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Metalurgia da Soldagem

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• Nos processos de soldagem desenvolvem-sevários processos metalúrgicos.

• Assim, para que uma soldagem ocorra de forma aatender as características desejadas é necessáriose controlar variáveis tais como: – Calor fornecido na região da solda. – Temperatura alcançada na região da solda. – Fusão. – Metais adicionados na região da solda. – Gases que entram em contato com a solda. – Elementos químicos adicionados à poça de fusão. – Solidificação. – Velocidade de resfriamento.

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• Alguns processos de soldagem, como a solda branda,brasagem e solda-brasagem, usados para unir: – cobre e suas ligas, – aços ao carbono – ferro fundido – zinco – aços inoxidáveis.

• Trabalham com temperaturas abaixo da temperatura defusão do metal base.

• Funde-se somente o metal de adição.

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• Para esses processos a união metalúrgica da

 junta ocorre por fenômenos de ancoragem,difusão intergranular e transgranular.

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• Ancoragem, com o aquecimento, os grãos do metal base sedistanciam. O metal de adição no estado líquido penetraentre estes grãos. No resfriamento os grãos se aproximamaprisionando o metal de adição entre os grãos do metalbase.

• Difusão dos átomos, com a energia térmica do metal deadição e do metal base, os átomos do metal de adição sedifundem na estrutura cristalina do metal base, visívelatravés de micrografia, apresenta-se como uma região comuma coloração diferenciada entre o metal de adição e ometal base.

Micrografia da região da brasagem , visualizando-se o metal base, metal de adição e a

interface de ligação. 5

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A soldagem pode ser feita usando-se: – atmosfera neutra ou levemente redutora ou

 – fluxo.

Usados somente para isolamento da atmosferaoxidante e limpeza superficial, nãoparticipando, objetivamente, da metalurgia da

solda.

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• Como as temperaturas usadas no processo

são baixas em relação a temperatura absolutade fusão do metal base:

 – Não há mistura dos materiais na fase líquida.Portanto não há modificação das composições

metalúrgicas do metal base nem do material deadição.

 – Fenômenos como ZTA (zona termicamente

afetada) são pouco importantes.

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• Os demais processos de soldagem: – Envolvem temperaturas mais altas e, na maioria deles,

essas temperaturas atingem valores superiores astemperaturas de fusão do metal base.

 – Podem ser adicionados outros elementos químicos àsolda através dos:• revestimentos,

• fluxos,

• gases e do

• próprio material de adição.

Dessa forma a poça de fusão, região onde estáhavendo a soldagem, é comparada, a grossomodo, por alguns autores com um forno de

aciaria ou a solidificação de um lingote.

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Aquecimento• Fusão e mistura

• Resfriamento

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• Aquecimento:• O calor deve ser suprido à poça de fusão em:

 – quantidade e – intensidade suficientes.

garantir a execução de uma junta soldada de boaqualidade.

• O calor influencia diretamente: – nas transformações metalúrgicas e – nos fenômenos mecânicos que ocorrem na zona de solda.

• Esses efeitos são conseqüência: – dos ciclos térmicos e – das temperaturas

que a zona de solda é submetida11

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• Os principais fatores considerados nodesenvolvimento térmico em juntas soldadas

são: – aporte de energia ou de calor à junta soldada;

 – rendimento térmico do aporte de calor;

 –

distribuição da temperatura durante a soldagem; – tempo de permanência nessas temperaturas e

 – velocidade de resfriamento da zona de solda.

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• Da energia disponibilizada pela fonte de calorna execução da soldagem tem-se que:

 – uma parte é dissipada para a atmosfera sob aforma de calor irradiante,

 –

outra pequena fração perde-se por convecção nomeio gasoso que protege a poça de fusão;

 – a terceira parte é realmente usada para aexecução da soldagem.

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• As perdas computadas através da chamadaeficiência da fonte (ea), traduzida pela relação

entre a quantidade de energia efetivamenteabsorvida na soldagem e a energia totalfornecida à solda, dada pela expressão:

Qt = V x I (W)

Ql = ea x V x I (W)Qt = Energia total e Ql = energia efetivamente absorvida

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• Na soldagem costuma-se trabalhar com grandezadenominada aporte de energia ou aporte decalor, que correlaciona a quantidade de energiadisponível para a soldagem com a velocidade deavanço “v” da fonte de calor.

