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POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO “TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAÇÃO DA VIDA” “MÉTODO GIRALDI” (Registrado) Permitido utilizar citando a fonte MANUAL “PISTOLA SEMI-AUTOMÁTICA .40 S&W” “CURSO PARA PROFESSORES E USUÁRIOS” ® AUTOR:- CEL PMESP NILSON GIRALDI DISTRIBUIÇÃO GRATUITA ESTE MANUAL, COM LIGEIRAS ADAPTAÇÕES, SERVE PARA QUALQUER MARCA OU MODELO DE PISTOLA, INDEPENDENTE DO SEU CALIBRE

Metodo Giraldi

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METODO ULTILZADO PRINCIPALMENTE NA PM-SP

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  • POLCIA MILITAR DO ESTADO DE SO PAULO

    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    MANUAL

    PISTOLA SEMI-AUTOMTICA .40 S&W

    CURSO PARA PROFESSORES E USURIOS

    AUTOR:- CEL PMESP NILSON GIRALDI

    DISTRIBUIO GRATUITA

    ESTE MANUAL, COM LIGEIRAS ADAPTAES, SERVE PARA QUALQUER

    MARCA OU MODELO DE PISTOLA, INDEPENDENTE DO SEU CALIBRE

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    Nos ltimos anos, milhares de policiais brasileiros foram

    assassinados, pelos agressores, quando defendiam a sociedade; outros

    milhares foram terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por

    um par de muletas, tambm vtimas desses agressores; e outros tantos foram

    ou esto sendo processados, condenados e afastados do convvio de suas

    famlias e da sociedade em virtude do uso incorreto de suas armas de fogo,

    provocando vtimas inocentes e a revolta da sociedade.

    Este trabalho visa, entre outras coisas, evitar que voc seja

    o prximo.

    Leve-o a srio.

    NILSON GIRALDI

    CEL PMESP

    Herldica:- Pomba em vo:- Sociedade ordeira.

    Tringulo do tiro:- Atuao armada da Polcia em defesa da Sociedade.

    Cor branca:- Paz; a preservao da vida como prioridade.

    Cor azul:- Harmonia, equilbrio.

    Cor laranja:- Sempre alerta.

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

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    PISTOLA SEMI-AUTOMTICA .40 S&W - MANUAL

    NDICE Pg. Mensagem do autor do Mtodo......................................................................................................... 04

    A Complexidade do Servio Policial e a Necessidade do Disparo ........................................................ 05

    A Importncia da Vida ...................................................................................................................... 06

    Orao do Policial............................................................................................................................. 07

    Armas Infalveis................................................................................................................................ 08

    Autorizao de Uso........................................................................................................................... 09

    Cap. 01 - Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi Apresentao.............. 10

    Cap. 02 - Orientaes aos Professores do Mtodo......................................................................... 16

    Cap. 03 - Smula da Anlise Pessoal............................................................................................ 19

    Cap. 04 - Curso Bsico - Primeira Parte Desenvolvimento .................................................. 20

    Cap. 05 - Curso Bsico - Segunda Parte Desenvolvimento ................................................. 25

    Cap. 06 - Curso Bsico - Terceira Parte - Desenvolvimento................................................. 30

    Cap. 07 - Curso Bsico - Quarta Parte - Desenvolvimento............................................ ....... 34

    Cap. 08 - Smula de Avaliao do Curso Bsico (VE)................................................................. 39

    Cap. 09 - Algumas Caractersticas e Ensinamentos das Pistas...................................................... 40

    Cap. 10 - Planta da PPI/PPA-Padro ....................................................................................... 44

    Cap. 11 - Pista Policial de Instruo - Primeira Parte - PPI-Padro ................................ 45

    Cap. 12 - Pista Policial de Instruo - Segunda Parte - Outras Pistas .............................. 54

    Cap. 13 - Pista Policial de Instruo - Terceira Parte - Teatro.......................................... 56

    Cap. 14 - Pista Policial de Instruo - Quarta Parte - Anlise de Casos Reais ..................... 60

    Cap. 15 - Pista Policial de Instruo - Quinta Parte - Aplicao em Pleno Servio .............. 61

    Cap. 16 - Pistas Policiais Especiais (PPE)................................................................................ 64

    Cap. 17 - Pistas Policiais de Aplicao (PPA) - V E............................................................. 65

    Cap. 18 - Orientaes ao Aluno Antes de Passar na PPA (V E)................................................ 68

    Cap. 19 - Smula de Avaliao da PPA (V E)........................................................................... 70

    Cap. 20 - Como Preencher a Smula de Avaliao da PPA (V E) ........................................... 72

    Cap. 21 - Limpeza e Manuteno de Primeiro Escalo do Armamento e Equipamentos .............. 74

    Cap. 22 - Investimento e Valorizao do Policial........................................................................... 75

    ANEXOS

    Anexo 01 - Sinais Policiais ............................................................................................................ 76

    Anexo 02 - Visada - Focalizao ............................................................................................. 77

    Anexo 03 - Pistola - Principais Perigos .......................................................................................... 78

    Anexo 04 - Pistola - Esclarecimento ao Pblico Interno e Externo................................................. 79

    Anexo 05 - Alguns Conceitos do Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi....... 81

    Anexo 06 - Mensagem do idealizador do Mtodo Giraldi a todos os Policiais .............................. 84

    Anexo 07 - Pistola - Caractersticas e dados tcnicos ...................................................................... 88

    Anexo 08 - Pistas - Exemplos de alvos e quadros - Atuao Bsica do Policial ................. 89

    Anexo 09 - Barricada de Treinamento ........................................................................................... 93

    Anexo 10 - Como Avaliar o Candidato a Instrutor/Monitor de Usurios da Pistola ..................... 94

    Anexo 11 - Smula para Habilitao de Instrutor/Monitor de Usurios da Pistola ..................... 95

    Anexo 12 - Treinamento Virtual do Tiro Policial .............................................................................. 96

    Anexo 13 - Alvo PM-L-74, de papelo, para o Curso Bsico................................................. .... 98

    Anexo 14 - Alvo PM-L-4, de papelo, para as PPI, PPE e PPA ........................................ 99

    (GIRALDI)

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

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    MENSAGEM DO AUTOR

    Dedicamos este trabalho a todos os Policiais do Brasil, incansveis e

    abnegados profissionais de segurana pblica; heris annimos, protetores e

    escudos da Sociedade que, muitas vezes, pagam com a prpria vida essa

    rdua, difcil e complexa misso, tida como a mais estressante e perigosa do

    mundo.

    NILSON GIRALDI

    CEL PMESP

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

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    A COMPLEXIDADE DO SERVIO POLICIAL E A NECESSIDADE

    DO DISPARO

    O Servio Policial extremamente complexo e, dentro dessa

    complexidade, a necessidade de um disparo atinge propores inimaginveis

    para o pleno raciocnio do policial nesse instante quando, diante da morte, e

    com as condies fsicas e psquicas totalmente alteradas, ter dcimos de

    segundo para decidir se efetua o disparo; a Justia, posteriormente, ter

    vrios anos para concluir se o disparo foi necessrio e correto.

    O grande desafio:- Como preparar o policial para esse instante?

    Este trabalho d a resposta.

    GIRALDI

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

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    A IMPORTNCIA DA VIDA E A INSTRUO DE TIRO

    Na vida nada mais importante que a prpria vida e se a

    instruo de tiro lida com a vida e com a morte ela acaba sendo a

    mais importante, de maior responsabilidade e conseqncias

    entre todas as instrues; vale a pena investir nela

    GIRALDI

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

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    ORAO DO POLICIAL (Para ser rezada antes de sair para o servio e em outras ocasies)

    Autor:- Cel PMESP Nilson Giraldi

    SENHOR:

    Saio de casa para o servio; fazei com que volte so e salvo.

    Enquanto protejo outras famlias, por favor, proteja a minha.

    No deixe que uma bala traioeira me atinja, nem que eu seja instrumento

    para injustias.

    Faa com que minha presena irradie segurana e bem estar, jamais medo

    ou desconfiana.

    Nos momentos difceis, e diante da morte, no deixe que eu caia em

    desespero.

    Sou humano, mortal, s vezes fraco, mas, me faa parecer sobre humano,

    imortal, forte, a fim de inspirar confiana, esperana e fora aos desamparados.

    Quando dos meus erros fique do meu lado, pois, todos os demais, por mais

    pecadores que sejam, estaro contra.

    D-me fora e sabedoria para auxiliar os desesperados, e f para no

    desistir diante de uma vida que se acaba.

    Auxiliai-me a ser criana para as crianas; pai para os desprotegidos; e

    adulto para os necessitados.

    Que o vigor de minhas aes seja sempre em proteo paz, vida, aos

    mais fracos, aos oprimidos e aos humilhados.

    Que eu saiba ver a beleza do corao, no da face, da cor, da raa, da

    religio ou da condio social.

    Que os menos esclarecidos compreendam minhas limitaes e a

    complexidade do meu trabalho.

    SENHOR, ABENOAI E PROTEGEI OS POLICIAIS.

    AMM!

    (De volta para o lar)

    Obrigado SENHOR pelo retorno ao seio da minha famlia

    (GIRALDI)

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA MTODO GIRALDI

    (Registrado)

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    ARMAS INFALVEIS

    Cel PMESP Giraldi

    As melhores armas

    para o policial conquistar

    o respeito,

    a simpatia

    e a colaborao

    da Sociedade so

    a educao,

    o sorriso

    e a humildade.

    Para o agressor, a Lei!

    (GIRALDI)

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    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

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    AUTORIZAO DE USO

    ESTE MANUAL NO FOI ELABORADO COM FINS FINANCEIROS OU

    QUALQUER OUTRO OBJETIVO QUE NO SEJA COLABORAR COM OS POLICIAIS, AS

    POLCIAS E A SOCIEDADE.

    SUA DISTRIBUIO GRATUITA.

    UM LEGADO.

    TODO O SEU CONTEDO EST REGISTRADO.

    A REPETIO CONSTANTE DO MESMO CABEALHO, NO INCIO DE CADA

    CAPTULO, OBEDECE PRINCPIOS JURDICOS.

