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B o l e t i m Mensal da CMVM
julho
2018
Nº 303
30 de julho Reguladores e Associação Portugal Fintech criam plataforma para apoiar a inovação
tecnológica no sector financeiro
20 de julho Comunicado da CMVM relativo ao pedido de perda da qualidade de sociedade aberta
da Transinsular, Transportes Marítimos Insulares, S.A. Comunicado relativo à liquidação judicial do Banif Esclarecimento da CMVM sobre entidades abrangidas pela obrigação de prestação
de informação prevista na Circular de 28 de junho de 2018
10 de julho Consulta pública do GAFI sobre projeto de orientações para abordagem baseada no risco
no sector dos valores mobiliários, até 17 de agosto de 2018
09 de julho ESMA procura candidatos para integrar o seu Securities Markets Stakeholder Group (SMSG)
06 de julho Atualização das FAQ relativas ao RTS 22 no âmbito da entrada em vigor da DMIF II
05 de julho CMVM realiza o primeiro inquérito sobre o desenvolvimento FinTech no mercado de capitais
português
Sistema Financeiro | Supervisão | CMVM
Estatísticas…………………………………………………………………………………………………….……………………..…………………….02
Consultas Públicas…………………………………………………………...….……………….……………………………..…………………….03
Notas…………………………….………..…………………………………………………………….……………………………..…………………….05
Legislação…………………………………………………………………………….……………….……………………………..…………………….16 Mercados
Estatísticas…………………………………………………………………………………………………….……………………..…………………….18 Intermediários Financeiros
Estatísticas…………………………………………………………………………………………………….……………………..…………………….19 Organismos de Investimento Coletivo | Fundos de Investimento Imobiliário Titularização de Créditos | Capital de Risco | Gestão Individual
Estatísticas…………………………………………………………………………………….……………………………………….…………..……..21
DESTAQUES NO WEBSITE DA CMVM
Contraordenações - 2º trimestre 2018
No segundo trimestre de 2018, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) proferiu
decisão em nove processos de contraordenação, dos quais quatro por violação dos deveres relati-
vos à atividade dos organismos de investimento coletivo, dois por violação de deveres de informa-
ção ao mercado, um relativo aos deveres de negociação em mercado, um relacionado com a vio-
lação de deveres de intermediação financeira e um sobre a atuação dos auditores. Nos primeiros
seis meses do ano foram decididos 21 processos de contraordenação.
As decisões tomadas entre abril e junho respeitam a cinco processos de contraordenação muito
graves, três processos de contraordenação graves e um processo arquivado, tendo sido aplicadas
coimas no total de 325.000 euros e duas admoestações.
No mesmo período foram instaurados seis processos de contraordenação, três por violação dos
deveres relativos à atividade dos organismos de investimento coletivo, um por violação dos deve-
res de negociação em mercado, um por violação de informação ao mercado e um por violação
dos deveres de intermediação financeira.
No segundo trimestre foi proferida uma decisão em tribunal relativa à atividade dos organismos
de investimento coletivo, encontrando-se pendentes de decisão nos tribunais cinco processos no
final do semestre.
Em junho estavam em curso 101 processos de contraordenação na CMVM. Destes, 33 respeitam a
violações de deveres de intermediação financeira, 25 são referentes à atividade dos organismos
de investimento coletivo, 17 a violação de deveres de negociação em mercado, 15 respeitam a
violações de deveres de informação, 10 referentes à atuação dos auditores e um relativo à atua-
ção dos peritos avaliadores de imóveis.
As coimas aplicadas pela CMVM não são receita própria, mas sim receita do Sistema de Indemni-
zação aos Investidores, nos termos da legislação em vigor
Estatísticas:
http://www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/EstatisticasPeriodicas/ContraOrdenacoes/
Pages/2018_2t.aspx
CMVM | Estatísticas
B o l e t i m Mensal da CMVM
02
Consulta Pública n.º 7/2018
Projeto de revisão do Regulamento da CMVM n.º 4/2007 relativo às Entidades Gestoras de Mercados, Sistemas e Serviços, e do Regulamento da CMVM n.º 5/2007 relativo à Compensação, Contraparte Central e Liquidação
A CMVM vem, nos termos do artigo 6.º dos respetivos Estatutos (aprovados pelo Decreto-Lei n.º 5/2015, de 8 de janeiro) e do artigo 41º da Lei-Quadro das Entidades Reguladoras (LQER, aprova-da pela Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto), submeter o projeto de regulamento acima identificado a consulta pública. A presente consulta pública é publicitada na Internet, no sítio institucional e no boletim da CMVM. O prazo para apresentação de comentários e sugestões é de 30 dias úteis (decorrendo entre 23 de julho de 2018 e 3 de setembro de 2018) nos termos do artigo 87º CPA. Este prazo não tem qualquer dilação nos termos do artigo 88º, nº 5, do CPA. Os comentários e sugestões podem ser enviados por escrito para os seguintes endereços: a) Correio eletrónico: [email protected] e/ou b) Rua Laura Alves, nº. 4, Apartado 14258, 1064-003 Lisboa Documentos: • Projeto de regulamento
• Documento de consulta
• Nota Justificativa
Nº de proc. 7/2018
Objeto (s) Revisão dos Regulamentos da CMVM n.º 4/2007, de 11 de de-zembro de 2007, relativo às Entidades Gestora de Mercados, Sis-temas e Serviços e do Regulamento da CMVM n.º 5/2007, de 21 de novembro de 2007, relativo à Compensação, Contraparte Cen-tral e Liquidação.
