Micro Economia

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Curso de Cincias AtuariaisMANUAL DE ACOMPANHAMENTO DE AULA DA

Disciplina ASPECTOS DE MICROECONOMIA

2 SEMESTRE DE 2010.II

Manual de Acompanhamento de Aula N 001/2010 Rev 0 13/07/2010 Contedo: Material a ser utilizado em sala de aula + cinco exerccios com um total de treze questes sobre a matria, a serem resolvidos em casa pelo aluno(a).

Curso: Cincias Atuariais Disciplina: Aspectos de MicroeconomiaFrancisco DE ASEVEDO

MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pg.:2de39 Perodo: C/Horria: 30h/a Crdito: 3,0 N 001/2010Rev 0 Data: 13/07/2010 Noite/ Horrio: Cd. Campus: Sala:

Sumrio

1.1 - Introduo 1.2 - Conceitos Bsicos 1.2.1- Conceito de Economia 1.3 - Origem do nome Economia 1.4 - Noes sobre a Evoluo do Pensamento Econmico 1.5 - Diviso da Economia 1.6 - Os lados da Economia (real e monetrio) 1.7 - Os sistemas econmicos 1.8 - As necessidades humanas ou econmicas 1.9 - Conceito e classificao dos bens e servios 1.9.1 - Conceito 1.9.2 - Classificao 2.1 - Viso geral de uma Economia de mercado 2.2 - O problema econmico 2.2.1- Escassez 2.2.2 - Escolha 2.2.3 - Curva de possibilidade de produo 2.2.4 - Custo de oportunidade

I - NOOES DE INTRODUO ECONOMIA

II - FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO

3.1 - Introduo 3.2 - O mercado sob o enfoque do consumidor e do produtor 3.2.1 - Anlise da demanda 3.2.2 - Anlise da oferta 3.2.3 - Preos e quantidades de equilbrio 3.2.3.1 - Mudana no ponto de equilbrio 3.2.4 - Elasticidade 3.2.4.1 - Conceito e objetivo 3.2.4.2 - Elasticidade preo da demanda 3.2.4.3 - Elasticidade preo da oferta 3.2.5 - Anlise das estruturas de mercado 3.2.5.2 - Tipos de estrutura de mercado 3.2.6 - Funo de produo 3.2.6.1 - Caracterizao dos recursos econmicos 3.2.6.2 - Classificao e representao dos recursos econmicos 3.2.6.3 - Exemplo ilustrativo do processo de produo 3.2.6.4 - Destino da produo 3.2.6.5 - Produo e o curto prazo 3.2.6.6 - Como mensurar a produtividade da mo-de-obra e dos bens de capital 3.2.7 - Os custos de produo (uma noo vista sob a tica econmica) 3.2.7.1 - Introduo, conceito e classificao de custos 3.2.7.1.1 - Introduo 3.2.7.1.2 - Conceito 3.2.7.3 - Importncia de uma boa gesto de custos 3.2.7.4 - M gesto de custos 3.2.7.5 - Classificao dos custos em relao ao produto ou servio produzido (alocao) 3.2.7.6 - Classificao dos custos quanto a variabilidade 3.2.8 - Noo de despesa 4.1 - Introduo 4.2 - Noo de formao de preos 4.2.1 - Noo de formao de preos de venda em empresa industrial 4.2.2 - Noo de formao de preos de venda em empresa comercial 4.2.3 - Noo de formao de preos de venda em empresa prestadora de servios

III NOES DE MICROECONOMIA

IV - SISTEMA E FORMAO DE PREOS

V - BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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I - NOES DE INTRODUO ECONOMIA 1.1 - IntroduoA Economia faz parte do cotidiano das pessoas, das empresas, das entidades pblicas, dos governos (nas trs esferas), independentemente de elas (pessoas fsicas ou jurdicas) serem trabalhadores, consumidores, produtores, prestadores de servios, governos, em qualquer parte do mundo. Portanto, sumamente importante que voc estude Economia, no somente para entender melhor o mundo, o seu pas, as relaes de consumo, de trabalho, de preos, do papel do governo, do papel das empresas, etc. mas, para que voc possa aprender a tomar as melhores decises enquanto profissional e gestor (no importa se voc engenheiro, administrador de empresa, contador, aturio, advogado, economista,...) na empresa em que voc trabalha, assim como, na sua prpria casa 1. Estudar Economia ir ajud-lo a ter subsdios para alocar os recursos existentes (que na maioria das vezes so escassos) da melhor forma possvel, ou seja, saber escolher, dentre muitas variveis, aquela que realmente deve receber os recursos e/ou investimentos 2.

1.2 - Conceitos bsicos 1.2.1 - Conceito de EconomiaTrata-se de uma Cincia Social que estuda como o indivduo e a sociedade, decidem utilizar os recursos produtivos, na produo de bens e servios de modo a distribuir entre os vrios segmentos da sociedade, cujo objetivo o de satisfazer as necessidades humanas3. Segundo Sandroni, Economia a Cincia que estuda as relaes sociais de produo, circulao e distribuio de bens materiais. Pode ser ainda, a Cincia Social que estuda e trata de assuntos pertinentes a Economia no que tange a alocao dos recursos, que normalmente so escassos, utilizados na produo de bens e servios para o atendimento das necessidades humanas4.

1.3 - Origem do nome EconomiaA origem do nome Economia (OIKONOMIA) vem do grego Oikos e nomos (oikos quer dizer casa) e (Nomos quer dizer norma, lei). Adaptando para o nosso idioma ficaria Administrao da Casa, ou Administrao da Coisa Pblica 5

- Gastaldi, J.P. Elementos de Economia Poltica. Saraiva, 2005. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 3 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 4 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 5 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.1 2

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1.4 - Noo sobre a Evoluo da Economia e do Pensamento EconmicoGrcia Antiga (a.C) Plato; Aristteles; Xenofonte; entre outros outros Feudalismo (Sc.XI e XIV) Nobreza e Clero Mercantilismo (Sc.XVI-XVIII) Jean Batiste Colbert, Jean Bodin, Josiah Child, entre outros

Pensavam e discutiam sobre a Economia, assim como, discutiam tambm sobre: Filosofia, Direito, Sociologia e Outras Cincias... O tempo passou e manifestou-se a necessidade de reorganizao por parte dos povos. Surgiu ento o FEUDALISMO. Uma organizao social e poltica, que teve o seu ponto alto entre os Sc.XI e XIV, onde a terra era o maior smbolo de riqueza e poder. A Economia era de subsistncia (produo para o consumo da comunidade) - controle da nobreza e clero. Tratava-se de um conjunto de idias e prticas econmicas, atravs das quais eram defendidas: - O fortalecimento do Estado por meio de riqueza (acumulo de divisas em metais preciosos); - Controle governamental sobre a economia, incremento da tributao. - Priorizao das exportaes, de uma balana comercial superavitria, do comrcio e da indstria, deixando a agricultura num segundo plano. Fisiocracia vem da palavra Grega phisis (natureza) e cratos (poder) =GOVERNO DA NATUREZA)) Defendiam, entre outras coisas:

Fisiocracia Francesa (Sc XVIII) Franois Quesnay; Robert Jacques Tourgon; Du Pont de Nemours, entre outros

Escola Clssica (Sc XVIII ) Adam Smith; Jean Batiste Say; Divid Ricardo; Stuart Mill; Malthus, entre outros Perodo Neoclssico (Escola Neoclssica - 1900) Alfred Marshall

- A micro-economia (atravs de estudo do comportamento dos consumidores e dos produtores); - A Teoria do Capital e dos Juros; - A Teoria do Desenvolvimento Econmico; e para a - A alocao tima dos recursos.

- Um imposto nico que deveria incidir sobre a propriedade; - O livre comrcio e livre empresa fora do controle governamental; - O Estado deveria cuidar somente da manuteno da ordem, distribuio da justia, controlar as despesas pblicas; e - Combatiam as idias mercantilistas. - Foram os precursores da moderna Teoria Econmica, composta de um conjunto cientfico e sistematizado (a economia adquiriu carter cientfico integral, a partir da). Defendiam, entre outras coisas, que a Economia... - Deveria ser baseado nas leis de mercado e que o Estado no deveria intervir nas leis desse mercado e nem na prtica econmica. Alfred Marshall, atravs de seus estudos ajudou a destaque para:

Keynesianismo (1936) (John Maynard Keynes)

Desenvolvimento Recente da Economia (1970 para c)

John Maynard Keynes, grande estudioso e economista Ingls, que tornou-se muito mais conhecido a partir do incio dos anos trinta. Defendia, em funo dos graves problemas econmicos naquele momento, entre outros, que: - O Estado deveria atuar de forma ativa para ajudar criar empregos, baixar a taxa de juros e estimular os investimentos; - O nvel de emprego numa economia capitalista, dependia da demanda por bens e servios, para a qual deveria existir uma capacidade de pagamento como contrapartida; - O controle do Estado na Economia, de forma branda, no sentido de corrigir as eventuais deficincias da atividade privada. Houve grande transformao no campo econmico a partir dessa dcada, , tanto positivas quanto negativas, tendo em vista a uma srie de questes e problemas, vividos pela economia, entre esses problemas: Negativos: Crises do petrleo; crises financeiras mundiais; crises economias mundiais

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que passaram por perodos de recesso muito forte, desemprego, etc... Positivas: Desenvolvimento da informtica; Incorporao de tcnicas e conceitos de equilbrio de mercado; Evoluo dos mercados financeiros (Bolsas de Valores; Bolsas de Mercadorias (ou Commodityes). Houve tambm uma evoluo na direo de estudos sobre o comportamento dos agentes econmicos (famlias, empresas e governo) 6.

1.5 - Diviso da EconomiaCada autor divide esta Cincia de uma forma. J.Batiste Say, por exemplo, deu nome a sua diviso de Diviso Tripartida, ou seja, para ele a economia deveria se dividia em Produo; Repartio; e Consumo. Entretanto, possvel encontrar uma srie de outras divises da Economia, com a mesma finalidade, que didtica e metodolgica. Para Vasconcellos, por exemplo, a Economia se divide em microeconomia, macroeconomia, pode ser incluso nesse contexto: novos modelos de desenvolvimento econmico, economia internacional e as relaes entre capital e trabalho. A microeconomia, que conhecida tambm como teoria dos preos. No que diz respeito s empresas, a microeconomia pode auxili-las nas questes, como por exemplo: previses de demanda, poltica de preos da empresa, alternativas de produo, ampliao da empresa, 7 etc. Macroeconomia: estuda a economia como um todo. Estuda tambm a determinao e o comportamento dos grandes agregados, como por exemplo, produto interno bruto, poupana, Investimento agregado, e outros 8... Economia internacional: objetivo o de estudar as relaes de troca entre os pases e seus fluxos financeiros 9. As relaes entre capital e trabalho: estuda o comportamento dos vrios setores da atividade produtiva ou capital e trabalho 10.

