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curso de metalografia
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Materiais para Construo Mecnica II - Laboratrio
Faculdade de Tecnologia de Sorocaba Pgina 1 de 33
Esquema para a preparao de amostras para o exame microgrfico
Escolha da seo
Corte Disco duro Material
mole Material
Duro
duro
Disco mole
Eliminao rebarba
Identificao
Embutimento Quente
duro
baquelite Resina Acrlica
Frio
Lixamento
220 a 600 granas
Polimento
Pasta diamantada + lubrificante. Al2O3 CrO3 /MgO
Lavar com H2O
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Lavar com H2O
Alcool / Eter
Secar
Analisar
Com ataque Sem ataque Nital
Picral
Picrato de Sdio
Ferrita
Perlita
Austenita
Martensita
Cementita
Bainita
Ledeburita
Steadita
Aos e Ferros Fundidos
Incluses
Dobras
Riscos de
Trefila
Escrias
Trincas
Veios de
grafita
Aos e Ferros Fundidos
Microscpio Observao
Direta
Observao Indireta
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ENSAIO METALOGRFICO
I. Introduo:
Metalografia a parte da Metalurgia destinada ao estudo da
Macroestrutura e Microestrutura dos metais e ligas. de grande importncia
na resoluo de problemas com relao a durabilidade de componentes
metlicos, quando submetidos as condies mais severas de servios,
informando a causa dos defeitos e objetivando o desenvolvimento tecnolgico.
O ensaio metalogrfico pode ser:
1) Microgrfico
2) Macrogrfico
1. Micrografia:
Consiste no estudo dos produtos metalrgicos. com auxlio do
Microscpio, permitindo observar e identificar a granulao do material, a
natureza, forma, quantidade e distribuio dos diversos constituintes ou de
certas incluses, etc. Estas observaes so de grande utilidade prtica.
2. Macrografia:
Consiste no exame do aspecto de uma superfcie plana seccionada de
uma pea ou amostra metlica, devidamente polida e atacada por um reagente
adequado e observado os elementos macrogrficos a olho nu ou no mximo
10x de aumento (Lupa).
1.1 Micrografia dos produtos (Aos) resfriados lentamentes (Recozimento,
Normalizados, Coalescimento).
a) Escolha e Localizao da seo a ser estudada : A localizao do corpo
de prova para Micrografia em peas grandes, normalmente feita aps o
exame (de Raio X, Ultra som, Macrografia, Magna-teste) e se o aspecto nesta
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for homognea, a preparao do c.p. indiferente. Em casos de textura
heterognea, os corpos de prova sero retirados para exames detalhados
dessas regies.
O local a ser examinado depender da forma da pea e do que se
pretende examinar. Em peas rompidas em servio, por exemplo, o exame
dever ser feito mais prximo da fratura para verificar a existncia de
diferenas estruturas.
b) Preparao de uma superfcie plana e polida:
Corte Embutimento Marcao Lixamento Limpeza
PolimentoAtaque Limpeza Microscopia.
Corte: Na preparao metalografica a retirada correta das amostras poder ser
considerada como a mais importante etapa na preparao de c.p.
Este corte pode ser Transversal ou Longitudinal:
Por abraso, seco ou mido
Serragem
Torno
Cisalhamento
Destes subgrupos o que mais se adaptam para o ensaio metalogrfico
o corte por abraso mido.
O corte por abraso feito atravs de um disco abrasivo (xido de
alumnio, carbeto de silcio disperso em um meio de material sinttico),
acompanhado de uma eficiente refrigerao, sendo a melhor soluo para se
evitar aquecimento excessivo do material, que poderia alterar a estrutura da
amostra.
A estrutura do disco de corte abrasivo se determina pela quantidade e
acomodao dos gros abrasivos, bem como pela liga resinide. Um disco de
corte de estrutura aberta (menos gro) comporta-se como Brando; uma
estrutura densa (granulao fina) comporta-se como Dura. Por isso
seleciona-se um disco:
- Disco duro (Granulao Fina) => Material brando (15 a 40 HRC)
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- Disco mole (Granulao Grossa) => Material duro (>40HRC)
Embutimento: para peas e c.p. de pequeno porte usa-se o mtodo de
embutimento a frio ou a quente, pois alm de facilitar o manuseio evita que as
amostras com arestas rasguem a lixa ou pano de polimento, bem como seu
abaulamento durante o polimento.
Embutimento a quente, o mtodo mais usado por ser mais rpido mais
econmico, atravs de uma resina chamada Baquelite.
Baquelite - uma resina fenoplstica ( base de fenol e de formol) que
condensa durante a moldagem atravs de tempo, temperatura, presso; a uma
temperatura de aproximadamente 170C.
Obs: Para uma nica amostra, o embutimento quente e mais rpido, porm
no caso no caso de grandes quantidades o embutimento a frio permitir uma
montagem simultnea em menor tempo ( Resina termoplstica acrlica ou
Resina Termo-Resistente Dialiftalato).
Algumas das propriedades do embutimento:
- Baixa contrao e boa adeso a amostras;
- Ausncia de bolhas;
- Resistncia ao Lixamento e Polimento;
- Resistncia mecnica adequada;
- Resistncia qumica;
- Baixo custo.
Marcao: lpis eltrico, punes (letras ou nmeros), gravador eltrico.
utilizada para melhorar a identificao das amostras em srie e grande
quantidade.
Lixamento: A amostras lixada, seguindo a movimentao da figura abaixo.
Quando os riscos estiverem na mesma direo, a amostra ser mudada (90)
em cada lixa subsequente at desaparecer os traos da lixa anterior.
