente como voc (afinal, voc est lendo este livro) no memorize umrelao tola como esta.

    Lembre-se de que as localizaes acima so hipotticas. Verifique e relacione as localizaes do seu prprio ambiente e experimenmemorizar a lista de 40 palavras, que relaciono abaixo. Mantenha a tranqilidade enquanto faz as associaes, acreditando que a memnecessita apenas de pequenos indcios para fazer os registros em seus computadores internos. Cuidado, pois isto vicia!

    Ado ano me rio leo Joo co Evap taa dado tina time terra telha tochatouca tev tuba ona ndio ninho inhame Neroanel anjo nuca navio nabo ma mato minamamo mar mala magia maca Mfia mapa rosa

    Sugiro no passar para o prximo captulo antes de aprender bem o que ensinei neste. Pegue papel e lpis e prepare o seu arquivo Xconforme ensinei, pois ele ser a sua referncia moderna do antigo legado dos mestres do conhecimento. Vamos, tire o traseiro da cadeie faa o seu passeio topogrfico!

    Eu sou paciente. Ficarei esperando todo o tempo que for necessrio. Evidentemente, no desejo ficar jogado s traas! Demore, mas nexagere!

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    3CRIANDO IMAGENS

    Os ensinamentos deste captulo so fundamentais para o aprendizado de novas informaes ou de conhecimentos tcnicos, difceis dserem assimilados, pois eles so pontos referenciais para grande parte das tcnicas deste livro. Por isto, recomendo que voc faa umestudo de reconhecimento cuidadoso de tudo o que ensinarei a partir deste momento sem, no entanto, a preocupao em gravar tudo nmemria. Quando voc estudar uma tcnica que necessite de alguns destes artifcios, ento poder voltar a este captulo e retirar dele que lhe convier na ocasio.

    A primeira coisa a lembrar que no importa se um artifcio possa parecer tolo, absurdo ou ridculo, mas se ele realmente funcionquando aplicado intencional e conscientemente em conjunto com as outras tcnicas.

    Procurar um significado para algo difcil de ser compreendido sinal de inteligncia e de coerncia com o aprendizado, mesmo que essignificado no tenha sentido para qualquer outra pessoa. Voc mesmo deve desenvolver a capacidade de encontrar significados para ainformaes que paream obscuras ou ilgicas, de acordo com os exemplos dados neste captulo.

    SIMBOLISMOSimbolismo umsistemaqueutilizaimagensesinais destinados representaodeidias,conceitos,palavrasoufatoscomplexos,comfinalidadedefacilitaracompreensoe amemorizao.Logicamente,oSimbolismo utilizasmboloseestespodem serconsideradoscomimagensfaladas,escritas,desenhadas,fotografadase/ougesticuladas,quepodemdeixarclaraaintenodequemasemitam.U

    palavroumsmbolo.Umgestoobscenoumsmbolo(algunspreferemchamardesem-vergonhice).Aquieugeneralizoechamotudde smbolo.Aeste respeito, o Dicionrio da LnguaPortuguesa esclarece da seguinteforma:

    Simbolismo -Prtica do empregodesmbolos como expressodeidiaoudefatos; interpretao pormeio de smbolos.

    Smbolo - 1. Objeto materialqueservepararepresentarqualquercoisaimaterial: Oleo osmbolodacoragem.2. Divisemblema, figura, marca, sinal que representa qualquer coisa. 3. Imagem que representa e encerra a significao de tendnciainconscientes. 4.Representaodo elementoqumico.

    Signo-1.Astr. Cadaumadasdozepartesemquesedivideozodacoecadaumadasconstelaesrespectivas.2.Lingist. Tudaquilo que, sob certos aspectos e em alguma medida, substitui alguma coisa, representando-a para algum.

    Sinal-1.Tudooquepossibilitaconhecer,reconhecer,adivinharoupreveralgumacoisa.2.Indcio,marca,vestgio.3.Cicatriz.Qualquermarcatrazidadoventrematerno.5.Manchanapele.6.Demonstraoexteriordoquesepensa,doquesequer;acengesto.

    Vocnotacomo importanteterumdicionrioemcasa?Compreumtambm,ouuseoquevocjtem(rimou),poiselevaiservirmuinabusca de significados.

    Comovocjdeveterentendido,osimbolismoabrangetodasasreasdoconhecimentohumano,desdeascoisasprofanassespirituaAtravsdosimbolismo,vocpodefacilitaroaprendizadoeamemorizaodeinformaesabstratasoupoucoconhecidas,difceisserem visualizadas na suacondiooriginal.

    Estou sendo repetitivo propositadamente, para que vocsintaaimportncia deste assunto e nodeixe de apreend-lo cuidadosamente.

    Simbolismo a arte de pensarcom imagensem vez depalavras.

    O smbolo um mecanismodacompreenso.

    Pensarincluiousodaemoo,memria,intuioeimaginao,almdoscincosentidos.Oingredientebsicoemtodosessprocessosdepensarainclusodeimagens.Ospensadoresusamimagensparalembrar,criarourecebernovosdiscernimentoparaanalisar, raciocinar, avaliare observar.

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    AspalavrasacimaestoescritasnolivroOHomem-AlfaemegadaCriao,publicadopelaOrdemRosacruz(AMORC).Eltambmso coerentes comoque euestou transmitindo.

    Ralph M. Lewisescreveuo seguinte:

    As idias nascemdas coisas. A mente do homemprocuraatribuirumsignificado ou daruma identidade a cada coisa qexperimenta.

    Por associao,osmbolocontinuamente nos recordaas outras idias.

    Estas citaes apoiam o smbolo como um meio de facilitar a memorizao de idias, porm no informam como cri-lconscientemente. Vou suprirestacarncia e orient-loparaa utilizaoprticados smbolos nos processos de memorizao.

    Leia atentamente.

    a)Asidiaspodemservisualizadaspelasimagensqueelasdespertamemnossamente,sejaatravsdesmbolosouatravsdcenas relacionadas com fatosque j conhecemos.

    b)Ossmbolos, quandocompreendidos,somaisimportantesdoqueaspalavrasusadasparadescrev-los,poissintetizamidias com eles associadas. Asimples imagemdeumsmbolopoderepresentarumalongamensagemou idia.

    Vejaalguns exemplos interessantes:

    Smbolo:A Cruzsobre a Rocha

    Idia:Permannciadaverdadecristedoconhecimentoinfinito, queresistemaotempoequeasvicissitudeshumanasnoscapazes demudar.

    Assim,estandoconscientedosignificadodosmbolo,podemosus-locomomeiodememorizaoelembranadaidiaqueelesugerContinuemoscommais exemplos:

    Smbolo: Um relgio(ouuma ampulheta)com asas.Idia: O tempo voa!

    Smbolomstico:ApombaquedesceIdia: A Conscincia Divinaque penetra a mentedohomem,com toda a suapureza, para elev-loaDeus.

    c)Ossmbolosajudamasubstituiodenoesdifceisecomplexasporoutrasmaisfceis,comonasemelhanasonoraent

    palavras, na analogia e nascontradies.interessantelembrarqueosantigosgregospersonificavamosideaiscomimagensdedeusesesemideuses(esttuasepinturas),paservirem de smbolos associativos, maisfceis de seremlembrados. Eis algunsdos mais famosos:

    Zeus - o soberano dos deuses e dos homens; protetor dajustia,da hospitalidadeedogoverno.

    Hermes - deus mensageiro, protetor dos oradores e doscomerciantes.

    Atena -deusadas artes, das cincias, da razoe da sabedoria.

    Afrodite -deusa dabeleza,doamor.

    Mnemsine-deusa da memria.

    Hades -deusdomundosubterrneo oudos infernos.

    Dionsio-deusdovinho.

