Metrô News 10/07/2014

11% R$ 724Salário MínimoSelic (ano)

ESPETÁCULOS Pág. 14 São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014 | 7131 | Ano 39 Venda Proibida CIDADE Pág. 6

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Quase R$ 14 milhões foram consumidos com Vale Cultura em seis meses Repórter morre

na Grande SP

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www.metronews.com.br / www.facebook.com/jornalmetronews Distribuição Gratuita nas Estações do Metrô

Nova cracolândia cresce ao lado da Estação Pedro IICentenas de usuários de crack vivem sob um viaduto ao lado da Estação Pedro II do Metrô, no Brás. Local é conhecido como “quadrado” pelos viciados e recebe mais “moradores” a cada dia. Comerciantes vizinhos reclamam do aumento dos roubos na região. Págs. 3 e 4

Governador Geraldo Alckmin desiste de multar quem gastar água Pág. 8

jOSé PATRíCiO / AE

Tarde NoiteManhãPrevisão para hoje 18 oC 14 oC

O final da chamada “Copa das Copas” está sendo ingrato com os torcedores brasileiros. Após encarar uma queda desastrosa, terão que engolir o maior rival na decisão. A Argentina bateu a Holanda nos pênaltis e fará a final contra a Alemanha domingo, no Maracanã. CADERNO COPA 2014

O final da chamada “Copa das Copas” está sendo ingrato com os torcedores brasileiros. Após encarar uma queda desastrosa, terão que engolir o maior rival na decisão. A Argentina bateu a Holanda nos pênaltis e fará a final contra a Alemanha domingo, no Maracanã. CADERNO COPA 2014

OPINIÃOSão Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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EDITORIAL RETRATO

Mal nas pesquisas, desempenho de Padilha é pior dentro do PT

As coisas não andam nada boas para o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, candidato a governador pelo Parti-do dos Trabalhadores, neste início oficial de campanha.

Como se não bastassem os números pífios das pesquisas (o que não deveria assustar gente acostumada a ver “postes” deixarem pesquisas desanimadoras para trás e arrancarem para vitórias improváveis amparados pelo mais forte cabo eleitoral do País, o ex-presidente Lula) e a má avaliação do prefeito da Capital, Fernando Haddad (que foi eleito com a missão de fazer bons dois primeiros anos de mandato para ajudar o escolhido pelo partido para tentar destronar os tu-

canos do Palácio dos Ban-deirantes), uma crise interna expõe o tamanho do abacaxi que deverá ser descascado para conseguir ser o terceiro poste de Lula.

Uma decisão liminar da Justiça suspendeu os efeitos da convenção estadual do

PT a pedido do deputado Luiz Moura, que foi flagrado pela polícia em uma reunião com supostos integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

A notícia da suposta ligação de Moura com o crime orga-nizado estourou às vésperas da convenção petista. Temendo reflexos negativos na campanha, o partido afastou o depu-tado, que não conseguiu legenda para concorrer à reeleição.

Mas a liminar que favorece Luiz Moura não é a maior pre-ocupação dos dirigentes petistas. O fato apenas expôs com mais clareza as disputas internas no comando da campanha de Alexandre Padilha que têm atrapalhado a empreitada, que conta com estrutura e apoio pouco econômicos do PT.

As reclamações vão desde a viagem do coordenador da campanha - Emidio de Souza - em plena semana tensa para Padilha com a liminar pró-Moura, passam pela ciumeira de quem está de fora do staff escolhido pelo ex-ministro, e che-gam ao discurso do candidato, considerado distante das ban-deiras do partido.

Liminar ajuda o deputado Luiz Moura - que teria se reunido com membros do PCC - e escancara

problemas na campanha do, sendo que 5 milhões são subme-tidas a trabalhos forçados, inclusive em condições de exploração para fins sexuais e de servidão.

No Brasil, o trabalho infantil é restringido e regulado pela Lei do Jovem Aprendiz, mas parece legali-zado. Há cerca de 3,4 milhões de jo-vens, de 10 a 17 anos, no mercado de trabalho, segundo o Censo de 2010. Entre 14 e 18 anos estão 84% dos jo-vens que trabalham atualmente.

A cidade de São Paulo já prevê, em sua Política Municipal de Pre-venção e Erradicação do Trabalho Infantil (Lei 15.276 de 2010), que a Prefeitura implante ações interseto-riais para tirar a criança do trabalho e colocá-la na escola, com direito a programas culturais. Sancionada quatro anos antes da abertura da Copa, a cidade parece não ter dedi-cado a atenção devida ao tema, que poderia ser um dos legados mais im-portantes deixado pelo torneio.

Ao mesmo tempo em que um evento desse porte representa opor-tunidades de desenvolvimento eco-nômico, pode agravar situações de vulnerabilidade de crianças e ado-lescentes, caso não sejam tomadas medidas para incluí-los socialmente, prevenindo e enfrentando proble-mas como a exploração sexual.

Todos deveriam saber que há, por exemplo, o Disque 100 para de-nunciar situações em que as crianças estejam expostas a situação de risco. Quantos dos estrangeiros que estão no País sabem disso?

Em comunicado emitido em meio à euforia das festividades, a OIT aponta que 12,5 milhões de crianças trabalham na América Lati-na. E pouco ainda é feito para que a situação seja revertida: menos de 1% do PIB da região é investido em pro-gramas de proteção social.

Segundo a OIT, a situação não é um problema regional: há 215 mi-lhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos trabalhando no mun-

A luta contra o trabalho infantil

Em meio à Copa, celebramos em 12 de junho o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil. Na mesma ocasião em que a festa de abertura da com-petição ocorria no controverso Ita-querão, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostrava que não havia o que comemorar.

12,5 milhões de crianças trabalham na América Latina e pouco é feito para reverter a situação

AnOTEn Do dia 21 até 10/8 ficam abertas as inscrições para o curso gratuito de Especialização em Gestão e Políticas Culturais realizado pelo Itaú Cultural (Avenida Paulista, 149, tel. 2168-1776). São 40 vagas para graduados nas áreas, preferencialmente, de ciências humanas e ciências sociais aplicadas. As aulas se dividem em cinco módulos presenciais desenvolvidos a cada dois meses, em média, na sede do instituto, em um total de 380 horas. As aulas a distância são compostas por quatro disciplinas desenvolvidas em plataforma virtual própria. A inscrição deve ser feita pelo site www.itaucultural.org.br/observatorio.

n A Galeria Olido (Avenida São João, 473, tel. 3331-8399) realiza oficinas de dança com a ideia de integrar jovens, adultos e idosos. Às terças-feiras tem bolero, chá chá chá e forró universitário; quartas, samba-rock e samba de gafieira; quintas, bachata, sertanejo universitário e rock soltinho; sextas, salsa, zouk e samba-rock; e sábados, prática com todos os ritmos. Não é necessário se inscrever. Horários: ter. a qui., das 15h às 17h; sex., das 15h às 17h e das 19h às 21h; sáb., das 15h às 18h.

Ponto de Vista

Floriano PesaroÉ sociólogo e vereador (PsDB)

Simplicidade - Em um dia de lindo céu azul, basta um pouco de vento, linha e pipa para garantir a alegria

AlexAndre de PAulo

Presidente: Paschoal Thomeu (in memoriam)Diretora-Presidente: Andréa Santos Thomeu - Diretor-Geral: orlando reinas Jr.Gerente de Marketing: Alberto Frazão Junior - [email protected]

Editor e Jornalista Responsável: Paulo Manso - [email protected]: Carlos Ferreira lima - [email protected] e Mônica Kikuti - [email protected] de Reportagem: Chico Junior - [email protected]. Editor de Arte: Sidney João de oliveira [email protected]. Subeditor de Arte: ricardo leocadio - [email protected]ção: Mauro dias dos Santos e neri Gonçalves Pereira. Revisão: Felipe rabello Gonçalves.Fotos: Alexandre de Paulo, Silvio Cesar e lucas dantas. Redação: [email protected]

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Noticiário: reportagem local, Agência estado e Associated Press (AP)Representantes Comerciais em Brasília e Rio de Janeiro: Pereira de Souza & Cia ltda. Fones: (61) 3226-6601 / (21) 2544-3070Impressão: FolhaGráfica

os artigos e colunas assinados são de responsabilidade de seus autores.

o Metrô news é distribuído de segunda a sexta-feiraSede, Redação e Publicidade: rua Ipê, 144 - Jardim Guarulhos - Guarulhos - SP

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www.metronews.com.br Tiragem: 150 mil exemplares

São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

3cidade

Roubos aumentaram 85% na região segundo a SSP

Vício – Homens e mulheres passam o dia todo usando drogas, sem serem importunados pelas autoridades

Viciados vivem sob viaduto no BrásLucas Dantas

Alfredo Henrique - Centenas de usuários de crack formaram uma “comunidade” sob o viaduto que fica ao lado da Estação Pedro II do Metrô, no Brás, Centro. Eles perma-necem o dia todo no local ba-tizado pelos viciados de “qua-drado”, onde há até barracos construídos. Os dependentes dormem e fumam a droga no terreno. De noite, eles peram-bulam pelo bairro, deixando a vizinhança apreensiva.