Lixas: 220 - 320 - 400 600
Lixamento: seco ou mido
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Fatores que influenciam na tcnica do lixamento:
- Escolha adequada do material de lixamento em relao a amostra e ao
tipo de exame final;
- A superfcie deve estar sempre rigorosamente limpa e isenta de
lquidos e graxas;
- Riscos profundos que surgiro durante o lixamento, de preferncia
devem ser eliminados por um novo lixamento.
- Metais diferentes no devem ser lixados com utilizao da mesma lixa.
- Aconselha-se usar sempre lixas do mesmo fabricante, pois pode haver
diferena na granulometria.
Limpeza: Um dos estgios importantes da seqncia da preparao da
amostra metalogrfica a limpeza, pois a amostra metalogrfica geralmente
est impregnada com leo, graxa ou poeira. Toda amostra dever passar pelo
processo de limpeza e tambm aps cada estgio de preparao, sendo que
este cuidado dever ser redobrado especialmente durante o polimento.
O mtodo mais simples de limpeza consiste em enxaguar as amostras
com gua, entretanto, como toda operao de limpeza por lavagem requer
processo de secagem, aconselha-se usar em Metalogrfia, lquidos de baixo
ponto de ebulio tais como lcool, ter, etc. Os quais so posteriormente
secados rapidamente atravs de jato de ar quente. Outro processo que ser
usado, a limpeza ultra-snica.
Polimento (Manual ou Automtico): O polimento um dos estgios mais
importantes da seqncia de preparao de amostras metalogrficas,
cermicas e petrogrficas, pois consiste em obter uma superfcie isenta de
220 320 400 600 220
A A
90
A A
90
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riscos, permitindo observao de uma imagem clara e perfeita ao microscpio
de estruturas em exame.
Material de polimento:
Cr2O3: xido de Cromo verde.
MgO: xido de Magnsio branco.
Al2O3: xido de Alumnio ou Alumina - em suspenso, branca.
Diamante Natural ou Sinttico.
Diamante: a mistura de p em um meio orgnico, permitindo que a amostra
seja perfeitamente preparada, isenta de deformaes mecnicas e plsticas.
O agente polidor diamante fornecido nos tipos :
a) Pr polimento
Pasta diamante de alta concentrao (7 a 45 m)
Pasta diamante especial ( 6 a 15 m)
Diamante em Aerosol ( 6 a 45 m)
Suspenso Diamante ( 6 a 15 m)
b) Polimento final:
Pasta Diamante de alta concentrao ( 0,25 a 2,5m)
Pasta em Aerosol ( 0,25 a 3 m)
Suspenso Diamante ( 0,25 a 3 m)
Nota: Para um bom polimento (qualquer agente polidor), preciso que o
pano de polir tenha uma estrutura txtil adequada para cada aplicao
especfica. Estes panos podem ser de seda pura, l, veludo sinttico e seda
sinttica (diamante), feltro especial, fibra sinttica (Al2O3). Visto que, para se
obter o polimento ideal, necessrio que:
Nunca polir amostras diferentes sobre o mesmo pano de polimento.
Evitar frico excessivas entre amostras e pano de polimento.
Evitar presso excessiva sobre a amostra durante o polimento; os
materiais duros so polidos com maior presso do que os moles.
Com o polimento defeituoso podemos ter:
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COMETAS - causado pela presso excessiva durante o polimento de
partculas que se destacam de incluses friveis.
MANCHAS MARRONS - quando no fim do polimento a presso fraca,
ocorrendo em aos ricos em Fsforo.
AUROLAS ESCURAS E HETEROGNEAS - surgem quando a lavagem do
corpo de prova em gua, aps o polimento muito demorada, ou no seca
logo o corpo de prova depois de lavado.
O material polido observado ao microscpio, antes do ataque para o
exame das incluses, trincas, porosidades, veios ou partculas de grafita,
riscos, dobras e fissuras.
Os lubrificantes tambm so utilizados e tem por finalidades lubrificao
e resfriamento da amostra durante o processo de polimento, mantendo a
amostra em estreito contato com o agente polidor, pano de polimento para
aumentar a razo de desbaste.
Ataque: Uma amostra lixada e polida esta pronta para o exame macro ou
microscpico desde que seus elementos estruturais possam ser distinguidos
uns dos outros, atravs da diferenciao de cor, relevo e falhas estruturais.
Geralmente uma superfcie metlica polida reflete a luz uniformemente, de
tal maneira que os detalhes de sua estrutura no podem ser distinguidos,
necessitando-se contrast-los adequadamente.
O processo mais comum de obter-se tal contraste por meio do ATAQUE
o qual pode ser efetuado atravs de mudanas do sistemas ptico empregado,
ou da amostra propriamente dita.
No sistema ptico preciso aparelhos acoplados em um bom
conhecimento dos microscpios metalogrficos; os principais mtodos so:
- Iluminao campo escuro
- Luz polarizada
- Contraste de fase
- Interferncia diferencial atravs do prisma Nomarsky.
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Na prtica metalografica utilizado o ataque qumico, por reagentes
especficos: solues aquosas ou alcolicas de cidos, gases e sais, bem
como sais fundidos ou vapores.
O ataque qumico pode ser dividido em dois grupos:
A) Macro-Ataque: evidencia a macroestrutura, a qual pode ser
observada a olho nu ou atravs de uma lupa de baixo aumento ( mx. 10x).
B) Micro-Ataque: evidencia a estrutura ntima do material em estudo
podendo est ser observada atravs de um microscpio metalogrfico. Aps o
ataque qumico a amostra deve ser rigorosamente limpa, removendo os
resduos do processo, atravs de lavagem em gua quente, gua destilada,
lcool ou acetona e posteriormente secar atravs de jato de ar quente.