    Apolo -deusdosol

    Ares-deusdaguerra

    Demter -deusa da terra

    Hstia-deusa dofogo sagrado

    Possidon-deusdos mares

    Comopodemosver,possvelencontrarmossignificadosparaconceitosabstratos,idiasestranhas,palavrasdesconhecidaseparaquatudoconsiderado difcildeservisualizado. Vejamais algunsexemplos:

    UmMapalembra Geografia

    O Grito da Independncia lembra Histria (para osbrasileiros)

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    Agora,umatabelafamosa.Porenquanto, nosepreocupeemmemoriz-la,apenasobserve-aatentamente.Lnafrentevoltaremosconsider-la.

    Tabelados Sons Consonantais para a memorizao de nmeros de muitos algarismos:

    1 T - D 6 J(ji)- X - G brando(ji)- CH2 N 7 K -C gutural -G gutural-Q3 M 8 F- V4 R-RR 9 P- B5 L 0 Z -S -C brando(s) -

    As vogais e as letras H, Y e o W (quando este tiver som de U, como na palavra Wilson), no tm valores numricos.

    Apenas como exemplo da utilizao desta tabela, vamos transformar o nmero:

    7851951400241217391146514274018em palavras fceis de serem visualizadas. Porm, repetimos, no se preocupe ainda em aprender a usar esta tcnica, pois adiantransmitiremos tudo certinho para voc. Por enquanto, isto somente informao.

    Por favor, no me desobedea! Apenas siga o meu raciocnio!

    O nmero: 7851951400241217391146514274018, com 31 algarismos, pode ser transformado nas seguintes palavras tangveis:

    Cavalo de pau (78519) - Ladeira (514) - Sozinho (002) - Rodando (4121) - Computador (739114) - Geladeira (6514) - Engraada (2740- Feia (8)Confira pela tabela.

    Para que, posteriormente, nos lembremos desse nmero, basta usarmos algum artifcio que lhe d significado, como em um dos seguintexemplos :

    a) Utilizando as palavras para fazer uma histria maluca que possa ser visualizada. Assim:

    Imagine-se montado num cavalo de pau, subindo uma ladeira sozinho, depois voc desce rodando e bate em um computadoque, por sua vez, vai bater numa geladeira engraada e feia.

    b) Ou fazendo uma corrente mental com duplas de palavras:

    Primeiro: Voc e o Cavalo de Pau (imagine-se pegando um cavalo de pau).Cavalo de pau - Ladeira (imagine-se com um cavalo de pau, subindo a ladeira)

    Ladeira - Sozinho (Imagine-se sozinho numa enorme ladeira) -No se preocupe mais com o cavalo de pau.

    Sozinho - Rodando (Imagine-se sozinho, rodando) - importante conservar na mente as idias de estar sozinho e rodando)

    Rodando - Computador (Imagine-se rodando um computador)Computador - Geladeira (Imagine-se tirando um computador de uma geladeira)

    Geladeira - Engraada (Imagine uma geladeira bem engraada) - Talvez uma geladeira viva, com olhos nariz e boca, fazendo gaiatice)

    Engraada - Feia (Imagine uma pessoa engraada ficando feia)

    c) Ou ainda associando cada uma destas palavras com as localizaes X que voc tem memorizadas. Assim:

    - Um cavalo de pau na calada.- Um poste subindo uma ladeira (com pernas).- Imagine-se sozinho em cima da rvore.- Imagine-se rodando em cima do muro.- Imagine um computador no porto.- Imagine uma geladeira no lugar do medidor de gua.- Imagine a torneira do jardim bem engraada.

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    - Imaginea roseira bemfeia.

    Agora,basta irlembrandodas associaes seqenciadas etransformandoas consoantes emnmeros.

    Lembre-se:no se preocupe com istoporenquanto, pois breve ensinaremos as tcnicas convenientespara cada caso. Tenhapacincia!

    Mas, como podemos entendermelhoressacoisa da compreenso?

    Vou responderaestaquesto atravs de um exemplo:O estudo da Fontica.

    Para quemvaicomeara estudarFontica, a primeira coisaa fazer procurarsaberoque significa esta palavra.Procurando no dicionriencontramosaseguinte definio:

    Fontica oestudo dos fonemas, da sua produo,suas caractersticas e suapercepopeloouvido.

    timo!Mas que diabo fonema?Comoraios vou sabero que Fonticase eu nosei o que significa fonema?

    Bem, se a suagramtica no ensinaristodireitinho,procureoutra vez no dicionrio!

    Fonema umsomelementar, devogais ou consoantes, que estabeleceadiferena entreaspalavras deumalngua. Exemplo:naspalavrm,p e ch,o que as diferenciamsoos fonemas/m/,/p/e /ch/, pois o fonema/a/ comum s trs.

    Mas, o que elementar?

    Caramba!Agora quempergunta soueu: Porquecargas dgua voc est estudandoFontica?

    Estoutentandomostraranecessidadedesecompreenderoquerealmentedesejamosaprender.Repito:noadiantarepetiroquenocompreende, feitoumpapagaio!

    Lembre-setambmdequeosescritorestmopssimohbitodeusarempalavrasdemais(amaioriacatadasdentrododicionrio)pafalaremdaquiloquepoderiaserditoempoucaslinhas.avelhamaniaquetodosnstemosdecomplicarparaparecermosespeciaAfinal,anossaboalinhagemnorecomendaquesejamoscurtosegrossos,poissabequeamaioriaadmiramaisaosquefalamescrevem bonito. Assim...

    Vamos continuarcomo nosso exemplo,imaginando que vocjsabe perfeitamenteo que Fontica.

    Consideremos, comoilustrao,a classificao das consoantes.A Gramtica da Lngua Portuguesa, de CelsoFerreiradaCunha, publicada pelo MEC, diz que:

    Osistemaconsonnticodalnguaportuguesaconstade19fonemas,que,deacordocomaNomenclaturaGramaticalBrasileira,deveserclassificados emfuno de quatrocritrios, debase essencialmentearticulatria:

    a) quanto ao modo de articulao, emoclusivaseconstritivas (fricativas, lateraise vibrantes)

    b)quanto ao pontode articulao,embilabiaislabiodentaislinguodentais

    alveolarespalatais evelares

    c) quanto ao papel das cordasvocais, emsurdassonoras

    d)quanto ao papel das cavidadesbucale nasal,emorais enasais

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    Noprimeiroinstante, todoestudantefica4assombradodiantedetantospalavres,porm,comotempoeleverificaque,defato,escritorestmmaniadeprocuraraspalavrasmaisdifceisparadizeremoquepensam.Entretanto,nspodemossubstituiressaspalavr

    porsinnimos conhecidos,para facilitara compreenso. Continuemoscom o exemplo.

    Noitema,paraqueasidiassejamcompreendidas,necessrioconheceroquesignificaarticular(nestecaso,significapronunciaoclusivas (ocluso o ato de fechar), constritivas (constritiva umapalavra derivada de constrito, que significa apertadoconseqentemente,deconstritor,quesignifica,emanatomia,qualquermsculoqueapertacircularmente).efricativas(quederivafrico, atrito).

    A prpria Gramtica oferece, em suas descries, as informaes necessrias para que criemos as imagens mentais necessrias

    compreensoememorizao,porm,sepersistiralgumadvida,repito,consulteodicionrio.Compreendidoisto,podemosvisualizmelhor,porexemplo, oque significa mododearticulao constritiva.

    Ento,qual a imagem mental que voccriaria comaseguinte idia:

    A articulao daconsoante /v/ feitade formaconstritiva fricativa.?

    Pense um pouco! Verifique o que voc compreende da mensagem expressa na frase acima. Veja se possvel imaginar uma cena comidia transmitida. Como sugesto, vou apresentar a imagem que surge agora na tela da minha mente:

    Eu imagino um V (poderia ser tambm uma Vespa, que representa a letra v) saindo de minha garganta, apertado pelos msculos e, peste motivo, atritando-os, friccionando-os.

    Para descrever a cena, demora mais do que para v-la mentalmente.