Normas a alterar (se aplicável) Artigos 1.º, 3.º, 4.º, 4.º-A.,4º-B e 5.º do Regulamento da CMVM n.º 4/2007, de 11 de dezembro de 2007, relativo às Entidades Gestora de Mercados, Sistemas e Serviços; Artigos 10.º, 12.º e 14.º do Regulamento da CMVM n.º 5/2007, de 21 de novembro de 2007, relativo à Compensação, Contrapar-te Central e Liquidação
Departamento responsável pela tramitação do procedi-mento
Departamento Internacional e de Política Regulatória
Responsável pela direção do procedimento (55º CPA)
Rita Oliveira Pinto, Salvador Lobo Antunes
CMVM | Consultas Públicas
B o l e t i m Mensal da CMVM
03
Consulta Pública n.º 6/2018
Projeto de revisão do Regulamento da CMVM n.º 2/2015, de 17 de julho, relativo a Organismos
de Investimento Coletivo (Mobiliários e Imobiliários) e Comercialização de Fundos de Pensões
Abertos de Adesão Individual
A CMVM vem, nos termos do artigo 6.º dos respetivos Estatutos (aprovados pelo Decreto-Lei n.º
5/2015, de 8 de janeiro) e do artigo 41º da Lei-Quadro das Entidades Reguladoras (LQER, aprova-
da pela Lei n.º 67/2013, de 28 de agosto), submeter o projeto de regulamento acima identificado
a consulta pública.
A presente consulta pública é publicitada na Internet, no sítio institucional e no boletim da
CMVM.
O prazo para apresentação de comentários e sugestões é de 30 dias úteis (decorrendo entre 11
de julho de 2018 e 22 de agosto de 2018) nos termos do artigo 87º CPA. Este prazo não tem qual-
quer dilação nos termos do artigo 88º, nº 5, do CPA.
Os comentários e sugestões podem ser enviados por escrito para os seguintes endereços:
a) Correio eletrónico: [email protected] e/ou
b) Rua Laura Alves, nº. 4, Apartado 14258, 1064-003 Lisboa
Documentos:
• Projeto de regulamento
• Documento de consulta
• Nota Justificativa
Nº de proc. 6/2018
Objeto (s) Revisão do Regulamento da CMVM n.º 2/2015, de 17 de julho, rela-tivo a Organismos de Investimento Coletivo (Mobiliários e Imobiliá-rios) e Comercialização de Fundos de Pensões Abertos de Adesão Individual.
Normas a alterar Artigos 1.º, 3.º a 5.º, 11.º e 12.º, 14.º, 16.º, 23.º, 41.º, 50.º, 53.º a 55.º, 57.º a 63.º, 74.º e 75.º, 79.º e 80.º, 82.º a 91.º e os Anexos 7 e 8, 10, 12 e 14, do Regulamento da CMVM n.º 2/2015
Departamento responsável pela tramitação do procedi-mento
Departamento Internacional e de Política Regulatória
Responsável pela direção do procedimento (55º CPA)
Rita Oliveira Pinto, Maria Ana Nogueira
CMVM | Consultas Públicas
B o l e t i m Mensal da CMVM
04
CMVM participa na segunda edição
da World Investor Week promovida pela IOSCO
27 de julho de 2018
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) vai participar na segunda edição da
World Investor Week (WIW 2018), que se realiza entre 1 e 7 de outubro de 2018, uma iniciativa
da Organização Internacional das Comissões de Valores (IOSCO, na sigla em inglês) que visa pro-
mover a educação do investidor.
Durante a semana da WIW 2018, prevê-se a realização de um conjunto de atividades desenvolvi-
das pelos membros da IOSCO, tendo como principais objetivos realçar a importância da educação
e da proteção do investidor e promover oportunidades de aprendizagem para os investidores,
num ambiente de rápida transformação nas inovações online e tecnológicas.
Em 2017, a CMVM organizou, no âmbito da primeira edição da WIW, workshops de promoção da
educação financeira e proteção dos investidores e uma biblioteca itinerante, entre outras iniciati-
vas espalhadas por diversas cidades do país. A CMVM integrou, desta forma, o conjunto de 80
jurisdições provenientes de seis continentes, que desenvolveram atividades no âmbito desta inici-
ativa da IOSCO, oferecendo informação e serviços focados no investidor, criando concursos para
aumentar a consciencialização da importância da educação do investidor e, entre outros, organi-
zando workshops e conferências.
O Relatório Público da WIW 2017 apresenta uma visão geral das atividades que decorreram em
todas as juridições na edição do ano passado.
A World Investor Week “não só comunica efetivamente aos participantes do mercado mensagens
-chave sobre educação e proteção dos investidores e literacia financeira, como encoraja e facilita
novas iniciativas entre os nossos membros”, refere Ashley Alder, presidente do Conselho da IOS-
CO e CEO da Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong, no comunicado da IOSCO.
Em 2017, o G20, o Banco Mundial, o Fórum Internacional para Educação de Investidores (IFIE), o
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), a Organização para a Cooperação
e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a Rede INFO trabalharam com a IOSCO no apoio à WIW,
enfatizando a importância da educação e proteção dos investidores para os mercados financeiros
globais.
No site da World Investor Week (http://www.worldinvestorweek.org/) estão disponíveis informa-
ções sobre as várias autoridades participantes e organizações internacionais que apoiam esta ini-
ciativa.
CMVM | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
05
Comunicado da CMVM às entidades envolvidas no lançamento
de “Initial Coin Offerings” (ICOs) relativo à qualificação jurídica dos tokens
23 de julho de 2018
A CMVM informa as entidades envolvidas no lançamento de "Initial Coin Offerings" (ICOs) sobre a
necessidade de avaliação da natureza jurídica do token a ser emitido, em particular da possível
qualificação do mesmo como valor mobiliário, com a consequente aplicação do respetivo regime
jurídico.
