Upload
natalia-hilgert-de-souza
View
47
Download
13
Embed Size (px)
Citation preview
MÉTODOS E PRINCÍPIOS DE SISTEMÁTICA BIOLÓGICA
CLASSIFICAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO (GERAL): Agrupar, organizar e nomear Construção de chaves de classificação para a
identificação desses organismos
Diversos tipos de classificação: Propriedades medicinais Hábitats preferenciais Filogenia – relações evolutivas
Classificação Localizar uma entidade em um sistema
de inter-relações logicamente organizado;
Sistema hierárquico: compondo-se de grandes e inclusivos organismos
Identificação Envolve determinar se uma planta
desconhecida pertence a um grupo já conhecido de plantas
Registrar informações sobre a planta: Notas Fotografias Coleta de um espécime
COMO AS FILOGENIAS SÃO CONSTRUÍDAS?
Evolução Sucessão de descendentes modificados Separação de linhagens
Cada ponto representa um indivíduo. As linhas se estendem de baixo para cima a partir de cada planta em direção aos seus descendentes. No ano 4 a população se divide em duas, ocorrendo mutações em cada uma delas.
Diagramas ramificados
Determinando a história evolutiva
Descrever a evolução – desenrolar Inferências a acontecimentos passados
Análise das espécies existentes atualmente que apresentam proximidade em relação a caracteres herdáveis
Avaliação de similaridade – base da sistemática
Critérios de similaridade Podemos considerar duas estruturas como
similares: Se elas encontrarem-se em posição similar em
ambos os organismos Se apresentarem similaridade em nível de estrutura
celular e histológica Se estão ligadas por meio de formas intermediárias
dessas estruturas
Critérios de similaridade de Remane - homologia
Homologia Sentido restrito: homologia significa
identidade por meio de descendência. Caráter homólogo entre um grupo de espécies –
todas estas espécies herdaram tal caráter a partir de um ancestral comum
Nem todas as similaridades observadas serão resultados da homologia Similaridades estruturais podem evoluir
independentemente em plantas não relacionadas que vivem em ambientes semelhantes
Caracteres, estados de caracteres e redes Caráter:
Número de fendas na superfície do pólen
Pétalas
monoclamídea diclamídea
Estado de caráter 3 fendas na superfície do pólen
Pétalas fusionadas
Diagrama de Venn
Rede
Matriz
OS ESTADOS DE CARACTERES SÃO USADOS PARA PREENCHER A MATRIZ
Árvores evolutivas e enraizamento
Assemelha-se a uma linha do tempo Leitura da rede: direita para esquerda e vice-versa, do centro
para extremidade Não é possível identificar quais modificações são mais
recentes ou antigas
Como podemos transformar essa rede em uma árvore evolutiva?
Dê as opções de enraizamento O comprimento do cladograma deve ser o
mesmo da rede e todas as conexões devem ser as mesmas
Dificuldades...
A posição da raiz é feita em função do estudo dos fósseis
O simples fato de que uma planta extinta tenha sido fossilizada não significa que sua linhagem tenha se originado antes das linhagens referentes às plantas atuais Coexistência Linhagem extinta e fossilizada morreu primeiro
QUANDO AS LINHAGENS DIVERGIRAM???
As árvores são enraizadas mediante o uso de um organismo aparentado ao grupo que está sendo estudado: um grupo externo
A partir de então, assume-se que: O grupo-interno está mais intimamente relacionado
entre eles do que com o grupo externo (ou seja, o grupo-externo deve ter se separado da linhagem do grupo-interno antes da diversificação deste)
Se um grupo-externo é adicionado a uma rede, o ponto no qual ele se posiciona é definido como a raiz da árvore.
TODAS AS PLANTAS ILUSTRADAS SÃO PLANTAS COM FLORES
CYCADALES, GNETALES E GINKGOS (GIMNOSPERMAS) SÃO OS PARENTES ATUAIS MAIS PRÓXIMOS
ConíferaNão possuem pétalas ou floresGrão de pólen não é tricolpado
Se encaixana raiz
Sinapomorfia
Indica monofilia, pois todos os descentes da árvore o possui
Plesiomorfia
PARA ESTE GRUPO, PÓLEN TRICOLPADO É UM ESTADO DE CARÁTER ANCESTRAL
ESTADO DE CARÁTER
PLESIOMÓRFICO NÃO INDICA
RELAÇÕES EVOLUTIVAS
DO GRUPO EM ESTUDO
Resumindo...
Caracteres são observados e divididos em estado de caracteres
A partir desses estados constroem-se um Diagrama de Venn, uma Matriz ou uma Rede ramificada
Inclusão de um grupo-externo Enraizamento para produção do cladograma
Na prática não é tão fácil... Surgem outros problemas>>>>>
PARALELISMO E REVERSÃO
Paralelismo: ocorrência de estados de caráter similares em organismos não-relacionados
Reversão: quando um estado de caráter derivado é revertido para o estado ancestral
Sinônimo de HOMOPLASIA
Assumindo que:
PLANTASCOLPOS
DO PÓLEN
PÉTALASINFLORESCÊNC
IA EM CAPÍTULO?
NÚMERO COTILÉDONE
S
Estrela vermelha < 3 Livres Não 2
Estrela dourada < 3 Livres Não 1
Estrela branca < 3 Fusionadas Não 1
Em círculo 3 Livres Não 2
Em quadrado 3 Fusionadas Não 2
Em losango 3 Fusionadas sim 2
conífera <3 Não aplicável
Não aplicável >2
E se...