    Os mesmos princpios tambm servem para o restante das informaes gramaticais dadas anteriormente. Por exemplo:

    No item b, o ponto de articulao o lugar onde a pronncia iniciada. Bilabiais indica claramente os dois lbios (pronuncie b). Isdeve servir como imagem mental. Labiodentais mostra que a pronncia feita a partir do lbio (inferior) e dos dentes (incisivosuperiores), como em f e v. Experimente, pronunciando em voz alta!

    O item c fala sobre o papel das cordas vocais para a classificao das consoantes.

    Se fssemos utilizar apenas um artifcio para memorizar esta informao, sem compreend-la, ento bastaria imaginar algum enrolanumas cordas falantes e entregando-as a algumas senhoras surdas (sonoras e surdas), entretanto, este meio muito mecnico e limitad

    podendo ser utilizado apenas em casos extremos, como para a memorizao de termos tcnicos que no tenhamos nenhum interesse ecompreend-los.

    Entendeu o que acabei de expor? timo!

    Vou dar outro exemplo para cristalizar definitivamente a idia sobre a compreenso. Para isto, parto do princpio da necessidade dconhecermos o significado dos vocbulos, a fim de entendermos toda e qualquer mensagem, seja escrita ou falada, Esta , tambm, umdas condies fundamentais para a comunicao. Imagine um professor dando aula de Fsica Quntica para uma turma de alunos d

    primeiro grau ou um analfabeto tentando entender os rabiscos de um livro!

    necessrio saber mais, para saber mais!

    Agora, enriquea o seu vocabulrio, usando os artifcios que irei ensinar.

    Dpode - Que tem dois ps.Dptero - Que tem duas asas.

    Estes dois vocbulos tm algo em comum, o radical Di , de origem grega, que, significa dois, assim como em disslabo e diptaloo que pode ajudar na compreenso dos significados de palavras que tenham radicais semelhantes. Porm no podemos, em funo destcoincidncias, generalizarmos essa interpretao, aplicando-a a outros vocbulos que comecem com di, como direito, disenteriadiabo, dinamite, etc., que nada tm a ver com o radical considerado. Igualmente, teramos que saber o significado dos outros radicaque compem as palavras, como pode, que significa p (miripode - que tem grande nmero de pernas), ptero, que tem asa(helicptero), assim como os prefixos e sufixos das lnguas que formaram o nosso idioma. claro que isto facilitaria muito a compreensdos significados das palavras, mas so poucos os que esto dispostos a encarar essa tarefa de gigantes! Portanto, o melhor assimilar significados de forma direta, tal como eles so definidos nos dicionrio. Por exemplo:

    Dpode - ver na tela da mente Deus (D) com os dois ps sobre uma Igreja (I), dizendo que pode.

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    4NO MUNDO DAS IDIAS

    Amigo, voc nem imaginaoquantoeste captulo importante!

    Paravocterumaidia,estecaptulocuidadacompreensodasidiasdosautores,daessncia,daalma,detodosostiposdeescritos.justamenteaquiquedevemostercuidadoredobrado,poissomenteconhecendoalgunsmacetesqueestaremosaptosparaenfrentarfamoso bicho-papo da grandemaioria dos estudantes eestudiosos, que amemorizaode textos.

    Todosnssabemos que entre as coisas maisvaliosas doserhumano esto as idias,porm, poucos so os que realmentelhesdo odevivalorouprocuramcriarnovospadresideais.Amaioriaviveconformeasidiassugeridasouimpostasporgruposminoritrios.Nrealidade,aliberdadedecriarpodeserconsideradaperigosaparaosparadigmasdominantes.Semprefoiassim durantetodaahistriahumanidade.Noentanto,arebeldiacultural,queumadascondiesmaisgratificantesqueoespritohumanopodesentir,produziuquedemelhorexistenasociedade.Logicamente,algumasboascriaesforam utilizadaserroneamente,pormistonodesvalorizaoqde grandiosofoiproduzidopelasboas idias.

    Sejamosrebeldesesaiamosdarotinaestafanteeaprisionadora.Inventemoscoisasnovas,mesmoquesejamsimples.Procuremossempumamaneiradefazerdiferenteoquejexisteconsideradocomoperfeitoedefinitivo!Usemosaimaginaoeprocuremosextravasnossossentimentosdeformaconstrutiva,sem,noentanto,imporaosoutrosasnossasidias,poisistoosnossosdominadoresjfazemmilhares de anos.

    Asnossasidiassomuitoimportantesquandoexpressasecomprovadasquesoprticas,pelomenosparansmesmos.Estelivro,pexemplo,euconsiderouma excelenteidia!

    Estoucertodequenodifcilcompreendermosnossasprpriasidias,masoproblemaacentua-sequandotentamoscompreenderidias dos outros. exatamenteporesta razoqueo aprendizadoto massacrante,psicologicamentefalando.

    Emoutraspalavras,aidiano-compreendidaindicaproblemadecomunicao,eestacondiofundamentalparaoentendimentoentum emissore umreceptor.

    COMUNICAO

    A comunicao acontece nas seguintes vias:

    a) de l pr c -- quando a mensagem que transmite a idia bastante clara, de fcil compreenso. bvio que isto depende tande quem se expressa, seja atravs da fala, da escrita ou de sinais, como da preparao de quem ouve ou v.

    b) de c pr l -- quando procuramos ficar receptivos s idias transmitidas, demonstrando interesse, mesmo quando no compreendemos integralmente. O receptor proporciona espao para que o emissor possa se manifestar livremente. Como nexistem bloqueios mentais do receptor mensagem, a probabilidade de compreenso torna-se muito maior.

    c) de l pr c e de c pr l-- quando h um completo relacionamento entre o emissor e o receptor, tanto a nvel cultural quan

    a nvel de disposio de entendimento mtuo. Esta a Via da Interao Ideal. Opa! Parece at com mensagem do budismtibetano!

    Nesta Via da Interao Ideal, o Interesse desperta a Imaginao e a memria abre-se solcita, pronta para recepcionar as novinformaes.

    Pense nisto a partir de agora.

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    Estilodidtico--Podemosencararamortedodesconhecido,encontradomortomargemdaLagoa,emtrsaspectos:a)policial;humano;c)teolgico.Policial:ohomememsociedade;humano:ohomememsimesmo;teolgico:ohomememDeus.Polciahomem:fenmeno;almae Deus:epifenmeno. Muitosimples, os senhores vm.

    Vocobservoudequantasmaneirasalgumpodenarraromesmofato? Mas,oquerealmenteimportantenotexto?evidentequeidiaprincipal,comaqualoautornosinformaoquetambmconsideramaisimportante.Notextoapresentado,aidiaprincipal:Uhomemmorto,encontradoporumvigiamargemdaLagoaRodrigodeFreitas.Vejamentalmenteestacenaevoccompreende

    porqueeu afirmo queaimagemmentalumalinguagemuniversal,poisqualquerpessoa,dequalquernaodaTerra,acompreenderiamesma maneira: um homem mortomargemdalagoa, sendoencontrado poralgum.

    Destacandoasidiasprincipais existentes nospargrafos de um texto e eliminandoaspalavras explicativas queexibemidias secundriavoc poderetransmitiressas idias principais comas suas palavras, sem diminuiro sentido da mensagemou do fato ocorrido.

    svezes, um pargrafo longo e muitotcnico podecontermaisde umaidiaprincipal,portanto semprebomestaratento.

    No que dizrespeito extrao das idias principais, voc deve estarsempre consciente do seguinte:

    a)Aodestacaruma idiaprincipal,procurecompreenderoseusignificadorealevisualizeacenamentalqueelaproporciona.Is,seaidiaconsideraraidadohomemlua,mesmoquevocnoacreditenestefatohistrico,imagineacenaacontecendoesua mente. Se a idia referir-se ao sentimento devocional do homempela divindade, invente uma maneira de ver a cementalmente, mesmoquevocqueirapersonificarDeus atravsdeumaimagem.Oqueimportaquevocdeveusaraimagina

    paravisualizaruma cenaque,paravoc,sirvaderefernciaassociativacom aidia,demaneiraqueaolembrar-sedeuma,aoutapareacomonumaexploso.Seistonoforpossvel(oqueraro),entoutilizeartifciosparaproduzirumrelacionaientocomidia e formara imagem mental.

    b)Comacenamentaldaidiaprincipalvisualizada,muitoprximaidiaqueoautorteveantesdeescreverotexto,apresencom as suaspalavras amesma mensagemque ele desejou transmitirao escreversobreela.

    c) Aidia devesermemorizada,associandoacena mentalcoma localizaoX,conformemostradoanteriormente. (Noprximcaptuloensinareicomofazeristo.)

