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CONSTRUINDO COLETIVOS E los Elos P rograma Programa Guia do COMPONENTE eSCOLAR MINISTÉRIO DA SAÚDE – PROGRAMA ELOS – CONSTRUINDO COLETIVOS – GUIA DO COMPONENTE ESCOLAR MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília – DF 2017

MINISTÉRIO DA SAÚDE Brasília - bvsms.saude.gov.brbvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/programa_elos_guia_componente... · Abreu Pestana, Emeb Jorge Amado e Emeb Darcy Ribeiro, de

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CONSTRUINDO COLETIVOSElosElosProgramaPrograma

Guia do COMPONENTE eSCOLAR MINISTÉRIO DA

SAÚDE

mINISTÉRIO DA SAÚDE – PROGRAmA ELOS – CONSTRUINDO COLETIVOS – GUIA DO COmPONENTE ESCOLAR

mINISTÉRIO DA SAÚDE

Brasília – DF2017

ISBN 978-85-334-2505-7

9 7 8 8 5 3 3 4 2 5 0 5 7

CONSTRUINDO COLETIVOSElosElosProgramaPrograma

Guia do COMPONENTE eSCOLAR

MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Atenção à Saúde

Departamento de Ações Programáticas Estratégicas

Brasília – DF2017

2017 Ministério da Saúde.Esta obra é disponibilizada nos termos da Licença Creative Commons – Atribuição – Não Comercial – Compartilhamento pela mesma licença 4.0 Internacional. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.

A coleção institucional do Ministério da Saúde pode ser acessada, na íntegra, na Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde: <www.saude.gov.br/bvs>.

Copyright da obra original © 2013 Washington, DC - American Institutes for Research

Versão brasileira adaptada do programa Good Behavior Game (GBG)

O programa Good Behavior Game (GBG), nos Estados Unidos da América, é implementado e avaliado pelo American Institutes for Research (AIR). No Brasil, o programa foi traduzido e adaptado pela Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, do Ministério da Saúde, e Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), sendo nomeado Programa Elos.

Os materiais do Programa Elos foram inspirados em Good Behavior Game (GBG) – Implementation Manual, escrito por Carla B. Ford, Natalie Keegan, Jeanne M. Poduska, Sheppard G. Kellam e Judi Litman (2013). Destaca-se que o American Institutes for Research (AIR) possui os direitos autorais da versão em língua inglesa.

Tiragem: 1ª edição – 2017 – 7.707 exemplares

Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria de Atenção à SaúdeDepartamento de Ações Programáticas EstratégicasCoordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e outras DrogasSAF Sul, Trecho 2, lotes 5/6, Torre II, Edifício Premium, 1º andar, sala 13CEP: 70070-600 – Brasília/DFTels.: (61) 3315-9144 / 3315-9143Site:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/sas/daet/saude-mentalE-mail: [email protected]

AutoriaAnissa Rabbani RahnamayeAline Godoy VieiraDarlene Cardoso FerreiraDebora Estela Massarente PereiraFlora Moura LorenzoLorena Alves de Souza AraújoRegina Rocha Reynaldo Tibúrcio

Revisão e adaptação:Aline Garcia AveiroAline Godoy VieiraAnissa Rabbani RahnamayeCamila MarilacCarolina SchiesariDaniela Picoñez e TrigueirosDarlene Cardoso FerreiraFlora Moura LorenzoIngrid Hrusa Coutinho da SilvaLorena Alves de Souza Araújo

Maria Carolina Veiga FerigolliRegina Rocha Reynaldo TibúrcioTauane Paula GehmSamia Abreu OliveiraRaquel Turci PedrosoMichaela Batalha JuhasovaJanaina Barreto Gonçalves

Colaboração:Olga Mitsue KuboRogéria FreireRonaldo Ferreira Negrão

Ilustrações:Felipe dos Reis Chaves

Editora responsável:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria-ExecutivaSubsecretaria de Assuntos AdministrativosCoordenação-Geral de Documentação e InformaçãoCoordenação de Gestão EditorialSIA, Trecho 4, lotes 540/610CEP: 71200-040 – Brasília/DFTels.: (61) 3315-7790 / 3315-7794Site: http://editora.saude.gov.brE-mail: [email protected]

Equipe editorial:Normalização: Delano de Aquino SilvaRevisão: Tamires Alcântara e Tatiane SouzaDiagramação: Leonardo Gonçalves da Silva

Ficha Catalográfica____________________________________________________________________________________________________________________Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Programa Elos: construindo coletivos guia do componente escolar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2017. 99 p. : il. ISBN: 978-85-334-2505-7

1. Educação em saúde. 2. Controle de drogas. 3. Programas Nacionais de Saúde. I. Título.

CDU 614.39:613.83____________________________________________________________________________________________________________________

Catalogação na fonte – Coordenação-Geral de Documentação e Informação – Editora MS – OS 2017/0318

Título para indexação:Elos Program: Promoting Collectives

Bem-vindo(a)!

Olá! Primeiramente, gostaríamos de lhe dar as boas-vindas ao Programa Elos – Construindo Coletivos. Sabemos que apropriar-se de um método preventivo ao consumo de álcool e outras drogas, ainda recente no Brasil, e preparar-se para apoiar profissionais que o implementarão é um grande desafio, e ficamos muito felizes que você tenha se motivado a participar. Estamos certos(as) de que seu ingresso ou sua continuidade no programa contribuirá para a qualificação permanente da estratégia e para a adaptação necessária às especificidades de seu território.

O Programa foca a aprendizagem de habilidades fundamentais tanto na vida escolar quanto fora dela, e, por meio da construção de coletivos, oferece aos(às) educandos(as) de 6 a 10 anos a oportunidade de estabelecerem relações mais positivas, produtivas e harmônicas com seus pares e adultos de referência nos contextos escolar e familiar.

No que concerne ao contexto escolar, muitos estudos demonstram que a qualidade das interações em sala de aula e a consequente redução de episódios de agressão são fatores importantes de proteção para as crianças, sendo um de seus efeitos a expressiva contribuição para a redução dos problemas relacionados ao consumo drogas na adolescência e na vida adulta. Nesse sentido, a escola é um espaço privilegiado para a realização de ações efetivas de prevenção. Entende-se, assim, que a construção de coletivos – espaços em que as singularidades possam ser expressadas, respeitadas e potencializadas de modo a contribuir para o bem-estar do grupo – é tarefa importante, que desafia educadores e teóricos da educação, bem como mobiliza pais e comunidade. E é como um conjunto de estratégias de apoio ao educador e à educadora, a pais e responsáveis, para o fomento às interações participativas e solidárias e, ao mesmo tempo, para a mediação de conflitos, que o Programa Elos – Construindo Coletivos é ofertado.

Nas turmas em que foi aplicado, observou-se aumento significativo nos níveis de cooperação entre educandos e educandas e maior envolvimento e motivação das turmas nas atividades propostas pelos(as) educadores(as), melhorando, assim, a qualidade das interações no cotidiano escolar, apontando para a possibilidade de redução de desgastes no processo de trabalho em educação e do adoecimento. Para as famílias participantes do Componente Familiar do programa, observou-se o fortalecimento de vínculos familiares, o desenvolvimento de habilidades interpessoais importantes e protetivas às crianças, a aproximação entre famílias, comunidade e escola e, ainda, o fortalecimento de ações intersetoriais entre Educação e Saúde nos territórios. Esperamos que você possa encontrar neste programa um instrumento útil e transformador à sua prática. Estas são nossas expectativa e meta.

Gostaríamos de destacar que, embora o projeto no qual você ingressa como parte da equipe já tenha uma história e trajetória de adaptações e melhorias, convidamos você a participar dessa caminhada conosco. Suas sugestões serão sempre muito bem-vindas!

Boa leitura e bom trabalho!

Este guia organiza o processo de implementação do Componente Escolar e apresenta diretrizes norteadoras para as atividades de profissionais implementadores, com textos de aprofundamento, exercícios de estudo e roteiros para cada momento do processo. É fundamental que todos se apropriem dos passos de implementação previstos.

Agradecimentos

A construção deste manual contou com o apoio, a parceria e a dedicação de muitos atores, sem os quais este trabalho não seria possível.

Agradecemos aos diretores, coordenadores pedagógicos e professores das escolas Professor Monteiro de Moraes, Escola Municipal João Hipolyto de Azevedo, Emeif Belarmina Campos e Cmes Aida Santos, de Fortaleza/CE; Escola Municipal Professor Anibal Moura e Escola Municipal Arnaldo de Barros, de João Pessoa/PB; Emef Celso Daniel, Emeb Florestan Fernandes, Emeb Marineida Meneghelli de Lucca, de São Bernardo do Campo/SP; Emef Vinícius de Moraes, Emef Aracy De Abreu Pestana, Emeb Jorge Amado e Emeb Darcy Ribeiro, de Taboão da Serra/SP; Emef José de Alcântara Machado Filho, Emef Vinícius de Moraes, Emef Emilio Ribas, Emef Humberto de Campos, Emef Julio De Grammont, Emef Vilanova Artigas, Arq., Emef Henrique Mélega, Emef Dirce Genésio Dos Santos e Emef Alvares De Azevedo, de São Paulo/SP; EBM Herondina Medeiros Zeferino, EBM Mâncio Costa e EBM Dilma Lúcia dos Santos, de Florianópolis/SC; Emeb Profa Maria Emília Rocha, Emeb Faustina da Luz Patrício, Emeb João Paulo I, Emeb Manoel Rufino Francisco, Emeb Padre Paulo Herdt, Emeb Profa Maria Emília Rocha, Emeb São Judas Tadeu e E.E.B. Sagrado Coração de Jesus, de Tubarão/SC; e Emef Julia Amaral di Lenna, de Curitiba/PR, por aceitarem o desafio de levar o Programa Elos às suas escolas e salas de aula e pelas suas contribuições para a melhoria do programa.

A todos os técnicos das redes municipais e estaduais de Saúde e Educação, que exerceram o papel de apoiadores locais e, com seu envolvimento e sua dedicação, tornaram possível a ampliação do alcance do programa, bem como sua qualificação.

A todas as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e de Saúde, gestores locais, Diretorias de Ensino Fundamental, articuladores do Programa Saúde na Escola (PSE), coordenadores das Ações de Saúde Escolar; Diretorias Regionais de Educação; diretores e assessores de Divisão Técnica de Programas Especiais e supervisores escolares das cidades de Florianópolis/SC, Tubarão/SC, São Bernardo do Campo/SP, São Paulo/SP, Taboão da Serra/SP, Curitiba/PR, Fortaleza/CE, Juazeiro do Norte/CE, Barbalha/CE, Iguatu/CE, Crateús/CE, Quixeramobim/CE, Camocim/CE, Tianguá/CE, Aracati/CE, Caucaia/CE e João Pessoa/PB, pela articulação e apoio na implementação do programa nos municípios.

Ao Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), pela parceria.

Às pesquisadoras Daniela Ribeiro Schneider (UFSC) e Zila van der Meer Sanchez (Unifesp) e suas equipes, responsáveis pela avaliação do processo de implementação do Programa Preventivo.

Às pesquisadoras e especialistas do programa, Gail G. Chan, Anja Kurki e Jeanne M. Poduska, do American Institutes for Research (AIR), pelo apoio em todas as etapas de implementação.

À equipe técnica da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas, do Ministério da Saúde (CGMAD – MS), e da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, do Ministério da Justiça (SENAD – MJ).

Todos esses profissionais atuaram diretamente na implementação do Programa nos anos de 2013, 2014 e 2015.

Recebam nosso agradecimento pela valiosa colaboração, pelas sugestões de adaptações nos materiais, pelo empenho, comprometimento e esforço.

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Sumário

INTRODUÇÃO 07 Educação, Saúde e Cidadania: contribuições do Programa Elos 07

Coletivos na constituição de sujeito e sociedade 07 Jogos cooperativos e processos de aprendizagem 08

PAPEL DO(A) FACILITADOR(A) INTERSETORIAL 10 Quem é quem 10 Atribuições gerais do(a) facilitador(a) intersetorial 10 Monitoramento: análise de processos e resultados 11 Rotina de trabalho do Componente Escolar 13 Sobre a função de coordenar grupos 14

FAMILIARIZAÇÃO 21 Entre a formação e o 1º grupo de estudo 21 1º grupo de estudo 25 1ª visita em sala de aula 25 2º grupo de estudo 26 2ª visita em sala de aula 30

CONSOLIDAÇÃO 31 3ª visita em sala de aula 32 3º grupo de estudo 33 4ª visita em sala de aula 36 4º grupo de estudo 37 5ª visita em sala de aula 43 5º grupo de estudo 44

CRIAÇÃO 47 6º grupo de estudo 47 6ª visita em sala de aula 44 7º grupo de estudo 54

REFERÊNCIAS 59 APÊNDICE – CADERNO DE INSTRUMENTOS 61

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Introdução a Alguns Fundamentos do Programa

Educação, SaúdE E cidadania: contribuiçõES do Programa EloS

Com inspiração nos eixos estruturantes do “Programa Elos” “Educação, Saúde e Cidadania”, entendemos que este programa traz aos(às) educandos(as) que dele participam contribuições importantes às suas formações humana, sociopolítica e psicopedagógica. Ainda que entre os principais horizontes buscados pelo método proposto esteja a prevenção ao uso problemático de substâncias psicoativas, entendemos que este fenômeno está vinculado ao desenvolvimento e à formação global do indivíduo; bem como a determinados ideais de “mundo” e “sociedade”.

Percebemos, assim, o desafio de buscar uma pedagogia que contemple a formação de sujeitos coletivos em todas as suas dimensões, desenvolvendo competências cognitivas, afetivas e sociais, bem como valores transformadores. Nossa aposta, pautada em anos de pesquisas e experiências em prevenção ao uso problemático de drogas, é que oferecer condições promissoras a essas direções muito provavelmente age como proteção aos indivíduos de desfechos negativos em saúde mental na juventude e na idade adulta.

É possível, pois, sistematizar as áreas de atuação do Programa Elos relacionando-as aos grandes temas transversais que abarca. São propostos os seguintes eixos estruturantes:

TRANSVERSALIDADE DOS PRINCÍPIOS DO PROGRAMA, COM BASE EM SUAS ESTRATÉGIAS

DE INTERVENÇÃO

• Desenvolvimento Cognitivo• Solidariedade (Ética da Cooperação)• Empatia e Respeito à Diversidade• Autonomia• Assertividade

colEtivoS na conStituição dE SujEito E SociEdadE

O Programa Elos apresenta, já em seu nome, a expressão “construindo coletivos”, que explicita um dos paradigmas que fundamentam sua proposta de atuação: o alicerce no princípio da formação de grupo. A perspectiva teórica que subsidia o programa em relação ao entendimento e ao investimento em “coletivos” é bastante ampla e diversificada. Dessa forma, indicamos

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aqui nuances do que está sendo considerado no Programa Elos como formação de grupo ou construção de coletivos. Partimos da configuração social do contexto vivido e de como cada indivíduo compõe esse social em seu entrecruzamento. É este entrelaçar que consideramos a construção do coletivo, aqui entendido como a relação entre diferentes pessoas pertencentes a um determinado contexto social, em que os integrantes se reúnem a partir de um mesmo objetivo comum, tendo em vista o interesse de todos.

Autores como Vygostski (1995), Piaget (1970) e Skinner (1974) reconhecem a importância da relação entre indivíduo e ambiente para o desenvolvimento humano – embora expliquem essa relação a partir de processos diferentes. Família e escola são instâncias que promovem a socialização da criança, e é nesses ambientes que estas necessitam aprender a se expressar, consultar, questionar, agir, planificar, estabelecer compromissos e compartilhar tarefas e regras que visam garantir a convivência coletiva de forma autônoma e cooperativa. Para tanto, é necessário que o indivíduo em formação esteja interagindo no cerne do grupo e, assim, desenvolva todas as suas potencialidades enquanto ser social parte de uma cultura.

É a partir dessa concepção que o Programa Elos – Construindo Coletivos é desenvolvido. E é a começar pelos acordos e princípios norteadores da vivência do Jogo que se vislumbra, em sala de aula, a construção de habilidades referentes à formação do grupo, como uma microesfera do social mais amplo, capaz de proporcionar à criança aprendizagens significativas referentes ao convívio pacífico/harmonioso, à cooperação e à autonomia.

Já é consenso na comunidade escolar brasileira que o trabalho pedagógico alicerçado no grupo traz mais benefícios aos(às) educandos(as), à medida que estes(as) se desenvolvem ainda mais significativamente quando parte de um ambiente de construção coletiva do conhecimento em que “uns ajudam os outros”. Essa interação mostra benefícios localmente, como na atenuação dos conflitos que podem ser mediados e até solucionados pelos(as) mesmos(as) educandos(as). Mas, para além dessa esfera, pode também beneficiar o contexto macrossocial: o conhecimento construído enquanto coletivo produz um saber que extrapola o contexto escolar e promove mudanças efetivas no que diz respeito à cidadania desses sujeitos como agentes de transformação da sociedade.

jogoS cooPErativoS E ProcESSoS dE aPrEndizagEm

Uma importante fundamentação em que se alicerça o Programa Elos – Construindo Coletivos consiste na proposição acerca da grande relevância da utilização de jogos cooperativos em processos de aprendizagem. É desse entendimento que parte a proposta de que o programa que é apresentado neste guia, com fins ao desenvolvimento de interações de proteção em lugar a interações de risco, seja oferecido às crianças de 6 a 10 anos em formato de brincadeira coletiva, da qual participam todas as crianças da turma, organizadas em grupos.

De acordo com a pesquisadora Constance Kamii, os jogos têm vantagens sobre outras formas de ensinar, sendo a primeira delas a motivação das crianças. Diferentemente de quando preenchem uma folha de exercícios, que atende às necessidades do(a) educador(a) de identificar os aprendizados de seus(suas) alunos(as), ao jogarem um jogo as crianças agem orientadas por sua própria satisfação.

A utilização de jogos cooperativos nos processos de ensino e aprendizagem para a faixa etária atendida pelo programa é pautada nas proposições de Piaget (1969), uma vez que esse momento do desenvolvimento infantil coincide com o período de Operações Concretas, sistematizado pelo autor. A partir desta etapa, o pensamento da criança evolui para situações cada vez mais concretas e sua linguagem se torna mais ampla, passando de egocêntrica para socializada. A criança, então, começa a utilizar operações lógicas que configuram um sistema de relações

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capaz de coordenar pontos de vista entre si.

Tornando-se capaz de pensar de maneira socializada, a criança passa a brincar com o outro, não mais ao lado do outro. Enquanto em estágios anteriores do desenvolvimento infantil, as brincadeiras envolviam atividades de prazer funcional (Jogos de Exercícios, e de representação de um objeto ausente ou de simulação funcional), nos Jogos Simbólicos, pensar por meio de operações concretas possibilita que a criança participe de atividades em que consegue brincar com as outras obedecendo às regras comuns. Estes são os Jogos de Regras.

Esse tipo de interação social infantil é configurado por combinados criados por quem inventa o jogo ou por seus componentes, os quais os(as) jogadores(as) aceitam livremente. As regras, nesse contexto, cumprem a função de organizar o grupo e igualar os direitos de cada um. Assim, a regularidade do jogo deve ser levada em consideração por todos(as) os(as) participantes, sendo a transgressão das regras percebida por eles(as) como falta grave que perturba o sentido do jogo.

Assim, à medida que os ambientes e os contextos em que a criança cresce oferecem as condições para seu desenvolvimento, seu curso caminha rumo à diminuição do egocentrismo. A criança adquire a capacidade de realmente cooperar, isto é, operar em conjunto; consegue coordenar suas atividades com as das outras crianças e conversar, admitindo e entendendo o ponto de vista dos outros. A proposição de uma brincadeira como o Programa Elos, que torne lúdico e envolvente o compromisso com regras de convivência em coletivos, com efeitos em prol do grupo, portanto, age em duas direções: (a) como arranjo de condições para o desenvolvimento e a prática de operações concretas pelas crianças; e (b) como forma de favorecer que tais operações sejam utilizadas levando em consideração o bem comum do grupo do qual fazem parte em suas turmas.

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Papel do(a) Facilitador(a) Intersetorial

QuEm é QuEm

Facilitador(a) intersetorial:

a) Da Educação: profissional da rede pública de ensino, em atuação como coordenador(a)pedagógico(a)daescola,educador(a)dassériesiniciaisdoensinofundamentalIouemoutrocargonaunidadeescolarparticipante;ou,ainda,profissionaltécnico(a)daSecretariaMunicipalouEstadualdeEducação,comdisponibilidadedehorasparaoexercíciodafunção.

b) DaSaúde:profissionaldaredepúblicadesaúde,preferencialmentedosserviçosdaAtençãoBásica que são referência territorial para as escolas participantes do programa, comdisponibilidadedehorasparaoexercíciodafunção.

atribuiçõES gEraiS do(a) Facilitador(a) intErSEtorial

• Participar das formações conduzidas por formador(a) local no Componente Escolar e do Componente Familiar.

• Atuar como ponto focal institucional do Programa.

NoComponenteEscolar:

• Apoiar o processo de implementação do Programa Elos em sala de aula em suas diversas etapas, facilitando o compartilhamento das dificuldades e potencialidades da execução do Programa por cada educador(a).

• Fomentar a autonomia dos(as) educadores(as) de forma que o coletivo de profissionais se fortaleça e encontre soluções comuns e viáveis para lidar com as especificidades locais.

• Realizar a organização logística dos grupos de estudo com os(as) educadores(as) .

• Fomentar e mediar a discussão e a análise compartilhada de dados dos instrumentos de monitoramento\fidelidade nos grupos de estudo.

• Mediar a comunicação a distância entre educadores(as) e formador(a) local.

