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MERCADO FINANCEIRO Mercado Financeiro e de Capitais Alexandre Assaf Neto-Mercado Financeiro- Atlas- 5 edição,SP,2000. (1) -Desenvolvimento, Crescimento Econômico e Intermediação Financeira. -Conceitos e Funções de Moeda-Inflação-Meio de Pagamento- Balanço do Banco Central. -As Principais Contas do Balanço Patrimonial apuradas pelo Banco Central. -Órgãos do Sistema Financeiro Nacional.

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MERCADO FINANCEIRO Mercado Financeiro e de CapitaisAlexandre Assaf Neto-Mercado Financeiro- Atlas- 5 edição,SP,2000.

(1)

-Desenvolvimento, Crescimento Econômico e Intermediação Financeira.

-Conceitos e Funções de Moeda-Inflação-Meio de Pagamento-Balanço do Banco Central.

-As Principais Contas do Balanço Patrimonial apuradas pelo Banco Central.

-Órgãos do Sistema Financeiro Nacional.

Professor Ms. Regis Ximenes

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Desenvolvimento, Crescimento Econômico e Intermediação Financeira

Crescimento econômico é um conceito mais restrito, que envolve a expansão quantitativa da capacidade produtiva de um país ao longo do tempo(produção de bens e serviços superior ao de sua população). Desenvolvimento econômico além das consideradas na avaliação do crescimento econômico, seu conceito é mais complexo, necessitando de outros indicadores socioeconômicos de renda, saúde, educação, etc. Intermediação financeira em economias mais desenvolvidas têm por características um sistema bastante diversificado e ajustado às necessidades de seus agentes produtivos, de forma a executar sua função primordial de direcionar recursos de unidades superavitárias para financiar unidades com carência de capital para investimento.

O objetivo de Crescimento e Desenvolvimento Econômico pelos países elevou a importância do papel do sistema financeiro, por meio de seu aporte de liquidez ao mercado e oferta de recursos para financiamento.

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Intermediação Financeira

Os recursos da economia são movimentados no mercado, em sua maior parte, por intermediários financeiros, que trabalham de forma especializada e voltados para entrosar, expectativas e interesses de agentes econômicos com capacidade de poupança com os tomadores de recursos.Essa intermediação se processa pela colocação de títulos e valores econômicos no mercado por meio de instituições, como bancos, caixas econômicas, fundos de pensão, entre outros.

Os agentes econômicos com déficit de caixa recorre a empréstimos que são viabilizados por unidades superavitárias(poupadores), mediante a emissão de diferentes ativos financeiros (debêntures,bonds,ações,CDB)

Outra vantagem oferecida pelo sistema de intermediação é a gestão do risco dos investidores, que possibilita a montagem de carteiras de ativos diversificadas e de menor risco.

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Conceitos e Funções da Moeda

A moeda é um meio de pagamento legalmente utilizado para realizar transações com bens e serviços. O uso da moeda viabiliza o funcionamento de toda a economia, indicando os bens e serviços a serem produzidos de maneira a satisfazer aos seus desejos de demanda dos vários agentes.

Funções-Como instrumento de troca, promovendo o intercâmbio de certos bens e serviços por outros (não há escambo). Sua divisibilidade, que permite a negociação de partes ou frações dos bens e serviços (permite agilidade nas transações).Como medida de valor ( unidade de conta, permitindo inclusive comparações).E também como reserva de valor , permitindo que os agentes econômicos mantenham seus patrimônios para uso posterior. Essa característica, no entanto, é prejudicada em ambiente de inflação.

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INFLAÇÃO

•Inflação é um processo pelo qual ocorre aumento generalizado nos preços dos bens e serviços, provocando perda do poder aquisitivo da moeda. Isso faz com que o dinheiro valha cada vez menos, sendo necessária uma quantidade cada vez maior dele para adquirir os mesmos produtos.

•Há vários fatores que podem gerar inflação. O aumento muito grande do preço de um item básico na economia pode contaminar os demais preços provocando uma alta generalizada. É o caso do petróleo e da energia elétrica, por exemplo. O excesso de consumo também provoca inflação, pois os produtos tornam-se escassos ocasionando aumento de seus preços. Em outra hipótese, se o Governo gasta mais do que arrecada, e para pagar suas contas emite papel-moeda, provoca inflação, pois está desvalorizando a moeda, uma vez que criou dinheiro novo sem lastro, sem garantia, sem que tenha havido criação de riqueza, de produção.

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INFLAÇÃO

•Assim, os bens e serviços continuam os mesmos, mas o dinheiro em circulação aumenta de volume. Passa-se, então, a exigir maior quantidade de dinheiro pela mesma quantidade de produto, o que alguns economistas chamam de dinheiro fraco, dinheiro podre.

•O processo inflacionário, quando instalado, é de difícil controle. Funciona como um círculo vicioso, obrigando a realização de reajustes periódicos de preços e salários, com o seu conseqüente agravamento. E quem mais sofre com tudo isso é a camada mais pobre da população, que não tem como se proteger. Em épocas de inflação galopante, tivemos no Brasil contas bancárias com reajustes diários como forma de repor o poder de compra que o dinheiro perdia de um dia para o outro. Mas as pessoas mais pobres não tinham (e ainda não têm) acesso a contas bancárias, não podendo se utilizar desse benefício. E assim, seu dinheiro valia menos a cada dia.

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INFLAÇÃO

•A Correção Monetária tem o objetivo de minimizar (ou até neutralizar) as distorções causadas pela inflação na economia. Com ela, os valores monetários são reajustados com base na inflação ocorrida no período anterior, calculada por índices que procuram medir as mudanças que ocorrem nos níveis de preços de um período para outro.

•No Brasil, o cálculo destes índices é feito por entidades credenciadas, como o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

•Outras instituições também têm elaborado estes cálculos, como a FGV - Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro; FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas e o DIEESE - Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos, ambos em São Paulo; o IPEAD - Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis, em Belo Horizonte, dentre outros.

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INFLAÇÃO

•Os índices de preços, ou de inflação, são, portanto, indicadores que procuram mensurar a evolução do nível de preços. É um número que está associado à média ponderada dos preços de um conjunto de produtos, denominado cesta, em um determinado período. Assim, se de um mês para o outro determinado índice de preços sofre uma elevação de 0,6%, por exemplo, significa que os preços que fazem parte da cesta correspondente a esse índice aumentaram, em média, 0,6%.