    Agora,vou apresentaroutrotexto,paradestacarmosasidiasprincipaisnelecontidas,afimdeservirdeexemploparaaaplicaoprtido quevoc desejamemorizar.

    OS SISTEMAS SCIO-ECONMICOS

    Capitalismo e socialismo so dois sistemas scio-econmicos bastante diferentes um do outro. Simplificadamente, podemos dizer qo capitalismo se caracteriza por apresentar uma economia de mercado e uma sociedade de classes.

    O socialismo, por sua vez, tem como caractersticas bsicas uma economia planificada e uma sociedade sem classes.

    Por economia de mercado, devemos entender a situao em que o mercado desempenha o papel principal nas decises econmicaTais decises so tomadas pelos donos das empresas privadas (os capitalistas) ou por seus representantes (diretores, administradoressempre tm por objetivo o lucro das empresas.

    A classe capitalista dividida basicamente em duas classes sociais:a burguesia, composta pelos capitalistas, donos dos meios de produo (fbricas, bancos, fazendas, etc.) e o proletariado, constitu

    por aqueles que, no possuindo meios de produo, tm de trabalhar para os que possuem, em troca de um salrio.

    Na economia planificada, o elemento principal do funcionamento do sistema econmico (produo, consumo, investimento, etc.) plano e no o mercado. Nesse sistema, os meios de produo so pblicos e coletivos, no existindo empresas privadas. Assim, decises econmicas so estabelecidas atravs de uma planificao central, que determina antecipadamente o que ser produzido nagricultura, na indstria, nos servios, durante o perodo abrangido pelo plano.

    As decises so mais centralizadas que na economia de mercado (na qual cada empresa planeja sua atuao).

    (Extrado do livro Sociedade e Espao, de Jos W. Vesentini)

    Ento, leitor amigo, como extrair as idias principais deste texto, compreendendo integralmente o que o autor desejou transmitir?

    Vou orient-lo, passo a passo, nessa empreitada interessante. Acompanhe-me!

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    1.Leiatodootexto,deformarpida,paraentenderaidiageralqueoautordesejatransmitir.Nosedemoreanalisandoinformaessecundrias.Passeapenasumavista deolhos.Estaleituraserveparavocverificarsuafamiliaridadecomoassune, ao mesmotempo, despertarouampliaroseu interesseporele.

    2.VerifiqueseexistemnotextoalgumaspalavrascujossignificadossejamdesconhecidosoudbiosparaosseusconhecimentoProcureeliminarimediatamenteessadeficincia cultural,pesquisandono dicionrio,emumaenciclopdia ou emlivros adequado

    Noadiantaforaracompreensosemumasustentaolgica.Nestecaso,ainterpretaodasidiasserduvidosa,trazendproblemasparaacompreensoglobaleparaasinformaesque,nofuturo,possamserassociadascomelas.comoaquehistria de que o pauquenascetorto,no temjeito, morretorto.

    3.Emseguida,conscientedequeentendeossignificadosdetodasaspalavrasdotexto,analisecadapargrafo,observandoidiasprincipaisdecadaum,sublinhando-as(seolivroforseu)edestacando-asnoladodapginacomnmerosqueindiquemseqncia. Acompanhe-mena anlise dotexto acima.

    Capitalismoesocialismosodoissistemasscio-econmicosbastantediferentesumdooutro.Simplificadamente,podemosdizerquecapitalismose caracterizaporapresentaruma economia demercado e umasociedade de classes.

    O socialismo, por sua vez, tem como caractersticas bsicas uma economia planificada e uma sociedade sem classes.

    a) O primeiro pargrafo apresenta a dualidade que se evidencia na idia geral do texto (Sistemas Econmicos). De um lado, capitalismo e do outro o socialismo. Obviamente, voc j deve ter notado, no prprio texto, a diferena entre esses dois sistemaconforme o que sublinhei. Da a importncia de ler o texto de forma global.

    Este pargrafo, portanto, apresenta praticamente toda a informao que o autor deseja transmitir, atravs das duas idias principais, quso esclarecidas nos demais pargrafos.

    b) Analisando o segundo pargrafo, voc ter condies de criar uma imagem mental para economia de mercado, contanto qtenha compreendido o que significa, tecnicamente, mercado e sua relao com operaes financeiras. claro que se voc deseapenas memorizar o texto, sem a devida compreenso tcnica, pode fazer uso dos artifcios de criao de imagens mentais parepresentar essa economia de mercado, como, por exemplo, um dono de uma empresa situada no mercado pblico exigindo doseus representantes que faam economia, para que o lucro aumente. boba, mas funciona numa real necessidade. O ideal, repit visualizar a condio real da idia. Isto fica mais fcil para quem milita na rea da Cincia Econmica ou para um pesquisadoautodidata que se interesse pelo assunto.

    c) O terceiro pargrafo apresenta as duas classes sociais: a burguesia e o proletariado. Mais uma vez, caso voc no entenda osignificados destes termos, consulte o dicionrio. Compreendido isto, no h necessidade de us-las como idias principais, po

    so apenas informaes bvias. Por fora do sentido global, a idia principal 1 j tem inserida essas informaes.

    d) O quarto pargrafo contm a explicao da idia principal 2:

    O socialismo tem uma economia planificada e uma sociedade sem classes.

    A imagem mental dessa idia est evidente. Em resumo, os pargrafos do texto afirmam o seguinte:

    1. O capitalismo apresenta uma economia de mercado, que visa o lucro atravs de empresas privadas, e que tem um papimportante nas decises econmicas da sociedade. Apresenta tambm uma sociedade dividida em duas classes: a burguesia (o

    patres) e o proletariado (os empregados).

    2. O socialismo apresenta uma economia planificada, isto , baseada em um plano definido por um poder central, de orde

    pblica, que decide o que deve ser produzido durante um determinado perodo.

    Este resumo mostra o quanto podemos modificar um texto, simplificando-o, sem, no entanto, faz-lo perder o valor de suas idiprincipais.

    Vou apresentar outro exemplo para que voc possa descobrir as idias principais do texto e resumi-lo, segundo a sua prprcompreenso.

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    OS CEGOSSONHAM

    Amaioriadossonhossoideaesaleatrias,queconsistemdeassociaesinvoluntriasdeidiasounaevocaodeimpresses.fatodequeamaioriadossonhosnotemcoernciaepareceilgicoevidnciadessefluxoaleatriodeimpressesmentais.Panalogia,essasimpressesaleatriassocomo aaberturadeumdepsitoemqueinmerosobjetosestivessemguardados.Aoinvsescolherosobjetosdesejados,apessoaapenasderrubaasprateleirasfazendocomqueosobjetoscaiamaesmo.Masnemtodossonhoscarecemdeumaordemracionalemsuainteireza,combaseemnossasexperinciaspessoais.Algunsdelespossuemumirrefutabilidade surpreendentemente realista, que se deve atrao que certos componentes dos sonhos manifestampor outrcomponentes. Essa atrao resulta numaassociao que segueou aproxima-se da ordememque as impressesoriginais foracaptadas.

    (Extrado do artigo de SamuelRittenhouse, publicado pela revista O Rosacruz,demaro/abril de 1985)

    Ento, qual a idia principal deste texto? Procure descobri-la agora.

    Resuma tudo o que foi apresentado, sem que a idia bsica seja prejudicada.