Os ICOs são operações que visam a obtenção de financiamento junto do público através da emis-
são de tokens ou coins que, por norma, conferem direitos ou funcionalidades relacionadas com o
projeto que visam financiar. Os tokens podem assim representar uma situação jurídica fungível e
passível de transmissão em mercado. Sem prejuízo de eventuais orientações ou medidas que pos-
sam ser adotadas na sequência do debate internacional em curso sobre esta matéria, importa,
desde já, alertar as entidades envolvidas em ICOs que, caso os tokens oferecidos configurem valo-
res mobiliários, será aplicável o regime jurídico relevante.
A este propósito, faz-se notar que o conceito de valor mobiliário constante do artigo 1.º do Códi-
go dos Valores Mobiliários (CdVM) é aberto e amplo. Nos termos do CdVM, constituem valores
mobiliários, além dos tipificados, os documentos representativos de situações jurídicas homogé-
neas suscetíveis de transmissão em mercado (artigo 1.º, alínea g), do CdVM).
Os tokens emitidos num ICO poderão constituir valores mobiliários atípicos caso preencham os
respetivos requisitos à luz da legislação aplicável. A qualificação de um token como valor mobiliá-
rio dependerá sempre de uma análise casuística, dada a natureza, complexidade e variabilidade
desta realidade.
Tendo em conta que, à partida, os tokens podem ser considerados documentos (ainda que des-
materializados) e que todos os tokens gerados no âmbito de um ICO serão homogéneos e suscetí-
veis de ser transmitidos em mercado (requisitos que sempre cumprirá aferir em cada caso concre-
to), importa em especial clarificar, para efeitos da qualificação de tokens como valores mobiliá-
rios, o requisito relativo a situação jurídica representada e tida como relevante para efeitos da
interpretação do artigo 1.º, alínea g), do CdVM.
A esse respeito é possível concluir que:
1. Um token será um valor mobiliário caso seja um documento representativo de uma ou mais
situações jurídicas de natureza privada e patrimonial (i.e., direitos e deveres);
2. Um token será um valor mobiliário caso, tendo em conta a(s) situação(ões) jurídica(s) represen-
tada(s), seja comparável com valores mobiliários típicos;
CMVM | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
06
3. Para efeitos do previsto no número anterior, deve nomeadamente considerar-se a previsão,
nas informações disponibilizadas pelo emitente, de elementos dos quais possa decorrer uma vin-
culação do emitente à realização de condutas das quais resulte uma expectativa de retorno para o
investidor, como sejam:
a) O direito a um rendimento (por exemplo, se o token conferir direito a lucros ou a um
juro); ou
b) A prática de atos por parte do emitente ou entidade relacionada adequados à
incrementação do valor do token.
Tendo em conta a mutabilidade das caraterísticas dos tokens gerados no âmbito de um ICO, a
CMVM acompanhará os desenvolvimentos e práticas subsequentes associados aos tokens, o que
poderá determinar uma conclusão diferente em relação à natureza dos mesmos.
Na circunstância de uma ICO ser dirigida a investidores residentes em Portugal e de os tokens se-
rem valores mobiliários na aceção do CdVM, será aplicável a legislação relevante a nível nacional
e da União Europeia, em especial e sem prejuízo de outras (i) as regras de emissão e representa-
ção e, bem assim, as regras relativas à respetiva transmissão; (ii) caso aplicável, as regras relativas
às ofertas públicas; (iii) as normas quanto à comercialização de instrumentos financeiros para os
efeitos da DMIF II; (iv) requisitos de qualidade da informação; (v) as regras relativas ao abuso de
mercado.
No que diz respeito ao regime das ofertas públicas, estando preenchidos os critérios previstos
para a sua aplicação, será exigível a aprovação de um prospeto junto da CMVM e de publicidade à
oferta, salvo se, entre outras exceções, se tratar de uma oferta cujo valor total na União Europeia
seja inferior a € 5.000.000, calculado em função das ofertas realizadas ao longo de um período de
12 meses.
A CMVM chama ainda a atenção para o facto de, em relação às ofertas de tokens que não sejam
valores mobiliários, os respetivos documentos não deverem utilizar termos suscetíveis de ser con-
fundidos com os usualmente utilizados em ofertas de valores mobiliários (como, por exemplo,
"investidor", "investimento", "mercado secundário" e "admissão à negociação"),
A CMVM aconselha as entidades envolvidas no lançamento de ICOs a esclarecerem junto da
CMVM, previamente a qualquer emissão, a natureza jurídica dos tokens a serem emitidos. Para
mais informações, contactar: [email protected].
CMVM | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
07
Comunicado da CMVM relativo à OPA obrigatória sobre
as ações do Grupo Media Capital, SGPS, S.A.
Lisboa, 20 de julho de 2018
A 14 de julho de 2017 foi divulgado anúncio preliminar de oferta pública de aquisição, geral e
obrigatória, das ações representativas do capital social da Grupo Media Capital, SGPS, S.A.
("Visada"), pela sociedade MEO – Serviços de Telecomunicações e Multimédia, S.A. ("Oferente"),
o qual continha um conjunto de requisitos legais de que dependia o próprio registo e lançamento
da oferta.
Um desses requisitos, constante do ponto 11/b) do anúncio preliminar, conforme alterado a 20
de julho e 22 de agosto de 2017, era a obtenção de «(i) uma decisão da Autoridade da Concorrên-
cia na qual esta declare que a concentração em causa não se enquadra no âmbito do procedimen-
to de controlo de concentrações; (ii) uma decisão da Autoridade da Concorrência, na qual esta
declare que a decisão de não oposição foi obtida; ou (iii) a ausência de decisão pela Autoridade da
Concorrência até ao final do prazo aplicável, resultando na aprovação da aquisição prevista no
Contrato de Compra e Venda (conforme disposto no artigo 50.º, n.º 4, ou no artigo 53.º, n.º 5, da
Lei da Concorrência)».