•Há diversos índices que são utilizados para medir a inflação, cada um com metodologia de cálculo própria e com utilização específica. Para aferir, por exemplo, a variação dos preços dos produtos finais consumidos pela população, usa-se o índice de custo de vida (ICV) ou o índice de preços ao consumidor (IPC), tomando por base os produtos de consumo de uma família-padrão para toda a sociedade ou certa classe.

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INFLAÇÃO

•Para medir a variação nos preços dos insumos e fatores de produção e demais produtos intermediários, usam-se índices de preços ao produtor ou o índice de preços no atacado (IPA). A inflação no Brasil levou à criação de muitos índices diferentes para medir a inflação e corrigir a desvalorização da moeda.

Atualmente, os principais são:

•IPC Fipe - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FIPE/USP (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo), mede a variação dos preços de produtos e serviços, no município de São Paulo, para famílias que ganham entre um e vinte salários mínimos.

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INFLAÇÃO

•IGP-M - Índice Geral dos Preços do Mercado, calculado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas). A coleta de preços é feita entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês corrente, com divulgação no dia 30. É composto por três índices: Índice de Preços no Atacado (IPA), Índice de Preços ao Consumidor (IPC) e Índice Nacional do Custo da Construção (INCC), que representam 60%, 30% e 10%, respectivamente, do IGP-M. É um dos índices mais utilizados.

•IPC - Índice de Preços ao Consumidor, calculado pela FGV, mede a inflação para famílias com rendimentos entre um e 33 salários mínimos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. O IPC representa 30% do IGP-M. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 30%.

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INFLAÇÃO

•IPA - Índice de Preços no Atacado, calculado pela FGV, com base na variação dos preços no mercado atacadista. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 60%.

•INCC - Índice Nacional do Custo da Construção, calculado pela FGV, mede a variação de preços de um conjunto (cesta) de produtos e serviços utilizados pelo setor de construção civil. Este índice é calculado para três intervalos diferentes e compõe os demais índices calculados pela FGV (IGP-M, IGP-DI e IGP-10) com um peso de 10%.

•IGP-DI - Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna. É calculado pela FGV entre o primeiro e o último dia do mês. Sua divulgação ocorre por volta do dia 10 do mês seguinte. Mede os preços que afetam diretamente a atividade econômica do País, excluídas as exportações. A exemplo do IGP-M, também é composto pela média ponderada do IPC, IPA e INCC, calculados para o respectivo período.

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INFLAÇÃO

•INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor. Calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e oito salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis. É o índice mais utilizado.

•IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Ampliado. É calculado pelo IBGE nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além do Distrito Federal e do município de Goiânia. Mede a variação nos preços de produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas entre um e quarenta salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e é divulgado aproximadamente após o período de oito dias úteis.

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INFLAÇÃO

•ICV - Índice do Custo de Vida, calculado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos) mede a variação dos preços em quatro grupos: alimentação, transportes, saúde e habitação. A pesquisa é realizada no município de São Paulo, pegando todas as faixas de renda. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no início da 2a quinzena do mês seguinte.

•ICVM - Índice do Custo de Vida da Classe Média. Calculado pela Ordem dos Economistas, a pesquisa é realizada no município de São Paulo tomando como base as despesas das famílias que tenham uma renda mensal na faixa entre dez e quarenta salários mínimos. O período de coleta de preços vai do primeiro ao último dia do mês corrente e o índice é divulgado aproximadamente no décimo dia de mês seguinte.

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Alguns Conceitos Sobre Dissídio Coletivo 

O conceito de dissídio coletivo de trabalho nada mais é do que “...uma ação que vai dirimir os conflitos coletivos de trabalho por meio do pronunciamento do Poder Judiciário do Trabalho...”, enfatizando sobre a necessidade da intervenção do Estado.

Dissídio coletivo é “o processo através do qual se discutem interesses abstratos e gerais, de pessoas indeterminadas (categoria profissional ou econômica), com o fim de se criar ou modificar condições gerais de trabalho, de acordo com o principio da discricionariedade, atendendo-se aos ditames da conveniência e da oportunidade respeitando-se os limites máximos previstos em lei”.

 

 

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É “um processo judicial de solução dos conflitos coletivos econômicos ou jurídicos”.

Dissídio coletivo é uma espécie de ação coletiva conferida a determinados entes coletivos, geralmente os sindicatos, para a defesa dos interesses cujos titulares materiais não são pessoas individualmente consideradas, mas sim grupos ou categorias econômicas, profissionais ou diferenciadas, visando à criação ou interpretação de normas que irão incidir no âmbito dessas mesmas categorias.

 

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DezSet x Set x+1

Inflação do período

Classe com dissídio coletivo no mês de setembro

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COMUNICADO Nº 26.042, DE 24 DE JUNHO DE 2014 • Divulga o Calendário das Reuniões Ordinárias do Comitê de Política

Monetária (Copom) para o ano de 2015. • De acordo com o estabelecido no art. 6º do Regulamento anexo à

Circular nº 3.593, de 16 de maio de 2012, divulgo o calendário das reuniões ordinárias do Comitê de Política Monetária (Copom) para o ano de 2015 determinando a Taxa SELIC.

Datas das Reuniões: 20 e 21 de janeiro 3 e 4 de março 28 e 29 de abril 2 e 3 de junho 28 e 29 de julho 1º e 2 de setembro 20 e 21 de outubro 24 e 25 de novembro

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Conceito de taxa SELICFonte: Banco Central do Brasil

Define-se Taxa Selic como a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais.

Para fins de cálculo da taxa, são considerados os financiamentos diários relativos às operações registradas e liquidadas no próprio Selic e em sistemas operados por câmaras ou prestadores de serviços de compensação e de liquidação (art. 1° da Circular n° 2.900, de 24 de junho de 1999, com a alteração introduzida pelo art. 1° da Circular n° 3.119, de 18 de abril de 2002).

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METODOLOGIA DE CÁLCULO

CIRCULAR N° 3.671, DE 18 DE OUTUBRO DE 2013 Dispõe sobre a metodologia de cálculo da Taxa Selic.

