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Mercados informação global Panamá Ficha de Mercado Agosto 2015

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Mercados

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Panamá Ficha de Mercado Agosto 2015

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Panamá – Ficha de Mercado (agosto 2015)

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Índice

1. Dados Gerais 03

2. Economia 05

2.1 Situação Económica e Perspetivas 05

2.2 Comércio Internacional 09

2.3 Investimento 12

2.4 Turismo 13

3. Relações Económicas com Portugal 14

3.1 Comércio de Bens 14

3.2 Serviços 17

3.3 Investimento 17

3.4 Turismo 18

4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 18

4.1 Regime Geral de Importação 18

4.2 Regime de Investimento Estrangeiro 21

5. Informações Úteis 22

6. Contactos Úteis 24

7. Endereços de Internet 26

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1. Dados Gerais

Mapa:

Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)

Área: 75 517 Km2

População: 3,9 milhões de habitantes (estimativa 2014, FMI)

Densidade populacional: 51 hab./km2 (estimativa 2014)

Designação oficial: República do Panamá

Chefe de Estado: Juan Carlos Varela (tomou posse em julho de 2014 por um período de 5 anos)

Vice-Presidente: Isabel de Saint Malo de Alvarado

Data da atual Constituição: 1972 (objeto de revisão em 1978, 1983, 1994 e 2004)

Principais Partidos Políticos: Governo: Aliança formada pelo Partido Panameñista (PP) e pelo Partido Popular

(PPO). Existe um acordo com o Partido Revolucionário Democrático (PRD), o que

pernite uma maioria no Congresso. Oposição: Câmbio Democrático (CD) e

Movimiento Liberal Republicano Nacionalista (Molirena). As próximas eleições

estão previstas para maio de 2019

Capital: Cidade do Panamá (1 638 mil habitantes, área metropolitana, est. 2014)

Outras cidades importantes: Colón, San José de David e Santiago

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Religião: A maioria da população professa o cristianismo (85% é católica romana e 15%

protestante)

Língua oficial: Castelhano (cerca de 14% da população também fala inglês, sobretudo nos

principais centros urbanos)

Unidade monetária: Balboa do Panamá (PAB), que circula a par com o dólar americano (legalmente

estabelecido desde 1904);

1 EUR = 1,0967 PAB (final de julho 2015 – BdP)

Risco país: Risco político - BBB (AAA = risco menor; D = risco maior) – EIU, julho 2015

Risco de estrutura económica - BB

Risco geral - BBB

Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) – COSEC, julho 2015

Política de cobertura de risco: Operações de Curto prazo – Aberta sem condições restritivas

Médio/Longo prazo – Não definida

(COSEC, julho 2015)

Principais relações internacionais e regionais:

O Panamá é membro do Banco Interamericano de Desenvolvimento (Inter-

American Development Bank – IDB) e da Organização das Nações Unidas

(United Nations – UN) e das suas agências especializadas (Funds, Programmes,

Specialized Agencies and Others UN Entities), nomeadamente o Fundo

Monetário Internacional (International Monetary Fund – IMF). Integra, ainda, a

Organização Mundial de Comércio (World Trade Organization – WTO), desde 6

de setembro de 1997. A nível regional faz parte da Associação Latino-americana

de Integração (Asociación Latinoamericana de Integración – ALADI), do Sistema

Económico Latino-americano e do Caribe (Sistema Económico Latinoamericano

y del Caribe – SELA), do Sistema de Integração Latino-americano (Sistema de la

Integración Centroamericana – SICA), da Organização dos Estados Americanos

(Organización de los Estados Americanos – OEA) e é membro associado da

Comunidade Andina (Comunidad Andina – CAN).

Relacionamento com a UE: Ao nível do relacionamento com a União Europeia este enquadra-se no contexto

mais alargado da cooperação UE/América Central (El Salvador, Costa Rica,

Guatemala, Honduras, Nicarágua e Panamá). Assim, as partes decidiram, na

Cimeira de Viena, em Maio de 2006, encetar negociações para a celebração de

um Acordo de Associação, incluindo a criação de uma Zona de Comércio Livre

(ZCL). O Panamá participou na qualidade de observador.

As negociações tiveram início em meados de 2007 e visavam um acordo

abrangente, com o objectivo de reduzir barreiras comerciais e fomentar o diálogo

político entre as duas regiões. Com o golpe de Estado nas Honduras (Junho

2009) foram suspensas as conversações sobre comércio livre com toda a

região, tendo ficado pendentes algumas questões comerciais fundamentais.

Após as eleições presidenciais nas Honduras, em novembro de 2009, todos os

países da região acordaram, em fevereiro de 2010, em retomar as negociações,

às quais o Panamá se juntou, e que foram concluídas em maio de 2010. O

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Acordo foi assinado a 29 de junho de 2012. Não obstante ainda não estar em

vigor (aguarda a ratificação de todos os países signatários), a sua parte IV

(matéria comercial) já foi objeto de aplicação provisória (Decisão do Conselho

n.º 2012/734, de 25 de junho), com reflexos na redução dos direitos aduaneiros;

no caso do Panamá, tal como sucedeu com as Honduras e a Nicarágua, desde

1 de agosto de 2013.

Todos os países da região da América Central beneficiam do sistema SPG+, ao

abrigo do Sistema de Preferências Generalizadas da União Europeia, que

permite o acesso privilegiado dos produtos desta região ao mercado

comunitário. Os interessados podem consultar mais informação atualizada sobre

o relacionamento entre as partes no Portal European Union External Action

(EEAS) – EU Relations with Republic of Panama.

Ambiente de Negócios

Competitividade (Rank no Global Competitiveness Index 2014-15) 48º Facilidade Negócios (Rank no Doing Business Report 2015) 52º

Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2014) 94º Ranking Global (EIU, entre 82 mercados) n.d.

Nota: n.d. – Não disponível

2. Economia

2.1. Situação Económica e Perspetivas

O Panamá goza de uma posição estratégica que lhe permite ser um dos principais centros logísticos a

nível mundial, com o Canal do Panamá como eixo principal. Utilizado anualmente por cerca de 13 500

navios (dados de 2014), transportando mais de 190 milhões de toneladas de carga, o Canal

interoceânico (com 100 anos de atividade) serve mais de 120 rotas marítimas a 80 países do mundo e é

complementado com o sistema de terminais de contentores que servem como centro de transbordo e

redistribuição de carga.

As atividades de transporte comercial através do Canal representam cerca de 5% do comércio marítimo

mundial (não petrolífero) e o aumento do comércio internacional, especialmente entre a Ásia e os

Estados Unidos da América, continua a ter efeitos significativos na procura pelos serviços do Canal,

verificando-se o aumento tanto do número de trânsitos Panamax (navios de alto calado) como no de

tonelagem CEP/SUAB (Sistema de Arqueio de Navios do Canal). A expansão do Canal1, atualmente o

maior projeto marítimo a nível mundial, deverá estar terminada no início de 2016, visa receber uma nova

geração de navios porta-contentores (Post-Panamax), com uma capacidade entre 5 000 a 8 000

contentores.

1 As obras estão a decorrer desde 2007 e a estimativa de custos aponta para 5,25 mil milhões de USD.

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O Panamá dispõe também da Zona Livre de Colón (ZLC), um importante centro logístico multimodal,

fundado em 1948, que conta com a presença de cerca de 3 000 empresas (representam cerca de 12%

do produto interno bruto) e que constitui um dos pilares fundamentais da estratégia económica do país.

De salientar ainda a Área Económica Especial Panamá-Pacífico, criada em 2004, que tem como principal

objetivo a atração de investimento direto estrangeiro, nomeadamente empresas produtoras de bens e

serviços de elevada tecnologia. Aí estão instaladas diversas multinacionais (3M, Atlas-Copco, BASF,

Caterpillar, Covidien, Dell, Grainger, VF Corporation, entre outras), call centers, empresas industriais e de

logística.