O taxista Claudio Pires afirmou que permanece em seu ponto somente enquanto há luz do sol. “Quando anoite-ce, os viciados saem para a rua e fica perigoso. Eu não arrisco ficar em meu ponto.”

Residente da rua há oito anos, o faxineiro Lucílio Timó-teo de Andrade afirmou que a concentração de “noias” na região aumentou após a Pre-feitura os retirar no início de 2012 da Cracolândia, na Rua

Helvétia, Centro. “Eles [vicia-dos] não têm nada a perder. Por isso, prefiro não arriscar sair de casa quando escurece.”

O comerciante José Val-domiro instalou um sistema de monitoramento com câ-meras, e também reforçou as trancas de sua loja de autope-ças, desde que o número de usuários da droga aumentou nas proximidades de seu co-mércio. Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Públi-ca, os roubos aumentaram 85% na região quando com-parados os 347 crimes do gê-nero registrados entre janeiro e maio de 2012 e os 642 do mesmo período deste ano.

Prefeitura de São Paulo faz cadastro de usuáriosA Prefeitura afirmou re-

alizar o cadastro das pesso-as que frequentam a região. “O cadastro aponta pequena fração ligada a uso abusivo

de álcool e drogas, estimada em cerca de 10% das pesso-as”, diz trecho de nota.

O município acrescentou que foram identificadas na re-

gião 21 mães com filhos, 17 ca-sais com filhos, 27 casais sem filhos e 37 pessoas sozinhas.

continuação na pág. 4

CIDADESão Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

4

Combate ao tráfico é uma das ações primordiais

Barracos – Debaixo do viaduto, no Brás, região central, usuários de drogas montaram um acampamento

continuação da pág. 3

O ex-montador de carros Valdir Giovani da Silva evita permanecer no espaço onde vivem centenas de usuários de crack, sob o viaduto ao lado da Estação Pedro II do Metrô. “Lá a coisa é pesada. Todo mundo fica tentando te sugar o tempo todo.”

Situação no Brás “não é novidade”O analista criminal

Guaraci Minguardi afirma que a situação vivencia-da por moradores do Brás “não é novidade”. Ele disse que é necessário um traba-lho conjunto “mais efetivo” entre os governos estadual e municipal para mudar a situação dos usuários de droga, que têm tomado conta do viaduto que fica ao lado da Estação Pedro II do Metrô.

Segundo o especialista, o estado precisa combater o tráfico de drogas, impedindo

que o crack chegue aos usu-ários. Já o município precisa reforçar as políticas de assis-tência social, para destinar os viciados a programas de reabilitação. “Não adianta a polícia quebrar cachimbo de viciado, ela precisa prender quem vende a droga.”

Usuário evita ficar no “quadrado”Ele afirmou fumar crack há

15 anos e também frequentar a antiga Cracolândia da Rua Hel-vétia. “Depois que a Prefeitura tirou o povo de lá, cada um rumou para um canto. Aqui [Brás] tem bastante gente que fuma pedra, deve ter umas 200 só embaixo do viaduto.”

FOTOS: LUCAS DANTAS

5São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

cidadeSão Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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Carro usado pelos ladrões foi roubado na Penha, zona leste da Capital

n O prefeito Fernando Haddad (PT) nomeou ontem, pela terceira vez, o vereador Ricardo Teixeira (PV) como secretário municipal. Ele reassume o comando da Secretaria de Coordenação das Subprefeituras, uma das mais disputadas do governo, apesar de condenado pela Justiça por improbidade administrativa. Teixeira já voltou ao trabalho.

n A quantidade de ônibus queimados na terça-feira, 8, em São Paulo, subiu para 26 veículos, segundo a PM. Mais três veículos foram queimados: um na Capital e dois na Região Metropolitana. De acordo com a São Paulo Transporte (SPTrans), um ataque na Vila Medeiros, Zona Norte, foi retirado da contabilidade de veículos queimados porque não houve perda total.

FLASh newSArgentino morre em colisão na Grande SP

Torcedores são vistos durante a Fifa Fan Fest, ins-talada no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade de São Paulo, ontem, para o jogo entre Argentina e Holanda, válido pela semifinal da Copa do Mundo 2014. Os argentinos foram ao delírio com a vitória da seleção, no dia em que também comemoravam a Independência argentina.

los hermanos

alfredo henrique - O jornalista argentino Jorge Luiz López, 38, morreu na madrugada de ontem após um carro con-duzido por bandidos colidir contra o táxi onde estava o repórter. O acidente ocorreu na esquina das avenidas Ti-rantes e Humberto de Alen-car Castelo Branco, em Gua-rulhos (Grande SP).

Na Avenida Antônio de Souza, já em Guarulhos, o ve-ículo roubado e usado pelos ladrões foi identificado pela Polícia Militar. A partir daí, começou a perseguição. Os suspeitos passaram no farol vermelho e o veículo onde estavam colidiu contra o táxi ocupado por López. Ele foi projetado para fora do carro.

O jornalista morreu na hora. O taxista Juraci Rebouças da Silva fraturou a clavícula e não corre risco de morrer.

Rodrigo Consentino da Fonseca, 19, e Marcelo Ca-valcanti da Silva foram pre-sos por homicídio culposo (sem intenção) e roubo. Um adolescente de 16 anos, que também participou do assal-to, foi encaminhado à Fun-dação Casa.

TABA BENEDICTO / FUTURA PRESS / AE


8 São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

Anúncio, porém, foi criticado por entidades de defesa do consumidor

Alckmin desiste de multar quem gastar águaestadão conteúdo - Quase três meses após ter sido anuncia-da como uma das medidas para enfrentar a crise do Sistema Cantareira, a multa da água foi descartada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) ontem.

Segundo integrantes da gestão tucana, a sobretaxa de 30% na conta de quem aumentasse o consumo, além de polêmica e impopu-lar, tornou-se desnecessária por causa do crescimento do número de consumidores que economizaram água. A ideia, contudo, pode ser re-tomada se a crise se agravar. “Vai mesmo suspender [a proposta]”, afirmou o gover-nador. “Eu não vejo necessi-dade mais [da multa].”

Segundo a Companhia de Saneamento Básico do

Estado de São Paulo (Sa-besp), até 23 junho, 87% dos clientes abastecidos pelo principal manancial paulista haviam reduzido o consumo, dos quais 55% atingiram a meta de 20% de economia e receberam 30% de desconto na fatura. Em fevereiro, quando o plano de bônus foi lançado pela concessionária, apenas 37% dos consumidores haviam atingido a meta, e 24% ha-viam aumentado o gasto com água.


nacionalSão Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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Nas urnas – Apesar de tudo, Arruda é candidato ao governo do DF

Justiça mantém condenação de ex-governador

ANDRÉ DUSEK / AE

abr - A 2ª Turma Cível do Tri-bunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDF) manteve ontem a condena-ção do ex-governador do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda por impro-bidade administrativa. O processo é um dos desdo-bramentos das investigações da Operação Caixa de Pan-dora, da Polícia Federal, que desvendou o esquema de corrupção conhecido como mensalão do DEM, em 2009.

Filiado ao PR, Arruda é candidato ao governo do DF pela coligação União e Força e pode concorrer normal-mente às eleições. A Lei da Ficha Limpa impede candi-datura de condenados na se-gunda instância da Justiça. No entanto, a Lei das Elei-ções (Lei 9.504/97) diz que as condições de inelegibilidade são aferidas no momento do

pedido de registro da candi-datura, feito na semana pas-sada, quando o recurso de Arruda ainda não tinha sido julgado. Além disso, a sus-pensão dos direitos políticos só vale após o trânsito em julgado, o fim do processo.

Em nota, o Ministério Público afirmou que vai analisar o caso. “O Ministé-rio Público Eleitoral vai exa-minar a decisão do TJDFT tão logo tenha conhecimen-to do inteiro teor dela, e verificar as consequências da condenação no processo eleitoral”, diz a nota.

A assessoria de Arruda afirmou que vai recorrer da decisão e garantiu que ele está elegível para participar das eleições.

Em nota, o diretório do PR no Distrito Federal reafir-mou “apoio absoluto e inaba-lável” ao candidato.



