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MINAS E GOIÁS: UMA RICA MISTURA CULTURAL Revista do Grupo Cemig Ano 1 - Nº 2 - Julho-Agosto/2010 OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO SUSTENTÁVEL

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MINAS E GOIÁS:UMA RICA MISTURA CULTURAL

Revista do Grupo Cemig Ano 1 - Nº 2 - Julho-Agosto/2010

OS DESAFIOS DA COMUNICAÇÃO SUSTENTÁVEL

Revista Cemig CAPA LOGO BRANCO:Layout 1 05/08/2010 15:19 Page 1

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COMPRA DEENERGIA

GERAÇÃO

GERAÇÃO(CONSTRUÇÃO)

TRANSMISSÃO

TRANSMISSÃO(CONSTRUÇÃO)

DISTRIBUIÇÃODE GÁS

DISTRIBUIÇÃO CLIENTE LIVRECEMIG

GERAÇÃO EÓLICA(CONSTRUÇÃO)

GERAÇÃO EÓLICA

2 Universo Cemig

EXPEDIENTE

Presença sul-americana

Diretor-Presidente:Djalma Bastos de MoraisDiretor Vice-Presidente:Arlindo Porto NetoDiretor de Distribuição e Comercialização:Fernando Henrique Schuffner NetoDiretor de Finanças, Relações comInvestidores e Controle de Participações:Luiz Fernando RollaDiretor de Geração e Transmissão:Luiz Henrique de Castro CarvalhoDiretor de Gestão Empresarial:Marco Antonio Rodrigues da CunhaDiretor de Desenvolvimento deNovos Negócios:José Carlos de MattosDiretor Comercial:Bernardo Afonso Salomão de AlvarengaDiretor de Gás:Márcio Augusto Vasconcelos Nunes

Universo CemigRevista institucional do Grupo CemigAno I - número 2 Julho-Agosto/2010Av. Barbacena, 1.200 - 19º andarTel.: (31) 3506-4949|3506-2052Caixa Postal 992Belo Horizonte|MGe-mail: [email protected]. internet: www.cemig.com.br

Editor responsável: Luiz Henrique Michalick - Reg. no 2.211 SJPMGCoordenação de edição: João Batista Pereira e Carlos Henrique SantiagoApoio: Jonatas AndradeProjeto Gráfico: Press Comunicação EmpresarialProdução, revisão e edição:Rede Comunicação de ResultadoRedação:Beatriz DebienDanielle QueirozHellem MaltaRodolpho SélosPriscila SilvaEdição de arte e diagramação: Brava DesignImpressão: Tamoios Editora GráficaTiragem: 22.500

Filiado à Aberje

Em 58 anos, o Grupo Cemig investiu na diversificação e na qualidade de

seus serviços, expandindo sua atuação no Brasil e na América do Sul.

Confira onde a Companhia está presente e suas respectivas operações.

Missão da Cemig: Atuar no setor de energia com rentabilidade, qualidade e responsabilidade social.

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SUMÁRIO

04 Editorial Universo em expansão

05 InfraestruturaForluz inicia obras do primeiro edifício comercial sustentável de Minas Gerais

11 Foco SocialCrianças de escolas públicas aprendem sobre aimportância de uma convivência harmônica entreárvores e rede elétrica na Semana do Meio Ambiente

14 Foco SocialCentro de Educação Permanente Engenheiro Mário Bhering, construído pela Cemig, é o novo espaço cultural e educativo dos moradores de Três Marias

18 CapaPromovida pela Cemig, a 4ª Bienal da Energia reuniu especialistas no setor elétricoe reforçou o papel da Companhia no mercado competitivo

23 Soluções EnergéticasEfficientia conquista seu espaço no mercado ao desenvolver projetos de eficiência energéticaseguindo os três pilares da sustentabilidade

30 VitrineConheça os veículos elétricosque estão em teste no mercado e podem ajudar a preservar o meio ambiente

32 Dicas CulturaisO mundo dos brinquedos, da arte contemporânea e dos ofícios de nossosantepassados estão preservados nos museusmineiros

34 Com a PalavraCultura na vida das empresas:Ângelo Oswaldo analisa o investimento das organizações na preservação da cultura brasileira, contribuindo para a evoluçãopositiva da vida individual e coletiva

35 Retratos do BrasilNo leito do “Velho Chico”, a tradição da pesca e o cotidiano dos pescadores sãoretratados com sensibilidade e poesia

RegionalismoSanta Vitória e São Simão: cidadesconstruídas às margens do RioParanaíba reúnem tradições e costumes culturais de Minas e Goiás

2608 SustentabilidadeGuia do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável(Cebds) orienta a comunicaçãosustentável nas organizações

Fábhyo Freitas Horlando

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EDITORIAL

4 Universo Cemig

Universo é, ao mesmo tempo,um conceito e uma vivência quedesde sempre encantou a humani-dade. Podemos imaginar o fascíniovivido pelos nossos primeiros ances-trais ao mirar, em uma distante noi-te clara, a imensidão dos céus. Pas-samos pelos assombrosos conheci-mentos astronômicos de culturastão distintas quanto a dos egípciose a dos maias. Vivemos a revoluçãocosmológica de Copérnico e Galileu.Vasculhamos registros de seu surgi-mento e evolução e, hoje, constata-mos que o universo encontra-se emexpansão.

Assim se assemelha a história denossa Cemig: desde as primeiraslâmpadas que se acenderam comnossa energia, a formação de sólidacultura técnica, nossas evoluçõesorganizacionais e estratégicas, atéconstituirmo-nos numa constelaçãode tantas empresas, consórcios enegócios em franca expansão.

Podemos dizer, sem margempara dúvidas, que a comercializaçãode energia tem dado substancialcontribuição para os sucessos recen-tes da Empresa, com algumas dasmaiores ações de agregação de valorpara o universo Cemig, em toda suahistória. Não só na consolidação damarca Cemig nos diversos Estadosda Federação e no exterior, mas tam-bém na participação majoritária quetem nos resultados e, por essa via,

na geração de recursos para as aqui-sições e participações em empreen-dimentos que marcam a expansãoatual da Cemig, através dos maisvultosos contratos de energia nomercado livre.

Num ambiente cada vez maiscompetitivo, somos líderes com 25%de participação no mercado livre deenergia brasileiro, ancorados eminvejáveis 86% de índice de lealdadede nossos clientes, conforme pesqui-sa de marca e reputação realizadaem 2009. A realização da 4ª Bienalda Energia, com comparecimentomaciço de executivos e empresáriosdos maiores e dos mais relevantesgrupos nacionais e estrangeirosclientes nossos, entre outros fatos,vem demonstrar a posição incompa-rável que a Empresa detém no negó-cio de comercialização de energia.

Com uma proposta editorial con-dizente com esse novo papel daEmpresa, a Universo Cemig continua-rá a registrar a rica história da Cemig,tão bem documentada desde seunascedouro, e fará brilhar em suaspáginas, como estrelas no firmamen-to, as ideias, os fatos e as pessoas quefizeram e farão desta Empresa ummodelo para as corporações, não sódo setor elétrico brasileiro.

Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga

Diretor Comercial

Universo em expansão

“Podemos dizer, sem margempara dúvidas, que a

comercialização de energiatem dado substancial

contribuição para os sucessosrecentes da Empresa, com

algumas das maiores ações de agregação de valor para o universo Cemig, em toda

sua história.”

Arquivo Cemig

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INFRAESTRUTURA

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Minas Gerais é conhecida, entre tantasoutras coisas, por suas riquezasnaturais, suas contribuições cultu-

rais para o País e pela importância do seu par-que industrial no cenário nacional. Em poucotempo, mais outro título entrará para a históriadesse lugar de tantas tradições: o Estado seráum dos precursores da construção civil susten-tável no Brasil. A responsável por isso será aFundação Forluminas de Seguridade Social(Forluz) – fundo de pensão dos empregados eum importante instrumento da política derecursos humanos da Cemig e suas subsidiárias– que iniciou em janeiro deste ano as obras quedarão origem ao primeiro edifício comercialsustentável do Estado.

“Estamos inaugurando uma nova era naarquitetura com essa obra, pois não há regis-tros de um prédio radicalmente sustentávelcomo esse em Minas Gerais”, acredita o arqui-

teto Gustavo Penna, um dos idealizadores doprojeto. Baseada nos pilares da viabilidade eco-nômica e da responsabilidade social e ambien-tal, que serão avaliadas em todas as etapas daconstrução, a obra será certificada no grau ouropela ferramenta LEED (Leadership in Energyand Environmental Design, emitida pela U.SGreen Building Council, organização que incen-tiva a adoção de práticas ambientais inovado-ras na construção civil).

Para receber a certificação, o projeto seguecinco critérios de avaliação instituídos pela fer-ramenta LEED. Serão consideradas as caracte-rísticas do terreno, o uso racional da água, a efi-ciência energética, a qualidade do ambienteinterno e a sustentabilidade dos materiais.“Reduziremos em 40% o uso de água no prédioatravés do reaproveitamento e tratamento deáguas pluviais e cinzas (provenientes de pias,chuveiros e lavatórios). A economia de energiachegará a 19%, se comparada com edifícioscomuns, com a aplicação de vidros insulados,que eliminam o calor que entra no prédio, redu-zindo a utilização do ar condicionado. Sensoresde presença para iluminação, ventilação notur-na e luminárias eficientes também serão utili-zadas”, explica a coordenadora da área dearquitetura do projeto, Marisa Lanna.