Em termos gerais, a economia panamiana está muito ligada às atividades relacionadas com o setor

externo, como os serviços do Canal do Panamá, sistema logístico, portos, transporte aéreo, atividades

financeiras e outros serviços.

As políticas económicas têm visado o crescimento da riqueza nacional e a redução do desemprego

através de investimentos importantes do setor público, sobretudo em infraestruturas, do estímulo à

captação de investimento estrangeiro e de incentivos à criação de novos negócios.

A economia do Panamá é baseada em mais de 75% no setor dos serviços, particularmente na gestão e

operação do Canal, na Zona Livre de Colón (ZLC), no sistema bancário2 e nos portos. A indústria

representa 20,4% do produto interno bruto (PIB) enquanto o setor primário (agricultura, pescas e minas)

contribui com 4,3%.

O principal centro de negócios do país é a sua capital, Cidade do Panamá, que concentra quase 80% do

produto interno bruto. Outros centros importantes são Colón, com a ZLC, os principais portos do país e a

Cidade de David, onde se localiza a zona agrícola.

De assinalar que depois de três anos de fortes subidas, o Panamá alcançou a 48ª posição no ranking do

World Economic Competitiveness Report 2014-2015, sendo a economia mais competitiva da América

Central e a segunda da América Latina, depois do Chile (33º). O país tem vindo a melhorar as suas

infraestruturas, dispondo de uma das melhores redes de portos e aeroportos a nível mundial,

fundamental para a sua estratégia de desenvolvimento económico. Também tem vindo a melhorar o seu

sistema financeiro, e tem feito uma aposta clara nas novas tecnologias.

A economia panamiana tem apresentado um assinalável desempenho nos últimos anos, mas em 2014

verificou-se um abrandamento do ritmo de crescimento, fixando-se em 6,2% (8,4% e 10,7% em 2013 e

2012, respetivamente), ainda assim uma das taxas mais elevadas da região e quase o dobro da média

da América Latina. O crescimento foi impulsionado, fundamentalmente, por alguns projetos de

investimento (construção residencial e comercial, entre outros), pelos trabalhos de expansão do Canal,

2 Com uma economia dolarizada, o sistema bancário é de vital importância para o país e tem-se mantido dinâmico ao longo dos anos, em linha com as elevadas taxas de crescimento económico.

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ainda que a um ritmo inferior ao de anos anteriores, e pelo dinamismo das atividades imobiliárias, setor

dos transportes, logística, telecomunicações, setor financeiro e turismo. Pela negativa, é de referir a

diminuição da atividade comercial na Zona Livre de Colón, explicada principalmente pela redução das

compras da Venezuela, devido às dificuldades crescentes dos importadores venezuelanos acederem a

divisas, e pela imposição da Colômbia de taxas aduaneiras sobre as compras de têxteis e calçado

provenientes desta zona franca.

Apesar das previsões da Economist Intelligence Unit (EIU) apontarem para um abrandamento da

economia em 2015 (taxa de crescimento de 5,5%), induzido em larga medida pela diminuição da

atividade na Zona Livre de Colón, o Panamá deverá continuar a ter o melhor desempenho na América

Central e um dos melhores na América Latina. Os investimentos em infraestruturas (expansão do Canal,

construção de uma nova linha de metro na Cidade do Panamá, expansão do aeroporto, reabilitação do

sistema rodoviário) e no setor mineiro (projeto Cobre Panamá) deverão constituir os principais motores

do crescimento económico ao longo do ano em curso. O consumo privado, apoiado pela facilidade de

acesso ao crédito bancário deverá continuar robusto, enquanto o setor externo deverá ter um

desempenho mais modesto. No primeiro trimestre de 2015 verificou-se um crescimento de 5,9% face ao

período homólogo do ano anterior.

Em 2014, o défice do setor público não financeiro apresentado pelo Ministério da Economia e Finanças

correspondeu a 4,1% do PIB. A deterioração das contas públicas deveu-se, fundamentalmente, ao

aumento das despesas correntes, com particular incidência no aumento das transferências, sobretudo

para o Fundo de Compensação Energética (FACE) e para o Fundo de Estabilização Tarifária (FET),

assim como nos subsídios de trânsito e transporte terrestre. No primeiro trimestre de 2015, o défice do

setor público não financeiro registou uma redução de 39,3% face ao período homólogo do ano anterior,

em linha com uma diminuição das despesas de capital superior a 40%. As projeções apontam para um

défice da ordem de 3,7% do PIB em 2015.

O défice da conta corrente permaneceu elevado em 2014, tendo atingido 11,4% do PIB (-0,4 pontos

percentuais relativamente a 2013). A balança comercial de bens sofreu um agravamento do défice da

ordem de 16,8%, enquanto a balança de serviços registou um aumento do superavit de 18,6%. Para

2015 é expectável uma diminuição do défice da balança comercial, o que permitirá um melhor

desempenho da conta corrente (deverá representar -9,7% do PIB segundo dados da EIU).

As exportações de bens representaram cerca de 35% do PIB panamiano em 2014, enquanto as

exportações de serviços corresponderam a 24% do PIB, sobressaindo as viagens (31,8% das

exportações de serviços), o Canal do Panamá (21,5%) e o transporte aéreo (19,9%).

Estimativas da EIU indicam que a dívida pública subiu para 42,7% do PIB em 2014, tendo-se verificado

igual tendência no desempenho da dívida externa (18,4% do PIB que compara com 14,5% em 2013). As

projeções apontam para um melhor desempenho da dívida pública em 2015 (40,4% do PIB), enquanto a

dívida externa deverá sofrer um agravamento (20% do PIB).

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A taxa média de inflação, medida pelo índice de preços ao consumidor, fixou-se em 2,6% no ano

transato, depois de ter atingido 4% em 2013. Cabe assinalar que, nos últimos quatro anos, a taxa de

inflação registou uma clara tendência decrescente desde o valor máximo de 5,9% alcançado em 2011.

Esta tendência deverá manter-se em 2015, prevendo-se que a taxa de inflação possa descer para 1%.

As estimativas relativas à taxa de desemprego apontam para um agravamento em 2014 (4,5% que

compara com 4,1% no ano anterior). Para este aumento contribuíram, fundamentalmente, os setores da

hotelaria e restauração, construção, indústria transformadora e administração pública. De referir que o

salário médio, estimado a partir do inquérito do mercado laboral (agosto de 2014), é de 574,6 USD,

tendo-se verificado um aumento de 6,5% relativamente a 2013.

Principais Indicadores Macroeconómicos

Unidade 2012a 2013

a 2014

a 2015

b 2016

b 2017

b

População Milhões 3,8 3,9c 3,9

c 4,0 4,1 4,2

PIB a preços de mercado1 10

9 USD 35,9 40,4 43,8 47,5 51,6 56,1

PIB per capita1 USD 9 488,6 10 489,6

c 11 147,3

c 11 850,9 12 621,9 13 468,0

Crescimento real do PIB2 % 10,7 8,4 6,2 5,5 5,5 5,0

Taxa de desemprego (média) % 4,1 4,1 4,5c 4,5 4,5 4,7

Taxa de inflação (média) % 5,7 4,0 2,6 1,0 3,6 3,7

Dívida pública (líquida) % do PIB 39,2 38,6 42,7c 40,4 44,5 42,7

Saldo do setor público % do PIB 0,2 -0,9 -2,4c -1,4 -1,2 0,1

Saldo da balança corrente 109

USD -3,6 -4,8 -5,3 -4,9 -5,3 -5,8

Saldo da balança corrente % do PIB -9,7 -11,8 -11,4 -9,7 -9,5 -9,5

Dívida externa (fim período) % do PIB 13,4 14,5 18,4c 20,0 21,7 23,3

Taxa de câmbio (fim período) 1EUR=xPAB 1,31 1,31 1,38 1,21 1,03 1,07

Taxa de câmbio (média) 1USD=xPAB 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

Fontes: The Economist Intelligence Unit (EIU); Fundo Monetário Internacional (FMI)

Notas: (a) Valores atuais; (b) Previsões; (c) Estimativas; (1) Preços correntes; (2) Preços constantes

PAB – Balboa do Panamá

De salientar que o Plano do Governo 2014-2019, concebido em articulação com o setor privado e

balizado pelos constrangimentos orçamentais da Lei de Responsabilidade Social e Fiscal, assenta na

dinamização do investimento e no apoio ao crescimento de alguns dos principais setores de atividade,

visando o desenvolvimento sócio-económico do país (com particular destaque para os setores da

educação, segurança e saúde).

