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Microbiologia da Ar
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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TÉCNICA, TECNOLÓGICA SUL-RIO-GRANDENSE
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA AMBIENTAL
PROFESSOR: LEANDRO OLIVEIRA
MICRORGANISMOS DO AR
Alunas: Bianca Carvalho das Neves, Daniele Dobke, Francine Monks Fernandes, Lisiane Cruz, Neusa Einhardt
Pelotas, 29 de novembro de 2013
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................3
1.1 Origem dos microrganismos do ar........................................................................3
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................................5
2.1 Benefícios para a agricultura..................................................................................5
2.2 Liquens como indicadores de qualidade do ar..................................................6
2.3 Qualidade do ar interior...........................................................................................8
2.4 Fungos, bactérias e vírus que causam doenças............................................10
3.Como evitar a contaminação com esses microrganismos....................................13
3.1 Métodos de controle dos microrganismos encontrados no ar.....................14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................16
5. REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS.........................................................................17
3
1. INTRODUÇÃO
A população microbiana do ar é transitória e variável. O ar não é um
meio no qual possam crescer os microrganismos, mas é um portador de
poeiras e gotículas que podem estar carregadas de microrganismos. Os
microrganismos podem estar carregados nas partículas de pó, em grandes
gotas que se sedimentam rapidamente e em núcleos de gotas que resultam da
evaporação das gotas líquidas. Os organismos introduzidos no ar podem ser
transportados ao longo de poucos centímetros ou muitos quilômetros. Alguns
microrganismos transmitidos pelo ar morrem em questão de segundos, outros
sobrevivem por semanas, meses, ou até anos. O destino final dos
microrganismos transportados pelo ar é governado por um conjunto complexo
de circunstâncias que incluem a umidade, a temperatura, a quantidade de luz
solar e o tamanho das partículas transportadoras de microrganismos. A
natureza dos microrganismos também é importante. Por exemplo, os
organismos que produzem esporos ou cistos provavelmente sobrevivem no ar
por um longo período de tempo (PELCZAR 1997).
1.1 Origem dos microrganismos do ar
A superfície da terra - solo e água- representam a fonte de
microrganismos encontrados na atmosfera. Os ventos levantam a poeira do
solo e as partículas de pó carregam os microrganismos para o ar. Além disso,
gotas de água contendo microrganismos podem ser originadas da superfície de
oceanos, baías e outras coleções naturais de água, e entram assim da
atmosfera. Muitas dessas gotículas de águas são produzidas pela ruptura de
bolhas de ar na superfície aquática. A camada superficial de água (0,1 mm de
profundidade) é denominada microcamada e contém muito mais
microrganismos do que as camadas mais profundas. Gotículas que emergem
da microcamada pode contribuir significativamente para a formação da
população microbiana na atmosfera acima da água (PELCZAR 1997).
4
Além desta origem global dos microrganismos encontrados na
atmosfera, há vários processos industriais, agrícolas e municipais que podem
produzir aerossóis carregados de microrganismos. Alguns exemplos são: (1)
irrigação de lavouras de florestas com efluentes de esgotos, mediante o uso de
borrifadores; (2) grandes operações de debulhamento; (3) filtros gotejadores
em instalações de despejo de esgotos; (4) abatedouro (matadouro) de animais
(PELCZAR 1997).
Outra forma de contaminação do ar por microrganismos é através de
seres humanos infectados, que podem expelir patógenos, juntamente com
gotículas de água, seja tossindo, espirrando ou até mesmo falando.
Os trabalhadores da área da saúde devem manipular cuidadosamente
as secreções dos pacientes, para evitar a produção de aerossóis de patógenos
(pequenas gotículas que permanecem suspensas por algum tempo), que
podem transmitir doenças como: raiva, toxoplasmose e outras.