• Estabelecer e manter a articulação permanente com a Direção e a Coordenação Pedagógica da escola, da gestão e a equipe de saúde do território, fomentando o engajamento de todos os envolvidos no processo.

• Difundir os princípios do Programa Elos nos espaços de encontros e nas práticas cotidianas da escola e da unidade de saúde.

• Realizar visitas às salas de aula.

• Participar dos grupos de estudo.

• Registrar e organizar dados observados a partir da prática do Programa nas salas de aula, junto aos(às) educadores(as), com o apoio de instrumentos de registro disponibilizados nos materiais didáticos.

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NoComponenteFamiliar:

• Planejar e executar os três Encontros Familiares em dupla intersetorial, e com o apoio dos(as) educadores(as) (quando for viável).

• Gerenciar e apoiar as potências, acolhendo as possíveis dificuldades do processo de trabalho com cada grupo de famílias.

• Propor estratégias coletivas para lidar com os desafios e impasses da implementação.

• Estabelecer e manter a articulação permanente com a Direção e a Coordenação Pedagógica da escola e com a gestão e a equipe do equipamento de saúde de referência do território, fomentando o engajamento de todos os envolvidos no processo.

• Registrar e organizar dados observados a partir da prática dos Encontros Familiares, com o apoio dos instrumentos de registro disponibilizados no material didático.

monitoramEnto: análiSE dE ProcESSoS E rESultadoS

Para viabilizar análises de processos e resultados obtidos pelo Programa Elos ao longo de sua condução e após finalização do trabalho temos alguns instrumentos que auxiliam educador(a) e facilitador(a) na implementação do programa. Seus preenchimentos servem como guia à implementação e para a autoavaliação da condução do jogo por parte do(a) educador(a). As informações neles registradas podem ser sistematizadas ao final e/ou ao longo da implementação, gerando dados sobre sua fidelidade e impactos.

Apresentação dos instrumentos de monitoramento e fidelidade

a) RegistrodePlanejamentodeJogoouObservaçãoElos

Finalidade: registrar o planejamento de cada jogo ou Observação Elos (momentos em que as interações das crianças são observadas em situação semelhante aos jogos, porém, sem mediação do(a) educador(a), possibilitando a visualização do comprometimento da turma com os acordos de convívio coletivo e com as tarefas escolares).

Quando utilizar: o uso do instrumento difere entre educador(a) e facilitador(a). O(A) educador(a) preenche antes de todos os jogos e as observações que conduzir. O(a) facilitador(a), por sua vez, preenche previamente todas as observações (de jogos ou Observações Elos) que fizer nas salas de aula, solicitando estas informações ao(à) educador(a).

Quem preenche: educador(a) e facilitador(a).

b) RegistrodePontuaçãodeJogoouObservaçãoElos

Finalidade: embasar análise do desenvolvimento da turma e do manejo do(a) educador(a) em relação ao jogo, por meio de registro das quebras de acordos de cada jogo ou Observação Elos.

Quando utilizar: as informações preenchidas no Registro de Pontuação (RP) pelo(a) educador(a) e facilitador(a) serão as mesmas. Entretanto, para a garantia de análise processual do desenvolvimento da turma e manejo do(a) educador(a), é importante realizar os registros pelo menos em momentos específicos da implementação. O Quadro 1, a seguir, aponta os momentos essenciais em que os Registros de Pontuação devem ser preenchidos. Quando acharem importante, realizem mais preenchimentos do que o indicado. Abaixo de cada momento, preencham a data referente à sua execução.

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Quadro1:MomentosdepreenchimentodosRegistrosdePontuaçãoemcadaetapadeimplementação

Familiarização Consolidação Criação

Momentos para realização do Registro de Pontuação

1ª Observação Elos 1º Jogo Último Jogo da Consolidação

2ª Observação Elos

1º Jogo da Criação

Data de execução Data: Data: Data: Data: Data:

Quem preenche os Registros de Pontuação: educador(a) e facilitador(a).

Nota: Observem que, na página 27 do Guia do(a) Educador(a), a Seção 2 indica o início do preenchimento do gráfico. Vocês têm a opção de preenchê-lo ao final da implementação do Programa, como via de sistematização e análise das informações do Registro de Pontuação e da Tabela 1.

Importante!O uso sistemático dos Registros de Pontuação possibilitará a análise de vários aspectos do jogo, incluindo:

• Clarezaeadequaçãodosacordos: cada turma aprende de maneira distinta os acordos do jogo e a relevância desses acordos em diferentes contextos. A frequência de quebras de acordos ajuda a avaliar a clareza com que eles foram ensinados e a adequação deles à atividade proposta e à turma.

• Adequaçãodasatividadespropostas: outro fator que interfere no desempenho da turma é a adequação das atividades propostas em relação às características dos comportamentos dos(as) educandos(as) e os acordos propostos. Por meio da análise dos tipos e da frequência de quebras de acordo, será possível avaliar se o jogo planejado contempla a diversidade da turma e se as interações previstas são possíveis de acontecer com o arranjo da tarefa proposta.

• Pertinênciadasequipes: a distribuição dos(as) educandos(as) em equipes é crucial em relação ao modo de as crianças interagirem e se engajarem nos combinados. Para observar a adequação das equipes, alguns aspectos relevantes são: se elas estão equilibradas entre si, se estão conseguindo apoiar-se mutuamente na realização das atividades, se a diversidade da equipe tem colaborado para um movimento dos papéis de cada aluno na equipe. As quebras de acordos são indicativo dessa adequação.

• Avançonoentendimentodosacordos: à medida que os(as) educandos(as) se familiarizam com o jogo, espera-se que seu entendimento e engajamento no atendimento aos acordos aumentem. É importante observar se a turma está conseguindo compreender melhor os acordos (o que pode ser percebido, entre outras coisas, pela redução gradual do número de acordos quebrados), e se ela está conseguindo incorporá-las em situações cada vez mais complexas (por exemplo, compreendendo que diferentes situações pedem diferentes combinados relativos aos acordos).

• Se está havendo uma incorporação dos acordos fora do espaço do jogo: os resultados das Observações Elos aplicadas sistematicamente são dados muito úteis para verificar, por exemplo, se as crianças estão apenas seguindo os acordos para ganhar o jogo ou se estão tornando-se modos naturais de interagir entre si.

c) QuestionáriodeFidelidadedasObservaçõesElos

Finalidade: oferecer indicadores a respeito de como implementar com fidelidade as Observações Elos. Funciona como guia para a discussão do grupo de estudo realizado entre educadores(as) e facilitadores(as).

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Quando aplicar: ao final de cada visita em sala de aula, quando são conduzidas Observações Elos.

Quem preenche: facilitador(a), de preferência em parceria com o educador(a).

d) QuestionáriodeFidelidadenaFamiliarização

Finalidade: oferecer indicadores a respeito de como implementar com fidelidade a etapa Familiarização. Seus tópicos devem apoiar a discussão dos grupos de estudo.

Quando aplicar: no encerramento da Familiarização.

Quem preenche: facilitador(a), de preferência em parceria com o educador(a).

e) Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação

Finalidade: oferecer indicadores a respeito de como implementar com fidelidade as etapas Consolidação e Criação. Seus tópicos devem apoiar a discussão dos grupos de estudo.

Quando aplicar: ao final de cada visita às salas de aula, durante as etapas de Consolidação e Criação.

Quem preenche: facilitador(a), de preferência em parceria com o educador(a).

Importante!Os Questionários de Fidelidade são todos acompanhados de uma seção de Descrição dos Indicadores de Fidelidade listados em cada questionário. É fundamental que vocês se familiarizem e se apropriem dessas descrições, uma vez que apresentam os critérios de avaliação da adequação ou não do exercício de condução de Jogos e Observações Elos para a obtenção dos resultados esperados.

rotina dE trabalho do comPonEntE EScolar

VisitaemsaladeaulaOqueé:

• Acompanhamento e registro dos passos da implementação em sala de aula, considerando os itens de fidelidade.• As visitas duram, em média, 30 minutos ou o tempo da atividade a ser observada.• Este acompanhamento próximo oferece mais recursos para a reflexão coletiva sobre os passos implementados e para o aprofundamento dos fundamentos do Programa.

Quando realizar:• Uma vez por mês.

Quem realiza:• Facilitadores(as), ao longo de toda a implementação.

Como realizar:• Para realizar o registro da fidelidade da execução, o(a) observador(a) terá como apoio os instrumentos de fidelidade disponibilizados ao final deste documento.

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Grupos de EstudoOqueé:

• Encontros mensais com presença de educadores(as) e facilitadores(as) que implementam o Programa Elos na escola para aprofundamento dos fundamentos do programa e compartilhamento de questões relevantes relacionadas à execução dos passos.• O grupo de estudo é um dispositivo muito importante para garantia da fidelidade do Programa, pois configura-se como espaço de trocas e produções direcionado a questões específicas dele.• Cada encontro do grupo de estudo terá duração aproximada de 1 hora e 30 minutos.

Quando realizar:• Quinzenalmente na Familiarização.• Mensalmente na Consolidação e Criação.

Quem realiza:• Sugere-se que papéis de registro, coordenação de pautas (ver texto sobre a função de coordenar grupos, ao final deste tópico) e manejo de tempo sejam alternados entre participantes a cada encontro.• O(a) facilitador(a) será o ponto focal para compartilhar os registros com o(a) formador(a) local.

Como realizar:• O tema de cada grupo de estudo dependerá dos passos da implementação a serem tratados. Ao longo deste material, vocês contarão com indicações de temas e textos de aprofundamento referentes aos grupos de estudo. Embora haja variação de temas, vale destacar os elementos comuns a esse momento:• Análise dos jogos e/ou observações realizadas nas salas, a partir dos formulários de fidelidade.• Em cada encontro do grupo de estudo, os(as) participantes elaborarão um produto a ser compartilhado com o(a) formador(a) local, que poderá ser: a) uma questão relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos; b) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa. O objetivo desta tarefa é oportunizar discussões das vivências no Programa Elos que favoreçam a apropriação da metodologia e sirvam como base para exercícios reflexivos nos encontros com os Formadores Locais.

SobrE a Função dE coordEnar gruPoS

Durante os grupos de estudo, a função de coordenador de grupo estará centrada no coordenador de pautas. Pela complexidade, e pelo potencial do trabalho em grupo, propomos algumas sugestões quanto às características do(a) coordenador(a) do grupo e aos cuidados durante as atividades exercidas, pois ele deve garantir que o trabalho se desenvolva e que os participantes se sintam à vontade em contribuir para o processo.

David Zimerman propõe uma série de atributos que considera desejáveis ao(à) coordenador(a) de grupos (Zimerman et al., 1997). Elaboramos algumas orientações, com base nos apontamentos de Zimerman, que devem nortear a atuação do coordenador(a), tornando-o(a) atento às possíveis formas de cuidar de um grupo e de colocar cada integrante em um movimento único ao do grupo:

• Seja coerente, incongruências sistemáticas podem abalar a confiança do grupo em você.

• Seja ético(a), além de manter o sigilo, isto inclui jamais impor seus valores e suas expectativas ao grupo.

• Respeite as características dos participantes, não rotule nem alimente preconceitos.

• Seja paciente, isto não significa passividade ou resignação, mas uma “atitude ativa”, dando aos participantes o tempo necessário para adquirirem confiança e respeitando seus ritmos.

• Seja capaz de acolher e conter as necessidades e as angústias dos membros do grupo.

Pa

Pe

l d

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l

15

• Tenha autocontrole, contenha suas angústias.

• Perceba se os participantes são capazes de pensar (sobre?) as ideias, os sentimentos e as posições que são verbalizadas. Fique atento(a) à sua comunicação não verbal, utilize-a para reafirmar uma postura acolhedora e segura diante do grupo.

• Seja empático(a). Esta empatia se refere à capacidade de se colocar no lugar de cada um do grupo e entrar no clima grupal.

• Cultive sua capacidade de síntese e integração. Procure “extrair um denominador comum entre as inúmeras comunicações provindas das pessoas do grupo” (Zimerman, 1997, p. 46). A habilidade de sintetizar vai além de simplesmente resumir ou ligar de outro modo os mesmos elementos, ela possibilita integração de opostos e contribui para a harmonia do grupo.

Esta lista pode assustar em um primeiro momento, mas a proposta de inseri-la aqui é contribuir com possíveis dificuldades que surjam no processo junto aos grupos. Cabe ao(à) coordenador(a) a preocupação com o espaço e o tempo de trabalho; a garantia de oportunidade de fala e de dúvida; o estabelecimento de um clima de confiança e respeito; além dos encaminhamentos necessários para garantir o trabalho do grupo.

Implementação

O quadro a seguir apresenta uma síntese das atividades a serem realizadas em cada ciclo de implementação do Componente Escolar do Programa Elos: Familiarização, Consolidação e Criação. Você pode utilizá-la como orientador para planejar seus estudos e passos durante todo o processo, registrando as datas para cada atividade.

16

Quadro2–Visitasegrup

osdeestudo

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entação

1ªEtapadeImplem

entação:Fam

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1ª O

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___

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o

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____

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25

e 26

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o 2º

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____

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2ª v

isita

em

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au

la (p

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litad

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____

____

_

Con

tinua

17

2ªEtapadeImplem

entação:Con

solidação

Pro

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Elo

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35

min

.

Faci

litad

or(a

) ou

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____

____

____

___

3º g

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34

e 35

)

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15

min

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min

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4ª v

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36

e 37

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4ª g

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min

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___

5ª v

isita

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____

___

Con

tinua

Con

tinua

ção

18

2ªEtapadeImplem

entação:Con

solidação

5ª g

rupo

de

estu

do(p

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45

e 46

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min

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min

.

1h25

Ele

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____

____

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3ªEtapadeImplem

entação:Cria

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ção

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in.

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ente

em

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; 15

min

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; 15

min

.e)

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ento

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aula

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cutir

que

stão

do

grup

o pa

ra c

ompa

rtilh

amen

to c

om o

(a) f

orm

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loca

l; 10

min

.

1h30

Ele

ger c

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enad

or d

o do

grup

o de

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udo

____

____

____

___

6ª v

isita

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sal

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. 49

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a) A

com

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ar a

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cand

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cess

idad

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poio

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cada

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or(a

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____

____

____

_

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rupo

de

estu

do(p

ágs.

54

a 56

)

a) S

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mat

izaç

ão d

os re

gist

ros

das

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ras

de a

cord

os d

as tu

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; 15

min

.b)

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lise

cole

tiva

dos

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ctos

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prog

ram

a em

cad

a tu

rma;

50

min

.c)

Pla

neja

r com

unic

ação

par

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equ

ipam

ento

de

saúd

e de

refe

rênc

ia

sobr

e os

impa

ctos

do

prog

ram

a; 1

5 m

in.

1h25

Ele

ger c

oord

enad

or d

o 7º

gr

upo

de e

stud

o__

____

____

____

_

Con

clus

ão

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enta

ção.

Quadro3–Pa

ssosdoCom

ponenteEs

colarp

orCiclodeImplem

entação

PASS

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15 –

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2 –

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s E

los

8 –

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s pa

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con

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o do

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3 –

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lizar

a 1

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bser

vaçã

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los

9 –

Inst

ruçõ

es e

boa

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unic

ação

16 –

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s au

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4 –

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10 –

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ento

5 –

Apr

esen

taçã

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11 –

Pla

neja

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olut

ivas

Oop

s!

17 –

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liar a

s m

udan

ças

na tu

rma

6 –

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stru

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iden

tidad

e da

s eq

uipe

s

12 –

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parti

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s co

m a

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a

13 –

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o jo

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m o

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turm

a

14 –

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lizar

a 2

ª O

bser

vaçã

o E

los

Impo

rtante!

Toda

s as

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em s

ala

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o m

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gru

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stud

o se

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inzenaissom

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ês d

e im

plem

enta

ção

e mensaisnosseguintes

.

19

20

Fam

ilia

riz

ão

21

Familiarização

ENTREAFORMAÇÃOEO1°gRuPODEESTuDO

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 2 – Formar as Equipes Elos.

PROgRAMA:

a) Organizarcronogramadevisitas;15min.b) DestacarPassos2e3,aseremtrabalhadosna1ªvisita;5min.

ORIENTAÇÕES:a) Organizarcronogramadetrabalho

• Checar datas do Cronograma de Grupos de Estudo e Visitas em Sala de Aula (págs. 16 a 18), organizado coletivamente com os demais implementadores durante a formação.

b) ImplementaçãodosPassos2e3• Passo 2: Checar o mapeamento de interações da turma e concluir a formação das equipes Elos

(Guia do(a) Educador(a) – pág. 19).

• Passo 3: leitura e planejamento da 1ª Observação Elos, incluindo os instrumentos de Planejamento da Observação e de Registro de Pontuação (Guia do(a) Educador(a) – pág. 25).

• Os Passos 2 e 3 serão discutidos no 1º grupo de estudo.

1ºgRuPODEESTuDOE1ªVISITAEMSALADEAuLA

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 2 – Formar as equipes Elos.

• Passo 3 – Realizar a 1ª Observação Elos.

1º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:a) Aberturadogrupodeestudo;5min.b) Análisedasetapasdeimplementaçãoecronogramadeacompanhamento;10min.c) CompartilhamentodedúvidasediscussãodoPasso2(FormarEquipesElos);25min.d) CompartilhamentodedúvidaseplanejamentodoPasso3(Realizara1ªObservaçãoElos);35min.e) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local;10min.

O programa deve ser apresentado logo no início do encontro.

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ORIENTAÇÕES:

a) Aberturadogrupodeestudo–conduzidapelo(a)coordenador(a)depautasdesseencontro(5min.)

Utilizem esse momento para exercitar elementos de aproximação entre vocês.

Algumas perguntas disparadoras podem ajudar a iniciar a conversa:

• O que o(a) levou a participar do Programa?

• Qual é seu principal objetivo com o Elos?

• Quais são as suas expectativas em relação ao Programa?

• Quão motivado(a) está para participar?

b) Análise das etapas de implementação e cronograma deacompanhamento(10min.)

• Revejam os passos previstos para a implementação apresentados pela tabela da página 19.

• Definam qual será a rotina de trabalho de vocês para realizarem a 1ª visita em sala de aula em uma semana, e em duas semanas mais um grupo de estudo. Durante as etapas seguintes, tanto as visitas em sala de aula quanto os grupos de estudo serão mensais.

c) CompartilhamentodedúvidasediscussãodoPasso2–Formar

equipesElos(25min.) • Discutam e compartilhem questões a respeito da importância dos critérios

de formação de equipes e da definição de guardiões(ãs). O objetivo deste momento é sanar dúvidas e assinalar a importância de este passo ser realizado conforme as orientações descritas no Guia do(a) Educador(a) (pág. 19 a 24)

• No box “É importante saber” – pág. 20 do Guia do(a) Educador(a) –, há esclarecimentos sobre a definição de comportamento utilizada pelo programa.

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APROFuNDAMENTO–Sobreasinterações

Cabe ressaltar que interações “agressivas”, “retraídas”, “dispersas” ou outras são consequências de dificuldades anteriores. Apresentar com frequência algum ou alguns desses “tipos” de interação significa, na realidade, que a criança necessita de apoio para o desenvolvimento de habilidades de vida, cuja falta já lhe traz ou trará prejuízos ao longo da vida. Por exemplo:

• Interações “agressivas” comunicam que a criança necessita de apoio para lidar e controlar suas emoções.

• Interações de “dispersão” comunicam a necessidade de apoio para o desenvolvimento de atenção, concentração e foco.

• Interações “tímidas ou retraídas”, por sua vez, comunicam a necessidade de maior desenvolvimento de habilidades sociais.

Além das lacunas que essas interações denotam, elas se mantêm à medida que encontram elementos nos ambientes sociais que as fortalecem. Interações disruptivas das crianças, por exemplo, têm sempre algum impacto no ambiente em que são apresentadas. Esse impacto, indiretamente, comunica algo a quem as apresentou, conferindo-lhes mais ou menos força.

Vamos imaginar uma cena: uma criança faz algo pouco seguro ou desrespeitoso (como balançar numa cadeira, correr pela sala ou mostrar a língua para um amigo). Os(as) colegas da sala acham graça e riem, enquanto o(a) educador(a) fala ou grita extensivamente pedindo que a criança pare e explica as razões para fazê-lo. Alguns(mas) educadores(as) chegam a correr atrás da criança para segurá-la. Cenas como essa se repetem cotidianamente em salas de aula e, quanto mais o(a) educador(a) tenta parar a situação, mais ela se intensifica. Por que isso ocorre? Nesse exemplo, a reação de aprovação dos(as) colegas e o destaque conferido pelo(a) educador(a) comunicaram à criança que ela está recebendo a atenção de todos. É muito comum que essa atenção, mesmo em formato de repreensão, não seja alcançada em outros ambientes e, por isso, tenha valor ainda superior à criança. Assim, na intenção de comunicar os prejuízos daquela interação ao contexto de sala de aula, o(a) educador(a) acabou por comunicar que, por meio dela, a criança alcançará algo que lhe é de valor. Ou seja, quando damos muita ênfase (ainda que negativa) para alguma interação, encorajamos que ela continue. No Programa Elos, evitamos esse tipo de confrontação, pois acreditamos que ela só tende a agravar a situação.

Compreender fatores que determinam e fatores que fortalecem interações indesejadas no contexto de sala de aula por conta dos prejuízos que trazem ao coletivo permite ao(à) educador(a) compreender melhor a utilidade do mapeamento das interações de cada criança: não para fornecer um retrato “estanque” de como cada educando(a) é, mas de como cada um(a) está. Esse conhecimento é de muito valor para que se possa oferecer condições à aprendizagem de cada um(a), de acordo com as necessidades pessoais – não apenas coletivas. Em outras palavras, para que se possa exercitar a alteridade e a aceitação de cada educando e educanda, considerando suas dificuldades e potencialidades.