COMO DETERMINAR QUAL DAS DUAS HIPÓTESES É A
CORRETA?
Modifica-se uma única vez
PRINCÍPIO DA PARCIMÔNIA
Princípio de simplicidade Regra: Navalha de Occam
Não desenvolva uma hipótese mais complexa do que necessária para explicar os dados
Este princípio nos conduz a preferir a menor das hipóteses
Na maioria dos casos reais diversas redes são possíveis e não fica imediatamente óbvia a solução que aponta qual delas será a mais curta. Algoritmos computacionais
PHYLIP (Felsentein 1989) NONA (Goloboff 1993) PAUP 4.0 (Swofford 2000)
APROFUNDAMENTO
“
”
Classificação filogenética e outros métodos taxonômicos
Angiosperm Phylogeny Group
Cronquist’s System
Thorne’s System
Sistemas Filogenéticos
1858 - "The Origin of Species" de Charles Darwin
A teoria evolutiva teve um enorme impacto e os taxonomistas começam a integrar conceitos evolutivos nas classificações.
De uma forma consciente tenta-se arranjar as plantas em grupos naturais, numa sequência evolutiva, que parte do mais simples para o mais complexo
Falta de registros fósseis
Sistema de Engler (1844-1930)
SISTEMA DE A. ENGLERDivisões: I. Schyzophyta
II. Myxomycetes III. Flagellatae
IV. Dinoflagellatae ?. Silicoflagellatae
V. Heterocontae VI. Bacillariophyta VII. Conjugatae VIII. Chlorophyceae IX. Charophyta X. Phaeophyceae XI. Rhodophyceae XII. Eumycetes XIII. Rchegoniatae
Subdivisão 1ª. BryophytaSubdivisão 2ª.
Pteridophyta XIV. Embryophyta siphonogama
Subdivisão 1ª. Gymnospermae
Subdivisão 2ª. Angiospermae
Classe 1ª. Monocotyledoneae
Classe 2ª. Dicotyledoneae
Plantas agrupadas em várias divisões, muitas das quais eram grupos de algas.
Engler rejeitava totalmente a ideia de redução secundária, acreditando que as flores simples e unissexuais, eram primitivas.
O seu sistema de classificação foi revisto várias vezes e editado em sucessivas edições, como "Sylabus der Pflanzenfamilien", tendo o último volume sido publicado em 1964.
Charles Edwin Bessey (1845-1915)
A evolução tanto pode ser uma progressão como regressão dos caracteres;
A evolução não abrange todos os órgãos ao mesmo tempo. De um modo geral temos os caracteres mais primitivos e evoluídos, com relação: ao hábito (porte) a estrutura do vegetal flores, frutos e sementes
John Hutchinson (1868-1932)
Propunha um sistema de classificação semelhante ao de Bessey, mas diferindo em alguns pontos.
Deriva as angiospermas de um hipotético ancestral denominado “proangiospérmicas” – plantas de transição entre Angiospermas e Gimnospermas.
Arthur Cronquist (1919-1992) Divisão
Magnoliophyta
5. Lilliidae
4. Zingiberidae
3. Commelinidae
2. Arecidae
1. Alismatidae
Liliopsida
(Monocotiledôneas)
Magnoliopsida
(Dicotiledôneas)
Em 1981 publica The Integrated System of Classification of Flowering Plants
Dahlgren 1932-1986
Em 1981 Publicou A revised Classification of the Angiosperms with Comments on the correlation between Chemical and other Character.
Seu sistema foi mais utilizado para as Monocotiledôneas.
Classe Magnoliopsidasubclasse Magnoliidaesuperordem Magnolianaesuperordem Nymphaeanaesuperordem Ranunculanaesuperordem Caryophyllanaesuperordem Polygonanaesuperordem Plumbaginanaesuperordem Malvanaesuperordem Violanaesuperordem Theanaesuperordem Primulanaesuperordem Rosanaesuperordem Proteanaesuperordem Myrtanaesuperordem Rutanaesuperordem Santalanaesuperordem Balanophoranaesuperordem Aralianaesuperordem Asteranaesuperordem Solananaesuperordem Ericanaesuperordem Cornanaesuperordem Loasanaesuperordem Gentiananaesuperordem Lamianaesuperordem Alismatanaesuperordem Triuridanaesuperordem Aranaesuperordem Lilianaesuperordem Bromelianaesuperordem Zingiberanaesuperordem Commelinanaesuperordem Arecanaesuperordem Cyclanthanae
Sistemas Filogenéticos
Os Sistemas de Cronquist, Dahlgren e de outros autores da mesma época são enciclopédicos quanto à base de dados usada em sua restruturação.
Todas as fontes de evidência contribuíram: Morfologia, Anatomia, Embriologia, Morfologia do pólen, Bioquímica, Química, Fisiologia, etc.
Atualmente: Técnicas moleculares
The Angiosperm Phylogeny Group APG I (1998) e II (2003)
BASE DE DADOS: Morfologia Sequências de rRNA (genes 18S –1800bp-e 26S –
3300bp) Sequências de rbcL (gene exclusivo das plantas,
presente no DNA de seus cloroplastos) Sequências de atpB (responsável pela síntese de
ATP
APG II (2003)