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Ministério de Educação - posgeol.ufpr.br · Itararé e apresentam bom potencial como aquíferos, sendo, portanto de grande importância exploratória. Servem ainda como matéria

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Ministério de Educação Universidade Federal do Paraná

Setor de Ciências da Terra Programa de Pós-graduação em Geologia

Coordenador do programa Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes

Vice-coordenador do programa

Prof. Dr. Rodolfo José Angulo

Coordenação do 15° seminário Profa. Dra. Maria Cristina de Souza

Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury Prof. Dr. Elvo Fassbinder

Membros da equipe organizadora do 15° seminário

M.Sc. Juliana Costa M.Sc.Marcell Leonard Besser

Editoração do boletim de resumos

Profa Dra. Maria Cristina de Souza Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury

Secretaria

Rodrigo da Silva

Ilustração da capa Leonardo Bettinelli

Nova logomarca Mariana Linczuk

Corpo Docente Prof. Dr. Alberto Pio Fiori Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros Profª. Drª. Cristina Silveira Vega Prof. Dr. Eduardo Salamuni Profª. Drª. Eleonora Maria G. Vasconcellos Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira Prof. Dr. João Carlos Biondi Prof. Dr. José Manoel dos Reis Neto Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes Profª. Drª. Maria Cristina de Souza Prof. Dr. Rodolfo José Angulo

Colaboradores Prof. Dr. Eduardo Marone Prof. Dr. Fernando Farias Vesely Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani Prof. Dr. Sandro José Froehner

Participantes externos Prof. Dr. José Maria Landim Dominguez – UFBA Prof. Dr. Michael Holz - UFBA

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Apoio

Os estudos realizados pelos pós-graduandos representam os trabalhos de avanço da pesquisa geológica, que dão sustentação para novos desafios científicos e contribuem significativamente para nossa renovação. A atuação dos pós-graduandos é de protagonismo nas Geociências, sem a qual nos encontraríamos em um cenário carente de novos dados e idéias.

A Sociedade Brasileira de Geologia - Núcleo Paraná tem a satisfação de apoiar mais uma vez a realização do Seminário da Pós-Graduação em Geologia da UFPR, realizado nos dias 3, 4 e 5 de setembro de 2012, em sua 15a edição, apresentando para a comunidade trabalhos que no futuro próximo desejamos divulgar e publicar nos principais periódicos nacionais e internacionais.

Convidamos você a ajudar no fortalecimento da nossa sociedade, que tem apoiado e prestigiado trabalhos destacados no passado e no presente, incentivando nossos pesquisadores a se destacarem no futuro.

Junte-se a nós, filie-se a SBG.

Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury

Presidente do Núcleo Paraná da SBG

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Apresentação

Este boletim de resumos registra as atividades de pesquisa dos alunos

do Programa de Pós-Graduação em Geologia da UFPR. Reúne 28 comunicações sobre temas de dissertações de mestrado e teses de doutorado em andamento.

Anualmente, o seminário traz a público a produção científica, identifica e discute o funcionamento do programa. O evento encerra-se com uma reunião aberta com alunos, orientadores e interessados, na qual têm surgido boas sugestões para aprimoramento do Programa de Pós-Graduação, assim como para o planejamento de atividades do ano seguinte.

Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes Prof. Dr. Rodolfo José Angulo

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Sumário

Geologia Exploratória

Significado geotectônico das rochas metamórficas de São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul no estado de Santa Catarina..............................................................................................3

Análise de Fácies nos Depósitos Glaciais da Porção Basal do Grupo Itararé na Região de São Luiz do Purunã - PR .........................................................................................................................5

Alterações hidrotermais e mineralização associada ao depósito de ouro do Bom Jesus, Itaituba (PA)...........................................................................................................................................7

Modelos gravimétrico-magnéticos do Escudo Paranaense: contribuições da análise qualitativa ..9 As rochas do tipo Palmas aflorantes no sudoeste paranaense: caracterização faciológica,

petrográfica e litogeoquímica..................................................................................................11 Modelo geológico-descritivo da sequência de lavas dos derrames da Província Magmática do

Paraná na região da Usina de Itaipu, PR ...............................................................................13 Relações de colocação, deformação e tipologia dos granitos Varginha, Morro Grande, Piedade e

Cerne, leste do Paraná...........................................................................................................15 Análise estratigráfica e palinológica do Grupo Itararé na região de Balsa Nova (PR)..................17 Estudos de proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba (Formação Guabirotuba).............19 Estado da arte das comunidades fossilíferas da Formação Ponta Grossa na Sub-Bacia de

Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná...........................................................................21 Caracterização do sistema poroso em meios fraturados da Bacia do Paraná .............................23 Tectonoestratigrafia das sequências terrígenas da Formação Capiru – Grupo Açungui (PR)......25 Registro do Lineamento Transbrasiliano na porção Noroeste da Bacia do Paraná e do seu

embasamento. ........................................................................................................................27 Ambientes Deposicionais do Membro Morro Pelado, Formação Rio do Rasto, Bacia do Paraná, no

Leste de Santa Catarina .........................................................................................................29 Petrologia, geologia estrutural e geocronologia dos granitóides de Tartarugalzinho, província

Maroni-Itacaiúnas, estado do Amapá .....................................................................................31 Caracterização de heterogeneidades em reservatórios fluviais de carga mista: um estudo de

análogo na Formação Rio do Rasto, Bacia do Paraná ..........................................................33 Tectônica rúptil do flanco leste da Bacia do Paraná e embasamento adjacente..........................35 Depósitos de Transporte de Massa (MTDs) no registro estratigráfico do Grupo Itararé, um estudo

análogo com a Bacia Paganzo. Implicações para interpretação paleoambiental do Permocarbonífero da Bacia do Paraná. .................................................................................37

Arcabouço geofísico-estrutural 2D da borda oeste da Bacia do Parnaíba e do seu embasamento39

Geologia Ambiental

Hidrogeoquímica como suporte a estudos ambientais e de prospecção .....................................43 Compartimentação Hidroestrutural e Hidroquímica do SASG paranaense, resultados preliminares

da tese de doutoramento........................................................................................................45 Caracterização de radarfácies da barreira holocênica na região de São Francisco do Sul – SC47

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Dinâmica sedimentar de praias arenosas no litoral norte de Santa Catarina e centro-sul do Paraná.................................................................................................................................................49

Morfoestruturas da Serra do Mar paranaense..............................................................................51 Caracterização dos sedimentos e das feições de fundo do Mar do Ararapira, região sul do Brasil53 Batimetria e distribuição de sedimentos na plataforma continental interna paranaense..............55 Variações decadais e sazonais na configuração da linha de costa da Praia Central de Guaratuba –

PR...........................................................................................................................................57 Deformação da Superfície Sulamericana e a evolução morfoestrutural da Serra do Ibitiraquire

(Serra do Mar) ........................................................................................................................59

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15° Seminário do Programa da Pós Graduação em Geologia da UFPR - 2012

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Geologia Exploratória

15° Seminário do Programa da Pós-Graduação em Geologia da UFPR

3 a 5 de setembro de 2012

Departamento de Geologia

Universidade Federal do Paraná

Resumos

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Linhas de Pesquisa Geologia regional e geotectônica: Modelagens descritiva, genética e prospectiva; avaliação regional de potencial mineral e petrolífero; metalogenia; análise de terrenos metamórficos; modelagem quantitativa, cartografia exploratória. Análise de depósitos minerais e métodos de exploração: análise de inclusões fluidas, petrologia econômica, análise de metalotectos, prospecção geofísica, prospecção geoquímica, litogeoquímica, técnicas laboratoriais aplicáveis à exploração mineral, tipologia de minérios, contexto ambiental e econômico. Análise de bacias, petrofísica e paleontologia: análise estrutural e estratigráfica, modelagem de reservatórios e simulação numérica tridimensional, modelagem da anisotropia e unidades de fluxo em bacias, sísmica de reflexão e métodos potenciais aplicados à exploração, caracterização petrofísica e sedimentológica.

Corpo docente

Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros - [email protected] Profa. Dra. Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos - [email protected] Prof. Dr. João Carlos Biondi - [email protected] Prof. Dr. José Manoel dos Reis Neto - [email protected] Profa. Dra. Cristina Silveira Vega - [email protected] Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira - [email protected] Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes - [email protected] Prof. Dr. Fernando Farias Vesely - [email protected] Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury - [email protected]

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Significado geotectônico das rochas metamórficas de São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul no estado de Santa Catarina Baldin, Michelangelo Tissi ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros Palavras-chave: rochas metamórficas, Microplaca Luís Alves, geologia estrutural. A área da pesquisa localiza-se na porção nordeste do Estado de Santa Catarina, nos municípios de São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul. O trabalho será concentrado principalmente nas Ilhas do Tamborete, Ilha dos Remédios, Ilha Feia, Ilha de Balneário Barra do Sul e Ilha das Araras. Neste conjunto de ilhas afloram excelentes exposições de rochas que muito provavelmente pertencem ao embasamento (Microplaca Luís Alves) ou à Microplaca Paranaguá. Esta área se localiza entre três domínios geotectônicos distintos: as microplacas Luís Alves, Curitiba e Paranaguá, as quais foram estudadas por diversos autores. Estudos mais recentes permitiram o avanço considerável sobre a geologia do Terreno Paranaguá, entretanto, questões sobre a conexão entre as placas merecem ser abordadas com novos dados petrológicos e geocronológicos. Os principais métodos utilizados no presente estudo envolverão os seguintes procedimentos: o levantamento bibliográfico que visa o entendimento do contexto geológico regional; os trabalhos de campo que têm como propósito a obtenção de dados estruturais e geológicos, assim como a coleta sistemática de amostras de rochas para estudo estrutural/microtectônico, geocronológico e geoquímico; a petrografia afim de identificar litolotipos em termos mineralógico e estrutural; a análise estrutural que abrangerá levantamentos de perfis geológicos, observações de imagens LANDSAT-5 e LANDSAT-7 e o exame cinemático em secções delgadas; a geoquímica e a geocronologia. Tendo em vista a importância de caráter geotectônico, esse trabalho visa compreender a evolução metamórfica das rochas; discutir os mecanismos de deformação/recristalização atuantes na área de estudo com base nas observações em microscópio óptico; investigar a petrogênese do protólito das rochas metamórficas a partir do reconhecimento dos padrões dos elementos maiores usando a técnica de Espectrometria de Fluorescência de raios-X, elementos-traço incluindo terras raras utilizando a técnica de Espectrometria de Emissão com Plasma Indutivamente Acoplado; conhecer as idades de cristalização e metamorfismo pelo método LA-ICP-MS (Laser Ablation Inductively Coupled Plasma-Mass Spectrometer) em cristais de zircão, e compreender o arranjo estrutural entre a Microplaca Paranaguá e a Microplaca Luís Alves. As análises geocronológicas serão realizadas no Laboratório de Geologia Isotópica da UFPA ou no Laboratório de Geocronologia da USP. Os resultados esperados durante o período de execução do Projeto de Pesquisa são: confecção de mapa geológico de detalhe na escala de 1:5.000 das ilhas oceânicas de São Francisco do Sul e do Balneário Barra do Sul; compreender a evolução estrutural e metamórfica das rochas da área; apresentar um modelo petrogenético preliminar para os

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protólitos; definição do quadro geocronológico das rochas da região e entendimento da articulação das microplacas Paranaguá e Luís Alves. O trabalho propõe compreender melhor o limite nordeste do Estado de Santa Catarina e reunir conhecimentos e informações para esclarecer a evolução geológica da área e a sua integração no cenário geotectônico regional. O cronograma estabelecido vem sendo cumprido e suas etapas subsequentes abrangerão os trabalhos de campo e todas as suas implicações posteriores, como por exemplo, a seleção e envio de amostras para laminação, geoquímica e geocronologia, tratamento dos dados geológicos e estruturais, descrição das lâminas, e o tratamento dos dados geoquímicos e geocronológicos. Dados Acadêmicos: Co-orientador: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Significado geotectônico das rochas metamórficas de São Francisco do Sul e Balneário Barra do Sul no Estado de Santa Catarina; Área de concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Geologia Regional e Geotectônica; Data de entrada na pós-graduação: 19/03/2012; Número de créditos concluídos: 04; Exame de qualificação: 05/2013 possivelmente; Trabalhos publicados: ainda não foram publicados trabalhos pelo bolsista; Data da defesa: 02/2014 possivelmente; Possui bolsa: sim; Período: integral; Fonte pagadora: REUNI.

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Análise de Fácies nos Depósitos Glaciais da Porção Basal do Grupo Itararé na Região de São Luiz do Purunã - PR Beraldin, Suzane ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Fernando Farias Vesely Palavras-chave: Grupo Itararé, sedimentação glacial, análise de fácies O Grupo Itararé, de idade permocarbonífera, compreende uma associação de diamictitos, arenitos, lamitos e ritmitos depositados pela ação direta e indireta de geleiras. Apresenta-se disposto em ciclos de glaciação-deglaciação constituídos essencialmente por depósitos subaquosos, onde são comuns feições de deformação sinsedimentar devido a movimentos gravitacionais. Os arenitos dessa unidade são considerados análogos aos reservatórios do sistema petrolífero Ponta-Grossa Itararé e apresentam bom potencial como aquíferos, sendo, portanto de grande importância exploratória. Servem ainda como matéria prima para rochas e minerais de uso industrial, tais como areia e argila lavradas no município de Balsa Nova. Trabalhos efetuados pela Comissão da Carta Geológica do Paraná na década de 1960 possibilitaram a individualização de associações de fácies na parte inferior do Grupo Itararé, incluindo-se depósitos à época interpretados como tilitos, arenitos fluvio-glaciais e varvitos, bem como o reconhecimento de ocorrências de superfícies glaciais estriadas. Esses resultados, contudo, não tiveram sua merecida repercussão nos trabalhos subsequentes, de modo que mapeamentos posteriores tornaram a tratar o Grupo Itararé como unidade indivisa. O presente trabalho tem como objetivo revisitar a área no intuído de caracterizar as fácies sedimentares e o arcabouço estratigráfico do Grupo Itararé, reavaliar o estilo de sedimentação e interpretar a evolução deposicional do intervalo. Para o estudo foi selecionada uma área com cerca de 200 Km² a oeste de Curitiba, entre a escarpa de São Luiz do Purunã e a cidade de Palmeira. A área engloba partes das cartas geológicas de Campo Largo, Contenda, Porto Amazonas e Quero-Quero, na escala 1:50.000. O intervalo analisado é de provável idade Neocarbonífera e ocorre na área de estudo em discordância angular sobre a Formação Furnas, estando ausente a Formação Ponta Grossa devido à erosão ocorrida entre o Neodevoniano e o Eocarbonífero. A metodologia de trabalho utilizada compreende revisão bibliográfica acerca da geologia da área de estudo e de modelos de sedimentação glacial, aerofotointerpretação na escala 1:25.000 visando individualizar as associações de fácies, cartografia digital, análise de fácies e medição de paleocorrentes e indicadores de paleofluxo glacial (estrias). Resultados preliminares obtidos até o momento permitiram o reconhecimento das principais fácies presentes na área, cuja classificação está sendo feita mediante estimativa visual das proporções de cascalho, areia e lama e estruturas sedimentares presentes. As fácies identificadas incluem: conglomerado arenoso/areno-lamoso com feições de deformação sinsedimentar (dobras, falhas e superfícies de cisalhamento); arenito maciço; arenito com estratificação cruzada planar ou acanalada; arenito com

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laminação ondulada cavalgante, arenito conglomerático maciços ou com estratificação cruzada acanaladas/planares, lamito maciço e lamito conglomerático maciço ou laminado. Em se tratando de um contexto glacial de sedimentação, as feições de deformação penecontemporânea poderiam ser associadas ao efeito cisalhante causado por avanço do gelo sobre sedimentos inconsolidados (glaciotecônica). Outra hipótese seria de processos de ressedimentação gravitacional, em que as deformações estariam associadas a escorregamentos de massa. Com novas aquisições de dados de campo e com o desenvolvimento da pesquisa será possível estabelecer o arcabouço estratigráfico para a parte inferior do Grupo Itararé, efetuar um esboço paleogeográfico discriminando as associações de fácies e os sentidos de transporte sedimentar, bem como atualizar o mapa geológico na área de estudo. A partir desses resultados, pretende-se discutir as implicações exploratórias no contexto regional da bacia. Dados acadêmicos: Co-orientadores: -; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: “Arcabouço Estratigráfico e Evolução Tectono-Sedimentar da Sucessão Carbonífera da Bacia do Paraná (Grupo Itararé) no Sudeste Paranaense”; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias, Petrofísica e Paleontologia; Data de entrada na pós-graduação: Março de 2012; No de créditos concluídos: 4; Exame de qualificação: 03/2013; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 resumo aceito no 46ºCBG; Data da Defesa: 03/2014; Possui Bolsa: sim; Período: 2012; Fonte pagadora: REUNI.

