40
METRÔ DE SÃO PAULO Gerência de Planejamento e Integração de Transportes Metropolitanos GPI / DM

METRÔ DE SÃO PAULO - files-server.antp.org.brfiles-server.antp.org.br/_5dotSystem/download/dcmDocument/2014/11/... · (espaços abertos e parques de um lado, áreas degradadas e

  • Upload
    lamhanh

  • View
    212

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

METRÔ DE SÃO PAULO Gerência de Planejamento e Integração de Transportes Metropolitanos – GPI / DM

Sistemas Estruturais de Transporte – Alta e Média Capacidade

Alberto Epifani

Gerente de Planejamento e Integração de Transportes Metropolitanos – GPI/DM

30/10/2014, 09h00

Configuração urbana

Cidades compactas ou espraiadas?

Planos diretores x planos de transporte

Novos instrumentos de normatização

Democrati-zação no

processo de tomada de

decisões

Mais atores no processo

Participação mais intensa da população através de

redes sociais

O novo usuário

Mudanças nos hábitos e comportamentos

Mudanças na distribuição de renda, educação, habitação

As mudanças em pauta para o planejamento de redes

O fermento das cidades

A cidade que se vê: Edificações (de arquitetura algumas vezes de valor, ocasionalmente

memoráveis, quase sempre anônimas) Espaços abertos (vias e praças, em alguns casos celebrações da força

e vigor do poder urbano, em outros meros elementos funcionais com nenhuma identidade) e

Vazios urbanos que podem tanto deprimir ou se tornar nobres (espaços abertos e parques de um lado, áreas degradadas e abandonadas de outro)

Tudo isso seria inerte sem as pessoas que a povoam, que a “usam”

Mas...

Qual a melhor forma de assentar a população? Qual a densidade “ideal”?

Vantagens e desvantagens das densidades urbanas

Baixa densidade

Alta densidade

Van

tage

ns

De

svan

tage

ns

Eficiência na oferta de infraestrutura Uso eficiente

da terra

Geração de receitas Vitalidade urbana

Maior controle social

Economia de escala

Facilidade de acesso aos consumidores

Maior acessibilidade a emprego

Possibilidade de saneamento de

baixo custo

Menos poluição

Mais silêncio e tranquilidade

Sobrecarga nas infraestruturas

Criminalidade

Poluição

Maiores riscos de degradação ambiental

Congestionamentos e saturação do espaço

Precária acessibilidade aos serviços

Altos custos para oferta e manutenção dos serviços

Pouca interação e controle

social

Altos custos e precariedade do transporte

público Excesso de consumo de terra urbana &

infraestrutura

Questões a serem consideradas: como quantificar a densidade de ocupação do solo mais

apropriada a cada local

como intensificar o uso das áreas urbanas de forma aceitável ambiental, econômica e socialmente

como determinar os limites de sua capacidade de utilização

como conduzir as áreas urbanas ao desenvolvimento sustentável

Juan José Mascaró, estudo para Porto Alegre

Cidade sustentável

Paris: 24.448 hab/km2 (2011)

Densidade alta: prédios baixos e compactos

Brasília: 444,66 hab/km2 (2014)

Densidade baixa espraiada

Nova Delhi: 166,7 hab/km2

Densidade baixa mais espraiada ainda

Curitiba: 4.027,04 hab/km2 (2014) Cidade radioconcêntrica transformada em várias “cidades” lineares: mais

acessível

Curitiba

Radial não concêntrica

São Paulo: 7.398,26 hab/km2 (2014)

Densidade urbana x custo da infraestrutura

Custo de infraestrutura por habitante relacionado com a densidade populacional para Venezuela

Fonte: Estudos realizados pelo Banco do Trabalhador da Venezuela (Banco Obrero), in: Michael Pereira Figueiredo, 2009.