    PODERO ATUAR COMO PROFESSORES DO TIRO DEFENSIVO NA

    PRESERVAO DA VIDA, MTODO GIRALDI, UTILIZANDO ESTE MANUAL,

    POLICIAIS APROVADOS EM CURSOS OFICIAIS E DESDE QUE SEM FINS FINANCEIROS,

    COM EXCEO DOS RECEBIMENTOS DAS AULAS MINISTRADAS, PREVISTOS EM

    NORMAS PRPRIAS DE CADA INSTITUIO POLICIAL.

    MAIORES ESCLARECIMENTOS:- [email protected]

    O AUTOR

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    CAPTULO 01

    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    APRESENTAO

    O Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi, tem como finalidade preparar

    o policial para utilizar seu armamento com tcnica, com ttica, com psicologia, dentro dos limites das

    Leis e dos Direitos Humanos, em defesa da Sociedade tendo, como prioridade, a preservao da vida,

    a comear pela sua e das pessoas inocentes (e tambm daquelas contra as quais no h necessidade de

    disparos, livrando-o, assim, de pesados processos e condenaes) e, como ltima alternativa, o disparo

    dentro da legalidade calcado na necessidade, oportunidade, proporcionalidade e qualidade, com o

    propsito de tentar paralisar uma ao violenta e covarde, j em curso, por parte do agressor, contra a vida

    de algum, inclusive a sua.

    Obedece, fielmente, os princpios da Carta da ONU para o assunto; do Comit Internacional da Cruz

    Vermelha e do Comit Internacional dos Direitos Humanos (integrantes seus esto divulgando, recomendando

    e ensinando o Mtodo, internacionalmente); das Leis, da Realidade e da Poltica Policial Brasileira; do

    Policiamento Comunitrio; do respeito dignidade das pessoas; das necessidades e dos Direitos Humanos do

    policial para o bom desempenho do seu trabalho em defesa da Sociedade; das dificuldades financeiras da

    quase totalidade das polcias; etc.

    No um Mtodo fechado, finalizado, esttico; aberto, dinmico, sempre em busca de

    aperfeioamento e modernidade. Extraordinariamente adaptvel s circunstncias especiais e particularidades

    de cada polcia e dos seus locais diferenciados de atuao. Tem um tronco bsico para todos os policiais,

    seguido das especializaes necessrias para cada uma das suas atividades. No fica preso s pginas de livros,

    manuais ou regulamentos, mas ao dinamismo de uma execuo prtica, observvel e corrigvel.

    Os principais fundamentos do Mtodo so os reflexos condicionados positivos, a serem

    adquiridos pelo policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminao dos negativos, antes

    de se ver envolvido pelo fato verdadeiro.

    Sua principal finalidade a preservao da vida do policial, das pessoas inocentes e tambm

    daquelas contra as quais no h necessidade de disparos (agressores).

    Leva em considerao que no basta o policial saber o que tem que fazer; tem que estar

    condicionado a fazer. No basta saber atirar; tem que saber quando atirar e saber executar

    procedimentos, isto porque, na quase totalidade das vezes procedimentos, e no tiros, que

    preservam vidas e solucionam problemas.

    Baseia-se no fato de que, durante um confronto armado, tudo medo, surpresa, complexidade e

    possibilidades de tragdias, com o policial atuando no angustiante limite entre a vida e a morte, e com as

    condies fsicas e psquicas totalmente alteradas. Os fatos, com a morte presente, desenrolam-se com

    extrema rapidez, dramaticidade e com as situaes se alterando a cada segundo, quase sempre com gritos,

    correrias, barulhos, pessoas desesperadas e em pnico, s vezes feridas e at morrendo. assustador! O

    agressor, com iniciativa e o fator surpresa ao seu lado, atuando totalmente fora da Lei e, normalmente, no

    dando a mnima importncia vida de terceiros, movimenta-se com rapidez, dispara sem qualquer

    raciocnio, esconde-se, coloca-se de tocaia. O final imprevisvel. E, se houver mais de um agressor; ou,

    se o fato ocorrer em local com pouca luminosidade; ou, no meio do povo; ou, se o policial no foi

    preparado pelo Mtodo; ou, se sua arma no tiver poder de parada; etc., as possibilidades de tragdias

    sero maiores ainda. Em todas essas situaes o policial, ao mesmo tempo em que defende a Sociedade,

    ter tambm que se defender; a Lei seu limite; a vida sua prioridade. Seu equilbrio emocional e

    fsico; a administrao do seu estresse; a razo sobrepujando a emoo; o uso correto da sua arma; a

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    execuo de coisas simples, prticas, lgicas, rpidas, precisas, de fcil lembrana, e de resultados

    eficientes, sero suas grandes ferramentas nesses momentos.

    Para lidar com todas essas situaes, e tantas outras, o Mtodo tem como principal

    fundamento o condicionamento anterior, a ser obtido pelo policial em treinamentos imitativos da

    realidade, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro. Sem esse condicionamento e essa experincia

    anterior, ele se perder diante de um fato novo grave, principalmente se a morte estiver presente (como

    normalmente est).

    Esse condicionamento dar-se- colocando-o e ensinando-o a atuar, simuladamente, diante de todos

    os possveis problemas, com necessidade do uso de arma de fogo, que possa encontrar na vida real, desde

    sua atuao diante de pessoas inocentes; pessoas em atitude suspeita, com necessidade de verbalizao;

    atuao com pouca luminosidade; em ambientes externos e internos; embarcado e desembarcado; nas

    cidades, estradas, locais ermos ou ambientais; com apoio e sem apoio; individual e em equipe; at

    ocorrncias de vulto, inclusive, com refns, feridos e mortos. Treinar at ficar condicionado a atuar

    corretamente, sem dificuldades. No avanar na instruo enquanto no ficar condicionado a executar o

    exerccio anterior corretamente e sem dificuldades. O mtodo trabalha em cima do erro.

    Normalmente, as pessoas no conseguem pensar mais de uma coisa ao mesmo tempo, mas, estando

    condicionada, agir por reflexos condicionados, como algum que pisa no freio do carro sem ficar pensando

    em faz-lo; digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse o motivo pelo qual, quando dos

    ensinamentos do Mtodo, o aluno tem que adquirir reflexos condicionados positivos, com eliminao dos

    negativos, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos no sejam eliminados, eles

    podero fazer o policial cometer erros gravssimos durante um possvel confronto armado. Esse o motivo

    pelo qual o Mtodo trabalha, incessantemente, em cima do erro do aluno; ele no avanar na instruo

    enquanto no eliminar esse erro.

    O mtodo altamente profissional, lgico e realista. Para policiais de qualquer idade. No

    treina nem prepara o policial para matar mas para fazer cessar a ao covarde do agressor contra sua

    vtima, e isso poder ser feito de vrias formas, desde uma simples verbalizao ou procedimento, at o

    disparo legal, necessrio, oportuno, proporcional e correto. Convm lembrar que, durante um confronto

    armado, alm de outros fatores, tudo se movimenta com rapidez; no h tempo nem condies do policial

    escolher pontos no vitais de acerto no agressor; ele dispara na direo de sua silhueta; por isso, sua morte

    poder at ocorrer, mas esse no o objetivo.

    Para o Mtodo no a quantidade de disparos que prepara o policial mas, os procedimentos, a

    qualidade e as condies com que so efetuados motivo pelo qual executado com grande economia

    de munio, alvos e outros materiais, sem perder seus objetivos. Excelente para polcias com poucos

    recursos financeiros. Boa parte dos treinamentos feita sem disparos, isto , apenas procedimentos

    que, na quase totalidade das vezes, so mais importantes que os prprios disparos.

    No exige estandes de tiro sofisticados; para a sua aplicao basta um simples barranco para

    conteno dos projteis. Pode ser feito, da mesma forma, em qualquer parte ou cidade. Utiliza um mnimo

    de teoria e um mximo de prtica obedecendo o princpio de que:- O que eu ouo, eu esqueo; o que eu

    vejo, eu lembro; o que eu fao, eu aprendo.

    Tudo se desenvolve nos estandes de tiro (ou junto a um barranco para conteno dos projteis), at

    o mnimo de teoria existente. No h instruo em salas de aula. Para o mtodo, tiro como futebol,

    natao, ciclismo, etc.; s se aprende praticando. impossvel aprend-lo em salas de aula ou atravs

    de livros e apostilas. No h munio? Treina procedimentos; faz-se teatro de ocorrncias com

    necessidade do uso de arma de fogo; etc.

    Para treinar procedimentos e fazer teatro da aplicao da arma de fogo em defesa da Sociedade,

    qualquer local serve, podendo-se aproveitar ou completar o que j existe no terreno. Arma descarregada

    ou dedo indicador estendido como se arma fosse.

    impossvel aprender e sentir a eficincia do mtodo sem pratic-lo e sem a orientao direta do

    professor, o qual aliar, sempre, o ensino e o relacionamento humano no trato com seus alunos.

    O tempo necessrio ao aprendizado do mtodo estar diretamente relacionado experincia e

    capacidade do aluno em absorver e executar, corretamente, os ensinamentos; alguns podero necessitar de

    mais tempo, outros de menos tempo.

  • 12

    O mtodo abomina a necessidade de decorar nomes de peas e de outros princpios suprfluos

    (isso para armeiros); o importante saber usar a arma.

    A Segurana geral precede tudo.

    O aprendizado, o sucesso e o gosto do aluno pela matria devero ser os grandes objetivos e a

    grande vitria do professor. Uma possvel reprovao dele no deve fazer parte dos seus planos; assim,

    todas s vezes que o aluno no ficar condicionado a executar algum exerccio corretamente, ser

    novamente orientado, repetindo-o quantas vezes forem necessrias, at execut-lo com perfeio e sem

    dificuldades.

    Quanto mais bem preparado o policial estiver para usar sua arma menos necessidade

    sentir em faz-lo; mal preparado ver nela a soluo para todos os problemas.

    O policial utiliza, no treinamento, o mesmo armamento, munio e equipamentos com os quais trabalha.