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Alterações hidrotermais e mineralização associada ao depósito de ouro do Bom Jesus, Itaituba (PA) Borgo, Ariadne ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. João Carlos Biondi Palavras-chave: alteração hidrotermal, depósito de ouro, Bom Jesus O depósito de ouro Bom Jesus, localizado no sudoeste do Estado do Pará, está inserido na Província aurífera do Tapajós, no Cráton Amazônico. Na área ocorrem rochas plutônicas cálcio-alcalinas de derivação ígnea, peraluminosas a metaluminosas, formadas em ambiente de arco vulcânico e com um trend compatível com o dos granitóides trondhjemiticos de baixo potássio. Trata-se de tonalitos e granodioritos hololeucocráticos a leucocráticos com injeções de aplitos e pegmatitos monzoníticos, que pertencem a Suite Intrusiva Parauari. O conjunto, praticamente sem deformação, foi hidrotermalizado e mineralizado. Foram caracterizadas três fases hidrotermais que exibem uma relação espacial, mas não temporal entre si. A primeira fase é uma alteração potássica que se caracterizada por paragêneses com (i) microclínio, (ii) biotita e (iii) magnetita. A segunda é uma alteração seletiva resultante da circulação de fluidos hidrotermais que oxidaram a magnetita (zona potássica) a hematita. As soluções hidrotermais residuais desta oxidação foram responsáveis pela pigmentação dos feldspatos previamente sericitizados. Esta pigmentação que caracteriza a segunda fase foi denominada “ferruginização”. A terceira alteração é uma argilização intermediária caracterizada pela presença de ilita, clorita, mica branca com resíduo de magnetita e rutilo, quartzo e carbonato. Estas duas fases tem uma distribuição não homogênea e estão associadas ao mesmo sistema de fraturas, com a zona argilizada no centro da alteração e a zona ferruginizada adjacente. O principal sulfeto é a pirita, com inclusões de esfalerita, galena, calcopirita e pirrotita. O ouro está incluso na pirita ou livre no quartzo. A dolomita é o principal mineral de preenchimento das vênulas junto com a clorita e sulfetos. Esta separação em fases hidrotermais, com tendências e paragêneses distintas, fica robusta quando se comparam os dados químicos com a petrografia. A confecção de diagramas triangulares baseados na moda dos minerais (ígneos e hidrotermais) e nos diagramas de variação usando o TiO2 e Al2O3 como discriminantes, separam nitidamente as fases hidrotermais e permitem, ainda, confirmar as tendências já observadas na petrografia. Estas informações auxiliam também na tentativa de definir os processos e o modelo ao qual se assemelha este depósito. A primeira fase de alteração hidrotermal observada é típica dos depósitos porfiríticos, porém as demais alterações comuns a esta classe não foram descritas no Bom Jesus. Já a abundancia de carbonatos em veios auríferos é comum aos depósitos de ouro orogênico. Modelo este aceito por inúmeros autores que estudam os depósitos na Província do Tapajós, porém a ausência de deformação ou feições tectônica em escalas distintas, além das paragêneses identificadas, torna complexa a aceitação plena deste modelo. Da mesma forma, a abundância de

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carbonato em veios mineralizados com ouro e acompanhados de anomalias de Ag, Pb, Zn, Cu, As, Bi e Sb são características dos veios polimetálicos associados à intrusões. Essas anomalias são observadas no Bom Jesus, associadas à argilização intermediária. Dessa forma, as paragêneses hidrotermais sugerem momentos distintos de alteração. Em uma primeira fase as rochas ígneas foram alteradas por fluidos tardi-magmáticos e hidrotermais. Num segundo momento essa intrusão foi invadida por fluidos externos, talvez de origem conata, que oxidaram a magnetita hipogênica e pigmentaram os plagioclásios sericitizados. Por último, essa intrusão foi percolada por fluidos carbônicos gerados, possivelmente, em um novo pulso magmático ou em outro plutão e esse fluido teria argilizado e mineralizado às fraturas da intrusão já potassificada e ferruginizada. Esta é a sequencia que melhor explica as alterações e paragêneses observadas no depósito Bom Jesus. Provavelmente a ferruginização não se associe geneticamente a nenhum episódio de mineralização, conforme sugerido pela abrangência regional desta alteração, descrita em toda a Província Tapajós. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Carlos Eduardo de Mesquita Barros; Nível: mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Alterações hidrotermais e mineralização relacionadas ao depósito de ouro Bom Jesus, Itaituba (PA); Área de Concentração: Geologia exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: modelagem de depósitos minerais; Data de entrada na pós-graduação: março de 2011; No de créditos concluídos: 21; Exame de qualificação: abril de 2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: 02 resumos aceitos em Congressos e 02 artigos previstos para o 2º semestre de 2012; Data da Defesa: março de 2013; Possui Bolsa: sim; Período: 12 meses; Fonte pagadora: CAPES

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Modelos gravimétrico-magnéticos do Escudo Paranaense: contribuições da análise qualitativa Castro, Luís Gustavo de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira Palavras-chave: gravimetria, magnetometria, Escudo Paranaense. O grande volume de trabalhos e a variedade de modelos propostos para explicar a disposição e evolução das unidades geológicas do Pré-cambriano paranaense, além de suas relações com as feições estruturais, refletem a complexidade dos processos envolvidos na formação destes terrenos. Contudo, poucos são os trabalhos que se utilizam da modelagem de dados potenciais (gravimetria e magnetometria) como ferramenta na concepção de modelos em escala regional. Com base nos resultados obtidos até o presente momento foi possível tecer algumas considerações sobre a contribuição da análise qualitativa aplicada aos dados geofísicos na área de estudo. A aplicação da inclinação do sinal analítico do gradiente horizontal total aos dados magnéticos continuados para cima (5000 metros) proporcionou uma interpretação da infraestrutura magnética do Escudo Paranaense e áreas adjacentes, a qual encontrou correspondência com estruturas de superfície como as zonas de cisalhamento Itapirapuã, Morro Agudo, Lancinha, Alexandra e Serra Negra. Observou-se que os lineamentos correspondentes às zonas de cisalhamento Itapirapuã, Morro Agudo e Lancinha aflorantes na região do escudo, se propagam sob a cobertura sedimentar da Bacia do Paraná configurando um padrão sigmoidal comum nas zonas de cisalhamento aflorantes. A análise dos dados de perfis gravimétricos terrestres (transectas) associados aos aeromagnéticos permitiu relacionar suas respostas à geologia de superfície, além de verificar o prolongamento de feições estruturais para o interior da Bacia do Paraná. A transecta “A” demonstrou correspondência dos sinais gravimétricos e magnéticos com as zonas de falha Taxaquara, Lancinha-Cubatão e Caçador. Na transecta “B” foi possível observar a correspondência com a Falha do Rio Alonzo, as zonas de falha Taxaquara, Cândido de Abreu - Campo Mourão, da Lancinha e o Lineamento Rio Piquiri. Na análise da transecta “C” foi possível identificar as zonas de falha Curitiba-Maringá, Taxaquara e Lancinha-Cubatão, além das falhas de Morro Agudo e do Rio Alonzo. O Grupo Castro se mostrou como um alto gravimétrico contendo um baixo relativo correspondente à sua porção sedimentar, enquanto o Granito Cunhaporanga mostrou-se como um baixo gravimétrico associado a um alto magnético. A Falha de Itapirapuã, contato do Granito Três Córregos com a Formação Itaiacoca, tem como resposta um alto gravimétrico, enquanto o Granito do Cerne é evidenciado por um baixo gravimétrico associado a um alto magnético. A Bacia de Curitiba é evidenciada por um baixo gravimétrico associado a um baixo magnético, limitada a Nordeste pela Falha do Passaúna e a Sudeste pela calha do Rio Iguaçu. Um pico de alta amplitude no perfil Bouguer, próximo a Zona de Cisalhamento Piên, marca

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o limite entre os terrenos tectônicos Curitiba e Luis Alves. Na transecta “D” o segmento entre a Zona de Falha de Taxaquara e a Falha de Itapirapuã está associado a uma mudança do patamar gravimétrico, a qual se relaciona com baixos magnéticos. O Anticlinal do Setuva tem como resposta um baixo gravimétrico próximo à Zona de Cisalhamento Curitiba. Um alto gravimétrico que atinge o valor máximo do perfil (32 mGal) é observado sobre as rochas do Terreno Luis Alves, a Sudeste da Zona de Cisalhamento Piên, o qual encontra correspondência nos perfis magnéticos. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Prof. Dr. Alberto Pio Fiori (UFPR) e Profª. Drª. Adalene Moreira Silva (UnB); Nível: doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Modelos gravimétricos-magnéticos do Escudo Paranaense; Área de Concentração:Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise Regional e Métodos de Exploração; Data de entrada na pós-graduação:03/2010; No de créditos concluídos:32; Exame de qualificação: 09/2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 resumos para o 46° congresso de Brasileiro de Geologia (1 co-autor),4 resumos para o 45° congresso de Brasileiro de Geologia (1 autor e 3 co-autor), 2 resumos expandidos para o IV Simpósio Brasileiro de Geofísica ( 1 autor e 1 co-autor), 1 resumo expandido para o 12 Congresso Internacional da Sociedade Brasileira de Geofísica (autor), 2 resumos expandidos para o Society of Exploration Geophysicists International Exposition and Eighty-First Annual Meeting (co-autor), 1 artigo na revista Geophysics (internacional) submetido (co-autor); Data da Defesa: 03/2014; Possui Bolsa: sim; Período:5º Semestre; Fonte pagadora: CAPES.

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As rochas do tipo Palmas aflorantes no sudoeste paranaense: caracterização faciológica, petrográfica e litogeoquímica Chmyz, Luanna ([email protected]) Orientador: Profª. Drª. Eleonora Maria Gouvea Vasconcellos Palavras-chave: Província Magmática do Paraná; rochas ácidas; rochas do tipo Palmas. As rochas ácidas da Província Magmática do Paraná, que afloram nas proximidades do município de Palmas, no sudoeste paranaense, apresentam, em geral, textura afírica e TiO2<1,2%, sendo classificadas como do tipo Palmas. Na área estudada, com 768 km² e localizada quinze quilômetros a leste de Palmas (PR), são observadas variações composicionais, texturais e estruturais nestes litotipos. Com o objetivo de se definir os processos de gênese destas rochas, as mesmas foram separadas em fácies, tendo como base feições observadas em campo, análises de amostras de mão e dados de análises químicas. Macroscopicamente, estas rochas são separadas em dezoito fácies ácidas e uma de composição basáltica, a saber: riolito maciço, riolito acamadado, riolito com níveis de quartzo, riolito com estrutura de fluxo, riolito amigdaloide com estrutura de fluxo, riolito com estrutura de fluxo bandada, riolito amigdaloide com estrutura de fluxo bandada, riolito subafírico com fenocristais de quartzo, riolito amigdaloide com fenocristais de quartzo, riolito afanítico, riolito amigdaloide, riolito hidrotermalizado, dacito maciço, dacito com estrutura de fluxo, brecha intrusiva, brecha de derrame, vitrófiro, vitrófiro amigdaloide e basalto. Em geral, os litotipos que possuem estrutura de fluxo são cortados por veios preenchidos por vidro vulcânico e carbonato. Já as fácies com acamamento apresentam veios constituídos por argilominerais, quartzo e feldspato potássico. Em lâmina delgada observa-se que os litotipos ácidos apresentam matriz constituída por porcentagens variáveis de vidro vulcânico, quartzo, feldspato alcalino e cristálitos de plagioclásio, piroxênio cálcico, minerais opacos e apatita. O vidro pode se apresentar em diferentes estágios de devitrificação, o que é evidenciado por mudanças na cor, grau de isotropia, presença de quebras perlíticas e esferulitos. Os cristálitos de plagioclásio e piroxênio são euédricos a subédricos e podem apresentar bordas corroídas, indícios de que, após a sua cristalização, reagiram com o material que veio a formar a matriz. Do ponto de vista geoquímico, as rochas ácidas apresentam TiO2<0,86%, são supersaturadas em sílica e classificadas como riolitos e dacitos de série toleítica. Em diagramas binários de variação tendo o MgO como índice fracionante, observam-se dois grupos com comportamentos semelhantes nestas rochas. O Grupo 1, com MgO entre 1,04 e 0,82%, apresenta uma correlação linear positiva para o TiO2 e CaO conforme o MgO é fracionado, enquanto o Grupo 2, com MgO entre 0,74 e 0,32%, apresenta uma tendência linear negativa para Na2O e CaO e correlação linear positiva para Al2O3, SiO2, K2O e TiO2. A análise do comportamento do FeO e Fe2O3 neste grupo de dados aponta a presença de dois subgrupos: subgrupo A e subgrupo B, ambos com correlação positiva para FeO e Fe2O3.

