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Unidade Auditada: AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES-SEDE Exercício: 2011 Processo: 53500.001673/2012-54 Município - UF: Brasília - DF Relatório nº: 201203585 UCI Executora: SFC/DRCOM - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Comunicações Análise Gerencial Senhor Coordenador-Geral, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203585, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 6.4.2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES. 1. Introdução Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 3.1.2011 a 30.12.2011, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 2. Resultados dos trabalhos Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU–108/2010 e 117/2011. Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises: 2.1 Avaliação da Conformidade das Peças (53) ___________________________________________________________________________________________________ 1 Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

Ministerio das comunicacoes relatório de auditoria anual de contas - exercício 2011 - agencia nacional de telecomunicacoes-sede ra201203585

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Unidade Auditada: AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES-SEDEExercício: 2011Processo: 53500.001673/2012-54Município - UF: Brasília - DFRelatório nº: 201203585UCI Executora: SFC/DRCOM - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

Análise Gerencial

Senhor Coordenador-Geral,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203585, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 6.4.2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada pela AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES.

1. Introdução

Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 3.1.2011 a 30.12.2011, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

2. Resultados dos trabalhos

Verificamos na Prestação de Contas da Unidade a existência das peças e respectivos conteúdos exigidos pela IN-TCU-63/2010 e pelas DN–TCU–108/2010 e 117/2011.

Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises:

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças (53)

___________________________________________________________________________________________________ 1Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Com vistas a avaliar a conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº 63/2010 especificamente quanto à verificação de seus formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010, da Portaria TCU nº 123/2011 e da DN TCU nº 117/2011, efetuou-se a análise do Processo de Contas nº 53500.001673/2012-54

Quanto ao preenchimento do Relatório de Gestão foram identificadas as seguintes inconformidades com a Portaria TCU 123/2011 quanto aos seguintes itens:

1. Informações de identificação da unidade jurisdicionada:

2.3.1 Execução dos Programas de Governo sob a responsabilidade da UJ

2.3.2 Execução Física das ações realizadas pela UJ

2.4.4.1.2 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa

2.4.7 Indicadores Institucionais

5.4 Demonstração dos Custos de Pessoal da Anatel

5.5.3 Informações sobre a contratação de serviços de limpeza, higiene e vigilância ostensiva

5.5.4 Informações sobre locação de mão de obra para atividades não abrangidas pelo plano de cargos do órgão

12. Informações sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) da UJ

A Agência apresentou manifestação quanto às inconformidades acima, contudo para as impropriedades, a partir do item 2.4.7 Indicadores institucionais, não foram apresentadas manifestações.

2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão (54)

As avaliações dos resultados quantitativos e qualitativos consistiram na análise e avaliação das informações apresentadas pela Anatel em seu Relatório de Gestão, tendo o escopo sido limitado às informações apresentadas referentes à Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações, à Ação 2740 – Gestão Econômica da Prestação dos Serviços de Telecomunicações e Ação 2B68 – Relações com os Usuários de Serviços de Telecomunicações.

PROGAMA 1157- QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕESAÇÃO 2424 - FISCALIZAÇÃO EM TELECOMUNICAÇÕES

Previsão Execução Execução/Previsão (%)Meta Física 17.630 13.674 77,56%

Meta Financeira 62.733.771,00 29.017.475,41 46,25%Fonte: Relatório de Gestão da Anatel

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A Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações tem como finalidade prover os recursos necessários para a execução do Plano de Ação Fiscalização (PAF) da Anatel, que abrange as atividades de fiscalização realizadas pela Agência para o controle das obrigações legais e contratuais, da conformidade dos produtos de telecomunicações, dos bens reversíveis, do uso dos recursos escassos, da arrecadação das receitas, da universalização e da qualidade dos serviços prestados analisando informações, apurando indícios de descumprimento de obrigações e aplicando sanções quando necessário.

A Ação teve sua execução em 2011 em 77,56% da meta para aquele exercício. As interações com as unidades técnicas da Agência apontaram, como principal causa a inoperância parcial da rede de equipamentos e sistemas utilizados pela Anatel em suas atividades de fiscalização, especialmente quanto ao Sistema de Gestão de Monitoragem do Espectro – SGME e do Sistema Nacional de Radiovideometria – RNR.

Conforme informações da Agência os equipamentos desses sistemas começaram a entrar em inoperância em outubro de 2009 e setembro de 2008, respectivamente. O planejamento para a atualização do parque tecnológico responsável pela fiscalização e monitoramento do espectro está incluso na preparação da Anatel para atuação em Grandes Eventos Internacionais. Tal planejamento prevê o investimento de R$ 97.845.406,00 para renovação/ampliação de seu parque de equipamentos.

As análises dos controles utilizados no âmbito da gestão da Ação verificaram a ausência de instrumentos estabelecidos para mitigação de riscos já identificados pela Agência, sejam eles a) indisponibilidade de recursos financeiros, humanos e materiais com consequente redução da capacidade fiscalizadora da Agência; b) obstrução das ações de fiscalização pelas entidades a serem fiscalizadas.

Além disso, as análises identificaram a necessidade estabelecimento de marcos regulares para avaliação do indicador da execução física da Ação, assim como a necessidade de definição de responsáveis para promover iniciativas de correção caso sejam identificada execução fora do previsto.

AÇÃO 2740 – GESTÃO ECONÔMICA DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Previsão Execução Execução/Previsão (%)Meta Física 75 109 145,33%

Meta Financeira 141.412,00 3.221,80 2,28%Fonte: Relatório de Gestão da Anatel

A Ação 2740 – Gestão Econômica da Prestação dos Serviços de Telecomunicações tem como finalidade criar condições para a viabilidade econômica da prestação, a continuidade dos serviços prestados em regime público e realizar o acompanhamento da situação econômico financeira das prestadoras de serviços de telecomunicações e dos benefícios transferidos para os usuários, por meio da análise do ambiente econômico e da defesa da competição da Exploração dos Serviços, bem como do gerenciamento de tarifas e preços.

Sua execução se dá por meio de realização de análise dos riscos à continuidade da

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prestação dos serviços; análise sob a ótica da competição dos contratos entre as empresas do setor; identificação, recepção e tratamento de representações por infração a ordem econômica. Identificação de potenciais conflitos e convocação de prestadoras e usuários, com o objetivo de solucionar os problemas sob análise; elaboração de pesquisas, estudos e análises do setor de telecomunicações com objetivo de avaliar a estrutura e dinâmica do setor; acompanhamento dos atos de concentração econômica e do controle societário respectivamente; análise e arbitragem de conflitos entre prestadoras; e análise das solicitações enviadas pelas prestadoras para aprovação de reajuste de tarifas e preços e homologação de planos de serviços alternativos.

Apesar de a execução financeira ter sofrido restrições por em virtude de contingenciamentos, não foram identificados fatos que prejudicaram a execução da Ação, ressaltando que a execução física ficou em 45,33% acima da meta.

AÇÃO 2B68 – RELAÇÕES COM OS USUÁRIOS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

Previsão Execução Execução/Previsão (%)Meta Física 8.598.298 5.487.047 63,82%

Meta Financeira 37.108.116,00 24.906.718,93 67,12%Fonte: Relatório de Gestão da Anatel

A Ação 2B68 – Relações com os Usuários de Serviços de Telecomunicações tem como finalidade acompanhar a qualidade dos serviços de telecomunicações prestados aos usuários, propondo melhorias e ações corretivas.

As atividades realizadas pela Anatel para o atingimento desta finalidade são: analisar o desempenho da prestação dos serviços de telecomunicações, realização de pesquisas de satisfação e opinião dos usuários, interação com o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e outras entidades afins; intermediação de conflitos e proposição de medidas preventivas e corretivas; administrar a Central de Atendimento e demais canais de relacionamento; propor ações de melhoria relativas à prestação do serviço ao usuário e acompanhar a sua implementação; realização de diagnóstico da prestação do serviço ao usuário; receber, analisar, classificar, encaminhar e acompanhar resposta às solicitações formuladas pelos usuários; entre outras;

A execução física da Ação foi de 63,82% da meta. As informações apresentadas pelos gestores vinculam a execução abaixo do previsto à demanda de atendimentos de usuários de serviços de telecomunicações que teria ocorrido abaixo da expectativa, pois a meta teria sido estabelecida perante estimativa de número de atendimentos considerando, além do crescimento do número de acessos, a publicação de novos regulamentos, sendo que esses eventos não foram suficientes para gerar a sobredemanda estimada.

Opina-se pela adequabilidade da justificativa apresentada para a execução Ação 2B68 abaixo do previsto.

Quanto às Ações vinculadas ao FUST, o escopo das avaliações foram limitados às informações apresentadas pela UJ em seu Relatório de Gestão, especificamente as informações referentes à 2C46- Disponibilização de Serviço de Telefonia em Conformidade com a Lei

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9.998/2000 e à 2C48- Disponibilização do Serviço de Acesso a Redes Digitais em Banda Larga de Acordo com a Lei 9.998/2000.

PROGAMA 0257- UNIVERSALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

AÇÃO 2C46 - DISPONIBILIZAÇÃO DE SERVIÇO DE TELEFONIA EM CONFORMIDADE COM A LEI 9.998/2000Previsão Execução Execução/Previsão (%)

Meta Física 0 83 -

Meta Financeira 5.845.300,00 0,00 0,00%

AÇÃO 2C48 - DISPONIBILIZAÇÃO DO SERVIÇO DE ACESSO A REDES DIGITAIS EM BANDA LARGA DE ACORDO COM A LEI 9.998/2000

Previsão Execução Execução/Previsão (%)Meta Física 1 0 0,00%

Meta Financeira 8.700,00 0,00 0,00%Fonte: Relatório de Gestão da Anatel

Verificou-se que ambas as Ações não possuíram execução financeira no decorrer do exercício de 2011.

A execução física da Ação 2C46 foi realizada por meio de disponibilização de acessos no contexto do Programa de Atendimento às Pessoas com Deficiência, instituído pela Portaria do Ministério das Comunicações nº 263, de 27.4.2006. Os acessos foram custeados via transferências feitas a prestadoras em exercícios anteriores.

Quanto à Ação 2C48, permanece o entendimento já apresentado pela Anatel em exercícios anteriores de haver impedimento legal da aplicação dos recursos do Fust em programas que não estejam vinculados ao Serviço Telefônico Fixo Comutado, por esse ser o único prestado em regime público, sendo, assim, necessário à criação de novo serviço público para que possam ser aplicados os valores recolhidos ao Fundo.

2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ (55)

As avaliações foram buscaram avaliar dois indicadores finalísticos do Programa 1157 – Qualidade dos Serviços de Telecomunicações que também constam no âmbito do planejamento da Anatel como indicadores institucionais. Foram selecionados para análise os indicadores "Densidade de Acesso em Telefonia Móvel" e "Densidade de Acessos em Banda Larga".

Esses indicadores foram analisados quanto à utilidade e mensurabilidade.

Os valores atingidos nos índices em 2011 estão demonstrados abaixo:

Indicadores Índice Previsto Índice Atingido

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Densidade de Acesso em Telefonia Móvel* 86,02 123,87

Densidade de Acessos em Banda Larga ** 6,35 9,45* (número de acessos móveis efetivos para ano considerado / número de habitantes estimado para o ano considerado) x 100

** (total de acessos banda larga em serviço para o ano considerado / número de habitantes estimado para o ano considerado) x 100

Os indicadores foram considerados úteis em decorrência de informações apresentadas pela Anatel quanto à utilização dos mesmo como base de estudos que norteiam políticas públicas e programas de governos.

Quanto à mensurabilidade, as análises consideraram os indicadores precisos e sem ambiguidades, assim como possuindo complexidade compatível com os fenômenos-objeto que são medidos por ele.

Quanto à auditabilidade dos mesmos, registra-se que os cálculos de ambos indicadores se fazem utilizando dados fornecidos por entes externos. Os números de acessos são informados pelas empresas outorgadas por meio de upload de informações no site da Anatel. Os dados populacionais constam de base de dados fornecida pelo IBGE.

O cálculo do indicador "Densidade de Acesso em Telefonia Móvel" é realizado automaticamente, enquanto que o cálculo do indicador "Densidade de Acessos em Banda Larga".

Diante dessas informações, verifica-se que o indicador é auditável quanto a seu cálculo. Ressalte-se que os dados utilizados nos referidos cálculos não foram objeto de avaliação quanto a sua consistência tendo em vista que as fontes de ambos são externas, ou seja, os dados são informados por entes externos à Agência.

Quanto aos indicadores institucionais da Anatel, buscou-se avaliar dois indicadores finalísticos e dois indicadores de gestão. Como indicadores finalísticos, foram analisados aqueles responsáveis por medir a eficácia da Agência na condução de Processos de Apuração por Descumprimento de Obrigações – PADOs: “Índice de Instauração de PADOS e PAVD’s” e “Taxa de PADOs instruídos”.

Quanto aos indicadores de gestão, foram selecionados aqueles responsáveis por medir os processos de aquisição da Agência: “Tempo Médio de Aquisição – Modalidade Pregão” e “Tempo Médio de Aquisição – Inexigibilidade”.

Quanto ao indicador “Índice de Instauração de PADOS e PAVD’s”, verificou-se que o valor estabelecido como meta para o indicador é insuficiente, tendo em vista que a execução no nível planejado implicará em aumento de estoque de PADOs a serem tradados.

Quanto aos demais indicadores, a Agência apresentou informações sobre a utilização do sistema SICAC para acompanhamento dos índices, porém não trouxe informações que demonstrassem que indicadores estão sendo úteis para a gestão da Unidade, tendo em vista que o referido sistema, conforme informação apresentada, é utilizado para o acompanhamento individual de cada processo licitatório.

Quanto à amplitude dos indicadores, verificou-se que há um indicador

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estabelecido para medição da eficácia da instrução de PADOs no âmbito da Anatel como um todo e um indicador que demonstre a eficácia da instrução de PADOs no âmbito de uma superintendência específica – a SUN.

Tendo em vista que o processamento de PADOs se dá no âmbito de várias superintendências da Anatel, e que cada superintendência possui um perfil diferente de serviços sob seu acompanhamento, tanto em volume como em complexidade, foi recomendado à Agência que instituísse indicador para medição da eficácia da instrução de PADOs e PAVDs para cada Superintendência da Anatel.

As avaliações dos indicadores quanto à mensurabilidade dos indicadores, apontaram que todos os indicadores atendem a este quesito.

2.4 Avaliação da Gestão de Recursos Humanos (56)

Com relação à gestão de Recursos Humanos tem-se o seguinte a relatar:

Quanto à verificação do cadastramento dos atos de pessoal no Sistema de Apreciação dos Atos de Admissões e Concessões – SISAC, do Tribunal de Contas da União – TCU, em observância aos preceitos do art. 7º da Instrução Normativa / TCU 55/2007, procedeu-se análises e aplicações de testes em 18 atos de admissão de pessoal da Agência, relativos ao exercício de 2011, de um total de 40 relacionados para exame, cujos resultados dos testes e análises, apontaram que os atos foram cadastrados no citado sistema e disponibilizados tempestivamente ao Órgão de Controle Interno, todavia não foi possível avaliar se os mesmos foram disponibilizados de modo tempestivo no SISAC, haja vista não haver, no referido sistema, informação sobre a efetiva data de lançamento dos atos, conforme explicitados no quadro abaixo.

Data _ Consulta _ Sisac:15.5.2012

Número de Controle Tipo de Ato Início da Vigência Disp. ao Controle Interno Situação no SISAC

1-071413-8-01-2011-000008-4 Admissão 01/04/11 14/04/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000011-4 Admissão 31/03/11 31/03/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000022-0 Admissão 02/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000025-4 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000027-0 Admissão 22/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000029-7 Admissão 11/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000031-9 Admissão 11/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000102-1 Admissão 11/11/11 27/11/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000047-5 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000049-1 Admissão 29/07/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000051-3 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000056-4 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000060-2 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000064-5 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000005-0 Admissão 05/04/11 14/04/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000004-1 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000072-6 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000002-5 Admissão 07/04/11 14/04/11 Cadastrado

___________________________________________________________________________________________________ 7Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Sobre o quantitativo de pessoal, tem-se a destacar o monitoramento da recomendações exaradas no âmbito do relatório Anual de Contas 224286, “4.1.1.2 Constatação (033): Carência de pessoal de nível médio, principalmente fora da Sede, resultando na necessidade de contratação de mão de obra terceirizada a fim de dar prosseguimento a atividades básicas da Agência” e “4.1.1.3 Constatação (034): Ausência de parâmetros para alocação de servidores”, conforme informações prestadas em novembro/20111 a agência: “continua aguardando liberação orçamentária para providenciar a contratação de empresa de consultoria especializada para levantamento das necessidades de pessoal. Foi incluída na proposta orçamentária de 2012, previsão para realização da referida contratação.”. Este ponto esta sendo monitorado pela esta CGU.

Também merecerem serem mencionadas as recomendações constantes do plano de providencias da Agência relativas ao item 3.1.5.2 do Relatório Anual de Contas nº 245375, relativas a pagamento de diárias.

Por fim menciona-se o item 3.1.5.4 do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 245375, referente ao exercício de 2009 que versou sobre “Descumprimento dos normativos legais quanto aos processos de cessão dos funcionários à Anatel”. A opinião desta CGU quanto ao assunto é que as cessões dos empregados da Telebrás à Anatel não estão aderentes às disposições do Decreto nº 4.050/2001, reforçando o posicionamento contido no PARECER/MC/CONJUR/APC/Nº 2536-3.12/2008, de 6.11.2008, as ações levadas a efeito pela Agência, no exercício, sob exame não obtiveram êxito em solucionar a irregularidade.

2.5 Avaliação do Funcionamento do Sistema de Controle Interno da UJ (57)

Controle Interno é o conjunto de atividades, planos, métodos, indicadores e procedimentos interligados, utilizado com vistas a assegurar a conformidade dos atos de gestão e a concorrer para que os objetivos e metas estabelecidos para as unidades jurisdicionadas sejam alcançados (IN TCU nº 63/2010).

Com objetivo de avaliar a estrutura de controles internos instituída pela Anatel, com vistas a garantir que seus objetivos estratégicos para o exercício fossem atingidos, nas áreas de licitação e gestão da Ação 2424, foram analisados os seguintes componentes do controle interno: ambiente de controle, avaliação de risco, procedimentos de controle, informação e comunicação e monitoramento.

a) Ambiente de Controle

O ambiente de controle estabelece a fundação para o sistema de controle interno da Unidade, fornecendo disciplina e estrutura fundamental (COSO, 2006). Deve demonstrar o grau de comprometimento em todos os níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto (Resolução nº 1.135/2008, do Conselho Federal de Contabilidade).

Conforme registrado no Quadro A.9.1 do item 8 do Relatório de Gestão do Exercício de 2011, a Unidade indicou na maioria de suas respostas que o ambiente de controle é parcialmente válido. Este resultado foi confirmado por evidências obtidas durante a execução dos trabalhos de Auditoria Anual de Contas do Exercício de 2011, demonstrado por pontos positivos

1 Ofício nº 140/2011/AUD-Anatel, de 19.9.2011

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e negativos na Unidade Jurisdicionada, dentre as quais podem ser destacadas:

a) utilização de mecanismos de divulgação e conscientização, a todos os níveis da Unidade, acerca da importância dos controles internos para a Unidade;

b) existência e utilização de rede interna (intranet) e externa (internet) para divulgação das principais políticas, notícias, diretrizes, normativos;

c) existência de código de ética profissional do servidor da Anatel;

d) existência de manuais com normas e procedimentos prevendo sistemas de autorizações e aprovações, linhas de autoridade definidos e o estabelecimento de práticas operacionais e de rotinas;

e) existência de normativos atualizados que disponham sobre as atribuições e responsabilidades da estrutura administrativa (secretarias, setores, departamentos);

b) Avaliação de Risco

Avaliação de risco é o processo de identificação e análise dos riscos relevantes para o alcance dos objetivos da entidade para determinar uma resposta apropriada.

Em relação a este componente, a Unidade Jurisdicionada indicou em todas as respostas do Relatório de Gestão de 2011 como parcial válida. Entretanto, essa informação não é confirmada em razão de a Anatel não dispor de um diagnóstico de riscos, que permitam detectar a probabilidade de ocorrência desses riscos e a consequente adoção de medidas para mitigá-las.

c) Informação e Comunicação

O sistema de informação e comunicação da entidade do setor público deve identificar, armazenar e comunicar toda informação relevante, na forma e no período determinados, a fim de permitir a realização dos procedimentos estabelecidos e outras responsabilidades, orientar a tomada de decisão, permitir o monitoramento de ações e contribuir para a realização de todos os objetivos de controle interno (Resolução nº 1.135/2008, do Conselho Federal de Contabilidade).

Em relação à adoção de práticas para divulgação e tratamento de informações relacionadas a atividades necessárias ao alcance dos objetivos da Unidade, destaca-se a disponibilidade de intranet, bem como de página própria na internet, onde são divulgados tanto os atos normativos como informações atualizadas relacionadas às ações relevantes desenvolvidas pela Unidade. Portanto, a avaliação apresentada pela Unidade, conforme registrado no Quadro A.9.1 do item 8 do Relatório de Gestão do Exercício de 2011, pode ser considerada como consistente.

d) Monitoramento

O Monitoramento compreende o acompanhamento dos pressupostos do controle interno, visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, aos recursos e aos riscos

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(Resolução nº 1.135/2008, do Conselho Federal de Contabilidade).

A sistemática de monitoramento utilizada pela Unidade é sintetizada na utilização de dois instrumentos, sendo um de âmbito interno e outro de âmbito externo. No âmbito interno, a Unidade utiliza duas sistemáticas. A primeira é o monitoramento corporativo, que consiste na atividade baseada em informações geridas pelas diversas áreas da Anatel, na forma de avaliação e acompanhamento de seu desempenho. A segunda sistemática consiste no monitoramento realizado pela Auditoria Interna por meio da avaliação da estrutura de controles internos, que parte das avaliações realizadas em atendimento ao Plano Anual de Auditoria Interna.

e) Procedimentos de Controle

Procedimentos de controle são as políticas e procedimentos estabelecidos pela administração da Unidade que ajudam a assegurar que as diretrizes estejam sendo seguidas.

Os trabalhos foram realizados observando os controles internos estabelecidos nas áreas de licitação e na gestão da Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações, e tiveram por objetivo avaliar se os procedimentos estão efetivamente instituídos e se tem contribuído para o alcance dos objetivos estratégicos fixados pela Administração da Anatel.

Nesse sentido, destaca-se a seguir os pontos fracos e fortes nas áreas supracitadas, identificados por meio dos trabalhos de auditoria Anual de Contas do Exercício de 2011, cujos resultados estão diretamente relacionados com as fragilidades que resultaram nas constatações demonstradas neste relatório:

1 - Licitação

1.1 - Pontos Fortes

a) Utilização de checklist para verificação da conformidade legal na instrução do processo licitatório;

b) Acompanhamento das alterações na legislação afeta ao setor por meio de Assinatura de Revistas Especializadas e Informativos do Tribunal de Contas da União.

2 - Gestão da Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações

2.1 - Pontos Fracos

a) Ausência de implementação de instrumentos de prevenção e detecção utilizados para mitigar os riscos identificados no âmbito da execução da Ação 2424, sejam eles: a) indisponibilidade de recursos financeiros, humanos e materiais com consequente redução da capacidade fiscalizadora da Agência; b) obstrução das ações de fiscalização pelas entidades a serem fiscalizadas.

b) Ausência de marcos de avaliação da execução física da Ação;

c) Ausência de definição dos responsáveis para promover iniciativas de correção

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para caso de identificação de execução da Ação fora do previsto.

2.2 - Pontos Fortes

a) Existência de planejamento estabelecido anualmente e aprovado pela alta administração do Órgão que é o Plano Anual de Fiscalização – PAF, composto pelas Diretrizes para Elaboração do Plano Operacional de Fiscalização e pelo Plano Operacional de Fiscalização – POF;

b) Utilização de ferramenta informatizada para o acompanhamento da execução;

Face ao exposto, pode-se concluir que os procedimentos de controle interno adotados pela Unidade Jurisdicionada, nas áreas de licitação e gestão da Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações, embora verificada a suficiência para permitir o acompanhamento das ações das respectivas áreas, verificou-se oportunidades de aprimoramentos, com objetivo de buscar maior aderência à legislação que regulamenta o assunto e garantir maior eficácia aos processos.

2.6 Avaliação da Sustentabilidade Ambiental em Aquisições de Bens e Serviços (58)

Com vista a avaliar a adoção, por parte da unidade, de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de Tecnologia da Informação (TI), foi requisitado que a Agência apresentasse documentos comprobatórios de que está contemplando preferencialmente, nas especificações de bens, configurações aderentes aos computadores sustentáveis em suas aquisições na área de TI e de que as aquisições de bens de TI estão em consonância com o PDTI.

Das informações apresentadas pela Anatel não foi possível concluir que a Anatel contempla preferencialmente, nas especificações de bens, configurações aderentes aos computadores sustentáveis em suas aquisições na área de TI e de que as aquisições de bens de TI estão em consonância com o PDTI.

Cabe lembrar que o no item 4.1.1.4 do Relatório Anual de Contas 201108786, exercício 2010, constou a constatação (35) “Ausência de inclusão, no PDTI, de seção específica sobre política de aquisição e substituição de equipamentos” que, conforme informações deste Relatório de Auditoria, não foi atendida no exercício 2011.

Também, do Relatório Anual de Contas 201108786, constou, no item 4.1.1.1, “Ausência de adoção ampla de critérios de sustentabilidade ambiental” a seguinte impropriedade e conforme entendimento da Agência, não cabe a Anatel a criação de critérios sobre sustentabilidade e sim ao Ministério do Planejamento juntamente com a pasta ministerial da área ambiental.

Identificaram-se, também impropriedades quanto às Ações de Sustentabilidade Ambiental, elencadas a seguir:

a) Ausência de adoção ampla de critérios de sustentabilidade ambiental: A unidade informou a ausência de utilização, no âmbito da agência, dos itens 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 12 e 13 constantes do Quadro A.10.1 do item 10.1 do Relatório de Gestão 2011.

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b) Adoção parcial, no âmbito da agência, do item 9, constante no Quadro A.10.1 do item 10.1 do Relatório de Gestão 2011.

c) Ausência de lista de verificação nas aceitações técnicas de produtos adquiridos pela Agência: Observa-se que a Agência não vem se manifestando de maneira explícita sobre o cumprimento das exigências normativas, tais como normas ABNT, especificadas em seus editais e/ou termos de referência, que só possam ser certificadas no momento do recebimento.

Por outro lado, a Unidade implantou outras ações de Sustentabilidade Ambiental, elencadas a seguir:

a) Adoção, no âmbito da agência, dos itens 10 e 11, constantes do Quadro A.10.1 do item 10.1 do Relatório de Gestão 2011.

2.7 Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação (59)

Com vistas a avaliar a gestão de Tecnologia da Informação – TI - da Anatel, destacamos os seguintes aspectos: Planejamento Estratégico de TI, Política de Segurança da Informação – PSI, Recursos Humanos de TI, Desenvolvimento e Produção de Sistemas de TI e Contratação e gestão de bens e serviços de TI. A situação encontrada na Agência sobre estes aspectos, para o exercício de 2011, está descrita a seguir.

Ausência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI - em vigência na Anatel: o Gestor informou que as atividades realizadas pela área de TI no período de 2011 estavam no PDTI aprovado para 2009/2010 e no Plano de Trabalho da Anatel estabelecido para o período de 2011 e que este Plano de Trabalho fora aprovado pelo Conselho Diretor da Agência, estabelecendo ações e metas a serem executadas pela Anatel. Foi informado, ainda, que 73% das ações previstas no PDTI 2009/2010 não foram concluídas e permanecem pendentes de atendimento em 2012, e que as ações pendentes estão incluídas no PDTI para o período de 2012 a 2014, que está dependendo de aprovação pelo Conselho Diretor. Posteriormente, o Gestor se manifestou novamente, informando que o PDTI foi aprovado pela Portaria nº 536, de 11.6.2012, e publicada no Diário Oficial da União em 12.6.2012. Porém, as análises consignadas sobre o PDTI referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012.

Ausência de Política de Segurança da Informação – PSI - em vigor na Anatel: das análises efetuadas constatou-se que as providências levadas a efeito pela Agência para aprovar o PSI, materializaram-se no final do exercício, quando foram encaminhados para a Procuradoria Federal Especializada, em 2.12.2011, os autos para a elaboração da Resolução do Conselho Diretor, que tem por objeto a aprovação da citada Política. Em 23.12.2011, os autos retornaram da Procuradoria e a SPV - Superintendência de Serviços Privados - solicitou reunião, para apresentação de minuta da Política de Segurança aos Superintendentes, o que por fim constata que a Agência não logrou êxito, no exercício passado em aprovar a sua Política de Segurança da Informação.

Ausência de relação entre a formação acadêmica e as atividades exercidas por servidores e terceirizados da área de TI: a Agência ainda aguarda a conclusão do projeto

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Qualidade de Vida no Trabalho na Anatel para estabelecer uma política institucional com diretrizes para ocupação de cargos comissionados. Adicionalmente, a Agência está implementando o Projeto de Planejamento da Força de Trabalho da Gerência Geral de Gestão da Informação - ADGI, com término previsto para 31.12.2013.

Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecida aos demandantes do serviço: a Agência publicou os acordos de níveis de serviço em sua intranet. No entanto, os acordos devem ser necessariamente documentados e firmados entre a área gestora de TI e os seus clientes internos.

Terceirização integral da manutenção das soluções de TI: observa-se que nenhuma das 119 (cento e dezenove) soluções de informática é mantida por equipe interna, sendo mantidas por terceiros. Tal fato gera risco de dependência de indivíduos sem vínculo com a Agência para a execução de atividades críticas ao negócio, contrariando as práticas Cobit 4.1, objetivos de controle “PO7.5 Dependência de Indivíduos” e “PO7.8 Mudança e Desligamento de Cargo”.

Ausência de rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da Agência: verifica-se a inexistência atual das avaliações, o que aumenta o risco de não atendimento, de forma tempestiva e efetiva, aos pleitos da unidade com relação ao desenvolvimento/manutenção de soluções de TI. Não houve andamento nas ações com vistas à implementação de rotina de avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da Agência.

Ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens e serviços de TI: O gestor informou que realizou reunião interna em 6.1.2012 para consolidar a proposta de alteração do Manual de Atribuições Orgânicas e Funcionais – MAOF - da SAD, encaminhando o portfólio de serviços da assessoria da ADGI. Desta forma, verifica-se que a Agência não possui, em que pese o apontamento desta CGU no exercício anterior, processo de trabalho formalizado para a contratação de bens e serviços.

2.8 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias (60)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação da situação das transferências voluntárias tendo em vista que a Anatel não realizou e não recebeu transferências voluntárias de recursos no exercício.

2.9 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ (61)

Foram analisados 9 (nove) processos de licitação formalizados pela ANATEL, compreendendo diversos objetos, bem como modalidades de licitação, os quais totalizaram o montante estimado da ordem de R$ 6.997.970,94, conforme demonstrado pelo quadro descritivo, a seguir:

Nº. Processo Volumes Modalidade de Licitação

Objeto Empresa Vencedora Valor (R$)

53500.026326/2010 4 Pregão Eletrônico Aquisição de Medidores Isotrópicos Portáteis de Faixa Larga para Medição

ZELL AMBIENTAL LTDA.

1.032.412,50

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de Radiação não Ionizante

53500.016470/2010 3 Pregão Eletrônico Contratação de Empresa para a Prestação de Serviços de Reserva, Marcação e Emissão de Bilhetes de Passagens Aéreas Nacionais e Internacionais.

WORLD AGÊNCIA DE VIAGENS, OPERADORA E CONSOLIDADORA DE TURISMO LTDA – ME

2.703.568,74 (Estimado)

53524.007370/2010 2 Pregão Eletrônico Prestação de Serviços de Transporte c/ Motorista, no Âmbito das Atividades Institucionais do Escritório Regional da Anatel em Minas Gerais.

GP7 Logística Ltda – ME

1.074.999,96 (Estimado)

53504.001399/2011 4 Pregão Eletrônico Contratação de Empresa Especializada na Prestação de Serviços de Transporte, incluindo Motoristas, no Âmbito do Escritório Regional da Anatel em São Paulo/SP

VIP SERVICE CLUB LOCADORA LTDA.

2.179.999,74

53542.004331/2011 1 Dispensa de Licitação Contratação de empresa visando à capacitação de servidores no Curso de “Planejamento e Projeto de Radio Enlace Digital”.

Lancore Networks Brasil Ltda - ME

6.990,00

53542.004365/2011 1 Dispensa de Licitação Contratação de empresa visando à capacitação de servidores no Curso de “Tecnologias, Serviços e Aplicações 3G/4G”

Lancore Networks Brasil Ltda - ME

6.990,00

53504.005381/2011 1 Dispensa de Licitação Aquisição de 14 Condicionadores de ar, Tipo Janela, de 7500 BTUs

Filomena da Conceição Martins Saraiva – ME

7.498,40

53500.023404/2011 1 Dispensa de Licitação Aquisição de 3 Câmeras Fotográficas Digitais

WW10 Distribuidora de Equipamentos Eletrônicos Ltda.

2.799,00

53572001147/2010 1 Inexigibilidade de Licitação

Prestação de Serviços de Fornecimento de Água, Coleta, Tratamento e Destino Final de Esgotos Sanitários para a UO da Anatel no Maranhão.

Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA)

15.000,00 (Estimado)

As análises do universo acima apresentado revelaram que os processos contêm as informações sobre identificação do contratado, motivação da contratação, modalidade, objeto, valor da contratação, de acordo com a legislação. Também foram constatadas que as fundamentações para as dispensas e inexigibilidades são adequadas, contudo foram constatadas impropriedades para as quais foram exaradas as devidas recomendações. Destaca-se a constatação sobre inexecução parcial de contrato para o qual foram exaradas recomendações no sentido deflagrar processo com vistas à aplicação das penalidades contratuais e comprovação de que os produtos objeto do contrato atendem ao especificado.

2.10 Avaliação da Gestão do Uso do CPGF (62)

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Com vista a avaliar a gestão do uso dos cartões de pagamento do governo federal, foram realizadas ações de acompanhamento durante o ano de 2011, bem como análises específicas para a elaboração do relatório anual de contas.

Com relação à consistência das informações prestadas pela unidade jurisdicionada no relatório de gestão, verificou-se que as informações constantes do citado relatório condizem com os dados dos sistemas SIAFI e Portal da Transparência.

Ainda de acordo com os registros do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI e do Portal da Transparência, a Agência, no exercício de 2011, realizou despesas mediante Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF, no total de R$ 64.383,55, conforme composição no quadro abaixo, cuja natureza das transações se enquadra em gastos elegíveis mediante CPGF.

Compra(a)

Saque(b)

Devolução_Saque(c)

Total_Despesa Efetuada d=(a)+(b)

Total_Global

e=(d)+(c)

40.525,55 21.257,00 2.601,00 61.782,55 64.383,55

2.11 Avaliação da Gestão de Passivos sem Previsão Orçamentária (63)

Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação quanto à capacidade da Anatel de intervir previamente sobre as causas que ensejaram a ocorrência de passivos sem a consequente previsão orçamentária de créditos ou de recursos, tendo em vista que não houve, por parte da Agência, situação de reconhecer passivos por insuficiência de créditos ou recursos no exercício.

2.12 Avaliação da Conformidade da Manutenção de Restos a Pagar (64)

Com vistas a avaliar a motivação dos empenhos inscritos em restos a pagar ao final do exercício de 2011, conforme previsto no Art. 35 do Dec. 93.872/86, foi requisitado à Anatel, por meio da Solicitação de Auditoria – S.A. nº 201203585/028, de 11.6.2012, que justificasse e apresentasse documentação comprobatória para a inscrição dos seguintes valores em restos a pagar não processados, informando em qual inciso previsto no Art. 35 do Dec. 93872/86 fundamentou-se a inscrição:

Conta Corrente Desc Natureza da Despesa UG Nome Restos a Pagar

2011NE002104 EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Anatel - SEDE 4.595.997,58

2011NE001005 SERVICOS DE CONSULTORIA Anatel - SEDE 3.825.970,00

2011NE002144 EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Anatel - SEDE 1.403.208,00

2011NE001091 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 1.045.505,24

2011NE002029 EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Anatel - SEDE 1.032.412,50

2011NE000395 OBRAS E INSTALACOES Anatel - MG 1.012.350,32

2009NE000579 DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIORES Anatel - SEDE 1.000.000,00

2011NE000185 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 952.143,01

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2011NE000414 OBRAS E INSTALACOES Anatel - MG 900.000,00

2011NE001546 OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA Anatel - SEDE 850.941,87

2011NE001003 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 847.873,84

2011NE001701 OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA Anatel - SEDE 778.348,99

2008NE001445 OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA Anatel - SEDE 107.356,42

2009NE000579 DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIORES Anatel - SEDE 1.000.000,00

2010NE000096 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 299.630,06

Das manifestações apresentadas pela Anatel verificou a regularidade dos lançamentos em Restos a Pagar, contudo foram detectados alguns lançamentos que foram cancelados após o questionamento desta CGU e valores de lançamentos para o quais a Anatel ainda não justificou apresentou justificativas para as dúvidas desta equipe de auditoria.

2.13 Avaliação da Entrega e do Tratamento das Declarações de Bens e Rendas (65)

Com vista a verificar o cumprimento, pela Agência, das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730/1993, selecionou-se 34 (trinta e quatro) servidores para análises das Declarações de Bens e Rendas, notadamente no que se refere às rotinas existentes que controlam a entrega anual à unidade de pessoal, das cópias das declarações com as respectivas retificações, ou das autorizações de acesso eletrônico destas no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Os testes aplicados “in loco” na unidade de pessoal denotaram que os controles administrativos instituídos pela Agência, asseguram de forma satisfatória o monitoramento do cumprimento, por parte dos servidores alcançados pela citada norma, das exigências legais estabelecidas.

2.14 Avaliação da Gestão de Bens Imóveis de Uso Especial (66)

Da análise dos imóveis cadastrados no sistema SPIUnet ficou constatado que apenas para os imóveis, situados em Goiânia/GO e Boa Vista/RR, foram realizadas avaliações, em 2011, sendo que para os outros 31 imóveis, o valor de mercado provável encontra-se desatualizado no sistema SPIUnet em desacordo com o item 4.2.6.c da Orientação Normativa GEADE-004.

Do cotejamento de informações entre os dados constantes do Relatório de Gestão da Agência – RG e os dados constantes do Sistema SPIUnet, verificou-se que os bens imóveis locados de terceiros, apesar de informados no RG não constam no sistema SPIUnet. De fato, consta no Relatório de Gestão (pg. 94) um total de 29 (vinte e nove) imóveis locados, sendo que este total não condiz com os pagamentos efetuados no SIAFI, onde constam 34 (trinta e quatro).

Por fim, em consulta ao SIAFI, constatou-se que alguns pagamentos efetuados relativos a aluguéis sem contratos vigentes. Os registros contábeis confirmam que os pagamentos dos aluguéis das Estações Remotas de Monitoramento - ERMs dos municípios de Caxias do Sul/RS, Passo Fundo/RS e Alvares Machado/SP, não possuem contratos vigentes há pelo menos 1 (um) ano.

2.15 Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias (67)

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Informa-se que não foram efetuados testes de auditoria voltados para a avaliação da gestão sobre renúncias tributárias por não ser aplicável a Unidade.

2.16 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU (68)

Quanto às determinações do Tribunal de Contas da União, foi avaliado o cumprimento do item 9.2.1 do Acórdão nº 2.468/2010-Plenário in verbis:

“9.2.1. dada a situação atual do controle dos bens reversíveis, realize periodicamente ações de fiscalização e que desenvolva novos métodos, de forma a permitir que exista razoável certeza de que as relações de bens reversíveis apresentadas pelas concessionárias do STFC são fidedignas e atuais;”

2.17 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU (69)

Das análises efetuadas, conclui-se que diante de todas as informações apresentadas pela Agência e das considerações realizadas por esta CGU, em que pese as ações empreendidas pela Anatel para o cumprimento do item 9.2.1 do Acórdão nº 2.468/2010-Plenário, não há como se afirmar que a determinação do Tribunal de Contas da União foi integralmente cumprida, uma vez que a Agência ainda não possui as relações de bens reversíveis aprovadas, e a “expectativa” é de que, uma vez realizado o inventário, promovida a reconciliação físico-contábil, procedida a integração dos sistemas de gestão patrimonial e verificado o integral cumprimento da determinação pela Superintendência de Rádio Frequência e Fiscalização – SRF, a Superintendência Serviços Públicos - SPB tenha à sua disposição a relação de bens reversíveis fidedigna e atual.

Quanto às recomendações desta Controladoria tem-se o seguinte quadro:

Nº do Relatório de Auditoria de

Contas

Item do Relatório (número e descrição sumária) Recomendação Situação atual da

recomendação

224286

2.4.1.1 – Constatação (002) - Não cumprimento da meta estabelecida para a ação “2B68 – Relações com os Usuários de Serviços de Telecomunicações”.

Recomendação (003): Recomenda-se à Assessoria de Relações com os Usuários :Realizar gestões junto a órgãos de defesa do consumidor com vistas à implementação de sistemática para apropriação de informações sobre os registros das ofensas aos direitos dos usuários dos serviços de comunicações de posse das referidas entidades;Utilização dos registros na elaboração de índices subsidiários para o processo de acompanhamento do desempenho das empresas do setor de comunicação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

2.3.1.2 – Constatação (006) - Absorção de prazos elevados na condução do processo de elaboração do Regulamento de Sanções Administrativas.

Recomendação (001): Promover imediatamente a formalização do método de cômputo dos valores de sanções a serem aplicadas no âmbito de cada Superintendência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286 2.2.1.2 – Constatação (008) - Insuficiência de diligência relacionada ao prazo de prorrogação do direito de uso de radiofrequência, bem como prorrogação da determinação do preço das outorgas das empresas permissionárias do Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal – MMDS, em desacordo

Recomendação (002): Apresentar plano de ação contendo as atividades e respectivos prazos, para o cumprimento das competências de regulamentação e cobrança dos preços públicos devidos pela exploração do Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal – MMDS, indicando, inclusive as medidas acautelatórias que se fazem necessárias, em virtude do tempo transcorrido do pleito apresentado pelas empresas (janeiro/2006) até o presente momento (junho/2009).

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

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com o §1º, do artigo 167, da Lei 9.472 de 16.7.1997.

224286

5.1.1.13 – Constatação (022) - Certidão de exclusividade, exigida no inciso I, Art. 25, da Lei nº 8.666/93 no caso de inexigibilidade de licitação, desatualizada.

Recomendação (001): Divulgar, no sítio eletrônico da Anatel, versão eletrônica dos contratos celebrados pela Agência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

5.1.1.16 – Constatação (025) - Utilização de modalidade licitatória que, pelas especificidades de sua regulamentação, a sua aplicação não vem assegurando a ampla participação dos potenciais prestadores de serviços, e, por decorrência, a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.

Recomendação (001): Promover reavaliação do Regulamento de Contratação no que concerne à modalidade de Consulta, de forma a permitir a ampliação da disputa, mediante a publicação do pretenso edital de seleção para convocação dos potenciais participantes, ainda na fase preparatória do certame.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

4.1.1.2 – Constatação (033) - Carência de pessoal de nível médio, principalmente fora da Sede, resultando na necessidade de contratação de mão de obra terceirizada a fim de dar prosseguimento a atividades básicas da Agência.

Recomendação (001):

Promover levantamento das reais necessidades de composição da força de trabalho da Anatel quanto a servidores tanto de nível médio quanto de nível superior, levando em conta, também, os Escritórios Regionais.

Elaborar proposta para alteração do normativo que fixa a força da Agência Nacional de Telecomunicações, baseado no levantamento recomendado anteriormente, com vistas à apreciação e tomada de providências pelo Conselho Diretor da Anatel.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2242864.1.1.3 – Constatação (034) - Ausência de parâmetros para alocação de servidores.

Recomendação (001): Ao promover o levantamento recomendado no item 4.1.1.2 deste Relatório de Auditoria, observar as necessidades da Assessoria Parlamentar e de Comunicação Social e na Procuradoria Federal Especializada junto à Anatel, assim como, ao realizar eventual redistribuição de pessoal alocado, considerar as atribuições dos cargos dos servidores com as atividades previstas para sua realização nas unidades de destino.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.3.2.4 - Constatação (036) - Contratação de serviços alheios às necessidades corporativas da Agência.

Recomendação (001): Celebrar Termo Aditivo ao Contrato ADGIR nº 40/2009-Anatel, retirando os enlaces alheios às necessidades corporativas da Anatel.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.3.2.5 - Constatação (037) - Ausência de técnica adequada para estimação do nível de tráfego dos enlaces.

Recomendação (004): Celebrar Termo Aditivo ao Contrato ADGIR nº 40/2009-Anatel, ajustando a velocidade dos enlaces às necessidades corporativas da Anatel.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.3.2.6 - Constatação (038) - Ausência de comprovação da necessidade de tempo de latência menor ou igual a 45ms round trip.

Recomendação (002): Abster-se de prorrogar o Contrato ADGIR nº 40/2009-Anatel, de 28 de setembro de 2009. Na impossibilidade, prorrogar pelo prazo mínimo possível, inserindo em Termo Aditivo cláusula autorizando à Contratante rescindir o contrato a qualquer tempo, sem qualquer ônus.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375 3.1.4.1 - Constatação (043) - Inconsistência entre os registros de datas no Siape e as efetivas redistribuições de servidores.

Recomendação (002): Que a Anatel verifique, no prazo de 30 (trinta) dias, a exatidão dos dados de tempo de Serviço constantes do Siape, cotejando-os com os dados dos assentamentos funcionais dos servidores abaixo listados: 0809444, 0809884, 6454794,

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

___________________________________________________________________________________________________ 18Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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6454877, 6454891, 6455137, 6455365, 6455494, 6659813, 6723976, 675212, 6777898, 6777925, 6809273, 6809292, 6809344, 6809368, 680936, 6809417, 6809447, 6809729, 6809988, 6810174, 7452105, 745506, 7751473, 7809659 e 7809871.

245375

3.1.4.2 - Constatação (044) - Ausência de pagamento de abono de permanência, relativo a períodos anteriores à data de solicitação do mesmo, contrariando os artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional nº 41/2003.

Recomendação (001): Que a Anatel refaça, no prazo de 60 (sessenta) dias, os cálculos de tempo de serviço e de idade dos servidores matrícula Siape nos 0809288, 0809290 e 0809444, enquadrando o abono de permanência nas hipóteses dos artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional 41/2003, apresentando tais cálculos à SRH para homologação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002): Que a Anatel, após a homologação dos processos de pagamentos dos abonos de permanência de exercícios anteriores dos servidores matrícula Siape nº 0809288, 0809290 e 0809444, proceder aos pagamentos das parcelas devidas, apresentando os documentos comprobatórios destes atos a esta CGU.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.1.4.4 - Constatação (046) - Utilização de número de matrícula Siape para cadastramento de servidor ocupante de cargo em comissão tendo o servidor recebido PDV nesta matrícula.

Recomendação (001): Que a Anatel efetue, no prazo de 30 (trinta) dias, o cadastramento correto do servidor CPF nº 091.230.673-49, ocupante de cargo comissionado na Agência sob a matrícula Siape nº 0540661, corrigindo o problema com o cadastramento do servidor em outra matrícula, conforme indicado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010, e envie a esta CGU os documentos comprobatórios de tal medida.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.1.4.5 - Constatação (047) - Ausência de documentos que enquadrem o pagamento de Opção de Função dos servidores matrículas Siape nos 6454787 e 6809394.

Recomendação (001): Que a Anatel deflagre processo com vista a recuperar os valores pagos relativos à opção sem documentação comprobatória para tal pagamento, apresentando os resultados alcançados a esta CGU no prazo de 60 (sessenta) dias, conforme consignado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002): Que a Anatel refaça a análise dos processos referentes à concessão de Opção de Função aos servidores matrícula Siape nos 6454787 e 6809394, solicitando a devolução de possíveis valores pagos em discordância ao enquadramento legal ou fazendo o pagamento de possíveis valores que os servidores tenham direito, conforme consignado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375 3.1.5.2 - Constatação (041) - Pagamentos de diárias para regiões onde os servidores residem. Recomendação (001): Que a Anatel promova a recomposição dos

valores de diárias pagos indevidamente, informando a esta CGU no prazo de 60 dias os resultados alcançados.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002): Que a Anatel promova a recomposição dos valores de auxílio-transporte pagos indevidamente, relativos aos dias das viagens realizadas para cidades próximas do domicílio dos servidores, durante o ano de 2009, informando a esta CGU no prazo de 60 dias os resultados alcançados.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

___________________________________________________________________________________________________ 19Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Recomendação (003): Que a Anatel estabeleça, em normativo interno, procedimento com vista a eliminar ou mitigar os riscos de pagamento de diárias a servidores quando em viagens dentro da região metropolitana onde residem.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.1.5.4 - Constatação (048) - Descumprimento dos normativos legais quanto aos processos de cessão dos funcionários à Anatel.

Recomendação (001): Que a Anatel efetue a adequação de todos os processos de cessão servidores ou funcionários de órgãos ou entidades da Administração Pública aos ditames da Lei 9.472, de 16.7.1997, especificamente a Lei 11.292, de 26.4.2006, e o Decreto 4.050, de 12.12.2001, apresentando, no prazo de 60 dias, os resultados alcançados.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

1.1.2.1 - Constatação (049) - Inconsistência na mensurabilidade do indicador “Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa”.

Recomendação (002):Que a Anatel, por meio de fiscalizações, realize diagnóstico do estado atual dos sistemas de supervisão das concessionárias do STFC, com vista a verificar:a) se os mesmos conseguem detectar e registrar as condições de falhas dos TUPs;b) se as operadoras mantêm o sistema monitorando sua respectiva planta;c) se as operadoras utilizam desta ferramenta como meio de realizar manutenções preventivas, mitigando o risco da não fruição do serviço pelos usuários e consequentemente melhorando o indicador “Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa”.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

1.4.2.1 - Constatação (004)Contratação de Serviços de Atendimento aos Usuários de Serviços de Telecomunicações sem a motivação que demonstre a necessidade das quantidades contratadas.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas no sentido de que a justificativa da quantidade da demanda por serviços de atendimento aos usuários dos serviços de telecomunicações seja realizada com base no histórico dos contratos anteriores da Agência e, para os casos em que a demanda histórica seja inconveniente, inoportuna ou antieconômica, justifique apensando, nos autos, relatórios, cálculos ou estudos realizados, de modo a dar maior transparência ao procedimento.

Recomendação Atendida

201108786

4.1.1.1 - Constatação (032)Ausência de adoção ampla de critérios de sustentabilidade ambiental.

Recomendação (001):Elaborar, no âmbito da Anatel, regulamentação específica, com fins de internalizar critérios de sustentabilidade ambiental nos processos de aquisição da Agência, não deixando de contemplar aspectos como: processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias-primas; aquisição de produtos produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável; aquisição preferencial de produtos fabricados por fonte não poluidora, bem como por materiais que não prejudicam a natureza; existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição para aquisição de produtos e serviços.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.1.4 - Constatação (035)Ausência de inclusão, no PDTI, de seção específica sobre política de aquisição e substituição de equipamentos.

Recomendação (001):Que a Anatel, dentro do processo de revisão do PDTI, inclua seção específica sobre a política de aquisição e substituição de equipamentos, em atendimento ao parágrafo 2º do art. 7º da IN SLTI/MPOG nº 1/2010.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.2.1 - Constatação (006)Avaliação do funcionamento do Sistema de Controle Interno da Anatel, apontando para a necessidade de ajustes, quanto ao aspecto da avaliação de risco.

Recomendação (001):Recomenda-se a elaboração de documento específico sobre: diagnóstico, probabilidade e meios de mitigação de riscos; níveis de riscos operacionais; acompanhamento/atualização dos riscos identificados; e mensuração e classificação dos riscos.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786 4.1.3.1 - Constatação (012)Ausência de atualização de dados e avaliação dos imóveis cadastrados no SPIUnet.

Recomendação (001):Que a Anatel, após os procedimentos de levantamento de dados e de documentação necessária à atualização cadastral, realize, no sistema SPIUnet, o devido cadastramento ou atualização dos dados dos imóveis, sob responsabilidade da Agência, informando a esta CGU o andamento de tais providências.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

___________________________________________________________________________________________________ 20Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Recomendação (002):Que a Anatel estabeleça rotinas, com vistas a gerenciar o parque imobiliário sob responsabilidade da Agência, bem como atualizar os respectivos dados, nos sistemas informatizados do governo federal ou nos sistemas a serem implantados no âmbito da Agência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.3.3 - Constatação (015)Prorrogação de contrato por prazo superior à vigência dos respectivos créditos orçamentários.

Recomendação (001):Que sejam revistos no Contrato ADAD nº 43/2009 os seguintes itens: a) a descrição do objeto contratado, constante nos Anexos 5 e 6, de maneira a restringir os serviços de SEDEX e PAC somente à entrega de cartas; eb) a fundamentação legal, alterando-a para inexigibilidade, com fulcro no art. 25, caput, da Lei nº 8.666/1993.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.1.4.1 - Constatação (016)Ausência de software de suporte a gestão de bens imóveis.

Recomendação (001):Que a Anatel, institua ferramenta de gestão informatizada com vistas a controlar o parque imobiliário sob sua responsabilidade.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.1.4.2 - Constatação (018)Ausência de atualização do cadastro de imóveis no SPIUnet.

Recomendação (001):Que a Anatel, após os procedimentos de levantamento de dados e de documentação necessária a atualização cadastral, realize, no sistema SPIUnet, o devido cadastramento ou atualização dos dados dos imóveis, sob responsabilidade da Agência, informando a esta CGU o andamento de tais providências.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Que a Anatel, estabeleça rotinas, com vistas a gerenciar o parque imobiliário sob responsabilidade da Agência, bem como atualizar os respectivos dados, nos sistemas informatizados do governo federal ou nos sistemas a serem implantados no âmbito da Agência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.4.3 - Constatação (020)Ausência de rotinas que visam diagnosticar periodicamente a situação em que se encontram os imóveis sob responsabilidade da Anatel.

Recomendação (001):Que a Anatel deflagre atividade com vista a instituir, no âmbito da Agência, procedimentos, fluxos ou rotinas com vistas a padronizar a gestão de imóveis sob responsabilidade da Agência, inclusive dos escritórios regionais, contendo as rotinas de programação e acompanhamento da manutenção dos imóveis, bem como as rotinas que visam diagnosticar periodicamente a situação em que se encontram o parque imobiliário, devendo conter também estratégias para a gestão e fiscalização dos contratos de manutenção predial.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.6.1 - Constatação (047)Fragilidades nos controles quanto ao recebimento das Declarações de Bens e Rendas ou Autorizações para Acesso Remoto às Declarações no Sítio Eletrônico da RFB.

Recomendação (001):Implementar controle informatizado para recebimento das Declarações de Bens e Rendas ou Autorizações para Acesso Remoto às Declarações no Sítio Eletrônico da RFB, de tal sorte que, a partir do próprio sistema, se possa controlar, automaticamente, a efetiva entrega de tais documentos, inclusive com crítica que permita aplicar as sanções administrativas cabíveis àqueles servidores que não entregarem, ao Órgão de Pessoal, no prazo legal, a referida documentação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Apresentar prova de regularização da entrega dos documentos cabíveis pelos 18 (dezoito) servidores listados na Solicitação de Auditoria Final, no prazo de 30 (trinta) dias.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786 4.1.8.1 - Constatação (003)Ausência de documentos referentes à pesquisa de mercado, nos autos do processo, para a celebração do Primeiro Termo Aditivo ao Contrato-ER-04-Nº.005/2008, referente à locação de imóvel do Escritório Regional da Anatel em Minas Gerais.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas a todas as áreas competentes pela locação de imóveis, incluindo os Escritórios Regionais da Anatel, no sentido de que, ao prorrogar a vigência dos contratos referentes à locação de imóveis, ou quando reajustar os preços de locação, realize avaliações prévias, de maneira a comprovar que o preço do aluguel é compatível com os valores de mercado, em atenção ao disposto no art. 24, inciso X, da Lei 8.666/93.

Recomendação Atendida

Recomendação (002):Recomenda-se ao Escritório Regional de Minas Gerais – ER-04, que ao prorrogar a vigência dos contratos referentes à locação de

Recomendação monitorada via Plano de

___________________________________________________________________________________________________ 21Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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imóveis, ou quando reajustar os preços de locação, realize avaliações prévias, de maneira a comprovar que o preço do aluguel é compatível com os valores de mercado, em atenção ao disposto no art. 24, inciso X, da Lei 8.666/93.

Providências Permanente

201108786

4.1.8.2 - Constatação (005)Locação de Veículos com Motoristas, sem a motivação que demonstre a necessidade da quantidade e especificação contratadas.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas no sentido de que a justificativa da necessidade dos serviços de transportes seja realizada com base no histórico utilizado na Agência, constante dos registros das viagens realizadas e, para os casos em que a utilização do histórico seja inconveniente, inoportuna ou antieconômica, justifique formalmente, nos autos, por meio de estudos ou relatórios.

Recomendação Atendida

Recomendação (002):Recomenda-se ao Escritório Regional do Rio de Janeiro – ER02/RJ - que realize estudo de dimensionamento das necessidades, referente aos serviços de transportes, baseado no histórico de utilização deste serviço na Regional. Caso o resultado do citado estudo indique um dimensionamento diferente do já contratado, recomenda-se a adequação do referido contrato.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.9.1 - Constatação (008)Ausência de registro dos contratos no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG.

Recomendação (001):Que a Anatel regularize as informações dos contratos da Agência no SIASG, informando regularmente sobre o andamento do Plano de Ação apresentado a esta CGU.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.1 - Constatação (022)Ausência do Plano Estratégico de Tecnologia da Informação.

Recomendação (001):Que a Anatel apresente um cronograma com as ações prévias com vistas a instituir o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação – PETI da Agência, informando periodicamente a esta CGU do andamento do citado cronograma.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.2 - Constatação (023)Ausência de Plano Diretor de TI em vigência.

Recomendação (001):Que a Anatel apresente o cronograma relativo à elaboração do novo PDTI.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.4 - Constatação (025)Ausência de Política de Segurança da Informação em vigor.

Recomendação (001):Que a Anatel apresente cronograma relativo à aprovação da proposta de Política de Segurança de Informação e Comunicações da Anatel (POSIC), bem como informe periodicamente a esta CGU o andamento do processo.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.5 - Constatação (026)Ausência de relação entre formação acadêmica e as atividades exercidas por servidores e terceirizados da área de TI.

Recomendação (001):Que a Anatel mantenha, em seu quadro de TI, servidores com formação acadêmica, capacitação e experiência compatíveis com os cargos ou funções desempenhadas.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Que a Anatel apresente a renovação dos atos de cessão pelo GDF, em relação ao servidor Siape 1708069-1, matrícula GDF nº 141476-3, relativos ao exercício de 2010 e exercícios posteriores.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (003):Em atenção ao Cobit 4.1, Processo “PO7 Gerenciar os Recursos Humanos de TI”, definir os requisitos centrais de competência em TI e verificar se estão sendo mantidos através de programas de qualificação e certificação onde apropriado.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (005):Que a Anatel ajuste o Siape fazendo constar o servidor Siape nº 1708069 como cedido, ao invés de requisitado.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.7 - Constatação (028)Ausência de rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da Agência.

Recomendação (001):Que o Comitê de Tecnologia da Informação, envolvendo as diversas áreas da Agência, se responsabilize por alinhar os investimentos de Tecnologia da Informação com os objetivos institucionais e por apoiar a priorização de projetos a serem implantados, em observância ao Inciso IV do Art. 4° da Instrução Normativa SLTI/MPOG 04/2008.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

___________________________________________________________________________________________________ 22Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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4.2.1.8 - Constatação (029)Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço.

Recomendação (001):Institua, em normativo interno, a estratégia para a gestão de acordos de níveis de serviço entre a área gestora de TI e os seus clientes internos, encaminhando a esta CGU a documentação comprobatória do atendimento desta recomendação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.9 - Constatação (030)Terceirização integral da manutenção das soluções de TI.

Recomendação (001):Apresentar estratégia a ser implementada, no âmbito da Agência, com vistas a mitigar o risco de dependência da terceirização da área de Tecnologia da Informação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.10 - Constatação (031)Ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens e serviços de TI.

Recomendação (001):Apresentar processo formal para contratação de bens e serviços de TI.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.2.1 - Constatação (001)Contratação de suporte presencial de terceiro nível, em caráter emergencial, por meio de dispensa, sem a motivação que demonstre a necessidade da quantidade e especificação contratadas.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas a todas as áreas competentes pela contratação de serviços, no sentido de que, em atenção ao disposto no art. 2º do Decreto nº 2.271/1997, elabore e aprove formalmente plano de trabalho prévio, adequada e objetivamente descrito, contendo, no mínimo, a justificativa detalhada da necessidade dos serviços, a relação entre a demanda prevista e os serviços a serem contratados e o demonstrativo dos resultados a serem alcançados em termos de economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponíveis.