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2.2. Comércio Internacional

Desde a adesão à Organização Mundial de Comércio (OMC) em 1997, o Panamá deu passos

importantes na modernização da sua estrutura económica e social e encetou um crescente e sustentado

processo de abertura comercial. Atualmente, o grau de abertura ao exterior (importações + exportações /

PIB) é da ordem de 88,4%.

No contexto do comércio mundial e de acordo com os dados da OMC, o Panamá ocupou a 77ª posição

do ranking de exportadores em 2013 (último ano disponível), com uma quota de 0,08%, e a 74ª enquanto

importador, com uma quota de 0,12%.

Apesar da importante contribuição líquida da Zona Livre de Colón (a segunda maior a nível mundial, a

seguir a Hong Kong) para as exportações3, o Panamá tem tradicionalmente uma balança comercial

deficitária. Em 2014, as exportações atingiram 15,3 mil milhões de USD (valores preliminares), o que

representou uma diminuição de 10,7% face ao ano anterior, enquanto as importações alcançaram 23,5

mil milhões de USD, traduzindo um decréscimo de 2,7%. O défice da balança comercial foi superior a 8,1

mil milhões de USD, correspondendo a um agravamento de 16,8% face a 2013.

O aumento do défice deveu-se basicamente a uma queda de 12% das reexportações realizadas pela

Zona Livre de Colón, a uma redução de 8,3% das exportações das zonas industriais e a uma contração

de 3,4% dos bens vendidos em portos.

As previsões da EIU relativas a 2015 apontam para uma ligeira melhoria do saldo da balança comercial

(deve fixar-se em -7,9 mil milhões de USD), em virtude de um decréscimo das importações (-0,9% face a

2014) e de um aumento das exportações (+1,3%). Para os próximos anos é expectável uma evolução

positiva tanto das exportações como das importações do Panamá.

Evolução da Balança Comercial

(106

USD) 2010 2011 2012 2013 2014a

Exportação fob 12 675 16 926 18 857 17 160 15 332

Importação fob 17 218 24 143 25 272 24 136 23 479

Saldo -4 543 -7 217 -6 415 -6 977 -8 147

Coeficiente de cobertura (%) 73,6 70,1 74,6 71,1 65,3

Posição no “ranking” mundial

Como exportador 81ª 77ª 76ª 77a

n.d.

Como importador 75ª 72ª 72ª 74a

n.d.

Fontes: Instituto Nacional de Estadística y Censo; World Trade Organization (WTO)

Notas: (a) Dados preliminares; n.d. – Não disponível

3 As transações comerciais na Zona Livre de Colón registaram um excedente de 843 milhões de USD em 2014, o que representou

um decréscimo de 18,7% face ao ano anterior. De acordo com o Instituto Nacional de Estadística y Censo tanto as reexportações como as importações regrediram face a 2013 (-12% e -12,8%, respetivamente).

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De acordo com os dados do International Trade Centre (ITC) expressos na tabela que se segue, a

evolução da estrutura geográfica das exportações do Panamá, excluindo as da Zona Livre de Colón4,

confirma a predominância dos Estados Unidos da América, que representaram 19,8% das exportações

de bens em 2014. Do top 5 de clientes fazem ainda parte a Alemanha (10,7% das exportações totais em

2014), a China (8,5%), a Costa Rica (6,7%) e os Países Baixos (5,2%).

Este grupo de cinco países foi responsável por 50,9% das exportações panamianas em 2014 (41,3% em

2013). De salientar que a Alemanha e a China têm vindo a assumir um papel cada vez mais relevante no

contexto das exportações do país.

Principais Clientes

Mercado 2012 2013 2014

quota posição quota posição quota posição

Estados Unidos da América 20,2% 1ª 18,8% 1ª 19,8 1ª

Alemanha 1,1% 18ª 5,8% 5ª 10,7 2ª

China 4,1% 6ª 6,1% 3ª 8,5 3ª

Costa Rica 6,6% 3ª 5,9% 4ª 6,7 4ª

Países Baixos 5,9% 4ª 4,7% 6ª 5,2 5ª

Portugal 0,2% 40ª 0,4% 35ª 0,7% 27ª

Fonte: ITC – International Trade Centre

A União Europeia (UE28), no seu conjunto, representou 26,1% das exportações panamianas em 2014

(24,6% e 21,8% em 2012 e 2013, respetivamente), destacando-se como principais clientes, para além da

Alemanha e dos Países Baixos, a Espanha, a Itália, a Dinamarca e o Reino Unido. No contexto da UE,

Portugal posicionou-se em 7º lugar (27º lugar do ranking global de clientes).

No que se refere aos principais fornecedores, os Estados Unidos da América assumem igualmente uma

posição de relevo, detendo uma quota de 25% das importações panamianas em 2014, excluindo as da

Zona Livre de Colón5. Destacam-se ainda como principais países fornecedores, a China (8,1% das

importações totais), o México (4,2%) e a Costa Rica (3,6%). É de assinalar o desempenho dos Estados

Unidos da América e da China, que têm vindo continuamente a ganhar quota de mercado.

A União Europeia (UE28) representou 11,4% das importações panamianas em 2014 (8,4% e 11,1% em

2012 e 2013, respetivamente), destacando-se como principais fornecedores, a Itália (3,3%), a Espanha

(2,5%), a Alemanha (1,7%), a França (1,2%) e o Reino Unido (0,7%).

4 As reexportações da ZLC destinam-se sobretudo aos países da região, nomeadamente, Porto Rico (18% do total em 2014),

Colômbia (14%), Venezuela (11%), Costa Rica (5%), República Dominicana (4%), EUA (4%) e Equador (4%). 5 As importações da ZLC, em 2014, tiveram origem na China Continental (32%), Singapura (20%), EUA (9%), Hong Kong (5%),

México (4%) e França (3%).

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No contexto da UE, Portugal posicionou-se em 12º lugar em 2014, ocupando o 46º lugar do ranking

global de fornecedores.

Principais Fornecedores

Mercado 2012 2013 2014

quota posição quota posição quota posição

Estados Unidos da América 23,6% 1ª 24,3% 1ª 25,0 1ª

Zonas Francas 10,8% 3ª 9,8% 3ª 24,0 2ª

China 6,4% 4ª 7,9% 4ª 8,1 3ª

México 4,5% 6ª 4,1% 5ª 4,2 4ª

Costa Rica 4,6% 5ª 4,0% 6ª 3,6 5ª

Portugal 0,2% 36ª 0,1% 45ª 0,1% 46ª

Fonte: ITC – International Trade Centre

De salientar que as transações comerciais com a generalidade dos países são desfavoráveis ao

Panamá. Os Estados Unidos da América e a China são os mercados que mais contribuem para o défice

da balança comercial do país.

No que diz respeito à estrutura das exportações (excluindo as das empresas que operam na Zona Livre

de Colón), é de salientar a relevância dos peixes, crustáceos e moluscos (20,3% do total em 2014) e das

frutas (18,4%). Os cinco produtos mais vendidos ao exterior, conforme tabela que se segue,

representaram cerca de 56,6% das exportações do Panamá em 2014.