1.6 - Os lados da Economia: lado REAL e lado MONETRIOA economia possui dois lados. Um conhecido como lado real e o outro como lado monetrio. Ambos, de qualquer forma, so extremamente importantes para o conjunto da Economia, vejamos: O lado real analisa e cuida dos mercados de bens e servios e do mercado de trabalho, cujas variveis determinantes so: produto nacional; nvel geral de preos; nvel de emprego; e salrios nominais 11.

- Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 8 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 9 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 10 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 11 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.6 7

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O lado monetrio, por sua vez, analisa e cuida do mercado financeiro (tanto o mercado monetrio quanto o de ttulos) e do mercado de divisas, cujas variveis determinantes so: taxa de juros; estoque de moeda; e taxa de cmbio 12. O lado monetrio muito importante para que sejam determinadas as transaes econmicas, isto , os financiamentos de aquisio de bens e servios para as pessoas fsicas e jurdicas, financiar as empresas em geral, disponibilizar recursos para compor ou recompor o capital de giro das empresas, etc.Mercado de Bens e Servios -----------------------------Mercado de Trabalho Produto Nacional Nvel Geral de Preos ----------------------------Nvel de Emprego Salrios Nominais

LADO REAL

LADO MONETRIO

Mercado Financeiro (monetrio e ttulos) -----------------------------Mercado de Divisas

Taxa de Juros Estoque de Moeda ---------------------------Taxa de Cmbio

1.7 - Sistemas EconmicosUm sistema econmico uma estrutura econmica e poltica que escolhida por uma sociedade, ou por sua maioria, onde so assumidos, entre outras coisas:o tipo de gesto da economia

o tipo de propriedade (privada ou estatal)

os nveis de desenvolvimento econmico e tecnolgico

os nveis de consumo Etc...

Em fim, a forma de como a sociedade ir se organizar para desenvolver as atividades econmicas relacionadas : produo; circulao; distribuio de bens e servios; etc. Um sistema econmico formado por um conjunto de organizaes que pode ser traduzido em trs grupos bsicos, qual seja: estoque de recursos produtivos; empresas; e as instituies 13. O estoque de recursos produtivos, diz respeito prpria atividade econmica, ou seja, inclui os recursos produtivos em geral (recursos humanos, tecnologia, capacidade empresarial, capital fsico, etc). As empresas, so unidades produtoras integrantes do aparelho produtivo. Produzem bens servios para a sociedade (para satisfazer as suas necessidades), criam emprego, renda, pagam impostos, etc.

12 13

- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.

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As instituies, dizem respeito a um conjunto de instituies de ordem jurdica, econmicas e polticas, existentes para estabelecer e delimitar direitos, deveres e responsabilidades dos agentes econmicos, ou seja, das famlias, das empresas e do prprio governo. Atualmente so reconhecidos dois tipos de sistemas econmicos. Um deles o sistema capitalista e o outro e o sistema socialista... Capitalista: Sistema Econmico e Social, predominante na maioria dos pases industrializados ou em industrializao, e regido pela ECONOMIA DE MERCADO. Esse sistema, dependendo do pas, possui um mtodo prprio de se regular onde a interferncia do governo num todo tende a ser pouca. Neste sistema, os meios ou fatores de produo pertencem iniciativa privada, que administra e controla o funcionamento da economia, da produo de bens e servios, determina seus meios (meios de produo), objetivos e prazos; determina os mtodos de emprego dos fatores de produo; controla os custos da produo; e organiza a distribuio dos bens produzidos para os mercados interno e externo normalmente de acordo com os seus interesses, e esses interesses, esto sempre voltados para a maximizao do lucro 14. O sistema capitalista possui muitos crticos, e algumas dessas crticas diz respeito, segundo alguns autores 15 a explorao da mo-de-obra pelo capital, distores no funcionamento do sistema de preos. Pode-se agregar ao contexto, pobreza extrema, diferena extrema entre as classes sociais, concentrao de renda (portanto, m distribuio de renda), etc. Mas h pontos muito importantes nesse sistema, por exemplo, eficincia na alocao dos recursos produtivos, gerao de riqueza, eficincia produtiva, desenvolvimento de tecnologias voltada para melhorar o nvel de vida da sociedade, grande competitividade entre as empresas e melhoria no nvel de vida das sociedades. Socialista: Sistema Econmico e Social voltado para os interesses dos trabalhadores. Nesse sistema defendida a organizao de uma sociedade igualitria e livre das relaes de explorao entre as classes sociais. (segundo essa teoria o interesse coletivo deve se sobrepor sobre o individual). O Estado (governo) quem administra: a produo, determina seus meios, objetivos e prazos; determina os mtodos de emprego dos fatores de produo; controla, os custos da produo; os preos dos produtos; controla os mecanismos de distribuio; dimensiona o consumo. Assim, como no capitalismo, o socialismo tambm apresenta qualidades e problemas, vejamos alguns desses problemas: falta de liberdade poltica (Estado autocrtico), o Estado, na maioria das vezes, no leva em conta os reais anseios da sociedade, pouca eficincia produtiva, nvel de consumo limitado, etc. Quando se fala em qualidade, por exemplo, pode-se listar: sistema de sade e de educao com acesso irrestrito, lazer, etc.

1.8 - Necessidades Humanas ou Necessidades EconmicasTrata-se do elemento-chave da atividade econmica, ou seja, as necessidades humanas desde os primrdios, foram consideradas como o fator motivador e o ponto de partida para as atividades econmicas 16.- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 16 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.14 15

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As necessidades se derivam do desejo do HOMEM 17(referncia a ambos os sexos) e se apresentam de vrias formas. Algumas necessidades tm pressa, isto , devem ser atendidas imediatamente, enquanto outras, podem esperar, ou seja, podem ser atendidas de forma gradativa 18. O que vem ser uma Necessidade Humana? So exigncias, carncias ou falta de bens e servios (pblicos ou privados), necessrios para satisfazerem as necessidades individuais ou coletivas da sociedade. que para viver, o HOMEM (referncia a ambos os sexos) tem que suprir suas necessidades ligadas alimentao, vesturio, moradia, lazer, etc...existem tipos de necessidades: Exemplo de necessidades...

Primrias, bsicas ou biolgicas Secundrias Tercirias ou coletivas ou sociais

Alimentao; vesturio; sade; moradia; educao; lazer; transporte; higiene... Adquirir um carro, beber um copo de cerveja... Manuteno da ordem pblica...

1.9 - Conceito e Classificao de Bens e Servios 1.9.1 - ConceitoOs bens so primordiais para o atendimento das necessidades dos diversos segmentos de uma sociedade. E o que vem ser bem e servios? BEM : tudo aquilo que tem utilidade e pode satisfazer as necessidades humanas. Os bens so escassos e demandam trabalho humano na sua elaborao e produo 19. SERVIOS: So produtos que se derivam das atividades ligadas ao setor tercirio da Economia e so produtos intangveis. Em funo da grande demanda, se desenvolvem principalmente, nos grandes centros urbanos. justamente nas grandes capitais que se encontra uma disponibilidade maior de servios. Destinam-se direta ou indiretamente a satisfazerem as necessidades humanas. Exemplo.: Servios prestados por um aturio???, por um advogado, por um administrador, por contador, por um pedreiro, cabeleireiro, sade, educao, cultura, governos, comrcio (atacadista e varejista), seguros, transportes (rodovirio, ferrovirio, aerovirio, martimo, hidrovirio, etc., publicidade 20...Participao Mdia dos Setores da Economia no PIB do BrasilFonte: Mendes, 2009

Setor Tercirio 57%

Setor Secundrio 33%

Setor Primrio 10%

- Referncia a ambos os sexos - Gastaldi, J.P. Elementos de Economia Poltica. Saraiva, 2005. 19 - Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2001. 20 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.17 18

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1.9.2 - Classificao dos bens e servios 21:SEGUNDO O(S) AUTOR(ES) Martins Passos e Otto Nogami Quanto a RARIDADE ou CARTER, os bens se classificam em: Quanto a NATUREZA, os bens se classificam em: Quanto ao DESTINO, os bens se classificam em bens de: Os bens podem se classificar tambm em: INTERMEDIRIOS

Livres

Existem em quantidades ilimitadas; podem ser obtidos com pouco ou nenhum esforo humano. Ex.: luz do sol e o ar Econmicos = So escassos (em alguns casos so relativamente escassos). necessrio esforo humano para sua produo, possuem um preo ($)

Materiais

Imateriais ou servios = So

So tangveis, podem ser estocados, possuem peso,altura,comprime nto (forma), etc.

Consumo:Durveis(eletrodomsticos, carro) (gneros alimentcios). Mquinas,equipamento s e instalaes fabris, utilizados para produzir outros bens. So conhecidos tambm como: capital fsico, ou bens de produo.

Bens de consumo No durveis: Capital:

intangveis, no podem ser estocados Ex.:Servios.

Neste caso eles necessitam de transformao para atingirem sua forma definitiva. Exemplo: Chapa de ferro, borracha, etc, utilizados na indstria automotiva.

II FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE MERCADO 2.1 - Viso Geral de uma Economia de MercadoUma das caractersticas de uma economia de mercado que os preos dos bens e servios tendem a ser formados segundo a uma correlao entre a oferta e a demanda. Isto significa dizer que maior oferta de bens ou servios o preo tende a cair e menor oferta de bens ou servios o preo tende a subir 22. Quantidades maiores ou excesso de oferta ou escassez de demanda Excesso de demanda (ou falta de oferta) Trazem como conseqncia a diminuio dos preos de mercado. Trar em conseqncia um aumento de preos em funo da demanda crescente

De qualquer forma essa uma viso geral da economia, que permite entender que as empresas, baseadas nas necessidades das famlias, fornecem bens e servios de consumo para essas famlias, e as famlias com base nas necessidades das empresas, fornecem fatores de produo, em especial a fora de trabalho 23.

- Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2001. - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 23 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.21.

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MERCADO DE BENS E SERVIOSDEMANDA BENS E SERVIOS(DIVERSAS MERCADORIAIS, ALIMENTOS, SERVIOS, ETC)(VRIAS MERCADORIAS, ALIMENTOS, SERVIOS, ETC)

OFERTA BENS E SERVIOS

FAMLIASFORNECE FATORES DE PRODUO (POR EXEMPLO: MO-DE-OBRA,....

EMPRESAS

DEMANDA DE FATORES DE PRODUO (POR EXEMPLO:MODE-OBRA...

MERCADO DE FATORES DE PRODUOFonte: Vasconcelos (2006)

2.2 - O Problema Econmico 2.2.1 - EscassezUm dos grandes problemas enfrentados pela Economia a questo da escassez. E o que vem ser escassez? Diz respeito a uma situao que retrata a limitao de recursos (recursos materiais, financeiros, humanos, etc que permitem produzir outros bens para o consumo das famlias). Em funo dessa questo quando se produz um bem em maior quantidade os pases ficam obrigados a produzirem um outro bem em quantidades menores 24. A escassez de recursos um fenmeno presente em todos os pases, mesmo nos pases ricos, em funo de vrios fatores: do desejo ilimitado dos diversos segmentos populacionais aptos e dispostos a consumir bens e servios cada vez mais, da elevao do padro de vida de segmentos sociais nos pases ricos e pases emergentes, e de milhares de pessoas por todo o mundo, que se inserem no mercado atravs do efeito renda 25.

2.2.2 - EscolhaTendo em vista o que foi visto no pargrafo anterior sobre a escassez de recursos, fica claro que as sociedades dos pases no dispem dos recursos em quantidades suficientes para produzir os bens e servios que atenda ao desejo de todos. Surge ento, o grande dilema que o da escolha: o que produzir, quanto produzir, como produzir e para quem produzir. O quadro abaixo mostra como a sociedade, atravs dos seus diversos segmentos sociais, interferem nesta questo.

24 25

- Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.

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As famlias ou consumidores, por exemplo, fazem valer sua soberania (soberania do consumidor) e influenciam no que deve ser produzido em maiores quantidades em dado momento, isto , se deve ser produzido mais bens de consumo ou mais bens de capital 26. O segmento empresarial, por sua vez, procura captar os sinais da populao, e procura tambm, incrementar a produo dos bens e servios baseado naqueles bens e servios que proporcionem uma maior rentabilidade 27.Esta questo pode ser decidida pelos detentores dos fatores de produo (empresrios) que iro decidir o que produzir H entretanto, uma outra viso sobre esta questo, ou seja, a sociedade deve decidir ou influenciar, se num dado momento, deve ser produzido mais bens de consumo ou mais bens de capital

O QUE PRODUZIR

Mais BENS de CONSUMO ou mais BENS de CAPITAL?. natural que pela tica do empresrio est questo esteja ligada a RENTABILIDADE dos bens e servios. Ou seja, quanto maior for o preo desses bens ou servios no mercado, maior tendncia e possibilidade de maior produo... Esta questo est ligada ao desejo da sociedade, ao poder de escolha e presso dessa sociedade, ao voto e a prpria soberania do consumidor... - Demanda de mercado; - Meios de produo; - Recursos produtivos disponveis; e - Na capacidade instalada para produo. Essa questo est ligada eficincia produtiva das empresas de cada pas, por exemplo: - Tecnologia utilizada (nvel tecnolgico); - Mtodos de produo avanados; - Disponibilidade dos recursos produtivos (fatores de produo em quantidade e em qualidade). Os segmentos sociais com bom nvel de renda ou com melhor renda so os segmentos a quem sero destinados os bens e servios produzidos. Isto vale para o mercado interno, como tambm, para o mercado externo.

QUANTO PRODUZIR

So os detentores dos fatores de produo (empresrios) e em que quantidades produzir que vo decidir, baseados na...

COMO PRODUZIR

So tambm os detentores dos fatores de produo (empresrios) que iro decidir como produzir

PARA QUEM PRODUZIR

Cabe tambm ao segmento empresarial a decidir para quem sero distribudos os bens e servios produzidos

A sociedade tambm pode decidir ou Segmento de mercado interno ou segmento de influenciar nesta questo, ou seja, quais os setores que devem ser mais mercado externo. beneficiados num dado momento... O Que, Quanto, Como e Para Quem Produzir, como funciona em uma economia de pases socialistas (economias

planificadas ou centralizadas)? Nesses pases essa deciso tomada pelo Estado, que na maioria das vezes, no leva em conta as reais necessidades e anseios da sociedade.

2.2.3 - Curva de Possibilidade de Produo (CPP) ou Fronteira de Possibilidade de Produo ou Curva de TransformaoA Curva de Possibilidade de Produo (CPP) tambm conhecida como fronteira de possibilidade de produo ou curva de transformao, traduz o limite mximo que uma economia pode produzir, dados os recursos produtivos disponveis. Conforme j foi visto os recursos disponveis so na maioria das vezes limitados ou escassos. Ela (CPP), mostra26 27

- Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. -Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.

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tambm as alternativas de produo de uma sociedade, supondo os recursos disponveis plenamente empregados 28.

DESCRIO DO BEMFEIJO (Em MIL TON) TRATORES (Em MIL UND)

ALTERNATIVAS OU POSSIBILIDADE DE PRODUO A0 15

B3 14

C6 12

D8 10

E9 7

F10 0

Grfico e Curva de Possibilidade de Produo(Feijo em mil/ton)

10 9 8 6 3 2 1

f

e d

CPP

c b a01 2 4 7 8 10 12 14 15(Tratores

em

mil/unid)

O conceito da CPP refere-se a um dado momento, isto quer dizer que se houver 29(entre outros): Aumento na disponibilidade dos recursos produtivos; Desenvolvimento e implementao de novas tecnologias; e Melhoria na eficincia produtiva, como um todo... Poder fazer com que haja ganho na produo econmica. Neste caso, a CPP poder se deslocar para a direita e para cima (configurando esse ganho). Por outro lado, caso haja queda na disponibilizao dos fatores de produo, significa dizer que a CPP poder se deslocar para a esquerda e para baixa, configurando queda na produo de bens(exemplo abaixo) 30.Curva de Possibilidade de Produo (Ex)(Feijo em mil/ton)

CPP10

0

15

(Tratores em mil/unid)

2.2.4 - Custo de OportunidadeEsse conceito mostra tambm a questo do sacrifcio que a sociedade necessita fazer para a escolha de um produto X (digamos mais feijo) em relao ao produto Y (mais caminhes),- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 30 - Taylor, J.B. Princpios de Microeconomia. tica, 2007.28 29

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isto , renuncia um desses produtos (ou parte de um deles) para obter uma maior quantidade do outro. Isto deu origem ao conceito de custo de oportunidade ou, como chamado tambm, de custo alternativo 31.

III - NOES DE MICROECONOMIA 3.1 - IntroduoMicroeconomia vem do grego mikros (quer dizer pequeno) e trata-se da parte ou ramo da Teoria Econmica Neoclssica. conhecida tambm como teoria dos preos. Alm disso, a microeconomia tem como funo, estudar o comportamento dos consumidores (atravs da teoria do consumidor que se divide em demanda individual 32 e demanda de mercado ou global ou demanda agregada 33). Estudar tambm o comportamento dos produtores (atravs da teoria da oferta, que por sua vez, se divide em oferta da firma individual 34 e oferta de mercado 35). Estudar a teoria dos custos de produo dos bens e servios; e do mercado no qual eles (consumidores e produtores) se encontram e interagem para transacionar bens e servios 36. Estuda, ainda, a formao e determinao dos preos e quantidades de mercado de bens e servios 37. A microeconomia pode ajudar na tomada de decises do tipo: poltica de preos; previso de demanda; custos de produo; localizao da empresa; mercados, etc. Junto ao governo, no que diz respeito poltica econmica, pode contribuir para que este saiba os efeitos dos impostos sobre mercadorias, poltica de subsdios as empresas, etc38. A microeconomia se divide para facilitar seu estudo, entre outros, em anlise da demanda, anlise da oferta, anlise das estruturas de mercado, etc39.1

ANLISE DA DEMANDA ou PROCURA

1.1- DEMANDA INDIVIDUAL (Teoria do Consumidor)1.2- DEMANDA DE MERCADO

2.1 - OFERTA INDIVIDUAL 2

ANLISE DA OFERTA

2.2 - OFERTA DE MERCADO 3.1 - MERCADO DE BENS E SERVIOS

2.1.1 - TEORIA DA PRODUO e 2.1.2 - TEORIA DOS CUSTOS DE PRODUO

-

3

ANLISE DAS ESTRUTURAS DE MERCADO

3.1.1 - CONCORRNCIA PERFEITA 3.1.2 - CONCORRNCIA MONOPOLSTICA 3.1.3 - MONOPLIO 3.1.4 - OLIGOPLIO 3.2.1 - CONCORRNCIA PERFEITA 3.2.2 - MONOPSNIO 3.2.3 - OLIGOPSNIO

3.2 - MERCADO DE INSUMOS E FATORES DE PRODUO

- Taylor, J.B. Princpios de Microeconomia. tica, 2007. - Demanda individual a demanda de um s consumidor por bens e servios 33 - Demanda de mercadol (conhecida tambm como demanda global ou agregada) o somatrio de todas demandas individuais por um determinado bem ou servio. 34 - Estuda o comportamento de um ofertante de bens e servios individualmente 35 - Estudo o comportamento do conjunto de ofertantes de bens e servios 36 - Rossetti, J.P. Introduo Economia. Atlas, 2003. 37 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 38 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 39 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.31 32

