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1 Microeconomia Teoria do Produtor

Microeconomia

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Microeconomia. Teoria do Produtor. O produtor. O produtor. A actividade económica do produtor consiste em A) ir ao mercado adquirir factores de produção ( i.e. , os inputs ), B) transformá-los em bens e serviços ( i.e. , produzir os outputs ) e - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Microeconomia

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Microeconomia

Teoria do Produtor

Page 2: Microeconomia

2

O produtor

Page 3: Microeconomia

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O produtor

• A actividade económica do produtor consiste em

• A) ir ao mercado adquirir factores de produção (i.e., os inputs),

• B) transformá-los em bens e serviços (i.e., produzir os outputs) e

• C) voltar ao mercado para a sua venda.

Page 4: Microeconomia

4

O produtor

inputs - recursos naturais, terra, maquinaria, instalações, bens e serviços intermédios, trabalho, royalties, patentes, conhecimento, ideias, etc.

outputs - bens e serviços intermédios *, bens de capital (maquinaria, instalações, etc. *), bens e serviços finais (a serem consumidos).

* a usar por outros produtores

Page 5: Microeconomia

5

O produtor

• O produtor será, em simultâneo,

• um comprador (de inputs),

• um transformador e

• um vendedor (de outputs)

• que se localiza entre o mercado de inputs e o mercado de outputs

Page 6: Microeconomia

6

O produtor

Page 7: Microeconomia

7

O produtor

• Por exemplo, um agricultor vai ao mercado arrendar terra e adquirir sementes, estrume, produtos químicos, máquinas agrícolas, trabalho, vacas e conhecimento,

• depois transforma-os em milho, feijão, batatas e leite de vaca, e

• volta ao mercado para vender os produtos produzidos.

Page 8: Microeconomia

8

O produtor

• A actividade de transformação pode ser diminuta de forma que o produtor seja um intermediário.

• Por exemplo, a Sonae Distribuição, S.A adquire um espaço de venda, bens diversos e contrata trabalhadores e revende os bens adquiridos.

Page 9: Microeconomia

9

O produtor

• Podemos ainda pensar a actividade de produção como mais um dos inputs: um agente económico que adquire ouro, pedras preciosas, design de joalharia e contrata um joalheiro que lhe executar as jóias (a feitio) que depois vende.

Page 10: Microeconomia

10

O produtor

• A característica mais importante do comprador/transformador/vendedor é a sua capacidade de explorar as oportunidades que vão surgindo no mercado de forma mais eficiente que o próprio mercado,

• i.e., realizar operações de arbitragem.

Page 11: Microeconomia

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O produtor

• Este ganho de eficiência surge de a firma ser organizada de forma centralizada (tendo informação menos imperfeita que o mercado).

Page 12: Microeconomia

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O produtor

• A discussão sobre a eficiência das economias centralizadas (i.e., planificadas - socialistas) e das descentralizadas (i.e., de mercado - capitalistas) concluiu que a decisão centralizada ser mais eficiente à escala pequena (i.e., ao nível da empresa) e a decisão descentralizada ser mais eficiente à escala grande (i.e., ao nível dos países).

Page 13: Microeconomia

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O produtor

• Sendo que neste capítulo (adequado a undergraduate students) é assumido o pressuposto de que a informação é pública (i.e., que todos sabem) e perfeita, a actividade económica de transformação assume-se como a mais importante do produtor.

Page 14: Microeconomia

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Tecnologia de produçãoFunção de produção.

Page 15: Microeconomia

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Função de produção

• A transformação dos inputs nos outputs é um intrincado problema de engenharia que tem muitas variáveis de controlo,

• Em termos de ciência económica, pode ser simplificado na

• Função de Produção.

Page 16: Microeconomia

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Função de produção

• Esta função pressupõe que o processo produtivo está afinado e, por isso, não necessita serem consideradas as variáveis de engenharia.

• Fique claro que a realidade do produtor é muito mais complicada do que se pode depreender da Função de Produção que vamos apresentar

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Função de produção

• A estimação, num caso concreto, da função de produção é um problema difícil de realizar

• No fim do texto veremos um exemplo simples.

Page 18: Microeconomia

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Função de produção

• A função de produção f, traduz que quando o produtor, consume as quantidades de inputs X = (x1, x2, …, xn), então produz as quantidades de outputs Y = (y1, y2, …, ym) segundo a desigualdade:

(y1, y2, …, ym) ≤ f(x1, x2, …, xn)

Page 19: Microeconomia

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Função de produção

• A desigualdade inclui a possível de existência de ineficiências.

• Sendo o agente económico insaciável, então diligenciará no sentido de produzir uma dada quantidade de output utilizando a mínima quantidade possível de inputs,

• Vai afinar o processo produtivo de forma a atingir a igualdade, Y = f(X).

Page 20: Microeconomia

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Função de produção

• A desigualdade inclui a possível de existência de ineficiências.

• Sendo o agente económico insaciável, então diligenciará no sentido de produzir uma dada quantidade de output utilizando a mínima quantidade possível de inputs,

• Vai afinar o processo produtivo de forma a atingir a igualdade, Y = f(X).