De 1962 - Livro para crianças e adultos é traduzido e chega ao País

Publicação explica como livros são feitosESTADÃO CONTEÚDO - Um livro é como um outro quarto, ou ou-tra cidade, ou outro mundo. É como um amigo, pois quando você o lê sente que está perto de alguém. É cheio de surpre-sas, sentimentos e aprendi-zado sobre como é ficar mais velho e amar todas as coisas realmente importantes. A de-finição é dos americanos Mur-ray McCain e John Alcorn e aparece em “Livros!” (editora Pequena Zahar; 56 págs.; for-mato 12cm x 17cm; R$ 34,90), lançado em 1962 e que, atual, chega ao País com tradução de Rodrigo Lacerda e Mauro Gas-par, também os editores.

É uma obra divertida para crianças - e para curiosos de todas as idades - que fala sobre o que é e como é feito o obje-to. O texto é de McCain e as ilustrações são de Alcorn, um dos principais nomes do de-sign gráfico - é dele o pôster de “Amarcord”, de Fellini.

Os autores perguntam:

“Ele fala com você? Que sensa-ção ele dá?”. Explicam que eles têm o lado de fora e o de den-tro, contam que podem ser de vários tamanhos, usar diferen-tes tipos de letras. Explicam que para chegar até o leitor, os exemplares passam pelas mãos de gráficos, caminho-neiros, livreiros, carteiros etc. Apresentam listas de palavras difíceis, alegres, engraçadas, para pensar e de tudo o que podemos encontrar nos livros.

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Compra de livros, jornais, revistas e artigos de papelaria responde por R$ 12 milhões do total consumido

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R$ 13,7 mi foram consumidos com Vale CulturaESTADÃO CONTEÚDO - Após seis me-ses de sua instituição, os car-tões do Vale Cultura já foram distribuídos a 215.600 traba-lhadores de todas as regiões do Brasil que recebem até cinco salários mínimos (R$ 3.620). Ao todo, R$ 13,7 milhões já foram consumidos por meio do vale - e, desse valor, R$ 12 milhões foram utilizados para comprar livros, jornais, revis-tas e artigos de papelaria. “Há um consumo muito maior de livros e revistas. O setor saiu muito na frente do cinema e do teatro”, disse a ministra da Cultura Marta Suplicy.

Em segundo lugar, apa-rece o setor cinematográfico, com R$ 1,2 milhão consumi-do, equivalente a 9,2% do to-tal. Em seguida, com 1,3% e R$ 180 mil consumidos, está o comércio varejista de instru-mentos musicais e acessórios. O setor musical, de venda de discos, CDs, DVDs e fitas, apa-rece em quarto lugar, com R$ 90,6 mil e 0,66%.

O teatro ficou em quin-to lugar, com R$ 52,6 mil e 0,38% do total consumido. “O teatro, um dos setores que mais reivindicava vale,

é o que está mais lento no processo. Muitos teatros não vendem ingressos por cartão e ainda não se apode-raram do benefício. Talvez estejam esperando o sistema ter mais musculatura.”

Marta aponta um dado que considera interessante quando levado em conta o fato de que em um ano um trabalhador recebe, por meio do VC, R$ 600. “Com isso, neste período, pode-se con-sumir 40 sessões de cinema ou 35 peças de teatro, 28 li-vros, 50 entradas em eventos de arte e 12 shows musicais. É bastante. Isso muda a vida de uma pessoa. É uma qualifi-cação extraordinária, além de ser lazer.”


especialSão Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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Os Amoresde Falcão

Que a banda O Rappa é bem sucedida, todos já sabem... O vocalista e seu grupo musical têm outra coisa em comum: ar-rancam suspiros da mulherada.

O carioca tem uma lista de namoradas e conquistas de deixar qualquer marman-jo morrendo de inveja!

Beldades como a atriz Deborah Secco, a top model Isabeli Fontana e a cantora Maria Rita fazem parte deste time de peso. Porém o repertorio não para por aí!

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Conteúdo de inteira responsabilidade da Rádio Metropolitana FM

Toca 10: O Rappa no Hopi HariToca 10 Metropolitana de segunda a sexta, ao meio-dia!

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Confira a “escalação” do cantor:

• Deborah Secco:Atriz

• Isabeli Fontana:Top Model

• Lisiane Bolsani:Ex-Miss Brasil• Maria Rita:

Cantora• Fani Pacheco:

ex-BBB• Talita Bastos:

Modelo

Quem será a próxima gata a entrar nessa lista?


17espetáculos

palavras cruzadas diretas Revistas coquetel 2014www.coquetel.com.br

ÁRIES: Notícias e novidades do seu interesse devem ser esperadas para o período desta tarde. Fase favorável em questões de dinheiro, inventário ou herança.

TOURO: Dia em que pressagia o recebimento de ótimas notícias e de apoio moral e financeiro por parte de amigos leais e dos superiores hierárquicos.

GÊMEOS: Dia que poderá beneficiá-lo nas questões pessoais, íntimas e familiares, porque o momento o eleva em quase todos os sentidos.

CÂNCER: A influência astral lhe propicia melhor contato com os pais, filhos, parentes e com pessoas de sua alta estima.

LEÃO: Não faça modificações repentinas, antes de uma análise prévia, hoje. Por outro lado, o fluxo é dos melhores para trabalhar em prol de sua ascensão profissional, material e social.

VIRGEM: Se você realizou um negócio ousado nos últimos dias, terá possibilidades de ouvir elogios e conquistar amigos influentes.

LIBRA: Não se preocupe com o que possa acontecer e nem se deixe levar pelas más impressões ou ideias negativas. Lembre-se que tudo passa.

ESCORPIÃO: Dia neutro, pouca probabilidade de sucesso nas questões de dinheiro de trabalho e de família, Mas, o fluxo será dos melhores para investigações.

SAGITÁRIO: Suas energias poderão ser empregadas com resultado. No entanto, evite assumir compromissos contra os seus interesses, mesmo que seja para agradar alguém.

CAPRICÓRNIO: Negativo fluxo astral para mudanças de emprego, atividades ou de residência. Tendência à depressão psíquica o que viria a lhe prejudicar.

AQUÁRIO: Procure estabelecer o equilíbrio. Evite confusões. Seu sistema nervoso está delicado. Por está razão, faça cada coisa no seu devido tempo.

PEIXES: Influências favoráveis, para novos empreendimentos, ótimo para os estudos Cuide melhor de sua saúde.

21 MAR.20 ABR.

21 ABR.20 MAI.

21 MAI.20 jUN.

21 jUN.21 jUL.

22 jUL.22 AGO.

23 AGO.22 SET.

23 SET.22 OUT.

23 OUT.21 NOV.

22 NOV.21 dEz.

22 dEz.20 jAN.

21 jAN.19 fEV.

20 fEV.20 MAR.

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Desilusão do desencontro

Sabe aquele relacionamento burocrático, que parece expediente bancário: tem hora para abrir, fechar, fazer balanço, passar o de-dinho no ponto eletrônico, meta para cum-prir? É... há pessoas que têm vivido tudo isto, cumprindo protocolos inventados sem qual-quer criatividade, e ainda têm a cara de pau de dizer que “é o que tem para hoje”. Parece o repeteco da comida no dia seguinte, quan-do você não tá muito a fim, mas vai ter que engolir. Típico dos casais que se suportam no dia a dia, porque não têm coragem de sair do conforto do conhecido e encarar a realidade com a crueza que se espera dos mortais que não têm sangue de barata.

Uma hora ou outra, aquele revés que se espera, mas não se acredita, acontece. E daí tudo vira desilusão amorosa. Desilusão amo-rosa é um negócio triste, ruim, cavernoso. Mas, posso dizer, tem algo ainda pior: a desi-lusão do desencontro. É aí que a gente desen-rola um tapete cheio de sentenças, empoeira-do pelos desejos que vêm sendo a tônica de uma vida inteira. O problema é que a tônica tem gás. Mas, se deixar a garrafa aberta, ao “Deus-dará”, perde a graça. Não é mais tôni-ca, não é mais nada.

Não sei se o destino é traiçoeiro, como muito se diz, ou se as coisas acontecem mes-mo para solapar aquela expectativa que não deveria ter nascido. Expectativas, por vezes,

são árduas lutadoras. Criam raízes, se fixam com uma propriedade única, inestimável. Mas, também, quando a gente as corta, fa-zem estrondos. É como uma floresta vindo abaixo dentro da gente, abrindo clareiras de um vazio que sufoca. Há quem sofra para o replantio. E há quem não plante mais nada e nem mesmo se dê conta de que o amor, por mais difícil que pareça, sempre vale a pena.