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3.2 - O mercado sob o enfoque do consumidor e do produtor 3.2.1 - Anlise da DemandaSegundo Sandroni, demanda a quantidade de um bem ou servio, que o consumidor deseja, est disposto e apto a adquirir, por um determinado preo e em determinado momento (esse um conceito de demanda individual). A demanda fundamentada no conceito de utilidade. E o que vem ser utilidade? Trata-se do grau de satisfao e do bem-estar que o consumidor atribui ao bem ou ao servio consumido 40. A utilidade pode ser considerada tambm como o benefcio ou a satisfao que o consumidor obtm derivado do consumo de um bem e servio 41. Demandar maiores quantidades quando o preo est baixo, menores quantidades quando o preo est alto e conhecer o benefcio que o bem ou servio poder trazer faz parte do dia-adia e do comportamento de um consumidor racional 42. Por que o consumidor age dessa forma? natural que o consumidor se comporte assim, pois est agindo de forma racional, defendendo os seus interesses e buscando a maximizao de sua satisfao 43. Essa relao entre o preo e a quantidade do bem ou servio adquirido chamada de funo demanda 44. Outros fatores que podem determinar ou influenciar que um consumidor compre quantidades maiores ou quantidades menores de bens ou servios, em dado momento, alm daqueles que j foram listados acima (preo do bem ou servio e benefcio ou utilidade que o bem poder trazer), so eles45: Gosto e preferncia pelo produto ou servio Facilidade de aquisio do produto ou servio (facilidade de crdito:taxa de juros mais baixa, prazos mais longos Aumento do poder de compra (aumento de renda) do consumidor (conhecido como efeito-renda); As condies do produto ou servio A propaganda do produto ou servio (conforme acima mencionado) A expectativa de variao de preo do produto ou do servio A moda (est na moda ter...) As estaes do ano, etc A curva de demanda individual pode ser exemplificada e construda conforme a tabela e o grfico abaixo. Sem esquecer, conforme j acima mencionado, os principais fatores que efetivamente podem determinar que um consumidor adquira quantidades maiores ou quantidades menores de bens ou servios. Por exemplo, um consumidor disposto e apto (considerar principalmente preo do bem ou servio e renda do consumidor...) tende a adquirir as maiores quantidades possveis do bem quando o seu preo estiver acessvel 46...- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 42 - Toster e Mochn. Introduo Economia. Makron Books, 2002. 43 - Rossetti, J.P. Introduo Economia. Atlas, 2003. 44 - Samuelson, P. e Nordhaus, W. Economia. MacGraw-Hill, 2004. 45 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 46 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.40 41

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Preo ($) 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00

Qde 100 200 300 400 500

Grfico da Curva de DEMANDA INDIVIDUAL

$50,00 40,00 30,00 20,00

a b c

Curva de demanda (ou procura) individual

d e0 100 200 300 400 500 Q (quantidade)

10,00

Quantidades agregadas de bens ou servios que a totalidade dos consumidores est disposta e apta a adquirir, conhecida como demanda agregada (segundo Sandroni). A demanda agregada, conhecida tambm como demanda global ou demanda de mercado, resulta do somatrio horizontal de todas as demandas individuais (de cada consumidor), por um determinado produto ou servio. Ou seja, o somatrio das demandas individuais por um determinado bem ou servio. A demanda agregada ou global ou de mercado, pode ser construda e exemplificada graficamente, conforme os nmeros aleatrios do quadro abaixo, da seguinte forma:QUANTIDADES DEMANDADAS DE UM PRODUTO XPreo $ Demanda do Consumidor 1 Demanda do Consumidor 2 Demanda do Consumidor3 Demanda do Consumidor4 Demanda Global dos Consumidores

500,00 400,00 300,00 200,00 100,00

3 5 10 20 25

4 5 15 25 35

15 30 20 15 54

2 5 10 10 43

24 45 55 70 157

Grfico da Curva de Demanda GLOBAL

$500,00 400,00 300,00 200,00

a b c

Curva de demanda (ou procura) global

d e24 45 55 70 157 Q (quantidade)

100,00

0

Dentro do contexto dos bens demandados por uma sociedade, h aqueles que s conseguem atender as necessidades do consumidor, se complementados por outros bens. Esses bens geram automaticamente a demanda do outro. A demanda por esse tipo (ou esses tipos de bens) conceituada como demanda conjunta ou demanda complementar. Pode ser

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exemplificada por: lmpada e energia; carro e pneu; lapiseira e grafite; fsforo e cigarro 47, etc. Existem outros conceitos de demanda, como por exemplo, a demanda efetiva ou demanda solvente. Na viso de Sandroni, trata-se da demanda por bens e servios para a qual existe uma capacidade de pagamento como contra partida.

3.2.2 - Anlise da OfertaPara Passos e Nogami, a oferta trata-se de uma quantidade de um bem ou servio ofertado no mercado, por um determinado preo e em um determinado perodo de tempo. Assim como acontece com a demanda, a oferta de bens e servios, tambm pode variar de acordo com alguns fatores, entre eles, por exemplo:PREO DO BEM PREO DOS FATORES DE PRODUO TECNOLOGIA PREO DE OUTROS BENS CLIMA

PREO DO BEM: natural que quanto mais alto o preo do bem no mercado, maior tendncia de aumento das quantidades de mercado dos bens ou servios produzidos pelo produtor. Ou seja, o produtor estimulado a aumentar sua produo, aumentando tambm o fluxo dos produtos para o mercado consumidor48. O objetivo do produtor, em aumentar suas quantidades de mercado, est relacionado possibilidade de maximizar os seus lucros, o que natural. PREO DOS FATORES DE PRODUO: muito importante que esses preos estejam acessveis para o produtor (produtor do bem ou servio). Isto ir permitir que os seus custos de produo sejam mais baixos, e em conseqncia, seus produtos ou servios sejam competitivos. Exemplo: a reduo nos preos das matrias-primas 49 e de outros fatores de produo ter influncia no preo final do produto. TECNOLOGIA: um bom nvel tecnolgico, caracterizado pela introduo de mquinas e equipamentos de ponta, novas metodologias, tcnicas de produo, softwares, etc. ser sumamente importante porque permitir que as empresas possam aumentar sua produo, reduzir seus custos e apresentarem um nvel de eficincia, competitividade e lucratividade melhor 50. AUMENTO DE PREO DE OUTROS BENS: a oferta de um certo produto no mercado com aumento de seu preo, poder afetar um outro ou outros bens 51. Como exemplo pode-se citar o caso de um produto agrcola x, que teve o seu preo elevado no mercado, e por isso, os produtores do produto agrcola y, resolveram produzir tambm o produto agrcola x. Concluso, houve queda na produo do produto agrcola y e o seu preo aumentou muito 52.

- Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. - Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2001. 49 - Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2001. 50 - Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2001. 51 - Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2001. 52 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.47 48

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O CLIMA: pode prejudicar a safra de certos produtos agrcolas, e em conseqncia, poder ocorrer uma queda na produo. Isto poder ocasionar um aumento no preo desses produtos 53. A tabela e o grfico abaixo servem como exemplo para a oferta. A sua construo (tabela e grfico), deve considerar que em caso de aumento de preo maiores quantidades tendem a ser postas no mercado, pelos produtores, visto que esse produtor objetiva maximizar seus lucros. O que natural.

Dados para construo da Curva da Oferta

Grfico da Curva da Oferta

$

Preo $50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 500 400 300 200

q

50,00 40,00 30,00 20,00 10,00

a b c d e100 200 300 400 500

Curva de Oferta

100

0

Q (quantidade)

3.2.3 - Preos e quantidades de equilbrioE o que vem ser preos e quantidades de equilbrio? So condies estabelecidas no prprio mercado de bens e servios, nas quais a oferta e a demanda so consideradas iguais 54. Nessa teoria supe-se que os consumidores desejam comprar uma quantidade X e os fornecedores desejam vender as mesmas quantidades X. Isto , no existe nessa hiptese, escassez de oferta ou mesmo escassez de demanda. Neste caso, as condies permanecem inalteradas, o que significa dizer que os preos tambm tendem a permanecerem estveis e equilibrados 55. Preo e quantidade de equilbrio (de mercado) justamente onde a curva de demanda e a curva de oferta se juntam, no sentido de estabelecer, de que modo os preos e as quantidades de equilbrio so determinadas 56.

- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 55 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 56 - Passos e Nogami. Princpios de Economia. Pioneira, 2003.53 54

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EXEMPLO DE ESCALAS DE OFERTA E DE DEMANDA DE MERCADO DE UM PRODUTO XPREO UNITRIO ($) Qde DEMANDADA DO PRODUTO X/MS QUANTIDADE OFERTADA DO PRODUTO X/MS EXCESSO DE OFERTA(+) EXCESSO DE DEMANDA (-) PRESSO SOBRE O PREO

100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00

1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 8.000 9.000 10.000

11.000 10.000 9.000 8.000 7.000 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000

+ 10.000 + 8.000 + 6.000 + 4.000 + 2.000 EQUILBRIO - 2.000 - 4.000 - 6.000 - 8.000

DESCENDENTE DESCENDENTE DESCENDENTE DESCENDENTE DESCENDENTE NENHUM ASCENDENTE ASCENDENTE ASCENDENTE ASCENDENTE

$

Oferta

50,00

Ponto de equilbrio entre a OFERTA e a DEMANDA

Demanda

0

6.000

Q (quantidade)

3.2.3.1 - Mudana no ponto de equilbrioAlguns fatores podem provocar uma mudana no ponto de equilbrio entre a oferta e a demanda. Esta mudana acontecer quando houver mudana na demanda (por exemplo aumento da demanda ou retrao) ou na oferta (por exemplo aumento da oferta ou sua retrao) do bem ou servio. Outros fatores podem tambm influenciar, entre eles, problemas relacionados com a renda do consumidor, interferncia governamental na formao do preo de mercado, aumento ou diminuio dos impostos sobre determinados produtos, reajuste de salrios (no caso do Brasil o salrio mnimo), fixao de preo mnimo para produtos agrcola, congelamento de preos e salrios, etc 57.

3.2.4 - Elasticidade 3.2.4.1 - Conceito e objetivosTrata-se da relao entre as diferentes quantidades de oferta e de demanda de certas mercadorias. Isto ocorre em funo das alteraes verificadas em seus respectivos preos (preos das mercadorias), considerando tudo o mais constante (coeteris paribus)58.57 58

- Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.

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Um dos objetivos da elasticidade exatamente medir a sensibilidade do consumidor, ou seja, como o consumidor (comprador da mercadoria ou do servio) pode reagir frente s mudanas na varivel preo. Se uma empresa X qualquer decidiu, por exemplo, baixar o preo de seu produto como o consumidor ir reagir 59. A elasticidade interessante para as empresas, assim como, para o governo, na medida em que pode ser utilizada para 60: Nas empresas: conhecer a reao dos consumidores frente s alteraes de preos (tanto aumento quanto diminuio). Governo (rgos pblicos): saber qual seria o impacto que um aumento da taxa de juro causaria frente a investidores internacionais, por exemplo. Afugentaria os investimentos ou no e que tipo de investimento?

