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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR 2º ANO – CURSO DE GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS MARKETING DO DESPORTO Comportamento do Consumidor do Desporto – A Motivação dos Praticantes Desportivos Edgar Barros – N.º 24138 Hugo Henriques – N.º 24005 Liliana Fernandes -N.º24013 2005/2006

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INSTITUTO POLITÉCNICO DE SANTARÉM

ESCOLA SUPERIOR DE DESPORTO DE RIO MAIOR

2º ANO – CURSO DE GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DESPORTIVAS

MARKETING DO DESPORTO

Comportamento do Consumidor do Desporto – A Motivação dos

Praticantes Desportivos

Edgar Barros – N.º 24138

Hugo Henriques – N.º 24005

Liliana Fernandes -N.º24013

2005/2006

Page 2: Microsoft Word - Trabalho

RESUMO

Este trabalho pretende conhecer os principais factores motivacionais que levam os praticantes dos concelhos e freguesia da Amadora, Mação, Salvaterra de Magos e Samora Correia, respectivamente à prática desportiva. O trabalho foi feito através de um estudo de dentro de uma população de 116 atletas das modalidades de Futebol e Futsal, dos escalões de Juniores e Seniores, do sexo masculino (80 atletas) e do sexo feminino (10 atletas), onde foi retirada uma amostra de 90 atletas e por fim aplicados os inquéritos.

Foi feito uma breve abordagem ao Desporto Federado em Portugal, e à Teoria das Hierarquias das Necessidades de Maslow com o objectivo de expor o tema “ A Motivação”.

Os resultados obtidos indicam que o factor gosto e o factor promoção da saúde são os factores motivacionais mais importantes para os atletas que os leva a praticar desporto.Por outro lado os factores menos indicados foram a ocupação dos tempos livres e a formação de pessoas.

Assim podemos concluir que existe uma homogeneidade na escolha dos motivos que levam os atletas a praticar desporto.

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INTRODUÇÃO Com este trabalho pretendemos fazer um estudo que nos permite perceber se existe ou não diferenças significativas quanto ao nível de motivação para a prática desportiva por parte dos praticantes. A motivação leva-nos a saber não só porque motivos praticamos desporto, mas também a dar resposta mais eficazes aos nossos desejos e necessidades. Por si só a motivação é não um conceito simples de definir, mas sim um conceito complexo e difícil de estudar devido às múltiplas definições que podemos encontrar. È um dos conceitos mais referidos no desporto (Alves, J.;Brito, A. e Serpa, S. (1996), dado que explica o comportamento dos praticantes a nível do sucesso e do insucesso, assim permitindo adoptar estratégias que estimulem o empenho dos praticantes. Segundo alguns autores, quando existe uma adopção de comportamentos positivos face a actividade física facilita o desenvolvimento dos praticantes, não só no domínio desportivo como também no domínio cognitivo ( Biddle e Armostrong, 1992; Mortimor et. al. 1998; Trew et. al. , 1999). Estas questões rodeiam relações entre atitudes e motivações para a tão actividade física e os comportamentos daí adoptados. Em suma, Roberts (2001) resume a importância que a motivação tem na actividade humana em:” Compreender a motivação constitui-se como um dos principais problemas das relações humanas (…); ouvimos os políticos falarem da pouca vontade que a sociedade tem em mudar, os eleitores incrédulos com a falta de motivação demonstrada pelos políticos em tomar medidas justas, lideres financeiros preocupados com a sua influência na força de trabalho, pais discutindo sobre o seu papel no esforço dos filhos, professores implicando-a nos hábitos de estudo dos alunos, treinadores queixando-se do compremetimento dos praticantes ou dos dirigentes lamentando a falta de persistência na prática das actividade físicas”.

Page 4: Microsoft Word - Trabalho

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Desporto Federado

Sendo atribuição da administração pública desportiva, fixada pelo artigo 40.º da

Lei n.º 1/90, de 13 de Janeiro (Lei de Bases do Sistema Desportivo), a organização do

registo das Federações Desportivas com Utilidade Pública Desportiva (U.P.D.), bem

como de Clubes e demais entidades com intervenção na área do desporto, atribuição

está cometida à Divisão do Desporto Federado pela alínea c) do n.º 4, do artigo 14.º dos

Estatutos do Instituto do Desporto de Portugal (IDP), aprovados pelo Decreto-Lei n.º

96/2003 de 7 de Maio, para organizar e manter actualizado o registo nacional de clubes,

federações desportivas e demais entidades com intervenção na área do desporto.