Page 21: Microeconomia

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Função de produção

• A função produção relaciona quantidades físicas

• e.g., relaciona horas de trabalho, quilogramas de fertilizante e metros quadrados de terra com litros de leite

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Dois inputs e um output

Page 23: Microeconomia

23

Dois inputs e um output

• Sem perda de generalidade, vamos assumir que o nosso produtor usa dois inputs para produzir um input

• Vamos interpretar um dos inputs como trabalho, L, e o outro input como capital, K

Page 24: Microeconomia

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Dois inputs e um output

• trabalho - agrega todas as actividade laborais das pessoas dentro do processo produtivo.

• capital – agrega todos os factores de produção eu não se gastam instantaneamente (e.g., as máquinas, os equipamentos e os imóveis)

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Exercício

• Ex.3.1. Na produção de consultas médicas, usam-se como inputs o tempo do médico e da sua assistente (que agregamos como factor Trabalho) e o consultório e equipamento (que agregamos como factor Capital).

• Sendo o processo produtivo condensado na função de produção Y = 5.L0.6.K0.3, qual será o nível de produção de utilizar 10 unidades de trabalho/dia e 50 unidades de capital?

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Exercício

• R. Y = 5.100.6.500.3 = 64 consultas/dia.

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27

Mapa de isoquantas – linha de igual nível de produção.

Page 28: Microeconomia

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Mapa de isoquantas

• Considerando que o nível de output é fixo, f(x1, x2) = q

• a função de produção (com dois inputs e um output) pode ser representada graficamente como uma linha de nível q sobre o domínio dos inputs.

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Mapa de isoquantas

• Isoquanta: A linha de igual quantidade de produção. Contém todas as combinações possíveis de inputs (i.e., todos os cabazes de factores) que permitem atingir esse nível de produção.

Page 30: Microeconomia

30

Mapa de isoquantas

• Em termos matemáticos, a isoquanta é uma relação entre os dois inputs,

• x2 = g(x1) que se obtém explicitando

• f(x1, x2) = q.

• Da mesma forma que se obtém a curva de indiferença de nível q com U(x,y) = q

Page 31: Microeconomia

31

Mapa de isoquantas

• Sendo que a função de produção já traduz os locais de eficiência, então

• a isoquanta traduz as menores quantidades de inputs que permitem atingir o nível de produção considerado.

Page 32: Microeconomia

32

Mapa de isoquantas

0

50

100

150

200

250

0 50 100 150 200 250

Y = 1000kg

Terra

Trabalho

Y = 2000kg

Page 33: Microeconomia

33

Propriedades das isoquantas

• São decrescentes,

• traduz que eu posso manter um determinado nível de output substituindo trabalho por capital (um input por outro input),

• e.g., aumentando a quantidade de trabalho e diminuindo a quantidade de capital.

Page 34: Microeconomia

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Propriedades das isoquantas

• A inclinação vai diminuindo (têm curvatura virada para cima)

• traduz que a proporção de troca vai diminuindo com a quantidade utilizada de um input

Page 35: Microeconomia

35

Propriedades das isoquantas

• e.g., uso trabalho e terra na produção de milho e pretendo manter o mesmo nível de produção.

• Quando uso 100h de trabalho, para diminuir o trabalho numa hora tenho que aumentar a terra em 10m2,

• Quando uso 200h de trabalho, já só preciso de aumentar a terra em 8m2.

Page 36: Microeconomia

36

Propriedades das isoquantas

• Nunca se intersectam.

• traduz que as isoquantas representam pontos de eficiência produtiva.

Page 37: Microeconomia

37

Exercício

• Ex.3.2. A produção de batatas depende da quantidade de terra e de trabalho segundo a função de produção,

• y(L, K) = 25L0.4.K0.5 kg. Explicite a isoquanta q = 1000 kg.

Page 38: Microeconomia

38

Exercício

• R: y(L, K) = q 25L0.4.K0.5 = 1000

L0.4.K0.5 = 40 K = 1600 / L0.8.

• Se a quantidade de trabalho for 32h, , serão necessários 100m2 de terra. Se se reduzir a quantidade de trabalho para 31h, será necessário aumentar a quantidade de terra para 102.57m2.

Page 39: Microeconomia

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Taxa Marginal de Substituição Técnica

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40

TMST

• Taxa Marginal de Substituição Técnica: A proporção de substituição que permite manter o mesmo nível de produção.

• Em termos geométricos a TMST é dado pela tangente à isoquanta.

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TMST

Page 42: Microeconomia

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TMST

• Estando o trabalho no eixo das abcissas, a TMST traduz quantas unidades de capital eu tenho que aumentar para poder diminuir a quantidade de trabalho numa unidade e manter o mesmo nível de produção.– É equivalente à TMS da Teoria do

Consumidor

Page 43: Microeconomia

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Exercício

• No Ex.3.2., em termos contínuos, temos

• K = 1600 / L0.8. Determine a TMST no ponto X = (32m2, 100h)

Page 44: Microeconomia

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Exercício

• R: a TMSTL,K = –1280/L1.8.

• No ponto (32h, 100m2), vale 2.5

• Posso substituir 1h de trabalho por 2.5m2 de terra que mantenho o mesmo nível de produção (1000kg).

• A TMST decresce em grandeza quando se caminha da esquerda para a direita: TMST’ = 2340/L2.8 = 0.006.

Page 45: Microeconomia

45

TMST – função implícita

• Função implícita e a TMST: Sendo que a equação q = f(L, K) define implicitamente a isoquanta de nível q, então, posso usar o teorema da derivação da função implícita.