3.2.4.2 - Elasticidade-preo da demandaRepresenta a variao percentual nas quantidades demandadas de um bem qualquer, em relao a uma variao percentual em seu preo, considerando tudo o mais constante (coeteris paribus) 61. Para se calcular a elasticidade-preo da demanda, dividi-se a VARIAO PERCENTUAL DA QUANTIDADE DEMANDADA PELA VARIAO PERCENTUAL DO PREO. Resultado maior que um demanda elstica (>1 elstica); resultado menor que um demanda inelstica (< 1 inelstica); resultado igual a um demanda unitria (= 1 unitria) 62.Variao % da quantidade demandada Variao % do preo

EpD = --------------------------------------------------------

Exemplificando o acima exposto, supondo que tenha ocorrido um aumento de 10% no preo de um bem X qualquer, e o reflexo desse aumento, tenha causado uma reduo nas quantidades demandas desse produto da ordem de 20%. Como voc calcularia sua elasticidade preo da demanda 63?20% Elasticidade-preo da demanda = ---------= 2 (elstica) 10%

O resultado da operao acima so 2, o que significa dizer que, a variao das quantidades demandadas so duas vezes maior do que a variao de preo.

3.2.4.3 - Elasticidade-preo da ofertaTrata-se da variao percentual na quantidade ofertada, observa-se, neste caso, que quanto maior o preo, maiores as quantidades o empresrio estar disposto a ofertar no mercado- Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 61 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 62 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 63 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009.59 60

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(coeteris baribus). O objetivo da elasticidade preo da oferta medir como o produtor (vendedor de mercadorias) pode reagir frente s mudanas no preo dos produtos. Por exemplo, maior o preo maiores quantidades tendem a ser ofertadas no mercado por esse(s) produtor(s) 64. A oferta de um certo bem chamada elstica, se as quantidades ofertadas desse bem, responderem de forma substancial as mudanas no preo desse bem. E chamada de inelstica, caso as quantidades ofertadas responderem de forma branda ou tmida a essas mudanas nos preos.65 A elasticidade-preo da oferta calculada da seguinte forma: VARIAO PERCENTUAL DA QUANTIDADE OFERTADA DIVIDIDA PELA VARIAO PERCENTUAL DO PREO 66. Resultado maior que um demanda elstica (>1 elstica); resultado menor que um demanda inelstica (< 1 inelstica); resultado igual a um demanda unitria (= 1 unitria).Variao % da quantidade de ofertada

EpO = -----------------------------------------Variao % do preo

Dando exemplo a esta questo, supondo um aumento do preo do abacaxi de $ 2,85 para $ 3,15 por unidade, e esse aumento tenha estimulado os produtores de abacaxi, a aumentarem sua produo de 9.000 unidades/ms para 11.000 unidades/ms. Como poderemos efetuar o calculo para poder chegar no que pede a frmula acima 67? Processando os clculos, importante utilizar o mtodo do ponto mdio para que seja possivel obter os elementos necessrios, e assim, calcular a elasticidade-preo da oferta 68... - Ponto mdio dos preos do abacaxi = $ 3,15 + $ 2,85 / 2 = $ 3,00 - Variao percentual do preo = (3,15 2,85) / 3,00 x 100 = 10% A mesma metodologia dever ser utilizada para o aumento nas quantidades produzidas... - Ponto mdio das quantidades de abacaxi = 11.000 + 9.000 / 2 = 10.000 - Variao percentual da quantidade ofertada = (11.000 9.000) / 10.000 x 100 = 20% A partir deste momento dispem-se dos elementos necessrios para o calculo da elasticidadepreo da oferta:20% Elasticidade-preo da oferta = ---------= 2,0 (elstica) 10%

O resultado da operao acima nos mostra que uma elasticidade-preo da oferta de 2. Isso indica que as quantidades ofertadas variaram proporcionalmente duas vezes mais que o preo 69.- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 66 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 67 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 68 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 69 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009.64 65

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Exerccio N 1/5 5 questo(s)

1 - Conceitue elasticidade? 2 - Explique quais so os objetivos da elasticidade? 3 - Explique o que voc entende por elasticidade-preo da demanda e elasticidade-preo da oferta? 4 - Supondo um aumento de 15% no preo de um bem Y e isto tenha causado uma reduo nas quantidades demandadas desse bem da ordem de 30%. Com base nesses dados calcule a elasticidade-preo da demanda? Resp.:Elasticidade-preo da demanda = ------ =

5 - Supondo um aumento nos preos das cadeiras escolares da empresa em que voc o gerente de $ 362,85 para $ 383,15 por unidade, e esse aumento tenha o estimulado os fabricantes a produzirem mais cadeiras, aumentando a produo de 19.000 unidades/ms para 21.000 unidades/ms. Sendo assim, calcule a elasticidade-preo da oferta? Resp.:

3.2.5 - Anlise das Estruturas de Mercado 3.2.5.1 - Conceito e generalidadesEstrutura de mercado diz respeito a certas caractersticas assumidas por certos mercados, atravs das quais so determinadas e explicitadas as relaes entre os consumidores 70, as empresas71 e os prprios mercados onde eles (consumidores e fornecedores) se encontram para a compra e venda de bens e servios 72. No sistema de economia de mercado devem existir alguns fatores fundamentais, alm de consumidores, sistema de preos, sistema de concorrncia, etc. A concorrncia, por exemplo, um fenmeno caracterstico de economia aberta, onde as empresas devem competir entre si, e nenhuma deve ter supremacia, privilgios ou exclusividade 73. Nessas condies os preos devem ser formados segundo a uma correlao entre demanda e oferta.

- Aquele que demanda bens e servios (pea chave no sistema de economia de mercado). - Unidade produtora de bens e servios (as empresas produzem bens e servios e os comercializam tambm). 72 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 73 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.70 71

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3.2.5.2 - Tipos de Estruturas de MercadosMERCADO DE CONCORRNCIA PURA ou PERFEITA: Pressupe a existncia de um grande nmero de empresas (vendedores) e consumidores (compradores), onde nenhum desses agentes, exerce influncia sobre os preos de mercado, ou seja, aquele em que nenhuma empresa suficientemente grande para influenciar ou afetar os preos de mercado 74. Esse modelo deve satisfazer algumas condies ou hipteses, e foi criado pela economia clssica... As hipteses entre outras, so 75:Atomicidade de mercado Homogeneidade do produto A no existncia de barreiras Transparncia de mercadoSignifica um grande nmero de empresas atuando nesse mercado Significa que no deve existir diferena entre os produtos Significa que as empresas podem ingressar nesse mercado a todo momento Significa que todas as informaes relativas a esse mercado devem ser conhecidas por todos os seus participantes

MERCADO DE CONCORRNCIA IMPERFEITA ou MONOPOLSTICA: uma situao de mercado caracterizada por muitas empresas e produtos diferenciados embora similares76. Essa estrutura se caracteriza tambm por pequenos controles de preos (quando se faz necessrio) 77. No contexto geral deve prevalecer a formao dos preos segundo a uma correlao entre a oferta e a demanda. Existe, entretanto, a possibilidade de as empresas e tambm o consumidor influenciarem os preos e a prpria demanda de bens e servios, atravs da 78... Publicidade Dumping (*) Diferenciao de produto Reduo da produo Reduo do nvel de consumo Deixando de consumir certo produto Empresa Empresa Empresa Empresa Consumidor Consumidor

(*) Dumping caracterizado pela venda de mercadorias a preos abaixo do custo de produo. O objetivo do dumping eliminar os concorrentes e/ou conquistar fatias do mercado. Os tipos de dumping so: a) persistente que um dumping voltado para o mercado externo e caracterizado pelos subsdios as mercadorias exportadas. A OMC (Organizao Mundial do Comrcio), por exemplo, permite a introduo de sobretaxas de importao como forma de eliminar os efeitos do dumping; b) temporrio trata-se de dumping praticado no mbito dos mercados internos. Trata-se de um dumping utilizado para afastar os concorrentes de determinados mercados (dumping no mercado interno).

- Samuelson , P. e Nordhaus W. Economia. McGraw-Hill, 2004. - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 76 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 77 - Mendes, J.T.G.Economia Fundamentos e Aplicaes.Pearson, 2009. 78 - Taylor, J.B. Princpios de Microeconomia. tica, 2007.74 75

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MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pg.:23de39 Perodo: C/Horria: 30h/a Crdito: 3,0 N 001/2010Rev 0 Data: 13/07/2010 Noite/ Horrio: Cd. Campus: Sala:

MERCADO MONOPOLISTA (o monoplio puro raro): Trata-se de organizao de mercado tpica de economia capitalista onde uma empresa (normalmente uma grande empresa) domina a oferta de determinado(s) produto(s) ou servio(s). Isto , mercado com mltiplos compradores controlados por um nico vendedor. Isto se d geralmente com mercadorias ou servios que no tem substituto. Exemplo: Certas patentes, determinados sistemas/equipamentos de comunicao utilizados em guerra 79... Como trata-se de organizao onde h um domnio de oferta de bens, o governo pode fazer o controle de preos do monoplio. Precisa entretanto, conhecer a estrutura de custo desse monoplio o que no fcil. Esse controle pode ser feito tambm atravs da tributao sobre o lucro e do imposto sobre as vendas 80. OLIGOPLIO: Estrutura de mercado tpica de economia capitalista em que, poucas empresas detm o controle da maior parcela do mercado. Reflete uma concentrao de propriedade na "mo" de poucas empresas de grande porte 81, pela fuso entre elas, incorporao ou compra de pequenas empresas do mesmo ramo. Exemplo: empresas dos setores cimento, alumnio, ao, petrleo, automveis ... MONOPSNIO: Estrutura de mercado caracterizada por um nico comprador de certo produto ou de certos produtos. Do outro lado, porm, marcado por um grande nmero de vendedores. Exemplo: Em certa regio que possui uma nica empresa beneficiadora de tomate onde os produtores so obrigados a negociarem 82 ... OLIGOPSNIO: Estrutura de mercado, em que poucas empresas de grande porte, compram determinadas matrias-primas. Nessa estrutura de mercado, podem ser encontradas duas formas de oligopsnio... a) Poucas empresas (grandes empresas) comprando de muitos pequenos produtores. Exemplo: Indstrias alimentcias comprando de pequenas empresas fornecedoras (leite, cacau, aves, porcos). b) Oligopsnio bilateral, isto , mercado comprador tambm muito concentrado, onde poucas empresas (grandes empresas), compram tambm de grandes empresas. Exemplo.: Montadoras automotivas comprando de empresas de siderurgia 83. Ser incluso neste contexto, para efeito de informao: MONOPLIO ESTATAL (monoplio permitido por lei): Trata-se de monoplio exercido pelo Estado. O objetivo deste tipo de monoplio desenvolver e explorar atividades consideradas estratgicas como por exemplo, gs natural, petrleo bruto, transporte martimo de petrleo e derivados, lavra, processamento, enriquecimento de minrios e minerais nucleares e seus derivados. Esta prtica ou modelo no uniforme em todos os pases, ou seja, funciona de acordo com a legislao de cada pas... CARTEL: No deixa de ser uma estrutura s que contra a lei, onde as empresas se unem, atravs de acordo, para estabelecer um preo comum (trata-se de um preo artificial). O tipo mais comum de CARTEL o de empresas que produzem ou vendem artigos ou produtos semelhantes.- Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 81 - Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. 82 - Mendes, J.T.G.Economia Fundamentos e Aplicaes.Pearson, 2009. 83 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008.79 80