No dia 18 de junho de 2018, a Oferente comunicou ao mercado que, tendo chegado ao fim o pra-
zo acordado entre esta e a Promotora de Informaciones, S.A. para a conclusão da aquisição de
ações da Visada, e tendo a Autoridade da Concorrência comunicado formalmente a rejeição dos
compromissos que a Oferente se tinha prestado a assumir no sentido de obter uma decisão favo-
rável à aquisição daquelas ações, aquela aquisição já não iria ocorrer, pelo que se iria extinguir o
processo de controlo de concentrações. Em sequência, considerava a Oferente definitivamente
não verificada a designada condição de lançamento da oferta.
A extinção do processo de controlo de concentrações foi confirmada publicamente pela Autorida-
de da Concorrência, no dia 19 de junho de 2018.
Em resultado da extinção daquele processo, e após a realização de um conjunto de diligências por
esta Comissão por forma a aferir as condições do seu encerramento, bem como a inexistência de
elementos reveladores de exercício efetivo de controlo ou influência dominante por parte da Ofe-
rente sobre a Visada, conclui-se pela impossibilidade definitiva de verificação de requisito legal de
que dependia o deferimento do pedido de registo. Como tal, o Conselho de Administração da
CMVM deliberou indeferir o pedido de registo da referida oferta pública de aquisição, extinguindo
-se consequentemente o procedimento administrativo em curso, nos termos dos artigos 115.º/1/
a) e 119.º/1/b), ambos do Código dos Valores Mobiliários.
CMVM | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
08
Relatório Anual sobre os Mercados de Valores Mobiliários - 2017
12 de julho de 2018
A CMVM publicou hoje no seu sítio na Internet o "Relatório Anual sobre os Mercados de Valores
Mobiliários" relativo a 2017, um documento que analisa o desempenho dos mercados financeiros
e dos instrumentos financeiros no referido ano, e dos fatores económicos que sustentaram essa
performance.
Em síntese, o "Relatório Anual sobre os Mercados de Valores Mobiliários" relativo a 2017 conclui
que os índices acionistas mundiais reforçaram a tendência de valorização, influenciada pelo oti-
mismo quanto ao cenário macroeconómico global e pelo sentimento económico positivo futuro.
Na Zona Euro, EUA e BRICS a atividade económica acelerou e foi acompanhada pela diminuição
progressiva da taxa de desemprego, em particular nos EUA.
Em Portugal, o PSI 20, com uma subida homóloga de 15,2%, registou em 2017 uma valorização
superior à dos principais índices acionistas de referência na Europa e o valor negociado (de 23,6
mil milhões de euros) também aumentou, mantendo-se a volatilidade em níveis historicamente
reduzidos. Num período de taxas de juro historicamente baixas, o investimento no mercado acio-
nista gerou maior retorno do que a generalidade de outras aplicações financeiras, como obriga-
ções do Tesouro ou certificados de aforro.
O nível global da liquidez do mercado de dívida soberana também aumentou em 2017.
As empresas nacionais continuaram o seu processo de desalavancagem, e dão sinais de pretende-
rem aumentar o investimento em 2018. O mercado de capitais, embora continue a ser pouco usa-
do pelas empresas nacionais como forma de financiamento do seu investimento, apresentou uma
ligeira subida face a 2016.
Realizaram-se no mercado nacional duas operações de aumento de capital por empresas cotadas,
algo que já não se observava desde 2015, e seis ofertas públicas de aquisição.
No mercado secundário, assistiu-se, pela primeira vez, à admissão à negociação de contratos de
derivados sobre gás natural no mercado ibérico de eletricidade MIBEL.
Na gestão de ativos assistiu-se ao aumento global dos valores administrados, com os fundos es-
trangeiros comercializados em Portugal a ganharem peso relativo. A gestão de ativos correspon-
dia a 45% do PIB em Portugal. Por outro lado, assistiu-se à diminuição da colocação de produtos
financeiros complexos e ao aumento do peso relativo da colocação de produtos com capital ga-
rantido. Na área do capital de risco, também se observou um aumento dos ativos sob gestão dos
operadores nacionais.
CMVM | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
09
Em 2018, o cenário de crescimento económico poderá ser afetado de forma adversa por fatores
exógenos decorrentes de condicionantes de natureza geopolítica e de recrudescimento do prote-
cionismo no comércio externo mundial.
A alteração abrupta das previsões macroeconómicas e o aumento da incerteza relativamente às
opções de política monetária, caso se verifiquem, poderão ter um impacto negativo no prémio de
risco dos diversos ativos e gerar correções nos principais índices acionistas, bem como um aumen-
to das yields da dívida pública.
Apesar de um aumento das taxas de juro pesar negativamente sobre o serviço da dívida dos agen-
tes económicos, atendendo ao ainda elevado nível de alavancagem, também poderá ser suscetí-
vel de gerar uma diminuição dos comportamentos de procura de retorno (search for yield) e ter
um impacto positivo na rentabilidade do sistema bancário.
Adicionalmente, uma menor taxa de desemprego e o crescimento do rendimento das famílias e
da procura poderão eventualmente compensar os efeitos negativos ao nível dos créditos contraí-
dos, embora seja expectável que a poupança, essencial ao reforço do investimento, se mantenha
em níveis baixos.
O Conselho de Administração da CMVM, na mensagem que publica neste relatório, lembra que
2018 ficará também marcado pela implementação da nova Diretiva dos Mercados de Instrumen-
tos Financeiros (DMIF II), que "deverá, previsivelmente, determinar alterações significativas no
comportamento dos diversos agentes económicos, contribuindo para uma melhoria das condi-
ções e do contexto de investimento a nível global, bem como para a retoma da confiança dos in-
vestidores".
Em anos anteriores, a análise dos mercados financeiros foi parte integrante do Relatório Anual da
CMVM, juntamente com o Relatório de Atividades. A partir deste ano, dada a sua relevância e
natureza, este relatório passa a ser publicado autonomamente.