• Sendo “v” em cm/min teremos: – Aporte de energia total Ht = 60 V.I/v (J/cm)

 – Aporte líquido de energia Hl = ea . 60. V.I/v (J/cm)

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• Durante a soldagem, cada ponto do materialpassa por um ciclo térmico cuja intensidade seráfunção de sua localização em relação à fonte de

energia.• Esse ciclo térmico, portanto, representa as

temperaturas que esse ponto atinge em cadainstante do processo.

•Em qualquer ponto do corpo, a temperatura éfunção das seguintes grandezas e variáveis: – intensidade da fonte de calor, – propriedades termodinâmicas do material, –

temperatura inicial do material, – velocidade de deslocamento da fonte de energia e – das coordenadas do ponto.

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• Isotermas:

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Chapas grossas Chapas finas

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• CICLOS TÉRMICOS NA SOLDAGEM:

• São muito importantes.

• Eles influenciam na estrutura cristalina, eportanto nas propriedades finais do materiais.

• Um ciclo térmico consiste, basicamente, em

três fases: – aquecimento vigoroso do material;

 – a temperatura atinge valor máximo;

 – resfriamento gradual, até que a temperaturainicial.

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• O instante indicado com t = 0 representa um momento em que afonte de calor atinge o ponto da soldagem.

• Os valores negativos representam a aproximação do ponto estudadoe os

• Os valores positivos configuram seu afastamento do mesmo ponto.20

Ciclo Térmico

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Ciclo Térmico

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• Onde:• (Tp), temperatura de pico temperatura máxima

• (Tc), temperatura crítica que é a temperatura mínima para ocorrer umaalteração relevante como uma transformação de fase;• (tp), tempo de permanência acima de uma temperatura crítica que é o

tempo em que o ponto fica submetido a temperaturas superiores a umatemperatura crítica;

• Velocidade de resfriamento = T1-T2/ t

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Repartição térmica

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• Tp diminui com a distância ao centro da solda e indica aextensão das regiões afetadas pelo calor de soldagem;

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• Os ciclos térmicos e a repartição térmicadependem dos seguintes parâmetros:

 – Condutividade térmica do metal base• maior condutividade maior velocidade de resfriamento;

 – Geometria da junta

• (junta de topo possui duas direções para o escoamentode calor, junta T, três);

 – Espessura da Chapa

• Depende até uma espessura limite;

 – Aporte térmico• Maior aporte menor velocidade de resfriamento

 – Temperatura inicial da peça

• Maior temperatura maior largura da repartição térmica.

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• A DISTRIBUIÇÃO DE TEMPERATURAS

• É possível através de equações matemáticas se

calcular o valor instantâneo da temperatura emqualquer ponto do material e se obter as linhasisotérmicas em um dado instante do processo.

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Exemplo de um conjunto de linhas isotérmicas obtido nasoldagem de duas chapas grossas de alumínio

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• O conhecimento dos ciclos térmicos e dadistribuição de temperaturas a que são

submetidos os metais durante o processo desoldagem é de fundamental para o estudo docomportamento do material após a finalização

da operação.• Eles poderão fornecer informações a respeito

dos cuidados que deverão ser tomados

durante o processo.

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• Fusão:

 – Agitação,

 – Mistura metal base e metal de adição, – Estão sujeitos à contaminações indesejáveis,

 – Adição de liga (fluxo, gases),

Formando, então, uma outra liga com

composição química e microestrutural diferentedo metal base e do metal de adição.

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• Agitação: Durante a fusão existira na regiãoliquefeita agitação mecânica a da fase líquidaque terá maior ou menor intensidade

dependendo do processo.• Processos de oxiacetileno e TIG produzem pouca

agitação

Processos que desenvolvem alta amperagemcomo eletrodo revestido e arco submerso , aagitação pode ser muito intensa.

• Essa agitação facilita a mistura de outros

elementos na poça de fusão, como também asegregação de materiais mais leves como escóriae gases.

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Região I: Gotas de metal de adição localizadas na ponta do eletrodo e no arco;Região II: Parte anterior da poça de fusão e região localizada sob o arco;Região III: Parte posterior da poça de fusão, localizada após o arco

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• Região I, – Temperaturas mais elevadas e – Maior área específica. –

Interações com o ambiente - dissolução, no metal de adição, fundido,de:• Gases da atmosfera envolvente (C, O, N, H, etc.) ou• Elementos da escória (Si, Mn, O, etc.).