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APROFuNDAMENTO–Afunçãodos(as)guardiões(ãs)

• O papel de guardião/guardiã NÃO é um papel de liderança; NÃO é um papel de representação; e NÃO é um papel de monitoramento dos colegas.

• A finalidade deste papel está relacionada à necessidade de atentarmos às crianças que interagem menos com as demais, garantindo sua participação no Programa. Estas crianças costumam manifestar-se menos e talvez recebam menos atenção de adultos e de colegas. Assim, esse papel tem a função específica de favorecer a interação dessa criança com sua equipe.

• O importante é oferecer oportunidades para que o(a) guardião(ã) possa ocupar uma posição diferente da costumeira na interação com os demais colegas da sua equipe e, assim, criar novos repertórios comportamentais que favoreçam a comunicação e a troca.

Cuidadosaobservarnaescolhadeguardiões(ãs)pelo(a)educador(a):

Na escolha dos(as) guardiões(ãs) não aponte o retraimento como razão. Destacar a inibição social pode causar constrangimento e, inclusive, a recusa das crianças em desempenhar a função.

• Você, educador(a), é quem conhece os critérios para identificar quais crianças terão mais benefícios ao serem guardiãs. Esta não deve ser uma decisão compartilhada com a turma, tem sua razão de ser e está a serviço do melhor desenvolvimento das crianças. Sinta-se seguro(a) com sua decisão.

• Na planilha de Definição de Equipes, na página anterior, faça algum destaque ao nome das crianças que exercerão o papel de guardiãs, para não correr o risco de se esquecer durante a execução dos jogos.

• Não deve haver rodízio do papel de guardião(ã). Você pode indicar outra criança somente quando avaliar que o(a) guardião(ã) atual jásebeneficiouosuficiente (por exemplo: interage mais com as outras crianças, consegue se expressar mais em sala, demonstra engajamento e participação ativa durante o jogo e em outros momentos).

O que fazer quando o(a) guardião(ã) faltar?

• Na ausência do guardião, outra criança ocupa esse lugar. O critério para a definição da criança substituta é qual criança se beneficiará mais com o exercício do papel de guardião (ou seja, a segunda criança com mais fragilidades em seu repertório social na equipe).

d) CompartilhamentodedúvidasediscussãodoPasso3–Realizara1ªObservaçãoElos (35min.)

Realizem análise coletiva do Instrumento de Planejamento da Observação e de Registro de Pontuação, bem como das características fundamentais de uma Observação Elos.

Destaques sobre a Observação Elos:

• Um planejamento bem feito serve como orientação para o(a) educador(a) e para o(a) facilitador(a) durante o tempo de observação. É necessário ter muita clareza sobre o que esperamos das interações entre as crianças durante a partida. Assim, evitaremos confusão no momento de marcar ou não uma quebra de acordo.

• É fundamental que, durante a Observação Elos, o(a) educador(a)não faça intervençãoalgumaemrelaçãoàsquebrasoumesmoaoseguimentodosAcordosElos, por mais sutil que seja, especialmente nesta primeira ocasião.

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• Para o acompanhamento da 1ª Observação de sala de aula pelo(a) facilitador(a), vale a pena checar com o(a) educador(a) como as crianças se sentem com a presença de outro adulto em sala e elaborar coletivamente estratégias para promover maior conforto a todos.

e) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local(10min.)

Discutam e elaborem, em grupo: a) uma questão a ser compartilhada com demais implementadores(as) relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos; e/ou b) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

Importante!Ao final dessa discussão, cada educador(a) deverá ter preenchido um Registro de Planejamento de Observação (pág. 69) para sua sala de aula.

1ª viSita Em Sala dE aula

Tempo total: 40 min.

PROgRAMA:

a) Familiarizar-secomadinâmicadaturma.b) Apoioaoeducador(a)naconduçãoda1ªObservaçãoElos(Passo3).c) PreencherumQuestionáriodeFidelidadedasObservaçõesElos.

ORIENTAÇÕES:

a) Familiarizar-secomadinâmicadaturma• Ao chegar, apresente-se, explique que acompanhará a turma por um tempo e que, às vezes, fará

anotações ou até mesmo gravações e registros fotográficos (se for o caso). Esclareça dúvidas, caso surjam.

• Ainda não é o momento de mencionar o programa ou o jogo.

b) Apoioao(à)educador(a)naconduçãoda1ªObservaçãoElos(30min.)

Importante!Nesta visita, você utilizará um Registro de Pontuação (pág. 69).

Para uma Observação Elos qualificada, seguem pequenas dicas ao facilitador(a):

• Sente-se ao lado do(a) educador(a), de preferência no fundo da sala.

• Relembre-o(a) sobre o tempo estipulado para a marcação.

• Tire dúvidas, caso seja necessário.

• Peça que ele(a) sinalize a você o início do tempo para a marcação para que comecem juntos.

• Registre no Registro de Pontuação quais acordos cada equipe quebra e quantas vezes o faz. Procure realizar esse registro junto ao(à) educador(a) e vá compartilhando com ele(a) os critérios que você utiliza para fazer o registro das quebras de acordos.

• Ao final da visita, verifique se houve alguma dúvida na realização da Observação Elos e combine com o(a) educador(a) que vocês analisarão juntos a pontuação da turma nessa primeira experiência com o programa.

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c) PreencherumQuestionáriodeFidelidadedasObservaçõesElos(10min.)

Ao final da Observação Elos, preencha (se possível, em conjunto com o(a) educador(a) que você acompanhou) o primeiro Questionário de Fidelidade das Observações Elos, na página 71 do Caderno de Instrumentos. Nele, você registrará os itens de fidelidade contemplados na condução do(a)educador(a). É perfeitamente esperado que tenham faltado alguns itens, mas o registro é importante para que conversem no grupo de estudo sobre como melhorar sua prática.

2ºgRuPODEESTuDOE2ªVISITAEMSALADEAuLA

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 3 – Comentários sobre a 1ª Observação Elos.

• Passo 4 – Apresentar os Acordos Elos à turma.

2º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) CompartilharRegistrosdePontuaçãoreferentesà1ªObservaçãoElosrealizadaemcadasala;25min.

b) DiscutirformaslúdicasdeapresentarosAcordosElosqueproduzamsentidoparaascrianças;25min.

c) Planejar coletivamente as atividades a serem realizadas pelos(as) educadores(as) paraapresentaçãodosAcordosElosasuasturmas;20min.

d) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local;10min.e) Orientaçõesadicionais;10min.

ORIENTAÇÕES:

a) CompartilharRegistrosdePontuaçãoreferentesà1ªObservaçãoElosrealizadaemcadasala

(25min.) • A 1ª Observação Elos completa os instrumentos de caracterização da condição inicial da turma, a partir dos

quais as estratégias do Programa Elos podem ser adaptadas às necessidades específicas das crianças e do(a) educador(a).

• A partir da execução e/ou acompanhamento da 1ª Observação Elos, iremos exercitar a prática coletiva de levantamentodehipótesesa respeito do que levou a cada uma das quebras de acordo observadas. Para o exercício desta análise, é fundamental ter em mão a Tabela de Planejamento e a Tabela de Registro de Pontuação da 1ª Observação Elos, disponibilizadas na pág. 26 do Guia do(a) Educador(a) e anexadas a este guia, com as anotações realizadas por cada um(a).

• Coletivamente, analisem predominância e ausência de quebras, levando em consideração toda a turma e cada equipe. Compartilhem hipóteses sobre os resultados da 1ª Observação e discutam brevemente encaminhamentos possíveis para darem sequência à implementação dos próximos passos.

• No box a seguir, vocês encontrarão possíveis caminhos para a realização da discussão sobre a 1ª Observação Elos, a partir de um Registro de Pontuação hipotético.

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• A coluna “Total de quebras” indica que a equipe que mais quebrou acordos durante a Observação foi

a “Destemidos”, com 16 quebras, seguida da equipe “Cachorro”, que marcou 9 quebras. Duas equipes tiveram uma quantidade de quebras apenas um pouco acima de quatro: “Dragões”, com cinco; “Tigres”, com seis. As equipes “Camaleão” e ”Araucária” quebraram apenas dois acordos cada. Assim, é possível notar que há desequilíbrio grande no comprometimento das equipes com os acordos coletivos. A respeito desse desequilíbrio é possível levantar algumas hipóteses:

1) Há uma proporção maior de crianças que apresentam um padrão de interações disruptivo nas equipes

“Destemidos” e “Cachorro”, que precisam ficar melhor distribuídas nas demais equipes.2) Nas equipes “Ben 10” e “Araucária” há uma grande quantidade de crianças que apresenta maior

compromisso com os acordos, sendo também importante melhor distribuí-las nas demais equipes.3) Grande parte das crianças das equipes “Destemidos” e “Cachorro” teve dificuldades para realizar a

atividade proposta e isso contribuiu para que tenham saído de seus lugares com tanta frequência. Isso tornaria necessário equilibrar melhor as equipes em relação ao desempenho escolar de seus integrantes, assim como propor atividades adequadas às condições de toda a turma.

• Analisar a linha “Total de quebras por acordo” oferece um panorama geral do entendimento e do compromisso de todas as equipes com cada um dos acordos. Nesse exemplo, há diferença notável, especialmente na quantidade de quebras do Acordo 3 em relação à movimentação em sala combinada para o período de realização da atividade, tendo havido 19 quebras. O Acordo 4, relacionado às ações de gentileza, também foi bastante quebrado, somando total de dez quebras. Com base nesses resultados, é possível levantar ao menos algumas hipóteses:

1) As expectativas do(a) educador(a) quanto à movimentação em sala durante a atividade (Acordo 3) e às ações de gentileza que deveriam ser apresentadas durante a atividade (Acordo 4) não foram comunicadas com clareza à turma.

2) As expectativas do(a) educador(a) em relação a quais ações de gentileza deveriam ser apresentadas durante a atividade (Acordo 4) não foram comunicadas com clareza à turma.

3) Embora ambas as expectativas tenham sido comunicadas com clareza à turma, as crianças desenvolveram um padrão de interações de disrupção bastante fortalecido pelo caráter da atividade, formação da equipe ou influência de outros aspectos externos à sala de aula que necessitam de intervenções específicas.

Esse levantamento de hipóteses caracteriza um exercício reflexivo. Não se trata de encontrar respostas, mas de apurar o olhar para o que pode estar interferindo nos padrões de interação da turma, o que envolve tanto as características das próprias interações das crianças como também a clareza com que o(a) educador(a) comunica suas expectativas às crianças. É importanteque todos(as) participem da análise dos Registros de Pontuação uns(umas) dos(as) outros(as), para compartilhar impressões e aperfeiçoar a habilidade de análise.

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b) Discutir formas lúdicas de apresentar os Acordos Elos que produzam sentido para ascrianças(25min.)

Com base na descrição do Passo 4 – nas páginas 29 a 32 do Guia do(a) Educador(a) –, a ideia aqui é levantar propostas de atividades para apresentar os acordos. A seguir, listamos o que a experiência mostrou como os maiores desafios na condução desse passo, para que possam compartilhar ideias e nos apoiar em estratégias para eventuais dificuldades:

• Atividades de sensibilização interativas e mobilizadoras em relação aos Acordos Elos fazem com que as

crianças percebam, pela experiência, a relevância de comprometerem-se com cada um deles.

• Apresentar os acordos de maneira apenas expositiva é o modo menos recomendado de introduzir essa discussão às turmas.

• É importante elencar exemplos cotidianos que efetivamente estejam relacionados a cada um deles, com atenção à sua clareza, à sua concisão e aos seus tons de voz.

Questõesparaaprofundamento

Para que você se sinta seguro(a) em relação à participação dos acordos coletivos no desenvolvimento individual de cada educando(a), sugerimos que se dedique individualmente a essas questões e traga suas reflexões à discussão com o grupo de estudo. Ao final, compartilhamos um dos exemplos mais ilustrativos de como as crianças têm condições de se apropriar dos acordos do jogo e utilizá-los em sua vida prática de maneira assertiva.

1. “[...] ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção.” (Freire, 1996, p. 22).

• De que modo é possível envolver as crianças na definição dos combinados relativos aos acordos?

• Quais as relações entre esses combinados e o ambiente que queremos construir em sala de aula?

Registre suas reflexões:

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. [...]a tarefa do(a) educador(a) é fazer com que as crianças não confundam bem com imobilidade e mal com atividade, como acontece frequentemente no caso da disciplina antiquada. Isso porque nosso objetivo é disciplinar para a atividade, para o trabalho, para o bem, não para a imobilidade, não para a passividade, não para a obediência... Uma sala em que todas as crianças se movem de forma útil, inteligente e voluntária, sem cometer nenhum ato violento ou rude, me pareceria uma sala de aula muito bem disciplinada. (Montessori, 1912, p. 93).

A partir da sua experiência profissional, escreva alguns exemplos de movimentos “úteis, inteligentes e voluntários” em sala de aula que você tenha testemunhado. De que modo esses movimentos e atividades contribuem para a construção de coletivos democráticos? Que cuidados o(a) educador(a) deve ter na organização do espaço (carteiras, mesas, objetos, recursos visuais) e nas conversas com a turma relativas ao Acordo 2 (seguir o Combinado dos Lugares) para favorecer que essa exploração do espaço de maneira consciente e responsável aconteça?

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c) Planejar coletivamente as atividades a serem realizadas pelos(as) educadores(as) paraapresentaçãodosAcordosElosasuasturmas(20min.)

Após a discussão, o grupo adquiriu condições de definir as atividades que utilizará. Utilize a tabela a seguir para indicar que atividade será utilizada na apresentação de cada acordo e em qual dia. Além das propostas elencadas no grupo de estudo, podem ser utilizados como inspiração os exemplos da pág. 31 do Guia do(a) Educador(a).

Atividadelúdica Descriçãodaatividade

Acordo 1

Acordo 2

Acordo 3

Acordo 4

A seguir, indicamos, como forma de apoio e orientação, algumas perguntas a se fazer ao realizar seu planejamento, educador(a):

• As atividades escolhidas ajudam as crianças a perceberem os efeitos de suas ações no coletivo e os efeitos do coletivo nas ações de cada uma delas?

• As atividades possibilitam que as crianças experimentem dinamicamente cada um dos níveis de voz? E cada um dos acordos de lugares?

• As atividades escolhidas estimulam as crianças a refletirem acerca do que é gentileza e de como exercê-la em diferentes circunstâncias?

• Está prevista a abordagem de exemplos e contraexemplos dos acordos relacionados ao cotidiano da turma?

• Quais as suas expectativas em relação a cada um dos acordos? Elas estão em consonância com a faixa etária dos(as) seus educandos(as) e o contexto da sala de aula?

d) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local(10min.)

Discutam e elaborem, em grupo: a) uma questão a ser compartilhada com os demais implementadores relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos; e/ou b) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

Importante!Os registros de pontuação da 1ª Observação Elos devem ser mantidos por educadores(as) e facilitadores(as) a fim de fornecer uma base de comparação para análise do desenvolvimento da turma ao longo do processo.

e) Orientaçõesadicionais(10min.)

No intervalo entre o 2º grupo de estudo e a 3ª visita em sala, os(as) educadores(as) conduzirão individualmente os Passos 5 e 6 e planejarão o Passo 7. A seguir, indicamos alguns apoios necessários:

• Passo5–ApresentaçãodoProgramaElosparaasturmasefamílias:

– Alguns(mas) educadores(as) sentem-se ansiosos(as) para conduzir um jogo de “demonstração” à turma como forma de deixar claro seu funcionamento. Este não é um recurso interessante, pois o primeiro jogo requer bastante planejamento e comunicação prévia às famílias.

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– Para tornar a explicação dos passos do jogo didática, é válido separá-la em três momentos (antes, durante e depois do jogo) e conferir sentido a cada uma delas.

– É comum que a função do jogo apresentada tanto às crianças quanto aos responsáveis seja indicada como “disciplinadora”. É muito importante diferenciar disciplina com base na autoridade e na coerção e as interações harmônicas e cooperativas propostas pelo programa.

• Passo6–ConstruiraIdentidadedasEquipes:

– A função do fomento à identidade das equipes serve para aumentar o sentimento de pertencimento de todas as crianças em suas equipes.

– Para que esse sentimento seja genuíno, é necessário que todas participem dos processos decisórios.

– Conflitos não precisam nem devem ser evitados. A menos, é claro, que envolvam violência física ou psicológica a alguma(s) criança(s).

A condução sugerida ao educador(a) é indicar às crianças que o único critério para as escolhas é que todos gostem dos elementos que representarão seu grupo.

• PlanejamentodoPasso7–PrimeiroProgramaElos:na próxima visita, cada educador(a) terá em sua sala um(a) facilitador(a) – ou educador(a) – que acompanhará o primeiro Jogos Elos. Para que estejam preparados(as) para a condução, é importante que leiam previamente o passo, sigam os roteiros de planejamento e destaquem suas dúvidas, a serem discutidas na próxima reunião coletiva.

• Passo8–Momentosparaaconduçãodosjogos: O(a) educador(a) deverá utilizar este passo como apoio no planejamento das atividades a serem realizadas nos jogos, esclarecendo dúvidas no 3º grupo de estudo.

2ª viSita Em Sala dE aula

Tempo total: aproximadamente 35 minutos.

PROgRAMA:

• Acompanhareducadores(as)naApresentaçãodosAcordosElosàturma.

ORIENTAÇÕES:

• Acompanhareducadores(as)naApresentaçãodosAcordosElosàturma.

– A função do(a) observador(a) nesse momento é analisar a compreensão e o envolvimento das crianças em relação aos acordos, bem como o entendimento e segurança do(a) próprio(a) educador(a) em relação a elas.

– Fique atento(a) a sinais de compreensão ou incompreensão de cada um dos acordos, assim como de contentamento ou descontentamento por parte das crianças.

– Verifique se o(a) educador(a) que está executando a atividade enfatiza as interações que correspondem ao cumprimento dos acordos. É mais importante dar exemplos às crianças sobre interações harmoniosas do que criticar o descumprimento dos acordos.

– Preste atenção à clareza, à concisão do(a) educador(a) e a seus tons de voz.

– Em casos em que houver algum descompasso muito importante entre a proposta de esclarecimento dos acordos e o modo apresentado pelo professor, intervenha de maneira muito tranquila e cuidadosa de modo que apenas ele(a) possa ouvi-lo(a).

– Embora os Acordos Elos sejam relevantes em quaisquer contextos, nos jogos eles são sempre propostos em relação a atividades de cunho pedagógico. Esta é uma estratégia para tornar simples o entendimento de que acordos coletivos de convivência são firmados sempre emfunçãodobemcomum.

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Consolidação

3ªVISITAEMSALADEAuLAE3ºgRuPODEESTuDO

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 7 – Primeiro Programa Elos.

• Passo 8 – Momentos para a condução dos jogos.

ObjetivosdaConsolidação: Nesta etapa, as visitas em sala e os grupos de estudo devem oferecer subsídios aos(às) educadores(as) para implementarem o Programa Elos com fidelidade, promovendo-se o entendimento dos elementos e princípios centrais do programa e gerando-se dados acerca das características da implementação e de seus resultados.

Rotinadetrabalho:A partir de agora, os grupos de estudo e visitas ocorrerão mensalmente, e poderão ser cada vez menos voltados ao passo a passo do jogo e cada vez mais focados em como aprimorar a aplicação dos princípios do programa por trás de seus passos (ex.: Reconhecimento, Devolutivas, Generalização de Habilidades de Vida etc.).

Reuniões com direção e equipe pedagógica: Como facilitador(a), é importante que você realize periodicamente reuniões com a gestão escolar. Esses encontros terão por objetivo informar acerca do andamento do programa na escola. Você pode levar relatos de cenas, dados sobre os avanços e dificuldades observados, assim como benefícios do Programa. Pautar essa conversa nos dados sistematizados nos instrumentos de monitoramento dará mais consistência a suas colocações. Investir nesse diálogo tem se mostrado fundamental à garantia da viabilidade do trabalho, uma vez que em variadas situações são necessários apoios logísticos por parte da gestão. O diálogo com a gestão escolar é também condição para que novos espaços de trocas entre educadores(as) sejam criados e para que o programa passe a ser incorporado como uma estratégia da escola – em vez de um método que é meramente nela realizado.

AprofundamentonaanálisedosRegistrosdePontuação: Agora, será necessário, cada vez mais, realizar análises cuidadosas e aprofundadas do desenvolvimento de cada turma, cada equipe, cada educando(a) em relação à proposta do jogo. Para isso, os Registros de Pontuação são um recurso fundamental. Com apoio presencial do(a) formador(a) local do Programa, convidamos você a exercitar a análise de conjuntos de Registros de Pontuação, a fim de identificar o estabelecimento – ou não – de tendências nas interações dos(as) educandos(as), individualmente, em suas equipes ou na turma como um todo; o aumento – ou não – do compromisso das equipes e da turma com os Acordos Elos; o levantamento de hipóteses sobre os fatores que agem positiva e negativamente sobre o desenvolvimento da turma em relação ao jogo; e, por fim, o levantamento de proposições de condições adicionais que o(a) educador(a) pode oferecer à sua turma para apoiá-la, a partir de suas próprias características. Para esse exercício, apresentamos três Registros de Pontuação de jogos hipotéticos em uma mesma turma, seguidos de uma tabela de apoio para a análise dos instrumentos. Sugerimos seu preenchimento e discussão com o grupo.

