METODOLOGIAS PARA CÁLCULO DO ARRASTO EM …ramirez/pdf/CIT02-0444.pdf · 1 ix congresso brasileiro de engenharia e ciÊncias tÉrmicas 9th brazilian congress of thermal engineering

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    IX CONGRESSO BRASILEIRO DEENGENHARIA E CINCIAS TRMICAS

    9th BRAZILIAN CONGRESS OF THERMALENGINEERING AND SCIENCES

    Paper CIT02-0444METODOLOGIAS PARA CLCULO DO ARRASTO EM GRADES DETURBOMQUINAS.

    Ramiro Gustavo Ramirez CamachoITA Instituto Tecnolgico de Aeronutica Departamento de [email protected]

    Nelson Manzanares FilhoEFEI - Escola Federal de Engenharia de Itajub Departamento de Engenharia [email protected]

    Resumo. A determinao do coeficiente de arrasto em grades de turbomquinas representa sempre dificuldades quando utilizada atcnica de integrao de presses e atrito superficial. Essa tcnica apresenta incertezas devido ao prprio processo de integraonumrica como tambm na determinao da direo do escoamento mdio na grade, o qual pela teoria de clculo do escoamentoem grades, depender do valor da circulao. Ante essa dificuldade, apresenta-se alternativas para o clculo do arrasto. Com basena espessura de quantidade movimento da camada limite no ponto de separao, e da velocidade de separao possvel calcularo coeficiente de arrasto considerando a regio de separao atravs das correlaes de Speidel(1954) e Schlichting (1969). Podetambm ser calculado o arrasto na regio de separao atravs das velocidades normais ou de injeo de vazo quantificadas apartir das correlaes de Hayashi e Endo (1977). Para o clculo do escoamento potencial, utilizado o mtodo dos painis de Hesse Smith (1966) com modificaes na condio de contorno de forma a serem introduzidos os efeitos viscosos na regio coladaatravs da tcnica da transpirao e na regio decolada a partir da injeo de vazo. So apresentados resultados das diferentesmetodologias de clculo de arrasto comparados com dados experimentais disponveis na literatura, onde verificam-se boaconcordncia.

    Palavras chave: arrasto, interao viscosa/no-viscosa, camada limite, grades de turbomquinas, mtodo dos painis

    1. Introduo.

    Nas anlises de projeto de rotores de turbomquinas, como compressores, ventiladores, bombas e turbinas, adeterminao das perdas atravs de formulaes tericas e semi empricas tem sido importantes na quantificao daeficincia destas maquinas. Tratando-se de compressores axiais, o escoamento no conjunto rotor e estator afetadopelas constantes mudanas da direo do escoamento atravs das complexas geometrias de passagem, sendo importantedistinguir qual escoamento representa o fluxo principal, quais os fluxos secundrios e quais os fenmenos locais detransio laminar - turbulenta. Considerando esses aspectos, se for exigida uma descrio precisa dos escoamentos nasturbomquinas, onde sejam quantificados todos os efeitos dissipativos provocados por os fluxos principais, os fluxossecundrios, a formao da esteira de vrtices principal e secundria, a formao de vrtices entre a ponta da palheta e acarcaa, a formao de fluxos radiais, a formao de vrtices nos cantos e quinas e em geral os efeitos viscososoriginados pela camada limite (Wiesler, 1984), raramente poderiam ser tratadas em separado, pois uns dependem deoutros, devido inter relao dos mecanismos complexos de dissipao de energia provocados pelas tenses viscosas eos campos de vorticidade distribudos de maneira no uniforme no campo de escoamento. Sendo assim, ainda com asferramentas atuais de modelagem do escoamento e uso dos mais sofisticados computadores, seria pouco provvel obteruma nica soluo que descreva o campo tridimensional completo do escoamento de uma turbomquina.

    Entre as perdas mais representativas so consideradas aquelas provocadas pelo perfil da palheta, tambmchamadas de perdas bi-dimensionais. Essas perdas so devidas ao atrito do fluido sobre a superfcie do perfil e adissipao de energia na esteira, devido turbulncia. As perdas no perfil podem ser quantificadas experimentalmenteem ensaios de tneis de grades que reproduzem um escoamento muito prximo do bi-dimensional (Emery et al 1957).

    Podem ser distinguidas duas regies em torno do perfil, quando este imerso numa regio fluida; uma regio naqual o escoamento est colado superfcie do perfil, onde predominam as perdas por atrito, e uma outra regio, naqual o escoamento esta descolado e em que predominam os efeitos da turbulncia do escoamento formando regiesde vorticidade.

    Para a determinao do escoamento em grades de turbomquinas axiais, incluindo os efeitos viscosos, Ramirez etal (2001) e Ramirez (2001) propuseram um modelo mais completo para o clculo do escoamento visando aplicaesmais especificas em grades de turbomquinas axiais de forma a simular o descolamento da camada limite. Para oclculo do escoamento empregou-se a tcnica numrica do mtodo dos painis de Hess e Smith (1967), commodificaes na condio clssica de impenetrabilidade na superfcie do perfil atravs de uma certa injeo de vazofictcia na regio

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    de descolamento, quantificada a partir das relaes semi empricas de Hayashi & Endo (1977). Alm da modificao nacondio de contorno pela injeo de vazo (na regio de fluxo descolado), os efeitos viscosos foram introduzidos naregio de camada limite colada atravs da tcnica da transpirao. No trabalho de Ramirez et al (2001) e Ramirez(2001) , se fez uma reformulao da tcnica dos painis de Hess & Smith de modo a permitir que a velocidade doescoamento na entrada da grade seja especificada diretamente em magnitude W1, e ngulo de ataque. Nessaoportunidade foram apresentados resultados das distribuies de presses, deflexo do escoamento na grade, e docoeficiente de sustentao em perfis NACA-65 em grade, para uma amplia faixa de ngulos de ataque, incluindo-se aregio do stall.