    Espere! No continue a leitura sem antes fazer o solicitado.

    timo!

    Agora, vou apresentar, minha maneira, cada um dos postos acima solicitados. Confira comigo!

    Idia Principal:

    A maioria dos sonhos so ideaes aleatrias, que consistem em associaes involuntrias de idias ou na evocao de impresses.

    Isto tambm poderia ser dito da seguinte forma:

    A maioria dos sonhos so expresses de idias desorganizadas, associadas de forma involuntria ou o resultado de impressoriginais de experincias pessoais vividas.

    O resto so explicaes!

    Note que eu forcei um pouco a organizao, a fim de que voc compreenda que alguns textos ficam complicados por excesso de figuras linguagem e comparaes, neles colocadas com boas intenes. Porm, como diz minha santa mezinha, o caminho do inferno es

    repleto de bem-intencionados.

    No se preocupe com o tamanho do texto, pois o autor costuma encher lingia, explicando demasiadamente o que poderia ssimplificado. Isto natural e at facilita! Voc j notou quantas lingias eu j enchi nestas ltimas pginas?

    Aprendendo e treinando adequadamente o que foi apresentado nestes quatro captulos, voc estar apto para memorizar textos, poesiapoemas, discursos, palestras, etc., conforme ensinaremos mais adiante.

    No passe para o prximo captulo sem antes ter certeza de que assimilou todos os princpios e que pode demonstrar para voc mesmosua capacidade de compreenso.

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    1. Anlise Preliminar

    Avaliao e questionamento atravs de uma leitura rpida do ttulo, subttulos e sumrio, existentes no texto que vai ser estudado. Espasso tem a finalidade de saber se o assunto j conhecido e de fcil compreenso, se ele necessita de observaes mais cuidadosas, apoio de um dicionrio ou de algum outro material relacionado. s passar os olhos e dizer: besteira!, ou ento: aqui onde

    porca torce o rabo!.

    2.LeituraGlobal

    Aqui comea a caminhada!

    A leitura de todo o texto (se ele no for muito grande), proporciona uma ampla viso do assunto, deixando o leitor consciente dcontinuidade de raciocnio existente entre os pargrafos.

    Esta leitura no tem como objetivo a memorizao das idias do texto, mas o conhecimento genrico do assunto tratado.

    Um texto longo deve ser dividido em partes menores, sem, no entanto, prejudicar a continuidade da mensagem. Geralmente, os captullongos so divididos e separados por subttulos, o que facilita a organizao das idias por partes. Portanto, se desejar, leia o captutodo, porm dedique a sua ateno s partes, conforme oriento no prximo passo.

    3.LeituraParcialEste o passo mais importante, pois o momento em que voc ir fazer o papel de um superdetetive, com a inteno determinada dencontrar as idias principais (Y) do texto, a fim de organiz-las e associ-las com as localizaes X.

    Imediatamente aps ter feito uma leitura global do texto, leia pargrafo por pargrafo, procurando as idias principais, sublinhando-asnumerando-as na margem externa da pgina ou escrevendo-as parte.

    Depois de separar as idias principais, observe se existe alguma palavra difcil de ser visualizada que possa dificultar a criao de umimagem mental. Procure conhecer o seu significado, consultando um dicionrio ou outro meio didtico apropriado. Com o significado emente, verifique se capaz de imaginar uma cena que corresponda idia. Se, mesmo conhecendo o significado da palavra, no f

    possvel criar a imagem correspondente, ento substitua a palavra por um smbolo que a represente e que seja de fcil associao. Pexemplo, se voc estiver estudando Qumica e no texto aparecer a palavra molibdeno dificultando a visualizao da idia, ento utilizeimagem de uma coisa mole para substitui-la, considerando, a partir desse momento, mole como smbolo de molibdeno. Neste caso, vodeve ter, pelo menos, uma noo do assunto, assim dever estar consciente de que mole molibdeno e molibdeno ser semprepresentado pela coisa mole. Bem, esta a palavra que vem minha cabea neste momento, porm voc poderia escolher mole comodemo, o que acho um exagero e uma grande falta de respeito e de confiana para com a sua memria.

    No precisamos usar smbolos que sejam cpias materializadas das palavras abstratas, pois a memria verdadeira saber reconhecer smbolos que tenham sido conscientemente criados para representarem palavras e idias abstratas, mesmo que neles existam apenindcios materiais que a elas possam ser ligados. No exemplo acima, mole o indcio lgico de molibdeno. Confie na sua velha memria

    Essa viso parcelada do assunto, tambm serve para que o leitor verifique se possvel organizar um quadro sinptico com as idippincipais destacadas. Essa organizao resumida do texto facilitar, e muito, a reteno das informaes.

    A sistemtica apresentada neste passo pode parecer lenta, mas a experincia comprovou que mais eficaz do que a mera leitura repetitido texto, com o intuito de decor-lo na marra. (A palavra decorar bastante sugestiva, pois s serve de enfeite). mais importan

    aprender a ver mentalmente a cena inerente idia principal, pois, como j dizia um famoso filsofo do Coit do Nia, o torro natal minha querida me, uma imagem vale mais que mil e duzentas palavras difceis.

    Adiante ensinarei como associar as idias principais, utilizando a tcnica das localizaes, para que voc possa lembrar-se de todoassunto na seqncia exata.

    4.Recitao

    Recitar repetir o assunto estudado, para si mesmo ou para os outros, com as suas prprias palavras. Recitar, aqui, no significa dizversinhos, como Os olhos servem para ver, ....

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    d)Reguleasrepeties,apartirdamanhdodiaseguinte,conformeassuasnecessidades.Porexemplo:1diadepois.Maiscindiasdepois.Desteponto,umasemanadepois.Trssemanasdepois.Umms.Cincomeses.Umano.Vinteanos.CinqentaanoCento evinte anos.Etc.

    A Segunda Partedeste livrocomea noprximocaptulo comumassunto brabo: Memorizaode Dados e Textos.

    Estesprimeiroscincocaptulosapresentaram asorientaesbsicasparaquevoctenhasucessoemseusempreendimentosfuturoenfrentandoopeso-pesadodocruelsistemaculturalemquevivemos:oacmulodeinformaes,queseimpepelaforaepeladesculdeque quantomaissabemosmaispossibilidadestemosdedominarmos.Poristo,mesmosabendoqueessesconceitossomedievadevemosnosprepararpara, pelomenos,3abermosfazeras esquivascorretas,usarojogodecintura,a fimdeconduzirmosess

    educadoresaristotlicosparaomundodarazoqueelestantopreconizam,comofazemospraticantesdo Aikidumaartemarcjaponesa ao serem atacados.

    Seseguirdireitinhoasminhasorientaes,vocdescobrirquejtemmusculaturacerebralsuficientementeforteparafazerjuzaottude Memria deElefante, outorgado pela sociedade dos Amigos Annimosdos Animais vidos e Avanados - AAAAA.

    Este captulo acabaaqui. Volte ao princpio e certifique-se de que aprendeu direitinho.

    SEGUNDA PARTE

    A BENFICA PRTICADAMEMORIZAO

    OCaminhopara oSucesso

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    Vamosdistribuiroquedesejamosmemorizar,que,nestecaso,soosprincipaisautoresqueparticiparamdaSemanadaArteModere suas principais obras, que foramdivididas emtrs Geraes, sendo aprimeiraa de1922,a segunda a de 1930e a terceiraade1945

    Distribuiremososautores,edepoissuasobras,empartes(lugares)deambientesquesejamfamiliaresparans.Pessoalmente,fassim:

    Primeira Gerao: minharesidncia.Segunda Gerao: casa de umaamiga,cujoambiente conheomuitobem.TerceiraGerao: meulocal de trabalho.

    Aps associarcada autorcomumdeterminadolugar, fizas seguintes associaes:

    PRIMEIRA GERAO- MINHA CASA

    Local:MuroAutor:MriodeAndradeObras: Macunama, PauliciaDesvairada, Poesias,H umagota de sangueemcadapoema.