O desporto federado é hoje reconhecido como importante factor de desenvolvimento

desportivo. Para além de gozar de um invulgar impacto no plano social, gera interesse e

entusiasmo pelo desporto que acaba por contribuir para a generalização da prática

desportiva.

Estes praticantes são inscritos no registo organizado pelo Instituto do Desporto de

Portugal, mediante homologação de proposta apresentada pela respectiva federação

desportiva.

Número total de praticantes federados

Ao comparar valores de números de praticantes verificou-se que as federações

que mais cresceram no desporto federado foram as federações de futebol, voleibol,

andebol e ginástica. Os valores são mostrados no quadro.

Nome Número

Futebol 19.616

Voleibol 17.190

Andebol 8.962

Ginástica 6.273

Page 5: Microsoft Word - Trabalho

É importante disser que o numero total de participantes federados que em cima foram

referidos, nem sempre corresponde à soma total exacta de homens e mulheres.

Diferenciação por escalão etário

O estudo foi realizado através do número de participantes de desporto nas

diferentes modalidades onde foi feita uma distinção em relação ao sexo, e em relação

aos escalões etários. Para este trabalho foram estudados apenas os escalões de júniores e

seniores, desta forma vamos apresentar alguns dos valores que correspondem ao número

de praticantes nos escalões etários acima descritos. O escalão de juniores onde foram

consideradas as idades dos 17 aos 19 anos. Verificou-se um aumento deste número de

praticantes ao longo dos anos como se verifica no quadro em baixo.

Anos Masculino Feminino

2000 32.190 7.638

2001 29.369 5.726

2002 30.100 8.654

2003 30.962 9.052

2004 31.758 10.489

A prática desportiva no escalão júnior em Portugal subiu cerca de 6,7%. Esse

aumento deve-se a um crescimento no número de praticantes do sexo feminino em cerca

de 40,5%. Está registado que 31 das 55 federações desportivas com prática júnior,

corresponde a 56% do universo das federações desportivas.

Evolução do número de praticantes seniores

Neste escalão enquadra-se as idades dos 20 aos 35 anos. Também nos seniores

houve um aumento mais frisado no sexo feminino de 31,5% enquanto que no sexo

masculino o aumento foi só de 26,8%. A evolução do número de praticantes seniores

entre os anos 2000 e 2004 é mostrada na tabela seguinte.

Page 6: Microsoft Word - Trabalho

Anos Masculino Feminino

2000 88.513 13.203

2001 91.650 11.671

2002 101.146 16.722

2003 112.701 16.614

2004 112.243 17.368

Neste período o índice de praticantes seniores corresponde em média a 32,2% do

total dos praticantes federados.

Evolução do número de praticantes federados por distritos e regiões autónomas

A prática desportiva federada é mais acentuada nos distritos do litoral do País do

que nos distritos do interior, na medida de 72% para 19% respectivamente, as regiões

autónomas ficaram pelos 9%.

Os dados são apresentados na tabela a seguir mostrada.

Litoral

Distritos Percentagem

Aveiro 7,4%

Coimbra 4,7%

Faro 6,1%

Leiria 5,3%

Lisboa 19,5%

Braga 6,2%

Porto 16,5%

Setúbal 6,1%

Page 7: Microsoft Word - Trabalho

Interior

Distritos Percentagem

Beja 1,7%

Bragança 0,9%

Castelo Branco 1,7%

Évora 2,0%

Guarda 1,1%

Portalegre 1,2%

Viana do Castelo 4,3%

Santarém 2,4%

Vila Real 1,7%

Viseu 2,4%

Regiões Autónomas

Regiões Percentagem

Madeira 4,9%

Açores 3,9%

Evolução do número de clubes desportivos

De 2000 a 2004 houve um aumento de 8896 para 11.025 clubes

desportivos, ou seja, 21,9%.