• Região II, – O metal base fundido mistura-se com o metal de adição (diluição).

 – Como nesta região as temperaturas ainda são muito elevadas, asincorporações de gases e de outros elementos ainda ocorrem, mas deforma menos intensa.

• Região III,• Temperaturas são menores e decrescentes até a temperatura de

solidificação do metal de solda, ocorrendo: – movimentação de gases dissolvidos na poça, – precipitação de compostos, formação de escória e de inclusões e a – solidificação da solda.

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• Devido às:

• variações rápidas de temperatura as reaçõesque ocorrem nestas três regiões não atingem oequilíbrio.

• participação de gases, materiais de adição efluxos com formulações complexas.

torna-se difícil uma análise teórica do problema.

Como resultado, a interação do metal fundido comsua vizinhança, particularmente na soldagemcom fluxos e escórias, tem sido estudada deuma forma predominantemente empírica.

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• Interações Metal-Gás:• Em quase todos os processos de soldagem por

fusão, o metal fundido entra em contato com

diferentes gases com os quais pode reagir.• Estes gases podem ser classificados como:

 – Gases monoatômicos ou inertes (argônio e hélio): Sãoinsolúveis e não reagem com os metais líquidos. Nãoserão, portanto, considerados.

 – Gases diatômicos simples (N2, O2, H2, etc.): Emcondições usuais podem se dissociar na formaatômica na superfície do metal líquido e seremdissolvidos neste.

 –

Gases complexos (CO, CO2, H2O, SO2, etc.): Sãoformados por espécies atômicas diferentes, tambémpodem se dissociar e serem incorporados na poça defusão.

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Curvas de solubilidade do hidrogênio (1 atm) em metais no estado líquido

Os valores indicados acima depende, também, da composição química do metallíquido.

Por exemplo:Em aços, adições de C, B, Si e Al reduzem a solubilidade do hidrogênio enquanto que

adições de Mn, Ni e Cr aumentam a sua solubilidade.

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• Como os gases podem ocasionar efeitos negativos nasolda controla-se sua absorção por:

• Proteção gasosa, com um gás composição e pureza

adequadas;• Limpeza da junta, para eliminar óxidos, graxas e

contaminações capazes de gerar gases indesejáveis;

• Controle das condições dos eletrodos revestidos,

limpos e secos;• Controle das condições dos fluxos. (arco submerso)

• Parâmetros corretos da soldagem, evitando condiçõesinstáveis;

• Proteções contra correntes de ar, particularmentepara processos com proteção gasosa.

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• Reações com componentes da poça de fusão:

• Certos elementos dissolvidos na poça de fusão podemreagir com outros componentes desta.

• Produzindo um: – gás ou uma

 – fase condensada.

• Gases formados geram bolhas que podem resultar emporosidade .

Exemplo a formação de porosidade em aço:

CO resultante da reação entre o oxigênio e o carbono

dissolvidos na poça de fusão (2C + O2

2CO).Pode ocorrer quando o teor de elementos desoxidantesfor insuficiente.

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• Fases condensadas insolúveis podem ser dissolvidas pela escóriaou formar inclusões.

• Escórias sobrenadam a poça de fusão e, após a solidificação,

cobrem o cordão de solda.• Na soldagem com vários passes, a retirada completa desta escória

antes da deposição do passe seguinte é muito importante poisparte desta pode ficar presa entre os passes, gerando umadescontinuidade do cordão de solda.

• Quando a fase condensada não atinge a superfície da poça antes desua solidificação, ela fica presa no interior do cordão na forma deinclusões não metálicas microscópicas.

• A presença destas inclusões em grande quantidade pode afetarnegativamente as propriedades mecânicas da solda.

• Finalmente, se o produto da reação possuir um ponto de fusão

superior ao do próprio material da poça, esse poderá agir comouma barreira física dificultando a formação da poça. – Por exemplo, a formação de Al2O3 na soldagem de ligas de alumínio.

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• Em alguns casos, um gás dissolvido na poça defusão pode não reagir com outros elementos epermanecer dissolvido após a solidificação dapoça.

• Neste caso, ele não gera inclusões ou

porosidade nem dificulta a formação da poçade fusão.

• Contudo, este pode posteriormente causar a

formação de precipitados que podem fragilizara solda.

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• Na parte posterior da poça de fusão (Região III), aqueda de temperatura reduz fortemente a

solubilidade dos gases dissolvidos na poça defusão.

