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Mini-Curso Livre de Sistema Solar Nuno Peixinho Grupo de Astrofísica da Universidade de Coimbra Observatório Astronómico da Universidade de Coimbra Departamento de Matemática Faculdade de Ciências e Tecnologia Universidade de Coimbra 3

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Mini-Curso Livre de Sistema Solar

Nuno PeixinhoGrupo de Astrofísica da Universidade de CoimbraObservatório Astronómico da Universidade de Coimbra

Departamento de MatemáticaFaculdade de Ciências e TecnologiaUniversidade de Coimbra

3

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Cometas, Asteróides e outros pequenos corpos

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Cintura de Asteróides

Essencialmente entre 2 e 3.5 AU.

Distribuição não uniforme.

O efeito gravítico de Júpiter não permitiu a formação de um planeta.

Conhecem-se mais de 300000.

Mtotal ~ 3.5 x 1021 kg (~0.0006 M⊕).

Missões: Galileo (NASA) - 1991; NEAR (NASA) - 1997; Deep Space 1 (NASA) - 1999; Stardust (NASA) - 2002; Rosetta (ESA) - 2008; Dawn (NASA) - 2011.

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Descoberta dos Asteróides

Em 1801, Piazzi descobre Ceres, o maior asteróide (D=940 km).

Foi considerado um planeta durante 50 anos.

Ceres: parâmetros

a = 2.766 AU

q = 2.544 AU

Q = 2.987 AU

e = 0.080

D� = 940 km (0.07 D⊕)

M � = 9.5x1020 kg (0.00016 M⊕)

ρ � = 2.1 g/cm3

Prot = 9h04m

Tmed� = 167 K (-106 °C)

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Famílias de Asteróides

Asteróides principais: Ceres (D=933 km), Pallas (D=525 km), Vesta (D=510 km) ... e Portugal.

Famílias dinâmicas da Cintura Principal: Flora, Hungaria, Phocaeda, Eos, Koronis, Themis, Cybeles e Hildas.

Os NEA (Near-Earth Asteroids) possuem periélios entre as 0.983 e 1.017 AU, portanto, passam muito próximo da Terra: Atens, Apollos, Amors.

Taxonomia (classes espectrais): Tipo C: carbonáceos (75%) Tipo S: rochosos (17%) Tipo M: metálicos

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Cometas entre os Asteróides

Em 2006, Hsieh & Jewitt, descobrem 3 cometas entre os asteroides.

Estes cometas (MBC: Main Belt Comets) aparentam ser “nativos” e não de origem migratória, alterando a visão que se tem da Cintura de Asteróides.

Os MBC podem ser uma fonte da água na Terra.

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Asteróides com luas

Em 1993, a sonda Galileo observou a lua Dactyl (1.4 km), em torno de Ida (D=31.3 km) a uma distância de 108 km, com um período orbital de 1.54 d.

Presentemente conhecem-se 60 asteróides com um satélite natural.

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Visitas

Em 1997 a sonda NEAR passa por Mathilde e em 2000 por Eros

Eros é, provavelmente, um fragmento de uma colisão primordial; é um corpo consolidado e não uma “pilha de cascalho”; e está coberto por uma fina camada de poeiras.

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Visitas

Em 1997 a sonda NEAR passa por Mathilde e em 2000 por Eros

Eros é, provavelmente, um fragmento de uma colisão primordial; é um corpo consolidado e não uma “pilha de cascalho”; e está coberto por uma fina camada de poeiras.

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Cometas

Bolas de gelos e poeiras (Whipple 1950).

Classificam-se normalmente em: de curto período (P<200 a) de longo período (P>200 a)

Originários da Cintura de Kuiper e da Nuvem de Oort (confins do Sistema Solar).

Missões: Sakigake (Japão), Suisei (Japão), Vega 1-2 (URSS), Giotto (ESA) - 1986; Deep Space 1 (NASA) - 2001; Stardust (NASA) - 2006, Deep Impact (NASA) - 2005, Rosetta (ESA) - 2014.

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Caudas

Ao aproximarem-se do Sol os gelos sublimam, libertando também as poeiras que aprisionam, criando:

uma “coma” densa uma cauda de poeiras (branca) uma cauda de gases ionizados (azulada) uma nuvem de hidrogénio.

As caudas “apontam” no sentido contrário ao do Sol.