Page 46: Microeconomia

46

TMST – função implícita

• Obtemos a TMST directamente as partir das derivadas parciais da função de produção

TMSTL,K = – f’L/ f’K.

Page 47: Microeconomia

47

TMST – função implícita

K

LL f

f

dKdfdLdf

df

df

dL

dK

dL

dKK

'

''

Page 48: Microeconomia

48

Exercício

• Ex.3.3. Na produção de comunicações telefónicas, a tecnologia condensa-se na função produção,

• y(L, K) = 10L0.1.K0.8,

• i) determine a TMSTL,K (de trabalho por capital) quando K= 100u. e L = 10u.

• ii) determine a elasticidade de substituição técnica de trabalho por capital.

Page 49: Microeconomia

49

Exercício

• i)

• Quando se diminui L em 1u., para manter o mesmo nível de produção será necessário aumentar K em 1.25 u.

25.110

100125.0125.0

8

'

')()(

2.01.0

8.09.0

,

L

K

KL

KL

f

f

L

LKTMSTLK

K

LKL

Page 50: Microeconomia

50

Exercício

• ii)

• Quando se diminui L em 1%, para manter o mesmo nível de produção será necessário aumentar K em 0.125%.

125.0125.0

'

')(,

K

L

L

K

K

L

f

f

K

L

L

LKeST

k

lKL

Page 51: Microeconomia

51

Produtividade marginal

Page 52: Microeconomia

52

Produtividade marginal

• A função produção quantifica quanto é, em termos físicos, a produção total de usar determinadas quantidades dos factores.

• A produtividade marginal traduz o aumento de produção induzido pela última unidade de um dos factores.

Page 53: Microeconomia

53

Produtividade marginal

• E.g., eu em 60m de trabalho produzo 600 parafusos e em 61m de trabalho produzo 605 parafusos.

• A produtividade marginal do meu trabalho (depois de trabalhar 60 m) é 5 parafusos por minuto.

Page 54: Microeconomia

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Produtividade marginal

• Pressupõe-se que as quantidades de todos os outros inputs se mantêm inalteradas (i.e, ceteris paribus).

• Em termos matemáticos contínuos, a produtividade marginal de um input consiste na derivada parcial relativamente a esse inputs.

Page 55: Microeconomia

55

Exercício

• Ex.3.4. Na produção de cortes de cabelo (c/dia), a tecnologia condensa-se na função de produção,

y(L, K) = L + 10L0.7.K0.2,

• i) determine a TMSTL,K em K= 10u. e L=8h/dia.

• ii) determine a elasticidade de substituição técnica de trabalho por capital (K=10, L=8).

• iii) Determine a produtividade marginal do trabalho (K=10, L=8).

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56

Exercício

• i)

• Para diminuir L em 1h/dia, para manter Y, será necessário aumentar K em 5.11u.

11.52

71

'

')()(

8.07.0

2.03.0

,

KL

KL

f

f

L

LKTMSTLK

K

LKL

Page 57: Microeconomia

57

Exercício

• ii)

• Para diminuir L em 1%, para manter Y, será necessário aumentar K em 4.09%

09.410

811.5,,

K

LTMSTeST KLKL

Page 58: Microeconomia

58

Exercício

• iii) Em termos discretos, a PmgL será a produção atribuída à ultima unidade do factor trabalho:

• PmgL = y(8, 10) – y(7, 10)

= 75.946 – 68.883

= 7.063 c/dia/h.

Page 59: Microeconomia

59

Exercício

• iii) Em termos contínuos, será a derivada da função produção em ordem ao trabalho

y’L(8,10) = 1 + 7L–0.3K0.2 = 6.945 c/dia/h

Page 60: Microeconomia

60

Exercício

• iii) Também poderíamos calcular a pm na vizinhança do valor, (e.g, se pudéssemos dividir o input em centésimas)

• PmgL = [y(8.01, 10) – y(7.99, 10)]/0.02 = 6.945 c/dia/h.

Page 61: Microeconomia

61

TMST – função implícita

• A expressão que se obtém para a TMST usando a derivação da função implícita traduz que esta grandeza é o rácio das produtividades marginais.

• Com o sinal trocado pois não aumentam as quantidades dos inputs ao mesmo tempo

Page 62: Microeconomia

62

Exercício

• Ex.3.5. Num restaurante, mediu-se que• Mais uma hora de trabalho permite

produzir mais 4 refeições • mais 1 m2 de área permite produzir mais

0.2 refeições. • i) Determine a TMSTL,K. • ii) Quanto será necessário aumentar o

espaço para poder diminuir L em 8 horas (mantendo Y)?

Page 63: Microeconomia

63

Exercício

• i)

• ii) Como 1h de trabalho a menos obriga a ter 20m2 de área a mais, será necessário aumentar o espaço em 160m2.

202.0

4

'

',

K

LKL f

fTMST

Page 64: Microeconomia

64

Retorno à escala

Page 65: Microeconomia

65

Retorno à escala

• Quando mudamos da isoquanta q0 para a isoquanta q1, em que q1 > q0, haverá necessidade de aumentar as quantidades usadas de inputs.

• Ressalvando que a alteração das quantidades de inputs é um processo que demora tempo, no longo prazo podemos pensar que existe a possibilidades de expandir a produção.