Principais Produtos Transacionados – 2014

Exportações / Setor % Importações / Setor %

03 - Peixes, crustáceos e moluscos 20,3 27 - Combustíveis e óleos minerais 20,5

08 - Frutas 18,4 84 - Máquinas e equipamentos mecânicos 11,6

44 - Madeira, carvão vegetal, obras de madeira 6,4 87 - Veículos automóveis e partes 8,7

72 - Ferro fundido, ferro e aço 5,8 85 - Máquinas e equipamentos elétricos 7,2

23 - Resíduos das indústrias alimentares 5,7 73 – Obras de ferro fundido, ferro e aço 5,2

Fonte: ITC – International Trade Centre

Por outro lado, as importações panamianas (excluindo as das empresas que operam na Zona Livre de

Colón) são constituídas fundamentalmente por combustíveis e óleos minerais, que representaram 20,5%

do total em 2014 (22,8% em 2013) e por máquinas e equipamentos mecânicos e elétricos (18,8%).

Seguem-se, por ordem decrescente de representatividade, os veículos automóveis e partes (8,7%) e as

obras de ferro fundido, ferro e aço (5,2%).

Este conjunto de cinco produtos, que constitui normalmente o top 5 das compras panamianas ao exterior,

foi responsável por 53,2% das importações totais em 2014.

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2.3. Investimento

O investimento direto estrangeiro (IDE) constitui um dos eixos fundamentais da economia panamiana. Ao

longo dos últimos anos, o IDE tem desempenhado um papel decisivo no crescimento e desenvolvimento

económico do país, ajudando a aumentar a competitividade, trazendo novos recursos e melhorias em

termos de desenvolvimento tecnológico.

De salientar que as autoridades panamianas têm desenvolvido uma política de atração de investimento,

contando para isso com incentivos (fiscais, aduaneiros e laborais) e Zonas Económicas Especiais,

orientados para diversos setores de atividade, nomeadamente agro-indústria, tecnologias e

telecomunicações, energia e turismo.

De acordo com o World Investment Report, publicado pela UNCTAD em 2015, o Panamá posicionou-se,

em 2014, em 46º lugar do ranking mundial enquanto recetor de investimento direto estrangeiro e ocupou

a 61ª posição no conjunto dos países emissores.

O IDE totalizou 4,7 mil milhões de USD em 2014 (10,2% do PIB), o que representou um aumento de

1,4% face ao ano anterior. A maior parte do montante investido no país correspondeu a reinvestimentos.

A compra de ações e participações em capital foi também expressiva, abrangendo sobretudo empresas

que operam no serviço de eletricidade, no setor mineiro, no imobiliário e na construção.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estadística y Censo, entre 2010 e 2013, os principais

investidores no Panamá foram os países da América do Norte (26,5% do total), sobretudo os Estados

Unidos da América, da América do Sul (25,4%, com destaque para a Colômbia), da Europa (19,1%,

sobressaindo a Suíça), e da Ásia (11,1%, destacando-se a Coreia do Sul).

Em termos de setores de destino do IDE, e de acordo com a mesma fonte, o montante investido ao longo

do período 2010-2013 teve a seguinte repartição: comércio (36,4% do total); intermediação financeira

(17,1%); transporte e logística (14,9%); eletricidade, gás e água (11,3%); indústria transformadora

(7,9%); e comunicações (7,6%).

Investimento Direto

(106

USD) 2010 2011 2012 2013 2014

Investimento estrangeiro no Panamá 2 723,3 3 152,7 2 979,6 4 653,5 4 718,9

Investimento do Panamá no estrangeiro 316,8 175,7 -274,4 280,8 368,2

Posição no ranking mundial

Como recetor 51ª 57ª 63ª 41a

46a

Como emissor 66ª 71ª 176ª 66a

61a

Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2015

Nota: Valores líquidos

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O investimento direto do Panamá no estrangeiro não foi além de 368,2 milhões de USD em 2014,

correspondendo ao montante mais elevado dos últimos cinco anos.

2.4. Turismo

O turismo tem assumido uma importância crescente na economia panamiana. Trata-se de um setor com

grandes possibilidades de crescimento, já que as potencialidades do país neste domínio são

reconhecidas.

O Panamá é um país geograficamente privilegiado, sendo considerado uma ponte entre dois continentes

e entre dois oceanos. Anualmente, um maior número de cruzeiros atravessa o canal do Panamá,

permitindo viagens do Norte para o Sul da América, além de viagens com origem noutros continentes.

No ranking do Travel and Tourism Competitiveness Report 2015, o Panamá ocupa a 34ª posição a nível

mundial e a 3ª no contexto da América Latina, depois do Brasil (28ª) e do México (30ª).

Os dados mais recentes da Organização Mundial de Turismo indicam que, em 2013, visitaram o país 2,2

milhões de turistas, o que representou um aumento de 5,6% face ao ano anterior. Em termos de receitas,

que totalizaram 3,2 mil milhões de USD, verificou-se um acréscimo de 7,3% em relação a 2012.

No que se refere à procedência dos turistas que visitam o Panamá, dados relativos a 2013 indicam que

85,9% teve origem no Continente Americano, particularmente na América do Sul (49,7%) e na América

do Norte (24,4%).

No contexto do Continente Americano, a Colômbia (17,3% do total em 2013), os Estados Unidos da

América (17,0%) e a Venezuela (12,9%) destacam-se como principais emissores de turistas, seguidos da

Argentina (4,8%), do Equador (4,6%), do Brasil (4,4%) e do México (10,9%). A Europa representou

11,7% dos turistas que visitaram o Panamá em 2013, sendo a Espanha (3,6%), a Itália (1,2%), os Países

Baixos (1,0%) e a Alemanha (1,0%) os principais países emissores.

Indicadores do Turismo

2009 2010 2011 2012 2013

Turistas (103)a 1 562 1 726 2 004 2 086 2 202

Receitas (106

USD)b 1 484 1 745 2 519 3 013 3 233

Fonte: World Tourism Organization (UNWTO)

Notas: (a) Inclui a entrada visitantes não-residentes; (b) Não estão incluídas as receitas de transporte

Em 2013 existiam 593 hotéis ou estabelecimentos similares, tendo sido construídos 23 novos hotéis

desde então, o que representou um investimento superior a 650 milhões de USD.

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Enquanto emissor de turistas, o Panamá contabilizou 619 mil saídas em 2013, o que se traduziu num

aumento de 38,5% relativamente ao ano anterior.

As autoridades do país continuam empenhadas no desenvolvimento do setor, tendo lançado uma nova

campanha de promoção turística que visa, entre outros aspetos, incrementar o número de turistas (+50%

até 2019), aumentar a estadia média e as receitas geradas.

3. Relações Económicas com Portugal

3.1. Comércio de Bens

O Panamá tem um peso reduzido no contexto do comércio externo português de bens. Segundo dados

do Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2014, o país posicionou-se como 86º cliente de Portugal

(subiu dois lugares face a 2013) e como 69º fornecedor.

Para o comércio internacional do Panamá e segundo as estatísticas do International Trade Centre

relativas a 2014, a importância de Portugal, enquanto cliente e fornecedor, é mais significativa (27ª e 46ª

posição, respetivamente), com uma quota de 0,1% ao nível das importações panamianas.

Posição e Quota do Panamá no Comércio Internacional Português de Bens

2010 2011 2012 2013 2014 2015

jan/jun

Como cliente Posição 100ª 95ª 92ª 88ª 86ª 87ª

% Export. 0,02 0,02 0,02 0,03 0,03 0,03

Como fornecedor Posição 108ª 118ª 115ª 105ª 107ª 97ª

% Import. 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

O saldo da balança comercial bilateral é tradicionalmente favorável a Portugal, tendo-se verificado um

excedente de 9,6 milhões de euros em 2014, a que correspondeu um coeficiente de cobertura das

importações pelas exportações de 265,7%. No primeiro semestre de 2015, por força de um maior

crescimento das importações do que das exportações, o coeficiente de cobertura desceu para 198,5%

(378,9% no mesmo período de 2014) e o saldo da balança comercial de bens totalizou 4,3 milhões de

euros.