    Os ensinamentos, para o policial, vo do disparo propriamente dito, procedimentos, socorro s

    vtimas, manuteno e conservao do armamento, munio e materiais, at o seu relacionamento com a

    sua famlia e os amigos, passando por exerccios fsicos especficos, exerccios de relaxamento,

    alimentao, excluso de drogas, autoconfiana, auto-estima, valorizao da vida, amor pela vida, e tudo

    aquilo que possa influenciar na sua atuao armada em defesa da Sociedade. preparado tambm para

    esclarecer a imprensa, autoridades, polticos e demais segmentos da sociedade em todos os assuntos

    relacionados ao tiro, assim como, sua aplicao na prtica e esclarecimentos sobre confrontos armados

    havidos. Como depor em Juzo sobre fatos ocorridos e provocados pelo uso do armamento. Etc..

    realista; no tem demagogia; no deixa margem para qualquer tipo de acusao. Preenche,

    totalmente, as necessidades do policial para o desempenho do seu trabalho em defesa da Sociedade. Pode

    ser feito com qualquer tipo de arma.

    Utiliza linguagem simples, de fcil entendimento. Evita palavras e termos estrangeiros.

    de uma simplicidade irritante, mas funciona. A simplicidade a rainha da perfeio.

    No foi desenvolvido com fins financeiros ou com objetivos para obter qualquer proveito

    mas, como um legado em benefcio do policial, de sua Corporao e da Sociedade, isto porque, nos

    ltimos anos, milhares de policiais brasileiros morreram, em servio, quando defendiam a Sociedade,

    vtimas dos agressores dessa Sociedade; outros milhares foram feridos, gravemente, na mesma situao,

    indo terminar seus dias numa cadeira de rodas ou amparados por um par de muletas; e, outros tantos foram

    ou esto sendo processados, condenados e afastados do convvio de suas famlias e da Sociedade em

    virtude de disparos efetuados fora de oportunidade, causando vtimas inocentes e a revolta dessa

    Sociedade. O mtodo visa, entre outras coisas, evitar que essas tragdias continuem ocorrendo.

    Alm disso, nenhuma instituio policial, por mais grandiosa que seja, resiste reao da

    Sociedade quando as suas armas destinadas a defender essa Sociedade se voltam contra ela, provocando

    mortes de pessoas inocentes ou de pessoas contra as quais no h necessidade de disparos (agressores); e

    isso tambm precisa ser evitado.

    Estatsticas comprovam que, quando aplicado na vida real, o Mtodo reduz em mais de 90% a

    morte de policiais em servio (os outros quase 10% so as fatalidades quase impossveis de serem

    evitadas) e, em 100% a morte de pessoas inocentes provocadas por policiais, e tambm daquelas contra as

    quais no h necessidade de disparos (livrando, assim, o policial, de pesados processos e condenaes, e

    acusaes contra a sua Corporao).

    Como na vida nada mais importante que a prpria vida, e como a instruo de tiro lida

    com a vida e com a morte, o Mtodo considera essa instruo como a mais importante, de maior

    responsabilidade e conseqncias entre todas as instrues, motivo pelo qual a trata com grande

    profissionalismo, seriedade, importncia e educao, considerando-a como a matria que merece maiores

    investimentos e ateno.

    No se pode esquecer que o policial fardado nas ruas o Estado materializado prestando servio e

    atuando no meio da Sociedade; investir nele investir no prprio Estado. atravs dele que a Sociedade

    julga a instituio policial qual pertence e o prprio Estado.

    Valoriza, ao mximo, o professor de tiro para o qual deve ser dado todo o apoio e condies para

    desenvolver o seu trabalho pois, de uma instruo de tiro bem ministrada, vidas futuras sero

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    preservadas; mal ministrada, vidas futuras sero sacrificadas, com repercusses

    extraordinariamente negativas para a sua instituio policial e para o Estado.

    A educao, pacincia, boa vontade, responsabilidade, conhecimento, capacidade para ensinar,

    fazer o aluno aprender e gostar da matria, ausncia de imbecilidades, etc., so pontos fundamentais

    exigidos do professor do Mtodo. Sua misso difcil e complexa; atua no limite entre a vida e a morte;

    necessrio gostar, ter muita experincia, pacincia e conhecimentos para exerc-la, com segurana, em

    toda a sua plenitude.

    Policiais canadenses, americanos, europeus, latinos, etc., que fizeram o curso dentro do Mtodo,

    assim como tcnicos e especialistas internacionais, foram unnimes em declar-lo como o mais simples,

    prtico, barato, objetivo, moderno, evoludo, de fcil assimilao, prprio para polcias, altura das

    necessidades do policial para defender a Sociedade, ao gosto e respeito dos policiais; que pode ser

    ensinado, da mesma forma, em qualquer parte ou cidade; revolucionrio; que j haviam visto no mundo;

    um marco.

    Est sendo aprovado e adotado por polcias nacionais e estrangeiras (fardadas e civis) que tm

    tomado contato com ele, inclusive, est sendo difundido, com grande sucesso, para outros pases, atravs

    de integrantes do Comit Internacional da Cruz Vermelha, dos Direitos Humanos, e de outras

    organizaes.

    Aprovado e elogiado pela imprensa, por autoridades e outros segmentos da Sociedade;

    organizaes nacionais e internacionais; policiais fardados e civis do Brasil e de outros pases, incluindo

    de primeiro mundo; representantes especializados da ONU; do Comit Internacional da Cruz Vermelha e

    dos Direitos Humanos (integrantes seus esto divulgando, recomendando e ensinando o Mtodo,

    internacionalmente); do Policiamento Comunitrio; de Universidades do Brasil e do exterior; do Ncleo

    de Estudo da Violncia (USP); alunos do CSP, CAO, Gesto Estratgica de Polcia Ostensiva Nvel

    2 (tenentes coronis); policiais militares em geral; delegados de polcia e integrantes de polcias

    civis; etc.

    Para desenvolver o mtodo o autor valeu-se de mais de 50 anos de experincia policial e de tiro.

    Ouviu milhares de depoimentos de policiais que estiveram envolvidos em confrontos armados com os

    agressores da Sociedade, principalmente dos que foram feridos, inclusive, dos que se tornaram

    deficientes fsicos em virtude desses ferimentos, indo terminar seus dias numa cadeira de rodas ou

    amparados por um par de muletas; o porque disso e o que fazer para no mais ocorrer. Analisou milhares

    de ocorrncias policiais com mortes desnecessrias; o porque disso e o que fazer para no mais ocorrer.

    Entrevistou centenas de policiais que foram processados, condenados, retirados do convvio de suas

    famlias e da Sociedade, em virtude do uso incorreto de suas armas quando defendiam a Sociedade; o

    porque disso e o que fazer para no mais ocorrer, etc.

    Contou, ainda, para o seu desenvolvimento, com o assessoramento e acompanhamento de mdicos,

    psiclogos, psiquiatras e parapsiclogos, que auxiliaram a analisar o comportamento humano e o que

    ocorre no campo fsico e psquico do policial quando, repentinamente, se v envolvido num confronto

    armado, com a morte presente. Como prepar-lo fisicamente, psicologicamente, tecnicamente e qual a

    ttica necessria para esse instante, enveredando-se, assim, para um setor extraordinariamente

    especializado que acabou dando fundamentos cientficos, slidos e irrefutveis, para o mtodo. Passou-se

    a valorizar, intensamente, tudo aquilo que necessrio colocar em prtica num confronto armado,

    abandonando-se o que suprfluo para esse instante.

    O mtodo foi desenvolvido especialmente para as atividades policiais em defesa da Sociedade,

    estando completamente desvinculado da instruo para as Foras Armadas e Clubes de Tiro, que tem

    outras finalidades, e da apresentao virtual do tiro, no cinema, cuja finalidade o divertimento

    descompromissado, assim como, de quaisquer outras metodologias. genuno.

    O Mtodo, e todos os seus complementos, est registrado. Como se trata de um legado

    qualquer polcia poder fazer uso dele, desde que, citando o Mtodo e seu autor (Tiro Defensivo

    na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi), assim como, utilizando os currculos e manuais j

    existentes para cada arma que sero fornecidos, pelo autor do Mtodo, gratuitamente.

    Podero atuar como Professores do Mtodo policiais aprovados em cursos oficiais (no

    importa qual instituio policial tenha ministrado o curso, e, se oficial ou praa), desde que tenha

    sido aplicado o currculo e o manual especfico da arma com a qual foi feito o curso (para cada

  • 14

    arma o currculo e o manual j previstos pelo Mtodo, que sero fornecidos, pelo autor do

    Mtodo, gratuitamente), desde que sem fins financeiros, com exceo dos recebimentos das aulas

    ministradas, previstos em normas prprias de cada instituio policial. Com fins financeiros, fora

    dessas circunstncias, s com autorizao, por escrito, do autor do Mtodo (Cel PMESP Nilson

    Giraldi 14-223.2048 - [email protected]).

    DESENVOLVIMENTO SUMRIO DO MTODO:-

    O Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi, desenvolvido em seis etapas:

    Primeira Etapa:- Curso Bsico, onde o aluno, entre outras coisas, aprende a atirar em todas as

    distncias, situaes, posies e dificuldades. comum a toda a tropa. Dois disparos seguidos e rpidos,

    semivisados ou intuitivos, num mesmo alvo, de cada vez. Com relao ao futebol, corresponderia ao

    aprender a chutar a gol. Para cada arma um Curso Bsico e um Currculo especfico.

    O alvo utilizado o PML74, de papelo, retangular, com uma zona central cinza e quatro zonas

    perifricas brancas. As zonas de acerto no tm pontuao pr-definidas; sero estabelecidas e valorizadas de

    acordo com os objetivos da instruo. Ver Anexo 12, deste manual.

    Tambm utilizada a barricada de treinamento (ver anexo 09, deste manual) que tem

    mltiplas finalidades para o treinamento do policial como:- Fazer varreduras; verbalizar; atuar

    embarricado (protegido) em todas as posies e situaes; atuar atravs de portas, janelas, seteiras e

    esquinas; abertura (e entrada) de portas e janelas; progresso e regresso protegidas; etc.