Existem vrios mtodos de ataque qumico para ligas ferrosas e no
ferrosas. Ex: Ataque por lavagem, Ataque por gotejamento, Ataque de
identificao, Ataque eletroltico e Ataque por imerso (mtodo mais usado e
mais rpido).
- Ataque qumico por imerso:
O ataque feito agitando o corpo de prova com a superfcie polida
mergulhada no reativo posto numa pequena cuba ou um recipiente qualquer.
A durao do ataque depende da concentrao do reativo e da natureza
e textura do material examinado, em mdia usa-se de 5 a 15 segundos.
Os reativos empregados na Micrografia so numerosos, porm sero
mencionados os mais usados:
a) Nital ( 2 a 5 %) : Diferencia a martensita da ferrita.
NIT = Ntrico - cido Ntrico ( HNO3)
AL = lcool - lcool Etlico / Metlico
Ex.: Preparar 200 ml de Nital 3% 196 ml de lcool + 6 ml de HNO3.
Esta soluo pode ser empregada para todos os produtos siderrgicos
comuns. No ataca a Ferrita nem Cementita, mas ir delinear os seus
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contornos, e escurecer a perlita. A perlita se apresentar de forma hachurada,
ou em forma de lamelas.
Utilizao:
Na revelao do contorno dos gros da ferrita em aos de baixo teor de
carbono;
Na obteno de contraste mximo entre perlita, cementita e ferrita em
contorno de gro;
Na revelao dos contornos de gros dos aos ao silcio contendo 4%Si;
No ataque de aos baixa liga e aos ao Cromo resistentes a ao do
picral; Na revelao do limite de gro de ferrita nas estruturas de martensita
com presena de ferrita.
b) Picral : Diferencia a perlita da bainita e detecta carbetos na martensita e em
contorno de gros em aos de baixo carbono.
PICR = cido Pcrico
AL = lcool Etlico / Metlico
Soluo de cido pcrico a 4% em lcool ( cido Pcrico 4g + lcool Etlico
100ml). Esta soluo pode ser empregada quando no se tem o Nital; sendo
que as indicaes so as mesmas.
Utilizao:
Na revelao detalhada da perlita, martensita, martensita revenida e bainita;
Na distino entre bainita e perlita fina;
Na deteco de carbetos no dissolvidos na martensita;
Na diferenciao pela colorao entre ferrita, martensita e carbetos livres;
Na revelao de partculas de carbetos no contorno de gros de baixo teor
de carbono.
c) Picrato de Sdio :
H2O destilada 100ml
NaOH ( Hidrxido de Sdio ) 25g
cido Pcrico 2g
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Esta soluo deve ser aquecida ( 80 C); mergulha-se o cp para atacar
e deixa se ferver durante uns 15 minutos, depois retira-se o cp lavando em
gua corrente, enxaguando bastante com lcool ou ter e secar.
Este reativo colore a Cementita (ficando preta), os Carbetos complexos
dos Aos-ligas e a Steadita dos Ferros Fundidos
d) Reagente Vilella: Revela o contorno de gros em aos temperados.
cido Pcrico 1g
cido Clordrico ( HCl ) 5ml
lcool Etlico 100ml
Esta soluo usada para Aos-ligas com alto teor de Cromo e Aos
rpidos.
e) Reagente Murakami: Este reativo ir colorir a ferrita de tonalidade azul e
castanho. Os carbetos de tonalidade escura e austenita inalterada.
Ferrocianeto de potssio 10 g
Hidrxido de potssio 10 g
H2O destilada 100 ml
Por motivos ecolgicos este reagente ser evitado.
f) Reagente Metabissulfito de potssio: Ir revelar a matriz austentica com
reas azuis de ferrita.
Metabissulfito de potssio 600 mg
H2O destilada 100 ml
g)Reagente Bereha (FF):
Metabissulfito de potssio 3 g
Fluoreto de amnia 0,5 a 1,0 g
H2O destilada 100 ml
h) Reagente Bereha (Aos Temperados)
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Metabissulfito de potssio 3 g
cido Sulfnico 100 ml
i) Reagente de Cloreto Frrico e cido clordrico (Aos inox imerso a frio
15 a 40 seg)
Cloreto Frrico 5 g
cido clordrico 50 ml
H2O destilada 100 ml
j) Reagente Marble (camadas nitretadas e aos inox) a frio 10 seg.
CuSO4 4g
HCl 20 ml
H2O destilada 20 ml
l) Reagente de cido Clordrico (revelao do contorno de gros da austenita
em aos temperados, ou temperados e revenidos) imerso a frio.
HCl 4 g
cido pcrico 1 g
lcool 100 ml
m) Reagente Cogne nico (aos recozidos, laminados, temperados e aos
rpidos)
HCl 10 ml
cido actico 6 ml
cido pcrico 2 g
lcool 100 ml
- Ataque Oxidante por Aquecimento :
Consiste em se aquecer o corpo de prova polido, mais ou menos de 250 a
300C na presena do ar. Sobre a superfcie do corpo forma-se uma pelcula
finssima de xido cuja espessura varia com o constituinte ou com a orientao
cristalogrfica dos gros. Este modo de atacar indicado quando desejado
mostrar a diferena de granulao entre certas regies.
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De modo geral, os reativos podem agir:
- dissolvendo superficialmente certos constituintes, ou certas regies, como
contornos dos gros, tirando-lhes as vezes o brilho dado pelo polimento;
- ou colorindo-os diversamente ou ainda depositando um composto qualquer
sobre eles.
A escolha do reagente depende da natureza do material e do fim que se
tem em vista.