Ao longo do período 2010-2014, as exportações portuguesas para o Panamá registaram uma evolução

positiva, verificando-se uma taxa de crescimento médio anual de 27,2%. No último ano as exportações

atingiram um montante de 15,4 milhões de euros, o que representou um aumento de 14,8% face a 2013.

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Por outro lado, o valor das importações provenientes do Panamá ao longo do mesmo período revelou um

crescimento médio anual de 20,5%. No último ano as importações atingiram cerca de 5,8 milhões de

euros, o que se traduziu num decréscimo de 18,3% face a 2013.

Balança Comercial de Bens de Portugal com o Panamá

(103 EUR) 2010 2011 2012 2013 2014

Var %

14/10a

2014

jan/jun

2015

jan/jun

Var %

15/14b

Exportações 5 991 8 823 10 503 13 409 15 390 27,2 7 389 8 686 17,5

Importações 3 906 3 236 3 279 7 093 5 793 20,5 1 950 4 375 124,3

Saldo 2 085 5 587 7 224 6 317 9 597 -- 5 439 4 310 --

Coef. Cobertura (%) 153,4 272,6 320,3 189,1 265,7 -- 378,9 198,5 --

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2010-2014

(b) Taxa de variação homóloga 2014-2015

2010 a 2013: resultados definitivos; 2014 e 2015: resultados preliminares

No que se refere à composição das exportações portuguesas para o Panamá, verifica-se uma elevada

concentração em dois grupos de produtos - máquinas e aparelhos e metais comuns – que, em conjunto,

representaram 45,7% do total exportado em 2014 (47,4% em 2013). Dos restantes grupos de produtos,

cabe destacar os combustíveis minerais, os instrumentos de ótica e precisão, os produtos químicos e os

veículos e outro material de transporte. À exceção das máquinas e aparelhos e dos instrumentos de ótica

e precisão, os restantes grupos produtos tiveram uma evolução positiva face a 2013, com destaque para

os combustíveis minerais.

Numa análise mais detalhada das exportações, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada (NC),

verifica-se que, em 2014, os cinco produtos mais representativos, por ordem decrescente, foram os

seguintes: construções e suas partes de ferro fundido, ferro/aço (15,5% do total, com um aumento de

461,8% face a 2013); fios e outros condutores, isolados p/ usos elétricos, e cabos de fibras óticas (9,5%,

com um decréscimo de 1,1%); óleos de petróleo ou minerais betuminosos, excluindo óleos brutos e

preparações (8,1%, com uma variação positiva superior a 1 000%); veículos automóveis p/ usos

especiais, excluindo p/ transporte de pessoas/mercadorias (5,8%, com um aumento superior a 1 000%);

e transformadores elétricos, conversores, bobinas de reactância e auto-indução (5,3%, com uma

diminuição de 16,4%).

Dados do GEE – Gabinete de Estratégia e Estudos (Ministério da Economia) relativos a 2014 indicam

que 37,7% das exportações para o Panamá de produtos industriais transformados6 incidiram em

produtos classificados como de média-baixa tecnologia. Seguiram-se os produtos de média-alta

intensidade tecnológica (27,7%), de baixa tecnologia (19,9%) e de alta intensidade tecnológica (14,7%).

6 Os produtos industriais transformados representam 99,6% do total das exportações para o Panamá em 2014.

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Exportações de Portugal para o Panamá por Grupos de Produtos

(103

EUROS) 2010 % Tot 10 2013 % Tot 13 2014 % Tot 14 Var %

14/13

Máquinas e aparelhos 1 300 21,7 4 253 31,7 3 535 23,0 -16,9

Metais comuns 236 3,9 2 102 15,7 3 490 22,7 66,0

Combustíveis minerais 360 6,0 3 0,0 1 257 8,2 §

Instrumentos de ótica e precisão 525 8,8 1 273 9,5 1 027 6,7 -19,3

Químicos 439 7,3 621 4,6 1 010 6,6 62,7

Veículos e outro mat. transporte 62 1,0 537 4,0 906 5,9 68,7

Minerais e minérios 506 8,4 613 4,6 752 4,9 22,6

Madeira e cortiça 139 2,3 479 3,6 731 4,7 52,6

Pastas celulósicas e papel 537 9,0 982 7,3 651 4,2 -33,7

Alimentares 104 1,7 284 2,1 326 2,1 14,8

Vestuário 32 0,5 301 2,2 322 2,1 6,9

Plásticos e borracha 25 0,4 258 1,9 283 1,8 9,8

Calçado 57 0,9 405 3,0 227 1,5 -43,9

Matérias têxteis 87 1,4 328 2,4 182 1,2 -44,5

Peles e couros 102 0,8 118 0,8 16,2

Agrícolas 224 3,7 58 0,4 5 0,0 -92,0

Outros produtos 49 0,8 811 6,0 570 3,7 -29,7

Valores confidenciais 1 311 21,9 §

Total 5 991 100,0 13 409 100,0 15 390 100,0 14,8

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

Nota: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero em 2013

O INE registou 163 empresas portuguesas exportadoras a operar com este mercado em 2014, mais

16,4% do que as registadas no ano anterior, sendo que em 2010 tinham sido contabilizadas 73.

No que se refere às compras portuguesas de produtos panamianos, assinala-se o elevado nível de

concentração em apenas um grupo de produtos - agrícolas - que representou 71,2% das importações em

2014 (88,2% em 2013). Se considerarmos ainda os produtos alimentares (15,8%), as peles e couro

(4,9%), os combustíveis minerais (2,9%) e a madeira e cortiça (2,2%), significa que apenas cinco grupos

de produtos são responsáveis por 97% das importações totais. De sublinhar que as importações de

produtos agrícolas registaram um decréscimo de 34,1% face a 2013, enquanto os produtos alimentares

tiveram um aumento superior a 1 000%.

O grupo dos produtos agrícolas é formado por uma diversidade de produtos, sobressaindo os peixes

congelados, exceto os filetes e carne de peixe (63,1% do total em 2014). O grupo dos produtos

alimentares é formado basicamente por açúcares de cana ou de beterraba quimicamente pura, no estado

sólido (15,5%).

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Importações de Portugal do Panamá por Grupos de Produtos

(103 EUR) 2010 % Tot 10 2013 % Tot 13 2014 % Tot 14

Var %

14/13

Agrícolas 3 235 82,8 6 258 88,2 4 125 71,2 -34,1

Alimentares 26 0,4 916 15,8 §

Peles e couros 397 10,2 268 3,8 282 4,9 5,3

Combustíveis minerais 10 0,3 220 3,1 169 2,9 -23,3

Madeira e cortiça 66 1,7 171 2,4 129 2,2 -24,5

Plásticos e borracha 5 0,1 87 1,5 §

Químicos 28 0,5 §

Veículos e outro mat. transporte 56 0,8 14 0,2 -74,5

Metais comuns 164 4,2 76 1,1 12 0,2 -83,5

Instrumentos de ótica e precisão 13 0,3 9 0,1 §

Matérias têxteis 0 0,0 1 0,0 3 0,0 299,7

Máquinas e aparelhos 12 0,3 11 0,2 2 0,0 -78,5

Pastas celulósicas e papel 0 0,0 2 0,0 §

Minerais e minérios 0 0,0 §

Outros produtos 3 0,1 7 0,1 14 0,2 111,3

Total 3 906 100,0 7 093 100,0 5 793 100,0 -18,3

Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)

Nota: § - Coeficiente de variação >= 1000% ou valor zero no período anterior

No caso das compras de Portugal ao Panamá de produtos industriais transformados7, os bens de baixa

intensidade tecnológica representaram 92,4% do total em 2014, seguindo-se os de média-baixa (4,8%),

os de média-alta (2,3%) e os de alta tecnologia (0,5%).

3.2. Serviços

Não existem dados disponíveis sobre os fluxos bilaterais da área dos serviços.