No quesito qualidade do ambiente interno,a obra também traz inovações. Cerca de 75%do prédio terá iluminação natural. Serão utili-zados filtros especiais e mais eficientes no arcondicionado, permitindo maior troca de ar ediminuindo a presença de CO2, além de persia-nas automatizadas para controlar a incidênciade sol. O uso de materiais sustentáveis noempreendimento é outro critério que vem sen-

Lição de sustentabilidadePrédio da Forluz inaugura uma nova era para a arquitetura e a construção civil sustentáveis em Minas Gerais

Tatiane Procópio

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6 Universo Cemig

Aplicação de vidros insulados,que eliminam ocalor que entra noprédio, reduzindo autilização do arcondicionado

75% do prédioterá iluminaçãonatural e persianasautomatizadas para controlar aincidência de sol

Serão utilizadosfiltros especiais emais eficientes no ar condicionado,permitindo maiortroca de ar ediminuindo apresença de CO2

vidrointerno

vidroexterno

Câmara de ardesidratado

Sustentável nos detalhes

■ A obra serácertificada no grau ouro pelaferramenta LEED,emitida pela U.SGreen BuildingCouncil

■ Redução de 40%do uso de água noprédio através doreaproveitamentoe tratamento deáguas pluviais ecinzas

■ A economia deenergia chegará a 19%, secomparada comedifícios comuns

Composição53 mil m2

24 pavimentos5 subsolos degaragem comespaço para 472 vagas

120 profissionaistrabalham naconstrução, númeroque pode chegar a600 pessoas

Término previstooutubro de 2012

Gustavo Penna - Arquiteto & Associados

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do cumprido, principalmente com o uso docimento e do aço com alto percentual de reci-cláveis em sua composição, e que têm granderelevância na construção.

A obra também prevê o cuidado com a ges-tão de resíduos. A meta é que de 50 a 75% dosdetritos gerados sejam reaproveitados e des-viados de aterros sanitários. No que se refere aoterreno, as principais intervenções foram o cui-dado com o posicionamento do prédio em rela-ção ao sol para diminuir a incidência de calor epara a construção de uma praça pública arbo-rizada. “O prédio não é sustentável apenaspelos aspectos técnicos, mas por ser um gestode gentileza com a cidade e com quem irá tra-balhar nele, me orgulho de fazer parte desseprojeto tão importante para o Estado”, afirmaAlexandre Bragança, arquiteto responsável.

Raio X da edificação

Com término previsto para outubro de2012, o prédio da Forluz – que está sendo cons-truído ao lado da sede da Cemig em Belo Hori-zonte – terá 53 mil m2, será composto por 24pavimentos de escritórios e áreas técnicas e cin-co subsolos de garagem com espaço para 472vagas. No momento, todas as contenções doempreendimento estão concluídas e as funda-

ções já foram iniciadas. Ao todo, 120 profissio-nais trabalham na construção, número quepode chegar a 600 pessoas em determinadasfases da obra.

Assim como em todo o projeto do edifício,a sustentabilidade também está presente nocanteiro de obras. “Evitamos a emissão de pópor meio da aspersão sistemática de água nossolos livres do canteiro e instalamos abafado-res nos equipamentos para minimizar ruídos.Para não contaminar as vias públicas, coloca-mos um lavador de rodas e chassis dos veículosutilizados na obra. Nas bocas de lobo próximasao empreendimento, existem biorretentorespara evitar a contaminação de sólidos na redepluvial”, destaca Marildo Diniz, engenheirocoordenador da obra.

A Forluz também formou um comitê paragarantir a transparência da construção durantetodas as fases. “Foi contratada através de pro-cesso licitatório uma empresa de renome inter-nacional para auditar o projeto no decorrer dasua execução, garantindo a transparência daadministração da obra”, assegurou CarlosAlberto Fonseca, gestor do empreendimento. Aobra ainda atenderá a condicionantes para olicenciamento ambiental junto à Prefeitura dacapital, como execução de melhorias no entor-no do prédio, modificações no trânsito das viaspróximas e implantação de câmera de monito-ramento da BHTrans, além da Medida Compen-satória com a manutenção da Praça CarlosChagas (mais conhecida como Praça da Assem-bleia) pelo período de dois anos.

Construções sustentáveis reduzem em:

o gasto com energiaelétrica 35% 30a 50% 50a 90%30% as emissões

de carbonoo consumo de água

o descarte de resíduos

Vista aérea da obra do prédio Forluz,empreendimento que será um dosprecursores daconstrução civilsustentável em Minas

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8 Universo Cemig

SUSTENTABILIDADE

Disseminando acomunicação sustentável Cebds publica guia com objetivo de melhorar a comunicação da sustentabilidade nas organizações

Nos anos 50, universidades americanasjá discutiam conceitos de responsabi-lidade social corporativa, o que nas

décadas seguintes se transformou em umdebate sobre sustentabilidade e desenvolvi-mento sustentável. Consciente da importânciado tema para as organizações brasileiras,comunicadores e sociedade, o Conselho Empre-sarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sus-tentável (Cebds) produziu o guia de Comunica-ção e Sustentabilidade – uma iniciativa inéditano Brasil – voltada para comunicadores que tra-balham com conteúdos relacionados à susten-tabilidade. O guia foi lançado em parceria coma Associação Brasileira de Comunicação Empre-sarial (Aberje) no final de 2009, em São Paulo e,neste ano, em Minas Gerais e no Rio de Janeiro.

“A publicação nasceu a partir de debates daCâmara Temática de Comunicação e Educaçãodo Cebds, composta por gerentes e profissionais

ANOS 60 A bióloga americana Rachel Carson publica o livro “Primavera Silenciosa”(reeditado, este ano, no Brasil,pela Editora Gaia), consideradoum marco para o entendimentodas interrelações entreeconomia, meio ambiente equestões sociais.

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Para download da publicação, acesse www.cebds.org.br

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de comunicação de organizações associadas aoconselho, que discutiam a necessidade de seestabelecer uma relação positiva entre o que asempresas fazem e o que comunicam ao seupúblico de interesse”, explica Lia Lombardi, coor-denadora de Comunicação do Cebds. Para pro-duzir o guia, a instituição também utilizou osresultados da pesquisa “Comunicação e Susten-tabilidade: O que sua empresa pensa e faz nes-sa área?”, realizada em 2008 com as 25 organi-zações que ajudaram a elaborar o conteúdo dapublicação, entre elas o Grupo Cemig. O estudoapontou que as instituições precisavam estarmais atentas ao desafio de comunicar a relaçãode seu negócio com a sustentabilidade.

Para Cecília Bhering, analista de Comunica-ção da Cemig, que participou da elaboração doguia, a inspiração no triple bottom line, conceitoque estabelece os três pilares da sustentabili-dade (econômico, social e ambiental), é o gran-de diferencial da publicação. “Demoramos cer-ca de dois anos para chegarmos a um diagnós-tico que demonstrasse em que nível estava oconceito de sustentabilidade nas empresas. Namaioria delas apenas a dimensão ambientalera compreendida. Houve também ummomento quando a responsabilidade social erao foco. Chegamos à conclusão de que era pre-ciso que as organizações e também a sociedadese conscientizassem de que, sem a inclusão eentendimento da dimensão econômica que

completa as outras duas, a sustentabilidadenão é possível”, alerta.

No guia, que também promove uma refle-xão sobre as três dimensões da sustentabilida-de na comunicação empresarial – informação(comunicação da sustentabilidade), mudança(comunicação para a sustentabilidade) e pro-cesso (sustentabilidade da comunicação), épossível encontrar algumas reivindicações econceitos importantes, entre eles, esclare-cer que “crescimento sustentável” ocorrequando a empresa atua de forma ren-tável, ambientalmente correta e social-mente justa. O guia orienta os profis-sionais a produzirem publicações con-ceitualmente sustentáveis, evitar ogreenwashing (passar uma imagemecologicamente responsável que nãocondiz com a realidade) e a necessida-de de o comunicador ajudar a empre-sa a enxergar a gestão pela sus-tentabilidade como valor agre-gado à marca, à cotação desuas ações em merca-dos financeiros ena construçãode sua repu-tação em ummundo aten-to à estabilidadee à sobrevivência.

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ANOS 70Conceitos desustentabilidade seexpandem pelomundo a partir da“Conferência da ONUsobre Meio AmbienteHumano”, realizadaem Estocolmo(Suécia), em 1972.

1992 Realização da Eco-92– Conferência dasNações Unidas sobreMeio Ambiente e

Desenvolvimento, ou Rio-92, na qual foramelaborados documentos como a Declaraçãodo Rio e Convenção-Quadro sobre MudançasClimáticas. O evento foi o ponto de partidapara o Protocolo de Kyoto e a Agenda 21.

ANOS 80Lester Brown,fundador do EarthPolicy Institute,cunha pela primeiravez o termo“sustentabilidade”.

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10 Universo Cemig

2008Projeto de Lei daPolítica Nacional deMudançasClimáticas édebatido com asociedade.