A desilusão do desencontro é pior que café frio, que sal no lugar do açúcar. É a in-capacidade de retribuir. E o desencontro está ali na declaração de amor de quem não se es-pera enquanto quem se deseja esnoba a mais sutil investida. É o desencontro do querer e do acontecer. É o distanciamento de gente e sentimentos, como se ambos rumassem em direções contrárias, sem direito a rever a rota.

A lei do desencontro é assim, desconexa. Mas é verdade que pacifica uma hora ou ou-tra, que estenda a bandeira branca. Porque ainda há esperança nos encontros. E que es-tes, sim, sejam muito maiores do que estar na mesma direção, lado a lado. Que sejam en-contros, frente a frente, em que não se tenha quem seja o melhor. Mas que se encontrem as almas. Sem desilusão. Sem protocolos. Só com a pureza de espírito. E isto é o bastante. Guarde. Aguarde. Pelo teu encontro. Sublime encontro! Namastê!

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m. KiKuti Blog: cabecaliberta.wordpress.come-mail: [email protected]

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COPA 2014São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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Argentina e Alemanha fazem a final da Copa do Mundo. On-tem, os hermanos fizeram um jogo arrastado com os holan-deses e depois de 120 minu-tos o placar não saiu do zero. No pênaltis, o criticado golei-ro Romero (foto) pegou duas penalidades e os argentinos venceram por 4 a 2. Domin-go, no Maracanã, a Argentina tenta o tri, enquanto a Alema-nha quer o tetra. Págs. 3, 4 e 5

NILTON FUKUDA/AE

copa 2014São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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COPA 2014

Alemanha e Argentina farão a final da Copa do Mundo de 2014. É a terceira vez que se encontram em decisões de Mundiais. Em 1986, deu Argentina. Em 1990, Alemanha. O Maracanã, que não viu a Seleção Brasileira na Copa do Bra-sil, testemunhará “um senhor” tira-teima!

Com o Brasil fora (infelizmente), vou torcer para a Alema-nha! E explico os motivos:

Ontem, ainda anestesiado pela goleada histórica sofrida pelo Brasil no dia anterior, assistia à semifinal Holanda x Ar-gentina imaginando uma decisão entre Alemanha x Holanda. E tinha sérias dúvidas sobre quem escolher na eventual decisão.

Afinal, acredito que a história holandesa no futebol mun-dial confere merecimento ao time de Robben e Van Gaal. Não dá mais para uma seleção como a Holanda não ter uma Copa!

Por outro lado, percebo o foco alemão na conquista deste Mundial desde que eles pisaram em solo brasileiro (na verda-de, o planejamento começou bem antes).

Conhecidos pela sisudez, os “cintura dura” dançaram lepo-lepo, brincaram com índios e cantaram o hino do Bahia em um boteco qual-quer no litoral nordestino.

Em apenas dois anos, construíram um resort que serve de centro de treinamen-

to e hospedagem da delegação em Santa Cruz Cabrália (BA).Após perderem a Copa de 2002 (para nós), iniciaram uma

profunda reformulação em seu futebol. Em 2004, Joachim Löw se tornava assistente técnico. Auxiliou o chefe (e ídolo) Jürgen Klinsmann na Copa em casa e, depois do frustrante terceiro lugar, virou o chefe.

Amparado por uma ótima geração, Löw promoveu mudanças na maneira de jogar. Acabou com passes e chutes longos, o jogo marcado pela força e fez da Alemanha um estereótipo do Brasil que encantou o mundo do futebol nas décadas de 1970 e 1980.

Outro terceiro lugar em 2010 e o processo pode (e merece) ser coroado com a taça no domingo. Trabalho digno de um respeito de minha parte que nem mesmo o atropelamento da semifinal, no Mineirão, foi capaz de abalar.

Por falar em respeito, o que dizer do comportamento dos nossos algozes durante e depois do massacre de terça-feira?

Além de tudo isso, há um motivo muito “nobre” na minha torcida pela Alemanha: a final ser contra os hermanos!!

Por que torcerei para a Alemanha

A Holanda merece uma Copa. O “nome”

da Alemanha é planejamento. E a

Argentina? Ah, não dá pra torcer para a Argentina...

NOssO Olhar

paulo mansoÉ jornalista e editor-chefe do metrô newsE-mail: [email protected]

Crítica - Romário foi veemente contra Marin e Del Nero

Os artilheirOs da COpa

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28 � Jun, 13h, sábado, Belo Horizonte

28 � Jun, 17h, sábado, Rio de Janeiro

30 � Jun, 13h, segunda, Brasília

30 � Jun, 17h, segunda, Porto Alegre

29 � Jun, 13h, domingo, Fortaleza

29 � Jun, 17h, domingo, Recife

1 � Jul, 13h, terça, São Paulo

1 � Jul, 17h, terça, Salvador

4 � Jul, 13h, sexta, Rio de Janeiro

5 � Jul, 17h, sábado, Salvador

8 � Jul, 17h, terça, Belo Horizonte

9 � Jul, 17h, quarta, São Paulo

4 � Jul, 17h, sexta, Fortaleza

�

5 � Jul, 13h, sábado, Brasília

Brasil

Brasil

Alemanha

Alemanha

Colômbia

Colômbia

França

França

Alemanha

Alemanha

Brasil

Brasil

Holanda

Holanda

Argentina

ArgentinaCosta Rica

Costa Rica

México

Grécia

Argentina

Argentina

Holanda

Holanda

Bélgica

Bélgica

EUA

Suíça

Argélia

Nigéria

Uruguai

Chile28 jun, Belo Horizonte

4 jul, Fortaleza

4 jul, Rio de Janeiro

8 jul, Belo Horizonte

Ontem, São Paulo

5 jul, Salvador

5, jul, Brasília

28 jun, Rio de Janeiro

30 jun, Brasília

30 jun, Porto Alegre

29 jun, Fortaleza

29 jun, Recife

1º jul, São Paulo

1º jul, Salvador

1(3x2) pênaltis

2

2

0

1

2

2

2

1

0

0

2

1

1

1

0

0

1

7

1

1

1

1

0

0

1

0

0

(5x3) pênaltis

(4x3) pênaltis

(4x2) pênaltis

Romário detona Marin e Del NeroEsTaDÃo ConTEÚDo - Herói do te-tra, Romário hoje é deputa-do federal pelo Rio e um dos principais críticos da gestão de José Maria Marin à fren-te da Confederação Brasilei-ra de Futebol (CBF). Ontem, um dia depois de o Brasil levar 7 a 1 da Alemanha, no Mineirão, em Belo Horizon-te, na semifinal da Copa do Mundo, o ex-jogador foi às redes sociais para, mais uma vez, cobrar mudanças no co-mando do futebol brasileiro.

“Marin e Del Nero ti-nham que estar era na ca-deia! Bando de vagabun-dos!”, escreveu o perfil oficial do deputado federal Romário, pertencente ao ex--jogador. “Nosso futebol vem se deteriorando há anos, sen-

do sugado por cartolas que não têm talento para fazer sequer uma embaixadinha. Ficam dos seus camarotes de luxo nos estádios brindando os milhões que entram em suas contas. Um bando de ladrões, corruptos e quadri-lheiros!”, postou.

No longo texto, Romário, desafeto de Felipão na época de atleta, só cita o treinador uma vez na postagem, quan-do pergunta se o leitor acre-dita que o problema é só dos jogadores ou do treinador. “Nem de longe”, respondeu Romário, para começar a cri-ticar a direção da CBF.

O deputado reclama que está “há quatro anos pregan-do no deserto sobre os pro-blemas da CBF’’, termina.

lucio Bernardo jr./câmara dos dePutados


3copa 2014

‘‘Viemos aqui para dar a nossa alma, o nosso sangue. Viemos ao Brasil para levar nosso terceiro título mundial. E vamos conseguir isso’’

romerogoleiro da Argentina

ESTADÃO CONTEÚDO - Se os donos da casa não fizeram o seu papel para chegar ao mais aguardado clássico de todos os tempos, no estádio do Maracanã, no Rio, seu rival fez. Ontem, após partida sofrível, que ficou em 0 a 0 por 120 minutos, a Argenti-na eliminou a Holanda nos pênaltis por 4 a 2, em São Paulo, e se classificou para a final da Copa do Mundo pela quinta vez.

O goleiro Romero foi o grande herói da partida. Se não precisou trabalhar du-rante a partida, o reserva do Monaco pegou as cobranças de Vlaar e Sneijder para co-locar a Argentina na decisão. Do lado holandês, Krul não pôde entrar porque o técni-co Louis Van Gaal já havia feito as três substituições. Cillessen, que nunca pegou um pênalti como profissio-nal, foi vencido nas quatro cobranças argentinas.