    A necessidade de ter uma metodologia de clculo de escoamento em grades que incorpore os efeitos da separaoda camada limite se deve a que as maquinas de fluxo axiais freqentemente operam na sua condio tima comsignificativas regies de descolamento de camada limite, fato que foi evidenciado por alguns pesquisadores tais comoLieblein (1959) e Schlichting (1959), sendo corroborado por anlises tericas de camada limite e ensaios experimentaisem tneis de grades e compressores. Ante este fato evidente, nas turbomquinas de alto desempenho os parmetroscomo o ngulo de deflexo, sustentao e arrasto devem ser suficientemente altos para garantir a maior elevaopossvel da presso atravs da mquina, sem contudo comprometer a sua eficincia com carregamentos aerodinmicosexcessivos, tpicos do stall.

    Este trabalho apresentam-se alternativas para o clculo do coeficiente de arrasto em grades de turbomquinasaxiais com base no crescimento da espessura da quantidade de movimento da camada limite sobre a superfcie do perfil.Este estudo tem sido motivado ante a dificuldade de calcular o coeficiente de arrasto utilizando procedimentos clssicosatravs da integrao dos coeficientes de presso e de atrito, onde verifica-se que conduz a erros no prprio processo deintegrao sendo acrescentado pelo clculo do ngulo do escoamento mdio na entrada na grade, sendo esse obtido apartir do clculo da circulao em torno do perfil (Fig 1) podendo essa direo no ser exatamente a mesma usada nosensaios experimentais, na determinao dos coeficientes de arrasto e sustentao. No caso de perfil isolado, essadificuldade em relao a determinao da direo do ngulo de ataque no to evidente devido direo doescoamento com relao a corda do perfil ser fixada tanto para o clculo terico do escoamento como para os ensaiosexperimentais. Nesse sentido, no trabalho de Ramirez et al (2001) se fez a reformulao do mtodo dos painis de Hess& Smith no sentido das singularidades serem especificadas em funo do angulo de incidncia 1. Essa reformulaofoi muito valiosa no sentido de reduzir o tempo computacional que seria gasto em encontrar iterativamente o valor dongulo 1 para diferentes valores de dados.

    No presente trabalho so mostrados e comparados com dados experimentais resultados dos coeficientes de arrastoobtidos atravs da espessura da quantidade de movimento da camada limite e pelo clculo da injeo de vazo. Somostrados resultados do coeficiente de sustentao e da relao sustentao/arrasto comparados com dadosexperimentais. Essas informaes podero ser teis como ferramentas de apoio para as analises preliminares de projetode clculo do escoamento em grades de turbomquinas axiais, com a vantagem de um baixo custo computacionalcomparado com mtodos diferenciais utilizando as equaes de Navier Stokes, como por exemplo.

    .2. Clculo do Escoamento em Grades Lineares.

    Grades lineares so planos retificados de cortes cilndricos em mquinas de fluxo axiais. A Fig. (1) mostra umesquema de uma grade linear infinita no plano complexo yixz += , sendo x o eixo axial e i a unidade imaginaria 1 .A grade composta de perfis idnticos e igualmente espaados de um passo t, com uma corda de comprimento l engulo de montagem com relao a x.

    .

    l

    t

    1

    2

    1

    y

    x

    jzj

    zj+1zcj

    W2

    W1

    1 2

    W

    W2

    W1p /2 t

    p /2 t

    Wm (meridional)

    x

    y

    Figura 1. Grade linear e diagrama de velocidades.

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    Deseja-se estudar o campo de velocidades W!

    do escoamento relativo grade, exteriormente aos perfis. Ashipteses de escoamento bidimensional, permanente, incompressvel e potencial sero aqui consideradas. Os parmetrosdo escoamento so representados pelos ngulos do escoamento na entrada e na sada, 1 e 2, o ngulo de deflexo doescoamento na grade =(1-2); e pelas velocidades do escoamento na entrada e na sada 1W

    ! e 2W

    ! .

    A velocidade do escoamento no perturbado dada pela mdia vetorial das velocidades na entrada e na sada:2WWW 21 /)( += . A circulao no perfil definida como = dsWp tan , onde Wtan a velocidade tangencial externa ao

    contorno do perfil. A Fig. (1) apresenta as caractersticas geomtricas de uma grade linear e o diagrama de velocidades

    2. Clculo do Escoamento em Grades com e sem Separao da Camada Limite.

    O clculo do escoamento em grades de turbomquinas axiais, tem como base a formulao do mtodo dos painisde Hess & Smith (1967) com modificaes na condio de contorno de forma a introduzir os efeitos provocados pelacamada limite colada e descolada. A formulao bsica encontra-se descrita em detalhes no trabalho de Petrucci (1998)e Ramirez (2001). A tcnica utiliza elementos de segmentos retos para aproximar o contorno do perfil onde soconcentrados maior quantidade deles nas regies do bordo de ataque e de fuga. Utilizam-se distribuies uniformes defontes e vrtices, sendo as intensidades de fontes tratadas como incgnitas e as intensidades de vrtices especificadaspor uma funo senoidal que se anula no bordo de fuga e atinge um valor mximo max na regio do bordo de ataque,Esse tipo de distribuio evita os carregamentos aerodinmicos esprios na regio de um bordo de fuga afiladoverificados no mtodo clssico de Hess & Smith, que utiliza uma distribuio constante de vrtices em todo o perfil e,por isso, apresenta dificuldades na aplicao correta da condio de Kutta. Esta modificao na formulao bsica foitestada com sucesso em varias situaes de perfis com bordo de fuga afilado, como o caso dos perfis Joukowskyisolados (Karamcheti, 1980) e a grade de Gostelow , 1984, no trabalho de Petrucci, 1998.