2002Cúpula Mundial sobre DesenvolvimentoSustentável, conhecida como Cúpula doMilênio ou Rio+10. Ocorreu emJohannesburgo (África do Sul) e teve comometas a implementação da Agenda 21mundial e avaliação dos obstáculosencontrados para atingir as metas propostasna Eco-92 e dos resultados alcançados em dez anos.

Alcançando novos públicos

Apesar de voltado especialmente paracomunicadores de empresas, o guia tambémpode ser utilizado por assessores de organiza-ções e órgãos públicos, profissionais daimprensa, agências de publicidade, estudantese educadores. “A intenção é que o material sejautilizado em workshops, treinamentos e pales-tras como fonte de referência e consulta. Essa

é mais uma forma de disseminar o con-ceito de sustentabilidade, que está

cada vez mais presente na vida dasempresas e no nosso dia a dia”,acredita Lia Lombardi.

Após novas discussões dosmembros da câmara, a participa-ção do público nos eventos deapresentação do guia e as suges-tões dos leitores, poderá ser lança-da uma segunda edição da publica-

ção. Além disso, o Cebds pre-tende facilitar a circulação

do guia atual e ampliarseu alcance a partir de

sua tradução para oinglês e espanhol.

Novos eventos para lan-çamento da publicaçãodevem acontecer tam-bém nas regiões Sul eNordeste do País.

Debatendo a sustentabilidade

O World Business Council for SustainableDevelopment (WBCSD) define como sustenta-bilidade formas de progresso que atendam àsnecessidades do presente sem comprometera capacidade das gerações futuras para satis-fazer suas necessidades. Seguindo esse con-ceito, a Cemig desenvolve diversos projetoscom foco no desenvolvimento sustentável eno respeito ao meio ambiente. Nesta edição,a revista Universo Cemig, que é produzida compapel certificado pelo Conselho Brasileiro deManejo Florestal (FSC Brasil) desde sua primei-ra edição, conforme recomendação do guia,adota mais uma ação para a “sustentabilidadeda comunicação”, com a criação desta editoriaque discutirá, a cada nova revista, um assuntorelacionado à sustentabilidade.

Para Cecília Bhering, com a criação destaeditoria, a Universo Cemig dá dois importantespassos. “O primeiro é facilitar a compreensãoe aplicação do conceito na vida profissional epessoal. O segundo é contribuir para o enten-dimento de todos os nossos empregados sobrea importância de suas rotinas e tarefas paraque a Cemig alcance premiações e permanên-cia em índices de sustentabilidade brasileirose internacionais, como ocorre na Dow Jonesem Nova York. A consciência do papel de cadaindividuo é que vai fazer o movimento demudança”, ressalta.

2000Lançada a Agenda21 Brasileira com oobjetivo de ampliaras discussõesrelativas àsustentabilidadenacional nosâmbitos estaduaise regionais.

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FOCO SOCIAL

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Com alguns meses de vida, o ser humanocomeça a desenvolver habilidades quecarregará consigo ao longo do tempo. E

é na infância que o indivíduo também iniciaseu processo de formação de consciência acer-ca de vários temas. Pensando na importânciade formar cidadãos ambientalmente conscien-tes cada vez mais cedo, a Cemig promoveu de22 de junho a 1° de julho, a Semana do MeioAmbiente, que neste ano abordou o tema“Viver em harmonia é uma arte” e reuniu 2,2 milcrianças com idade entre 9 e 12 anos, estudantesde 23 escolas municipais e estaduais da capitalmineira e Região Metropolitana. “Escolhemosesse público porque é nessa fase que as criançasestão formando seu caráter. Além disso, elas sãoótimas disseminadoras de informação para asociedade”, explicou o gerente de Gestão do MeioAmbiente da Distribuição da Cemig, Breno Lessa.

A ação foi realizada no edifício-sede daCemig e teve como premissa a reflexão sobre aconvivência harmônica entre as árvores e a redeelétrica, tema abordado por meio do ProgramaEspecial de Manejo Integrado de Árvores eRedes (Premiar), desenvolvido pela Empresa emparceria com a Prefeitura de Belo Horizonte.Para que as crianças aprendessem o assunto deforma lúdica, vários recursos interativos foramutilizados. Um deles foi a peça “Na rua, na chu-va, na fazenda”, apresentada pelo grupo teatralQueijo, Comédia & Cachaça, que explicou, commuito humor, a importância da arborizaçãourbana e do arborista – profissional especializa-do que indica os tipos de podas que devem serexecutadas, quais as árvores precisam ser supri-midas ou substituídas e os melhores lugares eespécies adequadas para plantio.

Nos jardins do edifício-sede da Cemig, foi

Semana do Meio Ambiente mostrou a pequenos cidadãos a importância das árvores e da rede elétrica conviverem em harmonia

Formando uma geração conscienteArquivo Cemig

Saiba mais em programapremiarcemig.blogspot.com

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12 Universo Cemig

montada a Vila Premiar, uma estrutura com-posta por painéis rotatórios autoexplicativos,para que os pequenos possam aprender brin-cando que as árvores e a rede elétrica podemconviver em equilíbrio. Em equipamentos ele-trônicos com painel touch screen (tela sensívelao toque), as crianças tiveram acesso a jogoseducativos sobre o Premiar e ao softwareGeoárvores, desenvolvido pela Cemig e utiliza-do para mapear todas as árvores de Belo Hori-zonte e, futuramente, de outras cidades. Ao quetudo indica, a mistura de arte, interatividade ehumor deu certo. “Aprendi que as árvores sãoseres vivos e que precisamos cuidar bem delas.Elas são importantes porque fornecem oxigênioe ajudam a reduzir o efeito estufa”, comentouLucas Daniel, 12 anos, aluno da Escola MunicipalHélia Matos Sartori, de Ribeirão das Neves(Região Metropolitana de Belo Horizonte).

Para Helen Manferrari, professora da escolaque participou da Semana do Meio Ambientepelo terceiro ano consecutivo, iniciativas comoessa são fundamentais para formar futuroscidadãos conscientes. “A ação é uma forma pra-zerosa e divertida de abordar a importância domeio ambiente, tema que já trabalhamos emsala de aula. Aqui, os alunos estão tendo opor-tunidade de vivenciar a prática para comple-mentar o aprendizado”, analisou. A pequenaElaine Gonçalves, de 9 anos, demonstrou que aidade não é problema quando o assunto é o

respeito ao meio ambiente. “Hoje percebi queprecisamos cuidar melhor das árvores, pois elassão importantes para todos nós. Conheci tam-bém os arboristas, que são profissionais que cui-dam das árvores para que elas convivam bemcom a rede elétrica”, destacou.

Guia de árvores é lançado

Além da participação dos alunos das redesmunicipal e estadual, a Semana do MeioAmbiente teve outro destaque importante. Nodia 22 de junho, na abertura do evento, foi lan-çado o Guia Ilustrado de Árvores da Mata Atlân-tica de Minas Gerais. A publicação apresenta asespécies da Mata Atlântica mineira e foi criadapara auxiliar os empregados da Cemig que tra-balham em campo a reconhecer e preservar asárvores típicas dessa região.

“Além do público interno, o guia, que trazinformações objetivas sobre o tema, tambémserá distribuído gratuitamente para escolas eprefeituras e poderá ser utilizado como umaexcelente fonte de pesquisa. O guia é mais umaação ambiental que reflete o comprometimentoda empresa com a preservação do meioambiente”, afirmou Breno Lessa.

Por uma convivência harmônica

Desenvolvimento sustentável e o respeitoao meio ambiente sempre nortearam o trabalho

O Guia Ilustrado deÁrvores da MataAtlântica de MinasGerais é uma fontede pesquisa paraconhecer as espéciesnativas do Estado

Eliane aprendeu a importância da convivência harmônica entre árvores e rede elétrica

Arquivo Cemig Arqui

Tatiane Procópio

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da Cemig. Uma das recentes ações nesse senti-do foi a implantação do Premiar, programa lan-çado em janeiro de 2009 com o objetivo de con-duzir todas as políticas da Empresa para omanejo da arborização urbana, garantindo aconvivência harmônica entre as árvores e a redeelétrica. “As árvores interagem com outros equi-pamentos urbanos. Por isso, é necessário reali-zar um planejamento e um manejo eficientespara garantir que o convívio entre as árvores eos outros equipamentos, como os sistemas elé-tricos, seja possível. Isso é sustentabilidade erespeito ao meio ambiente”, explicou CarlosAlberto de Sousa, coordenador do Premiar.

O programa também tem o objetivo degarantir a qualidade do fornecimento de ener-gia elétrica. Segundo Breno Lessa, nos últimosdois anos as alterações climáticas e os fortesperíodos de chuva provocaram transtornoscomo queda de árvores e interrupções no forne-cimento de energia. “Precisávamos dar um saltona qualidade do atendimento ao nosso clientee, para isso, era necessário melhorar o convívioentre as árvores e a rede elétrica. A contrataçãodos arboristas, que é uma especialidade novano mercado, e a parceria com a Prefeitura tam-bém foram fundamentais para que em poucotempo bons resultados começassem a aparecer.E a tendência é que aconteçam cada vez menosquedas de árvores e interrupções no sistema defornecimento de energia”, disse Lessa.