3.3. Investimento

Na sequência da revisão do manual metodológico sobre estatísticas da balança de pagamentos e da

posição de investimento internacional, o Banco de Portugal descontinuou em outubro de 2014 as séries

estatísticas anteriormente divulgadas.

De entre as várias alterações, no que respeita especificamente às estatísticas da Balança Financeira,

que inclui os dados de investimento direto de Portugal com o exterior, o Banco de Portugal passou a

divulgar informação apenas para um conjunto limitado de mercados, onde não consta o Panamá.

7 Os produtos industriais transformados representam 93,2% das importações totais em 2014.

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Por esta razão, não é possível apresentar informação respeitante às relações bilaterais de investimento

direto com este mercado.

3.4. Turismo

Não existem dados disponíveis sobre os fluxos bilaterais da área do turismo.

4. Condições Legais de Acesso ao Mercado

4.1 Regime Geral de Importação

Desde a adesão do Panamá à OMC, em Outubro de 1997, o regime protecionista que vigorava no país

tem vindo a dar lugar a uma progressiva liberalização da economia e das trocas comerciais.

As importações não estão, de um modo geral, sujeitas a formalidades especiais, sendo no entanto

exigida emissão de licença/autorização por parte de vários organismos governamentais para a entrada

de certos produtos: Ministerio de Salud (ex.: produtos farmacêuticos; produtos alimentares,

nomeadamente de origem animal; e cosméticos); Ministerio de Desarrollo Agropecuario (ex.: produtos

lácteos; milho; e cebola); Ministerio de Comércio e Industrias (ex.: maquinarias; equipamentos;

componentes; e produtos semi-processados).

Os principais documentos requeridos nas importações são: fatura comercial original; conhecimento de

embarque; declarações/licenças necessárias (consoante os bens importados) e lista de embalagens. O

certificado de origem também pode ser solicitado. Mais informação pode ser consultada no site Panamá

Tramita.

De um modo geral as formalidades das operações de importação são efetuadas via eletrónica (Sistema

Integrado de Gestión Aduanera – SIGA), após registo dos operadores junto da Autoridad Nacional de

Aduanas (ANA).

De salientar, também, que existe regulamentação técnica específica, nomeadamente relativa a rotulagem

e certificação, que obriga ao cumprimento de standards de qualidade para produtos agrícolas e

alimentares, produtos farmacêuticos e veterinários, entre outros, que passam pela realização de análises,

recolha de amostras, registos sanitários e emissão de certificados de vária ordem: sanitários;

fitossanitários; e de conformidade.

Os interessados podem obter informação pormenorizada sobre cada documento (gerais/específicos) que

deve acompanhar as mercadorias quando importadas neste país, no site – Market Access Database

(MADB), da responsabilidade da Comissão Europeia, no tema – Procedures and Formalities, (selecionar

o mercado – Country / Panama, introduzir os códigos pautais dos produtos – Product Code – a 4 ou 6

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dígitos e clicar em HS-Code Search). Uma chamada de atenção para a coluna Country Overview, na qual

podem ser consultadas variadíssimas matérias, de entre as quais se destacam os procedimentos

aduaneiros de importação, as regras de rotulagem e embalagem e a regulamentação técnica de

produtos.

No âmbito dos produtos alimentares, importa referir que quando do envio para o Panamá de produtos de

origem animal (ex.: carnes; lacticínios; ovos) e de produtos de origem vegetal (ex.: plantas; frutas;

sementes; e legumes), as empresas portuguesas devem previamente inquirir junto da Direção-Geral de

Alimentação e Veterinária (DGAV) sobre a possibilidade de realizar a operação. Com efeito, pode não ser

possível, desde logo, exportar este tipo de bens pelo facto de Portugal não se encontrar habilitado para a

exportação (necessidade de acordo entre os serviços veterinários/fitossanitários de Portugal e país de

destino no que se refere ao procedimento e/ou modelo de certificado sanitário/fitossanitário).

As barreiras não tarifárias às exportações do setor agroalimentar podem ser consultadas no Portal

GlobalAgriMar (ver tema “Facilitação da Exportação” e, depois, “Constrangimentos à Exportação”), do

Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral – GPP, do Ministério da Agricultura e do Mar

(MAM). O facto de determinados produtos não constarem na lista de constrangimentos não significa que

Portugal esteja habilitado a exportar para o mercado. Eventualmente, pode nunca ter existido qualquer

intenção de exportação por parte de empresas portuguesas, condição indispensável para a DGAV iniciar

o respetivo processo de habilitação.

Em relação ao Panamá estão em curso procedimentos para a exportação de produtos de origem animal

(a DGAV está em fase de preparar resposta ao questionário enviado pelas entidades competentes locais

para “leites” e “carnes”) e para produtos de origem vegetal (foram manifestadas intenções de exportação

de maçãs e peras, tendo a DGAV solicitado informação sobre os requisitos de entrada no mercado ao

organismo competente panamiano, aguardando-se resposta).

Para melhor entendimento das várias fases destes processos, os interessados podem consultar, no

referido Portal, a apresentação esquemática sobre os processos de habilitação para a exportação de:

• Animais, Produtos Animais e Produtos/Subprodutos de Origem Animal;

• Vegetais e Produtos Vegetais com Risco Fitossanitário.

No que respeita à Pauta Aduaneira o Panamá segue o Sistema Harmonizado de Designação e

Codificação de Mercadorias, sendo os direitos aduaneiros na sua maioria ad valorem, calculados sobre o

valor CIF (Cost, Insurance and Freight / Custo, Seguro e Frete) das mercadorias. Com exceção de

determinados produtos (ainda submetidos a taxas agravadas – essencialmente produtos agrícolas como

o arroz e os produtos lácteos), a política do Governo tem-se traduzido numa baixa gradual dos direitos

aduaneiros. Com a aplicação provisória do Acordo de Associação UE/América Central, no que às

matérias comerciais diz respeito, a maioria dos bens originários da União Europeia beneficiam de

tratamento preferencial (ex.: reduções ou isenções) à entrada no Panamá.

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Panamá – Ficha de Mercado (agosto 2015)

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Para além destes encargos alfandegários, os produtos estão ainda sujeitos à Goods and Services Tax

(GST), equivalente ao IVA, de acordo com as seguintes taxas: normal – 7%; especiais – 10% (bebidas

alcoólicas) e 15% (tabaco). Existem, também, Impostos Especiais sobre o Consumo de certos bens (ex.:

cigarros e bebidas alcoólicas).

A tributação aduaneira incidente na entrada de produtos portugueses (ou de qualquer país comunitário)

no Panamá pode ser consultada, por produto e de forma atualizada quanto ao momento da exportação,

no site já referido – Market Access Database, no tema – Tariffs. Aos produtos originários da União

Europeia aplicam-se os direitos da coluna EU. Clicando no código pautal específico do produto

(classificação mais desagregada) os interessados têm acesso a outras imposições fiscais para além dos

direitos aduaneiros (ex.: GST).

Para que os bens comunitários possam beneficiar do regime/tratamento preferencial, a origem

comunitária dos mesmos deve ser comprovada mediante a apresentação do certificado de circulação de

mercadorias EUR. 1 (emitido pelas alfândegas do país de origem) ou de declaração emitida pelo

exportador, numa nota de entrega ou em qualquer outro documento comercial, que descreva os produtos

em causa de uma forma suficientemente pormenorizada para permitir a sua identificação (normalmente

designada por declaração na fatura). A declaração de origem na fatura pode ser feita por qualquer

exportador no caso de remessas de mercadorias cujo valor não exceda 6.000 euros, ou por um

“exportador autorizado” no que diz respeito a remessas de mercadorias de valor superior a esse

montante.