CMVM | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
10
Supervisores organizaram ação de formação financeira
para autarquias do Alto Tâmega
18 de julho de 2018
Nos dias 10, 11 e 12 de julho teve lugar, em Chaves, uma ação de formação financeira dirigida a
colaboradores das autarquias locais do Alto Tâmega, no âmbito do Acordo de Cooperação cele-
brado entre o Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (Banco de Portugal, Autoridade de
Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), a
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) e a CIM do Alto Tâme-
ga, no passado dia 11 de junho.
Esta primeira iniciativa com as autarquias da CIM do Alto Tâmega dá continuidade à implementa-
ção do Protocolo de Cooperação celebrado em 2017 entre o CNSF e a CCDR-N, que visa a promo-
ção da formação financeira na região Norte, através das autarquias locais. Recorde-se que esta
parceria teve início no ano passado, com um projeto-piloto similar desenvolvido com a CIM do
Tâmega e Sousa.
Na sessão de encerramento da formação, o Presidente da CCDR-N, Fernando Freire de Sousa, sali-
entou a importância deste projeto: “estamos aqui a tratar de questões que são muito importan-
tes para todas as populações: para os jovens, para os mais idosos, para as populações vulneráveis
mas também para os pequenos empresários e empreendedores”. Acrescentou ainda que:
“estamos a começar por zonas de maior interioridade porque achamos que aí há uma focagem
maior dos problemas em determinadas populações em risco, inclusive mais envelhecidas”.
O Vice-Presidente da CIM do Alto Tâmega e Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz
Ribeiro, adiantou que cabe agora às autarquias difundir os conhecimentos pelas organizações,
empresas e cidadãos: “queremos que estejam mais preparados para estas novas formas de tran-
sação financeira. O passado mostrou-nos que algumas situações de iliteracia financeira podem
resultar em situações indesejáveis”.
A formação teve início no dia 10 de julho com uma sessão de abertura que contou com a presen-
ça de representantes da CCDR-N, da CIM do Alto Tâmega e da Comissão de Coordenação do Plano
Nacional de Formação Financeira.
No último dia da formação, a 12 de julho, realizou-se uma sessão de encerramento com a presen-
ça do Presidente da CCDR-N, Fernando Freire de Sousa, do Vice-Presidente da CIM do Alto Tâme-
ga e Presidente da Câmara Municipal de Chaves, Nuno Vaz Ribeiro, e da Comissão de Coordena-
ção do Plano.
Supervisão | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
11
A formação teve lugar na Biblioteca Municipal de Chaves e contou com participantes das seis au-
tarquias locais que integram a CIM do Alto Tâmega: Boticas, Chaves, Montalegre, Ribeira de Pena,
Valpaços e Vila Pouca de Aguiar.
O objetivo desta ação de formação foi reforçar as competências dos colaboradores destas autar-
quias e disponibilizar-lhes ferramentas que lhes permitam dinamizar campanhas de sensibilização
financeira dirigidas à população local, bem como esclarecer os cidadãos em temas como planear e
gerir o orçamento familiar, a importância da poupança, o recurso ao crédito e os seguros. A for-
mação foi ministrada por representantes do Banco de Portugal, da Autoridade de Supervisão de
Seguros e Fundos de Pensões e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.
Supervisão | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
12
Conselho Nacional de Supervisores Financeiros
e Instituto do Emprego e Formação Profissional assinam acordo
de cooperação para a promoção da formação financeira
3 de julho de 2018
O Conselho Nacional de Supervisores Financeiros (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários,
Banco de Portugal e Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões) e o Instituto do
Emprego e Formação Profissional (IEFP) assinaram um Acordo de Cooperação para a promoção da
formação financeira na formação profissional, no âmbito do Plano Nacional de Formação Finan-
ceira.
O acordo foi assinado, pela Presidente da CMVM, Gabriela Figueiredo Dias, pelo Presidente do
CNSF, Carlos da Silva Costa, pela Vice-Governadora do BdP, Elisa Ferreira e pelo Presidente da
ASF, José Figueiredo Almaça e em representação do IEFP pelo seu Presidente, António Valadas da
Silva e pelo seu Vice-Presidente Paulo Feliciano.
É objetivo deste acordo a promoção e a integração de conteúdos de formação financeira nos per-
cursos formativos dos cursos de formação profissional ministrados pelos centros de emprego de
todo o país, aproveitando a distribuição regional destes centros e reforçando assim a capilaridade
das iniciativas do Plano.
Os supervisores financeiros e o IEFP reconhecem que a integração de conteúdos de formação fi-
nanceira nos cursos de formação profissional de adultos e jovens proporciona a aquisição de com-
petências para a sua melhor integração no mercado de trabalho.
Para o IEFP é importante que a formação possa também qualificar as pessoas através do desen-
volvimento de competências transversais, das quais os temas financeiros constituem uma verten-
te essencial.
Supervisão | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
13
Para o CNSF trata-se de uma parceria fundamental para potenciar o efeito multiplicador da for-
mação financeira, num contexto económico e tecnológico em que às pessoas é exigido cada vez
mais que estejam capacitadas para uma gestão ativa da sua situação profissional, seja enfrentan-
do a diminuição de rendimentos, seja por exigência de mobilidade.
A implementação do presente Acordo tem como linhas de ação a realização de sessões de forma-
ção financeira dirigidas aos formadores dos centros de formação profissional; o apoio a iniciativas
de formação financeira que, posteriormente, venham a ser desenvolvidas por estes; a divulgação
junto da rede nacional de centros de formação profissional da importância da inclusão dos conte-
údos de formação financeira nos percursos formativos; e a colaboração na produção de materiais
adequados às diversas iniciativas.