5
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Benefícios para a agricultura
A crescente compreensão de práticas que afetam o ambiente tem
aumentado a sensibilidade pública para o risco em potencial associado com o
amplo uso de inseticidas químicos na agricultura moderna. A contaminação de
lençóis d´água, a poluição de ribeirões, resultando em dano na vegetação
aquática, e o desenvolvimento de insetos resistentes a esses agentes
químicos, que provoca a necessidade de aumentar as dosagens, são alguns
dos problemas associados com o uso disseminado de inseticidas químicos
(PELCZAR 1997).
Um método alternativo atraente para o controle de insetos que danificam
as plantas é a aplicação de microrganismos que infectam e matam
especificamente os insetos, sem lesar as plantas. O bacillus thuringiensis
(comumente referido como B.t.) tem sido utilizado comercialmente há vários
anos para o controle de insetos lepidópteros (inseto de asas em forma de
escama como mariposas, borboletas e herpéria). O Bacillus thuringiensis é
também utilizado para o controle da mariposa cigana, que destrói árvores; a
mariposa cigana tem sido responsável pela destruição de grandes florestas. O
Bacillus popillae e o B.lentimorbus são utilizados para o controle do besouro
japonês. Algumas novas variedades de grama de pasto são protegidas de
insetos famintos pela aplicação de fungos do gênero Acremonium. Em recentes
experimentos na Universidade de Wisconsin, uma bactéria isolada do solo foi
efetiva no controle de "apodrecimento de plantas" e "apodrecimento de raiz"-
doenças de alfafa e soja que são causadas por fungos (PELCZAR 1997).
Vale ainda ressaltar a importância dos fungos e bactérias em todas as
esferas do meio ambiente atuando como principais decompositores da matéria
orgânica.
6
2.2 Liquens como indicadores de qualidade do ar
Um líquen é uma combinação de uma alga verde (ou uma cianobactéria)
com um fungo. Os liquens fazem parte do Reino Fungi e são classificados de
acordo com seu parceiro fungo, a maioria das vezes um ascomiceto. Esses
dois organismos convivem em uma relação mutualística, em que ambos
parceiros se beneficiam. Os liquens são muito diferentes tanto das algas
quanto dos fungos quando crescem separados, e se as partes são separadas o
líquen deixa de existir. Aproximadamente 13.500 espécies de liquens ocupam
habitats bastante diversos. Por poderem habitar áreas onde nem os fungos ou
as algas poderiam sobreviver sozinhos, os liquens são, frequentemente, a
primeira forma de vida a colonizar solos ou pedras recentemente expostos. Os
liquens secretam ácidos orgânicos que quimicamente desgastam rochas e
acumulam nutrientes necessários para o crescimento de plantas. Também
encontrados em árvores, estruturas de concreto e telhados os liquens são
organismos que crescem de forma extremamente lenta (TORTORA, 2005).
Os liquens podem ser agrupados em três categorias morfológicas Os
liquens crustosos crescem encrustrados no substrato, os liquens foliosos são
mais parecidos com folhas, e os liquens fruticosos possuem projeções tipo
dedos. O talo de um líquen, ou corpo, se forma quando a hifa do fungo cresce
ao redor das células da alga para se tornar a medula. A hifa do fungo projeta-
se abaixo do corpo do líquen para formar rizinas, ou estruturas de fixação. A
hifa do fungo também forma o córtex, ou capa protetora, em cima da camada
de algas e ás vezes abaixo dela. Após a incorporação como um talo do líquen,
a alga continua seu crescimento, e a hifa em crescimento pode incorporar
novas células de algas (TORTORA, 2005).
Quando a alga é cultivada em separado in vitro, cerca de 1% dos
carboidratos produzidos durante a fotossíntese são liberados no meio de
cultura; entretanto, quando a alga está associada com um fungo, a membrana
plasmática da alga é mais permeável, e mais de 60% do produto da
fotossíntese é liberado para o fungo ou são encontrados como produto final do
metabolismo dos fungos. Os fungos se beneficiam claramente com essa
7
associação. A alga, enquanto fornece valiosos nutrientes, é compensada em
troca; recebe do fungo tanto proteção contra dessecação (córtex) e facilidade
pela fixação (estrutura de fixação) (TORTORA, 2005).