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MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pg.:24de39 Perodo: C/Horria: 30h/a Crdito: 3,0 N 001/2010Rev 0 Data: 13/07/2010 Noite/ Horrio: Cd. Campus: Sala:

As empresas envolvidas com essa prtica agem fixando e controlando os preos entre os seus membros; delimitando territrio para operar, entre outros. O objetivo do CARTEL maximizar lucro. Exemplo: Setor de combustveis, etc. SISTEMA DE CONCORRNCIA NUMA ECONOMIA CENTRALIZDA: Nesse tipo de economia observa-se a ausncia de concorrncia, j que os meios de produo e a prpria economia, so controlados pelo Estado (governo), que administra... (repetindo o j visto acima) a produo, controla os custos, os preos dos produtos, os mecanismos de distribuio e dimensiona o consumo... A propsito desta questo o grau de concentrao na econmica brasileira, se comporta conforme o mostra o grfico abaixo. Quanto mais prximo de 100% (cem por cento) maior grau de concentrao do setor e quanto mais prximo de 0% (zero por cento), traduz menor grau de concentrao. Refletindo, assim, no grau de concorrncia entre as empresas dos diferentes setores da atividade econmica 84.GRAU DE CONCENTRAO NA ECONOMIA BRASILEIRA (Dados:1990)

46% 43% 20%Fonte: Vasconcellos (2008)

100%

94% 88% 91%AOS PLANOS FUMO FIAO E TECELAGEM CONFECO MATERIAL DE TRANSPORTE AMIANTO E GESSO PETROQUMICA

3.2.6 - Funo de produoTrata-se da transformao dos recursos produtivos (recursos econmicos ou fatores de produo) em bens finais. A verdade que a empresa compra os insumos, rene e combina todos eles (matrias-primas, tecnologia, mo-de-obra, mquinas e equipamentos, etc) 85. Deriva-se desse processo (da combinao dos recursos produtivos), bens e servios os quais so disponibilizados no mercado para a comercializao e o atendimento dos consumidores 86. Conforme pode ser visto acima os recursos produtivos (recursos econmicos ou fatores de produo), so elementos utilizados no processo de fabricao dos diversos tipos de mercadorias ou na prestao de servios 87. Os recursos produtivos, se constituem na realidade, a base de qualquer economia uma vez que so os meios utilizados pela sociedade (ou por determinado segmento dessa sociedade) para a produo de bens e servios, cuja finalidade conforme acima mencionado, o de satisfazer as necessidades humanas (necessidade dos consumidores) 88.- Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 86 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 87 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 88 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.84 85

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3.2.6.1 - Os recursos econmicos podem ser caracterizados da seguinte forma: Escassos Versteis CombinadosSo aqueles limitados(escassos) quando utilizados na produo de certo(s) bem(ens) em maior(s) quantidade(s), certamente ir faltar para a produo de outro(s) bem(ens) em maior(s) quantidade(s). Significa dizer que um determinado recurso pode ser utilizado na produo de uma infinidade de bens ou servios Significa dizer que o(s) recurso(s) pode(m) ser combinado(s) em proporo(s) variada(s) ou mesmo substitudo(s)

3.2.6.2 - Quanto a sua classificao e representao os recursos econmicos podem ser:RECURSOS NATURAIS (para muitos autores conhecido tambm como TERRA) RECURSOS HUMANOS (conhecido tambm como TRABALHO) BENS de CAPITAL ou BENS de PPRODUO ou CAPITAL FSICO TECNOLOGIADiz respeito aos recursos obtidos da natureza: florestas (madeira), recursos minerais, recursos hdricos, solo para fins agrcolas, a energia do sol, energia dos ventos... Inclui toda a atividade humana (esforo humano fsico e mental) empregado na produo de bens e servios. So mquinas, equipamentos, instalaes fabris, instalaes prediais (a servio do processo produtivo). Tecnologia (tcnicas de produo), conhecimento tcnicos e administrativos, empregados nos processos de produo de bens e servios. A tecnologia obtida atravs da Pesquisa... (Cincia) o ato, o esforo e a capacidade de reunir, combinar e coordenar todos os recursos produtivos acima em benefcio da produo de bens e servios, distribuio e venda desses bens e servios. O empreendedor deve assumir (o empresrio), a questo dos custos inerentes ao processo de produo, como tambm, os riscos que envolvem esse processo de produo, etc.

CAPACIDADE EMPRESARIAL (ou EMPREENDEDORISMO (considerado por alguns autores):

3.2.6.3 - Exemplos do Processo Produo de bens e serviosUm exemplo resumido de um processo de elaborao de bens e servios desde a primeira etapa, em que os fatores de produo se combinam, at a elaborao do produto final. Conforme foi visto acima, desde o momento em que os fatores de produo so adquiridos pela empresa, transformados e distribudos para serem comercializados no mercado 89.MO-DE-OBRA ... (N) CAPITAL FSICO... (K) TERRA ............... (T) MATRIAS-PRIMAS... (Mp) PROCESSO DE PRODUO

(I)INSUMOS

(II)

(III)

(IV)

PRODUTO(q)

89

- Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008.

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Para ilustrar, um exemplo de uma linha de produo de uma empresa que utiliza um bom nvel de tecnolgico. O nvel de tecnologia implementado nas corporaes normalmente difere de empresa para empresa.(1) (2) (3)

Legenda(1), (2), e (3): setor de produo da empresa; operrios (mo-de-obra direta) fabricando bens...

3.2.6.4 - Destino da produoa) Atender o consumo das famlias; b) Alimentar o processo produtivo em curso (produto intermedirio), e assim, atender a demanda final do consumo de capital.

CONSUMO DAS FAMLIASBENS SERVIOSe

INTERNO

MERCADO

ATENDE AS NECESSIDADES humana PROMOVE O BEM-ESTAR

EXTERNO

MERCADO

QUALIDADE DE VIDA

CONSUMO DE CAPITAL

3.2.6.5 - Produo e o curto prazoConforme vimos acima quando se produz bens ou servios so empregados na produo recursos econmicos, entre eles, bens de capital, ou seja, mquinas, equipamentos e instalaes fabris 90. Na hiptese de um aumento de demanda rpida, fica muito complicado aumentar de imediato a produo, por vrias razes, entre elas91: a) - muito difcil aumentar os fatores de produo fixos pois so de difcil incremento a curto prazo. Estar-se falando justamente das mquinas e equipamentos de produo, instalaes fabris, tecnologia, etc (estes fatores s so alterados a longo prazo). b) - Por outro lado, existe uma flexibilidade maior para que se possa mexer com os fatores de produo variveis, que so caracterizados por mo-de-obra e matrias-primas.

90 91

- Toster e Mochn. Introduo Economia. Makron Books, 2002. - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008.

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3.2.6.6 - Como mensurar a PRODUTIVIDADE MDIA por TRABALHADOR e PRODUTIVIDADE dos BENS DE CAPITAL (mquinas e equipamentos)A produtividade mdia, tanto da mo-de-obra quanto das mquinas e equipamentos so utilizados como medida de eficincia... a) - Produtividade mdia da mo-de-obra (trabalhadores do setor produtivo) A produtividade mdia do trabalhador resulta da diviso da quantidade do produto fabricado (PT) pelo nmero de trabalhadores (N). Desse modo, pode ser calculada a produtividade mdia dos trabalhadores de uma fbrica, das fbricas de uma cidade, de um Estado, e at mesmo de um pas 92.onde

PT = produto total (Qde do produto) N = mo-de-obra (nmero de trabalhadores) PMen = produtividade mdia da mo-de-obra

b) - Produtividade mdia do capital (mquinas e equipamentos de produo) A produtividade mdia das mquinas e equipamentos tambm resulta da diviso da quantidade do produto fabricado (PT) pelo nmero de mquinas (K). Desse modo, pode ser calculada a produtividade mdia das mquinas e equipamentos de uma fbrica, das fbricas de uma cidade, de um Estado, e at mesmo de um pas 93.

onde PT = produto total (quantidade do produto) K = capital fsico (nmero de mquinas e equipamentos) PMek = produtividade mdia do capital fsico

Exerccio N 2/5 1 questo(s)

1- Certa empresa produziu durante o ano de 20X9, um quantitativo total da ordem de 2.133 telefones. Entre os fatores de produo empregados na fabricao desses telefones, foram utilizadas 10 mquinas e 34 empregados. Com base nas informaes calcule a produtividade mdia da mo-de-obra de do capital fsico. Resp.: PMen =-------- = telefone p/ trabalhador. PMek=----------- = telefone p/ mquina.

3.2.7 - Os custos da produo (uma noo vista sob a tica econmica) 3.2.7.1 Introduo e Conceito 3.2.7.1.1 - IntroduoTodas as decises tomadas no mbito da empresa os custos esto presentes. No importa o porte da empresa to pouco a atividade econmica em que ela esteja enquadrada: indstria, prestao de servios, econmico-financeiro, pesquisa, comrcio, etc. Em fim, qualquer que92 93

- Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.