Supervisão | Notas
B o l e t i m Mensal da CMVM
14
Supervisores iberoamericanos dos mercados de valores mobiliários
assinam acordo relativo a projetos FinTech
2 de julho de 2018
A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) assinou um acordo de colaboração, con-
sulta e troca de informações em matéria de projetos FinTech (acrónimo inglês, refere-se à inova-
ção tecnológica nos serviços financeiros), e no que se refere a RegTech, com outras autoridades
de supervisão membros do Instituto Iberoamericano de Mercados de Valores (IIMV).
O acordo prevê a troca de informação, experiências e conhecimento neste âmbito, contemplando
ainda a cooperação em iniciativas conjuntas relacionadas com o desenvolvimento do ecossistema
FinTech, incluindo espaços de ensaio comuns (sandboxes).
Pretende-se, assim, com a assinatura deste acordo, a criação de um espaço iberoamericano de
desenvolvimento de projetos FinTech, sendo esta uma área que os supervisores e reguladores
financeiros deverão acompanhar, a par da sua missão basilar de proteção do investidor.
Os membros do IIMV que aderiram ao acordo a 30 de junho de 2018 foram as autoridades de su-
pervisão da Argentina, Colômbia, Honduras, Paraguai, Peru, Portugal, Republica Dominicana e
Espanha.
O IIMV foi constituído em maio de 1999 e tem sede em Madrid. Tem por missão impulsionar o
desenvolvimento e modernização dos mercados de valores mobiliários nos países iberoamerica-
nos, e visa melhorar o conhecimento da estrutura e da regulação destes mercados, potenciar a
respetiva harmonização e fomentar a cooperação entre os supervisores.
Supervisão | Notas
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Regulamento do Prospeto - Novas regras sobre limiares aplicáveis ao dever
de publicação de prospeto (art.1º, n.º3 e 3º, n.º2) a partir de 21 de julho de 2018
I. No dia 30 de junho foi divulgado o Regulamento (UE) 2017/1129 do Parlamento Europeu e do
Conselho, de 14 de junho de 2017, relativo ao prospeto a publicar em caso de oferta de valores
mobiliários ao público ou da sua admissão à negociação num mercado regulamentado
("Regulamento do Prospeto").
Este Regulamento vem revogar a Diretiva 2003/71/CE e será aplicável a partir de 21 de julho de
2019, com exceção de três disposições, que entram em vigor antes dessa data.
A partir de 20 de julho de 2017 tornou-se aplicável o artigo 1.º, n.º 5, primeiro parágrafo, alíneas
a), b) e c) e o artigo 1.º, n.º 5, segundo parágrafo, conforme comunicado da CMVM de 20 de julho
de 2017.
A partir de 21 de julho de 2018 será aplicável o disposto nos artigos 1.º, n.º 3 e 3.º, n.º 2.
II. As normas aplicáveis a partir de 21 de julho de 2018 são as seguintes:
Artigo 1.º
Objeto, âmbito de aplicação e isenções
(...)
3. Sem prejuízo do disposto no segundo parágrafo do presente número e no artigo 4.º [prospeto
voluntário], o presente regulamento não se aplica a uma oferta de valores mobiliários ao público
com um valor total na União inferior a 1 000 000 EUR, calculado ao longo de um período de 12
meses.
Os Estados-Membros não podem estender a obrigação de elaboração de um prospeto nos termos
do presente regulamento às ofertas de valores mobiliários ao público a que se refere o primeiro
parágrafo do presente número. Contudo, nesses casos, os Estados-Membros podem exigir outros
requisitos de divulgação a nível nacional, na medida em que tais requisitos não constituam um
encargo desproporcionado ou desnecessário.
(...)
Artigo 3.º
Obrigação de publicação de um prospeto e isenções
(...)
2. Sem prejuízo do artigo 4.º [prospeto voluntário], um Estado-Membro pode decidir isentar as
ofertas de valores mobiliários ao público da obrigação de publicar um prospeto estabelecida no
n.º 1 desde que:
a) Essas ofertas não estejam sujeitas a notificação nos termos do artigo 25.º; e
b) O valor total de cada uma dessas ofertas na União seja inferior a um montante monetá-
rio calculado ao longo de um período de 12 meses, que não pode ser superior a 8 000 000 EUR.
Supervisão | Regulamentos
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Os Estados-Membros notificam a Comissão e a ESMA se e de que modo decidem aplicar a isenção
prevista no primeiro parágrafo, incluindo o montante monetário abaixo do qual é aplicável a
isenção às ofertas nesse Estado-Membro. Os Estados-Membros notificam também a Comissão
e a ESMA de quaisquer alterações subsequentes desse montante monetário.
(...)
III. Assim, por referência às disposições aplicáveis a partir de 21 de julho de 2018, verifica-se que
o referido Regulamento do Prospeto não se aplicará a uma oferta de valores mobiliários ao públi-
co com um valor total na União Europeia inferior a 1.000.000 EUR (calculado ao longo de um perí-
odo de 12 meses). Por conseguinte, não poderá ser exigida a publicação de um prospeto no âmbi-
to de ofertas abaixo daquele montante (artigo 1.º, n.º 3).
Adicionalmente, o Regulamento do Prospeto atribui aos Estados-Membros a opção de isentar do
dever de divulgação de prospeto as ofertas de valores mobiliários ao público que, encontrando-se
acima daquele limiar mínimo (1.000.000 EUR) não excedam um limiar máximo de 8.000.000 EUR
(calculado ao longo de um período de 12 meses) (artigo 3.º, n.º 2).
As ofertas isentas da obrigação de publicar um prospeto não beneficiarão do regime de passapor-
te previsto no Regulamento do Prospeto.