Depois de ficar 24 anos sem conseguir se classificar para uma semifinal de Copa do Mundo, a Argentina vai reencontrar a Alemanha, time contra quem jogou nas últimas duas finais que dis-putou. Ganhou de 2 a 1 no México, em 1986, mas levou 1 a 0 na decisão do Mundial de 1990, na Itália. Agora, vai tentar manter o retrospecto

X0(2) 0(4)HoLANDA - Cillessen; Kuyt, Vlaar, De Vrij, Martins Indi (Janmaat) e Blind; De Jong (Clasie), Wijnaldum e Sneijder; Robben e Van Persie (Huntelaar). Técnico: Louis van Gaal.

ArGeNTINA - Romero; Zabaleta, Demi-chelis, Garay e Rojo; Mascherano, Biglia e Enzo Pérez (Palacio); Lavezzi (Maxi Ro-dríguez), Messi e Higuaín (Agüero). Téc-nico: Alejandro Sabella.

CArTÕeS AmAreLoS - Martins Indi e Hun-telaar (Holanda); Demichelis (Argentina).ÁrBITro - Cuneyt Cakir (Fifa/Turquia).reNDA - Não disponível.PÚBLICo - 63.267 pessoas.LoCAL - Arena Corinthians, em São Paulo (SP).

Que zica!

de sempre um sul-americano ter vencido os Mundiais joga-dos no continente americano.

Antes de ver a Alemanha, algoz na pior derrota da sua história, e sua maior rival se enfrentando no Maracanã, neste domingo, às 16 horas, o Brasil vai buscar uma re-vanche insossa contra a Ho-landa, time que o eliminou da Copa da África do Sul, há quatro anos. A partida, que vale o terceiro lugar, será neste sábado, às 17 horas, no estádio Nacional Mané Gar-

rincha, em Brasília.Um dia depois da derro-

ta do Brasil, a Arena Corin-thians novamente teve a pre-sença de muitos brasileiros, mas camisas amarelas eram raridade nas arquibancadas, muito diferente dos outros 61 jogos desta Copa. As mú-sicas provocativas à Argen-tina deram lugar ao silêncio de quem foi humilhado na véspera. No fim, muita festa dos milhares de argentinos presentes no estádio.

Depois de sentir lesão na

coxa logo no início da par-tida contra o México, pelas oitavas de final, De Jong foi considerado fora da Copa do Mundo. Mas o volante, que ficou marcado pela solada em Xabi Alonso na final do último Mundial, teve uma recuperação surpreendente e foi escalado como titular pelo técnico Van Gaal. A fun-ção: marcar Lionel Messi.

Mas os dois times cria-ram pouco e o jogo se arras-tou por 120 minutos até a decisão nas penalidades.

Festa - Messi, ao centro, abraça os companheiros

na clasificação da Argentina para a final

THIAGO BERNARDES/FRAME/AE

DIVuLGAçãO


5COPA 2014COPA 2014São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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Abraço - Mascherano e Messi comemoram a classificaçãoHerói - Goleiro Romero abraça o maior craque argentino: Messi

Mascherano mostra liderança e muita competência na vitória dos argentinos

ESTADÃO CONTEÚDO - O goleiro Sergio Romero não conteve as lágrimas e caiu no choro ainda no gramado. E não era por menos. Depois de ver a sua convocação para a Copa do Mundo muito contestada por ter atuado pouco no último semestre em seu clube, o Monaco, ele acabara de se transformar no herói da classificação argentina ao defender os pênaltis de Vlaar e Sneij-der. “Agradeço ao Alejan-dro Sabella [técnico] por ter acreditado em mim. Nunca fiquei tanto tempo no ban-co de reservas e, mesmo assim, ele confiou no meu trabalho”, disse o goleiro.

Assim que acabou a prorrogação, antes do início das cobrança dos pênaltis, Romero foi chamado de canto pelo volante Masche-rano, que bateu no seu pei-to e disse aos berros: “Hoje você será o nosso herói”. O ex-corintiano estava certo. Depois, com a classificação já garantida, o goleiro con-fessou que contou com a sorte. “Não tem truque. A realidade é que tive sorte. Você pode ir na bola e não chegar a tempo, como acon-teceu com o goleiro da Ho-landa”, afirmou.

Visivelmente emociona-do, Romero dedicou a clas-sificação à final aos familia-res, que estavam no estádio Itaquerão. “Estou realmente feliz por tudo que fizemos. Espero que todo mundo aproveite esse momento. Estávamos esperando por isso havia tanto tempo. Quero mandar um alô para os meus pais e meus irmãos

que estão aqui”, disse o go-leiro, que ganhou o apelido de Chiquito na infância por ser o mais baixo de quatro irmãos e até hoje é chama-do assim pelos companhei-ros da seleção.

Romero também man-dou um recado para os tor-cedores: “Aproveitem esse momento. Comemorem porque nós também vamos comemorar hoje [quarta] e amanhã [quinta] vamos começar a trabalhar já pen-sando na final”.

O goleiro fez questão de dividir o prêmio de me-lhor jogador dado pela Fifa com os companheiros. “Eu ganhei esse troféu, mas ele teria de ser dividido com todos os outros jogadores. A equipe fez um trabalho fantástico”, disse.

Romero também lem-brou da importância do téc-nico Louis van Gaal na sua carreira e, por isso, foi falar com o holandês depois do jogo. “Eu fui agradecer ao Van Gaal por tudo o que ele fez por mim na Holan-da [ele jogou no Alkmaar quando tinha 20 anos]. Eu não sabia nada do idioma e ele sabia espanhol e me aju-dou bastante”, lembrou.

O retorno da Argentina a uma final de Copa de-pois de 24 anos tem algu-mas semelhanças com a campanha do Mundial de 1990. Assim como ontem, a vaga foi garantida nos pênaltis na Itália. Naque-la oportunidade, diante dos donos da casa, quem brilhou foi outro goleiro chamado Sergio, o irreve-rente Goycochea.

ESTADÃO CONTEÚDO - Arjen Rob-ben chegou ao Brasil com o sonho de apagar as falhas da derrota na final da Copa de 2010. Marcou três gols, teve papel importantíssi-mo ao “cavar” um pênalti contra o México e ao con-verter sua cobrança, ontem, contra a Argentina. Ainda assim, não foi desta vez que o camisa 11 se tornou decisivo para a Holanda em um Mundial. Aos 30 anos e com três Copas disputadas, Robben ainda não sabe se estará na Rússia, em 2018. O principal craque holan-dês teve boas atuações no Mundial do Brasil, mas não solucionou o antigo estig-ma do país, que acumula, desde 1974, três vice-cam-peonatos - sempre chega ao torneio com grandes times e nunca conquista o título. “Saímos do torneio de uma forma que é muito chata. Mas não podemos culpar ninguém e nem quem ba-teu os pênaltis.”

A decepção era eviden-te depois da eliminação. O semblante sério não foi alte-rado nem quando se aproxi-mou da arquibancada para conversar com a mulher e o filho, que chorava con-vulsivamente pela queda holandesa no Itaquerão. A Copa começou com muito otimismo para Robben e sua equipe. A goleada por 5 a 1 sobre a Espanha, na estreia, foi uma impiedosa revanche com gosto espe-cial para ambos.

ESTADÃO CONTEÚDO - Javier Mas-cherano pode não ter o brilho de Lionel Messi - ou o de Romero, o paredão dos pênaltis que deram à Argentina a classificação para a final. Mas “El Jefe-cito” mostrou nesta quarta--feira contra a Holanda que, mesmo sem a faixa de capitão no braço, é fun-damental em sua equipe. Com técnica apurada e raça na medida certa, ele ajudou a conduzir o sonho argentino até o Maracanã. “Isso vivemos apenas uma

vez. Oxalá possamos coro-ar nossa campanha”.

Mascherano jogou como um volante moderno pre-cisa jogar - ocupando os espaços, o que a Seleção Brasileira deixou de fazer contra a Alemanha. Depois da partida, o jogador, que deve deixar todo corintiano com muita saudade, falou sobre a chance de dispu-tar uma final de Copa do Mundo. “Contra a poderosa Alemanha se joga com pa-ciência, com alma e com o coração. É a grande chance

de nossas vidas, é a final desse Mundial. Essa grupo de jogadores levou a Argen-tina onde ela merece estar. Mas muito além do resulta-do desta decisão, não tenho palavras para dizer como estou orgulhoso”.

Mascherano foi gigan-te contra a Holanda. Prova disso foi o carrinho salva-dor que deu dentro da pe-quena área, no finalzinho do tempo normal. Arjen Robben, atacante holandês e um dos mais temíveis da atualidade, entrou na área

em velocidade e com a bola, mas na hora do chute com sua certeira perna esquerda foi travado em um carrinho limpo dado por “El Jefecito”.