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seja a atividade humana desenvolvida ou a ser desenvolvida, envolve custos para sua elaborao e/ou produo 94... Portanto, tratar sobre esta questo na empresa algo feito cotidianamente (tratar sobre os custos de produo, os custos de manuteno, sobre os lucros ou prejuzos, etc.), j que custo, receita e lucro tm uma ligao muito importante 95.

3.2.7.2 - Conceito de CustoTrata-se da soma de todos os valores agregados ao bem ou servio produzido pela empresa. Porm, os custos no se resumem somente aos valores desembolsados na produo de bens ou servios. No se pode esquecer, deixar de incluir ou de mensurar os custos de manuteno da estrutura e instalaes da empresa 96. Custos considerados como custo de produo em uma empresa: o custo das diversas matriasprimas, custo da mo-de-obra direta (mo-de-obra ligado ao processo de produo da empresa), encargos sociais da mo-de-obra direta, energia eltrica gasta ou ligada ao processo de produo, embalagem e impostos que incidem sobre o processo de produo 97. Exemplo de custos que no fazem parte do sistema de produo numa empresa, mas que so importantes na medida em que garantem a manuteno da estrutura e das instalaes para que a empresa possa produzir seus bens ou servios: aluguel da fbrica, aluguel dos escritrios da empresa, gua e esgoto, energia eltrica gasta na iluminao dos ambientes da empresa, IPTU, telefonia, vigilncia, faxina, mo-de-obra indireta (pessoal da administrao, contabilidade, consultoria, encargos sociais relacionados a esse pessoal) 98.

3.2.7.3 - Importncia de uma boa gesto de custosEm princpio custo enxutos e controlados na empresa vai permitir sobra mais recursos (dinheiro), e assim, ajudar os seus proprietrios e administradores a fazerem investimentos na incorporao de novas tecnologias, na aquisio e novas mquinas e equipamentos, adquirir novos estoques de matrias-primas. Por qu? Porque receita menos custos igual a lucro e quanto menor o custo maior ser o lucro, e portanto, teoricamente mais recursos disponveis. H outras vantagens para a empresa que nutre um custo enxuto e controlado, por exemplo, elas se tornam mais fortes para enfrentar a competitividade acirrada que existe entre suas concorrentes num cenrio econmico globalizado. Ficam mais propensas a maximizarem seus lucros, ficam menos dependentes financeiramente junto s instituies financeira (juros altos no Brasil) e tem mais possibilidade de expanso e de investir em novos produtos, ou memo, na sua capacidade para produzir mais.

3.2.7.4 - M gesto de custosUma m gesto dos custos na empresa, se adicionado a outras medidas consideradas inadequadas para essa empresa, pode no sobrar dinheiro para novos investimentos e podem proporcionar falta de competitividade de mercado.

- Mankiw, G. Introduo Economia. Learning, 2009. - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 96 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. 97 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009. 98 - Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006.94 95

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3.2.7.5 - Classificao dos custos em relao ao produto (ou seja, quanto a sua alocao)Uma das questes de muita importncia com relao aos custos exatamente saber quando eles (os custos) tm uma relao DIRETA ou INDIRETA, com relao ao bem ou ao servio produzido. Assim, eles podem ser classificados em 99:CUSTOS DIRETOS

ou

CUSTOS INDIRETOS

Custos Diretos(D): So aqueles que podem ser identificados ou apropriados diretamente aobem ou servio produzido, pois estes custos so perfeitamente mensurveis do ponto de vista econmico. Exemplo de custos que podem ser alocados diretamente (custo direto) ao bem ou servio produzido: custo das matrias-primas empregadas no processo de produo, mo-deobra direta (empregada e que fazem parte do processo de produo em fbrica), material de embalagem para os produtos produzidos, energia eltrica que move mquinas e equipamentos ligados ao setor de produo dos bens que a empresa produz, etc100.

Custos Indireto(I): So aqueles que no podem ser identificados ou apropriados diretamente ao bem ou servio produzido, pois estes custos so de difcil mensurao do ponto de vista econmico (digamos... que difcil lig-los ao produto ou ao servio produzido). Exemplo de custos que no podem ser alocados diretamente (custo indireto) ao bem ou servio produzido: salrios dos vigias, aluguel da fbrica, telefonia, gastos com limpeza da fbrica, energia eltrica que no esteja associada ao bem ou servio produzido (energia eltrica que ilumina os ambientes da empresa), mo-de-obra indireta (trabalhadores que no esto ligados ao processo de produo da empresa) 101... 3.2.7.6 - Classificao dos custos quanto a sua variabilidade (ou seja, sua variao em relao ao produto ou servio produzido). Podem ser variveis e fixos. Custos Variveis (CV): So custos que a empresa ter que efetuar pela utilizao dos fatoresde produo. Eles variam (se alteram para mais ou para menos) de acordo com as quantidades dos bens ou servios produzidos, e possuem uma relao direta com os custos diretos. Exemplo de custo varivel: - Matrias-primas utilizadas no processo de produo dos bens ou servios; - Mo-de-obra direta utilizada no processo de produo dos bens ou servios; - Material de embalagem e acondicionamento dos produtos produzidos pelas empresas; - Energia eltrica (que move mquinas e equipamentos ligados ao setor produo); - Impostos ligados ao produto, por exemplo: ICMS, PIS, COFINS, IPI, etc, encargos sociais sobre comisses (do ponto de vista contbil os impostos so considerados despesas tributrias) 102...

Custos Fixos (CF): No se alteram em relao s quantidades do bem ou do servio produzidopela empresa. Isto significa dizer que, tanto faz a empresa produzir ou no produzir. Tanto faz produzir uma ou mil unidades de bens ou servios, os seus custos fixos sero os mesmos (no se alteram em relao s quantidades do bem ou servio produzido). importante salientar, ainda, que os custos fixos so indiretos ( bom ressaltar que muitos autores com viso mais voltada para a contabilidade, consideram alguns dos itens abaixo como uma despesa, a ser classificada de acordo com o seu tipo). Exemplo de custo fixo 103:- Vasconcellos, M.A.S. de. Micro e Macro. Atlas, 2006. -Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 101 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 102 - Vasconcellos, M.A.S. e Garcia, M.E. Fundamentos de Economia. Saraiva, 2008. 103 - Mendes, J.T.G. Economia Fundamentos e Aplicaes. Pearson, 2009.99

100

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- Salrios dos vigias; - Aluguel da fbrica e dos escritrios da empresa; - Gastos com limpeza da fbrica; - Energia eltrica (que no esteja associada ao bem ou servio produzido); - Salrios indiretos; - gua e esgoto, IPTU, Telefonia; - Salrio do Contador (mesmo que ele seja terceirizado); - Encargos sociais sobre os salrios indiretos, etc...

Custo Total (CT): a soma dos custos utilizados na elaborao de um ou mais produto ouservio. So associados ao custo total, os custos de manuteno estrutura e instalaes da empresa.onde CT= custo total CV= custo varivel CF = custo fixoCT = CV + CF

Quadro representativo abaixo (uma viso econmica e de controle gerencial), do custo fixo, custo varivel e do custo total.($)

Qde PRODUZIDAS (q) 0 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000

CUSTO FIXO (CF)

180.000,00 180.000,00 180.000,00 180.000,00 180.000,00 180.000,00 180.000,00

CUSTO VAIRVEL (CV) 90.000,00 120.000,00 135.000,00 165.000,00 225.000,00 360.000,00

CUSTO TOTAL (CT)

180.000,00 270.000,00 300.000,00 315.000,00 345.000,00 405.000,00 540.000,00

Formao e representao grfica dos custos representados no quadro acima.Representao grfica do CUSTO FIXO (CF)Representao grfica do CUSTO VARIVEL (CV)

$

$360.000,00 225.000,00 165.000,00

CV

CF

135.000,00

120.00,00180.000,00

$ 180.000,00

90.000,00

0

1000 2000

3000

4000

5000

6000

Q(quantidade)

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

q(quantidade)

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MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pg.:31de39 Perodo: C/Horria: 30h/a Crdito: 3,0 N 001/2010Rev 0 Data: 13/07/2010 Noite/ Horrio: Cd. Campus: Sala:

Atravs das frmulas abaixo se pode encontrar os custos mdios dos bens ou servios produzidos, isto , em termos de custos fixos mdios, de custo varivel mdio e de custo total mdio. Em outras palavras, quanto foi gasto em mdia (custo fixo mdio), na mobilizao da estrutura da empresa para que fosse produzida uma unidade de um bem X ou servio; quanto foi gasto para produzir em mdia (custo varivel mdio) cada unidade desse mesmo bem X; e em termos totais (custo fixo meio mais custo varivel mdio) quanto a empresa gastou. Os resultados obtidos permitem, por sua vez, fazer uma avaliao e anlise gerencial dos valores mdios, tanto em termos fixos, como variveis, assim como totais na produo de bens ou servios em relao aos concorrentes, por exemplo...CF --------- = q CV --------- = q CT --------- = q

CFme =

Custo Fixo mdio (CFme): Resulta da diviso do custo fixo pelas quantidades produzidas de bens ou servios, pela empresa.

CVme =

Custo Varivel mdio (CVme): Resulta da diviso do custo varivel pelas quantidades produzidas de bens ou servios, pela empresa. Custo Total mdio (CVme): Resulta da diviso do custo total pelas quantidades produzidas de bens ou servios, pela empresa.

CTme =

3.2.8 - Noo de DespesaNo que diz respeito microeconomia, assim como na prpria Economia como um todo, no feita uma classificao rigorosa de custos e despesas, segundo feito na contabilidade. Quando se v esta questo pela tica da contabilidade aprende-se que os custos so gastos que tem uma ligao com a produo de bens e servios. Por outro lado, as despesas figuram como gastos, com bens e servios, no utilizados nas atividades produtivas. As despesas podem ser...Administrativas Financeiras Vendas ou Comercial TributriasDizem respeito estrutura administrativa da empresa.Exemplo: material de escritrio... So aquelas derivadas de emprstimos de recursos financeiros para as empresas. Exemplo: emprstimos de bancos, financeiras... So as despesas que tem relao com os produtos vendidos pelas empresas. Exemplo: Comisses de vendas, publicidade, descontos sobre mercadorias vendidas. So despesas derivadas dos tributos pagos pela empresa. Exemplo:PIS, COFINS, IPI, ISS, ICMS,IOF, IRPJ...