Na visão de Carlos Alberto, a sustentabilida-de depende do envolvimento da comunidade edos públicos de interesse da empresa. “Pensan-do nisso, colocamos o Premiar como tema daSemana do Meio Ambiente deste ano, por acre-ditar que é preciso envolver a sociedade, oquanto antes, na busca pelo desenvolvimentode ações sustentáveis benéficas para todos.Atualmente, nosso trabalho se concentra emBelo Horizonte, mas será estendido em breve,com o apoio das prefeituras, para Contagem eNova Lima”, antecipou o coordenador.

Para Helen, essa iniciativa forma futuros cidadãos

Por dentro do Premiar

■ O programa realiza pesquisas sobrenovos equipamentos, metodologias,espécies de árvores, padrões de mudase covas para aprimorar o manejo daarborização urbana em Minas.

■ Desde 2009, quando o programa foiimplantado, quase mil mudas de árvo-res foram plantadas na capital mineira.

■ As mudas plantadas medem, no míni-mo, 2,5 metros de altura e são susten-tadas por dois tutores.

■ Já foram identificados pelo Premiarmais de 7,5 mil pontos com necessida-de de manejo da arborização em BeloHorizonte.

■ O Premiar prioriza o plantio de espé-cies nativas considerando o melhortipo de árvore para conviver com osdemais equipamentos públicos.

■ Em 2010, será concluído o primeirolevantamento de pontos com necessi-dade de manejo da arborização emBelo Horizonte.

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FOCO SOCIAL

14 Universo Cemig

“Doce mar de Minas”

Moradores de Três Marias, sede da usina quetem um dos maiores reservatórios do País,ganham Centro de Educação Permanente

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“Do rio que tudo arrasta se dizviolento, porém ninguém dizviolentas as margens que o

comprimem”, recita o pescador NorbertoAntônio dos Santos. O poema de BertoltBrecht, aprendido nas viagens internacio-nais para representar os trabalhadores quevivem da pesca em Minas Gerais, é lembradoem alusão à exuberância do “doce mar deMinas”, o reservatório de Três Marias comvolume de 21 bilhões de m³ de água, setevezes maior que o da Baía de Guanabara, noRio de Janeiro.

Das barrancas às serras, a cidade é sedede uma das mais importantes usinas hidre-létricas do País, construída pela Cemig nadécada de 60 para gerar energia e ajudar naregularização das cheias que, todos os anos,provocavam tragédias na beira do rio. A bele-za da região de Três Marias, que inclui aindao cerrado e as veredas onde nascem osafluentes do Rio São Francisco, o “Velho Chi-co” para quem o conhece e sabe preservá-lo,é reconhecida não apenas pelos moradores eturistas, mas também por consagrados artis-tas. Seus cenários ganharam fama interna-cional com o romance “Grande Sertão: Vere-das”, de Guimarães Rosa, traduzido para asmais diversas línguas em todo o mundo.

Para retribuir aos 27 mil habitantes domunicípio de Três Marias por toda a inspira-ção e energia que eles ajudaram a proporcio-nar ao resto do País e do mundo, a Cemiginaugurou em junho o Centro de EducaçãoPermanente Mário Bhering. Nesse local, osmoradores da cidade e a população ribeiri-nha vão poder trocar experiências por meiode um projeto inovador, também responsá-vel por motivar as artes e a literatura. Onome do centro é uma homenagem ao

motivador da integração cultural e social dosetor elétrico com a comunidade nas empre-sas que presidiu, como a Eletrobras e a pró-pria Cemig (saiba mais na página 17).

De acordo com o gerente de Estudos eManejo de Ictiofauna e Programas Especiaisda Cemig, Newton Prado, o centro iráfomentar a construção de redes de desenvol-vimento comunitário, iniciativas básicaspara a transformação social de uma região.“Para que isso aconteça, são necessáriosespaços onde os diversos segmentos dessarede possam se encontrar e criar oportuni-dades de entretenimento pelas artes, comotambém exposição de ideias, promoverpalestras técnicas e reuniões administrati-vas”, explica Prado, destacando que as pes-soas poderão difundir políticas de preserva-ção do meio ambiente e estimular a mudan-ça social dos cidadãos.

O centro, que será administrado pela Pre-feitura de Três Marias com a gestão da Secre-taria Municipal de Educação e Cultura, inte-gra o projeto Versol, que contempla aindaaulas de artesanato e de produções literárias,vela, natação e oficinas profissionalizantes.“O objetivo é desenvolver o turismo susten-tável na cidade, gerando empregos e capaci-tação aos cidadãos, além de promover ferra-mentas de preservação da fauna a váriasentidades e instituições, centros de pesqui-sas e laboratórios da região”, explica Prado.

“Quando cheguei à cidade com mais seis amigos, não se falava muito em como preservar o rio e a faunade Três Marias. O centro terá um papel importante.”

Norberto Antônio dos SantosPescador

Welison Lourenço

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16 Universo Cemig

Paulo Emílio

Projeto conquista pescadores

O pescador Norberto Antônio dos Santos,mais conhecido na região como “seu Norberto”,aprova a ideia de promover ferramentas de pre-servação da fauna para a região. Apenas em TrêsMarias são cerca de 1,5 mil pescadores. “Esta-mos animados com a possibilidade de nos reu-nirmos no centro para discutir questões queabordam a preservação do meio ambiente”, dis-se seu Norberto, que mora em Três Marias há 52anos, onde criou seus cinco filhos, todos pesca-dores. “Quando cheguei à cidade com mais seisamigos, não se falava muito em como preservaro rio e a fauna de Três Marias. O centro terá umpapel importante”, reconhece.

O Centro Mário Bhering proporcionará aomunicípio e região um espaço que pretendecongregar ambientes culturais e educativos deforma a atender a sociedade na realização deeventos, mostras, encontros e múltiplos diálo-gos. Mais do que uma escola ou um museu, aproposta é de uma instituição viva, dinâmica epromotora de argumentos culturais, educati-vos, de utilidade pública e, principalmente,representante das peculiaridades da comuni-dade da região.

A gestora cultural do centro, Bárbara Johnsen,destaca que o local integrará as vertentes dacultura e do meio ambiente. “Nunca ninguémfoi artista sem antes contemplar a natureza.Responsável por agregar vários valores, o centroé um marco para os moradores de Três Marias”,comemora.

O novo espaço sedia um projeto de educa-ção ambiental e também abriga um auditórioe uma galeria de arte, que foi aberta com aexposição dos trabalhos de pintura e artesana-to dos beneficiários da Apae (Associação dosPais e Amigos dos Excepcionais) local. Na gale-ria, uma exposição permanente apresenta pai-neis com o tema “o pescador e o Rio São Fran-cisco”, além de passagens e personagens queretratam o surgimento do município.

O espaço tambémcontempla projetosesportivos, como a

escola de vela

Para seu Norberto, o centro vai fortalecer aconsciência ambiental da comunidade

Arquivo Cemig

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Homenagem a um defensor do meio ambiente

A escolha de Mário Bhering para nomear ocentro que a Cemig entrega à sociedade é umato de reconhecimento ao engenheiro quesonhou com a Usina de Três Marias na região,quando não se ousava imaginar a dimensão dosistema elétrico brasileiro atual.

Personagem central desse sistema, duasvezes presidente da Cemig e por 18 anos presi-dente da Eletrobras, Mário Bhering idealizou aprimeira gerência de meio ambiente no setor,o que resultou na pioneira Estação Ambiental

de Peti, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG). Foio primeiro passo para o diálogo inevitável entreengenheiros e ambientalistas.

Bhering inovou também ao criar, em 1983,o Espaço Cultural Cemig, galeria de arte da sededa Empresa que, há cerca de duas décadas, rea-liza anualmente uma concorrência de novostalentos em artes plásticas. Pescador, amantedos livros de Guimarães Rosa, astrônomo eaquarelista, faleceu em 2009, deixando umlegado de sensibilidade.

Arquivo Cemig

Presidente da Cemig porduas vezes, Mário

Bhering (à esquerda de JK)teve papel fundamentalna construção da Usina

de Três Marias

E também um espaço aberto para a arte localUm local para valorização das peculiaridades da região

Paulo Emílio Paulo Emílio

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A Bienal da Energia da Cemig reuniuexecutivos de grandesempresas para dialogarsobre o papel daenergia no crescimentoeconômico do Brasil

EnergiaEnergia impulso paraum novocrescimento

impulso paraum novocrescimento

18 Universo Cemig

CAPA

Arquivo Cemig

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Julho-Agosto/2010 19

Neste início do século 21, a eco-nomia brasileira vem se fortale-cendo e o País se firma comoum importante player mundial.Mesmo com a crise econômica

que assombrou o mercado internacional nosfins de 2008 e em 2009, o brasileiro recuperoua confiança no mercado nacional e o setorindustrial já voltou a crescer. Alguns resultadosdesses bons presságios já são percebidos nocotidiano da população, enquanto, curiosamen-te, outros passam despercebidos devido às suascaracterísticas intrínsecas. É o caso do consumode energia, que é insumo essencial às ativida-des industrial, comercial e à agricultura, e pos-sui papel importante na sustentação do pro-gresso econômico.