    As equaes para as distribuies de velocidades nas componentes normal Wn e tangencial Wt sobre a superfciedo perfil em grade so: (Ramirez et al 2001).

    +

    ++=

    ==

    iiij

    i

    j

    i

    iiN

    j

    ii

    ii

    iN

    j

    ij

    t eeWePFeKeieK

    eW

    11

    max

    1

    1)()(log2

    )(log2

    ReReReRe (1)

    +

    ++=

    ==

    iiij

    i

    j

    i

    iiN

    j

    ii

    ii

    iN

    j

    ij

    n eeWePFeKeieK

    eW

    11

    max

    1

    1)()(log2

    )(log2

    ImImImIm (2)

    onde K o argumento da funo logartmica, e Fi representa o valor da funo de pesso com coordenada natural doperfil s, que se anula nas extremidades em s=0 e s = sl correspondentes ao bordo de fuga no inicio e no final de umpercurso completo em torno do perfil.

    =

    + tzztzz

    zzKjc

    jcjc

    i

    i

    i /)(senh/)(senh

    ),(1

    ,t

    sFP

    N

    jii

    =

    =

    21 , )]}5.0/2(sin[1{5.0 += lii ssF (3abc)

    As Eqs. (1) e (2) pode ser rescritas como o seguinte sistema compacto de equaes matriciais:

    { } [ ]{ } { } { }1tanmaxt WDBW ++= , (4){ } [ ]{ } { } { }1normaxn WCAW ++= . (5)

    onde as chaves { } representam vetores coluna N1 e os colchetes [ ] matrizes quadradas NN. [A] e [B] so matrizesdos coeficientes de influncia normal e tangencial, respectivamente, que dependem apenas da geometria do aeroflio,passo da grade, ngulo de montagem e nmero de painis ; {D} e {C} representam os vetores de influencia tangencial enormal dos vrtices respectivamente; { 1tanW } e { 1norW } so os vetores das componentes normal e tangencial doescoamento na entrada da grade; {Wn} o vetor das velocidades normais impostas em todo o contorno do perfil.

    Segundo o mtodo clssico de Hess & Smith para o escoamento potencial em torno de corpos, as incgnitas max(vrtices) e (fontes) das Eqs. (4) e (5) so determinadas pela aplicao simultnea de duas condies. A primeira acondio de contorno de impenetrabilidade, que exige uma velocidade normal nula sobre a superfcie do corpo {Wn}=0;a segunda a condio de Kutta clssica, que exige um escoamento que no contorne o bordo de fuga. Uma maneiraaproximada de impor essa condio consiste em exigir que as velocidades tangenciais nos pontos de controle sobre ospainis do bordo de fuga sejam iguais, mas de sentido contrario em relao ao percurso,

    1tt WW N = .

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    Ramirez et al (2001) e Ramirez (2001), propuseram modificaes na condio de contorno de forma a {Wn}0, nosentido de simular a esteira descolada, atravs de uma certa injeo de vazo fictcia quantificada a partir das relaessemi-empricas de Hayashi e Endo (1977). Para simular o efeito da camada limite colada empregou-se a tcnica datranspirao, que consiste na injeo de fluido no escoamento externo com base na espessura de deslocamento dacamada limite Esta tcnica foi proposta originalmente por Lighthill (1958), representada pela seguinte expresso:

    )( *tnt WdsdW = , (6)

    onde Wt a distribuio de velocidades tangenciais do lado externo da camada limite calculado pelo modelo potencial,*(s) a distribuio da espessura de deslocamento obtida atravs do clculo da camada limite, e s a coordenadanatural em torno do perfil.

    A proposta de Ramirez et al (2001) permitiu tratar o escoamento em qualquer poro de uma camada limitecolada, sendo os efeitos viscosos correspondentes quantificados atravs da tcnica da transpirao. Na regio descolada,a tcnica de injeo de vazo valida unicamente para as situaes de separao do lado de suco do perfil(extradorso). Nessa regio, a injeo de vazo terica QT calculada pelas componentes de velocidades normais deseparao e pelo comprimento S do trecho do contorno com descolamento. Nessa regio considera-se a hiptese deum crescimento linear das velocidades normais de injeo de vazo a partir de um certo ponto de separao obtido doclculo da camada limite e onde a presso se mantm constante.

    possvel ento, relacionar a vazo terica com a vazo experimental proposta por Hayashi e Endo (1977)admitindo um crescimento linear da velocidade normal na regio de separao. Sendo assim a Eq (5) pode sermodificada na condio de contorno introduzindo-se as componentes de velocidades normais de injeo de vazo e detranspirao, resultando o seguinte sistema de equaes matriciais.