Os liquens possuíam considerável importância econômica na Grécia
antiga e em outras partes da Europa como corantes de roupas. O ácido úsnico
da Usnea é utilizado como um agente antimicrobiano na China. Eritrolitmina,
corante utilizado em papéis indicadores de mudanças do pH, é extraído a partir
de uma variedade de liquens. Alguns liquens ou seus ácidos podem causar
dermatite alérgica de contato em humanos (TORTORA, 2005).
Populações de liquens prontamente incorporam cátions (íons com carga
positiva) em seus talos. Desta forma, a concentração e tipos de cátions na
atmosfera podem ser determinados por análise química do talo dos liquens.
Ainda, a presença ou ausência de espécies que são sensíveis a poluentes
pode ser utilizada para verificar a qualidade do ar. Em 1985 um estudo em
Cuyahoga Valley em Ohio mostrou que 81% das 172 espécies de liquens que
existiam em 1917 haviam desaparecido. Como essa área estava severamente
afetada pela poluição no ar, foi inferido que os poluentes do ar, principalmente
dióxido de enxofre (o maior contribuinte para a chuva ácida), causaram a morte
das espécies sensíveis (TORTORA, 2005).
Os liquens são o principal alimento para os herbívoros das tundras,
como o caribu e a rena. Após o desastre nuclear de 1986 em Chernobyl, 70
mil renas em Lapland que haviam sido criadas para alimentação tiveram que
ser sacrificadas em consequência de níveis altos de radiação. Os liquens dos
quais as renas se alimentavam haviam absorvido césio-137 radiativo,
espalhado pelo ar (TORTORA, 2005).
Atualmente existem algumas pesquisas sobre a utilização de liquens
como bioindicadores da qualidade atmosférica em algumas cidades, segundo
GONÇALVES; BRUNO et al., a pureza do ar atmosférico é fator crucial à
sobrevivência dos liquens, já que estes se alimentam higroscopicamente,
fixando elementos neles presentes, notadamente o nitrogênio. Estes seres
absorvem e retêm elementos radioativos, íons metálicos, dentre outros
poluentes, e isto faz com que sejam utilizados como indicadores biológicos de
8
poluição atmosférica.
Os liquens são reconhecidos por serem muito sensíveis à poluição
atmosférica e, desde o século 19, são utilizados como bioindicadores, sendo
objeto de vários trabalhos que visam o controle das alterações atmosféricas em
vários locais. Muitas espécies são sensíveis aos dióxidos de nitrogênio e
enxofre, assim como a metais pesados, compostos que podem estar presentes
em maior ou menor grau na atmosfera de áreas industriais. Alterações na
estrutura da comunidade liquênica como frequência, cobertura, diversidade e
vitalidade das espécies estão relacionadas com a concentração de poluentes
na atmosfera (MARTINS, et al., 2008).
Dentre os efeitos que os poluentes podem ocasionar na comunidade
liquênica estão à inibição do crescimento e desenvolvimento do talo, alterações
nos processos metabólicos e mudanças anatômicas e morfofisiológicas. O
componente algáceo (fotobionte) do líquen é o primeiro a ser afetado
ocorrendo o desenvolvimento das anormalidades no talo, como o
branqueamento da clorofila e o desenvolvimento de áreas pardas nos
cloroplastos. A clorofila se degrada em feofitina pela ação de soluções de
dióxido de enxofre ainda que em baixas concentrações (MARTINS, et al.,
2008).
2.3 Qualidade do ar interior
A qualidade do ar é o termo que se usa, normalmente, para traduzir o
grau de poluição no ar que respiramos. A poluição do ar é provocada por uma
mistura de substâncias químicas, lançadas no ar ou resultantes de reações
químicas, que alteram o que seria a constituição natural da atmosfera. Estas
substâncias poluentes podem ter maior ou menor impacte na qualidade do ar,
consoante a sua composição química, concentração na massa de ar em causa
e condições meteorológicas. Assim, por exemplo, a existência de ventos fortes
ou chuvas poderão dispersar os poluentes, ao passo que a presença de luz
solar poderá acentuar os seus efeitos negativos.