Consciente da importância da energia parao desenvolvimento econômico e particular-mente para seus clientes corporativos, a Cemigpromoveu a 4ª Conferência Internacional deClientes Corporativos Cemig – Bienal da Ener-gia, com o tema “Energia: impulso para umnovo crescimento”. O evento, realizado em 16 e17 de junho, em Belo Horizonte, reuniu cerca demil participantes, em sua maioria empresáriose executivos dos mais importantes grupos eco-nômicos nacionais e internacionais.

A Bienal da Energia é uma iniciativa quetem o objetivo de ser um espaço de discussão,para levar até os clientes corporativos informa-ções essenciais para auxiliá-los na gestão deenergia de suas empresas. Na edição deste ano,evento enfocou o papel da energia como fatorestratégico de crescimento, agora necessaria-mente vinculado a temas como sustentabilida-de ambiental e social.

A abertura do encontro, realizada no Paláciodas Artes, no dia 16, contou com pronuncia-mentos do presidente da Cemig, Djalma Bastosde Morais, e do diretor da Fiat, Vilmar Fistarol,representando os clientes da Cemig. Na sequên-

cia, o cantor Gilberto Gil brindou a plateia comseus grandes sucessos. O segundo dia foi dedi-cado a palestras, ministradas pelo ex-ministroDelfim Netto e pelo professor da FundaçãoDom Cabral e do Insead, Subramanian Rangan,nos Módulos Economia e Estratégia, respectiva-mente. Depois, no Módulo Energia, fizeramapresentações o diretor Comercial da Cemig,Bernardo Alvarenga, o presidente da Usiminas,Wilson Brumer, o consultor da Pricewatherhou-seCoopers Sérgio Bento e o presidente da PSRConsultoria, Mário Veiga.

A Bienal da Energia, na avaliação dos clien-tes participantes, tem se mostrado como umdos mais importantes eventos do setor elétricobrasileiro, não só pela relevância e atualidadedos temas tratados, mas também pela criaçãode oportunidades de negócios.

Quarta edição da Bienal da Energia, realizada em BH, reforçaliderança da Cemig no mercado competitivo de energia

Presidente da Cemig durante seupronunciamento de abertura da 4ª Bienal da Energia

Arquivo Cemig

Saiba mais sobre a Bienal da Energia no site da Cemig www.cemig.com.br/bienaldaenergia

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20 Universo Cemig

Energia e crescimento

“Não existe desenvolvimento sem energia”,assim descreve Wéllerson Júlio Ribeiro, geren-te-geral de Compras da América do Sul e Cen-tral da ArcerlorMittal, sobre a importância daCemig. “No trabalho da ArcelorMittal, não temcomo separar energia e desenvolvimento. Todonosso processo de crescimento é sustentadopelo fornecimento de energia. Hoje, temos atranquilidade de fechar qualquer negócio, ten-do a garantia do compromisso da Cemig. Teressa confiança é fundamental”, ressalta.

É interessante refletir o quanto a economiadepende de fontes energéticas para movimen-tar-se. O dinamismo econômico de qualquerpaís é, em parte, reflexo da capacidade dasempresas fornecedoras de energia elétrica.“Energia é uma premissa para expansão. Todanossa estimativa de crescimento é feita em con-sonância com o fornecimento da Cemig”, contaTristan Clarke, gerente de Energia da Anglo Fer-rous, um dos maiores grupos de mineração domundo, que também tem a Cemig como umade suas principais fornecedoras no Brasil.

Outro fator positivo do trabalho da Cemigapontado por seus clientes é o relacionamento.Reuber Koury, gerente de Energia da Samarco,destaca a forma como a Companhia trata seusclientes. Para ele, os mais de 40 anos de parceriaforam consolidados em grande parte pela aber-tura da Empresa às necessidades dos clientes.

“A Samarco tem a Cemig como fornecedora deenergia. Ela se mostra inovadora, por entenderas nossas demandas e oferecer um serviço per-sonalizado”, diz.

Fornecer energia não é o único foco daCemig, que oferece a seus parceiros soluçõesmodernas para promover a sustentabilidade deseus negócios. Desde o princípio, demonstrapreocupação com o desenvolvimento social eambiental, o que reforça também sua imagem.“Melhorias de processos é o nosso negócio.Queremos parceiros que tenham a mesmavisão de longo prazo de sustentabilidade e res-ponsabilidade social”, conta Ciríaco Pacheco deSouza, gerente de Compras da ArcelorMittal.

Sérgio Grassi, gerente de Energia e Utilida-des da V&M, vê a Cemig como uma empresaatualizada e preocupada com a busca de novasfontes energéticas. “A Companhia vem promo-vendo crescimento e modernização em umabase sustentável, investindo, por exemplo, emgeração de energia eólica e biomassa. Eu vejo apreocupação da Cemig em ser reconhecidacomo uma empresa sustentável”, pontua.

A confiabilidade é uma virtude conquistadapelo trabalho cotidiano da Cemig. O potencialeconômico brasileiro se torna cada dia maisinquestionável, e a Cemig reforça o seu compro-misso com o fornecimento de energia peranteseus clientes. “O perigo passou e agora nóstemos de pensar no crescimento sustentado,proporcionando as condições ideais de energia

Para Wellerson, da ArcerlorMittal, não tem comoseparar energia de desenvolvimento

Reuber, da Samarco, destaca a abertura da Cemig àsnecessidades dos clientes

Arquivo CemigArquivo ArcelorMittal

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Julho-Agosto/2010 21

e preço aos nossos parceiros”, comenta o diretorComercial Bernardo Alvarenga, sobre a novafase de crescimento pós-crise mundial.

A Cemig no mercado livre

O mercado livre de energia elétrica foi ins-tituído em 1995, com a Lei 9.074 que criou oschamados consumidores livres, que podemescolher o seu fornecedor de energia elétrica, eo produtor independente de energia, trazendocompetição ao negócio de geração de energiaelétrica. Outro marco importante na viabiliza-ção do mercado livre foi a regulamentação dolivre acesso ao sistema de distribuição pelosagentes desse mercado. Esses foram grandesmomentos para o setor, exigindo adaptações emudanças por parte das empresas participan-tes do mercado.

Para manter-se atuante nesse novo cenário,a Cemig lutou e conseguiu a aprovação do “Arti-go Cemig”, como ficou conhecido o trecho da Leida Comercialização de Energia Elétrica (Lei Fede-ral 10.848/2004), que possibilitava às empresasde energia elétrica ainda verticalizadas o temponecessário para a desverticalização, sem des-continuidade de atuação no mercado livre. Comisso, a Empresa pôde dar continuidade a umaousada e bem sucedida estratégia de negociarcom seus clientes, até então cativos, a migraçãopara o mercado competitivo.

Em 2007, foi criada a Diretoria Comercial(DCM), com o objetivo de assegurar, através deuma dimensão corporativa, a comercializaçãootimizada da energia do portfólio da Cemig,seja proveniente de geração própria ou de com-pra de terceiros. A criação da DCM reafirmou aimportância da comercialização de energiaentre os negócios da Companhia, sendo hojeresponsável por parcela substancial dos resul-tados da empresa.

A participação da Cemig no mercado livretornou-se ainda mais evidente com o fecha-mento de grandes contratos com importantesorganizações nacionais e multinacionais parafornecimento de energia em diferentes regiões

do País. “Esses clientes acreditam na Cemig esabem que proporcionamos a eles produtoscustomizados, contratos adequados às condi-ções e às necessidades particulares de cada ume preços competitivos”, diz Bernardo Alvarenga.

Um exemplo do dinamismo e flexibilidadeda Cemig aconteceu durante a crise de 2009.Naquele momento a Companhia recebeu devolta de seus clientes cerca de 160 megawattsmédios, o que representou um alívio da ordemde R$ 135 milhões para seus clientes, queforam recolocados no mercado sem prejuízopara a Companhia, contribuindo decisivamentepara a sobrevivência de muitos de seus clientes,conforme eles próprios reconhecem.

Ildeu Cardoso, diretor da Saint-Gobain, sobreesse caso afirma: “A Cemig se prontificou, muitorapidamente, a recomprar a energia excedenteque tínhamos. Essa operação garantiu que nóstivéssemos uma continuidade, além de muitaconfiança do grupo nas atividades de carbeto desilício (utilizado como matéria-prima na siderur-gia, nos abrasivos e nos refratários) no Brasil, eestamos aí de volta em 2010, quase alcançandoa capacidade total novamente.”

“É por todas essas ações que a Cemig élíder incontestável do mercado livre, vendendo25% da energia comercializada. E não é só:através de pesquisas de marca e reputação,constatamos que o índice de lealdade de nos-sos clientes chega a invejáveis 86%”, concluiBernardo Alvarenga.

Para Ciríaco, da ArcelorMittal, a visão de longo prazode sustentabilidade é um dos diferenciais da Cemig

Arquivo ArcelorMittal

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22 Universo Cemig

“Sem essa parceria com a Cemig a realizaçãodas ampliações e do aumento de capacidadede produção da V&M seria impossível. Teruma empresa que fornece energia dequalidade é fundamental para a sustentaçãodo crescimento de qualquer corporação.”

Sérgio GrassiGerente de Energia e Utilidades da V&M

“O crescimento brasileiro é visível nacional einternacionalmente. A ambição dedesenvolvimento cresceu em todas as áreas.O Brasil precisa voltar a sua atenção para ocrescimento sustentável.”