IV. No que respeita ao direito nacional, o artigo 111.º, n.º 1, al. i) do Código dos Valores Mobiliá-
rios estabelece, atualmente, que as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários cujo
valor total na União Europeia seja inferior a 5.000.000 EUR (calculado ao longo de um período de
12 meses) se encontram excetuadas da aplicação das disposições nacionais relativas às ofertas
públicas, porque não se lhes aplica o título III daquele Código. Como tal, a tais ofertas não se apli-
cam os deveres de elaboração de prospeto e de aprovação de publicidade.
Com a entrada em vigor do artigo 3.º, n.º 2 do Regulamento do Prospeto, será possível, a qual-
quer momento, alterar o limiar que se manterá fixado nos 5.000.000 EUR, desde que nunca ve-
nha a ser inferior a 1.000.000 EUR ou superior a 8.000.000 EUR.
Uma vez que o referido Regulamento, integralmente aplicável a partir de 21 de julho de 2019,
implicará ajustamentos a introduzir no regime jurídico nacional, deverá ser oportunamente apre-
ciada a possibilidade de isentar da exigibilidade de prospeto e de aprovação prévia de publicidade
as ofertas públicas que não excedam um limiar máximo de 8.000.000 EUR (calculado ao longo de
um período de 12 meses), com propósito de promoção do acesso ao mercado de capitais, em par-
ticular por pequenas e médias empresas, para os quais se revela indispensável a flexibilização e
adequação dos requisitos aplicáveis à dimensão e estádio de desenvolvimento das mesmas.
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Indicadores mensais de receção de ordens
julho de 2018
Em julho, o índice PSI-20 encerrou nos 5.619,80 pontos, mais 1,7% do que em junho e mais 8,3%
do que no período homólogo de 2017. A Galp (13,47%), a EDP (13,23%), e o BCP (10,86%) foram
os emitentes com maior representatividade no índice.
A volatilidade do índice foi de 7,05%, abaixo dos 13,19% fixados no sexto mês deste ano e dos
10,64% registados em igual período do ano passado.
O valor das transações efetuadas no mercado secundário a contado totalizou 3.184,4 milhões de
euros, mais 1.388,0 milhões (77,3%) do que no mês anterior, mas menos 172,8 milhões (5,1%) do
que em julho de 2017. Na Euronext Lisbon, o volume de transações situou-se em 3.140,8 milhões
de euros, o que representa uma subida mensal de 79,2% e uma queda homóloga de 4,3%.
No MTS Portugal, o volume transacionado sobre títulos de dívida totalizou 8.888,0 milhões de
euros em julho, o que representa um crescimento de 73,1% face ao mês anterior, com as transa-
ções sobre Obrigações do Tesouro a aumentarem 94,8% e sobre Bilhetes do Tesouro a subirem
53,4%.
A capitalização bolsista da Euronext Lisbon totalizou 286.120,1 milhões de euros, mais 3.786,4
milhões (1,3%) do que no mês anterior e mais 1,2% do que no período homólogo. O segmento
acionista subiu 2,1% para 145.826,8 milhões de euros, enquanto o segmento obrigacionista cres-
ceu 0,5% para 136.997,5 milhões de euros.
O valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores mobiliários e fundos de
investimento alternativo caiu 1,0% em junho face a maio, para 12.193,8 milhões de euros. Nos
fundos de investimento imobiliário e fundos especiais de investimento imobiliário o montante sob
gestão cresceu 0,5% para 10.871,3 milhões de euros.
Estatísticas:
http://www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/EstatisticasPeriodicas/
IndicadoresMensaisDoMercadoDeCapitaisPortugues/Pages/Julho2018.aspx?
shpage=IndicadoresMensaisDoMercadoDeCapitaisPortugues?v
Mercados | Estatísticas
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Indicadores trimestrais de day-trading
2º trimestre de 2018
O valor total negociado em day-trading na Euronext Lisbon caiu 28,6% no segundo trimestre de
2018 face aos três meses anteriores. Em média, o valor negociado por intermediário financeiro
(IF) decresceu 33,1%.
No segmento acionista, estas transações registaram uma descida de 1,4 pontos percentuais (p.p.),
representando 3,0% do valor negociado.
No mesmo período, 98,5% do valor da negociação em day-trading foi efetuado por investidores
não institucionais e 1,5% por institucionais (excluindo carteira própria dos IF's).
Os investidores residentes efetuaram no trimestre 95,2% do valor de day-trading e os não resi-
dentes 4,8% (excluindo carteira própria dos IF's). Entre os investidores residentes, os principais
ordenantes foram os investidores não institucionais (93,7%).
As ordens transmitidas pela internet corresponderam a 90,5% do total, por outros meios eletróni-
cos a 5,0% e por outros canais a 4,5%.
As transações em day-trading continuaram a ser efetuadas maioritariamente para a carteira dos
clientes dos IF's, representando 98,3% do valor total negociado.
Os três intermediários financeiros com maior quota de mercado foram responsáveis por 62,7% do
valor de day-trading entre abril e junho, percentagem superior à registada no trimestre anterior.
Estatísticas:
http://www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/EstatisticasPeriodicas/Day-trading/Pages/2018_2t.aspx?
shpage=Day-trading?v
Intermediários Financeiros | Estatísticas
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Indicadores mensais de receção de ordens
junho de 2018
Em junho de 2018, o valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediá-
rios financeiros registados na CMVM totalizou 5.587,1 milhões de euros, menos 50,8% do que em
maio. Desde o início do ano, este indicador caiu 17,1% face a igual período do ano passado.
O valor mensal decresceu em todos os segmentos. Nas ordens relativas a instrumentos financei-
ros de dívida pública e de dívida privada caiu, respetivamente, 65% para 2.516,4 milhões de
euros, e 33% para 1.029,4 milhões. Nas ordens relativas a ações, o valor recuou 29% para 1.449,5
milhões de euros.