A Diretoria Colegiada do Banco Central do Brasil, em sessão realizada em 16 e 17 de outubro de 2013, no uso da competência descrita no art. 2° do Decreto n° 3.088, de 21 de junho de 1999, e tendo em vista o disposto no art. 2° da Circular n° 2.900, de 24 de junho de 1999,

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RESOLVE:Art. 1° Para fins de cálculo da Taxa Selic são consideradas as operações de compra e venda de títulos federais com compromisso de revenda assumido pelo comprador conjugado com compromisso de recompra assumido pelo vendedor para liquidação no dia útil subsequente, que tenham por contratantes:

I - dois participantes distintos do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic); ou

II - um participante e um cliente de participante, desde que os contratantes tenham liquidantes distintos no Selic.

Parágrafo único. Não integram o universo referido no caput as operações compromissadas a termo, as registradas em data posterior àquela em que efetivamente realizadas, as com taxas pós-fixadas e as que objetivem o acesso temporário a títulos específicos.

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Art. 2° A Taxa Selic, expressa sob a forma anual com duas casas decimais, é calculada de acordo com a seguinte fórmula:

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em que:

I - n: número de operações que compõem a base de cálculo;

II - Rj: valor financeiro da recompra/revenda da j-ésima operação compromissada; e

III - Ij: valor financeiro da compra/venda da j-ésima operação compromissada. § 1° A base de cálculo referida neste artigo corresponde ao universo das operações definidas no art. 1° com exclusão: I - das operações compromissadas com fator diário (Rj/Ij) igual ou inferior a 1 (um) ou superior a 2 (dois); e

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II - de 5% (cinco por cento) do valor financeiro das recompras/revendas remanescentes − e as correspondentes compras/vendas que lhes deram origem − observados os seguintes cortes, em função da distribuição amostral dessas operações:

• a) se simétrica: corte de 5% (cinco por cento) do valor das recompras/revendas relativamente às operações com os maiores e com os menores fatores diários, sendo 2,5% (dois inteiros e cinco décimos por cento) do corte aplicado a cada uma das extremidades consideradas;

• b) se assimétrica positiva: corte de 5% (cinco por cento) do valor das recompras/revendas aplicado sobre as operações com os maiores fatores diários; ou

• c) se assimétrica negativa: corte de 5% (cinco por cento) do valor das recompras/revendas aplicado sobre as operações com os menores fatores diários.

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§ 2° Para fins do disposto no § 1°, o Primeiro Coeficiente de Assimetria de Pearson (SKp1) define a distribuição como:

I - simétrica se o módulo de SKp1 for menor ou igual 0,3 (três décimos);

II - assimétrica positiva se SKp1 for maior que +0,3 (três décimos positivos); e

III - assimétrica negativa se SKp1 for menor que -0,3 (três décimos negativos).

Art. 3° Na hipótese de a base de cálculo de determinado dia, prevista no art. 2°, ser inferior a 50% (cinquenta por cento) da correspondente média aritmética simples apurada nos 5 (cinco) dias úteis anteriores, a Taxa Selic é definida com base na seguinte fórmula:

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Taxa Selic = Meta para a Taxa Selic + Diferença Residual, em que:

I - Meta para a Taxa Selic: meta, definida pelo Comitê de Política Monetária, vigente na data do evento; e

II - Diferença Residual: média aritmética simples da diferença, apurada nos 5 (cinco) dias úteis anteriores ao do evento, entre a Taxa Selic diária e a respectiva meta.

Art. 4° O Departamento de Operações do Mercado Aberto (Demab) fica autorizado a baixar normas complementares e adotar as medidas necessárias à execução do disposto nesta Circular.

Art. 5° Esta Circular entra em vigor da data de sua publicação.

Art. 6° Fica revogado o art. 1° da Circular n° 2.761, de 18 de junho de 1997.

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Produto Interno Bruto – PIBÍndice importante para medir o crescimento econômico de um país

O PIB ou Produto Interno Bruto de um país é o resultado, em dinheiro, da soma de todos os seus bens matérias, serviços finais. A junção dessa definição de recursos é representado pela palavra Produto.

Interno quer dizer que esse valor usa como base somente bens e serviços que agem dentro do país, estado ou cidade que esteja sendo o alvo do cálculo.

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Ele revela o valor (soma) de toda a riqueza (bens, produtos e serviços) produzida por um país em um determinado período, geralmente um ano. Isso inclui do pãozinho até o apartamento de luxo.

São considerados apenas serviços finai, excluindo os serviços intermediários do cálculo, para evitar que se conte duas vezes o mesmo produto. Um serviço intermediário é, por exemplo, o pé de uma geladeira, que mais tarde vira um produto final (uma geladeira).

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    Existe um cálculo para se achar o PIB de determinado local

Veja a fórmula:

C + I  + G + X – M = PIB  

Em que:

C= Consumo Privado ou os gastos da população;

I= Investimentos totais feitos na região;

G= Gastos dos governos;

X= Exportações;

M= Importações.

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Há um diferença entre dois modos de PIB

um é chamado de PIB nominal e, o outro, PIB real.

O nominal usa o valor dos preços dos produtos usados no ano do cálculo. Já no real os preços usados são pré-determinados a partir da escolha de um ano.

Nesse ano são consultados os preços dos produtos a serem levados em conta no cálculo. Esta ultima forma de cálculo, o PIB real, tem a vantagem eliminar os efeitos da inflação.

Inflação é um fenômeno econômico que, dentre outras coisas, causa um aumento nos preços de todos os itens comercializados na área que sofre desse fenômeno.

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O PIB se configura como um importante dado para diagnosticar o ritmo do crescimento, ou não, de um país. Ele pode mostrar que um determinado local pode estar ganhando ou perdendo patrimônio, riquezas e capacidade de produção.

No entanto, apesar de ser amplamente usado para mostrar melhorias ou quedas de rendimento nas áreas pesquisadas, o PIB não pode ser levado em consideração como fator determinante para definir se essa área está melhor economicamente. Isso porque o PIB não leva em consideração vários fatores imprescindíveis que são de suma importância para o desenvolvimento e crescimento de um lugar.

Podemos citar, por exemplo, que o PIB não leva em consideração a distribuição das riquezas de um local, logo, pessoas com muito poder aquisitivo e outras na linha da miséria podem apresentar um PIB melhor que um local onde a maioria tem uma renda média, mas que todos vivem em condições parecidas.