Subramanian RanganProfessor Associado da FDC e Insead

“Energia é o centro do desenvolvimento,afirmação comprovada por dados históricos eeconômicos. O programa de energia para oséculo 21 prioriza as energias renováveis, ouseja, aquelas que possam devolver ao mundoa sua capacidade de crescimento.”

Delfim NettoEx-ministro e economista

“A estratégia de expansão do setorelétrico brasileiro deve se basear em trêseixos principais: energia hidrelétrica, gásnatural e energias complementares(pequenas centrais hidrelétricas, eólica ebiomassa).”

Mário VeigaPresidente da PSR Consultoria

“A Cemig sempre está à frente. É umaorganização que inova no fornecimentoe no relacionamento com o cliente. É importante que o fornecedor saibaentender as necessidades do cliente, eisso a Cemig faz muito bem.”

Tristan ClarkeGerente de Energia da Anglo Ferrous

DEPOIMENTOS

Thiago Fernandes

Arquivo Cemig

Arquivo Cemig

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Arquivo Cemig

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SOLUÇÕES ENERGÉTICAS

Com responsabilidade e rentabilidade

Ambientalmente responsável, social-mente justa e economicamente viávele rentável. Ao adotar as três diretrizes

da política de sustentabilidade que orienta aatuação do Grupo Cemig, a subsidiária Efficien-tia definia a alma de seu negócio. Especializadano desenvolvimento de soluções e na implan-tação de projetos de eficiência energética, aempresa mostra que é possível crescer e pro-mover o crescimento com responsabilidadesocial, ambiental e econômica. “Nossos proje-tos levam ao cliente da Cemig soluções quereduzem o consumo de energia elétrica, gerameconomia nos custos e eficiência no processoprodutivo, competitividade de mercado e cres-cimento”, destaca Túlio Marcus Machado Alves,gerente-geral da Efficientia. Ele acrescenta quea Efficientia tem o cuidado de assumir projetosde empresas que atuam conforme essa políticade sustentabilidade. “São soluções que vãogerar evolução nos seus três eixos: social,ambiental e econômico”, frisa.

Criada em 2003, a Efficientia é fruto doknow how e da expertise desenvolvidos peloGrupo Cemig no setor de eficientização do usoda energia elétrica, desde 1966. Com a estrutu-ração do Departamento de Utilização de Ener-gia a organização passou a fazer consultoriasem diversos países, nas décadas de 80 e 90. Aexperiência motivou a criação da Efficientia,que já desenvolve consultorias e treinamentosnas Américas do Sul e Central. Como consultorae gestora de projetos, a subsidiária atua aindano Rio de Janeiro, Espírito Santo, São Paulo,Bahia e Paraná, além de Minas Gerais. “Hoje,

Efficientia mostra que é possível obter crescimento de umnegócio seguindo os três pilares da sustentabilidade

Eugênio Paccelli

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24 Universo Cemig

somos uma empresa autossustentável, rentá-vel e que atua em perfeita harmonia com aDiretoria de Novos Negócios da Cemig, comfoco na expansão”, diz o gerente-geral.

Projetos que fazem a diferençaO portfólio de clientes é composto por gran-

des indústrias, empresas comerciais e de servi-ços. A maior parte das demandas vem dos seg-mentos de mineração, siderurgia, cimenteiro,têxtil e, ainda, no setor sucroalcooleiro que temcrescido tanto no Brasil quanto em MinasGerais. Também são atendidos shoppings, com-panhias de fornecimento de água e empresasinteressadas em reduzir seu gasto com energia,como a BHTrans, que gerencia o trânsito nacapital mineira, entre outras.

Apenas no segmento sucroalcooleiro, foramimplantados cerca de dez projetos nos últimosdois anos. As soluções consistem na utilizaçãode resíduos das usinas para geração de energiaem parceria com a Cemig, que garante a comprade seu excedente que é injetado no sistema dedistribuição de eletricidade e revendido no mer-cado, pela Diretoria Comercial. “Nosso trabalhoinclui a conexão da empresa às linhas de trans-missão e subestações da Cemig”, explica Alves.Esse tipo de solução utiliza na geração de ener-gia elétrica renovável a queima de substâncias

poluentes que seriam descartadas, como obagaço da cana.

Nas indústrias, os projetos estão mais volta-dos para a cogeração de energia, com aplicaçõesem sistemas de iluminação, ar comprimido eautomação de processos. A maior demandavem do setor siderúrgico de ferro-gusa, respon-sável pela emissão de um gás residual tóxicoque, queimado em caldeiras, também pode sertransformado em energia elétrica. “Os benefí-cios são a redução de custos com o consumo deenergia e com o descarte desses gases”, dizAlves. Um exemplo é o projeto da Plantar Side-rúrgica, que entra em operação em setembro ecuja planta fica em Sete Lagoas (MG).

Para o diretor-superintendente da Plantar,Evandro Ribeiro de Moura, a solução vai aumen-tar a eficiência do processo produtivo e garantira competitividade da organização no mercado.“A conclusão desse projeto significa que esta-mos a um passo de conquistar o máximo de efi-ciência que uma usina de ferro-gusa pode ternos âmbitos energético e ambiental. O queantes era desperdício vai se transformar emgeração de energia”, destaca Moura.

Pelo crescimento do mercado mineiroO Grupo Cemig oferece aos clientes de

Minas Gerais recursos financeiros da Cemig

Nos últimos dois anos, a Efficientia

implementou cerca de10 projetos no setor

sucroalcooleiro, um dosque mais crescem no

Brasil e em Minas

Saiba mais sobre a atuação da

Efficientia no sitewww.efficientia.com.br

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Distribuição, oriundos do Programa de Eficiên-cia Energética (PEE), para implementação dosprojetos da Efficientia. “Esse é um aspecto quemostra o quanto o Grupo não está interessadosomente em vender energia, mas em evitar seudesperdício, valorizando o mercado mineiro.Esses recursos permitem viabilizar as soluções,aumentando o poder de investimento e contri-buindo para o crescimento dessas empresas”,explica o gerente-geral da Efficientia. Ele acres-centa que a indústria mineira responde por cer-ca de 60% do consumo de energia no Estado. Aeficientização energética desse setor gera evo-lução nos âmbitos ambiental e social, comoredução do desperdício e do descarte de resí-duos poluentes e a geração de empregos.

Alves também destaca o retorno financeirodesses projetos, que possibilitam às organiza-ções cobrir todo o investimento a médio prazo.“A própria economia gerada pela implantaçãodos projetos permite aos clientes pagar àCemig os recursos que ela liberou”, conta.Segundo Moura, da Plantar, o valor do investi-mento equivale a 10% do faturamento anualda siderúrgica. “Pela forma como o acordo e oprojeto foram constituídos, vamos precisar uti-lizar 3% do nosso faturamento no período deseis anos. A economia é total”, declara o dire-tor-superintendente da empresa.

Números e conquistas

A necessidade das organizações de reduzir,

cada vez mais, os impactos ambientais e

aumentar a produtividade tornaram a

Efficientia uma empresa autossustentável e

rentável. Confira seus principais números e

conquistas:

■ 2003 - Quando começou a operar, fechoucom faturamento de R$ 550 mil e umprejuízo de R$ 1,8 milhão.

■ 2009 - O faturamento foi de R$ 12 milhõese o lucro de R$ 5,3 milhões.

■ A média de crescimento anual é 35%, nos

últimos três anos.

■ 2010 - A expectativa é que o faturamento

seja de cerca de R$ 15 milhões, levando em

conta os impactos da crise que ainda

afeta alguns setores de atuação

da empresa.

■ Desde 2003, cerca de 50 projetos foram

implantados ou estão sendo concluídos.

■ 2006 - Foi a primeira empresa do Grupo

Cemig a receber a Certificação ISO 9000

pela qualidade no atendimento ao cliente

e na implantação de seus projetos.

Também foi a primeira empresa de serviços

de conservação de energia do Brasil

a obter essa certificação.

■ A energia excedente decorrente dos

10 projetos geridos no setor

sucroalcooleiro e injetada no sistema

da Cemig equivale ao consumo de

energia de uma cidade de três milhões

de habitantes, como Salvador (BA).

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REGIONALISMO

26 Universo Cemig

A terceiramargem do rio

Do diamante ao doce de mamão,os municípios de São Simão e SantaVitória dão o tom à mistura entreas culturas de Minas e de Goiás

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Foi em busca dos sonhados diamantesque o aposentado Paulo da Silva Dias,de 70 anos, abandonou na juventudeo município de Araguari, no TriânguloMineiro, onde trabalhava com seu pai

na lavoura de arroz, para tentar a sorte nogarimpo de São Simão (GO), na divisa comMinas Gerais. Nessa tímida e pequena cidade,em vez de encontrar diamantes, Dias foi sur-preendido pelo que considera o divisor deáguas de sua história pessoal: a queda de umaponte, em 1957, elo entre São Simão, na épocaum pequeno povoado, e Santa Vitória (MG). “Acidade ficou isolada do mundo, ficamos ilhados.As mercadorias não chegavam pela rodovia ebuscávamos alimentos por barco no Rio Para-naíba”, lembra de forma nostálgica, referindo-se à cidade submergida após a construção daUsina de São Simão pela Cemig, e que é chama-da carinhosamente de “São Simão velha” pelosantigos moradores.