Page 66: Microeconomia

66

Retorno à escala

• Se, em termos relativos, o aumento da produção (de longo prazo) necessitar de um aumento mais que proporcional dos inputs, então estamos em presença de um processo com retornos decrescentes à escala.

Page 67: Microeconomia

67

Retorno à escala

• Se pelo contrário, em termos relativos, o aumento da produção (de longo prazo) necessitar de um aumento menos que proporcional dos inputs, então estamos em presença de um processo com retornos crescentes à escala.

• No caso intermédio temos retornos constantes à escala.

Page 68: Microeconomia

68

Retorno à escala

• A determinação dos retornos determina-se multiplicando os inputs por uma constante e verificando se o aumento da quantidade produzida é menor, igual ou maior que essa constante.

Page 69: Microeconomia

69

Retorno à escala

• Por exemplo. Sendo um processo produtivo que pode ser condensado na função de produção

• então, aumentando os inputs na proporção k,

6.02

5.0121 ),( xxAxxy

),( 21 xkxky

Page 70: Microeconomia

70

Retorno à escala

• obtemos o nível de output

• que aumenta mais que a proporção k. Então existem rendimentos crescentes à escala.

6.02

5.01

1.16.02

5.01 )()( xxAkxkxkA

Page 71: Microeconomia

71

Retorno à escala

• No caso da função isoelática

• os retornos à escala são dados pela soma dos expoentes, ( + )

2121 ),( xxAxxy

Page 72: Microeconomia

72

Progresso tecnológico

Page 73: Microeconomia

73

Progresso tecnológico

• O progresso tecnológico permite produzir igual quantidade de output com menor quantidade de inputs.

• Em termos de isoquanta, o progresso técnico traduz-se por uma deslocação da isoquanta para a esquerda (no sentido de gastar menos inputs).

Page 74: Microeconomia

74

Progresso tecnológico

Page 75: Microeconomia

75

Progresso tecnológico

• Notar que o deslocamento da isoquanta pressupõe que o progresso tecnológico “caiu do céu”,

• i.e., abstraímos que têm que ser dispendidos recursos escassos em actividades de investigação e desenvolvimento, I&D, para que o progresso tecnológico aconteça

Page 76: Microeconomia

76

Progresso tecnológico• Como exemplo de inovação tecnológica,

apresento o pescado (“Peixes marinhos” + “Crustáceos” + “Moluscos”) descarregado nas lotas portuguesas e os recursos utilizados (barcos e trabalhadores)

Ano pescado Barcos Trabalhadores2002 148 kt 10548 220252007 161 kt 5050 17021(fonte: www.ine.pt).

Page 77: Microeconomia

77

Minimização do custo

Page 78: Microeconomia

78

Minimização do custo

• Para produzir um bem ou serviço que vai ser vendido no mercado, o produtor necessita utilizar/gastar factores de produção que têm que ser adquiridos no mercado a um determinado preço.

Page 79: Microeconomia

79

Minimização do custo

• O produtor, como ser humano, pretende consumir bens e serviços que adquire no mercado com o benefício que obtém da sua actividade.

• Então, por um lado, dado um nível de rendimento (e os preços de mercado), o seu problema económico é idêntico ao tratado na Teoria do Consumidor:

• o objectivo é maximizar a utilidade.

Page 80: Microeconomia

80

Minimização do custo

• Vimos no capítulo 2 que podemos sumariar o resultado da decisão óptima do consumidor na função de utilidade indirecta que é crescente com o rendimento:

rapapapas

aaaUMaxrV

nn

n

........

),,...,,()(

2211

21

Page 81: Microeconomia

81

Minimização do custo

• O produtor, para um nível de output fixo, vai escolher os inputs que maximizam esta utilidade indirecta (sujeito à função de produção e aos preços de mercado).

Vai maximizar o seu rendimento Vai minimizar o custo de produção

Page 82: Microeconomia

82

Linha de Isocusto

• Linha de Isocusto - de igual nível de custo

• Na produção agregam-se os inputs usando o preço de mercado como ponderador

• É o custo em unidades monetárias

Page 83: Microeconomia

83

Linha de Isocusto

• Sendo usadas as quantidades L e K, com preços pL e pK, respectivamente, o custo dos inputs em termos monetários vem dado por

C = L.pL + K.pK.

Page 84: Microeconomia

84

Linha de Isocusto

• Linha de isocusto: representa as combinações de inputs que têm o mesmo custo

K(L) = C/pK – L.pL/pK,

– Idêntico à restrição orçamental

Page 85: Microeconomia

85

Linha de Isocusto

• Podemos representar a linha de isocusto no mesmo gráfico que a isoquanta de nível de produção q.

Page 86: Microeconomia

86

Linha de Isocusto

Page 87: Microeconomia

87

1ª condição de minimização

• Vamos fazer o mesmo raciocínio que no caso da teoria do consumidor mas agora queremos minimizar o custo

Page 88: Microeconomia

88

1ª condição de minimização

Page 89: Microeconomia

89

1ª condição de minimização

• O custo mínimo será onde a isocusto for tangente à isoquanta

Page 90: Microeconomia

90

1ª condição de minimização

Page 91: Microeconomia

91

1ª condição de minimização

• A tangente traduz a 1ª condição da minimização do custo de produção:

K

LKL p

pTMSTC ,)min(

K

K

L

L

K

L

K

L

p

f

p

f

p

p

f

f ''

'

'

Page 92: Microeconomia

92

1ª condição de minimização

• Em vez da recta orçamental, agora temos a função de produção

),(

''

:)(),(

KLfq

p

f

p

f

qKqL K

K

L

L

Page 93: Microeconomia

93

Exercício

• Ex.3.6. Num estabelecimento do ensino superior, a produção de conhecimento depende do número de professores e da dimensão das instalações segundo a proporção

Y = 10.L0.8.K0.3 – 50.