“Jogamos uma partida brilhante, sem medo de ninguém, sabendo muito bem o que precisávamos fazer e não demos muitas opções para a seleção da Holanda. Se tem alguma equipe que merecia estar na decisão, esta equipe é a Argentina. Para isso que jo-gamos futebol, é para isso que nos tornamos profis-

sionais deste esporte. Para terminar assim, como hoje, orgulhosos de nosso traba-lho. Hoje [quarta], digni-ficamos nossa profissão”, afirmou o jogador para os jornalistas argentinos de-pois do confronto.

Mesmo em um momen-to de muita alegria, Masche-rano lembrou das dificulda-des encontradas no começo do trabalho de Alejandro Sabella, ainda nas Elimina-tórias Sul-Americanas para o Mundial. “Temos que di-vidir o mérito com todos”.

Contestado!Final se repete pela terceira vezESTADÃO CONTEÚDO - Argen-tina x Alemanha, ou vice--versa, agora é a final mais comum de todas as Copas. Os dois rivais, que já se en-frentaram nas decisões dos Mundiais de 1986 e 1990, vão brigar pelo título também

no Brasil. Nesta quarta-feira, os argentinos se juntaram aos alemães na decisão do estádio do Maracanã, no Rio, ao vencerem os holandeses nos pênaltis, no estádio Ita-querão, em São Paulo.Na primeira final entre os dois times, o país europeu ainda estava dividido pelo Muro de Berlim. Com gols de Brown e Valdano, a Argentina

abriu 2 a 0, mas cedeu o em-pate à Alemanha Ocidental já no fim, graças a gols de Rummenigge e Völler. Burru-chaga, porém, faria o gol que daria o título aos argentinos diante de mais de 110 mil pessoas no estádio Azteca, na Cidade do México.Quatro anos depois os dois ti-mes voltariam a se enfrentar na Itália, no estádio Olímpico

de Roma. Ainda como Alema-nha Ocidental, o time euro-peu ganhou a Copa marcada pelo futebol feio graças a um gol de Brehme, de pênalti, no finalzinho da partida.Só um outro confronto re-petiu-se em finais de Copa: Brasil x Itália. Os rivais se enfrentaram duas vezes, em 1970 (no México) e em 1994 (EUA), com vitória do Brasil.

Robben precisa se reinventar

Festa - Argentinos correm para comemorar

NILTON FUKUDA/AE


RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/AE


5COPA 2014COPA 2014São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014

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Abraço - Mascherano e Messi comemoram a classificaçãoHerói - Goleiro Romero abraça o maior craque argentino: Messi

Mascherano mostra liderança e muita competência na vitória dos argentinos

ESTADÃO CONTEÚDO - O goleiro Sergio Romero não conteve as lágrimas e caiu no choro ainda no gramado. E não era por menos. Depois de ver a sua convocação para a Copa do Mundo muito contestada por ter atuado pouco no último semestre em seu clube, o Monaco, ele acabara de se transformar no herói da classificação argentina ao defender os pênaltis de Vlaar e Sneij-der. “Agradeço ao Alejan-dro Sabella [técnico] por ter acreditado em mim. Nunca fiquei tanto tempo no ban-co de reservas e, mesmo assim, ele confiou no meu trabalho”, disse o goleiro.

Assim que acabou a prorrogação, antes do início das cobrança dos pênaltis, Romero foi chamado de canto pelo volante Masche-rano, que bateu no seu pei-to e disse aos berros: “Hoje você será o nosso herói”. O ex-corintiano estava certo. Depois, com a classificação já garantida, o goleiro con-fessou que contou com a sorte. “Não tem truque. A realidade é que tive sorte. Você pode ir na bola e não chegar a tempo, como acon-teceu com o goleiro da Ho-landa”, afirmou.

Visivelmente emociona-do, Romero dedicou a clas-sificação à final aos familia-res, que estavam no estádio Itaquerão. “Estou realmente feliz por tudo que fizemos. Espero que todo mundo aproveite esse momento. Estávamos esperando por isso havia tanto tempo. Quero mandar um alô para os meus pais e meus irmãos

que estão aqui”, disse o go-leiro, que ganhou o apelido de Chiquito na infância por ser o mais baixo de quatro irmãos e até hoje é chama-do assim pelos companhei-ros da seleção.

Romero também man-dou um recado para os tor-cedores: “Aproveitem esse momento. Comemorem porque nós também vamos comemorar hoje [quarta] e amanhã [quinta] vamos começar a trabalhar já pen-sando na final”.

O goleiro fez questão de dividir o prêmio de me-lhor jogador dado pela Fifa com os companheiros. “Eu ganhei esse troféu, mas ele teria de ser dividido com todos os outros jogadores. A equipe fez um trabalho fantástico”, disse.

Romero também lem-brou da importância do téc-nico Louis van Gaal na sua carreira e, por isso, foi falar com o holandês depois do jogo. “Eu fui agradecer ao Van Gaal por tudo o que ele fez por mim na Holan-da [ele jogou no Alkmaar quando tinha 20 anos]. Eu não sabia nada do idioma e ele sabia espanhol e me aju-dou bastante”, lembrou.

O retorno da Argentina a uma final de Copa de-pois de 24 anos tem algu-mas semelhanças com a campanha do Mundial de 1990. Assim como ontem, a vaga foi garantida nos pênaltis na Itália. Naque-la oportunidade, diante dos donos da casa, quem brilhou foi outro goleiro chamado Sergio, o irreve-rente Goycochea.

ESTADÃO CONTEÚDO - Arjen Rob-ben chegou ao Brasil com o sonho de apagar as falhas da derrota na final da Copa de 2010. Marcou três gols, teve papel importantíssi-mo ao “cavar” um pênalti contra o México e ao con-verter sua cobrança, ontem, contra a Argentina. Ainda assim, não foi desta vez que o camisa 11 se tornou decisivo para a Holanda em um Mundial. Aos 30 anos e com três Copas disputadas, Robben ainda não sabe se estará na Rússia, em 2018. O principal craque holan-dês teve boas atuações no Mundial do Brasil, mas não solucionou o antigo estig-ma do país, que acumula, desde 1974, três vice-cam-peonatos - sempre chega ao torneio com grandes times e nunca conquista o título. “Saímos do torneio de uma forma que é muito chata. Mas não podemos culpar ninguém e nem quem ba-teu os pênaltis.”

A decepção era eviden-te depois da eliminação. O semblante sério não foi alte-rado nem quando se aproxi-mou da arquibancada para conversar com a mulher e o filho, que chorava con-vulsivamente pela queda holandesa no Itaquerão. A Copa começou com muito otimismo para Robben e sua equipe. A goleada por 5 a 1 sobre a Espanha, na estreia, foi uma impiedosa revanche com gosto espe-cial para ambos.

ESTADÃO CONTEÚDO - Javier Mas-cherano pode não ter o brilho de Lionel Messi - ou o de Romero, o paredão dos pênaltis que deram à Argentina a classificação para a final. Mas “El Jefe-cito” mostrou nesta quarta--feira contra a Holanda que, mesmo sem a faixa de capitão no braço, é fun-damental em sua equipe. Com técnica apurada e raça na medida certa, ele ajudou a conduzir o sonho argentino até o Maracanã. “Isso vivemos apenas uma

vez. Oxalá possamos coro-ar nossa campanha”.

Mascherano jogou como um volante moderno pre-cisa jogar - ocupando os espaços, o que a Seleção Brasileira deixou de fazer contra a Alemanha. Depois da partida, o jogador, que deve deixar todo corintiano com muita saudade, falou sobre a chance de dispu-tar uma final de Copa do Mundo. “Contra a poderosa Alemanha se joga com pa-ciência, com alma e com o coração. É a grande chance

de nossas vidas, é a final desse Mundial. Essa grupo de jogadores levou a Argen-tina onde ela merece estar. Mas muito além do resulta-do desta decisão, não tenho palavras para dizer como estou orgulhoso”.

Mascherano foi gigan-te contra a Holanda. Prova disso foi o carrinho salva-dor que deu dentro da pe-quena área, no finalzinho do tempo normal. Arjen Robben, atacante holandês e um dos mais temíveis da atualidade, entrou na área

em velocidade e com a bola, mas na hora do chute com sua certeira perna esquerda foi travado em um carrinho limpo dado por “El Jefecito”.

“Jogamos uma partida brilhante, sem medo de ninguém, sabendo muito bem o que precisávamos fazer e não demos muitas opções para a seleção da Holanda. Se tem alguma equipe que merecia estar na decisão, esta equipe é a Argentina. Para isso que jo-gamos futebol, é para isso que nos tornamos profis-

sionais deste esporte. Para terminar assim, como hoje, orgulhosos de nosso traba-lho. Hoje [quarta], digni-ficamos nossa profissão”, afirmou o jogador para os jornalistas argentinos de-pois do confronto.