Lisboa e Porto foram os distritos com o maior número de clubes desportivos dados que

se verificam nos quadros a seguir.

Page 8: Microsoft Word - Trabalho

Litoral

Distritos Percentagem

Aveiro 6,9%

Coimbra 5,0%

Faro 5,5%

Leiria 5,1%

Lisboa 18,6%

Braga 6,1%

Porto 16,0%

Setúbal 6,6%

Interior

Distritos Percentagem

Beja 2,2%

Bragança 1,1%

Castelo Branco 1,8%

Évora 2,3%

Guarda 1,3%

Portalegre 1,8%

Viana do Castelo 5,7%

Santarém 2,6%

Vila Real 1,9%

Viseu 2,4%

Regiões Autónomas

Regiões Percentagem

Madeira 4,1%

Açores 2,9%

Page 9: Microsoft Word - Trabalho

Motivação

“Uma necessidade é activada e sentida quando há discrepância suficiente

entre o estado desejado ou preferido de ser e o estado real.” Engel, Blackwell e

Miniard (2000, p. 267)

“ O motivo (impulso) é uma necessidade com tal grau de intensidade que leva

a pessoa a tentar satisfazer-se.” Kotler e Armostrong (1999, p.103)

O motivo nasce quando uma necessidade se torna suficientemente importante e

permanente, o que leva uma pessoa a procurar a sua satisfação com a aquisição de um

produto ou serviço.

Existem vários motivos que levam o consumidor a comprar ou a consumir um

determinado serviço. Como por exemplo:

Motivos Primários e Selectivos

Motivos Racionais e Emocionais

Motivos de Fidelidade

Motivos Conscientes

A compreensão da motivação constitui uma das preocupações centrais de

qualquer actividade humana (Roberts, 2001).

Desta forma, os investigadores tem desenvolvido várias teorias ao longo dos anos,

sendo que de acordo com Roberts (2001) actualmente existem pelo menos 32 teorias

motivacionais claramente definidas.

Definição de motivação

Não existe acordo sobre a definição de motivação, apesar de ser de

conhecimento geral a importância sobre este tema.

“ A origem etimológica da palavra motivação parece ser o vocabulário latino mover,

transmitindo a ideia de movimento.” (Alves, Brito & Serpa, 1996:38)

Page 10: Microsoft Word - Trabalho

A natureza da motivação

A origem e a natureza da motivação não são fáceis de explicar. A este respeito

Weinberg & Gould (2001) dizem que a maioria das explicações são centradas no

indivíduo, na situação ou na interacção do individuo com a situação (quadro I).

Perspectivas Definição

Centradas no individuo O comportamento motivado dá-se em

função das características do indivíduo

Centrada na situação A motivação é determinada primeiramente

pela situação

Interacçionista A melhor forma de entender a motivação

é considerar tanto a pessoa como a

situação e o modo como interagem entre

si

Fontes de motivação

Outro aspecto importante é a distinção entre motivação intrínseca e motivação

extrínseca (Ryan, Frederick , Deborah, Rubio, & Sheldon, 1997), conforme se pode ver

no quadro II

Fontes Definições

Motivação intrínseca Voltada para o prazer, satisfação ou

sentimentos de competência que se obtêm

pela prática de uma actividade em si

mesma

Motivação extrínseca Realização de uma actividade de uma

forma instrumentalista, focalizada nos

resultados dessa mesma actividade e/ou

por pressões externas

Page 11: Microsoft Word - Trabalho

Teoria da Hierarquia das Necessidades (Maslow)

Nos anos 40, Abraham Maslow desenvolveu a Teoria da Hierarquia das Necessidades,

definindo uma pirâmide de necessidades (Fig. 1), que segundo o autor só se poderá

satisfazer uma necessidade de um nível de um patamar seguinte quando a necessidade

de um patamar inferior está plenamente satisfeita. Os patamares definidos por Maslow,

ordenados da base para o topo da pirâmide são:

1) Necessidades Fisiológicas, referem-se as necessidades biológicas do indivíduo,

como a fome, a sede e o sono

“Se todas as necessidades estão insatisfeitas e o organismo é influenciado pelas

necessidades fisiológicas, quaisquer outras puderam tornar-se inexistentes ou latentes.