    { } [ ]{ } { } { }1max norn WCAW ++= , (7){ } [ ]{ } { } { }1tanmaxt WDBW ++= . (8)

    }{}{),(2

    }{ ntsep

    slun WSl

    WfW +=

    (9)

    u

    l

    *

    1

    su Wsp

    Wt

    W

    W1

    Wsp

    Wnd

    sllsp

    Figura 2. Definio das componentes tangenciais de velocidade

    onde {Wn} representa as distribuies de velocidades normais em torno do corpo; {Wnt} a distribuio de velocidadesnormais de transpirao; Ws. a velocidade de separao e f(u,l) representa uma funo de quantificao da intensidadede vazo a ser injetada na regio de separao obtida atravs das direes tangenciais da velocidades de separao,Hayashi e Endo (1977). Na Fig (2) mostra como so determinados os ngulos u, e l , e a Eq. (10) mostra a expressoda funo f(u,l) dada por Hayashi e Endo (1977) para a determinao experimental da injeo de vazo fictcia

    +

    +

    ++=

    22cos26.1

    270.1

    2cos55.025.0/ lulululusspE sensenWlQ

    (10)

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    Isolando a intensidade de fontes da Eq (7) e substituindo na Eq (8), tem-se a distribuio de velocidadestangenciais {Wt}:

    { } [ ] [ ] { } { }( ) { }( ) [ ] [ ] { } { }( ) [ ][ ] { }KABWDCABWWWABW smaxtanntnort 11111 +++++= (11)Na Equao (11), verifica-se que tanto a intensidade do vrtice max como a velocidade de separao Ws aparecem

    como incgnitas. Para determin-las, modifica-se a condio de Kutta, fazendo com que a velocidade no ponto deseparao Ws seja idntica velocidade do bordo de fuga do lado inferior; 1WWW psepS == . Ento, da Eq (11), obtm-se um sistema de duas equaes com duas incgnitas Ws, e max, onde o sub- ndice 1 refere-se ao primeiro painel dobordo de fuga do lado inferior e ps ao painel onde fixada o ponto de separao:

    11max1 VNORWVGAMAVINFW SS ++= ; psSpspsS VNORWVGAMAVINFW ++= max . (12ab)

    Os valores de VINF, VGAMA e VNOR representam os vetores obtidos a partir das operaes entre matrizes evetores da Eq (11).

    Resolvendo o sistema das Eqs (12ab) obtm-se os valores de max e Ws:

    111

    111

    VGAMAVNORVNORVGAMAVGAMAVGAMAVINFVNORVNORVINFVINFVINF

    pspsps

    pspspsmax +

    ++= , (13)

    ps

    pspss VNOR

    VGAMAVINFW

    +

    =1

    max . (14)

    Para o clculo do coeficiente de presso devera ser considerada as componentes de velocidades tangenciais enormais:

    2

    1

    2

    1

    tan1 1

    =

    WW

    WWC np . (15)

    A metodologia at aqui apresentada para o clculo do escoamento colado e descolado em grades deturbomquinas, encontra-se detalhada nos trabalhos de Ramirez et al (2001, 2000), onde foram analisados diversasgrades com perfis da serie NACA-65. Nessas oportunidades foram mostrados resultados das distribuies de presses,ngulos de deflexo e coeficientes de sustentao, para uma amplia faixa de ngulos de ataque onde verificou-seconsistncia no modelo sobre todo nas situaes de separao da camada limite.

    3. Algoritmo de Clculo.

    A metodologia de clculo do escoamento com separao em torno de perfis em grade, juntamente com aintroduo dos efeitos viscosos atravs da iterao viscosa/no-viscosa realizado utilizando-se dois cdigoscomputacionais. (1), um cdigo potencial de clculo do escoamento em grades baseado na tcnica numrica de Hess &Smith, com modificaes para simular o efeito da esteira colada e descolada; (2) o cdigo de clculo de camada limitepara determinao do ponto de separao e das velocidades de transpirao. A seguir ser descrita sucintamente ametodologia do algoritmo de clculo.

    So fornecidos inicialmente para o 1o cdigo: razo de solidez da grade =l /t, ngulo de montagem da grade,ngulo do escoamento na entrada da grade 1, numero de painis e coordenadas do perfil; estimativa inicial da posiodo ponto de separao a partir do qual ser determinada a injeo de vazo fictcia.

    O clculo do escoamento potencial modificado fornece as distribuies de velocidades com as quais o cdigo decamada limite determina o ponto de separao do lado de suco do perfil. As coordenadas naturais do perfil soretificadas de forma a simular o efeito de uma placa plana com gradiente de presso

    O cdigo de camada limite acionado iterativamente at convergir com o ponto de separao fixado para oclculo potencial. Caso o ponto de separao calculado pelo cdigo de camada limite estiver a jusante (montante) doponto de separao fixado, esse reposicionado mais a jusante (montante), at se obter convergncia. Dependendo daposio inicial do ponto de separao escolhido, so necessrias de 20 a 30 iteraes nos casos de 200 painis, e de 7 a10 iteraes, no caso de 80 painis. O programa oferece neste estgio resultados preliminares das distribuies depresses do modelo potencial com influncia da esteira descolada.