Recomendação Atendida

Quanto ao rol de recomendações constantes do Plano de Providências Permanente do Fust e do Fistel, o principal objeto foi o estabelecimento de providências necessárias para a implantação de indicadores necessários para adequada gestão do Fundo, sendo que as recomendações exaradas nos dois últimos exercícios objetivaram a implantação dos indicadores e os ajustes necessários no sistema de informática responsável pela gestão de créditos da Anatel.

As análises demonstraram o desenvolvimento de indicadores e implementação de rotina informatizada que seja capaz de viabilizar a extração dos referidos indicadores. Porém, a rotina implementada possui caráter provisório, restando a implementação de novo sistema, medida informada como necessária pela própria Agência.

2.17 Ocorrência(s) com dano ou prejuízo:

Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.

3. Conclusão

Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foram devidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for o caso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado pelo Controle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos o presente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificado de Auditoria.

Informamos que os servidores listados abaixo, cujas assinaturas não foram apostas

___________________________________________________________________________________________________ 23Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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neste relatório, não estavam presentes quando da geração final deste documento por motivo previsto legalmente, apesar de terem efetivamente atuado como membros da equipe de auditoria.

Brasília/DF, 26 de julho de 2012.

Nome: Cargo: TFCAssinatura:

Nome: Cargo: AFCAssinatura:

Nome: Cargo: AFCAssinatura:

Nome: Cargo: AFCAssinatura:

Nome: Cargo: TFCAssinatura:

Nome: Cargo: AFCAssinatura:

Nome: Cargo: AFCAssinatura:

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

___________________________________________________________________________________________________ 24Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Achados da Auditoria - nº 201203585Unidade Auditada: AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES-SEDEExercício: 2011Relatório nº: 201203585UCI Executora: SFC/DRCOM - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

1. CONTROLES DA GESTÃO

1.1. Subárea - CONTROLES EXTERNOS

1.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DO TCU/SECEX NO EXERCÍCIO

1.1.1.1. Informação (41)

Item 9.2.1 do Acórdão TCU nº 2.468/2010-Plenário

Com o objetivo de avaliar a ação da Agência para o controle dos bens reversíveis, conforme recomendação contida no item 9.2.1 do Acórdão nº 2.468/2010-Plenário, transcrita a seguir, requisitamos, por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203585/003, que a Agência informasse as providências adotadas para o seu cumprimento, encaminhando os documentos referentes ao assunto.

“9.2.1. dada a situação atual do controle dos bens reversíveis, realize periodicamente ações de fiscalização e que desenvolva novos métodos, de forma a permitir que exista razoável certeza de que as relações de bens reversíveis apresentadas pelas concessionárias do STFC são fidedignas e atuais;”

O Informe nº 68/2011-PBOAC/PBOA, de 18.5.2011, apresentou o método gerencial para o processo de acompanhamento e controle dos bens reversíveis. O 1º estágio deste método consiste no levantamento de todo o passivo existente referente aos descumprimentos de obrigações, principalmente as alienações, substituições e onerações realizadas sem anuência prévia da Agência, com as consequentes sanções cabíveis. Este estágio é subdividido em duas etapas, sendo a primeira relacionada com o passivo de descumprimentos anteriores ao Regulamento de Controle de Bens Reversíveis – RCBR, e a segunda com a identificação dos bens indispensáveis à prestação do STFC atualmente empregados. O 2º estágio corresponde ao acompanhamento e controle dos bens reversíveis pela Anatel on time.

A Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, de 27.4.2012, apresentou várias considerações sobre o andamento do controle dos bens reversíveis na Agência, dentre os quais destacamos a seguir os mais relevantes.

Com relação aos trabalhos de aferição do passivo por parte da fiscalização, as concessionárias CTBC Telecom, Telefônica (Telesp), Oi/Telemar, Embratel, Sercomtel e Brasil Telecom não apresentaram os inventários relativos aos primeiros anos da concessão,

___________________________________________________________________________________________________ 25Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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principalmente os dados referentes ao lapso temporal correspondente aos exercícios de 1998 a 2001.

Com exceção dos primeiros anos após o leilão de desestatização, as concessionárias dispõem de inventários, porém eles não atendem à regulamentação vigente. No entanto, tendo em vista a vigência do RCBR a partir de janeiro de 2007, a Agência entende que não se pode exigir os inventários de anos anteriores à edição do Regulamento nos moldes por ele exigido. Até a elaboração do RCBR, a obrigação da concessionária consistia em “manter registros contábeis separados por serviço, bem como ter em dia o inventário dos bens e dos componentes do ativo imobilizado da empresa”, conforme Cláusula 15.1, inciso VIII, do Contrato de Concessão de 1998.

Conforme definição contida no art. 3º, inciso IV, do RCBR, o escopo da fiscalização foi alargado, tendo em vista que os bens de empresas, indispensáveis à continuidade e atualidade da prestação do serviço, pertencentes ao grupo econômico detentor da concessão passaram a ser considerados reversíveis:

“IV - Bens Reversíveis: equipamentos, infra-estrutura, logiciários ou qualquer outro bem, móvel ou imóvel, inclusive Bens de Massa, ou direito integrantes do patrimônio da Prestadora, de sua controladora, controlada ou coligada, indispensáveis à continuidade e atualidade da prestação do serviço no regime público;”

A Agência apresentou um quadro, conforme abaixo, com as fiscalizações referentes ao passivo de 1998 aos dias atuais, informando que nenhum trabalho referente à fase de 2005 aos dias atuais foi integralmente concluído e que as pendências existentes referem-se ao levantamento de bens que integram o patrimônio de controladoras, controladas e coligadas.

QUADRO I – FISCALIZAÇÕES – PASSIVO 1998 – DIAS ATUAIS

Concessionária Período Fiscalizado Pado Fase processual /

Sanção aplicada Pendências

BrasilTelecom 1998/2008 53508.015016/2010 Instrução

– Não foram identificados os bens de controladora, controlada e coligada;

– Obrigações referentes ao ano de 2009 não foram verificadas.

Sercomtel 1998/2008 53516.005675/2010 Instrução

CTBCTelecom

1998/2007 53500.023102/2009Pedido de ReconsideraçãoR$ 115.055,53

2008 53524.004114/2010 Instrução

Embratel 1998/2008 53524.002042/2010 Instrução

Telemar 1998/2007 53508.008998/2009 Recurso R$ 56.258.674,17

Telesp1998/2007 53504.031311/2008

Recurso – devolvido para a fiscalização para novas diligências R$ 19.974.665,35

2008 53504.010077/2010 Instrução

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Considerando os resultados contidos nos Relatórios de Fiscalização e a análise dos PADOS instruídos, a Agência atuou em duas frentes de trabalho. A primeira frente de trabalho diz respeito ao desenvolvimento de atividades de acompanhamento e controle in loco nas concessionárias para as quais os Relatórios de Fiscalização indicaram uma lista de bens reversíveis, e a outra frente se refere àquelas concessionárias em que os Relatórios de Fiscalização indicaram a inexistência de inventários confiáveis e atualizados nos termos do Regulamento.

As seguintes concessionárias indicaram a inexistência de inventários confiáveis e atualizados: Brasil Telecom, Embratel, Telemar e Telesp. Dessa forma, em 6.1.2011, a Superintendência de Serviços Públicos – SPB, em conjunto com a Superintendência de Fiscalização - SRF, editou os atos nº 160 (Procedimento Administrativo nº 53500.012438/2009), nº 161 (Procedimento Administrativo nº 53500.012416/2009) e nº 162 (Procedimento Administrativo nº 53500.028430/2010), em desfavor, respectivamente das concessionárias Brasil Telecom, Telemar e Embratel, determinando a realização, no prazo de seis meses, de inventário físico e entrega da RBR no formato determinado pela regulamentação, concomitantemente à vedação de alienação de bens reversíveis enquanto a determinação não for integralmente cumprida.

A determinação proposta nestes atos limitou-se ao Inventário dos bens integrantes do patrimônio da concessionária, considerando que não foram apresentados os resultados de fiscalização dos bens da controladora, controlada e coligada.

A concessionária Telefônica Brasil S.A. não foi objeto de Ato específico, tendo em vista que apresentou ex ante projeto específico de realização de Inventário.

Após a edição dos Atos Conjuntos, as concessionárias apresentaram Recurso Administrativo junto à Anatel com Pedido de Efeito Suspensivo, solicitando revisão dos Atos nº 160, 161 e 162/2011, de forma a dilatar o prazo de seis meses, e requerendo a exclusão da vedação de realizarem qualquer alienação até que a determinação não fosse integralmente cumprida. Cabe observar que estas concessionárias, alcançadas pelos Atos Conjuntos SPB/SRF, apresentaram projetos específicos de realização dos inventários.

O Conselho Diretor (CD), seguindo o posicionamento da SPB, que entendeu plausível a possibilidade de dilação do prazo inicialmente previsto nos Atos para a realização do inventário, concedeu a dilação de prazo para o cumprimento dos Atos nº 160, 161 e 162/2011, que passou a ser: (i) para a Embratel: 30 de março de 2012, conforme Despacho nº 6.804/2011-CD, de 24.8.2011; (ii) para as concessionárias do Grupo Oi: junho/2013, conforme Despacho nº 6.805/2011-CD, de 24.8.2011. Sobre a exclusão da vedação de alienação solicitada pelas concessionárias, o CD manteve a vedação de alienação de bens reversíveis até o término do inventário.

Cabe registrar que os Despachos nº 6.804/2011-CD, e 6.805/2011-CD, de 24.8.2011, determinaram à SPB e SRF que estabelecessem pontos de controle com periodicidade trimestral, para acompanhamento das determinações estabelecidas nos Atos, com a apresentação pelas empresas de relatórios de execução das atividades previstas nos respectivos cronogramas.

A Agência considerou que o sucesso do inventário dependeria, ainda, da

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integração gerencial (fluxo de entrada e saída de bens da planta) e de sistemas, de forma a garantir que a informação a ser disponibilizada à Anatel estivesse constantemente atualizada.

Dessa forma, a determinação dos Atos Conjuntos incluiria, além do levantamento do inventário de bens integrantes do patrimônio da concessionária, o desenvolvimento de processos aptos a garantir que o documento contábil reflita com um grau razoável de certeza, de forma fidedigna e atual, a realidade da planta. Assim, o acompanhamento da área técnica abrange o inventário físico, a reconciliação físico-contábil e a integração gerencial e de sistemas.

Foi apresentado um Quadro, na Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, de 27.4.2012, com o atual status dos inventários realizados pela Brasil Telecom, Embratel, Telemar e Telefônica, reproduzido a seguir:

QUADRO II – ACOMPANHAMENTO DAS AÇÕES DE INVENTÁRIO FÍSICO E MELHORIA DOS PROCESSOS DE CONTROLE DE BENS DAS CONCESSIONÁRIAS DO STFC

Concessionária Processo Conclusão Inventário Reuniões

Telefônica 53500.012415/2009 31.12.201122.09.2010, 11.11.2011 e 14.02.2012

Observações

1) A prestadora antecipou ação de realizar inventário, não sendo necessária edição de Ato.2) Desenvolveu projetos satisfatórios e tem cumprido os prazos.3) A SRF dispendeu horas de fiscalização no acompanhamento da realização do inventário. Os resultados estão insculpidos no Relatório de Fiscalização nº 66/2011/ER01FB.4) Na reunião de 14.02.2012, a prestadora informou ter finalizado o inventário físico, sendo que até abril/2012 pretende terminar a reconciliação físico-contábil.5) Tem-se a expectativa de que a prestadora entregue, em 30/04/2012, a RBR correspondente ao exercício de 2011 com as melhorias necessárias.6) Uma vez recebida a RBR da Telefônica correspondente ao exercício de 2011, pela Anatel, a SRF procederá a trabalho de fiscalização com a finalidade de validar os resultados do inventário realizado e seu impacto na RBR atualizada, conforme consta na Ata de Reunião Conjunta SPB/SRF/AUD.

Concessionária Processo Conclusão Inventário Reuniões

Oi/Telemar (Ato 160/2011-SPB/SRF, de 06.01.2011)

53500.012416/2009 30.06.2013 15.12.2011 e03.04.2012Oi/Brasil Telecom (Ato

161/2011-SPB/SRF, de 06.01.2011)

Observações

1) A prestadora recebeu autorização para prorrogação do Ato (de julho 2011 para junho de 2013 por intermédio do Despacho 6.805/2011-CD, de 24.08.2011).2) Concluiu o planejamento dos trabalhos e definiu a metodologia a ser utilizada para a realização do inventário físico, efetivamente iniciado em março de 2012.3) O projeto desenhado é menos minucioso do que o esperado e ainda está em análise na área técnica. Os principais pontos de controle a serem analisados são: técnica de realização do inventário (físico, lógico, remoto, documental), critérios para definição do bem reversível e necessidade de colocação de placas nos bens inventariados.4) Finda a análise da área técnica, serão propostas as melhorias necessárias.

Concessionária Processo Conclusão Inventário Reuniões

Embratel (Ato 162/2011-SPB/SRF, de 06.01.2011)

53500.028430/2010 30.09.2012 27.04.2011, 08.12.2011 e

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29.02.2012

Observações

1) A prestadora recebeu autorização para prorrogação do Ato (de julho 2011 para março de 2012 por intermédio do Despacho 6.804/2011-CD, de 24.08.2011).2) Até a reunião de dezembro de 2011, a prestadora vinha cumprindo o cronograma determinado.3) Na reunião de fevereiro de 2012, a Embratel relatou problema de integração de sistemas, e impetrou, junto ao Conselho Diretor da Anatel, pedido de nova dilação de prazo. A solicitação da concessionária foi aprovada pelo Conselho Diretor em sua 645ª, realizada em 12 de abril de 2012.4) Em que pese a necessidade de dilação de prazo, o projeto apresentado pela empresa foi satisfatório.5) A Embratel se comprometeu a cumprir integralmente a determinação (realização de inventário físico, reconciliação e integração de sistemas) até 30.09.2012.

Com relação às atividades de acompanhamento e controle in loco na concessionária CTBC Telecom, o Relatório de Fiscalização nº 0070/2008/ER04FS apresentou uma Relação de Bens Reversíveis com ano-base de 2007.

As Relações de Bens Reversíveis apresentadas pela CTBC Telecom para os exercícios de 2005 a 2009 foram analisadas pela Gerência Geral de Outorga, Acompanhamento e Controle das Obrigações Contratuais – PBOA, que concluiu que as informações não atendiam integralmente à Lei Geral de Telecomunicações - LGT, ao Contrato de Concessão e ao Regulamento de Controle de Bens Reversíveis - RCBR. Os motivos apontados foram que a descrição impedia a precisa definição dos bens vinculados efetivamente ao serviço prestado e os indícios que a RBR apresentada não relacionava todos os bens indispensáveis à continuidade e atualidade do STFC prestado em regime público.

O Informe nº 314/2010-PBOAC/PBOA propôs “uma conciliação entre uma relação de bens reversíveis elaborada a partir do inventário correspondente ao exercício de 2009, sob metodologia utilizada pela Fiscalização da Anatel para a RBR da CTBC Telecom referente ao exercício de 2007 – que até esse momento se configura como o documento que melhor representaria o acervo de bens de propriedade desta concessionária e indispensável à prestação do serviço prestado em regime público – e a RBR 2009 apresentada pela concessionária”.

A proposição se limitou à aferição dos bens integrantes do patrimônio da concessionária, tendo em vista que as ações de fiscalização não foram conclusivas sobre os bens de controladora, controlada e coligada.

Em reunião realizada com a CTBC Telecom, em 29.11.2010, a Agência informou que realizaria trabalho de acompanhamento e controle in loco, na sede da concessionária, com o objetivo de garantir que a RBR referente ao exercício de 2009 atendesse às exigências do Regulamento.

Entre 14 e 17 de dezembro de 2010 a Agência, por meio de equipe multidisciplinar, desenvolveu atividades de acompanhamento e controle na sede da CTBC Telecom em Uberlândia – MG, cujos resultados e trabalhos encontram-se descritos no Informe nº 335/2010-PBOAC/PBOA, de 22.12.2010. Cumpre observar que o citado Informe nº 335/2010-PBOAC/PBOA, propôs a edição de Despacho pelo Superintendente de Serviços Públicos aprovando a RBR da CTBC Telecom para o ano de 2009.

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Ainda no que diz respeito ao Controle de Bens Reversíveis, existe na Agência uma proposta de Regulamento de Acompanhamento e Controle dos Bens, Direitos e Serviços Vinculados à Concessão (RACBDSVC), em substituição ao RCBR. Esta proposta foi submetida à Consulta Pública nº 52/2010.

Esta Consulta foi elaborada no sentido de exigir que as alienações, substituições e onerações de bens reversíveis passem pela aprovação prévia da Agência, de garantir que as operações relevantes que envolvam bens reversíveis sejam criteriosamente analisadas pelo órgão regulador, de mitigar o impacto da regulação na dinâmica do setor de telecomunicações, e de permitir que operações de menor relevância possuam um processo de aprovação prévia simplificado.

As contribuições foram analisadas no âmbito do Informe nº 19/2012-PBOAC/PBOA, de 19.1.2012, e resultaram em uma outra versão após a Consulta Pública, que foi encaminhada à Procuradoria Federal Especializada da Agência para análise.

Por fim, em conclusão à Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, de 27.4.2012, a Agência espera que, realizado o inventário, promovida a reconciliação físico-contábil, procedida a integração dos sistemas de gestão patrimonial e, posteriormente, verificado o integral cumprimento da determinação pela fiscalização, a SPB tenha a relação de bens reversíveis fidedigna e atual e, com estas informações, possa dar celeridade e efetividade do acompanhamento e controle dos bens e serviços vinculados à concessão.

Cumpre observar que o art. 5º do Regulamento de Controle de Bens Reversíveis, aprovado pela Resolução nº 447, de 19.10.2006, estabelece a obrigação anual do encaminhamento da Relação de Bens Reversíveis à Anatel para sua aprovação:

“Art. 5º. Anualmente, até o dia 30 de abril, a Prestadora deve encaminhar à Anatel, para aprovação a RBR, com bens e direitos agrupados de acordo com o “Anexo – Qualificação dos Bens Reversíveis”, acompanhada de parecer de auditoria independente referente ao cumprimento do disposto neste Regulamento.”

De relevo registrar que o Relatório nº 11/2010-AUD, de 18.11.2010, em auditoria realizada com a finalidade de avaliar a eficiência do processo de controle de obrigações relativas aos Bens Reversíveis, Direitos dos Usuários do STFC e respectivos gastos orçamentários do período de 2008e 2009, apontou que a Superintendência de Serviços Públicos – SPB não possui efetivo controle dos bens reversíveis das Concessionárias. A Auditoria Interna, concluiu, no âmbito do supracitado Relatório, que “no que se refere aos bens reversíveis, restou demonstrado que a SPB não tem efetivo controle de tais bens, as informações encaminhadas pelas Concessionárias não atendem os requisitos da regulamentação, impossibilitando que a Agência tenha razoável controle destes bens”.

O Relatório recomendou à SPB, no que se refere ao controle das obrigações relativas aos Bens Reversíveis que:

“Reavalie o atual modelo de acompanhamento e controle relativo aos bens reversíveis, de modo a torná-lo mais célere e efetivo. Tal controle deve alcançar grau de efetividade suficiente para que a qualquer tempo a Anatel tenha razoável conhecimento de que

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as informações relativas aos bens reversíveis são reais e representam adequadamente a posição dos bens patrimoniais vinculados à prestação dos serviços de telecomunicações das concessionárias do STFC, garantindo, dessa forma, um monitoramento quanto à própria obrigação de continuidade da prestação do serviço.”

Cabe apontar ainda que, conforme notícias divulgadas na internet, a Justiça Federal deu à Anatel o prazo de 180 dias para a divulgação dos bens, a partir de 13.6.2012, e a Agência informou que divulgará a lista de bens reversíveis em junho. Estas notícias podem ser encontradas nos endereços eletrônicos a seguir:

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=30841&sid=8

http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=30766&sid=8

Diante do exposto, solicita-se:

1) Os pontos de controle com periodicidade trimestral para o acompanhamento dos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011, conforme determinação dos Despachos nº 6.804/2011-CD e 6.805/2011-CD, de 24.8.2011;

2) O inventário com a Relação dos Bens Reversíveis da concessionária Telefônica, assim como sua reconciliação físico-contábil, prevista para abril de 2012;

3) Os produtos já entregues pelas concessionárias do Grupo Oi até o presente momento;

4) Os produtos já entregues pela concessionária Embratel até o presente momento;

5) O inventário com a Relação dos Bens Reversíveis, entregue pela concessionária CTBC Telecom, referente aos exercícios de 2010 e 2011;

6) Os produtos existentes na Agência, referentes ao controle pela Anatel da vedação de alienação de bens reversíveis enquanto a determinação contida nos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011 não for integralmente cumprida;

7) Encaminhar os Relatórios das Fiscalizações realizadas no exercício de 2011 para o controle dos Bens Reversíveis;

8) Tendo em vista o Relatório nº 11/2010-AUD, de 18.11.2010, que recomendou à Agência que reavaliasse o atual modelo de acompanhamento e controle relativo aos bens reversíveis, informar as ações implementadas pela Anatel no sentido de atender a esta recomendação;

9) Informar quais inventários foram encaminhados pelas concessionárias, quais foram fiscalizados e quais foram aprovados pela Agência, encaminhando uma tabela conforme a seguir, preenchida com os dados referentes a todas as concessionárias:

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Concessionária Ano-BaseLista de bens

reversíveisencaminhada?

Lista de bens reversíveis fiscalizada?

Lista de bens reversíveis aprovada? Caso positivo, informar e

encaminhar o documento referente à aprovação.

Embratel

1998 a 2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

CTBC Telecom

1998 a 2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Manifestação da Unidade Examinada

A Agência encaminhou as manifestações sobre as questões solicitadas, por meio do Mem. nº 179/2012/PBOAC/PBOA/SPB, de 10.7.2012, dentre as quais apresentamos a seguir as mais relevantes, conforme Nota Técnica nº 20/2012-PBOAC/PBOA, de 10.7.2012:

“(...)

5.3. De início, faz-se mister frisar que, conforme demonstrado no item 1.1 da Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, a Agência tem envidado esforços no sentido de constantemente realizar fiscalizações despendidas pelo órgão regulador podem ser específicas (pontuais), quando tratam de determinado ponto legal, contratual ou regulamentar (por exemplo: fiscalização dos bens reversíveis onerados), ou abrangentes (sistêmicas), quando abordam os aspectos previstos na legislação e na regulamentação, de forma ampla (por exemplo: fiscalização de todas as obrigações constantes no Regulamento de Controle de Bens Reversíveis). Os Quadros 1, 2 e 3 apresentam, respectivamente, (i) o detalhamento das fiscalizações realizadas pela Anatel, por ano e operadora; (ii) a quantidade de fiscalizações realizadas, por ano e operadora; e (iii) as fiscalizações sistêmicas que verificam o período pós-desestatização, de 1998 a 2008, bem como as demandadas para a verificação dos anos seguintes, de 2009 a 2011.

Quadro 1Nº da Solicitação de Fiscalização Ano Concessionária

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SSF 16225102001 2001 TELESP

16225102001 2001 TELESP

SSF ER02FS20030016 2003 Embratel

ER02FS20030016 2003 Embratel

PBOAC120040134 2004 TELEMAR

SAAFPBOAC2004000034 2004 Brasil Telecom

SAAFPBOAC2004000036 2004 Brasil Telecom

SAAFPBOAC2004000037 2004 Brasil Telecom

SAAFPBOAC2004000039 2004 Brasil Telecom

SAAFPBOAC2004000040 2004 Brasil Telecom

SAAFPBOAC12004000067 2004 Brasil Telecom

SAAFPBOAC12004000069 2004 Embratel

SAAFPBOAC12004000134 2004 TELESP

SAAFPBOAC12004000163 2004 SERCOMTEL

SAAFPBOAC12004000166 2004 TELEMAR

SAAFPBOAC12004000171 2004 TELEMAR

SAAFPBOAC12004000177 2004 TELEMAR

SAAFPBOAC12004000164 2004 CTBC

SAAFPBOAC12004000170 2004 TELEMAR

SAAFPBOAC12004000165 2004 TELEMAR

SAAFPBOAC12004000167 2004 TELEMAR

RADARPBOAC2005000080 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000081 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000082 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000083 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000084 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000085 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000087 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000088 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000089 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000091 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000092 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000094 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000095 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000096 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2005000097 2005 Brasil Telecom

RADARPBOAC2005000099 2005 Brasil Telecom

RADARPBOAC2005000100 2005 Brasil Telecom

RADARPBOAC2005000101 2005 Brasil Telecom

RADARPBOAC2005000104 2005 Brasil Telecom

RADARPBOAC2005000105 2005 CTBC

RADARPBOAC2005000113 2005 Brasil Telecom

RADARPBOAC2005000163 2005 TELEMAR

RADARPBOAC2006000047 2006 TELESP

RADARPBOAC2007000001 2007 Brasil Telecom

RADARPBOAC2007000002 2007 Brasil Telecom

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RADARPBOAC22007000013 2007 Brasil Telecom

SPAFSPB2007000134 2007 Brasil Telecom

SPAFSPB2007000156 2007 TELEMAR

RADARPBOAC2008000017 2008 Sercomtel

RADARPBOAC2008000019 2008 Brasil Telecom

RADARPBOAC2008000022 2008 Embratel

SPAFSPB2007003798 2008 CTBC

RADARPBOAC20080000002 2008 Brasil Telecom

RADARPBOAC22008000010 2008 TELESP

RADARPBOAC2008000005 2008 Telemar

SPAFSPB2008003799 2008 TELESP

RADARPBOAC22008000037 2008 TELESP

RADARRFFCF32009000007 2009 TELESP

RADARRFFCF32009000008 2009 CTBC

RADARRFFCF32009000009 2009 TELEMAR

SOLPBOAC22011000667 2011 TELESP

SOLPBOAC22011000672 2011 TELESP

SOLPBOAC22012000003 2012 TELEMAR

SOLPBOAC22011000004 2012 EMBRATEL

SOLPBOAC22011000006 2012 EMBRATEL

SOLPBOAC22011000005 2012 EMBRATEL

SOLPBOAC22012000008 2012 Sercomtel

SOLPBOAC22012000009 2012 TELESP

SOLPBOAC22012000010 2012 Embratel

SOLPBOAC22012000011 2012 Brasil Telecom

SOLPBOAC22012000012 2012 TELEMAR

SOLPBOAC22012000013 2012 CTBC

SOLPBOAC22012000014 2012 TELEMAR

QUADRO 2

Prestadora ANO DA FISCALIZAÇÃO Total

2001 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012

Brasil Telecom

- - 6 6 - 4 2 - - 1 19

CTBC - - 1 1 - - 1 1 - 1 5

Embratel - 2 1 - - - 1 - - 3 7

Sercomtel - - 1 - - - 1 - - 1 3

Telemar - - 7 15 - 1 1 1 - 4 29

Telefônica 2 - 1 - 1 - 3 1 2 1 11

Total 2 2 17 22 1 5 9 3 2 11 74

Quadro 3

Concessionária Período de fiscalização PADO / Solicitação de Fiscalização Fase Processual

Brasil Telecom 1998/2008 53508.015016/2010 Instrução

___________________________________________________________________________________________________ 34Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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2009/2011 SOLPBOAC22012000011 -

Sercomtel1998/2008 53516.005675/2010 Instrução

2009/2011 SOLPBOAC22012000008 -

CTBC

1998/2007 53500.023102/2009 Pedido de Reconsideração

2008 53564.004114/2010 Instrução

2009/2011 SOLPBOAC22012000013 -

Embratel1998/2008 53524.002042/2010 Instrução

2009/2011 SOLPBOAC22012000010 -

Telemar

1998/2007 53508.008998/2009 Recurso

2008 53508.009166/2011 Instrução

2009/2011 SOLPBOAC22012000012 -

Telefônica

1998/2007 53504.031311/2008 Recurso

2008 53504.010077/2010 Instrução

2009/2011 SOLPBOAC22012000009 -

5.4. Da análise dos Quadros 1, 2 e 3, torna-se razoável afirmar que a Agência realiza periodicamente ações de fiscalização com o objetivo de garantir a conformidade legal, contratual e regulamentar das prestadoras, no que concerne aos bens e serviços vinculados à concessão, o que comprova que a atuação do órgão regulador atende o disposto no Acórdão nº 2.468/2010-Plenário/TCU. Deve-se salientar que, no período compreendido entre 1998 a 2011, o órgão regulador tem concluídas – ou, pelo menos, em andamento – fiscalizações abrangentes para todas as prestadoras de serviço público (vide Quadro 3), especialmente no que tange à obrigação de aprovação prévia da Agência para alienação de bem reversível e de depósito do recurso na conta vinculada. Há de se sublinhar, ademais, que a atuação da Agência, quanto ao tema bens reversíveis, não se limita à utilização de horas de fiscalização, mas abrange ainda atividade de acompanhamento e controle in loco, monitoramento, bem como medidas cautelares, como no caso dos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011, tratados no item 1.2 da Nota Técnica nº 1/2012 – PBOAC.

(...)

5.14. Durante os trabalhos de fiscalização, conforme Memorando nº 177/2009-RFFC/SRF, citado na Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, restou demonstrado que as Relações de Bens Reversíveis e os Inventários, encaminhados pelas empresas – representavam tão-somente a relação contábil dos bens, tendo sido identificada, pela Anatel, a necessidade de melhoria na lista entregue pelas prestadoras, de maneira que a lista física dos ativos indispensáveis à continuidade do serviço público seja efetivamente evidenciada, bem como seja garantida a conciliação da relação contábil com a física de modo a assegurar que a realidade da planta (no caso, o físico) seja refletida no contábil ou documento regulatório (no caso, a relação de bens reversíveis). Diante de tal cenário, o objetivo dos Atos nº 160, 161 e 162/2011, a que se referem o item 1.2 da Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, é exatamente obter essa razoável certeza entre o físico e o contábil.

5.15. Desse modo, atualmente, é possível afirmar que a Anatel, em sintonia com o disposto no Acórdão nº 2.468/2012-TCU-Plenário, busca garantir que a relação de bens reversíveis encaminhadas pelas prestadoras reflita a realidade da planta indispensável à

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continuidade do serviço público. O intuito é que, com o integral cumprimento das determinações insculpidas nos Atos supracitados, a Relação de Bens Reversíveis apresente retrato fidedigno e atual dos bens indispensáveis ao serviço público.

(...)

Item 1

5.17. Com relação ao item 1, informamos os pontos de controle com periodicidade trimestral para o acompanhamento dos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011, conforme determinação dos Despachos nº 6.804/2011-CD e 6.805/2011-CD, de 24/08/2011:

5.17.1. Reuniões periódicas de acompanhamento e controle, nas quais as concessionárias apresentam, conforme Quadro 4, o andamento dos trabalhos (i) relativos aos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011 e (ii) relativos à realização do inventário, no caso da Telefônica Brasil S.A;

5.17.2.5 Foram realizadas fiscalizações pela Anatel nos projetos piloto, conforme Quadro 4;

5.17.3Apresentação pelas concessionárias de relatórios de planejamento e execução;

5.17.4Avaliação contínua dos projetos apresentados;

5.17.5Análise Técnica da Anatel das Relações de Bens Reversíveis apresentadas, assim como o acompanhamento dos Atos e a avaliação se os inventários estão cumprindo seus objetivos, por meio de Notas Técnicas e Informe.

5.17.6As datas e os documentos relativos às citadas reuniões, tais como atas e apresentações, relatórios apresentados pela concessionária, bem como, as Análises Técnicas de acompanhamento e controle de tais Atos e das Relações de Bens Reversíveis, constam dos processos citados no Quadro 4 a seguir.

Quadro 4

Concessionária Processo Datas das Reuniões Fiscalizações Análise

Técnica Situação

Embratel (Ato 162/2011-SPB/SRF)

53500.028430/2010

27/4/2011;8/12/2011;29/2/2012;3/5/2012

Pilotos(Brasília-SCN, Rio

de Janeiro/RJ e Santo André/SP)

Nota Técnica nº 02/2012-PBOAC

Prorrogado o prazo para o atendimento ao Ato por meio dos Despachos Nº 6804/2011-CD (de 24/08/2013, que prorrogou por 6 meses a partir de 11/01/2011) e Nº 3008/2012-CD (de 17/04/2012, que prorroga até 30/06/12 a efetivação do inventário físico e RBR consistente com Inventário e até 30/09/12 e Inventário consistentes com a conciliação físico-contábil). Está sendo realizado acompanhamento trimestral da finalização do inventário e da conciliação físico/contábil.

Oi/Telemar (Ato 160/2011-

SPB/SRF).

53500.012416/2009 15/12/201103/04/201229/06/2012

Pilotos (Arcos, Alvorada e Bento

Ribeiro)

Nota Técnica nº 03/2012-PBOAC

Prorrogado o prazo para o atendimento ao Ato, por meio do Despacho Nº 6805/2011-CD, de 24/08/2011, por 29 meses a partir de 11/01/2011. Está sendo realizado acompanhamento trimestral da realização do Inventário. Na última reunião, em 29/06/12, verificou-se que a concessionária está na etapa correspondente ao cronograma apresentado.

Oi/Brasil Telecom (Ato

161/2011-

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SPB/SRF)

Telefônica (Não teve Ato

específico pois apresentou ex ante projeto de

Inventário)

53500.012415/2009

22.09.201011.11.201114.02.201231.05.2012

Piloto (Perdizes)

Informe nº 64/2012-

PBOAC/PBOA

Finalizado o Inventário. Será demandada fiscalização para verificação do inventário e RBR entregue e, após a fiscalização, será avaliada a conformidade dos documentos entregues.

5.18. Ressalte-se, conforme Quadro 4, que atualmente (i) a Oi (Brasil Telecom e Telemar) está em fase de implantação e reconciliação de seu inventário, sendo que o término dos seus trabalhos, conforme Despacho 6805/2011-CD, deve ocorrer em junho de 2013, e (ii) a Embratel apresentou RBR e Inventários de 2011 decorrentes dos trabalhos realizados em função do Ato nº 162/2011, sendo que o término dos seus trabalhos, conforme Despacho 3008/2012-CD, deve ocorrer em setembro de 2012.

Itens 2, 3, 4 e 5

5.19. Conforme demandado na Solicitação de Auditoria – Final nº 201203585/029, serão encaminhados à CGU, Anexo I, em mídia (CD), os seguintes documentos:

a) Inventário e Relação de Bens Reversíveis reconciliados, entregue pela concessionária Telefônica em abril de 2012 (item 2);

b) Relatório discorrendo acerca do estágio atual do cumprimento dos Atos nº 160 a 161/2011, por parte do Grupo Oi (item 3);

c) Inventário e Relação de Bens Reversíveis da concessionária Embratel, entregue em junho de 2012 (item 4);

d) Inventários e Relações de Bens Reversíveis da concessionária CTBC Telecom, referentes aos exercícios de 2010 e 2011 (item 5).

5.20. No que concerne ao item 3 da Solicitação de Auditoria – Final nº 201203585/029, nos termos da Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, faz-se pertinente reiterar que o Grupo Oi concluiu o planejamento dos trabalhos e definiu a metodologia a ser utilizada para a realização do inventário físico, efetivamente iniciado em março de 2012. A priori, a área técnica entendeu que o projeto desenhado é menos minucioso do que o esperado, encontrando-se em análise na Agência. Os principais pontos de controle a serem analisados são: técnica de realização do inventário (físico, lógico, remoto, documental), critérios para definição do bem reversível e necessidade de colocação de placas nos bens inventariados. De forma a subsidiar a análise da área técnica, foi encaminhado à prestadora ofício contendo questionamentos acerca da metodologia de realização de inventário adotado pela companhia e demais pontos de controle. O ofício em questão segue no Anexo II.

Item 6

5.21. Sobre o item 6, relativo aos produtos existentes para o controle pela Anatel da vedação de alienação de bens reversíveis, enquanto a determinação contida nos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011 não for integralmente cumprida, informamos que a Agência

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vem demandando e realizando ações de fiscalização, citadas a seguir, com o fito de garantir que não sejam alienados os bens:

Quadro 5

Nº da Solicitação de Fiscalização Ano Prestadora

SOLPBOAC22012000003 2012 TELEMAR

SOLPBOAC22012000004 2012 EMBRATEL

SOLPBOAC22012000006 2012 Embratel

SOLPBOAC22012000005 2012 TELEMAR

SOLPBOAC22012000010 2012 Embratel

SOLPBOAC22012000011 2012 Brasil Telecom

SOLPBOAC22012000012 2012 TELEMAR

SOLPBOAC22012000014 2012 TELEMAR

Item 7

5.23. Quanto ao item 7, encaminhamos, vide Anexo III, em mídia (CD), os relatórios das fiscalizações abrangentes (sistêmicas) e relativas ao acompanhamento dos Atos nº 160, 161 e 162/2011, bem como do inventário realizado pela Telefônica.

Item 8

5.24. Em virtude da complexidade do assunto o órgão regulador utiliza método gerencial baseado no PDCA/SDCA, para que o processo de acompanhamento e controle dos bens reversíveis apresente condições de eficiência, eficácia e efetividade. O método aplicado consiste em um conjunto de fatores interligados, com funções específicas. De acordo com o International Standards of Supreme Audit Institutions – ISSAI, a avaliação desse método pode ser resumida com o seguinte esquema:

5.25. Nesse método, denomina-se 1º estágio a etapa de trabalho que encerrará todo o passivo existente referente aos descumprimentos de obrigações, principalmente as alienações, substituições e onerações realizadas sem anuência prévia da Agência, aplicando-se, consequentemente, as sanções cabíveis, e apresentará, de forma segura, todos os bens passíveis do instituto da reversibilidade que estão sendo atualmente utilizados pelas concessionárias.

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Esse estágio busca alcançar a eficiência, concluindo as ações relacionadas ao passivo e determinando, de forma segura, os bens atualmente empregados pelas concessionárias (Figura 1).

5.26. O 1º estágio do método é subdividido em duas etapas: a primeira está relacionada ao passivo de descumprimentos anteriores aos ditames contidos no Regulamento de Controle de Bens Reversíveis e a segunda etapa diz respeito à identificação dos bens indispensáveis à prestação do STFC atualmente empregados.

5.27. No 1º estágio fica claro que parte considerável dos trabalhos serão realizados por meio de ações de fiscalização e de forma subsidiária por meio de acompanhamento e monitoramento, considerando as abrangências, extensões e volumes envolvidos.

5.28. O 2º estágio irá iniciar quando o 1º estiver completamente concluído e possibilitará o acompanhamento e controle dos bens reversíveis por parte da Anatel on time. Esse é o estágio da eficácia. Deve-se ressaltar que a efetividade das ações de fiscalização empregadas naquele 1º estágio torna-se condição sine qua non para que o 2º estágio alcance a eficácia desejada.

5.29. Desse modo, o método de acompanhamento e controle apresentado nesta seção tem o objetivo de garantir que, com a extinção da concessão, seja pelo advento do termo contratual, no dia 1º de janeiro de 2026, seja nos casos de encampação, caducidade, rescisão e anulação, a Anatel possa assegurar a continuidade do serviço público de telecomunicações, de forma segura.

5.30. Percebe-se, então, que o acompanhamento e controle dos bens reversíveis é um processo gradual, mas que possibilita o pleno domínio da situação por parte do regulador de forma a obter segurança na sua condução. Observa-se que o método utilizado pela Agência é seguro e consistente, sendo todos os seus estágios bem definidos e estruturados, de forma que o resultado pretendido, qual seja, a garantia da continuidade do serviço público de telecomunicações, seja efetivamente alcançado. Deve-se ponderar que para que seja aferida a

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eficácia desse método faz-se mister a conclusão do 1º estágio, sob o risco de se proceder a avaliações enviesadas.

5.31. Há de se ressaltar que o método de acompanhamento e controle de bens reversíveis adotado pela Anatel foi apresentado ao Tribunal de Contas da União em reunião realizada na sede daquele órgão em 1º de dezembro de 2010. Até o momento, não foi encaminhada à Agência manifestação do TCU no sentido de desabonar a adoção do método apresentado ora abordado.

5.32. Conforme demonstrado nas seções 1.2 e 1.3 da Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, a Agência tem envidado esforços no intuito de que as concessionárias do STFC em regime público alcancem o 2º estágio do método apresentado. Na seção 1.3 da Nota Técnica citada, foram abordadas as atividades de acompanhamento e controle in loco, realizadas junto à CTBC Telecom. Em atendimento ao cronograma apresentado ao Tribunal de Contas da União na reunião a que se refere o item anterior desta Nota Técnica, concluídas as atividades de acompanhamento e controle in logo, a CTBC Telecom adentra no 2º estágio do método: acompanhamento e controle on time dos bens reversíveis por parte da Anatel.

5.33. Na seção 1.2 da Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC, por sua vez, foram apresentadas as medidas tomadas pelo órgão regulador com o fito de que o Inventário e a lista dos bens reversíveis das concessionárias das Regiões I, II, III e IV do Plano Geral de Outorgas, quais sejam, Telemar Norte Leste S.A., Brasil Telecom S.A., Telecomunicações de São Paulo S.A. e Empresa Brasileira de Telecomunicações, representem com um grau razoável de certeza, de maneira fidedigna e atual, a realidade da planta.

5.34. Há de se ressaltar que a Anatel, na reunião a que se refere o item 5.33 desta Nota Técnica apresentou ao Tribunal de Contas da União cronograma para o desenvolvimento das ações que foram discriminadas nas seções 1.2 e 1.3 da Nota Técnica nº 1/2012-PBOAC. Tais ações integram o rol de medidas desenvolvidas pelo órgão regulador com o fito de se atingir o estágio da eficácia.

5.35. Desse modo, a priori, entende-se que o método de acompanhamento e controle atualmente adotado pela Anatel, já apresentado ao Tribunal de Contas e à Controladoria Geral da União (Informe nº 64/2011-PBOAC/PBOA) não merece reparo.

5.36. Ressalta-se, no entanto, ainda no que tange ao item 8, que, atualmente, está sob análise da Procuradoria Federal Especializada junto à Anatel, a Proposta de alteração do Regulamento de Controle de Bens Reversíveis, pós Consulta Pública nº 52/2010.

5.37. Tal proposta, que já foi objeto da Consulta Pública nº 52/2010, está lapidada com as pertinentes contribuições realizadas, bem como, pela avaliação do teor (i) do Acórdão nº 2.468/2010-TCU – Plenário, (ii) das requisições e recomendações do Ministério Público Federal e da Câmara dos Deputados e (iii) da Ação Civil Pública, com pedido de antecipação parcial de tutela, impetrada pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PRO TESTE) em desfavor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) (Processo nº 29346-30.2011.4.01.3400 – Seção Judiciária do Distrito Federal – 15ª Vara Federal).

5.38. Sobre esse tema, repisamos o disposto na seção 2 da Nota Técnica nº

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1/2012-PBOAC.

Item 9

5.39. Por fim, no que concerne ao item 9 da Solicitação de Auditoria – Final nº 201203585/029, o Quadro 6 a seguir atende a demanda.

Quadro 6

Concessionária Ano-Base Lista de bens reversíveisencaminhada?

Lista de bens reversíveis fiscalizada?

Referência (Relatório de Fiscalização)

BRASIL TELECOM

1998 a 2004 SIM RF 0050/2010/ER02FS

2005 SIM SIM RF 0050/2010/ER02FS

2006 SIM SIM RF 0050/2010/ER02FS

2007 SIM SIM RF 0050/2010/ER02FS

2008 SIM SIM RF 0050/2010/ER02FS

2009 SIM SIM SOLPBOAC22012000011

2010 SIM SIM SOLPBOAC22012000011

2011 SIM SIM SOLPBOAC22012000011

CTBC

1998 a 2004 SIM RF 0070/2008/ER04FS

2005 SIM SIM RF 0070/2008/ER04FS

2006 SIM SIM RF 0070/2008/ER04FS

2007 SIM SIM RF 0070/2008/ER04FS

2008 SIM SIM RF 0085/2010/ER04FS

2009 SIM SIM SOLPBOAC22012000013

2010 SIM SIM SOLPBOAC22012000013

2011 SIM SIM SOLPBOAC22012000013

EMBRATEL

1998 a 2004 SIM RF 0027/2010/ER04FS

2005 SIM SIM RF 0027/2010/ER04FS

2006 SIM SIM RF 0027/2010/ER04FS

2007 SIM SIM RF 0027/2010/ER04FS

2008 SIM SIM RF 0027/2010/ER04FS

2009 SIM SIM SOLPBOAC22012000010

2010 SIM SIM SOLPBOAC22012000010

2011 SIM SIM SOLPBOAC22012000010

OI

1998 a 2004 SIM RF 0074/2009/ER02FS

2005 SIM SIM RF 0074/2009/ER02FS

2006 SIM SIM RF 0074/2009/ER02FS

2007 SIM SIM RF 0074/2009/ER02FS

2008 SIM SIM RF 0105/2011/ER02FS

2009 SIM SIM SOLPBOAC22012000012

2010 SIM SIM SOLPBOAC22012000012

2011 SIM SIM SOLPBOAC22012000012

SERCOMTEL 1998 a 2004 SIM RF 0009/2010/ER03FS

2005 SIM SIM RF 0009/2010/ER03FS

2006 SIM SIM RF 0009/2010/ER03FS

2007 SIM SIM RF 0009/2010/ER03FS

2008 SIM SIM RF 0009/2010/ER03FS

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2009 SIM SIM SOLPBOAC22012000008

2010 SIM SIM SOLPBOAC22012000008

2011 SIM SIM SOLPBOAC22012000008

TELEFÔNICA

1998 a 2004 SIM RF 0175/2008/ER01FB

2005 SIM SIM RF 0175/2008/ER01FB

2006 SIM SIM RF 0175/2008/ER01FB

2007 SIM SIM RF 0020/2010/ER01FB

2008 SIM SIM RF 0020/2010/ER01FB

2009 SIM SIM SOLPBOAC22012000009

2010 SIM SIM SOLPBOAC22012000009

2011 SIM SIM SOLPBOAC22012000009

6. CONCLUSÃO

6.1. Diante do exposto nesta Nota Técnica, reitera-se que o método de acompanhamento e controle de bens reversíveis, desenvolvido pela Agência, é seguro, consistente, e capaz de garantir que as relações dos bens indispensáveis à continuidade do STFC, elaboradas pelas concessionárias, sejam fidedignas e atuais. Pondera-se que o processo é lento, gradual e evolutivo.

6.2. Desse modo, considerando a consistência e segurança do método utilizado pela Anatel, entende-se desnecessário o desenvolvimento de novos métodos de acompanhamento e controle de bens reversíveis. Conforme demonstrado nesta Nota Técnica, as etapas do acompanhamento e controle dos bens indispensáveis à prestação do STFC foram bem definidas e estruturadas pelo órgão regulador, de forma a evidenciar a dependência entre os estágios. Sendo assim, reitera-se que a efetividade das ações de fiscalização empregadas é condição indispensável para o acompanhamento on time dos bens indispensáveis à continuidade do serviço público. Diante disso, a avaliação do método apresentado somente é cabível com o esgotamento de cada um dos estágios apresentados, sob o risco de se proceder a conclusões enviesadas.

6.3. A presente Nota Técnica demonstrou, ainda, que a Anatel tem despendido periodicamente ações de fiscalização com o fito de aferir a fidedignidade da relação dos bens reversíveis apresentadas pelas prestadoras com a planta utilizada para prestar o serviço público de telecomunicações. Ademais, as ações de fiscalização são empregadas para avaliar a conformidade da atuação das concessionárias com a normatização aplicável ao setor de telecomunicações, de forma especial, as relativas às obrigações de continuidade e ao instituto da reversibilidade. Conforme apresentado no Quadro 1, as ações de fiscalização, além de aferir a fidedignidade e atualidade da relação de bens reversíveis entregues pelas concessionárias, subsidiam o exercício do jus puniendi do Poder Concedente, no caso de infrações à legislação aplicável, garantido, em todos os casos, o devido processo legal.

6.4. Resta claro que a atuação da Anatel está em total conformidade com o disposto no Acórdão nº 2468/2010-TCU-Plenário. O presente documento e seus anexos demonstram a realização periódica de ações de fiscalização e a utilização de método de acompanhamento e controle, seguro e confiável, capaz de permitir com razoável certeza que as relações de bens reversíveis apresentadas pelas concessionárias do STFC são fidedignas e

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atuais. Há de se ressaltar que o método utilizado pela Anatel não é estanque, podendo sofrer as alterações que os órgãos de controle e a Auditoria Interna da Anatel entenderem pertinentes.

6.5. A expectativa é que – (i) realizado o inventário; (ii) promovida a reconciliação físico-contábil; (iii) procedida a integração dos sistemas de gestão patrimonial; e, posteriormente, (iv) verificado o integral cumprimento da determinação pela SRF – a SPB tenha à sua disposição relação de bens reversíveis fidedigna e atual, atendendo integralmente o disposto no Acórdão nº 2468/2010-TCU. De posse de tais informações, e desde que munido de sistema de informação e recursos humanos necessários, a celeridade e efetividade do acompanhamento e controle dos bens e serviços vinculados à concessão poderá ser definitivamente alcançada.

6.6. As dificuldades encontradas ao longo do processo permitiram muitas reflexões pelos especialistas dedicados ao assunto, que culminaram com proposta de nova regulamentação, que permitirá o aperfeiçoamento do acompanhamento e controle dos bens reversíveis, mitigando o impacto das atuais limitações enfrentadas pelo órgão regulador.

6.7. De um modo geral, a proposta de Regulamento de Acompanhamento e Controle de Bens, Direitos e Serviços Vinculados à Concessão foi elaborada com o fito de dotar o setor de telecomunicações de legislação que (i) resguarde o interesse público; (ii) formalize a ampliação do escopo do acompanhamento e controle a ser realizado; (iii) esclareça conceitos; (iv) garanta o acompanhamento e controle permanente, oportuno e tempestivo dos bens indispensáveis à continuidade do serviço público de telecomunicações; (v) desburocratize o processo de aprovação prévia; e (vi) incremente a eficiência e a eficácia do processo de acompanhamento e controle dos bens essenciais à prestação do serviço. No momento, a versão pós Consulta Pública está sendo analisada pela Procuradoria Especializada da Anatel. A SPB aguarda o parecer daquele órgão para, caso necessário, promover os ajustes demandados. A posteriori, a proposta será encaminhada para análise do Conselho Diretor da Anatel.

(...)”

Análise do Controle Interno:

O Gestor apresenta em sua manifestação o quadro 4, informando sobre os pontos de controle com periodicidade trimestral para o acompanhamento dos Atos Conjuntos nº 160, 161 e 162/2011, conforme determinação dos Despachos nº 6.804/2011-CD e 6.805/2011-CD, de 24.8.2011. Conforme o quadro citado, foram apresentadas várias datas de reuniões periódicas de acompanhamento e controle, além de fiscalizações pela Agência nos projetos piloto. Entretanto, as atas das reuniões e os resultados das fiscalizações pilotos não foram encaminhadas a esta CGU, sendo que não foi possível avaliar se os pontos de controle determinados nos Despachos supracitados estão efetivamente sendo implementados.

No que se refere ao atendimento do Acórdão TCU nº 2.468/2010-Plenário, a Agência encaminhou as seguintes Relações de Bens Reversíveis encaminhadas pelas concessionárias: Telefônica (2011), CTBC Telecom (2011) e Embratel (2012). No entanto, o quadro 6, apresentado em resposta ao item 9 da Solicitação de Auditoria nº 201203585/029, não informou as RBRs efetivamente aprovadas pela Agência.

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A Agência informou, com relação ao método adotado, que utiliza o ciclo PDCA/SDCA, em que o 1º estágio consiste no levantamento de todo o passivo existente, referente aos descumprimentos de obrigações, principalmente as alienações, substituições e onerações realizadas sem anuência prévia da Agência, com as consequentes sanções cabíveis. Este estágio é subdividido em duas etapas, sendo a primeira relacionada com o passivo de descumprimentos anteriores ao Regulamento de Controle de Bens Reversíveis – RCBR, e a segunda com a identificação dos bens indispensáveis à prestação do STFC atualmente empregados. O 2º estágio corresponde ao acompanhamento e controle dos bens reversíveis pela Anatel on time.

Cumpre apontar que o 2º estágio do método utilizado pela Agência para o controle dos bens reversíveis, somente será iniciado quando o 1º estágio estiver completamente alcançado. Conforme consta da manifestação da Agência exposta anteriormente, em seu parágrafo 2.30, “para que seja aferida a eficácia desse método faz-se mister a conclusão do 1º estágio, sob o risco de se proceder a avaliações enviesadas”. Verifica-se, assim, que o 1º estágio ainda não foi concluído pela Anatel.

Como o 1º estágio ainda encontra-se em fase de implementação, não há como garantir o atendimento ao item 9.2.1 do Acórdão nº 2.468/2010-Plenário, uma vez que a razoável certeza de que as relações de bens reversíveis apresentadas pelas concessionárias atuais só será possível após a aprovação das RBRs pela Agência e da implementação de fiscalizações on time, de forma a se concluir o 2º estágio do método utilizado.

Como a própria Agência salientou, em conclusão à Nota Técnica nº 20/2012-PBOAC/PBOA, de 10.7.2012, a “expectativa é que – (i) realizado o inventário; (ii) promovida a reconciliação físico-contábil; (iii) procedida a integração dos sistemas de gestão patrimonial; e, posteriormente, (iv) verificado o integral cumprimento da determinação pela SRF – a SPB tenha à sua disposição relação de bens reversíveis fidedigna e atual, atendendo integralmente o disposto no Acórdão nº 2468/2010-TCU. De posse de tais informações, e desde que munido de sistema de informação e recursos humanos necessários, a celeridade e efetividade do acompanhamento e controle dos bens e serviços vinculados à concessão poderá ser definitivamente alcançada.” (grifo nosso)

Diante de todas as informações apresentadas pela Agência e das considerações realizadas por esta CGU, em que pese as ações empreendidas pela Anatel para o cumprimento do item 9.2.1 do Acórdão nº 2.468/2010-Plenário, não há como se afirmar que a determinação do Tribunal de Contas da União foi integralmente cumprida, uma vez que a Agência ainda não possui as relações de bens reversíveis aprovadas, e a “expectativa” é de que, uma vez realizado o inventário, promovida a reconciliação físico-contábil, procedida a integração dos sistemas de gestão patrimonial e verificado o integral cumprimento da determinação pela SRF, a SPB tenha à sua disposição a relação de bens reversíveis fidedigna e atual.

Conforme o Gestor aponta em sua manifestação, no item 5.15 da Nota Técnica nº 20/2012-PBOAC/PBOA, de 10.7.2012, o “intuito é que, com o integral cumprimento das determinações insculpidas nos Atos supracitados, a Relação de Bens Reversíveis apresente retrato fidedigno e atual dos bens indispensáveis ao serviço público”.

Assim, o integral cumprimento ao item 9.2.1 do Acórdão nº 2.468/2010-Plenário,

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somente será possível quando o ciclo PDCA/SDCA estiver completo, com a razoável certeza por parte da Agência, de que as relações de bens reversíveis apresentadas pelas concessionárias do STFC são fidedignas e atuais.

1.1.2. Assunto - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO

1.1.2.1. Informação (40)

Em verificação às recomendações expedidas pela CGU em exercícios anteriores, observa-se a situação constante do quadro a seguir.

Nº do Relatório de Auditoria de

Contas

Item do Relatório (número e descrição sumária) Recomendação Situação atual da

recomendação

224286

2.4.1.1 – Constatação (002) - Não cumprimento da meta estabelecida para a ação “2B68 – Relações com os Usuários de Serviços de Telecomunicações”.

Recomendação (003): Recomenda-se à Assessoria de Relações com os Usuários :Realizar gestões junto a órgãos de defesa do consumidor com vistas à implementação de sistemática para apropriação de informações sobre os registros das ofensas aos direitos dos usuários dos serviços de comunicações de posse das referidas entidades;Utilização dos registros na elaboração de índices subsidiários para o processo de acompanhamento do desempenho das empresas do setor de comunicação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

2.3.1.2 – Constatação (006) - Absorção de prazos elevados na condução do processo de elaboração do Regulamento de Sanções Administrativas.

Recomendação (001): Promover imediatamente a formalização do método de cômputo dos valores de sanções a serem aplicadas no âmbito de cada Superintendência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

2.2.1.2 – Constatação (008) - Insuficiência de diligência relacionada ao prazo de prorrogação do direito de uso de radiofrequência, bem como prorrogação da determinação do preço das outorgas das empresas permissionárias do Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal – MMDS, em desacordo com o §1º, do artigo 167, da Lei 9.472 de 16.7.1997.

Recomendação (002): Apresentar plano de ação contendo as atividades e respectivos prazos, para o cumprimento das competências de regulamentação e cobrança dos preços públicos devidos pela exploração do Serviço de Distribuição de Sinais Multiponto Multicanal – MMDS, indicando, inclusive as medidas acautelatórias que se fazem necessárias, em virtude do tempo transcorrido do pleito apresentado pelas empresas (janeiro/2006) até o presente momento (junho/2009).

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

5.1.1.13 – Constatação (022) - Certidão de exclusividade, exigida no inciso I, Art. 25, da Lei nº 8.666/93 no caso de inexigibilidade de licitação, desatualizada.

Recomendação (001): Divulgar, no sítio eletrônico da Anatel, versão eletrônica dos contratos celebrados pela Agência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286

5.1.1.16 – Constatação (025) - Utilização de modalidade licitatória que, pelas especificidades de sua regulamentação, a sua aplicação não vem assegurando a ampla participação dos potenciais prestadores de serviços, e, por decorrência, a obtenção da proposta mais vantajosa para a Administração.

Recomendação (001): Promover reavaliação do Regulamento de Contratação no que concerne à modalidade de Consulta, de forma a permitir a ampliação da disputa, mediante a publicação do pretenso edital de seleção para convocação dos potenciais participantes, ainda na fase preparatória do certame.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

224286 4.1.1.2 – Constatação (033) - Carência de pessoal de nível médio, principalmente fora da Sede, Recomendação (001):

Recomendação monitorada via Plano de

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resultando na necessidade de contratação de mão de obra terceirizada a fim de dar prosseguimento a atividades básicas da Agência.

Promover levantamento das reais necessidades de composição da força de trabalho da Anatel quanto a servidores tanto de nível médio quanto de nível superior, levando em conta, também, os Escritórios Regionais.

Elaborar proposta para alteração do normativo que fixa a força da Agência Nacional de Telecomunicações, baseado no levantamento recomendado anteriormente, com vistas à apreciação e tomada de providências pelo Conselho Diretor da Anatel.

Providências Permanente

2242864.1.1.3 – Constatação (034) - Ausência de parâmetros para alocação de servidores.

Recomendação (001): Ao promover o levantamento recomendado no item 4.1.1.2 deste Relatório de Auditoria, observar as necessidades da Assessoria Parlamentar e de Comunicação Social e na Procuradoria Federal Especializada junto à Anatel, assim como, ao realizar eventual redistribuição de pessoal alocado, considerar as atribuições dos cargos dos servidores com as atividades previstas para sua realização nas unidades de destino.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.3.2.4 - Constatação (036) - Contratação de serviços alheios às necessidades corporativas da Agência.

Recomendação (001): Celebrar Termo Aditivo ao Contrato ADGIR nº 40/2009-Anatel, retirando os enlaces alheios às necessidades corporativas da Anatel.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.3.2.5 - Constatação (037) - Ausência de técnica adequada para estimação do nível de tráfego dos enlaces.

Recomendação (004): Celebrar Termo Aditivo ao Contrato ADGIR nº 40/2009-Anatel, ajustando a velocidade dos enlaces às necessidades corporativas da Anatel.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.3.2.6 - Constatação (038) - Ausência de comprovação da necessidade de tempo de latência menor ou igual a 45ms round trip.

Recomendação (002): Abster-se de prorrogar o Contrato ADGIR nº 40/2009-Anatel, de 28 de setembro de 2009. Na impossibilidade, prorrogar pelo prazo mínimo possível, inserindo em Termo Aditivo cláusula autorizando à Contratante rescindir o contrato a qualquer tempo, sem qualquer ônus.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.1.4.1 - Constatação (043) - Inconsistência entre os registros de datas no Siape e as efetivas redistribuições de servidores.

Recomendação (002): Que a Anatel verifique, no prazo de 30 (trinta) dias, a exatidão dos dados de tempo de Serviço constantes do Siape, cotejando-os com os dados dos assentamentos funcionais dos servidores abaixo listados: 0809444, 0809884, 6454794, 6454877, 6454891, 6455137, 6455365, 6455494, 6659813, 6723976, 675212, 6777898, 6777925, 6809273, 6809292, 6809344, 6809368, 680936, 6809417, 6809447, 6809729, 6809988, 6810174, 7452105, 745506, 7751473, 7809659 e 7809871.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375 3.1.4.2 - Constatação (044) - Ausência de pagamento de abono de permanência, relativo a períodos anteriores à data de solicitação do mesmo, contrariando os artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional nº 41/2003.

Recomendação (001): Que a Anatel refaça, no prazo de 60 (sessenta) dias, os cálculos de tempo de serviço e de idade dos servidores matrícula Siape nos 0809288, 0809290 e 0809444, enquadrando o abono de permanência nas hipóteses dos artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional 41/2003, apresentando tais cálculos à SRH para homologação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002): Que a Anatel, após a homologação dos

Recomendação monitorada via

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processos de pagamentos dos abonos de permanência de exercícios anteriores dos servidores matrícula Siape nº 0809288, 0809290 e 0809444, proceder aos pagamentos das parcelas devidas, apresentando os documentos comprobatórios destes atos a esta CGU.