• Sendo pL = 30000€/ano e pK = 1000€/ano, determine o nível de inputs que minimiza o custo de atingir o nível de produção Y = 330u.

Page 94: Microeconomia

94

Exercício

€581987

72.158

11,14

8/90

5010330

1000

3

30000

8

),(

''

3.08.0

7.08.03.02.0

C

K

L

LK

KL

KLKL

KLfY

p

f

p

f

K

K

L

L

Page 95: Microeconomia

95

Efeito de uma alteração dos preços dos inputs.

Page 96: Microeconomia

96

Efeito de uma alteração dos preços dos inputs.

• Quando o preço de um input aumenta,

• altera-se a inclinação da linha de isocusto

• E aproxima-se da origem dos eixos

• Vejamos o caso de aumentar pK

Page 97: Microeconomia

97

Efeito de uma alteração dos preços dos inputs.

Page 98: Microeconomia

98

Efeito de uma alteração dos preços dos inputs.

• Para garantirmos o mesmo nível de output,

• Diminui-se a quantidade do input que aumenta o preço e

• aumenta-se a quantidade do input que mantém o preço

• O custo aumenta (tem que se deslocar a isocusto para a direita)

Page 99: Microeconomia

99

Efeito de uma alteração dos preços dos inputs.

Page 100: Microeconomia

100

Exercício

• Ex.3.7. Na produção de “aulas de ginástica”, a tecnologia condensa-se na função produção,

y(l, k) = L0.7.K0.2 aulas,

• i) Sendo pK = 0.05€/u. e pL = 15€/h, determine o custo mínimo de produzir 1000 aulas.

• ii) Determine as mudanças que ocorrem se o preço da mão de obra subir para pL = 16€/h.

Page 101: Microeconomia

101

Exercício

• i)

€60.15452

68678

25.82171.85

05.0

2.0

15

7.0

1000

8.07.02.03.0

2.07.0

c

k

llk

klkl

kl

p

f

p

f

k

k

l

l

Page 102: Microeconomia

102

Exercício

• ii)

€16248

72214

84.789

71.85

1000

05.0

2.0

16

7.0

2.07.0

8.07.02.03.0

c

k

l

lk

kl

klkl

Page 103: Microeconomia

103

Exercício

• O trabalho diminuiu 11.4h,

• O capital aumentou 3535u.

• O custo aumentou 795.47€.

• Se não houvesse alteração nos inputs, o custo teria aumentado 801.25€.

Page 104: Microeconomia

104

Progresso tecnológico

Page 105: Microeconomia

105

Progresso tecnológico

• O progresso tecnológico permite atingir o mesmo nível de output usando uma quantidade menor de inputs

• Também permite produzir novos outputs e de melhor qualidade mas não vamos considerar esta questão

Page 106: Microeconomia

106

Progresso tecnológico

• Também permite produzir maior quantidade com os mesmos inputs (que não consideramos porque estamos a assumir a quantidade fixa).

• Como já referido, o progresso tecnológico traduz-se por um deslocamento da isoquanta para a esquerda e para baixo, havendo redução de uso do factor “trabalho” e do factor “capital”

Page 107: Microeconomia

107

Progresso tecnológico

• Como já referido, o progresso tecnológico traduz-se por um deslocamento da isoquanta para a esquerda e para baixo

Page 108: Microeconomia

108

Progresso tecnológico

• Progresso tecnológico (relativamente mais) poupador de capital

• Em termos relativos, a redução do uso de capital é maior que a redução de trabalho.

• Progresso tecnológico (relativamente mais) poupador de trabalho

• Em termos relativos, a redução do uso de trabalho é maior que a redução de capital

Page 109: Microeconomia

109

Progresso tecnológico

• Esta classificação obriga a comparar a proporção de capital/trabalho inicial e compara-la com a final

• Vai depender dos preços dos inputs

Page 110: Microeconomia

110

Progresso tecnológico

• Inovação poupadora de capital

Page 111: Microeconomia

111

Progresso tecnológico

• A proporção é dada pela inclinação que liga o mix óptimo de inputs com a origem.

• No ponto A, onde se mantém a proporção inicial, a TMSL,K está maior (em grandeza) que a original.

• Como a TMSL,K diminui (em grandeza) para a direita, então L tem que aumentar e K diminuir.

• A proporção K/L diminui : poupador de capital

Page 112: Microeconomia

112

Progresso tecnológico

• Inovação poupadora de trabalho

Page 113: Microeconomia

113

Progresso tecnológico

• A proporção é dada pela inclinação que liga o mix óptimo de inputs com a origem.

• No ponto A, onde se mantém a proporção inicial, a TMSL,K está menor (em grandeza) que a original.

• Como a TMSL,K aumenta (em grandeza) para a esquerda, então L tem que diminuir e K aumentar.