    Inicia-se ento o segundo processo iterativo, aps ter sido definida a regio de injeo. So introduzidas asvelocidades normais de transpirao Wnt na regio de fluxo colado, obtidas a partir da equao de Lighthill, Eq(6),sendo os valores das velocidades de transpirao sub-relaxados em cada iterao com fatores de relaxao FRescolhidos: Wnt(atual) = FR Wnt(atual) +(1-FR)Wnt(anterior). As transpiraes e a injeo de vazo interagem sucessivamente

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    at que seja satisfeita a condio de convergncia definida (por exemplo) pelo valor do coeficiente de arrasto total( 610 atualdantd CC ).

    O ngulo de deflexo do escoamento calculado pela circulao efetiva e pelo passo da grade (Fig. 1). Acirculao efetiva calculada pela integral das velocidades tangenciais em torno do perfil. Na regio descolada, avelocidade tangencial efetiva obtida a partir da velocidade de separao (constante) e das velocidades normais deinjeo.

    O coeficiente de sustentao calculado pela integrao dos coeficientes de presso e dos coeficientes de atritosuperficial. Na regio do descolamento assume-se o coeficiente de presso constante entre o ponto de separao o bordode fuga.

    O programa computacional que implementa a metodologia foi desenvolvido em linguagem Fortran 95, utilizando-se as bibliotecas matemticas IMSL como ferramentas de apoio para a soluo de equaes matriciais, uso desplines, funes de interpolao e extrapolao.

    5. Camada Limite.

    Para a determinao iterativa do ponto de separao, da espessura de quantidade de movimento, da espessura dedeslocamento * , fator de forma H=*/, e coeficientes de atrito superficial cf dado um gradiente de velocidadesconhecido, empregou-se a soluo integral da equao da quantidade de movimento de von Krmn. Para a soluodesta equao so estabelecidos os seguintes mtodos e critrios: o mtodo integral de Thwaites para a regio decamada limite laminar, o critrio de Michel para a transio laminar turbulenta e o mtodo de Head para a regio decamada limite turbulenta. Na separao turbulenta, adotou-se o valor do fator de forma H = 2,4. O cdigocomputacional para o clculo da camada limite foi obtido do trabalho de Cebeci & Bradshaw (1977).

    Na Fig. (3). mostra-se o crescimento da espessura de quantidade de movimento do perfil NACA65-(04)10disposto em grade. A validao da distribuio da espessura de quantidade de movimento sobre as superfcies do perfil(suco e presso), sobre tudo na regio do bordo de fuga atravs do cdigo de camada limite de interesse para oclculo do coeficiente de arrasto, como ser visto mais adiante. Na Fig. (3) so comparados os resultados da espessurade quantidade de movimento obtido pelo cdigo integral de camada limite de Cebeci e Bradshaw (1977) com osresultados do cdigo Alberts e Gregg (1974) e os resultados experimentais de Peterson (1958). importante observarque tanto os resultados de Alberst e Gregg como de Cebeci e Bradshaw acompanham os resultados experimentais daespessura de quantidade de movimento medidos no lado de suco e presso do perfil NACA650-(04)10.

    0.000

    0.005

    0.010

    Cebeci e Bradshaw (1977)Alberst e Gregg (1974)Dados Exp., Peterson (1958)

    0 0.2 0.4 0.6 0.8 1x/ l

    0

    0.005

    /l (

    suc

    o)

    /l (

    pres

    so)

    Caratersticas

    - Perfil NACA65-(04)10- Nmero de painis, N= 200- Nmero de Reynolds, Re=2,54105

    - Razo de Solidez da grade (l/t), =0,78- ngulo de montagem da grade, =45o

    - ngulo de incidncia do escoamento, 1=54,3o

    Figura 3. Espessura de quantidade de movimento, NACA65-(04)10

    O cdigo de camada limite implementado neste trabalho no permite modelar a formao de possveis bolhas dedescolamento sobre a superfcie dos perfis aerodinmicos. Essa irregularidade ocorre quando, a partir de um certogradiente de presso adverso, a camada limite laminar separada e, em seguida, recolada numa condio turbulenta,formando uma bolha re-circulao. Essa irregularidade observada por exemplo, nas curvas experimentais docoeficiente de presso em grades de perfis NACA 65, operando com nmeros de Reynolds intermedirios (em torno de105, Emery et al., 1957). A pista identificar a tendncia de formao de um patamar de presso constante logo aps oponto de presso mnima do lado de suco do perfil que demarca normalmente o final de uma regio laminar estvel.A modelagem bem sucedida de bolhas de separao permanece como tema ainda em aberto, requerendo estudosespecficos que fogem ao escopo deste trabalho.

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    5. Clculo do Coeficiente de Arrasto Atravs da Espessura de Quantidade de Movimento.

    Nas anlises do projeto de compressores tem sido conveniente o uso do coeficiente de perdas de energia mecnica,dada pela diferena da presso total entre a entrada e sada da grade, geralmente denominado coeficiente de perdas para o caso de grades de turbomquinas:

    212

    121

    212

    1 WPP

    WP

    == , (16)

    ( ) ( )[ ]2

    121

    222

    1212

    121

    pp

    W

    WW

    ++= , (17)

    onde, P representa a mdia em massa da perda na presso total quando o escoamento atravessa a grade, e 2121 W ,presso dinmica com relao a velocidade na entrada W1, medida em alguma posio de referncia. A diferena dapresso total unicamente pode ser obtida por ensaios experimentais, nos quais uma sonda introduzida numa certadistncia jusante do bordo de fuga das ps onde tem-se desenvolvido as camadas de mistura. Essa distncia deve seradequadamente estabelecida na sada da grade, onde existir um fluxo totalmente desenvolvido.