No que diz respeito s despesas, estas podem tambm, receber a classificao de VARIVEIS ou FIXAS. Tal classificao se d em funo, por exemplo, do volume de vendas e no do volume de produo. Exemplo: comisses pagas aos vendedores, so consideradas como despesas

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MANUAL PARA ACOMPANHAMENTO DE AULAS Pg.:32de39 Perodo: C/Horria: 30h/a Crdito: 3,0 N 001/2010Rev 0 Data: 13/07/2010 Noite/ Horrio: Cd. Campus: Sala:

variveis (vai variar de acordo com o volume de vendas). Para muitos autores um custo varivel). Enquanto que o aluguel do escritrio, por exemplo, pode ser considerado (do ponto de vista da contabilidade ) como uma despesa fixa, j que, assim como no custo fixo, esta ter que ser paga independentemente das vendas se darem ou no ou da empresa produzir ou no.Exerccio N 3/5 2 questo(s)

1 - Certa empresa fabricante de cadeiras escolares, desembolsou no exerccio de 20X9, entre custos fixos e variveis, as seguintes importncias: telefonia $ 2.321,00; matrias-primas $ 17.321,00; gua e esgoto $ 1.356,00; fora eltrica para mover os equipamentos do setor de produo $ 2.234,00; mo-de-obra direta $ 12.500,00; aluguel de imvel onde funciona a fbrica e um escritrio no centro da cidade $ 14.299,00; energia eltrica para iluminar os ambientes (salas da empresa) $ 3.778,00; e mo-de-obra indireta $ 16.100,00. Sua produo ano foi de: primeiro semestre 11.123 cadeiras e no segundo semestre (mesmo ano), 31,58%, em relao s quantidades produzidas no primeiro semestre. Diante dos dados acima, calcule os custos varivel mdio, fixo mdio e total mdio. 2 - A clnica Radx especializada em exames radiolgicos, produziu durante o ano de 20X8, cerca de 5.588 exames e, para isso, arcou com os seguintes custos: Custo Fixo $ 112.098,00 e Custo Varivel $ 76.980,00. Com base nestas informaes, calcule o CVMe, o CFMe e o CTMe, dessa empresa.

IV - SISTEMA E FORMAO DE PREOS 4.1 - IntroduoOs preos em uma empresa so considerados por alguns autores como uma questo, antes de tudo, interdisciplinar visto que envolve conhecimento de economia, principalmente a parte ligada a microeconomia, conhecimento de custos e contabilidade gerencial, etc 104. A composio e determinao do preo de venda de um bem ou servio no deve ser focada somente no custo incorrido na empresa, embora o custo seja um fator primordial e decisivo na formao do preo de venda qualquer que seja a atividade econmica105. Exige, alm disse, a observncia de uma srie de variveis as quais podem influenciar o preo do produto ou do servio (para maior ou menor), e a prpria lucratividade da empresa. Por esse motivo, os custos em sua empresa, devem ser os mais enxutos possveis 106. Quais so, ento, os outros fatores a serem observados: as condies de mercado e este aspecto muito importante (j que esse preo pode sofre aumento ou queda de acordo com as condies encontradas nesse mercado); polticas governamentais (aumento ou diminuio de impostos); a concorrncia, entre outros 107... A verdade que os preos de mercado devem atender os anseios do mercado e os interesses do consumidor, mas devem tambm, alm disso, maximizar os lucros da empresa de modo

- Costa, R.P., Junior, A.F.S., Ferreira, H.A.S. Preos, Oramentos e Custos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. - Silva, E. C. da. Contabilidade Empresarial para Gesto de Neg. So Paulo: Atlas, 2008. 106 - Silva, E. C. da. Contabilidade Empresarial para Gesto de Neg. So Paulo: Atlas, 2008. 107 - Padoveze, C. L. Curso Bsico Gerencial de Custos. So Paulo: Thomson, 2003.104 105

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que ela (empresa) possa promover investimentos no aumento da produo, da capacidade instalada, etc 108.

4.2 - Noes de formulao de preosCada empresa possui sua poltica e maneira diferenciada de formular os seus preos109. Assim como, cada autor tambm tem a sua maneira e metodologia de calcular os preos dos produtos, mercadorias e de prestao de servios.

4.2.1 - Noes de preo de venda em uma empresa industrialA noo de preo de venda de um bem (bens a serem fabricados / vendidos), numa empresa industrial, pode assumir os seguintes trmites segundo o exemplo do autor 110: Exemplificando 1 - Supondo que certa empresa fabrique um produto X e tenha disponibilizados os dados abaixo: matrias-primas $ 4,00; materiais secundrios $ 1,70; e material de embalagem $ 2,00; custos e despesas fixas $ 271.444,64; custos variveis 59,18%; produo 14.500 unidades; e lucratividade pretendida de 10% (para efeito de nosso exerccio a parte relativa aos impostos j est resolvida). De posse dos dados... 1 Passo: Apurar o custo do produto a ser produzido e vendido pela empresa. Essa apurao dever ser de forma individualizada.Matrias-primas Materiais secundrios Material de embalagem Total ...... $ 4,00 $ 1,70 $ 2,00 $ 7,70

2 Passo: Apurar o Custo Varivel (CV) incluindo no contexto, o percentual da MARGEM DE LUCRO pretendida (10%), e estabelecida com base nos parmetros j vistos anteriormente, ento:Custos Variveis Lucro Desejado Total ...... 59,18% 10% 69,18%

3 Passo: Apurar o coeficiente de custo varivel, segundo a frmula abaixo...% CV Coef CV =Onde Coef. CV= coefic.custo varivel %CV =percentual custo varivel

------------- + 1 100% - %CV

69,18 69,18 Como ficaria neste caso: Coef. CV= ----------------- + 1 = ---------- + 1 = 3,2446463 . 100 - 69,18 30,82- Santos, J.J. Anlise de Custos. So Paulo: Atlas, 2000. - Silva, E. C. da. Contabilidade Empresarial para Gesto de Neg. So Paulo: Atlas, 2008. 110 - Carone, V. Custos para Pequenas e Mdias empresas. So Paulo: Iglu, 2000.108 109

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Cof.CV = 3,2446463 (utilizar sete casas aps a vrgula)

4 Passo: Apurar o custo fixo total do produto que a empresa fabrica. Apurar o custo fixo total (CFT). Dever seguir a seguinte forma: Custo unitrio do produto multiplicado pelas quantidades produzidas, e aps isto, somar com o custo fixo.CPV = Custo Unit x Qde ProduzidasOnde CPV = custo dos produtos vendidas CFT =custo fixo total CF = custo fixo

+

Custo Fixo

CPV = 7,70 x 14.500 = 111.650,00 + 271.444,64 = CFT = $ 383.094,64

5 Passo: Apurao do faturamento total (FT). O faturamento total encontrado a partir da frmula: FT = CFT x Coef.CV CFT = 383.094,64 x Coef.CV 3,2446463 = FT $ 1.243.006,61

6 Passo: E finalmente apurar o preo de venda, que igual...onde PV = preo de venda Qde. Prod mensais = Quantidade dos produtos produzidos na fbrica durante um ms

FT PV = -------------------------Qde Produzidas ms

1.243.006,61 PV = ------------------- = PV= $ 85,72 14.500Exerccio N 4/5 2 questo(s)

1 - Sua empresa fabrica tubos galvanizados para navio uma empresa de pequeno porte, onde o gerente possui inmeras atribuies, entre elas, a de elaborar o preo de venda do produto fabricado. Assim, com base nas informaes abaixo, calcule o preo de venda do produto que a sua empresa produziu neste ms.Dados

Matrias-primas, materiais secundrios e material de embalagem $ 10,50; Custos Fixos $ 150.000,00; Custos Variveis 60%; Margem de lucro pretendida 13%; e Total de tubos galvanizados produzidos no ms 10.000 unidades. 2 - Calcule o preo de venda do produto X que a sua empresa produziu neste ms.Dados

Matrias-primas $ 15,00; materiais secundrios $ 10,00; material de embalagem $ 5,00; Custos Fixos $ 100.000,00; Custos Variveis 30%; Margem de lucro pretendida 20%; e Total de cadeiras produzidas no ms 13.000 unidades.

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4.2.2 - Noes de preo de venda em uma empresa comercialE em uma empresa comercial, aquele tipo de empresa que compra mercadorias para a revenda, como ficaria essa noo de preo 111. O autor mostra ainda, que existem algumas hipteses, dentro das quais, os preos de venda de mercadorias devem ser elaborados. Iremos trabalhar com a hiptese em que as quantidade de mercadorias a serem comercializadas so conhecidas, assim como, os seus custos individualizados tambm. Ento seguindo o exemplo do autor... Exemplificando 1 - Supondo que certa empresa trabalhe com as mercadorias: verde; amarela; e azul, onde as quantidades e valor lquido dessas mercadorias so as seguintes: a) Mercadoria verde quantidade 250 unidades e $ 202,40; b) Mercadoria amarela quantidade 300 unidades e $ 174,80; e c) Mercadoria azul 180 unidades e $ 285,20; custos fixos $ 64.352,40; custos variveis 44,18%; e lucratividade pretendida de 12%. 1 Passo: relacionar os valores lquidos unitrios (para efeito de nosso exerccio a parte relativa aos impostos j est resolvida) de cada mercadoria e multiplicar pelas quantidades respectivas de cada uma.MERCADORIAS Qde (unid) VALOR UNIT LQUIDO ($) VALOR TOTAL ($)

Mercadoria Verde Mercadoria Amarela Mercadoria Azul TOTAL

250 300 180 -

202,40 174,80 285,20 -

50.600,00 52.440,00 51.336,00 $ 154.376,00

Este valor de $ 154.376,00 na verdade o valor total das mercadorias que a empresa pretende vender ou mercadorias vendidas, ou seja, $ 154.376,00 o (CMV) custo das mercadorias vendidas. 2 Passo: Apurar os custos variveis totais, ou seja, os custos variveis somados a lucratividade desejada. Custos variveis................. 44,80% Lucratividade pretendida... 12,00% Total ............... 56,18% ( o custo varivel total) 3 Passo: Apurar o Coeficiente dos Custos Variveis e para isso voc ter que utilizar a frmula abaixo.onde Coef.CV = coeficiente do custo varivel %CV = percentual do custo varivel

% CV

Coef CV =

------------- +