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Fatores que influenciam o PIB

O primeiro fator que influencia diretamente a variação do PIB é o consumo da população. Quanto mais as pessoas gastam, mais o PIB cresce. Se o consumo é menor, o PIB cai.

O consumo depende dos salários e dos juros. Se as pessoas ganham mais e pagam menos juros nas prestações, o consumo é maior e o PIB cresce.

Com salário baixo e juro alto, o gasto pessoal cai e o PIB também. Por isso os juros atrapalham o crescimento do país.

Os investimentos das empresas também influenciam no PIB. Se as empresas crescem, compram máquinas, expandem atividades, contratam trabalhadores, elas movimentam a economia.

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Os juros altos também atrapalham aqui: os empresários não gastam tanto se tiverem de pagar muito pelos empréstimos para investir.

Os gastos do governo são outro fator que impulsiona o PIB. Quando faz obras, como a construção de uma estrada, são contratados operários e é gasto material de construção, o que ele eleva a produção geral da economia.

As exportações também fazem o PIB crescer, pois mais dinheiro entra no país e é gasto em investimentos e consumo.

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Fatores que o PIB não leva em consideração são:

Atividade informal ( sem carteira assinada, sendo que essa é uma área que movimenta muita renda, todos os anos, no mundo);

fatores externos ( por exemplo, uma praga que acaba com uma safra de muito peso econômico para o país não será levado em conta no PIB, somente o deixará mais baixo), dentre outros.

Sendo assim, esse dado serve como um medidor de curto prazo da situação de algum lugar.

Em longo prazo não é muito usado por apresentar leves variações que podem ser atribuídas a fenômenos passageiros, como por exemplo a fenômenos climáticos que causem prejuízos à área.   

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O PIB também tem ligação com a balança comercial no sentido de verificar se o saldo apresenta um superávit. Nesse cenário, a tendência é que esse local tenha mais recursos.

É analisado em função do número elevado em operações de exportações, favorecendo assim uma balança comercial positiva.

O caminho inverso também é possível. Um aumento no poder de compra dos habitantes desse local acelera a economia que, em longo prazo, possibilita mais exportações e, assim, uma balança comercial favorável.

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Quem calcula o PIB?

Os cálculos do PIB são feitos e divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), um órgão do governo que tem a missão institucional de retratar o Brasil com informações necessárias ao conhecimento da sua realidade e ao exercício da cidadania.

Nova Metodologia de Cálculo

A nova metodologia implantada incluiu novos critérios propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), em sintonia com o crescimento de serviços como telefonia celular e levando em conta a economia informal.

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O novo método trabalha com mais fontes de informação e leva em consideração 110 produtos (antes eram 80) e 56 atividades econômicas (contra 43 da metodologia passada).

Segundo o IBGE, isso permite fazer um cálculo mais preciso. O novo método para contabilizar o desempenho da economia brasileira passou ainda a utilizar como fontes de dados as pesquisas anuais setoriais da Indústria, Comércio e Construção Civil do IBGE e as receitas declaradas das empresas à Receita Federal.

A melhora metodológica significa um cálculo mais preciso das riquezas geradas no país.

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Nos cálculos para obtenção do PIB aos padrões internacionais, países que seguem as orientações propostas pela ONU, obtém dados mais próximos da realidade e com muito mais credibilidade.

Padrões Internacionais

Estes padrões internacionais encontram-se no Manual de Contas Nacionais de 1993 (System of National Accounts) da ONU (Organização das Nações Unidas), realizado sob a responsabilidade conjunta de entidades com o Banco Mundial, a Comissão das Comunidades Européias (Eurosat), o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento

Econômico (OCDE)

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Cálculo do PIB

O cálculo do PIB, no entanto, não é tão simples. Do preço final de cada produto, é preciso saber a contribuição de cada setor para a produção e composição do preço final do produto.

Por exemplo se você produziu uma obra de arte e vendeu por R$ 50,00 , sabendo que precisou comprar madeira a R$ 10,00 mais as tintas R$ 20,00 , neste caso a participação da indústria foi de R$ 30,00 e você que transformou a madeira em arte contribuiu com mais R$ 20,00 para o PIB nacional.

O índice só considera os bens e serviços finais, de modo a não calcular a mesma coisa duas vezes. A matéria-prima usada na fabricação não é considerada.

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No caso de um pão, a farinha de trigo usada não entra na conta. Um carro de 2012 não é computado no PIB de 2013, pois o valor do bem já foi incluído no cálculo daquele outro ano.

O IBGE precisa fazer cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira, ou seja, ele precisa excluir da produção total de cada setor as matérias-primas que ele adquiriu de outros setores.

Depois de fazer esses cálculos, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.

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PIB per capita 

O PIB per capita (por pessoa), também conhecido como renda per capita, é obtido ao pegarmos o PIB de uma região, dividindo-o pelo número de habitantes desta região. 

O PIB per capita brasileiro em 2013 ficou em R$ 24.065,00.

PIB BRASILEIRO EM 2013 

O PIB do Brasil no ano de  2013, em valores correntes, atingiu R$ 4,84 trilhões ou US$ 2,07 trilhões (crescimento de 2,3 % sobre o ano de 2012).

O setor que mais colaborou para o crescimento do PIB em 2013 foi o agropecuário, com elevação de 7%.

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O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 2,3%  em 2013, na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O valor total das riquezas geradas no Brasil no ano passado alcançou R$ 4,84 trilhões.

A economia brasileira cresceu 0,7% no quarto trimestre de 2013, na comparação com os três meses anteriores, evitando que o País caísse em recessão técnica no final do ano passado.

Em relação ao quarto trimestre de 2012, o Produto Interno Bruto (PIB) do país registrou crescimento de 1,9%. 

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O país poderia ter entrado em recessão técnica - quando há retração por dois trimestres seguidos - no final do ano passado porque no terceiro trimestre de 2013 o PIB havia encolhido 0,5% sobre o período imediatamente anterior.

A última vez que o país viveu essa situação foi no final de 2008 e início de 2009, auge da crise financeira internacional.

O resultado do trimestre passado sobre os três meses anteriores veio com a expansão do setor de serviços (0,7%) e do consumo das famílias (0,7%) e do governo (0,8%).