Podemos então caracterizar o organismo como simplesmente faminto, pois a

consciência fica quase inteiramente dominada pela fome. Todas as capacidades do

organismo servirão para satisfazer a fome…” (Maslow, 1975:342)

2) Necessidades de Segurança, que se reflecte em questões como a busca de protecção

contra a ameaça ou privação.

3) Necessidades Sociais, a necessidade de aceitação por parte dos companheiros, a

autoconfiança, prestigio e consideração.

4) Necessidades de Estima, aparecem no tomo desta pirâmide. São satisfeitas através

do reconhecimento do mérito dos que connosco trabalham, da excelência do seu

trabalho, como também a criação de desafios aos nossos atletas.

5) Por último as Necessidades de Auto-Realização (AR). Necessidades relacionadas

com um maior controlo do trabalho, e do assumir riscos e aceitação de novos desafios

na realização de tarefas.

Page 12: Microsoft Word - Trabalho

Pirâmide da Teoria da Hierarquia das Necessidades.( Fig. 1)

.

Apesar de hierarquizar as necessidades e de servir de base a muitos estudos sobre

motivação, esta teoria pode não ser aplicável por dois factores específicos. Um primeiro

relacionado com o facto de as necessidades referidas por Maslow, poderem serem

preenchidas em contexto externo da organização (clube). Um segundo aspecto está

relacionado com o facto dos atletas poderem não desejar atingir níveis superiores de

satisfação de necessidades por inércia. Maslow (1975) destaca que existem certas

condições para que as necessidades possam ser satisfeitas: a liberdade de falar e agir

desde que não se “ofenda “ ninguém, a liberdade de auto-expressar-se , de procurar

informação, de se defender, de procurar justiça dentro do seu grupo, são condições para

que este possa satisfazer as suas necessidades fundamentais.

Motivação é o resultado dos estímulos que agem como força sobre o individuo,

levando-os à acção. Para que haja acção é necessário um estímulo, seja de forma interna

ou do próprio organismo. Esta teoria leva-nos ao Ciclo Motivacional e se este não se

realizar o indivíduo pode ficar frustrado e assume atitudes como:

: Comportamento ilógico ou sem normalidades

: Agressividade por não poder dar vazão à insatisfação contida

: Nervosismo, insónias, distúrbios circulatórios/digestivos

AR

Estima

Sociais

Segurança

Fisiológicas

Page 13: Microsoft Word - Trabalho

: Falta de interesse pelas tarefas, passividade, moral baixa, má vontade, pessimismo,

resistência às modificações, insegurança e não colaboração.

Page 14: Microsoft Word - Trabalho

METODOLOGIA - Procedimento Para a realização deste trabalho, inicialmente foi-nos fornecido um tema e mediante este

verificamos os objectivos a atingir. Seguidamente partimos para a elaboração de

questões que fossem de encontro aos objectivos traçados anteriormente, ou seja,

partimos para uma proposta de construção de investigação. Dispusemos da ajuda de

alguns inquéritos já feitos para daí tirar ideias para a elaboração do nosso próprio

inquérito. O passo seguinte foi determinar e fazer a selecção da nossa amostra em

estudo, uma vez seleccionada a amostra deslocamo-nos para os concelhos da Amadora,

Mação, Salvaterra de magos e a Freguesia de Samora Correia respectivamente e

entregamos aos praticantes os inquéritos para que o respondessem. Após as respostas

dos inquiridos, recolhemos os inquéritos e inserimos os dados no programa informático

SPSS.

- Amostra A composição da amostra para o nosso trabalho era de 116 indivíduos, através da

fórmula n=S*Z^2 +N/S*Z^2+e^2*(N-1).

Amostra quanto ao género

80; 89%

10; 11%

Masculino

Feminino

Page 15: Microsoft Word - Trabalho

Concluímos então que a amostra final era de 90 indivíduos. Destes 90 indivíduos, 80 são masculinos e 10 femininos com idades compreendidas entre os 17 e os 40 anos - Instrumento O instrumento utilizado para a realização do trabalho foi o inquérito, que é composto por questões relacionadas com o próprio indivíduo e dividido em três partes. A primeira parte diz respeito a caracterização do inquirido, uma segunda referente à prática desportiva e por último sobre o seu grau de satisfação quanto à prática desportiva.