• A proporção K/L aumenta : poupador de trabalho

Page 114: Microeconomia

114

Progresso tecnológico

• Pode acontecer que a inovação tecnológica leve ao aumento da quantidade utilizada de um (ou alguns) dos factores de produção

• Mas nunca poderá aumentar a quantidade utilizada de todos

• Leva sempre a uma redução do custo.• (Supondo a produção do mesmo bem ou

serviço)

Page 115: Microeconomia

115

Progresso tecnológico

• Ex.3.8. Em 1980, a tecnologia de produção de “seguros automóveis” condensava-se na função de produção

• Y1980 = 10.L0.8.K0.3 mil seguros em que L traduz o número de agentes e K o número de balcões.

• Para PL = 2000€/u. e PK = 3000€/u., determine quantos agentes havia por balcão em 1980, o número de balcões e a TMSTL,K.

Page 116: Microeconomia

116

Progresso tecnológico

65.84

62.3384

104000

3000

3

2000

8

),( 3.08.0

7.08.03.02.0

k

lkl

kl

klkl

klfy

p

f

p

f

k

k

l

l

667.062.3383

65.848

3

8

3

87.08.0

3.02.0

,

l

k

kl

kl

f

fTMST

k

lKL

Page 117: Microeconomia

117

Progresso tecnológico

• O aparecimento da Internet alterou a tecnologia passando a função de produção, em 2000, a ser Y2000 = 20.L0.3.K0.8.

• Y2000 = 20.L0.3.K0.8 mil seguros

• Para PL = 2000€/u. e PK = 3000€/u., comparando a TMSTL,K. identifique se o progresso foi poupador de trabalho

Page 118: Microeconomia

118

Progresso tecnológico

Como diminuiu em grandeza (de -1 para -0.141), então é relativamente mais poupadora de trabalho

094.032.18016

08.456

16

6

16

62.03.0

8.07.0

,

l

k

kl

kl

f

fTMST

k

lKL

Page 119: Microeconomia

119

Progresso tecnológico

54.144

21.815625.0

204000

3000

16

2000

6

3.08.0

2.03.08.07.0

k

lkl

kl

klkl

Page 120: Microeconomia

120

Progresso tecnológico

• 1) A tecnologia ser poupadora de trabalho não implica que vá aumentar a taxa de desemprego.

• 2) O progresso tecnológico (“caído do céu”) é sempre positivo para a sociedade como um todo.

• 3) Pode, pelo menos transitoriamente, não ser benéfico para todos (e.g., pode obrigar à reconversão do factor trabalho).

Page 121: Microeconomia

121

Progresso tecnológico

• E.g., Há uma economia com duas empresas com nove trabalhadores cada: uma padaria onde cada trabalhador produz (e recebe como ordenado) dois pães e uma salsicharia onde cada trabalhador produz (e recebe como ordenado) duas salsichas.

• Supondo que os consumidores apenas retiram utilidade de comer cachorros quentes (i.e., um pão com uma salsicha), a troca no mercado de um pão por uma salsicha permite que todos consumam um cachorro quente.

Page 122: Microeconomia

122

Progresso tecnológico

• De repente, uma inovação tecnológica passa a permitir que cada padeiro produza (e receba como ordenado) 4 pães. Então, há no mercado pão a mais e salsichas a menos pelo que o preço do pão diminui tornando-se obrigatório despedir 3 padeiros que, transitoriamente, ficam no desemprego pois precisam de aprender a ser salsicheiros.

Page 123: Microeconomia

123

Progresso tecnológico

• No final, as empresas e o mercado ajustam-se ficando a padaria com apenas 6 trabalhadores e o preço diminui para 0.5 pães por salsicha

• Mas a salsicharia passa a ter 12 trabalhadores de forma que não existe desemprego

• Todos os indivíduos melhoram aumentando o consumo para 1.33 cachorros quentes.

• exemplo retirado de Paul Krugman, 1998, The Accidental Theorist.

Page 124: Microeconomia

124

Função procura de factores de produção.

Page 125: Microeconomia

125

Função procura de factores de produção.

• Para atingir um determinado nível de produção é necessário adquirir inputs no mercado de factores de produção.

• Então, considerando preços de mercado genéricos, da resolução da minimização do custo, podemos determinar as funções de procura dos factores de produção que permitem atingir um determinado nível de produção.

Page 126: Microeconomia

126

Exercício

• Ex.3.9. Na produção de “contas bancárias” é utilizado capital (instalações, computadores, etc.) e trabalho (funcionários) segundo a proporção

• y(L, K) = 10L0.5.K0.8 contas.• Determine as funções procura de trabalho e de

capital para um nível de produção de 100000contas.

Page 127: Microeconomia

127

Exercício

3846.0

6154.0

8.03.1

8.05.0

2.05.08.05.0

)/(3.1430

)/(94.893

)/6.1(10000

/.6.1

10100000

85

),(

kl

lk

kl

kl

klk

k

l

l

ppk

ppl

ppl

pplk

kl

p

kl

p

kl

klfy

p

f

p

f

Page 128: Microeconomia

128

Exercício

• A quantidade procurada de trabalho é decrescente com o preço unitário do trabalho (e crescente com o preço unitário do capital).

• A quantidade procurada de capital é decrescente com o preço unitário do capital (e crescente com o preço unitário do trabalho).

• Estes dois inputs são factores de produção substitutos.

Page 129: Microeconomia

129

Função custo total (de longo prazo).