Plano de Providências Permanente

245375

3.1.4.4 - Constatação (046) - Utilização de número de matrícula Siape para cadastramento de servidor ocupante de cargo em comissão tendo o servidor recebido PDV nesta matrícula.

Recomendação (001): Que a Anatel efetue, no prazo de 30 (trinta) dias, o cadastramento correto do servidor CPF nº 091.230.673-49, ocupante de cargo comissionado na Agência sob a matrícula Siape nº 0540661, corrigindo o problema com o cadastramento do servidor em outra matrícula, conforme indicado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010, e envie a esta CGU os documentos comprobatórios de tal medida.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.1.4.5 - Constatação (047) - Ausência de documentos que enquadrem o pagamento de Opção de Função dos servidores matrículas Siape nos 6454787 e 6809394.

Recomendação (001): Que a Anatel deflagre processo com vista a recuperar os valores pagos relativos à opção sem documentação comprobatória para tal pagamento, apresentando os resultados alcançados a esta CGU no prazo de 60 (sessenta) dias, conforme consignado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002): Que a Anatel refaça a análise dos processos referentes à concessão de Opção de Função aos servidores matrícula Siape nos 6454787 e 6809394, solicitando a devolução de possíveis valores pagos em discordância ao enquadramento legal ou fazendo o pagamento de possíveis valores que os servidores tenham direito, conforme consignado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2453753.1.5.2 - Constatação (041) - Pagamentos de diárias para regiões onde os servidores residem.

Recomendação (001): Que a Anatel promova a recomposição dos valores de diárias pagos indevidamente, informando a esta CGU no prazo de 60 dias os resultados alcançados.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002): Que a Anatel promova a recomposição dos valores de auxílio-transporte pagos indevidamente, relativos aos dias das viagens realizadas para cidades próximas do domicílio dos servidores, durante o ano de 2009, informando a esta CGU no prazo de 60 dias os resultados alcançados.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (003): Que a Anatel estabeleça, em normativo interno, procedimento com vista a eliminar ou mitigar os riscos de pagamento de diárias a servidores quando em viagens dentro da região metropolitana onde residem.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

245375

3.1.5.4 - Constatação (048) - Descumprimento dos normativos legais quanto aos processos de cessão dos funcionários à Anatel.

Recomendação (001): Que a Anatel efetue a adequação de todos os processos de cessão servidores ou funcionários de órgãos ou entidades da Administração Pública aos ditames da Lei 9.472, de 16.7.1997, especificamente a Lei 11.292, de 26.4.2006, e o Decreto 4.050, de 12.12.2001, apresentando, no prazo de 60 dias, os resultados alcançados.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786 1.1.2.1 - Constatação (049) - Recomendação (002): Recomendação

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Inconsistência na mensurabilidade do indicador “Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa”.

Que a Anatel, por meio de fiscalizações, realize diagnóstico do estado atual dos sistemas de supervisão das concessionárias do STFC, com vista a verificar:a) se os mesmos conseguem detectar e registrar as condições de falhas dos TUPs;b) se as operadoras mantêm o sistema monitorando sua respectiva planta;c) se as operadoras utilizam desta ferramenta como meio de realizar manutenções preventivas, mitigando o risco da não fruição do serviço pelos usuários e consequentemente melhorando o indicador “Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa”.

monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

1.4.2.1 - Constatação (004)Contratação de Serviços de Atendimento aos Usuários de Serviços de Telecomunicações sem a motivação que demonstre a necessidade das quantidades contratadas.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas no sentido de que a justificativa da quantidade da demanda por serviços de atendimento aos usuários dos serviços de telecomunicações seja realizada com base no histórico dos contratos anteriores da Agência e, para os casos em que a demanda histórica seja inconveniente, inoportuna ou antieconômica, justifique apensando, nos autos, relatórios, cálculos ou estudos realizados, de modo a dar maior transparência ao procedimento.

Recomendação Atendida

201108786

4.1.1.1 - Constatação (032)Ausência de adoção ampla de critérios de sustentabilidade ambiental.

Recomendação (001):Elaborar, no âmbito da Anatel, regulamentação específica, com fins de internalizar critérios de sustentabilidade ambiental nos processos de aquisição da Agência, não deixando de contemplar aspectos como: processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias-primas; aquisição de produtos produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável; aquisição preferencial de produtos fabricados por fonte não poluidora, bem como por materiais que não prejudicam a natureza; existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição para aquisição de produtos e serviços.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.1.4 - Constatação (035)Ausência de inclusão, no PDTI, de seção específica sobre política de aquisição e substituição de equipamentos.

Recomendação (001):Que a Anatel, dentro do processo de revisão do PDTI, inclua seção específica sobre a política de aquisição e substituição de equipamentos, em atendimento ao parágrafo 2º do art. 7º da IN SLTI/MPOG nº 1/2010.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.2.1 - Constatação (006)Avaliação do funcionamento do Sistema de Controle Interno da Anatel, apontando para a necessidade de ajustes, quanto ao aspecto da avaliação de risco.

Recomendação (001):Recomenda-se a elaboração de documento específico sobre: diagnóstico, probabilidade e meios de mitigação de riscos; níveis de riscos operacionais; acompanhamento/atualização dos riscos identificados; e mensuração e classificação dos riscos.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.3.1 - Constatação (012)Ausência de atualização de dados e avaliação dos imóveis cadastrados no SPIUnet.

Recomendação (001):Que a Anatel, após os procedimentos de levantamento de dados e de documentação necessária à atualização cadastral, realize, no sistema SPIUnet, o devido cadastramento ou atualização dos dados dos imóveis, sob responsabilidade da Agência, informando a esta CGU o andamento de tais providências.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Que a Anatel estabeleça rotinas, com vistas a gerenciar o parque imobiliário sob responsabilidade da Agência, bem como atualizar os respectivos dados, nos sistemas informatizados do governo federal ou nos sistemas a serem implantados no âmbito da Agência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.3.3 - Constatação (015)Prorrogação de contrato por prazo superior à vigência dos respectivos créditos orçamentários.

Recomendação (001):Que sejam revistos no Contrato ADAD nº 43/2009 os seguintes itens: a) a descrição do objeto contratado, constante nos Anexos 5 e 6, de maneira a restringir os serviços de SEDEX e PAC somente à entrega de cartas; eb) a fundamentação legal, alterando-a para inexigibilidade, com fulcro no art. 25, caput, da Lei nº 8.666/1993.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786 4.1.4.1 - Constatação (016)Ausência de software de suporte a gestão de bens imóveis.

Recomendação (001):Que a Anatel, institua ferramenta de gestão informatizada com vistas a controlar o parque imobiliário sob sua responsabilidade.

Recomendação monitorada via Plano de

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Providências Permanente

2011087864.1.4.2 - Constatação (018)Ausência de atualização do cadastro de imóveis no SPIUnet.

Recomendação (001):Que a Anatel, após os procedimentos de levantamento de dados e de documentação necessária à atualização cadastral, realize, no sistema SPIUnet, o devido cadastramento ou atualização dos dados dos imóveis, sob responsabilidade da Agência, informando a esta CGU o andamento de tais providências.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Que a Anatel, estabeleça rotinas, com vistas a gerenciar o parque imobiliário sob responsabilidade da Agência, bem como atualizar os respectivos dados, nos sistemas informatizados do governo federal ou nos sistemas a serem implantados no âmbito da Agência.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.4.3 - Constatação (020)Ausência de rotinas que visam diagnosticar periodicamente a situação em que se encontram os imóveis sob responsabilidade da Anatel.

Recomendação (001):Que a Anatel deflagre atividade com vista a instituir, no âmbito da Agência, procedimentos, fluxos ou rotinas com vistas a padronizar a gestão de imóveis sob responsabilidade da Agência, inclusive dos escritórios regionais, contendo as rotinas de programação e acompanhamento da manutenção dos imóveis, bem como as rotinas que visam diagnosticar periodicamente a situação em que se encontram o parque imobiliário, devendo conter também estratégias para a gestão e fiscalização dos contratos de manutenção predial.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.6.1 - Constatação (047)Fragilidades nos controles quanto ao recebimento das Declarações de Bens e Rendas ou Autorizações para Acesso Remoto às Declarações no Sítio Eletrônico da RFB.

Recomendação (001):Implementar controle informatizado para recebimento das Declarações de Bens e Rendas ou Autorizações para Acesso Remoto às Declarações no Sítio Eletrônico da RFB, de tal sorte que, a partir do próprio sistema, se possa controlar, automaticamente, a efetiva entrega de tais documentos, inclusive com crítica que permita aplicar as sanções administrativas cabíveis àqueles servidores que não entregarem, ao Órgão de Pessoal, no prazo legal, a referida documentação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Apresentar prova de regularização da entrega dos documentos cabíveis pelos 18 (dezoito) servidores listados na Solicitação de Auditoria Final, no prazo de 30 (trinta) dias.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.1.8.1 - Constatação (003)Ausência de documentos referentes à pesquisa de mercado, nos autos do processo, para a celebração do Primeiro Termo Aditivo ao Contrato-ER-04-Nº.005/2008, referente à locação de imóvel do Escritório Regional da Anatel em Minas Gerais.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas a todas as áreas competentes pela locação de imóveis, incluindo os Escritórios Regionais da Anatel, no sentido de que, ao prorrogar a vigência dos contratos referentes à locação de imóveis, ou quando reajustar os preços de locação, realize avaliações prévias, de maneira a comprovar que o preço do aluguel é compatível com os valores de mercado, em atenção ao disposto no art. 24, inciso X, da Lei 8.666/93.

Recomendação Atendida

Recomendação (002):Recomenda-se ao Escritório Regional de Minas Gerais – ER-04, que ao prorrogar a vigência dos contratos referentes à locação de imóveis, ou quando reajustar os preços de locação, realize avaliações prévias, de maneira a comprovar que o preço do aluguel é compatível com os valores de mercado, em atenção ao disposto no art. 24, inciso X, da Lei 8.666/93.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786 4.1.8.2 - Constatação (005)Locação de Veículos com Motoristas, sem a motivação que demonstre a necessidade da quantidade e especificação contratadas.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas no sentido de que a justificativa da necessidade dos serviços de transportes seja realizada com base no histórico utilizado na Agência, constante dos registros das viagens realizadas e, para os casos em que a utilização do histórico seja inconveniente, inoportuna ou antieconômica, justifique formalmente, nos autos, por meio de estudos ou relatórios.

Recomendação Atendida

Recomendação (002):Recomenda-se ao Escritório Regional do Rio de Janeiro – ER02/RJ - que realize estudo de dimensionamento das necessidades, referente aos serviços de transportes, baseado no histórico de utilização deste serviço na Regional. Caso o resultado

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

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do citado estudo indique um dimensionamento diferente do já contratado, recomenda-se a adequação do referido contrato.

201108786

4.1.9.1 - Constatação (008)Ausência de registro dos contratos no Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais – SIASG.

Recomendação (001):Que a Anatel regularize as informações dos contratos da Agência no SIASG, informando regularmente sobre o andamento do Plano de Ação apresentado a esta CGU.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.1 - Constatação (022)Ausência do Plano Estratégico de Tecnologia da Informação.

Recomendação (001):Que a Anatel apresente um cronograma com as ações prévias com vistas a instituir o Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação – PETI da Agência, informando periodicamente a esta CGU do andamento do citado cronograma.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.2 - Constatação (023)Ausência de Plano Diretor de TI em vigência.

Recomendação (001):Que a Anatel apresente o cronograma relativo à elaboração do novo PDTI.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.4 - Constatação (025)Ausência de Política de Segurança da Informação em vigor.

Recomendação (001):Que a Anatel apresente cronograma relativo à aprovação da proposta de Política de Segurança de Informação e Comunicações da Anatel (POSIC), bem como informe periodicamente a esta CGU o andamento do processo.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.5 - Constatação (026)Ausência de relação entre formação acadêmica e as atividades exercidas por servidores e terceirizados da área de TI.

Recomendação (001):Que a Anatel mantenha, em seu quadro de TI, servidores com formação acadêmica, capacitação e experiência compatíveis com os cargos ou funções desempenhadas.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (002):Que a Anatel apresente a renovação dos atos de cessão pelo GDF, em relação ao servidor Siape 1708069-1, matrícula GDF nº 141476-3, relativos ao exercício de 2010 e exercícios posteriores.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (003):Em atenção ao Cobit 4.1, Processo “PO7 Gerenciar os Recursos Humanos de TI”, definir os requisitos centrais de competência em TI e verificar se estão sendo mantidos através de programas de qualificação e certificação onde apropriado.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (005):Que a Anatel ajuste o Siape fazendo constar o servidor Siape nº 1708069 como cedido, ao invés de requisitado.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.7 - Constatação (028)Ausência de rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da Agência.

Recomendação (001):Que o Comitê de Tecnologia da Informação, envolvendo as diversas áreas da Agência, se responsabilize por alinhar os investimentos de Tecnologia da Informação com os objetivos institucionais e por apoiar a priorização de projetos a serem implantados, em observância ao Inciso IV do Art. 4° da Instrução Normativa SLTI/MPOG 04/2008.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

201108786

4.2.1.8 - Constatação (029)Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço.

Recomendação (001):Institua, em normativo interno, a estratégia para a gestão de acordos de níveis de serviço entre a área gestora de TI e os seus clientes internos, encaminhando a esta CGU a documentação comprobatória do atendimento desta recomendação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

2011087864.2.1.9 - Constatação (030)Terceirização integral da manutenção das soluções de TI.

Recomendação (001):Apresentar estratégia a ser implementada, no âmbito da Agência, com vistas a mitigar o risco de dependência da terceirização da área de Tecnologia da Informação.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

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4.2.1.10 - Constatação (031)Ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens e serviços de TI.

Recomendação (001):Apresentar processo formal para contratação de bens e serviços de TI.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

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201108786

4.2.2.1 - Constatação (001)Contratação de suporte presencial de terceiro nível, em caráter emergencial, por meio de dispensa, sem a motivação que demonstre a necessidade da quantidade e especificação contratadas.

Recomendação (001):Recomenda-se à SAD que estabeleça orientações internas a todas as áreas competentes pela contratação de serviços, no sentido de que, em atenção ao disposto no art. 2º do Decreto nº 2.271/1997, elabore e aprove formalmente plano de trabalho prévio, adequada e objetivamente descrito, contendo, no mínimo, a justificativa detalhada da necessidade dos serviços, a relação entre a demanda prevista e os serviços a serem contratados e o demonstrativo dos resultados a serem alcançados em termos de economicidade e de melhor aproveitamento dos recursos humanos, materiais ou financeiros disponíveis.

Recomendação Atendida

Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Gerência-Geral de Talentos e Desenvolvimento Organizacional – ADTO, se manifestou da seguinte forma:

Com relação ao Relatório nº 224286, item 4.1.1.2 – Recomendação (001) - Promover levantamento das reais necessidades de composição da força de trabalho da Anatel quanto a servidores tanto de nível médio quanto de nível superior, levando em conta, também, os Escritórios Regionais”, e item 4.1.1.3 – Recomendação (001) – “Considerar, no levantamento recomendado anteriormente, as necessidades da Assessoria Parlamentar de Comunicação e da Procuradoria Federal Especializada”:

“Com a retomada do projeto de reorganização da Anatel, em 2012, a iniciativa de dimensionamento da força de trabalho da Agência deverá ser postergada. A proposta de novo Regimento Interno, que definirá a nova estrutura organizacional, está em consulta interna. A nova estrutura será organizada por processos, em detrimento da atual organização por serviços, sendo que cada processo da Agência deverá ser tratado numa mesma unidade organizacional. Espera-se, com essa disposição, ganho de produtividade. Após a efetivação da nova estrutura, os processos prioritários serão mapeados e otimizados, dando sequência a uma etapa de monitoramento do desempenho organizacional com vistas a sua estabilização. O dimensionamento de pessoal será realizado a partir dos processos otimizados e de sua estabilização.”

Com relação ao Relatório nº 201108786, item 4.2.1.5 – Constatação 026 – Recomendação 001 - “Que a Anatel mantenha em seu quadro de TI servidores com perfil compatível com o cargo ou função desempenhada” e Recomendação 003 – “Definir requisitos centrais de competência em TI”:

“Quanto ao projeto de Planejamento da Força de Trabalho da ADGI, mencionado em respostas anteriores, cumpre informar que, atualmente, o projeto encontra-se no encerramento da etapa de análise dos processos de trabalho. Foram selecionados, dentre os processos componentes do macroprocesso de gestão de Tecnologia da Informação, cinco processos críticos para o mapeamento, que representam a maior parte das atribuições da gestão de Tecnologia da Informação. Os processos foram mapeados e está em realização o levantamento dos seus tempos de execução.”

Com relação ao Relatório nº 245375, item “3.1.4.1 - Constatação (043) - Inconsistência entre os registros de datas no Siape e as efetivas redistribuições de servidores”:

“Conforme respondido à Nota Técnica 456 da CGU, as datas de redistribuição já foram retificadas pelo MPOG, à pedido da ADTOH.”

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Com relação ao Relatório nº 245375, item “3.1.4.2 - Constatação (044) - Ausência de pagamento de abono de permanência, relativo a períodos anteriores à data de solicitação do mesmo, contrariando os artigos 2º e 3º da Emenda Constitucional nº 41/2003”:

“Conforme cópia digitalizada dos processos, pode-se perceber que houve a regularização de todas as concessões de abono de permanência.”

Com relação ao Relatório nº 245375, item “3.1.4.4 - Constatação (046) - Utilização de número de matrícula Siape para cadastramento de servidor ocupante de cargo em comissão tendo o servidor recebido PDV nesta matrícula”:

“Encaminharemos Ofício ao MPOG reiterando o pedido para que nos oriente quanto à criação de uma matrícula para o servidor e transferência dos dados da matrícula “antiga” (ver anexo). Solicitamos prorrogação por 30 dias para que possamos recorrer novamente ao Planejamento.”

Com relação ao Relatório nº 245375, item “3.1.4.5 - Constatação (047) - Ausência de documentos que enquadrem o pagamento de Opção de Função dos servidores matrículas Siape nos 6454787 e 6809394”, Recomendação (002) - “Que a Anatel refaça a análise dos processos referentes à concessão de Opção de Função aos servidores matrícula Siape nos 6454787 e 6809394, solicitando a devolução de possíveis valores pagos em discordância ao enquadramento legal ou fazendo o pagamento de possíveis valores que os servidores tenham direito, conforme consignado no Oficio nº 88/2010/AUD-Anatel, de 21.7.2010”:

“Conforme cópia digitalizada dos processos, pode-se perceber que houve a regularização de todas as concessões Opção de Função.”

Com relação ao Relatório nº 245375, item “3.1.5.4 - Constatação (048) - Descumprimento dos normativos legais quanto aos processos de cessão dos funcionários à Anatel”:

“Os trabalhos de retorno dos requisitados TELEBRÁS estão sendo conduzidos no âmbito da Comissão criada para esse fim de forma a diminuir os riscos operacionais para a Anatel e para a TELEBRÁS. (ver anexo Atas das reuniões).”

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio dos Planos de Providências de 2008, 2009 e 2010.

2. QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

2.1. Subárea - FISC.DA PREST. DOS SERV.DE TELECOMUNICAÇÕES

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2.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

2.1.1.1. Informação (2)

Quando da análise do Relatório de Gestão da Unidade, verificou-se divergência do valor previsto para 2011 para o indicador “Densidade de Acesso em Telefonia Fixa” do Programa 1157 - Qualidade dos Serviços de Telecomunicações quando comparado o valor registrado no Relatório de Gestão da Anatel com o valor registrado no SigPlan, conforme abaixo:

Fonte ValorRelatório de Gestão 19,31

SigPlan 19,16Após contato com a Unidade, verificou-se que o valor correto é previsto para o

indicador é de 19,16.

2.1.1.2. Constatação (3)

Valor do indicador "Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa", referente ao Programa 1157 - Qualidade dos Serviços de Telecomunicações, referente ao exercício de 2011 em 40% aquém do previsto.

Quanto ao indicador “Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa” do Programa 1157 - Qualidade dos Serviços de Telecomunicações, verificou-se resultado negativo por ter sido o índice apurado em valor superior ao esperado. O Índice previsto no exercício para o exercício era de 1,5, e quanto o índice atingido foi de 2,14.

Segundo análise do gestor, constante do Relatório de Gestão: "O resultado negativo, com o índice cerca de 40% acima do esperado, se deu principalmente em razão do não atingimento da meta por parte de importantes operadoras, como Oi e Telefônica. O descumprimento reiterado do referido indicador ensejou a instauração de processos administrativos, no âmbito dos quais, sem prejuízo de ações futuras, a Anatel já determinou às prestadoras que elaborassem um Plano de Ação para correção do desvio".

Conforme informações apresentadas pela Agência, os respectivos PADOs instaurados contra as empresas Oi e Telefônica, foram respectivamente os de número 535000196632011 e 53500201532011.

Além das providências sancionatórias, verifica-se a necessidade de providências corretivas junto às concessionárias com vistas à redução do índice. Segundo as informações apresentadas, neste sentido a Agência exarou determinação de elaboração de Plano de Ação para correção dos desvios identificados, cabendo, à Anatel, então a validação e supervisão da implantação dos planos a serem apresentados.

Manifestação da Unidade Examinada:

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A Anatel não apresentou manifestação quanto ao fato acima descrito.

Recomendações:

Recomendação 1:

Informar a esta CGU os resultados do julgamento do PADO 53500.019663.2011 quando do julgamento final do mesmo

Recomendação 2:

Informar a esta CGU os resultados do julgamento do PADO 53500.20153.2011 quando do julgamento final do mesmo.

Recomendação 3:

Apresentar a esta CGU os Planos de Ação elaborados pelas operadoras Oi e Telefônica em decorrência de determinação da Anatel para redução do indicador “Solicitações de Reparo na Telefonia Fixa”, conforme informação constante do Relatório de Gestão da Agência.

2.1.1.3. Informação (4)

A Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações teve sua execução em 2011 em 77,56% da meta para aquele exercício. Quanto à execução abaixo do previsto, a Agência informou em seu Relatório de Gestão:

“O número de ações executadas foi 22,4% inferior ao previsto em função, principalmente, da execução de ações pontuais2 na área de Uso de Recurso de Espectro em número inferior ao previsto, fato este causado pelos seguintes motivos:

i) Inoperância recorrente das estações do Sistema de Gestão de Monitoragem do Espectro – SGME e do Sistema Nacional de Radiovideometria – RNR, em decorrência da obsolescência do sistema e das dificuldades na realização de manutenção técnica; e

ii) O agrupamento de ações de fiscalizações que, embora tenham sido previstas para serem realizadas separadamente, foram executadas de forma agrupada buscando desta forma otimizar a força de trabalho da fiscalização.

iii) Atraso recorrente no recebimento de informações por parte das prestadoras, dificuldade de acesso aos dados ou informações para esclarecimento dos fatos fiscalizados, gerando atrasos na realização das atividades de fiscalização; e

iv) Restrições às despesas de viagens, inclusive para fiscalização, com impacto

2 Ações pontuais – Conjunto de procedimentos e técnicas, para as quais se conhece a possibilidade de ocorrência, porém é impossível a prévia definição, por desconhecimento da época ou local de ocorrência, bem como do solicitante, que se estima realizar ao longo do ano, aplicado por agente de fiscalização com o objetivo de obter a verdade sobre os atos e fatos fiscalizados visando verificar o cumprimento de obrigações por parte do fiscalizado.

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maior no primeiro trimestre do ano.”

Segundo as informações acima prestadas em seu Relatório de Gestão, a principal causa da meta abaixo foi a baixa execução das ações pontuais na área de Uso de Recurso de Espectro.

Porém, conforme informações complementares apresentadas pela Agência, a baixa execução das referida ações pontuais é responsável por ter influenciado negativamente a execução da Ação em apenas 9,12 pontos percentuais, ou seja, a execução da Ação ficou abaixo da meta em 22,44% e, desse valor; 13,28 pontos percentuais correspondem a outros fatores.

No âmbito da execução de ações de fiscalização sobre Uso de Recurso de Espectro o gestor informa dificuldades decorrentes de obsolescência do Sistema de Gestão de Monitoragem do Espectro – SGME e do Sistema Nacional de Radiovideometria – RNR, sendo que equipamentos desses sistemas começaram a entrar em inoperância em outubro de 2009 e setembro de 2008, respectivamente.

Diante do cenário de desatualização tecnológica, verificou-se a aquisição de sete estações de monitoramento em 2011 para uso no âmbito do SGME e realização de pesquisa de mercado para aquisição de equipamentos para realização de fiscalização de radiovideometria.

Atualmente, o SGME é composto por 56 estações fixas e 27 unidades móveis, assim como mais 7 estações transportáveis do Sistema de Monitoramento de Interferência em Aeroportos. Soma-se a isso 27 estações fixas que compõem a RNR.

Quanto ao planejamento de atualização do parque tecnológico responsável pela fiscalização e monitoramento do espectro, foi apresentado planejamento elaborado no âmbito da preparação da Anatel para atuação em Grandes Eventos Internacionais. Tal planejamento prevê o investimento de R$ 97.845.406,00 para renovação/ampliação de seu parque de equipamentos.

Ainda quanto aos fatores que impactaram negativamente a execução da ação, foram citados o agrupamento de pastas3, a obstrução de fiscalizações pelas operadoras e as restrições às despesas de viagens. Quanto ao agrupamento de pastas, conforme informação da Agência, somente foram agrupadas 94 pastas. Quanto à obstrução de fiscalizações, somente foram abertas 24 PADOs no exercício de 2011 em decorrência das referidas obstruções. Quanto às restrições às despesas de viagens, conforme informações constantes do Mem. Nº 130/2012-SRF, as restrições resultaram diretamente em redução de viagens no primeiro trimestre, que teriam sido reprogramadas para os períodos posteriores resultando em acúmulo de atividades, porém não foram apresentadas informações suficientes para avaliar o impacto das restrições às despesas de viagens.

Assim, ao somar-se as ações pontuais na área de Uso de Recurso de Espectro abaixo do planejado, os agrupamentos de fiscalização e as obstruções que geraram PADOs, chega-se ao número de 1.725, valor abaixo da metade das 3.956 ações de fiscalização que ficaram abaixo da meta.

3 Sinteticamente, uma pasta consolida todos registros referentes a uma ação de fiscalização dentro do Sistema Radar. O Sistema Radar é o sistema utilizado no âmbito da Anatel para gerenciamento e registros referente às ações de fiscalização.

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Diante das informações acima, a Agência apresentou considerações complementares por meio de mensagem eletrônica, de 10.7.2012, das quais destacamos:

“I. A situação de manutenção do SGME e RNR continua progressivamente se agravando. Novos equipamentos estão sendo adquiridos para suprir as deficiências dos dois sistemas, que encontram-se com dificuldades de manutenção em decorrência da obsolescência.

II. Mecanismo de agrupamento e filtragem que tem sido aplicados desde 2011 resultam em um menor número de ações, todavia com maior efetividade. Estudo detalhado do impacto e benefício de tal estratégia deveriam ser realizados pelas áreas envolvidas para melhorar a argumentação deste ponto.

(…)

Em seguida, é afirmado que os a baixa atuação em ações pontuais na área Uso de Recurso do Espectro foi a principal causa da meta não ter sido atendida, em seguida, o elaborador do relatório questiona o fato de que tal aspecto é responsável por apenas 9,12% dos 22,44%. Ratificamos que esta foi a causa principal, em nenhum momento foi afirmado que esta era a única causa, mas apenas a de maior relevância, o que se verifica uma vez que isoladamente corresponde a mais de 40% da diferença observada.”

2.1.1.4. Informação (5)

As avaliações foram buscaram avaliar dois indicadores finalísticos do Programa 1157 – Qualidade dos Serviços de Telecomunicações que também constam no âmbito do planejamento da Anatel como indicadores institucionais. Foram selecionados para análise os indicadores "Densidade de Acesso em Telefonia Móvel" e "Densidade de Acessos em Banda Larga". Esses indicadores foram analisados quanto à utilidade e mensurabilidade.

Os valores atingidos nos índices em 2011 estão demonstrados abaixo:

Indicadores Índice Previsto Índice Atingido

Densidade de Acesso em Telefonia Móvel* 86,02 123,87

Densidade de Acessos em Banda Larga ** 6,35 9,45*(número de acessos móveis efetivos para ano considerado / número de habitantes estimado para o ano considerado) x 100** (total de acessos banda larga em serviço para o ano considerado / número de habitantes estimado para o ano

considerado) x 100

O indicador foi considerado útil em decorrência de informações apresentadas pela Anatel quanto à utilização dos mesmos como base de estudos que norteiam políticas públicas e programas de governos.

Quanto à mensurabilidade, as análises consideraram os indicadores precisos e sem ambiguidades, assim como possuindo complexidade compatível com os fenômenos-objeto que são medidos por ele.

Quanto à auditabilidade dos mesmos, registra-se que o cálculo de ambos

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indicadores se fazem utilizando dados fornecidos por entes externos. Os números de acessos são informados pelas empresas outorgadas por meio de upload de informações no site da Anatel. Os dados populacionais constam de base de dados fornecida pelo IBGE.

O cálculo do indicador "Densidade de Acesso em Telefonia Móvel" é realizado automaticamente, enquanto que o cálculo do indicador "Densidade de Acessos em Banda Larga" é realizado de forma manual.

Diante dessas informações, verifica-se que o indicador é auditável quanto a seu cálculo, porém não sendo possível auditar, no âmbito da Anatel, a consistência dos dados apresentados por entes externos e que são utilizados no cálculo.

2.1.1.6. Constatação (7)

Ineficiências quanto à utilidade de indicadores institucionais da Anatel.

Objetivando avaliar os indicadores institucionais evidenciados pela Anatel em seu Relatório de Gestão quanto à utilidade, solicitou-se que a mesma informasse como estão sendo utilizados pelos gestores para a tomada de decisões gerenciais os seguintes indicadores: “Índice de Instauração de PADOS e PAVD’s”, “Taxa de PADOs instruídos”, “Tempo Médio de Aquisição – Modalidade Pregão” e “Tempo Médio de Aquisição – Inexigibilidade”.

A Agência apresentou informações por meio do Mem. nº 88/2012-ADAD/SAD, 13.7.2012, encaminhado a esta CGU por meio do Ofício 82/2012/AUD-Anatel, de 14.6.2012, e pelo Mem. nº 63/2012-CMLC/SCM, de 19.6.2012. Os documentos foram silentes quanto ao indicador Taxa de PADOs instruídos.

Quanto ao indicador “Índice de Instauração de PADOS e PAVD’s”, informou-se que o mesmo é utilizado para medir o esforço de redução de passivo no âmbito da SCM. Conforme informações apresentadas, é estabelecida uma meta de instrução de 60% dos PADOS e PAVD’s instaurados no período de medição.

Porém, observa-se que a meta estabelecida é insuficiente para o atingimento do objetivo, tendo em vista que a instrução de 60% dos PADOS e PAVD’s em um período levará ao aumento do estoque de processos ao invés da diminuição do mesmo. Assim, verifica-se a necessidade de alteração da meta estabelecida para fins de dar a devida utilidade ao indicador.

Quanto aos demais indicadores, a Agência apresentou informações sobre a utilização do sistema SICAC para acompanhamento dos índices, porém não trouxe informações que demonstrassem que indicadores estão sendo úteis para a gestão da Unidade, tendo em vista que o referido sistema, conforme informação apresentada, é utilizado para o acompanhamento individual de cada processo licitatório.

Quanto à amplitude dos indicadores, verificou-se que há um indicador estabelecido para medição da eficácia da instrução de PADOs no âmbito da Anatel como um todo e um indicador que demonstre a eficácia da instrução de PADOs no âmbito de uma superintendência específica – a SUN.

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Observa-se que, tendo em vista que o processamento de PADOs se dá no âmbito de várias superintendências da Anatel, e que cada superintendência possui um perfil diferente de serviços sob seu acompanhamento, tanto em volume como em complexidade, um indicador amplo que abranja a instrução de todos os PADOs pode falhar em apontar ineficiências pontuais, assim como pode apontar uma ineficiência para a Agência como um todo sendo que algumas superintendências possam estar atuando de forma eficiente.

A implementação de indicadores setorizados se mostra prática adequada por viabilizar a identificação de eventuais gargalos na instrução de PADOs.

As avaliações dos indicadores quanto à mensurabilidade dos indicadores, apontaram que todos os indicadores atendem a este quesito.

Manifestação da Unidade Examinada:

Quanto ao fato acima descrito, Anatel se manifestou por meio do Ofício 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“Creio ser relevante esclarecer que indicador institucional somente há o utilizado no âmbito da Anatel, englobando todas as superintendências. O indicador específico da SUN está inserido no âmbito do Relatório de Gestão, não sendo, de forma alguma, um indicador institucional da Agência, ao contrário do que transparece da leitura do trecho supratranscrito.”

Análise do Controle Interno:

A manifestação da Agência aponta a constância do item “2.4.7 – Indicadores Institucionais” de indicadores que não contempla o rol de indicadores institucionais da Agência.

O preenchimento do relatório de gestão de cada unidade jurisdicionada é disciplinado pela Portaria-TCU 123/2001 que estabelece que “o gestor deverá apresentar os indicadores institucionais desenvolvidos pela UJ para medir os produtos, serviços e resultados alcançados pela gestão no exercício”. Caso o indicador não seja considerado pela própria UJ um indicador institucional o mesmo não deveria constar do Relatório de Gestão da Agência.

Acrescenta-se que, em 24.7.2012, por meio do Ofício 103/2012/AUD-Anatel, a Superintendência de Serviços de Comunicações de Massa apresentou a seguinte manifestação:

“Relativamente ao assunto, cumpre ressaltar que esta SCM já deu início aos trabalhos de reavaliação da meta estabelecida para o “Índice de Instrução de Pados e Pavd's”, como o objetivo conferir maior efetividade ao indicador, sendo que as Recomendações em tela serão plenamente atendidas em prazo razoável”

Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Superintendência de Universalização apresentou a seguinte manifestação:

“Recomendação 1: Reavaliar a meta estabelecida para o indicador "índice de instauração de PADOS e PAVD 's" de forma a orientar o planejamento da Agência à redução do estoque PADOS e PAVD's a serem instruídos.

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Manifestação:

Este indicador é específico da Superintendência de Serviços de Comunicação de Massa (SCM), conforme consta no Relatório de Gestão da Anatel, razão pela qual não nos manifestaremos sobre a presente recomendação

Recomendação n° 3: Instituir indicador para medição da eficácia da instrução de PADOs e PAVDs para cada Superintendência da Anatel.

Manifestação:

Quanto a presente recomendação, cabe informar que já dispomos de indicador específico da SUN para instrução de Pados. É oportuno esclarecer que o entendimento de que os indicadores institucionais devem refletir a performance da instituição e não de cada unidade.

Recomendação n° 4: Promover revisão do rol de indicadores constantes no Relatório de Gestão da Anatel, de forma a fazer constar daquele documento somente os indicadores institucionais da Agência, conforme estabelecido pela Portaria-TCU 123/2010 para o item 2.4.7 do referido Relatório.

Manifestação:

Sugere-se que a presente recomendação seja acatada, vide manifestação quanto à recomendação n° 3”.

Ainda do mesmo Ofício 105/2012/AUD, foi apresentada a seguinte manifestação da Superintendência Executiva.

“Inicialmente cabe esclarecer que a Tabela constante do item 2.4.7 (pág. 54) do Relatório de Gestão Anatel - Exercício 2011 é formado por um rol de 37 indicadores definidos por cada Superintendência, conforme necessidades identificadas pelas respectivas áreas. Assim, temos os quantitativos de indicadores por área:

SPB-6

SPV-8

SCM-6

SRF-3

SAD-9

SUN-5

Tal informação restou prejudicada no Relatório de Gestão, pois a tabela, nele constante não apresenta a área responsável pelo indicador. Anexamos ao presente documento a tabela completa de forma a possibilitar a visualização das áreas e os indicadores a elas

___________________________________________________________________________________________________ 59Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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relacionados. Faz-se isso para esclarecer que os indicadores ora analisados pela CGU não são comuns a todas as áreas, portanto, nem sempre poderão ser aplicados a todas.

Importante informar que, na proposta de revisão do Regimento Interno da Anatel, em Consulta Pública até 9/9/2012, está prevista como atividade específica da Gerência de Planejamento Estratégico a elaboração de indicadores estratégicos e de gestão, oportunidade em que a Anatel poderá analisar e propor novos indicadores que atendam as recomendações ora apresentadas pela CGU.”

Recomendações:

Recomendação 1:

Reavaliar a meta estabelecida para o indicador “Índice de Instauração de PADOS e PAVD’s” de forma a orientar o planejamento da Agência à redução do estoque PADOS e PAVD’s a serem instruídos.

Recomendação 2:

Promover estudo com o objetivo de reavaliar os indicadores “Taxa de PADOs instruídos”, “Tempo Médio de Aquisição – Modalidade Pregão” e “Tempo Médio de Aquisição – Inexigibilidade” quanto à utilidade dos mesmos conforme estabelecido pela Portaria-TCU 123/2010. Apresentar o referido estudo a esta CGU.

Recomendação 3:

Instituir indicador para medição da eficácia da instrução de PADOs e PAVDs para cada superintendência da Anatel que possua como uma de suas atribuições regimentais a instrução dos referidos procedimentos.

Recomendação 4:

Promover revisão do rol de indicadores constantes no Relatório de Gestão da Anatel, de forma a fazer constar daquele documento somente os indicadores institucionais da Agência, conforme estabelecido pela Portaria-TCU 123/2010 para o item 2.4.7 do referido Relatório.

2.1.1.7. Informação (9)

A Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações tem como finalidade prover os recursos necessários para a execução do Plano Anual de Fiscalização (PAF) da Anatel, que abrange as atividades de fiscalização realizadas pela Agência para o controle das obrigações legais e contratuais, da conformidade dos produtos de telecomunicações, dos bens reversíveis, do uso dos recursos escassos, da arrecadação das receitas, da universalização e da qualidade dos serviços prestados analisando informações, apurando indícios de descumprimento de obrigações e aplicando sanções quando necessário.

A execução da ação em no exercício em 2011 está sintetizada na tabela abaixo:

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AÇÃO PREVISTO REALIZADO REALIZADO/PREVISTO

Execução Financeira 62.733.771,00 21.146.993,99 33,71%Execução Física 17.630 13.674 77,56%Representatividade em relação ao Programa 1157 52,98%

2.1.2. Assunto - CONTROLES INTERNOS

2.1.2.1. Constatação (10)

Ausência de instrumentos de prevenção e detecção de riscos no âmbito da gestão da Ação 2424 – Fiscalização em Telecomunicações.

Os objetivos estratégicos da Anatel são estabelecidos pelo Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações (PGR) e no Regimento Interno da Anatel.

Com vista ao alcance desses objetivos, a Anatel elabora anualmente seu Plano de Trabalho, documento que traz de forma estruturada as ações – conjuntamente com metas - planejadas pelas áreas da Agência para consecução dos objetivos estratégicos. A elaboração do plano é realizada em conformidade com método estabelecido no documento Manual de Elaboração do Plano de Trabalho da Anatel.

Quanto às atividades de fiscalização, além das metas estabelecidas pelo Plano de Trabalho de Anatel, a Agência aprova anualmente o Plano Anual de Fiscalização - PAF que consiste em um conjunto de documentos que estabelecem o planejamento das ações de fiscalização a serem executadas pela Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização - SRF, Escritórios Regionais e Unidades Operacionais.

Os documentos que compõem o PAF são as Diretrizes para Elaboração do Plano Operacional de Fiscalização e o Plano Operacional de Fiscalização – POF , ambos documentos são aprovados pelo Conselho Diretor da Agência.

O POF traz o planejamento para as atividades da Agência, estabelecendo o quantitativo previsto de homens-horas destinados a essa atividade, subdividindo o HH estabelecido e distribuindo tanto por serviços/área de atuação como também distribuindo esse quantitativo entre as unidades da Agência.

Conforme informação já apresentada as ações do PAF são custeados pela Ação 2424, sendo que a mesma possui metas para sua execução estabelecidas na LOA.

Desta forma, verifica-se que existem ao menos três documentos que formalmente estabelecem metas para o processo de fiscalização da Anatel: PAF, Plano de Trabalho e LOA.

Quanto ao acompanhamento, conforme informações apresentada pela Anatel, não há procedimento formalmente estabelecido que discipline essa atividade. O acompanhamento primário da execução do PAF é realizada pelo gerente de fiscalização de cada Escritório Regional, ou, no caso de Unidade Operacional4, pelo próprio Gerente Operacional, sendo ambos 4 Unidades Operacionais e Escritórios Regionais são unidades existentes nos estados da federação responsáveis por atividades operacionais da

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também responsáveis por registrar mensalmente no “Farol On-Line” comentários sobre a execução do PAF.

O “Farol On-Line” é um módulo do sistema RADAR. Enquanto o RADAR é o sistema que abrange o processo de fiscalização da Anatel de forma ampla, o “Farol On-Line” permite geração de relatórios gerenciais atualizadas sobre a execução do PAF, inclusive sendo alguns relatórios encaminhados automaticamente para o corpo gerencial.

A Gerência Operacional de Planejamento e Controle - RFFCF2, vinculada à Gerência de Fiscalização e Supervisão Regional da Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização, é responsável por acompanhar o preenchimento do “Farol On-Line” em níveis regionais e nacional, e, utilizando-se dessas informações subsidiar avalizações gerenciais sobre a execução do plano de fiscalização.

Apesar do acompanhamento, não é responsabilidade da RFFC2 promover iniciativas de correção caso sejam identificada execução fora do previsto. Segundo informações apresentadas, essa supervisão ocorreria por meio de Reuniões Gerenciais – REGERs – entre a SRF com os Gerentes Regionais dos Escritórios Regionais.

Conforme as informações apresentadas, quando identificados desvios no cumprimento das metas, tando físicas quanto financeiras, há remanejamento de recursos. No âmbito financeiro, o remanejamento se dá no âmbito da própria ação; no âmbito da execução física, há realocação de recursos humanos, tecnológicos e logísticos de forma a priorizar as ações de fiscalização.

Ainda quanto ao acompanhamento da execução, além da atuação da SRF, compete à Gerência de Planejamento e Orçamento – ADPFP – da Superintendência de Administração Geral - o acompanhamento da execução física. Após o preenchimento das análises no módulo “Farol On-Line” pelas unidades descentralizadas, as informações sobre a execução da Ação são disponibilizadas mensalmente pela ADPFP na intranet da Agência (Anatelnet) no formado do Painel de Evolução de Metas Físicas e Indicadores do PPA e trimestralmente no documento Relatório de Avaliação das Ações do PPA.

Tendo em vista a execução física da ação abaixo do previsto, solicitou-se à ADPFP as ações tomadas com o objetivo de fomentar o atendimento da referida meta. A unidade informou que a ela compete consolidar os resultados da execução e enviar os resultados à SRF.

Quanto aos riscos já identificados pela Agência referentes à execução da Ação 2424, a Agência informou os seguintes riscos: a) indisponibilidade de recursos financeiros, humanos e materiais com consequente redução da capacidade fiscalizadora da Agência; b) obstrução das ações de fiscalização pelas entidades a serem fiscalizadas. Porém, quando solicitado os instrumentos de prevenção e detecção utilizados para mitigar os referidos riscos, os mesmos não foram apresentados.

Manifestação da Unidade Examinada:

Quanto ao fato acima descrito, Anatel se manifestou por meio do Ofício Anatel. Cada Unidade Operacional está vinculada a um Escritório Regional. Os Escritórios Regionais estão vinculados à Gerência Geral de Fiscalização da Superintendência de Radiofrequência e Fiscalização, conforme art. 116 do Regimento Interno.

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98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“A ação 2424 é tratada na Constatação 010 versa sobre a ausência de instrumentos de prevenção e detecção de riscos de indisponibilidade de recursos financeiros, humanos e materiais com consequente redução da capacidade fiscalizadora da Agência; e de obstrução das ações de fiscalização pelas entidades a serem fiscalizadas no âmbito da gestão da fiscalização. Nenhuma constatação decorrente ou recomendação foi identificada a respeito no relatório 201203585/029”.

Análise do Controle Interno:

Tendo em vista a manifestação da unidade, mantém-se o entendimento pela ausência de instrumentos de prevenção e detecção de riscos no âmbito da gestão da Ação 2424.

Recomendações:

Recomendação 1:

Promover a implementação de instrumentos de prevenção e detecção utilizados para mitigar os riscos identificados no âmbito da execução da Ação 2424, sejam eles: a) indisponibilidade de recursos financeiros, humanos e materiais com consequente redução da capacidade fiscalizadora da Agência; b) obstrução das ações de fiscalização pelas entidades a serem fiscalizadas.

Recomendação 2:

Estruturar o processo de acompanhamento da execução 2424, estabelecendo marcos de avaliação do indicador de execução física, assim como definindo os responsáveis para promover iniciativas de correção caso sejam identificada execução fora do previsto.

2.1.2.2. Constatação (11)

Ausência de aprovação em tempo hábil do Plano Operacional de Fiscalização da Anatel.

Verificou-se que as Diretrizes para Elaboração do Plano Operacional de Fiscalização foram aprovadas pelo Conselho Diretor da Anatel em 17.2.2011 por meio da Portaria nº 137, e o Plano Operacional de Fiscalização 2011 foi aprovado em 14.4.2011 por meio da Portaria 306.

Quando da realização dos trabalhos de auditoria, verificou-se que o POF 2012 não tinha sido aprovado até o início do mês de junho.

A aprovação do POF, no segundo trimestre do exercício sobre o qual ele é vigente apresenta impacto na sua efetividade como objeto de planejamento, inclusive permitindo que as metas estabelecidas no Plano de Trabalho da Anatel referentes ao Ação “Ações de fiscalização planejadas realizadas” que estabelecem metas para fiscalizações planejadas para a SRF, incluindo os Escritórios Regionais e Unidades Operacionais, sejam divergentes da estabelecida no PAF.

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Desta forma verifica-se a necessidade da Anatel promover ajustes em seus procedimentos com vistas a viabilizar a aprovação de seu planejamento anual antes do início do exercício ao qual ele se refere.

Manifestação da Unidade Examinada:

Quanto ao fato acima descrito, Anatel se manifestou por meio do Ofício 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“A Constatação 011 aborda a questão da ausência de aprovação em tempo hábil do POF e levanta a necessidade da Anatel promover ajustes em seus procedimentos com vistas a viabilizar a aprovação de seu planejamento anual antes do início do exercício ao qual ele se refere. Esta mesma necessidade já havia sido identificada pelo Conselho Diretor da Anatel, que exarou determinação para que a SRF adotasse providências no sentido de remeter, com a devida antecedência, o planejamento estratégico da fiscalização e a respectiva proposta de diretrizes para a elaboração do Plano de Trabalho da Fiscalização, de modo que tais documentos possam ser apreciados e restarem devidamente aprovados pelo colegiado.

Quanto ao Plano Anual de Fiscalização 2012, cumpre esclarecer que devido a mudança de Superintendente, ocorreu um atraso na elaboração das Diretrizes da Fiscalização. O primeiro Informe elaborado não foi aprovado, o que retardou o processo. Sendo assim, as Diretrizes para Elaboração do Plano Operacional de Fiscalização 2012 foram aprovadas pela Portaria nº 498, de 28/05/2012, publicada no Boletim de Serviço N.º 109 de 01/06/2012. O Planejamento Operacional da Fiscalização foi aprovado pela Portaria n. 534, de 8/6/2012 e publicado no Boletim de Serviço n. 115, de 12/6/2012.”

Análise do Controle Interno:

A Agência informa que já fora identificada a necessidade de providências com o objetivo de viabilizar a aprovação tempestiva do PAF, tendo sido exarada pelo próprio Conselho de Administração determinação nesse sentido.

Diante das informações apresentadas, opta-se por manter a constatação no âmbito deste relatório com objetivo de viabilizar o acompanhamento das providências a serem tomadas por meio do acompanhamento do Plano de Providências Permanente da Anatel.

Recomendações

Recomendação (1)

Estabelecer sistemática de planejamento que permita a aprovação em tempo hábil do Plano Operacional de Fiscalização da Anatel.

2.1.3. Assunto - CONTRATOS DE CONCESSÃO E PERMISSÃO

2.1.3.1. Constatação (42)

Decisão de retorno dos Procedimentos para Apuração de Descumprimento de Obrigações – PADO, em análise no Conselho Diretor da Anatel, à Superintendência de

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Serviços Públicos para aplicação imediata de nova metodologia de sanção dos direitos dos usuários sem as devidas cautelas para a mitigação ou eliminação do risco de prescrição dos respectivos processos sancionatórios.

A Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL realizou, durante o período de 29.8.2005 a 30.9.2005, trabalho de fiscalização em concessionária de Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, com o objetivo de verificar o atendimento às obrigações contratuais elaborando-se, em consequência, o Relatório de Fiscalização n.º 0890/2005/ERIFB, de 24.11.2005.

A referida fiscalização, no que concerne as contestações de débito nas faturas de prestação de serviços, abrangeu os meses de fevereiro, março e abril de 2005, com base no qual foi lavrado o auto de infração n.º 001SP20050824, em 23.11.2005, e em consequência, instaurou-se o Procedimento para Apuração de Descumprimento de Obrigações – PADO n.º 53504021273/2005.

Em 2.7.2007, o Informe nº 271/2007/PBOAC/PBOA/SPB, analisando a defesa apresentada pela prestadora de serviços, em 24.1.2006, considerou como caracterizadas as seguintes infrações:

Descrição da Infração Total de infrações Classificação

Rescisão por falta de pagamento, no período de fevereiro a abril de 2005, sem a respectiva notificação.

41 Média

Não desligamento do terminal telefônico em até 24 (vinte e quatro) horas após o pedido de rescisão contratual.

7 Média

Não restabelecimento do serviço telefônico do assinante inadimplente em até 24 (vinte e quatro) horas após a declaração da comprovação da quitação do débito.

41 Média

Não cessação do bloqueio do terminal do assinante em até 24 (vinte e quatro) horas após o seu pedido.

41 Média

Total das infrações médias. 130

Ressarcimento de contestação de débito aos assinantes sem os acréscimos dos mesmos encargos aplicados pela Prestadora aos valores pagos em atraso.

98.259 Grave

Total das infrações graves 98.259

Para as infrações consideradas médias foi aplicada uma multa equivalente ao percentual de 0,001% (um milésimo por cento), calculados sobre o valor máximo de multa estabelecido pela cláusula 25.1, inciso IV, do contrato de concessão , conforme a seguinte fórmula:

VM = Valor da Multa

LMM = Limite Máximo de Multa = R$ 50.000.000,00

QUA = Quantidade de usuários atingidos = 130

VM = LMM * QUA ou

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VM = R$ 50.000.000,00 * 0,001% * 130 = R$ 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais)

Ou seja, para as infrações consideradas médias a multa equivale a R$ 500,00 (quinhentos reais) por usuário atingido.

Para o cálculo da multa, classificada como grave, temos a considerar inicialmente o que preceitua a cláusula 25.2, inciso III, alínea “b” do contrato de concessão:

“(...)$ 2 – Independente dos critérios específicos de graduação previstos em cada inciso da cláusula anterior e de outros previstos na regulamentação, a gradação das penas obedecerá a seguinte escala:(...)

III – A infração será considerada grave quando a Anatel constatar presente um dos seguintes fatores:

(…)

b) da infração decorrer benefício direto ou indireto para a Concessionária;

d) o número de usuários atingidos for significativo;

Uma vez que a prestadora obtém benefício financeiro ao ressarcir as contestações de débito aos assinantes sem o devido acréscimo e que foi atingido um número significativo de usuários – 98.259 (noventa e oito mil, duzentos e cinquenta e nove), decidiu-se pela aplicação de uma multa equivalente ao percentual de 0,002% (dois milésimos por cento) calculados sobre o valor máximo de multa estabelecido pela cláusula 25.1, inciso IV, do contrato de concessão. Temos, então:

VM = R$ 50.000.000,00 * 0,002% * 98.259 = R$ 98.259.000,00 (noventa e oito milhões, duzentos e cinquenta e nove mil reais).

Ou seja, para as infrações consideradas graves a multa equivale a R$ 1.000,00 (mil reais) por usuário atingido.

Consequentemente, o valor total da multa ficou estabelecido em R$ 98.324.000,00 (noventa e oito milhões, trezentos e vinte e quatro mil reais).

No entanto, uma vez que o limite estabelecido pelo artigo n.º 179 da Lei Geral de Telecomunicações é de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) a multa foi adequadamente reduzida para esse valor.

Adicionalmente, na verificação da condição econômica do infrator foi informado que a Receita Operacional Líquida da Concessionária, durante o exercício de 2007, era de 14,6 bilhões de reais.

Por meio da Nota Técnica n.º 1/2011 – ER01FB, de 2.5.2011, a área de fiscalização da ANATEL procurou responder aos seguintes questionamentos solicitados pela

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Gerência Geral de Outorga, Acompanhamento e Controle das Obrigações Contratuais – PBOA para subsidiar a análise do Recurso Administrativo, apresentado no âmbito do PADO n.º 53504.021273/2005.

a) Qual o número de casos em que ocorreram contestações de débitos, nos quais os assinantes tiveram devolvidos os créditos cobrados indevidamente, sem os acréscimos de encargos ?;

b) Quantos casos ocorreram após 30 (trinta) dias?

c) Qual o número de contestações de débitos que foram feitas e solucionadas antes da data de vencimento?

d) Quantos casos se referem a pagamento em duplicidade por erro próprio ou por terceiros?

e) Qual o número de contestações que foram feitas após o prazo de 120 (cento e vinte) dias?

Da reanálise da pasta denominada “item 4.2_Crédito_Devolvido”, elaborada em 2005, mantendo, portanto, as mesmas condições e informações que foram utilizadas pelos fiscais à época em que ocorreu a fiscalização, segundo a referida nota técnica, se concluiu o seguinte:

Universo de usuários que contestaram débitos 110.031

Registros repetidos 10.453

Devolução de créditos sem acréscimo de encargos 87.805

Contestações acolhidas antes da data de vencimento 27.998

Pagamento em duplicidade por erro do usuário 1.681

Pagamento em duplicidade por erro de terceiros 40

Contestações realizadas após prazo de 120 dias 264

Não possuem campos data preenchidos 62

Contestações consideradas devidas 57.760

Consequentemente, segundo os elaboradores da Nota Técnica n.º 1/2011 – ER01FB, o número de contestações consideradas devidas é de 57.760 (cinquenta e sete mil setecentos e sessenta), cerca de 52% (cinquenta e dois por cento) a menos que o apontamento inicial, número que foi homologado pelo Informe n.º 18/2012, de 16.1.2012, durante a análise do referido recurso administrativo que concluiu:

“(…) Logo, 57.760 (cinquenta e sete mil setecentos e sessenta) contestações é o número que deverá ser utilizado para recalcular o valor da multa imposta a Prestadora e que consta no Informe n.º 271/2007 – PBOAC/PBOA/SPB, de 2 de julho de 2007.”

Para as multas consideradas graves o valor por usuário atingido foi de R$ 1.000,00 (mil reais), totalizando, portanto, R$ 57.760.000,00 (cinquenta e sete milhões, setecentos e

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sessenta mil reais) que adicionada as multas consideradas médias – cujo valor não foi alterado – importaria o valor de R$ 57.825.000,00 (cinquenta e sete milhões, oitocentos e vinte e cinco mil reais).

Ressalte-se que esse decréscimo não alteraria o valor da multa imposta, uma vez que o valor corrigido, ainda, supera o limite máximo estabelecido pelo artigo n.º 179 da Lei Geral de Comunicações – R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais).

O Informe n.º 18/2012 – PBOAC/PBOA, elaborado em 16.1.2012, com o objetivo de analisar o Recurso Administrativo apresentado no âmbito do Procedimento para Apuração de Descumprimento de Obrigação – PADO n.º 53504021273/2005, decide, portanto, conhecer do Recurso Administrativo para no mérito, acolher parcialmente os novos argumentos apresentados pela Prestadora, ou seja, decide pela exclusão de 40.499 (quarenta mil quatrocentos e noventa e nove) infrações consideradas graves, e principalmente, pela aplicação da nova metodologia de cálculo elaborada pelo Grupo de Trabalho constituído por meio da portaria n.º 488 – SUE, de 17.5.2010.

Com a aplicação da nova metodologia o valor da multa foi alterado para a quantia de R$ 689.914,50 (seiscentos e oitenta e nove mil, novecentos e catorze reais e cinquenta centavos), uma redução de aproximadamente 98,62%, de acordo com os seguintes cálculos apresentados no referido informe:

Temos que:

UT (Total de usuários da operadora) - 11.130.569

Valor de Referência – V.ref (1% da Receita Operacional Líquida) = R$ 8.460.594,61

FG = Grave = 1

Antecedentes = 5%

Valor básico = (UA/UT)¹/² X (D+V)/10 X V.ref X FG

Valor multa = valor básico + 5% do valor básico

Infração n.º de usuários atingidos(UA)

(UA/UT)¹/² Dano ao usuário + vantagem auferida

Valor básico(R$)

Valor da multa(R$)

Cancelamento 41 0,0019193 0,8 12.990,45 13.639,97

Cancelamento 7 0,0007930 0,8 5.367,61 5.635,99

Cobrança indevida 57.760 0,0720369 1,0 609.474,86 639.948,60

Restabelecimento do serviço

41 0,0019193 1,0 16.238,06 17.049,96

Desbloqueio 41 0,0019193 0,8 12.990,45 13.639,97

Multa total 689.914,50

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Em 13.4.2012, solicitou-se pronunciamento à Procuradoria Federal Especializada (PFE) sobre a legalidade da revisão proposta em relação ao método adotado pela área técnica e sobre a metodologia de cálculo da sanção da multa adotado pela Superintendência de Serviços Públicos - SPB e o seu atendimento aos parâmetros e critérios estabelecidos no Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas, aprovado pela Resolução n.º 344, de 18.7.2003, .

A referida análise do recurso administrativo – informe 018/2012- PBOAC/PBOA – não verificou a suposta desproporcionalidade do fator de 0,002% em face do dano/benefício da infração apontada (cobrança indevida), concluindo simplesmente pela aplicação da nova metodologia, o que reduz o valor médio da infração grave de R$ 1.000,00 (mil reais) para R$ 11,08 (onze reais e oito centavos), sem instruir a análise com a devida motivação para a alteração.

Cumpre notar que a metodologia anterior utilizada considerava as disposições contidas no artigo 33, inciso VI, do Regimento Interno da Anatel e na Resolução n.º 344 – Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas – RASA, de 18.7.2003 e no Contrato de Concessão ou seja, sua aplicação decorreu de um ato administrativo perfeito.

O alto valor da multa reflete, apenas e tão somente, o alto número de usuários atingidos nas infrações graves – 57.760 – em apenas 03 (três) meses – fevereiro, março e abril de 2005 – segundo a pasta “Item_4.2_Credito_Devolvido” - parte integrante da Nota Técnica nº 1/2011 – ER01FB.

Apesar do procedimento de revisão da multa ser um ato administrativo discricionário, existe naturalmente a necessidade de sua motivação com o objetivo de atender o art. 2º da Lei 9.784/1999.

A alteração da estratégia regulatória, no que tange à aplicação de multas, deve estar condicionada a uma comprovada mudança da realidade de mercado, ou de um excesso da dosimetria, fato que não ficou devidamente comprovado em todo o procedimento que objetiva a modificar a metodologia de cálculo.

Ademais, é necessário destacar que a alteração de metodologias no transcurso de um procedimento de apuração aumenta consideravelmente o risco de incidência de prescrição administrativa, uma vez que o seu prazo é de 5 (cinco) anos, de acordo com o art. 1º da Lei n.º 9.873, de 23 de novembro de 1999 que prevê expressamente:

“Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato, ou no caso de infração permanente ou continuada, do dia que tiver cessado”.

Para melhor compreensão do risco assumido relato a análise do Conselheiro Relator no âmbito da ata nº 610, realizada em 09.6.2011, propondo: “ a) determinar o retorno dos autos à Superintendência de Serviços Públicos para aplicação imediata da metodologia de sanção dos direitos dos usuários apresentada na 230ª Reunião Técnica do Conselho Diretor da Anatel, realizada em 21 de setembro de 2010; b) considerar as reclamações do FOCUS e o caráter pedagógico da sansão no fixação do Valor de Referência da metodologia ora citada; c)

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determinar o não-envio ao Conselho diretor de novos processos similares e dos devolvidos por este Conselho, que não adotaram a metodologia citada no item “a” da presente conclusão, ressalvados os casos em risco de prescrição; e, d) devolver à área técnica os processos similares já distribuídos aos Conselheiros que adotaram a metodologia de cálculo aplicada no processo, ora em exame, ressalvados os casos em risco de prescrição, conforme avaliação dos respectivos Relatores.” (Grifos Nossos)

Depreende-se do voto apresentado a devida preocupação com o risco de prescrição dos processos na medida em que o tempo transcorrido entre o reenvio à área técnica, a sua respectiva análise com a consequente aplicação da nova metodologia poderia impactar substancialmente os prazos prescricionais.

Entretanto, em 14.7.2011, no âmbito da 613ª Reunião do Conselho Diretor, o mesmo Conselheiro alterou seu voto suprimindo exatamente a ressalva sobre o aumento do risco de prescrição dos processos.