A cauda de poeiras é arqueada, sendo a de iões direita.

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Composição

A radiação e o vento solar ionisam as moléculas gasosas que se libertam.

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Núcleo

Os núcleos tem dimensões de 1 a 50 km.

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Núcleo

Os núcleos tem dimensões de 1 a 50 km.

Wild 2 Borrelly

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“Rebentando com um cometa”

Em 2005 a sonda Deep Impact lançou um projéctil contra o cometa Tempel 1.

O ejecta criado pelo impacto leva a concluir que os cometas são mais “bolas de poeira cheias de gelos” do que “bolas de gelos com poeiras”.

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Fragmentação de cometas

Em 1994 o Shoemaker-Levy 9 foi observado a fragmentar-se e cair sobre Júpiter.

Neste momento a fragmentação do Schwassman-Wachmann 3 está a ser observada.

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Fragmentação de cometas

Em 1994 o Shoemaker-Levy 9 foi observado a fragmentar-se e cair sobre Júpiter.

Neste momento a fragmentação do Schwassman-Wachmann 3 está a ser observada.

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Os cometas “hélio-roçagantes”

Em 1998, ao estudar o Sol, a sonda Soho detecta dois cometas “roçando-o”, tendo detectado mais de 1000 até hoje.

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Gregos e Troianos

Pontos de Lagrange - no problema de três corpos existem 5 pontos nos quais uma pequena massa não sentirá nenhuma força:

L1, L2 e L3 estão na linha das duas massas m1 e m2 (pontos instáveis); L4 e L5 estão 60° à frente e atrás da massa m2, respectivamente (pontos estáveis).

Em 1906, Max Wolf descobre Achilles, o primeiro Troiano (Grego) de Júpiter

Júpiter tem 2042 Troianos. Neptuno tem 4 Troianos. Marte tem 5 candidatos. Existem Troianos no sistema Saturno-Tethys e Saturno-Dione.

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Centauros

Em 1977, Kowall, descobre o primeiro Centauro: 1977UB (2060 Chiron)

Chiron era já visível em chapas fotográficas que remontam a 1895!

E nunca cheguei a acabar

o curso.

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Centauros: cometas ou asteróides?

Os Centauros possuem órbitas caóticas entre Júpiter e Neptuno.

São a fase de transição entre a Cintura de Kuiper e os Cometas de Curto Período.

Presentemente conhecem-se cerca de 60.

Em 1989, Meech et al. descobrem uma “coma” em Chiron, i.e. um comportamento de cometa.

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Plutão

Aparentemente era necessário um outro planeta, para além de Neptuno, para explicar algumas perturbações orbitais.

No início do séc. XX, Persival Lowell procurou, sem sucesso, o “Planeta-X”.

Em 1930, Clyde Tombaugh descobre Plutão, mas muito afastado da região prevista e muito pequeno para explicar as perturbações, continuando a busca por mais 13 anos.

Em 1993, Standish, demonstra que afinal as alegadas perturbações eram apenas erros. ⇒

Plutão foi descoberto por insistência e sorte!

Odeio teóricos!

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Plutão

À semelhança de Úrano também roda “deitado”.

Tem uma ténue atmosfera de Azoto e Metano que “congela” quando está próximo do afélio.

Parâmetros

a = 39.5 AU

q = 29.7 AU

Q = 49.3 AU

e = 0.248

i � = 17.1°

Eixo = 122.5°

Ptra = 248 a

D� = 2306 km (0.18 D⊕)

M � = 1.3x1022 kg (0.0021 M⊕)

ρ � = 2.0 g/cm3

Prot�= -6.387 d (retrógrado)

Patm = 3x10-6 atmTmed� = 44 K (-229 °C)

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Caronte

Tem uma possível atmosfera de Azoto ou Metano muito ténue.

Parâmetros

dPL = 19571 km

Porb= 6.387 d

D� = 1212 km (0.095 D⊕)

M � = 1.5x1021 kg (0.00025 M⊕)

ρ � = 1.6 g/cm3

Prot�= 6.387 d (síncrono)

Patm < 1x10-7 atmTmed� = 53 K (-220 °C)

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As novas luas de Plutão

Em 2005, Canup demonstra que o sistema Plutão-Caronte se formou com uma colisão.