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Observa-se que as fácies riolito afanítico, vitrófiro, riolito bandado e riolito afanítico restringem-se ao Grupo 2, enquanto que as composições das rochas das fácies riolito com estrutura de fluxo e riolito acamadado distribuem-se entre os dois grupos. O subgrupo A engloba riolito bandado, riolito maciço, vitrófiro, riolito afanítico e riolito com estrutura de fluxo, sendo as duas primeiras rochas restritas a este subgrupo e o vitrófiro ocorre preferencialmente nele. O subgrupo B inclui riolito acamadado, vitrófiro, riolito afanítico e riolito com estrutura de fluxo. Desta forma, observa-se que a divisão faciológica proposta para os dados de campo e petrográficos, apresenta correspondência com os dados geoquímicos. As etapas seguintes deste trabalho envolvem a análise e interpretação de dados químicos (elementos traço e terras raras), obtenção de imagens por Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) e por microtomografia de raios X. Desta forma, será possível reconhecer e separar fácies vulcânicas e vulcanoclásticas, de maneira a se obter mais informações que auxiliem na caracterização da natureza das rochas ácidas do tipo Palmas aflorantes na área de estudo. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Dr. Edir Edemir Arioli, Dr. Otávio Augusto Boni Licht; Nível: mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Mapeamento faciológico e caraterização do potencial mineral das rochas do tipo Palmas da Província Magmática do Paraná; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise regional e métodos de exploração; Data de entrada na pós-graduação: março/2011; No de créditos concluídos: 14; Exame de qualificação: maio/2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: cinco resumos; Data da Defesa: março/2013; Possui Bolsa: sim; Período: março/2011–março/2013; Fonte pagadora: CAPES

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Modelo geológico-descritivo da sequência de lavas dos derrames da Província Magmática do Paraná na região da Usina de Itaipu, PR Costa, Juliana ([email protected]) Orientadora: Profª. Drª. Eleonora Maria Gouvêa Vasconcellos Palavras-chave: vulcanismo; rochas básicas; Formação Serra Geral; Bacia do Paraná. A área de estudo do projeto de doutorado consiste nos derrames basálticos localizados na região da Usina Hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçu (PR), onde a Itaipu Binacional possui um acervo com mais de 500 furos de sondagem rotativa que totalizam cerca de 30 km lineares de testemunhos. A Usina de Itaipu localiza-se no Rio Paraná, na fronteira Brasil-Paraguai, 14 km a montante das cidades de Foz do Iguaçu (PR) e Ciudad del Este (Paraguai). Na área onde a usina foi construída o Rio Paraná esculpiu um cânion com cerca de 125m de profundidade e 500m de largura. Nesta região afloram rochas pertencentes à Província Magmática do Paraná (PMP), que constitui uma LIP (Large Igneous Province) que se estende pelos estados do centro-sul do Brasil (PR, SC, RS, SP, MT, MS, GO e MG) além de porções do Paraguai, Argentina e Uruguai. A PMP possui idade eocretácea e datações recentes pelo método 40Ar/39Ar indicam que a atividade vulcânica ocorreu principalmente entre 133 e 132 Ma, durando cerca de 3 milhões de anos. Na PMP o empilhamento dos derrames é de, em média, 650 m, podendo atingir 2000 m na região de Pontal do Paranapanema (SP). O objetivo geral deste projeto é definir um modelo geométrico descritivo de formação dos derrames, de origem e distribuição das vesículas e amígdalas e preenchimento destas. Como objetivos específicos têm-se: análise e descrição petrográfica de testemunhos de sondagem; levantamento de perfis geológicos verticais em afloramentos e correlação com as rochas dos testemunhos; caracterização da porosidade das rochas em amostras macroscópicas, lâminas petrográficas e em microtomografia de raios X; definição das composições dos materiais de preenchimento das amígdalas pelo método de difração de raios X; definição da composição e temperatura dos fluidos envolvidos nos processos pós-magmáticos; análises de óxidos maiores e elementos traço e terras raras para caracterização geoquímica e evolução dos derrames; integração dos itens anteriores para geração de mapas faciológicos e do modelo geométrico descritivo, a partir de programas específicos de correlação estratigráfica, nas escalas horizontais e verticais de 1:1000. Para alcançar os resultados esperados foram selecionados 40 furos de sondagem distribuídos por uma área de aproximadamente 12 km², onde a soma das espessuras dos testemunhos é de 4,9km. Os testemunhos coletados nestas sondagens englobam os 5 derrames basálticos identificados na região na época de construção da barragem. As espessuras dos derrames variam de 20 a 60 m e neles são descritos níveis vesiculares/amigdaloidais de topo e de base, níveis de basalto maciço e níveis de brecha. As brechas são compostas por clastos de basalto maciço, de basalto vesicular e de arenito e siltito

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envoltos por matriz vesicular, com amígdalas preenchidas por zeólitas, carbonato e quartzo. Os derrames foram classificados como A, B, C, D e E, sendo que o derrame E é o superior da sequência e caracteriza-se por apresentar apenas níveis de basalto maciço e brechado, pois sua porção de topo foi erodida. O derrame D, localiza-se logo abaixo ao E, é caracterizado por apresentar cor cinza rosado e uma intercalação de níveis de basalto maciço com níveis vesiculares. O derrame C, que ocorre entre as cotas 115 e 82m, apresenta nível de brechas com cerca de 4 m de espessura, níveis vesiculares/amigdaloidais na base e no topo e porção central composta por basalto maciço com espessura de 21 m. O derrame B apresenta cerca de 60 m de espessura e sua maior parte é constituída por basalto maciço. Neste derrame as brechas ocorrem em camadas de, em média, 4m e a camada vesicular possui de 0,5 a 1m de espessura. Na porção inferior do nível de basalto maciço deste derrame há uma faixa sub-horizontal de 0,5 m de espessura intensamente fraturada. O derrame A ocorre abaixo da cota 20 m e apresenta, no topo, uma intercalação de cerca de 8 m de espessura de camadas de brecha com basalto vesicular/amigdaloidal. Abaixo desta intercalação há o basalto maciço. Os derrames da sequência em estudo apresentam semelhanças do ponto de vista físico e arquitetural, entretanto, espera-se observar diferenças petrográficas e geoquímicas que permitam a caracterização detalhada de cada derrame, a definição da evolução magmática ocorrida e o estabelecimento dos modelos propostos. Dados Acadêmicos: Co-Orientadores: Dr. Otavio A. Boni Licht; Dra. Cristina Valle Pinto-Coelho; Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação: Modelo geológico-descritivo da sequência de lavas dos derrames da Província Magmática do Paraná na região da Usina de Itaipu, PR. Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha de Pesquisa”: Geologia Regional e Geotectônica; Data de entrada: agosto de 2011; Nº de créditos concluídos: 32; Exame de qualificação: janeiro de 2014; Data da Defesa: julho de 2015; Possui Bolsa: Sim; Período: setembro de 2011 até presente momento; Fonte Pagadora: CAPES.

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Relações de colocação, deformação e tipologia dos granitos Varginha, Morro Grande, Piedade e Cerne, leste do Paraná Dressel, Bárbara Carolina ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros Palavras-chave (três): colocação de granitos; tipologia de granitos; Falha da Lancinha Os granitos Varginha, Morro Grande, Piedade e Cerne estão alojados no Grupo Açungui entre as zonas de cisalhamento Lancinha (STL) e de Morro Agudo. Em planta, esses corpos graníticos apresentam-se alongados segundo direção geral N30-40E, o que originou indagações acerca das condições de colocação e deformação desses granitos. O Granito Varginha é composto por sienogranitos, monzogranitos, quartzo monzonitos e quartzo sienitos, com textura fanerítica equigranular média a grossa e geralmente estrutura isotrópica, localmente podendo apresentar estrutura de fluxo magmático. O Granito Morro Grande constitui-se de monzogranitos, sienogranitos e álcali-feldspato granitos, com textura inequigranular fina a grossa e textura porfirítica. O Granito Piedade compõe-se de monzogranitos, sienogranitos e quartzo-álcali-feldspato sienitos com textura fanerítica equigranular fina a muito fina, estrutura isotrópica, com orientação local incipiente de cristais de biotita em N25E, podendo ocorrer estrutura de trama magmática com orientação de cristais de K-feldspato. O Granito do Cerne constitui-se de álcali-feldspato granitos, sienogranitos, quartzo álcali-feldspato sienitos e álcali-feldspato sienitos, a textura é fanerítica equigranular média a fina, e cristais de biotita e FK definem foliação incipiente e localmente estrutura de fluxo magmático em N08E/51SE. Quanto à série magmática, os granitos estudados apresentam tendência cálcio-alcalina. No diagrama de alumina-saturação, o Granito Varginha é plotado como metaluminoso, enquanto que o Granito Piedade se mostra mais peralcalino, e o Granito Morro Grande apresenta pontos em ambos os campos. No diagrama Rb versus Y+Nb, os granitos Varginha, Morro Grande e Piedade são plotados como granitos pós-colisionais. Nos diagramas (FeOt/MgO)/(Zr+Nb+Ce+Y), [(K2O+Na2O)/CaO]/(Zr+Nb+Ce+Y), (Na2O+K2O)/(10000*Ga/Al) e [(Na2O+K2O)/CaO]/(10000*Ga/Al), os granitos Morro Grande e Piedade são plotados no campo dos granitos tipo A, enquanto que o Granito Varginha apresenta tendência para o campo dos granitos I e S. Através do levantamento gravimétrico do Granito do Cerne, observa-se que mesmo em subsuperfície o corpo granítico se apresenta alongado. No mapa de anomalia Bouguer, nota-se ainda uma tendência do baixo gravimétrico para noroeste, o que indica a posição das raízes desse corpo granítico. Ao microscópio, os granitos Varginha, Morro Grande e Cerne apresentam cristais de quartzo com extinção ondulante, subgrãos e, secundariamente, novos grãos, sugerindo deformação em estado rúptil-dúctil. Enquanto que o Granito Piedade apresenta estrutura de trama magmática, evidenciada pela orientação moderada de cristais de K-feldspato e ausência de feições de deformação observada nos demais granitos.

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Nas proximidades dos granitos estudados podem ser observadas evidências de metamorfismo de contato, tais como cristais aleatórios de mica branca, porfiroblastos de magnetita e rochas com aspecto silicificado, classificadas como cornubianitos. Nos corpos graníticos e nos arredores tem-se estrutura vertical, observada como clivagem ardosiana ou clivagem de fratura e atitude geral N30-70E/65-89 SE-NW, que pode ser comparada com o STL, cuja direção principal é N50-70E. Reflexos do STL na região desses granitos podem ser observados também como filonitos (N55E/76SE) e fraturas em torno de N40-50E/70-85 NW-SE. No Granito do Cerne, tem-se apófise de granito cortada pelas estruturas de alto ângulo, o que sugere que essa fase de cisalhamento seja posterior à intrusão dos granitos. Além disso, no Granito Varginha, são descritas bandas de cisalhamento rúptil-dúctil de atitude N50E/85SE com estiramento de quartzo e veio quartzo-feldspático, o que indica que esse corpo tenha sido afetado por fase de movimentação do STL com o granito já com comportamento em estado sólido. Embora os granitos se mostrem alongados em planta, os mesmos se apresentam afetados por estruturas relacionadas ao STL, o que indica que o STL esteve ativo após a colocação dos granitos estudados e concordando com as estruturas microtectônicas observadas em lâmina delgada, as quais poderiam ter sido formadas pela tensão regional responsável pela ativação do STL com os granitos já alojados e em estado sólido. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Prof. Dr. Alberto Pio Fiori; Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury; Nível: mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: “Relações temporais entre as zonas de cisalhamento da Lancinha e do Cerne e a colocação de granitos subalcalinos de 560 Ma, leste do Paraná”; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Geologia Regional e Geotectônica; Data de entrada na pós-graduação: março/2011; No de créditos concluídos: 17; Exame de qualificação: 06/05/2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: outubro/2012; Data da Defesa: novembro/2012; Possui Bolsa: sim; Período: 24 meses; Fonte pagadora: CAPES

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Análise estratigráfica e palinológica do Grupo Itararé na região de Balsa Nova (PR) Kipper, Felipe ([email protected]) Orientadora: Profª. Drª. Cristina Silveira Vega Palavras-chave: Palinologia, Grupo Itararé, glaciação neopaleozóica A palinologia consiste no estudo de resíduos orgânicos microscópicos representados por uma grande variedade de organismos, tais como representantes da vegetação terrestre (esporos, grãos de pólen), elementos constituintes do fitoplâncton, além de fitoclastos e matéria orgânica amorfa. Tais microfósseis são de interesse nas geociências, por sua aplicação na datação relativa de rochas e determinação de paleoambientes. No presente trabalho é apresentado um estudo palinoestratigráfico em seções atribuídas à porção inferior do Grupo Itararé (Neocarbonífero) no sudeste do estado do Paraná. A sucessão é constituída de depósitos glaciogênicos que repousam em discordância angular sobre estratos devonianos da Formação Furnas, e são sobrepostos por espessas seções arenosas da parte intermediária do Grupo Itararé (Formação Campo Mourão). Para essas localidades, o conteúdo palinológico observado em trabalhos anteriores está principalmente representado por esporomorfos e acritarcos do Devoniano. Situação semelhante ocorre em diamictitos testemunhados no poço Ortigueira (2-O-1-PR), cujo conteúdo palinológico motivou a definição de um novo intervalo cronoestratigráfico na Bacia do Paraná, constituindo supostamente o registro de uma glaciação neodevoniana (Fameniano terminal). Embora essas rochas permitam correlação litoestratigráfica com a Formação Lagoa Azul, base do Grupo Itararé, de idade neocarbonífera, as formas observadas definem uma típica assembleia de esporos do Fameniano, associados a espécies bem preservadas retrabalhadas dos estratos Givetiano e Frasniano. Visando reavaliar essas questões, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar o conteúdo palinológico do intervalo em questão a partir de coletas sistemáticas de amostras de diamictitos, folhelhos e ritmitos em afloramentos da região de Porto Amazonas. O método adotado para o processamento das amostras coletadas consiste na trituração em fragmentos de 1-5 mm, ataque com HCl e HF para dissolução de materiais carbonáticos e minerais silicáticos. A separação da fração para estudo é feita por peneiramento em malhas de 0,0250 e 0,250 mm, de modo a concentrar o resíduo palinológico para posterior montagem de lâminas. A leitura das lâminas é realizada em microscópio biológico com aumento de 100 a 1000x. A análise consiste na observação das características morfológicas básicas, medição, descrição e comparação com o material publicado na literatura. Para cada táxon identificado realiza-se o estudo e análise bioestratigráfica, selecionando as melhores espécies para ilustração fotomicrográfica. Nos resultados do processamento de amostras do afloramento situado ao lado da rodovia PR-427, entre Porto Amazonas e o entroncamento com a BR-277 (UTM: 611.192/7.179.984), foi possível estabelecer um sítio palinofossilífero como ponto de partida para o presente estudo. O afloramento