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JOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma:2ºBAtividade (A1): Jogos de tabuleiro – Matemática

Tempo do jogo: 10 min. Local: Sala de aula Nível de voz (A2): 2 Acordo de lugares (A3): PareJOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 Atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza

Total de quebras

Equipe 1: Dragões 1 1 2 1 5

Equipe 2: Mosqueteiros 1 1 2 0 4

Equipe 3: Cachorro 1 2 2 1 6

Equipe 4: Araucária 2 1 3 2 8

Equipe 5: Curupiras 2 2 4 2 10

Total de quebras por acordo 7 8 13 6 33

JOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma:2ºBAtividade (A1): Resolução de Problemas – Matemática

Tempo do jogo: 10 min. Local: Sala de aula Nível de voz (A2): 2 Acordo de lugares (A3): Pare

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza

Total de quebras

Equipe 1: Dragões 0 1 2 1 4

Equipe 2: Mosqueteiros 1 1 2 0 4

Equipe 3: Cachorro 2 1 2 0 5

Equipe 4: Araucária 1 0 3 1 5

Equipe 5: Curupiras 0 1 2 1 4

Total de quebras por acordo 4 4 11 3 22

JOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma:2ºBAtividade (A1): Produção textual em grupos – Língua Portuguesa

Tempo do jogo: 10 min. Local: Sala de aula Nível de voz (A2): 2 Acordo de lugares (A3): Pare

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1: Dragões 0 1 2 1 4

Equipe 2: Mosqueteiros 0 1 3 0 4

Equipe 3: Cachorro 0 1 2 1 4

Equipe 4: Araucária 0 1 2 0 3

Equipe 5: Curupiras 0 0 3 1 4

Total de quebras por acordo 0 4 12 3 19

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TabeladeapoioparaaanálisedosRegistrosdePontuação

Háformaçãodealguma

"tendência"?

Houveaumentodocompromissocomalgumou

algunsacordos?Quais?

Hádificuldadecomocompromissodealgumoualgunsacordos?Quais?

Hipóteses

Comoo(a)educador(a) pode apoiar

essa equipe ou aturma?

Equipe 1

Equipe 2

Equipe 3

Equipe 4

Equipe 5

Turma

3ª viSita Em Sala dE aula

Tempo total: aproximadamente 35 minutos.

PROgRAMA:

• Acompanhar a condução do 1º Programa Elos, identificando necessidades de apoio dos(as)educadores(as).

ORIENTAÇÕES:

Para acompanhar o jogo em sala de aula, o profissional que exercerá a função de observador precisará ter em mão dois instrumentos:

• Registro de Pontuação (pág. 74).

• Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação (pág. 76).

Importante!Utilize as informações obtidas por meio destes instrumentos para, no grupo de estudo, embasar discussões sobre pontos exitosos e pontos a serem aperfeiçoados na condução.

• Acompanharaconduçãodo1ºProgramaElosemcadaturma,identificandonecessidadesdeapoiodos(as)educadores(as).

Nas páginas 37 a 40 do Guia do(a) Educador(a), você encontrará um roteiro do que é essencial no planejamento e em todos os momentos do jogo.

Recomendamos que atentem às dificuldades na condução dos jogos, sobretudo aquelas relacionadas aos acordos, às devolutivas, às equipes e ao reconhecimento. Compartilhar estas questões nos grupos de estudo ajudará na busca por soluções e contribuirá para que não se frustrem com uma eventual demora para obter resultados com o Programa; ou, ainda, para que não interpretem essa demora como ineficácia da proposta – ajudando-os a identificar casos nos quais a implementação precisa ser ajustada para seguir os critérios de fidelidade que garantam a obtenção dos resultados.

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3º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) CompartilharRegistrosdePontuaçãoreferentesao1ºProgramaElosdecadaturma;25min.b) Localizar e discutir aspectos que precisam ser aprimorados na condução do jogo,

promovendo-seoapoiomútuoentreos(as)participantes;15min.c) Localizaraspectosexitososnaconduçãodojogo,pormeiodeapoiomútuoentreparticipantes;

15min.d) Discutiraimportânciadaadequaçãodasatividadesparaomomentodejogo;15min.e) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local;10min.f) PreenchimentodeQuestionáriodeFidelidadenaFamiliarizaçãoporfacilitadores(as);10min.

ORIENTAÇÕES:

a) CompartilharRegistrosdePontuaçãoreferentesao1ºProgramaElosdecadaturma(30min.)O principal objetivo deste momento é o compartilhamento dos Registros de Pontuação dos primeiros jogos observados pelo(a) facilitadores(a), fomentando-se uma análise coletiva de seus resultados e levantando-se hipóteses sobre os fatores que podem ter interferido positiva e negativamente no desempenho e no engajamento da turma no jogo.

Discutam coletivamente seus primeiros jogos com base nos Registros de Pontuação que todos produziram, levantando hipóteses sobre os aspectos que interferiram positiva e negativamente no engajamento da turma com os Acordos Elos. Entre as hipóteses, é sempre importante investigar:• Aspectos ligados aos padrões individuais de interação de cada criança.• Aspectos relacionados ao modo como o grupo e a própria turma fortalecem e mantêm esses padrões de interação.

• Aspectos relacionados ao modo como o(a) educador(a) fortalece e mantém esses padrões de interação.

b) Localizar e discutir aspectos que precisam ser aprimorados na condução do jogo,promovendo-seoapoiomútuoentreos(as)participantes(15min.)

Por meio dos Questionários de Fidelidade da Consolidação e Criação, vocês terão identificado o que deve ser aprimorado durante condução de jogo por cada educador(a). Discutam em grupo os aspectos que têm dificultado a boa condução do jogo. Se considerarem necessário, retomem as características do jogo descritas no Passo 7 (pág. 37 do Guia do(a) Educador(a)).

c) Localizaraspectosexitososnaconduçãodojogo,pormeiodeapoiomútuoentreparticipantes(15min.)

Assim como é necessário identificar o que precisa ser aprimorado, também é relevante destacar aspectos exitosos das interações apresentadas durante os jogos. Por meio dos Questionários de Fidelidade da Consolidação e Criação preenchidos pelo(a) facilitador(a) em cada observação, procurem identificar o que deu certo durante a condução do jogo. Este momento favorece a troca entre os educadores(as) que, ao dialogarem sobre o que funcionou, contribuem para o aperfeiçoamento do manejo de jogo uns dos outros.

d) Discutiraimportânciadaadequaçãodasatividadesparaomomentodejogo(15min.)

Nos Questionários de Fidelidade na Consolidação e Criação já preenchidos, terão sido identificados (ou não) aspectos relacionados à adequação das atividades propostas pelos(as) educadores(as). Fomente uma discussão crítica de autoavaliação da prática dos(as) educadores(as), pautada nestes registros e nos aspectos a seguir:

• A atividade foi planejada previamente, considerando as condições de todos(as) os(as) educandos(as)?

• A(s) atividade(s) escolhida(s) é(são) de possível execução por toda a classe? Alguma criança apresenta dificuldades expressivas que necessitam de intervenção do(a) educador(a)? A equipe desta criança pode aprender a apoiá-la na realização da atividade?

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• É importante focar as características da atividade proposta à turma e os impactos disso no engajamento das crianças durante o jogo.

• Além das características da atividade em si, os aspectos “local”, “hora do dia” e “disciplina” influenciam as interações da turma; por isso, deve-se variá-las e garantir uma experiência diversificada para as crianças.

• É importante que as atividades sejam lúdicas e façam sentido para a realidade das crianças. De outro modo, o jogo se tornará maçante para os educandos, que não verão sentido em participar – ou, o que é pior, aprenderão a participar irrefletidamente, apenas por submissão à figura de autoridade do(a) educador(a).

• A depender da circunstância, parece quase natural responsabilizar a própria criança por sua incompreensão, avaliando-a como incapaz ou pouco capaz cognitivamente. O processo de inclusão escolar traz uma realidade na qual se apresentam variadas habilidades cognitivas, afetivas e sociais. Isso não significa, no entanto, que há crianças inacessíveis ou que podem ficar à margem das atividades. É necessário, de alguma forma, – olhar verdadeiramente – para as características, potenciais e competências de cada educando(a) e estimulá-lo(a) a ir além atuar na famosa zona de desenvolvimento proximal. Na realidade conturbada e desgastante de muitas turmas, no entanto, não raro encontramos crianças cuja deficiência é colocada inconscientemente à frente das suas potencialidades. Esses são os casos em que as atividades propostas não são compreensíveis a todos(as) nem voltadas a todos(as). Para lidar com este tipo de cenário, o(a) educador(a) pode propor mais de um tipo de atividade, ou mais de um tipo de orientação para a realização dela.

• Há educadores(as), a maioria deles(as), extremamente criativos(as) e engajados(as) na elaboração de atividades variadas e coerentes às características de todos(as) os(as) educandos(as), criando condições divertidas e satisfatórias de aprendizagem e de jogo para a turma. Esse envolvimento deve ser valorizado e compartilhado com o grupo!

e) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local(10min.)

Discutam e elaborem, em grupo: a) uma questão a ser compartilhada com os demais implementadores relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos, e/ou b) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

Importante!Os registros de pontuação do 1ª Programa Elos devem ser mantidos por educadores(as) e facilitadores(as) a fim de fornecer uma base de comparação para análise do desenvolvimento da turma ao longo do processo.

f) PreenchimentodeQuestionáriosdeFidelidadenaFamiliarizaçãopelo(a)facilitador(a)(10min.)

Uma vez encerrado o ciclo de Familiarização, o(a) facilitador(a) preenche o Questionário de Fidelidade na Familiarização (pág. 78). O objetivo deste instrumento é verificar se todas as etapas necessárias foram realizadas, indicando aquelas que ainda requerem aprimoramento e maior atenção.

4ªVISITAEMSALADEAuLAE4ºgRuPODEESTuDO

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 9 – Instruções e boa comunicação.

• Passo 10 – Elementos de reconhecimento.

• Passo 11 – Planejar Devolutivas Oops!.

• Passo 12 – Compartilhar decisões com a turma.

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4ª viSita Em Sala dE aula

Tempo total: 35 minutos.

PROgRAMA:

Analisar:

a) Ascaracterísticasdasinstruçõesoferecidas.b) OsElementosdeReconhecimentoeleitospelo(a)educador(a).c) AscaracterísticasdasDevolutivasOops!d) Ograudeparticipaçãodaturmaemrelaçãoàstomadasdedecisãorelacionadasaojogo.e) Preencher um Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação junto ao(à)

educador(a). ORIENTAÇÕES:

Para acompanhar o jogo em sala de aula, o profissional que exercerá a função de observador precisará ter em mão dois instrumentos: • Registro de Pontuação (pág. 79).

• Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação (pág. 81).

a) AnalisarascaracterísticasdasinstruçõesoferecidasEm sua visita, esteja atento a como o(a) educador(a) instrui a turma para a realização da atividade. Alguns pontos de atenção:

• Especialmente para as crianças mais novas, exemplos são um excelente recurso. Caso perceba que eles precisam ser melhor ou mais explorado em alguma turma, não deixe de registrar isso para discutir no grupo de estudo.

• Clareza, concisão e precisão são habilidades a serem cultivadas diariamente e é muito fácil deslizar em qualquer uma delas. Seu papel, como facilitador(a), é atentar-se a esses deslizes e auxiliar os(as) educadores(as) a elaborarem novas formas de comunicação com a turma, quando necessário.

b) AnalisarosElementosdeReconhecimentoeleitospeloeducadorDurante a visita em sala, observe se o(a) educador(a) precisa de apoio com relação a este tema (Passo 10). Alguns pontos para direcionar sua observação:

• Reconhece o cumprimento dos acordos durante e fora do jogo.

• Reconhece interações positivas dos educandos, de colaboração e respeito aos outros.

• Realiza Comemoração Elos (ou Comemoração Surpresa) após o jogo.

c) AnalisarascaracterísticasdasDevolutivasOops!É papel do(a) observador(a) estar atento(a) às características das Devolutivas Oops! apresentadas e aos impactos imediatos nas crianças durante o jogo. Algumas situações são bastante comuns e merecem destaque, para posterior discussão:

As Devolutivas Oops! apresentadas:

• Foram oportunas (imediatamente posteriores às quebras de acordos)?

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• Esclareceram o que especificamente configurou uma quebra de acordo, evitando dupla ou má interpretação?

• Foram apresentadas em tom de voz neutro? Outros aspectos da linguagem do(a) educador(a), como a linguagem corporal, foram também apresentados de maneira serena?

• A reação das crianças às devolutivas é também um indicativo de sutilezas da comunicação não verbal do(a) educador(a): elas demonstram atenção e consideração às devolutivas? Ou apresentam reações de constrangimento e medo ou reações com o intuito de minimizar a fala do(a) educador(a), a exemplo de deboche ou ataques verbais?

d) Analisarograudeparticipaçãodaturmaemrelaçãoàstomadasdedecisãorelacionadasaojogo

Intuitivamente, alguns(mas) educadores(as) já vêm exercitando o compartilhamento de decisões com a turma praticamente desde o início do programa. Outros(as) precisam criar condições mais específicas para tanto. Alguns pontos de apoio:

• Todas as crianças participam da tomada de decisões sobre os níveis de voz, acordo de lugares e ações que configuram gentileza a cada atividade proposta?

• É promovido um ambiente seguro e tranquilo para a apresentação de opiniões das crianças a respeito de como gostariam de trabalhar?

• Como as divergências dos(as) educandos(as) em relação aos combinados que gostariam de fazer para o jogo são mediadas? Esta mediação promove autorreflexão? Expõe critérios importantes a serem considerados para a tomada de decisões, que envolvem tanto o impacto individual quanto coletivo de cada variação dos Acordos Elos?

e) Preenchimento de Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação pelo(a) facilitador(a)(10min.)

Ao final da visita, preencha (se possível, com o(a) educador(a) que você acompanhou) o Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação. Nele, você registrará os itens de fidelidade contemplados na condução do(a)educador(a). Utilize este registro para conversarem no grupo de estudo sobre como aprimorar a prática durante a condução dos jogos.

4° gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

Discutir:

a) Instruçõesoferecidas;15min.b) ElementosdeReconhecimento;20min.c) DevolutivasOops!;25min.d) Compartilhamentodedecisõesdojogocomaturma;20min.e) Questãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local;10min.

ORIENTAÇÕES:

a) Discutirsobreasinstruçõesoferecidasantesdojogo(15min.)A partir dos elementos abordados pelo Passo 9 do Guia do(a) Educador(a) e do Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação preenchido na visita 4, identifiquem aspectos que precisam ser ajustados e aspectos exitosos quanto à adequação das instruções oferecidas no momento do jogo.

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b) DiscutirsobreosElementosdeReconhecimento(20min.)Este será o primeiro momento após a formação inicial do programa no qual o tema do Reconhecimento será debatido com maior profundidade. Alguns tópicos relevantes para orientar a discussão:

• O conceito de Reconhecimento não é tão simples quanto parece e é facilmente confundido com o senso comum de premiação, fator que leva à comum confusão entre reconhecimento e barganha. O quadro “É importante saber”, da pág. 54 do Guia do(a) Educador(a), explora o tema com mais profundidade. Foque, especialmente, a diferença entre premiação, barganha e reconhecimento.

• Sendo o reconhecimento um elemento central do Programa Elos, é fundamental que seja realizado nas frequências e nos momentos indicados, ou seja, cotidianamente, em todos os jogos, e imediatamente após a ação que está sendo reconhecida, principalmente para aquelas crianças que têm maior dificuldade de realizá-la. Evite fazê-lo esporadicamente ou com atraso, pois isso torna o recurso praticamente ineficaz. Caso ocorra, vale a pena discutirem sobre o que tem levado a essas decisões.

• A escolha coletiva de elementos de reconhecimento com participação ativa das crianças em sala de aula tem um papel importante no processo de construção de coletivos e pode ser efetiva para demonstrar o potencial do engajamento das crianças na seleção de elementos.

• O elogio é um elemento importante que deve ser aplicado, em especial, ao longo do jogo, quando os educandos se comprometem com os Acordos Coletivos. É comum haver sentimento de desconforto por parte dos educadores ao elogiarem seus educandos. Em geral, os(as) profissionais da Educação são também pouco reconhecidos(as) cotidianamente. Por isso, é importante que o grupo de estudo seja um espaço em que se cultivem relações amistosas, de respeito, troca e apoio, no qual todos possam se sentir reconhecidos e acolhidos.

c) DiscutirsobreasDevolutivasOops!(25min.)

Façam uma autoavaliação crítica das práticas durante os jogos com base nos Questionários de Fidelidade da Consolidação e Criação, na descrição do Passo 11 e nos aprofundamentos tratados nesta seção.

Para apoio à condução dessa discussão, seguem algumas perguntas orientadoras:

• Quais as características principais das Devolutivas Oops!?

• Atentar-se à proporção entre Devolutivas Oops! e Devolutivas Elos é importante? Quais impactos uma alta proporção de Devolutivas Oops! e baixa proporção de Devolutivas Elos podem gerar em sua turma? E o contrário?

• O atraso na apresentação das Devolutivas Oops! pode gerar algumas confusões durante e após o jogo. Quais são algumas dessas confusões?

• Manter um tom de voz ou outros aspectos da linguagem não verbal com caráter de rispidez durante as Devolutivas Oops! pode interferir drástica e negativamente em sua função. Por quê?

Ao final da discussão sobre o tema, apoiem-se mutuamente na identificação de aspectos na condução das Devolutivas Oops! que podem ser melhorados.

d) Discutirsobreocompartilhamentodedecisõesdojogocomaturma(20min.)Com base especialmente na descrição do Passo 12, procurem localizar aspectos da condução do jogo que favoreceram o compartilhamento de decisões com a turma, refletindo sobre a importância deste processo para o desenvolvimento da autonomia das crianças.

e) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local(10min.)Discutam e elaborem, em grupo: 1) uma questão a ser compartilhada com os demais implementadores, relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos; e/ou 2) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

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APROFuNDAMENTO–Instruçõeseboacomunicação

1. Joana é educadora do 1º ano e não tem o hábito de trabalhar em grupos, mas aceitou o desafio de jogar o Programa Elos com a sua turma. Na 8ª semana de implementação, o(a) facilitador(a) que a estava acompanhando entrou na sala para observar uma partida. Joana formou as equipes e explicou aos alunos a atividade a ser realizada durante o jogo, a qual dividiu em cinco passos. Para que as crianças se lembrassem das instruções, ela as registrou na lousa, de maneira clara, objetiva e sucinta. Registrou também uma atividade complementar para as equipes que terminassem antes das demais. Quando Joana anunciou o início da partida, seis crianças sentadas de costas para a lousa levantaram-se, ocasionando quebras do Acordo Elos 3. Além disso, algumas crianças ficaram muito tempo olhando para a atividade sem realizá-la. Algumas crianças utilizaram o nível de voz três para perguntar aos colegas o que era preciso ser feito. O Registro de Pontuação ficou preenchido da seguinte forma:

ProgramaElos:REgISTROTurma:1ºC

Equipes A1Atividade

A2Voz

A3Lugares

A4Gentileza

Total de quebras

Equipe 1: Os demais 4 2 3 0 9

Equipe 2: Saci 2 1 4 1 8

Equipe 3: Raposas 3 2 2 0 7

Equipe 4: Trevo da Sorte 4 2 2 0 8

Equipe 5: Curupiras 2 1 3 0 6

Total de quebras por acordo 15 8 14 1 33

a) O que pode ter ocasionado as quebras de regras?

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b) O que Joana poderia ter feito para facilitar a compreensão dos alunos?

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2. Analise as seguintes situações e discuta brevemente, em grupo, de que maneira elas podem contribuir ou prejudicar a comunicação.

• Educador(a) leva 20 minutos para explicar uma atividade para a sua turma de 1° ano.

• Educador(a) explica os Acordos 1, 2, 3 e 4 do Programa Elos pela primeira vez e, em seguida, pede para um(a) educando(a) dar exemplos de todos os acordos sendo cumpridos na sala de aula.

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3. Relate alguma cena que você tenha presenciado em que um(a) dos(as) educadores(as) que você acompanha se comunicou de maneira eficaz com a turma, ou seja, as crianças compreenderam bem o que foi explicado e conseguiram executar a atividade solicitada sem a ajuda do professor. Destaque o que garantiu a Boa Comunicação nesta cena.

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4. Quais instrumentos do programa podem ajudar a identificar se a comunicação está ocorrendo de modo eficaz?

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5. Em grupos, olhem rapidamente Registros de Pontuação dos(as) educadores(as) que acompanham. Escolham uma turma com muitas quebras de regras. Analisando também os Questionários de Fidelidade na Consolidação e Criação dessa turma, analisem se está havendo alguma dificuldade de comunicação entre educador(a) e a turma. Qual?

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APROFuNDAMENTO–Reconhecimento:Oqueequandoreconhecer

Conforme discutido no Passo 10, o reconhecimento tem efeito no autoconceito e na autoestima dos indivíduos e, particularmente, das crianças na fase de desenvolvimento em que se encontram os(as) educandos(as) que participam do Programa Elos. Por isso, além de praticar o olhar à percepção das interações positivas e coletivas em sala de aula, é fundamental apurá-lo para notar em especial o engajamento de crianças e das equipes que não costumam envolver-se com as atividades, com o coletivo e/ou com combinados. Assim, tornar-se-á mais fácil e natural reconhecer aquelas que “estão quase lá” ou que conseguiram “chegar lá” com muito esforço, e ajudá-las em seus processos de mudança. A contribuição para a construção de segurança dessas crianças é de ainda maior impacto em situações particularmente desafiadoras, como, por exemplo, manter o nível de voz três durante uma atividade em grupo excitante.

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Vejamos:

a) Escreva uma situação ou exemplo de atividade em que cumprir cada um dos quatro acordos possa ser particularmente desafiador:

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b) Reveja Registros de Pontuação das partidas que você observou e encontre alguma em que tenha havido muitas quebras de acordos. Agora, analise o Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação dessa partida. O(a) educador(a) reconheceu o cumprimento dos acordos quando isso ocorreu? Em sua avaliação, que situações poderiam ter sido mais valorizadas?