Nesta comparação, no entanto, a agropecuária ficou estagnada e a indústria encolheu 0,2%.

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Para 2014, os especialistas, segundo última pesquisa Focus do Banco Central, apontam que o PIB deve crescer ainda menos, apenas 1,67%, expectativas que vêm se deteriorando a cada dia. No final do ano passado, elas indicavam crescimento de 2%.

Setores da Economia

O desempenho do PIB é decorrente da performance dos três setores que o compõem a economia: Agropecuária, Indústria e Serviços.

Pelo lado da produção, os três setores da economia tiveram crescimento em 2013, com destaque para a agropecuária (7%). Os serviços cresceram 2% e a indústria, 1,3%. Também tiveram crescimento o consumo das famílias (2,3%) e o consumo governamental (1,9%).

No setor externo, as importações cresceram mais (8,4%) do que as exportações, que tiveram alta de 2,5%.

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PIB BRASILEIRO EM 2013

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DEPRESSÃO ECONÔMICA

Uma depressão econômica é caracterizada por um estado agravado de recessão, ou seja, um longo período de desemprego em massa, falência de empresas, baixos níveis de produção e investimentos etc., sempre acarretando em conseqüências negativas para a economia mundial.

RECESSÃO ECONÔMICA

A recessão é um período em que ocorre um grande declínio na taxa de crescimento econômico de uma determinada região ou pais. Resulta na diminuição da produção e do trabalho, dos salários e dos benefícios das empresas. Do ponto de vista dos empresários, recessão significa restringir as importações, produzir menos e aumentar a capacidade ociosa. Para o consumidor, significa restrição de crédito e juros altos e desestímulo para compras. Para o trabalhador, baixos salários e desemprego.

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RECESSÃO ECONÔMICA

Tecnicamente, para que a economia de um país entre em recessão, são necessários dois trimestres consecutivos de queda no PIB. Se o PIB crescer pouco, pode-se falar até de estagnação econômica, mas não de recessão.

Embora caracterizada por uma redução expressiva das atividades comerciais e industriais, a recessão é considerada como uma fase normal do ciclo econômico, sendo bem menos severa que a depressão.

Como exemplo de recessão temos os EUA e Japão, que entraram no ano de 2008, em um grande declínio econômico. Como principal causa podemos citar a "crise econômica de 2008", que está afetando fortemente a economia mundial, sobretudo as grandes potências.

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DEFLAÇÃO ECONÔMICA

O termo Deflação designa uma quebra generalizada dos preços dos bens e serviços geralmente associados a graves recessões econômicas e a restrições da procura, da produção/oferta e do emprego.  Tal como a inflação, a deflação é medida como a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) - na verdade, a deflação não mais é do que uma "inflação negativa".

O contrário de inflação, ou seja, a redução do nível de preços, chama-se deflação.

Ao contrário do que poderá parecer, numa situação de deflação, o consumo não tem tendência a aumentar - na realidade, se os consumidores estiverem na expectativa de que os preços continuarão a descer, adiarão as suas compras, levando a uma quebra do consumo e conseqüentemente das receitas das empresas. A longo prazo, esta situação poderá originar uma espiral de recessão com graves conseqüências para a economia.

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OUTRAS INFORMAÇÕES – CURIOSIDADES

•Em sua forma extrema, isto é, quando se encontra fora de controle e com aumentos de preços absurdos, a inflação é chamada de hiperinflação. Em períodos de inflação alta, em que os preços chegam a sofrer reajustes diários, a população não retém dinheiro, pois ele se desvaloriza muito rápido. Tão logo recebem o dinheiro as pessoas compram mercadorias, pois se deixarem para o dia seguinte não conseguirão comprar tudo o que conseguem comprar hoje.

•O caso mais grave de hiperinflação que se tem notícia ocorreu na Alemanha, após a primeira guerra mundial, que chegou a acusar um trilhão por cento entre agosto de 1922 e novembro de 1923.

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Meios de Pagamento

A moeda é emitida mediante autorização legal das autoridades monetárias e de acordo com as necessidades identificadas em cada período na atividade econômica.

Moeda Emitida

(-) Caixa das Autoridades monetárias

(=) Moeda em circulação

(-) Caixa dos Bancos

(=) Moeda em poder do Público

(+) Depósitos a Vista nos Bancos Comerciais

(=) Meios de pagamento (M1)

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Meios de pagamento- Conceito M1

+ Depósito a Vista nas Caixas Econômicas

+ Títulos públicos colocados no mercado(Federal,Estadual,Mun)

+ Saldos de Fundos de Aplicação Financeira(renda fixa)

= Meios de pagamento- Conceito M2

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Meio de Pagamento- conceito M2

+ Depósito em Caderneta de Poupança

= Meio de pagamento- conceito M3

+ Depósitos a prazo (CDB,RDB) e LC e LI

= Meios de pagamento – Conceito M4

•O M4 é o conceito de moeda mais amplo, abrangendo os mais diferentes ativos monetários. Esse conceito de moeda é normalmente expresso como um % do PIB da economia, atingindo em diversos países desenvolvidos marcas próximas de 100%.

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•O indicador de base monetária expressa a oferta de moeda de uma economia, sendo composta de papel-moeda em poder do público, inclusive os depósitos a vista, e os encaixes (reservas) mantidos pelos bancos no Banco Central.

•Representa as exigibilidades monetárias do Governo em poder dos agentes econômicos, ou seja, a emissão de moeda na economia essencial para a formulação de uma política monetária.O controle da base monetária é essencial na apuração dos meios de pagamento.

•Um aumento de M4 em relação a M1 costuma ser observado quando se evidenciam processos inflacionários na economia, ocorrendo o que se denomina de desmonetização. O contrário, monetização, é verificado quando a inflação se reduz, minimizando o custo das pessoas em manter volume de moeda (conceito M1)

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Política Econômica e sua aplicabilidade

Política fiscal – Ligada diretamente aos impostos Diretos e Indiretos colocados pelos órgãos governamentais à sociedade.

Política Cambial- Ligada diretamente ao equilíbrio das taxas de câmbio visando o saldo da balança comercial.