Microscpio Metalogrfico:
As tcnicas de escolha, preparao de amostras metalogrficas para exame
microscpico e metalogrfico, exige cuidados especiais, mas principalmente
equipamentos preciso e especializados com aumento superior 10x. A partir do
microscpio comum, foi desenvolvido o microscpio metalogrfico que visa no
somente a comodidade do operador, como tambm (principalmente) tornar
mais fcil e ntida a microestrutura em observao. O microscpio
metalogrfico composto das seguintes partes:
A) Elementos Mecnicos:
Tubo de encaixe: Monocular ou Binocular;
Focalizao: Macromtrica ou Micromtrica;
Revolver porta objetiva;
Estativa (suporte): sustenta os elementos mecnicos, pticos e
fotogrficos.
B) Elementos pticos:
Objetivas: 10x, 20x, 50x e 100x
Oculares: 10x, 15x e 20x
Prisma (desviador de luz na ocular para microfotografia)
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Condensador: sistema de lente convergentes, cuja finalidade concentrar
e transmitir o feixe luminoso oriundo do iluminador para a lente frontal da
objetiva.
Obs.: Ampliao Ocular x Objetiva
C) Iluminador ( pode ser embutido ou externo):
Lmpadas: Tungstnio, Halognio, Xnon;
Diafragma
Filtros: Usados para remoo de calor da luz, aumento de contraste na
imagem compensao de efeitos de cor na fotomicrografia colorida; os filtros
podem ser azul, verde, amarelo, vermelho.
Tipos de iluminao: Campo claro, Luz polarizada, Contraste de fase
D) Acessrios:
Retculos: so escalas micromtricas, gravadas em uma placa de vidro
ptico;
Tela de projeo: acessrio acoplado ao microscpio que permite a
observao simultnea da microestrutura em exame por dois ou mais
dispositivos fotogrficos.
O microscpio metalogrfico pode ser de observao invertida (a objetiva esta
colocada embaixo do corpo de prova).
E com observao direta ( objetiva esta colocada sobre o corpo de prova ).
10X
CP
10X
CP
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Aula Prtica:
Preparar vrios corpos de provas (resfriados lentamente) e fazer toda a
operao descrita anteriormente:
A) Corte;
B) Embutimento quente;
C) Marcao (gravao)
D) Lixar = 220 - 320 - 400 600 grana
E) Limpar / Lavar / Secar;
F) Polir (Al2O3, Cr2O3, pasta diamantada)
G) Atacar com reagente Nital ou Picral
H) Levar ao microscpio e observar as estruturas.
Os corpos de prova preparado sero de Ao Carbono Hipoeutetide,
Eutetide e Hipereutetide
Hipoeutetide : % C menor que 0,8%
Estrutura Ferrita + Perlita
Exemplo: Liga SAE 1030
% ferrita = 5,62100080,0
30,080,0
% perlita = 5,37080,0
030,0
Eutetide: %C igual a 0,8%
Estrutura 100% de Perlita
Exemplo: Liga SAE 1080
% ferrita = 88100067,6
80,067,6
% Cementita = 12067,6
080,0
Hipereutetide: % C maior que 0,8%
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Estrutura Perlita com contornos de Cementita
Exemplo: Liga SAE 1095
% perlita = 5,9710080,067,6
95,067,6
% Cementita = 5,280,067,6
80,095,0
Microestruturas:
A) Ferrita(): a soluo slida de Carbono no Ferro alfa, contendo em
soluo traos de carbono, apresentando ao microscpio gros poligonais
irregulares brancos com finos contornos pretos; sua dureza em torno de 80
HB (baixa resistncia)
B) Perlita(P): o constituinte microgrfico formado por finas lamelas de Ferrita
e de Cementita. A espessura das lamelas em geral da ordem de alguns
dcimos de mcron e habitualmente so visveis com ampliao de mais de
200x. As lamelas so paralelas, podendo ser planas, curvas, ondeadas.
Quando atacada por um reativo qumico, toma uma colorao mais ou menos
escura, e a sua dureza maior que a Ferrita e menor que a Cementita.
C) Cementita (Fe3C): nome dado ao Carbeto de Ferro Fe3C, contendo 6,7%
de Carbono; sua caracterstica essencial sua alta dureza em torno de 700
HB.
D) Austenita(): Soluo slida de tomos de carbono no ferro gama (estvel
acima de 723C), apresenta estrututa de gros poligonais irregulares,
apresentando boa resistncia mecnica e aprecivel tenacidade. Reagente
para verificar a austenita: Ataque por imerso (2 a 3 min.):
HNO3 = 10 ml + cido Actico = 10ml + HCL= 15ml + Glicerina = 5 ml
Este reagente no pode ser armazenado.
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Esquema para a preparao de amostras para o exame macrogrfico
Escolha da seo
Corte Transversal Longitudinal
Torno / fresa Disco
abrasivo Serra
Desbaste Plaina Retfica
Lixamento 220 a 600 granas
Lavar / Secar
Atacar c/ reagente
cido Sulfrico Acdo Clordrico Acdo Ntrico Iodo
Lavar em gua e secar(lcool) Analisar (10x) ou olho nu
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ENSAIO de MACROGRAFIA
1. Introduo:
Macrografia: o exame da estruturas da pea ou amostra metlica, feito a olho
nu ou com auxlio de uma lupa com no mximo 10x e tambm os aspectos
fotogrficos das estruturas. realizado aps o ensaio de ultra-som, radiografia
industrial ou raio-x, sobre uma superfcie plana, lixada e atacada quimicamente.
Advertncias: quando o material for entregue ao laboratrio de ensaios,
necessrio conhecer o tipo de ensaio a ser realizado e o fim a que se destina.