    Com base nos trabalhos de Speidel (1954) e Schlichting (1959), o coeficiente de perdas pode ser dado como umafuno direta do coeficiente de arrasto:

    =

    cos

    1*

    1dC , (18)

    =

    coscoscos

    22

    31

    2*

    1 bfdC , (19)

    onde bf a espessura total de quantidade de movimento das camada viscosas no bordo de fuga do lado de presso esuco, )()( sucobfpressobfbf += , parametrizadas com relao corda do perfil l. A Eq. (18) indica que qualquer umdos coeficientes,

    1dC ou , pode ser usado para quantificar os efeitos dissipativos da grade. Note-se que decrescecom a razo de solidez e, no caso de perfil isolado (= 0), ocorre arrasto mas no perdas.

    Speidel (1954) atravs de anlises tericas e experimentais, obteve uma correlao para a determinao daespessura da quantidade movimento considerando a separao da camada limite do lado de suco do perfilaerodinmico sep:

    = 9,0

    21

    2WW

    y stAsep , (20)

    onde: Ws, a velocidade de separao calculada pela Eq (14), W2 velocidade na sada da grade e ytA a distncia daposio do ponto de separao na superfcie do perfil at linha mdia de esqueleto do lado de suo, mais o de lado depresso (y(suco)A + y(presso)A =ytA).

    O valor da espessura da quantidade de movimento na regio de separao, (Eq 20) pode ser acrescentada na Eq(19) de forma a obter-se uma relao para o clculo do coeficiente de arrasto total, resultando:

    ( ) += cos

    coscos

    22

    31

    2

    1 sepbfdC . (21)

    O valor de 1dC calculado atravs da espessura de quantidade de movimento da camada limite e da formula de

    Speidel (1954), Eq (20) para a determinao da espessura de quantidade de movimento na regio descolada.

    6 Clculo do Arrasto de Presses Atravs da injeo de vazo.

    possvel substituir a formula de Speidel (1954), Eq (20), por uma outra mais condizente com o modelo deinjeo de vazo utilizado neste trabalho.

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    Uma extenso do teorema de Kutta - Joukowski foi proposta por Manzanares (2001) para corpos bidimensionaiscom injeo fictcia de vazo no contorno. Nesse caso, o resultado clssico de arrasto nulo deixa de valer, e o arrasto depresso fica:

    =c

    ndp dsWWWF )~( (22)

    onde W. a velocidade do escoamento incidente (mdia, no caso de grades), W~ a componente de velocidade total na

    direo W.e Wn a velocidade normal ao contorno do corpo.No presente caso, tanto o atrito como a presso da parte colada da camada limite j estaro sendo considerados no

    valor do 1*

    dC , Eq (19), com base na espessura de quantidade de movimento no ponto de separao e no lado de pressono bordo de fuga. A frmula da Eq (22) ser aplicada para quantificar apenas a contribuio da esteira descolada, sendounicamente considerada os valores das velocidades normais na regio de descolamento, Wnd:

    =c

    ndinjd dsWWWF )~()( (23)

    Considerando a vazo de injeo QE, tem-se:

    =inj

    ndE dsWQ . (24)

    Logo tem-se que:

    =c

    ndEndinjd dsWQWWWF )~()( . (25)

    Ser feita a hiptese de que a velocidade do escoamento na esteira segue aproximadamente a direo doescoamento mdio, com velocidade constante igual velocidade de separao, Ws. Com isso, e com a Eq (24) em 25),resulta:

    )~()( = WWQF sEinjd . (26)

    Definindo o coeficiente de arrasto

    lW

    FC injdinjd 2

    1

    )()(

    21

    = , (27)

    obtm-se:

    lWWWQ

    C sEinjd 21

    )()(2

    1

    = . (28)

    Desprezando o arrasto de atrito na esteira, o arrasto total ser, portanto;

    )(*

    111 injddd CCC += . (29)

    A aplicao da formula (29) exige que Ws W.. Na presente metodologia, essa restrio pode no ser satisfeitapara pequenos ngulos de ataque, quando uma pequena esteira descolada usada para garantir a convergncia domtodo. Logo, as situaes com Ws< W.. sero consideras sem sentido fsico, fazendo-se 01 =dC nessas situaes

    7. Coeficientes de Sustentao e de Arrasto.

    A continuao sero mostrados os resultados do coeficiente de sustentao calculado pela integrao dasdistribuies de presses e atrito superficial, e as diferentes modalidades de clculo do coeficiente de arrasto, ou seja,atravs da correlao de Speidel(1954) e pela frmula de injeo de vazo proposta por Manzanares (2001).

    Ser mostrada a relao de sustentao/arrasto Cl /Cd , pois o valor mximo dessa relao um importante critriode definio de grades de bom desempenho, representando carregamentos aerodinmicos elevados com foras dearrasto controladas.

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    Neste trabalho no sero mostradas as distribuies de presses para os casos aqui apresentados, porem podem serencontrados no trabalho de Ramirez (2001).