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APROFuNDAMENTO–SobreoAcordo4:sergentil

[...] respeitar alguém significa respeitar sua individualidade, suas formas de expressão e imagem, suas origens, suas escolhas, suas opiniões, seus limites e seus sentimentos. Respeitar não implica em concordar com o outro ou elogiar qualquer tipo de conduta. Significa não ter o direito de desqualificar, menosprezar, ridicularizar, oprimir e/ou impor.

Serrão e Baleeiro (1999, p. 32)

Ao nos referirmos à gentileza, estamos falando de respeito ao(à) outro(a) e, conforme a definição de Serrão e Baleeiro (1999), ao falarmos em respeito não nos referimos a um sinônimo de obediência ao(à) professor(a), como corriqueiramente é empregado. Não é sinônimo de “manter a boca fechada”ou de “ficar quietinho”. Respeito tem um significado bastante distinto de submissão e é uma conquista, não uma imposição (como é o medo). É comum que em situações desafiadoras e desgastantes, alguns(mas) educadores(as) empreguem os termos respeito e obediência como sinônimos. Também é comum que se trate o respeito como algo que os adultos merecem mais que as crianças, como destacado no trecho a seguir:

Respeito é bom, e eu gosto. Essa frase é repetida por professores, em toda parte. [...] A premissa embutida nessa colocação é a de que o professor tem mais direito a ser respeitado do que o estudante. [...] a cada direito corresponde um dever, mas a frase em questão enfatiza apenas o respeito “que se recebe”, esquecendo-se do respeito “que se deve oferecer” ao outro. No que se refere ao dever de respeitar o outro, a responsabilidade do professor é bem maior que a do estudante. Afinal, cabe ao professor a liderança do processo educativo, e educar começa pelo exemplo que se dá. (Milani, 2005, p. 23).

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Discuta em seu grupo como a noção de respeito, da maneira como foi apresentada, aplica-se às situações descritas a seguir:

• Alguns(mas) educandos(as) estão correndo pela sala durante uma partida do Programa Elos em que o combinado dos lugares era PARE. Acidentalmente, uma criança tropeça no pé da outra, cai sobre uma estante da sala, derrubando-a e quebrando todos os objetos que estavam sobre ela. A educadora, chocada com a situação, reage com um berro e um murro forte na mesa. Durante os próximos 30 minutos, fala com muita raiva para toda a turma sobre a importância de zelar pelo espaço que é de todos. Algumas crianças levantam a mão para falar e ela responde “agora quem está falando sou eu!”.

• Um educando arranca um lápis da mão de um colega.

• Uma educadora joga uma partida Elos de 20 minutos com a sua turma de 2º ano. Durante todo esse tempo, ocorreram apenas duas quebras de acordo. A professora quer dar uma atenção especial para algumas crianças que estão tendo mais dificuldade e, aproveitando o silêncio, pede que todos permaneçam dessa maneira por mais uma hora e meia.

• Numa roda de conversa, o educador faz uma pergunta para a turma. Duas crianças levantam a mão e aguardam sua vez para falar. Outra, ansiosa para responder, grita a resposta.

• A educadora pede aos seus(suas) educandos(as) que façam um cartão de “Feliz Dia dos Pais”. Todos, sem exceção, devem fazê-lo. Solicita que essa atividade seja feita individualmente durante uma partida do Programa Elos e que, portanto, o nível de voz deverá ser zero. Nessa sala, duas crianças não conhecem seus pais e uma das crianças é filha adotiva de um casal de mulheres. Houve 25 quebras de acordo nessa partida.

Vamosrefletir?Vocês, educadores(as), têm reconhecido o cumprimento dos acordos e as interações positivas dos(as) educandos(as) dentro e, especialmente, fora do jogo? Caso sim, compartilhem com o grupo quais estratégias têm utilizado? Caso não, discutam no grupo como vocês podem encorajá-los(las) a reconhecerem mais os avanços dos(as) seus(suas) educandos(as), tornando o reconhecimento uma prática cotidiana, natural e afetuosa.

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APROFuNDAMENTO–DevolutivaOops!:alternativaeficazesaudávelarepreensões

O tema das Devolutivas Oops! também merece atenção especial, uma vez que é elemento fundamental que contribui para a eficácia do Programa Elos. Para tanto, apresentamos algumas discussões adicionais aos aspectos discutidos no Passo 11. Planejar Devolutivas Oops!. Como reagimos quando uma criança quebra um acordo ou um combinado importante da sala? Como nos sentimos? E quando a mesma criança repetidamente quebra o mesmo acordo e nada do que fazemos parece surtir efeito? Discuta com seu grupo essas questões e escreva suas considerações a seguir:

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Uma reação muito comum entre educadores(as) é “dar um sermão”, ou seja, um monólogo extenso sobre a importância daquela regra ou a gravidade da sua quebra. Todas essas reações, como discutiremos, são pouco eficazes, além de, muitas vezes, desrespeitosas. Refletem, no entanto, uma lacuna no que concerne aos recursos de mediação de interações contraproducentes no contexto escolar.

Sugerimos fortemente que você, educador(a), estude e aproprie-se dos critérios para apresentação da Devolutiva Oops!, pois sua aplicação é fundamental para o bom resultado

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do programa. Sabemos, porém, que discussões conceituais, em geral, não são suficientes para promover mudanças efetivas de comportamento. Por isso, sugerimos que você esteja sensível à necessidade de propor ensaios das devolutivas no grupo de estudo ou quando mais achar necessário; assim como sugerimos que sejam revisadas e discutidas suas principais características no ambiente de reflexão coletivo.

Caso queiramos produzir com o Programa Elos uma atmosfera de colaboração, respeito e protagonismo no contexto escolar, é preciso construir relações de colaboração, respeito e, sobretudo, confiança com as crianças. Assim, fomentamos efetivamente sua autonomia. Devemos nos esforçar para garantir que as crianças se sintam seguras para experimentar e errar sem medo de serem castigadas ou humilhadas. Isso não significa permissividade, pelo contrário. Para que essa atmosfera seja criada, limites serão necessários. Em contextos de desgaste, no entanto, limites tendem a ser colocados de maneira severa e pouco ou nada instrutiva, envolvendo tons de voz agressivos, ironia e até mesmo insultos.

Algunsexemploscorriqueiros:

“Cala a boca!”, “Fecha a matraca!”, “Adivinhem só quem está quebrando o Acordo 1 de novo!”; “A Equipe 3 está recebendo uma marcação de novo porque, pra variar, a Maria não consegue manter a boca fechada! Parabéns, hein, Maria! Atrapalhando sua equipe de novo!”.

Surpreendentemente, essas são cenas bastante reais de profissionais que necessitam de apoio para encontrar caminhos mais promissores de mudança. Até mesmo porque, como discutido no Passo 11, punição não promove mudança, apenas supressão temporária de comportamentos. Inclusive. por isso, é tão desgastante a quem pune.

Contraditoriamente, a repreensão constante do(a) educador(a) e dos(as) colegas é um dos meios de colocar em destaque o(a) educando(a) cujas interações estão em desarmonia com o contexto social e de aprendizagem e, assim, contribuir para torná-las mais frequentes. Evitamos também os longos sermões, pois não contribuem para que as crianças avaliem o efeito de suas ações e pensem numa solução, tampouco reduzem as chances de que a criança pare de fazer aquilo que se quer que ela pare (como vimos, às vezes o sermão encoraja a criança a continuar, em função da atenção que recebe). Além disso, quando damos um sermão para toda a sala em função do comportamento de uma ou poucas crianças “sem oportunizar que pensem sobre o que está ocorrendo e proponham soluções “, estamos desrespeitando todas elas.

Vamosrefletir?1. Refletindo sobre a(s) sua(s) turma(s), responda à seguinte questão: Você tem realizado devolutivas instrutivas com clareza e objetividade e com tom de voz neutro? Caso sim, compartilhe com seu grupo quais estratégias têm utilizado. Caso não, discuta com o grupo maneiras como você pode realizar as devolutivas instrutivas qualificadas.

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5ªVISITAEMSALADEAuLAE5ºgRuPODEESTuDO

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 13 – Observar um jogo em outra turma.

• Passo 14 – Realizar a 2ª Observação Elos.

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5ª viSita Em Sala dE aula

Tempo total: 40 minutos.

PROgRAMA:

a) Apoiareducadores(as)naconduçãoda2ªObservaçãoElos(Passo14).b) PreencherumQuestionáriodeFidelidadedeObservações.

ORIENTAÇÕES:

a) Apoiareducadores(as)naconduçãoda2ªObservaçãoElos

• O(a) facilitador(a) deverá acompanhará a 2ª Observação Elos.

• Facilitador(a) e educador(a) preencherão o Registro de Pontuação, podendo comparar as anotações no grupo de estudo.

Os principais objetivos desse registro são:

• Checar se as equipes Elos permanecem equilibradas entre si, comparando-se as quebras de acordo de cada equipe.

• Verificar se deve haver mudanças na composição das equipes para potencializar o impacto positivo do programa para todas as crianças.

• Verificar se as interações promovidas e fortalecidas pelo jogo são mantidas sem a mediação do(a) educador(a), ou seja, se está havendo generalização (abordada na página 64 do Guia do(a) Educador(a)).

Assim como na 1ª Observação, as crianças não devem ser informadas sobre os acordos, o tempo de observação monitorado nem devem receber qualquer devolutiva.

Para uma Observação Elos qualificada, seguem pequenas dicas para sua visita em sala de aula:

• Sente-se ao lado do(a) educador(a), de preferência no fundo da sala.

• Relembre-o(a) sobre o tempo estipulado para a marcação.

• Peça que ele(a) sinalize a você o início do tempo para a marcação para que comecem juntos.

• Registre as quebras de acordos no Registro de Pontuação, quais acordos cada equipe quebra e quantas vezes o faz, procurando realizar o registro junto ao(à) educador(a) e compartilhar com ele(a) os critérios que você utiliza para registrar as quebras.

• Caso seja possível, esta observação deve durar o mesmo tempo da 1ª Observação Elos; isso aumentará a possibilidade de fazer comparações entre as duas, por aproximar as condições de coleta de informação.

• Ao final da visita, verifique se houve alguma dúvida na realização da Observação Elos e combine com o(a) educador(a) que vocês analisarão juntos a pontuação da turma nessa 2ª Observação.

b) PreenchimentodoQuestionáriodeFidelidadedeObservações

Ao final da 2ª Observação Elos, preencha, preferencialmente junto ao(à) educador(a) que você acompanhou, o Questionário de Fidelidade de Observações (pág. 85), indicando os itens de fidelidade contemplados na 2ª Observação.

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5º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Análisecoletivadosjogosobservadosemoutrasturmas;30min.b) Compartilhamento de registros de pontuação da 2ª Observação Elos de cada sala;

30min.c) Discussãosobrecomopromoverageneralizaçãonasturmaseequipes;15min.d) Discutirquestãoparacompartilharcomformador(a)local;10min.

ORIENTAÇÕES:

a) Análisecoletivadosjogosobservadosemoutrasturmas(30min.)A proposta de que os(as) educadores(as) observem jogos em outras turmas tem dois objetivos principais:

• Fortalecer os educadores(as) que aplicam o Programa como um grupo de apoio mútuo aos desafios do ensinar e, especificamente, de conduzir os jogos.

• Servir como recurso de apoio à criatividade dos(as) educadores(as) para lidarem com dificuldades encontradas na condução dos jogos, avaliando e aprimorando a própria prática a partir da observação das práticas dos colegas.

O papel do(a) facilitador(a), nesse momento, é apenas garantir um espaço de análise coletiva da experiência.

b) Compartilhamentoderegistrosdepontuaçãoreferentesà2ªObservaçãoElosfeitaemcada

sala(30min.)

• Levantem hipóteses sobre os fatores que interferem positiva e negativamente no compromisso das crianças com os acordos.

A seguir, são listadas algumas perguntas orientadoras para apoiar a análise coletiva sobre os níveis de generalização de aprendizagens, bem como a respeito de aspectos que podem interferir positiva e negativamente nesse processo:

• Os padrões de interação que vinham se formando nos jogos conduzidos se mantiveram na Observação?

• Em caso negativo, a proporção de quebras de acordos observada foi equivalente, maior ou menor que as verificadas na 1ª Observação Elos? Caso tenham sido significativamente menor, isso já é um indicativo de Generalização em processo.

• Há algum acordo específico que ainda não é levado em consideração por educandos(as), equipes ou pela turma toda? Que aspectos da condução do(a) educador(a) podem estar interferindo para que a turma siga o acordo apenas mediante sua intervenção? Que aspectos externos podem produzir tal interferência?

c) Discussãosobrecomopromoverageneralizaçãonasturmasenasequipes(10min.)

• A partir dos Registros de Pontuação, exercitem coletivamente o levantamento de estratégias para o aumento dessa extensão da Generalização.

d) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local(10min.)

• Discutam e elaborem, em grupo: 1) uma questão a ser compartilhada com os demais implementadores, relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos, e/ou; 2) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

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APROFuNDAMENTO–Ajustesnaconduçãodojogo

Elencamos, a seguir, alguns exemplos que indicam a necessidade de ajustes importantes na condução do jogo. As situações descritas não esgotam os casos possíveis, mas ajudam a direcionar a observação e avaliar formas adequadas de aprimoramento:

Crianças com medo do Cartão Oops!: a devolutiva não está sendo neutra, ajustes na comunicação são necessários (ex.: tom de voz, da postura corporal).

Crianças torcendo contra outras equipes: o reconhecimento pode não estar sendo feito de forma apropriada (reconhecendo-se os vencedores sem punir/chamar a atenção para quem não vence).

Crianças não apresentam atitudes de cooperação, trabalham sozinhas mesmo quando a tarefa é coletiva: os combinados podem não estar incluindo apoio mútuo como aspecto a ser pontuado/reconhecido; devolutivas podem não estar sendo consistentes com o combinado de trabalharem juntos; identidade de equipe talvez não esteja bem estabelecida.

Criança insiste em quebrar acordos mesmo pontuando para a equipe: o(a) educando(a) pode não estar se sentindo parte da equipe e, portanto, não se importa com o resultado coletivo; se a Devolutiva Oops! for a única fonte de atenção desta criança (ou seja, se ela não recebe atenção em outros momentos diferentes das quebras de acordo, as Devolutivas Oops! podem fortalecer as quebras em vez de enfraquecê-las; as devolutivas não estão sendo consistentes – o(a) educador(a) pode estar preocupado(a), está evitando pontuar as ações da criança para que a equipe não “seja punida somente por causa de um educando”

Crianças usam tons de voz sempre abaixo do combinado – podem estar com “medo” de pontuar ou não estão desenvolvendo modulação dos níveis de voz; devolutivas podem não marcar a ausência de interação com Cartão Oops!.

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Criação

6ºgRuPODEESTuDOE6ªVISITAEMSALADEAuLA

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 15 – Planejar variações do jogo.

• Passo 16 – Fomentar decisões autônomas.

Objetivos da criação: fomentar o trabalho cada vez mais autônomo e criativo dos(as) educadores(as). Para que as aprendizagens promovidas pelo Programa Elos sejam apresentadas com naturalidade pelas crianças em variados contextos, é necessária uma grande variação de condições nas quais estas aprendizagens possam ser experimentadas; de modo que seus efeitos no ambiente e nas crianças possam ser percebidos com mais clareza pelos próprios educandos e, assim, ganhem sentido e força.

Haverá uma ênfase maior sobre os princípios norteadores do jogo. Com clareza acerca do que se trata e destreza para apresentá-los em diferentes circunstâncias, os(as) educadores(as) terão força muito maior como agentes de proteção a seus(suas) educandos(as), e também às demais crianças da comunidade escolar com as quais trabalharem.

Importante!Aqui, o grupo de estudo deve ser realizado antes da visita do(a) facilitador(a) à sala de aula, para que possam primeiramente discutir as variações de jogo que serão experimentadas.

6º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Planejamentodevariaçõesdejogo(Passo15);15min.b) Análise coletiva de estratégias utilizadas por cada educador(a) para fomento de decisões

autônomasdaturmaemrelaçãoaojogo;15min.c) Discussão sobre como interpretar os dados de cada turma, especialmente em relação à

generalização;15min.d) Discussãoacercadotemageneralização;15min.e) Planejaroencerramentonasaladeaula;20min.f) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local;10min.

ORIENTAÇÕES:

a) Planejamentodevariaçõesdejogo(15min.) Retomem os principais apontamentos da leitura do Passo 15 sobre quais os possíveis aspectos a serem variados – pág. 70 do Guia do(a) Educador(a).

• Abram seus guias na página 71 do Guia do(a) Educador(a).

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• Listem atividades que possam ser realizadas durante Jogos Elos e planejem variações de instruções, de local, do nível de voz e do combinado de lugares.

• Exercitem o apoio mútuo, opinem uns(umas) nas variações propostas pelos(as) outros(as). O principal a ser levado em conta por todos é que as variações promovam condições desafiadoras de aprendizagem às crianças.

b) Análise coletiva de estratégias utilizadas por cada educador(a) para fomento de decisõesautônomasdaturmaemrelaçãoaojogo(15min.)

• Compartilhem formas de incentivar decisões autônomas em suas turmas.

• Discutam os possíveis impactos futuros do fomento à autonomia das crianças em seus desenvolvimentos como seres políticos em sociedade.

c) Discussão sobre como interpretar os dados de cada turma, especialmente em relação à

generalização(15min.)A partir dos registros de pontuação, discutam sobre todo o processo de implementação, sobre as características específicas de sua turma, as dificuldades e as facilidades enfrentadas, e os resultados obtidos. Algumas perguntas norteadoras:

• O desenvolvimento de sua turma a partir do Programa Elos atendeu às expectativas?

• Houve melhora das equipes em relação a seu comprometimento com o Acordo 1 “Seguir as instruções da atividade”? Em termos de habilidades de vida, o que isso significa?

• Houve melhora das equipes em relação a seu comprometimento com o Acordo 2 “Seguir o nível de voz combinado”? Em termos de habilidades de vida, o que isso significa?

• Houve melhora das equipes em relação a seu comprometimento com o Acordo 3 “Seguir o combinado de lugares”? Em termos de habilidades de vida, o que isso significa?

• Houve melhora das equipes em relação a seu comprometimento com o Acordo 4 “Ser gentil”? Em termos de habilidades de vida, o que isso significa?

• Há aprendizagens necessárias ao relacionamento harmônico e cooperativo em sala que não foram desenvolvidas? Quais? A que atribuem seu não desenvolvimento durante a implementação do programa?

d) Discussãoacercadotemageneralização(15min.)• Considerando a atividade que acabaram de realizar, discutam novamente a importância de criarem

condições para que as mudanças promovidas nas turmas sejam generalizadas para contextos além do jogo.

• Para além das atividades e variações criadas com apoio da tabela preenchida, é válido sugerir variações ainda mais ousadas, que ainda não tenham aparecido espontaneamente.

e) Planejaroencerramentonasaladeaula(20min.)

O encerramento em sala de aula deve ser um momento prazeroso para as crianças em que, caso seja possível, sejam discutidos com elas os aprendizados e as mudanças proporcionadas pelo jogo. A pessoa mais habilitada a pensar maneiras de tornar esse momento significativo é o(a) próprio(a) educador(a). A seguir, apresentamos algumas sugestões que se mostraram interessantes na experiência do programa.

Atividade que envolva a percepção dos(as) educandos(as) sobre o jogo:no Passo 18, apresentamos uma proposta de atividade que pode ser feita durante o último jogo e que envolve a expressão das percepções dos(as) educandos(as) em relação ao Programa. Estes dados fornecem informações valiosas para nos ajudar a avaliar o impacto do Programa Elos no cotidiano das turmas.

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Atividadedivertidanaúltimapartida: a última partida pode também ser realizada durante uma atividade que as crianças já conheçam e gostem, como um jogo de Matemática ou de Língua Portuguesa, um quebra-cabeça, uma atividade artística etc.

Roda de conversa: é interessante incluir uma roda de conversa em que se discutam, por exemplo, as mudanças nas quebras de acordos das equipes (se houve redução, ou se as equipes conseguiram colaborar mais). Seguem algumas ideias do que perguntar às crianças:

• O que acharam do jogo?

• Gostaram? Por quê?

• O que foi mais difícil?

• O que mais gostaram?

• Como se sentiam quando as equipes respeitavam os acordos?

• Gostariam de jogar no próximo ano?

• O que aprenderam com o Programa Elos?

• Acham que a turma mudou com o jogo?

• Acham que o(a) professor(a) mudou com o jogo?

Encerramentocoletivo: é possível organizar um encerramento coletivo (uma partida com várias turmas ou uma celebração final que envolva todos e todas, como uma gincana, por exemplo). Considerando que o final de ano é o período mais atarefado para os(as) educadores(as), não se sintam pressionados(as) a fazer algo grandioso, a menos que queiram. O mais importante é que seja proporcionado um momento prazeroso para as crianças e, para isso, é importante que o(a) educador(a) esteja tranquilo(a) e confiante. Muitas vezes, pequenos gestos são mais significativos para as crianças do que grandes eventos.

f) Discutirquestãodogrupoparacompartilharcomformador(a)local(10min.) Discutam e elaborem, em grupo: 1) uma questão a ser compartilhada com os demais implementadores, relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos; e/ou 2) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

6ª viSita Em Sala dE aula

Tempo total: 40 minutos.

PROgRAMA:

a) Acompanharaconduçãodeumjogoporturma,identificandonecessidadesdeapoiodecadaeducador(a).

b) Analisar, em especial, experiências em relação a variações no Programa Elos e fomento adecisõesautônomasdaturma.

c) PreenchimentodeQuestionáriodeFidelidadenaConsolidaçãoeCriação.