2. Preparao do C.P.
1. Escolha a localizao da seo a ser estudada.
2. Realizao de uma superfcie plana e lixada no lugar escolhido.
3. Ataque dessa superfcie por um reagente qumico adequado
A - Escolha e Localizao:
Corte Transversa l (perpendicular ao eixo principal da pea)
A natureza do material;
Se a seo homognea ou heterognea;
Intensidade de segregaes, bolhas, dendritas, vazios, porosidade;
Segregao: Concentrao de volume (mx. e mn.) em funo do
resfriamento(solidificao) e impurezas como S e P, que tendem a ser
encontrados na regio central do lingote. Vazamento lento e o tamanho das
lingoteiras exercem influencias no aparecimento de segregaes. Pode ser
normal, gravtica, inversa ou em "v".
Gotas frias: Causada pela solidificao nas paredes da lingoteira. Pode ser
causada pelo jato de ao mal centralizado na lingoteira ou ou pela velocidade
baixa de lingotamento ou baixa temperatura do ao.
Bolhas: Devido a umidade ou oxidao excessiva durante o vazamento.
C.P.
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Flocos: Devido a presena do hidrognio resultar em ruptura no interior do
lingote.
Escamas: Defeitos originados durante o processo de vazamento causado pelo
excesso de umidade no sistema de lingotamento, tampes, vlvulas
defeituosas e velocidade excessiva no inicio do lingotamento.
Vazios: Ocorre na passagem do estado lquido para o slido, devido a
contrao da fase slida, aparecendo no interior do lingote uma regio vazia ou
no centro da parte superior do lingote que a ultima parte do lingote.
Trincas: So fissuras superficiais, profundas ou internas, provinientes de
tenses excessivas que se desenvolvem durante o resfriamento ou
reaquecimento demasiadamente rpido durante o trabalho de laminao ou
forjamento.
Porosidade: Defeito associado com a morfologia de crescimento ou uma
solidificao rpida e pode ser relacionado com o teor de gases.
Se a pea sofreu cementao, tmpera.
Forma e dimenses das Dendritas
Profundidade da Tmpera
Tubos
Corte Longitudinal ( paralelo ao eixo principal da pea):
- Material laminado
- Material forjado;
- Material fundido;
- Pea estampada ou torneada;
- Solda de barras
- Extenso de Tratamento trmico superficiais
- Intensidade de Incluses
B - Superfcie Plana e lixada :
- Corte : Serra, maarico, torno, cut-off (disco de
abraso)
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- Desbaste : Esmeril, plaina, retifica
- Lixamento : Lixas - 220,320,400,600
Obs: Nestas operaes dever ser evitado o encruamento e aquecimento e
aquecimento do material, visto que poder haver influncia na interpretao da
estrutura. Aps o lixamento no polir o material, pois este polimento dificultar
o ataque e a fotografia em virtude da tenso superficial e dos reflexos
respectivamente.
C - Ataque com reagente qumicos:
Ataque por
imerso:
mergulhar o c.p. numa cuba (pirex) contendo certo
volume de reagente.
Ataque por
aplicao:
estender uma camada de reativo sobre a seco
em estudo com auxlio de um pincel ou chumao
de algodo.
Impresso
de
Bauman:
papel fotogrfico umedecido com reagente
apropriado aplicando sobre a superfcie.
Os ataques se classificam em lentos ou profundo, rpidos ou superficiais.
Os reativos mais utilizados para produtos siderrgicos so:
1) Reativo de Iodo:
Iodo sublimado 10g
Iodeto de Potssio 20g
gua 100ml
Obs: Ataque rpido e por aplicao, as imagens aparecem com simples ataque
da superfcie e desaparecem com um leve repolimento.
2) Reativo de cido Sulfrico:
cido Sulfurico ( H2SO4) 20ml
gua 100ml
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Obs.: Este reativo empregado quente ou frio, produz um ataque enrgico (
somente a quente), e um ataque feito por imerso.
3) Reativo de cido Clordrico:
cido Clordrico (HCl) 50ml
gua 50ml
Obs.: Este reativo empregado quente ou frio e feito por imerso.
4) Reativo de cido Ntrico:
HNO3 50ml
gua 50ml
Obs.: Este reativo empregado quente para aos especiais.
5) Reativo de Fry:
HCl 120ml
gua 100ml
Cloreto Cprico 90 g
Obs.: Este reativo aconselhado para revelar linhas de deformao em material
pouco encruado (Linhas de Lder).
6) Reativo de Adler:
Cloreto Cupro-Amonaco 3 g
HCl 50ml
gua destilada 25ml
Cloreto Ferro II 15 g
Obs.: Este reativo aconselhado para aos, cobre e suas ligas, para revelar
segregaes, zonas temperadas e estruturas primrias (fundio).
3. Aps ataque verifica-se as regies :
Ricas e com maior teor de carbono, fsforo, incluses;
Temperadas, revenidas;
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Heterognea ou Homognea;
Processo de fabricao;
Defeito de fabricao.
4. Bauman:
Objetivos: Verificao da distribuio, forma, tamanho e quantidade de sulfetos
no ao:
Material empregado:
Papel fotogrfico comum, de brometo de prata de preferncia sem brilho
(parte gelatinosa).
Procedimentos:
Colocar em soluo aquosa de H2SO4 (1 a 5 %) aprox. 3 minutos;
Deixar escorrer um pouco do excesso do lquido;
Aplicar sobre a superfcie lixada do c.p., assegurando um contato perfeito,
sem deslocar evitando-se a formao de bolhas;
Lavar em H2O corrente (10 minutos);
Depois retira-se e mergulha em soluo de hipossulfito de Sdio ( 10
minutos), lava-se em gua corrente ( 1 hora).
Todas estas operaes podem ser feitas a luz do dia;
Em regies ricas em sulfuretos aparecem manchas pardas ou pretas,
porque o H2SO4 decompe essas incluses, com desprendimento H2S que por
sua vez reage com AgBr do papel fotogrfico produzindo Sulfeto de Prata que
fica na parte gelatinosa do papel. O hipossulfito de Sdio um fixador que
elimina a parte do brometo no atacado pelo Gs Sulfdrico.