    6 8 10 12 14 16 18 20 22 1 ngulo de ataque

    0.8

    1.0

    1.2

    1.4

    1.6

    1.8

    2.0

    2.2

    0 0.02 0.04 0.06 0.08

    Cd(1)

    20 40 60 80 100

    C l (1

    ) /Cd

    (1)

    Cl (1)

    NACA65-(18)10, 1=45o, =0,5 (a)

    4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26

    0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1.0

    1.1

    1.2

    1.3

    0

    0.01

    0.02

    0.03

    0.04

    0.05

    0.06

    20

    40

    60

    80

    100

    Cl (1) Cd(1)

    C l (1

    ) /Cd

    (1)

    1 ngulo de ataque NACA65-(12)10, 1=45o, =1,0 (b)

    6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 0.2

    0.3

    0.4

    0.5

    0.6

    0.7

    0.8

    0.9

    1.0

    1.1

    1.2

    1.3

    0

    0.02

    0.04

    0.06

    0.08

    20

    40

    60

    80

    Cl (1)

    C l (1

    ) /Cd

    (1)

    Cd(1)

    1 ngulo de ataque NACA65-(08)10, 1=45o, =1,0 (c)

    2 4 6 8 10 12 14 16 -0.2 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6

    0

    0.01

    0.02

    0.03

    0.04

    0.05

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    Cl (1)

    C l(1

    ) /Cd

    (1)

    Cd(1)

    1 ngulo de ataque NACA65-(18)10, 1=45o, =0,5 (d)

    Figura 4. Coeficientes de Sustentao e Arrasto: --- Cl (1) potencial, ! Cl (1) experimental, " Pres. metodologia ,--#-- Cd exp, ! )2(dC (Speidel), $ )3(dC (Inj. De vazo), % Cl / Cd experimental, - )2(/ dl CC , ! )3(/ dl CC

    Nas Figs. (4a)- (4d) so apresentados os seguintes resultados: coeficiente de sustentao 1lC , coeficiente de

    arrasto )2(1d

    C (segundo Speidel) e o coeficiente de arrasto obtido segundo a frmula de injeo de vazo )3(1d

    C . Na parte

    superior do grfico, tem-se os diferentes valores de )2(11

    / dl CC e )3(

    11/ dl CC comparados com os dados experimentais de

    Emery et al (1957). De forma ilustrativa e comparativa so tambm apresentados os valores de sustentao calculados apartir do modelo potencial, verificando-se grande afastamento dos dados experimentais, como j era esperado.

    Na Fig. (4a) so mostrados os coeficientes aerodinmicos para o perfil NACA65-(18)10. Observa-se que o modelo capaz de prever satisfatoriamente a situao de stall para um ngulo de ataque prximo de 20o, correspondendo aosvalores mximos de sustentao. Nas curvas do arrasto, verifica-se que os valores calculados segundo Speidel (1954),

    )2(

    1dC , e pela frmula de injeo de vazo, )3(

    1dC , tm comportamentos similares, porm o arrasto segundo Speidel

    aproxima-se mais dos dados experimentais, sobretudo na regio de baixos ngulos de ataque. Os correspondentes

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    valores mximos de )2(11

    / dl CC e )3(

    11/ dl CC ocorrem praticamente num mesmo ngulo de ataque, porm os valores

    )2(

    11/ dl CC aproximam-se mais dos resultados experimentais.

    Na Fig. (4b) so mostrados os coeficientes aerodinmicos para o perfil NACA65-(12)10. Observa-se que o modeloreproduz os valores da sustentao com boa aproximao dos resultados experimentais. Para pequenos ngulos deataque. Nos ngulos maiores utilizado o critrio de injeo de vazo e os resultados so igualmente satisfatrios,sobretudo na identificao dos valores mximos da sustentao. Todavia, os valores poderiam ser aprimorados a partirde processos de calibrao da vazo de injeo de forma a satisfazer mais adequadamente os valores da sustentaopara toda a faixa de ngulos de ataque. Os valores de arrasto calculados segundo Speidel e segundo a frmula dainjeo de vazo apresentam comportamentos similares nas regies de baixos ngulos de ataque. Nenhum dos valoresse aproxima bem dos dados experimentais na regio do stall.

    Nas Fig. (4c) e (4d), mostram-se os resultados dos coeficientes aerodinmicos dos perfis de menor arqueamento,NACA65-(08) 10 e NACA65-(04) 10. Verifica-se a boa concordncia do coeficiente de sustentao em toda a faixa dengulos de ataque. Os valores de arrasto calculados pela correlao de Speidel (1954) e pela frmula de injeo devazo aproximam-se dos dados experimentais na faixa de pequenos ngulos de ataque. Para ngulos maiores, a frmulade injeo de vazo tende a subestimar o valor do arrasto. Por isso, os valores mximos da relao )3(

    11/ dl CC tendem a

    ocorrer para ngulos mais prximos do stall que os valores de )2(11

    / dl CC . Na Fig. (4c), os valores mximos de)2(

    11/ dl CC so mais prximos dos experimentais que os valores de

    )3(

    11/ dl CC , ao passo que, na Fig. (4d), a situao se

    inverte.Cabe mencionar que os resultados experimentais de arrasto no devem ser aceitos de forma acrtica, pelo fato de

    seus valores numricos serem relativamente pequenos e susceptveis a erros nas tcnicas de medio. O mesmo valepara a relao Cl /Cd . Mais importante aqui mostrar uma validao comparativa em funo do ngulo de ataque e apossibilidade de se estabelecer as grades timas com certa confiana, a partir dessa variao

    8. Concluses.

    Foi apresentada de maneira sucinta, a metodologia para o clculo do escoamento em grades de turbomquinasaxiais, com base na tcnica dos painis de Hess & Smith, com modificaes na condio de contorno de forma aintroduzir os efeitos viscosos atravs das velocidades normais de transpirao na regio colada. Os efeitos provocadospela separao da camada limite foram quantificados a partir da tcnica de injeo de vazo quantificada atravs dascorrelaes de Hayashi e Endo (1977). Nos trabalhos de Ramirez et al (2001) e Ramirez (2001) foram reportadosresultados dos coeficientes de sustentao, deflexo do escoamento na grade e das distribuies de presses. Osresultados foram considerados satisfatrios quando comparados com dados experimentais deEmery et al (1957).