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ORIENTAÇÕES:

a) AcompanharaconduçãodeumjogoporturmaPara acompanhar o jogo de maneira qualificada, o(a) facilitador(a) necessita ter em mão dois instrumentos disponíveis:

• Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação.

• Registro de Pontuação.

b) Analisar,emespecial,suasexperiênciasemrelaçãoavariaçõesnoProgramaElosDurante o acompanhamento em sala de aula, o(a) facilitador(a) analisará as aplicações dos(as) educadores(as) das variações que foram planejadas no grupo de estudo.

Algumas perguntas orientadoras podem ajudar a analisar a situação:

• As variações pareceram desafiar toda a turma?

• Tiveram efeito motivador?

• Foi nítida a necessidade de um “esforço adicional” das crianças para realizarem a tarefa conforme orientado pelo(a) educador(a)?

• As crianças tiveram condições de se manter na tarefa?

c) PreenchimentodeQuestionáriodeFidelidadenaConsolidaçãoeCriaçãoAo final do Jogo, preencha, preferencialmente junto ao(à) educador(a) que você acompanhou, um Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação que será discutido no próximo grupo de estudo.

Propomos, a seguir, textos de reflexão a respeito do modelo de Educação para o qual acreditamos que o Programa Elos contribui. Embora o Elos configure-se como estratégia de prevenção ao consumo de álcool e outras drogas para crianças da faixa etária de 6 a 10 anos, seu caráter de proteção está diretamente relacionado às mudanças que promove nos padrões de interação no contexto escolar, bem como ao exercício cotidiano da instituição “Escola” para a experimentação e a reprodução “em ato” de uma cultura de paz, segurança emocional e incentivo ao envolvimento afetivo com o conhecimento. Propomos, assim, que crianças melhor protegidas de um consumo futuro problemático de drogas são aquelas que encontram nas instâncias socializadoras das quais participam – em especial, na escola – estímulo ao seu desenvolvimento integral e à projeção real de seus horizontes de possibilidades de ser, independentemente de suas aprendizagens cognitivas, sociais e afetivas prévias.

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Aprofundamento–AEducaçãoquequeremos

Carteiras enfileiradas, distantes umas das outras, de frente para um quadro negro. Um adulto fala e escreve na lousa. Crianças sentadas copiam em silêncio. Essa descrição que facilmente associamos a uma sala de aula reflete um modelo educacional que conhecemos hoje por Pedagogia Tradicional, a qual concebe o professor como aquele que sabe e os alunos como recipientes depositários desse saber. Está no centro do processo educativo. Sob essa ótica, a exposição verbal, o foco nos exercícios, na repetição e na memorização constituiriam as melhores ferramentas para garantir o aprendizado. A imposição da disciplina, particularmente expressa no silêncio e na obediência, seria requisito para o sucesso educacional.Há mais de um século, essa concepção vem sendo questionada. Diferentes abordagens teóricas e movimentos sociais passam a contrapor as noções de sujeito, de aprendizagem e do propósito da educação que fundamentam a Pedagogia Tradicional:

• A individualidade da criança, as relações interpessoais e o papel político da escola passam a ser discutidos no contexto da Escola Nova, no final do século XIX.

• As investigações sobre os múltiplos aspectos “ afetivo, cognitivo e motor “ do desenvolvimento da criança e a importância das relações entre pares ganham força no início do século XX, com as teorias psicogenéticas.

• A singularidade do sujeito na relação com o ambiente e as possibilidades de influenciar essa relação por meio da transformação ambiental são discutidas pelo Behaviorismo Radical desde meados do século XX.

• Na década de 1980, o contexto de redemocratização do País e o fim da ditadura aprofundam ainda mais a reflexão sobre o papel político da escola na transformação da realidade social. É o advento da chamada Pedagogia Crítica.

Por caminhos bastante distintos, a grande maioria das abordagens educacionais do século XX afirmou a inadequação e a insuficiência do modelo educacional tradicional. Afirmou também a necessidade de se pensar não apenas o conteúdo que se quer transmitir, mas as capacidades que se pretende desenvolver; entre elas, a colaboração, o desenvolvimento da autonomia, o pensamento crítico e a criatividade. De maneira geral, a aprendizagem passa a ser centrada na criança, na sua singularidade e também na sua capacidade de transformar o entorno, influenciar seus pares, compreender os contextos mais amplos da produção do conhecimento e buscar, através do exercício da solidariedade e da cidadania, soluções para problemas difíceis (e não apenas respostas mnemônicas a exercícios cognitivos).

O século XXI trouxe ainda novos desafios. A internet, a globalização, o acelerado avanço científico e tecnológico, a devastação ambiental, a ruptura de fronteiras políticas e econômicas, a manutenção e a complexificação de problemas sociais, como a miséria, a fome, a discriminação racial, a desigualdade entre homens e mulheres, entre tantos outros, são apenas alguns exemplos de características que marcaram o final do século XX e o início do século XXI. Com elas, a pergunta: que educação pode responder adequadamente aos desafios dessa época? Como educar? O que ensinar?

Entre os tantos grupos e pensadores que se propuseram a refletir sobre essas questões, destacamos aqui a “Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI” e seu relatório “Educação: um tesouro a descobrir”, preparado para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), do qual reproduzimos um trecho a seguir.

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Aprofundamento–osquatropilaresdaeducação

Posto que oferecerá meios, nunca antes disponíveis, para a circulação e o armazenamento de informações e para a comunicação, o próximo século submeterá a educação a uma dura obrigação que pode parecer, à primeira vista, quase contraditória. A educação deve transmitir, de fato, de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. Simultaneamente, compete-lhe encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficar submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efêmeras, que invadem os espaços públicos e privados e as levem a orientar-se para projetos de desenvolvimento individuais e coletivos. À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar por meio dele.

Nessa visão prospectiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável de educação – uma bagagem escolar cada vez mais pesada – já não é possível nem mesmo adequada. Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que possa abastecer-se indefinidamente. É necessário, antes, estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo em mudança.

A educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo, para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; aprender a viver junto, a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; finalmente, aprender a ser, via essencial que integra as três precedentes. É claro que estas quatro vias do saber constituem apenas uma, dado que existem entre elas múltiplos pontos de contato, de relacionamento e de permuta.

Mas, em regra geral, o ensino formal orienta-se, essencialmente, se não exclusivamente, para o aprender a conhecer e, em menor escala, para o aprender a fazer. As duas outras aprendizagens dependem, a maior parte das vezes, de circunstâncias aleatórias quando não são tidas, de algum modo, como prolongamento natural das duas primeiras.

Uma nova concepção ampliada de educação devia fazer com que todos pudessem descobrir, reanimar e fortalecer o seu potencial criativo – revelar o tesouro escondido em cada um de nós. Isso supõe que se ultrapasse a visão puramente instrumental da educação, considerada como a via obrigatória para obter certos resultados (saber-fazer, aquisição de capacidades diversas, fins de ordem econômica), e se passe a considerá-la em toda a sua plenitude: realização da pessoa que, na sua totalidade, aprende a ser.

Pistas e recomendações em relação aos quatro pilares da educação:

• Aprender a conhecer, combinando uma cultura geral, suficientemente ampla, com a possibilidade de estudar, em profundidade, um número reduzido de assuntos, ou seja: aprender a aprender para beneficiar-se das oportunidades oferecidas pela educação ao longo da vida.

• Aprenderafazer, a fim de adquirir não só uma qualificação profissional, mas, de uma maneira mais abrangente, a competência que torna a pessoa apta a enfrentar numerosas situações e a trabalhar em equipe. Além disso, aprender a fazer no âmbito das diversas experiências sociais ou de trabalho, oferecidas aos jovens e adolescentes, seja espontaneamente na sequência do contexto local ou nacional, seja formalmente, graças ao desenvolvimento do ensino alternado com o trabalho.

• Aprender a conviver, desenvolvendo a compreensão do outro e a percepção das interdependências “ realizar projetos comuns e preparar-se para gerenciar conflitos “no respeito pelos valores do pluralismo, da compreensão mútua e da paz.

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• Aprenderaser, para desenvolver, o melhor possível, a personalidade e estar em condições de agir com uma capacidade cada vez maior de autonomia, discernimento e responsabilidade pessoal. Com essa finalidade, a educação deve levar em consideração todas as potencialidades de cada indivíduo: memória, raciocínio, sentido estético, capacidades físicas, aptidão para comunicar-se.

• No momento em que os sistemas educacionais formais tendem a privilegiar o acesso ao conhecimento, em detrimento das outras formas de aprendizagem, é mister conceber a educação como um todo. Essa perspectiva deve, no futuro, inspirar e orientar as reformas educacionais, seja na elaboração dos programas ou na definição de novas políticas pedagógicas.

Questõesparaaprofundamento

Considerando os quatro pilares apresentados anteriormente, reflita a respeito de como o Programa Elos pode apoiar (ou não) o desenvolvimento de cada um deles. Registre suas reflexões na tabela a seguir. Em uma das visitas de monitoramento do(a) formador(a) local, você terá a oportunidade de compartilhá-las e discuti-las com todo o grupo de implementadores(as) de seu polo.

ComooProgramaElospodeapoiarodesenvolvimentodestepilar?

Comovocêpodeapoiaros(as)educadores(as)comquemtrabalhaparaintensificaracontribuiçãodoProgramaElosparaodesenvolvimentodestepilar?

Aprender a conhecer

Aprender a fazer

Aprender a conviver

Aprender a ser

Questõesparaaprofundamento

1. Revejam o primeiro Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação e o Registro de Pontuação preenchido da partida relacionada a esse questionário. Observem e registrem quais indicadores de fidelidade precisavam ser mais bem trabalhados. Analisem se há relação entre esses indicadores e o padrão de pontuações registrado.

_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

2. Nas linhas a seguir, escrevam quais instrumentos e quais ações os ajudarão a avaliar, na última visita do(a) facilitador(a) intersetorial em sala de aula, se houve mudança nos aspectos mencionados anteriormente.

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

d) Elaborarquestãodogrupoparacompartilharcomo(a)formador(a)local(10min.)Discutam e elaborem, em grupo: 1) uma questão a ser compartilhada com os demais implementadores, relacionada ao aprofundamento dos temas/fundamentos do Programa Elos; e/ou 2) um caso desafiador e soluções encontradas a partir dos fundamentos do Programa.

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6ºgRuPODEESTuDOE6ªVISITAEMSALADEAuLA

PaSSoS contEmPladoS

• Passo 18 – Avaliar as mudanças da turma.

Observação:OPasso17deveserdesconsiderado.

7º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Sistematizaçãodosregistrosdasquebrasdeacordosdasturmasaolongodoano;15min.b) Análisecoletivadosimpactosdoprogramaemcadaturma;50min.c) Planejarcomunicaçãoparaaescolaeoequipamentodesaúdedereferênciaarespeitodos

impactosdoprograma;15min. ORIENTAÇÕES:

a) Sistematizaçãodosregistrosdasquebrasdeacordosdasturmasaolongodoano(15min.)A sistematização dos dados registrados ao longo da implementação e a apresentação dessa sistematização, tanto às equipes com que trabalhamos quanto aos(às) gestores(as), pode produzir três resultados muito interessantes:

1) Compreensão mais ampla do impacto do programa por parte dos profissionais envolvidos – incluindo educadores(as), facilitadores(as) e gestores(as).

2) Avaliação simples do resultado imediato do programa e dos potenciais resultados a médio e longo prazo. 3) Valorização do trabalho do(a) educador(a) e do(a) facilitador(as) que percebe os efeitos do

seu trabalho.Sendo esta a última análise conjunta dos desempenhos das turmas no jogo, vale considerar não apenas o desempenho pontual de cada educando(a) no último jogo, mas procurar compará-los com os desempenhos observados ao longo de todo o ano.

Diferentemente dos grupos de estudo anteriores, é importante que vocês façam a análise do conjunto global dos desempenhos das crianças nos jogos e nas Observações Elos. Para isso, o melhor instrumento que todos têm à mão é o Registro de Pontuação, preenchido em momentos específicos da implementação.

A variedade de organização dos dados coletados é imensa. Por isso, apresentamos duas formas de organizá-los que oferece um “retrato” das mudanças experimentadas pela turma toda, em sua relação com cada um dos Acordos Elos.

1) Inserção dos registros realizados na 1ª Observação Elos; 1º Programa Elos; Último Jogo da Consolidação; 2ª Observação Elos; 1º Jogo na Criação (como indicado na página 12 deste guia), na tabela a seguir:

Análisederegistros

Momentosderegistro A1Atividade

A2Voz

A3Lugares

A4gentileza Totaldequebras

1ª Observação Elos

1º Programa Elos

Último Jogo da Consolidação

2ª Observação Elos

1º Jogo da Criação

Total de quebras por acordo

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2) Após a inserção dos registros na tabela anterior, os dados também podem ser visualizados por meio de um gráfico. Os registros podem ser transpostos para a figura a seguir (caso precise de apoio para o preenchimento do gráfico, vejam o modelo da página, na sequência).

ENGAJAMENTO DA TURMA EM RELAÇÃO AOS ACORDOS ELOS Turma:__________

Que

bra

de A

cord

os

ConsolidaçãoFamiliarização Criação

1ª obs.Elos

1º Jogo últimojogo da

consolidação

primeirojogo dacriação

2ª obs.Elos

30

25

20

15

10

05

0

Acordo 1 Acordo 2 Acordo 3 Acordo 4

Com os registros organizados e os gráficos desenhados, todos terão um belo desafio de análise e discussão pela frente. Este exercício pode ser considerado um reconhecimento do enorme envolvimento e da dedicação do coletivo ao Programa, além de fornecer a visualização do impacto da implementação.

b) Análisecoletivadosimpactosdoprogramaemcadaturma(50min.) Agora, caberá ao grupo compartilhar a sistematização que fizeram e que retratam o desenvolvimento de cada turma em relação aos Acordos Elos. Caberá aos participantes do grupo de estudo a interpretação dos dados em cada um dos processos de implementação “não mais apenas levantar hipóteses.

Talvez nem todas as expectativas em relação às mudanças em suas turmas tenham se concretizado em alguns casos; em outros, pode ter havido até mesmo uma superação das expectativas. Esperamos que, para todos(as), a experiência tenha sido satisfatória e tenha trazido contribuições às práticas profissionais de cada um(a). Como suporte ao exercício de análise e interpretação das variações das quebras de acordo das turmas ao longo da implementação, apresentamos, a seguir, um gráfico preenchido e listamos algumas análises possíveis. Todas as informações nele registradas são acessíveis nos Registros de Pontuação utilizados no acompanhamento de jogos ou Observações Elos.

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Oqueépossívelobservar?

• A maior quantidade de quebras de acordos deu-se na 1ª Observação Elos, o que denota impacto positivo do jogo no comprometimento da turma com acordos de convívio social.

• A partir do 1º Programa Elos e por alguns meses de implementação, é possível verificar o desenvolvimento de uma tendência gradativa de redução das quebras de acordo e provável estabilização em um patamar entre uma a duas quebras por partida.

• Na 2ª Observação Elos, todas as equipes quebraram mais acordos do que nos jogos anteriores, o que denota que, embora a quantidade de quebras tenha sido consideravelmente menor do que na 1ª Observação Elos, as crianças ainda dependem da intervenção do(a) educador(a) durante os jogos para agirem considerando os quatro acordos do Programa. Os reconhecimentos naturais ainda não são suficientes para manterem, sozinhos, as novas interações desenvolvidas.

• Após mais dois meses de prática de jogo, e com o investimento do(a) educador(a) em variar aspectos importantes do jogo, criando condições mais desafiadoras, as quebras de acordos das crianças durante a última observação realizada diminuíram significativamente. Isso demonstra ter aumentado a generalização das interações promovidas pelo programa e que os reconhecimentos naturais passaram a ser mais percebidos pelas crianças – como os benefícios de conseguir se concentrar, de ser aceito pelos colegas, de sentir-se tranquilo com níveis de voz mais baixos em determinadas tarefas, de sentir-se envolvido afetivamente com a escola e o conhecimento etc.

• Embora existam pequenas variações nas quantidades de quebras de cada um dos acordos, é possível notar que há uma unidade em relação ao compromisso das crianças com todos os acordos coletivos.

Que outras interpretações você faz dos dados organizados? Que análises gostaria de fazer com o coletivo de educadores(as), facilitadores(as) intersetoriais e com os gestores escolares?

c) Planejarcomunicaçãoparaaescolaarespeitodosimpactosdoprograma(15min.)Além do encerramento do trabalho entre o grupo de estudo, é também importante promover um encerramento que envolva a comunicação dos resultados do programa para os(as) gestores(as) escolares, dos equipamentos de saúde envolvidos e das secretarias municipais e/ou estaduais de Saúde e Educação. A seguir, apresentamos algumas sugestões para a condução e a organização deste momento.

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APRESENTAÇÃODOSRESuLTADOSPARAgESTORES(AS)

O objetivo desse encontro é que os(as) implementadores(as) de um mesmo município possam compartilhar sua experiência com gestores(as), discutindo os benefícios observados, as dificuldades e as possibilidades de continuidade do Programa. Queremos construir uma rede de proteção e prevenção, e isso só pode ser feito em coletivo. É possível que alguns(mas) de vocês sejam funcionários(as) das próprias secretarias municipais e/ou estaduais e que já conversem com seus pares sobre os aprendizados e as dificuldades com o Programa. Ainda assim, organizar um momento mais estruturado para isso será de grande valor. Caso avaliem a necessidade de um suporte maior em assuntos relacionados à prevenção, reservem um momento do encontro para isso. Desse modo, todos(as) poderão colocar suas ideias e propor estratégias.

Esse encontro será organizado e conduzido por vocês e demais facilitadores(as) intersetoriais do município, com o apoio do(a) formador(a) local. Os seguintes recursos podem ajudá-lo nessa preparação:

• ApresentaçõesdePowerPoint: o(a) formador(a) local poderá compartilhar com vocês um conjunto de slides dessa apresentação que abordam e incluem resultados esperados em curto e em longo prazos, etapas de implementação, apresentação dos acordos, instruções do jogo, elementos centrais, entre outros. Para que todos os presentes na reunião proposta estejam cientes das principais características do programa é importante fazer essa breve explanação inicial. Vocês podem se dividir na apresentação.

• gráficos:os Gráficos do Engajamento das turmas em relação aos Acordos Elos são muito ilustrativos dos impactos do Programa. Sugerimos que vocês organizem o conjunto de gráficos que produziram ou, se forem muitos, uma parcela deles. Caso avaliem que outros recursos são também interessantes de serem utilizados nessa comunicação, fiquem à vontade para fazê-lo, como usar trechos dos guias de educadores(as) e de implementação, consultar as referências bibliográficas dos referidos manuais, apresentar depoimentos de educandos(as) e educadores(as) etc. Preparamos, também, um texto com uma breve síntese de alguns resultados esperados do jogo e que lhe pode ser útil.

Resultadosesperadosemcurtoeemlongoprazo

O Programa Elos – Construindo Coletivos é inspirado no programa Good Behavior Game (GBG), um método criado por um professor estadunidense (Barrish, 1969) para reduzir os conflitos, as agressões e os comportamentos alheios à tarefa em uma sala de aula dos Estados Unidos da América (EUA). O GBG popularizou-se rapidamente entre os professores dos EUA e também do mundo por consistir em uma estratégia de fácil implementação que trazia grandes benefícios observáveis pelo professor. Entre eles:

• Redução dos episódios de agressão física e verbal e de conflitos na escola.

• Redução de comportamentos de retraimento e timidez.

• Redução de comportamentos disruptivos (como interrupção da fala do professor e dos colegas, por exemplo) e comportamentos alheios à tarefa (maior engajamento das crianças nas atividades propostas).

• • Aumento do tempo de ensino/aprendizado em função da redução de tempo gastos redirecionando as crianças para suas atividades e impedindo agressões.

Com o passar dos anos, o Programa foi implementado em um número crescente de países, aliado a um grande número de pesquisas avaliativas. Os resultados dessas pesquisas não apenas comprovaram os benefícios observados pelos professores, mas também demonstraram que esses benefícios constituíam fatores de proteção para as crianças, influenciando suas ações e escolhas na fase adulta.

Estudos consecutivos realizados com as mesmas crianças, por um período superior a 13 anos, demonstram que aquelas que jogaram GBG em suas salas (durante apenas um ano letivo do

58

ensino fundamental), quando comparadas a um grupo controle que não recebera a intervenção, apresentaram significativa redução nos seguintes fatores:

• Uso abusivo de álcool e outras drogas (Kellam et al., 2008).

• Tabagismo (Kellam et al., 2008).

• Transtorno de Personalidade Antissocial (Kellam et al., 2008).

• Registro em Juizado de Menores e/ou prisão por crimes violentos (Petras et al.,2008; Kellam et al., 2008).

• Uso de dispositivos de intervenção clínica, tais como acompanhamento psicológico e medicamentos (Poduska et al., 2008).

• Tentativas de suicídio (Wilcox et al., 2008).

Ao que tudo indica, você acaba de encerrar a implementação do Programa Elos.

Deixamos aqui nossa gratidão por você ter topado esse desafio conosco e por todas as novas marcas afetuosas e de respeito que você auxiliou os(as) outros(as) trabalhadores(as) com quem atuou a deixarem em seus(suas) educandos(as). Esteja seguro(a) de que sua atuação foi fundamental para contribuir significativamente com as formações humana, sociopolítica e cognitiva de cada um e cada uma, preparando todos(as) para agirem no mundo positivamente e para apaixonarem-se pelo conhecimento. Muito obrigada!

59

Referências

American Psychiatric Association. DSM-IV. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: ARTMED, 4. ed, 2002.

Andalo, C. S. de A. O papel de coordenador de grupos. Psicol. USP, São Paulo, v. 12, n. 1, 2001.