As incluses de sulfetos como qualquer outra incluso, podem ser menos
prejudiciais, quanto menores e mais homogneas forem distribudas.
Pela intensidade de escurecimento das impresses, no se pode deduzir o teor
de enxofre, mas to somente, estim-lo, indicando geralmente as reas
escuras com alto teor de enxofre e as claras com baixo teor.
O grande inconveniente deste mtodo, necessitar um repolimento e a
repetio de todas as operaes para cada cpia desejada.
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Tambm bom salientar que se deve executar um desbaste para retirar toda
regio atacada, para realizar o ensaio microscpico.
Impresses escuras indicam a localizao, tamanho, quantidade e distribuio
dos Sulfetos.
Reaes:
MnS + H2SO4 MnO4 + H2S (Gs Sulfdrico)
FeS + H2SO4 FeSO4 + H2S
H2S + 2 AgBr Ag2S + 2HBr
Aula prtica
Preparar vrios materiais (aos) aps ensaio de ultra-som
- Cortar ( serra, torno, maq. de corte ( abrasivos)
- Retificar, lixar ( 220,320,400,600)
- Atacar com reativo de Iodo ou reativo cido Sulfrico ou reativo de cido
Cloridrco.
ENSAIO DE MICRO INCLUSES
(Norma ASTM E45 - A)
Introduo
1. Impurezas nos Aos:
Aos comuns contm sempre alm do Carbono, pequenos teores de Silcio,
Fsforo, Enxofre, Mangans, s vezes Cobre, que podem combinar entre si
(MnSi, SiO2, MnO, FeO, Al2O3) ou ento com ferro (FeSi,Fe3P,FeS) formando
assim as incluses (impurezas prejudiciais ao ao). Algumas incluses so
facilmente identificveis pela sua cor - forma - aspecto; outras s aps ataques
com reativos especiais.
Incluses - Reaes no interior do prprio ao, seja pela oxidao do silcio, do
mangans, do alumnio ou dos materiais refratrios com os quais o ao entrou
em contato at chegar a lingoteira. Origem das incluses:
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Incluses endgenas impurezas geradas no interior do prprio ao pela
oxidao do silcio, do mangans, do alumnio, etc..
Incluses exgenas impureza geradas pela corroso dos materiais
refratrios ou pela restos de escoreas.
As incluses so vistas ao microscpio sem ataque qumico e com ampliao
de 100x .
As incluses afetam menos as propriedades do metal, quando esto
homogeneamente distribudas, quando em concentraes acentuadas com
possibilidade de ocorrer aparecimento de pequenas fissuras, que podem se
propagar atravs de toda a seo, ocasionando uma ruptura brusca na pea.
2.1 Influncia dos elementos qumicos nos aos comuns:
- Fsforo: quando ultrapassado certos limites se torna nocivo ao ao
ocasionando a Fragilidade Frio; com teores elevados podem ocorrer ruptura
ou esboroamento do ao. O fsforo aumenta levemente a dureza, a resistncia
mecnica, a resistncia a corroso, diminui a ductilidade, melhorando e
facilitando a usinabilidade.
- Enxofre: impureza facilmente notada ao microscpio, combina-se o Fe e o Mn,
muito difcil de ser eliminada, ocasionando uma Fragilidade Quente. Aos
com teores altos de S e Mn facilitam a usinabilidade das peas. Combina-se
com Fe e o Mn, formando MnS (solidifica-se a 1600C) e FeS ( solidifica-se a
980C).
- Mangans: usado na prtica Siderrgica como desoxidante. Aumenta a
temperabilidade, a resistncia ao choque , o limite elstico e diminui a
ductilidade. Os aos ricos em Mn tem a maior tendncia para trincar durante a
Tmpera. Combina-se com S formando MnS.
- Alumnio: um elemento desoxidante mais eficiente que Mn e o Si, tambm
usado para acalmar o ao (extinguir ou diminui os gases) e ainda porque
favorece a obteno de textura de granulao mais fina. Forma com o oxignio
um composto Al2O3 (Alumina).
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- Silcio: Nos aos ao carbono, o Si varia entre 0,05 a 0,3% . Normalmente
utilizado para evitar a formao de bolhas nos lingotes (desoxidantes).
Alm destes elementos so introduzidos nos Aos durante a fabricao os
gases Hidrognio, Oxignio e Nitrognio.
- Hidrognio: aparece em teores de 0,001% a 0,0001% e sua presena produz
aparentemente certa fragilidade no material.
- Nitrognio: dissolve na Ferrita, produz nos aos de baixo Carbono o
fenmeno de endurecimento por precipitao (agulhas de nitretos de Ferro).
- Oxignio: forma uma variedade de xidos lquidos ou gasosos quando o ao
estiver fundido, quando o ao solidifica, alguns permanecem na forma de
bolhas, outros isolados ou combinados com outros xidos formando Silicatos,
ficam presentes na forma de incluses slidas.
O oxignio usado tambm para enriquecer o Ar de combusto para obter
melhor eficincia trmica e assim reduzir o tempo de fuso da carga, e tambm
para controlar a quantidade de carbono no ao.
2.2 Caractersticas das Incluses:
A) Sulfetos ou Sulfuretos (MnS,FeS) - colorao ardsia ou cinza escura
(MnS), amareladas (FeS) e partculas alongadas em forma de traos.
B)Alumina (Al2O3) - colorao negra e partculas esparsas ou agrupadas e
alinhadas.
C)Silicato (SiO2) - colorao negra e partculas esparsas e alongadas. Difcil
apario nos aos.