Page 16: Microsoft Word - Trabalho

RESULTADOS

Motivos para praticar

23

124

916

26

67

0

10

20

30

40

50

60

70

80

1

Motivos

Fre

qu

ên

cia

s

Promover a saúde

Aliviar o stress

Formar pessoas

Ocupar os tempos livres

Ganhar dinheiro

Divertimento

Gosto

Quadro 1 Como podemos observar no quadro 1, os motivos que levam os praticantes desportivos a praticar desporto são a promoção da saúde, aliviar o stress, formar pessoas, ocupar os tempos livres, ganhar dinheiro, divertimento e gosto. Destes motivos, destaca-se o gosto pela modalidade praticada. Menos destacado está o motivo formar pessoas, porque o estudo abrange praticantes desportivos federados, e assim, têm como objectivo os resultados e não, directamente, a formação cívica das pessoas.

Motivos para praticar de acordo com o género

23

2

12

240

91

16

0

26

3

67

6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Masculino Feminino

Género

Fre

qu

ên

cia

s

Promover a saúde

Aliviar o stress

Formar pessoas

Ocupar os tempos livres

Ganhar dinheiro

Divertimento

Gosto

Quadro 2 Visto os motivos que levam os praticantes desportivos a praticar as suas modalidades, no quadro 2, observamos na mesma esses motivos só que tendo em conta o género dos praticantes. Assim, nos praticantes desportivos masculinos surge como motivo

Page 17: Microsoft Word - Trabalho

preferencial o gosto pela modalidade praticada, bem como, nos praticantes femininos mas com menos diferença de valores em relação aos outros motivos.

Motivo para a prática em relação à idade

4

23

1

3

1

4

1 1 1 10

10

1 10

2 21

21

0

21 1

01

0 0 0 01

01

01

0 0 0

2

0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

21 1 1 1 1

2

01

0 0 0 0 0 0 0 001

2 21

2

4

0 0

2

0 0 0 01 1

0

7

5

1

4

1 1

5

0 0 01 1

01 1 1

0

10

12

5

8

10

4

7

3

12 2

12

12 2

1

0

2

4

6

8

10

12

14

Idad

e 18 20 22 24 26 28 30 35

Idade

Fre

qu

ên

cia

s

Promover

a saúde

Aliviar o

stress

Formar

pessoas

Ocupar os

tempos

livresGanhar

dinheiro

Divertimen

to

Gosto Quadro 3 Os motivos pelos os praticantes desportivos praticam as suas modalidades são influenciados pela idade dos praticantes. Como podemos observar no quadro 3, mais se evidencia claramente em todas as idades o gosto pela modalidade. No entanto, outros motivos variam, no que diz respeito à preferência, de acordo com as várias idades. Neste sentido, observamos no quadro 4, que por exemplo, o motivo promover a saúde é o segundo mais escolhido nos seniores e é o terceiro mais escolhido nos juniores. Como já vimos anteriormente, o motivo gosto é o mais escolhido em ambos os escalões.

Motivos para praticar de acordo com os escalão

6

19

4

10

1 32

8

1

1512

1722

51

0

10

20

30

40

50

60

Júnior Sénior

Escalão

Fre

qu

ên

cia

s

Promover a saúde

Aliviar o stress

Formar pessoas

Ocupar os tempos livres

Ganhar dinheiro

Divertimento

Gosto

Quadro 4

Page 18: Microsoft Word - Trabalho

Modalidades para praticar as diferentes

modalidades

23

2

12

240

91

16

0

26

3

67

6

0

10

20

30

40

50

60

70

80

Futebol Futsal

Modalidades

Fre

qu

ên

cia

s

Promover a saúde

Aliviar o stress

Formar pessoas

Ocupar os tempos livres

Ganhar dinheiro

Divertimento

Gosto

Quadro 5 Visto os escalões, vamos agora observar os motivos da prática desportiva em particular nas modalidades estudadas. Dado que a nossa amostra tem uma percentagem maior de praticantes de futebol em relação aos praticantes de futsal, mesmo assim concluímos através do quadro 5 que os motivos são os mesmos em termos de preferência.