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expõe um intervalo de 8 m incluindo três fácies: diamictitos de matriz lamítica com feições de deformação penecontemporânea (amostra PA-1 – parte inferior), diamictitos estratificados (parte intermediária) e ritmitos/folhelhos (amostra PA-2 – parte superior). Os resultados palinológicos preliminares da amostra PA-1 revelam espécies de esporos, acritarcos e prasinofíceas muito comuns em associações do Devoniano Médio a Superior. Esta mesma situação se repete na amostra PA-2; contudo, grãos de pólen monossacados foram registrado nesta última amostra, garantindo que a idade deposicional não pode ser mais antiga que o Serpukoviano, uma vez que este grupo de grão de pólen, atribuído às gimnospermas cordaitaleanas/coniferaleanas, é conhecido a partir desta idade. Uma hipótese é de que os palinomorfos devonianos encontrados na amostra PA-2 seriam formas retrabalhadas incorporadas no Grupo Itararé. Para a continuidade do trabalho prevê-se uma nova coleta sistemática para melhor esclarecer a história geológica do intervalo. Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Fernando Farias Vesely; Prof. Dr. Paulo Alves de Souza; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Análise estratigráfica e palinológica do Grupo Itararé na região de Balsa Nova – PR; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias, Petrofísica e Paleontologia; Data de entrada na pós-graduação: Março 2012; Nº. de créditos concluídos: 4;Exame de qualificação: Junho 2013; Trabalhos publicados ou período de confecção: 1 resumo aceito no 46º CBG; Data da Defesa: março 2014; Possui Bolsa: Não; Período: - ; Fonte pagadora: -

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Estudos de proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba (Formação Guabirotuba) Machado, Denise Alessandra Monteiro ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes Palavras-chave: Bacia de Curitiba, proveniência, minerais pesados A Bacia de Curitiba localiza-se na parte leste do Primeiro Planalto Paranaense, na região metropolitana de Curitiba. Seu preenchimento sedimentar consiste numa sucessão de quase 80m de espessura, composta por lamas, areias arcosianas e depósitos conglomeráticos da Formação Guabirotuba (Neógeno). Estes depósitos são atribuídos a ambientes deposicionais de sistemas de leques aluviais, fluviais e de inundação laminares interiores. O embasamento da bacia é constituído por rochas metamórficas do Complexo Atuba, granitos da Província Graciosa a leste e sudeste, e rochas metassedimentares do Grupo Açungui, a noroeste. A análise de proveniência dos sedimentos visa identificar prováveis áreas-fonte. A combinação de métodos diferentes para estudar a proveniência permite estabelecer a história dos sedimentos desde a área-fonte até o sitio de deposição. Os métodos aplicados na pesquisa foram: estudo da composição litológica de clastos em fácies cascalhosas da Formação Guabirotuba; rumos de paleocorrentes por orientação de clastos, análise de minerais pesados e estudo da morfologia de grãos de zircão. Foram realizadas duas etapas de campo que compreenderam respectivamente identificação e orientação de clastos e amostragem sistemática de areias, para análises de minerais pesados. Os resultados indicaram predomínio de clastos silicosos e graníticos, separados em granitóides e gnaisses, quartzitos e quartzo. A oeste e sudoeste, os clastos são de quartzo (10-30%) e quartzito. Nas regiões nordeste, leste e sudeste os clastos encontrados foram quartzo e quartzito (40-50%), fragmentos de granito (10-30%), fragmentos de gnaisse alterado, diabásio e camadas ferruginosas de crosta dura (10 20%). A relação arcabouço matriz nos conglomerados indica que os depósitos de borda estudados correspondem a sistemas deposicionais semelhantes, provavelmente de correntes de alta energia com alguma sazonalidade. De acordo com os resultados de estudos de paleocorrentes, uma fonte importante situada a sudeste seria a origem de fragmentos graníticos de cascalheiras da borda leste. Os fragmentos de gnaisses alterados estão presentes em poucos afloramentos e parecem ser restritos àqueles de ambiente fluvial. A significante presença de quartzito e quartzo, principalmente na porção oeste da bacia, onde as paleocorrentes indicaram fluxo de sedimentos para o interior, sugerem outra importante área-fonte, mas de origem metamórfica. As tendências de rumo de paleocorrentes na atual borda oeste indicaram sentido de fluxo de noroeste para o interior da bacia. Na borda leste, indicaram transporte de sedimentos de sudeste para noroeste. Na porção norte os rumos médios indicaram transporte para noroeste. A análise de minerais pesados, realizada por meios convencionais, indicou quantidades variando entre 1,1 a 1, 6%. Foram encontrados os mesmos minerais em todas as associações de fácies da

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bacia, contudo, a porção central da bacia apresentou maior quantidade de epidoto. Os grãos de zircão são abundantes em toda a bacia. A morfologia indicou grãos de zircão anédricos e arredondados a leste e a oeste, e predomínio de grãos subédricos subarredondados na porção central. A morfologia dos grãos de zircão sinaliza sutilmente diferença entre as associações de fácies, não possibilitando, portanto afirmar se tais diferenças são mudança na fonte ou apenas indícios do transporte sedimentar. Dados acadêmicos: Co-orientador (as): Profa Dra Ana Maria Góes (IGc-USP);Título do projeto original da dissertação/tese: Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por estudo de zircões; Área de concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de bacias; Data de entrada na pós-graduação: 5/2009; No de créditos concluídos: 40; Exame de qualificação: 9/2011;Trabalhos publicados ou período de confecção: Proveniência de sedimentos da Bacia de Curitiba por estudo de minerais pesados; Data da Defesa: 3/2013; Possui bolsa: sim; Período: 05/2009 – 05/2013; Fonte pagadora: CAPES

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Estado da arte das comunidades fossilíferas da Formação Ponta Grossa na Sub-Bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná Ng, Christiano ([email protected]) Orientadora: Profª. Drª. Cristina Silveira Vega Palavras-chave: Biozonas, Paleogeografia, Devoniano, Bacia do Paraná A Supersequência Paraná (Devoniano) é composta pelas formações Furnas e Ponta Grossa na borda oriental da Bacia no Paraná, onde esta última aflora na Sub-Bacia de Apucarana, separada a noroeste da Sub-Bacia de Alto Garças pelo alto estrutural de Campo Grande - Três Lagoas. A Formação Ponta Grossa é formalmente subdividida em três membros no Estado do Paraná, denominados de Jaguariaíva (Pragiano-Emsiano), Tibagi (neo-Emsiano) e São Domingos (Eifeliano-Frasniano), entretanto diversos autores têm aplicado uma nova divisão estratigráfica, que considera os membros superiores como pertencentes a uma outra unidade, conjugada na Formação São Domingos. Associado a esta discrepância na divisão estratigráfica da unidade, a estratigrafia de sequências proposta também possui variadas vertentes, e o conteúdo fóssil, deveras abundante e bem estudado, carece de integrações geológicas e tentativas de aplicação bioestratigráficas. Este estudo visa abordar os aspectos faciológicos e bioestratigráficos através de diferentes escalas: estratinômica, faciológica e de análise de bacias, amparado por: 1) pesquisas já existentes sobre a unidade; 2) atividades de campo nas seções-tipo da Formação Ponta Grossa em suas diferentes porções ao longo das exposições no segundo planalto paranaense, nos municípios de Jaguariaíva, Arapoti, Ventania, Romiro Martins, Tibagi e Ponta Grossa, cujas visitas de reconhecimento já foram realizadas e os principais afloramentos para análise selecionados estão em vias de estudo; 3) avaliação do conteúdo fossilífero depositado nos acervos das coleções paleontológicas, em desenvolvimento; 4) atividades laboratoriais de integração dos dados; 5) utilização de perfis de raios-gama disponíveis na literatura para identificação de sequências; e 6) correlações entre as seções; a fim de reconstruir um cenário ambiental e possíveis proposições de zoneamento bioestratigráfico para os diferentes estágios evolutivos da Formação Ponta Grossa, com base na análise de fácies e paleoecologia das comunidades fossilíferas de invertebrados, e quiçá, de restos vegetais e icnofósseis, comparadas naturalmente aos zoneamentos palinológicos em voga para a unidade. O estado da arte das pesquisas bioestratigráficas aponta a existência de uma única divisão bioestratigráfica em desuso baseada em invertebrados fósseis, os tentaculitoideos, que considera quatro cenozonas, três zonas de amplitude concorrente e duas zonas de apogeu. Trilobitas, braquiópodos articulados e inarticulados, equinodermos, cnidários, anelídeos e restos vegetais figuram entre os mais importantes grupos-índice para tentativas de correlações e foram estudados isoladamente por diversos autores. O Membro Jaguariaíva é caracterizado pela ocorrência dos gêneros de trilobitas Calmonia, Pennaia e Paracalmonia, do

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equinodermo Crenatames amicalabis associados às comunidades de braquiópodos lingulídeos na transição basal com a Formação Furnas e Australocoelia. O Membro Tibagi é dominado por espécimes bem desenvolvidos da Comunidade de Australospirifer; e no membro superior predominam trilobitas do gênero Metacryphaeus, o equinodermo Ophiucrinus stangeri, e as comunidades de lingulídeos e Notiochonetes, além dos gêneros de Nuculites, Solemya (Janeia), Sphenotomorpha, Orthonata, Orbiculoidea e escolecodontes (Paulinites caniuensis) e gastrópodes Plectonotos. Icnogêneros Planolites, Paleophycus, Bergaueria e Zoophycus são comuns no membro basal; e icnofósseis Bifungites grandes e subhorizontais e um único exemplar interpretado como um possível rastro de tetrápode foram reportados na porção superior do Membro São Domingos. No tocante a paleoflora da Formação Ponta Grossa, predominam as Nematophyta e Lycophyta, com esparsos fragmentos de Tasmanites no Membro Jaguariaíva e destaque a pesquisas recentes com cutículas de Spongiophyton (Eo-Emsiano-Givetiano) e impressões e compressões de Haplostigma (Eifeliano-Givetiano) do Membro São Domingos. As comunidades fossilíferas indicam ambiente marinho raso, acima do nível de base das ondas de tempestade, com variações frequentes da lâmina d’água e raseamento máximo indicado pelos arenitos estratificados do Membro Tibagi. No membro superior, a passagem Neo-Eifeliano – Eo-Givetiano é marcada por um decréscimo do registro fossilífero que vem sendo atribuído a crise biótica e evento de extinção do Evento KAČÁK, ou possível mudança na configuração paleogeográfica. Os espécimes fósseis encontrados atestam um ambiente tipicamente marinho de águas frias, cujo endemismo da fauna encontrada na Formação Ponta Grossa é atribuído regionalmente como Fauna Malvinocáfrica, com ressalvas a similaridades maiores entre morfótipos encontrados na África do Sul e Ilhas Malvinas do que aqueles pertencentes à Bacia do Paraná, o que facultaria possivelmente a definição de uma província faunística distinta. Dados acadêmicos: Co-orientadores: - ; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Faciologia e Bioestratigrafia da Formação Ponta Grossa no Flanco Leste da Sub-Bacia de Apucarana, Devoniano da Bacia do Paraná; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias, Petrofísica e Paleontologia; Data de entrada na pós-graduação: Agosto de 2011; Nº. de créditos concluídos: 09 créditos; Exame de qualificação: Outubro de 2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: Um artigo e três resumos; Data da Defesa: Junho de 2013; Possui Bolsa: Sim; Período: Outubro de 2011 a Fevereiro de 2012; Fonte pagadora: Capes

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Caracterização do sistema poroso em meios fraturados da Bacia do Paraná Rodrigues, Mérolyn Camila Naves de Lima ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury Palavras-chave: deformação rúptil; arenitos; Bacia do Paraná. Pesquisas recentes demonstram que a deformação rúptil associada a eventos diagenéticos pode modificar o sistema permo-poroso de rochas sedimentares. Compreender o controle desses processos sobre as rochas sedimentares é importante para a indústria petrolífera em projetos de produção de reservatórios fraturados, já que estas estruturas podem compartimentar os campos e interferir diretamente na recuperação do petróleo. As modificações na porosidade e permeabilidade dependem do tipo de deformação e dos processos diagenéticos associados ou posteriormente impostos. As fraturas podem atuar ora como barreiras, devido à cominuição dos grãos (Zona de Gouge), ora como conduto ao fluxo de fluidos (Zona de Dano). Já os processos diagenéticos contribuem para a neoformação e dissolução de minerais nos planos formados, contribuindo para a cimentação e fechamento destas estruturas. A identificação e caracterização dessas zonas permitem determinar a rota de fluxo de fluidos e pode contribuir no planejamento da locação dos poços de produção. Tendo em vista as dificuldades em se estudar os aspectos geológicos de áreas em produção, devido às grandes profundidades e carência de informações de rocha (testemunhos), tornam-se necessários estudos em afloramentos análogos. A Bacia do Paraná oferece boas condições para esse estudo uma vez que passou por diversos processos deformacionais resultantes da reativação de estruturas do embasamento. Além disso, a bacia apresenta afloramentos de rochas constituintes dos sistemas petrolíferos em sua borda leste. Em arenitos podem ser identificados três tipos de falhas: bandas de deformação, zonas de bandas de deformação e superfícies de descolamento (Aydin & Johnson, 1983). As bandas de deformação são pequenas falhas que se desenvolvem em materiais granulares e porosos sob baixas temperaturas ( < 250º C) e pequenas profundidades. Consistem em faixas de coloração mais clara e resistente que a rocha parental e formam ressaltos no relevo. São compostas por rocha cominuída/triturada ou grãos fraturados e apresentam comumente precipitados de sílica e óxidos de ferro. A Bacia do Paraná apresenta arenitos deformados em diversas unidades estratigráficas. Isso permite com que seja analisado o papel das propriedades texturais, mineralógicas e diagenéticas nos padrões de deformação rúptil. Para isto é necessário considerar a deformação no contexto deposicional e na história de soterramento da unidade. Três etapas de campo foram realizadas na região do Arco de Ponta Grossa, no estado Paraná, e nas regiões da Zona de Falha do Perimbó e do Domo de Lages, em Santa Catarina. Na Zona de Falha do Perimbó foram descritas bandas de deformação com e sem preenchimento por óxido de ferro em arenitos da Fm. Rio Bonito. No Arco de Ponta Grossa, foram identificadas, em arenitos do Grupo Itararé, tanto

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bandas de deformação com preenchimento por óxido de ferro quanto por sílica. Já na região do Domo de Lages, ocorrem, na Formação Botucatu, bandas de deformação com cominuição dos grãos mais evidente e preenchimento por óxidos de ferro menos expressivo. Em analise preliminar em microtomografia é possível observar o aspecto penetrante do óxido de ferro nos arenitos da Fm. Rio Bonito e mudanças de granulometria e arranjo dos grãos nos arenitos da Fm. Botucatu, além do estilo deformacional das bandas de deformação. Os próximos trabalhos de campo serão realizados na região de Bofete, no estado de São Paulo, onde ocorrem arenitos asfálticos e na região do Arco de Ponta Grossa, onde existe registro de bandas de deformação nas formações Pirambóia e Botucatu. A análise das características petrológicas e da relação deformação-diagênese das bandas de deformação coletadas será realizada pelo meio de microscopia ótica, microtomografia, catodoluminescência e microscopia eletrônica de varredura. Dados acadêmicos: Co-Orientador (es): Prof. Dra. Barbara Trzaskos e Prof. Dr. José Manoel dos Reis Neto; Nível: Mestrado;Título do projeto original da dissertação/tese: Caracterização do sistema poroso em meios fraturados da Bacia do Paraná; Área de Concentração: Geologia Exploratória; Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de bacias, petrofísica e paleontologia; Data de entrada na pós-graduação: Março/2012; No de créditos: 9 (em andamento); Exame de qualificação: Maio/2013; Trabalhos publicados ou período de confecção: 2; Data da Defesa: Março/2014; Possui Bolsa: Sim; Período: Março/2012 – Março/2013; Fonte pagadora: REUNI.