Política Monetária Taxa Selic

Depósito CompulsórioOpen Market

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Política Econômica e sua aplicabilidade

Todos os instrumentos da Política Monetária possuem como foco o Equilíbrio da Economia, o Equilíbrio da Balança Comercial e o

Controle da inflação.

•Todos os Bancos Possuem conta no Banco Central

•Todas as contas dos Bancos são padronizadas perante o Banco Central

•M1 ligação com a taxa SELIC

•M2+M3+M4 Ligação com os outros instrumentos de Política Monetária.

•Contas de influência C/C dos Bancos + Fundos + Fundos de RF + Contas de Poupança + Carteira de Títulos Públicos.

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

CMN

CVM BC

ANBIMA

BANCOS

M 1c/c M 2

Fundos M 3Poupança

M 4Fundos de Renda FixaCDB/RDB

TODAS AS OPERAÇÕESECONÔMICASPASSAM PELOSBANCOS

RENDAFIXA

RENDA VARIÁVEL

3-BALANÇA COMERCIAL

ACOMPANHAR ASVARIÁVEISINTERNACIONAIS EMANTER O CONTROLEDA BALANÇACOMERCIAL

BM&FBOVESPA

1-INFLAÇÃO SOBCONTROLE e

2-ECONOMIA EMEQUILÍBRIO

OBJETIVO GOVERNAMENTAL

TX SELIC

BOVESPA &BMF

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BALANÇA COMERCIAL

SFN

EmpresasExportadoras

EmpresasImportadoras

Balança Comercial

- +

Exp. Imp.

Global

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Exemplo

Política Econômica - Cenário (FICTÍCIO) - As questões são objetivas .

A economia está sinalizando um certo equilíbrio, pois o M1 está estável. O mercado verificou que gradativamente está havendo entradas em dólares para aplicações especulativas. O índice Bovespa está subindo gradativamente e o PTAX- 800 (índice que representa a variação do dólar) mostrou ligeira queda, nada que significasse um alerta. Foi verificado um viés de queda no percentual de desemprego e as empresa importadoras estão sinalizando um aumento de capital de giro com a valorização de suas ações. Nesta manhã a notícia nos principais meios de comunicação realçava que as taxas referenciais da Europa e EUA tinham caído ao menor patamar de sua história.

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a)       Qual a preocupação imediata neste cenário para a economia brasileira?(Nenhuma-Inflação-Exportação)

b)       Qual o % que você alteraria a Taxa Selic? (Zero)

c)       Como política cambial, o BC poderia entrar no mercado intervindo em que modalidade de operação? (Política cambial comprando dólares)

d) Se o governo verificasse neste cenário que a soma da conta total dos Bancos em fundos de Renda fixa tinha sido elevada em 8 milhões de dólares. Qual, a política provável a ser adotada e em que viés?(Política Monetária, Depósito Compulsório, aumentando o seu %).

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Balanço do Banco Central e Base Monetária

A base monetária pode ser identificada pelas contas do passivo monetário do Banco Central, conforme modelo padrão de seu balanço patrimonial.

ATIVO PASSIVO

-Carteira de títulos públicos A- Monetário

-Reservas de Moedas Estrangeiras Base Monetária

-Empréstimos ao Sistema Bancário Papel-moeda emitido

-Outras contas do Ativo Reservas Bancárias

B- Não Monetário

Dep.Compulsório

Tit.Emissão própria

Empréstimos externo

Recursos próprios

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As Principais Contas do Balanço Patrimonial Apuradas pelo BC

•Títulos Públicos- Representam a carteira de títulos de emissão pública mantida pelo Banco Central, essa carteira tem por objetivo o controle da liquidez da economia.

•Moedas Estrangeiras- São divisas internacionais mantidas pelo Banco Central, visando operar no mercado cambial.

•Empréstimos ao Sistema Bancário- Representam o volume de crédito concedido pela autoridade monetária às instituições financeiras.

•Outras Contas do Ativo- Incluem todas as demais contas do ativo, como aplicações em títulos privados, reservas de metais preciosos,etc.

•Papel Moeda Emitido- Representa o saldo da moeda emitida em circulação na economia.

•Passivo Não Monetário- Incorpora os depósitos do sistema bancário no BC ( depósitos compulsório ), títulos de emissão do BC , empréstimos externos, etc.

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Emissão de Moeda- Quando o BC emite moeda para adquirir um título público em circulação, ocorre expansão do saldo de papel-moeda em poder do público e, em conseqüência, da base monetária da economia. Se a compra tivesse sido financiada por um passivo não monetário ( emissão de títulos próprios ) haveria a compensação entre as contas, não exercendo pressão sobre o saldo da base monetária.

Demanda de Moeda- A demanda por moeda numa economia se eleva à medida em que se produz mais renda, ou seja, que a atividade produtiva agregue mais riqueza. A procura decresce outrossim, quando as taxas de juros crescem, gerando maiores expectativas e ganhos aos investidores, e também quando há recrudescimento do processo inflacionário, o qual destrói a capacidade de compra da moeda pela alta provocada nos preços dos bens e serviços.

Velocidade- A velocidade de circulação da moeda indica como o estoque de moeda está girando na economia, sendo calculada pela relação entre o PIB/Quantidade de moeda.

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•Uma velocidade de circulação mais alta revela demanda por moeda decrescente, indicando que as pessoas estão reduzindo seus encaixes monetários. Se a demanda por moeda aumentar, é de se esperar que os meio de pagamento circularão mais lentamente.

•A velocidade com que uma moeda gira na economia ajusta-se no tempo pelas taxas de juros, alterações de hábitos de pagamentos dos agentes (uso mais pronunciado de cartão de crédito,por exemplo), expectativas conjunturais, etc.

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Criação de Moedas pelos Bancos- Os recursos captados pelos bancos comerciais de seus depositantes correntes são registrados pela contabilidade no ativo como caixa e, como contrapartida, no passivo (obrigação) como depósito a vista. Essa operação não promove nenhuma influência sobre o volume de oferta de moeda na economia.

•Ao se verificar, no entanto que parte deste depósito pode ser aplicado sob forma de empréstimo a um tomador de recursos, a instituição passa a influir na quantidade de moeda em circulação.Troca, em outras palavras, um passivo(depósito a vista) por um direito (empréstimo a receber), criando moeda. Passa a circular na economia, além do dinheiro em depósito no banco comercial, o montante do empréstimo concedido.