Motivos para a prática de acordo com o tempo de prática

0 0 0 0 01

21

0

2

4

12

5

3

12

0 0 0 01

0 00

2

0 0 01

0 0 0 0

3

1 12 2

01

0 0 0 01

0 00 0 0 0 0 0 0 0 01

0 0 0

3

0 0 0 0 0 0 0 0 0 001

01

0 0 01

01

01 1

21

01

0 0 0 0 0 0 00 0 0 0 0 0 0 0 0 0

43

1

32

10

10 0 0

10 0

1 10 0

21 1

3

1

3

1

3

1

5

2

0

21

0 0 01

0 01 1 1

2

01

2

7

3

9 9

12

4 45

23

1 1 1 1 1 1 1

0

2

4

6

8

10

12

14

1 an

o

3 an

os

5 an

os

7 an

os

9 an

os

11 a

nos

13 a

nos

15 a

nos

17 a

nos

19 a

nos

21 a

nos

25 a

nos

Tempo de prática

Fre

qu

ên

cia

s

Promover a

saúde

Aliviar o

stress

Formar

pessoas

Ocupar os

tempos

livresGanhar

dinheiro

Divertimento

Gosto Quadro 6 Os anos de prática desportiva do praticantes também pode ser um objecto de estudo, na medida em que ao longo dos anos de carreira, o praticante pode alterar ou não os motivos por jogar. No entanto, não acontece muitas alterações porque segundo o quadro 6 ao dos vários anos de carreira desortiva o gosto continua a ser a variável mais escolhida e todas as outras escolhidas pela mesma ordem que vimos anteriormente.

Page 19: Microsoft Word - Trabalho

Prática desportiva de acordo com as habilitações

literárias

25

58

3 4

0

10

20

30

40

50

60

70

Ensino

Preparatório

Ensino

Secundário

Bacharelato Licenciatura

Habilitações literárias

Fre

qu

ên

cia

s

Quadro 7 Um outro factor interessante de ser observado é as habilitações literárias dos praticantes desportivos. Mais de metade dos praticantes tem só o ensino secundário (quadro 7), podendo ou não estar a frequentar o ensino superior, na medida em que as idades dos 18 aos 24 anos é a que tem mais praticantes. Com tudo o número de praticantes desportivos só com o ensino preparatório é algum, o que nos leva a querer que ocorreu um abandono escolar prematuro. Associado ao facto de os praticantes não terem salários, no entanto existem prémios de jogo e outros, o que pode ajudar os praticantes desportivos (quadro 6). Mas como vimos anteriormente, no quadro 5, o ganhar dinheiro não é um dos motivos mais escolhidos pelos praticantes desportivos.

Apoios financeiros

59%

41%

Prémios de jogo

Outro. Qual?

Quadro 6 Sendo o gosto pela modalidade o motivo maior pela prática desportiva, relacionado com este factor está assciado a satisfação da prática, a satisfação da organização da prática e

Page 20: Microsoft Word - Trabalho

a satisfação em relação ao profissional que os acompanha. Em geral, os praticantes estão satisfeitos com a prática e a sua organização, segundo o quadro 7. Também em relação ao profissional que os acompanha, a sua satisfação é boa (quadro 8). Estes resultados podem esclarecer, para além do factor gosto pela modalidade, o facto de os praticantes continuarem a praticar as modalidades mesmo sem receber salários.