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Tectonoestratigrafia das sequências terrígenas da Formação Capiru – Grupo Açungui (PR) Santos, Larissa ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury Palavras chave: tectonoestratigrafia, geogronologia, Grupo Açungui – PR. Estudos de estruturas sedimentares aplicados à análise estratigráfica são escassos no âmbito do Précambriano paranaense, sendo ainda motivo de inúmeras discussões principalmente pela aloctonia do seu empilhamento original. Soma-se a isto o fato de que maioria dos contatos geológicos são tectônicos, com padrão estrutural complexo, sendo reconhecidas pelo menos três fases de deformação. Neste contexto, as rochas metassedimentares da Formação Capiru apresentam uma série de estruturas diagnósticas, que permitem reconstruir parte de sua história deposicional, contudo, ainda sem levantamentos sistemáticos e com dados geocronológicos praticamente inexistentes. É composta por metassedimentos localizados ao sul da Zona de Cisalhamento da Lancinha, separados em diferentes conjuntos litológicos pelos significados composicionais e estruturais. Hoje, os principais trabalhos realizados na Formação Capiru consideram seu ambiente de deposição como relacionado a uma plataforma continental, com grande parte do empilhamento composto por sequências metacarbonáticas, onde frequentemente são descritos estromatolitos, e sequências metapelíticas, com destaque para ocorrência de filitos rítmicos com níveis grafitosos / carbonosos. Esses trabalhos reconhecem três conjuntos litológicos distintos: O Conjunto Juruqui é constituído por filitos avermelhados, caracterizados pela presença de bandamento rítimico milimétrico, apresentando foliação bem desenvolvida, onde a superfície S0 é raramente identificada. Ocorrem, subordinadamente quartzitos na forma de lentes, além de níveis ricos em hematita. O conjunto Morro Grande é caracterizado pela intercalação de camadas métricas de quartzitos e filitos na sua porção superior, com níveis de mármore dolomítico na base. Nesta sequência ocorrem os metarritimitos, que se caracterizam por intercalações de camadas milimétricas a centimétricas de filitos carbonosos e níveis argilosos. O conjunto Rio Branco é representada por uma importante sequência se mármores que podem ser, muitas vezes, bandados. O presente trabalho buscará a caracterização de estruturas tectônicas e sua dissociação das estruturas sedimentares, discutindo seus significados na reconstrução tectono-estratigráfica, dando subsídios para a determinação dos padrões quimioestratigráficos das tectonossequências da Formação Capiru. Serão realizadas análises químicas, com o objetivo de determinar os elementos maiores e menores em fluorescência de raios X e ICP. Para a interpretação da gênese dos filitos carbonosos, serão realizadas análises de Carbono Orgânico Total (COT), para caracterização do tipo de matéria carbonosa contida nessas rochas, considerando seu teor de solubilidade e tamanho das cadeias carbônicas relacionadas. Pretende-se realizar análises isotópicas, com estudos de razões de C e O, bem como isótopos de Sr, utilizados principalmente como ferramenta na correlação, juntamente com bioindicadores

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(estromatólitos) para interpretação de paleoambientes. Este método será empregado nas rochas carbonáticas do Conjunto Rio Branco e com conteúdo carbonoso, como nos metarritimitos presentes no Conjunto Morro Grande. Nos rochas litotipos siliciclásticos do Conjunto Juruqui, pretende-se realizar análises U-Pb em zircão detrítico através de LA-ICP-MS, para a determinação de idades de proveniência. Dados Acadêmicos: Nível: mestrado Título do projeto original da dissertação:Tectonoestratigrafia e Geologia da Folha Guaraqueçaba; Área de Concentração em Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Geotectônica; Data de entrada na pós-graduação: março de 2012; No de créditos concluídos: 6; Exame de qualificação previsto para abril de 2013; 1 artigos previstos; Data da Defesa: prevista para fevereiro de 2013. Bolsa: Não.

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Registro do Lineamento Transbrasiliano na porção Noroeste da Bacia do Paraná e do seu embasamento. Santos, Thais Borba ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira Palavras-chave: gravimetria, evolução tectônica, análise estrutural. O Lineamento Transbrasiliano distribui-se do Nordeste do Brasil, na Província Borborema no Estado do Ceará, bordeja o Leste da Bacia do Parnaíba, cruza a Província Tocantins, Bacia do Paraná e Bacia do Pantanal até o Norte do Paraguai constituindo mais de três mil quilômetros de extensão. A estrutura é definida por uma zona de cisalhamento que intercepta toda a plataforma na direção principal NE-SW sendo marcado por anomalias geofísicas. O lineamento possui evidências de movimentos policíclicos ao longo da zona de cisalhamento desde o Pré-cambriano até o recente, teve influência na instalação e deposição das rochas da Bacia do Paraná. A Bacia do Paraná é constituída por uma sucessão sedimentar-magmática com idade entre o Neo-Ordoviciano e Neocretáceo, a forma atual ovalada com eixo maior a N-S reflete fenômenos pós-paleozóicos do continente, que modificaram áreas do contexto deposicional original. Existem evidências de um limite original ao longo do flanco nordeste, região com rochas bastante arenosas quando comparadas ao registro sedimentar geral da bacia. A sua origem ainda não explicada contempla modelos de diferentes autores e conceitos, alguns deles a relaciona com um arcabouço profundo - uma calha central - ao longo do eixo NE-SW de idade pré-devoniana. Acompanhando esta calha observam-se outras estruturas de mesma direção, inclusive o Lineamento Transbrasiliano. A área de estudo envolve a porção Nordeste da Bacia do Paraná e o embasamento adjacente, compreendido pelas unidades sedimentares basais aflorantes da bacia (grupos Rio Ivaí, Paraná e Itararé) e unidades que compõem a Província Tocantins (ortognaisses, rochas metavulcanosedimentares e metassedimentares neoproterozóicas e granitos pós-orogênicos). A área tem aproximadamente 77.500 km2 e limites nas coordenadas geodésicas 15º45’ a 18º04’ de Latitude Sul e 54º25’ a 51º27’ de Longitude Oeste. As principais cidades são Rondonópolis (MT), Jataí, Piranhas e Barra do Garças (GO), e as principais vias de acesso são a BR-364 a partir de Cuiabá, BR-060 de Goiânia e BR-158 que liga Barra do Garças a Jataí. O objetivo principal da tese é caracterizar o arcabouço tectono-estratigráfico da seção paleozóica e do seu embasamento, visando compreender episódios de compartimentação/reativação estrutural que tenham influenciado a sedimentação e/ou deformação do registro geológico nesta região. Para alcançar este objetivo foram processados e interpretados dados gravimétricos e imagens orbitais SRTM e Landsat, nas escalas 1:500.000/1:300.000 e 1:75.000, respectivamente, além do tratamento dos dados de campo já coletados em 83 afloramentos, definindo um arcabouço geofísico-geológico estrutural regional. Os lineamentos interpretados nas imagens foram tratados estatisticamente para

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auxiliar no reconhecimento de estruturas presentes. Os dados gravimétricos do projeto São Francisco, que em parte recobrem a área de estudo, foram processados e interpretados. A partir dos dados de anomalias Bouguer foram aplicados métodos de realce, principalmente o gradiente vertical, o gradiente horizontal total, a amplitude e a inclinação do sinal analítico. Os mapas decorrentes foram interpretados em termos de lineamentos gravimétricas, para, juntamente, com os lineamentos extraídos das imagens orbitais definirem o arcabouço geofísico-geológico preliminar da área. Nas estruturas interpretadas nos afloramentos é possível observar o controle segundo a direção N30-60E, como por exemplo, zonas de falhas nas formações Furnas e Ponta Grossa com componente sinistral. Planos de falhas estriados em microgabros da Formação Serra Geral intrudidos em siltitos da Formação Corumbataí, descritos próximo a Mineiros (GO), indicam movimento sinistral segundo a direção N50E. Estruturas relacionadas à deformação segundo a mesma direção do Lineamento Transbrasiliano, ou a elas subordinadas, também foram identificadas em rochas do embasamento, próximo a Piranhas (GO), no contexto da sequência metassedimentar Arenópolis-Piranhas, onde é possível observar estruturas tectônicas dúcteis e rúpteis impressas nas rochas. Cortando a sequência metassedimentar ocorrem diques de rochas alcalinas, verticais, maciços com até dois metros de espessura cujos contatos são marcados por falhas segundo a direção N30E, apresentam estrias subhorizontais na forma de sulcos e steps indicando movimento transcorrente dextral. Falhas, que interceptam tanto os mármores quanto os diques, ocorrem segundo a direção N60W, com estrias indicando uma cinemática sinistral. As rochas da Formação Aquidauana, localmente apresentam estruturas sinsedimentares e estas podem refletir alguma atividade tectônica antes da sua completa litificação. Pretende-se adquirir junto aos órgãos públicos os dados de aeromagnetometria e a realização de estudos de proveniência em amostras dos arenitos das unidades basais da bacia. Dados acadêmicos: Co-orientador(es): -; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Caracterização geofisica-geológica do Lineamento Transbrasiliano e sua influência na compartimentação tectono-estratigráfica da porção Noroeste da Bacia do Paraná; Área de concentração: Geologia Exploratória; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada na pós-graduação: março de 2010; Nº de créditos concluídos: 28; Exame de qualificação: setembro de 2012; Período de confecção para trabalhos a serem publicados: 1 artigo em outubro de 2012 e 1 artigo em maio de 2013; Data da defesa: março de 2014; Possui bolsa: não.

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Ambientes Deposicionais do Membro Morro Pelado, Formação Rio do Rasto, Bacia do Paraná, no Leste de Santa Catarina Schemiko, Danielle Cristine Buzatto ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes Palavras-chave: análise de fácies, depósitos continentais, Membro Morro Pelado. O Membro Morro Pelado compõe a porção superior da Formação Rio do Rasto, topo da sequência permiano-carbonífera da Bacia do Paraná. A unidade tem sido interpretada como o preenchimento de uma bacia interior por depósitos fluviais, eólicos e lacustres, cujo empilhamento registraria progressivo assoreamento dos corpos d’água e aumento da aridez em direção ao topo. Intensamente estudado sob o ponto de vista paleontológico, a diferenciação dos sistemas deposicionais do Membro Morro Pelado é ainda insuficiente, o que impacta na interpretação paleogeográfica e evolução estratigráfica do intervalo. O objetivo deste trabalho é reconstruir os ambientes de sedimentação e a paleogeografia do Membro Morro Pelado no leste de Santa Catarina mediante a análise de fácies, reconhecimento de elementos deposicionais, caracterização do empilhamento estratigráfico e determinação dos padrões de paleocorrentes. Os litotipos descritos são arenitos muito finos a médios, ritmitos, siltitos, rochas heterolíticas e, subordinadamente, argilitos e brechas intraformacionais. As fácies individualizadas foram arranjadas em oito associações litofaciológicas. Canais fluviais são reconhecidos por meio da identificação de feições erosivas côncavas preenchidas por formas de acresção lateral. Estas são definidas pela associação de brechas intraformacionais, na base, que passam para arenitos finos a muito finos com estratificações cruzadas e plano-paralelas, e gradam para o topo para rochas heterolíticas e/ou siltitos, em camadas acunhadas que se sobrepõem. Litofácies pelíticas tabulares, maciças ou com laminações plano-paralelas, muitas vezes com indícios de exposição subaérea (gretas de dissecação e marcas de raízes) e truncadas por feições erosivas de escavação de canais são características de ambiente overbank. Espraiamentos terminais são identificados como estratos tabulares constituídos por ritmitos e arenitos muito finos a sílticos, com climbing ripples e laminação wavy cujas paleocorrentes coincidem com as obtidas em arenitos com estratificação cruzada que preenchem os canais. Corpos arenosos lenticulares e/ou acunhados, dispostos em ciclos de compensação lateral, são interpretados como depósitos de barras de desembocadura. Esses corpos assentam em contato transicional sobre e/ou passam lateralmente para ritmitos siltito/arenito com climbing ripples. O conjunto registra padrão de empilhamento com argilosidade decrescente para o topo, que representa progradação de deltas lacustres. Tanto os depósitos lacustres quanto os fluviais estão intercalados com fácies eólicas, cuja frequência e espessura aumentam em direção ao topo da unidade. Constituem estratos tabulares com estratificações cruzadas acanaladas e tabulares de grande a médio porte que formam dunas intercaladas ou

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interdigitadas com siltitos intensamente cimentados por carbonato, definidos como interdunas. Associados às fácies de dunas e interdunas são comuns siltitos avermelhados, por vezes com gretas de dissecação e níveis com incrustação carbonática, interacamadados com arenitos maciços, com gradações inversas ou normais, ou com ondulações de corrente, os quais compõem depósitos de playa. As paleocorrentes fluviais revelam fluxo para leste, com padrão ligeiramente divergente para sudeste. Isto indica área fonte a oeste e depocentro a leste da atual borda erosiva da bacia. Já as paleocorrentes eólicas indicam paleoventos preferencialmente para sudeste. O paralelismo entre as paleocorrentes subaquosas nos canais e nos lobos de espraiamento sugere que tais lobos constituam depósitos de sheetflows desenvolvidos nas porções terminais dos canais, assim como observado em sistemas de leques fluviais. Dados acadêmicos:Co-orientador: Prof. Dr. Fernando Farias Vesely; Nível: mestrado; b) Título do projeto inicial da dissertação: Análise de fácies e sistemas deposicionais da Formação Rio do Rasto, borda leste da Bacia do Paraná; Área de concentração: Geologia Exploratória; Nome da “linha de pesquisa”: Análises de bacias, pretofísica e paleontologia; Data de entrada na pós-graduação: março de 2011; nº de créditos concluídos: 18; Exame de qualificação: maio de 2012; Trabalhos publicados ou no período de confecção: 1 resumo publicado (setembro de 2011), 1 resumo aceito (junho de 2012), dois artigos em confecção (junho a dezembro de 2012); Data da Defesa: março de 2013; Possui bolsa: sim; Período: março de 2011 a março de 2013; Fonte: REUNI/CAPES

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Petrologia, geologia estrutural e geocronologia dos granitóides de Tartarugalzinho, província Maroni-Itacaiúnas, estado do Amapá Silva, Desaix Paulo Balieiro ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros

Palavras-chave: Provincia Maroni-Itacaiúnas, transamazônico, granitóides

A porção oriental do escudo das guianas foi objeto de relevantes estudos geocronológicos na última década (Avelar, (2002); Delor et al, (2003); Rosa-Costa, (2006)), porém para um completo entendimento a cerca processos geodinâmicos que atuaram na consolidação da Provincia Maroni-Itacaiúnas, faz-se necessária uma abordagem abrangente que além deste utilize outros métodos de investigação como litogeoquímicos e petrográficos. Os corpos granitóides que ocorrem na região central do Amapá, município de Tartarugalzinho, são produtos do magmatismo orogênico produzido no evento transamazônico (2,26 - 1,95 Ga) no seguimento leste do Escudo das Guianas e, encontram-se entre dois importantes domínios crustais identificados na Província Maroni-Itacaiúnas, os quais de idade arqueana, definindo um domínio ensiálico representado por protólitos arqueanos retrabalhados no evento transamazônico e inleires preservados (Bloco Amapá, 2,6 – 3,3 Ga), Rosa-Costa, (2006) e paleoproterozóica, representando a porção juvenil da Província, estabelecida no Riaciano (2,3 a 2,05 Ga) por processos de acresção crustal e eventos magmáticos paleoproterozóicos, reconhecidos na Guiana Francesa, (2,23 – 2,05 Ga), bem caracterizados por Delor et al, (2003). Logo marcam um domínio de transição Arqueano-Paleoproterozóica. Esta pesquisa se encontra em fase final de redação e elaboração do mapa geológico (a partir de observações de campo, mapas regionais e produtos aerogeofísico) onde buscou-se apresentar um modelo petroegenético satisfatório correlacionando aos estágios evolutivos propostos por Delor. et al, (2003) para a Província Maroni-Itacaiúnas. Para tal, neste estudo foram descritos 70 afloramentos distribuídos em 1200 km² dos quais coletou-se 50 amostras, nem sempre podendo seguir critérios de distribuição espacial em razão de raras exposições e dificuldade de acesso em região de intensa cobertura vegetal. Idades preliminares Pb-Pb em zircão para duas amostras de bt-tonalitos apontam 2,081 ± 4 Ga para idade de cristalização, além de conteúdo marcando herança arqueana entre 2,55 a 3,1 Ga. São corpos francamente orientados segundo o trend estrutural regional NW-SE, seccionados por enxame de diques mesozóicos NW e NE evidenciados por produtos aerogefísicos de primeira derivada do campo magnético vertical e amplitude de sinal analítico do campo magnético total. A nível de afloramento exibem predominante foliação (S1) NW e localmente E-W variando em intensidade de incipiente a forte, sempre com fortes valores de ângulo de mergulho > 65º, tendo associada a esta direção preferencial expressivo volume de mega e fenocristais ripformes e tabulares de feldspato concordantes e subconcordantes a esta estrutura. Predominam bt-tonalitos e hb-tonalitos portando como acessórios epidoto magmático, titanita ±

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fluorita, mesmo conteúdo invariável nos membros granodioriticos e graníticos. Nos hb-tonalitos do rio Flechal a textura granular desenvolve contatos poligonais entre grãos de plagioclásio ou quartzo, características que indicam atuação de condições de metamorfismo regional. A microclina também se mostra reativa a tais condições de P e T a qual desenvolve extinção ondulante, assim como o quartzo, e localmente pertitas em chama e bordas recristalizadas. Os granitóides desta suíte possuem teor de SiO2 entre 52,92 % (diorito) e 73,04 % (monzogranito), são peraluminosos enriquecidos em álcalis (Na2O + K2O) 4,61% a 7,62% caracterizando uma série magmática cálcio-alcalina de médio a alto-K. O padrão dos ETR descreve comportamento similar para o conjunto amostras analisadas sendo enriquecidos em ETRleves e acentuado fracionamento dos ETRpesados em relação aos ETRleves com discreta anomalia de Eu com valor médio de Eu(n)/Eu*= 0,82, com mínimo 0,63 e máximo 1,13. O envelope resultante é concordante com outras suítes cálcio alcalinas paleoproterozóicas do Escudo das Guianas. No diagrama multicatiônico R1-R2, a exceção dos dioritos que são pré-colisionais, os granitóides agrupam-se no domínio para rochas sin-colisionais igualmente como nos diagramas Nb x Y e, Rb x Ta + Yb que apontam para o campo de rochas geradas em ambiente sin-colisionais em arco vulcânico. Alguns diagramas como Rb/Sr x Sr, Markl e Höhndorf (2003) propõe que o líquido que originou está suíte tenha evoluído dominantemente por processo de mixing com possível contaminação por magma diorítico, relação bem evidente nas descrições de campo. Dentro dos estágios evolutivos propostos por Delor et al, (2003), é seguro correlacionar as informações obtidas a um ambiente geodinâmico compatível com o estágio (Neo-Riaciano d2a) (2,11 a 2,08 Ga). Considerando o atual nível de conhecimento geológico regional da região central do Amapá essa pesquisa contribui de forma satisfatória para um melhor entendimento da evolução geológica da porção oriental do Escudo das Guianas. Dados Acadêmicos: Co-orientador(es): -; Nível: Mestrado; Título do projeto original: Petrologia, Geologia Estrutural E Geocronologia Dos Granitos De Tartarugalzinho, Província Maroni-Itacaiúnas, Estado Do Amapá; Área de concentração: Geologia Exploratória; Linha de pesquisa: Geologia Regional; Data da entrada na pós-graduação: 08/2011; Número de créditos concluídos: 4; Exame de qualificação: 11/2012 possivelmente; Trabalhos publicados: ainda não foram publicados trabalhos neste tema pelo aluno; Data da defesa: 12/2012 possivelmente; Possui bolsa: não; Período: mantém vinculo empregatício

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Caracterização de heterogeneidades em reservatórios fluviais de carga mista: um estudo de análogo na Formação Rio do Rasto, Bacia do Paraná Sowek, Guilherme Arruda ([email protected]) Orientador: Prof . Dr. Fernando Farias Vesely Palavras-chave: Formação Rio do Rasto, Barra em pontal, Gamaespectrometria. O estudo de análogos baseia-se no uso de afloramentos como parâmetro de comparação para interpretação de reservatórios de mesmo contexto deposicional em subsuperfície. Essas comparações auxiliam na interpretação da arquitetura dos corpos sedimentares, permitindo fazer considerações mais precisas quanto às heterogeneidades e distribuição da permoporosidade, o que fornece subsídios para a formulação de modelos preditivos. Reservatórios em ambientes fluviais são conhecidos em diversas bacias produtoras como, por exemplo: Formação Statfjord da Bacia do Mar do Norte; o Grupo Sadlerochit na Baia Prudhoe, no Alaska; unidades do Cretáceo Inferior da Bacia Songliao na China; a Formação Sergi da Bacia do Recôncavo; e a Formação Açu da Bacia Potiguar. Em muitos campos, os reservatórios constituem sistemas fluviais dominados por carga de fundo, em que os canais são preenchidos por corpos areno-conglomeráticos amalgamados, com boa conectividade hidráulica. Sistemas de carga mista são, por outro lado, muito mais heterogêneos, pois o preenchimento dos canais é dado por uma alternância entre fácies reservatório e não-reservatório, prejudicando a conectividade. Tais variações ocorrem na escala métrica e muitas vezes não são detectáveis em perfis de poços. O presente trabalho tem como objetivo caracterizar heterogeneidades em canais fluviais de carga mista da Formação Rio do Rasto, na borda leste da Bacia do Paraná, que apresenta boas exposições de depósitos fluviais, eólicos e lacustres. A área de estudo está localizada no estado de Santa Catarina, onde duas exposições foram estudadas: 1) BR-282, próximo ao município de Bocaina do Sul e 2) corte de ferrovia a sul da cidade de Lages. A partir da análise de fácies, foram reconhecidos cinco elementos deposicionais classificados de acordo com a nomenclatura de Miall (1988): acresção lateral (LA), finos de planície de inundação (OF), lobos de espraiamento (SL), dunas eólicas (ED) e interdunas (ID). As fácies presentes no elemento LA, representativo de barras em pontal e principal objeto do estudo, compreendem arenitos finos maciços, com estratificações plano-paralelas ou cruzadas acanaladas, intercalados com siltitos e fácies heterolíticas com ondulações de corrente. Nos dois afloramentos estudados foram observadas barras compostas, com conjuntos de camadas em acresção lateral limitadas por superfícies de 3ª ordem (segundo a classificação de Miall, 1988). Nove perfis gamaespectrométricos (CT, K, U e Th) foram levantados ao longo dos afloramentos, visando determinar variações verticais de argilosidade e log-fácies internas às barras. Estimativas de porosidade, mediante microtomografia computadorizada e análise de seções delgadas, foram obtidas ao longo dos perfis visando determinar variações verticais e laterais de atributos

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petrofísicos. Na microscopia foi possível reconhecer que a granulometria do arcabouço é predominantemente fina a muito fina, com quartzo e subordinadamente feldspato, e que os arenitos possuem cerca de 20% de matriz argilosa. A diagênese causou redução da porosidade primária devido ao intercrescimento dos grãos de quartzo, mas apesar disso a porosidade primária ainda existe na forma de poros intergranulares, juntamente com porosidade secundária intragranular devido à dissolução dos feldspatos. Os resultados obtidos até o momento mostram que os depósitos de barra em pontal são altamente heterogêneos, sendo marcados por variações internas de fácies, atributos petrofísicos e assinaturas de perfil. Correlações preliminares permitem reconhecer log-fácies semelhantes em poços situados a centenas de quilômetros da faixa de afloramentos, possibilitando reconhecer os elementos descritos e extrapolar as características observadas para subsuperfície. Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Luiz Alberto Fernandes; Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira. Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Caracterização de Reservatórios Continentais a partir do Estudo de Análogos na Formação Rio do Rasto, Permiano Superior da Bacia do Paraná. Área de Concentração: Geologia Exploratória: Nome da “Linha de Pesquisa”: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada: Março de 2011; Nº de créditos concluídos: 18; Exame de qualificação: maio de 2012; Trabalhos publicados: 1 resumo publicado no Gondwana 14; 1 resumo aceito para publicação no 46ºCBG; 2 artigos em preparação. Data da Defesa: Março de 2013; Possui Bolsa: Sim; Fonte pagadora: CAPES.

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Tectônica rúptil do flanco leste da Bacia do Paraná e embasamento adjacente Spisila, André Luis ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira

Palavras-chave: Geologia estrutural, paleotensão, paleogeografia. Este trabalho tem como objetivo caracterizar a deformação rúptil da borda leste da Bacia do Paraná e do seu embasamento aflorante adjacente, visando avaliar o papel de reativações de estruturas na evolução tectono-sedimentar paleozóica. A região de estudo localiza-se na porção leste do Estado do Paraná e nordeste do estado de Santa Catarina, englobando a zona de contato da bacia com o flanco oeste da Província Mantiqueira. Para os trabalhos de campo foram selecionadas áreas de ocorrência de bacias do período de transição Proterozóico-Paleozóico, tais como o Grupo Castro, a Formação Camarinha, a Bacia de Campo Alegre, objetivando assim estabelecer relações entre a evolução tectônica o registro estrutural nessas bacias e os estágios iniciais de desenvolvimento da Bacia do Paraná. No contexto geológico regional, pode-se definir a Província Mantiqueira como uma entidade geotectônica formada através de colisões de blocos antes do Neoproterozóico, integrados por uma sucessão de cinturões de empurrão e dobramentos controlados por sistemas transpressivos e compressivos, associados a orógenos colisionais evoluídos durante a colagem Neoproterozóica/Cambriana. A Bacia do Paraná é uma bacia sedimentar intracratônica cujas principais hipóteses para sua origem são: 1) deformação transtrativa ao longo de estruturas NE herdadas do embasamento (rifte central); 2) relaxamento térmico pós-brasiliano. O Grupo Castro, de idade neoproterozóico – eopaleozóica, é constituído por rochas sedimentares clásticas imaturas associadas a rochas vulcânicas intermediárias a ácidas, incluindo andesitos, riolitos e ignimbritos. É classificada como uma bacia molássica intermontana pós-orogênica, com vulcanismo ácido durante o Eo-Ordoviciano. A Formação Camarinha constitui o preenchimento de uma bacia tardi a pós-orogênica, com deformação associada à Zona de Falhas da Lancinha, sendo composta por conglomerados, brechas, arenitos, siltitos, lamitos e ritmitos imaturos datados do Neoproterozóico. A Bacia de Campo Alegre é composta por uma sucessão de rochas vulcânicas e sedimentares, reflexo da evolução da atividade vulcânica desenvolvida na transição Proterozóico-Fanerozóico. É subdividida nos seguintes estágios: estágio pré-vulcanismo, com sedimentação fluvial controlada por subsidência do Domínio Luis Alves; estágio vulcânico, com desenvolvimento de vulcanismo básico a ácido e subsidência devido à ascensão do magma; estágio de colapso, com deposição de sedimentos lacustres intercalados a cinzas vulcânicas, lavas ácidas e ignimbritos. A sucessão paleozoica da Bacia do Paraná é subdividida em três grandes sequências: 1) Ordovício-Siluriana (Grupo Rio Ivaí); 2) Devoniana (Grupo Paraná); 3) Permocarbonífera (grupos Itararé, Guatá e Passa Dois). Ao longo da área estudada, rochas das

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três sequencias assentam sobre o embasamento precambriano/eopaleozóico. Para se alcançar os resultados esperados serão realizadas as seguintes atividades: análise de imagens de sensores remotos para a construção do arcabouço morfoestrutural; levantamento bibliográfico e compilação de dados sobre a geologia da área; análise de dados geofísicos de campos potenciais, através de técnicas de realce; análise estrutural em campo; análise estratigráfica em superfície e subsuperfície; construção de mapas de atributos; análise geocronológica, mediante o uso de diferentes sistemáticas isotópicas. Com o tratamento e integração de todos os dados, pretende-se contribuir para um melhor entendimento dos processos inicias da Bacia do Paraná, em termos da paleogeografia e do regime de paleotensão atuante durante estes processos. Os dados geofísicos e de poços estão em fase de aquisição junto à ANP.

Dados acadêmicos: Co-Orientadores: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury e Prof Dr. Fernando Farias Vesely; Nível: Doutorado; Título do projeto original da tese: Tectônica rúptil do flanco leste da Bacia do Paraná e embasamento adjacente; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica; Data de entrada na pós-graduação: Março de 2012; No de créditos concluídos: 4; Exame de qualificação: Abril de 2014; Trabalhos publicados ou período de confecção: Agosto de 2014; Data da Defesa: Março de 2016; Possui Bolsa: sim; Período: Março de 2012 a Dezembro de 2015; Fonte pagadora: Capes.