A alteração do voto – principalmente sem a devida motivação – não tem o condão de minimizar o risco dos Procedimentos de Descumprimento de Obrigações prescreverem.

Manifestação da Unidade Examinada

Quanto ao fato acima descrito, Anatel se manifestou por meio do Mem. Nº 236/2012-SUE, de 11.6.2012, encaminhado pelo Ofício 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“Por seu turno, no que se refere à Constatação n° 42 - “Decisão de retorno dos (…) PADO (...) sem as devidas cautelas para a mitigação ou eliminação do risco de prescrição dos respectivos processos sancionatórios”, há que se destacar que todo o servidor e, por conseguinte também as Superintendências técnicas desta Agência, possuem a responsabilidade e o dever legal de zelar para o cumprimento dos prazos e procedimentos administrativos processuais envolvidos.

1.3.1 Em verdade, a decisão final do Conselho Diretor considerou a conveniência de que a análise das prescrições e respectivas priorizações de análise deveriam ser efetuadas pelas Superintendências técnicas a quem os processos seriam endereçados, posto que elas já possuem, inclusive sistemas e procedimentos de trabalho comesse objetivo.”

Análise do Controle Interno

A manifestação da agência reguladora foi por demais ampla, não assegurando o controle adequado do prazo prescricional ao definir que o momento ideal para o estabelecimento do controle é o do recebimento dos processos pelas diversas Superintendências. Da forma como a decisão foi tomada os processos retornaram para as áreas finalística entrando no fluxo normal de análise, mister lembrar que este pados já passaram por todo fluxo de análise da Agência e se não forem tomadas as devidas cautelas, em outras palavras, se os processos não forem priorizado ou verificados com urgência seu prazo prescricionais quando da aplicação da nova metodologia os processos já podem estar prescritos. Portanto somos da opinião de que antes da remessa dos processos deveria a Anatel estar segura dos prazos prescricionais eliminando ou mitigando o alcance da prescrição aos processos.

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Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“Relativamente aos processos que retornaram do Conselho Diretor em função da decisão exarada na 613ª RCD, informamos que solicitamos as áreas envolvidas relação contendo os citados processos, que será prontamente encaminhada à CGU, após sua conclusão.

Quanto à devolução ao Conselho Diretor dos processos com risco de prescrição informa-se que as áreas detêm procedimentos de rotina capazes de identificar e priorizar aqueles com iminência de prescrição. Assim, os processos abarcados pela decisão em comento seguem os mesmos procedimentos e são, quando julgados com risco, prontamente devolvidos para deliberação do Conselho Diretor. Por oportuno, informa-se que, até a presente data, não identificamos casos de processos prescritos, submetidos a tal condição a partir da decisão exarada na RCD n° 613”.

De posse da relação dos processos e das respectivas datas de início de contagem dos prazos prescricionais é que se pode verificar se a prescrição não foi alcançada. Apenas a informação sobre a existência de rotinas capazes de identificar a prescrição, nas áreas finalísticas, não elimina o risco apontado conforme já repisado neste relatório. Desta forma mantém-se as recomendações até que esta CGU analise a relação de processos e seja afastado o risco da prescrição.

Recomendações:

Recomendação (1)

Que a Anatel apresente relação de todos os processos que retornaram do Conselho Diretor em função da decisão exarada na 613ª Reunião, informando quais estão com risco de prescrição iminente e para quais a prescrição já foi alcançada.

2.1.3.2. Constatação (43)

Utilização, na nova metodologia de sanção dos direitos dos usuários, de fatores de cálculos que diminuem substancialmente o poder sancionatório da Agência.

A metodologia atual de cálculo utilizada pela Gerência Geral de Outorga, acompanhamento e Controle das Obrigações Contratuais – PBOA para aplicação de sanção de multa por infração a direito do usuário prevê a aplicação da seguinte memória de cálculo, quando a infração praticada corresponde a uma conduta pontual:

VM = QUA X LMM

Onde:

a) VM = Valor da multa;

b) QUA = Quantidade de usuários atingidos;

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c) LMM – um percentual do Limite Máximo de Multa atualizado pelo IGP-DI e reduzido ao teto estabelecido na Lei Geral de Telecomunicações;

Sendo que o percentual é assim estabelecido:

multa média – 0,001% ( um milésimo por cento)

multa grave – 0,002% (dois milésimos por cento)

especial dano ao usuário - 0,01% (um centésimo por cento)

Consequentemente, uma vez que o Limite Máximo de Multa está definido em lei e fixado em R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), ou seja, de difícil alteração, podemos inferir que para as infrações de gravidade média o valor da multa ficou estabelecido em R$ 500,00 (quinhentos reais) – um centésimo por cento do limite máximo – por usuário atingido e para as infrações consideradas graves o valor ficou definido em R$ 1.000,00 (mil reais) – dois centésimos por cento – por usuário atingido.

A qualidade da fórmula está na simplicidade de sua aplicação na medida em que uma vez conhecido apenas duas variáveis - o número de usuários atingidos e a classificação da infração apontada (fator de gravidade) - teremos a definição do valor da multa.

Por outro lado, a nova metodologia de cálculo utiliza a seguinte fórmula:

V básico = ( UA/UT)¹/² * [(D+V)/10] * V.ref * (1/FG)

Onde:

V básico = Valor de multa referente a uma infração, sobre o qual ainda serão consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes, bem como os limites mínimos e máximos para aplicação de multa;

UA= Total de usuários atingidos e/ou potencialmente atingidos pela infração;

UT= Total de usuários da prestadora na área de prestação do serviço ou área geográfica afetada;

D = Fator de ponderação de dano ao usuário, sendo 1<= D <= 6;

V = Fator de ponderação de vantagem auferida constatado no caso, sendo 0 <= V <= 4;

V Ref. = valor correspondente a k% da Receita Operacional Líquida – ROL – mensal da prestadora, isto é V Ref. = ROL mensal x k%. O valor de ROL mensal a ser adotado corresponde à Receita Operacional Líquida do mês de ocorrência da infração ou, não havendo esse dado, à média aritmética do período de levantamento mais recente anterior ao mês da infração.

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K = foi fixado em 1% (um por cento) para SCM, SMP, STFC e TV por assinatura;

FG = Fator de Gravidade. - Para diferenciar a Gradação da infração em LEVE, MÉDIA ou GRAVE.

Grave = 1

Média = 2

Leve = 5

A primeira alteração substancial é sobre a própria base cálculo, que passa a ser a denominada Receita Operacional Líquida – ROL mensal da operadora, do mês de ocorrência da infração, ao invés do Limite Máximo de Multa definido por lei.

Não obstante a dificuldade, em alguns casos, da obtenção desse dado, a mudança melhora a qualidade da metodologia uma vez que reflete a real situação econômico-financeira do infrator em consonância com o inciso IX do art. 7º do Regulamento de Sanções Administrativas – RASA, aprovado pela Resolução nº 344, de 18.7.2003.

O primeiro problema reside no fato que o subgrupo de trabalho – com base na Portaria n.º 488-SUE, de 17.5.2010, propôs fixar em 1% (um por cento) o percentual a ser aplicado sobre a Receita Operacional Líquida Mensal para os serviços SCM, SMP, STFC e TV por Assinatura, sem realizar um estudo mais detalhado para a escolha do percentual a ser aplicado ou do período adotado como referência para a referida receita, ou seja, o porquê da base de cálculo ser mensal.

De acordo com o item 5.13 do Informe n.º 001/2010:

“(...) o subgrupo chegou a conclusão de o valor máximo de 1% da ROL mensal para infração grave, nos casos onde toda a base de usuários foi atingida, é adequado aos fins que se presta a sanção. Assim a infração mais grave não ultrapassará 1% da ROL.” (Grifos nosso)

Ressalte-se que o cálculo desse valor de referência (ROL mensal x 1%) é o limite máximo para a aplicação de multa quando todos os consumidores forem atingidos – dosimetria máxima, sem justificar a sua adequabilidade aos fins.

Na prática, a aplicação da nova metodologia implica que o valor da multa fica limitado ao denominado Valor de Referência e só alcançaria o limite máximo anterior se alguma operadora obtiver uma Receita Operacional Líquida mensal de R$ 5.000.000.000,00 (cinco bilhões de reais) independente do número de usuários atingidos.

Portanto, a aplicação do novo algoritmo impossibilita, a rigor, o alcance do limite imposto pela Lei Geral de Comunicações, mesmo que, a infração – naturalmente grave – atinja toda sua base de consumidores.

Adicionalmente, a nova metodologia de cálculo inclui mais dois fatores de difícil

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ponderação - dano ao usuário e vantagem auferida - que são altamente correlacionados ao fator de gravidade, porque na medida em que existe um alto dano ao usuário e/ou uma grande vantagem obtida com a infração pela operadora o fator de gravidade tem de ser o mais alto, sendo que o oposto também é verdadeiro uma vez que um baixo dano ao usuário ou uma pequena vantagem auferida torna naturalmente a infração leve.

Simulamos, a seguir, algumas situações possíveis, variando ou o dano ao usuário ou a vantagem auferida:

Gravidade(Fator)

Dano ao usuário(Fator)

Vantagem auferida(Fator)

Multa máxima ( % da Receita Operacional

Líquida)(%)

1 6 4 1,00

1 5 3 0,80

1 4 2 0,60

1 3 1 0,40

1 2 1 0,30

1 1 0 0,10

Depreende-se da tabela apresentada que os valores da multa máxima decrescem exponencialmente à medida que o analista reduz ou o dano ao usuário e/ou a vantagem auferida – mantido o fator de gravidade constante, sendo que pode alcançar, no limite, – para uma infração considerada grave – o percentual de 0,10% da Receita Mensal da operadora.

Não encontramos, durante a análise do Informe nº 001- Subgrupo Direito dos usuários, que define a nova metodologia de cálculo, motivação suficiente que justificasse a inclusão de mais duas medidas – por si só discricionárias – na metodologia de cálculo e que, principalmente, propicia mecanismos capazes de reduzir substancialmente a dosimetria da pena.

Manifestação da Unidade Examinada

a Os novos parâmetros, presentes na fórmula de cálculo das multas, revelam maior aderência à realidade do setor

O estabelecimento de formas de calculo de multas faz parte de um processo que busca o aprimoramento constante nas formas de enforcement e sancionamento da Agência. Existe avaliação constante de similaridades entre os diversos Serviços de Telecomunicações, análise no porte das prestadoras, identificação das variáveis mais importantes e percepções regulatórias.

Tal processo é realizado pelas áreas responsáveis pela atividade de controle da Agência ou por Grupos de Trabalho (GT) instituídos por portarias especificamente para esse fim, tais como os instituídos pelas Portarias nos 155/2007,488/2010e 192/2012.

Na elaboração da metodologia de cálculo para infrações a direito dos usuários buscou-se equacionar os princípios estabelecidos na Lei Geral de Telecomunicações (LGT), Lei n° 9.784/97, e no Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas (RASA), aprovado pela

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Resolução n° 344, em especial a condição econômica do infrator e o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção1, considerando, ainda, a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes para o serviço e para os usuários, a vantagem auferida pelo infrator2.

Nesse sentido, para concepção das metodologias de cálculo de multas foram utilizadas as seguintes premissas:

a) Parâmetro de referência o mais aderente possível à capacidade econômico-financeira da empresa: utilizar como parâmetro de referência, quando viável, a Receita Operacional Líquida (ROL) da prestadora por serviço, por considerar que essa informação melhor reflete sua capacidade econômica;

b) Harmonização de metodologias existentes3: Harmonizar, quando possível, as metodologias para aplicação de multas a infrações que guardam algum aspecto de similaridade e que são de responsabilidade de áreas distintas, e.g., direito dos Usuários, qualidade, etc;

c) Proporcionalidade entre a falta e o valor da multa: Buscou-se utilizar parâmetros de proporcionalidade da infração com fatores mensuráveis, como: proporção de usuários atingidos;

d) Proporcionalidade do dano ou prejuízo decorrente da infração ao Usuário ou ao Serviço: Métricas orientadas a graduar o dano ou prejuízo causado pela infração;

e) Gradação da Infração: Classificação da infração em Leve, Média ou Grave, de acordo com o Regulamento para Aplicação de Sanções Administrativas da Anatel;

í) Objetividade: O princípio de objetividade buscou limitara possibilidade de escolha arbitrária de parâmetros para a obtenção do valor das multas.

A fórmula básica que foi utilizada para a construção das metodologias procurou considerar os itens de referência descritos abaixo:

Valor da Multa = Valor Básico + Agravantes - Atenuantes

Considera-se que o Valor Básico da multa indicado na fórmula acima é obtido por meio das fórmulas estabelecidas em cada uma das diferentes metodologias (e.g., Direitos dos Usuários, Qualidade, Universalização, etc), ao passo que a aplicação de agravantes e atenuantes seguirá os percentuais definidos no Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas vigente.

As fórmulas de multa referentes ao Valor Básico foram estruturadas de modo a observar a fórmula canônica:

1 'LGT, Art. 179, §1°. Na aplicação de multa serão considerados a condição econômica do infrator e o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção.

2 LGT, Art. 176. Na aplicação de sanções, serão considerados a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes para oserviço e para os usuários, a vantagem auferida pelo infrator, as circunstâncias agravantes, os antecedentes do infrator c areincidência específica.3 Acórdão n° 2109/2006-TCU-PLENÁR1O.

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Valor Básico = QT x QL x PR x Vref

onde:

Valor Básico – É o valor da multa antes da incidência dos agravantes e atenuantes.

• QT - Diz respeito a aspectos quantitativos, e.g., quantidade de usuários, de estações, de indicadores, etc;

• QL - Diz respeito a aspectos qualitativos da infração, isto é, sua gradação nos tipos: Leve, Média e Grave, conforme parâmetros definidos no Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas;

• PR- Diz respeito a critérios de proporcionalidade;

• Vref - Diz respeito ao valor de referência para aplicação da sanção. Esse valor pode estar relacionado, entre outros, à capacidade de geração de receita, ao valor auferido pela prática da infração ou Preço Público.

A metodologia de cálculo para infrações a direito do usuário buscou uma fórmula onde se considerasse a quantidade de usuários/consumidores lesados com a infração e a capacidade econômico-financeira do infrator. Além disso, foram acrescentados elementos de ponderação no cálculo, para se obter uma fórmula capaz de se amoldar ao caso concreto Assim, as características individuais da infração poderão ser apreciadas com mais detalhe.

A relação “UA/UT” apresenta a dimensão exata da extensão do dano dentre os usuários da empresa, deforma que quanto maior o percentual de usuários atingidos maior o valor da multa.

Essa abordagem buscou conferir proporcionalidade entre o percentual de usuários atingidos e o valor da multa de forma que, ao atribuir um comportamento não linear, ilustrado na figura abaixo, as infrações decorrentes de pequenos percentuais de usuários observassem o princípio educativo e dissuasório, ao passo que as infrações sistêmicas observassem o princípio da razoabilidade.

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A utilização de valores fixos para usuários atingidos quer seja com base na receita gerada pelo usuário, quer seja na vantagem auferida na ocorrência de uma infração, poderia gerar valores que poderiam não observar os limites da razoabilidade, do princípio do não-confisco e no princípio educativo, tendo em vista o forte crescimento da base de usuários dos serviços de telecomunicações, que atualmente contam com 43 milhões do STFC, 242,2 milhões de usuários do SMP, 18,4 milhões de usuários do SCM e 12,7 milhões de usuários de TV por Assinatura4.

A lógica sancionatória por trás da característica não linear da fórmula leva em consideração que essa produza valores incrementais médios decrescentes para sanção, mas que se comporte de forma que:

i. o valor da multa seja sempre crescente, isto é, cujo valor da sanção aumente à medida que o percentual de usuários atingidos aumenta;

ii. constitua um desincentivo à prática da infração a direito do usuário ao impor valores proporcionalmente maiores para inflações de menor extensão que, por possuírem menor impacto, podem não motivar as empresas em buscar uma solução;

iii. Reflita a situação econômico-financeira da prestadora, que é observado por meio da Receita Operacional Líquida.

A porcentagem da ROL mensal (k%da ROL) é o valor de referência usado para dimensionar o porte econômico-financeiro do infrator. Assim, há proporcionalidade na fórmula: o valor de multa para determinada infração a direito do usuário usará o porte da empresa como referência (Vref). Há de se considera que o estabelecimento desse percentual da ROL visa a observar o princípio do não confisco, uma vez que o teto da multa é ajustado a um percentual da receita.

Ademais, levou-se em consideração que a infração para a qual essa metodologia se aplica diz respeito a direito de usuários, que estão difundidos em todo o arcabouço regulatório e que, por isso, podem ser objeto de atuação da agência em múltiplas oportunidades em um único mês.

4 Relatório Anual da Anatel ano base 2011, disponível em <http:/Av\v\v.anatcl.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp? numeroPublicacao=278637&assuntoPublicacao=Relat%F3rio%20Anual%202011&caminhoRel=iHill&filtro=l&documentoPath=278637.pdf>

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O mesmo se pode dizer de “FG” que mais uma vez vem atribuir equidade à fórmula ao considerar a infração à luz dos preceitos legais e normas da Anatel a respeito da classificação da infração em leve, média ou grave. Os fatores foram escolhidos de modo a possibilitar uma diferenciação do valor aplicado em razão da análise da infração, isto é, se é grave, média ou leve, considerando que uma infração mais danosa resultasse em um maior valor de multa.

A classificação da gravidade da infração pelo Fator de Gravidade (FG) é feita mediante as diretrizes expressas na Resolução n° 344/2003, transcritas abaixo:

Art. 8º As infrações são classificadas de acordo com a seguinte gradação:

I- leve;

II - média;

III - grave.

§ 1º Para gradação da infração, devem ser considerados a natureza da infração, o caráter técnico e as disposições das Leis, dos regulamentos e das normas pertinentes.

§2º A infração deve ser considerada leve quando decorrer de condutas involuntárias ou escusáveis do infrator e da qual nãos e beneficie.

§3° A infração deve ser considerada média quando decorrer de conduta inescusável, mas que não traga para o infrator qualquer benefício ou proveito, nem afete número significativo de usuários.

§ 4º A infração deve ser considerada grave quando a Anatel constatar presente um dos seguintes fatores:

II ter o infrator agido de má-fé;

II - decorrer da infração beneficio direto ou indireto para o infrator;

III - ser o infrator reincidente; e

IV- ser significativo o número de usuários atingidos

Logo,o objetivo do FG é diferenciar a infração por sua gravidade, conforme dispõe a Resolução n° 344/2003, enquanto que os parâmetros D e V se configuram como elementos adicionais de análise de ponderação e proporcionalidade de modo a associar a infração e sanção.

A compatibilidade da metodologia de cálculo proposta com as exigências previstas no Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas aprovado pela Resolução n° 344/2003 pode ser verificada da seguinte forma:

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Os fatores de cálculos, utilizados pela nova metodologia de sanção dos direitos dos usuários, não diminuem o poder sancionatório da Agência Os artigos 176 e 179 da Lei Geral de Telecomunicações definem vetores legais que orientam o poder sancionatório da Agência. Não há o sentido de elevar ou mesmo reduzir o valor das multas aplicadas, mas sim que elas sejam ajustadas de forma coerente e suficiente para inibir condutas infracionais.

A multa não deve ser extremamente elevada, identificada e valorizada pela função arrecadatória.

Deve-se considerar que multa é fator punitivo e de caráter pedagógico que serve para coibir e corrigir o comportamento indevido, de forma a promover a prestação dos serviços de telecomunicações aderentes à legislação e regulamentação aplicável, com vista a garantir a oferta dos serviços com qualidade adequada.

Nesse sentido, deve-se valorizar a multa suficiente para a correção da condutam, não se pautando pelo fator de arrecadação.

Nessa medida o poder sancionatório somente se legitima pela lógica da regulação eficiente, proporcional e razoável

A alteração dos fatores de cálculo, utilizados pela nova metodologia de sanção, está no sentido de buscar maior proporcionalidade e razoabilidade das sanções, otimizando o poder sancionatório da Agência, tornando-a aderente aos preceitos legais.

Ressalta-se que sanções não proporcionais acabam levando a um aumento da contestabilidade judicial, e, com isso, uma potencial crise de autoridade, diante das eventuais invalidações de sanções aplicadas pela Agência.

Contudo, a multa deve ter a justa medida, para que seja alcançado o efeito pedagógico a que se destina, qual seja: dissuadir o sancionado da repetição da conduta infracional e inibir novos agentes de cometê-la. Para tanto, o eventual ganho aferido pelo infrator em razão da conduta infracional deve ser, no mínimo, anulado pela aplicação da multa, tornando

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em prejuízo.

c A Receita Operacional Líquida (ROL) mensal da operadora, do mês de ocorrência da infração incrementa a qualidade da metodologia, pois reflete a situação econômico-financeira do infrator

A LGT determina que na aplicação da sanção deva ser considerada, dentre outras, a situação econômico-financeira do infrator. Nesse sentido, tem-se que o parâmetro de referência mais aderente é a utilização da Receita Operacional Líquida (ROL) da prestadora por serviço, por considerar que essa informação melhor reflete seu porte e sua participação no mercado de telecomunicações. A utilização desse parâmetro em base mensal deveu-se ao fato de se buscar associar a situação econômica do infrator com a época da infração, extensão do tempus regit actum.

O limite máximo para a aplicação de multa representa 1% da ROL mensal. Esse percentual é aplicado a uma única infração.

Existem, em curso na Agência, inúmeros Procedimentos de Apuração de Descumprimento de Obrigações (PADO), que agregam diversas infrações em um único processo, sobretudo em face de prestadoras de grande porte. Considerando que, em regra, cada processo apura várias infrações,em razão da diversidade de obrigações presentes na regulamentação, entende-se que o valor de referência de 1% da ROL mensal produziria um valor de multa capaz de dissuadir a continuação ou repetição de uma infração

Lembrando-se sempre que não se deve olvidar do fato de que esse teto se aplica a uma única infração a direito de Usuários. Os direitos dos usuários são previstos em diversos instrumentos normativos, cada qual com diversos dispositivos que devem ser observados pelas prestadoras.

Cada dispositivo infringido constitui uma infração.

Assim sendo, o montante de multa a ser aplicado por infrações a direito dos usuários pode superar significativamente o valor de R$ 50.000.000 (cinquenta milhões de reais).

Importante destacar que a metodologia proposta pelo Grupo de Trabalho oriundo da Portaria n°488/2010 está em fase de avaliação pelo Grupo de Trabalho constituído pela Portaria n° 192/2012, de 28 de fevereiro de 20125.

Soma-se ao contexto a expedição do novo Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas (RASA), aprovado pela Resolução n° 589 de 7 de maio de 2012, que trouxe inovações importantes para balizar a aplicação de sanções na Anatel. Entre elas, o RASA prevê que: (i) em situações extremas e excepcionais, a aplicação da metodologia pode ser afastada caso o valor de multa não seja razoável ou proporcional, conforme disposto em seu art. 18, §4°; e (ii) o valor base da multa nunca será inferior ao dobro da vantagem auferida, quando estimável (art. 18, §2°), conforme transcritas a seguir:

5 Constitui grupo de trabalho permanente para propor e validar as metodologias de multas a serem adotadas para aplicação de sanções administrativas no âmbito da Agência Nacional de Telecomunicações

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“Art. 18. No cálculo do valor base da multa devem ser considerados os seguintes aspectos:

(...)

§ 2°. O valor base da multa nunca será inferior ao dobro da vantagem auferida, quando estimável.

§ 4°. A Anatel poderá afastar, excepcionalmente e de modo fundamentado, a aplicação da metodologia para o cálculo da multa, caso se verifique, no caso concreto, que o valor da sanção não atende aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade”

d. O dano ao usuário (D) e a vantagem auferida (V) são fatores que atribuem maior racionalidade e equidade na aplicação da sanção, ao apresentar maior aderência à realidade.

"D"e "V" são fatores de ponderação que visam proporcionar ao analista do processo aferir, no caso concreto, circunstâncias da infração que a tornem mais ou menos grave de acordo com os parâmetros dano ao usuário e vantagem auferida, respectivamente.

A aplicação de metodologia para cálculo da sanção deve pautar-se em critérios objetivos, contudo, há casos em que o quantum da sanção deve revelar a repercussão da infração no caso concreto. Nessa análise, o analista deve dispor de alguma margem de discricionariedade para dimensionar os valores. Veja que não se trata de conferir a possibilidade de uma atuação sem limites, podendo inclusive chegar gradação cm patamares de multa modelados pelos parâmetros D(Dano) e V(Vantagem). A escolha desses parâmetros deve se pautar na percepção do analista ao responder questões como:

Para o enquadramento dos parâmetros D (dano) e V (Vantagem Auferida), além da jurisprudência de cada área, deve-se considerar para o Dano a combinação entre o vulto do dano (pequeno, médio e grande) e a duração da infração (pontual, continuada), que fornece diretrizes para o escalonamento da variável D. Da mesma forma, para o V, considera-se a inexistência de vantagem, e Vantagem pequena, média e significativa.

Análise do Controle Interno

Da manifestação da Agência, cabe destacar a seguinte manifestação:

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A multa não deve ser extremamente elevada, identificada e valorizada pela função arrecadatória.”

(…)

Ressalta-se que sanções não proporcionais acabam levando a um aumento da contestabilidade judicial, e, com isso, uma potencial crise de autoridade, diante das eventuais invalidações de sanções aplicadas pela Agência.

Contudo, a multa deve ter a justa medida, para que seja alcançado o efeito pedagógico a que se destina, qual seja: dissuadir o sancionado da repetição da conduta infracional e inibir novos agentes de cometê-la. Para tanto, o eventual ganho aferido pelo infrator em razão da conduta infracional deve ser, no mínimo, anulado pela aplicação da multa, tornando em prejuízo.”

Em outras ocasiões esta CGU já posicionou quanto a este tipo de entendimento que pode deixar, para um leitor incauto, a ideia de que a própria Agência reconhece que as multas aplicadas estão acima do necessário, o que não se harmoniza com decisões anteriores da própria Agência quando tornou sem efeitos a anexação de estudos não conclusivos pela SPB em diversos PADOs, conforme consignado no Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 224286.

Dito isto, é necessário que fique bem entendido que a questão do valor da multa a ser aplicada é uma matéria complexa, tendo em vista que não deve ter viés confiscatório como bem informou a Anatel, porém deve ser suficiente, não só para anular eventual ganho irregular da operadora mas também dissuadi-la da repetição da conduta.

Em caso concreto, processo 53539.000794/2004,não conseguimos concluir que a nova metodologia consegue ajustar “de forma coerente e suficiente para inibir condutas infracionais”, tendo em vista que a proposição original era de aplicação de multa de R$6.385.500,00, e com a aplicação da nova metodologia o valor reduziu para 62.029,78.

Cabe-nos socorrer ao seguinte trecho da Análise 327/2012-GCRZ, de 6.7.2012, apresentada a esta CGU em reunião do dia 13.7.2012:

“4.3.1. A metodologia para cálculo de multas às infrações a direitos dos usuários, descrita no anexo do Memorando n° 150/2012-PBOAC/PBOA/SPB, de 22/06/2011, apresenta a seguinte estrutura (fls. 402/405v):

Onde:

Vbásico = Valor de multa referente a uma infração, sobre o qual ainda serão

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consideradas as circunstâncias atenuantes e agravantes, bem como os limites mínimos e máximos para aplicação de multa;

Vref= Valor correspondente a 1% da Receita Operacional Líquida mensal do Infrator;

Ua = Total de usuários atingidos e/ou potencialmente atingidos pela infração;

Ut- Total de usuários da prestadora na área de prestação do serviço ou área geográfica afetada;

D = Fator de ponderação do dano ao usuário, sendo 1 < D < 6;

V= Fator de ponderação de vantagem auferida, sendo0 < V< 4;

Valor de Referência = 1% da ROL mensal do infrator;

FG= Fator de ponderação de Gravidade, sendo Grave = 1, Média= 2 e Leve = 5;

IF = índice Focus, considera a quantidade de reclamações registradas por usuários no sistema FOCUS no ano anterior à abertura do PADO dividido pelo total de usuários da prestadora na área de prestação d serviço ou área geográfica afetada.

4.3.2. De acordo com a exposição de motivos da metodologia elaborada pelo Grupo de Trabalho, a fórmula foi projetada para não permitir valores de multa superior ao Valor de Referência, que representa o limite superior do valor da sanção, de modo que os demais componentes, com exceção do IF, atuam como fatores de atenuação, [fl. 405/405v]

4.3.3. Com isso, se todos os usuários da prestadora fossem atingidos por uma dada infração, o valor base da multa seria de no máximo 1% e no mínimo 0,02% da Receita Operacional Líquida (ROL) mensal.

4.3.4. Entretanto, como o universo total de usuários, mesmo para empresas de porte médio, pode atingir algumas centenas de milhares, a razão "Ua/Ut" tende a assumir valores muito pequenos, o que estabeleceria um viés para baixo na estipulação das multas, o que pode, a depender do caso concreto, resultar em pena ineficaz ou mesmo contraproducente, na medida em que não seria capaz de desestimular a conduta infratora.”(grifo no original)

Do exposto verifica-se que a fórmula carece de aprimoramentos que impedem a utilização em determinados casos.

De volta a análise da manifestação concluímos que a Agência Reguladora não apresentou justificativas que embasassem a definição do percentual de 1% (um por cento) como o multiplicador da Receita Operacional Líquida ou do porquê da base de cálculo ser mensal.

Não obstante iniciar a sua manifestação fazendo considerações sobre o porte das empresas de telefonia, a ANATEL não disponibilizou nenhum estudo econômico que comprovasse a tese de que qualquer alíquota acima da definida poderia ser considerada

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confiscatória.

Da mesma forma não questionou o fato de que a aplicação em conjunto na mesma fórmula dos quesitos gravidade, dano ao usuário e vantagem obtida – com alto grau de correlação e, principalmente, com alto grau de discricionariedade – implicaria em redução exponencial dos valores sancionados quando comparados com a metodologia anterior.

Não justificou, também, porque não leva em consideração a possibilidade de utilizar as variáveis: dano ao usuário e vantagem obtida apenas na definição do quesito gravidade.

Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/2012/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“Quanto à Recomendação (1) informa-se que o Conselho Diretor da Agência reviu a decisão tomada em sua 613ª Reunião, realizada em 14/07/2011; e em sua 656ª Reunião, realizada em 5/7/2012, reafirmou preocupação institucional em relação às metodologias de sanção adotadas nos processos administrativos instruídos pela Agência.

Nesse sentido, estabeleceu diretrizes e premissas a serem observadas pela área técnica no processo de elaboração de metodologias de sanção, visando a garantir que processo sancionado esteja calcado nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, garantindo a observância do atendimento aos ditames regulamentares e, por consequência, a eficácia pedagógica pretendida.

A manifestação apresentada para o item 2.1.3.4, abaixo, esclarece com maiores detalhes a decisão do Conselho Diretor sobre o assunto.

As demais Recomendações contidas no item 2.1.3.2 referem-se às metodologias de cálculo de aplicação de multas. Sobre o assunto, informa-se que o Conselho Diretor já manifestou entendimento de que a metodologia, na forma proposta pelo grupo de trabalho, possui fragilidades em seus fundamentos que desaconselham sua aplicação geral.

Por conseguinte, solicitou à SUE que orientasse às áreas a considerar os princípios e as diretrizes contidas tanto no caput quanto no § 2o do art. 39 do Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas aprovado pela Resolução n.° 589, de 7 de maio de 2012, verificando sempre a razoabilidade e o caráter pedagógico dos valores de multas calculados por meio de formulações algébricas, especialmente quanto à existência de vantagem auferida, quando estimável, e à gravidade da infração, ao porte das empresas sancionadas, à intensidade de dano causado e à existência de circunstâncias agravantes.

Tais orientações estão consubstanciadas no Mem. Circ. n° 223/2012/SUE, de 9 de julho de 2012, encaminhado a todas Superintendências, conforme cópia anexa.

Não obstante, o novo Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas sinaliza a possibilidade de realização de Consulta Pública sobre a definição de metodologias de cálculo de multas, ao dispor que:

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Art. 19. A Anatel definirá, por meio de Portaria do Conselho Diretor, que poderá ser objeto de Consulta Pública, as metodologias que orientarão o cálculo do valor base das sanções de multa.

§ 1º. As metodologias devem objetivar a uniformização entre as áreas técnicas das fórmulas de dosimetria para cálculo do valor base das sanções de multa, que deverão conter fundamentação detalhada de todos os seus elementos, demonstrando a observância dos parâmetros e critérios previstos neste Regulamento.

§ 2º.Até a entrada em vigor da Portaria prevista no caput, as Superintendências poderão aplicar metodologias próprias.

§ 3º.A adoção de nova metodologia não implica revisão da multa anteriormente aplicada, exceto se a sanção não atender aos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, sempre avaliados no contexto do caso concreto e da época da aplicação da multa.

A Resolução n° 589 determinou, ainda, que o Grupo de Trabalho instituído pela Portaria n° 192/2012, de 28 de fevereiro de 2012, apresente ao Conselho Diretor, no prazo de 120 (cento e vinte) dias contados da publicação da citada Resolução, propostas de metodologias de que trata o art. 39.

Assim, informa-se que as metodologias de cálculo de multas utilizadas pelas Superintendências estão, atualmente, em análise e reformulação pelo citado Grupo de Trabalho e será submetida à Consulta Pública, ocasião em que esperamos contar com ampla participação da sociedade, da Administração Pública em geral, em especial dos órgãos de controle, bem como dos demais entes envolvidos com o tema. As contribuições recebidas certamente ajudarão a Agência a melhor definir metodologias que atinjam a eficácia pedagógica pretendida, observados, sempre, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade.

Diante do exposto, mormente nas manifestações a Contatação (45), deste relatório, entendemos que, quase um ano após a 613º Reunião, o Conselho reconsiderou a decisão prolatada no sentido de revogar os itens b e c, o que deve, por conseguinte, resultar, na aplicação da metologia anterior e retorno, ao Conselho Diretor de todos os autos atingidos pela decisão proferida na 613º Reunião. Quanto as outras recomendações aguardaremos as análises e reformulação do citado Grupo de Trabalho de forma a verificar se a nova metodologia atende as premissa das recomendações.

Recomendações

Recomendação (1)

Que a Anatel realize durante os trabalhos de revisão da metodologia, estudos, análises ou justificativas que embasem a definição do percentual de 1% (um por cento) como o multiplicador da Receita Operacional Líquida ou do porquê da base de cálculo ser mensal.

Recomendação (2)

Que a Anatel apresente a esta CGU, previamente a aprovação da mesma, a nova

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proposta de revisão da metodologia de cálculo de multas às infrações relativas aos direitos dos usuários.

2.1.3.3. Constatação (44)

Falta de proporcionalidade entre o valor médio da multa aplicada e o número de usuários atingidos.

Utilizando os parâmetros apresentados pelo Informe nº 001/2010, elaborado pelo Subgrupo Direitos dos Usuários, em 16.9.2010, testou-se, no limite, a nova técnica de cálculo utilizada, realizando 20 (vinte) simulações, variando apenas e tão somente a relação usuários atingidos – do mínimo de um, até o máximo do total de assinantes da operadora – com o objetivo de calcular o custo médio unitário das multas aplicadas para as operadoras e o impacto, na margem, que essas variações provocam.

Foram adotadas as seguintes suposições:

D= Fator de ponderação de dano ao usuário = 6 (máximo)

V = Fator de ponderação de vantagem auferida = 4 (máximo)

FG = Fator de gravidade = 1 (Grave)

Impacto da Sanção

ROL mensal R$ 107.296.840,00

Total de usuários 1.461.237

N.º de usuários atingidos Valor total da multa(R$)

Valor unitário da multa(R$)

1 887,62 887,62

22 4.191,28 190,51

45 5.927,37 131,72

89 8.382,57 94,19

178 11.854,74 66,60

357 16.765,13 46,96

713 23.709,48 33,25

1.427 33.530,26 23,50

2.854 47.418,95 16,61

5.708 67.060,53 11,75

11.416 94.837,90 8,31

22.832 134.121,05 5,87

45.664 189.675,81 4,15

91.327 268.242,10 2,94

130.816 321.038,44 2,45

182.655 379.351,62 2,08

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365.309 536.484,20 1,47

487.079 619.478,59 1,27

730.619 758.703,23 1,04

1.461.237 1.072.968,40 0,73Fonte: Valores obtidos junto à tabela nº 05 – Amostra de simulações – Informe nº 001/2010 – Subgrupo dos usuários

Depreende-se da simulação que o valor cobrado por cada usuário adicional atingido decresce à medida que aumenta o total de usuários, o que inobserva a circunstância prevista no inciso VII, Art. 7º, do Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativa que prevê textualmente: “Na aplicação das sanções e na fixação das multas, devem ser consideradas as seguintes circunstâncias : (…)

VII – a proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção, inclusive quanto ao número de usuários atingidos(...) (Grifo Nosso)

Não obstante o valor total da multa crescer, a curva decrescente da multa média reflete que o número de usuários prejudicados e o valor unitário da multa são inversamente proporcionais, ou seja, o valor da próxima sanção é menor que a do usuário prejudicado imediatamente anterior, o que vai de encontro a lógica sancionatória.

Manifestação da Unidade Examinada

Conforme relatado na resposta à Constatação 043, na elaboração da metodologia de cálculo para infrações a direito dos usuários buscou-se equacionar os princípios estabelecidos na LGT e no Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas (RASA), aprovado pela Resolução n° 344, em especial a condição econômica do infrator e o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção6, considerando, ainda, a natureza e a gravidade da infração, os danos dela resultantes para o serviço e para os usuários, a vantagem auferida pelo infrator7.

Nesse sentido, foram consideradas a quantidade de usuários/consumidores lesados com a infração, a capacidade econômico-financeira do infrator, além de elementos de ponderação no cálculo, para se obter uma fórmula capaz de se amoldar ao caso concreto. Assim, as características individuais da infração poderão ser apreciadas com mais detalhe, o que resultou na seguinte equação:

Importante destacar que na elaboração da metodologia, buscou-se harmonizar, quando possível, as metodologias para aplicação de multas a infrações que guardam algum aspecto de similaridade e que são de responsabilidade de áreas distintas, o que ocorre com as

6 LGT, Art. 179, §1°. Na aplicação de multa serão considerados a condição econômica do infrator e o princípio da proporcionalidade entre a gravidade da falta e a intensidade da sanção

7 Art. 176. Na aplicação de sanções, serão considerados a natureza da gravidade da infração, os danos dela resultantes para o serviço e para os usuários, a vantagem auferida pelo infrator, as circunstâncias agravantes, os antecedentes do infrator e a reincidência específica.

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infrações a direitos dos usuários.

Com efeito, a metodologia aplicada deve lidar com diferentes casos de infração a direito dos usuários em diversos Serviços de Telecomunicações, em empresas com diferentes portes econômicos e em infrações que atinjam desde um único usuário até uma parcela significativa de seus clientes. Em todos esses cenários a fórmula deve resultar em valores educativos, razoáveis e dissuasórios, razão pela qual são necessários, em termos gerais, o aprimoramento constante das metodologias, e, para o caso em tela, a incorporação de um comportamento não linear que visa corrigir as distorções decorrentes do crescimento exponencial do número de usuários observado nos serviços de telecomunicações.

A relação "UA/UT" apresenta a dimensão exata da extensão do dano dentre os usuários da empresa, de forma que quanto maior o percentual de usuários atingidos maior o valor da multa.

Essa abordagem buscou conferir proporcionalidade entre o percentual de usuários atingidos e o valor da multa, de forma que, ao atribuir um comportamento não linear, ilustrado na figura abaixo, as infrações decorrentes de pequenos percentuais de usuários observassem o princípio educativo e dissuasório, ao passo que as infrações sistêmicas observassem o princípio da razoabilidade.

A utilização de valores fixos para usuários atingidos quer seja com base na receita gerada pelo usuário, quer seja na vantagem auferida na ocorrência de uma infração, poderia gerar valores que poderiam não observar os limites da razoabilidade, do princípio do não-confisco e no princípio educativo, tendo em vista o forte crescimento da base de usuários dos serviços de telecomunicações, que atualmente contam com 43 milhões do STFC, 242,2 milhões de usuários do SMP, 18,4 milhões de usuários do SCM e 12,7 milhões de usuários de TV por Assinatura8.

A lógica sancionatória por trás da característica não linear da fórmula leva em consideração que essa produza valores incrementais médios decrescentes para sanção, masque se comporte de forma que:

a) o valor da multa seja sempre crescente, isto é, cujo valor da sanção aumente à medida que o percentual de usuários atingidos aumenta;

b) constitua um desincentivo à prática da infração a direito do usuário ao impor valores proporcionalmente maiores para infrações de menor extensão que, por possuírem menor impacto, podem não motivar as empresas cm buscar uma solução;

c) Reflita a situação econômico-financeira da prestadora, que é observado por meio da Receita Operacional Líquida.

Gráfico 1 - Multa x Usuários atingidos (%)

8 Relatório Anual da Anatel ano base 2011, disponível em <littp://\v\wv.anaiel.gov.br/Portal/vcrificaDocumcntos/documcnto.asp?niimcroPiiblicacao=278637&assuntoPublicacao=Relat%F3rio%20Aiuialo/o202011&caminhoRc]=niil]&filtro=l&docurncntoPath=278637.pdf>

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Ademais, a fórmula para cálculo de multas a infrações a direito dos usuários visa observar um a um todos as exigências contidas no RASA aprovado pela Resolução n° 344/2003, conforme transcrito a seguir:

Cabe ressaltar que a metodologia proposta pelo Grupo de Trabalho oriundo da Portaria n° 488/2010 está em fase de avaliação pelo Grupo de Trabalho constituído pela

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Portaria n° 192/2012, de 28 de fevereiro de 20129.

Soma-se ao contexto a expedição do novo Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas (RASA), aprovado pela Resolução n° 589 de 7 de maio de 2012, que trouxe inovações importantes para balizar a aplicação de sanções na Anatel. Entre elas, o RASA prevê que: (i) em situações extremas e excepcionais, a aplicação da metodologia pode ser afastada caso o valor de multa não seja razoável ou proporcional, conforme disposto em seu art. 18, §4°;

e (ii) o valor base da multa nunca será inferior ao dobro da vantagem auferida, quando estimável (art. 18, §2°), ambas transcritas a seguir:

Art. 18. No cálculo do valor base da multa devem ser considerados os seguintes aspectos:

(...)

§ 2°. O valor base da multa nunca será inferior ao dobro da vantagem auferida, quando estimável.

§ 4o. A Anatel poderá afastar, excepcionalmente e de modo fundamentado, a aplicação da metodologia para o cálculo da muita, caso se verifique, no caso concreto, que o valor da sanção não atende aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade

Análise do Controle Interno

A questão de fundo é o comportamento decrescente do valor médio da multa decorrente da relação UA/UT (usuários atingidos/total de usuários).

Fica claro quando se opta pela utilização da totalidade dos usuários, como denominador, que o resultado tende, no limite, rapidamente a zero, à medida que diminui o número de infrações, ou seja, a resultante é um número que pode ser considerado insignificante no caso das grandes operadoras em virtude da quantidade de usuários atendidos – no caso analisado em torno de 1,4 milhões.

Faltou, novamente, a inclusão nas justificativas de estudos de impactos financeiros - utilizando-se de outras possibilidades, além da relação UA/UT - levando-se em consideração o porte das empresas, o número de usuários e outras variáveis.

Não obstante, o avanço com o advento do novo Regulamento de Aplicação de Sanção Administrativa – RASA aprovado em 07 de maio de 2012 fica mantida a opinião de que a fórmula necessita de diversos aprimoramentos para que atinja seus objetivos.

Em vista da recomendação (2) da Constatação (43), e das informações apresentadas pela Anatel na Constatação (45) não serão lançadas para este ponto novas recomendações.

2.1.3.4. Constatação (45)

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Ausência de suposta desproporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade dos fatos que ensejou a alteração da metodologia de sanção dos direitos dos usuários.

Realizou-se no período de 30.4.2007 a 4.5.2007 fiscalização pontual em concessionária – com o objetivo de verificar o cumprimento de compromissos assumidos pela prestadora do SFTC quanto aos direitos e garantias dos usuários.

Em função de tal fiscalização foi elaborado o Relatório de Fiscalização nº 0029/2007/UO113 de 4.5.2007 e por consequência foi lavrado o auto de infração nº 0001RR20070012, em 4.5.2007, no qual foram apontadas as seguintes infrações:

Descrição da Infração Total de Infrações

Ausência de manutenção do código de acesso de usuários que solicitaram mudança de endereço de seu terminal, e cujo novo endereço é atendido pela mesma central de comutação do endereço

anterior.

15

Ausência de notificação ao assinante em até 15 dias, após o vencimento do primeiro documento de cobrança, dos seus direitos de contestação do débito e da possibilidade de suspensão parcial do

serviço por inadimplência.

1.763

Bloqueio parcial em prazo inferior a 30 dias de inadimplência. 1.741

Ausência de notificação aos assinantes da possibilidade de suspensão total do STFC com antecedência mínima de 15 dias.

208

Bloqueio total em prazo inferior a 30 dias do bloqueio parcial. 750

Rescisão do contrato de prestação do serviço com menos de 30 dias da realização do bloqueio total.

561

Descumprimento do prazo de 24 horas para desligamento do terminal a pedido do assinante. 35

Total de Infrações Médias 5.073

Não devolução com os devidos acréscimos de encargos dos créditos cobrados indevidamente dos assinantes, após sua contestação

29

Total de multas graves 29

Não interceptação das chamadas destinadas aos códigos de acesso alterados 30

Inclusão no Sistema de Proteção ao Crédito – SPC anterior à data de comprovação da notificação ao assinante

734

Total de multas diferenciadas 764

VM1 = Valor da Multa Média

LMM = Limite Máximo de Multa atualizado pelo IGP-DI e reduzido ao teto estabelecido pela LGT;

QUA = Quantidade de usuários atingidos

VM1 = (0,001% x LMM) x QUA

VM1 = (0,001% x 50.000.000,00) x 5.073

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VM1 = R$ 2.536.500,00 (dois milhões, quinhentos e trinta e seis mil e quinhentos reais)

VM2 = Valor da Multa Grave

VM2 = (0,002% x LMM) x QUA

VM2 = (0,002% x 50.000.000,00) x 29

VM2 = R$ 29.000,00 (vinte e nove mil reais)

VM3 = Valor da Multa diferenciada

VM3 = (0,01% x LMM) * QUA

VM3 = (0,01% x 50.000.000,00) x 764

VM3 = R$ 3.820.000,00 ( três milhões oitocentos e vinte reais)

VMT = Valor total da multa

VMT = VM1 + VM2 + VM3

VMT = 2.536.500,00 + 29.000,00 + 3.820.000,00

VMT = R$ 6.385.500,00 (seis milhões trezentos e oitenta e cinco mil e quinhentos reais)

Em 10.5.2011, o conselheiro relator analisou, por meio da análise nº 293/2011-GCJR, pedido de reconsideração interposto pela empresa prestadora contra decisão do conselho Diretor da Anatel, exarada no Despacho n.º 7742/2010-CD, de 1.9.2010, que negou provimento ao recurso administrativo anteriormente interposto que decidiu manter a decisão proferida pelo Superintendente de Serviços Públicos consubstanciada no Despacho n.º 1280/2007/PBOA/SPB, de 25.10.2007, no sentido de aplicar multa no valor de R$ 6.385.00,00 (seis milhões trezentos e oitenta e cinco mil e quinhentos reais).

Em análise aos valores de sanção apresentados o conselheiro afirmou que “(...) a sanção aplicada a Prestadora no presente caso puniu com maior severidade infrações médias do que graves. Assim sendo, a metodologia de multa utilizada para a a definição da sanção proposta por meio do informe de nº 73/2007/PBOAC/PBOA/SPB, de 21 de fevereiro de 2007, concentrou-se nas infrações de menor poder ofensivo (...)”

Em seguida, após uma série de considerações sobre a importância do direito econômico e das limitações da Administração para a expedição de atos gerais que envolvam a aplicação da lei, o referido conselheiro conclui:

“ (...) que a metodologia possui erro em relação ao valor educativo da sanção, ao fornecer à Prestadora incentivos menos eficientes sob a ótica do interesse público. Explica-se:

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ao aplicar sanção de multa com mais de 90% de seu valor relativo às infrações classificadas como de gravidade média e reservar menos de 10% do valor punitivo às infrações consideradas graves, gera-se uma externalidade negativa, qual seja, incentivar a Prestadora a investir mais e concentrar seus esforços para corrigir infrações de menor potencial ofensivo (...)”

Propõe, então:

“(i) determinar o retorno dos autos à Superintendência de Serviços Públicos para aplicação imediata da metodologia de sanção dos direitos dos usuários apresentada na 230ª Reunião Técnica do Conselho Diretor da Anatel, realizada em 21 de setembro de 2010, com alterações para que esta considere as reclamações do FOCUS e o caráter pedagógico da sanção;

(ii) a aplicação imediata da metodologia de multa ora proposta, a partir da data de publicação da decisão deste órgão colegiado e, via Memorando SUE, determinar as demais Superintendências que adote as providências necessárias neste sentido;

(iii) a devolução à área técnica dos processos similares já distribuídos aos conselheiros que adotaram a metodologia de cálculo aplicada no processo ora em exame.”

Outro membro do conselho solicitou vista dos autos e formulou o voto n.º 79/2011-GCER do qual extraio o seguinte trecho:

“Ao examinarmos a tabela ilustrativa acima, é possível observar que, diferente do exposto pelo Conselheiro Relator, a infração de menor potencial ofensivo não foi punida com maior severidade dos que as com maior potencial. Entre VM1 e VM2 temos um aumento de 100% (cem por cento) no valor por sanção, enquanto que de VM1 para VM3 temos um aumento de 900% na sanção,

Ainda que, conforme relatado na Análise n.º 293/2011-GCJR, de 10/05/2011, 90 % (noventa por cento) do valor total da multa seja relativo às infrações médias, na visão do Relator, esta proporção não se deve à falha na metodologia e sim ao fato de que 99,5% (noventa e nove virgula cinco por cento) das infrações apuradas se encontram nos grupos de sanção VM1 e VM2.” (Grifo Nosso)

“Assim resta claro que não houve falta de proporcionalidade entre as sanções propostas e a gravidade das infrações apuradas, tampouco há de se falar em necessidade de revisão de metodologia no presente caso. ”

O Relator partiu de uma premissa errônea ao afirmar que a sanção aplicada a Prestadora puniu com maior severidade infrações médias do que as graves.

Em primeiro lugar, porque considerou as infrações denominadas VM3 como médias ao contrário da área técnica, que apesar de não descrever no Informe a sua classificação, utilizou, em sua memória de cálculo, a alíquota correspondente a multas classificadas na metodologia como de especial dano ao usuário – 0,01% (um centésimo por cento) – a maior dosimetria possível.

___________________________________________________________________________________________________ 93Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Ressalte-se que 734 (setecentos e trinta e quatro) infrações de um total, de 764 (setecentos e sessenta e quatro), classificadas como VM3, referem-se a inclusão no Serviço de Proteção ao Crédito – SPC antes da data de comprovação da notificação dos assinantes, que denota a gravidade do fato pelas implicações que recaem sobre quem é incluído nesse sistema.

Temos, portanto, o seguinte cenário, quando comparamos os valores de multa e sua respectiva gravidade:

Gravidade da Infração Valores da sanção aplicada(R$)

Valor médio(R$)

Percentual(%)

Média 2.536.500,00 500,00 39,72

Grave 29.000,00 1.000,00 0,46

Com especial dano ao usuário

3.820.000,00 5.000,00 59,82

Total 6.385.500,00

Depreende-se dessas informações que as multas consideradas graves representam cerca de 60% (sessenta por cento) do total do auto de infração

Tendo em vista que o voto do conselheiro relator foi totalmente fundamentado no fato de que cerca de 90% das multas aplicadas foram médias, não existe causa que justifique o reenvio à área técnica do processo em questão.

Além disso, concordando com o voto 79/2011 GCER, a metodologia aplicada não resulta em falta de proporcionalidade entre a sanção e gravidade e não incentiva a empresa prestadora de serviços de telefonia fixa a investir mais para corrigir deficiências de menor potencial.

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Memorando nº 234/2012-SUE, de 10.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“1• Em atendimento à Solicitação da Auditoria Interna, informo:

1.2. Especificamente no que tange à Constatação n° 45 - "Ausência de suposta desproporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade dos fatos que ensejou a alteração da metodologia dos direitos dos usuários", ressalto que o tema, objeto do Processo de n° 53539.000794/2004, está em debate, em sede de Pedido de Reconsideração, no âmbito do Conselho Diretor desta Agência.

1.2.1. Assim, reitere-se não há, ainda, decisão de mérito final sobre a matéria. Na Reunião do Conselho Diretor n° 613, de 14 de julho de 2011, o Colegiado proferiu decisão interlocutória, determinando o retomo do referido processo para diligência e estudos adicionais em relação à metodologia de sanção relativa aos direitos dos usuários.

1.2.2 Por oportuno, acrescento que o referido processo está incluído na pauta da Reunião do Conselho Diretor n° 657, a realizar-se em 12 de julho próximo, ocasião em que o

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Colegiado deverá manifestar seu entendimento conclusivo sobre a matéria.

1.2.3 Adicionalmente, são necessários esclarecimentos acerca do conteúdo da Constatação n° 45, em especial quanto à afirmação de que "não existe causa que justifique o reenvio à área técnica do processo em questão". Do Relatório Preliminar consta que:

(...) O Relator partiu da premissa errônea ao afirmar que a sanção aplicada à Prestadora puniu com maior severidade infrações médias do que as graves.

Em primeiro lugar, porque considerou as infrações denominadas VMS como médias ao contrário da área técnica, que apesar de não descrever no Informe a sua classificação, utilizou em sua memória de cálculo, a alíquota correspondente a multas classificadas na metodologia como de especial dano ao usuário – 0,01% (um décimo por cento)(sic)~ a maior dosimetria possível.

(...)

Tendo em vista que o voto do conselheiro relator foi totalmente fundamentado no fato de que 90% das multas aplicadas foram médias, não existe causa que justifique o reenvio à área técnica do processo em questão.

1.2.4 Ao contrário do que afirma o Relatório Preliminar, o Conselho Diretor entendeu assistir razão para aprofundar estudos relativos à metodologia de sanção relativa a descumprimento dos direitos dos usuários. No caso específico do processo em lide, é preciso salientai* que as infrações classificadas como VM3, também se referem a valores de multa média, em conformidade com a classificação explicitamente determinada pela área técnica, constante do Informe n° 73/2007/PBOAC/PBOA/SPB, de 21 de fevereiro de 2007 (fls.261), ora transcrita:

VMS= Valor de Multa Média;

LMM= Limite Máximo de Multa Atualizado pelo JGP-DI e reduzido ao teto da LGT;

VM3=(0,01%XLMM)X 764

VM3=R$3.820.000,00 (três milhões oitocentos e vinte mil reais).(grifo nosso)

1.2.5 Por sua vez, as infrações de multa classificadas como graves receberam a seguinte Memória de Cálculo, também constante do Informe n° 73/2007/PBOAC/PBOA/SPB, de 21 de fevereiro de 2007 (fls.261):

VM2 = Valor de Multa Grave;

LMM= Limite Máximo de Multa Atualizado pelo 1GP-DI e reduzido ao teto da

LGT;

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VM2= (0,002%XLMM)X29

VM2=R$29.000,00 (vinte e nove mil reais)

1.2.6 Ora, da leitura das fórmulas supra, tem-se que o valor de sanção unitário para multas graves (VM2) foi de R$ 1.000 reais por infração, e, para as médias (VM3) foi de R$5.000,00 reais por infração. Assim, infrações de menor potencial ofensivo acarretavam punição de maior severidade. Ademais, é preciso destacar que 90% por cento das multas aplicadas no processo em tela foram de gravidade média (VM3), conforme consta da Análise do Conselheiro Relator, apontando a necessidade de aprimoramento da metodologia de sanção elaborada pela área técnica.

1.2.7. Por fim, nesse mesmo sentido, o novo Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas, aprovado pelo Conselho Diretor por meio da Resolução n° 589, de 7 de maio de 2012, também confirma a preocupação institucional em relação às metodologias de sanção, tanto é assim que elas passam a ser objeto de deliberação pelo Colegiado em reunião pública”.

Análise do Controle Interno

O fato concreto é que as infrações apontadas que a Agência insiste em classificar como médias referem-se, em sua grande maioria, na inclusão dos usuários nos Serviços de Proteção ao Crédito em data anterior a comprovação de notificação aos mesmos.

Com o objetivo de esclarecer apresentamos a resposta à Solicitação de Auditoria nº 201203585-008 – item 5.5.1.3:, realizada por meio do ofício n.º 53/2012/AUD-Anatel de 09 de maio de 2012:

“Entretanto, quando a infração representava um especial dano ao usuário (v.g. inscrição indevida em serviço de proteção ao crédito), tal prática era reprimida praticando-se a multa em valor referente a 0,01% (um centésimo por cento) da multa máxima prevista no contrato de concessão e limitada pela Lei Geral de Telecomunicações multiplicado pela quantidade de infrações praticadas resultando na fórmula VM = Quant X LMM X 0,01%” (Grifo Nosso)

A fórmula resultante é exatamente a memória de cálculo apresentada no Informe n.º 73/2007/PBOAC/PBOA/SPB, de 21 de fevereiro de 2007, erroneamente denominada como infração média pela equipe técnica, mas calculada como de especial dano ao usuário, como acabamos de demonstrar.

Ademais, a área técnica da ANATEL não comentou o fato de que a metodologia não pode ser considerada responsável pela natureza das infrações apontadas. O fato das infrações serem graves, médias ou leves depende, em última análise, da sua apuração.

Em manifestação ao Relatório Preliminar, por meio do Ofício 105/2012/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

No que concerne às deliberações do Conselho Diretor (CD) ocorridas no âmbito

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do Processo n.° 53539.000794/2004 é importante registrar os seguintes esclarecimentos.

1) A proposta consignada na Análise n.° 454/2011-GCJR, de 06/07/2011, foi aprovada pelo CD em sua 613 ª Reunião, realizada em 14/07/2011. Senão vejamos o que dispõe a Atada referida Reunião, in verbis:

a) retornar os autos à Superintendência de Serviços Públicos para aplicação imediata da metodologia de sanção dos direitos dos usuários apresentada na 230" Reunião Técnica do Conselho Diretor da Anatel, realizada em 21 de setembro de 2010, com alterações para que esta considere as reclamações do FOCUS e o caráter pedagógico da sanção;

b) aplicar imediatamente a metodologia de multa ora proposta, a partir da data de publicação da decisão deste órgão colegiado e, via Memorando SUE, determinar às demais Superintendências que adotem as providências necessárias neste sentido; e,

c) devolver à área técnica os processos similares já distribuídos aos Conselheiros que adotaram a metodologia de cálculo aplicada no processo ora em exame;

2) O Conselho Diretor, em sua 656ª Reunião, ocorrida em 05/07/2012, decidiu revogar as decisões dos itens "b" e "c" acima transcritas. Essa deliberação foi resultado da proposta contida na Análise n.° 242/2012-GCRZ, de 19/06/2012, constante dos autos do Processo n.° 53578.001063/2007, acolhida pelo CD. Na ocasião prosperou o entendimento de que "(...) a metodologia de cálculo de multa, na forma proposta pelo grupo de trabalho, possui fragilidades em seus fundamentos que desaconselham sua aplicação geral, nos termos da decisão expressa nos itens 'b' e 'c' da deliberação do Conselho Diretor da Anatel sobre o item 3.45 de sua 613ª Reunião (...)".

Ao final decidiu-se, além dos aspectos pertinentes ao caso concreto, o seguinte:

Quanto à metodologia de cálculo de multas para infrações com danos aos usuários, proponho:

a. revogar as decisões dos itens "b" e "c" da deliberação do Conselho Diretor da Anatel sobre o item 3.45 de sua 631ºReunião, realizada em 14 de julho de 2011.

b. para o cálculo de valores de multas associadas a infrações com danos aos usuários, determinar que a SUE, oriente a área técnica a:

i. considerar os princípios e as diretrizes contidas nesta análise na elaboração das metodologias de que tratam tanto o caput quanto o §2°do art. 39 do Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas aprovado pela Resolução n.° 589, de 7 de maio de 2012;

ii. sempre verificar a razoabilidade e o caráter pedagógico dos valores de multas calculados por meio de formulações algébricas, especialmente em relação à existência de vantagem auferida, quando estimável, e à gravidade da infração, ao porte das empresas sancionada, à intensidade de dano causado e à existência de circunstâncias agravantes.

Mister destacar que as recomendações acima revelam a preocupação da Agência

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em relação ao embasamento do processo sancionador, de modo que tal tarefa esteja calcada nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, garantindo, nessa esteira, a observância do atendimento aos ditames regulamentares e, por consequência, a eficácia pedagógica pretendida.