    Associaes:Odifcileralembraroprimeironomedoautor,poisosegundosurgiriaemminhamenteautomaticamente,porcausadoconhecimenglobaladquiridoaolerotexto.Ento,associeionomeMrioaumapessoaconhecidaecoloquei-aemcimadomuro,numaposi

    bastanteridcula;emseguida,vejoumamulherquechegacomumPau,completamentedesvairada,ecomeaabaternoMrio.(Islembrou-medePauliciaDesvairada).Enquantoapanhava,oMriofaziaPoesiasparaela;daspancadas,caiamgotasdesangunospoemas (Humagota de sangue emcada poema).

    OBS.: AobraMacunama,portersidomuitodebatida emaula,no foipreciso associ-la.

    Local: PrimeiraSalaAutor: Oswaldo de AndradeObras:Manifesto,MarcoZero, Memrias Sentimentais de Joo Miramar, O Homemeo Cavalo.

    Associaes:Depois de presenciar a cena do muro, entro em casa e deparo-me com o Osvaldo (pessoa conhecida na cidade por seus longos cabel

    e seu jeito estranho de vestir-se), ele estava exaltado, fazendo um Manifesto, ento interfiro e interrogo-lhe sobre o que esacontecendo, como resposta, ele marca um zero na parede (Marco Zero) e sai cavalgando pela sala, num enorme cavalo (O Homee o Cavalo); quando me viro para o outro lado da sala, encontro o Joo (um vizinho) sentado, alheio a tudo, e expressando usentimento de mirar o mar(Memrias Sentimentais de Joo Miramar).

    OBS.: Note que observei e participei mentalmente das cenas.

    Local: Primeiro QuartoAutor: Guilherme de AlmeidaObras: Simplicidade, Voc, Ns, A Flauta que Perdi,O Anjo de Sal, A Rua.

    Associaes:Entreinoquartoeencontreienormesgrilos(oquemelembrouGuilherme,osobrenomeAlmeidaveioautomaticamentemente);

    cama,estavaumgrilo comtodaaSimplicidade,que,olhandoparamim,disse:NsprocuraremosparaVocaflautaperdid(A Flautaqueperdi)erecomendou-mequeeuorassediantedeumaesttuadeanjo;quandoajoelhei-meaesttuadissolveu-se,poela era desal(Anjo de Sal); atordoada, sa correndoparaARua.

    OBS.: Apesarda semelhana entre grilo e Guilhermeservaga, no esqueci a associao,pois a visualizao que fiz foi consciente.

    Local: SegundaSalaAutor: Menotti de PicchiaObras:Moiss, Juca Mulato,ChuvadePedras

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    Associaes:Toda a sala estava melada de piche (surge o nome do autor); nela havia uma esttua de Moiss e umajaca, que, por causa do pichestava mulata (Juca Mulato); a esttua caiu e foipedra pr todo lado, uma verdadeira Chuva de Pedras.

    Local: Segundo QuartoAutor: Raul BopeObras: Cobra Norato, Movimento Modernistas, Poesias

    Associaes:Aoentrarnoquarto,encontroumenormebode(lembrei-medeBope,sobrenomedeRaul);derepenteumacobraapareceuagitada

    deuum n emseuprprio corpo(Cobra Norato), ento, fizPoesiasparaacalm-la, por istoela fez movimentos graciosomodernos (Movimentos Modernistas).

    Local: CozinhaAutor:CassianoRicardoObras: DentrodaNoite, A Flauta deP,Canes de MinhaTernura,Martin Cerer, A MontanhaRussa

    Associaes:Nacozinha,encontreiumcassino,cheiode ricaos (CassianoRicardo).Derepente,tudoficousescuras,comoduranteno(DentrodaNoite);entoouviumaflautatocandoelembrei-mequenacozinhaexisteumaflautadepo(FlautadeP),naqucostumotocarminhas canes suaves, ternas (CanesdeMinhaTernura). Emseguida,aluzseacendeevejoo saci-pere(Martin Cerer),que convidou-meparabrincarna Montanha Russa.

    Local: Banheiro

    Autor: Manoel BandeiraObras:Sapos, Carnaval, Cinza das Horas,Belo-Belo,Estrela da Manh,Estrela da Tarde,Estrela da VidaInteira

    Associaes:Na porta do banheiro estava o meu mano com uma bandeira (Manoel Bandeira); dentro do banheiro pulavam inmeros Saposenfeitados para o Carnaval, jogando cinzas a toda hora (Cinza das Horas); ento olhei pr cima e achei Belo-Belo, pois tinhuma Estrela da Manh, uma Estrela da Tarde, que at deu vontade de verestrelas vida inteira (Estrela da Vida Inteira).

    SEGUNDA GERAO - A CASA DE MINHA AMIGA

    Local: MuroAutor: Jos Amrico de Almeida

    Obras: A Bagaceira, CoiteirosAssociaes:EmnossacidadetemumpadrequesechamaAmricoeeucoloquei-oemcimadomuro,combatina(estranhoeengraado,no?

    paralembrardoautorJosAmrico.AoseuredorestavaumaverdadeiraBagaceiraehaviamuitagenteapoiando,pareciaCoiteiros.Sa zangada, e quandoentrona rea...

    Local: reaAutor: Jos Lins do RegoObras: Menino do Engenho, Usinas, Doidinho,gua-Me, Fogo Morto, Pureza

    Associaes:...havia uma enorme vala, um rego, (Jos Lins do Rego),de onde saiu um menino lambuzado de melao (melao vem do engenh

    portanto, era um Menino do Engenho; a rea estava cheia de enormes tonis, daqueles usados nas Usinas; o menino, que eDoidinho, colocou fogo nos tonis e gritou: gua, me (gua-Me), ento ofogo morreu (Fogo Morto), mas ele fez isso comPureza de uma criana.

    Local: Primeira SalaAutor: Raquel de QueirozObras: O Quinze, As Trs Marias, Joo Miguel, Caminho de Pedras

    Associaes:Nasala,haviaumafestadeaniversrio,squenamesanotinhaumbolo,masumratocomendoumenormequeijo(paramimralembrouRaquel,comtodoorespeito,equeijolembrouQueiroz,RaqueldeQueiroz).Sobreoqueijofoicolocadaumavela

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    quinzeanos(OQuinze).EstavampresentesasTrsMariasetambmoJooMiguel(aquelemeuvizinho);quandoelesmviram,saramporum Caminhode Pedras.

    Local: PrimeiroQuartoAutor: JorgeAmadoObras:Farda,Fardo,CamisoladeDormir;Suor;DonaFloreSeus DoisMaridos;Gabriela,CravoeCanela;MarMorto;CapitesAreia; Velhos Marinheiros

    Associaes:NoquartotinhaumaimagemdeSoJorge,quemuitoamadopelopovo(JorgeAmado);SoJorgeusavafarda,umfardo,ti

    camisola (Farda,Fardo,Camisola de Dormir),que fazia suar(Suor);nomvel, tinhaumaflor edois mariscos (Dona Flore SeDoisMaridos).Derepente,oquartovirouummarsemondas,umMarMorto,deondeapareceramosCapitesdeAreiapalutarcom So Jorge,o qualpediu ajudaaos Velhos Marinheiros.

    Local: SegundoQuartoAutor: ricoVerssimoObras:O Prisioneiro; Um LugaraoSol; Olhai os Lrios doCampo; Msica ao Longe; O Tempoe oVento; O Resto Silncio

    Associaes:No segundo quarto, estava um homem cheio de dinheiro, rico de verdade (rico Verssimo), s que ele estava algemadPrisioneiro; ele queria uma chance na vida, Um Lugar ao Sol, para passear, para olhar os lrios do campo (Olhai os Lrios Campo), mas ficou assustado ao ouvir uma Msica ao Longe, trazida pelo Tempo e o Vento; e o resto ficou em silncio (EResto Silncio).