    Segunda Etapa:- Pistas Policiais de Instruo (PPI), simulaes da realidade, com alvos

    amigos, neutros e agressores, devidamente caracterizados como seres humanos, de preferncia

    mveis, onde o aluno, orientado pelo professor, aprende usar seu armamento e atuar (individualmente e

    em equipe) em confrontos armados em defesa prpria e da Sociedade, em todos os locais, circunstncias e

    dificuldades, com tcnica, com ttica e com psicologia, dentro dos limites das Leis, do respeito aos

    Direitos Humanos e da dignidade das pessoas; tendo a preservao da vida como prioridade e o disparo

    como ltima alternativa; e obedecendo todos os princpios j mencionados. O aluno aprende a verbalizar;

    atuar protegido e com segurana. Tm como prioridade a preservao da vida do policial e das pessoas

    inocentes; tambm daquelas contra as quais no h necessidade de disparos (agressores, livrando, assim, o

    policial, de pesados processos e condenaes) e, como ltima alternativa o disparo, dentro da legalidade,

    calcado na necessidade, oportunidade, proporcionalidade e qualidade. comum a todos os policiais. Em

    caso de necessidade, dois disparos seguidos e rpidos, semivisados ou intuitivos, por alvo agressor

    atirvel, de cada vez. Com relao ao futebol, corresponderia ao aprender a jogar, dentro dos limites dos

    regulamentos, orientado pelo tcnico.

    O alvo padro o PML4, de papelo, silhueta humana, na cor cinza, a partir do qual so

    caracterizados todos os outros alvos (amigos, neutros e agressores). As zonas de acerto no tm

    pontuaes pr-definidas; sero estabelecidas e valorizadas de acordo com os objetivos da instruo (ver

    Anexo 13, deste manual). Gasta um mnimo de munio, e at nenhuma (quando se executa apenas

    procedimentos e sistema de instruo sob a forma de teatro) . Os alvos no atirveis (maioria) duram

    vrios anos. Um mesmo alvo atirvel usado por todos os alunos em dezenas de cursos.

    Terceira Etapa:- Pistas Policiais Especiais (PPE), simulaes especiais da realidade, tambm

    com alvos amigos, neutros e agressores, devidamente caracterizados como seres humanos. Obedece

    os mesmos princpios das Pistas Policiais de Instruo. Destinadas a preparar policiais para execuo de

    servios especiais ou em locais especiais como:- aes tticas; aes tticas especiais (exemplo:- GATE);

    choque; operaes especiais (exemplo:- desocupaes, etc.); policiamento rodovirio; policiamento

    ambiental; escoltas; guarda de presdios; atuao em favelas, morros, palafitas, estaes (metr,

    rodoviria, ferroviria); divertimentos pblicos, em geral; segurana de autoridades VIP; servio velado;

    servio reservado; etc. O policial somente as executar aps ter sido considerado apto nas Pistas

    Policiais de Instruo.

    mailto:[email protected]

  • 15

    Quarta Etapa:- Pistas Policiais de Aplicao (PPA), tambm simulaes da realidade, com os

    mesmos tipos de alvos da PPI e PPE, onde o aluno (individualmente e em equipe), sem conhecimento

    prvio do que ir encontrar na pista, com o fator surpresa sempre presente, como ocorre na vida real e,

    sem qualquer orientao do professor, aplica todos os conhecimentos anteriormente adquiridos. Receber

    pontos positivos ou negativos relacionados aos seus procedimentos e acertos nos alvos; apenas

    pontos negativos relacionados s penalidades cometidas; e ser desclassificado se cometer penalidade

    grave; tudo previsto e lanado em smula prpria (ver captulo 18, desde manual), de acordo com os

    objetivos da avaliao. Com relao ao futebol, corresponderia ao jogo propriamente dito. Somente

    passando o policial por Pistas Policiais de Aplicao (PPA) que se saber se ele tem condies de atuar armado em defesa da Sociedade; no h outra forma (Giraldi). A economia de alvos e munio

    maior ainda que na PPI e PPE.

    Quinta Etapa:- Manuteno do armamento, munio e equipamentos. Nesta etapa, que no precisa

    ser feita nesta ordem (pode ser antes), o policial aprende a fazer a manuteno de primeiro escalo e a conservao

    do armamento, munio, equipamentos, e demais materiais, com a finalidade de poder us-los, com segurana, em

    caso de necessidade.

    Sexta Etapa:- Investimento e valorizao do policial em tudo aquilo que, fora da sua

    instruo profissional, possa relacionar-se ou influir na sua atuao armada em defesa da

    Sociedade, como:- Os Direitos Humanos. O Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi

    e seu respeito aos Direitos Humanos. Os Direitos Humanos do Policial. A importncia de estar de bem e

    ter amor pela vida; que fazer para consegui-lo. A importncia de amar e ser amado. Como se ama. Como

    conseguir e manter um bom relacionamento com amigos, pais, filhos e esposa. A esposa como fator

    preponderante na vida de um homem. A importncia transcendental de possuir uma famlia bem

    constituda, unida e bem administrada; como consegui-lo. Como preparar um filho para ter dignidade, no

    ser violento nem cair nas garras da dependncia qumica. Os bens essenciais da vida; como consegui-los e

    mant-los. Alimentao, exerccios fsicos e de relaxamento direcionados ao policial; como pratic-los.

    Como manter o peso dentro dos padres normais. Como relaxar e se reequilibrar, rapidamente, durante um

    confronto armado ou em situaes difceis. Como dominar o estresse. Como no entrar em depresso. O

    Treinamento Autgeno; como exercit-lo. O inconsciente e sua influncia positiva ou negativa quando

    da atuao armada do policial em defesa da Sociedade. A influncia dos reflexos condicionados positivos,

    adquiridos em treinamentos imitativos da realidade, com eliminao dos negativos, para uma perfeita

    atuao armada do policial em defesa da Sociedade. Instinto e intuio; diferenas. Reflexos

    condicionados adquiridos e herdados; como eliminar os negativos. Como ficar condicionado para executar

    aes simples e complexas de forma correta. Drogas, suas conseqncias; como evitar as drogas ou deixar

    de us-las; como se relacionar com dependentes qumicos, principalmente da prpria famlia. A

    importncia de sentir-se til; que fazer para consegui-lo. Ideais, imprescindveis na vida de uma pessoa;

    como imagin-los, selecion-los, program-los e conquist-los. A sade fsica e mental; que fazer e como

    colaborar para obt-las. Exames mdicos preventivos; quando realiz-los. Como respirar corretamente.

    Como deve ser o ambiente para um repouso reparador, principalmente aps extenuantes trabalhos. O ato

    sexual; como pratic-lo; como fazer para que atenda ambas as partes. A educao, o sorriso e a

    humildade como armas infalveis para o policial conquistar, a simpatia, o respeito e a colaborao da

    sociedade; como obt-las e pratic-las. A autoconfiana e a auto-estima; como obt-las. O pensamento

    como fonte e incio de todos os bens e de todos os males; como domin-lo, polici-lo e direcion-lo

    para o bem. A dignidade do policial no tem preo; como mant-la. Relacionamento e esclarecimento,

    referente ao tiro, com a imprensa, autoridades, polticos e demais segmentos da Sociedade. Como dar

    entrevistas imprensa em assuntos relacionados s ocorrncias com uso de armas de fogo. Como

    esclarecer o pblico interno e externo sobre assuntos relacionados s armas de fogo e munies da

    Corporao; sua instruo de tiro e sua atuao armada em defesa da Sociedade. Como depor em Juzo

    por fatos oriundos da utilizao da arma de fogo em defesa da Sociedade. Os cuidados com a arma de

    fogo no lar. Violncia:- Causas, Estmulos, Solues, Medidas Preventivas. Etc.

    NILSON GIRALDI CEL PMESP

  • 16

    CAPTULO 02

    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    ORIENTAES AOS PROFESSORES DO MTODO

    01. Ser professor do Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi atravs de

    curso oficial e regulamentado. Estar a par de todo o seu contedo, desenvolvimento e aplicao; tambm

    do previsto no M-19-PM e neste manual, principalmente o contido no seu Captulo 01 (retro).

    02. Conhecer, gostar, saber transmitir e fazer com que o aluno goste do que ensina.

    03. Saber medir as conseqncias presentes e futuras daquilo que ensina. Na vida nada mais

    importante que a prpria vida; e, se a instruo de tiro lida com a vida e com a morte ela acaba

    sendo a instruo mais importante, de maior responsabilidade e conseqncias entre todas as

    instrues; preciso investir nela e lev-la a srio (Giraldi).

    04. Saber direcionar o ensino s necessidades do aluno, sem visar interesses particulares.

    05. Acreditar, e saber convencer o aluno a acreditar tambm, naquilo que ensina. Ser responsvel.

    06. Fazer o aluno gostar da matria a parte mais importante da instruo de tiro. Entre outras coisas, para

    conseguir isso, o professor dever:

    a. Convencer o aluno que entre todas as matrias a de tiro a mais importante, de maior

    responsabilidade e conseqncias. Do seu ensinamento correto vidas futuras sero preservadas; do seu

    ensinamento incorreto vidas inocentes sero sacrificadas. Portanto, ela mexe com a vida e com a morte., e, na

    vida nada mais importante que a prpria vida a comear pela do Policial (Giraldi).

    b. Ser paciencioso, humilde, educado, calmo, comedido, alegre, respeitar o aluno, etc.,

    durante a instruo, sem perder a dignidade da nobre misso que desempenha. Dar-lhe, sempre, um

    toque firme e amigo nos ombros ao mesmo tempo em que o incentiva e elogia. Respeitar sua

    dignidade. Ter sempre em mente que pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas; imbecis

    geram imbecis.

    c. Lembrar que cada aluno um aluno, com seus problemas, particularidades, capacidades

    diferentes, personalidades diferentes, individualidades diferentes, etc.. No generaliz-los. Procurar

    entender as dificuldades de cada um. Ensino e relacionamento humano completam-se; jamais

    devero estar separados (Giraldi).

    d. Descer at o nvel do aluno ensinando o que ele precisa e tem condies de aprender

    naquele instante, e no o que o professor sabe. O professor um especialista em tiro, mexendo com

    tiro constantemente; o aluno s de vez em quando; s vezes passa anos sem esse contato. O professor

    entendendo isso ficar tudo mais fcil.

    e. Simplificar, ao mximo, a instruo. A simplicidade a rainha da perfeio (Giraldi). Deix-

    la leve, livre, solta, mas com responsabilidade. No ser chato. Jamais praticar imbecilidades ou desmerecer o

    aluno como ser humano; respeitar sua dignidade. Lembrar-se que as pessoas tendem a agir da mesma forma

    como so tratadas; seja sempre um timo exemplo que seu aluno tambm o ser. (Giraldi)

    f. Usar sempre palavras de apoio; jamais desmerecer o aluno. Ter sempre uma mo amiga. Dar

    sempre parabns pelos seus bons procedimentos. Quando o aluno tiver dificuldades, usar sempre

    expresses como: - Voc vai conseguir; questo de tempo e de esforo. Jamais usar palavras negativas;

    elas podero influenciar, negativamente, o aluno, pelo resto de sua vida. O toque suave, firme e amigo nos

    ombros do aluno, nos momentos de estresse, para acalm-lo, fundamental.

    g. Falar pouco e com clareza (apenas o suficiente); e muita ao. Tiro no se aprende ouvindo mas

    executando.

    h. Deixar e estimular o aluno a exprimir suas opinies e sugestes.