D) xidos Globular - colorao negra e partculas em forma de pontos e
distribuio aleatria.
2.3 Classificao das Incluses:
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As incluses existentes mais conhecidas so JERNKONTORET, DIEGARTEN e
STHAL-EISEN. A mais usada a JERNKONTORET (Assoc.Sider.Suecos), que
se divide em quatro classes:
A (tipo sulfeto), B (tipo alumina), C (tipo silicato), D (tipo xido globular). Cada
uma dessas classes subdivide-se em 5 grupos numerados de 1 a 5
(quantidade de incluses por unidade de superfcie).
O n1 indica uma quantidade pequena de incluses e o n5 apresenta uma
quantidade mais elevada. Cada n admite ainda duas modalidades quanto a
espessura - Finas ou Grossas.
Aula Prtica
Preparar alguns corpos de prova; cortar no sentido longitudinal (paralelo ao eixo
principal) marcar, lixar (220, 320, 400, 600), polir ( pasta diamantada ou Al2O3),
lavar, secar (ar quente), levar ao microscpio e observar com 100x (ocular 10x)
x (objetiva 10x).
Microscpio; Objetivas: 10, 20, 50 e 100x
Oculares: 10 e 20 x
Fator de Campo: 20
rea Observada = objetiva
fator
Este calculo s vale para este tipo de equipamento.
Exemplo:
Material analisado com 500x. rea observada=20/50= 0,4mm
Material analisado com 200x. rea observada=20/20=1mm
Material analisado com 100x. rea observada= 20/10 = 2 mm
Classificar de acordo com a tabela Jernkontoret.
"O conceito de ao limpo ou seja isento de incluses relativo, porque, sob o ponto de vista tcnico impossvel produzir-se um ao totalmente isento de incluses. O importante a identificao dessas incluses."
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METALOGRAFIA DO FERRO FUNDIDO
1. Introduo :
Dentre as ligas Ferro-Carbono, os Ferros fundidos constituem um grupo
de ligas de importncia fundamental para a indstria, no s devido as
caractersticas inerentes ao prprio material, como tambm pelo fato de,
mediante introduo de elementos de liga, aplicao de tratamentos trmicos
adequados, o seu estudo fundamental para o tcnico, engenheiro mecnico,
projetista, ao qual se oferece mais uma opo no sentido da seleo de
materiais metlicas para as diversas aplicaes industriais.
2. Definio:
Ferro Fundido uma liga Ferro-Carbono(Silcio), de teores de carbono
geralmente acima de 2% em quantidade superior que se retida em soluo
slida na austenita, de modo a resultar carbono parcialmente livre, na forma de
veios ou lamelas de grafita.
3. O Carbono nos Ferros Fundidos:
O Carbono pode existir nestes materiais sob duas formas diferentes:
- Carbono combinado (Fe3C, Cementita)
- Carbono graftico (Grafita)
Em se tratando de carbono de Ferro fundido, entende-se como carbono
total , isto , o carbono combinado mais o carbono graftico.
Ct = Cc + Cg
A partir destas duas formas, o Ferro fundido classificam-se inicialmente
em dois grandes grupos :
- Ferro Fundido Branco
- Ferro Fundido Cinzento
4. Tipos de ligas :
4.1 Ferro Fundido Cinzento:
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A fratura apresenta colorao escura, caracterizada por apresentar
como elementos de liga fundamentais o Carbono e o Silcio e estrutura em que
uma parcela relativamente grande do Carbono est no estado livre (Grafita
lamelar) e outra no estado combinado (Fe3C).
A grafita decorrente da decomposio da Cementita (Fe3C) em Fe + C
e dependo da velocidade de resfriamento, ela se apresenta em forma de veios
ou lamelas de colorao escura.
A ASTM e AFS classificam o aspecto e forma de apresentao da grafita
em cinco tipos, como se segue :
A irregular desorientada
B em roseta
C desigual, irregular
D interdendrtica desorientada
E interdendrtica orientada
Estas Associaes classificam a Grafita, pelas suas dimenses em oito
tamanhos , de 1 a 8, correspondendo o n 1 as dimenses maiores ( veios mais
longos ) e n 8 das dimenses menores.
A grafita tende a adicionar ao material caractersticas lubrificantes;
aparentemente a melhor estrutura para FF Cinzento (quanto a resistncia ao
desgaste), a matriz 100% perltica e grafita tipo A. O pior FF seria o que
apresenta matriz ferrtica associada com grafita dendrtica, tipo D ou E (quanto
a resistncia ao desgaste).
4.1.2 Fatores que influenciam na estrutura de Ferro Fundido:
- Composio qumica
- Velocidade de resfriamento
Utilizando o resfriamento lento (seco mais espessas), a estrutura ser
de Perlita e Grafita; para resfriamento mais lento a estrutura ser Veios de
Grafita + Perlita + Ferrita e quando o teor de Fsforo for superior a 0,15%
ocorre a formao da Steadita ( Fosfeto de Ferro(Fe3P) + Carbeto de
Ferro(Fe3C)).
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Obs.: Se observada ao microscpio a Steadita clara e pontilhada,
muito dura e frgil.
Os Ferros Fundidos Cinzentos so mais usados devido as suas
caractersticas de:
- Fcil fuso e moldagem;
- Boa resistncia mecnica;
- Excelente usinabilidade;
- Boa resistncia ao desgaste;
- Boa capacidade de amortecimento.
Alguns tipos de Ferro Fundido:
FC10, 15, 20, 25, 30, 35, 40 conforme ABNT referentes a usinabilidade,
fundibilidade, resistncia mecnica, dureza; 20, 25, 30, 35, 40, 50, 60 conforme
ASTM (limite de resistncia / dureza).