9
A qualidade do ar no interior dos edifícios é um dos fatores básicos no
conforto dos utilizadores e também influencia a sua saúde, bem como o
rendimento e duração do equipamento e maquinaria existentes na área de
tratamento do ar. A qualidade do ar interior deve, assim, ser avaliada periódica
e sistematicamente, com o objetivo de garantir níveis mínimos de qualidade
(ABELHO, 2012).
Microrganismos no ar interior
Além das partículas poluentes não biológicas, o ar contém bio aerossóis,
que correspondem a material biológico transmitido pelo ar. Os contaminantes
biológicos incluem microrganismos (bactérias, fungos, vírus), ácaros, pólen,
traças, pelo e fezes de animais. As bactérias (e.g., Staphylococcus spp. e
Micrococcus spp.) e fungos (e.g., Penicillium spp., Aspergillus spp. e
Cladosporium spp.) são os mais frequentemente associados com
biocontaminantes e com queixas quanto à qualidade de ar de interiores. Entre
as principais fontes de contaminação fúngica estão os sistemas de ventilação
mecânica, em função do seu funcionamento deficiente e de misturar ar filtrado
externo com ar reciclado. A quantidade e o tipo de microrganismos existentes
dentro de um espaço fechado estão diretamente relacionados com a existência
de suspensões orgânicas e minerais no ar, a temperatura e a umidade relativa,
as condições de manutenção dos sistemas de climatização existentes, a
higiene das instalações, o número e o nível de higiene dos seus ocupantes
(ABELHO, 2012).
Existem várias legislação que tratam da qualidade do ar interior, mas
citaremos aqui a Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003 estabelece os
Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados
Artificialmente de Uso Público e Coletivo, por ser uma lei da Anvisa, sendo
assim abrangente em todo o território nacional.
“II – ABRANGÊNCIA
10
O Grupo Técnico Assessor elaborou a seguinte Orientação Técnica
sobre Padrões Referenciais de Qualidade do Ar Interior em ambientes
climatizados artificialmente de uso público e coletivo, no que diz respeito a
definição de valores máximos recomendáveis para contaminação biológica,
química e parâmetros físicos do ar interior, a identificação das fontes poluentes
de natureza biológica, química e física, métodos analíticos ( Normas Técnicas
001, 002, 003 e 004 ) e as recomendações para controle ( Quadros I e II ).
Recomendou-se que os padrões referenciais adotadas por esta
Orientação Técnica sejam aplicados aos ambientes climatizados de uso
público e coletivo já existentes e aqueles a serem instalados. Para os
ambientes climatizados de uso restrito, com exigências de filtros absolutos ou
instalações especiais, tais como os que atendem a processos produtivos,
instalações hospitalares e outros, sejam aplicadas as normas e regulamentos
específicos.”
2.4 Fungos, bactérias e vírus que causam doenças
Fungos anemófilos
Os fungos dispersam-se na natureza através do ar atmosférico ou por
outras vias, como água, insetos, homem e animais. Os fungos que são
dispersos através do ar atmosférico são denominados fungos anemófilos.
Sendo assim, a microbiota fúngica anemófila pode ser semelhante ou diferente
em cada cidade ou região. Os elementos fúngicos que são encontrados no ar
atmosférico são os esporos (propágulos). São aeroalérgenos que, quando
inalados, podem ser responsáveis por manifestações respiratórias alérgicas,
como asma e rinite (MEZZARI, et al., 2003).
O homem, ao se expor inalando estes aeroalérgenos, pode desenvolver
uma doença respiratória alérgica e a intensidade de exposições pode
determinar a relevância clínica. Para controlar as manifestações alérgicas
provocadas por estes alérgenos inalantes através da terapêutica específica, é
11
importante conhecer a frequência com que ocorre determinado fungo
anemófilo, em relação ao total de exposições praticadas pelo indivíduo ou do
número de amostras isoladas. Segundo Horner et al. (1995), nos Estados
Unidos e em outros países industrializados, cerca de 20% da população
apresenta doenças alérgicas como asma e ou rinite causadas por
aeroalérgenos de fungos (MEZZARI, et al., 2003).