  • 17

    i. Os alunos com mais capacidade e experincia devero ser chamados para auxiliar o professor.

    j. O aluno dever usar na instruo a mesma arma, munio, equipamentos (incluindo colete

    balstico), uniforme, etc., com os quais trabalha. Obrigatrio o uso de colete balstico, protetor ocular e

    auricular.

    k. Terminar a instruo com uma reunio; comentrios rpidos a respeito da mesma; elogiando a

    todos (inclusive os menos capazes) e, ao dar fora de forma, pedir uma salva de palmas a todos,

    desejando-lhes boa sorte.

    l. Etc., etc., etc..

    07. Observar, sempre, a segurana total. Os alvos devero estar o mais prximo possvel do barranco

    de absoro dos projteis, sem possibilidades de ricochetes. O normal que os projteis, aps passarem

    pelos alvos, atinjam, no mximo, a metade inferior desse barranco, jamais atingindo o solo antes de ser

    por ele absorvidos. O ricochete no solo poder jogar o projtil para fora do estande. Verificar se no h

    objetos ou materiais no barranco de absoro dos projteis que possam provocar ricochetes. Disparos s

    em alvos oficiais. Alertar, delimitar e isolar a rea de instruo com bandeirolas vermelhas.

    08. Estabelecer local seguro para manuseio de arma; nesse local no se manuseia munio.

    09. Possveis aulas tericas, que exijam uso de armas ou munio (mesmo de manejo), somente devero

    ser ministradas no estande de tiro. No se mexe em armas e munio (mesmo de manejo) em salas de aula.

    10. Jamais permitir gozaes; elas desmoralizam o aluno e criam traumas. Brincadeiras sadias

    devero ser toleradas e at incentivadas, desde que nos momentos corretos.

    11. Lembrar-se que:- O professor poder enganar seus superiores mas jamais conseguir enganar

    seus subordinados. Por isso, dever caprichar na sua instruo; no enrolar ou fazer que ensina; se

    assim proceder, ficar desmoralizado perante os alunos.

    12. O professor dever lembrar-se de que:- Na iminncia ou durante um confronto armado (onde

    a morte est sempre presente) as condies fsicas e psquicas do policial ficam totalmente alteradas,

    advindo, da, todas as espcies de conseqncias, chegando at o pavor e o pnico; para esse

    momento que toda a instruo de tiro tem que estar direcionada. Tudo o mais suprfluo.

    13. Como as bases do Mtodo Giraldi so os reflexos condicionados positivos, a serem

    adquiridos pelo policial em treinamentos imitativos da realidade, com eliminao dos negativos,

    isso dever ser buscado desde o incio da instruo. O professor trabalhar, intensamente, em cima

    do erro do aluno; enquanto ele no estiver condicionado a executar o exerccio corretamente e sem

    dificuldades, no avanar na instruo.

    Observao:- Normalmente, as pessoas no conseguem pensar mais de uma coisa ao

    mesmo tempo, mas, estando condicionada, agir por reflexos condicionados, como algum que pisa no freio

    do carro sem ficar pensando em faz-lo; digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse o

    motivo pelo qual, quando dos ensinamentos do Mtodo, o aluno tem que adquirir reflexos condicionados

    positivos, com eliminao dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos no

    sejam eliminados, eles podero fazer o policial cometer erros gravssimos durante um possvel confronto

    armado. Esse o motivo pelo qual o Mtodo trabalha, incessantemente, em cima do erro do aluno; ele no

    avanar na instruo enquanto no eliminar esse erro.

    14. Usar linguagem simples, de fcil entendimento. Evitar os estrangeirismos.

    15. No confundir cansao com estresse. Por isso, no mandar o aluno correr antes de iniciar os

    disparos; s ficar cansado. O estresse dever ser provocado pelo prprio estilo e responsabilidade da

    instruo; o aluno dever aprender a administr-lo.

    16. Na instruo o aluno dever usar o mesmo uniforme, equipamentos, armamento, munio, etc.,

    com os quais trabalha em defesa da sociedade. Obrigatrio o uso de colete balstico, protetor auricular

    e ocular. O coldre dever cobrir o gatilho da arma.

    17. Durante a instruo, no s quem a est executando, mas tambm professores e auxiliares,

    alunos que esto observando, e, possveis assistentes, devero estar com colete balstico, protetor ocular e

    auricular; sem isso, ela no ser desenvolvida.

    18. Insistir, sempre, para que o aluno atue nas pistas sempre protegido; que no seja

    precipitado; que no pratique a valentia perigosa a qual poder transform-lo num heri...ou

    num defunto; que mantenha o dedo fora do gatilho, estendido junto armao da arma quando no

    for atirar (o dedo s vai para o gatilho no momento do disparo); que mantenha o cano da arma na

    direo do perigo; que tem limitaes e no pode resolver tudo, precisando chamar apoio; que nos

    momentos de estresse, respire, profundamente, umas trs vezes, segurando o ar nos pulmes, por

    um instante, antes de expeli-lo, a fim de se reequilibrar; etc.

  • 18

    19. Ao se ver envolvido num confronto armado o policial ter que colocar em prtica, com a maior

    rapidez possvel, coisas simples, de fcil lembrana e execuo, para as quais dever ter sido condicionado

    no Curso Bsico, nas Pistas Policiais de Instruo, Pistas Policiais Especiais e Pistas Policiais de

    Aplicao. Por isso, no perder tempo com teorias; concentrar-se na parte prtica, objetivando, sempre,

    esse instante.

    20. Sempre, ao final da instruo do dia, o professor, com o semblante alegre, reunir os alunos,

    elogiar a todos pela boa vontade, disciplina, colaborao, capacidade para aprender, etc. (elogios e

    palavras de incentivo so extraordinariamente importantes). Far comentrios gerais sobre a instruo.

    Destacar os pontos positivos da instruo; tambm os negativos e o que precisa ser melhorado. Dir que

    o erro professor do acerto; que, na maioria das vezes, aprendemos mais quando erramos do que

    quando acertamos (Giraldi). Que alguns aprendem mais rpido do que outros e que isso normal em

    todos os setores da vida; que o importante insistir at aprender; etc. Estimular os alunos a fazerem

    perguntas; esclarecer pontos duvidosos e responder essas perguntas. Antes de libera-los solicitar uma

    salva de palmas para todos desejando-lhes boa sorte; em seguida um aperto de mo, um toque

    firme, suave e amigo em cada um deles e um ----- At breve! ou ---- At a prxima

    oportunidade!

    21. Etc., etc., etc.

    22. A SEGURANA PRECEDE TUDO.

    (GIRALDI)

  • 19

    CAPTULO 03

    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    SMULA DE ANLISE PESSOAL

    NOME ______________________________________ POSTO/GRAD_____________ RE __________

    INSTITUIO POLICIAL ______________________________ UNIDADE _____________________

    DATA OU PERODO _______________________________ LOCAL ___________________________

    CURSO OU ESTGIO PARA ___________________________ ARMA E N _____________________ (Instrutor, multiplicador, usurio, etc.)

    Smula de Anlise Pessoal para atuaes do aluno que ficarem acima ou abaixo da normalidade.

    O professor dever usar as iniciais sup (superior) para atuaes do aluno que ficarem acima da

    normalidade e inf (inferior) para atuaes do aluno que ficarem abaixo da normalidade; no caso de

    normalidade, deixar em branco.

    Devero ir sendo anotadas durante todo o tempo de instruo pelo professor que estiver ministrando aula ao

    aluno no momento, assim, poder conter anotaes de mais de um deles. Vai sempre sendo passada ao professor que

    assumir o aluno. Ser aberta na primeira aula da matria, acompanhando o aluno at o final do curso ou estgio.

    Um mesmo item poder ser anotado mais de uma vez, inclusive com iniciais mistas.

    As anotaes so de carter sigiloso. O aluno poder tomar conhecimento delas ao final do curso ou

    estgio

    Desde o incio, o aluno dever saber da existncia desta smula e do seu contedo previamente

    impresso.

    ITENS DE

    ANLISE

    CURSO

    BSICO

    PPI

    PPE

    PPA

    L

    LIMPEZA E

    MANUTENO

    I

    INVESTIMENTO E

    VALORIZAO

    DO POLICIAL

    Cuidados com a

    segurana

    Disciplina

    Assiduidade

    Interesse na

    Instruo

    Colaborao

    Geral

    Execuo dos

    Exerccios

    Nome, posto e assinatura do professor:-

    Curso Bsico______________________________________________________________

    PPI _____________________________________________________________________

    PPE _____________________________________________________________________

    PPA ____________________________________________________________________

    Limpeza e Manuteno do Armamento __________________________________________

    Investimento e Valorizao do Policial___________________________________________ Esta smula ser anexada sumula de PPA (Captulo 19). Caso seja necessrio, servir de base para

    formar conceitos sobre o aluno. Ambas sero anexadas ao RIT do aluno; uma cpia de cada ser encaminhada

    Escola de Educao Fsica (EEF).

    Se for o caso, usar o verso para esclarecimentos.

    (GIRALDI)

  • 20

    CAPTULO 04

    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    PISTOLA SEMI-AUTOMTICA .40 S&W

    CURSO BSICO - PRIMEIRA PARTE DESENVOLVIMENTO (SEM USO DE MUNIO REAL)

    01. O Curso Bsico para usurios da pistola ter incio diretamente no estande de tiro;

    aluno com a pistola vazia nas mos j executando os primeiros exerccios. Nada de sala de aula ou teorias

    anteriores. Nada de ficar decorando nomes de peas e outros detalhes que s interessam aos armeiros. O

    que importa ao aluno ficar condicionado a fazer, e para isso ter que fazer. O que eu ouo,

    eu esqueo; o que eu vejo, eu lembro; o que eu fao, eu aprendo. Tiro como futebol, ciclismo,

    natao, etc., s se aprende praticando (Giraldi). Como a base do Mtodo Giraldi so os

    reflexos condicionados positivos, a serem adquiridos, pelo policial, em treinamentos imitativos da

    realidade, com eliminao dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro, isso ter

    que ser buscado desde os primeiros momentos da instruo.