Caso o valor da mercadoria seja inferior a 6.000 euros, é aconselhável a utilização da declaração na

fatura por qualquer exportador apenas para envios ocasionais de mercadoria. Se os envios de

mercadorias forem frequentes, mesmo que inferiores a 6.000 euros cada, pode haver problemas no

mercado de destino e ser exigido o estatuto de “exportador autorizado”; este deve ser solicitado, por

escrito, ao Diretor-Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), acompanhado de um dossier, em

duplicado, de onde conste a informação referida no ponto 5.4.5. (página 99) do Manual de Origem das

Mercadorias.

No que se refere ao certificado de circulação de mercadorias EUR.1, segundo esclarecimento da AT, o

facto das Alfândegas portuguesas emitirem os certificados de origem no momento da exportação com

base nas declarações efetuadas pelos operadores, as quais não podem ser logo objeto de confirmação,

para evitar o bloqueamento das exportações, não impede que as autoridades alfandegárias dos países

de destino solicitem, à posteriori, informação sobre a emissão dos mesmos. Nestas circunstâncias e já

após a exportação, as Alfândegas portuguesas têm o dever de verificar, junto do exportador, se as

declarações efetuadas estavam ou não corretas, de modo a ficarem habilitadas a responder às

autoridades aduaneiras dos nossos parceiros comerciais. Por este motivo, as empresas que solicitam a

emissão de certificados de origem devem previamente verificar se cumprem os requisitos exigidos para

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que as mercadorias possam ser consideradas originárias da UE e beneficiarem da emissão da respetiva

prova de origem.

4.2 Regime de Investimento Estrangeiro

O Panamá promove o investimento estrangeiro, baseando-se o regime em vigor no princípio da não

discriminação entre nacionais e estrangeiros, podendo as empresas ser detidas na sua totalidade por

capital externo. O livre repatriamento de capitais, lucros e dividendos é outra característica a destacar.

Não existe legislação específica que enquadre o regime do investimento estrangeiro, mas um conjunto

diversificado e disperso de diplomas que, direta ou indiretamente se relaciona com esta temática,

nomeadamente: legislação relativa às sociedades comerciais; excertos do Código Comercial; disposições

laborais; regime legal de incentivos às exportações, desenvolvimento industrial, micro e pequenas

empresas e ao sector turístico. A Lei n.º 54, de 22 de Julho de 1998, sobre a estabilidade jurídica do

investimento, confere uma segurança importante às operações realizadas e a efetuar (Preguntas

Frecuentes sobre Invertir en Panamá).

Não obstante o princípio da não discriminação em razão da nacionalidade, a Constituição do Panamá

consagra a possibilidade do Governo fixar condições especiais ou vedar o acesso a determinadas

atividades económicas a cidadãos estrangeiros por razões de saúde, segurança pública e/ou defesa da

economia nacional.

Relativamente aos procedimentos e tramitação dos processos de investimento não é necessário

autorização prévia, salvo quando estão em causa projetos candidatos à concessão de incentivos. No

entanto, para aceder a alguns sectores de atividade é necessário obter licença especial (de natureza

comercial ou industrial) – é o caso do sector bancário, sector segurador, serviços públicos, empresas de

transporte internacional, algumas atividades comerciais/industriais ou serviços (ex.: empresas de

distribuição; restauração; farmácias; e construção civil).

Em termos orgânicos a PROINVEX Panamá – Agencia de Promoción de Inversiones y Exportaciones, no

contexto do Ministerio de Comercio e Industrias (MICI), é a entidade responsável pela atração do

investimento e promoção das exportações, cabendo-lhe administrar um Sistema Integrado de Informação

que permite aos investidores identificar, de forma fácil e acessível, os instrumentos que o Governo

disponibiliza para atrair o capital externo.

O Panamá definiu um amplo quadro legal para incentivar e promover as operações de investimento

realizadas no país, com os objetivos de salvaguardar e conferir segurança jurídica a estas operações e

de apoiar, especificamente, determinados sectores / atividades económicas considerados prioritários.

As medidas legais vão desde a concessão de apoios fiscais e tributários no sector do turismo

(restauração), indústria marítima, sectores agrícola (reflorestação) e mineiro, dinamização da indústria

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nacional e das exportações, estabelecimento de empresas financeiras; à alteração da lei de trabalho com

vista à flexibilização das relações laborais; passando pelos benefícios resultantes para as empresas

instaladas nas chamadas “Zonas de Processamento para Exportação” e os incentivos disponibilizados às

empresas multinacionais que queiram estabelecer-se no país, ao abrigo da Lei n.º 41/2007 (e

regulamentação posterior).

Indicam-se alguns sites relevantes:

• Zonas Francas / Zona Livre de Colón / Zona Franca de Barú (Incentivos);

• Zonas Procesadoras para Exportaciones (Beneficios Fiscales);

• Ciudad del Saber / City of Knowledge (parque científico, tecnológico e empresarial que visa

promover a inovação e o conhecimento);

• Leyes de Incentivos para Inversión Turística (Autoridad de Turismo Panamá);

• Incentivos para la Industria del Cine;

• Área Económica Especial Panamá Pacífico – AEE (Incentivos);

• Sede de Empresas Multinacionais (Beneficios);

• Ley de Incentivos para el Establecimiento de Call Centers en Panamá.

Informações adicionais sobre o quadro legal do investimento estrangeiro, formas de estabelecimento,

sistema fiscal, aspetos laborais, incentivos, entre outras, podem ser obtidas através da consulta das

seguintes publicações / sites:

• Doing Business in Panama 2015 (World Bank Group, 2015);

• Panama Tax Highlights 2015 (Deloitte, 2015);

• Doing Business – A Guide for Panama (PWC, 2014);

• Guidance – Overseas Business Risk: Panama (Foreign & Commonwealth Office, UK, 2015);

• Doing Business in Panama (UHY International, Ltd, 2013).

Finalmente referir que entre Portugal e o Panamá foi celebrado (e está em vigor) a Convenção para

Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre o Rendimento.

Nota:

O site Legal-Info Panamá permite o acesso a um conjunto variado de diplomas/códigos legais.

5. Informações Úteis

Formalidades na Entrada

Passaporte: exigido a todos os visitantes. Deve ter uma validade superior a 6 meses.

Regime de vistos: Isenção de visto de turismo por um período inferior a 90 dias.

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Para mais informações deverá ser contactada a Embaixada e Consulado-Geral do Panamá em Lisboa

(ver ponto 6 – Contactos Úteis).

Hora Local

Em relação ao meridiano de Greenwich, a diferença horária é de menos 5 horas.

Horários de Funcionamento

Serviços Públicos:

7h00-15h00 (segunda a sexta-feira)

Escritórios:

7h00-17h00 (segunda a sexta-feira)

Bancos:

8h00-15h00 (segunda a sexta-feira)

8h30-12h00 (sábado)

Comércio Tradicional e Centros Comerciais:

09h00-20h00 (todos os dias)

Feriados

Datas Fixas:

1 de janeiro – Dia de Ano Novo

9 de janeiro – Dia dos Mártires

1 de maio – Dia do Trabalhador

15 de agosto – Fundação da Cidade do Panamá (apenas na Cidade do Panamá)

12 de outubro – Dia de Colombo

3 de novembro – Dia da Independência (da Colômbia)

4 de novembro – Dia da Bandeira

10 de novembro – Dia do Clamor da Independência

28 de novembro – Dia da Independência (de Espanha)

8 de dezembro – Dia da Imaculada Conceição

25 de dezembro – Dia de Natal

Datas Móveis:

Segunda e terça-feira de Carnaval

Quinta e sexta-feira da Semana Santa

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Corrente Elétrica

No Panamá usa-se o sistema de energia 120 volts AC; 60 Hz. As tomadas elétricas são iguais às

tomadas usadas nos EUA (tipo A e B). Recomenda-se a utilização de um adaptador.

Pesos e Medidas

É utilizado o sistema métrico.

6. Contactos Úteis

Em Portugal

Embaixada do Panamá em Lisboa

Av. Helen Keller, 15 – Lote C, 4º Esq.