Grau de satisfação quanto á prática

0

10

20

30

40

50

Muito

boa

Boa

Razo

ável

Grau

Fre

qu

ên

cia

s

satisfação com as

instalações

satisfação da organização

da prática

Quadro 7

Grau de satisfação com o desempenho do

profissional

1 5

29

40

15

Muito mau

Mau

Médio

Bom

Muito bom

Quadro 8

Page 21: Microsoft Word - Trabalho

Conclusão

O objectivo deste trabalho constou em avaliar algumas das motivações que

levam muitos dos atletas federados a praticar desporto. Este trabalho tinha uma

importante ênfase na motivação, onde estudamos a Teoria da Hierarquia das

Necessidades de Maslow. Esta teoria é exposta numa pirâmide dividida em cinco níveis

ou patamares, cada patamar está relacionado com as necessidades do indivíduo, em que

ele para se sentir satisfeito e para passar ao patamar a cima tem que satisfazer

completamente o patamar em que ele se encontra, o individuo só sobe de patamar tento

o patamar de baixo completamente satisfeito. Quando se chega ao último nível da

pirâmide que é o nível da Auto-Realização isso quer dizer que o indivíduo conseguiu

preencher ou satisfazer todos os outros níveis, desta forma chegou ao cume e conseguiu

concretizar todos os seus objectivos e necessidades, sente-se então completamente

satisfeito.

Fizemos também uma pequena abordagem sobre o Desporto Federado em

Portugal, e apesar de o índice de prática desportiva do nosso país ser bastante reduzido

constatamos que os índices relacionados com a prática desportiva federada têm

aumentado nos últimos cinco anos. Este aumento de praticantes deve-se ao facto de o

nível de praticantes do sexo feminino ter aumentado, verificámos também que subsiste

um maior número de clubes e praticantes no Litoral do País. O trabalho baseou-se nas

motivações de apenas dois escalões, o escalão de júnior que vai desde os 17 aos 19 anos

e o escalão de seniores que é a partir dos 20 anos. Aplicámos o nosso inquérito a uma

amostra de 90 atletas que praticam as modalidades de Futebol e de Futsal, com uma

maior incidência em atletas de futebol e do sexo masculino. Com a aplicação destes

inquéritos verificamos que o factor motivacional mais escolhido pelos atletas foi o

gosto. Desta forma podemos concluir que a condição ganhar dinheiro não é um factor

que motivo muito os atletas para a prática desportiva pois foi uma das opções menos

seleccionadas por estes. Chegámos também à conclusão que factores como a satisfação

com o profissional que os acompanha, satisfação com as instalações e com a

organização da prática podem também influenciar a motivação dos atletas, ou seja,

quanto mais satisfeitos eles tiverem com todos estes factores mais motivados se vão

sentir.

Em suma podemos concluir que a motivação é um factor muito importante para

a prática desportiva e muito difícil de caracterizar pois existem muitos factores externos

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e internos ao atleta que podem condicionar a sua motivação, e como a motivação

condiciona a prática desportiva, logo, se o nível motivacional for baixo o nível da

prática também vai ser baixo, e se este nível foi baixo pode conduzir até mesmo ao

abandono da pratica pelo atleta. Se os índices de motivação nos atletas andarem altos a

sua vontade de praticar desporto, o seu empenhamento vão ser muito superiores, desta

forma podemos concluir que a motivação pode influenciar os resultados, pois os

jogadores motivados jogam melhor e conseguem ter melhores resultados.

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Bibliografia Prof. Msc. Ricardo Vernieri de Alencar (….) “Comportamento do Consumidor”. Retirado de: http://www.ceut.com.br/ArquivosProf/Apostila%20Comportamentodo%20Consumidor1.doc (pp.15-16) Magali Costa Guimarães (06/07/2001) “Maslow e Marketing – Para Além da Hierarquia das Necessidades “. Retirado de: http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Maslow%20e%20Marketing.htm retirado em: (11/06/2004) Daniel Portilho Serrano (04/02/2003) “ Comportamento do Consumidor”. Retirado de: http: www.portaldomarketing.com.br/Artigos/Comportamento%20do%20Consumidor.htm Acesso em: (24/05/2003) Humberto Ricardo (Julho/Setembro 2005). “ Desporto Federado no Ciclo Olímpico 2000-2004” (pp.4-11). Revista do Desporto. Instituto de Desporto de Portugal. João Miguel Raimundo Peres Moutão (Janeiro de 2005). “Motivação para a Prática de Exercício Físico “. Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Joana da Silva Tavares Macedo de Oliveira (2004). “ Motivação para a Prática das Actividades Físicas no Concelho de Rio Maior “. Instituto Politécnico de Santarém -Escola Superior de Desporto de Rio Maior. Lussier, Robert N.: Kimball, Davi C. (2004). Sports Management: Principles, Applications, Skill Development (pp. 329-346). Thomsom.south-Western