    Obs.:- Normalmente, as pessoas no conseguem pensar mais de uma coisa ao mesmo

    tempo, mas, estando condicionada, agir por reflexos condicionados, como algum que pisa no freio do carro

    sem ficar pensando em faz-lo; digita o teclado de um computador da mesma forma; etc. Esse o motivo pelo

    qual, quando dos ensinamentos do Mtodo, o aluno tem que adquirir reflexos condicionados positivos, com

    eliminao dos negativos, antes de se ver envolvido pelo fato verdadeiro; caso os negativos no sejam

    eliminados, eles podero fazer o policial cometer erros gravssimos durante um possvel confronto armado.

    Esse tambm o motivo pelo qual o Mtodo trabalha, incessantemente, em cima do erro do aluno; ele no

    avanar na instruo enquanto no eliminar esse erro.

    02. Inicialmente, com base no Captulo 01 retro, o professor far, aos alunos, a

    Apresentao do Tiro Defensivo na Preservao da Vida, Mtodo Giraldi; suas finalidades,

    fundamentos e desenvolvimento.

    03. Desenvolver a instruo cumprindo, entre outras coisas, o estabelecido no Captulo 02,

    retro.

    04. Abrir, para cada aluno, uma Smula de Anlise Pessoal, prevista no Captulo 03,

    retro, qual, ao final do curso, ser anexada ao RIT do aluno e uma cpia encaminhada EEF.

    05. Na instruo o aluno dever usar o mesmo uniforme, armamento, munio e equipamentos

    com os quais ir trabalhar (ou trabalha). Obrigatrio uso de colete balstico, protetor auricular e

    ocular. O coldre dever cobrir o gatilho da arma.

    Obs.:- Durante a instruo, no s quem a est executando mas tambm professores e

    auxiliares, alunos que esto observando, e, possveis assistentes, devero estar com colete balstico,

    protetor ocular e auricular; sem isso ela no ser desenvolvida.

    06. O professor dever tratar o aluno com extrema educao, disciplina e respeito sua

    dignidade. Jamais desmerec-lo. A pacincia ser uma de suas grandes virtudes. Seu principal e

    grande objetivo ser fazer o aluno aprender e gostar da matria.

    07. No esquecer que as pessoas tendem a agir da mesma forma como so tratadas.

    Pessoas respeitosas geram pessoas respeitosas; imbecis geram imbecis (Giraldi).

    08. A aula ser ministrada sob forma de oficinas. O efetivo de alunos de cada oficina

    ser estabelecido de acordo com a complexidade dos exerccios a serem executados; capacidade e

    grau de desenvolvimento dos alunos; finalidade da instruo; disponibilidade de meios; locais para

    a sua execuo; etc.

  • 21

    09. O professor distribuir e acomodar seus alunos de acordo com as barricadas de treinamento

    e alvos existentes (ver anexos 09 e 13, deste manual). Poder solicitar aos alunos mais experientes

    que auxiliem os menos experientes, colocando-os lado a lado.

    10. O professor estabelecer local seguro para manuseio de armas; nesse local no se manusear

    munio.

    11. Obrigatrio o uso do alvo PM-L-74, de papelo (ver Anexo 13, deste manual). Inicialmente, alvo em torno 5 metros de distncia do local de tiro do aluno, colocado o mais prximo

    possvel do barranco de conteno de projteis.

    12. O professor far tudo para o aluno aprender e gostar da matria. Com muita pacincia,

    trabalhar, incessantemente, em cima do erro do aluno, ensinando e usando apenas palavras positivas e

    incentivadoras como:- ---- Voc vai conseguir, voc tem capacidade, questo de esforo, boa

    vontade e de tempo; eu tambm no sabia; ningum nasce sabendo. Vamos l, vamos repetir o

    exerccio.

    13. O professor dar perodos de descanso que julgar necessrios.

    14. Com o aluno tendo nas mos a pistola vazia e 1 (um) carregador tambm vazio, o professor

    dar incio instruo, procurando seguir a seguinte seqncia bsica (poder efetuar complementos); os

    alunos j iro executando seus ensinamentos:-

    a. Segurana primria com a pistola:- Dedo sempre fora do gatilho; cano sempre voltado

    para direo segura. Principais cuidados para evitar acidentes de tiro.

    b. Dedo fora do gatilho; o dedo s vai para o gatilho no momento do disparo; aps o

    disparo volta para sua posio normal (estendido, encostado na armao da pistola). Da mesma forma

    que carro no guia mas guiado, arma no dispara mas disparada, e para ser disparada o dedo tem

    que estar no gatilho; evite acidentes e tragdias mantendo o dedo fora do gatilho (Giraldi).

    c. Ajuste dos equipamentos; da pistola e carregadores (estes, do lado da mo fraca) no

    corpo do aluno. O aluno usar na instruo o mesmo uniforme, equipamentos (incluindo colete balstico),

    armamento, munio, etc., com os quais trabalha ou ir trabalhar. Obrigatrio o uso de colete balstico,

    protetor ocular e auricular. d. Apresentao da pistola; funcionamento; porte, uso e aplicao. Munies usadas,

    finalidades. Comparao entre essas e outras munies. Explicar que poder de parada (para isso, ver

    Anexos 04 e 06 deste manual). Mostrar a ficha Quadro de Controle de Armas que acompanha

    cada pistola, para anotaes. Quando e como fazer essas anotaes.

    e. Empunhadura simples (uma mo) e dupla (duas mos), tambm chamada de

    empunhadura policial. Na empunhadura dupla o polegar da mo fraca fica ao lado da pistola, junto

    com o polegar da mo forte; jamais por trs do cabo da pistola. Cano da pistola voltado sempre para

    direo segura. Aluno pratica.

    f. Principais peas externas da pistola; suas finalidades; como acion-las e os cuidados necessrios

    para faz-lo. Os alunos no precisam decorar os nomes dessas peas de imediato; com o passar do tempo o

    conseguiro, sem qualquer esforo ou sofrimento. Havendo necessidade, consultar o Manual de Operao e

    Manuteno da Pistola, originrio da fbrica. Aluno pratica.

    g. Apresentao do carregador. Porta carregadores no corpo do aluno, na cintura, do lado da

    mo fraca.

    h. Como colocar e retirar o carregador do porta carregador (faz-lo com a mo fraca).

    Aluno pratica.

    i. Como colocar e extrair o carregador da pistola (o retm do carregador poder ser acionado

    com o polegar da mo forte ou da mo fraca, sem perder a empunhadura).

    j. Como efetuar golpes de segurana e travar o ferrolho aberto; como fazer inspeo fsica

    e visual rigorosa da cmara do cano a fim de verificar se no ficou cartucho nela; como liberar o ferrolho.

    k. Como entregar a pistola para um companheiro:- Dedo fora do gatilho; voltar o cano

    da pistola para direo segura; retirar o carregador; extrair o cartucho que possa ter ficado na cmara (no

    peg-lo; deix-lo cair); efetuar dois ou trs golpes de segurana; travar o ferrolho aberto; fazer vistoria

    fsica e visual rigorosa da cmara; com a mo fraca, segurar a pistola pelo cano, cabo na direo de

    quem ir receb-la; efetuar a entrega. Aluno pratica.

    l. Como receber a pistola de um companheiro:- Mesmo tendo observado, por parte do

    companheiro que fez a entrega da pistola, todos os procedimentos previstos na letra k, retro, pegar a

    pistola pelo cabo; manter o dedo fora do gatilho; voltar seu cano para direo segura; efetuar dois ou trs

  • 22

    golpes de segurana; travar o ferrolho aberto; fazer vistoria fsica e visual rigorosa da cmara; liberar o

    ferrolho; desarmar o co; travar e coldrear. Aluno pratica.

    Obs.:- Se a Instituio Policial do aluno, ou o policial, adota o porte da pistola

    destravada, assim dever estar ela no coldre.

    m. Como fazer limpeza rpida da pistola durante a instruo. Aluno pratica.

    n. Apresentao do alvo PM-L-74 (ver Anexo 13, deste manual) e da barricada de

    treinamento (ver Anexo 09, deste manual). Finalidades.

    15. Exerccios com a pistola vazia (descarregada). medida em que so ensinados os alunos

    j os iro praticando.

    a. O saque e o coldreamento (s com a mo forte, sem auxlio da mo fraca; sem olhar; o

    olhar permanece fixo no alvo e imediaes). O saque lento e o saque rpido; quando e porque so

    usados. Aluno pratica.

    b. Empunhadura dupla ou empunhadura policial (com as duas mos) e empunhadura

    simples (com uma s mo). A simples s ser usada quando no for possvel adotar a dupla. Na

    empunhadura dupla o polegar da mo fraca fica do lado da pistola, junto ao polegar da mo forte;

    jamais por trs do cabo da pistola. Em confrontos armados, onde a morte est sempre presente; onde tudo

    medo, tenso e desespero, com o policial atuando dentro do limite entre a vida e da morte, a

    possibilidade de gatilhada, com empunhadura dupla, bem menor que com empunhadura simples.

    A empunhadura dupla permite segurar a arma com maior firmeza. Aluno pratica.

    c. Visada, semivisada e tiro intuitivo; quando so usados. Lembrar que tiro instintivo

    no existe; instinto aquilo que nasce com a pessoa.

    1) Disparo com visada:- H um perfeito enquadramento entre ala de mira, massa de

    mira e alvo. Normalmente, nos confrontos armados, no h tempo nem condies para esse

    enquadramento. Muito usado em competies de tiro esportivo. Aluno pratica.

    2) Disparo com semivisada:- Embora a arma esteja em posio de tiro, por falta de

    tempo, no h o enquadramento perfeito entre ala de mira, massa de mira e alvo; mas so vistos. Usado

    nos confrontos armados. Aluno pratica.