Barrish, H. H., Saunders, M., & Wolfe, M. M. (1969). Good Behavior Game: Effects of individual contingencies for group consequences on disruptive behavior in a classroom. Journal of Applied Behavior Analysis, 2, 119–124.

Freire, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

Gabinete de Apoio à Qualidade de Ensino, Estratégias de Ensino in Cadernos da NOVA 2012-2013, Universidade Nova de Lisboa.

Gayotto, M. L. C. e Domingues, I. Liderança: aprenda a mudar em grupo, Editora Vozes, 1996.

Gigliotti, A. & Bessa, M. A. Síndrome de Dependência do Álcool: critérios diagnósticos. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 26, n. 1, p. 11-13, 2004.

Guerra, G. & Clark, N. Da coerção à coesão: Tratamento da dependência de drogas por meio de cuidados em saúde e não da punição. Documento utilizado para discussão no “Simpósio Internacional Sobre Drogas: da Coerção à Coesão”. Escritório das Nações Unidas sobre drogas e crime, Brasília/DF, 2010.

Kellam, S. G., Brown, C. H., Poduska, J. M., Ialongo, N. S., Wang, W., Toyinbo, P., et al. Effects of a universal classroom behavior management program in first and second grades on young adult behavioral, psychiatric, and social outcomes. Drug and Alcohol Dependence, v. 95, n. 1, p. 1-28, 2008.

Kellam, S. G.; Branch, JD.; Agrawal, KC.; Ensminger, ME. Mental Health and Going to School: The Woodlawn Program of Assessment, Early Intervention, and Evaluation. University of Chicago Press; Chicago: 1975.

Milani, F. M. Tá combinado! Construindo um Pacto de Convivência na Escola. Salvador: Editora P&A, 2005.

Montessori, M. Mente absorvente. Rio de Janeiro: Portugália Editora, s.d.

Montessori, M. The Montessori Method. New York: Frederick A. Stokes Company, 1912.

Petras, H., Kellam, S. G., Brown, C. H., Muthen, B. O., Ialongo, N. S., & Poduska, J. M. (2008). Developmental epidemiological courses leading to antisocial personality disorder and violent and criminal behavior: Effects by young adulthood of a universal preventive intervention in first-and-second-grade classrooms. Drug and Alcohol Dependence, 95 (Suppl. 1), 45-59.

Piaget, J. A Construção do real na criança. Rio de Janeiro, Zahar, 1970.

Poduska, J. M., Kellam, S. G., Wang, W., Brown, C. H., Ialongo, N. S., & Toyinbo, P. (2008). Impact of the Good Behavior Game, a universal classroom-based behavior intervention, on young adult service use for problems with emotions, behavior, or drugs or alcohol. Drug and Alcohol Dependence, 95 (Suppl. 1), 29-44.

Sanchez, Z. V. D. M. & Schneider, D. R. Síntese dos Resultados: Avaliação do projeto pré-piloto do processo de implantação do programa Programa Elos em escolas da rede pública dos Estados de São Paulo e Santa Catarina, 2014.

60

Serrão, M. & Baleeiro, M. C. Aprendendo a ser e a conviver. São Paulo: FTD/Fundação Odebrecht. 1999.

Silva, C. E. Características de um projeto governamental de prevenção do uso de drogas e coerência delas com os conceitos de “prevenção” e “comportamento-objetivo”. Dissertação de mestrado. Universidade Federal de Santa Catarina, 2013.

Skinner, B. F. Sobre o Behaviorismo. São Paulo: Cultrix, 1974.

Sodelli, M. A abordagem proibicionista em desconstrução: compreensão fenomenológica existencial do uso de drogas. Ciência e Saúde Coletiva, v. 15, n. 3, 637-644, 2010.

Vygotski, L. S. (1995). Obras escogidas III: problemas del desarollo de la psique. Madrid: Visor.

Wilcox, H. C., Kellam, S. G., Brown, C. H., Poduska, J. M., Ialongo, N. S., Wang, W., & Anthony, J. C. (2008). The impact of two universal randomized first-and second-grade classroom interventions on young adult suicide ideation and attempts. Drug and Alcohol Dependence, 95S, 60-73.

Zimerman, D. E. Atributos desejáveis para um coordenador de grupo. In D. E. Zimerman, & L. C. Osório et al. Trabalhar com grupos. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1997.

61

Apêndice

Programa EloS

conStruindo colEtivoS

Caderno de Instrumentos

63

Sumário

inStrumEntoS dE aPoio à Familiarização 651º gruPo dE EStudo 68

1ª viSita Em Sala dE aula 71

2º gruPo dE EStudo 72

2ª viSita Em Sala dE aula 73

inStrumEntoS dE aPoio à conSolidação 743ª viSita Em Sala dE aula 74

3º gruPo dE EStudo 77

4ª viSita Em Sala dE aula 79

4º gruPo dE EStudo 82

5ª viSita Em Sala dE aula 83

5º gruPo dE EStudo 86

inStrumEntoS dE aPoio à criação 876º gruPo dE EStudo 87

6ª viSita Em Sala dE aula 89

7º gruPo dE EStudo 92

gráFico dE EngajamEnto da turma Em rElação ao jogo EloS 93

inStrumEntoS dE aPoio continuado 95dEScrição doS itEnS dE FidElidadE naS obSErvaçõES EloS 95

dEScrição doS itEnS dE FidElidadE na Familiarização 96

dEScrição doS itEnS dE FidElidadE na conSolidação E criação 97

64

Apresentação

Olá, facilitador(a) do Programa Elos. Bem-vindo(a)!

Este caderno é composto de todos os instrumentos que sustentam sua prática como facilitador(a), especificamente em relação ao Componente Escolar. Estão organizados por visitas e grupos de estudo.

Os instrumentos encontram-se em quantidade suficiente para o acompanhamento das turmas que você assistirá. Caso haja uma quantidade maior de turmas, informe o(a) formador(a) local e solicite um Caderno de Instrumentos adicional.

Na seção “Instrumentos de Apoio Continuado”, você encontrará três instrumentos que descrevem critérios de avaliação que apoiam a utilização dos Questionários de Fidelidade, propostos para monitoramento e qualificação da implantação do jogo nas turmas acompanhadas. A consulta frequente desses critérios apoiará e orientará a sua prática e segurança em relação ao Programa e a como orientar os(as) educadores(as) que aceitaram o desafio de experimentá-lo com as turmas para as quais dão aulas.

Além dos materiais didáticos e instrucionais do Programa Elos, você contará com o apoio frequente do(a) formador(a) local de seu município. Conte com ele(a) para retirar suas dúvidas, planejar o apoio aos profissionais implementadores e para aprofundamentos nos princípios e elementos centrais do Programa.

Desejamos um excelente ano de trabalho!

Equipe Elos

65

Instrumentos de Apoio à Familiarização

Formar E EXPErimEntar aS EQuiPES EloS

1.1MAPEAMENTODASINTERAÇÕESDATuRMA–PASSO2

MAPEAMENTODASINTERAÇÕESDATuRMA

EducandoMododeinteragirpredominante gênero Desempenhoescolar

Agressividade Dispersão Timidez Cooperação Menino Menina Muitadificuldade Mediano Sem

dificuldade

66

1.2DEF

INIÇÕES

DEEQ

uIPES

–PASS

O2

TuRMA1:________________________

Equi

pe 1

Eq

uipe

2

Equi

pe 3

Eq

uipe

4

Equipe5

Equi

pe 6

1.

1.

1.

1.

1.

1.

2.2.

2.2.

2.2.

3.3.

3.3.

3.3.

4.4.

4.4.

4.4.

5.5.

5.5.

5.5.

6.6.

6.6.

6.6.

7.7.

7.7.

7.7.

8.8.

8.8.

8.8.

67

TuRMA2:________________________

Equi

pe 1

Eq

uipe

2

Equi

pe 3

Eq

uipe

4

Equipe5

Equi

pe 6

1.

1.

1.

1.

1.

1.

2.2.

2.2.

2.2.

3.3.

3.3.

3.3.

4.4.

4.4.

4.4.

5.5.

5.5.

5.5.

6.6.

6.6.

6.6.

7.7.

7.7.

7.7.

8.8.

8.8.

8.8.

68

Data ___/___/___

1º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Abertura do grupo de estudo; 5 min.

b) Análise das etapas de implementação e cronograma de acompanhamento; 10 min.

c) Compartilhamento de dúvidas e discussão do Passo 2 (formar Equipes Elos); 25 min.

d) Compartilhamento de dúvidas e planejamento do Passo 3 (realizar a 1ª Observação Elos); 35 min.

e) Discutir questão do grupo para compartilhar com formador(a) local; 10 min.

Participantes:____________________________________________________________________________

_________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Principaispontosdiscutidoseencaminhamentos:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

69

1.3REgISTRODEPLANEJAMENTOEREgISTRODEPONTuAÇÃODA1ªOBSERVAÇÃOELOS–PASSO3

1ªOBSERVAÇÃOELOS:PLANEJAMENTO Turma1:_________

Atividade (A1)

Instruções da atividade (se você já tiver descrito as instruções da atividade em seu planejamento da aula, não é necessário repeti-las aqui)

Tempo da observação Local Nível de voz (A2) Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4)

1ªOBSERVAÇÃOELOS:REgISTRO

Equipes A1atividade

A2voz

A3lugares

A4gentileza

Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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1ªOBSERVAÇÃOELOS:PLANEJAMENTO Turma2:_________

Atividade (A1)

Instruções da atividade (se você já tiver descrito as instruções da atividade em seu planejamento da aula, não é necessário repeti-las aqui)

Tempo da observação Local Nível de voz (A2) Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4)

1ªOBSERVAÇÃOELOS:REgISTRO

Equipes A1atividade

A2voz

A3lugares

A4gentileza

Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

71

Data ___/___/___

1ª viSita Em Sala dE aula

PROgRAMA:

a) Familiarizar-se com a dinâmica da turma.

b) Apoio ao(à) educador(a) na condução da 1ª Observação Elos (Passo 3).

c) Preencher um Questionário de Fidelidade de Observações Elos.

1.4QuESTIONÁRIODEFIDELIDADEDEOBSERVAÇÕESELOS–PASSO3

Data:_____________

Marque as ações apresentadas pelo(a) educador(a) com um ✓ Turma 1 Turma 2 Turma 3 Turma 4

1

Planejar atividade de cunho pedagógico, incluindo: descrição das instruções da atividade, tempo de observação, local, nível de voz, acordo de lugares e ações consideradas “ser gentil” na atividade.

2 Organizar a turma nas equipes formuladas sem comunicar que se tratam de Equipes Elos.

3 Dar instruções da atividade de maneira clara, precisa e concisa, sem mencionar o Jogo Elos.

4 Retirar e antever dúvidas dos(as) educandos(as).

5Propor para a turma nível de voz, acordo de lugares e ações que configuram gentileza, sem mencionar os Acordos Elos nem o Jogo Elos.

6Utilizar o Registro de Observação Elos para registrar as quebras de acordo durante a observação

7Limitar a interação verbal e a não verbal com a turma, mantendo-se no papel de observador das interações das equipes.

8 Controlar o tempo de observação.

72

Data ___/___/___

2o gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Compartilhar Registros de Pontuação referentes à 1ª Observação Elos realizada em cada sala; 25 min.

b) Discutir formas lúdicas de apresentar os Acordos Elos que produzam sentido para as crianças; 25 min.

c) Planejar coletivamente as atividades a serem realizadas pelos(as) educadores(as) para apresentação dos Acordos Elos às suas turmas; 20 min.

d) Discutir questão do grupo para compartilhar com formador(a) local; 10 min.

e) Orientações adicionais; 10 min.

Participantes:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Principais pontos levantadoseencaminhamentos:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________

73

Data ___/___/___

2a viSita Em Sala dE aula

PROgRAMA:

Acompanhar educadores(as) na apresentação dos Acordos Elos à turma.

2.1OBSERVAÇÃODOENSINODOSACORDOSELOSÀSTuRMAS–PASSO4

Turma 1:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Turma 2:

_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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inStrumEntoS dE aPoio à conSolidação

Data ___/___/___

3ª viSita Em Sala dE aula

PROgRAMA:

Acompanhar a condução do 1º Jogo Elos, identificando necessidades de apoio dos(as) educadores(as).

3.1REgISTRODEPLANEJAMENTOEDEPONTuAÇÃODO1ºJOgOELOS–PASSO7

1ºJOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma1:_________Atividade (A1) Atividade extra

Tempo do jogo Local Nível de voz (A2)

Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4) Como será a Comemoração Elos

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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1ºJOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma2:_________Atividade (A1) Atividade extra

Tempo do jogo Local Nível de voz (A2)

Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4) Como será a Comemoração Elos

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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3.2QuESTIONÁRIODEFIDELIDADENACONSOLIDAÇÃOECRIAÇÃO

Assinale os itens contemplados pelos(as) educadores(as) com um ✓ Turma1 Turma2 Turma3 Turma41.PREPARAÇÃOEACOMPANHAMENTO

I.Antesdojogo

1.1 Organizar a sala, pendurar cartazes dos Acordos Elos, Combinados Elos e Painel de Registro Elos.

1.2 Organizar educandos em suas equipes e carteiras dispostas em grupos.

1.3 Explicar a atividade com clareza e em pequenos passos.

1.4 Revisar os quatro acordos e fazer combinados pra cada um.

1.5 Orientar os(as) educandos(as) sobre a atividade extra para quando terminarem a tarefa principal.

1.6 Definir e anunciar o tempo do jogo.

II.Duranteojogo

1.7 Marcar e comentar a quebra de acordos, usando voz neutra, entregando um cartão de Devolutiva Oops!.

1.8 Reconhecer verbalmente o compromisso com os Acordos Elos, entregando um cartão de Devolutivas Elos.

1.9 Limitar a interação verbal e não verbal às devolutivas.

1.10 Anunciar o término do tempo do jogo.

III.Depoisdojogo

1.11 Anunciar e reconhecer as equipes ganhadoras do jogo por meio do Painel de Registro Elos.

1.12 Utilizar Caderninho Elos e outros recursos de reconhecimento.

1.13 Envolver os guardiões e as guardiãs nos reconhecimentos das equipes ganhadoras.

2.RECONHECIMENTO2.1 Reconhecer o cumprimento dos acordos durante e fora do jogo.

2.2 Reconhecer interações positivas dos educandos, de colaboração e respeito aos outros.

2.3 Realizar reconhecimento surpresa.

3.TRABALHOEMEQuIPE3.1 Revisar o equilíbrio e o desenvolvimento das equipes regularmente.

4.PLANEJAMENTODASATIVIDADES4.1 Registrar o planejamento de todos os jogos nas Planilhas de Planejamento.

4.2. Preencher as Planilhas de Registro de Pontuação dos Jogos e Observações Elos indicados.

4.3 Utilizar Planilhas de Planejamento e Registros de Pontuação nas visitas do(a) facilitador(a) e para planejar os próximos passos.

77

Data ___/___/___

3º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Compartilhar Registros de Pontuação referentes ao 1º Jogo Elos de cada turma; 25 min.

b) Localizar e discutir aspectos que precisam ser aprimorados na condução do jogo, promovendo-se o apoio mútuo entre os(as) participantes; 15 min.

c) Localizar aspectos exitosos na condução do jogo, por meio de apoio mútuo entre participantes; 15 min.

d) Discutir a importância da adequação das atividades para o momento de jogo; 15 min.

e) Discutir questão do grupo para compartilhar com formador(a) local; 10 min.

f) Preenchimento de Questionário de Fidelidade na Familiarização por facilitadores(as); 10 min.

Participantes:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Principaispontoslevantadoseencaminhamentos:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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3.3QuESTIONÁRIODEFIDELIDADENAFAMILIARIZAÇÃO

Assinale os itens contemplados pelos(as) educadores(as) com um ✓ Turma1 Turma2 Turma3 Turma41.PREPARAÇÃOEACOMPANHAMENTO

1.1 Realizar Observação Elos.

1.2 Apresentar e discutir os Acordos e Combinados Elos com a turma.

2.RECONHECIMENTO

2.1 Identificar elementos e atividades de reconhecimento.

2.2 Fazer levantamento com a turma.

3.TRABALHOEMEQuIPE

3.1 Formar equipes e definir o(a) guardião(ã) de cada uma.

3.2 Escolha do nome das equipes.

3.3 Confecção do mascote de cada equipe.

3.4 Confecção de figuras de reconhecimento para Painel de Registro Elos.

4.PLANEJAMENTODASATIVIDADES

4.1 Identificar e selecionar momentos da aula para o jogo.

4.2 Identificar e selecionar atividades (do planejamento) para jogar.

Observações:

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

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Data ___/___/___

4ª viSita Em Sala dE aula

PROgRAMA:

Analisar:

a) As características das instruções oferecidas.

b) Os elementos de reconhecimento eleitos pelo(a) educador(a).

c) As características das Devolutivas Oops!.

d) O grau de participação da turma em relação às tomadas de decisão relacionadas ao jogo.

Além disso, preencher um Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação junto ao(à) educador(a).

4.1REgISTRODEPLANEJAMENTOEDEPONTuAÇÃODO1ºJOgOELOS–PASSO7

1ºJOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma1:_________Atividade (A1) Atividade extra

Tempo do jogo Local Nível de voz (A2) Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4) Como será a Comemoração Elos

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

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1ºJOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma1:_________Atividade (A1) Atividade extra

Tempo do jogo Local Nível de voz (A2)

Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4) Como será a Comemoração Elos

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

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81

4.2QuESTIONÁRIODEFIDELIDADENACONSOLIDAÇÃOECRIAÇÃO

Assinale os itens contemplados pelos(as) educadores(as) com um ✓ Turma1 Turma2 Turma3 Turma41.PREPARAÇÃOEACOMPANHAMENTO

I.Antesdojogo

1.1 Organizar a sala, pendurar cartazes dos Acordos Elos, Combinados Elos e Painel de Registro Elos.

1.2 Organizar educandos em suas equipes e carteiras dispostas em grupos.

1.3 Explicar a atividade com clareza e em pequenos passos.

1.4 Revisar os quatro acordos e fazer combinados pra cada um.

1.5 Orientar os(as) educandos(as) sobre a atividade extra para quando terminarem a tarefa principal.

1.6 Definir e anunciar o tempo do jogo.

II.Duranteojogo

1.7 Marcar e comentar a quebra de acordos, usando voz neutra, entregando um cartão de Devolutiva Oops!.

1.8 Reconhecer verbalmente o compromisso com os Acordos Elos, entregando um cartão de Devolutivas Elos.

1.9 Limitar a interação verbal e não verbal às devolutivas.

1.10 Anunciar o término do tempo do jogo.

III.Depoisdojogo

1.11 Anunciar e reconhecer as equipes ganhadoras do jogo por meio do Painel de Registro Elos.

1.12 Utilizar Caderninho Elos e outros recursos de reconhecimento.

1.13 Envolver os guardiões e as guardiãs nos reconhecimentos das equipes ganhadoras.

2.RECONHECIMENTO

2.1 Reconhecer o cumprimento dos acordos durante e fora do jogo.

2.2 Reconhecer interações positivas dos educandos, de colaboração e respeito aos outros.

2.3 Realizar reconhecimento surpresa.

3.TRABALHOEMEQuIPE

3.1 Revisar o equilíbrio e o desenvolvimento das equipes regularmente.

4.PLANEJAMENTODASATIVIDADES

4.1 Registrar o planejamento de todos os jogos nas Planilhas de Planejamento.

4.2. Preencher as Planilhas de Registro de Pontuação dos Jogos e Observações Elos indicados.

4.3 Utilizar Planilhas de Planejamento e Registros de Pontuação nas visitas do(a) facilitador(a) e para planejar os próximos passos.

82

Data ___/___/___

4º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

Discutir:

a) Instruções oferecidas; 15 min.

b) Elementos de reconhecimento; 20 min.

c) Devolutivas Oops!; 25 min.

d) Compartilhamento de decisões do jogo com a turma; 20 min.

e) Questão do grupo para compartilhar com formador(a) local; 10 min.

Participantes:

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________________

Principais pontos levantadoseencaminhamentos:

__________________________________________________________________________________

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83

Data ___/___/___

5ª viSita Em Sala dE aula

PROgRAMA:

a) Apoiar educadores(as) na condução da 2ª Observação Elos (Passo 14).

b) Preencher um Questionário de Fidelidade de Observações.

5.1REgISTRODEPLANEJAMENTOEREgISTRODEPONTuAÇÃODA2ªOBSERVAÇÃOELOS–PASSO14

2ªOBSERVAÇÃOELOS:PLANEJAMENTO Turma1:_________

Atividade (A1)

Instruções da atividade (se você já tiver descrito as instruções da atividade em seu planejamento da aula, não é necessário repeti-las aqui)

Tempo da observação Local Nível de voz (A2) Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4)

2ªOBSERVAÇÃOELOS:REgISTRO

Equipes A1atividade

A2voz

A3lugares

A4gentileza

Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

____________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

___________________________________________________________________________________________

____________________________________________________________________________________________

84

2ªOBSERVAÇÃOELOS:PLANEJAMENTO Turma1:_________

Atividade (A1)

Instruções da atividade (se você já tiver descrito as instruções da atividade em seu planejamento da aula, não é necessário repeti-las aqui)

Tempo da observação Local Nível de voz (A2) Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4)

2ªOBSERVAÇÃOELOS:REgISTRO

Equipes A1atividade

A2voz

A3lugares

A4gentileza

Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

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85

5.2QuESTIONÁRIODEFIDELIDADEDEOBSERVAÇÕESELOS–PASSO14

Data: _____________

Marque as ações apresentadas pelo(a) educador(a) com um ✓ Turma 1 Turma 2 Turma 3 Turma 4

1

Planejar atividade de cunho pedagógico, incluindo: descrição das instruções da atividade, tempo de observação, local, nível de voz, acordo de lugares e ações consideradas “ser gentil” na atividade.