Page 130: Microeconomia

130

Função custo total (de longo prazo).

• O custo total será dado pela despesa incorrida pelo produtor vendedor na aquisição dos factores de produção ao preço de mercado. Apesar de ser obtida sob o pressuposto de que a quantidade a produzir é fixa (ser um parâmetro), podemos obter uma função que relacione o custo total para cada nível de produção.

Page 131: Microeconomia

131

Função custo total (de longo prazo).

• Realço que esta função custo total é determinada sob o pressuposto de que existe tempo disponível entre os níveis de produção que permite um ajustamento de longo prazo de ambos os factores de produção pelo que não tem relevância económica para ser utilizada em alterações de mercado de curto prazo.

Page 132: Microeconomia

132

Exercício

• Ex.3.10. Na produção de sardinha, a tecnologia condensa-se na relação

• y(L, K) = 5ln(L) + 10ln(K) cabazes. • Determine a função custo (de LP) para cada

nível de produção q quando os preços de mercado do trabalho e do capital são 25€/u. e 5€/u., respectivamente.

Page 133: Microeconomia

133

Exercício

)535.115/exp(75525)(

)535.115/exp(

)535.115/exp(10

)(15)10(10

10

)(10)(55

/1.10

25

/1.5

),(

qKLqC

qL

qK

LLnLnq

LK

KLnLLnq

KL

klfy

p

f

p

f

k

k

l

l

Page 134: Microeconomia

134

Alteração do nível de produção - curto prazo

Page 135: Microeconomia

135

Nível de produção - cp

• O mercado está em constante evolução, sendo obrigatório que o produtor, para se manter vivo, responda rapidamente.

• No longo prazo, a resposta pode consistir numa variação, percorrendo uma isoquanta, da proporção dos diversos inputs ou uma alteração de isoquanta (i.e., uma variação dos inputs de forma a alterar também a quantidade produzida).

Page 136: Microeconomia

136

Nível de produção - cp

• No entanto, na resposta rápida, dos diversos factores de produção utilizados, existem alguns que não é possível alterar a intensidade/quantidade que é utilizada.

• E.g., se eu tenho uma empresa de autocarros, precisando aumentar a minha produção em resposta a uma avaria do Metropolitano, posso aumentar o horário dos meus motoristas em duas horas mas não posso variar o número de autocarros.

Page 137: Microeconomia

137

Nível de produção - cp

• Curto prazo – Longo prazo. É corrente ouvir os agentes económicos referirem-se à capacidade de ajustamento do seu negócio em termos de curto e longo prazo.

• A escala temporal destes conceitos não é objectiva, podendo o curto prazo ser na ordem dos dias, semanas ou meses e o longo prazo na ordem dos anos ou dezenas de anos.

• A questão fundamental é que, no longo prazo, todos os inputs são ajustáveis enquanto que no curto prazo, apenas alguns dos inputs o são.

Page 138: Microeconomia

138

Nível de produção - cp

• Função de produção de curto prazo. • Porque consideramos que na produção apenas

são utilizados dois factores de produção, o trabalho e o capital, vamos agora assumir que no curto prazo apenas é possível ajustar o nível de trabalho às condicionantes do mercado.

Page 139: Microeconomia

139

Nível de produção - cp

• No curto prazo, posso variar a quantidade de trabalho mas tenho que manter fixa a quantidade de capital (e que foi decidida num tempo anterior).

• Notar que eu não vou determinar qual o nível óptimo de output nem minimizar o custo mas apenas responder a uma vontade exógena de alterar rapidamente o nível de produção.

Page 140: Microeconomia

140

Exercício

• Ex.3.11. Na produção de “uma aula de Judo com Y alunos”, a função de produção (de longo prazo) é Y(L, K) = 10.L0.8.K0.5u. Sendo que os preços de mercado dos Mestres e do Dojo são 50€/h e 5€/m2, respectivamente

• i) determine o nível óptimo de factores de produção para produzir uma aula com 100 alunos.

Page 141: Microeconomia

141

Exercício

hL

mK

L

LK

KL

KLKL

klfy

p

f

p

f

k

k

l

l

9.2

155.18

4

25.6

10100

5

5

50

8

),(2

3.1

5.08.0

5.08.05.02.0

Page 142: Microeconomia

142

Exercício

• ii) Sendo que, de forma imprevista, é necessário aumentar rapidamente o nível de produção para uma aula com 200 alunos, determine a resposta em termos de factores de produção.

Page 143: Microeconomia

143

Exercício

• ii) Só é possível aumentar o trabalho do Mestre:

hLL 9.6155.1810200 5.08.0

Page 144: Microeconomia

144

Produtividade total, média e marginal.

Page 145: Microeconomia

145

Produtividade total, média e marginal.

• Considerando irrelevante na análise de curto prazo os factores fixos, então a função produção de curto prazo quantifica, em termos físicos, a produtividade total do factor trabalho.

• E.g, se a fp de batatas y(L) = 60L0.8 – 50, sendo L as horas de trabalho, então com L = 100h,

• a produtividade total será 2338.6 kg de milho.

Page 146: Microeconomia

146

Produtividade total, média e marginal.

• A produtividade média traduz quanto, em média, produz cada unidade de factor (trabalho) utilizado e obtém-se dividindo a produção total pela quantidade de factor variável utilizado.

• Não tem em conta o contributo dos outros (fixos no cp) factores de produção.