O Banco BPI teve a maior quota de mercado nas transações sobre ações (29,3%), seguindo-se o
BCP (10,7%) e o Haitong Bank (8,5%). Na dívida (pública e privada), a maior quota pertenceu ao
Banco LJ Carregosa (45,3%), seguindo-se o Novo Banco (25,1%) e a Patris (10,4%).
O valor das ordens sobre instrumentos financeiros derivados cresceu 57,0% face ao mês anterior,
para 12.297,8 milhões de euros, enquanto o número de contratos negociados aumentou 21,3%.
Os futuros foram o instrumento financeiro mais negociado no mercado de derivados (50,7% do
total), tendo as transações subido 98,7% em relação a maio. Já as transações sobre CFDs cresce-
ram 31,2%.
No mesmo período, o valor das ordens de residentes registou uma descida mensal de 16,1%,
enquanto o das ordens de não residentes caiu 68,6%.
Quanto ao mercado de execução, 40,2% foram executadas fora de mercado, 13,3% nos mercados
internacionais, 14,0% nos mercados regulamentados nacionais e 32,6% foram internalizadas.
Estados Unidos, França e Espanha foram os três principais destinos das ordens executadas sobre
ações fora de Portugal, enquanto Reino Unido, Luxemburgo e Itália foram o principal destino das
ordens sobre títulos de dívida.
Estatísticas:
http://www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/EstatisticasPeriodicas/RecepcaodeOrdens/Pages/
Junho2018.aspx?shpage=RecepcaodeOrdens?v
Intermediários Financeiros | Estatísticas
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Fundos de Investimento mobiliário
junho 2018
Em junho de 2018, o valor sob gestão dos organismos de investimento coletivo em valores
mobiliários (OICVM) totalizou 11.228,9 milhões de euros, menos 102,4 milhões de euros (0,9%)
do que em maio. Nos organismos de investimento alternativo (OIA), o valor mensal sob gestão
decresceu 2,0% para 965,0 milhões de euros.
O valor das aplicações em ações de emitentes nacionais registou uma subida de 1,8% em relação
ao mês anterior, enquanto nas de emitentes estrangeiros recuou 1,8%. No que respeita à dívida
pública, o valor das aplicações desceu 27,8% na nacional e 1,4% na estrangeira. Também o valor
aplicado em obrigações caiu na de emitentes nacionais e na de estrangeiros, respetivamente 7,6%
e 2,0%.
O BCP manteve-se como o título com maior peso nas carteiras dos fundos, representando 11,0%
do total investido, com uma subida mensal de 2,9%. Seguiram-se a Galp, cujo valor nas carteiras
dos fundos aumentou 10,8%, e a Sonae SGPS, que desceu 8,4%.
No que respeita ao investimento em títulos da União Europeia, os mais representativos nas cartei-
ras dos fundos de investimento foram a LVMH, a Siemens e a Inditex. Fora da União Europeia
destacaram-se a Microsoft, a Apple Computer e a Visa.
O Luxemburgo continuou a ser o principal destino de investimento dos OICVM em junho, ao
absorver 17,1% do total das aplicações dos fundos, seguido da Alemanha e Reino Unido (14,7%
ambos). Portugal absorveu 9,3% do investimento.
As sociedades gestoras com as maiores quotas de mercado foram a Caixagest (32,7%), a BPI
Gestão de Activos (24,7%), e a IM Gestão de Ativos (17,7%).
Estatísticas:
http://www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/EstatisticasPeriodicas/FundosDeInvestimentoMobiliario/Pages/Junho2018.aspx?shpage=FundosDeInvestimentoMobiliario?v=
Organismos de Investimento Coletivo | Estatísticas
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Fundos de Investimento imobiliário
junho 2018
Em junho de 2018, o valor sob gestão dos fundos de investimento imobiliário (FII), dos fundos es-
peciais de investimento imobiliário (FEII) e dos fundos de gestão de património imobiliário
(FUNGEPI) atingiu 10.871,3 milhões de euros, mais 50,0 milhões (0,5%) do que em maio.
O montante investido nos fundos de investimento imobiliário subiu 0,9% para 7832,5 milhões de
euros. Nos FEII o valor recuou 0,7% para 2.543,8 milhões de euros e nos FUNGEPI desceu 0,2%
para 495,0 milhões de euros.
No período em análise, os países da União Europeia foram o destino da totalidade do investimen-
to feito em ativos imobiliários, tendo 43,9% da carteira dos FII e FEII abertos sido aplicados em
imóveis do setor dos serviços e 22,1% no comércio. Os investimentos realizados pelos FUNGEPI
destinaram-se sobretudo ao setor do comércio (44,5% do total).
A Interfundos (14,7%), a Norfin (11,8%) e a GNB (9,8%) detinham as quotas de mercado mais
elevadas.
Em junho, foi constituído o “Fundo Fechado de Investimento Imobiliário LCN Portuguese Fund 1”,
gerido pela Fund Box – SGFII.
No mesmo período foi liquidado o “Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imosaúde”, gerido
pela Selecta – SGFII.
Ainda em junho, o fundo de investimento imobiliário “Capital Real I – Fundo de Investimento
Imobiliário Fechado”, gerido pela Fibeira Fundos – SGFII, passou a fundo especial de investimento
imobiliário, tendo a denominação sido alterada para “Capital Real I - Fundo Especial de
Investimento Imobiliário Fechado”.
Estatísticas:
http://www.cmvm.pt/pt/Estatisticas/EstatisticasPeriodicas/FundosDeInvestimentoImobiliario/
Pages/junho-2018.aspx
Organismos de Investimento Coletivo | Estatísticas
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Rua Laura Alves, n.º 4 1064-003 LISBOA
E-mail: [email protected] Telefone: (+351) 213 177 000
Fax: (+351) 213 537 077
Linha Verde: 800 205 339
B o l e t i m Mensal da CMVM edição online
Julho 2018 | Nº 303