Gig

ajo

ule

s p

er

cap

ita

po

r an

o

Densidade urbana x custo da infraestrutura

Consumo de energia em transporte

Densidade urbana Habitantes/ha

Cidade múltipla

Cidade do trabalho Cidade do lazer Cidade do esporte Cidade da cultura

Estudo de 12 megalópolis – Resultados para São Paulo

Isócronas segundo tempo de viagem (0-45 min e 45-90 min) e motivo de viagem

Fonte: Fabio Casiroli

Cidade do trabalho (foco: local de concentração de atividades, significativo para geração de renda urbana, horas pico da manhã, dias úteis)

0-45 min 46-90 min

São Paulo de carro São Paulo de transporte público

Cidade do lazer (foco: atividades recreacionais – teatros, cinemas, bares, compras – na hora pico do início da noite e finais de semana)

0-45 min 46-90 min

São Paulo de carro São Paulo de transporte público

Cidade do esporte (foco: estádio a noite e domingo a tarde)

0-45 min 46-90 min

São Paulo de carro São Paulo de transporte público

Cidade da cultura (foco: universidade, preferencialmente na hora pico da manhã)

0-45 min 46-90 min

São Paulo de carro São Paulo de transporte público

A cidade que queremos

Todas as cidades da RMSP são obrigadas a ter planos diretores

Tais normativas devem compor a cidade que queremos e serem consideradas na construção de uma rede...

Não é uma só cidade, mas uma região...

Defasagens de instrumentos urbanos e investimentos

Um plano diretor é efetivo, geralmente, por 10 anos, após o que é atualizado...

Um plano de transporte é feito, geralmente, para 20 anos e sofre atualizações constantes...

O uso e a ocupação do solo mudam constantemente, modificando especialmente as áreas urbanas ainda não consolidadas...

Uma linha de metrô pode durar um século, sem modificação de traçado...

Aumento de renda

Aumento de emprego

Mais acesso a equipamentos de educação

Ampliação da infraestrutura de transporte

Maior acesso a compra facilitada de auto e moto

Longo tempo sem reajuste tarifário

Redes sociais

Novas tecnologias de mobilidade

Apropriação de tecnologias

Formas de deslocamento

Quantidade de viagens

Comportamento nas viagens

Mudanças

Mudanças socioeconômicas

Novas linhas, novas estações e smart card mudam a composição dos modos de viagem e as integrações, não mais restritas a terminais

Tarifa única aumenta o acesso a praticamente toda a metrópole

Aumentam as “viagens estendidas” trabalho + escola, mudando a flutuação horária

Aumentam viagens usando mais de duas integrações

Aumentam viagens de transporte coletivo entre as rendas mais altas e de transporte individual entre as rendas mais baixas

Mudanças nas formas de viagem

Novos aplicativos são acessados por todos que têm celular, como por exemplo:

Aplicativos de trânsito (waze)

Aplicativos para táxi* (99, Taxibeat)

Aplicativos de transporte (empresas operadoras)

Aplicativos de rede social (Facebook, Twitter, Linkedin etc.)

Sites de interação sobre assuntos específicos (skyscrapercity.com)

Informações sobre situação dos transportes e do trânsito vêm desses canais

Usuários multiplicam tais informações através das redes sociais

Informações das empresas operadoras ficam defasadas (geralmente chegam depois)

Mudanças tecnológicas

• Aplicativos fecham 50 pontos de táxi em São Paulo (Notícia de 27/10/2014)

Maior quantidade de usuários gera superlotação nos transportes sobre trilhos

Superlotação produz mais atritos no transporte Usuário viaja “equipado” – mochila, pacotes, celular etc. – e produz comportamentos que interferem no fluxo e nos outros passageiros (esbarrões, som alto, ocupação de locais restritos, falta de educação etc.), aumentando atritos