O incidente afastou São Simão dos demaismunicípios, mas Paulo encontrou seu primeiroemprego como servente da obra que reconstrui-ria a ponte. “A empreiteira responsável convocougarimpeiros de várias cidades da região paralevantar a ponte. Naquele instante, minha vidae também a de meus companheiros começavaa ser erguida”, relembra. A ligação entre as cida-des é um fato considerado pelos habitantescomo impulsionador de uma possível integra-ção entre as culturas goiana e mineira.

Mais de uma década depois, em 1973, jácom cinco filhos e casado com Gabriela, Diasparticipou da construção da Usina de SãoSimão. “A partir desse momento, as mudançascomeçaram a acontecer nas duas cidades. Nes-sa época, trabalhava como pescador, uma vidadifícil. Foi um sonho ver a chegada de umempreendimento tão grandioso, o qual ajudeia construir”, lembra.

O aposentado esteve entre os cerca de oitomil operários que lotaram as obras da maiorhidrelétrica do Grupo Cemig, construída àsmargens do Rio Paranaíba e que possui atual-mente 1.710 megawatts de potência instaladae distribuída em seis unidades geradoras deenergia. “Isso mostra o quanto o Rio Paranaíbaé imponente e grandioso. É importante preser-vá-lo”, declara Dias. De acordo com informa-ções do gerente de Manutenção de Ativos deGeração Triângulo, da Cemig, Cornélio AntônioPereira, o reservatório de 716 quilômetros qua-drados margeia 13 municípios, seis em MinasGerais e sete em Goiás.

Águas que trazem desenvolvimento

Divisa natural entre Minas e Goiás, o RioParanaíba se estende por 1.070 km até seencontrar com o Rio Grande, onde ambos pas-sam a formar o Rio Paraná, no ponto que marcaos limites entre os Estados de São Paulo, MinasGerais e Mato Grosso do Sul. É conhecido prin-cipalmente pela sua riqueza diamantífera,

Vista aérea da Praia doLago Azul, em SãoSimão, à beira darepresa da usinahidrelétrica da Cemigbatizada com o nomeda cidade

Fábhyo Freitas Horlando

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além de seu grande potencial hidrelétrico.E o município de São Simão conhece bem

essa força, uma vez que o correr do rio acompa-nha a história dessa cidade que, desde tenraidade, abriga garimpeiros e diamantes. Após ainauguração da maior hidrelétrica da Cemigem 1978, São Simão começou a se mostrarpara o Brasil. “Atualmente o porto de São Simãoé o ponto de partida da Hidrovia Paranaíba–Tietê–Paraná, por onde são despachadas asriquezas do município, como os produtos pro-

venientes da agropecuária, a atividade econô-mica mais representativa da região”, detalhaDias. Ele acrescenta que a hidrovia, de 760 km,contribui para o crescimento da exportação,atraindo várias empresas para a região.

A história do desenvolvimento econômico esocial da cidade também está registrada namente do técnico em administração da Cemig,Noé Rodrigues Pereira, de 42 anos, que chegoua São Simão com seu pai, um antigo garimpeiro.“São Simão se tornou mais independente a par-tir da instalação da usina, quando a economiafinalmente começou a se desenvolver, tambémmotivada pelas estradas já urbanizadas. O turis-mo foi fomentado pela curiosidade dos cida-dãos do Triângulo Mineiro, que queriam conhe-cer a hidrelétrica, além do imponente Rio Para-naíba, acolhedor dos pescadores”, diz.

Mistura de sabores

Do Rio Paranaíba à mesa, os peixes maistradicionais, como o tucunaré e a tilápia, fazema festa dos turistas. “Costumo apresentar essasduas iguarias aos visitantes, que de prontoaprovam o prato”, se orgulha Noé. Ele tambémdestaca os eventos locais que fazem São Simão

Cavalgada em Santa Vitória é um dos eventos tradicionais da cidade

Márcio José da Silva FreitasMárcio José da Silva Freitas

Erci Rodovalho

Pescador de SantaVitória mostra otucunaré, peixe típicoda região, comum noRio Paranaíba

Praça Julio Bernardes, um dos pontos turísticos de São Simão

Felipe Lamanna Márcio José da Silva Freitas

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“ferver”, entre eles o Réveillon e o Carnaval naPraia do Lago Azul, que atraem turistas doTriângulo Mineiro e do interior de Goiás. “Osfestivais gastronômico, esportivo e culturalacontecem na Semana Santa. Aos amantes dapesca, uma dica é o torneio de pesca amadora,promovido em dezembro. E para quem gostade uma praia fluvial, o Rodeio Show in Praia deSão Simão, realizado em outubro, é outra boaopção de lazer”, revela.

O elo entre as cidades de São Simão, hojeum município com toda infraestrutura urbanareconstruído às margens do reservatório da usi-na, e Santa Vitória é revelado por meio de hábi-tos e costumes parecidos. “É interessante per-ceber como a cultura e a gastronomia deixamevidentes diversos traços comuns de Goiás e deMinas Gerais”, observa a coordenadora culturalda Secretaria de Educação e Cultura de SantaVitória, Jeane Divina Marques. Ela destaca ofrango caipira com pequi como uma iguariatanto goiana quanto mineira, além da costelade porco. “Mas o jiló cozido que compõe a sala-da do almoço é exclusivamente mineiro”, defen-de. O turista ainda encontra o guariroba, umaespécie de palmito cozido, típico da divisa entre

Goiás e Minas Gerais. A abobrinha recheadacom arroz também é outra tradição dos doisEstados. “Para a sobremesa, os doces demamão, goiaba e figo fazem sucesso entre osturistas”, enumera.

Marchinhas de Carnaval com a fé das Vitórias

São as festas típicas de Santa Vitória quemais encantam os turistas, geralmente paulis-tas, mas até mesmo cariocas. “O Carnaval napraça central da cidade conta com a apresen-tação das marchinhas e blocos. A Exposanta,exposição agropecuária que acontece emmaio, lota a cidade de empresários. Já o tor-neio de pesca esportiva é outro evento muitoprocurado pelos turistas”, enumera Jeane. Elatambém destaca as festas religiosas locais,como a Procissão de Nossa Senhora das Vitó-rias, realizada em julho, que conta com a par-ticipação de centenas de devotos. “Vejo que acidade mudou muito com o desenvolvimentoeconômico e as influências culturais. O quenão muda é o amor que temos pela nossa his-tória, a nossa fé e religiosidade que continuamfortes”, declara Jeane.

A imagem de Nossa Senhora das Vitórias Capela de Nossa Senhora das Vitórias, em Santa Vitória

Márcio José da Silva FreitasErci Rodovalho

Veja algumas dessas receitas nocemig-energia.blogspot.com

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VITRINE

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Diminuir os impactos ambientais causadospelo homem no mundo é uma causa à qual asociedade, órgãos públicos e empresas vêmaderindo. A grande quantidade de veículosautomotores se tornou uma preocupação devi-do à alta emissão de gás carbônico (CO2). Emparceria com a Itaipu, Fiat e KWO, o GrupoCemig investe no desenvolvimento de veículoselétricos (VE), como Palio Weekend elétrico.

“A expectativa é que em 2020 cerca de umbilhão de veículos estejam rodando no mundo.É preciso buscar um transporte que traga mobi-lidade com menor impacto ao meio ambiente”,ressalta Marco Aurélio Dumont, gerente deAlternativas Energéticas da Cemig. Além de seruma alternativa sustentável, os VEs chegam aser 30% mais econômicos se comparado aosveículos tradicionais.

Transportes verdesVeículos movidos com 100% de energia limpa prometem fazer parte do futuro

Saiba mais sobre esse projeto no cemig-energia.blogspot.com

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Segway elétricoO Segway, mais conhecido como carrinho elétrico, é umveículo pioneiro utilizado no transporte individual de pas-sageiros. A Guarda Municipal de Belo Horizonte utiliza essecarrinho na patrulha de praças e parques da capital mineira.Alimentado por uma bateria de lítio, ele se move de acordocom o movimento do corpo, graças ao giroscópio instaladona base. O equipamento verifica o centro da gravidade dapessoa cem vezes por segundo e responde às mudanças docorpo, sem precisar de freio e acelerador. A velocidadeaumenta de acordo com a inclinação do corpo, e o carrinhopode atingir até 20 km/h. O veículo suporta até 120 quilose sua bateria tem autonomia de até 38 Km.

■ Aspectos técnicosModelo: i2 Mult

Velocidade máxima: 20 km/h

Autonomia: até 38 Km

Bateria: lítio

Tempo de recarga: 8 horas (100%), 3 horas (80%)

Carga máxima: 118 Kg

Carga mínima: 45 Kg

Peso Produto: 47,7 Kg

Comprimento e largura: 63 X 63 cm

Recarga bateria / Tomada: 100/240 v

Palio WeekendelétricoUm carro que oferece uma economia de2/3 em relação aos veículos movidos acombustíveis convencionais, comparandoo preço por kWh ao da gasolina. O PalioWeekend possui um motor 100% elétricoe é um carro desenvolvido para ambien-tes urbanos. Sua velocidade máxima é de110 km/h, atingindo 50 km/h em 7segundos e 100 km/h em 28 segundos. Asua bateria, feita à base de sódio, temautonomia de 120 quilômetros com umtempo de recarga de oito horas. “Já pos-suímos na nossa frota quatro carros teste.Participamos de vários eventos com o VE,e ele é um carro muito bem visto e com-petitivo”, conta Élson Lima, engenheiro detecnologia e normalização e coordenadordo projeto do Veículo Elétrico da Cemig.