3) Retornando ao processo n. 53539.000794/2004, alvo de questionamento da CGU, cumpre mencionar que o PADO foi objeto da pauta da 657ª Reunião do CD, de 12/07/2012, sendo submetido para deliberação por intermédio da Análise n.° 327/2012-GCRZ, de 06/07/2012. Na oportunidade o mérito foi assim decidido:

a) conhecer do Pedido de Reconsideração, TELEMAR NORTE LESTE S/A -TELEMAR/PB, CNPJ n° 33.000.118/0012-21, Concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado - STFC, Setor 9 do Plano Geral de Outorgas, nos autos do Processo n° 53539.000795/2044,para no mérito negar-lhe provimento;

b)rever de oficio o valor da sanção de multa para R$5.610.675,00 (cinco milhões, seiscentos e dez mil e seiscentos e setenta e cinco reais), tendo em vista as descaracterizações de infrações ao arts. 67, §4°, e 68, e a adequação do valor unitário de multa aplicável às infrações aos arts. 12, XX, e 65, parágrafo único, todos do Regulamento do Serviço Telefônico Fixo Comutado aprovado pela Resolução n° 85, de 30/12/1998, bem como a consideração da existência de antecedentes;

Nessa perspectiva, são pertinentes, ainda, os seguintes esclarecimentos:

Nos termos do Art. 39, § 3o, do novo Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas, aprovado pela Resolução n° 589, de 07/05/2012, a adoção de novas metodologias, para a revisão de multas aplicadas, deve ocorrer apenas na hipótese de o valor original da sanção não atender, no contexto do caso concreto, aos princípios de proporcionalidade e de razoabilidade.

No PADO em comento, o Conselho Diretor concluiu que as questões de proporcionalidade e razoabilidade identificadas se resumiam ao conflito da intensidade punitiva em determinados casos, aspecto apontado na Análise n.° 293/2011-GCJR, de 10/05/2011, cujo entendimento, nesse quesito, foi respaldado pela Análise n° 327/2012- GCRZ, de 06/07/2012, que segue anexa ao presente documento.

Nesse diapasão, não tendo concluído pela ausência dos princípios de proporcionalidade e razoabilidade, o Conselho Diretor decidiu pela manutenção da metodologia originalmente aplicada, com os ajustes necessários para o atendimento das preocupações acima manifestadas. Nessa oportunidade, o colegiado reavaliou o peso das infrações apuradas nos autos do processo, levando em consideração que o fato das infrações serem graves, médias ou leves depende, em última análise, da sua apuração.

Por derradeiro, aplicou 5% (cinco por cento) ao valor da multa resultante da metodologia de modo a considerar circunstância de antecedentes, nos termos do art. 15, IV, do Regulamento de Aplicação de Sanções Administrativas, aprovado pela Resolução n.° 344, de 18/07/2003.

Do exposto conclui-se que:

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O Conselho Diretor da Agência reviu a decisão tomada em sua 613ª Reunião, realizada em 14/07/2011;

No que tange especificamente ao Processo n° 53539.000794/2004, o Conselho Diretor decidiu, em sua 657ª. de 12/07/2012. pela manutenção da metodologia originalmente aplicada: e

Em sua 656ª Reunião o Conselho Diretor reafirmou sua preocupação institucional em relação às metodologias de sanção adotadas nos processos administrativos instruídos pela Agência. Nesse sentido, ao deliberar sobre o Processo n.° 53578.001063/2007, estabeleceu diretrizes e premissas a serem observadas pela área técnica no processo de elaboração de metodologias de sanção, visando a garantir a que processo sancionado esteja calcado nos princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, garantindo, nessa esteira, a observância do atendimento aos ditames regulamentares e, por consequência, a eficácia pedagógica pretendida.”

Diante do exposto, entendemos que, quase um ano após a 613º Reunião, o Conselho reconsiderou a decisão prolatada no sentido de revogar os itens b e c, o que deve, por conseguinte, resultar, na aplicação da metologia anterior e retorno, ao Conselho Diretor de todos os autos atingidos pela decisão proferida na 613º Reunião.

Recomendações

Recomendação (1)

Apresentar a esta CGU comprovação do retorno de todos os processos atingidos pelo item c da deliberação 3.45 da 613ª Reunião.

Recomendação (2)

Tendo em vista o interregno de quase um ano da deliberação proferida no item 3.45 da 613ª Reunião do Conselho Diretor da Anatel, apresentar relação de todos os PADOs que sofreram a aplicação da nova metodologia, segregando aqueles que retornaram do Conselho Diretor, em função da Decisão proferida na 613ª Reunião, dos novos PADOs para os quais a nova metodologia também foi aplicada, informar, para cada PADO, se possível qual o Conselheiro Relator.

3. APOIO ADMINISTRATIVO

3.1. Subárea - ADMINISTRAÇÃO DA UNIDADE

3.1.1. Assunto - CONTROLES INTERNOS

3.1.1.1. Informação (1)

Com vistas a avaliar a conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº 63/2010 especificamente quanto a verificação de seus formatos e conteúdos obrigatórios nos

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termos da DN TCU nº 108/2010, da Portaria-TCU nº 123/2011 e da DN TCU nº 117/2011, efetuou-se a análise do Processo de Contas nº 53500.001673/2012-54

Foi verificado que em obediência a Decisão de Normativa TCU 117/2011 – Anexo II, a Agência acostou ao processo de contas o Parecer da unidade de auditoria interna (fls. 163 -165), o Parecer e voto do Conselho Diretor (fls. 167-173) e Relatório do Órgão de Correição (fls. 109 – 110).

Quanto ao relatório de Gestão foram identificados as seguintes inconformidades com a Portaria TCU 123/2011:

1. Informações de identificação da unidade jurisdicionada:

Denominação completa – FUST

“Em se tratando de órgão da administração direta, fundos ou serviços sociais autônomos, será a denominação definida no ato de criação do mesmo ou na norma que fixar a estrutura orgânica do órgão superior” PRT TCU 123/2011.

No Relatório de Gestão (pg16), consta “Fundo de Universalização das Telecomunicações”, mas, conforme a Lei 9.998/2000, a denominação é “Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações”.

2. Informações sobre o planejamento e gestão orçamentária e financeira da unidade

2.3 Programas de Governo sob a responsabilidade da unidade

2.3.1 Execução dos Programas de Governo sob a responsabilidade da UJ

No Quadro A.2.1 - Demonstrativo da Execução por Programa de Governo (pg. 26), não constam as seguintes informações do Programa 1157 – Qualidade dos Serviços de Telecomunicações, previstas na Portaria TCU 123/2011:

“Informações orçamentárias e financeiras do Programa

Dotação Inicial: Dotação inicial atribuída ao Programa pela LOA do exercício de referência do Relatório de Gestão.

Dotação Final: Dotação final atribuída ao Programa considerando a dotação inicial e as alterações sofridas em razão de créditos adicionais, no próprio exercício.

Despesa Empenhada: Montante da despesa empenhada, no exercício, relativamente ao Programa.

Despesa Liquidada: Montante da despesa liquidada, no exercício, relativamente ao Programa.

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Restos a Pagar não Processados: Montante de recursos inscritos como restos a pagar não processados nos termos do art. 36 da Lei nº 4.320/64, relativamente ao exercício de referência do relatório de gestão.

Valores Pagos: Montante de valores pagos relativamente ao Programa, decorrentes de valores empenhados no exercício de referência.

Também no Quadro A.2.1 - Demonstrativo da Execução por Programa de Governo, a informação relativa ao indicador “6 – Taxa de Reclamações de Usuários de TV por Assinatura”, apresentada no campo “índice atingido no exercício” (0,749), difere do SIGPLAN, qual seja 0,61.

Ainda no Quadro A.2.1 - Demonstrativo da Execução por Programa de Governo, no que concerne aos 7 indicadores apresentados, não consta no campo “fórmula de cálculo do índice” a indicação das fontes de informação utilizadas, conforme disposto na Portaria TCU 123/2011:

“Fórmula de Cálculo do Índice: Fórmula ou equação segundo a qual o índice é calculado, indicando as fontes primárias de informação utilizadas e as técnicas e metodologias de cálculo aplicadas”.

Neste item 2.3.1, não foi realizada a análise crítica da execução orçamentária, em desacordo com a Portaria TCU 123/2011:

“Após o preenchimento deste demonstrativo, o gestor deverá realizar uma análise crítica da execução orçamentária por programa de governo respondendo às seguintes questões:

Contingenciamento no exercício: o gestor deverá examinar o efeito do contingenciamento na execução orçamentária do Programa de Governo, destacando as consequências sobre o alcance dos indicadores de resultados.

Eventos negativos e positivos que prejudicaram ou facilitaram a execução dos Programas de Governo: o gestor deverá apresentar e examinar as consequências decorrentes de eventos negativos ou positivos que porventura tenham prejudicado ou facilitado a execução dos Programas de Governo, como, por exemplo, problemas de pessoal, licitações, licenciamento ambiental, tempestividade na liberação de recursos, etc.

Além dessas questões o gestor poderá analisar outras que tenham provocado impacto na gestão dos Programas de Governo sob sua responsabilidade e que não tenham sido abordadas nos tópicos anteriores”.

2.3.2 Execução Física das ações realizadas pela UJ

No Quadro A.2.2 - Execução Física das ações realizadas pela UJ, os Programas relacionados às Ações 2004 (Programa 0751), 2010 (Programa 0752), 2011 (Programa 0753) e 2012 (Programa 0754) encontram-se incorretos, visto que todas as Ações citadas referem-se a Programa 0750.

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A Portaria TCU 123/2011 dispõe que após apresentação do quadro retromencionado, o gestor deve realizar análise crítica da execução física das ações realizadas pela UJ, entretanto a análise apresentada pela Anatel não abrange as Ações vinculadas ao Programa 0750, limitando-se a abordar as Ações do Programa 1157.

2.4 Desempenho Orçamentário e Financeiro

2.4.4.1.2 Despesas Correntes por Grupo e Elemento de Despesa

O TCU, mediante Portaria 123/2011, orientou as UJ quanto ao preenchimento dos Quadros A.2.9 e A.2.10, no seguinte sentido: “Cada grupo de despesa deve ter os 3 (três) elementos de maior montante empenhado em 2011 discriminados em ordem decrescente desse montante (indicar o nome do elemento de despesa nas linhas 1º, 2º e 3º elemento de despesa)”.

Em desacordo com a mencionada orientação, a Anatel não informou o NOME dos elementos de despesa, indicando apenas os respectivos códigos.

2.4.7 Indicadores Institucionais

Sobre este item, a Portaria TCU 123/2011 prevê:

“Esses indicadores deverão vir acompanhados de explanação sucinta sobre as suas fórmulas de cálculo, considerando a sua utilidade e mensurabilidade. Para efeito desta instrução, considera-se:

Utilidade: Utilização efetiva do indicador em processo de tomada de decisão gerencial que afete o desempenho da UJ. A utilidade de um indicador está diretamente relacionada à sua representatividade em medir o fenômeno-objeto, isto é, computar em uma única expressão as múltiplas variáveis correlacionadas com o fenômeno-objeto. Um indicador é útil quando ele “traduz” para o observador do fenômeno-objeto uma situação relacionada com o seu interesse de análise. Por exemplo, um indicador que meça a relação entre número de professores e número de alunos por classe de estudo é útil para se examinar a economicidade dessa relação, mas pode não ser útil para se examinar a eficácia dessa relação, observando-se que estudos indicam a existência de forte correlação entre o número de professores e de alunos em classe como fator importante na eficácia do ensino ministrado. Nesse sentido, a utilidade de um indicador pode ser claramente percebida quando esse indicador é utilizado como referência para a tomada de decisões gerenciais que afetem o desempenho da UJ.

Mensurabilidade: Viabilidade efetiva de o fenômeno-objeto ser medido por intermédio de um indicador. A mensurabilidade de um indicador decorre principalmente da conjugação de três (3) fatores associados à produção do indicador, quais sejam: complexidade, auditabilidade e economicidade. Um indicador com boa mensurabilidade deverá possuir um grau de complexidade proporcional ou menor que o fenômeno-objeto, deverá ser auditável por terceiros, permitindo que os mesmos resultados sejam alcançados com base nas mesmas informações utilizadas pela UJ, e deverá ser econômico, isto é, o custo de produção do indicador deverá ser proporcional ao custo associado ao fenômeno-objeto que se deseja analisar. Não existem valores definidos para a relação entre o custo de produção do indicador e o custo associado ao fenômeno, mas indicativos internacionais apontam que o custo total de medição não

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deve ultrapassar 5% do valor do fenômeno-objeto a ser medido”.

Depreende-se, portanto, que a UJ deve não só abordar os resultados alcançados, mas também criticar o próprio indicador e sua real utilização para tomada de decisão.

Entretanto, a Anatel, em sua análise, limitou-se a comentar o percentual de realização de cada indicador, sem tratar da utilidade e mensurabilidade, solicitadas pelo Tribunal.

5. Informações sobre recursos humanos da Unidade

5.4 Demonstração dos Custos de Pessoal da Anatel

A coluna “despesas de exercícios anteriores” do Quadro A.5.9 encontra-se preenchida com o símbolo '*', contudo a UJ não apresentou qualquer esclarecimento sobre esta indicação, restando dúvida sobre seu significado.

Por meio do Ofício nº 103/2012/AUD-Anatel, de 24.7.2012, foi apresentada a seguinte informação:

“O preenchimento com “*” deveria ter sido acompanhado da informação de que “*Conforme a Portaria Conjunta nº 2, de 22 de dezembro de 2011, somente a partir de fevereiro de 2012 passaremos a ter um relatório de despesas pagas de exercícios anteriores”.

5.5 Terceirização de Mão de obra Empregada pela Anatel

O Quadro apresentado no subitem 5.5.2 - “Autorizações expedidas pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para realização de concursos públicos para substituição de terceirizados” não deve ser apresentado no Relatório de Gestão da Agência, visto que, conforme a Portaria TCU 123/2011, o quadro “deve ser preenchido somente pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão ou por outro órgão autorizador equivalente nos demais Poderes da União”.

5.5.3 Informações sobre a contratação de serviços de limpeza, higiene e vigilância ostensiva

O TCU definiu na Portaria 123/2011 que a UJ deve discriminar “o número de contratações previstas no contrato (P) e a quantidade efetiva de funcionários contratados (C)”, entretanto, nos quadros apresentados pela Anatel constam apenas informações sobre a quantidade efetiva de contratados, sem a indicação das contratações previstas no contrato.

5.5.4 Informações sobre locação de mão de obra para atividades não abrangidas pelo plano de cargos do órgão

O TCU definiu na Portaria 123/2011 que a UJ deve discriminar “o número de contratações previstas no contrato (P) e a quantidade efetiva de funcionários contratados (C)”, entretanto, nos quadros apresentados pela Anatel constam apenas informações sobre a quantidade efetiva de contratados, sem a indicação das contratações previstas no contrato.

___________________________________________________________________________________________________ 103Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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No quadro relativo ao ER2 (Rio de Janeiro) não se identificou a “natureza” da contratação: Ordinária (O) ou Emergencial (E).

12. Informações sobre a gestão de tecnologia da informação (TI) da UJ

O Quadro A.12.1 está incompleto, faltando o item 15 - “Há transferência de conhecimento para servidores do Órgão/Entidade referente a produtos e serviços de TI terceirizados?”

Também não foi informada a metodologia usada pela UJ para analisar os quesitos (se respondido individualmente ou por grupo de pessoas; que áreas os respondentes representam, etc.), conforme previsto na Portaria TCU 123/2011.

2.4.3.2 Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa

Não foi apresentado o Quadro A.2.7 - Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa – e a respectiva “Análise crítica”.

O TCU definiu na Portaria 123/2011 que o citado Quadro “compreende o conjunto dos créditos orçamentários concedidos ou recebidos de UG não associada à UJ (ou seja, concedidos ou recebidos de UG relacionada a UJ que não componha o Relatório de Gestão) e deve ser preenchido por todas as UJ”.

Quanto ao fato acima descrito, Anatel se manifestou por meio do Ofício 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“No Relatório de Gestão (pg16), consta “Fundo de Universalização das Telecomunicações”, mas, conforme a Lei 9.998/2000, a denominação é “Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações”.

A Anatel reconhece o erro material.

No Quadro A.2.1 - Demonstrativo da Execução por Programa de Governo (pg. 26), não constam as seguintes informações do Programa 1157 – Qualidade dos Serviços de Telecomunicações, previstas na Portaria TCU 123/2011:

(...)

Ainda no Quadro A.2.1 - Demonstrativo da Execução por Programa de Governo, no que concerne aos 7 indicadores apresentados, não consta no campo “fórmula de cálculo do índice” a indicação das fontes de informação utilizadas, conforme disposto na Portaria TCU 123/2011:

As informações são apresentadas no Quadro a seguir

Quadro A.2.1:Identificação do Programa de Governo

Código no PPA: 1157

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Denominação: Qualidade dos Serviços de TelecomunicaçõesTipo do Programa: Programas FinalísticosObjetivo Geral: Ampliar o acesso aos serviços de telefonia fixa, móvel e públicaObjetivos Específicos: Garantir condições para o acesso da população às telecomunicações, protegendo o interesse dos consumidores quanto a preço e qualidade.Gerente: Ronaldo Motta SardenbergPúblico-Alvo: Usuários dos serviços de telecomunicações

Informações orçamentárias e financeiras do Programa Em R$ 1,00

Dotação Despesa Empenhada

Despesa Liquidada

Restos a pagar não processados Valores PagosInicial Final

113.270.721,00 113.270.721,00 57.463.086,72 57.463.086,72 17.546.225,03 39.916.200,19

Informações sobre os resultados alcançados

Ordem Indicador (Unidade de Medida)

Referência Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

1Densidade de

Acesso em Telefonia Fixa

31/12/2006 20,7 19,16 19,31 22,00

Fórmula de Cálculo do Índice(número de acessos fixos em serviço previstos para ano considerado / número de habitantes estimado para o ano considerado) x 100. Fonte primária: Sistema de Acompanhamento e Controle dos Indicadores do STFC.Análise do Resultado AlcançadoO aumento da densidade de STFC se deu em razão do crescimento da planta das autorizadas contrariando, assim, a tendência de queda na teledensidade.

Ordem Indicador (Unidade de Medida)

Referência Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

2Densidade de

Acesso em Telefonia Móvel

31/12/2006 55,7 86,02 86,02 123,87

Fórmula de Cálculo do Índice(número de acessos móveis efetivos para ano considerado / número de habitantes estimado para o ano considerado) x 100. Fonte primária: Sistema de Controle de Acessos do Serviço Móvel Pessoal e IBGE.Análise do Resultado AlcançadoOs valores apresentados são referentes a estações fixas e móveis, fechados no 10º dia útil de cada mês.A expressiva superação do índice em relação ao previsto se deve principalmente à dificuldade de se prever o crescimento do número de acessos do SMP frente à rapidez com que as novas funcionalidades para este Serviço surgem. Entre estes aspectos destaca-se a funcionalidade extremamente dinâmica do Serviço Móvel Pessoal - SMP. A cada ano surgem novas aplicações que impactam na demanda por este Serviço, como, por exemplo, a comunicação de dados e as aplicações machine-to-machine (M2M). Mesmo que se prevejam quais serão estas novas funcionalidades, a previsão de demanda é igualmente complexa.

Ordem Indicador (Unidade de Medida)

Referência Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

3Densidade de

Acessos em Banda Larga

31/12/2006 3,2 6,35 6,35 9,45

Fórmula de Cálculo do Índice(total de acessos banda larga em serviço para o ano considerado / número de habitantes estimado para o ano considerado) x 100. Fonte primária: Sistema de Coleta de Informações – SICI e IBGE

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Análise do Resultado AlcançadoOs seguintes fatores influenciaram na superação da meta: facilitação na aquisição de computadores,

tablets e smartfones (redução de impostos e ampliação do crediário); aumento da renda da população; novos aplicativos tais como redes sociais e comércio eletrônico; compromissos assumidos pelas Autorizatárias de SCM com objetivo de ofertar acessos a custos reduzidos; Projeto Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas; Ato n. 7.828, de 19/12/2008 que estabeleceu compromissos resultantes da Fusão OI/BrT obrigando o lançamento comercial de Banda Larga em todas as sedes de municípios de sua atuação e Ato n. 66.198, de 27 de Julho de 2007, viabilizou às prefeituras a oferta ao cidadão de serviços de acesso à Internet.

Ordem Indicador (Unidade de Medida)

Referência Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

4Solicitações de

Reparo na Telefonia Fixa

31/01/2007 1,5 1,5 1,5 2,14

Fórmula de Cálculo do Índice(número de solicitações de reparo na telefonia fixa/100 acessos em serviço). Fonte primária: Sistema de Acompanhamento e Controle dos Indicadores do STFC.Análise do Resultado AlcançadoO resultado negativo, com o índice cerca de 40% acima do esperado, se deu principalmente em razão do não atingimento da meta por parte de importantes operadoras, como Oi e Telefônica. O descumprimento reiterado do referido indicador ensejou a instauração de processos administrativos, no âmbito dos quais, sem prejuízo de ações futuras, a Anatel já determinou às prestadoras que elaborassem um Plano de Ação para correção do desvio.

Ordem Indicador (Unidade de Medida)

Referência Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

5

Taxa de Reclamações de

Usuários de Telefonia Móvel

31/01/2007 1,0 1,0 1,0 0,348

Fórmula de Cálculo do Índice(total de reclamações de usuários de telefonia móvel//total de acessos de telefonia móvel) x 100. Fonte primária: Sistema Focus e Anatel Dados.Análise do Resultado Alcançado

Para a superação da meta, contribuiu a criação e divulgação, a partir de janeiro de 2009, do Índice de Desempenho do Atendimento (IDA), que compreende o índice de reclamações na Agência, a capacidade e celeridade da resolução das demandas e a satisfação com a providência. Em razão da implantação do IDA os índices alcançados são muito melhores que a meta projetada.

Ordem Indicador (Unidade de Medida)

Referência Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

6

Taxa de Reclamações de

Usuários de TV por Assinatura

31/01/2007 2,0 2,0 2,0 0,749

Fórmula de Cálculo do Índice(total de reclamações recebidas pela central de atendimento /número total de assinantes) x 100. Fonte primária: Sistema Focus e Anatel Dados.Análise do Resultado Alcançado

Apesar de ter superado a meta, a expectativa de melhoria do índice com o início da publicação do IDA de TV por Assinatura (iniciado em setembro de 2011) não se concretizou.

Ordem Referência

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Indicador (Unidade de Medida)

Índice previsto no exercício

Índice atingido no

exercícioData Índice Inicial Índice Final

7 Taxa de Solicitações Atendidas no Prazo 31/12/2006 82,0 82,0 82,0 83,71

Fórmula de Cálculo do Índice

(total de reclamações de usuários //total de reclamações atendidas no prazo) x 100. Fonte primária: Sistema Focus e Anatel Dados.

Análise do Resultado AlcançadoNo acompanhamento deste item são computadas as solicitações de usuários atendidas em 5 dias úteis pelas prestadoras e as respondidas pela Anatel. As prestadoras estão empenhadas no melhor resultado do Indicador de Desempenho de Atendimento (IDA). O indicador de atendimento é publicado mensalmente no portal da Agência. Este indicador engloba o índice de reclamações, o grau e o prazo de resolução e a satisfação com a providência, traduzido pelo índice de reabertura das solicitações. Este ranking tem sido uma ferramenta importante de acompanhamento das prestadoras haja vista a quantidade de acessos feitos no portal da Anatel. Em 2011, o índice atingido no exercício ficou ligeiramente acima da meta prevista.

Também no Quadro A.2.1 - Demonstrativo da Execução por Programa de Governo, a informação relativa ao indicador “6 – Taxa de Reclamações de Usuários de TV por Assinatura”, apresentada no campo “índice atingido no exercício” (0,749), difere do SIGPLAN, qual seja 0,61.

A informação relativa ao indicador “6 – Taxa de Reclamações de Usuários de TV por Assinatura” foi ajustada no SIGPLAN. Assim, o campo “índice atingido no exercício” apresenta o valor de 0,749.

Neste item 2.3.1, não foi realizada a análise crítica da execução orçamentária, em desacordo com a Portaria TCU 123/2011:

(...)

Em relação à execução orçamentária do Programa “Qualidade dos Serviços de Telecomunicações”, inicialmente cabe apontar que a Lei Orçamentária Anual (LOA/2011) destinou R$ 113,2 milhões para desenvolver ações com o objetivo de garantir condições para o acesso da população às telecomunicações, protegendo o interesse dos consumidores quanto a preço e qualidade. No entanto, ao final de 2011, o Programa contou apenas com 51% desse montante como limite para empenho.

De forma mais específica, o contingenciamento imposto afetou a estratégia de implementação das ações do programa. Quando se analisa a execução orçamentária das ações, apenas as ações de “Fiscalização” e de “Relações com os Usuários de Serviços de Telecomunicações” apresentaram um percentual acima de 40%, respectivamente, 46% e 67%. Com maiores detalhes, o desenvolvimento das ações do programa foi tratado no item 2.3.2 – Execução Física das Ações Realizadas pela Anatel.

No Quadro A.2.2 - Execução Física das ações realizadas pela UJ, os Programas relacionados às Ações 2004 (Programa 0751), 2010 (Programa 0752), 2011 (Programa 0753) e 2012 (Programa 0754) encontram-se incorretos, visto que todas as Ações citadas referem-se a

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Programa 0750. A Portaria TCU 123/2011 dispõe que após apresentação do quadro retromencionado, o gestor deve realizar análise crítica da execução física das ações realizadas pela UJ, entretanto a análise apresentada pela Anatel não abrange as Ações vinculadas ao Programa 0750, limitando-se a abordar as Ações do Programa 1157.

O Quadro retificado e a análise crítica solicitada se encontram a seguir:

Quadro A.2.2

Análise crítica das ações do Programa 0750

As ações do Programa 0750 são relativas aos benefícios assistenciais devidos aos servidores. Em geral, as ações apresentaram desempenho regular. Ressalte-se que algumas ações exibiram um desempenho abaixo da meta.

A ação 20CW - Assistência Médica aos Servidores e Empregados - Exames Periódicos teve sua execução prejudicada em razão do término do contrato com a empresa prestadora de exames periódicos, ocorrido em 07/11/2011. Por sua vez, a ação 2011 - Auxílio-Transporte aos Servidores e Empregados executou apenas 35% de sua meta física. Isso ocorreu em função da Orientação Normativa n° 3 da SRH-MPOG que proibiu o pagamento do auxílio para transportes seletivos. Por fim, a ação 2012 - Auxílio-Alimentação aos Servidores e Empregados foi estimada pela Secretaria de Orçamento Federal e mostrou-se superestimada em relação ao valor executado pela Anatel.

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Função Subfunção Programa Ação Tipo da Ação

Meta prevista

Meta realizada

Meta a ser realizada em 2012

24 125 1157 6616 A 24 22 26

24 722 1157 2738 A 19.465.030 40.785.145 34.652.372

24 125 1157 2424 A 17.630 13.674 15.534

24 125 1157 2740 A 75 109 (*)

24 722 1157 2425 A 59.000.000 80.172.824 (*)

24 722 1157 2422 A 3.444 4.734 (*)

24 422 1157 2B68 A 8.598.298 5.487.047 6.950.006

24 128 1157 4572 A 1.690 1.429 1.563

24 301 750 20CW A 873 375 895

24 301 750 2004 A 2.865 2.520 2.211

24 365 750 2010 A 218 238 232

24 331 750 2011 A 247 88 143

24 306 750 2012 A 2.033 1.480 1.502

4Servidor beneficiado

(unidade)

4Servidor beneficiado

(unidade)

(*) Essas açõ es foram excluídas da est rut ura program át ica da Anat el para o P P A 2012-2015

Fonte:iAnatel/Sigplan

4Servidor beneficiado

(unidade)

4Pessoa beneficiada

(unidade)

4Criança atendida

(unidade)

4Produto certificado

(unidade)

4Usuário atendido

(unidade)

4Servidor capacitado

(unidade)

4Fiscalização realizada

(unidade)

4Ato publicado

(unidade)

4Acesso atribuído

(unidade)

Prioridade Unidade de Medida

4Norma publicada

(unidade)

4Estação licenciada

(unidade)

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O TCU, mediante Portaria 123/2011, orientou as UJ quanto ao preenchimento dos Quadros A.2.9 e A.2.10, no seguinte sentido: “Cada grupo de despesa deve ter os 3 (três) elementos de maior montante empenhado em 2011 discriminados em ordem decrescente desse montante (indicar o nome do elemento de despesa nas linhas 1º, 2º e 3º elemento de despesa)”. Em desacordo com a mencionada orientação, a Anatel não informou o NOME dos elementos de despesa, indicando apenas os respectivos códigos.

QUADRO A.2.9 – DESPESAS CORRENTES POR GRUPO E ELEMENTO DE DESPESA DOS CRÉDITOS ORIGINÁRIOS DA ANATEL

Obs: Não foram consideradas como Outras Despesas Correntes os auxílios alimentação e transporte.[319011] VENCIMENTOS E VANTAGENS FIXAS - PESSOAL CIVIL[319096] RESSARCIMENTO DE DESPESA DE PESSOAL REQUISITADO[319113] OBRIGAÇÕES PATRONAIS - OPERAÇÕES INTRAORÇAMENTÁRIAS[339014] DIÁRIAS[339035] SERVIÇOS DE CONSULTORIA[339039] OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA JURÍDICA

QUADRO A.2.10 – DESPESAS DE CAPITAL POR GRUPO E ELEMENTO DE DESPESA DOS CRÉDITOS ORIGINÁRIOS DA ANATEL

___________________________________________________________________________________________________ 109Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

Valores em R$ 1,00

2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010260.031.401,67 254.777.570,08 260.031.401,67 254.777.570,08 215.166,81 413.000,00 259.816.234,86 254.364.570,08

199.713.337,78 186.465.513,10 199.713.337,78 186.465.513,10 0,00 53.000,00 199.713.337,78 186.412.513,1041.651.712,59 39.375.680,62 41.651.712,59 39.375.680,62 0,00 0,00 41.651.712,59 39.375.680,6213.115.822,20 23.034.782,80 13.115.822,20 23.034.782,80 215.166,81 360.000,00 12.900.655,39 22.674.782,805.550.529,10 5.901.593,56 5.550.529,10 5.901.593,56 0,00 0,00 5.550.529,10 5.901.593,56

0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

129.498.396,77 123.102.723,02 129.498.396,77 123.102.723,02 29.872.207,16 23.349.771,92 99.626.189,61 99.752.951,10104.796.076,37 98.920.069,54 104.796.076,37 98.920.069,54 23.555.886,17 21.564.424,95 81.240.190,20 77.355.644,59

5.300.000,00 134.726,00 5.300.000,00 134.726,00 5.035.000,00 94.308,20 265.000,00 40.417,804.470.840,66 7.581.804,40 4.470.840,66 7.581.804,40 0,00 0,00 4.470.840,66 7.581.804,40

14.931.479,74 16.466.123,08 14.931.479,74 16.466.123,08 1.281.320,99 1.691.038,77 13.650.158,75 14.775.084,31

Fonte: Siafi

2 - Juros e Encargos da Dívida

3190.963191.13

Demais elementos de despesa

1 - Despesas de Pessoal3190.11

Despesa Empenhada Despesa Liquidada Valores PagosRP não processados

1º elemento de despesa

3 - Outras Despesas Correntes

Demais elementos de despesa3390.14

3º elemento de despesa2º elemento de despesa

3390.39 e 3391.393390.35

Demais elementos de despesa

Valores em R$ 1,00

2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 201011.624.356,66 12.481.806,00 11.624.356,66 12.481.806,00 9.968.567,58 10.007.521,15 1.655.789,08 2.474.284,85

8.884.282,65 5.294.065,27 8.884.282,65 5.294.065,27 7.504.339,70 4.772.630,36 1.379.942,95 521.434,912.725.014,81 1.624.685,06 2.725.014,81 1.624.685,06 2.461.168,68 1.125.317,44 263.846,13 499.367,62

15.059,20 5.511.338,35 15.059,20 5.511.338,35 3.059,20 4.109.573,35 12.000,00 1.401.765,000,00 51.717,32 0,00 51.717,32 0,00 0,00 0,00 51.717,320,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,000,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

Font e: Siafi

2º elemento de despesa

1º elemento de despesa

Demais elementos de despesa

3º elemento de despesa

6 - Amortização da Dívida

Demais elementos de despesa

Grupos de Despesa

4490.39

2º elemento de despesa

4490.52

Demais elementos de despesa

5 - Inversões Financeiras

4 - Investimentos

3º elemento de despesa

1º elemento de despesa

Despesa Empenhada Despesa Liquidada Valores PagosRP não processados

4490.51

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[449039] OUTROS SERVIÇOS DE TERCEIROS - PESSOA JURIDICA[449051] OBRAS E INSTALAÇÕES[449052] EQUIPAMENTO E MATERIAL PERMANENTE

Para as outras impropriedades (a partir do item 2.4.7 Indicadores institucionais) apontadas por esta CGU no relatório de gestão, a Anatel não apresentou manifestação.

3.1.1.2. Informação (12)

Com vistas à avaliar a estrutura de controles internos da Anatel na área de licitações, foram solicitadas a apresentação de informações à Agência, que foram objeto de verificação que resultaram nas seguintes considerações.

Verificou-se a existência de listas de verificação estabelecidas para orientar a execução das fases externas e internas, assim como um checklist para contratação, em que são enumeradas as etapas formais a serem observadas. As listas apresentadas são específicas à condução de processos referentes a pregão eletrônico. Forma solicitados também a apresentação de instrumentos congêneres aplicáveis à Dispensa de Licitação e Inexigibilidade, os quais foram apresentados.

Foram também apresentados modelos de documentos como ofícios, memorandos e outros encaminhamentos, porém não foi apresentado manual ou outro documento formal que consolidasse essas orientações.

Quanto à condução das etapas referentes aos processos de licitação na Agência, a Portaria 410/2009, de 10.6.2009, detalha quais são as áreas responsáveis por condução de etapas referentes aos processos de licitação na Agência ao delegar competência para contratação de obras e serviços de terceiros, e aquisição de bens. A tabela abaixo sintetiza principais papéis e seus respectivos agentes:

Área Atribuições

Áreas requisitantes Elaboração/emissão de:- Requisição de Materiais e Serviços (RMS);- Termo de Referência;- Projetos Básicos

Gerência de Administração de Aquisições e Fornecedores – ADADFGerências Operacionais Administrativo-Financeiras dos Escritórios Regionais (AF/ER)

Instruir os processos licitatórios;Realizar as licitações;

Quanto ao levantamento de atividades críticas de seus processos licitatórios, a Agência informou que o mesmo se deu por meio de acompanhamento, utilizando-se do Plano de Aquisições e Contratações da Anatel. Como resultado foram identificados os seguintes pontos:

– Elaboração de Termo de Referência;

– Análise de planilha de custos;

– Pesquisa de Preço;

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A Unidade informou estar programando para 2012 capacitações específicas com vistas a tratar os dois primeiros pontos levantados. Quanto à Pesquisa de Preço, informa estar passando a utilizar-se do SISPP/SIASG, além de consultar contratos celebrados por outros órgãos públicos.

Quanto à sistemática estabelecida de acompanhamento das alterações na legislação referente a licitações e contratos, a Agência informou:

– participação de servidores em fórum de pregoeiros;

– inscrição dos servidores no Ementário de Gestão Pública (divulgação diária de julgados e normativos editados no DOU);

– inscrição de servidores no sistema “Push” do TCU (divulgação semanal de informativos de jurisprudência);

A Agência informou que há responsável designado para acompanhar e divulgar internamente as eventuais mudanças, de forma a garantir uma divulgação homogenizada na Agência.

Quanto à segregação de funções estabelecidas no processamento de licitações na Sede, a mesma ocorre em pelo menos dois momentos: na elaboração do termo de referência e na elaboração do edital. A elaboração do termo de referência é feita pela área requisitante e submetido posteriormente à análise da área de licitações. A elaboração do edital é realizada por servidor que, preferencialmente, não deve ser o pregoeiro no mesmo processo licitatório.

Na Sede, a supervisão se dá pelo exame do edital pelo Gerente de Administração de Aquisições e Fornecedores, pelo Gerente-Geral de Administração e, por fim, é enfiado para aprovação pela Procuradoria Especializada junto à Anatel. Quanto aos Escritórios Regionais e Unidades Operacionais, em razão da ausência de estrutura ideal, em alguns casos o princípio da segregação de funções pode não ser atendido de forma adequada.

Quanto ao acompanhamento dos prazos e prorrogação contratuais é realizado pela Gerência de Administração e Aquisições e Fornecedores por meio do Sistema de Acompanhamento de Contratos - SICAC, em conformidade com o Plano de Aquisições e Contratações e com o Plano de Prorrogações. O acompanhamento da execução contratual é realizado pela Gerência de Administração de Contratos, utilizando o SICAC.

Quanto à existência de planejamento das contratações, conforme as informações apresentadas, é realizado uma levantamento das necessidades previstas para o exercício seguinte no momento da elaboração de proposta de orçamento anual. Há um processo de consolidação das necessidades de forma à se gerar um planejamento unificado de contratação.

3.1.1.3. Constatação (14)

Ausência de Plano Diretor de TI em vigor

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito à salvaguarda da

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informação, identificamos a ausência de Plano Diretor de TI em vigência na Anatel. A esse respeito, foi recomendado à Agência, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786, referente ao exercício de 2010, que a Agência apresentasse o cronograma referente à elaboração do novo PDTI.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“A Equipe do PDTI concluiu a etapa de diagnóstico com a elaboração dos documentos Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e Inventário de Necessidades. Em 9 de dezembro de 2011, a Gerência-Geral de Gestão da Informação – ADGI encaminhou mensagem eletrônica ao Presidente e demais membros do Comitê de TI solicitando agendamento de reunião ou deliberação por e-mail para aprovação do Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e Inventário de Necessidades. Foi realizada, em 20/01/2012, reunião com todos os superintendentes da Anatel para discussão do Inventário de Necessidades. Ficou acordado que as áreas terão o prazo de 10 dias para enviarem suas manifestações acerca do Inventário. A ADGI está aguardando o encaminhamento das manifestações para agendar a reunião do CTI com o Gabinete da Presidência. De acordo com o cronograma elaborado pelo Coordenador da Equipe do PDTI, serão necessários 58 dias para conclusão da última etapa e finalização do Plano, contados a partir da data de aprovação dos referidos documentos. Desse modo, solicita-se postergação do prazo para atendimento da recomendação para 31.03.2012.”

O Gestor se manifestou novamente sobre a elaboração do PDTI, em 12.6.2012, por meio de email encaminhado a esta CGU, informando que as atividades realizadas pela área de TI no período de 2011 estava no PDTI aprovado para 2009/2010 e no Plano de Trabalho da Anatel estabelecido para o período de 2011 e que este Plano de Trabalho fora aprovado pelo Conselho Diretor da Agência, estabelecendo ações e metas a serem executadas pela Anatel. Foi informado, ainda, que 73% das ações previstas no PDTI 2009/2010 não foram concluídas e permanecem pendentes de atendimento em 2012, e que as ações pendentes estão incluídas no PDTI para o período de 2012 a 2014, que está pendente de aprovação pelo Conselho Diretor.

A Agência elaborou os documentos Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e Inventário de Necessidades, informando que aguarda manifestações das áreas para agendar reunião do CTI com o Gabinete da Presidência. O Gestor esclareceu que, de acordo com o cronograma previsto, serão necessários 58 dias para a conclusão da última etapa e finalização do Plano e, por isso, solicitou postergação para o atendimento da recomendação para 31.3.2012.

Em 12.6.2012, o Gestor se manifestou novamente, por email, informando que o PDTI para o período de 2012 a 2014, que está pendente de aprovação pelo Conselho Diretor. Cumpre esclarecer que esta recomendação somente será dada por atendida quando da aprovação do PDTI pelo Conselho Diretor, assim como sua publicação.

Vale lembrar que, conforme o inciso X do art. 2 da IN nº 04 da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, de 19.5.2008, o PDTI é um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de TI que visa a atender às necessidades de informação de um órgão ou entidade para um determinado período. Ele deve contemplar, pelo menos as seguintes áreas: necessidades de informação alinhada à estratégia do órgão ou entidade, plano de investimentos, contratações de serviços, aquisição de equipamentos, quantitativo e capacitação de pessoal e gestão de risco, de acordo com o inciso III do parágrafo único do art. 4

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da norma supracitada.

As providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“A Equipe do PDTI concluiu a etapa de diagnóstico com a elaboração dos documentos Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e Inventário de Necessidades. Em 9 de dezembro de 2011, a Gerência-Geral de Gestão da Informação – ADGI encaminhou mensagem eletrônica ao Presidente e demais membros do Comitê de TI solicitando agendamento de reunião ou deliberação por e-mail para aprovação do Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e Inventário de Necessidades. Foi realizada, em 20/01/2012, reunião com todos os superintendentes da Anatel para discussão do Inventário de Necessidades. Ficou acordado que as áreas terão o prazo de 10 dias para enviarem suas manifestações acerca do Inventário. A ADGI está aguardando o encaminhamento das manifestações para agendar a reunião do CTI com o Gabinete da Presidência. De acordo com o cronograma elaborado pelo Coordenador da Equipe do PDTI, serão necessários 58 dias para conclusão da última etapa e finalização do Plano, contados a partir da data de aprovação dos referidos documentos. Desse modo, solicita-se postergação do prazo para atendimento da recomendação para 31.03.2012.”

O Gestor se manifestou novamente sobre a elaboração do PDTI, em 12.6.2012, por meio de email encaminhado a esta CGU, informando que as atividades realizadas pela área de TI no período de 2011 estava no PDTI aprovado para 2009/2010 e no Plano de Trabalho da Anatel estabelecido para o período de 2011 e que este Plano de Trabalho fora aprovado pelo Conselho Diretor da Agência, estabelecendo ações e metas a serem executadas pela Anatel. Foi informado, ainda, que 73% das ações previstas no PDTI 2009/2010 não foram concluídas e permanecem pendentes de atendimento em 2012, e que as ações pendentes estão incluídas no PDTI para o período de 2012 a 2014, que está pendente de aprovação pelo Conselho Diretor.

Posteriormente, por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, o Gestor se manifestou da seguinte forma:

“A aprovação do PDTI 2012 – 2014 ocorreu por meio da Portaria nº 536, de 11 de junho de 2012, publicada no Diário Oficial da União em 12 de junho de 2012. O PDTI foi publicado também na internet através do endereço:

http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=279344.”

Análise do Controle Interno

A Agência elaborou os documentos Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e Inventário de Necessidades, informando que aguarda manifestações das áreas para agendar reunião do CTI com o Gabinete da Presidência. O Gestor esclareceu que, de acordo com o cronograma previsto, serão necessários 58 dias para a conclusão da última etapa e finalização do

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Plano e, por isso, solicitou postergação para o atendimento da recomendação para 31.3.2012.

Em 12.6.2012, o Gestor se manifestou novamente, por email, informando que o PDTI para o período de 2012 a 2014, que está pendente de aprovação pelo Conselho Diretor. Cumpre esclarecer que esta recomendação somente será dada por atendida quando da aprovação do PDTI pelo Conselho Diretor, assim como sua publicação.

Vale lembrar que, conforme o inciso X do art. 2 da IN nº 04 da Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação, de 19.5.2008, o PDTI é um instrumento de diagnóstico, planejamento e gestão dos recursos e processos de TI que visa a atender às necessidades de informação de um órgão ou entidade para um determinado período. Ele deve contemplar, pelo menos as seguintes áreas: necessidades de informação alinhada à estratégia do órgão ou entidade, plano de investimentos, contratações de serviços, aquisição de equipamentos, quantitativo e capacitação de pessoal e gestão de risco, de acordo com o inciso III do parágrafo único do art. 4 da norma supracitada.

A manifestação do Gestor por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, informou sobre a aprovação do PDTI pelo Conselho Diretor, conforme Portaria nº 536, de 11.6.2012, publicada no Diário Oficial da União em 12.6.2012.

No entanto, cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo a auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.4. Constatação (15)

Ausência de rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da Agência

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito aos procedimentos para a contratação e gestão de bens e serviços de TI, identificamos a ausência de rotina para avaliação da compatibilidade dos recursos de TI com as reais necessidades da Anatel.

O Relatório de Auditoria Anual de Contas da CGU, referente ao exercício de 2010, recomendou que o Comitê de TI, envolvendo as diversas áreas da Agência, se responsabilizasse por alinhar os investimentos de TI com os objetivos institucionais e por apoiar a priorização de projetos a serem implantados, em observância ao inciso IV do art. 4º da Instrução Normativa SLTI/MPOG nº 04/2008.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“A ADGI irá sugerir a inclusão desse assunto na pauta da reunião que será agendada para aprovação do Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e do Inventário de Necessidades.”

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Verifica-se, portanto, que não houve andamento nas providências tomadas pelo Gestor para o atendimento da recomendação referente ao alinhamento dos investimentos de TI com os objetivos institucionais. As providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“A ADGI irá sugerir a inclusão desse assunto na pauta da reunião que será agendada para aprovação do Relatório de Resultados do PDTI 2009/2010 e do Inventário de Necessidades.”

Posteriormente, por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, o Gestor se manifestou da seguinte forma:

“Uma das etapas da metodologia de elaboração do PDTI é responsável pelo diagnóstico da TI. Nesta etapa foi realizado o levantamento de necessidades apresentadas por todas as áreas da Agência, e em seguida foi realizado o alinhamento aos referenciais estratégicos e critérios de priorização, conforme observado na página 28 do PDTI, permitindo que a TI possa realizar as contratações de bens e serviços de TI alinhadas a Estratégias da Agência.

Vale reforçar que o PDTI 2012 – 2014 pode ser encontrado no endereço: http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=279344”

Análise do Controle Interno:

Verifica-se, portanto, que não houve andamento nas providências tomadas pelo Gestor para o atendimento da recomendação referente ao alinhamento dos investimentos de TI com os objetivos institucionais. As providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

A manifestação do Gestor por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, informou sobre a realização do levantamento de necessidades apresentadas por todas as áreas da Agência, e posteriormente, sobre a realização do alinhamento aos referenciais estratégicos e critérios de priorização, conforme uma das etapas da metodologia de elaboração do PDTI.

No entanto, cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo a auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.5. Informação (16)

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Ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens e serviços de TI.

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito aos procedimentos para a contratação e gestão de bens e serviços de TI, identificamos a ausência de processo de trabalho formalizado na contratação de bens e serviços de TI na Anatel.

O Relatório de Auditoria Anual de Contas da CGU, referente ao exercício de 2010, recomendou que a Agência apresentasse um processo formal para a contratação de bens e serviços de TI.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“Foi instituída na ADGI assessoria técnica para tratar de contratações de bens e serviços de TI. Em 06 de janeiro de 2012, a ADGI realizou reunião interna para consolidar proposta de alteração do Manual de Atribuições Orgânicas e Funcionais da SAD com vistas a adequar a estrutura às necessidades da área. Os processos de trabalho ainda estão em fase de elaboração e formalização. Encaminhamos, em anexo, o portfólio de serviços da assessoria da ADGI, o qual contempla as etapas internas do processo de trabalho mapeado pela ADGI.”

Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203585/026, solicitamos ao Gestor que apresentasse documentação contendo processo de trabalho formalizado para contratação de bens e serviços de TI (fluxos, rotinas, estrutura, regimento, organograma e outros).

O gestor informou que realizou reunião interna em 6.1.2012 para consolidar a proposta de alteração do Manual de Atribuições Orgânicas e Funcionais – MAOF - da SAD, encaminhando o portfólio de serviços da assessoria da ADGI.

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201203585/026, o Gestor encaminhou, por meio do Ofício nº 90/2012/AUD-Anatel, de 20.6.2012, vários fluxogramas referentes ao planejamento da contratação, análise de risco, análise de viabilidade, estratégia de contratação, plano de sustentação, dentre outros.

Posteriormente, por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, o Gestor se manifestou da seguinte forma:

“Foi estabelecido um processo de contratações de TI com base no Manual de Boas Práticas de Contratações de Soluções de TI e Instrução Normativa nº 04/MPOG visando padronizar os procedimentos de planejamento de contratação.

Segue ANEXO I – Processo Desenvolver Sistemas e ANEXO II – Processo Manter Sistemas.”

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas

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por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.6. Informação (17)

Ausência de Política de Segurança da Informação em vigor

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito à salvaguarda da informação, identificamos a ausência de Política de Segurança da Informação em vigor na Anatel.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“Em 08 de novembro de 2011, a Comissão de Segurança da Informação da Anatel (CSI), instituída pela Portaria nº 24, de 07 de janeiro de 2010, reuniu-se para deliberar sobre a necessidade de aprovação da Política de Segurança da Informação e Comunicações da Anatel (POSIC/Anatel). A Comissão assentou o entendimento de que a POSIC/Anatel deveria ser aprovada por meio de Resolução do Conselho Diretor, precedida de Consulta Pública, nos termos previstos no Regimento Interno da Anatel. Não obstante, também foi discutida a possibilidade de aprovação da POSIC/Anatel por meio de Portaria do Presidente da Agência, conforme sugerido pelo próprio Gabinete da Presidência. Diante dessa situação, a ADGI solicitou à Procuradoria Federal Especializada da Anatel, em 2 de dezembro de 2011, a emissão de parecer, com base no art. 128, inciso IV, do Regimento Interno da Agência, para esclarecer qual seria o instrumento normativo necessário para aprovar a Política de Segurança. Oportunamente, solicitou análise jurídica dos termos da minuta da POSIC/Anatel para proceder, na sequência, à Consulta Pública, caso necessário. Os autos retornaram da Procuradoria em 23 de dezembro de 2011, acompanhados do Parecer nº 1607/2011/ACD/PGF/PFE-Anatel. Após a devolução do processo, foram realizados ajustes na minuta da POSIC/Anatel, conforme recomendado pela Procuradoria, e agendada nova reunião da CSI para 11/01/2012, na qual foi discutida a versão final que seria encaminhada para consulta pública. A pedido da Superintendência de Serviços Privados, foi realizada nova reunião, no dia 23/01/2012, para apresentar a proposta da minuta da POSIC/Anatel para os superintendentes da Agência. Nessa oportunidade, ficou acertado que a CSI deveria novamente se reunir para discutir sobre as sugestões apresentadas na reunião. Considerando a necessidade de nova reunião, o prazo mínimo de 10 dias para realização da consulta e tendo em vista que a CSI sugeriu a aprovação da POSIC/Anatel por meio de Resolução, solicitamos a dilação do prazo para atendimento da recomendação para 31.03.2012. Encaminhamos, em anexo, cópia da Ata da Reunião de 08/11/2011 e a minuta da POSIC/Anatel.”

A Agência informou que a Comissão de Segurança da Informação se reuniu em 8.11.2011 para deliberar sobre a POSIC/Anatel, e que o documento a ser utilizado seria a Resolução do Conselho Diretor, precedida de Consulta Pública. Os autos foram encaminhados à Procuradoria Federal Especializada em 2.12.2011, e retornaram em 23.12.2011, com a emissão do Parecer nº 1.607/2011/ACD/PGF/PFE-Anatel. Os ajustes recomendados pela PFE foram realizados e foi agendada nova reunião com a Comissão para 11.1.2012, oportunidade em que se discutiu a versão final a ser encaminhada para consulta pública. Foi solicitada nova reunião em 23.1.2012, a pedido da Superintendência de Serviços Privados – SPV, para apresentação da proposta da minuta da POSIC/Anatel aos Superintendentes e, na ocasião, foi definida a necessidade de nova reunião para discutir as sugestões apresentadas na reunião.

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Por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203585/024, de 6.6.2012, solicitamos a apresentação da Política de Segurança da Informação da Anatel, assim como documento de aprovação da mesma pelo Conselho Diretor da Agência e comprovação da divulgação da mesma para todos os servidores da Anatel.

Por meio do Informe nº 20/2012-ADGI, de 12.6.2012, o Gestor informou:

“Quanto à Política de Segurança da Informação da Anatel – POSIC, registramos que esta se encontra em fase final de elaboração e com previsão de conclusão em 31/7/2012. Entretanto, e conforme solicitado pela Comissão de Segurança da Informação da Anatel, a POSIC antes de ser publicada entrará em Consulta Pública, o que consequentemente poderá gerar uma eventual necessidade de prorrogação de prazo.”

Posteriormente, por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, o Gestor se manifestou da seguinte forma:

“Em função de diversas mudanças no quadro gerencial da ADGI, na coordenação da Comissão de Segurança da Informação, nos membros participantes da comissão e em pedidos de ajustes do texto por parte da Superintendente Executiva, ainda não foi possível a realização da consulta pública planejada. A proposta de POSIC encontra-se no Conselho Diretor da Agência para revisão e em seguida será encaminhada para consulta pública. Após a análise e acatamento das contribuições a proposta retornará ao Conselho Diretor para aprovação. Estima-se que até 30/09/2012 a POSIC esteja aprovada e publicada.

Segue ANEXO III - minuta da POSIC. docx e a ANEXO IV - Minuta da matéria de encaminhamento ao CD.doc.”

Das manifestações apresentadas pelo Gestor, observa-se que, apesar da POSIC encontrar-se em fase final de elaboração, não existe uma Política de Segurança da Informação em vigor na Agência.

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.7. Informação (18)

Ausência de relação entre formação acadêmica e as atividades exercidas por servidores e terceirizados da área de TI

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito ao perfil dos recursos humanos envolvidos, identificamos a ausência de relação entre a formação acadêmica e as atividades exercidas por servidores e terceirizados da área de TI da Anatel.

Esta situação havia sido identificada no Relatório Anual de Contas da CGU,

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referente ao exercício de 2010, onde foi recomendado que a Agência mantivesse, em seu quadro de TI, servidores com formação acadêmica, capacitação e experiência compatíveis com os cargos ou funções desempenhadas.

Foi recomendado, ainda, que a Agência definisse os requisitos centrais de competência em TI e verificasse se estão sendo mantidos através de programas de qualificação e certificação onde apropriado, em atenção ao Cobit 4.1, Processo “P07 Gerenciar Recursos Humanos de TI”.

Adicionalmente, por meio da Solicitação de Auditoria nº 201203585/023, de 6.6.2012, solicitamos informações quanto à distribuição da força de trabalho relacionada com a Tecnologia da Informação.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“A Agência ainda não tem previsão de implementação de política institucional contendo diretrizes para ocupação de cargos comissionados, pois aguarda conclusão do projeto de melhoria da Qualidade de Vida no Trabalho na Anatel, que definirá prioridades de atuação. Além disso, atualmente a Anatel está envolvida em discussões a respeito de reorganização de sua própria estrutura, que impactaria diretamente o conteúdo de tal política.”

Ainda, por meio do Ofício nº 103/2012/AUD, de 24.7.2012, Agência complementou:

“A Política de Qualidade de Vida no Trabalho aguarda aprovação pelo Conselho Diretor. Enquanto esse procedimento de discussão e aprovação não ocorre, algumas ações já estão sendo conduzidas, sendo que está prevista a elaboração e aprovação da Política de Ocupação de Cargos Comissionados para 2013, considerando que depende da nova estrutura organizacional da Agência, a ser implementada por meio do Novo Regimento Interno, ainda em fase de Consulta Pública”

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201203585/023, de 6.6.2012, o Gestor apresentou informações referentes aos servidores e terceirizados. Destas informações, observa-se a ausência da descrição da formação acadêmica relativa a 106 (cento e seis) dos 112 (cento e doze) terceirizados indicados. A formação é indicada por expressões não específicas, tais como “nível superior”, “superior incompleto”, “2º grau” e “ensino médio completo”. Com relação aos servidores, a descrição da formação acadêmica é indicada pelas expressões “superior completo” e “ensino médio completo”.

Sobre a recomendação referente ao Processo “P07 Gerenciar Recursos Humanos de TI” do Cobit 4.1, a Agência encaminhou, por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, o cronograma de desenvolvimento do projeto de Planejamento da Força de Trabalho de TI, com término previsto para 31.12.2013.

Das informações apresentadas, verificamos que a Agência aguarda a conclusão do projeto Qualidade de Vida no Trabalho na Anatel para estabelecer uma política institucional com diretrizes para ocupação de cargos comissionados. Adicionalmente, a Agência está implementando o Projeto de Planejamento da Força de Trabalho da Gerência Geral de Gestão da

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Informação - ADGI, com término previsto para 31.12.2013.

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.8. Informação (19)

Ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço.

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito à capacidade para o desenvolvimento e produção de sistemas, identificamos a ausência de instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecidas aos demandantes do serviço na Anatel.

O Relatório de Auditoria Anual de Contas da CGU, referente ao exercício de 2010, recomendou que a Agência instituísse, em normativo interno, a estratégia para a gestão de acordos de níveis de serviço entre a área gestora de TI e os seus clientes internos.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“A ADGIR4 providenciou a publicação do SLA na intranet da Anatel, conforme documentos em anexo.”

O Gestor informou que providenciou a publicação do SLA na intranet da Anatel, encaminhando os documentos referentes. O exemplo a seguir demonstra o conteúdo publicado na intranet da Agência sobre SLA.

O COBIT define, em seu item DS1.3, os itens a serem considerados para os acordos dos níveis de serviço, conforme a seguir:

“DS1.3 Acordos de Nível de Serviço

Definir e acordar os acordos de nível de serviço para todos os serviços críticos de TI com base nos requisitos do cliente e na capacidade de entrega por parte da TI. Isso abrange o comprometimento com o cliente, requisitos de suporte para atendimento aos serviços, métricas quantitativas e qualitativas de serviços aprovados pelas partes interessadas, garantia de recursos financeiros e acordos comerciais (caso aplicável), cargos e responsabilidades,

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inclusive a supervisão do SLA. Os itens a considerar são: disponibilidade, confiabilidade, desempenho, capacidade de crescimento, níveis de suporte, planejamento da continuidade, segurança e restrições quanto a demandas.”

Considerando-se a definição do COBIT, para que haja um Acordo de Nível de Serviço, os requisitos de suporte para atendimento aos serviços, métricas quantitativas e qualitativas de serviços devem ser aprovados pelas partes interessadas, o que não foi possível identificar por meio dos documentos encaminhados a esta CGU. Também não foi possível identificar os cargos e responsabilidades para os serviços definidos nos documentos encaminhados a esta CGU.

Cabe observar que a recomendação em tela refere-se à estratégia para a gestão de acordos de níveis de serviço entre a área gestora de TI e os seus clientes internos, devendo estes acordos estarem firmados entre ambos.

Sobre o assunto, reproduzimos novamente o teor do Acórdão 914/2006-Plenário, que determinou à Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação - SESu/MEC e à Caixa Econômica Federal o seguinte:

“9.3.1. firmem Acordo de Nível de Serviço, ou documento correlato, em relação ao Sifes, contemplando as áreas envolvidas, em especial a de desenvolvimento do sistema, com o objetivo de estabelecer entendimento comum sobre a natureza dos serviços propostos e os critérios de medição de desempenho, devendo este acordo considerar elementos tais como:

9.3.1.1. participantes do acordo, funções e responsabilidades;

9.3.1.2. descrição detalhada dos serviços que serão prestados;

9.3.1.3. níveis de serviços desejados e respectivos critérios de medição e indicadores, em termos de disponibilidade, confiabilidade, tempo de resposta, atendimento ao usuário (help-desk), capacidade de crescimento, prazos para solicitação e atendimento de demandas (inclusive emergenciais), testes, homologação, segurança e outros que as partes julgarem necessários;

9.3.1.4. responsável pela medição dos serviços;

9.3.1.5. ações a serem tomadas quando da ocorrência de problemas na prestação dos serviços (ações corretivas, penalidades e outras);”

Conforme o Glossário elaborado pelo TCU para o levantamento de Governança de TI 2012 (disponível em http://portal2.tcu.gov.br/portal/page/portal/TCU/comunidades/tecnologia_informacao/pesquisas_governanca/Perfil de Governança de TI 2010 - Glossário-v1.3.pdf), o Tribunal define Acordo de Nível de Serviço – ANS - da seguinte forma:

“Acordo de Nível de Serviço (ANS) ou “Service Level Agreement” (SLA)

Define um acordo que, para fins desse levantamento, deve ser necessariamente

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documentado, entre um prestador de serviço interno (no caso, a área de TI) e o cliente/usuário interno, no qual se define o “nível” de prestação do serviço necessário para sustentar adequadamente as operações do negócio. O acordo pode especificar níveis para quaisquer atributos do serviço. São comuns critérios relacionados à operação e suporte, tais como: disponibilidade, manutenibilidade, “performance”, incidência de erros, prioridades, etc. Um acordo de nível de serviço típico geralmente contém: a definição dos serviços, objetivos, indicadores e métricas, responsabilidades de ambas as partes (inclusive penalidades), garantias, medidas emergenciais, planos alternativos, definições sobre relatórios de monitoramento, dentre outras informações.” (grifo nosso)

Os elementos contidos no Acórdão devem servir como parâmetros para que a Agência firme Acordos de Nível de Serviço, e a partir daí, possa estabelecer critérios para instituir, em normativo interno, estratégia para a gestão de acordos de níveis de serviços entre a área gestora de TI e os seus clientes internos, conforme recomendado pela CGU. Cabe registrar que, conforme definição contida no Glossário elaborado pelo TCU, o Acordo de Nível de Serviço deve ser necessariamente documentado entre um prestador de serviço interno e o cliente/usuário interno.

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.9. Informação (20)

Terceirização integral da manutenção das soluções de TI

Com o objetivo de avaliar a gestão de TI, no que diz respeito aos procedimentos para a contratação e gestão de bens e serviços de TI, identificamos a terceirização integral da manutenção das soluções de TI na Anatel.