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Depósitos de Transporte de Massa (MTDs) no registro estratigráfico do Grupo Itararé, um estudo análogo com a Bacia Paganzo. Implicações para interpretação paleoambiental do Permocarbonífero da Bacia do Paraná. Suss, João Filipe ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Fernando Farias Vesely Palavras-chave: Grupo Itararé, Depósitos de transporte de massa e Ressedimentação Influência glacial na depoisção da Bacia do Paraná durante o fim da era Paleozóica é amplamente aceita pela comunidade científica. Contudo a proximidade e a intensiadade dos processos glaciais Permocarboníferos, claramente tem provocado discussões e divergências entre os estudos focados na estratigrafia do Grupo Itararé, sobretudo em relação as sucessões de diamictitos (lamitos seixosos). Este trabalho visa reportar evidências de campo da porção sudeste da Bacia do Paraná, as quais sustentam fluxos gravitacionais submarinos como principais mecanismos de deposição. Contudo, exposições rochosas nesta bacia são amplamente prejudicadas pela alta taxa de imptemperismo decorrentes do clima tropical. Desta maneira para tentar compreender melhor a geologia de superfície da Bacia do Paraná, um estudo análogo com unidades crono-correlatas da Bacia Paganzo foi realizado. As áreas estudadas em analogia na Bacia Paganzo, proporcionaram um melhor compreessão das dimensões e relações estratigráficas dos depósitos de transporte de massa, uma vez que se encontram totalmente expostas sob clima desértico na pré-cordillheira Andina. Assim, as principais fácies da porção superior do Grupo Itararé, entre as cidades de Palmeira (PR) e Mafra (SC), compreendem diamictitos, os quais ocorrem em sucessões verticais de dezenas de metros, sustentadas por uma matriz argilosa, a qual apresenta desde centimétricos seixos dispersos até métricos blocos líticos de arenitos estratificados e ritmitos laminados. Muitos destes blocos remontam a sedimentação encontrada estratigraficamente abaixos destas fácies e comumente ocorrem de maneira imbricada no meio da matriz. Camadas destes diamictitos podem ser rastreadas por dezenas de metros em extensão e são limitadas na maioria das vezes por contatos retilíneos, tanto na base quanto no topo. Uma gama de índicios de ressedimentação também foram descritos nestas rochas. Laminações e estratificações interrompidas, descontínuas e truncadas, dobras convolutas de pequeno a grande porte, falhas sin-sedimentares, planos de cisalhemento e deslizamnto interno, tênues foliações além de brechamento atectônico. Todas estas feições de deformação ocorrem nun espectro multi-escala e foram observados tanto na matriz dos depósitos, quanto nos blocos líticos ressedimentados. As características sumarizadas nestes depósitos apontam para uma sedimentação em relativa lâmina d’água profunda, com perfil deposicional inclinado e instável o suficiente para a geração de depósitos de transporte de massa (MTDs), na forma de escorregamentos, deslizamentos e fluxos de detritos de grande escala. Na região estudada na Bacia do Paraná, é provável que a influência

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glacial a partir de geleiras foi restrita ao fornencimento de sedimentos finos a este sistema marinho-profundo, durante eventos de deglaciação, por meio de descargas concentradas de sedimentos e gelo flutuante. Blocos ressedimentados de arenitos tipicamente costeiros, sugerem a existência de uma linha de costa não glaciada mergulho acima. As dimensões destes depósitos são comparáveis em tamanho aos sedimentos caóticos imageados em sísmica ao longo da margem continental brasileira, os quais detém importantes implicações no controle da geometria de reservatórios em águas profundas. Comparações entre os depósitos de transporte de massa das duas bacias paleozóicas influenciadas pela glaciação Gondwanica (Paraná-Paganzo), também confirmaram que a predição estratigráfica, bem como de dimensionamento destes depósitos torna-se bastante difícil, um vez que muitos parâmetros devem ser levados em considerção como: geometria da bacia, morfologia topográfico do fundo da bacia ou talude e ciclos alogênicos. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Benjamin Kneller; Nível: mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: - ; Área de Concentração: - ; Nome da “Linha de Pesquisa”: - ; Data de entrada na pós-graduação: 03/11; No de créditos concluídos:16; Exame de qualificação: 04/12; Trabalhos publicados ou período de confecção: 2; Data da Defesa: 02/13; Possui Bolsa: sim; Período:16; Fonte pagadora:Capes

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Arcabouço geofísico-estrutural 2D da borda oeste da Bacia do Parnaíba e do seu embasamento. Romeiro, Marco Antonio Thoaldo ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira Palavras-chave: arcabouço geofísico, Faixa Araguaia, Bacia do Parnaíba. A demanda contemporânea mundial por recursos energéticos impulsionaram diversos geocientistas nas ultimas décadas a aprofundarem estudos nas bacias sedimentares, pois nesses ambientes há favorabilidade ao jazimento de hidrocarbonetos e seus derivados, principalmente quando verificado a existência dos cinco elementos de um sistema petrolífero maduro (rochas geradora, reservatório e selante além de trapa e sincronismo). As bacias de fronteira exploratória como são conhecidas as principais bacias intracratônicas brasileiras (e.g. Amazonas, Paraná, Parecis, Parnaíba e Solimões) apresentam bom potencial gerador, reservatório e selante, entretanto restam dúvidas sobre o sincronismo e o comportamento dos processos tectônicos deformadores dessas bacias, que controlaram e formaram as trapas responsáveis r pelos jazimentos de hidrocarbonetos. Nesse contexto, a Bacia Sedimentar do Parnaíba, cuja área atual se estende por aproximadamente 600.000 km2 do Nordeste brasileiro, tem sua origem e evolução intimamente associada ao arcabouço estrutural herdado de seu embasamento (flanco ocidental), representado pela Faixa Araguaia, de idade neoproterozóica, composta por metassedimentos deformados no Ciclo Brasiliano dispostos genericamente em trends estruturais de direção geral N-S, sendo subdivididos originalmente nos grupos Estrondo na base e Tocantins no topo. A sucessão estratigráfica da bacia pode ser representada por duas grandes seqüências, uma paleozóica e outra mesozóica-cenozóica, cujo depocentro apresenta espessuras da ordem de 4 km. A seqüência paleozóica é composta da base para o topo pelos grupos Serra Grande, Canindé e Balsas, todos separados por expressivas discordâncias possivelmente vinculadas às orogenias Caledoniana, Eoherciniana e Allegheniana, respectivamente. A seqüência meso-cenozóica é representada pelo topo do Grupo Balsas, pelas rochas intrusivas e extrusivas relacionadas a eventos magmáticos distensivos do Evento Penatecaua e do Rifte Sul-Atlântico culminando com a deposição das formações Corda, Grajaú, Codó e Itapecurú. Do ponto de vista estratigráfico a seqüência paleozóica contém o principal sistema petrolífero da bacia, o Pimenteiras-Cabeças, com trapa estrutural e selo estratigráfico representado pelos folhelhos da Formação Longá, entretanto secundariamente, o sistema petrolífero meso-cenozóico Codó-Grajaú pode ser promissor, apesar de pouco estudado. Sob a ótica da tectônica deformadora, o principal fator que contribui para a acumulação de óleo e gás nas bacias paleozóicas sulamericanas está relacionado à falhamentos de blocos, cuja tectônica cenozóica pode ter atuado de forma preponderante na migração e no trapeamento dos hidrocarbonetos. Portanto, através da caracterização de estruturas do embasamento, bem como

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possíveis reativações dessas estruturas na bacia, o presente trabalho tem por objetivo propor, a partir de dados magnéticos e de sensores remotos, um arcabouço geofísico-estrutural integrado para a área de estudo, localizada na porção Noroeste do Estado do Tocantins, limitada pela coordenadas geográficas 50ºW/5º30’S e 47ºW/10º30’S. No contexto da interpretação qualitativa, a aplicação de técnicas de realce de anomalias magnéticas permitiu observar nos vários mapas temáticos o predomínio de lineamentos N45°E na porção Meridional da área, enquanto na porção Setentrional destaca-se um expressivo lineamento de direção N-S superimposto aos trends subordinados de direção E-W e N35°E. Entretanto, os dados de sensores remotos (SRTM 90m - Shuttle Radar Topographic Mission) mostram predomínio de lineamentos N45°E em grande freqüência e pequenos comprimentos mascarando os lineamentos subordinados de direções N20°W e N-S. Provavelmente a porção Meridional da área está refletindo a influência da Zona de Cisalhamento Transbrasiliana, enquanto na porção Sentetrional a estrutura N-S interpretada como um graben condiciona as rochas devonianas da Formação Pimenteiras podendo refletir reativações do embasamento. No âmbito da interpretação semiquantitativa, o presente trabalho utiliza técnicas indiretas para estimar estatisticamente a profundidade de fontes magnéticas (deconvolução de Euler), além de fazer uso da técnica da análise espectral. Os resultados até agora alcançados mostram profundidades estatísticas das fontes da ordem de 1 km para anomalias da borda Oeste da bacia podendo chegar a 2,5 km na porção Leste da área de estudo. Esses valores estão sendo utilizados como parâmetros iniciais para a elaboração de modelos crustais quantitativos, com base em dois perfis gravimétricos levantados em campo, totalizando 258 estações espaçadas de 2 km. Dados acadêmicos: Co-Orientador: Prof. Dr. Leonardo Fadel Cury; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação: Caracterização de estruturas magnéticas e modelagem de perfis gravimétricos para o estudo do arcabouço geofísico-estrutural 2D da borda oeste da Bacia do Parnaíba e seu respectivo embasamento; Linha de Pesquisa: Análise de Bacias e Petrofísica (Geofísica); Projeto guarda-chuva: Caracterização estrutural da Província Tocantins e do flanco oeste/sudoeste da Bacia do Parnaíba e implicações para reativação de falhas durante o Fanerozóico; Data de entrada na pós-graduação: Março de 2012; No de créditos concluídos: 22; Exame de qualificação: Junho de 2013; Trabalhos publicados ou período de confecção: Junho de 2013; Data da Defesa: Março de 2013; Possui Bolsa: não; Período: Março de 2012 a Fevereiro de 2014; Fonte pagadora: Petróleo Brasileiro S/A.

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Geologia Ambiental

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3 a 5 de setembro de 2012

Departamento de Geologia

Universidade Federal do Paraná

Resumos

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Linhas de Pesquisa Análise multitemporal, neotectônica e riscos geológicos: mapeamento de índices de segurança em vertentes, previsões de escorregamento, mapeamento de zonas de saturação e processos erosivos, inundações em áreas urbanas. Recursos hídricos: águas subterrâneas, avaliação e gestão de bacias hidrográficas, geofísica aplicada à exploração de águas subterrâneas, hidroquímica, monitoramento e conservação de aqüíferos. Evolução, dinâmica e recursos costeiros: dinâmica de ambientes costeiros, planejamento e gestão de áreas costeiras, Quaternário costeiro, movimento das massas d'água em áreas costeiras, transporte de propriedades de água em zonas costeiras.

Corpo Docente

Prof. Dr. Alberto Pio Fiori - [email protected] Prof. Dr. Eduardo Salamuni - [email protected] Prof. Dr. André Virmond Lima Bittencourt - [email protected] Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho - [email protected] Prof. Dr. Luiz Eduardo Mantovani - [email protected] Prof. Dr. Sandro José Froehner - [email protected] Prof. Dr. Francisco José Fonseca Ferreira - [email protected] Profa. Dra. Maria Cristina de Souza - [email protected] Prof. Dr. Rodolfo José Angulo - [email protected] Prof. Dr. Eduardo Marone - [email protected]

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Hidrogeoquímica como suporte a estudos ambientais e de prospecção Athayde Camila de Vasconcelos Müller ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho Palavras-chave: Geoquímica, Hidroquímica, Hidrogeologia. A hidrogeoquímica como ferramenta de prospecção mineral tem contribuído na localização de anomalias de elementos que podem definir ocorrências que levem a descoberta de jazidas minerais. No entanto destacam-se também as aplicações dos princípios de hidrogeoquímica nos estudos a ambientais, detectando influências antrópicas (agricultura, saneamento e indústrias) e estudos de risco à saúde (geologia médica). Este resumo descreve o andamento dos trabalhos referentes à tese de doutoramento intitulada “Geoquímica ambiental e avaliação qualitativa da água superficial de 119 bacias hidrográficas do Estado do Paraná”. A composição das águas dos rios pode estar refletindo não só o arcabouço geológico como também a presença de pesticidas, fertilizantes, contaminantes urbanos e industriais. Seguindo esta premissa a pesquisa objetiva identificar assinaturas geológicas e antrópicas em 119 sub-bacias hidrográficas paranaenses. Tais estudos também permitirão verificar a aptidão do uso in natura destas águas para irrigação e abastecimento público. Além da comparação com valores orientadores, serão realizadas modelagens matemáticas para avaliação do risco toxicológico cumulativo para ingestão in natura destas águas. A rotina metodológica pode ser resumida em: seleção das sub-bacias hidrográficas, coleta das amostras de água, análise das concentrações de 70 elementos em escala de ppb por ICP-MS, análises estatísticas uni e multivariada dos parâmetros físico-químicos, definição de teores anômalos e background, caracterização da “área fonte” como natural (prevalece condicionante geológico) ou antrópica; e verificação se existe algum “receptor” potencialmente exposto a riscos toxicológicos e carcinogênicos em função da ingestão in natura das águas nestas 119 sub-bacias hidrográficas. Como resultado preliminar foi realizado um estudo de caso publicado em congresso, onde foram analisadas águas superficiais de 25 sub-bacias do Estado do Paraná por ICP-OES e cromatografia iônica. O estudo comprovou que as concentrações detectadas refletem características tanto do uso e ocupação, quanto do meio geológico. As bacias que drenam áreas urbanas sobre a Formação Serra Geral, apresentaram concentrações relativamente elevas de Cl-, NO3-, NO2-, F- e STD, indicando contaminações por fossas sépticas e/ou rede de esgoto. Bacias que drenam a área do Parque Nacional do Iguaçu, também situadas sobre a Fm. Serra Geral, apresentaram concentrações elevadas de OD, coerente com a baixa interferência antrópica. Em áreas agrícolas sobre a Formação Caiuá ocorrem elevadas concentrações de Si2+, Mn2+, Fe2+, Ba2+ relacionadas com o substrato geológico, composto por arenitos cimentados por ferro e manganês. Esta anomalia de Ba2+ corrobora com anomalias já detectadas sobre o Caiuá em estudos geoquímicos anteriores. Concentrações elevadas em Zn2+ e pH nas bacias localizadas na

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região do Vale do Ribeira também são coerentes com substrato geológico da área, composto por rochas metacarbonáticas e complexos alcalino-carbonatítico associados com depósitos de Pb-Zn-(Cu)-Ba-Ag. Os laudos analíticos das 119 amostragens foram comparados com portarias de potabilidade nacionais (Conama nº 357/2005, MS/FUNASA nº 2914/2011, MS nº 36/1990), e internacionais (Paraguai, França, Alemanha, Japão, Canadá, EUA, Organização Mundial de Saúde e Comunidade Européia), sendo detectados valores acima e/ou iguais ao máximo permitido para: alumínio, bário, cádmio, chumbo, ferro, fósforo, manganês e mercúrio; e valores abaixo do mínimo permitido para pH e OD. Outros resultados preliminares compreendem na distribuição espacial dos teores por sub-bacia hidrográfica, utilizando intervalos de classe em percentis, técnica comumente utilizada na prospecção geoquímica para seleção de áreas alvos. As próximas metas englobam o detalhamento e refino das análises estatísticas; relacionar as concentrações físico-químicas com as unidades geológicas e/ou com uso e ocupação do solo; calcular o índice de risco para consumo humano in natura por sub-bacia; continuar a pesquisa de referências bibliográficas, bem como revisar a qualificação. Concomitantemente realizam-se os trâmites necessários para projeto Sanduiche em Portugal. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Dr. Otavio Augusto Boni Licht e Dr. Bonald Cavalcante Figueiredo; Nível: doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Geoquímica ambiental e avaliação qualitativa da água superficial de 119 bacias hidrográficas do estado do Paraná; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: Recursos Hídricos; Data de entrada na pós-graduação: março de 2010; No de créditos concluídos: 37; Exame de qualificação: Agosto 2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: Atualmente trabalha na elaboração de artigo sobre a Hidrogeoquímica, 02 resumos publicados, 01 artigo submetido à Revista Brasileira de Geociências; Data da Defesa: fevereiro de 2014; Possui Bolsa: sim; Período: 2010-2014; Fonte pagadora: Capes.