    Local: Segunda SalaAutor: Ceclia MeirelesObras: Mulher ao Espelho; Retrato Natural; A Rosa

    Associaes:Aoentrarnasala,vium (cedilhalembraCeclia),queseolhavanum espelho(MulheraoEspelho);quandomeviu,virouespelhoe disse que erao seu RetratoNatural, entoeu lhe dei umarosa(ARosa).

    Local: CozinhaAutor: Vinciusde MoraesObras:O CaminhoparaaDistncia;Novos Poemas;O Mergulhador;AArca de No

    Associaes:

    Na cozinha tinha um homem com um bom vinho, um vinho de moral(Vincius de Moraes) . Ele estava com o olhar longe, em ucaminho distante (O Caminho para a Distncia), talvez estivesse se inspirando para fazer Novos Poemas. De repente, a cozinfoi inundada, como em um dilvio, ento o homem transformou-se num Mergulhador e ficou debatendo-se, at ser salvo pela Arde No

    Local: BanheiroAutor: Carlos Drumond de AndradeObras: Poemas; Sentimentos do Mundo; A Rosa do Povo; Lies de Coisas; Brejo das Almas

    Associaes:Carlos o meu professor de memorizao. Quando abri a porta do banheiro havia um monte e ele estava em cima (CarlDrumond), fazendo Poemas, falando comsentimento para o mundo (Sentimento do Mundo); falava e jogava rosas para o po(A Rosa do Povo); tambm aproveitava para ensinarsobre as coisas (Lies de Coisas), ento ele resolveu falar para as almamas no conseguiu, pois as almas foram pro brejo (Brejo das Almas).

    Local: rea de ServioAutor: Graciliano RamosObras: Caets; So Bernardo; Angstia; Insnia; Vidas Secas

    Associaes:Acheigraaporencontrarareacheiaderamos(GracilianoRamos).Aovirar-me,encontreiumndiocomumcarretel(Caetsdelinha,amarrandoumaesttuadeSoBernardo;fiqueitoangustiada (Angstia)quenoconseguidormir(Insnia),oqfez comque eutivesse umavida vazia,seca(Vidas Secas).

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    TERCEIRA GERAO - LOCAL DE TRABALHOLocal: Porto de Entrada

    Autor: Joo Cabral de Melo NetoObras: A PedradoSono;EducaopelaPedra;Duas guas;CoSemPlumas;Morte eVidaSeverina

    Associaes:Ao chegar ao local de trabalho, tomei um susto, pois vi o Cabral melando um menino que era seu neto (Joo Cabral de Melo Netoele tropeou em umapedra e desmaiou (A Pedra do Sono); joguei duaspores de guapara despert-lo (Duas guas); quansaiu pelo porto, um cachorro horrvel, um co cheio de plumas, as quais arranquei todas(Co Sem Plumas).

    OBS.: A obra Morte e Vida Severina no foi preciso memorizar, pois foi muito comentada em aula.

    Local: EscadaAutor: Clarice LispectorObras: A Cidade Sitiada; O Lustre; Perto do Corao Selvagem; Laos de Famlia

    Associaes:Do ltimo degrau da escada, olho para baixo e vejo um claro emitido por um inspetor(Clarice Lispector), que pediu-me para olhem direo cidade. Entoeu vi que ela esta cercada por soldados, completamentesitiada (A Cidade Sitiada) , peguei o O Lustr

    para melhor iluminar e procurei algum que tivesse laos com a minha famlia (Laos de Famlia), a fim de tir-lo deperto daquelpessoas de coraes selvagens (Perto do Corao Selvagem).

    Local: Sala

    Autor: Dalton TrevisanObras: Cemitrio de Elefantes; Vampiro de Curitiba; Guerra Conjugal; Desastre do Amor

    Associaes:Quandoentronasala,vejoumdaltnicovendoteleviso(DaltonTrevisan),pertodelehaviaumagrandequantidadedeelefantmortos(CemitriodeElefantes),quandoelevirou-separamim, noteiqueeraumvampiro(VampirodeCuritiba),corrieesbarrnum casal quebrigava (GuerraConjugal), a guerra destruiuo amorque havia entre eles, o que foi desastroso (Desastre do Amor

    Prezado leitor, estes exemplos da Ubiranice, repletos dos frutos da imaginao, demonstram o quanto importante estar consciente daassociaes mentais das idias com as localizaes, mesmo que as imagens possam parecer tolas e ilgicas. A verdade que as tcnicfuncionam plenamente.

    O estilo usado pela Ubiranice era prprio de sua personalidade artstica, voltada s atividades teatrais, porm voc pode utilizar outrmeios associativos, como os ensinados neste livro, de acordo com a sua formao cultural e temperamento. Entretanto, lembre-se sempde que a imaginao a grande organizadora e motivadora da memorizao.

    Na experincia que acabei de apresentar, todo texto foi transformado em dados e em idias visualizveis. Por esta razo, o ideal serfazer, previamente, um esquema contendo todos esses dados e, em seguida, associ-los s localizaes X. Por exemplo:

    MRIO DE ANDRADE

    Calada-MacunamaPoste -Paulicia Desvairada

    rvore -PoesiasMuro -H uma gota de sangue em cada poema

    OSWALDO DE ANDRADE

    Sof esquerdo -Manifesto Quadro -MarcoZero

    Janela - MemriasSentimentaisdeJooMiramar Sof -O Homem e oCavalo.

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    Lado Externoda Casa

    Parte Interna:PrimeiroAmbiente

    PRIMEIRAGERAO

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    Como vocj deve estarimaginando, oMriodeveservistonacaladacom o Macunama, umadesvairadamete opau noposte,vofazpoesiasprrvoreeaoescreverpoemasnomuro,corta-se e fazcairumagotadesangueemcadaumdeles.Istodeveservisualizadonodescritoverbalmente.Note que oesquemaacimadenota organizao.Sedesejar,experimenteoestilodaUbiranicee depois testeesoutro.

    SEGUNDA EXPERINCIA - GILBERTO

    Agora vou apresentar a experincia vivida por Gilberto Vital, de acordo com as suas prprias palavras:

    MEMORIZAO DE PARTES DO POEMA A BUSCAporGilbertoVitaldeSousa

    Em 1981, um grupo de estudantes rosacruzes comeou a se reunir com o propsito de adaptar para um jogral o poema A BUSCA, dKrishnamurti, para ser apresentado em um Conclave que seria realizado em Fortaleza, Cear. Eu fazia parte desse grupo, mencontrava-me to ocupado na poca que, nos ltimos ensaios, somente eu no tinha decorado o texto. Foi numa conversa com o autdeste livro que aprendi a Tcnica das Localizaes e consegui, em pouco tempo, memorizar minha parte, podendo, assim, acompanhos demais membros do Jogral.

    No necessitei memorizar todo o texto, pois ele foi dividido entre sete pessoas, tendo-o lido de modo geral para tomar conhecimendo todo. Portanto, a experincia que se segue mostra apenas uma parte do texto.

    Como podemos compreender, o mtodo consiste em associarmos o sentido das frases aos lugares de uma construo que conhecemo

    Escolhi minha residncia e um escritrio com um andar superior, que fica ao lado da casa.

    Meu maior trabalho foi dividir mentalmente a casa e depois o escritrio, num total de 40 partes, a fim de associ-las s respectivas frases.

    Observe que comecei pela frente e terminei nos fundos da casa, obedecendo uma seqncia lgica.

    Vejamos alguns exemplos:

    01.Longamente peregrinei por este mundo de coisas efmeras.

    CALADA -- Imaginei-me peregrinando na calada, contemplando as coisas passageiras, efmeras.

    02.Na busca do eterno, perdi-me entre as coisas finitas.

    POSTE -- Imaginei-me subindo no poste em busca do eterno, sentindo-me perdido entre as coisas finitas.

    03. O conforto dos ricos, a mulher tentadora.

    JARDIM -- Imaginei um homem rico sentado no jardim, tendo ao lado uma mulher tentadora.