Algumas aplicaes: anis de pisto, bases de mquina, conexes, undidos
ornamentais, carcaas de compressores, rotores, carters, bloco de motor, anis
de locomotivas, bigornas, carcaa de britadores, bielas, cabeotes, buchas,
bombas, placas de embreagem, peas de bombas de alta presso.
4.2 Ferro Fundido Branco:
Neste material, praticamente todo o Carbono se apresenta na forma
combinada de Carbeto de Ferro (Fe3C) mostrando uma superfcie de Fratura
clara. Suas propriedades fundamentais devido justamente a alta quantidade de
Cementita, so elevadas durezas e resistncia ao desgaste; sua usinabilidade
prejudicada, ou seja esses materiais so de baixa trabalhabilidade.
Para se obter Ferro Fundido Branco, a composio qumica e a
velocidade de resfriamento na produo industrial este fatores so de grande
importncia. Usando o sistema de Coquilha, que consiste em derramar o metal
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lquido em moldes metlicos onde o metal ser resfriado em condies e
velocidades que praticamente toda a grafitizao no ser realizada e o
Carbono ficar retido na forma combinada.
4.2.1 O Ferro Fundido Branco pode ser : Hipoeutetico
(exclusivamente Cementita), Euttico (Ledeburita - pequenas reas de Perlita
globular sobre um fundo de Cementita), Hipereutetico ( Cristais de Cementita
sobre um fundo de Ledeburita) A dureza nestes podem estar em torno de
1.100HV.
4.2.2 - Algumas aplicaes do FF Branco:
- Equipamento de manuseio de terra
- Minerao
- Moagem
- Rodas de vages
- Cilindros coquilhados
- Revestimento do moinhos
- Bola de moinhos.
4.3 Ferro Fundido Malevel : um material resultante de um tratamento
trmico especial feito no Ferro Fundido Branco (chamado tratamento de
Maleabilizao) adquirindo ductilidade, maior tenacidade, boa resistncia a
trao, boa dureza, boa resistncia a fadiga, boa resistencia ao desgaste e boa
usinabilidade.
- Maleabilizao : Ciclos de aquecimento e resfriamento a qual
se submetem ferros fundidos brancos, atravs de aquecimento prolongado,
provocando transformao parcial ou total do Carbono. H dois processos
fundamentais de Maleabilizao;
1) Por Descarbonetao : Malevel de ncleo branco, o aspecto da fratura
constituida ( estrutura) de Ferrita (peas de paredes finas ), ncleo cinzento
ou escuro (parede mais espessa) devido a grafitazao.
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2) Por Grafitizao : Malevel de ncleo preto devido a fratura de aspecto
escura, cuja Estrutura constituida de Grafita em Ndulos sobre um fundo de
Ferrita.
Algumas aplicaes: peas para veculos, tratores, materiais eltricos,
suportes de molas, caixas de direo, cubos de rodas, sapatas de freio, bielas,
caixas de engrenagens.
4.4 Ferro Fundido Nodular:
Esta liga caracterizada pela ductilidade, tenacidade e resistncia mecnica
sendo que o limite de escoamento mais elevado. A grafita do Ferro Fundido
Nodular apresenta-se na forma esferoidal , obtida pela adio de
determinados elementos no metal fundido, como Magnsio, Crio. A
microestrutura do Ferro Fundido Nodular:
- Ferrita, Perlita, Ndulos de Grafita e Steadita
- Perlita, Ferrita e Ndulos de Grafita ( matriz perltica)
Algumas aplicaes: valvulas de presso, virabrequins, engrenagens, braos
de balancim, pinhes, etc.
5. Preparao:
1- Amostras : Escolha visual da regio onde ser feito o ensaio, ou
ento aps ensaios no destrutivos . O corte dever ser feito por discos
abrasivos, que produzem superfcies planas com baixa deformao, utilizando
discos de alta e baixa dureza, dependendo das ligas a ensaiar.
2- Preparao dos corpos de prova para anlise metalogrfica:
- Cortar : em meio refrigerante, sem queimar o corpo de prova
- Embutir : quente ou frio - quente ( baquelite), embutir se necessrio.
- Marcar : para facilitar a identificao
- Lixar : em meio mido, com lixas grana 60 a 600 granas, se a reteno da
grafita de grande importncia no ser utilizado gua para lubrificar no
estgio de 400 a 600 granas.
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- Polir: o polimento pode ser feito com Alumina para remoo dos riscos
superficiais provenientes das lixas mais finas.
A pasta diamantada far a remoo rpida dos riscos superficiais
juntamente com uma modesta quantidade de lubrificante .
Aps polimento lavar em gua corrente, lcool Etlico e secar.
3- Anlise sem ataque quimico:
Aps a realizao do polimento, levar a amostra (c.p.) ao microscpio e
com ampliao de 100x verificar e/ou classificar os tipos e tamanho de grafita,
conforme a tabela ASTM e AFS.
4- Ataque quimicos ( reagentes):
Utiliza-se soluo de cido mineral em lcool ou gua, que revelam a
microestrutura por dissoluo seletiva de reas sensveis como o contorno de
gro e fases. Alguns reagentes mais utilizados no uso do ferro fundido:
- Nital (2 a 5%): cido Ntrico (HNO3) + lcool
- Picral 4% em lcool ( 4 g de cido Pcrico + 100ml lcool)
- Cloreto Ferrico: HCl(60ml) + FeCl3(20g) + 300ml lcool => (este reagente
visa destacar a Steadita).
Aps o ataque com reagente qumico (Nital, Picral) levar ao microscpio
e verificar a estrutura quanto a cor, tamanho, quantidade, formas dos
constituintes presentes como a Grafita, Perlita, Ferrita, Ledeburita, Steadita,
Cementita.