• E.g., no milho temos ymed(L) = (60L0.8 – 50)/L de que resulta uma produtividade média de 23.4 kg/h.

Page 147: Microeconomia

147

Produtividade total, média e marginal.

• Também é normal ouvir falar de produtividade de um recurso natural, como por exemplo, a produtividade por hectare de terra (sem atender aos outros factores utilizados como quantidade de trabalho, de adubos, maquinaria, etc.).

• Na Figura seguinte apresento exemplos de produtividade da terra de sequeiro.

Page 148: Microeconomia

148

Produtividade total, média e marginal.

Culturas \ Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Trigo mole 1 199 1 648 666 2 388 1 865 2 240

Trigo duro 787 1 543 559 2 298 1 790 2 060

Triticale 839 1 397 403 2 093 1 582 1 980

Cevada 1 133 1 651 765 2 390 1 994 2 290

Centeio 888 953 779 1 014 1 022 1 020

Aveia 721 1 099 469 1 623 1 347 1 685

Batata de sequeiro 8 985 11 821 8 319 9 499 10 358 9 840

Page 149: Microeconomia

149

Produtividade total, média e marginal.

• A produtividade marginal traduz o aumento de produção induzido pela última unidade de factor utilizado.

• E.g., no milho teremos ymarg(L) = y(L) – y(L–1) de que resulta uma produtividade marginal de 2338.643 – 2319.515 = 19.128 kg/h para a 100ª hora.

Page 150: Microeconomia

150

Produtividade total, média e marginal.

• Se a variável L puder ser aproximada por uma quantidade contínua, então a produtividade marginal vem dada pela derivada da função produção ymarg(L) = y’(L).

• no milho temos ymarg(L) = 48L–0.2 pelo que virá ymarg(100) = 19.109 kg/h.

• Notar neste exemplo a grande semelhança entre os resultados de considerarmos a variável discreta ou contínua (erro0.1%).

Page 151: Microeconomia

151

Comportamento da produtividade com a quantidade

de factor.

Page 152: Microeconomia

152

produtividade e quant. de factor.

• Em termos empíricos, a generalidade dos processos produtivos pode ser condensado numa função de produção de curto prazo com inclinação variável com o nível de produção, i.e., a produtividades marginal do trabalho é variável (ver, Figura seguinte).

• Podemos tipificar a função produção em três troços.

Page 153: Microeconomia

153

produtividade e quant. de factor.

Page 154: Microeconomia

154

produtividade e quant. de factor.

• No primeiro troço, a f.p tem curvatura virada para cima e é crescente

• A produtividade marginal é crescente• A produtividade média é inferior à produtividade

marginal

Page 155: Microeconomia

155

produtividade e quant. de factor.

Page 156: Microeconomia

156

produtividade e quant. de factor.

• No segundo troço, a f.p tem curvatura virada para baixo e é crescente

• A produtividade marginal é decrescente• A produtividade média é superior à

produtividade marginal

Page 157: Microeconomia

157

produtividade e quant. de factor.

Page 158: Microeconomia

158

produtividade e quant. de factor.

• Podemos visualizar a evolução da produtividade marginal e da produtividade média com a quantidade utilizada de factor

• Primeiro, a prod.marg é superior• Segundo a prod.marg é inferior

Page 159: Microeconomia

159

produtividade e quant. de factor.

Page 160: Microeconomia

160

Custo total de curto prazo.

• O custo vai ter um comportamento semelhante ao da produtividade.

• Custo = K.PK + L.PL

• O custo médio vai ser diferente.

Page 161: Microeconomia

161

Custo total de curto prazo.

• Ex.3.12. Sendo a função de produção de milho y(L) = 12L0.8K0.7 sacas, para K = 100u. e preços de mercado pL = 5€/h e pK = 1€/u., determine a função custo total de curto prazo.

Page 162: Microeconomia

162

Custo total de curto prazo.

• A função custo total de curto prazo resolve

100,6..,52)( 7.08.0 KKLqasLKqc

25.1

25.1

7.07.08.0

00947.0200)(

100651002)(

1006

qqc

qL

Lqc

Lq

Page 163: Microeconomia

163

Custo médio e custo marginal

• Se dividirmos o custo total pela quantidade total produzida, obtemos a função custo médio, c.médio = c(y)/y.

• A função custo marginal consiste, em termos discretos, no custo de produzir a última unidade de bem, c.mg(y) = c(y) – c(y–1).

Page 164: Microeconomia

164

Custo médio e custo marginal

Page 165: Microeconomia

165

Custo médio e custo marginal

• O custo médio será inicialmente decrescente de depois crescente

• O custo marginal será inicialmente decrescente e depois crescente

Page 166: Microeconomia

166

Custo médio e custo marginal

• Podemos representar a evolução do custo (médio e marginal) com a quantidade produzida, visualizando que há um ponto (onde o custo marginal iguala o custo médio) em que o custo médio é mínimo.

Page 167: Microeconomia

167

Custo médio e custo marginal

Page 168: Microeconomia

168

Custo médio e custo marginal

• A ideia de que o custo marginal decresce com a quantidade traduz o conceito de economias de escala (neste caso, relativamente apenas ao factor trabalho). Ser a produtividade marginal crescente implica que existe uma quantidade onde o custo médio é mínimo o que é importante quando falarem da “função de oferta em concorrência perfeita”.