• Como resultado, os elementos gasososdissolvidos na poça tendem a escapar da poça de

fusão.• Este processo ocorre pela formação ou nucleação

de bolhas de gás no metal líquido, que tendem acrescer e, atingem a superfície da poça de fusãoescapando para a atmosfera, caso não sejamaprisionadas pelo metal em solidificação.

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• Bolhas de gás são aprisionadas quando não sedesprendem de seu ponto de nucleação antes

que o metal se solidifique.• O aprisionamento da bolha é influenciado

pela:

 –

Velocidade de crescimento, a – Facilidade de se soltar do substrato,

 – Velocidade e a morfologia da frente desolidificação,

 – Composição química do metal líquido, etc.

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Gases que podem causar problemas de porosidade em soldas

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• Interações Metal-Escória:• Escória é o resíduo não metálico que no estado

líquido, recobre o metal fundido, protegendo-o

contra a ação do ar atmosférico e interagindocom o metal de alguma forma.

• O material formador de escória pode estar nofluxo, no revestimento ou no núcleo dos

eletrodos.• Além da formação de escória estes materiais

podem: – gerar gases (para a proteção),

 – fornecer elementos de liga (para ajuste dacomposição química da solda) e

 – remover contaminações do metal líquido.

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• Do ponto de vista de sua interação com o metallíquido, uma escória pode ser:

• Protetora - inerte

Fluxante - reativa• apresentar ambas as características com

diferentes intensidades.

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• Escória protetora: – Envolve a poça de fusão e o metal do arco e

apresenta baixa permeabilidade à passagem degases, facilitando a saída dos gases do metallíquido.

• Escória fluxante: – Remove camadas superficiais de óxido e de outras

contaminações que podem dificultar a operação,Ex.• óxidos na soldagem de alumínio formam uma camada

refratária ou

• óxidos dificultam o molhamento do metal de adição (nabrasagem).

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 – Outras características da escória

 – Escórias de maior viscosidade:

Oferece maior proteção por dificultar a difusão degases

• Restringem o escorrimento do metal líquido facilitandoa soldagem fora da posição.

 –

Escórias com menor tensão superficial• molha melhor e se espalha mais sobre a superfície do

metal líquido, envolvendo-o e protegendo-o melhor.

• reduzem o ângulo de contato entre o metal líquido e o

metal base, reduzindo a convexidade do cordão emelhorando o seu perfil.

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• Diluição e Formação da Zona Fundida

• A zona fundida é formada por contribuições do metal

base e do metal de adição, que são misturados, noestado líquido, na poça de fusão.

• Define-se como coeficiente de diluição (δ), ou

simplesmente diluição, a relação entre a massafundida do metal base e a massa total do cordão desolda:

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• A diluição pode ser obtida pela medida, em uma macrografia daseção transversal da solda, das áreas proporcionais às quantidadesde: – metal base (B) e

 – de adição (A)

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O coeficiente de diluição pode variar entre:•100% (soldagem autógena) e•0% (brasagem)

O seu valor depende:•Do processo de soldagem•Das condições de operação,•Da espessura de peça e•Do tipo de junta.

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• O conceito de diluição é importante quandose deseja controlar a participação do metal

base na formação da solda.• Ex. na soldagem de metais dissimilares.

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• Solidificação da poça de fusão:• Na parte posterior da poça de fusão, o metal líquido

solidifica dando origem ao cordão de solda.

• A solidificação determina diversas características macro emicroestruturais do cordão, tendo, assim, um importanteefeito sobre as propriedades e o comportamento da solda.

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• Alguns autores lembram a semelhança entre a solidificação da poçade fusão e um lingote.

• As poças de fusão possuem características próprias que resultamem diferenças importantes em termos da estrutura de solidificação.

• As principais diferenças são: – Poça de fusão , a solidificação não inicia com a formação da região

coquilhada. Na poça de fusão, o metal líquido molha perfeitamente osgrãos do metal base que formam a parede da poça e estão emtemperaturas muito próximas de seu ponto de fusão.

 – A velocidade de solidificação da poça de fusão é muito mais altaencontradas em peças fundidas.

 – A velocidade de resfriamento também pode ser muito maior do quena fundição convencional.

 – Os gradientes térmicos na poça de fusão são muito elevados e podematingir 102 ºC/mm ou mais.

 – O formato da interface sólido-líquido varia com o tempo em uma peçade fundição.