    04. O homem de muitas posses, o renunciante.

    GARAGEM -- Imaginei uma garagem cheia de carros novos, todos meus, quando, de repente, decidi renunciar a tudo aquilo.

    05. Cerimnias inmeras pratiquei.

    VARANDA -- Imaginei-me realizando vrias cerimnias estranhas, na varanda.

    06.Nos secretos recantos do meu corao.

    SALA DE VISITAS -- Imaginei aparecendo uma pessoa que mexe com o meu corao de forma secreta. ( claro que esimagem s lembra a frase porque o Gilberto j conhecia toda a idia.)

    07. Culminncia de toda a sabedoria.ESTANTE -- Imaginei que toda a sabedoria est contida naquela estante.

    08.No cu estrelado.

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    TETODASALA--Imaginei que oteto fosse umcuestrelado.

    09.No rostodohomem.

    PRIMEIROQUARTO--Ao entrarno quarto,viumenormerostodehomem.

    10.Rebusqueios recessos de minha alma,purificando-me de todas as coisaspassadasepresentes.

    SEGUNDO QUARTO -- Entreimeditativo em meuquartoe rebusquei os recessos deminhaalma,purificando-me.

    (Ao imaginarestacena, eleprocurou viv-la mentalmente, compreendendoo significadodo que estava realizando.)

    11.Na luz do solpoente.

    TERCEIRO QUARTO -- Imagineialuzdosolpoente penetrandono quarto.

    12.Vem,meditemosjuntos.

    MESADE REFEIES --Imaginei-me chamando os membrosdeminha famliaparameditarmos juntos, emvolta damesa.

    13. Compreendo tua aflio.

    FOGO --Imaginei a empregada chorandoporqueimar-se no fogo, entoeu dizia: Compreendo tuaaflio!

    14. Como odelicado boto, apspadecerlongoinverno.

    QUINTAL -- Imagineiumbotoderosano quintal,tentandoseabrir,aps padecerumlongo inverno.

    15.Assim comoandeiperdidoentre as coisas transitrias.

    TELHADO DOS FUNDOS -- Imagineiumenormetrnsitosobre otelhado, enquanto eu andava perdido no meio dele.

    Bem, no continuarei apresentando as frasesrestantes,pois osprincpios nelas utilizados so os mesmos que oGilberto descreveu.

    Vocdeveestarsempreconscientedoverdadeirosentidodecadafrase,duranteasassociaes,eusaraimaginaocomomeiopalembr-las posteriormente.

    Nocasoespecficodeumjogral,importanteassociaradeixadocompanheiroqueoantecedecomoinciodasuaparte,masissomentedeverserfeitodepoisquevoctivermemorizadotodooseumaterial.Normalmente,adeixaaltimapalavraouaimageque overso do outrodespertaemsua conscincia.

    As orientaes dadas nos captulos anteriores devem ser seguidas criteriosamente, pois elas representam os fundamentos de uaprendizado eficaz. Nas experincias relatadas neste captulo, no fizemos referncias s estratgias para o aprendizado, segundorientaesanteriores,porque,comoeudisse,tratavam-sedememorizaesurgentes,semtempoparaaseqncianaturaldosistem

    Noseesquea,entretanto,dequecompreenderoquesedesejaaprenderfatoressencial,poristoimportanteseguirtodosospassoAssim,dareimaisalgunsexemplos,afimdequeesteassuntoagarre-seemsuamemria,comocarrapichoempernacabeluda,evocn

    preciseficarmexingando o restodasuainestimvel vida.

    DIRECIONAMENTO ESPECFICO

    Como parte do seu treinamento preliminar para a memorizao de textos, atente para as orientaes que darei, relacionadas com o textoseguir, extrado da revista O Rosacruz (n 154, maro/abril, de 1985):

    COMO MELHORAR SUA CONCENTRAO-Aaron M.Bates-

    De incio, admita que voc no pode concentrar-se em mais de uma coisa ao mesmo tempo. A percepo por parte de sua conscincrequer focalizao. J vimos algum indivduo caminhando na rua enquanto lia algum livro. Se o observssemos cuidadosamentveramos que aparentemente ele guiava seus ps e se desviava das pessoas, ainda que seus olhos permanecessem no livro.

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    Estandoparacruzararua,eleobservavaosinaldetrfegoeparavajuntodeoutraspessoas,esperandoqueosinalficasseaberConclumosqueohomempodialereaomesmotempoprestaratenoemsuacaminhada.Elenopodeterconscinciadeambasmesmo tempo.

    Amaioria das pessoasqueno tmacapacidade de se concentrar, francamenteadmitemque suamaior dificuldaderesideeeliminaremdaconscinciaosinmerospensamentoseidiasquelhesocorrem,tologosuasmentescomecemapensareanalisExemplodisso seria a tentativa demanter-se interessadonuma palestra aborrecedora.

    Aotrminodapalestra, oouvinte seria incapaz de fornecerumclarorelato do que tinhasidodito.

    Sevocpassouporesseincidenteembaraador,sabequeaeliminaodeimpressesindesejadaspodesermuitodifcil.Euapliqucommuitosucessoumexerccioqueauxiliaatreinaramenteafocalizar-senumanicacoisadecadavez.Durantecincominutodiariamente,mantenhaemmenteumanicaimagemdosol.Continueoexerccioatquepossaveraimagemdosolduranteuminuto.

    Asprimeirashorasantesdocafdamanh,talvezsejaamelhorpartedodiaparaconcentrarsuaatenonumproblemadifcil.Esteomelhorperodoparaaprticadaconcentraonumaidiadecadavez.Nesseperodo,enquantoosistemadigestivodescansa,crebrodispe de maiorquantidade de energia nervosa que podeserusada ematividades mentais.

    Aboaconcentraorequerum estadodedescontrao.Ohomempossuiumagrandecapacidadequeoutras formasdevidanopossuem.Essacapacidade abrangeoprocessodecriimagensmentaisedaohomemopoderdaimaginao.Essacapacidadenosdopoderdeformarmosimagensmentaisdequalqu

    coisa que tenhamosvistoou que nuncatenhamosvistoou ouvido.

    Agora,apsterfeitoumaleituraglobaldotextoacima,vocdeveterverificadoseexistempalavrasdesconhecidas,quedevamsconsultadasemumdicionrio,afimdequeacompreensodas idiasnosejaprejudicada.Apscompreenderossignificadosd

    palavras estranhas, releia outra vezo texto e verifique se a mensagem ficoumaisclara.

    Destaque as idias principais dospargrafos. Assim:

    Primeiro

    De incio, admita que voc no pode concentrar-se em mais de uma coisa ao mesmo tempo. A percepo por parte de sua conscincrequer focalizao. (...)

    A idia voc no pode concentrar-se em mais de uma coisa ao mesmo tempo deve ser visualizada na tela da mente. Evidentemente, nso as palavras que devero ser visualizadas, mas a condio que elas expressam.

    Aconselho, tambm, a sua participao ativa dentro da imagem mental, como se voc estivesse vivendo o fato determinado pela idpredominante. Por exemplo:

    Imagine-se tentando concentrar-se em mais de uma coisa ao mesmo tempo, sem conseguir. Mostre-se chateado ou zangado por isso.

    A condio de chateao ou de zanga (emoo) imprime-se melhor na memria.

    Lembre-se: as imagens mentais so registradas em nossa memria com maior intensidade do que as palavras. Parafraseando ErwWatermeyer, as imagens mentais libertam o homem da escravido proporcionada pelas palavras.

    A compreenso total da mensagem no eqivale necessidade de repetir palavra por palavra o que est escrito no texto, porm signifia possibilidade de se ter certeza do que o autor procurou transmitir ao escrev-lo.

    Segundo

    Observandoosegundopargrafo,verificamosqueelecontinuaexplicandoosentidodaidiaprincipaldoprimeiro,atravsdasidisecundrias,nohavendonecessidade,portanto,desermemorizado,pois eleumaconseqncianatural evir memriatambnatural