Em 2005, Weaver et al. detectam duas novas luas em Plutão (D~50-150 km):

S/2005P1 (dPL=6500 km) S/2005P2 (dPL=49000 km)

Em 2006, Stern et al., demonstra que as novas luas também se formaram desta colisão.

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As novas luas de Plutão

Em 2005, Canup demonstra que o sistema Plutão-Caronte se formou com uma colisão.

Em 2005, Weaver et al. detectam duas novas luas em Plutão (D~50-150 km):

S/2005P1 (dPL=6500 km) S/2005P2 (dPL=49000 km)

Em 2006, Stern et al., demonstra que as novas luas também se formaram desta colisão.

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Os Trans-Neptunianos

Leonard (1930), Edgeworth (1943, 1949) e Kuiper (1951) especulam sobre a existência de pequenos corpos para além de Neptuno ou Plutão.

Após várias tentativas por diferentes grupos nos anos 80, eis que em 1992 Luu e Jewitt descobrem o primeiro TNO: 1992QB1.

Quero ouvir Música Clássica.

Eu é que sou o chefe e quero Dead

Metal.

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N(D>100 km) ~ 105

N(D>1 km) ~ 1010

N(D>1000 km) ~ 10

TNOs ≈ 1200

(Binarios = 14)

MEKB ~ 0.1 M⊕

Os Trans-Neptunianos

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N(D>100 km) ~ 105

N(D>1 km) ~ 1010

N(D>1000 km) ~ 10

TNOs ≈ 1200

(Binarios = 14)

MEKB ~ 0.1 M⊕

Os Trans-Neptunianos

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Os Trans-Neptunianos Os TNOs subdividem-se em famílias dinâmicas: Clássicos, Plutinos e Objectos do Disco Disperso (SDOs).

Parecem também consistir na sobreposição de duas populações, gerada durante a migração dos planetas gigantes (Gomes 2003, Levison & Morbidelli 2003).

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O “décimo planeta”: 2003UB313

Em 2005, Ortiz e Santos-Sanz anunciam a descoberta de um TNO maior que Plutão.

O objecto já era conhecido desde 2003 por Brown et al. e estala a polémica.

Parâmetros

a = 67.7 AU

q = 37.8 AU

Q = 97.6 AU

e = 0.442

i � = 44°

Ptra = 557 a

D� ≈ 2400 km (1.05 DPL)Prot = ?

Número de satélites = 1

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O “décimo planeta”: 2003UB313

Em 2005, Ortiz e Santos-Sanz anunciam a descoberta de um TNO maior que Plutão.

O objecto já era conhecido desde 2003 por Brown et al. e estala a polémica.

Parâmetros

a = 67.7 AU

q = 37.8 AU

Q = 97.6 AU

e = 0.442

i � = 44°

Ptra = 557 a

D� ≈ 2400 km (1.05 DPL)Prot = ?

Número de satélites = 1

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O objecto mais distante: Sedna (2003VB12)

Descoberto em 2003 por Brown et al., acreditou-se, ao princípio, ser um planeta.

Hoje crê-se ser apenas um SDO ou um membro de uma “Nuvem de Oort Interior”.

Parâmetros

a = 489 AU

q = 76.1 AU

Q = 902 AU

e = 0.844

i � = 12°

Ptra ≈ 10800 a

D� ≈ 1800 km (0.78 DPL)Prot = 10.3h (?)

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O objecto mais distante: Sedna (2003VB12)

Descoberto em 2003 por Brown et al., acreditou-se, ao princípio, ser um planeta.

Hoje crê-se ser apenas um SDO ou um membro de uma “Nuvem de Oort Interior”.

Parâmetros

a = 489 AU

q = 76.1 AU

Q = 902 AU

e = 0.844

i � = 12°

Ptra ≈ 10800 a

D� ≈ 1800 km (0.78 DPL)Prot = 10.3h (?)

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A Nuvem de Oort Em 1950, Oort conclui que deveria existir uma “nuvem”, muito distante, em torno do Sistema Solar que seria a fonte dos cometas (em 1932 Öpik ja o tinha sugerido).

Criada pelo grande número de objectos ejectados do Sistema Solar pelos planetas gigantes.

Parâmetros

A nuvem deverá estar entre

as 50000 e as 100000 AU

(~1 ano-luz).

Estrelas próximas poderão

“empurrar” os seus cometas

para o interior do Sistema

Solar.

Número de cometas ~ 1012

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Fim