    3) Tiro intuitivo:- A arma no est em posio de tiro perfeita e, mesmo assim, pela

    urgncia e circunstncias, h necessidade do disparo. O policial no v a ala de mira nem a massa de

    mira, mas v o alvo e tem a intuio de que o cano de sua arma est na sua direo. Tambm usado em

    confrontos armados. Aluno pratica.

    4) Para a vista humana praticamente impossvel ver, com nitidez, a ala de mira, a

    massa de mira e o alvo ao mesmo tempo (so trs profundidades diferentes). O importante ver a massa

    de mira com nitidez. Ver Anexo 02, deste manual (Visada e Focalizao).

    Obs.:- O aluno dever disparar, sempre, com os dois olhos abertos. d. Ao dupla e ao simples do gatilho; diferenas; quando so usadas; vantagens e

    desvantagens. Como desarmar o co.

    1) Na ao dupla o acionamento da tecla do gatilho direto, sem armar o co. Os

    disparos so, normalmente, menos precisos. Aluno pratica.

    2) Na ao simples h o prvio armamento do co. Os disparos so, normalmente,

    mais precisos. Aluno pratica

    3) Na pistola s o primeiro disparo deve ser em ao dupla (embora o co possa ser

    previamente armado tambm para ele, mas isso, pela exigidade de tempo para o disparo, no dever ser

    feito), os outros, automaticamente, sero em ao simples (aps o disparo o co j fica armado para o

    prximo disparo). Aluno pratica.

    4) Se houver tempo e condies e o policial precisar armar o co, estando com

    empunhadura dupla, dever faz-lo com o polegar da mo fraca (sem perder a empunhadura dupla).

    Aluno pratica.

    e. A ao do dedo na tecla do gatilho. Como evitar as gatilhadas.

    1) Na ao dupla o contato do dedo com a tecla do gatilho, para o seu acionamento,

    dever se dar no incio da ltima falange do dedo (falangeta) logo aps a divisa com a penltima falange

    (falanginha), pois exige uma fora maior que na ao simples. Aluno pratica.

    2) Na ao simples o contato do dedo com a tecla do gatilho, para o seu acionamento,

    dever se dar no meio da ltima falange do dedo (falangeta), pois exige um esforo menor que na ao

    dupla. Aluno pratica.

  • 23

    3) A fora para o acionamento da tecla do gatilho dever se dar suavemente (devagar e

    constante), sem trancos. O treinamento persistente, de preferncia sem munio real, far com que, com

    o tempo, o aluno possa fazer esse acionamento com rapidez, suavemente e sem trancos. A fora do

    dedo, para acionamento do gatilho, dever ser paralela ao cano como se o mesmo se prolongasse para trs,

    e sem foramento para as laterais da tecla do gatilho. O tranco ou o foramento da tecla do gatilho para

    as laterais, na hora do disparo, provocar a to temvel gatilhada, que mudar, totalmente, o local

    previamente previsto para o impacto, e causas de muitas tragdias.

    f. O aluno, ao disparar, dever manter os dois olhos abertos.

    g. Os disparos sero efetuados sempre de 2 em 2, num mesmo alvo.

    h. Aps cada saque sero efetuados 2 disparos (num mesmo alvo). Aps cada 2 disparos,

    coldrea (saca, efetua 2 disparos, coldrea; saca, efetua 2 disparos, coldrea; e assim, sucessivamente).

    i. Pistola em posio de tiro. Quando usada. Variantes. Aluno pratica.

    j. Pistola em posio de alerta. Quando usada. Variantes. Aluno pratica.

    k. Pistola em posio sul. Quando usada. Variantes. Aluno pratica.

    l. Mudanas de uma posio para outra; como efetu-las. Aluno pratica.

    16. A partir de agora, com uso de munio de manejo, o professor dar seqncia

    instruo, na seguinte conformidade ( medida em que os procedimentos so ensinados os alunos j

    os iro praticando):- a. Que municiar o carregador. Que alimentar e carregar a pistola; finalidades; diferenas.

    Como, quando e porque so feitas; conseqncias. Como municiar e desmuniciar o carregador. Ao

    munici-lo, ir batendo a sua base na palma da mo, a fim de ajeitar os cartuchos que j esto no seu

    interior. Como coloc-lo e sac-lo do porta carregador que, obrigatoriamente, estar do lado da mo

    fraca do aluno. Aluno pratica.

    b. Como alimentar, carregar, desarmar o co, travar e coldrear a pistola (como se fosse

    entrar em servio), abotoando a presilha do coldre. (Se a Instituio Policial do aluno, ou o policial,

    adota o porte da pistola no coldre, destravada, assim dever ele proceder (no travar a pistola para coldrear). Aluno pratica.

    c. Como retirar o carregador da pistola. Como extrair o cartucho que ficou na cmara (no

    peg-lo, deix-lo cair). Como travar o ferrolho aberto. Como fazer vistoria fsica e visual rigorosa da

    cmara. Como liberar o ferrolho. Como desarmar o co, travar e coldrear a pistola, abotoando a presilha

    do coldre. Aluno pratica

    d. Como entregar a pistola para um companheiro ou na reserva de armas (idntico letra

    k, do item 14., retro). Aluno pratica.

    e. Como receber a pistola de um companheiro ou da reserva de armas (idntico letra l,

    do item 14., retro). Aluno pratica.

    f. Como preparar a pistola e carregadores para entrar de servio. Aluno exercita.

    g. A recarga de emergncia ou emergencial e a recarga ttica:- Quando so

    realizadas; diferenas entre elas.

    h. Recarga de Emergncia ou Emergencial (A munio da cmara do cano da

    pistola e do carregador que est na pistola acabou; o ferrolho ficou travado e aberto. necessrio fazer a

    recarga com a maior rapidez possvel):- Se o aluno estiver em p, agacha para faz-la, ao mesmo tempo

    em que pede cobertura do companheiro (fictcio, se estiver sozinho) atravs dos sinais policiais (ver

    Anexo 01, deste manual) ou verbalizando baixo; se houver barricada de treinamento protege-se nela

    para faz-la. Brao forte estendido ou semiflexionado, empunhando a pistola (empunhadura simples).

    Olhar e cano na direo do perigo (direo do alvo e suas imediaes). Abertura do alojamento do

    carregador, na armao da pistola, para baixo. Aciona o retm do carregador (da pistola) com o polegar da

    mo forte ou da mo fraca (o importante no perder a empunhadura). Deixa cair, ao solo, o

    carregador vazio (no peg-lo). Sem olhar (o olhar permanece na rea de perigo), pega o carregador de

    reposio com a mo fraca, introduzindo-o, sem pancadas ou violncia, na pistola. Aps introduzido,

    puxa-o, ligeiramente, para fora, a fim de verificar se ficou preso. Volta empunhadura dupla; destrava o

    ferrolho com o polegar da mo fraca, o qual ir para frente, levando consigo um cartucho do carregador,

    ficando, assim, a pistola carregada, com o co armado, destravada, pronta para o tiro, sem necessidade de

    acionar qualquer outra trava ou dispositivo. O aluno volta posio em que se encontrava quando acabou

    a munio e d continuidade ao exerccio. Aluno pratica.

    i. Recarga Ttica (A munio da cmara da pistola e, na quase totalidade das vezes,

    tambm do carregador, ainda no terminou; o ferrolho continua fechado, com munio na cmara, mas, o

    momento se mostra propcio para esse tipo de recarga, principalmente pela ausncia de perigo iminente ou

  • 24

    o fato do policial estar bem abrigado. Mesmo assim, necessrio faz-la com rapidez):- Se o aluno estiver

    em p, agacha para faz-la; se houver barricada de treinamento protege-se nela para faz-la. Brao

    forte estendido, empunhando a pistola (empunhadura simples), em posio de tiro. Olhar e cano na

    direo do perigo (direo do alvo e suas imediaes). Pistola pronta para disparar (se houver

    necessidade). Abertura do alojamento do carregador, na armao da pistola, para baixo (olhar e cano na

    direo do perigo). Com a mo fraca pega o carregador de reposio. Aciona, na pistola, o retm do

    carregador. Segura, tambm com a mo fraca, o carregador que extrado (normalmente, ainda com

    munio). Com os dois carregadores na mo fraca, introduz, rapidamente, o carregador de reposio na

    pistola; faz o teste para verificar se ficou preso; guarda, no bolso, o carregador extrado para um possvel

    uso seqente (no coloc-lo no porta carregador; poder confundi-lo no futuro, como se cheio estivesse).

    Retoma a empunhadura dupla e, sem acionar qualquer trava ou dispositivo, volta posio em que se

    encontrava e d continuidade ao exerccio. Observao:- Na recarga ttica o aluno poder, primeiro,

    extrair o carregador que est na pistola e guard-lo, para depois pegar o carregador de reposio.

    Inconveniente:- Permanecer, por mais tempo, com um s cartucho na pistola (na cmara) e isso no

    conveniente. Aluno pratica.

    j. Como recarregar a pistola usando apenas uma das mos:- (ajoelhado, prend-la na dobra

    interna da perna para faz-la). Ver a DCIMA TERCEIRA FASE, da QUARTA PARTE do CURSO

    BSICO Captulo 07, deste manual.

    k. Incidentes de tiro que podero ser solucionados pelo policial na hora em que ocorrerem;

    e os que so da responsabilidade dos tcnicos. O professor, aps ensinar, dever provocar incidentes de

    tiro para soluo dos alunos. Aluno pratica.

    l . Local de porte e uso da arma reserva no servio e nas horas de folga (dever estar no

    coldre de canela, do lado interno da perna fraca).

    m. Etc.

    17. A parte prtica, com disparos reais, do Curso Bsico (que vem a seguir), ser desenvolvida

    em PARTES; cada PARTE em FASES; em cada FASE um tipo de exerccio especfico que ser

    repetido, pelo aluno, com e sem disparos reais, quantas vezes forem necessrias, at que o aprenda a

    executar corretamente e sem dificuldades; no passar para o exerccio seguinte sem ter executado,

    corretamente, o anterior.

    18. Ao final do Curso Bsico, se houver necessidade, o professor aplicar, ao aluno, o teste

    de avaliao (VE) previsto no Captulo 08 deste manual (Smula de Avaliao do Curso Bsico).