O Relatório de Auditoria Anual de Contas da CGU, referente ao exercício de 2010, recomendou que a Agência apresentasse a estratégia a ser implementada, no âmbito da Agência, com vistas a mitigar o risco de dependência da terceirização da área de TI.

Adicionalmente, solicitamos por meio da Solicitação de Auditoria nº 201003585/026, que apresentasse a relação das soluções de Tecnologia da Informação da unidade, informando o respectivo gestor responsável da unidade, se elas foram desenvolvidas internamente ou por terceiros e se são mantidas internamente ou por terceiros.

Por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, a Anatel informou:

“O cronograma do projeto de Planejamento da Força de Trabalho de TI está detalhado na resposta à Recomendação 003 da Constatação 026, acima. Como esse projeto prevê uma etapa de análise e melhoria dos processos de trabalho (etapa 2), bem como análise quantitativa e qualitativa da força de trabalho, entende-se que ele pode ajudar na definição da

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melhor alocação para os servidores efetivos e na readequação de carga de trabalho das áreas técnicas, com a melhor distribuição do pessoal. Contudo, somente após o término do projeto e a análise dos seus resultados, será possível atuar nesses pontos e também estabelecer ações para viabilização da expansão do quadro de servidores, se necessário, junto ao Ministério do Planejamento.”

Em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201203585/026, de 8.6.2012, a Agência encaminhou, por meio do Ofício nº 90/2012/AUD-Anatel, de 20.6.2012, uma relação das soluções de Tecnologia da Informação da unidade.

O Gestor informa que as ações a serem implementadas para a definição da melhor alocação dos servidores efetivos e para a readequação da carga de trabalho das áreas técnicas somente serão possíveis após o término do Projeto de Planejamento da Força de Trabalho de TI e com a análise dos seus resultados.

Sobre a relação das soluções de Tecnologia da Informação da unidade, encaminhada pelo Gestor em resposta à Solicitação de Auditoria nº 201203585/026, de 8.6.2012, observa-se que nenhuma das 119 (cento e dezenove) soluções de informática é mantida por equipe interna.

Posteriormente, por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Gerência-Geral de Gestão da Informação – ADGI, se manifestou da seguinte forma:

“Conforme apresentado no Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012, o projeto de Planejamento da Força de Trabalho de TI permitirá a identificação quantitativa e qualitativa do pessoal de TI.

Paralelamente, com o objetivo de mitigar os riscos de dependência da terceirização da área de TI, foram modelados e mapeados os processos de desenvolvimento de Sistemas, onde em diversas fases há a exigência de artefatos com o intuito tanto de permitir que se atenda a necessidade do negócio, quanto manter o conhecimento sobre os sistemas desenvolvidos e mantidos. Esta ação permite que se mantenha o conhecimento na Agência, mesmo com terceirização.

Outra ação importante foi a segregação dos contratos de TI, 050/2008 (Manutenção de Sistemas), 051/2008 (Análise de Sistemas), 052/2008 (Desenvolvimento de Sistemas) e 056/2008 (Teste de Sistemas), diminuindo o risco de dependência de um único fornecedor. Vale salientar que as novas contratações previstas para Outubro/2012 continuam com a segregação.”

Ainda por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Gerência-Geral de Talentos e Desenvolvimento Organizacional – ADTO, se manifestou da seguinte forma:

“Quanto ao projeto de Planejamento da Força de Trabalho da ADGI, mencionado em resposta anterior, cumpre informar que, atualmente, o projeto encontra-se no encerramento da etapa de análise dos processos de trabalho. Foram selecionados, dentre os processos componentes do macroprocesso de gestão de Tecnologia da Informação, cinco processos críticos para o mapeamento, que representam a maior parte das atribuições da gestão

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de Tecnologia da Informação. Os processos foram mapeados e está em realização o levantamento dos seus tempos de execução.”

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2010.

3.1.1.10. Informação (46)

AMBIENTE DE CONTROLE INTERNO

As avaliações do ambiente de controle interno identificaram a existência do Código de Ética dos Servidores da Anatel, documento disponibilizado pela Agência em seu sítio eletrônico5, ou seja, o mesmo está disponível tanto para o corpo funcional do Órgão quanto para a sociedade.

Verificou-se que o referido documento sofreu alteração, no decorrer do exercício de 2011, por meio da publicação da Portaria nº 702, de 10.8.2011, que fez constar o seguinte trecho no documento:

“Ao realizar investimentos no próprio nome, em nome de cônjuge, do companheiro ou, ainda, de seus dependentes, o servidor deve levar em conta a hipótese de potencial conflito de interesse com as suas atividades exercidas e a possibilidade de ocorrência de situações que possam privilegiar, direta ou indiretamente, lançar dúvidas quanto à utilização de informações privilegiadas.

a) O servidor deve abster-se de efetuar aplicações de recursos próprios ou de terceiros em operações que envolvam empresas reguladas pela Anatel.

b) A Anatel poderá especificar regras para a realização, por parte de servidores da Anatel, de aplicações financeiras específicas.”

Observa-se que alteração traz melhoria ao Código de Ética ao explicitar situação de conflito de interesse específico para os servidores da Agência Reguladora .

Sobre os manuais e outros procedimentos operacionais, prevendo sistemas de autorizações e aprovações, linhas de autoridade claramente definidos e o estabelecimento de práticas operacionais de rotinas, conforme já informado quando do Relatório de Auditoria nº 201108786 (Avaliação da Gestão Anatel 2010), a Agência informou que utiliza, essencialmente, a Lei Geral de Telecomunicações – LGT, o Regimento Interno e o Manual de Atribuições Orgânicas e Funcionais – MAOF, além de portarias normativas, procedimentos de fiscalização, metodologias, fichas e fluxos de processos implementados e procedimentos operacionais

5 http://www.anatel.gov.br/Portal/verificaDocumentos/documento.asp?numeroPublicacao=221986&assuntoPublicacao=C%F3digo%20de%20%C9tica%20da%20Anatel%20aprovado%20pela%20Portaria%20n.%BA%20178,%20de%206%20de%20junho%20de%202005.&caminhoRel=null&filtro=1&documentoPath=221986.pdf

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No âmbito da gestão dos processos licitatórios, verificou-se a existência de orientações estabelecidas na formas de listas de execução e checklists, porém não foram identificados manuais formalizados que consolidassem as orientações. Quanto a sistemas de autorizações e aprovações, verificou-se que há definição formal das competências dos agentes que atuam na condução de processo licitatório. A definição se deu por meio da Portaria nº 410, de 10.6.2009, que delegou “competência para contratação de obras e serviços de terceiros, aquisição de bens, gestão dos contratos administrativos decorrentes e a administração de bens móveis e imóveis, no âmbito da Agência Nacional de Telecomunicações”.

No âmbito do acompanhamento da execução orçamentária, avaliações sobre do acompanhamento da Ação 2424 - Fiscalização dos Serviços de Telecomunicações, conforme informações apresentadas pela Anatel, não há procedimentos ou manuais que estabeleçam formalmente, e de forma consolidada, essa atividade.

Quanto aos mecanismos que visam a participação dos servidores da Agência no processo de elaboração dos procedimentos, das instruções operacionais ou código de ética, conforme informações já prestadas no âmbito do Relatório de Auditoria nº 201108786, o principal mecanismo para fomentar da participação de forma ampla é o processo de consultoria interna realizado por meio do meio do sistema interativo SACP – Sistema de Acompanhamento de Consultas Públicas, disponível no portal da Agência na intranet e internet, em que os servidores podem apresentar suas contribuições a todos os documentos submetidos à consulta interna.

A divulgação da consulta interna é realizada pela intranet, especificamente pelo Telejornal Interno da Anatel.

Ressalte-se que em 2011 houve um decréscimo no número de consultas internas, no número de participações, e na participação relativa quando comparado com anos anteriores conforme apresentado na tabela abaixo:

CONSULTAS REALIZADAS X CONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS (POR ANO)ANO CONSULTA INTERNA

REALIZADACONTRIBUIÇÕES RECEBIDAS CONTRIBUIÇÕES POR

CONSULTAS

2007 77 1.210 15,71

2008 33 1.285 38,94

2009 55 1.490 27,09

2010 49 1.785 36,43

2011 22 379 17,23

TOTAL 465 10259 27,08**Valor médio dos cinco anos

AVALIAÇÃO DE RISCO

No âmbito do planejamento anual da Anatel, verificou-se a edição do Plano de Trabalho da Anatel 2011. A análise do referido documento demonstrou que o mesmo estabelece objetivos em metas mensais para processos das várias unidades da Agência. O documento estabelece para cada objetivo específico definido uma ação necessária para ser realizada para fins

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de alcance ao respectivo objetivo específico. Essa ação possui característica de processo crítico, tendo em vista que a sua não execução impossibilita o atendimento ao respectivo objetivo específico.

Porém, quanto ao mapeamento de riscos, manteve-se cenário já previamente relatado na Constatação 006 do Relatório de de Auditoria nº 201108786: “não foi possível identificar documentos específicos relacionados ao diagnóstico de probabilidades e meios de mitigação de riscos operacionais, acompanhamento e atualização dos riscos identificados, mensuração e classificação dos riscos da Agência, para a execução dos Programas e Ações de Governo de sua responsabilidade. O Plano de Trabalho da Anatel de 2010, apesar de trazer o risco e o impacto da não realização de cada ação, não traz um diagnóstico, classificação e meios de mitigação destes riscos."

Na ocasião da expedição daquele Relatório de Auditoria, fora exarada a seguinte constatação:

“Recomendação (001):

Recomenda-se a elaboração de documento específico sobre: diagnóstico, probabilidade e meios de mitigação de riscos; níveis de riscos operacionais; acompanhamento/atualização dos riscos identificados; e mensuração e classificação dos riscos.”

O acompanhamento do Plano de Providências Permanente da Anatel aponta que a recomendação ainda não foi atendida.

Quanto às atividades de guarda, estoque e inventário de bens e valores de responsabilidade da unidade, a avaliação anterior registrada, o Relatório de Auditoria nº 201108786 apontou a existência vários procedimentos e fluxogramas instituídos para essa finalidade. Conforme informação da Agência, não houve expedição de normativo ou alguma alteração dos referidos procedimentos e fluxogramas no decorrer de 2011.

INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Verificou-se que o principal instrumento de comunicação institucional interna no âmbito da Anatel é a intranet do Órgão, sendo utilizada para a divulgação interna de normativos, consultas internas, relatórios e outras informações. O Mem. 236/2012-SUE, traz a seguinte complementação: “São publicadas na internet e intranet da Agência: as atas do Conselho Diretor e Análises dos Conselheiros. São ainda divulgadas na internet e intranet as sessões de julgamento, em tempo real, com o objetivo de aproximar as unidades operacionais do órgão diretivo da Agência, permitindo assim atuação mais uniforme e sistemática, em consonância com a direção”.

De forma complementar, a Anatel também informou que o procedimento divulgação das informações e orientações aos servidores é a utilização de “veículo institucional eletrônico, enviado por e-mail, com publicação diária, por meio do qual a Agência dá publicidade a notícias de atos e fatos relacionados às atividades da Anatel, inclusive com orientações aos servidores”.

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Quanto à obtenção de informações para a tomada de decisões, a Agência informou que requisita constantemente informações das prestadoras de serviço de telecomunicações, necessárias para o exercício das competências regulatórias.

“As informações técnicas, operacionais, contábeis e econômico-financeiras das prestadoras decorrentes do acompanhamento regulatório, realizado pela Agência, são armazenadas eletronicamente, em banco de dados e planilhas eletrônicas. Tais informações são utilizadas para o acompanhamento de metas de qualidade, licenciamento, gestão do espectro, universalização, entre outras atividades dirigidas ao atendimento do interesse público e ao desenvolvimento dos serviços de telecomunicações, consoante o artigo 19 da LGT.”

MONITORAMENTO

Conforme as informações constantes do Relatório de Auditoria nº 201108786, o sistema de monitoramento dos controles internos da Anatel baseiam-se em duas sistemáticas:

“a) Monitoramento corporativo: é a atividade baseada em informações geridas pelas diversas áreas da Anatel, na forma de avaliação e acompanhamento de seu desempenho.

b) Monitoramento realizado pela Auditoria Interna: é a sistemática de avaliação da estrutura de controles internos, que parte das avaliações realizadas em atendimento ao Plano Anual de Auditoria Interna.”

Quanto ao monitoramento corporativo dos controles internos implementados, a Anatel informou os seguintes instrumentos utilizados no âmbito de 2011:

a) Plano de Trabalho da Anatel;

b) Reuniões Gerenciais (REGER) realizadas pela SRF, que abrange especificamente as atividades;

c) Reuniões de Superintendentes (RESUP);

d) O Plano Geral de Atualização da Regulamentação das Telecomunicações no Brasil (PGR);

Quanto ao monitoramento realizado pela Auditoria Interna, o mesmo foi realizado observando o Plano Anual de Auditoria Interna – Paint 2011 e os resultados se encontram consolidados no Relatório Anual de Auditoria Interna – Raint 2011, documento do qual destacamos os seguintes trechos:

“Os trabalhos de auditoria realizados ao longo dos últimos anos vêm apresentando contribuições significativas para a melhoria da estrutura de controle interno da Agência, elevando de forma substancial a segurança dos atos administrativos, em sintonia com os princípios que regem a atividade pública.

No ano de 2011, em que pese os avanços dos sistemas de controle, identificamos pontos que merecem atenção especial, como foram os casos dos trabalhos relativos à produção

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de regulamentos e a baixa efetividade das ações de fiscalização e de controle de obrigações frente às necessidades dos usuários dos serviços de telecomunicações.

No campo das atividades de suporte institucional, também, foram relatadas situações que carecem de melhorias, com destaque para as rotinas de gestão de recursos humanos, fiscalização de contratos e manutenção de sistemas de informática. Nessa linha, um amplo espectro de medidas revisoras foi apresentado aos gestores, visando ao aperfeiçoamento desses processos, cujas ações estão em andamento e/ou já foram adotadas pelas respectivas áreas.”

Em função dos apontamentos citados foram elaboradas recomendações apresentadas às áreas, cujo acompanhamento é realizado pela própria Auditoria Interna.

Quanto à contribuição dos controles internos, conforme avaliação da Agência, ela é verificada por meio da realização finalística da Anatel, materializando-se, por exemplo, na publicação de regulamentos, nas outorgas concedidas, nas ações de fiscalização.

Os mecanismos utilizados em 2011 para divulgação e conscientização a todos os níveis da Anatel da importância dos controles internos foi realizado pela intranet do Órgão.

3.1.2. Assunto - RECURSOS DISPONÍVEIS

3.1.2.1. Informação (35)

Com vista a avaliar a gestão do uso dos cartões de pagamento do governo federal, foram realizadas ações de acompanhamento durante o ano de 2011, bem como análises específicas para a elaboração do relatório anual de contas.

Com relação a consistência das informações prestadas pela unidade jurisdicionada, no relatório de gestão, verificou-se que as informações constantes do citado relatório condizem com os dados dos sistemas SIAFI e Portal da Transparência. Ainda de acordo com os registros do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal – SIAFI, os valores realizados pela Agência no exercício de 2011, mediante Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF, totalizaram R$ 64.383,55, conforme a seguinte composição:

Compra(a)

Saque(b)

Devolução_Saque(c)

Total_Despesa Efetuada d=(a)+(b)

Total_Globale=(d)+(c)

%_Saquef=(b)/(d)*100

40.525,55 21.257,00 2.601,00 61.782,55 64.383,55 34,41

Do monitoramento sistemático no uso do cartão ao longo do exercício de 2011, identificou-se R$ 3.358,64, referente à 18 (dezoito) transações de compras com indicativo de despesas atípicas, ou seja, aquisições de materiais / serviços, em estabelecimentos cujas atividades registradas no Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica – CNPJ, da Receita Federal, são incompatíveis com a aplicabilidade do CPGF.

Os esclarecimentos apresentados pela Agência sobre às atipicidades em questão, evidenciaram que as naturezas das transações se enquadram em gastos elegíveis mediante CPGF

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e aderentes aos requisitos legais vigentes para aquisições de bens / serviços de pronto pagamento e entrega imediata.

No que diz respeito as transações na modalidade saque no montante de R$ 21.257,00, que representa 34,41% do total da despesa anual realizada com cartão pela Agência, verificou-se que houve extrapolação do limite de 30% de que dispõe o Parágrafo 6º,Inciso II, art. 2º do Decreto 6.370/2008. Tal fato decorreu, notadamente, da concentração de saques efetuados nos Escritórios Regionais nos Estados do Amazonas (ER11)) e Pará(ER10), exemplificado no quadro abaixo.

UG Transação Total % saque Devolução

Anatel - AM Compras 9.672,89

60,66 1.349,58Saque 14.918,00

Total 24.590,89

Anatel - CE Compras 4.180,63

4,13 0,00Saque 180,00

Total 4.360,63

Anatel - GO Compras 1.463,00

29,76 4,50Saque 620,00

Total 2.083,00

Anatel - MG Compras 5.949,55

6,30 16,69Saque 400,00

Total 6.349,55

Anatel - PA Compras 3.156,18

58,56 713,00Saque 4.460,00

Total 7.616,18

Anatel - PE Compras 1.037,910,00 0,00

Total 1.037,91

Anatel - PR Compras 1.129,01

38,61 497,60Saque 710,00

Total 1.839,01

Anatel - RS Compras 3.168,69

21,35 14,63Saque 860,00

Total 4.028,69

Anatel - SEDE Compras 8.733,30

16,37 5,00Saque 1.710,00

Total 10.443,30

Anatel - SP Compras 2.034,390,00 0,00

Total 2.034,39

Total Global 64.383,55 2.601,00

Contudo, a Agência alega como aspectos restritivos ao cumprimento do limite legal de saque, por parte dos escritório supracitados, às limitações operacionais no uso do CPGF nas ações de fiscalizações, em especial na região norte, onde a logística de transporte é predominantemente aquaviário ou fluvial, com veículos contratados por particulares, acarretando aquisições de bilhetes, entre outros gastos, necessariamente em espécie, decorrente da não

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aceitação das máquinas REDE CARD e/ou CIELO, para a utilização da bandeira VISA, bem como, quantitativo limitado de municípios nessa região com cobertura das operadoras nacionais de cartões ( REDE CARD e/ou CIELO). Acrescenta ainda, que os referidos escritórios apresentaram proposta e estudo para que a Anatel inclua à Região Amazônica, em especial, os Estados do Amazonas e Acre nas situações dos ditames legais vigentes, quanto ao limite de saques.

Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência apresentou informações que anteriormente já foram analisadas por esta CGU durante o exercício 2011.

3.1.3. Assunto - RECURSOS EXIGÍVEIS

3.1.3.1. Informação (52)

Com vistas a avaliar a motivação dos empenhos inscritos em restos a pagar ao final do exercício de 2011, conforme previsto no Art. 35 do Dec. 93.872/86, foi requisitado à Anatel, por meio da Solicitação de Auditoria – S.A. nº 201203585/028, de 11.6.2012, que justificasse e apresentasse documentação comprobatória para a inscrição dos seguintes valores em restos a pagar não processados, informando em qual inciso previsto no Art. 35 do Dec. 93872/86 fundamentou-se a inscrição:

Conta Corrente Desc Natureza da Despesa UG Nome Restos a Pagar

2011NE002104 EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Anatel - SEDE 4.595.997,58

2011NE001005 SERVICOS DE CONSULTORIA Anatel - SEDE 3.825.970,00

2011NE002144 EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Anatel - SEDE 1.403.208,00

2011NE001091 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 1.045.505,24

2011NE002029 EQUIPAMENTOS E MATERIAL PERMANENTE Anatel - SEDE 1.032.412,50

2011NE000395 OBRAS E INSTALACOES Anatel - MG 1.012.350,32

2009NE000579 DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIORES Anatel - SEDE 1.000.000,00

2011NE000185 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 952.143,01

2011NE000414 OBRAS E INSTALACOES Anatel - MG 900.000,00

2011NE001546 OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA Anatel - SEDE 850.941,87

2011NE001003 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 847.873,84

2011NE001701 OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA Anatel - SEDE 778.348,99

2008NE001445 OUTROS SERVICOS DE TERCEIROS-PESSOA JURIDICA Anatel - SEDE 107.356,42

2009NE000579 DESPESAS DE EXERCICIOS ANTERIORES Anatel - SEDE 1.000.000,00

2010NE000096 OUTROS SERV.TERCEIROS-PES.JURID-OP.INTRA-ORC. Anatel - SEDE 299.630,06

Por meio o Ofício nº 91/2012/AUD-Anatel, de 26.6.2012, a Anatel apresentou as justificativas para a inscrição em restos a pagar para cada um dos lançamentos requisitado pela citada S.A. 201203585/028. Cabe informar que além das justificativas, foram apresentadas

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informações e documentos, mormente os respectivos contratos de forma que foi possível efetuar a análise da conformidade dos lançamentos.

As verificações realizadas constataram que os lançamentos enquadram-se nos Incisos do Art. 35 do Decreto 93.872/86

Conta Corrente Assinatura Contrato

Entrega do Produto / Finalização do Serviço Valor do Contrato Análise Controle Interno

2011NE002104 30.12.2011 14.5.2012 4.685.063,58

- O prazo da primeira entrega é de 35 dias úteis após a assinatura do contrato (vide cláusula 13ª);- Do valor do contrato (R$ 4.685.063,58), foi inscrito em RP R$ 4.595.997,58, não foi apresentada informação sobre a divergência entre o valor inscrito e o valor contratado;Em 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação: “Conforme previsto na cláusula 10ª, item 10.2 a despesa do valor total contratado será suportada por 3 (três) notas de empenho, quais sejam: 2011NE002100, no valor de R$ 17.066,00; 2011NE002149, no valor de R$ 72.000,00; e 2011NE002104, no valor de R$ 4.595.997,58. Assim, concluímos que, somados os valores constantes de cada nota de empenho, chegamos no valor total do contrato original, que é de R$ 4.685.063,68”

2011NE001005 31.5.2011 6.12.2011 5.300.000,00- Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE002144 30.12.2011 14.5.2012 1.423.208,00- Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE001091 16.4.2011 21.6.2016 10.000.000,00- Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE002029 23.12.2012

A primeira entrega se daria em 150 dias da assinatura do contrato, portanto não houve tempo hábil para liquidação.

1.032.412,50Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE000395 15.12.2011 A execução do objeto (instalação de cabeamento estruturado, dentre outros) iniciou a partir da vigência do contrato e tem prazo de 8 meses para encerrar, portanto não houve tempo

1.012.350,32 Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

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hábil para a liquidação.

2009NE000579 - - -- Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE000185 22.6.2006 - 2.000.000,00- Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE000414 28.12.2011

Trata-se de instalação de sistema de ar-condicionado na nova seda do Escritório Regional – ER04/MG, vigência de 8 meses iniciando-se na data de assinatura, portanto não houve tempo hábil para a liquidação.

900.000,00Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

2011NE001546 - - -

Conforme a área gestora o valor que deveria ser lançado é de R$ 392.972,51. Devem ser apresentadas as razões para o lançamento, em RP, de R$ 457.969,36 a mais do necessário. Em 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação: “O valor de R$ 1.078.247,60 inscrito em RP teve como objetivo o pagamento dos serviços referentes à vigência parcial do 3º Termo Aditivo, que se iniciou em 22/10/2011, sendo que o valor total efetivamente pago foi de R$ 958.490,00. Além disso, havia um valor referente à repactuação do contrato realizada por meio de Termo de Apostila assinado em 23/12/2011, cujo valor pago foi de R$ 46.674,18. Finalmente, destaca-se que foi realizada uma glosa no valor de R$ 308.795,0, tendo em vista correção do valor contratual realizado por meio de Termo Aditivo ao contrato original.”

2011NE001003 - - - Não foi apresentada, cópia do contrato, foi informado apenas que as audiências (objeto do contrato) não ocorreram e que por isto foram lançados os valores em Resto a pagar. Justificativa insuficiente. Devem ser apresentadas as devidas justificativas acompanhadas da respectiva cópia do contrato. Em 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação: “Conforme informação prestada pela área gestora, o contrato com

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a EBC para veiculação de publicidade legal é sob demanda e poderiam surgir eventos urgentes e inadiáveis, como audiências públicas, licitações, a exemplo do ocorrido com a renovação dos contratos de concessão no final de novembro/2010. Assim, tendo em vista a natureza desse contrato, achou-se prudente inscrever o valor da nota de empenho em restos a pagar”

2011NE001701

Foi informado que havia pendência de pagamento para o contratado como justificativa para a inscrição em RP. Devem ser apresentadas as razões para o lançamento de R$484.356,02 em restos a pagar tendo em vista que o valor necessário para cobrir o contrato era de R$293.992,97. Em 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação: “Foi inscrito em restos a pagar o valor referente a R$ 678.348, 99 com o objetivo de pagar os serviços referentes à vigência do 4º Termo Aditivo, que se iniciou em 07/11/2011. Ressalta-se que, do valor inscrito em RP, já foi efetivamente utilizado em 2012 o valor de R$ 588.391,67 referente ao período supracitado”

2008NE001445 - - - As informações apresentadas foram insuficientes para justificar o lançamento em RP, tendo em vista que conforme o gestor havia pendências de verificação de serviços prestados e ao final verificou que o RP deveria ter sido cancelado. Apresentar as razões, de forma pormenorizada, para lançamento e para o cancelamento dos RP, bem como cópia do contrato. Em 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação: “O valor foi inscrito em RP tendo em vista que a área gestora realizou a devolução de fatura referente ao serviço prestado no período de 26/11 a 29/11/2008, data em que se

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encerrava o contrato. Tendo em vista que não houve registro de retorno da NF, a área gestora optou por manter o valor de R$ 107.356,42 inscrito em RP”

2010NE000096Lançamento em restos a pagar em conformidade com o Decreto 93.872/86.

No que concerne a valor, cronograma e vigência, os contratos e outros documentos referentes a uma amostra de 74 (setenta e quatro) empenhos realizados pela Anatel, constantes do item nº 052 da SA nº 201103188/012, de 7.4.2011, os quais totalizam R$ 35.997.300,75 e representam 80% dos valores empenhados em restos a pagar ao final de 2010.

3.1.4. Assunto - BENS IMOBILIÁRIOS

3.1.4.1. Constatação (47)

Ausência de Avaliação de 31 (trinta e um) imóveis cadastrados no sistema SPIUnet, representando 92% do parque imobiliário da agência.

Com vista a avaliar a gestão do patrimônio imobiliário de responsabilidade da Unidade, classificado como “Bens de Uso Especial”, verificou-se, com base nas informações extraídas do SPIUnet - Sistema de Gerenciamento dos Imóveis de Uso Especial da União, em 31.12.2011, que a Agência possui 33 (trinta e três) imóveis cadastrados no citado sistema. Mister frisar que as informações sobre os mencionados 33 imóveis foram apresentados no relatório de gestão da Agência.

A obrigatoriedade da Agência em manter seus próprios imóveis no Cadastro Nacional de Bens Imóveis, advém do Art. 1º da Portaria Conjunta Nº 1.110, de 19.11.1991, in verbis:

“Art. 1º - Estender aos imóveis de propriedade das Autarquias e Fundações Públicas as determinações contidas no Decreto nº 99.672/90, que trata do Cadastro Nacional de Bens Imóveis”.

Cabe destacar que o Decreto nº 99.672/90, até a emissão da Portaria Conjunta nº 1.110, exigia das autarquias federais apenas o cadastro dos imóveis de propriedade da União que estavam sob sua administração, por qualquer fundamento.

A Orientação Normativa GEADE-004, de 25.2.2003 da Secretaria do Patrimônio da União – SPU do Ministério do Planejamento – MPOG, tem por objetivo estabelecer normas e procedimentos de avaliação e informação técnica de valor dos imóveis de propriedade da União ou de seu interesse e no seu item 4.6.2, estabelece:

“4.6.2 Terão validade por 24 meses as avaliações elaboradas:

a) para obtenção de receitas patrimoniais classificadas como taxas de ocupação,

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foros, laudêmios e multas previstas em lei;

b) Quaisquer formas de cessões gratuitas, inclusive entregas e cessões sob regime de aforamento gratuito, para fazer constar nos contratos;

c) para fins cadastrais e contábeis;

d) na fixação do custo de reprodução de benfeitorias, para fins de cálculo de seguro;

e) nas aquisições mediante doações com ou sem encargo;

f) na permissão de uso

g) para cálculo de indenização por ocupação ilícita; e

h) por transferência de domínio para fins de reforma agrária.” (grifo nosso)

Da análise dos imóveis cadastrados no sistema SPIUnet ficou constatado que apenas para os imóveis, situados em Goiânia/GO e Boa Vista/RR, foram realizadas avaliações, em 2011, sendo que para os outros 31 imóveis, o valor de mercado provável encontra-se desatualizado no sistema SPIUnet em desacordo com o item 4.2.6.c da Orientação Normativa GEADE-004.

Quanto a este mesmo assunto cabe ressaltar que na Constatação (012) do relatório de Auditoria Anual de Contas, exercício 2010, esta CGU já havia apontado esta mesma impropriedade, qual seja, ausência de avaliação dos imóveis cadastrados no Sistema SPIUnet.

Para esta constatação a Agência apresentou manifestação em seu Plano de Providências, por meio do Ofício nº 15/2012/AUD-Anatel, de 31.1.2012:

“Foi encaminhado um ofício a Secretária de Patrimônio da União, cópia anexa, solicitando a inclusão de servidores da Anatel na próxima capacitação de servidores para utilização do SPIUnet, mas fomos informados que não havia vagas na próxima capacitação e que ainda não tinha previsão de formação de uma nova turma.

Com a negativa do curso, foi realizada uma visita a SPU para receber algumas orientações básicas quanto aos procedimentos de atualização da situação cadastral dos imóveis de uso da Agência.

Fomos orientados de que antes de qualquer atualização e/ou alteração do cadastro de imóveis, seria necessário providenciar sua avaliação.

De posse dessa informação, foram encaminhados ofícios às 27 Superintendências Regionais do Patrimônio da União, cópias anexas, solicitando a reavaliação dos imóveis utilizados pela Anatel em todos os estados da federação. Apenas a Superintendência Regional de Goiás realizou a avaliação do imóvel do ER-7. As demais Superintendências recusaram o pedido por falta de pessoal ou por alegarem não serem obrigados a atender a solicitação.

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Como segunda opção, serão encaminhados ofícios às respectivas prefeituras da circunscrição dos imóveis, solicitando que nos seja fornecido o valor do IPTU do imóvel, possibilitando assim, o cálculo do seu valor atual.

Caso essa tentativa seja frustrada, providenciaremos a contratação de uma empresa especializada para tal serviço.”

Verifica-se que, apesar dos esforços da unidade, 31 (trinta e um) imóveis, que representam 92% do parque imobiliário da agência, estão sem as devidas avaliações.

Tendo em vista as recomendações constantes do Plano de Providências, item 4.1.3.1 do Relatório Anual de Contas nº 201108786, exercício de 2010, e o monitoramento desta CGU, não serão exaradas novas recomendações para esta constatação.

3.1.4.2. Constatação (48)

Ausência de cadastro dos imóveis de uso especial no SPIUNET.

Do cotejamento de informações entre os dados constantes do Relatório de Gestão da Agência – RG e os dados constantes do Sistema SPIUnet, verificou-se que os bens imóveis locados de terceiros, apesar de informados no RG não constam no sistema SPIUnet.

De fato, consta, no Relatório de Gestão (pg. 94), um total de 29 (vinte e nove) imóveis locados. sendo que este total não condiz com os pagamentos efetuados no SIAFI onde constam os seguintes quantitativos de locadores de imóveis:

Tabela 1:

UG EmitenteQuantidade de Favorecidos

Conta (333903615) Conta (333903910) Total413002 4 4413003 1 2 3413004 5 1 6413005 3 4 7413006 6 6413007 1 1413008 1 1413009 1 1413010 2 2413011 1 1413012 2 2Total 26 8 34

Outro fato que merece destaque e que demonstrar inconsistência nos controles implementados pela Agência para gerenciar o parque imobiliário sob sua responsabilidade, é que: apesar do relatório de Gestão da Agência apresentar, no quadro A.11.2, que, no Escritório Regional de São Paulo – ER1, existem 1 (um) imóvel locado no exercício 2011, em análise dos contratos de manutenção predial desta mesma ER1, constatou-se que existem 17 (dezessete) estações remotas, divergindo dos 6 imóveis próprios (quadro A.11.1 do RG) e 5 locados (quadro A.11.2 do RG) apresentados.

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Tendo em vista as recomendações constantes do Plano de Providências, item 4.1.4.3 do Relatório Anual de Contas nº 201108786, exercício de 2010, e o monitoramento desta CGU, não serão exaradas novas recomendações para esta constatação.

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência informou:

“Em virtude da dificuldade de operacionalização de resposta adequada para esse item em tempo hábil, a Gerência da área responsável solicita um prazo superior ao da emissão deste pré-relatório. Caso não seja possível o atendimento por parte dessa Controladoria-Geral, a Anatel continuará com os trabalhos, visando informar o posicionamento da Agência antes da emissão do Relatório final.”

Análise do Controle Interno

Na ausência de uma manifestação em tempo hábil, a constatação permanece, mister lembrar que os imóveis classificados como cedidos (quadro A.11.1 do RG) devem constar nos registros do SPIUnet e devem receber um RIP de Utilização que demonstre que a Anatel é usuária da totalidade ou fracão do imóvel.

Em resposta ao Relatório Preliminar de Auditoria n.° 201203585, por meio do Ofício nº 103/2012/AUD, de 24.7.2012, a Agência informou o seguinte:

“A Gerência Operacional de Fiscalização Técnica – ER01FT, responsável pelos sites no ER01, relacionou as Estações de Monitoragem e a forma de contrato de alocação entre as partes, conforme quadro abaixo:

Estações Remotas de Monitoragem / Locais das InstalaçõesÓrgão Federal Órgão Estadual Empresa

Municipal Locais Privados

Exército Aeronáutica Polícia Militar DER SAAE Cedido Alugado

Barueri Congonhas Interlagos Bauru S. Carlos Votorantim A. Machado

Jundiaí Cumbica Araçatuba Ribeirão Preto Campinas

Taubaté Piracicaba Marília

Meridiano

S.J.Rio Preto

OBS.: A Anatel tem custos somente com os locais alugados

Constata-se, portanto, que 11 ERM’s estão instaladas em imóveis de propriedade de outros órgãos/empresa, 5 em imóveis alugados de particular e 1 em imóvel cedido por particular, sendo que a Anatel tem custos somente com os locais alugados.

Em relação ao cadastramento dos imóveis locados nas diversas UGs da Anatel, estamos buscando informações junto à SPU-DF (em complemento às informações que constam do item 3.1.4.1) no sentido de proceder aos registros RIPs correspondentes no SPIUnet.

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Adicionalmente, informamos que estamos procedendo internamente o levantamento do quantitativo correto de imóveis locados e cedidos com ônus para a Anatel, a fim de regularizar os respectivos RIPs no SPIUnet.”

Inicialmente, a Agência deve identificar o real proprietário dos imóveis cedidos pelos órgãos federais, sendo que, ao se certificar de que os mesmos são de propriedade da União, deve-se: registrá-los no SPIUnet com um RIP de Utilização que demonstre a utilização do imóvel pela Anatel e, também, apresente a Fração Ideal ocupada no imóvel cedido.

É importante frisar que o SPIUnet permite o registro de imóveis onde o Regime de Utilização seja: “Cessão-Outros” e “Cessão - Administração Federal Indireta”. De fato, os casos de cessão no âmbito da Anatel apresentados, tanto da parte dos órgãos federais quanto estaduais e municipais, enquadram-se nestes Regimes de Utilização, os quais devem ser empregados nos registros valendo-se das orientações do item 7.3 do Manual do SpiuNet, de jun.2009.

Quanto ao imóvel cedido por particular para a Administração Pública, urge que a Agência verifique qual foi o instrumento contratual que formalizou a permissão de utilização do imóvel, devendo, tempestivamente, proceder da seguinte forma: (1) caso seja um instrumento amparado pela lei do inquilinato sem ônus para a administração, o mesmo deve ser registrado como locado de terceiros, conforme as orientações do item 7.6 do Manual do SpiuNet, de jun.2009; (2) caso seja um comodato, o mesmo deve ser registrado como tal, conforme as orientações do item 7.5 do Manual do SpiuNet.

Cabe observar que não foram localizados os pagamentos relativos à locação do imóvel localizado em Marília/SP nas contas do SIAFI de nº 3.3.3.9.0.39.10 – Locação de Imóveis - e nº 3.3.3.9.0.36.15 – Locação de Imóveis de Pessoa Física-.

Recomendações

Recomendação (1)

Que a Anatel identifique os reais proprietários dos imóveis cedidos pelos órgãos federais e registre, conforme o caso, no SPIUnet os imóveis de uso especial pela Agência de propriedade da União informando a Fração Ideal ocupada no imóvel cedido.

Recomendação (2)

Que a Anatel registre no SPIUnet as cessões de imóveis estaduais e municipais de uso especial pela Agência observando o devido Regime de Utilização.

Recomendação (3)

Que a Anatel registre no SPIUnet os imóveis de particulares de uso especial pela Agência observando o devido Regime de Utilização.

Recomendação (4)

Que seja apresentado o contrato de locação do imóvel localizado em Marília/SP.

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3.1.4.3. Informação (49)

Após análises dos registros do sistema SIAFI, constatou-se lançamento na conta Imóveis a Registrar sem a informação do respectivo RIP do imóvel, referindo-se ao prédio em Natal/RN.

A ausência de registro no SPIUnet ocasionou o lançamento de imóvel na conta Imóveis a Registrar sem mencionar o respectivo Registro Imobiliário Patrimonial – RIP. O citado lançamento refere-se ao prédio localizado em Natal/RN, cujo cadastro ainda consta como pertencente à Gerencia Regional da Secretaria do Patrimônio da União do Rio Grande do Norte – SPU/RN.

Conforme informação constante do relatório de Gestão (pg. 94), o imóvel encontra-se sem registro definitivo no Cartório de Registro de Imóveis devido à falta de recolhimento do Laudêmio em favor da Prefeitura Municipal de Natal.

Foi informado, em resposta à SA nº 201203585-005, de 24.4.2012, que o pagamento do Laudêmio deve ser providenciado pelo vendedor, de acordo com o Art. Nº 2038, do Código Civil (Lei nº 10.406/2002) e que a Procuradoria Federal Especializada da Anatel no Rio Grande do Norte foi envolvida para atuação na solução do problema.

3.1.4.4. Informação (50)

Quanto aos contratos de locação, de um montante de R$ 1.902.475,00 dispendidos com contratos de locação, analisamos 5 (cinco) processos que representaram 81% dos recursos. Os valores avençados em cada contrato analisado estão em linha com os respectivos Laudos de Avaliação disponibilizados.

Localidade Contrato Processo Valor Anual (R$)

ER 11.2 Acre ER 11 008/2008-Anatel 53578000324/2008 98.400,00

ER 11.1 Rondônia ER-11 num. 008/2010-Anatel 535810004312010 315.149,64

ER 9.2 - Piauí ER-9 num. 13/2011-Anatel 535600028542010 139.990,81

ER 4 - MG ER-04 num. 005/2008-Anatel 53524003030/2008 963.748,12

ER 1 – ERM Campinas ER01 nº 03/2011-Anatel 53504012282/2011 21.478,93

Total 1.538.767,5

3.1.4.5. Constatação (51)

Utilização do Evento 51.1.001 nos registros contábeis demonstrando a existência de pagamentos de despesas com aluguel sem amparo contratual.

Por meio da Solicitação de Auditoria 201203585/005, item 32 foi requisitado à Anatel:

“Apresentar rotinas visando à segregação contábil, suficientemente analítica, para a distinção clara dos registros relativos às despesas com:

___________________________________________________________________________________________________ 139Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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locação de imóveis para uso de servidores;

locação de imóveis para uso do órgão, unidade ou subunidade;

manutenção dos imóveis próprios e da União; e

manutenção dos imóveis locados de terceiros privados ou de outras esferas públicas”.

Das informações apresentadas, por meio do Ofício nº 45/2012/AUD-Anatel, de 2.5.2012, constatou-se que para os contratos de locação são utilizadas as contas 3.3.3.9.0.39.10 – Locação de Imóveis - e 3.3.3.9.0.36.15 – Locação de Imóveis de Pessoa Física-, porém a Agência não apresentou informações quanto às contas correntes do plano de contas utilizadas para classificar os pagamentos referentes aos contratos de locação, as quais seriam os CPF/CNPJ dos contratados, haja vista que a solicitação visava analisar rotinas utilizadas pela Agência com vista à segregação contábil, suficientemente analítica, para a distinção clara dos registros relativos às aludidas despesas.

Também foi verificado que os 29 (vinte e nove) imóveis, constantes no relatório de gestão, relativos aos bens de uso especial locados de terceiros, Quadro A.11.2, não condizem com os pagamentos efetuados no SIAFI onde constam os seguintes quantitativos de locadores de imóveis:

Tabela 1:

UG EmitenteQuantidade de Favorecidos

Conta (333903615) Conta (333903910) Total413002 4 4413003 1 2 3413004 5 1 6413005 3 4 7413006 6 6413007 1 1413008 1 1413009 1 1413010 2 2413011 1 1413012 2 2Total 26 8 34

Ainda em resposta a Solicitação de Auditoria 201203585/005, foi informado, Ofício 45/2012/AUD-Anatel, que a Agência registra os seus contratos de aluguéis em contas de compensação. Entretanto, ao consultar o SIAFI e ao extrair as Notas de Sistema e Ordens Bancárias, vemos que as contas de compensação não estão sendo alocadas (informadas) em todos os casos, principalmente quando utilizando o evento 531314 com a conta 3.3.3.9.0.39.10. Cabe observar que a utilização do evento 511002, o qual tem sido utilizado pela Agência com a conta 3.3.3.9.0.36.15, permite a utilização de contas de compensação no campo Classificação2 (19972kk00). Desta forma, utilizamos as contas relativas à Despesa para obter os quantitativos de favorecidos da tabela 1.

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Manifestação da Unidade Examinada:

Quanto ao fato acima descrito, Anatel se manifestou por meio do Ofício 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“Apresentar rotinas visando à segregação contábil, suficientemente analítica, para a distinção clara dos registros relativos às despesas com:

➢ Locação de imóveis para uso de servidores:

Esta situação não se aplica à Anatel.

➢ Locação de imóveis para uso do órgão, unidade ou subunidade:

Registro de contrato : os contratos de aluguel, são registrados nas contas de compensação (1.9.9.7.2.03.00 CONTRATOS DE ALUGUEIS(Sem IG) e 1.9.9.7.2.11.00 CONTRATOS DE ALUGUEIS (Com IG) seguindo-se roteiro do SIAFI, apresentado a seguir:

ROTEIRO UTILIZADO NO REGISTRO DO CONTRATO FUNÇÃO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASS.1 CLASS.2 OBSAssinatura de Contratos de Seguros, Alugueis, Serviços, Gestão ou Fornecimento de Bens em Geral (Qdo o Beneficiário for CNPJ,CPF, IG OU UG (C/C 02)

CNPJ, CPF, UG, IG OU 999(favorecido NE)

Não Exigido 1.9.9.7.2.XX.YY Não Exigido Registro de Contrato Sem Inscrição Genérica

Assinatura de Contratos de Alugueis(Quando exigir C/C Tipo 44)

Número de empenho com uso do favorecido + IG

Não Exigido 3.X.X.X.X.XX.YY Não Exigido Registro de Contrato Com Inscrição Genérica

Registro das despesas: as despesas com aluguel (com ou sem contratos), são registradas nas contas 33390.36.15 – Locação de Imóveis (PF) ou na 33390.39.10 - Locação de Imóveis (PJ), conforme o caso.

Quanto à segregação das contas de despesas com aluguel, estas são registradas observando-se, rigorosamente, as regras estabelecidas na Tabela de Eventos, disponível no SIAFI.

ROTEIRO DOS EVENTOS UTILIZADOS NOS PAGAMENTOS DE ALUGUEISEVENTO FUNÇÃO INSCRIÇÃO 1 INSCRIÇÃO 2 CLASS.1 CLASS.2 OBS51.1.001 Aprop.

Desp.CorPes.

Nº NE CNPJ/CPF/UG/IG/999

3390.9X.XX.YY Não Exigido Pag.S/Contrato

51.1.002 Desp. Serv.com Contrato

Nº NE Não Exigido 3390.9X.XX.YY 199.72.KK.00 Pag.C/ContratoSEM IG

51.1.269 Desp. C/Loc.

Nº NE + IG Não Exigido 3390.9X.XX.YY Não Exigido Pag. C/Contrato

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Bens Móv/Imóv

COM IG

➢ Manutenção dos Imóveis Próprios e da União:

Esta despesa é contabilizada na conta 3.3.3.9.0.39.16 - MANUTENCAO E CONSERV. DE BENS IMÓVEIS.

➢ Manutenção dos Imóveis Locados de Terceiros Privados ou de Outras Esferas:

No Plano de Contas da União atual, não há uma conta contábil, específica para segregação deste tipo de despesas, assim também a contabilizamos na conta 3.3.3.9.0.39.16 - MANUTENCAO E CONSERV. DE BENS IMÓVEIS.

Analise do Controle Interno

Verificou-se que as contas de compensação utilizadas com as Notas de Sistema estão sendo registradas devidamente conforme relatado pela Agência e verificado no SIAFI.

Entretanto, em consulta ao SIAFI, obtivemos as Notas de Sistema (NS) da Tabela 1 que utilizaram o evento 51.1.001, o qual é utilizado para pagamentos sem contrato vigente. De fato, as NS´s são relativas aos aluguéis das ERMs dos municípios de Caxias do Sul/RS, Passo Fundo/RS e Alvares Machado/SP, os quais devem estar sem contrato vigente há pelo menos 1 (um) ano.

Tabela 1

Data Emissão Número NS UG Emitente Favorecido Valor_1

08-FEV-2011 000158 413006 276.785.470-72 674,0703-MAR-2011 000242 413006 276.785.470-72 674,0705-ABR-2011 000332 413006 276.785.470-72 674,0706-MAI-2011 000449 413006 276.785.470-72 674,0703-JUN-2011 000541 413006 276.785.470-72 674,0705-JUL-2011 000661 413006 276.785.470-72 674,0701-AGO-2011 000737 413006 276.785.470-72 674,0702-SET-2011 000864 413006 276.785.470-72 674,0704-OUT-2011 000975 413006 276.785.470-72 674,0703-NOV-2011 001075 413006 276.785.470-72 674,0701-DEZ-2011 001176 413006 276.785.470-72 674,0707-FEV-2011 000142 413006 360.528.920-72 894,1601-MAR-2011 000230 413006 360.528.920-72 894,1605-ABR-2011 000331 413006 360.528.920-72 894,1602-MAI-2011 000429 413006 360.528.920-72 894,1601-JUN-2011 000528 413006 360.528.920-72 894,1601-JUL-2011 000655 413006 360.528.920-72 894,1601-AGO-2011 000736 413006 360.528.920-72 894,16

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02-SET-2011 000863 413006 360.528.920-72 894,1604-OUT-2011 000974 413006 360.528.920-72 894,1603-NOV-2011 001076 413006 360.528.920-72 894,1601-DEZ-2011 001175 413006 360.528.920-72 894,1629-ABR-2011 000691 413002 379.061.758-08 360029-ABR-2011 000706 413002 379.061.758-08 360031-OUT-2011 002057 413002 379.061.758-08 480023-NOV-2011 002249 413002 379.061.758-08 3600

É importante, também, observar que o evento 511001 vinha sendo utilizado para quitar os débitos relativos aos contratos nº “ER-04 num. 005/2008-Anatel” e nº “ER01 nº 005/2001-Anatel” no período em que ficaram sem contrato vigente, sendo que o último ficou por mais de 4 anos, conforme Nota nº 359/2011/AGU, de 8.8.2011:

“4. Por outro lado, noto, contudo, que a Anatel está ocupando o imóvel objeto da pretendida contratação, ainda que a com a correspondente contraprestação mensal em favor dos locadores – em observância ao art. 59, parágrafo único, da Lei n. 8.666/936 – há mais de quatro anos, sem que existisse uma formalização contratual para tanto, com infringência ao art. 62, da Lei n. 8.666/93.”

Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“Os terrenos indicados na Constatação 51 referem-se aos locais onde estão implantadas as estações de radiomonitoragem nos Municípios de Passo Fundo e Caxias do Sul, ambos no Estado do Rio Grande do Sul.

Em relação a esta Constatação, o Escritório Regional da Anatel no Estado do Rio Grande do Sul (ER05) informou que de fato a Agência não possuiu contrato de locação vigente em decorrência da recusa dos proprietários em renová-los. Entretanto, os pedidos de desapropriação dos imóveis já estão em fase de análise nos autos dos Processos n. 53528.003959/2010 e 53528.006860/2010.

O ER05 acrescentou, ainda, que, seguindo recomendação da d. Procuradoria Federal Especializada da Anatel proferido quando da análise da desapropriação, os pagamentos estão sendo efetuados por reconhecimento de débitos, a fim de evitar o despejo arbitrário do imóvel”.

Recomendações

Recomendação (1)

Que a Anatel apresente os contratos de locação vigentes para as ERMs de Caxias do Sul/RS, Passo Fundo/RS e Alvares Machado/SP.

Recomendação (2)

Apresentar o resultado do processo 53528.003959/2010, tão logo o mesmo seja

___________________________________________________________________________________________________ 143Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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concluído.

Recomendação (3)

Apresentar o resultado do processo 53528.006860/2010, tão logo o mesmo seja concluído.

3.1.5. Assunto - MOVIMENTAÇÃO

3.1.5.1. Informação (8)

Foram realizadas análises durante o exercício de 2011, na Anatel, com o objetivo de avaliar a consistência da execução da folha de pagamento da Unidade. Os exames restringiram-se à análise de 35 trilhas de auditoria e apontaram pela existência de 51 inconsistências, que foram levadas ao conhecimento da Anatel por meio dos Ofícios nº 29.424 e nº 37.971, de 4.10.2011 e 14.12.2011 respectivamente, de forma que a Agência pudesse promover as providências necessárias.

As inconsistências encontradas estão apresentadas abaixo:

Descrição das TrilhasQuant. de

Ocorrências

29) Servidores Requisitados sem informação do valor da remuneração extra-Siape 16

30) Servidores Cedidos sem informação do valor da remuneração extra-Siape 1

31) Inclusão de informações pelo próprio servidor habilitado no Siape (nível operacional), em sua respectiva folha de pagamento. 2

34) Servidores cedidos para órgãos recusáveis, que recebem, na origem, gratificação por desempenho/produtividade específica de sua carreira/plano de cargos.

20

35) Pensões concedidas após 19/02/2004 cadastradas no Siape em Tipos menores que 52. 12

Após ciência, a Agência promoveu a correção das inconsistências e apresentação de esclarecimentos, por meio do Ofício nº 152/2011/AUD-Anatel, de 31.10.2011, de forma que todas as inconsistências apresentadas foram sanadas ou esclarecidas:

a) Trilhas 29 e 30: foram disponibilizadas, encaminhado a esta CGU, as remunerações e a situação dos servidores que constam no Siape como “CEDIDO” e “REQUISITADO DE OUTROS ÓRGÃOS” sem a disponibilização, no próprio Siape, da remuneração extra-Siape, a qual encontra-se acostada a este processo em meio impresso, permitindo a verificação manual da extrapolação do teto remuneratório do serviço público.

b) Trilha 31: o lançamento ocorreu em função do uso de macro para lançamento de informações em bloco;

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c) Trilha 34: a Agência informou que os servidores estão recebendo a gratificação de desempenho de acordo com o disposto no art.14, do Decreto nº 7.133/2010, mas no SiapeNet não consta a localização do servidor R. B. Mat. Siape 1489488, o qual encontra-se cedido para o STF (Poder Judiciário), apesar do campo Situação do Servidor ser CEDIDO no sistema SiapeNet;

d) Trilha 25: correção para o tipo 54 realizada automaticamente pelo MPOG;

Registra-se que todas as inconsistências encontradas possuíam natureza formal, não tendo sido identificado, em nenhum dos achados, dano ao Erário.

3.1.5.2. Informação (13)

Para fins de verificação do cadastramento dos atos de pessoal no Sistema de Apreciação dos Atos de Admissões e Concessões – SISAC, do Tribunal de Contas da União – TCU, em observância aos preceitos do art. 7º da Instrução Normativa / TCU 55/2007, procedeu-se análises e aplicações de testes em 18 atos de admissão de pessoal da Agência, relativos ao exercício de 2011, de um total de 40 relacionados para exame, cujo resultado dos testes e análises, apontaram que os atos foram cadastrados no citado sistema e disponibilizados tempestivamente ao Órgão de Controle Interno, todavia não foi possível avaliar se os mesmos foram disponibilizados de modo tempestivo no SISAC, haja vista não haver, no referido sistema, informação sobre a efetiva data de lançamento dos atos, conforme explicitados no quadro abaixo.

Data da Consulta ao Sisac:15.5.2012

Número de Controle Tipo de Ato Início da Vigência Disp. ao Controle Interno Situação no SISAC

1-071413-8-01-2011-000008-4 Admissão 01/04/11 14/04/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000011-4 Admissão 31/03/11 31/03/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000022-0 Admissão 02/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000025-4 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000027-0 Admissão 22/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000029-7 Admissão 11/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000031-9 Admissão 11/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000102-1 Admissão 11/11/11 27/11/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000047-5 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000049-1 Admissão 29/07/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000051-3 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000056-4 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000060-2 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000064-5 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000005-0 Admissão 05/04/11 14/04/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000004-1 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000072-6 Admissão 01/08/11 24/08/11 Cadastrado

1-071413-8-01-2011-000002-5 Admissão 07/04/11 14/04/11 Cadastrado

3.1.5.3. Informação (36)

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Com vista a verificar o cumprimento, pela Agência, das obrigações estabelecidas na Lei nº 8.730/1993, selecionou-se 34 (trinta e quatro) servidores para análises das Declarações de Bens e Rendas, notadamente no que se refere as rotinas existentes que controlam a entrega anual à unidade de pessoal, das cópias das declarações com as respectivas retificações, ou das autorizações de acesso eletrônico destas no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Os testes aplicados “in loco” na unidade de pessoal denotaram que os controles administrativos instituídos pela Agência, asseguram de forma satisfatória o monitoramento do cumprimento, por parte dos servidores alcançados pela citada norma, das exigências legais estabelecidas, exemplificado no quadro abaixo.

Declarações de Bens e Rendas / Autorizações Ano base-2011Relação Servidores Objeto de análises

CPF Servidor Tipo Documento Situação Declaração Autorização

072.636.001-53 Autorização Entregue

630.715.333-49 Autorização Entregue

007.573.671-35 Declaração Entregue

116.712.111-20 Declaração Entregue

952.045.634-15 Autorização Entregue

045.512.308-04 Declaração Entregue

785.796.275-91 Autorização Entregue

153.197.411-20 Autorização Entregue

011.882.551-85 Autorização Entregue

012.529.387-99 Autorização Entregue

393.000.051-20 Declaração Entregue

184.059.671-68 Declaração Entregue

472.648.709-44 Autorização Entregue

084.238.651-34 Declaração Entregue

053.965.106-09 Autorização Entregue

519.945.189-87 Autorização Entregue

039.894.116-59 Declaração Entregue

221.463.341-34 Autorização Entregue

452.205.496-34 Declaração Entregue

128.935.281-04 Declaração Entregue

184.938.581-53 Autorização Entregue

263.659.871-53 Autorização Entregue

095.272.947-46 Autorização Entregue

794.842.397-49 Autorização Entregue

774.179.841-34 Autorização Entregue

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3.1.5.4. Constatação (39)

Descumprimento dos normativos legais quanto aos processos de cessão dos funcionários à Anatel.

Com o objetivo de avaliar as recomendações da CGU de exercícios anteriores, identificamos no Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 245375, referente ao exercício de 2009, o descumprimento dos normativos legais quanto aos processos de cessão dos funcionários à Anatel. Sobre o assunto, esta CGU recomendou que a Agência efetuasse a adequação de todos os processos de cessão dos servidores ou funcionários de órgãos ou entidades da Administração Pública aos ditames da Lei nº 9.472, de 16.7.1997, da Lei nº 11.292, de 26.4.2006 e do Decreto nº 4.050, de 12.12.2001.

Por meio do Ofício nº 39/2011/AUD-Anatel, de 19.9.2011, o Gestor apresentou a seguinte manifestação:

“Acerca dos requisitados, informamos que 5 (cinco) retornaram à Telebrás após 15/04/2011 – data da última informação à CGU. O retorno dos empregados está ocorrendo de forma a minimizar os riscos operacionais da Anatel e atender às necessidades da Telebrás. Atualmente, há 72 empregados da Telebrás nesta Agência. Cabe ressaltar que a manutenção dos requisitados Telebrás tem respaldo na Lei n.º 9.472/97 e na Lei n.º 10.871/2004. Esta assim dispõe no artigo 27:

“Art. 27. As entidades referidas no Anexo I desta Lei somente poderão requisitar servidores e empregados de órgãos e entidades integrantes da Administração Pública para o exercício de cargos comissionados, observado o disposto no art. 33 desta Lei.

§ 1o Os servidores cedidos às entidades referidas no Anexo I desta Lei na data da publicação desta Lei poderão permanecer à disposição delas, inclusive no exercício de funções comissionadas e cargos comissionados técnicos, até que estejam providos, no âmbito da entidade respectiva, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do total de cargos criados por esta Lei.

§ 2o Os empregados das entidades integrantes da Administração Pública que na data da publicação da Lei estejam requisitados pelas Agências Reguladoras permanecerão nesta condição, inclusive no exercício de funções comissionadas e cargos comissionados técnicos, salvo devolução do empregado à entidade de origem, ou por motivo de rescisão ou extinção do contrato de trabalho.” (grifo nosso)”

Conforme consta do Relatório de Auditoria Anual de Contas CGU nº 245375, referente ao exercício de 2009, o Convênio nº 001/98 de cessão de empregados da Telebrás à Anatel, celebrado em 9.1.1998, com fulcro nos ditames da Lei nº 9.472, de 16. 7.1997, tinha vigência de 24 meses, conforme cláusula sexta do referido convênio, portanto não estando mais em vigor.

Sobre a manifestação do Gestor, reproduzimos trecho constante do citado Relatório, que esclarece sobre os institutos da requisição e da cessão para o caso em tela:

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“Com relação a Lei 10.871, de 20.5.2004, transcrevemos abaixo o seu Art. 27 que trata sobre requisição e cessão de pessoal às Agências Reguladoras:

“Art. 27. As entidades referidas no Anexo I desta Lei somente poderão requisitar servidores e empregados de órgãos e entidades integrantes da Administração Pública para o exercício de cargos comissionados, observado o disposto no art. 33 desta Lei.

§ 1º Os servidores cedidos às entidades referidas no Anexo I desta Lei na data da publicação desta Lei poderão permanecer à disposição delas, inclusive no exercício de funções comissionadas e cargos comissionados técnicos, até que estejam providos, no âmbito da entidade respectiva, pelo menos 50% (cinquenta por cento) do total de cargos criados por esta Lei.

§ 2º Os empregados das entidades integrantes da Administração Pública que na data da publicação da Lei estejam requisitados pelas Agências Reguladoras permanecerão nesta condição, inclusive no exercício de funções comissionadas e cargos comissionados técnicos, salvo devolução do empregado à entidade de origem, ou por motivo de rescisão ou extinção do contrato de trabalho.” (grifo nosso)

Note-se que a exceção do parágrafo § 1º supracitado trata de cessão de servidores, e não de empregados públicos. Cabe lembrar que o Convênio 001/98 de cessão de empregados da Telebrás à Anatel, já não é vigente. Mesmo que interpretássemos de forma ampla este parágrafo, e o Convênio 001/98 estivesse vigente, destacamos que permanência na condição de cedidos, seria válida até que a Anatel não tivesse pelo menos 50% (cinquenta por cento) do total de cargos criados pela Lei nº 10.871/04.

Com relação à exceção do parágrafo § 2º supracitado, este não pode ser considerado, haja vista tratar-se de instrumento de requisição de empregados de entidades integrantes da Administração Pública, e não de cessão de empregados públicos que foi o instituto utilizado no Convênio 001/98 celebrado entre a Anatel e a Telebrás.

Assim, por meio dos fatos acima dispostos e dos documentos apresentados a esta CGU, constata-se que os processos de cessão dos funcionários da Telebrás não se adequaram aos normativos legais que vieram a substituir os ditames da Lei 9.472, de 16.7.1997, especificamente a Lei 11.292, de 26.4.2006, que remete ao novo regramento estabelecido pelo Decreto 4.050, de 12.12.2001.

Ainda sobre os institutos da cessão e requisição, temos a esclarecer o que segue. O Decreto nº 4.050, de 12.12.2001, regulamenta o art. 93 da Lei nº 8.112, de 11.12.1990, que dispõe sobre a cessão de servidores de órgãos e entidades da Administração Pública Federal, direta, autárquica e fundacional. Este Decreto, em seu art. 1º, traz algumas definições importantes, dentre as quais a cessão e a requisição, conforme reproduzimos a seguir:

“Art. 1º Para fins deste Decreto considera-se:

I - requisição: ato irrecusável, que implica a transferência do exercício do servidor ou empregado, sem alteração da lotação no órgão de origem e sem prejuízo da remuneração ou salário permanentes, inclusive encargos sociais, abono pecuniário,

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gratificação natalina, férias e adicional de um terço;

II - cessão: ato autorizativo para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança, ou para atender situações previstas em leis específicas, em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, sem alteração da lotação no órgão de origem;

(...)