Para caracterizar a composição de fungos no ar atmosférico,
atualmente, estão disponíveis equipamentos que utilizam amostra volumétrica
de ar. Estes equipamentos permitem definir a periodicidade destes fungos
anemófilos. Porém, é importante ressaltar que existe diferença entre os fungos
predominantes no ambiente domiciliar e no ar atmosférico extradomiciliar
(MEZZARI, et al., 2003).
Apesar de os fungos terem reconhecida participação em quadros de
hipersensibilidade do trato respiratório, as publicações sobre a de fungos na
atmosfera das cidades brasileiras são reduzidas. Com isso, atualmente, há
grande dificuldade na caracterização da importância dos alérgenos de fungos
em quadros de asma e rinite alérgica. Em parte, isto se deve ao
desconhecimento da microbiota fúngica a que a população está exposta. Desta
forma a identificação e quantificação dos esporos de fungos anemófilos na
cidade, bem como sua aplicação na clínica de alergias, poderá permitir
avanços no diagnóstico e desenvolvimento de novos métodos de abordagem
nestas patologias (MEZZARI, et al., 2003).
Bactérias
As bactérias podem transmitir doenças através do ar, como a tuberculose,
meningite, pneumonia, difteria, coqueluche, botulismo e antraz, dentre outras.
A tuberculose é provocada pelo bacilo de Koch, que ataca o ser humano e
também outros animais. É contagiosa e pode se manifestar em vários órgãos
do corpo. A mais comum é a tuberculose pulmonar. O bacilo passa de pessoa
para pessoa através da tosse, que vai para o ar e contamina outra pessoa. Ou
também pelo contato com roupas, talheres e outros objetos contaminados, por
12
isso a pessoa infectada deve usar tudo separado e bem esterilizado.
Seus sintomas só são percebidos meses depois da instalação da bactéria no
organismo. Com o avanço da doença, iniciam-se as tosses com catarro, febre,
palidez, falta de apetite, emagrecimento e consequentemente fraqueza geral.
Se não for tratada, pode causar lesões nos pulmões e até levar a morte.
A meningite meningocócica é uma doença que ataca as meninges, que são
membranas que protegem o sistema nervoso central. É causado pela
bactéria Neisseria meningitidis. Seus sintomas são dor de cabeça muito forte,
vômito, febre e dor na nuca. O contágio se dá pelas vias respiratórias.
Outra doença é o botulismo que está relacionado às toxinas da bactéria
Clostridium botulinum, pode levar a morte.
As bactérias também causam a acne na pele, sendo um dilema para uma
maioria de adolescente.
Vírus
As doenças causadas por vírus são: gripe, caxumba, poliomielite e o sarampo.
São evitadas, geralmente, com vacinas e através da boa alimentação.
A gripe é transmitida pelo vírus Myxovirus influenzae, também conhecido
como vírus influenza, é a virose mais comum. É contagiosa e provoca
distúrbios no aparelho respiratório. Causam febre, mal-estar, dores de cabeça
e nas costas. Se não for bem curada pode causar outras doenças mais graves
como a pneumonia e a tuberculose.
A caxumba é transmitida pelo vírus Paramyxovirus transmitido por contato
direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas que estão infectadas.
A pessoa contaminada apresenta inchaço embaixo e em frente às orelhas. Se
este vírus atingir o ovário ou os testículos, a pessoa pode ficar estéril.
A poliomielite é causada pelo vírus chamado de Poliovírus é conhecida como
paralisia infantil. Pode ser adquirida pelo ar e também por objetos e alimentos
contaminado.
A pessoa contaminada pode ficar com alguma deficiência física.
13
Grandes campanhas de vacinação foram feitas contra esta doença e hoje ela
praticamente não existe mais no Brasil.