•A todo passivo se contrapõe um ativo, e o objetivo dos bancos é o de realizar lucros em suas funções de intermediação financeiras.

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Limites ao crescimento dos bancos- Preocupadas com o funcionamento de todo o sistema bancário, as autoridades monetárias criaram contas de depósitos exclusivas aos bancos comerciais com o objetivo de abrigarem recursos provenientes de :

•Depósitos compulsórios, representados por um % dos fundos (depósitos) recolhidos pelas instituições financeiras junto ao público e regulamentado por instrumentos legais.

•Depósitos de livre movimentação, representados pelo dinheiro em poder dos bancos, visando promover o encaixe necessário às operações correntes de pagamentos e recebimentos verificadas nas agências bancárias.

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

CMN CVM

SELIC BOVESPA ANBID BM&F

CORRETORAS DISTRIBUIDORAS CLEARING

BANCOS COMERCIAIS BANCOS DE INVESTIMENTOS

CETIP

TÍTULOS PRIVADOSTÍTULOS PÚBLICOS

DEBÊNTURES

SWAP

HEDGE

INVESTIDORESPESSOAS FÍSICAS

PESSOAS JURÍDICAS

INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

CÂMBIO

CDB

RDB

LEASING

BC

FACTORING CRÉDITO IMOBILIÁRIO

POUPANÇA

CARTÃO DE CRÉDITO

SERVIÇOS BANCÁRIOS

POUPANÇA

CONSÓRCIO

FUNDOS

FUNDOS

EMPRÉSTIMOS

LETRAS HIPOTECÁRIAS

TÍTULOS ESTADUAIS

TÍTULOS MUNICIPAIS

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SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

•O Sistema Financeiro Nacional é formado por um conjunto de instituições que existem para viabilizar a transferência de recursos dos poupadores para os tomadores. De modo geral, podemos dizer que o SFN tem, basicamente, o papel de Intermediador de recursos financeiros no mercado.

•Conselho Monetário Nacional (CMN) - É um órgão exclusivamente normativo com a finalidade principal de formular as políticas monetárias,cambial e de crédito. Com objetivo de atender aos interesses econômicos e sociais do país.

•Banco Central do Brasil- pode ser definido como sendo o órgão executivo e fiscalizador das políticas determinadas pelo CMN, junto ao SFN. Objetivo de Executor da Política Monetária, controlando os meios de pagamento e sendo responsável pelo orçamento monetário e instrumentos de política monetária.

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•Executor da Política Cambial

•Gestor e Controlador do SFN definindo regras e limites.

•Emissor de Moeda, sendo responsável pela emissão do meio circulante.

•Banqueiro do governo, ao administrar a dívida externa e interna, gerindo as reservas internacionais e representando o SFN junto às Instituições financeiras internacionais.

ATRIBUIÇÕES

•Fiscalizar as Instituições Financeiras

•Conceder autorização de funcionamento, fusão e incorporação

•Realizar e controlar operações de redesconto e as de empréstimos dos bancos.

•Emitir dinheiro e controlar a liquidez

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•Controlar o crédito de capitais estrangeiros

•Receber os depósitos compulsórios

•Comprar e vender títulos públicos federais

•Supervisionar os serviços de compensação de cheques entre instituições financeiras.

OPERAÇÕES SOB JURISDIÇÃO DO BACEN

•Títulos públicos Federais,Estaduais e Municipais(intermediação)

•Títulos Privados de Renda Fixa, CDB e RDB(emissão e intermediação)

•Operações de crédito,incluindo factoring e cartão de crédito

•Serviços Bancários(conta corrente,talões de cheque, etc)

•Crédito Imobiliário,Poupança e Letras Hipotecárias

•Leasing, Operações de Câmbio e Consórcio

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COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS(CVM)

Finalidade: Normatizar e controlar o Mercado de Valores Mobiliários, ou seja, títulos emitidos pelas sociedades anônimas e autorizados pelo CMN. A CVM é uma autarquia do Ministério da fazenda, e atua sob a orientação do CMN. Seu presidente e quatro diretores são nomeados pelo Presidente da República e aprovados pelo Senado Federal.

Objetivos:

O principal objetivo da CVM é o fortalecimento do mercado de ações e títulos mobiliários;

•Estimulando a aplicação de recursos no mercado acionário.

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•Garantindo o funcionamento das bolsas,corretoras e distribuidoras

•Protegendo os investidores em valores mobiliários

•Atuando na fiscalização da emissão, registro,distribuição e negociação de títulos emitidos pelas empresas de capital aberto.

Atribuições

•Incentivo à canalização das poupanças ao Mercado Acionário

•Estimular o funcionamento das bolsas de valores e das instituições operadoras do mercado de ações em bases eficientes e regulares

•Garantir a legalidade e a ética nas operações com títulos e valores mobiliários

•Proteger os investidores

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A CVM tem seu poder disciplinador e fiscalizador atuando sobre os seguintes segmentos do mercado

•Instituições financeiras

•Companhias de capital aberto (com valores mobiliários negociados em bolsa e mercado de balcão)

•Investidores(protegendo seus direitos)

•Outras entidades do mercado financeiro que transacione títulos e valores mobiliários( Bolsa de Valores e BM&F )

Atribuições

A CVM tem poder disciplinador e fiscalizador sobre as seguintes matérias:

•Emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado

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•Negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários e no mercado de derivativos qualquer que seja o ativo subjacente

•Organização, funcionamento e operações das Bolsas de Valores e das Bolsas de Mercadorias e Futuros

•Administração de fundos de investimentos, carteira e custódia de valores mobiliários

•Auditoria das companhias abertas

•Serviços de consultor e analista de valores mobiliários

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O que é Considerado Valor Mobiliário

São considerados valores mobiliários:

•Ações, debêntures e bônus de subscrição

•Cupons, direitos,recibos de subscrição e certificados de desdobramento relativos aos valores mobiliários

•Certificados de depósitos de valores mobiliários

•Cédulas de debêntures

•Cotas de fundos de investimento em geral

•Notas comerciais (Commercial Papers)

•Contratos futuros, de opção e outros derivativos,cujos ativos subjacentes sejam valores mobiliários

•Títulos ou contratos de investimento coletivo,ofertados publicamente

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Não são considerados Valores Mobiliários

•Os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal

•Os títulos cambiais de responsabilidade de instituição financeira, exceto as debêntures

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BM&F Bolsa de Mercadorias e de Futuros

Objetivos, Funções e Características:

•O objetivo principal da BM&F é desenvolver, organizar e operacionalizar mercados financeiros e agrícolas livres e transparentes, de modo a facilitar a seus membros a negociação de contratos de liquidação futura. O objetivo de negociação são contratos que possuem como referência taxas de juros, índices de ações,índices de preços, taxa de câmbio, cupom cambial, títulos da dívida externa, ouro e commodities agrícolas. No caso do ouro e commodities agrícolas, pode haver a liquidação física do contrato, com a entrega da mercadoria.