 – Na soldagem, particularmente em processos mecanizados estainterface se mantém essencialmente a mesma.

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Representação de uma poça de fusão simples

A linha:ADB, representa a região onde ocorre a fusão do metal base e,ACB, representa a região onde ocorre a solidificação da solda.

• A solidificação se inicia nos pontos de largura máxima da poça de

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• A solidificação se inicia nos pontos de largura máxima da poça defusão, pontos A e B.

• Os grãos na ZF se formam: – como prolongamento dos grãos adjacentes da ZTA dos grãos do metal

base, – com a mesma orientação cristalina, – com largura semelhante, – sem a necessidade da nucleação de novos grãos o que é chamado

crescimento epitaxial.

• Este efeito é causado por: – Gradientes térmicos elevados e – Contato direto entre líquido e sólido com composições e estrutura

semelhantes.

• Como o tamanho de grão na ZTA depende das característicasmetalúrgicas do metal base e do ciclo térmico, pode-se esperar que

o tamanho de grão primário na ZF dependa também dosparâmetros de soldagem que afetam o ciclo térmico.

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• a) Zona Fundida (ZF): região onde o material fundiu-see solidificou-se durante a operação de soldagem. As

temperaturas de pico nesta região são superiores atemperatura de fusão do material (Tf);• b) Zona Termicamente Afetada (ZTA) ou Zona Afetada

pelo Calor (ZAC): região não fundida do metal base queteve sua microestrutura e/ou propriedades alteradas

pelo ciclo térmico de soldagem. As temperaturas depico são superiores a temperaturas criticas para omaterial em questão;

• c) Metal de Base (MB): região mais afastada do cordãode solda e que não foi afetada pelo processo desoldagem. As temperaturas de pico são inferiores atemperaturas criticas para o material.

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O crescimento competitivo decorrente da tendência dos cristais crescerempreferencialmente, segundo certas direções cristalinas.Assim, os grãos melhor orientados em relação à direção de extração de calor tendem acrescer à frente dos demais grãos, bloqueando-os e impedindo o seu crescimento.

F t d d F ã

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• Formato da poça de Fusão:

• O formato da poça de fusão influencia diretamente a estrutura desolidificação da zona fundida e mudanças neste formato, devidas,por exemplo, a variações nos parâmetros de soldagem, podem

alterar esta estrutura.• Dois formatos básicos para a poça são observados na soldagem

com processos mecanizados: – Poça de fusão elíptica - é característica de baixas velocidades de

soldagem. A orientação da frente de solidificação mudaprogressivamente da linha de fusão até o centro do cordão. Comoresultado, nenhum grão encontrará sempre condições ótimas para oseu crescimento.

 – Poça de fusão em gota - ocorre para valores maiores da velocidadede soldagem. A frente de solidificação tem uma orientaçãorelativamente constante em relação à direção de soldagem, o quefavorece o crescimento, desde a linha de fusão até o centro da solda.

A solidificação se desenvolve como duas paredes, uma de cada ladodo cordão, que se deslocam e se encontram no meio deste.

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S ã l

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• Segregação exemplos:

 – Segregação em contornos de grão

 –

Segregação central - centro do cordão. – Segregação na cratera - final do cordão “rechupe”

• Bandeamento transversal - é formado por

regiões sucessivas ao longo do cordão,enriquecidas e empobrecidas em soluto eparece associado com ondulações periódicasna superfície da solda

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R iõ d Z F did

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• Regiões da Zona Fundida:• Em muitos casos, a composição do metal de adição pode diferir

bastante do metal base.• Assim:

 –

(A) Região misturada: compreende a maior parte do cordão e tem umacomposição resultante da mistura completa do metal base, do metal deadição e demais componentes adicionados na poça de fusão.

 – (B) Região não misturada: corresponde a uma fina camada (de 50 a 150μm)adjacente à linha de fusão, na qual o material de base fundido não semisturou com o metal de adição. Microtrincas podem se originar nestaregião.

 – (C) Região Parcialmente Fundida: corresponde à região com temperaturasentre as temperaturas líquidus e sólidus do metal base. Esta regiãocorresponde à transição entre a ZTA e a ZF, sendo caracterizada por umafusão apenas parcial durante a soldagem, podendo ser uma fonte potencialde microtrincas.