IV - órgão cessionário: o órgão onde o servidor irá exercer suas atividades; e

V - órgão cedente: o órgão de origem e lotação do servidor cedido.”

As definições estabelecidas para requisição e cessão diferem entre si por se tratarem de institutos diferentes. Enquanto a requisição refere-se a ato irrecusável, a cessão tem o caráter de ato autorizativo, conforme se depreende da leitura dos incisos I e I do art. 1º do Decreto supracitado.

Ainda com relação ao seu art. 1º, o Decreto define, nos incisos IV e V, o órgão cessionário como sendo aquele em que o servidor irá exercer suas atividades, e o órgão cedente como sendo o órgão de origem e lotação do servidor cedido.

O art. 5º do referido Decreto deixa claro que pode haver tanto a solicitação de cessão, quanto a requisição de servidor, conforme grifado a seguir:

“Art. 5º Observada a disponibilidade orçamentária, a Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional poderá solicitar a cessão de servidor ou empregado oriundo de órgão ou entidade de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, suas empresas públicas e sociedades de economia mista, para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança e, ainda, requisitar nos casos previstos em leis específicas.” (grifo nosso)

Observa-se, no caso em tela de cessão, formalizada por meio do Convênio nº 001/98 de cessão de empregados da Telebrás à Anatel, celebrado em 9.1.1998, que a Agência configura-se como órgão cessionário e a Telebrás configura-se como órgão cedente. Assim, não há que se falar em requisição neste caso.

Feito o esclarecimento sobre cessão e requisição, reafirmamos a posição desta Controladoria, de que as cessões de empregados da Telebrás devem se viabilizar pelas disposições do Decreto nº 4.050/2001, reforçando o posicionamento contido no PARECER/MC/CONJUR/APC/Nº 2536-3.12/2008, de 6.11.2008, cujo trecho reproduzimos novamente, de maneira a elucidar a questão:

“(...)

08. Em relação ao reembolso às empresas públicas e sociedades de economia mista pelo seu pessoal cedido, restou consignado pela Consultoria Jurídica

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(PARECER/MC/CONJUR/BMF/Nº 1197/2006; PARECER/MC/CONJUR/CLL/Nº 0180/2008; PARECER/MC/CONJUR/BMF/Nº 1811/2007) que o critério utilizado pela Lei nº 8.112/90 e pelo Decreto nº 4.050/2001, para fins de imputar o ônus pelo pagamento da remuneração do empregado público cedido tem arrimo na origem da fonte de custeio. Assim, as empresas públicas e as sociedades de economia mista que recebem recursos do Tesouro Nacional, em caso de cessão de seus empregados para órgãos da Administração Direta da União, não serão reembolsadas, uma vez que não seria lógico a União reembolsar algo que é ela quem paga. De outra sorte, as empresas públicas e sociedades de economia mista que não recebem recursos do Tesouro, têm direito ao ressarcimento, haja vista que é pessoa jurídica diversa daquela que é a cessionária, bem como pelo fato da fonte de custeio ser própria. Esse entendimento é o que se extrai pela leitura do art. 93, §1º e §2º da Lei 8.112/90 e do art. 6º do Decreto nº 4.050/2001.

09. Assim sendo, no caso da TELEBRÁS, por ser sociedade de economia mista que não recebe recursos do Tesouro Nacional para custeio de sua folha de pagamento, ela teria, em princípio, direito ao ressarcimento pela cessão dos seus empregados cedidos ao Ministério das Comunicações, não fosse a limitação imposta pelo art. 11 do Decreto nº 4.050/2001, no que tange às cessões que impliquem reembolso para a Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, in verbis:

“Art. 11. As cessões ou requisições que impliquem reembolso pela Administração Pública Federal direta, autárquica e fundacional, inclusive empresas públicas e sociedades de economia mista, à exceção da Presidência e da Vice-Presidência da República, somente ocorrerão para o exercício de: (Redação dada pelo Decreto nº 5.213, de 2004)

I – cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, níveis 4, 5 e 6, e de Natureza Especial ou equivalentes; e (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)

II – cargo em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, nível 3, ou equivalente, destinado a chefia de superintendência, de gerência regional, de delegacia, de agência ou de escritório de unidades descentralizadas regionais ou estaduais (Incluído pelo Decreto nº 5.213, de 2004)

10. Ou seja, de acordo com a norma supracitada, para os casos em que terá de haver reembolso a cessão de servidor ou empregado público só será possível quando for para ocupar cargo comissionado DAS 4 ou superior, não estando o Administrador autorizado a ceder ou a receber servidor ou empregado público para ocupar cargo comissionado DAS menor que 4, salvo na hipótese descrita no inciso II do art. 11 do Decreto nº 4.040/2001.” (grifo nosso)

Na última manifestação da Agência, conforme consta da Nota Técnica nº 1.866/2011/DRCOM/DR/SFC/CGU-PR, de 19 de julho de 2011, foi informado que havia 114 empregados da Telebrás remanescentes na Anatel. Agora, o Gestor informou que 5 (cinco) retornaram à Telebrás, após 15.4.2011, data da última informação à CGU, restando 72

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empregados na Agência.

Tendo em vista o desencontro das informações trazidas, e de forma a obter-se um conhecimento melhor sobre os empregados cedidos pela Telebrás que se encontram na Agência, assim como sobre os que já retornaram, solicitamos à Agência que encaminhasse um quadro com as informações dos empregados da Telebrás que foram cedidos à Anatel, e que retornaram ou não àquela empresa. As providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação vêm sendo acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2009.

Em resposta, a Agência informou, por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012:

“Segue a tabela 1 com a informação dos funcionários da Telebrás que permanecem na Agência e a tabela 2 com a informação dos funcionários da Telebrás que saíram da Agência nos últimos 2 anos.”

Cabe frisar que as análises consignadas neste ponto referem-se às providências adotadas pela Agência, levadas a efeito no exercício 2011, tendo em vista o escopo da Auditoria Anual de Contas, por esta razão as providências adotadas, no exercício 2012, comporão o rol de análises relativo à auditoria de contas do exercício 2012. De todo modo, as providências adotadas pela Anatel para o cumprimento desta recomendação continuarão a ser acompanhadas por meio do Plano de Providências de 2009.

3.1.6. Assunto - PROCESSOS LICITATÓRIOS

3.1.6.1. Informação (21)

A título de informação, registramos que procedemos a análise de 9 (nove) processos de licitação formalizados pela ANATEL, entre os exercícios de 2010 e 2011, compreendendo diversos objetos, bem como modalidades de licitação, os quais totalizaram o montante estimado da ordem de R$ 6.997.970,94, conforme demonstrado pelo quadro descritivo, a seguir:

Nº. Processo Volumes Modalidade de Licitação

Objeto Empresa Vencedora Valor (R$)

53500.026326/2010 4 Pregão Eletrônico Aquisição de Medidores Isotrópicos Portáteis de Faixa Larga para Medição de Radiação não Ionizante

ZELL AMBIENTAL LTDA.

1.032.412,50

53500.016470/2010 3 Pregão Eletrônico Contratação de Empresa para a Prestação de Serviços de Reserva, Marcação e Emissão de Bilhetes de Passagens Aéreas Nacionais e Internacionais.

WORLD AGÊNCIA DE VIAGENS, OPERADORA E CONSOLIDADORA DE TURISMO LTDA – ME

2.703.568,74 (Estimado)

53524.007370/2010 2 Pregão Eletrônico Prestação de Serviços de Transporte c/ Motorista, no Âmbito das Atividades Institucionais do Escritório Regional da Anatel em Minas Gerais.

GP7 Logística Ltda – ME

1.074.999,96 (Estimado)

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53504.001399/2011 4 Pregão Eletrônico Contratação de Empresa Especializada na Prestação de Serviços de Transporte, incluindo Motoristas, no Âmbito do Escritório Regional da Anatel em São Paulo/SP

VIP SERVICE CLUB LOCADORA LTDA.

2.179.999,74

53542.004331/2011 1 Dispensa de Licitação Contratação de empresa visando à capacitação de servidores no Curso de “Planejamento e Projeto de Radio Enlace Digital”.

Lancore Networks Brasil Ltda - ME

6.990,00

53542.004365/2011 1 Dispensa de Licitação Contratação de empresa visando à capacitação de servidores no Curso de “Tecnologias, Serviços e Aplicações 3G/4G”

Lancore Networks Brasil Ltda - ME

6.990,00

53504.005381/2011 1 Dispensa de Licitação Aquisição de 14 Condicionadores de ar, Tipo Janela, de 7500 BTUs

Filomena da Conceição Martins Saraiva – ME

7.498,40

53500.023404/2011 1 Dispensa de Licitação Aquisição de 3 Câmeras Fotográficas Digitais

WW10 Distribuidora de Equipamentos Eletrônicos Ltda.

2.799,00

53572001147/2010 1 Inexigibilidade de Licitação

Prestação de Serviços de Fornecimento de Água, Coleta, Tratamento e Destino Final de Esgotos Sanitários para a UO da Anatel no Maranhão.

Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (CAEMA)

15.000,00 (Estimado)

Releva observar que tais processos licitatórios, excetuando-se os de nº 53500.016470/2010, 53500.023404/2011 e 53500.026326/2010 (parcialmente) que tem seus respectivos objetos relacionados à Sede da Anatel em Brasília, referem-se aos Escritórios Regionais da Anatel situados em outros pontos do território nacional, nos impossibilitando, assim, de adentrarmos nos meandros de cada execução desses objetos, motivo pelo qual abrimos esse parêntese para consignarmos que os presentes trabalhos de auditoria enfocaram, eminentemente, os aspectos formalísticos de cada processo, atentando-se, sobretudo quanto aos procedimentos que se afiguram como imprescindíveis para a sua devida formalização, tais como: requisição da autoridade competente; definição clara e precisa do objeto a ser licitado; eleição, por parte da Unidade auditada, da modalidade de licitação que se apresente em estrita conformidade com os normativos existentes; aprovação desses instrumentos, após submetidos ao crivo dos correspondentes órgãos técnicos e/ou jurídicos, bem como a verificação da realização da devida publicidade dos mesmos pela Agência Nacional de Telecomunicações, incluindo-se aí seus escritórios regionais; celebração dos contratos, quando necessário e realização do empenho das despesas correspondentes.

Dessarte, reiteramos que contratos como os referentes aos Processos nº 53524.007370/2010, bem como o de nº 53524.007370/2010 (ambos relativos à contratação de empresa para a prestação de serviços de transporte com motorista, no âmbito, respectivamente, dos Escritórios Regionais da Anatel em Minas Gerais e São Paulo), cujos valores em conjunto perfazem o montante da ordem de R$ 3.254.999,70 (três milhões, duzentos e cinquenta e quatro mil, novecentos e noventa e nove reais e setenta centavos) e cujos respectivos contratos se

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encontram vigendo, inclusive com o relativo ao Escritório de São Paulo em fase de prorrogação de sua vigência, não tiveram as suas execuções submetidas à nossa inspeção, motivo pelo qual ficamos impossibilitados de tecermos qualquer avaliação acerca das mencionadas execuções.

3.1.6.2. Informação (22)

Análise do Processo nº 53524.007370/2010, cujo objeto diz respeito à contratação de empresa para prestação de serviços de transporte com motorista, no âmbito do Escritório Regional da Anatel em Minas Gerais.

Em análise realizada nos documentos que compõem o Processo nº 53524.007370/2010, referente ao Pregão Eletrônico nº 01/2011, conforme dito, visando a contratação de empresa para prestação de serviços de transporte com motorista, tendo como vencedora do certame a empresa GP 7 Logística Ltda, (CNPJ: 13.150.147/0001-00), no valor estimado de R$ 1.074.999.96 (um milhão, setenta e quatro mil, novecentos e noventa e nove reais e noventa e seis centavos), iniciou-se com a Requisição de Materiais/Serviço nº 488, de 5.11.2010, bem como com o Termo de Referência nº 008/2010, de 5.11.2010, no qual se verifica o objetivo e motivação da contratação, a discriminação dos produtos/serviços a serem contratados, obrigações do contratante e do contratado, etc.

Ademais, vislumbramos no mencionado processo a presença de pareceres jurídicos oriundos da Procuradoria Federal Especializada da Anatel, acerca do referido edital e do correspondente contrato, informes e nota técnica, bem como a realização da devida pesquisa prévia de preços.

Importa salientar que a Unidade auditada observou as exigências legais no que concerne à ampla publicidade da mencionada contratação, tendo sido verificada a publicação do Aviso de Licitação do citado Pregão Eletrônico nº 01/2011-ER04/MG, no Diário Oficial da União, em 1.12.2011, bem como em jornal de grande circulação, na mesma data.

Informamos, ainda, que a Ata da Realização do aludido Pregão Eletrônico, levado a efeito pela Unidade auditada, data de 13.12.2011, e o correspondente Termo de Adjudicação e Homologação de 15.12.2011. Aduz-se, de igual modo, que o Aviso de Homologação fora publicado no Diário Oficial da União em 16.12.2011.

Posteriormente, verificamos a presença, no retromencionado processo, do CONTRATO ER04- Nº 012/2011 – ANATEL, por óbvio, celebrado entre a Anatel (Escritório Regional – ER04, em Minas Gerais) e a empresa GP7 Logística Ltda. - ME, em 23.12.2011, tendo sido seu respectivo extrato publicado, no Diário Oficial da União, em 27.12.2011.

3.1.6.3. Constatação (23)

Inexecução parcial do Contrato ER04 - Nº 012/2011-ANATEL, sem a aplicação das respectivas sanções contratuais.

Preliminarmente, anotamos, aqui, que apesar de não termos realizado qualquer inspeção, “in loco”, da execução do CONTRATO ER04- Nº 012/2011 – ANATEL, em análise das peças que compõem o seu respectivo processo, de nº 53524.007370/2010, detectamos a

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seguinte situação, que ora passamos a narrar:

Consta às folhas 409 do supradito processo, comunicação, via e-mail, oriunda do domínio @titulartransportes.com.br, de 6.12.2011, destinado ao pregoeiro e a membro da equipe de apoio, tendo por teor a informação de seu interesse em participar da Pregão Eletrônico nº 01/2011 ao tempo em que requer a informação concernente à possibilidade ou não de a mesma participar do citado certame licitatório, tendo em vista o fato de a empresa Titular Transportes não possuía, à época do encaminhamento de tal e-mail, os veículos constantes do edital do retromencionado pregão, razão na qual a mesma indaga se poderia estar adquirindo os veículos necessários após o resultado do certame, acaso, ao final, se sagrasse vencedora.

Nesse sentido, no dia seguinte, 7.12.2011, conforme constante às folhas 410 do processo já mencionado, o Pregoeiro da Gerência Operacional Administrativa Financeira – AF, assim responde, mediante o encaminhamento de Ofício Circular nº 3.744/2011 – ER04AF-ANATEL:

“ O licitante vencedor do certame deverá disponibilizar, no ato de assinatura do instrumento contratual (previsto para o dia 23/12/2011), a frota especificada no Edital, com até 2 (dois) anos de fabricação, contados a partir da data da emissão da Nota Fiscal de aquisição do veículo, conforme estabelecido no item 2.1.1 e 2.1.2, do Anexo I – Condições Gerais de contratação, do Edital de Pregão Eletrônico nº 001/2011-Anatel”

Dito isto, informamos que às folhas 580, do mesmo processo, consta Relato de Ocorrência, datado de 6.2.2012, com a seguinte informação:

“1 - Em 22/12/2011, a Empresa Contratada (GP7 Logística Ltda.) apresentou à Anatel/MG um pedido de prazo para substituição da frota de veículos (até o dia 06/02/2012) e para entrega da documentação dos veículos de motoristas a serem utilizados na execução do objeto contratual”.

Segue, ainda, o mencionado Relato de Ocorrência:

“Entendemos a necessidade de tempo hábil para a aquisição de nova frota, o pedido da Empresa foi deferido pelo Gerente Regional do ER04/MG (Gestor do Contrato), conforme Ata de Reunião realizada no dia 03/01/2012, desde que a empresa realizasse manutenção preventivas nos veículos disponibilizados, devidamente comprovadas por meio de Relatórios Mensais, a fim de garantir a maior segurança possível aos servidores da Anatel”.

Continua:

“Em 06/02/2012, findo o prazo concedido pelo Gestor do Contrato ER04 Nº 012/2011-Anatel para a substituição da frota, a GP7 Logística Ltda. disponibilizou os veículos:

VEÍCULO TIPO ANO DE FABRICAÇÃO

PAJERO - HKR-8515 1 2008

PAJERO - HKC-9515 1 2008

KYRON - HMO-1993 1 2011

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KYRON - HKN-8117 1 2011

KYRON - HKS-5345 1 2011

PALIO WEEKEND-NAD-2800 3 2009

PALIO WEEKEND-NAD-4039 3 2009

PALIO WEEKEND-NAD-6769 3 2009

Segue o mencionado Relato de Ocorrência:

“Nota-se, dos oito veículos disponibilizados pela Empresa Contratada, apenas três (Tipo 1) atendem às especificações exigidas no Contrato, no que diz respeito à data de fabricação do veículo (Item 2.1.1 e 2.1.23 do Anexo I – Condições gerais de Contratação: com até 2 (dois) anos de fabricação”.

“Importante destacar que tal irregularidade, já foi apontada por servidores da Anatel esta semana, que se questionaram a realização das missões de fiscalização no veículos disponibilizados pela Empresa, em desacordo com o Contrato.

2 – Não foi apresentada toda a documentação dos veículos e motoristas solicitadas para a assinatura do instrumento contratual (Documento do veículo, carteira Nacional de Habilitação, Carteira de Trabalho e Previdência Social – CTPS, etc”.

Por fim, conclui o citado relato, registrando ser “pertinente e necessária a notificação da Empresa contratada para sanar tais irregularidades imediatamente, sob pena de aplicação das sanções contratuais cabíveis”.

Desse modo, após a toda a descrição dos fatos por nós detectados e que constam do Processo nº 53524.007370/2010, depreendemos a presença de flagrante inobservância, por parte da empresa contratada, tanto de cláusulas previstas no correspondente edital, como no próprio contrato celebrado com o Escritório de Representação da Anatel em Minas Gerais, inobservâncias, estas, de notária gravidade, na medida em que a empresa GP7 Logística Ltda., demonstrou não satisfazer as reais e imprescindíveis condições editalícias e contratuais para a sua efetiva contratação pela Administração Pública, o que dá azo a aplicação dos termos constantes da alínea “a”, do item 11.1, da Cláusula Décima Primeira (Da Rescisão) c/c o previsto nos itens e alíneas da Cláusula Décima (Das Sanções Administrativas) do CONTRATO ER04- Nº 012/2011 – ANATEL.

Manifestação da Unidade Examinada

Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“b) Em relação à Constatação 023, salientamos, preliminarmente, que os veículos disponibilizados pela empresa contratada, no ato da contratação, não comprometeram a execução das atividades institucionais da Anatel, no Estado de Minas Gerais, notadamente, a

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fiscalização dos serviços de telecomunicações, embora não atendessem integralmente as especificações exigidas no item 2.1.1. do Anexo I ao Instrumento Contratual. Não obstante, o Gerente deste Escritório Regional está avaliando as possíveis sanções administrativas aplicáveis aos fatos identificados pela Controladoria-Geral da União, com base na disposições contratuais e na legislação pertinente ao tema.”

Ainda acrescentou:

“1- Em resposta ao Pedido de Esclarecimento apresentado pela Empresa Titular Transportes Ltda.

Pergunta: “[...] queríamos estar adquirindo veículos zero quilômetro, gostaríamos de saber se é possível caso venho a ganhar está licitação está adquirindo os carros após a divulgação do resultado? [...]”,

Resposta: foi encaminhado o Ofício Circular nº 3.744/2011-ER04AF-Anatel, de 06/12/2011, por meio do qual o Pregoeiro informou ao representante da Empresa Titular Transportes Ltda., que, no ato de assinatura do instrumento contratual, a frota especificada no Edital deveria ser de até 02 anos de fabricação, o que não impediria, assim, a participação da referida interessada no certame. Acrescenta-se que a Titular Transportes Ltda. participou do certame licitatório, conforme Ata de Pregão Eletrônico Nº 001/2011-Anatel, anexadas aos autos e disponível no site www.comprasnet.gov.br. Em face do exposto, ressaltamos que foi garantida a isonomia durante todo o procedimento licitatório. A Titular Transportes Ltda ficou em 5º lugar com o Valor de R$ 2.500.000,00, ou seja, 132 % da licitante vencedora.

2- Com relação do Pedido de Prazo apresentado pela Licitante Vencedora do certame, em 22/12/2012, temos a informa que:

a. A Licitante vencedora colocou a frota a disposição e solicitou um mês para entrega de utilitários zero quilômetro, fato comprovado pelos veículos, atualmente, disponibilizados e em serviço.

b. O Gestor do contrato e gerente do ER, entendeu ser pertinente a solicitação, porem, para maior segurança na decisão solicitou um reunião com a empresa, quando, deixou registrado em ata o compromisso da contratada de que os carros disponibilizados seriam submetidos a revisões e manutenções, de forma a garantir a total segurança dos servidores em viagem a serviço. Dessa forma não houve descontinuidade do serviço prestado a Anatel pela contratada.”

Análise do Controle Interno

Da análises realizadas constata-se que a empresa contratada não apresentou, na data exigida pelo contrato, a frota de veículos conforme o Edital de licitação.

Por sua vez a gestão da Agência, por meio de reunião com representantes da empresa contratada, acordou em aceitar a frota que, não é demais repetir, não atendia as especificações editalícias. Em que pese o gestor não ter exigido o cumprimento pela empresa dos devidos termos contratuais, o que poderia gerar por si só responsabilização, verifica-se, também,

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no caso em tela, a necessidade premente dos serviços contratados, porém não justifica a ausência de aplicação das cláusulas penais consignadas no contrato, tendo em vista que a empresa, de fato, obteve vantagem indevida em relação a seus concorrentes no certame.

Noutra esteira, se os concorrentes do certame tivessem ciência de que o prazo para a entrega dos veículos poderia ser estendido, sem a aplicação das devidas multas pecuniária, a competitividade da licitação poderia ter sido outra, como também poderiam ter participado outras empresas que com este interregno de tempo maior para entrega dos produtos tivessem capacidade operacional e financeira para atender a demanda da Anatel

Mister informar que mesmo como o prazo dilatado a empresa contratada não logrou êxito em entregar uma frota de veículos que atendesse as condições editalícias, continuando desta forma a descumprir o contrato assinado desde sua vigência cabendo também, neste caso, a aplicação de multa pecuniária. O gestor informou que a fronta atualmente disponibilizada pela empresa atende o edital.

Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

Em 28/12/2011 e 29/12/2011, a Empresa Contratada GP7 LOGÍSTICA LTDA. adquiriu 02 Veículos - Tipo 1(Utilitário Esportivo) para aprestação de serviços à Anatel/MG, da Marca: SsangYong - Modelo: Kyron - Ano de Fabricação: 2011, informações constantes nas Notas Fiscais em anexo. Logo em seguida, em 06/01/2012 e 08/02/2012, foram adquiridos os 03 Veículos restantes do Tipo 1, totalizando o quantitativo de 05 Veículos Tipo Utilitário exigidos no instrumento convocatório. Nota-se que, em 08/02/2012, apenas dois dias após a apresentação do Relato de Ocorrência citado na referida Constatação (p. 144), a GP7LOGÍSTICA LTDA. disponibilizou 05 Veículos~Tipo 1(Utilitário Esportivo), atendendo todos às exigências contidas no Contrato.

Em relação aos Veículos Tipo 2 (Perua), a GP7 LOGÍSTICA LTDA. apresentou correspondência da concessionária Automax FIAT, em anexo, informando que o pedido de compra dos novos veículos, registrado no mês de Dezembro/2011 sofreu atraso, devido as férias coletivas e ausência de trabalhadores na Montadora. Os 3 veículos foram entregues pela concessionária em 17/02/2012, 28/02/2012 e 02/03/2012.

Com o objetivo de garantir a continuidade do desempenho das atividades finalísticas e institucionais da Anatel no Estado de Minas Gerais, especificamente a fiscalização dos serviços de telecomunicações, o Gestor do Contrato considerou razoável e prudente admitir a disponibilização de veículos inicialmente apresentados pela Empresa Contatada, desde que submetidos à revisões periódicas e manutenções preventivas, garantindo-se, assim, a segurança dos servidores envolvidos nas viagens a serviço.

Os serviços prestados de acordo com o estabelecido no Contrato vêm sendo sistematicamente acompanhados pelos Agentes Fiscalizadores e pelo Gestor do instrumento contratual, fato este comprovado pelos Relatórios Mensais de Avaliação, anexos aos autos. Inclusive, em 13/07/2012, foi instaurado o Processo n.º 53524.004913/2012, com o objetivo de sancionar a EMPRESA GP7 LOGÍSTICA LTDA. (advertência e multa), pelo descumprimento de obrigações previstas em contrato.

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Todavia, caso o Órgão de Controle Externo (CGU) entenda ser obrigatório, em que pese as justificativas apresentadas, o Gestor do Contrato acatará a sua recomendação.”

Das informações apresentadas verifica-se que a empresa obteve vantagem indevida, pois entregou alguns itens da frota em desconformidade com o edital e contrato, sendo necessário a abertura de processo com vista a apurar os descumprimentos, analisar se as dificuldades apresentadas pela empresa, mormente aos veículos tipo 2, podem ser considerados de força maior. Quanto aos veículos tipo 1, devem ser aplicadas penalidades proporcional ao descumprimento

Recomendações

Recomendação (1)

Apresentar o resultado do processo n.º 53524.004913/2012 com vista a aplicação das penalidades contratuais a empresa contratada, franqueando a mesma o direito ao contraditório e ampla defesa: pela inexecução parcial do Contrato ER04- Nº 012/2011, apresentar , caso aplicável, os devidos registros no SICAF.

3.1.6.4. Informação (24)

Análise dos aspectos inerentes à formalização do Processo 53500.026326/2010, referente ao Pregão Eletrônico nº 01/2011.

Por constar de nossa amostra referente aos processos de licitação formalizados pela Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL), informamos que procedemos, dentre outras, a análise do Processo nº 53500.026326/2010, cujo objeto trata-se de aquisição de 27 medidores portáteis para avaliação da exposição humana a campos eletromagnéticos, equipados com 27 sondas isotrópicas de faixa larga para medição de campo elétrico e 3 sondas isotrópicas de faixa larga para medição de campos magnéticos.

Dito isto, cabe-nos preliminarmente enfatizar que nossa análise limitou-se, tão somente, à averiguação dos aspectos formais do aludido Pregão Eletrônico nº 01/2011, conforme procedimentos constantes da Ordem de Serviço específica. Nesse sentido, verificamos que o processo, ora em apreço, iniciou-se mediante Mem. 184/2010-RFFCC, de 26.10.2010, oriundo do Gerente de Controle de Espectro da Anatel para o Gerente de Administração de Aquisições e Fornecedores – ADADF, no qual encaminhou minuta dos Termos de Referência RFFCC/RFFC/SRF, visando a abertura de procedimento licitatório para a consecução do referido objeto.

Verificamos, ainda, constar do citado processo a Requisição de Material/Serviço (RMS), na qual descrimina os itens a serem adquiridos, bem como os valores estimados para os mesmos, Pareceres Jurídicos, oriundos da Procuradoria Federal Especializada da Anatel, os quais versam acerca dos procedimentos que envolveram a presente contratação.

De igual modo, evidenciamos a presença de várias Notas Técnicas; da Portaria nº 815, de 15.9.2011, na qual se designaram pregoeiros e equipe de apoio em processo licitatório; Termo de Referência no qual consta, dentre outras informações, o objetivo da aquisição, a

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descriminação dos produtos, fases de implementação e prazos da execução, composição das propostas, critérios para o recebimento dos produtos, vigência contratual, garantia, etc; Ato nº 7545, de 16.11.2011, instaurando o devido procedimento licitatório na modalidade de pregão eletrônico, etc.

Verificamos, ainda, a presença do Edital do Pregão Eletrônico nº 01/2011, datado de 17.11.2011, bem como a devida publicação de seu correspondente Aviso no Diário Oficial da União, fato, este, ocorrido em 23.11.2011 e em jornal de grande circulação, na data de 24.11.2011. Ademais, encontra-se apensado ao mesmo processo a Ata de Realização do Pregão Eletrônico nº 01/2011, na qual atesta que tal procedimento foi aberto na data prevista em seu respectivo edital e cinco minutos após o horário nele estabelecido (09:05 h).

Posteriormente, evidenciamos a presença do resultado do pregão em causa, por fornecedor, bem como o seu Termo de Adjudicação, datado de 14.12.2011, no qual fora contemplada a empresa ZELL AMBIENTAL LTDA., além do Termo de Homologação, também datado da mesma data.

Ademais, acresça-se que o Aviso de Homologação do mencionado Pregão Eletrônico nº 01/2011, foi publicado no Diário Oficial da União em 15.12.2011, tendo sido o correspondente Contrato RFFC nº 26/2011-ANATEL celebrado com a empresa ZELL AMBIENTAL LTDA. vencedora do citado pregão em 23.12.2011 e seu extrato publicado no Diário Oficial da União em 26.12.2011.

3.1.6.5. Informação (25)

Análise do Processo nº 535054001399/2010, referente ao Pregão Eletrônico nº 03/2011.

Verificamos, mediante análise efetuada sobre os documentos que compõem o processo, ora em apreço, a existência da devida Requisição de Materiais/Serviços, com a descrição da natureza e qualidade dos serviços a serem contratados; do Informe nº 571/2011-ER01AF/ER01, de 4.4.2011, o qual concluiu pela realização do procedimento licitatório na modalidade pregão eletrônico; Pareceres oriundos da Procuradoria Federal Especializada da Anatel, acerca dos vários procedimentos inerentes ao processo, bem como vários Informes da Unidade; Ato nº 1988, de 4.4.2011, mediante o qual se resolveu instaurar o pregão eletrônico correspondente e Portaria nº 51, de 26.1.2011, designando pregoeiras e equipe de apoio.

Igualmente, verificamos que a Unidade observou a exigência da realização da devida publicidade do Pregão Eletrônico nº 03/2011, que tinha por objetivo a contratação de empresa para a prestação de serviços continuados de transporte, incluindo motoristas, para deslocamento de pessoas em serviço, materiais, documentos e pequenas cargas, para atender às demandas do Escritório Regional da Anatel em São Paulo.

Foi evidenciada a publicação do Aviso de Licitação no Diário Oficial da União, em 28.4.2011, bem como em jornal de grande circulação, na mesma data.

Observamos, também, ao compulsarmos os autos do processo no qual realizamos a análise, a presença nos mesmos da formalização de Impugnação ao Edital, por parte da empresa

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Expresso RS Cargas e Encomendas Ltda., em 9.5.2011, em síntese, sob a argumentação de que o edital “ao solicitar atestado de capacidade técnica, impossibilitam (sic) a empresa Recorrente de participa da presente licitação”, e que por ser “empresa nova sem qualquer atestado de entidade pública que ateste seus serviços, por nunca ter participado de qualquer licitação, sendo assim a mesma não consegue atestar, conforme solicitado, sua capacidade técnica”.

Esclarecemos que a mencionada Impugnação foi conhecida e, no mérito, ao nosso ver, devidamente indeferida pela pregoeira, sob o argumento, em suma, de que tal exigência (apresentação de atestado de capacidade técnica) não se limitava tão somente às pessoas jurídicas de direito público, mas, de igual modo, abrangia, também, as pessoas jurídicas de direito privado.

Também nos incumbe consignar que fora realizada, pela Unidade auditada, a devida pesquisa de preço, bem como foi realizado o Pregão Eletrônico nº 02/2011, em 12.5.2011. Registre-se que após, houve a impetração de novo recurso administrativo, manejado pela licitante Transvepar Transportes e veículos Paraná Ltda., no qual se alegou problemas quanto às documentações apresentadas pela empresa vencedora (VIP Service Club Locadora Ltda.). Informamos que o mencionado recurso não prosperou, tendo sido desprovido inicialmente pela pregoeira responsável por sua apreciação e posteriormente pelo Superintendente de Administração-Geral da Agência Nacional de Telecomunicações, conforme constante do Despacho nº 4298/2011-SAD, de 1.6.2011.

Verificamos, ainda, o correspondente Termo de Homologação da licitação, datado de 2.6.2011, bem como a adjudicação para a empresa VIP Service Club Locadora Ltda., pelo melhor lance de R$ 2.180.000,00 (dois milhões, cento e oitenta mil reais) e valor negociado da ordem de R$ 2.179.999,00 (dois milhões, cento e setenta e nove mil, novecentos e noventa e nove reais).

Aduz-se que o respectivo Aviso de Homologação do Pregão Eletrônico nº 03/2011 foi publicado no Diário Oficial da União em 7.6.2011. Posteriormente, em 16.6.2011, foi celebrado o Contrato ER01 Nº 01/2011-ANATEL, entre a própria Anatel e a empresa Vip Service Club Locadora e Serviços Ltda.

3.1.6.6. Constatação (26)

Inexecução parcial do Contrato ER01 Nº 01/2011-ANATEL, sem a aplicação das respectivas sanções contratuais.

Mediante a leitura dos termos constantes do Informe nº 56/2011/ER01FT/ER01, de 11.7.2011, constante às folhas 490, do processo sob análise, o qual fora subscrito pelo Gerente Operacional de Fiscalização Técnica, bem como pelo Gestor do Contrato, depreende-se, mais especificamente pelo que consta de seu item 6 (PROPOSIÇÃO) e respectivos subitens, que a empresa contratada em razão do Pregão Eletrônico nº 03/2011, cuja execução efetiva dos serviços iniciou-se, conforme informado no próprio documento, em 16.6.2011, ou seja, há quase um mês da emissão do mencionado Informe, que a empresa Vip Service Club Locadora e Serviços Ltda., não estava cumprindo estritamente as exigência previstas no correspondente contrato, conforme denotam as informações constantes do citado Informe, às quais a seguir transcrevermos:

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“ (…) 6.1. A partir do dia 16/06/2011, a prestação de serviços foi iniciada com a disponibilização de 01 (um) veículo marca/modelo Chevrolet Astra 2.0 placas JHK-3971.

6.2. A partir de 20/06/2011 foram disponibilizados mais 02 (dois)veículos marca/modelo CHEVROLET ASTRA 2.0 PLACAS JGV-2281 e JIF-7233..

6.3. A partir de 29/06/2011 foi disponibilizado mais 01(um) veículo marca/modelo Ecosport 1.6 placas HIX-3379.

6.4. Já na semana de 04 a 08/07/2011, o quinto veículo “provisório”do Modelo 2 foi disponibilizado, alternando-se entre Chevrolet Meriva, Fiat Idea e Ford Ecosport.

6.5. Todos os veículos acima descritos correspondem à situação de operação “provisória”, pois foram disponibilizados pela empresa para solicitações “emergenciais”do ER01 até o início definitivo da prestação dos serviços contratados. Por tais veículos representarem categoria “igual” ou “superior” aos veículos “Modelo 2”contratados (perua ou minivan), e diante das urgentes necessidades de utilização as quais foram destinados, foram aceitos pela Anatel.

6.6. A partir do dia 07/07/2011, além dos veículos acima descritos, a empresa contratada disponibilizou 04 (quatro) veículos Modelo 3 (tipo SUV 4x4), marca/modelo Mitsubishi Pajero HD 4x4.

6.7. já a partir do dia 11/07/2011, forma disponibilizados pela contratada mais 03 (três) veículos Modelo 3 (tipo SUV 4x4), totalizando as 07 (sete) unidades contratadas. Nesta mesma data, em substituição aos veículos “provisórios” descritos nos itens 6.1 a 6.3, foram disponibilizados 05 (cinco) veículos marca/modelo Chevrolet Meriva 1.4, totalizando todos os veículos “Modelo 2” contratados.

6.8. Entretanto, até a presenta data ainda constam pendências relativas aos 10 (dez) veículos contratados do “Modelo 1” (caminhonete 4x4), que não foram disponibilizados. Entretanto,a empresa argumenta que irá fornecê-los ainda na semana de 11 a 15 de julho de 2011, pois está em fase de instalação de capotas de fibra e demais acessórios.

6.9. Em resumo, na tabela a seguir tem-se a representação temporal evolutiva do quantitativo de modelos disponibilizados pela empresa contratada (até a presente data – 11/07/2011):

Data de Disponibilização

Modelo I Modelo 2 Modelo 3

16/06/11 0 1 0

20/06/11 0 3 0

29/06/11 0 4 0

04/07/11 0 5 0

11/07/11 0 5* 7** veículos definitivos conforme especificações do edital.

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Assim, a bem da clareza e da verdade dos fatos, cabe-nos confrontarmos a informação anterior, conforme dissemos constantes do Informe nº 56/2011/ER01FT/ER01, de 11.7.2011, com a constante do item 2 (Unidade de medida), constante do Anexo II ao CONTRATO ER01 Nº 01/2011-ANATEL, in verbis:

“O Quilômetro Rodado é a Unidade de Medida adotado para os modelos de veículos (permanentes), cujos quantitativos estão abaixo discriminados:

- veículos de modelo 1 – 10 veículos com 10 motoristas (veja item 1.1.1.);

- veículos de modelo 2 – 05 veículos com 05 motoristas (veja item 1.1.2.);

- veículos de modelo 3 – 07 veículos com 07 motoristas (veja item 1.1.3.);”

Resta, pois, conforme se conclui pela simples análise dos dados aqui transcritos, que a empresa VIP Service Club Locadora Ltda., encontrava-se, à época, em nítida situação de inadimplência para com a Administração, no tocante ao cumprimento efetivo de cláusulas contratuais de indiscutível relevância, tendo em vista que após quase 1 (um) mês do início da execução dos serviços a mencionada empresa ainda não havia disponibilizado à Anatel os 10 (dez) veículo Tipo 1, conforme previamente estabelecido no Anexo II, do respectivo contrato firmado.

Cabe observar que não visualizamos, no mencionado processo, muito embora conste às suas folhas 510, volume II, documento intitulado Registro de Ocorrências/Relatório de Execução Contratual, datado de 7.2.2012, carimbado e subscrito pelo Gerente Operacional de Fiscalização Técnica, no qual se verifica o registro de várias irregularidades por parte da contratada, na execução do aludido contrato, qualquer providência prática, por parte do Escritório de Representação da Anatel no Estado de São Paulo, visando atacar as mencionadas irregularidades, bem como impor a contratada faltosa as penalidades decorrentes do respectivo edital, contrato, bem como da legislação vigente norteadora da matéria.

Ao contrário do que se esperava, diante de todo o exposto, o Escritório de Representação da Anatel no Estado de São Paulo, encaminhou, em 7.2.2012, Ofício nº 35/2011-ER01AF aos representantes da empresa Vip Service Club Locadora e Serviços Ltda., comunicando-a que a vigência do Contrato ER01 nº 01/2011 – Anatel, findar-se-ia em 15.6.2012 e solicitando, para que no prazo de 3 dias úteis, a contar de seu recebimento, manifestasse seu interesse ou não em prorrogar o mencionado contrato.

Por derradeiro, informar que localizamos no Processo nº 535054001399/2010, Mem. 182/2011/ER01AF/ER01, datado de 28.12.2011, cuja folha não encontra-se devidamente numerada, versando acerca de autorização de pagamento de Notas Fiscais com pendências em documentação trabalhista e CNPJ incorreto em documentos apresentados, além do Ofício nº 15966/2011-ER01/ER01AF-ANATEL, de 29/12/2011, cuja folha também encontrava-se sem numeração, notificando a contratada a apresentar documentos de encargos trabalhistas no prazo de 30 dias do recebimento do mencionado ofício. Não visualizamos o desenrolar dos acontecimentos relacionados a esse fato no respectivo processo.

Manifestação da Unidade Examinada

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Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“Em atenção a Solicitação de Auditoria acima mencionada, informamos quanto a constatação (2):

1 - cumprimento efetivo de cláusulas contratuais

Para início do contrato foram disponibilizados provisoriamente veículos superiores ao exigido no contrato. A disponibilização dos veículos ocorreu de forma gradual, conforme estabelecido no item 3 do Anexo II. A totalidade dos veículos contratados foi concluída na 2ª quinzena de julho, conforme demonstrada no Anexo da Portaria nº 699, de 01/08/2011.

2 - Registro de Ocorrências/Relatório de Execução Contratual, providências práticas.

Processo nº 53504.016514/2011 - apuração de infração contratual referente a ocorrência de 02/08/2011 - Aceitação de esclarecimentos prestados em 15/08/2012 pela notificada ao ofício nº 9853/2011/ER01FT/ER01, de 02/08/2012.

processo nº 53504.021561/2011 - apuração de infração contratual referente a ocorrência de 19/10/2011 - concluída em 16/01/2012, pela não aplicação da sanção após análise de defesa da contratada.

nº 53504.021773/2011 - apuração de infração contratual referente a ocorrência de 21/10/2011 - sanção com aplicação de multa de 5% do valor mensal do contrato.

3. Prorrogação contratual

Conforme Despacho pelo Representante da Administração, designado pela Portaria 699/2011, de 01/08/2011.

4. Mem. 182/2011/ER01AF/ERO1 e Ofício nº 15966/2011

A empresa VIP apresentou algumas solicitações de dilação de prazos que foram aceitas pela Anatel, bem como foram entregues documentos pela empresa em momentos distintos que demandaram a análise da Anatel e solicitação de nova regularização ou complementação pela empresa. Os documentos foram inseridos no processo.

As tratativas foram equacionadas pelo Requerente e nenhuma das ações trouxe prejuízo ao erário.”

Análise do Controle Interno

A Agência informou que as cláusulas contratuais foram cumpridas tendo em vista que os veículos provisórios eram superiores ao pactuado. Informou que foram abertos 3 (três) processos para analisar possíveis infrações contratuais e que a empresa apresentou solicitações de

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dilação de prazo. Tendo em vista que não foram apresentadas informações que comprovem que os veículos provisórios são superiores aos contratados, bem como não foram apresentados os processos para apuração das possíveis infrações e por fim não foram apresentadas evidências dos pedidos de prorrogação da empresa.

Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“Informação 025 - (pg 148 e 149)

Por meio do Mem. n.° 157/2012-ER01/AF (SICAP n.° 201290123528) o Escritório Regional da Anatel no Estado de São Paulo (EROl) enviou cópia dos autos do Processo n.° 53504.001399/2010, referente ao Pregão Eletrônico n.° 03/2011.

Constatação 026 - (pg 149 a 153) Por meio do Mem. n.° 157/2012-ER01/AF (SICAP n.° 201290123528) o Escritório Regional da Anatel no Estado de São Paulo (EROl) enviou cópia dos autos dos Processos n.° 53504.021773/2011 e 53504.016514/2011, do Informe n.° 56/2011/ER01FT/ER01 e do item 3 - Fases de Implementação e Prazos do Anexo II do Contrato EROl n.° 91/2011-Anatel.”

Em que pese a informação apresentada pela Agência, compulsando o acervo documental anexo ao Ofício 105/AUD, encontramos o Mem. Nº 157/2012-ER01/AF, contudo os anexos a este documentos não constavam do aludido acervo o que prejudicou este última análise, desta forma mantemos a recomendação até a apresentação das citadas informações do Mem. Nº 157/2012-ER01/AF

Recomendação (1)

Encaminhar os processos 53504.016514/2011, 53504.021561/2011, 53504.021773/2011, bem como as solicitações formais da empresa para dilação do prazo e evidências suficientes que comprovem que os veículos entregues foram de características superiores aos do edital. Para os dois últimos pedidos apresentar a cláusula contratual que autoriza tal flexibilização.

3.1.6.8. Informação (28)

Análise do Processo nº 53500.016470/2010, referente à contratação de empresa visando o fornecimento de passagens aéreas nacionais e internacionais.

Restou evidenciado que a Agência Nacional de Telecomunicações - Anatel promoveu a realização do Pregão Eletrônico nº 15/2010, o qual teve por objeto a contratação de sociedade empresária para a prestação de serviços de reserva, marcação e emissão de bilhetes de passagens aéreas nacionais e internacionais.

Compulsando os autos do correspondente processo, de nº 53500016470/2010 (3 volumes), verificamos que a Unidade auditada juntou ao mencionado processo a Requisição de Material/Serviço, bem como o devido Termo de Referência (com indicação do objetivo e motivação da contratação, metodologia de execução do contrato, obrigações da contratante e da

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contratada, valor estimado do contrato, dentre outras informações).

De igual modo, percebemos a presença, nos citados autos, de relatório do orçamento da Unidade indicando a disponibilidade orçamentária para o exercício de 2010 e Parecer Jurídico acerca da minuta do Edital do Pregão nº 15/2010, bem como do correspondente Contrato nº. 05/2011-ANATEL.

A título de informação, consignamos que o respectivo Aviso de Licitação do Pregão Eletrônico nº 15/2010 foi publicado na Seção 3, do Diário Oficial da União, em 6.1.2011, bem como em jornal de grande circulação no local onde o mencionado procedimento fora realizado, em 7.1.2011.

Registre-se que o aludido Pregão Eletrônico nº 15/2010 foi realizado no dia e hora assinalados no respectivo Edital, tendo sido consagrada como vencedora do certame a empresa World Agência de Viagens, Operadora e Consolidadora de Turismo LTDA – ME, por ter apresentado como proposta o maior desconto a incidir sobre o valor dos bilhetes de passagem, da ordem de 13,5%, representado um valor estimado correspondente a R$ 2.703.568,74, em contraposição ao valor inicial estimado pela Unidade de R$ 3.125.513,00.

3.1.6.9. Informação (29)

Há de se relatar o fato de que a empresa vencedora do certame promovido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na modalidade de Pregão Eletrônico, a saber: World Agência de Viagens, Operadora e Consolidadora de Turismo Ltda – ME (CNPJ: 08.088.541/0001-25), firmou o CONTRATO SAD Nº 05/2011-ANATEL, com a Unidade auditada em decorrência de ter apresentado, conforme previa o respectivo Edital, datado de 5.1.2011, o maior percentual de desconto a incidir sobre o valor dos bilhetes de passagens por ela emitidos.

Não obstante, cabe-nos registrar que, conforme demostram as documentações que compõem o Processo nº 53500.016470/2010, mesmo em contrariedade com o que estatui sobre essa matéria a Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 8.666/93), com menos de 4 meses da data na qual o mencionado CONTRATO SAD Nº 05/2011-ANATEL fora celebrado, em 22.2.2011, a empresa então contratada formalizou pedido de repactuação do aludido contrato, mediante documento datado de 1.6.2011, o qual se encontra acostado às folhas 518 a 526, volume 03, do citado processo, visando, segundo a mesma, o reequilíbrio econômico-financeiro do valor contratual originalmente pactuado pelas partes.

Importa salientar que a empresa World Agência de Viagens, Operadora e Consolidadora de Turismo Ltda pretendia, com isso, a redução do percentual de desconto por ela ofertado no já mencionado procedimento licitatório, de 13,5 % para tão-somente 5%.

Posteriormente, verificamos que os fundamentos apresentados pela referida empresa em seu pedido de repactuação não prosperaram, tendo sido rejeitados pela Anatel sob o argumento, dentre outros, de que “a contratada estava ciente das obrigações contratuais, bem como não comprova no pedido nenhuma situação que caracteriza a ocorrência de fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustada”(...).

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Urge, todavia, consignar, diante dos fatos acima narrados, que ao longo do procedimento licitatório pertinente ao Pregão Eletrônico nº 05/2010 uma das licitantes, qual seja, SLC Serviços Aeroportuários Ltda – ME (CNPJ: 04.462.643/0001-08), ingressou com recurso administrativo (às folhas 410 a 412 do Processo 53500.016470/2010 ), em 24.1.2011, no qual insculpiu argumentos no sentido de que o percentual então oferecido pela empresa vencedora do aludido pregão eletrônico, em verdade, podia ser considerado como “simbólico” e requereu nos termos do art. 43, parágrafo 3º, da Lei 8.666/93, que o pregoeiro solicitasse da empresa World Turismo planilha de custos, na qual se demonstrasse a exequibilidade do desconto por ela ofertado.

Já no julgamento do mencionado recurso, consignou-se, dentre outros motivos, in verbis:

“O Edital estabeleceu o patamar inicial mínimo de 7% de desconto, levantado pela área requisitante. Ao final da disputa de lances, a licitante vencedora ofertou 13,5% de desconto, a segunda colocada ofertou 13,6% e a terceira colocada, a recorrente SLC Serviços Aeroportuários Ltda. ME, ofertou desconto de 11,95%”.

Segue, ainda:

“Desse modo, o pregoeiro, assessorado pela equipe de apoio técnico, aceitou e habilitou a proposta vencedora à WORLD AGÊNCIA DE VIAGENS, OPERADORA E CONSOLIDADORA LTDA. ME, e o fez entender ser exequível a proposta primeira colocada, visto que foram atendidas as condições editalícias”.

Assim, a Unidade auditada acabou por se manifestar pela improcedência do pleito da recorrente, em 27.1.2011, conforme constante do Informe ADADF1/ADADF.

Por derradeiro, incumbe-nos finalizar informando que a empresa que vinha prestando os serviços de fornecimento de passagens aéreas nacionais e internacionais à Anatel, manifestou-se já em 21.9.2011 (5 meses antes do fim da vigência do contrato) diante da recusa administrativa de sua solicitação inicial visando à repactuação do contrato firmado, mediante comunicação à Agência Nacional de Telecomunicações o seu desinteresse em prorrogar o prazo de vigência do contrato então em vigor, tendo sido realizado novo procedimento licitatório pela Anatel, bem como a contratação de outra empresa, após o término de vigência do Contrato 05/2011, com objetivo evitar a supressão dos serviços necessários à realização de suas atividades.

3.1.6.10. Informação (30)

Formalização dos processos relativos à contratação por dispensa de licitação.

Dos processos constantes da amostra previamente elaborada e que foram objeto de nossa análise, 4 (quatro) deles dizem respeito à contratação por dispensa de licitação, a saber: Processo nº 53500.023404/2011, tendo por objeto a aquisição de 3 (três) máquinas fotográficas digitais, no valor total de R$ 2.799,99; Processo nº 53504.005381/2011, referente à aquisição de 14 (quatorze) aparelhos de ar condicionado, no valor total de R$ 7.498,40; Processo nº 53542.004331/2011, cujo objeto refere-se à contratação de empresa visando à realização de curso de capacitação na área de planejamento e projeto de radioenlaces, no valor de R$ 6.990,00 e

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Processo nº 53542.004365/2011, de igual modo visando à capacitação de servidores no curso de Tecnologias, Serviços e Aplicações 3G/4G, no valor total de R$ 6.850,20.

Inicialmente, cumpre-nos informar que todos os supracitados processos tiveram seus respectivos enquadramentos realizados de modo regular e em consonância com o que estatui a Lei Federal nº 8.666/93, conforme verificado em seus correspondentes Termos de Referência. Desse modo, as aquisições realizadas lastrearam-se pelos ditames do inciso II, do art. 24, da aludida Lei e as contratações de empresa para a realização de cursos de capacitação, no âmbito do escritório Regional da Anatel em Goiás, foram realizadas sob a égide do mesmo inciso II, do art. 24, c/c o inciso 13, inciso VI, da aludida Lei.

Constam também, dos supracitados processos, a devida manifestação do setor técnico da Unidade auditada e/ou de sua Procuradoria Federal Especializada, embasando as respectivas contratações, então realizadas pela Anatel, mediante dispensa de licitação.

3.1.6.13. Informação (33)

Formalização dos processos de inexigibilidade de licitação.

Verificamos mediante a análise do processo nº. 555722001147/2010 (único da amostra relativo à inexigibilidade de licitação), cujo objeto é a contratação dos serviços de fornecimento de água, coleta, tratamento e destino final de esgotos sanitários, necessários ao funcionamento das instalações da Unidade Operacional da Anatel no Estado do Maranhão, que o mesmo encontra-se adequadamente formalizado e com a observância dos procedimentos inerentes à contratação dessa natureza.

Nesse sentido, destacamos a presença no supramencionado processo do Termo de Referência, datado de 26.11.2010, no qual se encontram estipulados os objetivos e fundamentação legal da contratação, a justificativa para tal, fases e prazos para sua implementação, qualificações e compromissos da proponente, dotação orçamentária na qual ocorrerá a despesa, bem como a forma de pagamento, além da devida Requisição de Material/Serviço nº 1.371, de 20.4.2011.

Ademais, destacamos o correto enquadramento no que pertine às hipóteses viáveis de inexigibilidade de licitação, tendo sido adotado o que preceitua o caput do art. 25, da Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei Federal nº 8.666/93) c/c os artigos 5º, 32 e 33 do Regulamento de Contratações da Anatel.

Percebe-se, ainda, compulsando os autos do mencionado processo, a presença do Parecer nº 1431/2010/WSQ/PGF/PR/PRC10-Anatel, datado de 31.12.2010, oriundo da Procuradoria Federal Especializada – Anatel, acerca do procedimento em análise, no qual, ao seu final se opina pela regularidade da contratação, em consonância com o estatuído pelo art. 38, inciso V, da Lei nº 8.666/93.

De igual modo, vê-se que se procedeu a devida fundamentação quanto à escolha do fornecedor dos serviços, haja vista, conforme constante do Informe nº 030/2010, datado de 3.12.2010 e anexado às folhas 51/52 do referido processo, tratar-se de contratação de empresa estatal e único fornecedor dos serviços de água e esgotamento sanitário no Estado do Maranhão.

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Nesse sentido, urge informar que a exclusividade de atuação da mencionada empresa resta devidamente comprovada conforme consubstancia a Lei Estadual/MA nº 2.653/66.

Importa ressaltar que a contratação foi aprovada mediante Ato nº 2420, de 20.4.2011 e ratificada pelo Ato nº 2421, emitido na mesma data. Verificamos, ainda, que o extrato de inexigibilidade de licitação foi publicado no Diário Oficial da União em 27/04/2011. Já o respectivo Contrato ER10 (UO101) Nº 08/2011, celebrado entre a Anatel e a Companhia de saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA – foi celebrado em 1.5.2011, tendo sido publicado seu correspondente extrato na Imprensa Oficial em 11.5.2011.

3.1.6.14. Constatação (34)

Celebração de contrato administrativo com empresa inadimplente com suas obrigações trabalhistas.

A título de informação, registramos o fato verificado concernentemente à celebração do CONTRATO ER10 (UO101) Nº 008/2011 entre a Anatel e a Companhia de Saneamento Ambienta do Maranhão – CAEMA – sendo que a esta encontrava-se por ocasião da celebração do referido contrato em situação de inadimplência com suas obrigações trabalhistas, conforme materializado pela Certidão Positiva de Débitos Trabalhistas, expedida em 27.3.2012, constante às folhas 158/159 do Processo nº 555722001147/2010, o qual elenca o total de 10 (dez) processos que tramitam no TRT 16ª Região e que dizem respeito a inadimplemento, por parte da CAEMA, relativo às obrigações trabalhistas.

Não obstante, cumpre-nos consignar o fato de que por se tratar de serviços públicos de natureza essencial (fornecimento de água e esgotamento sanitário) e levando-se em consideração a necessidade de prevalência do interesse público, no caso específico indiscutível, há de se reconhecer a necessidade da formalização da avença, ainda que diante de tal situação.

Todavia, faz-se prudente ressaltar que diante da Orientação Normativa nº 09, oriunda da Advocacia-Geral da União, há de se observar, nessas ocasiões, a excepcionalidade da não observância da obrigatoriedade de regularidade fiscal na celebração do contrato ou no pagamento de serviços já prestados, no caso de empresas que detenham o monopólio de serviço público, desde que haja autorização prévia da autoridade maior do órgão contratante e, concomitantemente, a situação de irregularidade seja comunicada ao agente arrecadador e à Agência Reguladora.

Consta do respectivo processo Despacho nº 1621/2007-PR, exarado pelo Presidente da Anatel, à época, autorizando a contratação nessas condições, todavia o mencionado despacho data de 13.12.2007. Considerando que o aludido contrato fora celebrado no exercício de 2011, encontrando-se, atualmente, em fase de aditamento, entendemos que tal manifestação da autoridade competente nesse sentido encontra-se intempestiva, devendo-se proceder à atualização da devida autorização além da juntada aos autos do correspondente ofício à empresa contratada, comunicando-a do fato, ou seja, de sua inadimplência.

Manifestação da Unidade Examinada:

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Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

Relativamente à assunção do Contrato ER-10 (U.O.10.1) nº 008/2011 – ANATEL, pactuado com a CAEMA – Companhia de Saneamento Ambiental, sociedade de direito privado (Decreto-Lei nº 200/67) designada como exclusiva à prestação de serviços de fornecimento de água e coleta de esgoto sanitário aos 217 municípios do Estado do Maranhão, temos que a contratação ao objeto em tese deve colocar luzes à apreciação do Decreto nº 5.440, de 04/05/2005 e do disposto nos §§ 1º e 2º do Artigo 45 do Capítulo VII (dos Aspectos Técnicos) da Lei nº 11.445/2007 (preconiza sobre o Marco Regulatório do Saneamento Básico no Brasil). As constatações 033 (formalização dos processos de inexigibilidade de licitação) e 034 (celebração de contrato administrativo com empresa inadimplente com suas obrigações trabalhistas) teriam o seu detalhamento de justificativas abertas, a partir das seguintes constatações : a) a CAEMA é concessionária exclusiva no Estado do Maranhão, não havendo, organicamente, a constituição de um SAAE (Serviço Autônomo de Água e Esgoto) para tal fito ; b) os Órgãos Fiscais foram e estão sendo informados da inconsistência quanto a problemas na Regularidade Fiscal (COMPRASNET/MPOG), conforme anexos, destacando que o organograma do Governo do Estado do Maranhão não dispõe de uma Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos e ou/Delegados, nos termos da Lei nº 8.987/95 ; c) Seguem os Acórdãos TCU nº 964/2012 – Plenário e TCU nº 1054/2012 – Plenário, dando conta, em caráter respectivo, que caracterizam que não pode haver a retenção das faturas, a cada pagamento, por irregularidade fiscal, inclusive face à apreciação da CNDT (conotação do Direito Civil, de apropriação indébita e/ou enriquecimento ilícito da Administração Pública); d) Seguem os Pareceres da AGU (PFE-ANATEL) à apreciação da Contratação da citada empresa pública; e) Segue o Despacho Autorizatório nº 1621/2007, da lavra do Presidente da ANATEL, balizado em Jurisprudência da Corte de Contas Federal sobre o tema apresentado à letra “d”, em face de concessionárias de poderes públicos (contratação e pagamento dos serviços essenciais, condicionados por monopólios públicos, tal qual a situação em lume);

Análise do Controle Interno:

Conforme já exposto na análise inicial da constatação, a excepcionalidade já foi devidamente caracterizada, ocorre que foi detectado que a manifestação da autoridade competente foi intempestiva, ou seja a contratação de 2011 com autorização de 2007, devendo ser atualizado e acostada nos autos, bem como deve-se comunicar o fato à empresa contratada quanto a sua inadimplência.

Em manifestação ao relatório preliminar, por meio do Ofício 105/AUD/ANATEL, de 24.7.2012, a Agência apresentou a seguinte manifestação:

“Em relação à Recomendação 1, o Escritório Regional da Anatel no Estado do Pará (ER10), informou que está solicitando junto à Superintendência de Administração Geral (SAD) a manifestação da autoridade competente da Anatel”.

Recomendações

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Recomendação (1)

Que a Anatel proceda a juntada aos autos de manifestação atualizada da autoridade competente encaminhando a esta CGU as evidências de cumprimento desta recomendação.

3.1.6.15. Informação (37)

Com vista a avaliar a adoção, por parte da unidade, de critérios de sustentabilidade ambiental na aquisição de bens, materiais de tecnologia da informação (TI), foi requisitado, por meio do item nº 27 da Solicitação de Auditoria nº 201203585/004, de 24.4.2012:

“Apresentar os documentos comprobatórios de que a Anatel está contemplando preferencialmente as especificações de bens com configurações aderentes aos computadores sustentáveis em suas aquisições na área de TI e de que as aquisições de bens de TI estão em consonância com o PDTI.”

Ao ser questionada sobre a adoção de critérios de sustentabilidade e sobre o enquadramento aos dizeres do Plano Diretor de Tecnologia da Informação - PDTI, a Anatel, por meio do Ofício nº 49/2012/AUD-Anatel, de 3.5.2012, não apresentou nenhuma informação nova. Desta forma não sendo possível identificar nenhuma aquisição de computadores no exercício analisado nos registros do SIASG-DW.

O assunto já vem sendo tratado na constatação 4.1.1.4 do Relatório de Auditoria Anual de Constas nº 201108786, relativo ao exercício 2010, onde se verificou a “Ausência de inclusão, no PDTI, de seção específica sobre política de aquisição e substituição de equipamentos”.

Por meio do item nº 26 da SA nº 201203585/004, de 24.4.2012, foi requisitado:

“Relativamente à Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis da Anatel, informados no Quadro A.10.1 - “GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS” do Relatório de Gestão do Exercício 2011, detalhar a avaliação realizada quanto aos aspectos dos seguintes itens:

1.Totalmente válido (5) para os itens 10 e 11. Apresentar informações, com documentos comprobatórios (apresentando, se for o caso, cópias apenas das páginas pertinentes dos editais e demais documentos dos processos licitatórios), quanto à relação entre o número de processos licitatórios que atendem aos quesitos abaixo listados, em relação ao número total de processos, executados ao longo do exercício.