    19. O professor ir verificar, no desenvolvimento das prximas Partes do Curso

    Bsico, que os procedimentos previstos em todos os exerccios so repetitivos, mudando apenas a

    posio de tiro do aluno assim, aps familiarizar-se com esses procedimentos, poder reduzir,

    para menos de meia folha de papel sulfite A4, para consulta momentnea, tudo o que ali est

    escrito.

    20. S encerrar a instruo do dia aps aplicar o que est previsto no item 20 do

    Captulo 02, retro.

    (GIRALDI)

  • 25

    CAPTULO 05

    TIRO DEFENSIVO NA PRESERVAO DA VIDA

    MTODO GIRALDI (Registrado)

    Permitido utilizar citando a fonte

    PISTOLA SEMI-AUTOMTICA .40 S&W

    CURSO BSICO SEGUNDA PARTE - DESENVOLVIMENTO

    PREVISO:- 70 DISPAROS REAIS, POR ALUNO (MNIMO)

    1. A Segunda Parte do Curso Bsico somente ser desenvolvida aps o aluno dominar e

    executar, sem dificuldades, todos os procedimentos e determinaes previstas na Primeira Parte do

    Curso Bsico (Captulo 04, retro).

    2. A Segunda Parte do Curso Bsico ser desenvolvida em FASES, em cada FASE um

    tipo de exerccio especfico (que poder ser repetido, pelo aluno, vrias vezes, com e sem munio real),

    nas quais devero ser cumpridos os seguintes procedimentos padres:-

    a. Alvo a ser utilizado:- Obrigatoriamente o alvo PM-L-74, de papelo (ver Anexo

    13, deste manual), inicialmente, em torno de 5 metros de distncia do local de tiro do aluno, colocado o

    mais prximo possvel do barranco de conteno dos projteis.

    b. Uso obrigatrio da barricada de treinamento (quando estiver previsto). Ver Anexo

    09, deste manual.

    c. A recarga ser sempre de emergncia ou emergencial (ver letra h, do item 16, do

    Captulo 04, retro), a no ser que exista ordem em contrrio , por escrito, no desenvolvimento da FASE.

    d. Saque lento. Posicionamento lento. Sem tempo para iniciar os disparos.

    Empunhadura dupla (policial), a no ser que exista ordem em contrrio nestas determinaes. Ao

    dupla do gatilho no primeiro disparo. Com visada. Acionamento lento do gatilho. Tempo livre para

    os disparos (sem pressa). 2 (dois) disparos seguidos, de cada vez, por alvo. Disparos sempre com os

    dois olhos abertos. e. Para dar incio instruo do dia, mediante ordem do professor, o aluno municiar os trs

    carregadores da pistola com carga mxima, ou de acordo com os objetivos da instruo.

    f. Usar o mesmo carregador at que se esvazie (o ferrolho, automaticamente, ficar aberto

    e travado); nesse momento, sem necessidade de ordem, o aluno efetuar a recarga de emergncia ou

    emergencial, no importa em que altura esteja da instruo ou da execuo do exerccio.

    g. O aluno remuniciar os carregadores nos intervalos das FASES.

    h. Ao sacar, posicionar-se, ou coldrear a pistola, manter constante contato visual com o alvo e

    suas imediaes. No olhar a pistola nem o coldre para sacar e coldrear; usar apenas a mo forte para

    faz-lo. Manter o olhar e o cano da pistola sempre na direo do alvo e suas imediaes. Dedo sempre fora

    do gatilho.

    i. Ao se ajeitar ou mudar de posio, manter o cano da pistola e o olhar na direo do alvo

    e suas imediaes; dedo sempre fora do gatilho; o dedo s vai para o gatilho no momento do disparo;

    uma vez efetuado o disparo, o dedo volta sua posio normal (estendido, junto armao da

    pistola).

    j. Antes de dar incio ao exerccio da FASE o aluno dever trein-lo, com a pistola

    vazia, sem carregador (ou apenas simulando o uso da pistola), sendo orientado e corrigido pelo

    professor. Somente dar incio execuo do exerccio da FASE, com munio real, quando estiver

    condicionado a execut-lo corretamente e sem dificuldades.

  • 26

    k. Pistola e corpo do aluno sempre aqum da barricada de treinamento (quando for usada).

    Nem a arma nem qualquer parte do corpo do aluno dever tocar ou ultrapassar a barricada de

    treinamento (ver Anexo 09, deste manual).

    l. Posio de partida do aluno para execuo de cada exerccio:- Em p; braos soltos ao

    longo do corpo; pistola carregada, co desarmado, travada, no coldre; presilha do coldre abotoada.

    Obs.:- Se a Instituio Policial do aluno, ou o policial, adota o porte da pistola

    destravada, assim dever estar ela no coldre.

    m. Sinal de partida para incio de cada exerccio:- Disparo de festim ou real (melhores),

    ou algo que produza som semelhante (exemplo:- bomba, etc.). Na falta, usar a expresso:- ---- Defenda!

    (quando s para 1 aluno), ou ---- Defendam! (quando para mais de 1 aluno), ou ---- Perigo! (para

    1 ou mais alunos). Jamais usar sinal de apito, ou a expresso ---- Vai!, ou ---- Fogo vontade!, ou

    ---- Defenda-se! (neste caso estaria defendendo s a si, deixando a sociedade de lado), ou outras

    expresses ou meios no recomendveis como dar um toque no corpo do aluno seguido da expresso:- --

    --- Vai!

    n. Incio do exerccio:- Ao ser dado o sinal de partida o aluno, mantendo o olhar no alvo; sem

    olhar o coldre e sem auxlio da mo fraca, saca a pistola, passa para empunhadura dupla (policial), toma

    a posio determinada e efetua os disparos previstos para a FASE (sempre 2 disparos seguidos em cada

    alvo).

    o. Aps o trmino de cada exerccio (sero 2 disparos seguidos num mesmo alvo):-

    Terminados os disparos o aluno ainda manter o olhar e o cano da pistola na direo e imediaes do alvo

    (do perigo) por 2 ou 3 segundos, fazendo varredura horizontal e vertical, como se estivesse pressentindo

    o surgimento de algum perigo. Mantendo o dedo fora do gatilho, volta posio de partida com o cano da

    arma e o olhar voltados para a direo do alvo e imediaes, aps o que, sem perder o contato visual com

    a rea de perigo, desarmar o co; travar a pistola e, usando apenas a mo forte, e sem olhar, coldrear

    a pistola, abotoando a presilha do coldre, ficando, assim, pronto para repetir o mesmo exerccio (se for o

    caso) ou o seguinte. Aguarda ordens.

    Obs.:- Se a Instituio Policial do aluno, ou o policial, adota o porte da pistola

    destravada, assim dever estar ela no coldre.

    p. Aps o trmino de cada FASE (no importa quantas vezes o exerccio dela tenha sido

    executado):- Mediante ordem do professor, o aluno, mantendo o cano da pistola para direo segura; dedo

    fora do gatilho; retirar o carregador da pistola; extrair o cartucho que ficou na cmara; efetuar 2 ou 3

    golpes de segurana na pistola; travar o ferrolho aberto; far vistoria fsica e visual rigorosa da cmara;

    far a entrega da pistola para um companheiro, recebendo-a, em seguida, de volta, (em ambos os casos

    executar todos os procedimentos j aprendidos letras k e l, do item 14., e letras d e e, do

    item 16, do Captulo 04, retro). Aps receb-la de volta e executar os procedimentos normais de

    segurana, liberar o ferrolho; desarmar o co; travar e coldrear a pistola, abotoando a presilha (usando

    apenas a mo forte e sem olhar). O cartucho que foi extrado da cmara voltar para o carregador que

    estava na pistola, o qual ser usado no incio da FASE seguinte, sem acrscimo de qualquer outro

    cartucho, mesmo que tenha um s, at que se esvazie; somente a ser substitudo.

    Obs.:- Se a Instituio Policial do aluno, ou o policial, adota o porte da pistola

    destravada, assim dever estar ela no coldre.

    q. Os impactos nos alvos podero ir sendo assinalados com uma caneta (no obrigatrio).

    r. Sempre que julgar necessrio, o professor permitir ao aluno conferir os impactos do seu

    alvo. Analisar o grupamento e explicar ao aluno o que ter que fazer para melhor-lo.

    s. O aluno no passar para o exerccio seguinte sem ter executado, corretamente e sem

    dificuldades, o exerccio anterior. Caso no o tenha conseguido, aps novo ensinamento e orientao

    do professor, dever repeti-lo, com ou sem o uso de munio real, quantas vezes forem necessrias,

    at consegui-lo.

    3. As FASES da Segunda Parte do Curso Bsico sero desenvolvidas da seguinte

    forma:-

  • 27

    DESENVOLVIMENTO DA SEGUNDA PARTE DO CURSO BSICO:-

    Antes da execuo do exerccio de cada FASE com munio real o aluno, orientado pelo

    professor, dever trein-lo, intensamente, com a pistola vazia ou simulando o seu uso, at ficar

    condicionado a execut-lo corretamente e sem dificuldades (pistola descarregada). S aps consegui-

    lo efetuar disparos reais.

    Havendo necessidade e munio, o aluno repetir o exerccio (com munio real) mais vezes

    alm do que j estiver previsto para cada FASE.

    Devero ser obedecidos os seguintes princpios:- Saque lento; posicionamento lento;

    empunhadura dupla (policial); com visada; disparos com os dois olhos abertos; ao dupla do

    gatilho no primeiro disparo; acionamento lento do gatilho; tempo livre para os disparos (sem

    pressa); 2 disparos aps cada saque seguidos do coldreamento da pistola.

    Alvo a ser utilizado:- Obrigatoriamente o PM-L-74, de papelo (ver Anexo 13, deste

    manual).

    Durante a instruo, no s quem a est executando, mas tambm professores e auxiliares,

    alunos que esto observando, e, possveis assistentes, devero estar com colete balstico, protetor

    ocular e auricular.

    O professor ir verificar, no desenvolvimento desta Segunda Parte do Curso Bsico, que

    os procedimentos previstos em todas as FASES so repetitivos, mudando apenas a posio de

    tiro do aluno, assim, aps familiarizar-se com esses procedimentos, poder reduzir, para menos de

    meia folha de papel sulfite A 4, para consulta momentnea, tudo o que se segue.