Mesmo em um momen-to de muita alegria, Masche-rano lembrou das dificulda-des encontradas no começo do trabalho de Alejandro Sabella, ainda nas Elimina-tórias Sul-Americanas para o Mundial. “Temos que di-vidir o mérito com todos”.

Contestado!Final se repete pela terceira vezESTADÃO CONTEÚDO - Argen-tina x Alemanha, ou vice--versa, agora é a final mais comum de todas as Copas. Os dois rivais, que já se en-frentaram nas decisões dos Mundiais de 1986 e 1990, vão brigar pelo título também

no Brasil. Nesta quarta-feira, os argentinos se juntaram aos alemães na decisão do estádio do Maracanã, no Rio, ao vencerem os holandeses nos pênaltis, no estádio Ita-querão, em São Paulo.Na primeira final entre os dois times, o país europeu ainda estava dividido pelo Muro de Berlim. Com gols de Brown e Valdano, a Argentina

abriu 2 a 0, mas cedeu o em-pate à Alemanha Ocidental já no fim, graças a gols de Rummenigge e Völler. Burru-chaga, porém, faria o gol que daria o título aos argentinos diante de mais de 110 mil pessoas no estádio Azteca, na Cidade do México.Quatro anos depois os dois ti-mes voltariam a se enfrentar na Itália, no estádio Olímpico

de Roma. Ainda como Alema-nha Ocidental, o time euro-peu ganhou a Copa marcada pelo futebol feio graças a um gol de Brehme, de pênalti, no finalzinho da partida.Só um outro confronto re-petiu-se em finais de Copa: Brasil x Itália. Os rivais se enfrentaram duas vezes, em 1970 (no México) e em 1994 (EUA), com vitória do Brasil.

Robben precisa se reinventar

Festa - Argentinos correm para comemorar

NILTON FUKUDA/AE


RODOLFO BUHRER/FOTOARENA/AE


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Confirmada - A chanceler Angela Merkel estará no Maracanã

ESTADÃO CONTEÚDO - A Alemanha foi a responsável pelo maior vexame da história da Sele-ção Brasileira, ao aplicar a goleada por 7 a 1 na última terça-feira, em pleno Minei-rão, pela semifinal da Copa do Mundo. Mas nem isso parece ter tirado o carinho e o respeito dos alemães, de-monstrado ao longo de toda a competição, com o Brasil. Um dia depois do massa-cre, as páginas oficial da se-leção alemã no Twitter e no Facebook manifestaram a solidariedade com a Seleção. Uma postagem trazia fotos de torcedores de ambos os países, além de jogadores da equipe confraternizando, com os dizeres em portu-guês: “Desde 2006 sabemos como é doloroso perder uma semifinal no próprio país. Desejamos o melhor para o futuro para vocês”.

O moderno volante Schweinsteiger foi recebido com festa em Santa Cruz de Cabrália, na Bahia, e tam-bém se manifestou: “Vocês são cinco vezes campeões. O mundo não acabou por con-

ESTADÃO CONTEÚDO - A chanceler alemã Angela Merkel será mais uma em meio aos mi-lhares de torcedores no es-tádio do Maracanã neste do-mingo, na decisão da Copa do Mundo. Nesta quarta-fei-ra, ela confirmou que virá ao Brasil, mais precisamente ao Rio de Janeiro, para acompa-nhar a seleção de seu país na grande final da competição.

De acordo com o escritó-rio do presidente alemão, Jo-

Respeito!ta disso. Também sofremos muito em 2006, mas demos a volta por cima. Voltarei, em férias, para visitar esse lindo Brasil’’, disse

A mensagem faz menção à Copa do Mundo de 2006, quando a Alemanha viu o sonho de ser campeã em casa escapar pelos dedos na semifinal. Se não teve a hu-milhação da goleada, a que-da alemã teve contornos trá-gicos. Depois do empate por 0 a 0 no tempo normal, os anfitriões sofreram dois gols da Itália no final do segundo tempo da prorrogação e tive-ram que se contentar com a terceira colocação.

Se a seleção se manifes-tou oficialmente, os joga-dores também mandaram mensagens de apoio ao Bra-sil. O meia Özil, por exem-plo, usou sua página no Fa-cebook para postar uma foto de um torcedor brasileiro chorando, abraçado ao que parece ser sua filha ou neta, e comentou: “Vocês têm um país maravilhoso, um povo fantástico e jogadores incrí-veis. Lugar que amo’’, disse.

Angela Merkel confirma que assiste à decisãoachim Gauck, tanto ele quan-to Merkel estão confirmados no Maracanã para a decisão. Depois de aplicar a histórica goleada de 7 a 1 diante do Brasil, em Belo Horizonte, pela semifinal, a equipe do técnico Joachim Löw dispu-tará o título. Esta será a se-gunda partida que Merkel acompanhará nesta Copa do Mundo. A chanceler esteve na estreia, na vitória por 4 a 0 diante de Portugal.

Cabrália festeja seleção alemã

DA REDAÇÃO - Podolski se emocio-nou com a recepção aos alemães, na volta à Bahia, e disse: “Res-peitem a amarelinha. Tudo que jogamos aprendemos com vocês. O futebol do Brasil é maravilhoso. Ninguém pode negar’’. O craque falou após a festa que os moradores de Santa Cruz de Cabrália fizeram. Mesmo debai-xo de muita chuva, centenas de

pessoas esperaram o ônibus dos alemães e soltaram fogos de arti-fício na chegada da delegação. As frases, em cartazes, diziam: “se você não pode vencê-los, junte--se a eles’’. A recepção emocionou demais os alemães, que prometeram lu-tar com todas as forças para con-quistar o título e dedicar ao povo que representa o país do futebol.Muitos dos torcedores cantaram “Alemanha, Alemanha, Alema-nha” enquanto os fogos de artifí-cio iluminavam a noite: “Um time que joga como o Brasil’’, gritavam.

Consolo - Schweinsteiger fez elogios ao Brasil,

assim como colegas

ALEX SILVA/AE


7copa 2014

Resultado reverte em gozação mundial

ESTADÃO CONTEÚDO - Como não poderia deixar de ser, Die-go Maradona comentou a humilhante derrota por 7 a 1 da Seleção Brasileira para a Alemanha na semifinal da Copa do Mundo. Para o craque do Mundial de 1986, a goleada sofrida pelo Brasil “não se compara” aos 4 a 0 sofridos pela Argentina con-tra os mesmos alemães nas quartas de final do Mundial de 2010, quando ele era o técnico argentino, e arra-nhou a imagem dos penta-campeões mundiais.

Maradona diz que já es-perava uma seleção alemã superior à brasileira, mas não uma diferença tão grande a ponto de levar o Brasil a so-frer a maior goleada em seus cem anos de história. O Bra-sil só havia sido goleado por tamanha diferença de gols pelo Uruguai, no Campeo-nato Sul-Americano de 1920, quando perdeu por 6 a 0.

“Eu havia dito que a Ale-manha era melhor que o Brasil, que não atuou bem desde o começo, mas eu não achava que a Alemanha se-ria tão devastadora”, afirmou o craque argentino ao pro-grama “De Zurda”, da tevê venezuelana Telesur. “A pior consequência para o Brasil é o dano para sua imagem. A Alemanha é forte, mas os jogadores brasileiros sim-plesmente não entraram em campo”, completou.

Na análise de Maradona, as principais falhas da Sele-ção Brasileira se deram no meio de campo e na defesa. “O Brasil não parou ninguém no meio, e os zagueiros Dan-te e David Luiz estavam sem sintonia”, disse.

Técnico da Argentina no Mundial de 2010, Marado-na também foi derrotado de forma dura, por 4 a 0, pelos alemães nas quartas de final do torneio daquele ano.

ESTADÃO CONTEÚDO - A vexatória goleada de 7 a 1 sofrida pela Seleção diante da Alemanha, na última terça-feira, mexeu com a emoção dos brasilei-ros. Muitos deles reagiram com raiva, como Wagner Ribeiro, empresário, entre outros, do atacante Neymar. E ele deixou bem claro quem considera o principal culpa-do pelo fiasco: o técnico Luiz Felipe Scolari, a quem não poupou críticas.

Em sua página no Twit-ter, Wagner Ribeiro escre-veu o que considera “os seis quesitos para ser técnico da Seleção Brasileira”, nos quais ironizou e desqualificou Fe-lipão. Entre um desses “pas-sos”, o sexto para ser mais preciso, o empresário dispa-rou: “Ser velho babaca, arro-gante, asqueroso, prepotente e ridículo”.