(i) Menor utilização de matérias primas e descarte dos produtos;

(ii) Maior quantidade de conteúdo reciclável;

(iii) Produtos fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza;

(iv) Aquisição de veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que

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utilizam combustíveis alternativos;

(v) Aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização; e

(vi) Aspectos de durabilidade e qualidade dos bens/produtos.

2.Parcialmente válida (4) para o item 9. Apresentar informações, com documentos comprobatórios (apresentando, se for o caso, cópias apenas das páginas pertinentes dos editais e demais documentos dos processos licitatórios), quanto à relação entre o número de processos licitatórios que atendem aos quesitos abaixo listados, em relação ao número total de processos, executados ao longo do exercício.

(i) Menor utilização de matérias primas e descarte dos produtos;

(ii) Maior quantidade de conteúdo reciclável;

(iii) Produtos fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza;

(iv) Aquisição de veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos;

(v) Aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização; e

(vi) Aspectos de durabilidade e qualidade dos bens/produtos.

3. Totalmente inválida (1) para os itens 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 12 e 13. Apresentar esclarecimentos para a não aplicação do quesito.”

Foi encaminhada, por meio do Ofício nº 56/2012/AUD-Anatel, de 14.5.2012, as seguintes justificativas consideradas condizentes com as avaliações do Quadro A.10.1 do relatório de Gestão 2011:

Item 1 - A UJ tem incluído critérios de sustentabilidade ambiental em suas licitações que levem em consideração os processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias primas.

Se houver concordância com a afirmação acima, quais critérios de sustentabilidade ambiental foram aplicados?

Resposta Anatel:

“Quando é feita a aquisição de produtos e serviços cujo objeto possa ser definido com atendimento de critérios de sustentabilidade ambiental, é feita a inclusão desses critérios no edital. Dessa forma, encaminhamos partes de nossos editais que comprovam essa exigência. Apesar de incluir tais critérios, a Anatel ainda tem dificuldades na avaliação e julgamento do atendimento desses critérios em razão da ausência de métodos objetivos estabelecidos pelos órgãos competentes de governo.”

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Item 2 -Em uma análise das aquisições dos últimos cinco anos, os produtos atualmente adquiridos pela unidade são produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável.

Resposta:

“Nos últimos 5 anos, a Agência, por intermédio da Sede e de 2 Escritórios Regionais, passou a realizar aquisições de produtos reciclados, como por exemplo materiais de expediente papéis e envelopes. Encaminhamos, em anexo, documentos comprobatórios dessas aquisições.

Ressalta-se que é intenção da Agência orientar os demais Escritórios para que passem a exercitar a mesma prática.”

Item 3- A aquisição de produtos pela unidade é feita dando-se preferência àqueles fabricados por fonte não poluidora bem como por materiais que não prejudicam a natureza (ex. produtos de limpeza biodegradáveis).

Resposta:

“Quando é feita a aquisição de produtos cujo objeto possa ser definido com atendimento de critérios de sustentabilidade ambiental, é feita a inclusão desses critérios no edital. Dessa forma, encaminhamos partes de nossos editais que comprovam essa exigência.

Entendemos que não se trata de caso de preferência em licitações, mas de opção da Administração em exigir tais critérios ou não nas licitações.

Apesar de incluir tais critérios nos editais, a Anatel ainda tem dificuldades na avaliação e julgamento do atendimento desses critérios, em razão da ausência de métodos objetivos estabelecidos pelos órgãos competentes de governo.”

Item 4 - Nos procedimentos licitatórios realizados pela unidade, tem sido considerada a existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição na aquisição de produtos e serviços.

Se houver concordância com a afirmação acima, qual certificação ambiental tem sido considerada nesses procedimentos?

Resposta:

“Não foram exigidas certificações de empresas, uma vez que as licitações realizadas não foram do tipo técnica e preço. E entendimento pacífico no âmbito do TCU que exigências como certificações de ISO só devem ocorrer a título de pontuação técnica e não como condição de participação. Todavia a Anatel, por intermédio de alguns de seus Escritórios, tem exigido os requisitos descritos no Art. 6o da Instrução Normativa n° 1/2010, no que couber.”

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Item 5 - No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos que colaboram para o menor consumo de energia e/ou água (ex: torneiras automáticas, lâmpadas econômicas).

Se houver concordância com a afirmação acima, qual o impacto da aquisição desses produtos sobre o consumo de água e energia? No último exercício não houve necessidade de aquisição de novos produtos desse tipo devido a aquisições anteriores.

Resposta:

“A Anatel já utiliza torneiras automáticas e lâmpadas econômicas há 10 anos. Portanto, no último exercício houve aquisições para reposições eventuais. A título de exemplo, algumas comprovações de aquisições desse tipo, seguem em anexo.”

Item 6 - No último exercício, a unidade adquiriu bens/produtos reciclados (ex: papel reciclado).

Se houver concordância com a afirmação acima, quais foram os produtos adquiridos?

Resposta:

“Encaminhamos, em anexo, documentos comprobatórios de aquisição de materiais reciclados por Escritórios Regionais da Anatel no último exercício.”

Item 7 - No último exercício, a instituição adquiriu veículos automotores mais eficientes e menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos.

Se houver concordância com a afirmação acima, este critério específico utilizado foi incluído no procedimento licitatório?

Resposta:

“No último exercício não houve necessidade de aquisição de novos produtos desse tipo devido a aquisições anteriores.

A Anatel adota, em regra, a prática de contratações de veículos por locação. Em tais contratações, os editais contemplam a exigência de a empresa disponibilizar veículos que atendam aos requisitos de sustentabilidade ambiental.

Todavia, alguns veículos utilizados pela fiscalização são de propriedade da Anatel, tendo sido adquiridos a cerca de 12 anos e não no último exercício.”

Item 8 - Existe uma preferência pela aquisição de bens/produtos passíveis de reutilização, reciclagem ou reabastecimento (refil e/ou recarga).

Se houver concordância com a afirmação acima, como essa preferência tem sido manifestada nos procedimentos licitatórios?

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Resposta:

“A Anatel busca adquirir produtos que sejam passíveis de reciclagem, reutilização ou reabastecimento por meio de especificação de materiais que atendam aos requisitos normativos. No entanto, uma vez estabelecida as especificações com tais características não há como dar preferências para produtos de mesma especificação.

Exemplo: ao se comprar um copo, a Anatel busca especificar que ele seja de plástico, por ser reciclável, tal procedimento não permite que se crie preferências na licitação entre produtos que atendam à mesma especificação.”

Item 10 - Os projetos básicos ou executivos, na contratação de obras e serviços de engenharia, possuem exigências que levem à economia da manutenção e operacionalização da edificação, à redução do consumo de energia e água e à utilização de tecnologias e materiais que reduzam o impacto ambiental.

Resposta:

“Número de processos em 2011: 6

Número de processos em2011 que atendem aos requisitos: 3

Encaminhamos, em anexo, páginas do projeto padrão da Anatel para obras e serviços de engenharia que contemplam os critérios de sustentabilidade ambiental questionados, o qual é utilizado sempre que seja aplicável à natureza da obra.”

Item 11 - Na unidade ocorre separação dos resíduos recicláveis descartados, bem como sua destinação, como referido no Decreto nº 5.940/2006.

Resposta:

“A Sede e 7 (sete) Escritórios Regionais fazem a separação dos resíduos recicláveis descartáveis. Encaminhamos, em anexo, os termos firmados pela Sede e por esses Escritórios Regionais com instituições de reciclagem e cooperativas.”

Item 12 - Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas entre os servidores visando a diminuir o consumo de água e energia elétrica.

Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)?

Resposta:

“Há alguns anos, a Anatel busca conscientizar seus servidores por intermédio de campanhas com logos disponibilizados em locais visíveis nas salas, banheiros, corredores e outros setores de ampla circulação na Agência.

Encaminhamos, em anexo, documentos comprobatórios de campanhas realizadas

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entre os servidores visando a diminuir o consumo de água e energia.”

Item 13 - Nos últimos exercícios, a UJ promoveu campanhas de conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para os seus servidores.

Se houver concordância com a afirmação acima, como se procedeu a essa campanha (palestras, folders, comunicações oficiais, etc.)?

Resposta:

“Encaminhamos, em anexo, documentos comprobatórios de campanhas realizadas visando a de conscientização da necessidade de proteção do meio ambiente e preservação de recursos naturais voltadas para os servidores da Anatel.”

Por fim, releva informar que constou do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786 a constatação 4.1.1.1 onde se recomendou a elaboração, no âmbito da Anatel, de regulamentação específica, com fins de internalizar critérios de sustentabilidade ambiental nos processos de aquisição da Agência, não deixando de contemplar aspectos como: processos de extração ou fabricação, utilização e descarte dos produtos e matérias-primas; aquisição de produtos produzidos com menor consumo de matéria-prima e maior quantidade de conteúdo reciclável; aquisição preferencial de produtos fabricados por fonte não poluidora, bem como por materiais que não prejudicam a natureza; existência de certificação ambiental por parte das empresas participantes e produtoras (ex: ISO), como critério avaliativo ou mesmo condição para aquisição de produtos e serviços. Entretanto, a recomendação não ainda foi atendida e esta sendo acompanhada no plano de providências de 2010, tendo sido informado na última revisão que a Anatel ainda não regulamentou o assunto.

Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência informou o seguinte sobre a constatação 4.1.1.1 do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786:

“Em relação ao disposto no parágrafo anterior, constata-se que a precariedade de critérios objetivos de sustentabilidade ambiental nos processos de aquisição é uma dificuldade existente no âmbito da Administração Pública como um todo.

A falta de regulamentação resta cristalina na medida em que se constatam tentativas de implementação de critérios de forma isolada, como a criação, por parte da Consultoria Jurídica da União no Estado de São Paulo, de um “Guia Prático de Licitações Sustentáveis da Consultoria Jurídica da União no Estado de São Paulo – AGU”.

A Anatel, como autarquia, ao nosso ver, s.m.j, não tem autonomia para criar critérios ambientais sem previsão legal ou regulamentar que estabeleça critérios objetivos, no âmbito de toda a Administração.

Portanto, entendemos, s.m.j, que o Governo Federal, por intermédio do Ministério do Planejamento, deve, em conjunto com a pasta ministerial da área ambiental, criar critérios objetivos de sustentabilidade ambiental a serem inseridos nos editais de licitação de toda a Administração Pública Federal.

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Em face do exposto, solicita-se que essa Controladoria-Geral reconsidere a recomendação até que o assunto esteja devidamente tratado no âmbito de toda a Administração Pública Federal.”

3.1.6.16. Constatação (38)

Ausência de lista de verificação nas aceitações técnicas de produtos adquiridos pela Agência.

Por meio do item nº 26 da Solicitação de Auditoria nº 201203585/004, de 24.4.2012, foi requisitado o seguinte:

“Relativamente à Gestão Ambiental e Licitações Sustentáveis da Anatel, informados no Quadro A.10.1 - “GESTÃO AMBIENTAL E LICITAÇÕES SUSTENTÁVEIS” do Relatório de Gestão do Exercício 2011, detalhar a avaliação realizada quanto aos aspectos dos seguintes itens:

1.(...)

2.Parcialmente válida (4) para o item 9. Apresentar informações, com documentos comprobatórios (apresentando, se for o caso, cópias apenas das páginas pertinentes dos editais e demais documentos dos processos licitatórios), quanto à relação entre o número de processos licitatórios que atendem aos quesitos abaixo listados, em relação ao número total de processos, executados ao longo do exercício.

(...)

(vi) Aspectos de durabilidade e qualidade dos bens/produtos.”

Foi encaminhada, por meio do Ofício nº 56/2012/AUD-Anatel, de 14.5.2012, a seguinte justificativa não condizente com a avaliação apresentada no Quadro A.10.1 do relatório de Gestão 2011:

Item 9 – Para a aquisição de bens/produtos é levada em conta os aspectos de durabilidade e qualidade de tais bens/produtos.

Resposta Anatel:

“Número de processos em 2011: 67

Número de processos em 2011 que atendem aos requisitos: 29

(...)

Não obstante, informamos que na especificação dos bens/produtos a Anatel busca determinar requisitos que garantam qualidade mínima para atender ao interesse da Administração, não permitindo que produtos de péssima qualidade possam ser aceitos. Além disso, quando do recebimento dos produtos é realizada aferição de que os requisitos foram

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atendidos por profissional qualificado, o qual expede um atestado técnico de atendimento. Encaminhamos, em anexo, a título de exemplo, atestados técnicos de recebimento de produtos.”

Os Laudos de Inspeção apresentados, por meio do Ofício nº 56/2012/AUD-Anatel, de 14.5.2012, em resposta à SA n° 201203585/004, de 24 de abril de 2012, não apresentam os parâmetros técnicos considerados na aceitação dos produtos. Entendemos que deveria haver uma lista de verificação a ser seguida na aceitação dos produtos, baseada, por exemplo, nos itens das normas ABNT e CONAMA exigidas nos editais ou evidenciando que o produto veio acompanhado de certificado de conformidade às normas exigidas expedido por órgão público.

É bem verdade que o item “Verificação das Especificações”, conforme extraído do Laudo de Inspeção nº 09/2012, de 10.5.2012, relata que:

“O detalhamento da verificação e a aceitação de material que não seja de escritório deverão ser feitos por técnico especializado da área usuária, devendo este assinar conjuntamente esse Laudo.”

Não obstante, o referido item não especifica quais parâmetros deverão ser observados, além dos constantes na nota fiscal.

Assim, é necessária a apresentação de uma lista de verificação ou documento similar de aceitação enfatizando os critérios utilizados para aceitação técnica dos produtos adquiridos.

Podemos citar como exemplo o seguinte Edital que exige o atendimento de normas para o pleno atendimento do objeto contratado:

1) Edital de Pregão Amplo n°010/2011-ER04/MG

Objeto:

“O presente documento visa estabelecer as condições da contratação de empresa especializada para fornecimento e instalação de sistema de ar condicionado e ventilação mecânica na nova sede do Escritório Regional da Anatel em Minas Gerais - ER04/MG. contemplando 01 loja comercial e 07 andares (4o a 8o. 1Io e 12° andares), do Edifício Ulysses Bayão, localizado na Rua Maranhão, n.° 166 - Bairro Santa Efigênia - Belo Horizonte/MG,(...)”:

Normas Exigidas:

a. ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 16401 (01. 02 e 03): Instalações Centrais de Ar Condicionado para Conforto;

b. ASHRAE - American Society of Heating Refrigerating and Air Conditioning Engineers;

c. ASTM - American Society for Testing and Materials;

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d. AMCA - Air Movement & Control Association International;

e. ANSI - American National Standards Institute;

f. SMACNA - Sheet Metal Association of Contractors National Association;

g. BSI - British Standards Institution BS5588: Parte 4 - 1986;

h. MINISTÉRIO DA SAÚDE - Portaria 3523(28/08/1998);

i. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA - Resolução 116 (24/10/2000);

j. Resolução CONAMA n° 267. de 14/11/2000.

Manifestação da Unidade Examinada:

Por meio do Ofício nº 98/2012/AUD-Anatel, de 10.7.2012, a Agência informou:

“Em que pese a recomendação dessa Controladoria-Geral, quanto à elaboração de check-list no recebimento dos produtos e serviços, não nos parece ser oportuna a elaboração de check-list com especificação técnica para todos os produtos existentes no mercado e recebidos por esta Agência. Adotamos uma maneira que tem se mostrado eficiente, s.m.j, qual seja: receber o produto comparando-o com a especificação prevista no Edital e no Contrato, a qual já deverá conter, em alguns casos, as referidas normas técnicas como a ABNT, citada por essa Controladoria-Geral.

Esta Agência propõe, s.m.j, que a determinação supracitada seja aplicável apenas de forma excepcional, nos casos em que a Agência exigir, de forma justificada, o cumprimento de normas técnicas especiais. E ainda assim, que a conferência não se dê obrigatoriamente por um checklist, podendo tal cumprimento ocorrer até mesmo por formulário elaborado no âmbito desta Agência, como por exemplo o já existente Termo de Recebimento Definitivo, que poderia ser aperfeiçoado.”

Análise do Controle Interno

Entendemos que, realmente, na maior parte dos casos onde o termo de referência ou a própria natureza do objeto adquirido não fazem referência a normas ou resoluções, a conferência feita nos moldes apresentados pela Agência são satisfatórios. Entretanto, na maior parte dos editais e termos de referência apresentados em anexo ao Ofício nº 56/2012/AUD-Anatel, de 14.5.2012, a Anatel mencionou normas e resoluções como pré-requisitos para a aceitabilidade do produto fornecido.

Desta forma, quando especificado e exigido no edital ou termo de referência, a manifestação explícita de cumprimento das exigências normativas se mostra necessária, principalmente quando estas, tais como as normas da ABNT, especificarem padrões de qualidade

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e medidas que devam ser obedecidos e que só possam ser certificados no momento do recebimento.

Recomendações

Recomendação 001:

Que a Agência após realizar a aceitação dos produtos, acoste ao processo documento enfatizando os critérios utilizados para aceitação técnica dos produtos adquiridos, bem como informando do atendimento do conteúdo de normas e/ou resoluções exigidas nos seus editais de licitação.

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Achados da Auditoria - nº 201203590Unidade Auditada: FUNDO DE UNIVERS.DOS SERV.TELECOMUNICACOESExercício: 2011Município - UF: Brasília - DFUCI Executora: SFC/DRCOM - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

1. CONTROLES DA GESTÃO

1.1. Subárea - CONTROLES EXTERNOS

1.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO

1.1.1.1. Informação (3)

Em verificação às recomendações expedidas pela CGU em exercícios anteriores, observa-se a situação constante do quadro a seguir.

Nº DO RELATÓRIO

DE AUDITORIA DE CONTAS

ITEM DO RELATÓRIO (NÚMERO E DESCRIÇÃO

SUMÁRIA)RECOMENDAÇÃO

SITUAÇÃO ATUAL DA

RECOMENDAÇÃO

201108801

1.1.2.1 - Constatação (002) – Deficiências do Sistema de Gestão de Crédito quanto ao fornecimento de dados gerenciais sobre a arrecadação do Fust.

Recomendação (002): Atentar às instruções do Tribunal de Contas da União quanto à apresentação de indicadores institucionais da Unidade Jurisdicionada em seu Relatório de Gestão.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (003): Implementar rotina de extração e guarda dos valores referentes aos indicadores de arrecadação do Fust, utilizando os dados financeiros, além dos dados físicos, de forma a permitir a recuperação imediata de tais informações com baixo ônus operacional.

Recomendação revisada

Recomendação (004): Implementar procedimento para a conferência dos relatório de indicadores de arrecadação gerados pelo Sigec, de modo a formalizar a realização da conferência, assim como o servidor responsável pelo ato.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

1.1. Subárea - CONTROLES INTERNOS

1.1.1. Assunto - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS

1.1.1.1. Constatação (1)

Com vistas a avaliar a conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº

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63/2010 especificamente quanto a verificação de seus formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010, da Portaria-TCU nº 123/2011 e da DN TCU nº 117/2011, efetuou-se a análise do Processo de Contas nº 53500.001673/2012-54

Quanto ao Relatório de Gestão do Fust foram identificados as seguintes inconformidades com a Portaria TCU 123/2011:

2.4 Desempenho orçamentário e financeiro

2.4.3 Programação de Despesas de Capital

2.4.3.1 Quadro Resumo da Programação de Despesas

Após o preenchimento dos Quadros relativos aos itens 2.4.2, 2.4.3 e 2.4.3.1, a Portaria TCU 123/2011 dispõe que: “a UJ deverá proceder a uma análise crítica da programação orçamentária, originária e adicional, analisando duas (2) questões de modo a demonstrar o estágio atual alcançado pela UJ na gestão dos seus créditos, quais sejam: Dotações propostas pela UO, PLOA e LOA: O gestor deverá examinar a compatibilidade dos limites orçamentários estabelecidos pelos órgãos envolvidos na gestão do sistema orçamentário em relação às necessidades de crédito da UO, para cumprimento da sua programação de trabalho, bem como entre o Projeto de LOA e a dotação aprovada pelo Congresso Nacional, explicitando as consequências das alterações ocorridas. Alterações relevantes ocorridas nas dotações do exercício em relação às dotações do exercício anterior: O gestor deverá examinar as alterações ocorridas na programação orçamentária que sejam relevantes para a gestão, analisando as suas razões e os seus impactos, positivos ou negativos, nas atividades da UJ. Além dessas questões, o gestor poderá apresentar outras informações e ponderações sobre as dificuldades e oportunidades surgidas durante o exercício, entre as quais a abertura de créditos adicionais, os cancelamentos de créditos e solicitações de créditos adicionais não atendidas que afetaram os processos de gestão orçamentária da UJ”.

No Relatório do FUST, não consta a referida análise crítica.

2.4.3.2 Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa

Não foi apresentado o Quadro A.2.7 - Movimentação Orçamentária por Grupo de Despesa – e a respectiva “Análise crítica”.

O TCU definiu na Portaria 123/2011 que o citado Quadro “compreende o conjunto dos créditos orçamentários concedidos ou recebidos de UG não associada à UJ (ou seja, concedidos ou recebidos de UG relacionada a UJ que não componha o Relatório de Gestão) e deve ser preenchido por todas as UJ”.

2. QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

2.1. Subárea - FISC.DA PREST. DOS SERV.DE TELECOMUNICAÇÕES

2.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

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2.1.1.1. Informação (2)

Criado pela Lei nº 9.998/2000, de 17.8.2000, com o objetivo de promover a universalização de serviços de telecomunicações, o Fust–Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações– tem a arrecadação de seus recursos gerenciada pela Anatel–Agência Nacional de Telecomunicações. Segundo a Lei 9.472/97, a Lei Geral de Telecomunicações – LGT, compete à Anatel, como órgão regulador, adotar medidas quanto ao atendimento do interesse público, ao desenvolvimento das telecomunicações brasileiras e à universalização dos serviços de telecomunicações.

Assim, foi criado o Fust, cuja missão é o de efetuar o ressarcimento da execução das obrigações de universalização, não recuperáveis pelas prestadoras com a exploração eficiente do serviço, ou seja, dar acesso aos serviços de telecomunicações às pessoas que, devido a fatores como baixa densidade demográfica, insuficiência de renda ou falta de infraestrutura, não pudessem dar retorno econômico para os investimentos das prestadoras.

O art. 5º da Lei nº 9.998, a Lei do Fust determina onde os recursos devem ser aplicados:

“Art. 5º. Os recursos do Fust serão aplicados em programas, projetos e atividades que estejam em consonância com plano geral de metas para universalização de serviço de telecomunicações ou suas ampliações que contemplarão, entre outros, os seguintes objetivos:

I – atendimento a localidades com menos de cem habitantes;

II – (vetado)

III – complementação de metas estabelecidas no Plano Geral de Metas de Universalização para atendimento de comunidades de baixo poder aquisitivo;

IV – implantação de acessos individuais para prestação do serviço telefônico, em condições favorecidas, a estabelecimentos de ensino, bibliotecas e instituições de saúde;

V – implantação de acessos para utilização de serviços de redes digitais de informação destinadas ao acesso público, inclusive da internet, em condições favorecidas, a instituições de saúde;

VI – implantação de acessos para utilização de serviços de redes digitais de informação destinadas ao acesso público, inclusive da internet, em condições favorecidas, a estabelecimentos de ensino e bibliotecas, incluindo os equipamentos terminais para operação pelos usuários;

VII – redução das contas de serviços de telecomunicações de estabelecimentos de ensino e bibliotecas referentes à utilização de serviços de redes digitais de informação destinadas ao acesso do público, inclusive da internet, de forma a beneficiar em percentuais maiores os estabelecimentos freqüentados por população carente, de acordo com a

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regulamentação do Poder Executivo;

VIII – instalação de redes de alta velocidade, destinadas ao intercâmbio de sinais e à implantação de serviços de teleconferência entre estabelecimentos de ensino e bibliotecas;

IX – atendimento a áreas remotas e de fronteira de interesse estratégico;

X – implantação de acessos individuais para órgãos de segurança pública;

XI – implantação de serviços de telecomunicações em unidades do serviço público, civis ou militares, situadas em pontos remotos do território nacional;

XII – fornecimento de acessos individuais e equipamentos de interface a instituições de assistência a deficientes;

XIII – fornecimento de acessos individuais e equipamentos de interface a deficientes carentes;

XIV – implantação da telefonia rural.

§ 1º Em cada exercício, pelo menos trinta por cento dos recursos do Fust serão aplicados em programas, projetos e atividades executados pelas concessionárias do Sistema Telefônico Fixo Comutado – STFC nas áreas abrangidas pela Sudam e Sudene.

§ 2º Do total dos recursos do Fust, dezoito por cento, no mínimo, serão aplicados em educação, para os estabelecimentos públicos de ensino.

§ 3º Na aplicação dos recursos do Fust será privilegiado o atendimento a deficientes."

A regulamentação da Lei do Fust veio por meio do Decreto nº 3.624, de 5.10.2000. A Anatel, em virtude desse Decreto, aprovou os seguintes atos normativos do Conselho Diretor:

• Resolução n.º 247, de 14.12.2000, que aprovou o Regulamento de Arrecadação da Contribuição das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações para o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust;

• Resolução n.º 269, de 9.7.2001, que aprovou o Regulamento de Operacionalização da Aplicação de Recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust.

De acordo com a Lei do Fust, é de competência do Ministério das Comunicações, por meio da Secretaria de Telecomunicações - STE, a definição das políticas, diretrizes, prioridades, programas, projetos e atividades relacionadas aos recursos do Fust, devidamente ratificado no Regimento interno do Ministério, em seu Art. 190, inciso VIII, da Portaria nº 401, de 22.8.2006, ao expressar ser de responsabilidade da STE o papel de “formular e propor o estabelecimento de normas e critérios para alocação de recursos aos projetos e programas

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financiados pelo Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações – Fust”. À Anatel compete a implementação, fiscalização e avaliação de tais programas.

Em termos orçamentários, o Fust é executado por meio do Programa 0257 – Universalização dos Serviços de Telecomunicações, cujo objetivo é o de “promover a universalização do acesso à infraestrutura de telecomunicações”, sendo seu orçamento total, no exercício de 2011, de R$ 5.854.000,00.

O Programa possui dois indicadores: “Taxa de Acessos a Redes Digitais em Banda Larga em Operação no Público-alvo Elegível - porcentagem (%)” e “Taxa de Acessos de Telefonia em Operação no Público-alvo Elegível”, cujos valores foram registrados em 0,0 e 0,7 respectivamente no decorrer de 2011. Isso deveu à não execução das ações orçamentárias do Programa no referido exercício, conforme informações apresentadas no quadro a seguir, onde foram listadas as ações vinculadas a esse Programa em conjunto com a respectiva execução orçamentária referente a 2011:

AÇÃO GOVERNAMENTALDOTAÇÃO

AUTORIZADA (A)

DESPESAS EXECUTADAS

(B)

%(B/A)

0998- Reserva de Contingência 1.396.479.852,00 R$ 0,00 0%2C46- Disponibilização de Serviço de Telefonia em Conformidade com a Lei 9.998/2000

5.845.300,00 R$ 0,00 0%

2C48- Disponibilização do Serviço de Acesso a Redes Digitais em Banda Larga de Acordo com a Lei 9.998/2000

8.700,00 R$ 0,00 0%

Total do Programa 1.402.333.852,00 R$ 0,00 0%Fonte: Siafi Gerencial

Quanto à Ação 2C46 - Disponibilização de Serviço de Telefonia em Conformidade com a Lei 9.998/2000, a finalidade da Ação é promover o acesso aos serviços de telefonia àquelas pessoas ou instituições de interesse público, independentemente de sua localização geográfica e condição socio-econômica. Isso se dá por meio da disponibilização ao público-alvo de acesso aos serviços de telefonia fixa, seja por meio da criação da infra-estrutura para prestação dos serviços, onde ela não exista, seja por meio do pagamento pela prestação dos serviços.

A ação é responsável pelo ressarcimento da parcela de custo não recuperável pela exploração eficiente do serviço de uma prestadora de serviço de telecomunicações, ou pela descentralização dos recursos aos Estados e Municípios.

Os acessos são fornecidos no contexto do Programa de Atendimento às Pessoas com Deficiência, instituído pela Portaria do Ministério das Comunicações nº 263, de 27.4.2006, que instituiu o primeiro programa do Fust a ser efetivamente implementado com seus recursos: o Programa de Atendimento às Pessoas com Deficiência, o qual tinha como objetivo disponibilizar acessos individuais aos serviços de telecomunicações e equipamentos de interface às pessoas portadoras de deficiência.

Segundo as informações apresentadas pela Unidade em seu Relatório de Gestão, houve execução da Ação em 2011, resultante na manutenção de 83 acessos, mesmo diante da previsão da área de não haver manutenção de acesso.

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Quanto à Ação 2C48 - Disponibilização do Serviço de Acesso a Redes Digitais em Banda Larga de Acordo com a Lei 9.998/2000, a finalidade da ação é promover o acesso aos serviços de acesso a redes digitais em banda larga àquelas pessoas ou instituições de interesse público, independentemente de sua localização geográfica e condição socio-econômica.

Isso se daria por meio de disponibilização ao público-alvo de acesso às redes digitais em banda larga, seja por meio da criação da infra-estrutura para prestação dos serviços, onde ela não exista, seja por meio do pagamento pela prestação dos serviços.

A ação seria responsável pelo ressarcimento da parcela de custo não recuperável pela exploração eficiente do serviço de uma prestadora de serviço de telecomunicações, ou pela descentralização dos recursos aos Estados e Municípios.

Em seu Relatório de Gestão, a Anatel informou que "A Ação 2C48 não teve execução no exercício de 2011 (assim como nos exercícios anteriores), por impedimento legal da aplicação dos recursos do FUST em programas que não estejam vinculados ao Serviço Telefônico Fixo Comutado, por esse ser o único prestado em regime público. Essa dificuldade foi gerada pela edição da Lei nº 9.998/98, em relação ao emprego do Fust na implantação de acessos para utilização de redes digitais de informação a estabelecimentos de ensino, bibliotecas, instituições de saúde e outras atividades que não são exploradas, atualmente, em regime público, mediante contrato de concessão."

Conforme informações já contantes em relatórios desta CGU expedidos em exercícios anteriores, a Ação 2C48 ainda não teve execução em decorrência de haver entendimento de impedimento legal da aplicação dos recursos do Fust em programas que não estejam vinculados ao Serviço Telefônico Fixo Comutado, por esse ser o único prestado em regime público.

Essa dificuldade é vinculada à edição da Lei nº 9.998/98, em relação ao emprego do Fust na implantação de acessos para utilização de redes digitais de informação a estabelecimentos de ensino, bibliotecas, instituições de saúde e outras atividades que não são exploradas, atualmente, em regime público, mediante contrato de concessão. Diante desse entendimento, são necessárias mudanças na Legislação para que efetivamente se consiga aplicar os recursos do Fust no chamado Plano Nacional de Banda Larga (PNBL).

Já em relação a receita orçamentária, a Lei do Fust indica suas fontes, conforme Art.6º, que assim dispõe:

“Art. 6º Constituem receitas do Fundo:

I – dotações designadas na lei orçamentária anual da União e seus créditos adicionais;

II – cinqüenta por cento dos recursos a que se referem as alíneas c, d, e e j do art. 2º da Lei n.º 5.070, de 7 de julho de 1966, com a redação dada pelo art. 51 da Lei n.º 9.472, de 16 de julho de 1997, até o limite máximo anual de setecentos milhões de reais;

III – preço público cobrado pela Agência Nacional de Telecomunicações, como

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condição para a transferência de concessão, de permissão ou de autorização de serviços de telecomunicações ou uso de radiofreqüência, a ser pago pela cessionária, na forma de quantia certa, em uma ou várias parcelas, ou de parcelas anuais, nos termos da regulamentação editada pela Agência;

IV – contribuição de um por cento sobre a receita operacional bruta, decorrente de prestação de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, excluindo-se o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transportes Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações - ICMS, o Programa de Integração Social - PIS e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social – Cofins;

V – doações;

VI – outras que lhe vierem a ser destinadas.

Parágrafo único. Não haverá a incidência do Fust sobre as transferências feitas de uma prestadora de serviços de telecomunicações para outra e sobre as quais já tenha havido o recolhimento por parte da prestadora que emitiu a conta ao usuário, na forma do disposto no art. 10 desta Lei.”

Segundo o Relatório de Gestão da Unidade, a arrecadação do Fust em 2011 se comportou da seguinte maneira:

ORIGEM DOS RECURSOS ( ART. 6º DA LEI Nº 9.998/2000) 2010 (R$) 2011(R$) VARIAÇÃ

O %Dotações por Lei Orçamentária (inciso I) - -

Recursos recebidos do Fistel – Fonte 174 38.392.600,32 38.131.610,04 -0,68%Recursos recebidos do Fistel – Fonte 129 181.983.498,38 1.776.815.498,19 876,36%Recursos recebidos do Fistel – Fonte 250 693.137,00 818.781,78 18,13%

Receita de Contribuição -1% da Receita Operacional Bruta das Prestadoras de Serviços de

Telecomunicações (inciso IV)765.539.884,76 902.168.817,41 17,85%

Total 986.609.120,46 2.717.934.707,42 175,48%Fonte: Relatórios de Gestão-Fus 2010, a partir de dados do SIAFI, segundo o Relatório

Observa-se o incremento expressivo na arrecadação do Fust, principalmente em decorrência do recurso repassado pelo Fistel, oriundo da fonte 129. Esses valores decorrem principalmente de antecipação de pagamentos relativos a direitos de uso de radiofrequencia referentes à prestação de serviços de SMP.

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Achados da Auditoria - nº 201203599Unidade Auditada: FUNDO DE FISCALIZAÇÃO DAS TELECOMUNICACOES-FISTELExercício: 2011Município - UF: Brasília - DFUCI Executora: SFC/DRCOM - Coordenação-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

1. CONTROLES DA GESTÃO

1.1. Subárea - CONTROLES EXTERNOS

1.1.1. Assunto - ATUAÇÃO DAS UNIDADES DA CGU - NO EXERCÍCIO

1.1.1.1. Informação (3)

Em verificação às recomendações expedidas pela CGU em exercícios anteriores, observa-se a situação constante do quadro a seguir.

Nº do Relatório de Auditoria de

Contas

Item do Relatório (número e descrição sumária) Recomendação Situação atual da

recomendação

245376

1.2.1.1 Constatação (002) – Insuficiência dos indicadores utilizados para avaliação do desempenho do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações – FISTEL.

Recomendação (001): Desenvolver indicadores relacionados às atividades da Agência quanto ao Fistel que forneçam informações suficientes para a avaliação do desempenho operacional dessas atividades.

Recomendação Atendida

0

1.1.3.1 Constatação (004) – Deficiências do Sistema de Gestão de Crédito quanto ao fornecimento de dados gerenciais sobre a arrecadação do Fistel.

Recomendação (001): Implementar o Plano de Projeto para Adequação dos Controles de Arrecadação, apresentado a esta CGU, por meio do Ofício nº 125/2011/AD-Anatel, de 22.7.2011.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (004): Atentar às instruções do Tribunal de Contas da União quanto à apresentação de indicadores institucionais da Unidade Jurisdicionada em seu Relatório de Gestão.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

Recomendação (005): Implementar rotina de extração e guarda dos valores referentes aos indicadores de arrecadação do Fust, utilizando os dados financeiros, além dos dados físicos, de forma a permitir a recuperação imediata de tais informações com baixo ônus operacional.

Recomendação revisada

Recomendação (006): Implementar procedimento para a conferência dos relatório de indicadores de arrecadação gerados pelo Sigec, de modo a formalizar a realização da conferência, assim como o servidor responsável pelo ato.

Recomendação monitorada via Plano de Providências Permanente

1.1. Subárea - CONTROLES INTERNOS

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1.1.1. Assunto - AUDITORIA DE PROCESSOS DE CONTAS

1.1.1.1. Constatação (1)

Com vistas a avaliar a conformidade das peças de que trata o art. 13 da IN TCU nº 63/2010 especificamente quanto a verificação de seus formatos e conteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010, da Portaria-TCU nº 123/2011 e da DN TCU nº 117/2011, efetuou-se a análise do Processo de Contas nº 53500.001673/2012-54

Quanto ao relatório de Gestão foram identificados inconformidades em relação à Portaria TCU 123/2011, quanto a informações sobre o planejamento e gestão orçamentária e financeira da unidade:

De acordo com a Portaria TCU 123/2011, devem ser abordadas as seguintes questões:

“a) Responsabilidades institucionais da unidade:

I. Competência Institucional;

II. Objetivos estratégicos.

b) Estratégia de atuação frente às responsabilidades institucionais:

I. Análise do andamento do plano estratégico da unidade ou do órgão em que a unidade esteja inserida;

II. Análise do plano de ação da unidade referente ao exercício a que se referir o relatório de gestão.

c) Programas de Governo sob a responsabilidade da unidade:

I. Execução dos programas de Governo sob a responsabilidade da UJ;

II. Execução física das ações realizadas pela UJ.

d) Desempenho Orçamentário/Financeiro:

I. Programação Orçamentária das Despesas;

II. Execução Orçamentária das Despesas;

III. Indicadores Institucionais”.

Neste item, o Relatório do Fistel contempla apenas informações relacionadas à competência institucional, sem abordar, por exemplo, o seu plano de ação e as eventuais

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alterações realizadas ao longo do exercício, informando os aspectos que justificaram ou influenciaram tais alterações.

Ressalte-se que, conforme a Lei de Criação do Fistel – nº 5070/66, anualmente deve-se elaborar o “programa de aplicação de recursos do Fundo de Fiscalização das Telecomunicações”, para o exercício seguinte.

Por meio do Ofício nº 101/2012/AUD-Anatel, de 24.7.2012, foi apresentada a seguinte manifestação:

“Os itens citados não foram preenchidos em virtude de o Fistel tratar-se de fundo contábil que não tem execução própria. Cabe destacar que, com a superveniência da Lei Geral de Telecomunicações (LGT) – Lei 9.472/1997, a gestão do Fistel passou à administração exclusiva da Agência. Assim, a execução deste Fundo se cofunde com a execução da Anatel”.

2. QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES

2.1. Subárea - FISC.DA PREST. DOS SERV.DE TELECOMUNICAÇÕES

2.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

2.1.1.1. Informação (2)

O Fundo de Fiscalização das Telecomunicações – FISTEL – instituído pela Lei nº 5.070, de 7.7.1966, para prover recursos na execução da fiscalização de serviços de telecomunicações. As receitas são originárias das Taxas de Fiscalização e Instalação (TFI) e Taxas de Fiscalização e Funcionamento (TFF), pagamentos de outorgas, multas, conforme Lei nº 9.472/1997, de 16.7.1997.

De acordo com o art. 50 da referida Lei, a Lei Geral de Telecomunicações – LGT, Lei, o Fistel deve ser gerenciado pela Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel, sendo as fontes de recursos do Fundo inicialmente definidas pelo art. 2º da Lei n.º 5.070/66, e, posteriormente alteradas pelo art. 51, junto com os artigos 47 e 48, da LGT.

A Lei nº 5.070 definiu, em seus art. 1º e 2º, as atribuições deste fundo e as suas fontes de receita, respectivamente, conforme abaixo:

“Art. 1º. Fica criado um fundo de natureza contábil, denominado Fundo de Fiscalização das Telecomunicações, destinado a prover recursos para cobrir despesas feitas pelo Governo Federal na execução da fiscalização de serviços de telecomunicações, desenvolver os meios e aperfeiçoar a técnica necessária a essa execução.

Art. 2° O Fundo de Fiscalização das Telecomunicações - FISTEL é constituído das seguintes fontes:

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a) dotações consignadas no Orçamento Geral da União, créditos especiais, transferências e repasses que lhe forem conferidos;

b) o produto das operações de crédito que contratar, no País e no exterior, e rendimentos de operações financeiras que realizar;

c) relativas ao exercício do poder concedente dos serviços de telecomunicações, no regime público, inclusive pagamentos pela outorga, multas e indenizações;

d) relativas ao exercício da atividade ordenadora da exploração de serviços de telecomunicações, no regime privado, inclusive pagamentos pela expedição de autorização de serviço, multas e indenizações;

e) relativas ao exercício do poder de outorga do direito de uso de radiofreqüência para qualquer fim, inclusive multas e indenizações;

f) taxas de fiscalização;

g) recursos provenientes de convênios, acordos e contratos celebrados com entidades, organismos e empresas, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;

h) doações, legados, subvenções e outros recursos que lhe forem destinados;

i) o produto dos emolumentos, preços ou multas, os valores apurados na venda ou locação de bens, bem assim os decorrentes de publicações, dados e informações técnicas, inclusive para fins de licitação;

j) decorrentes de quantias recebidas pela aprovação de laudos de ensaio de produtos e pela prestação de serviços técnicos por órgãos da Agência Nacional de Telecomunicações;

l) rendas eventuais." (Grifou-se)

Essas fontes são classificadas da seguinte forma:

•280 - Recursos Próprios Financeiros

•250 - Recursos Próprios Não-Financeiros

•174 - Taxas e Multas pelo Exercício do Poder de Polícia

•129 - Recursos de Concessões e Permissões

Segundo Relatório de Gestão da Anatel, referente ao exercício 2011, foram arrecadados um montante de aproximadamente R$ 7,3 bilhões, da seguinte forma:

Fonte Tipo de Receita do Fistel - 2010 Valor (R$)

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280 Recursos Próprios Financeiros 795.961,15250 Recursos Próprios Não-Financeiros 1.837.669,11174 Taxas e Multas pelo Exercício do Poder de Polícia 3.712.212.147,39129 Recursos de Concessões e Permissões 3.553.403.116,74

Total 7.268.248.894,39

Foi observada a redução no montante total arrecadado, comparativamente ao ano de 2009, da ordem de 30%, basicamente explicada por uma redução de aproximadamente 84% dos recursos da Fonte 129, referente a Concessões e Permissões, demonstrado no quadro a seguir:

Fonte Receitas do Fistel Exercício 2010 (R$)

Exercício 2011 (R$)

Diferença 2011-2010 (R$)

Diferença % (2011-2010)

280 Recursos Próprios Financeiros 561.503,55 795.961,15 234.457,60 41,76%

250 Recursos Próprios Não-Financeiros 1.564.838,58 1.837.669,11 272.830,53 17,44%

174Taxas e Multas

pelo Exercício do Poder de Polícia

3.065.960.837,29 3.712.212.147,39 646.251.310,10 21,08%

129Recursos de Concessões e Permissões

363.166.019,48 3.553.403.116,74 3.189.237.097,26 875,76%

Total

3.431.253.198,90 7.268.248.894,39 3.835.995.695,49 111,76%

Por fim, cabe salientar que, do valor total arrecadado pelo Fistel em 2011, o montante de R$ 902.168.817,41 foi transferido ao Fundo de Universalização das Telecomunicações – FUST, segundo informações apresentadas no Relatório de Gestão 2011 do FUST, a partir das fontes 174, 129 e 250.

___________________________________________________________________________________________________ 191Visite o Portal da Transparência: www.portaltransparencia.gov.br e fiscalize a aplicação dos recursos públicos federais.

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Certificado: 201203585Unidade Auditada: AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES-SEDEExercício: 2011Processo: 53500.001673/2012-54Município/UF: Brasília/DF

Foram examinados os atos de gestão dos responsáveis pelas áreas auditadas, especialmente aqueles listados no art.10 da IN TCU nº 63/2010, praticados no período de 01 de janeiro de 2011 a 31 de dezembro de 2011.

Os exames foram efetuados por seleção de itens, conforme escopo do trabalho definido no Relatório de Auditoria Anual de Contas constante deste processo, em atendimento à legislação federal aplicável às áreas selecionadas e atividades examinadas, e incluíram os resultados das ações de controle realizadas ao longo do exercício objeto de exame, sobre a gestão da unidade auditada.

Em função dos exames aplicados sobre os escopos selecionados, consubstanciados no Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201203585, proponho que o encaminhamento das contas dos agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63 seja como indicado a seguir, em função da existência de nexo de causalidade entre os atos de gestão de cada agente e as constatações correlatas discriminadas no Relatório de Auditoria.

1. Regular com ressalvas a gestão dos seguintes responsáveis

1.1 CPF ***.074.884-**

Cargo: MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 9.11.2011

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 2.1.3.1, 2.1.3.2, 2.1.3.3 e 2.1.3.4.

Fundamentação:

Os trabalhos realizados por esta CGU levantaram que, considerando o posicionamento exarado na Análise nº 293/2011-GCJR, de 10.5.2011 e posteriormente, por meio da Análise 452/2011-GCJR, o Conselho Diretor da Anatel deliberou por unanimidade, em sua 613ª Reunião, ocorrida em 14.7.2011, pelo retorno dos autos à Superintendência de Serviços Públicos

Certificado de AuditoriaAnual de Contas

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para aplicação de outra metodologia de cálculo do valor de sanção. Além disso, determinou a devolução de todos os outros PADOs em análise no Conselho Diretor para reaplicação da nova metodologia.

Ocorre que, conforme demonstrou a análise dos autos, a determinação foi motivada por pressuposto equivocado quanto ao método que teria, punido “com maior severidade infrações médias do que graves”, sendo que, de fato, o que ocorreu foi simplesmente a ocorrência de números de infrações categorizadas como médias em número muito superior do que a ocorrência de infrações categorizadas como graves.

Além de constatado que a motivação para o ato do Conselheiro incorria em erro devido à ausência de suposta desproporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade dos fatos que ensejou a alteração da metodologia de sanção dos direitos dos usuários, verificou-se que a decisão do Conselheiro teve como consequências:

a) retorno dos PADOs às Superintendências sem as devidas cautelas para a mitigação ou eliminação do risco de prescrição dos respectivos processos sancionatórios;

b) Aplicação de metodologia que diminui substancialmente o poder sancionatório da Agência, tendo em vista os novos fatores de cálculo.

c) Aplicação de metodologia que com ausência de proporcionalidade entre o valor médio das multas aplicadas e o número de usuários atingidos.

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 item 3.1.1.3.

Fundamentação:

O Regimento Interno da Anatel estabelece, em seu art. 175, inciso III, a competência do Conselho Diretor de “aprovar o Plano de Informatização da Agência”. Neste contexto, constatou-se a ausência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI - em vigor no exercício de 2011.

Em 18.4.2011, a Superintendência de Administração Geral – SAD - informou que o PDTI da Anatel teve vigência até 2010 e que estava iniciando a elaboração do novo PDTI naquele momento. O assunto foi levado à ciência do Conselho Diretor em 3.8.2011, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786.

A Gerência Geral de Gestão da Informação – ADGI - se manifestou sobre o assunto, em 10.7.2012, informando que a aprovação do PDTI 2012-2014 ocorreu por meio da Portaria nº 536, de 11.6.2012, publicada no Diário Oficial da União em 12.6.2012. Vê-se portanto que a Agência ficou tanto o exercício 2011, como metade do exercício 2012 sem esta importante ferramenta de gestão.

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 3.1.4.1 e 3.1.4.2.

Fundamentação: Em razão da manutenção do mesmo cenário encontrado durante a avaliação de contas do exercício de 2010, concluiu-se pela manutenção na avaliação de contas, exercício de 2011, das constatações: “3.1.4.1 - Ausência de Avaliação de 31 (trinta e um) imóveis cadastrados no sistema SPIUnet, representando 92% do parque imobiliário da agência” e “3.1.4.2 -

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Ausência de cadastro dos imóveis de uso especial locados de terceiros no SPIUNET”.

Ambas as constatações abordam assuntos relativos à fidedignidade dos registros nos sistemas informatizados do governo federal, devendo a alta administração do órgão interceder pela disponibilização de treinamento apropriado para seus subordinados e devendo cercear os empecilhos encontrados até a sua conclusão.

Cumpre apontar que o Presidente do Conselho Diretor exerce a Presidência da Agência, conforme dispõe o art. 179 do Regimento Interno da Anatel, e segundo seu inciso I, exerce o comando hierárquico sobre o pessoal e o serviço, com as competências administrativas correspondentes. O parágrafo único do art. 179 dispõe sobre a possibilidade de avocação pelo Presidente das competências dos órgãos a ele subordinados.

Nesse sentido, tendo em vista a ciência pelo Presidente do Conselho Diretor dos itens apontados, e sua competência para exercer o comando hierárquico da Agência, inclusive podendo avocar as competências dos órgãos a ele subordinados, caberia ao Presidente a adoção das medidas, necessárias à mitigação ou eliminação dos problemas apontados.

1.2 CPF ***.059.671-**

Cargo: MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 31.12.2011

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 2.1.3.1, 2.1.3.2, 2.1.3.3 e 2.1.3.4.

Fundamentação:

Os trabalhos realizados por esta CGU levantaram que, considerando o posicionamento exarado na Análise nº 293/2011-GCJR, de 10.5.2011 e posteriormente, por meio da Análise 452/2011-GCJR, o Conselho Diretor da Anatel deliberou por unanimidade, em sua 613ª Reunião, ocorrida em 14.7.2011, pelo retorno dos autos à Superintendência de Serviços Públicos para aplicação de outra metodologia de cálculo do valor de sanção. Além disso, determinou a devolução de todos os outros PADOs em análise no Conselho Diretor para reaplicação da nova metodologia.

Ocorre que, conforme demonstrou a análise dos autos, a determinação foi motivada por pressuposto equivocado quanto ao método que teria, punido “com maior severidade infrações médias do que graves”, sendo que, de fato, o que ocorreu foi simplesmente a ocorrência de números de infrações categorizadas como médias em número muito superior do que a ocorrência de infrações categorizadas como graves.

Além de constatado que a motivação para o ato do Conselheiro incorria em erro devido à ausência de suposta desproporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade dos fatos que ensejou a alteração da metodologia de sanção dos direitos dos usuários, verificou-se que a decisão do Conselheiro teve como consequências:

Page 195: Ministerio das comunicacoes   relatório de auditoria anual de contas - exercício 2011 - agencia nacional de telecomunicacoes-sede ra201203585

a) retorno dos PADOs às Superintendências sem as devidas cautelas para a mitigação ou eliminação do risco de prescrição dos respectivos processos sancionatórios;

b) Aplicação de metodologia que diminui substancialmente o poder sancionatório da Agência, tendo em vista os novos fatores de cálculo.

c) Aplicação de metodologia que com ausência de proporcionalidade entre o valor médio das multas aplicadas e o número de usuários atingidos.

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 item 3.1.1.3.

Fundamentação:

O Regimento Interno da Anatel estabelece, em seu art. 175, inciso III, a competência do Conselho Diretor de “aprovar o Plano de Informatização da Agência”. Neste contexto, constatou-se a ausência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI - em vigor no exercício de 2011.

Em 18.4.2011, a Superintendência de Administração Geral – SAD - informou que o PDTI da Anatel teve vigência até 2010 e que estava iniciando a elaboração do novo PDTI naquele momento. O assunto foi levado à ciência do Conselho Diretor em 3.8.2011, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786.

A Gerência Geral de Gestão da Informação – ADGI - se manifestou sobre o assunto, em 10.7.2012, informando que a aprovação do PDTI 2012-2014 ocorreu por meio da Portaria nº 536, de 11.6.2012, publicada no Diário Oficial da União em 12.6.2012. Vê-se portanto que a Agência ficou tanto o exercício 2011, como metade do exercício 2012 sem esta importante ferramenta de gestão.

1.3 CPF ***.648.709-**

Cargo: MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 31.12.2011.

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 2.1.3.1, 2.1.3.2, 2.1.3.3 e 2.1.3.4.

Fundamentação:

Os trabalhos realizados por esta CGU levantaram que, considerando o posicionamento exarado na Análise nº 293/2011-GCJR, de 10.5.2011 e posteriormente, por meio da Análise 452/2011-GCJR, o Conselho Diretor da Anatel deliberou por unanimidade, em sua 613ª Reunião, ocorrida em 14.7.2011, pelo retorno dos autos à Superintendência de Serviços Públicos para aplicação de outra metodologia de cálculo do valor de sanção. Além disso, determinou a devolução de todos os outros PADOs em análise no Conselho Diretor para reaplicação da nova metodologia.

Ocorre que, conforme demonstrou a análise dos autos, a determinação foi motivada por pressuposto equivocado quanto ao método que teria, punido “com maior severidade infrações médias do que graves”, sendo que, de fato, o que ocorreu foi simplesmente a ocorrência de números de infrações categorizadas como médias em número muito superior do que a ocorrência de infrações categorizadas como graves.

Page 196: Ministerio das comunicacoes   relatório de auditoria anual de contas - exercício 2011 - agencia nacional de telecomunicacoes-sede ra201203585

Além de constatado que a motivação para o ato do Conselheiro incorria em erro devido à ausência de suposta desproporcionalidade entre a sanção aplicada e a gravidade dos fatos que ensejou a alteração da metodologia de sanção dos direitos dos usuários, verificou-se que a decisão do Conselheiro teve como consequências:

a) retorno dos PADOs às Superintendências sem as devidas cautelas para a mitigação ou eliminação do risco de prescrição dos respectivos processos sancionatórios;

b) Aplicação de metodologia que diminui substancialmente o poder sancionatório da Agência, tendo em vista os novos fatores de cálculo.

c) Aplicação de metodologia que com ausência de proporcionalidade entre o valor médio das multas aplicadas e o número de usuários atingidos.

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 item 3.1.1.3.

Fundamentação:

O Regimento Interno da Anatel estabelece, em seu art. 175, inciso III, a competência do Conselho Diretor de “aprovar o Plano de Informatização da Agência”. Neste contexto, constatou-se a ausência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI - em vigor no exercício de 2011.

Em 18.4.2011, a Superintendência de Administração Geral – SAD - informou que o PDTI da Anatel teve vigência até 2010 e que estava iniciando a elaboração do novo PDTI naquele momento. O assunto foi levado à ciência do Conselho Diretor em 3.8.2011, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786.

A Gerência Geral de Gestão da Informação – ADGI - se manifestou sobre o assunto, em 10.7.2012, informando que a aprovação do PDTI 2012-2014 ocorreu por meio da Portaria nº 536, de 11.6.2012, publicada no Diário Oficial da União em 12.6.2012. Vê-se portanto que a Agência ficou tanto o exercício 2011, como metade do exercício 2012 sem esta importante ferramenta de gestão.

1.4 CPF ***.910.701-**

Cargo: MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 31.12.2011.

Referência: Relatório de Auditoria nº 201203585 item 3.1.1.3.

Fundamentação:

O Regimento Interno da Anatel estabelece, em seu art. 175, inciso III, a competência do Conselho Diretor de “aprovar o Plano de Informatização da Agência”. Neste contexto, constatou-se a ausência de Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI - em vigor no exercício de 2011.

Em 18.4.2011, a Superintendência de Administração Geral – SAD - informou que o PDTI da Anatel teve vigência até 2010 e que estava iniciando a elaboração do novo PDTI naquele momento. O assunto foi levado à ciência do Conselho Diretor em 3.8.2011, por meio do Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201108786.

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A Gerência Geral de Gestão da Informação – ADGI - se manifestou sobre o assunto, em 10.7.2012, informando que a aprovação do PDTI 2012-2014 ocorreu por meio da Portaria nº 536, de 11.6.2012, publicada no Diário Oficial da União em 12.6.2012. Vê-se portanto que a Agência ficou tanto o exercício 2011, como metade do exercício 2012 sem esta importante ferramenta de gestão.

Esclareço que os demais agentes listados no art. 10 da IN TCU nº 63, constantes das folhas 04 e 05 do processo, que não foram explicitamente mencionados neste certificado têm, por parte deste órgão de controle interno, encaminhamento proposto pela regularidade da gestão, tendo em vista a não identificação de nexo de causalidade entre os fatos apontados e a conduta dos referidos agentes.

Brasília-DF, 26 de julho de 2012.

__________________________________________Coordenador-Geral de Auditoria da Área de Comunicações

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Presidência da República - Controladoria-Geral da União - Secretaria Federal de Controle Interno

Relatório: 201203585Exercício: 2011Processo: 53500.001673/2012-54Unidade Auditada: AGENCIA NACIONAL DE TELECOMUNICACOES-SEDEMunicípio/UF: Brasília/DF

Em conclusão aos encaminhamentos sob a responsabilidade da Controladoria-Geral

da União quanto à prestação de contas do exercício de 2011 da Unidade acima referenciada,

expresso opinião sobre o desempenho e a conformidade dos atos de gestão dos agentes relacionados

no rol de responsáveis, a partir dos principais registros e recomendações formulados pela equipe de

auditoria.

Quanto aos atos realizados pela Anatel no âmbito da sua atividade finalística, as

análises desta CGU identificaram decisão tomada pelo Conselho Diretor da Agência com o

comando de retorno de Procedimentos para Apuração de Descumprimento de Obrigações – PADO

que estavam em análise no próprio Conselho para a Superintendência finalística para aplicação

imediata de nova metodologia de cálculo de sanção. Contudo, o comando para o encaminhamento

foi realizado sem as devidas cautelas para a mitigação ou eliminação do risco de prescrição dos

processos sancionatórios. Além da ausência de controles para mitigação de riscos de prescrição,

verificou-se redução substancial do poder sancionatório da Agência em caso concreto, decorrente

dos valores resultantes de recálculo utilizando nova metodologia, que demonstrou uma ausência de

proporcionalidade entre a gravidade e número de usuários atingidos com o valor recalculado da

sanção.

A Unidade, em que pese suas manifestações no âmbito do Plano de Providências

Permanente, apresenta um conjunto de recomendações ainda não atendidas, no exercício passado,

que pela sua relevância para a gestão devem ser melhor tratadas, das quais se destacam: a não

elaboração de proposta para alteração do normativo que fixa a força de trabalho da Anatel; não

houve a promoção da formalização do método de cômputo dos valores de sanções a serem aplicadas

Parecer de Dirigente do Controle Interno

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no âmbito de cada Superintendência, o que prejudica a transparência e isonomia do processo

sancionador da Agência; ausência de Política de Segurança da Informação, de relação entre a

formação acadêmica e as atividades exercidas por servidores e terceirizados da área de TI, e de

instituição da gestão de acordo de níveis de serviço das soluções de TI oferecida aos demandantes

do serviço e terceirização integral da manutenção das soluções de TI.

Relativamente à gestão de Tecnologia da Informação (TI), constatou-se que a

Agência não logrou êxito na elaboração do Plano Diretor de Tecnologia da Informação – PDTI, no

exercício de 2011, impactando nas estratégias adotadas na área de TI da Agência.

Quanto à gestão de bens imóveis, verificou-se que não houve avanços em relação ao

exercício anterior tendo em vista a insuficiente atualização de dados e avaliação dos imóveis

cadastrados no sistema SPIUnet. Foi constatada situação idêntica quanto aos imóveis locados de

terceiros e pagamentos de aluguéis na ausência dos respectivos contratos.

Quanto ao sistema de controle interno da Unidade, verificou-se que, de maneira

geral, a Unidade possui ambiente de controle estruturado, assim como seu sistema interno de

informação e comunicação. Contudo, há de se destacar que a Anatel manteve o cenário apresentado

na avaliação da gestão de 2010 quanto à ausência de processo de diagnóstico, mensuração e

mitigação de riscos operacionais. A ausência deste processo pode comprometer o desempenho da

Agência, inclusive no que se refere às suas metas institucionais.

Assim, em atendimento às determinações contidas no inciso III, art. 9º da Lei n.º

8.443/92, combinado com o disposto no art. 151 do Decreto n.º 93.872/86 e inciso VI, art. 13 da

IN/TCU/n.º 63/2010 e fundamentado nos Relatórios de Auditoria, acolho a proposta expressa no

Certificado de Auditoria conforme quadro a seguir:

CPF Cargo Proposta de Certificação

Fundamentação

***.074.884-** MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 9.11.2011.

Regularidade com ressalva

Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 2.1.3.1, 2.1.3.2, 2.1.3.3, 2.1.3.4, 3.1.1.3, 3.1.4.1 e 3.1.4.2.

***.059.671-** MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 31.12.2011.

Regularidade com ressalva

Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 2.1.3.1, 2.1.3.2, 2.1.3.3, 2.1.3.4 e 3.1.1.3.

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***.648.709-** MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 31.12.2011.

Regularidade com ressalva

Relatório de Auditoria nº 201203585 itens 2.1.3.1, 2.1.3.2, 2.1.3.3, 2.1.3.4 e 3.1.1.3.

***.910.701-** MEMBRO DO CONSELHO DIRETOR no período de 1.1.2011 a 31.12.2011.

Regularidade com ressalva

Relatório de Auditoria nº 201203585 item 3.1.1.3.

Demais gestores integrantes do Rol de Responsáveis

Regularidade Relatório de Auditoria Anual de Contas nº 201203585

Desse modo, o processo deve ser encaminhado ao Ministro de Estado supervisor,

com vistas à obtenção do Pronunciamento Ministerial de que trata o art. 52, da Lei n.º 8.443/92, e

posterior remessa ao Tribunal de Contas da União.

Brasília-DF, 26.7.2012

__________________________________________________Diretora de Auditoria da Área de Produção e Tecnologia