•Para atingir o seu objetivo a BM&F:

-Mantêm local e sistemas de negociação, registro, compensação e liquidação adequados à realização de operações de compra e de venda.

-Compromete-se a divulgar as transações com rapidez e abrangência.

-Possui mecanismo para acompanhar e regular seus mercados.

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-Define normas que assegurem aos participantes de seus mercados o implemento das obrigações assumidas, em face das operações efetuadas em seus pregões e/ou registradas em qualquer de seus sistemas de negociação, registro,compensação e liquidação.

-Estabelece normas visando a preservação de princípios eqüitativos de negociação e comércio e de elevados padrões éticos para as pessoas que nela atuam, direta ou indiretamente.

-Regulamenta e fiscaliza as negociações e as atividades de seus associados.

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BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO (BOVESPA)

Objetivos, funções e características:

•O objetivo principal das Bolsas de Valores é proporcionar liquidez aos títulos negociados, a um preço justo, de acordo com o consenso de mercado.

•As bolsas de valores são associações civis sem fins lucrativos, cujos patrimônios são constituídos pelos recursos provenientes das Sociedades Corretores, que adquirem títulos patrimoniais,tornando-se membros das Bolsas.

•Para tanto, as bolsas:

-Fornecem o local para realização dos negócios com títulos e valores mobiliários.

-Definem regras que permitem a organização, o controle e a fiscalização dos negócios realizados.

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-Definem regras para garantir que os negócios aconteçam de forma livre e transparente.

-Definem regras de modo a propiciar a continuidade dos preços e a liquidez dos negócios realizados.

-Comprometem-se a divulgar todos os negócios realizados no tempo mais curto possível.

A BOVESPA POSSUI QUATRO MERCADOS

•O mercado à vista- refere-se a negociação de ações à vista, por um preço estabelecido em pregão. Sempre envolve a entrega “física” da ação, ou seja, o título objeto da negociação deve ser transferido de uma parte para a outra, mediante pagamento.

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•O mercado a termo- envolve a negociação de uma quantidade de ações para entrega futura, a um preço pré-fixado, resultando em um contrato entre as partes.

•O mercado futuro de ações-negocia contratos futuros, cujos titulares pagam ou recebem ajustes diários, dependendo da oscilação da ação que é objeto do contrato.

•O mercado de opções-negocia direitos de compra ou venda de ações, com preços e prazos de exercícios pré-estabelecidos.

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ANBIMAAssociação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de

Capitais

Representamos as instituições que atuam no mercado de capitais brasileiro. Reunimos o maior número de protagonistas do setor para uma atuação coesa junto ao governo, ao próprio mercado e à sociedade;

Nosso objetivo é fortalecer os segmentos que representamos, para apoiar a evolução de um mercado de capitais capaz de financiar o desenvolvimento econômico e social do país e influenciar o mercado global;

Para sermos uma entidade cada vez mais forte que representa instituições igualmente fortes assumimos  4 compromissos com o mercado, investidores e país:

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1) Representar - Promover a interlocução e defender os interesses dos associados para ampliar a atratividade do mercado de capitais e estimular seu crescimento sustentado;

2) Autorregular- Criar condições para que os agentes do mercado estabeleçam, em tempo ótimo, regras, parâmetros e princípios de funcionamento que incentivem o constante aprimoramento dos padrões operacionais, bem como supervisionar o cumprimento dessas normas;

3) Informar- Ser fonte confiável de informação e disseminar o conhecimento produzido e adquirido pela Associação;

4) Educar- Elevar os padrões de qualidade do mercado, por meio de iniciativas de educação e certificação de profissionais.

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Questões ( V )- ( F )

•O principal objetivo da Política Cambial é o de gerenciar as contas externas do país.Mudanças na Política Cambial costumam afetar a atividade econômica como, por exemplo, a desvalorização do real, (valorização do dólar) aumenta as exportações e o nível de emprego, mas encarece o custo dos produtos importados que consumimos.( )

•Quando o Banco Central muda o nível da taxa de juros, ele está procurando conciliar o maior crescimento possível com a estabilidade de preços. Se há uma queda nos juros, ficará mais barato comprar a crédito e, após um tempo, a atividade econômica tenderá a crescer e, neste caso, haverá uma diminuição na taxa de desemprego.( )

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•Quando o Banco Central decide restringir a liquidez da economia, ele pode vender Títulos Públicos ou aumentar o recolhimento compulsório sobre os depósitos dos bancos. Com isso, os bancos terão menos dinheiro para emprestar e será mais difícil obter um financiamento para comprar um carro.Esta situação tende a provocar um aumento da atividade econômica e uma redução do desemprego. ( )

•Quando o governo decide aumentar os seus gastos, há um efeito positivo sobre a atividade econômica com aumento do emprego, num primeiro momento.Mas há também uma criação de dívida pública se o governo gastar mais do que arrecadar.( )

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•Pode-se dizer que nos últimos anos, a política monetária praticada em diferentes países tem tido como objetivo principal manter a estabilidade de preços, ou ainda, manter a inflação sob controle. No Brasil, o BACEN utiliza um modelo de política monetária chamado Meta de Inflação,onde a taxa de juros é definida com vistas a cumprir uma meta de inflação estabelecida pelo governo.( )

•Se o governo gasta mais do que arrecada cria um déficit fiscal. Para reduzí-lo existem duas opções: cortar despesas ou aumentar os impostos que pagamos. A redução do déficit se dá através de uma piora no resultado fiscal primário do setor público.( )

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