Muda, assim, a relação com a qualidade do metrô, antes

respeitada, hoje questionada

Demanda a ampliação da rede de transporte

Mudanças no comportamento do usuário

Traçados de linhas

Localização das estações de integração

Que sistemas integrar ou não

Localização de pátios e estacionamentos de trens

Políticas tarifárias

Características determinantes da ampliação da rede

Rede metroferroviária + EMTU existente (2014)

Rede metroviária existente (2014)

Número de links = 17 Número de nós = 16 Conectividade: Links/Nós = 1,06

Transferência gratuita

Transferência tarifada

Rede metroferroviária existente (2014)

Número de links = 39 Número de nós = 28 Conectividade: Links/Nós = 1,39

Transferência gratuita

Transferência tarifada

Transferência gratuita em horários especiais

Rede metroferroviária + EMTU existente (2014)

Número de links = 47 Número de nós = 34 Conectividade: Links/Nós = 1,38

Transferência gratuita

Transferência tarifada

Transferência gratuita em horários especiais

Índice de conectividade Comparação de redes sobre trilhos + EMTU, 2014

Sistemas Links Nós Conectividade

Londres 155 83 1,87

Paris 137 77 1,78

Nova York 130 73 1,78

Barcelona 44 29 1,52

Berlim 45 32 1,41

São Paulo (Metrô + CPTM) 39 28 1,39

São Paulo (Metrô + CPTM + EMTU) 47 34 1,38

Cidade do México 47 35 1,34

Buenos Aires 13 12 1,08

Milão 15 14 1,07

São Paulo (Metrô) 17 16 1,06

Rede metroferroviária + EMTU futura

Rede metroviária futura Número de links = 57 Número de nós = 49 Conectividade: Links / Nós = 1,16

Transferência gratuita

Transferência tarifada

Rede metroferroviária futura Número de links = 117 Número de nós = 70 Conectividade: Links / Nós = 1,67

Transferência gratuita

Transferência tarifada

Rede metroferroviária + EMTU futura

Transferência gratuita

Transferência tarifada

Número de links = 158 Número de nós = 90 Conectividade: Links / Nós = 1,76

Índice de conectividade Comparação entre as redes sobre trilhos consolidada e existente + EMTU (2014)

Sistemas Links Nós Conectividade

São Paulo (Metrô + CPTM + EMTU) – Rede Consolidada

158 90 1,76

São Paulo (Metrô + CPTM) – Rede Consolidada

117 70 1,67

São Paulo (Metrô + CPTM) – 2014

41 29 1,39

São Paulo (Metrô + CPTM + EMTU) – 2014

47 34 1,38

São Paulo (Metrô) – Rede Consolidada

57 49 1,16

São Paulo (Metrô) – 2014

17 16 1,06

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0

mil pass.

km de linhas

Demanda projetada por km (valores aproximados)

Passageiros Transportados Entradas na rede Entradas pagantes

Consequências da ampliação da rede metroferroviária

O que a sociedade deixa de gastar com a existência da rede de metrô

entre 2014 e 2030

10,95 13,01 13,66

16,44 18,35 18,48

19,39

21,49

23,58

27,25

0

5

10

15

20

25

30

2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2025 2030

R$

bi

Benefícios sociais da rede metroviária 2014-2030

O que a sociedade deixa de gastar com a existência da rede de metrô em 2030

R$ 27,246 bi

3,133 bilhões de horas em tempo de viagem

981 milhões de km em operação de ônibus

1,589 bilhão de litros de consumo de combustível

4,956 bilhões de km em operação de autos

2.898.913 t de emissão de poluentes

50.764 acidentes

R$ 167 milhões em custo de manutenção do sistema viário

Reduções/ano

Benefícios sociais da rede metroviária 2030

Muito obrigado!

[email protected]

Gerência de Planejamento e Integração dos Transportes Metropolitanos - GPI Diretoria de Planejamento e Expansão dos Transportes Metropolitanos - DM

Companhia do Metropolitano de São Paulo - METRÔ