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• Microestrutura da Zona Fundida:

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• Microestrutura da Zona Fundida:

• Ao final da soldagem, a zona fundida

apresentará uma microestrutura resultante: – Das interações ocorridas no metal líquido:

• Absorção e evolução de gases

• Reações destes gases com outros componentes da poça

• Variação da composição química: – Pela mistura do material de adição com metal base

 – Pela adição de elementos de liga pela dissolução do fluxo

 – Processo de solidificação

 – Transformações no estado sólido que ocorremdurante o resfriamento da solda.

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Fim

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• A zona fundida de aços baixo carbono e de baixa liga tende a apresentar uma

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• A zona fundida de aços baixo carbono e de baixa liga tende a apresentar umamicroestrutura complexa, que é bem diversa da usualmente encontrada no metalbase (em geral, composta predominantemente de ferrita e perlita).

• Após a solidificação e resfriamento até temperaturas ainda acima de A3, amicroestrutura da ZF é composta de grãos grosseiros e colunares de austenita

contendo, em geral, uma elevada quantidade de finas inclusões (na maioria dosprocessos de soldagem a arco, o teor de oxigênio da ZF pode ser superior a200ppm, muito maior que o usual no metal base).

• Durante o resfriamento final da solda, a austenita será decomposta em diferentesagregados de ferrita e carbonetos, podendo ainda alguma quantidade demartensita ser formada dependendo da composição química e condições deresfriamento.

• O grande tamanho de grão da austenita e o resfriamento rápido associado com amaioria das condições de soldagem dificultam a nucleação da ferrita, a qual tendea ocorrer com superresfriamentos relativamente elevados. Além disso, a grandequantidade de inclusões favorece a nucleação intragranular da ferrita.

• O elevado super- resfriamento favorece o desenvolvimento na ferrita de umamorfologia predominantemente acicular.

• Os diferentes tipos de constituintes formados na ZF têm importante papel na

determinação das propriedades mecânicas da solda, particularmente a suatenacidade.

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• Aços inoxidáveis austeníticos são basicamente ligas Fe-Cr-Ni quepodem se solidificar, dependendo de detalhes de sua composiçãoquímica, como ferrita, austenita ou uma mistura desta duas fases. Afigura 4.25 mostra uma seção do diagrama Fe-Cr-Ni.Desconsiderando-se o efeito de outros elementos, o constituinte(ou constituintes) formado na solidificação dependerá basicamenteda relação Cr/Ni. Assim, para um baixa relação (figura 4.25a), asolda se solidificaria como austenita. Para uma relação elevada(figura 4.25c), a solidificação seria como ferrita, seguida daformação da austenita após a solidificação. Para relaçõesintermediárias (figura 4.25b), os dois constituintes seriam formadosna solidificação, com a transformação de parte da ferrita emaustenita ocorrendo também após o final da solidificação. Atransformação da ferrita em austenita não é, em geral, completadevido à alta velocidade de resfriamento e à estabilização da ferritapela segregação de elementos alfagênicos em partes da ZF. Amicroestrutura final da solda fica constituída por uma matrizaustenítica com a ferrita remanescente apresentando diferentesmorfologias (figura 4.26).

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• Quando o teor deste constituinte fica entre cerca de 2 e 10%, asolda apresenta uma ótima resistência à formação de trincasdurante a sua solidificação (próximo capítulo), sendo estamicroestrutura considerada a mais adequada para as aplicaçõesgerais deste material(4.15). Uma solda com microestruturacompletamente austenítica não é, em geral, desejável devido à sua

maior tendência à fissuração, o que torna necessário o uso decuidados especiais durante a soldagem. Seu uso só se justifica paraaplicações específicas como para componentes sujeitos a condiçõesmuito severas de corrosão ou para uso em temperatura muitobaixa, na qual a ferrita pode reduzir a tenacidade da solda. A figura4.27 mostra a microestrutura da ZF de um aço AISI309 constituída

de austenita (fundo claro) e ferrita (constituinte escuro).

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• Estes ciclos térmicos e as transformações

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• Estes ciclos térmicos e as transformaçõesmetalúrgicas podem induzir:

 –

deformações, – tensões residuais,

 – descontinuidades e

 –

microestruturas,• que podem a comprometer a segurança e a

qualidade da junta soldada

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MB Não afetado

     T    e    m    p    e    r    a    t    u

    r    a

Metal Base

ZTAMetal de Solda

MS

Ponto de Fusão MB (Diluição)

Mudança Microestrutural do MB

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Metal de Base

Linha de fusão

Metal de Solda

ZTA

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