O sarampo é uma doença extremamente contagiosa penetra nas vias
respiratórias e causa febre, tosse, irritação nos olhos e corrimento no nariz.
Muito comum se manifestar em crianças.
3. Como evitar a contaminação com esses microrganismos
Todos os dias estamos em contato com microrganismos: no trabalho, na
escola, no ônibus e até mesmo em casa: as bactérias estão em todos os
lugares. Algumas delas são inofensivas, porém, outras podem causar gripes,
diarreias ou doenças mais graves, conforme citado anteriormente. “Alguns
cuidados de higiene podem evitar o problema”, avisa Gustavo Johanson,
infectologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
A quantidade desses microrganismos é incrível. Para se ter uma ideia,
um bebedouro público ou corrimão de ônibus pode ter mais de 300 tipos de
bactérias, enquanto que o celular, um dos objetos com maior concentração
desses agentes infecciosos, conta com cerca de 10 mil bactérias por
centímetro quadrado do aparelho. Tem mais: um único espirro é capaz de
espalhar aproximadamente 10 milhões de vírus e bactérias no ar. “Por isso, ao
espirrar ou tossir, proteja a boca com um lenço descartável. E se por acaso
usar as mãos, lave-as imediatamente”, alerta o médico. E por falar em lavar as
mãos, o infectologista é categórico: “Incorpore este hábito à sua rotina. Simples
e eficiente, ele elimina as bactérias causadoras de doenças”. Sendo assim,
lave-as muito bem nas seguintes situações:
Antes de...
— Preparar, servir ou comer as refeições.
Depois de...
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— Chegar da rua
— Ir ao banheiro
— Apertar as mãos de uma pessoa que apresente sintomas semelhantes aos
da gripe
— Tossir ou espirrar
— Mexer em animais
3.1 Métodos de controle dos microrganismos encontrados no ar
Os agentes químicos, desinfetantes, esterilizantes, a radiação, a filtração
e o fluxo laminar podem ser utilizados para o controle de microrganismos no ar.
Determinados agentes químicos, como por exemplo, trietileno glicol, o ácido
lático, dentre outros, dispersados como aerossóis, matam muitos ou quase
todos os microrganismos do ar de ambientes internos. São altamente
bactericidas, permanecem suspensos o tempo suficiente para atuar na
umidade e temperatura daquele determinado ambiente, não são tóxicos para o
homem e não danificam ou descolorem objetos no local.
Um exemplo de utilização de desinfetante, podemos citar o uso de um
pesticida em 1948, nos EUA, um pesticida microbiano (óxido de etileno). Foi
utilizado para esterilizar material hospitalar, tratar temperos processados e
locais de manuseio e preparos de alimentos. Utilizado no estado gasoso, pode
agir como desinfetante, fumigante, esterilizante, e inseticida. Em 2001 foi
utilizado para esterilizar prédios nos EUA contaminados com esporos de
Baccillius anrhracis, agente do antrax.
A radiação ultravioleta também é utilizada, mas ela é somente
bactericida, quando os raios entram em contato direto com os microrganismos
existentes no ar. As lâmpadas ultravioleta devem ser cuidadosamente
15
posicionadas, a fim de garantir-se o tratamento de todo o ar em um ambiente.
Elas são mais úteis na manutenção de condições de esterilidade em ambientes
somente esporadicamente ocupados pelo homem. Essas lâmpadas podem ser
colocadas em dutos de ar, a fim de reduzir o numero de microrganismos que
entram em um ambiente através do sistema de ventilação.
Pode-se também citar a filtração como método para controle de
microrganismos, que envolve a passagem de ar através de materiais fibrosos,
tais como algodão e a fibra de vidro. É útil em processos industriais nos quais
o ar estéril deve ser borbulhado através de grandes tanques de fermentação.
Filtros de acetato de celulose podem ser instalados em um sistema de fluxo
laminar a fim de remover os microrganismos que possam ter escapado para a
camada inferior de ar da câmara de fluxo laminar.
O ar é aspirado para fora a partir da abertura, filtrado e então
reconduzido para o ambiente.