Wagner Ribeiro é um dos empresários mais conhe-cidos do futebol brasileiro. Além de Neymar, ele agen-cia outros jogadores do País, como o meia Lucas, do Paris Saint-Germain, que acabou ficando de fora da convoca-ção para a Copa do Mundo.

Nos outros “passos” cita-dos, o empresário relembrou alguns insucessos da carrei-ra de Felipão. Ele criticou a passagem do técnico pela se-leção portuguesa, com a qual foi vice-campeão da Euroco-pa de 2004 e quarto coloca-do na Copa do Mundo de 2006. “Ir treinar a seleção de Portugal e não ganhar nada”, comentou Wagner.

Depois de Portugal, Fe-lipão passou pelo Chelsea e pelo Bunyodkor, do Uzbe-quistão, trabalhos também criticados pelo empresário Wagner Ribeiro.

ESTADÃO CONTEÚDO - A histórica goleada sofrida pelo Brasil na última terça-feira, pela semifinal da Copa do Mun-do, repercutiu na imprensa mundial ontem. E os jornais do Exterior são quase unâni-mes na tentativa de definir o 7 a 1 aplicado no Mineirão pela Alemanha, que disputa-rá neste domingo a final da competição: “Humilhação” é a palavra mais utilizada por eles. Só na Espanha, três dos principais diários esportivos do país usaram a palavra em suas capas. “Humilha-

Maradona diz que Brasil não jogou nada

Maradona - “Não vi o time do Brasil entrar em campo contra a Alemanha”

‘‘Velho arrogante e prepotente’’

Ghiggia não vê comparaçõesESTADÃO CONTEÚDO - Herói do Uru-guai na vitória por 2 a 1 sobre a Seleção Brasileira na final da Copa de 1950, que ficou conhecida como “Maracanazo”, o ex-jogador Alcides Ghiggia disse não concor-dar com quem afirma que a derro-ta do Brasil para a Alemanha por 7 a 1, no dia anterior, pela semifinal do Mundial, seja a maior da histó-ria do País. Segundo o uruguaio, não se pode comparar as duas partidas, pois a de 64 anos atrás foi disputada em uma fase mais importante da competição.Apesar de afirmar que, assim

como na derrota de 1950, a terça--feira “foi um dia muito triste para todo o povo brasileiro”, Ghiggia argumentou que perder uma fi-nal em casa é incomparável. “O Maracanazo é diferente porque é uma final”, afirmou o ex-jogador uruguaio, autor do gol do título na-quela decisão no Maracanã.Ghiggia dissse que a Alemanha é a melhor seleção do Mundial.

ção mundial” dizia o Marca em bom português sobre a goleada. “Humilhação” era a manchete sucinta do Mundo Deportivo. “Humilhação es-portiva, fracasso” estampava a capa do Sport.

Na Itália, o tom era seme-lhante. “Humilhado”, dizia a capa do Corriere dello Sport com a foto de David Luiz. O zagueiro, tão elogiado ao lon-go do Mundial, se tornou o preferido da imprensa euro-peia para ilustrar o fracasso brasileiro. A Gazzetta dello Sport destacou os alemães.

Junia Carvalho/imprensa mG

Danilo BorGes/portal Da Copa


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Pacto - Parreira crê que união é a única saída

ESTADÃO CONTEÚDO - Sobrou para Hulk por causa da elimina-ção da Seleção Brasileira da Copa do Mundo. Ou melhor, para um boneco de isopor do super-herói, colocado há três semanas na porta do restau-rante que fica a 50 metros da entrada da Granja Comary, caminho obrigatório para o CT da Seleção. Na madruga-da de ontem a peça teve a ca-beça arrancada e o corpo foi dividido ao meio. De acordo como uma testemunha, um homem desceu de um carro e decepou o boneco.

Pela manhã, o que restou do Hulk foi removido para dentro da Granja Comary. No local em que estava agora há duas esculturas de ferro, uma delas com a inscrição JC, em alusão ao goleiro Ju-lio Cesar. Não há pistas sobre quem destruiu a estátua do atacante da Seleção.

ESTADÃO CONTEÚDO - A comissão técnica da Seleção admite que o futebol brasi-leiro precisa rever alguns conceitos e implantar novos modelos de adminis-tração. O coordenador Carlos Alberto Parreira disse na entrevista concedida na tarde de ontem, na Granja Coma-ry, que o impacto da derrota por 7 a 1 para Alemanha é sim uma grande oportunidade que o Brasil tem para se reorganizar. Parreira aponta o modelo da Alemanha como o ideal para dar início a um novo caminho.

Ainda amargurados com o que eles da comissão técnica chamaram de tsunami, quase 24 horas depois do ve-

Perdido!ESTADÃO CONTEÚDO - O técnico Luiz Felipe Sco-lari continua sem ter explicação para a hu-milhante derrota da Seleção Brasileira por 7 a 1 para a Alemanha. Ontem, na Granja Comary, em Teresópolis (RJ), ele disse que nem havia conversado com os jogadores sobre o desastre do estádio do Mineirão, no dia anterior, em Belo Horizonte. Ao ser bombardeado de perguntas admitiu não saber o que se passou. “Se eu pudesse res-ponder com consciência o que aconteceu naqueles seis minutos, eu responderia. Mas também não sei”.

Felipão continuou batendo na tecla de que o Brasil fazia boa partida, apesar de ter tomado o primeiro gol com apenas dez minutos, e que a goleada foi desenha-da nos tais seis minutos de intervalo en-tre o segundo e o quinto gol dos alemães.

“Tomamos um contra-ataque e toma-mos o primeiro gol de bola parada em vinte e poucos jogos. Nós sabíamos, estu-damos [a jogada de escanteio do adversá-rio], mas tomamos aquele gol. Tomamos o segundo e na saída de bola o terceiro. Aí houve uma pane geral, da comissão técnica, dos jogadores. Ninguém enten-dia o que estava acontecendo e a equipe da Alemanha aproveitou a oportunida-de”, afirmou Felipão, que compareceu à entrevista coletiva acompanhado de to-dos os integrantes da comissão técnica.

O treinador se baseou nos números positivos da Seleção desde que assumiu o cargo para defender o trabalho.

Não sabe - Felipão diz que não há

explicação para o que aconteceu

Estátua de Hulk é decepada na Granja

Neymar diz que volta para a Seleção ainda hoje

Parreira aprova modelo alemão para reestruturar

ESTADÃO CONTEÚDO - Felipão recebeu na ma-nhã de ontem um telefonema de Neymar di-zendo que vai se juntar à Seleção Brasileira novamente hoje. O atacante deseja ficar com o grupo neste último suspiro na tentativa de acabar a Copa do Mundo em terceiro lugar, uma condição, segundo o próprio treinador, que não mudará o vexame histórico contra os alemães na semifinal.

“Uma nova derrota, uma nova decepção, vai piorar tudo. Sabemos disso. E o terceiro lugar não vai, da mesma forma, mudar nada, ou muda muito pouco o que aconteceu em Minas. Mas temos de trabalhar com objetivos

e o nosso sonho agora, menor, é ficar em ter-ceiro lugar”, disse Felipão, que aceitou pron-tamente o retorno de Neymar à Granja Coma-ry, em Teresópolis. O atacante recupera-se de fratura na terceira vértebra da coluna, so-frida no jogo de sexta-feira com a Colômbia, que o tirou da disputa da Copa.

Felipão ainda vai conversar com seus jogadores sobre o que ele chamou de “pane dos seis minutos” durante a derrota por 7 a 1, na terça-feira, no Mineirão. Confessou que não tinha como falar nada com eles sem rever o jogo com a Alemanha, receber os números da partida e entender o que aconteceu em campo. “Ainda não sei o que aconteceu. Se soubesse, falaria para vocês. Tenho de con-versar com eles também para saber como vamos jogar sábado”.

xame no Mineirão, Felipão e Parreira elencaram alguns pontos que devem ser atacados para mudar o futebol brasileiro. Aceitam até fazer um pacto com todas as esferas - administrativa, treinadores e jogadores - para implan-tar um novo método de trabalho.

“É um bom momento sim para se discutir o nosso futebol, que já caiu ou-tras vezes mas continua grande e vai sobreviver a mais essa catástrofe. En-tendo que o trabalho da Alemanha é um exemplo. Nós aqui no Brasil temos um centro de treinamento [Granja Co-mary] à disposição da Seleção. Lá eles têm 25, um para cada situação’’, disse.

RicaRdo-StuckeRt/cBF

RaFael RiBeiRo/cBF

São Paulo, quinta-feira, 10 de julho de 2014 | 7131 | Ano 39 Venda Proibida

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Metrô News 10/07/2014