    Foi feita uma abordagem mais detalhada em relao as diferentes metodologias para o clculo do coeficiente dearrasto, sendo uma destas desenvolvida no prprio trabalho, baseada na injeo de vazo e na velocidade de separao..Por outro lado, atravs do clculo da espessura de quantidade de movimento da camada limite no ponto de separao eda velocidade de separao, foi possvel calcular o arrasto total com base na formulao de Speidel e Schlichting ondeos efeitos da separao da camada limite so includos. Com base nesses coeficientes foram obtidos as relaes desustentao/arrasto.

    O clculo do arrasto apresenta dificuldades considerveis. A comparao entre os dois procedimentos aquiapresentados para a estimativa de arrasto ainda no conclusiva e sugere a necessidade de estudos mais sistemticos.Por outro lado importante que paralelamente, novos ensaios em tneis de grades sejam feitos com a finalidade deoferecer resultados mais confiveis para servirem na aferio dos modelos tericos.

    9. Referncias.

    Albers, J., Gregg,J.,1974, Computer Program for Calculating Laminar, Transitional, and Turbulent Boundary Layersfor a Compressible Axisymmetric Flow, U.S. NACA TN D-7521.

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    Hayashi, M., Endo, E., 1977, Performance Calculation for Multi-Element Airfoil Sections with Separation, Trans.Japan Soc. Aero. Space Sci.,Vol 20, Nro 49.

    Hess, J.L., Smith, A.M.O., 1967, Calculation of potential Flow About Arbitrary Bodies, Progress in AeronauticalSciences, Pergamon Press, vol. 8, pp. 1-138.

    Karamcheti., K., 1966, Principles of Ideal-Fluid Aerodynamics, John Wiley & Sonc. Inc., New York.Lighthill, M.J., 1958, On displacement Thickness, J.F1 Mech., 4, pp.383.Manzanarez Filho N., 2001., Clculo do Arrasto de Presso Atravs da Injeo de Vazo, Contato Pessoal,

    [email protected] (contato pessoal), Escola Federal de Engenharia de Itajub- EFEI-MG, BrasilPetrucci, R.D., 1998, Problema Inverso do Escoamento em Torno de Perfis Aerodinmicos Isolados e em Grades de

    Turbomquinas, Tese de Mestrado, EFEI, Itajub MG, Brasil.

  • Proceedings of the ENCIT 2002, Caxambu - MG, Brazil - Paper CIT02-0444

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    Ramirez G.R.C., 2001, Analise do Escoamento em Grades de turbomquinas Axiais Incluindo o Efeito de Separaoda Camada Limite, Tese Doutorado, EFEI- Escola Federal de Engenharia de Itajub, Itajub Mg, Brasil.

    Ramirez, R.G., Manzanres, N.F., Petrucci, D.R., 2001, Interao Viscosa /no Viscosa para o Clculo do EscoamentoSeparado e Colado em Grades de turbomquinas, 2001, Anais CD- XVI Congresso Brasileiro de EngenhariaMecnica, COBEM 2001, Uberlandia -MG- Brasil.

    Schlichting H.,1959, Application of Boundary Layer Theory in Turbomachinery, Journal of Basic Engineering, pp.543-551.

    Speidel, L., 1954., Berechnung der Strmungsverluste von Ungestaffelten Ebenen Schaufelgitter, Ingenieur-Archiv,Vol. 22, pp.295-322.

    Wiesler, D.C., 1984, Loss Reduction in Axial-Flow Compressor Through Low Speed Model Testing, ASMA paper84-GT-184.

    METHODOLOGIES FOR DRAG CALCULATION IN TURBOMACHINERY CASCADES

    Ramiro Gustavo Ramirez CamachoITA Instituto Tecnolgico de Aeronutica Departamento de [email protected]

    Nelson Manzanares FilhoEFEI - Escola Federal de Engenharia de Itajub Departamento de Engenharia [email protected]

    Abstract. The determination of drag coefficients in turbomachinery cascades always represents difficulties, this is specially truewhen pressure integration and superficial friction technique is used. This technique presents uncertainties due to the numericintegration process and to the medium flow direction determination on the cascade, which depends on the calculated value ofcirculation around airfoil. In front of that difficulty, alternatives to drag calculation are presented, based on boundary layersmomentum thickness in the separation point, and separation velocity. It is possible to determinate the drag coefficient in theseparation region through Speidel(1954) and Schlichting(1969) correlations. Other methodology for the separation regions dragcalculation is based on normal velocities distributions or flow injection quantified by Hayashi and Endo(1977) semi-empiricalcorrelations. For the potential flow calculation Hess and Smith(1966) panels method is used with modifications on boundaryconditions as a way to enter viscous effects through transpiration technique and through flow injection in the separation region,Ramirez et al (2001). In this work different drag calculus methodologies results are presented and compared with experimental datafound on literature, where good concordance is obtained.

    Key Words: drag, viscous /inviscid interaction, boundary layer, turbomachinery cascades, panels method