■ Aspectos técnicosAutonomia 120 km

Velocidademáxima 110 km/h

Aceleração 0-50 km/h em 7 segundos

0-100 km/h em28 segundos

Tempo derecarga 8 horas

Consumocom cargacompleta 20 kWh

Consumoa cada

100 km 15 kWh

Errata: Eficiência Energética | Na edição passada daUniverso Cemig, as fotos das notas “Banho quente eeconômico” e “Água com o calor do sol” foram trocadas. Oprimeiro texto apresenta o recuperador de calor parachuveiros da Rewatt, cuja foto foi publicada na página 31. Jáa segunda nota é sobre o aquecedor solar para água, cujaimagem se encontra na página 30.

Adriano Souza

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O maravilhoso mundo dos brinquedos

Sejam bem-vindos ao mundo dos brinque-dos! E para conhecer esse lugar cheio de misté-rios e curiosidades o Museu dos Brinquedostraz aos seus visitantes o morcego mais popu-lar entre as crianças e adultos: Batman. O cená-rio sombrio do personagem, constituído porcavernas, morcegos e passagens secretas, seune à coleção particular de brinquedos, acessó-rios e imagens do homem morcego. Os objetospertencem ao colecionador Samy Huven,mineiro de Belo Horizonte, que desde a infânciaalimenta sua paixão pelo herói das históriasem quadrinhos.

O museu realiza atualmente o inventário ea reprodução fotográfica das cinco mil peças doacervo próprio que vai virar um catálogo. O pro-jeto Pesquisa e Inventário do Acervo do Institu-to Cultural Luiza de Azevedo Meyer, instituiçãodo qual faz parte, foi aprovado em 2008 pelasleis municipal e federal de incentivo à cultura etem o patrocínio da Cemig.

Museu dos BrinquedosAvenida Afonso Pena, 2564, FuncionáriosBelo Horizonte – MGAberto de segunda a sexta, das 9 às 17 horas (R$ 6),e sábados e feriados, das 10 às 17 horas (R$ 8). Estu-dantes de escolas particulares pagam R$ 6 e da redepública de ensino R$ 4.

www.museudosbrinquedos.org.br

Museus: as riquezas da memória preservada

DICAS CULTURAIS

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Divulgação/Museu dos Brinquedos

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A origem e os caminhos das artes e ofícios

A origem de diversas profissões contempo-râneas retratadas em objetos e instrumentosde produção do Brasil pré-industrial podem serconferidas no Museu de Artes e Ofícios (MAO),localizado na Praça da Estação, em Belo Hori-zonte. Sua coleção possui mais de 2,4 mil peçasreunidas ao longo de décadas. São peças degrande, médio e pequeno porte, feitas emmadeira, ferro, couro e cerâmica, entre outrosmateriais. Entre os destaques, uma carpintariainteira do século 18 e uma balança de escravosda mesma época.

Visitar o MAO é viajar pelas origens dos ofí-cios e artes dos últimos três séculos. É presenciaro ir e vir de cerca de 20 mil trabalhadores quepassam na Estação Central do Metrô da capitalmineira todos os dias e reconhecer as históriasde suas profissões e de outras já quase extintasdentro do museu, como as de barbeiro, carpin-teiro, vendedor, tropeiro, dentista, funileiro,mineiro, ourives, queijeiro e tecelão. O Museu deArtes e Ofícios conta também com o auxílio deequipamento multimídia para mostrar a evolu-ção dessas profissões na contemporaneidade.Esse projeto conta com o apoio da Cemig.

Museu de Artes de OfíciosPraça da Estação, s/nº, CentroBelo Horizonte – MGAberto de terça a domingo, das 12 às 19 horas, exce-to quarta, das 12 às 21 horas, e sábados, domingose feriados, das 11 às 17 horas. O preço do ingresso éR$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia). A entrada é gratuita àsquartas, após as 17 horas, e aos sábados, durantetodo o horário de visitação.

www.mao.org.br

Arte com muito verde

Obras de grandes nomes da arte con-temporânea mundial em meio à nature-za. O Museu Inhotim, situado em Bruma-dinho (MG), a 60 quilômetros de BeloHorizonte, foi inaugurado em 2006 e pos-sui 97 hectares de jardins botânicos, assi-nados por importantes paisagistas, entreeles, Roberto Burle Marx. Chamando aatenção de turistas nacionais e interna-cionais, o acervo permanente do museuconta com obras de artistas como CildoMeireles, Adriana Varejão, Doris Salcedo,Matthew Barney, Rivane Neuenschwan-der, Valeska Soares e Doug Aitken.

Além de ser um espaço destinado àsartes e à arquitetura, nos jardins domuseu também são desenvolvidos traba-lhos de catalogação de novas espéciesbotânicas, conservação de plantas em ris-co de extinção e conscientização dapopulação pela preservação da biodiver-sidade brasileira.

O Museu Inhotim conta com o apoioda Cemig para o desenvolvimento dosseus projetos.

InhotimRua B, 20Brumadinho – MGAberto de quarta a sexta-feira, das 9h30 às16h30, e sábados, domingos e feriados, das9h30 às 17h30. A taxa para visitação é de R$ 16(estudantes e maiores de 60 anos pagam meia-entrada, e menores de 6 anos não pagam).

www.inhotim.org.br

Miguel Aun

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COM A PALAVRA

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O que é a cultura? São tantas asdefinições que parece difícil precisaro conceito. Já sugeriu algo inacessívelou elitista. É claro que não mais serestringe às belas artes e letras, per-didos o academicismo e o beletrismona poeira do tempo. É fenômeno quese espraia e processo que se expan-de, continuamente. Assinala tudo oque aprimora a vida dos cidadãos.Está na cidade e no campo, no centroou na favela, em toda parte, tal comoo sertão roseano. Alcança dimensãocada dia mais perceptível no cotidia-no das pessoas e alarga os caminhosda educação, para que ensino nãoseja meramente instrução.

É memória e história. Armazenaherança e produz inovação. Sem quese dê conta, define mentalidades ecomportamentos, conceitos e pre-conceitos. É por isso mesmo vital, ehoje não se pode pensar o desenvol-vimento social e econômico e oaperfeiçoamento ético e político forado contexto cultural.

Chama a atenção, na Carta Mag-na brasileira, por não ser usual nosdiplomas constitucionais, a riquezade detalhes dos dois dispositivosdedicados à cultura. A democraciaconsolidada pela nossa “Constitui-ção Cidadã”, como a chamou UlissesGuimarães, emerge dos ideais deliberdade e justiça, e estes se consa-gram na plenitude da vida cultural,com a participação de todos na cons-trução de uma identidade brasileira.

Cultura faz parte da cidadania. Asse-gurar acesso à cultura é, assim, deverda empresa que se atualiza, a fim deenfrentar, com inteligência e objeti-vidade, os desafios contemporâneos,começando pela busca da qualidademáxima.

A empresa moderna compreen-de a importância da cultura. Não sóse trata dos benefícios fiscais conce-didos pela União e pelo Estado paraprojetos culturais, mas de um com-promisso que passa por investimen-tos e programas internos e sociais. Avalorização da cultura se transformaem instrumento de qualificação dotrabalho e do desempenho dosempregados. Incide na própria marcaempresarial e interfere na sua proje-ção na comunidade.

O mecenato de hoje não é benes-se, concessão, favor ou diletantismodo empresário. Virou programa deinvestimento pelo qual a empresapode crescer e vencer. Poder públicoe iniciativa privada devem apoiar asações culturais, contribuindo para aevolução positiva da vida individuale coletiva. Em cada setor, há umadimensão ou perspectiva cultural anão se perder de vista. Ela nos faz ver,na sociedade do conhecimento, aemergência de uma vida melhor e aconquista da felicidade.

Ângelo Oswaldo de Araújo Santosé jornalista, escritor e prefeito

de Ouro Preto (MG), PatrimônioCultural da Humanidade

Cultura na vida das empresas

“A valorização da cultura setransforma em instrumento de

qualificação do trabalho e dodesempenho dos empregados.

Incide na própria marca empresarial e interfere na sua

projeção na comunidade.”

Odilon Araújo

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RETRATOS DO BRASIL

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No "Velho Chico", a pesca artesanalainda é fundamental para a subsistênciados moradores de Três Marias (MG). Esta foto sintetiza a soma das tradiçõesdo interior de Minas com a importânciada natureza para a vida dos ribeirinhos.

João Marcos Rosa

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Um crescimento sustentável se faz com cuidado e respeito ao meio ambiente desde o princípio. Para a Cemig, esses valores norteiam os negócios e o modo como usufruímos dos recursos do planeta. Por isso, investimos, cada vez mais, em ideias e ações capazes de garantir o melhor uso da energia hoje e amanhã.

A Cemig constrói hoje o mundo que queremos amanhã.

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