1400-197 Lisboa – Portugal

Tel.: (+351) 213 642 899 | Fax: (+351) 213 644 589

E-mail: [email protected] | [email protected]

Nota: Nesta morada funciona também o Consulado-Geral do Panamá em Lisboa

aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE

Rua Júlio Dinis, 748, 9º Dto

4050-012 Porto

Tel.: +351 226 055 300

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

aicep Portugal Global, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, EPE

Av. 5 de Outubro, 101

1050-051 Lisboa – Portugal

Tel.: (+351) 217 909500 I Fax: (+351) 217 909581

E-mail: [email protected] I http://www.portugalglobal.pt

COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, SA

Av. da República, 58

1069-057 Lisboa - Portugal

Tel.: (+351) 217 913700 I Fax: (+351) 217 913700

E-mail: [email protected] I http://www.cosec.pt

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Autoridade Tributária e Aduaneira

Rua da Alfândega, n.º 5, r/c

1149-006 Lisboa – Portugal

Tel.: (+351) 21 881 37 00 I Linha Azul: (+351) 21 881 38 18

E-mail: [email protected] / [email protected] | https://www.e-financas.gov.pt/de/jsp-

dgaiec/main.jsp

No Panamá

Nota: Está prevista para breve a abertura da Embaixada de Portugal no Panamá. Nesta fase existe um

Encarregado de Negócios junto do Consulado Honorário de Portugal no Panamá, cujos contactos são:

Nuevo Reparto El Carmen, Calle Elida Diez, Edificio Cariari

Local Planta Baja, Ciudad de Panamá

Telf.: 00 507 396 3691

E-mail: [email protected]

Consulado Honorário de Portugal no Panamá

Nuevo Reparto El Carmen, Calle Elida Diez, Edificio Cariari

Local Planta Baja, Ciudad de Panamá

Tel./Fax: +(507) 269 1770

E-mail: [email protected]

Dependência: Secção Consular da Embaixada de Portugal em Bogotá

Os assuntos económicos e empresariais são também acompanhados pelo escritório da AICEP em

Caracas, Venezuela.

aicep Portugal Global – Caracas

Embaixada de Portugal em Caracas

Av. Eugénio Mendoza, c/c calle José Ángel Lamas

Torre La Castellana, piso 3

Urb. La Castellana – Caracas

Tel.: (+58) 212 265 45 39/263 80 53 | Fax: (+58) 212 266 49 08

E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt

Autoridad Nacional de Aduanas

Ave. Dulcidio González, Edificio 1009, Curundu,

Panamá – República de Panamá

Tel.: (+507) 506 6400

http://www.ana.gob.pa/

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Banco Nacional de Panamá

Casa Matriz – Vía España

Apartado 5220

Ciudad de Panamá – República de Panamá

Tel.: (+507) 505 2000 | Fax: (+507) 269 0091

E-mail: [email protected] | http://www.banconal.com.pa

Instituto Panameño de Turismo (IPTA)

Avenida Aquilino de la Guardia y calle Gerardo Ortega

Edificio Central, piso 1.

Ciudad de Panamá 5 – República do Panamá

Tel.: (+507) 226 7000 | Fax: (+507) 226 3483

E-mail: [email protected] | http://www.atp.gob.pa

Dirección de Estadística y Censo

Avenida Balboa y Federico Boyd

0816-01521 Ciudad de Panamá

República de Panamá

Tel.: (+507) 510 4777 | Fax: (+507) 510 4355

E-mail: [email protected], [email protected] | http://www.contraloria.gob.pa

Cámara de Comercio, Industrias y Agricultura de Panamá

Avenida Cuba y Perú

Ciudad de Panamá – República de Panamá

Tel.: (+507) 207 3400 | Fax: (+507) 207 3422

E-mail: [email protected] | http://www.panacamara.com/

Administración Zona Libre de Colon

P.O. Box 1118

Zona Libre de Colon

República de Panamá

Tel.: (+507) 475 6512 | Fax: (+507) 475 9622

E-mail: [email protected] | http://www.zonalibredecolon.com.pa/

7. Endereços de Internet

A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no Site da Agência, nomeadamente, nas

seguintes páginas:

• Guia do Exportador

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• Guia da Internacionalização

• Temas de Comércio Internacional

• Mercados Externos (Panamá)

• Livraria Digital

Outros endereços:

• Abogados de Panamá (Directorio Online)

• Asamblea Nacional

• Asociación Latinoamericana de Integración (ALADI)

• Autoridad de la Micro, Pequeña y Mediana Empresa (AMPYME)

• Autoridad de Turismo Panamá

• Autoridad Nacional de Aduanas (ANA) / Panamá Tramita

• Autoridad Nacional para la Innovación Gubernamental (AIG)

• Autoridad Panameña de Seguridad de Alimentos (UPSA)

• Banco Nacional de Panamá

• Bolsa de Valores de Panamá

• Business Panama

• Cámara de Comercio, Industrias y Agricultura de Panamá

• Canal de Panamá

• Ciudad del Saber Panamá

• Comunidad Andina (CAN)

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• Consejo Nacional de la Empresa Privada (CoNEP)

• Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) / Direções de Serviços de Alimentação e

Veterinária Regionais (DSAVR)

• Dirección General del Registro de la Propiedad Industrial (DIGERPI)

• Doing Business in Panama 2015 / Doing Business in Panama – Starting a Business 2014 / Doing

Business in Panama – Business Reforms 2015 / Doing Business in Panama – Trading Across

Borders in Panama 2014 (Doing Business Project – World Bank Group)

• European External Action Service (EEAS) – EU Relations with Republic of Panama / Trade

Relations EU – Central America / EU-Central America Association Agreement

• Gobierno de la República de Panamá

• Guia Prático – Destacamento de Trabalhadores de Portugal para Outros Países (Instituto da

Segurança Social, abril 2015)

• Inter-American Development Bank (IDB)

• Legal-Info Panamá

• Ministerio de Comercio e Industrias (MICI)

• Ministerio de Economía y Finanzas (MEF)

• Ministerio de Obras Publicas (MOP)

• Ministerio de Relaciones Exteriores

• Ministerio de Trabajo e Desarrollo Laboral

• Ministerio de Salud (MINSA)

• Ministerio del Desarrollo Agropecuario (MIDA) / Legis Agro

• Novo Quadro de Apoio Portugal 2020 / Programa Operacional Competitividade e

Internacionalização (Compete 2020)

• Organización de los Estados Americanos (OEA)

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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E.P.E. – Avenida 5 de Outubro 101 – 1050-051 LISBOA

Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www.portugalglobal.pt

Capital Social – 114 927 979,87 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120

29

• PanamáCompra (Licitaciones Públicas)

• Panamá Emprende

• Panamá Pacífico / Área Económica Especial Panamá Pacífico

• Portal GlobalAgriMar / Constrangimentos à Exportação, Gabinete de Planeamento, Políticas e

Administração Geral (GPP) / Ministério da Agricultura e do Mar (MAM)

• Portal das Comunidades Portuguesas / Trabalhar no Estrangeiro / Conselhos aos Viajantes

(Panamá)

• PROINVEX Panamá (Agencia de Promoción de Inversiones y Exportaciones) / Panama Trade &

Investment Agency

• Segurança Social (Destacamento de Trabalhadores para Países com os quais não foram

Celebrados Acordos Bilaterais / Convenções, como é o caso do Panamá)

• Seguro de Investimento Português no Estrangeiro da COSEC / Formas de Realização de

Investimento / Riscos e Coberturas / Contactos

• Sistema de la Integración Centroamericana (SICA)

• Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA)

• Sistema en Línea de Propiedad Industrial

• Superintendencia de Bancos de Panamá (SBP)

• Unión Nacional de Corredores de Aduana de Panamá (UNCAP)

• United Nations (UN) / Funds, Programmes, Specialized Agencies and Others UN Entities

• Zona Franca de Barú

• Zona Libre de Colon

• World Trade Organization (WTO)