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Anexo

Instituto Politécnico de Santarém

Escola Superior de Desporto de Rio Maior Nº Entrevista

1 – Caracterização do Inquirido 1.1 – Qual é a sua idade: ______________________

1.4 – Habilitações Literárias 1.5 – Ocupação Principal ∋Ensino preparatório ∋Ensino secundário ∋Bacharelato ∋Licenciatura ∋Pós-graduação

∋Estudante ∋Desempregado ∋Profissional. Qual? ________________________

1.6 – Nacionalidade: _____________________________________ 1.7 – Local da residência: ________________________________

2 –Quanto à prática Desportiva

2.1 – Qual é o seu escalão: __________________________________________ 2.2 – Qual é o clube na qual pratica desporto: __________________________________________

Nome do Entrevistador

1.2 – Género 1.3 – Estado civil ∋Masculino ∋Feminino

∋Solteiro ∋Casado ∋Divorciado

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2.3 – Há quanto tempo está neste clube: __________________________________________ 2.4 – Há quanto tempo pratica desporto: __________________________________________ 2.5 – Quantas vezes treina por semana? 2.6 – Qual o período do dia que treina: ∋1 a 2 ∋2 a 3 ∋3 a 4 ∋Mais de 4

∋Manhã ∋Tarde ∋Noite

2.7 – Qual a duração de cada treino? ∋1Horas ∋1H e 30m ∋2Horas ∋Mais de 2 Horas 2.8 – Qual é a modalidade que pratica neste clube: ____________________________________________ 2.8.1. – E pratica outra? ∋Não ∋ Sim. Qual? ___________________________________ 2.9– Qual a sua posição na equipa? ________________________________________________ 2.10– Qual o campeonato que disputa? ________________________________________________ 2.11 – Quem o incentivou para praticar desporto? ∋Pais ∋Amigos ∋Treinador ∋Professor de Educação Física ∋Outro. Qual? _________________________________

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2.12 – Qual o meio de transporte que utiliza para a prática desportiva? ∋Carro ∋A pé ∋Mota ∋Autocarro ∋Autocarro do clube ∋Outro. Qual? __________________________________ 2.13- Quais são as razões porque as pessoas praticam desporto:

2.14-Porque é que pratica desporto?

∋Promover a Saúde ∋Aliviar o Stress ∋Formar Pessoas ∋Ocupar os Tempos Livres ∋Ganhar Dinheiro ∋Convívio com os Outros ∋Divertimento ∋Gosto ∋Outro(a). Qual? ________________________

∋Promover a saúde ∋Aliviar o stress ∋Formar pessoas ∋Ocupar os tempos livres ∋Ganhar dinheiro ∋Divertimento ∋Gosto ∋Outro. Qual? ______________________

2.15– Considera que o dinheiro que gasta com a prática desportiva tem peso no seu orçamento familiar: ∋Nada significativo ∋Pouco significativo ∋Nem muito nem pouco significativo ∋Muito significativo ∋Extremamente significativo

3-Qual a sua satisfação quanto à prática desportiva? 3.1-Qual é o seu grau de satisfação com o desempenho do profissional que o acompanha ∋Muito Mau ∋Mau ∋Médio ∋Bom

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∋Muito Bom 3.2-No que diz respeito à qualidades das instalações?

3.3-Ao nível da Organização da prática?

∋Muito Boa ∋Boa ∋Razoável ∋Má

∋Muito Boa ∋Boa ∋Razoável ∋Má

3.4 – Tem ou já teve alguma referência desportiva que o marca ou marcou?

______________________________________________________

3.4.1 – O que é que lhe leva a gostar tanto dessa referência?

______________________________________________________

3.5 – Recebe algum tipo de ajuda/abono/apoio durante o mês?

∋∋∋∋Prémios de jogo

∋∋∋∋Combustível

∋∋∋∋Passe de transporte

∋∋∋∋Outro? Qual? ____________________________________________________

Obrigado pela sua colaboração!

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