16
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os microrganismos do ar têm aspectos tanto positivos quanto negativos,
alguns de seus benefícios como já vimos podem ser como seu uso no controle
de pragas e insetos nas lavouras, diminuindo o uso de agrotóxicos e pesticidas
nas plantações, melhorando a qualidade de nossos alimentos e não causando
poluição. Outro fator benéfico importante é a utilização de liquens como
bioindicadores da qualidade do ar atmosférico.
No entanto há vários aspectos negativos, como vimos esses
microrganismos podem causar inúmeras doenças, desde um simples resfriado
ou até uma meningite que pode levar a óbito em poucas horas. É necessário
todo um cuidado com o ambiente em que estamos habituados a viver, pois
fungos, bactérias e vírus estão espalhados por todo o ar, esperando uma
oportunidade para se alojar em nosso organismo e nos causar algum mal.
Infelizmente com a grande urbanização que vem ocorrendo nesses últimos
anos, a qualidade de nosso ar está péssima. A poluição causada pelas
industrias, veículos e resíduos sólidos vem degradando a qualidade do ar ,
principalmente nas grandes cidades, e com isso aumenta o numero de
doenças causadas por microrganismos do ar, pois eles se instalam nas
pequenas partículas de “sujeira” que ficam suspensas no atmosfera.
17
5. REFERÊNCIAS BLIBLIOGRÁFICAS
ABELHO, Manuela; Manual de Monitorização Microbiológica Ambiental: Curso de
Especialização Tecnológica em Qualidade Ambiental, 2012. (Disponível:
<http://www.esac.pt/Abelho/Monitor_ambiental/ManualMonitorizacao.pdf> acesso em
14/11/2013).
ANVISA, Resolução - RE nº 9, de 16 de janeiro de 2003 que estabelece os Padrões
Referenciais de Qualidade do Ar Interior em Ambientes Climatizados Artificialmente de
Uso Público e Coletivo.
BLACK, Jacquelyn G. Microbiologia: fundamentos e perspectivas. 4 ed. Editora:
Guanabara koogan, Rio de Janeiro, 2002.
GONÇALVES, Vanessa fonseca; BRUNO, Cyntia Goulart Corrêa; et al. Utilização de
liquens como bioindicadores da qualidade atmosférica na cidade de uberlândia,
mg. Anais do VIII Congresso de Ecologia do Brasil, Caxambu - MG, 2007.
MARTIS, Suzana Maria de Azevedo; et al.; Liquens como bioindicadores da
qualidade do ar numa área de termoelétrica, Rio Grande do Sul, Brasil; Porto
Alegre - RS, 2008.
MEZZARI, Adelina et al., Os fungos anemófilos e sensibilização em indivíduos
atópicos em Porto Alegre, RS. Revista da Associação Médica Brasileira, Porto
Alegre, 2003.
PELCZAR JR., Michael Joseph; CHAN, E.c.s.; KRIEG, Noel R. Microbiologia:
conceitos e aplicaçoes. 2. ed. Pearson makron, São Paulo, 1997.
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 8
Reimp. Porto Alegre: Artmed, 2005.
18
AR E SAÚDE; Disponível em: < http://www.soq.com.br/conteudos/ef/ar/p5.php> Acesso
em: 25/11/2013 as 19:45 h.
Métodos de controle dos microorganismos; Disponível em:
<http://coral.ufsm.br/microgeral/Conteudo%20teorico/Metodos%20de%20controle
%20dos%20microorganismos.pdf> Acesso em: 06/11/13 às 19:30h.
Microorganismos: o incrível zôo do ar; Disponível em:
<http://super.abril.com.br/ciencia/microorganismos-incrivel-zoo-ar-437125.shtml>
Acesso em: 24/11/2013 às 14:15h.
Técnicas de prevenção contra contaminação por micro-organismos indesejados; Disponível
em: < http://www.ehow.com.br/tecnicas-prevencao-contra-contaminacao-
microorganismos-indesejados-info_36320/> Acesso em: 25/11/13 às 22h.