2 Organizar a turma nas equipes formuladas sem comunicar que se tratam de Equipes Elos.

3 Dar instruções da atividade de maneira clara, precisa e concisa, sem mencionar o Jogo Elos.

4 Retirar e antever dúvidas dos(as) educandos(as).

5Propor para a turma nível de voz, acordo de lugares e ações que configuram gentileza, sem mencionar os Acordos Elos nem o Jogo Elos.

6 Utilizar Registro de Observação Elos para registrar as quebras de acordo durante a observação.

7Limitar a interação verbal e não verbal com a turma, mantendo-se no papel de observador das interações das equipes.

8 Controlar o tempo de observação.

86

Data ___/___/___

5º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Análise coletiva dos jogos observados em outras turmas; 30 min .

b) Compartilhamento de registros de pontuação da 2ª Observação Elos de cada sala; 30 min.

c) Discussão sobre como promover a Generalização nas turmas e equipes; 15 min.

d) Discutir questão para compartilhar com formador(a) local; 10 min.

Participantes:

_______________________________________________________________________________________

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Principais pontos levantadoseencaminhamentos:

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87

inStrumEntoS dE aPoio à criação

Data ___/___/___

6º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Planejamento de variações de jogo (Passo 15); 15 min.

b) Analisar coletivamente as estratégias utilizadas por cada educador(a) para fomento de decisões autônomas da turma em relação ao jogo; 15 min.

c) Fomentar discussão sobre como interpretar os dados de cada turma, especialmente em relação à generalização; 15 min.

d) Conduzir discussão acerca do tema generalização; 15 min.

e) Planejar o encerramento na sala de aula; 20 min.

f) Discutir questão do grupo para compartilhar com formador(a) local; 10 min.

Participantes:

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

Principais pontos levantadoseencaminhamentos:

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88

6.1REgISTRODOPLANEJAMENTODEVARIAÇÕESNOSPRÓXIMOSJOgOS

Disciplina Atividade

Comoproporumjeitodiferenteemaisdesafiadorderealizá-laduranteumjogo?

Instruçõesdesafiadoras Localinusitado

Níveldevoz

desafiador

Combinadode lugares desafiador

89

Data ___/___/___

6ª viSita Em Sala dE aula

PROgRAMA:

a) Acompanhar a condução de um jogo por turma, identificando necessidades de apoio de cada educador(a).

b) Analisar, em especial, experiências em relação a variações no Jogo Elos e fomento a decisões autônomas da turma.

c) Preenchimento de Questionário de Fidelidade na Consolidação e Criação.

6.2REgISTRODEPLANEJAMENTOEDEPONTuAÇÃODO1ºJOgOELOS–PASSO7

1ºJOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma1:_________Atividade (A1) Atividade extra

Tempo do jogo Local Nível de voz (A2)

Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4) Como será a Comemoração Elos

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

________________________________________________________________________________________

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90

1ºJOgOELOS:PLANEJAMENTOTurma1:_________Atividade (A1) Atividade extra

Tempo do jogo Local Nível de voz (A2)

Acordo de lugares (A3)

O que será considerado “ser gentil” nessa atividade (A4) Como será a Comemoração Elos

JOgOELOS:REgISTRO

Equipes A1 atividade

A2 voz

A3 lugares

A4 gentileza Total de quebras

Equipe 1:

Equipe 2:

Equipe 3:

Equipe 4:

Equipe 5:

Equipe 6:

Total de quebras por acordo

Observações:

_______________________________________________________________________________________

_______________________________________________________________________________________

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91

6.3QuESTIONÁRIODEFIDELIDADENACONSOLIDAÇÃOECRIAÇÃO

Data __/__/__

Assinale os itens contemplados pelos(as) educadores(as) com um ✓ Turma1 Turma2 Turma3 Turma41.PREPARAÇÃOEACOMPANHAMENTO

I.Antesdojogo

1.1 Organizar a sala, pendurar cartazes dos Acordos Elos, Combinados Elos e Painel de Registro Elos.

1.2 Organizar educandos em suas equipes e carteiras dispostas em grupos.

1.3 Explicar a atividade com clareza e em pequenos passos.

1.4 Revisar os quatro acordos e fazer combinados pra cada um.

1.5 Orientar os(as) educandos(as) sobre a atividade extra para quando terminarem a tarefa principal.

1.6 Definir e anunciar o tempo do jogo.

II.Duranteojogo

1.7 Marcar e comentar a quebra de acordos, usando voz neutra, entregando um cartão de Devolutiva Oops!.

1.8 Reconhecer verbalmente o compromisso com os Acordos Elos, entregando um cartão de Devolutivas Elos.

1.9 Limitar a interação verbal e não verbal às devolutivas.

1.10 Anunciar o término do tempo do jogo.

III.Depoisdojogo

1.11 Anunciar e reconhecer as equipes ganhadoras do jogo por meio do Painel de Registro Elos.

1.12 Utilizar Caderninho Elos e outros recursos de reconhecimento.

1.13 Envolver os guardiões e as guardiãs nos reconhecimentos das equipes ganhadoras.

2.RECONHECIMENTO

2.1 Reconhecer o cumprimento dos acordos durante e fora do jogo.

2.2 Reconhecer interações positivas dos educandos, de colaboração e respeito aos outros.

2.3 Realizar reconhecimento surpresa.

3.TRABALHOEMEQuIPE

3.1 Revisar o equilíbrio e o desenvolvimento das equipes regularmente.

4.PLANEJAMENTODASATIVIDADES

4.1 Registrar o planejamento de todos os jogos nas Planilhas de Planejamento.

4.2. Preencher as Planilhas de Registro de Pontuação dos Jogos e Observações Elos indicados.

4.3 Utilizar Planilhas de Planejamento e Registros de Pontuação nas visitas do(a) facilitador(a) e para planejar os próximos passos.

92

Data ___/___/___

7º gruPo dE EStudo

PROgRAMA:

a) Sistematização dos registros das quebras de acordos das turmas ao longo do ano; 15 min.

b) Analisar coletivamente os impactos do Programa em cada turma; 50 min.

c) Planejar comunicação para a escola e equipamento de saúde de referência a respeito dos impactos do Programa; 15 min.

Participantes:

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Principaispontoslevantadoseencaminhamentos:

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93

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GA

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94

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inStrumEntoS dE aPoio continuado

Descrição dos Itens de Fidelidade nas Observações Elos

Este instrumento contém a descrição dos elementos indicadores de fidelidade da implementação presentes no QuESTIONÁRIODEFIDELIDADEDEOBSERVAÇÕESELOS. Em cada item, serão apresentadas as evidências que garantem uma implementação altamente eficaz e servem, portanto, de guia para que se possa determinar uma avaliação de qualidade do processo de implementação do Jogo Elos.

1. Planejar atividade de cunho pedagógico, incluindo: descrição das instruções da atividade, tempo de observação, local, nível de voz, acordo de lugares e ações consideradas “ser gentil” na atividade.

9 Preenchimento da tabelas de planejamento das observações, considerando atividades que não exigem participação direta do(a) educador(a).

2. Organizar a turma nas equipes formuladas sem comunicar que se tratam de Equipes Elos.

9 Crianças distribuídas em equipes, de acordo com o mapeamento das interações da turma, sem a indicação que estão participando do jogo.

3. Dar instruções da atividade de maneira clara, precisa e concisa, sem mencionar o Jogo Elos.

9 Condução da apresentação das instruções coerentes com o planejamento realizado para a observação. 9 Utilização de linguagem adequada a todas as crianças da turma.

4. Retirar e antever dúvidas dos(as) educandos(as).

9 Educador(a) atenta às necessidades das crianças. 9 Garantir que todas as crianças tenham retirado suas dúvidas.

5. Propor para a turma nível de voz, acordo de lugares e ações que configuram gentileza, sem mencionar os Acordos Elos nem o Jogo Elos.

9 Educador(a) conduz reflexão com a turma sobre os modos de interagir durante a atividade que trazem benefícios ou prejuízos para cada educando(a) e para a turma.

9 Educador(a) especifica modulações de voz, lugares e interação social que melhor contribuem para o desenvolvimento da atividade.

9 Apresentação de situações do cotidiano das crianças, alinhadas aos acordos e combinados do jogo.

6. Utilizar Registro de Observação Elos para registrar as quebras de acordo durante a observação.

9 Folha de Registro preenchida 9 Educador(a) desempenha papel de observado(a) durante o tempo estipulado para a observação.

7. Limitar a interação verbal e não verbal com a turma, mantendo-se no papel de observador das interações das equipes.

9 Educador(a) interage com as crianças somente no momento de apresentação da atividade e ao término do tempo planejado para a Observação Elos.

8. Controlar o tempo de observação.

9 Horário de início da observação registrado. 9 Pausa no registro ao término do tempo planejado para a Observação Elos.

95

96

dEScrição doS itEnS dE FidElidadE na Familiarização

Este instrumento contém a descrição dos elementos indicadores de fidelidade da implementação presentes no QuESTIONÁRIODEFIDELIDADENAFAMILIARIZAÇÃO, preenchido no encerramento desta etapa da implementação. Em cada item, serão apresentadas as evidências que garantem uma implementação altamente eficaz e servem, portanto, de guia para que se possa determinar uma avaliação de qualidade do processo de implementação do Jogo Elos.

1.PREPARAÇÃOEACOMPANHAMENTO1.1 Realizar Observação Elos.

9 Realizar uma Observação Elos antes da apresentação do jogo à turma.

1.2 Apresentar e discutir os Acordos e Combinados Elos com a turma.

9 Usar diferentes exemplos e/ou vivências para ensinar os acordos de sala de aula, garantindo que todos(as) os(as) educandos(as) as tenham entendido.

9 Verificar o entendimento dos(as) educandos(as) quanto aos acordos e aos possíveis combinados. 9 Educador(a) e educandos(as) revezam-se, gerando exemplos para verificar o entendimento das regras e

combinados.

2.RECONHECIMENTO2.1 Identificar e selecionar elementos e atividades de reconhecimento.

9 Identificar os elementos de reconhecimento possíveis a seus(suas) educandos(as), conforme o que observa e avalia como adequado aos interesses de sua turma.

2.2 Fazer levantamento com a turma.

Engajar a turma na identificação de elementos de reconhecimento que considerem interessantes.

3.TRABALHOEMEQuIPE3.1 Formar equipes e definir o(a) guardião(ã) de cada equipe.

9 Distribuir os educandos(as) em equipes de acordo com os critérios de heterogeneidade e equilíbrio de gênero, aprendizagem e comportamento.

9 Definir o(a) guardião(ã) de cada equipe, conforme a frequência e a intensidade de suas interações de timidez e retraimento, explicando sua função de ajudante no grupo.

3.2 Escolha do nome das equipes.

9 Após formadas as equipes, engajar cada uma para a escolha do nome do grupo. 9 Fomentar decisão autônoma e democrática das crianças, indicando apenas que o critério para a escolha do

nome é que todos os membros concordem com ela.

3.3 Confecção do mascote de cada equipe.

9 Após formadas as equipes, engajar cada uma para a escolha do mascote do grupo. 9 Fomentar decisão autônoma e democrática das crianças, indicando apenas que o critério para a escolha do

mascote é que todos os membros concordem com ela.

3.4 Confecção de figuras de reconhecimento para Painel de Registro Elos.

9 Após formadas as equipes, engajar cada uma para a confecção de figuras de reconhecimento para serem utilizadas no Painel de Registro Elos.

9 Fomentar confecção autônoma e democrática das crianças na confecção de figuras de reconhecimento, indicando apenas que o critério é que todos os membros concordem com os símbolos elaborados.

4.PLANEJAMENTODASATIVIDADES4.1 Identificar e selecionar momentos da aula para o jogo.

9 Identificar os momentos da aula adequados para realizar o jogo com a turma. 9 Ter clareza em relação aos critérios utilizados para definir momentos de jogo, que permitam autonomia dos

grupos em relação ao(à) educador(a).

4.2 Identificar e selecionar atividades (do planejamento) para jogar.

9 Identificar as atividades adequadas para iniciar o jogo com a turma. 9 Estruturar atividades para que os alunos em situações especiais também possam participar do jogo.

97

dEScrição doS itEnS dE FidElidadE na conSolidação E criação

Este instrumento contém a descrição dos elementos indicadores de fidelidade da implementação presentes no QuESTIONÁRIODE FIDELIDADENACONSOLIDAÇÃOECRIAÇÃO. Em cada item, serão apresentadas as evidências que garantem uma implementação altamente eficaz e servem, portanto, de guia para que você possa determinar uma avaliação de qualidade do processo de implementação do Jogo Elos.

1.PREPARAÇÃOEACOMPANHAMENTOI.Antesdojogo

1.1 Organizar a sala, pendurar cartazes dos Acordos Elos, Combinados Elos e Painel de Registro Elos.

9 Sala de aula limpa e arrumada, permitindo que o(a) educador(a) e educandos(as) tenham fácil acesso aos diferentes espaços da sala e aos materiais.

9 O educador(a) consegue facilmente ver todos os educandos(as) a partir de todos os pontos. 9 Os equipamentos, as atividades e os materiais que possam ser distrativos são colocados fora de áreas de

trabalho. 9 Cartazes e Painel de Registro da sala estão afixados e visíveis a todos os educandos. 9 É conferido destaque a esses materiais.

1.2 Organizar educandos(as) em suas equipes e carteiras dispostas em grupos.

9 Todos os educandos estão sentados com suas equipes do Jogo Elos, conforme Planilha de Distribuição de Equipes.

9 As carteiras estão dispostas em conjunto. 9 O educador estabelece procedimentos de transição para as equipes Elos quando é anunciado que a sala vai

jogar o jogo.

1.3 Selecionar e explicar a atividade com clareza e em pequenos passos.

9 Selecionar atividades para serem realizadas durante o jogo após caracterização cuidadosa da diversidade da turma e de suas distintas necessidades.

9 Dar instruções claras, concisas e em pequenos passos sobre como realizar as atividades. 9 Utilizar várias estratégias para ajudar os educandos a concluir as atividades com sucesso.

1.4 Revisar os quatro acordos e fazer combinados pra cada um.

9 Revisão dos quatro acordos feitos por meio de exemplos e demonstrações, sempre que necessário. 9 Os exemplos e as demonstrações são usados de diferentes formas a fim de garantir que todos os educandos

tenham entendido os acordos. 9 Combinar com os(as) educandos(as) o que se pode ou não fazer em relação a cada acordo, pedindo sugestões

e envolvendo-os na delimitação dos combinados. 9 Educador(a) e educandos(as) revezam-se gerando exemplos e demonstrações dos acordos. 9 O entendimento dos educandos quanto aos acordos e aos combinados é verificado.

1.5 Orientar os(as) educandos(as) sobre a atividade extra para quando terminarem a tarefa principal.

9 Dar orientações claras e concisas aos(às) educandos(as) em relação ao que fazer após finalizarem a atividade proposta.

9 Deveres pós-atividade são complementares a outras atividades de ensino e interessantes aos(às) educandos(as).

9 Verificar o entendimento dos(das) educandos(as).

1.6 Definir e anunciar o tempo do jogo.

9 Definir o tempo de jogo e comunica claramente à turma. 9 Anunciar claramente o início do jogo e dar início ao cronômetro.

II.Duranteojogo

1.7 Marcar e comentar a quebra de acordos, usando voz neutra, entregando um cartão de Devolutiva Oops!.

9 Observar consistentemente as interações dos(as) educandos(as) enquanto jogam o Jogo Elos. 9 Dar Devolutiva Oops!, instrutiva e imediata, em relação às quebras de acordos (marcar e comentar o acordo

quebrado usando voz neutra: enfatizar o acordo quebrado, mencionar o(a) educando(a) que o quebrou, explicar por que ele foi quebrado).

9 Entregar à(s) criança(s) que tiver/tiverem quebrado o acordo um Cartão de Devolutiva Oops!. 9 Registrar, no Painel de Registro Elos, o acordo quebrado.

98

1.8 Reconhecer verbalmente o compromisso com os Acordos Elos, entregando um cartão de Devolutivas Elos.

9 Reconhecer o seguimento de acordos durante o tempo de jogo, seja por equipes, por educandos(as) ou pela turma como um todo.

9 Especificar as ações que corresponderam ao seguimento dos acordos. Ex.: educador(a) diz: “Ana e Pedro estão de parabéns, pois estão sendo respeitosos um com o outro e compartilhando o material”.

9 Entregar à(s) criança(s) um Cartão de Devolutiva Elos.

1.9 Limitar a interação verbal e não verbal às devolutivas.

9 Limitar a interação com os(as) educandos(as) durante o jogo às devolutivas relacionadas às quebras de Acordos Elos e ao reconhecimento de seu seguimento.

9 Ensinar os procedimentos estabelecidos para os(as) educandos(as) que tenham dúvidas durante o jogo. Ex.: educandos(as) fazem perguntas aos líderes de equipe caso tenham dúvidas

III.Depoisdojogo

1.10 Anunciar o término do tempo do jogo.

9 Cumprir o tempo determinado no início do jogo. 9 Anunciar o término do tempo à turma.

1.11 Anunciar e reconhecer as equipes ganhadoras do jogo por meio do Painel de Registro Elos.

9 Utilizar as informações presentes no Painel de Registro Elos para anunciar e reconhecer as equipes ganhadoras.

9 Realizar momentos de reconhecimento às equipes ganhadoras depois do jogo, valorizando-as individualmente. 9 A turma é engajada a decidir junto ao(à) educador(a) os elementos de reconhecimento diários e semanais.

1.12 Utilizar Caderninho Elos e outros recursos de reconhecimento.

9 Fazer o registro das equipes ganhadoras no Caderninho Elos. 9 Utilizar recursos de reconhecimento materiais ou simbólicos para comemorar o engajamento das equipes que

quebraram até quatro acordos.

1.13 Envolver os guardiões e as guardiãs nos reconhecimentos das equipes ganhadoras.

9 Guardiões e guardiãs são consistentemente solicitados a auxiliar o(a) educador(a) no registro das conquistas de sua equipe no Painel de Registro e a entregar os Caderninhos Elos.

9 Guardiões e guardiãs de equipe auxiliam o(a) educador(a) no reconhecimento semanal a todas as equipes que ganharam o jogo ao menos uma vez na semana.

9 Função dos guardiões e guardiãs é reconhecida e valorizada pelos educadores e educandos.

2.RECONHECIMENTO2.1 Reconhecer o cumprimento dos acordos durante e fora do jogo.

9 Observar cuidadosamente e valorizar de forma consistente o cumprimento dos Acordos Elos durante o jogo ou ao longo do dia.

9 Fora do jogo, personalizar as formas de reconhecimento, dar exemplos e ensinar novamente os comportamentos, se necessário.

2.2 Reconhecer interações positivas dos(as) educandos(as), de colaboração e respeito aos outros

9 Fora do jogo, observar com cuidado os(as) educandos(as) e valorizar consistentemente interações positivas de colaboração, de respeito aos outros e de seguimento às regras, fazendo elogios verbais e não verbais (ex.: sinal de positivo, sorriso, bilhetes, reconhecimentos etc.).

9 Dar exemplos, personalizar as formas de reconhecimento e ensinar novamente os comportamentos, se necessário.

9 Engajar toda a turma a reconhecer os progressos dos educandos. 9 Durante o jogo, observar cuidadosamente e valorizar consistentemente os educandos em suas interações

positivas.

2.3 Realizar reconhecimento surpresa.

9 Esporadicamente, realizar de maneira envolvente à turma momentos de reconhecimento surpresa a todas as equipes que ganharam o jogo ao menos uma vez na semana.

9 Engajar a turma na escolha de elementos de reconhecimento surpresa que sejam de seu interesse e os providenciar consistentemente às equipes que ganharam o jogo ao menos uma vez na semana.

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3.TRABALHOEMEQuIPE3.1 Revisar o equilíbrio e o desenvolvimento das equipes regularmente.

9 As equipes do Jogo Elos são revisadas regularmente para garantir equilíbrio em todas as dimensões (comportamento, gênero e aprendizagem).

9 As revisões são baseadas em dados gerados nos jogos, nas Observações Elos e na observação das especificidades de cada educando(a).

9 O(a) educador(a) demonstra procedimento sistemático para revisar informações geradas nos jogos e nas Observações Elos, certificando-se de que as revisões regulares sejam realizadas.

4.COLETADEDADOS4.1 Registrar o planejamento de todos os jogos nas Planilhas de Planejamento.

9 Os Registros de Planejamento estão completos e refletem cada jogo e observações realizadas. 9 Educador(a) mantém um registro organizado e acessível para o(a) facilitador(a).

4.2. Preencher as Planilhas de Registro de Pontuação dos jogos e das Observações Elos indicados.

9 Planilhas de Planejamento de Pontuação estão completas e atualizadas. 9 Planilhas de Registros de Pontuação estão completas e atualizadas. 9 Educador(a) mantém um registro organizado e acessível para o(a) facilitador(a).

4.3 Utilizar Planilhas de Planejamento e Registros de Pontuação nas visitas do(a) facilitador(a) e para planejar os próximos passos.

9 Planilhas de Planejamento de Pontuação e Planilhas de Registros de Pontuação indicam reflexão do(a) educador(a) e do(a) facilitador(a).

9 Educador(a) consegue articular como utiliza os dados para tomar decisões no jogo. 9 As etapas de ação estão alinhadas às tendências dos dados. 9 Educador(a) usa os diferentes dados do Elos para informar sua prática além do jogo, ou introduz outras

tendências de dados de sala de aula para informar a prática do jogo.

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Guia do COMPONENTE eSCOLAR MINISTÉRIO DA

SAÚDE

mINISTÉRIO DA SAÚDE – PROGRAmA ELOS – CONSTRUINDO COLETIVOS – GUIA DO COmPONENTE ESCOLAR

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Brasília – DF2017

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