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Compartimentação Hidroestrutural e Hidroquímica do SASG paranaense, resultados preliminares da tese de doutoramento Athayde, Gustavo Barbosa ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Ernani Francisco da Rosa Filho Palavras-chave: Sistema Aquífero Serra Geral, Hidrogeologia, Hidroquímica. A cartografia de áreas potencialmente favoráveis à captação de águas subterrâneas reduz o risco exploratório e melhora o conhecimento dos condicionantes hidrogeológicos favoráveis à acumulação e fluxo de águas subterrâneas. Dentre os principais aquíferos existentes no Estado do Paraná, o Sistema Aquífero Serra Geral (SASG) é um dos mais importantes, se não o mais importante do estado. Suas águas propiciam o abastecimento de milhares de habitantes, situados em sua área de ocorrência, em muitos casos como fonte exclusiva de abastecimento. No Estado do Paraná destaca-se também a excelente qualidade hídrica para consumo in natura, bem como aptidão das águas para irrigação. A importância estratégica do SASG é proporcional à dificuldade exploratória (poços com vazões e capacidades específicas representativas). Tal dificuldade dá-se em função, principalmente, da anisotropia estrutural do aquífero. São inúmeros os trabalhos existentes sobre o SASG paranaense, entretanto não há um consenso sobre o modelo exploratório do aquífero. Predominam pesquisas em áreas específicas do SASG, inexistindo uma abordagem regional integrando análise de dados hidrogeológicos, hidroquímicos e estruturais. Tais fatos destacam a dimensão da contribuição do tema desta pesquisa para a evolução do conhecimento das águas subterrâneas do SASG, em específico no Estado do Paraná. O objetivo final deste trabalho compreende caracterizar e cartografar o Sistema Aquífero Serra Geral no Estado do Paraná, mediante seus aspectos hidrodinâmicos e hidroquímicos regionais. Esta caracterização subsidiará com informações cientificas projetos voltados à utilização dos mananciais subterrâneos, em específico o SASG paranaense. A partir da elaboração do arcabouço estrutural do aquífero e da localização espacial dos poços tubulares com índices de produção elevados foram definidas Províncias e Compartimentos Hidroestruturais. Foram analisados condicionantes exploratórios como: proximidade do poço ao arcabouço estrutural, espessura de solo, análise direcional e tectônica dos lineamentos traçados e comparação entre a geomorfologia e a produtividade dos poços. A análise dos resultados das amostras coletadas em 337 poços tubulares que captam o SASG permitiu classificar 12 tipos de água. Quatro grandes grupos de água foram classificados dentre as 337 amostras coletadas: águas tipo bicarbonatadas; tipo carbonatadas; águas tipo sulfatadas; e tipo nitratada. Predominam águas do tipo bicarbonatada – cálcica (198 amostras); secundariamente águas do tipo bicarbonatada – sódica (50 amostras); seguidas por águas bicarbonatadas cálcio – magnesianas (25 amostras), carbonatada sódica (23 amostras), bicarbonatada-cálcio sódica (19 amostras), bicarbonatada sódio cálcicas (13 amostras). Em menor

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quantidade ocorrem os seguintes tipos hidroquímicos: bicarbonatada sulfatada sódica (duas amostras); bicarbonatada-carbonatada sódica (duas amostras); sulfatada sódica (uma amostra); bicarbonatada - magnésio cálcica (uma amostra); bicarbonatada nitrato sódica (uma amostra) e nitratada cálcica sódica (uma amostra). Destaca-se a relação entre os teores químicos e os compartimentos hidroestruturais definidos. Em alguns casos, teores elevados de sódio, pH e principalmente temperatura da água nos poços, sugerem conectividade com aquíferos sotopostos, por exemplo, o Sistema Aquífero Guarani. Áreas de conectividade e mistura de águas entre os aquíferos foram identificadas em escala regional, bem como foram feitas análises quanto à aptidão das águas para uso in natura para consumo humano e irrigação. A comprovada capacidade de abastecimento do SASG no Estado do Paraná, associada à qualidade química do aquífero demonstram a importância estratégica deste aquífero, uma vez que sob sua área predominam municípios com taxas positivas de crescimento populacional e aumento expressivo de demanda para consumo. Dados acadêmicos: Co-Orientador(es): Dr. Eduardo Chemas Hindi e Dr. Otavio Augusto Boni Licht; Nível: doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Compartimentação Hidroestrutural e Hidroquímica do Sistema Aquífero Serra Geral no Estado do Paraná; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: Recursos Hídricos; Data de entrada na pós-graduação: março de 2009.; No de créditos concluídos: 37; Exame de qualificação: aprovado em dezembro de 2011; Trabalhos publicados ou período de confecção: dois resumos submetidos para o 13º CBG, um livro publicado, um artigo submetido para a RBG, e atualmente trabalho na elaboração de artigo sobre a Hidroquímica do SASG; Data da Defesa: fevereiro de 2013; Possui Bolsa: sim; Período: 2011-2013; Fonte pagadora: Capes

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Caracterização de radarfácies da barreira holocênica na região de São Francisco do Sul – SC Bogo, Marcelo ([email protected]) Orientador: Profª. Drª. Maria Cristina de Souza Palavras-chave: Fácies, Barreira Holocênica, Ilha de São Francisco do Sul. As extensas planícies costeiras da costa brasileira são testemunhos de variações do nível do mar durante o Quaternário, e as barreiras costeiras são as feições geomorfológicas dominantes nestes ambientes, em geral pouco estudados do ponto de vista geológico. Os sistemas de barreiras costeiras constituem importantes feições geomorfológicas que incorporam diversos ambientes de sedimentação tais como dunas eólicas, deltas de maré, pós-praia, face praial e face litorânea. A Ilha de São Francisco do Sul (ISFS), localizada na porção norte do Estado de Santa Catarina, possui 270 km² de área, alongada segundo seu eixo maior com orientação geral NE-SW, e cuja maior expressão é uma planície de 237 km² formada principalmente por sedimentos depositados em ambientes costeiros pontuada por elevações de até 150 metros, morros sustentados por rochas do embasamento pré-cambriano, concentradas no oeste da ilha. A área de estudo está situada na porção holocênica da planície costeira, em sua porção sul, onde apresenta largura aproximada de 1500 metros. Característicos da porção referente à barreira holocênica são o relevo plano a suave ondulado, com 1 a 9 metros de altitude, constituído por sedimentos arenosos depositados em dunas frontais e feixes de cordões litorâneos subparalelos à linha de costa. O espaçamento entre os cordões varia desde 3 m até 50 m e sua altura não ultrapassa 3 m. Mapeamentos das formações cenozóicas na área, indicam também uma planície paleolagunar, também de idade holocênica, caracterizada por relevo predominantemente plano e sedimentos areno-argilosos. A planície costeira neste local possui uma complexa evolução morfodinâmica ligada ao estuário da Baía da Babitonga. Este trabalho tem por objetivo a caracterização da estratigrafia interna da barreira através do estudo de radarfácies e das propriedades físicas dos sedimentos através de dados obtidos a partir de seções GPR (Ground Penetration Radar) em conjugação com dados de investigação direta em subsuperfície, executadas com um vibrotestemunhador. As linhas GPR a serem utilizadas já foram levantadas em 2009 pelo LECOST em convênio com o Departamento de Paleontologia e Estratigrafia do Instituto de Geociências da UFRGS, utilizando uma antena de 200 MHz, e executadas ao longo da porção holocênica da planície costeira da ISFS. De um total de 12 seções levantadas neste setor sul, foram escolhidas as três mais representativas e de maior qualidade do conjunto. Os dados brutos de campo do GPR, foram tratados com o software Radan®, etapa na qual foram aplicados filtros passa-banda e de ganho, permitindo melhorar a relação sinal/ruído das linhas. Dados do DGPS (Differential Global Positioning System), adquiridos simultaneamente à aquisição das linhas do GPR, foram utilizados para correção topográfica. Após o tratamento, procedeu-se então a interpretação das linhas com base nos princípios da estratigrafia

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de radar, com a análise da configuração dos refletores e suas interrelações, caracterizando-se então as grandes superfícies de descontinuidades e os padrões das radarfácies. Seis furos de sondagem foram executados com o equipamento vibrotestemunhador, pertencente ao Laboratório de Estudos Costeiros (LECost – UFPR). Após terem sido serrados os tubos de alumínio, os testemunhos estão sendo descritos, fotografados, procedendo-se também nesta etapa a coleta de amostras. Em seguida, a análise granulométrica dos sedimentos será feita no Laboratório de Estudos Sedimentológicos e Petrologia Sedimentar (LabESed – UFPR). Eventualmente, se for encontrado material adequado nos testemunhos de sondagem , tais como conchas ou restos vegetais, poderão ser obtidas datações radiométricas. As amostras serão submetidas a laboratório especializados de radiocarbono tais como o CENA, da Universidade de São Paulo e o GeoChron da Kruger, sendo que a escolha do método de datação; convencional ou MAS (Accelerator Mass Spectrometer) dependerá em parte do material a ser analisado e do tempo disponível para obtenção dos resultados. O processamento estatístico dos resultados granulométricos será feito com o software Momentum®, disponível no LECost. Os dados obtidos serão utilizados para a definição das associações de fácies, permitindo a caracterização dos ambientes deposicionais e dos processos que atuaram durante os eventos sedimentares, contribuindo com dados para a reconstrução paleogeográfica da área. Quanto ao cronograma e viabilidade do projeto, a revisão bibliográfica, processamento dos dados GPR e as etapas de campo estão concluídas, com descrição de testemunhos de sondagem e amostragem em andamento. Eventuais datações radiométricas serão realizadas com verbas do projeto 72044/2009-5 - Caracterização das barreiras e evolução paleogeográfica da zona costeira entre a Ilha de São Francisco do Sul e a Ilha Comprida durante o Quaternário - 2009-2011 ambos do CNPq. Dados acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo e Prof. Dr. Eduardo Guimarães Barboza; Nível: Mestrado; Título do Projeto: Caracterização de radarfácies da barreira holocênica na região de São Francisco do Sul - SC; Área de concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa: Evolução, dinâmica e recursos costeiros; Data de Entrada: Março/2011; Créditos concluídos: 18; Exame de Qualificação:Março/2012; Previsão para defesa: Fevereiro/2012; Bolsa: Não.

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Dinâmica sedimentar de praias arenosas no litoral norte de Santa Catarina e centro-sul do Paraná. Freitas, Thaís Guimarães ([email protected]) Orientadora: Profª. Drª. Maria Cristina Souza Palavras–chave: Granulometria; Minerais Pesados; Deriva Litorânea. Praias podem ser formadas por sedimentos de diversas composições e granulações. A composição dos sedimentos trazidos à costa é redistribuída na direção da deriva litorânea. Os minerais pesados também acompanham o padrão de distribuição alterando a composição mineralógica das populações, permitindo identificar direções preferenciais do transporte sedimentar. Esta pesquisa teve por objetivo entender a forma como a dinâmica sedimentar costeira conduz a distribuição da granulação e da mineralogia nas praias compreendidas entre a desembocadura da baía da Babitonga, Itapoá-SC e a desembocadura da baía de Paranaguá, Pontal do Paraná-PR. A meta foi comparar amostras coletadas sob o mesmo procedimento, em duas datas diferentes, Agosto de 1994 e Junho de 2011, relacionando padrões texturais e mineralógicos, para definir os rumos da deriva litorânea. Nas duas etapas as amostras foram coletadas na face praial, eqüidistantes entre si, em aproximadamente 1000m. A parte laboratorial consistiu em análises granulométricas, com peneiramento e pipetagem, para a separação das frações; análises densimétricas utilizando o bromofórmio para a separação dos minerais pesados; e posterior confecção das lâminas para a identificação e contagem dos minerais pesados. Serão calculadas razões entre minerais com comportamentos hidráulicos e diagenéticos semelhantes, que refletem características de proveniência e dispersão. As amostras coletadas em 1994 possuem granulação areia fina, muito bem selecionada e bem selecionada de Itapoá à Barra do Saí, em Guaratuba e da parte central da planície de Praia de Leste até a desembocadura da baía de Paranaguá. Em Brejatuba e em parte do município de Matinhos, a granulação é de areia média moderadamente selecionada. A granulação areia grossa, moderadamente selecionada foi encontrada apenas nas amostras de Caiobá. Na praia Mansa foram encontradas granulações de areia fina a areia grossa. Nas amostras de 2011, a predominância da granulação areia média ocorreu de Itapoá à Barra do Saí e na praia central de Guaratuba, com o grau de seleção variando entre moderadamente selecionado e bem selecionado. Brejatuba mostrou as maiores granulações, com areia média e pontos com areia grossa próximo ao morro do Cristo. Caieiras, ao lado direito da desembocadura da baía de Guaratuba, teve predominância de areia média e a Prainha, ao lado esquerdo da desembocadura, possui areia fina com grãos simétricos e muito bem selecionados. Em Matinhos, a granulação dos sedimentos é areia média, com grãos simétricos e bem selecionados, porém próximo ao morro do Boi e nos trecho de erosão a granulação foi areia grossa. O setor entre o balneário Praia de Leste e Pontal do Sul, foi o único com areia fina e grãos simétricos e bem selecionados. As análises de

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minerais pesados de parte das amostras de 1994 indicaram concentrações de zircão, hornblenda e pistachita, seguida de turmalina, hiperstênio, rutilo, cianita, silimanita, apatita, oxi-hornblenda, estaurolita, cassiterita, monazita e granada. De modo geral, os resultados encontrados comparando as amostras de 1994 com as de 2011 indicam um aumento da granulação na face praial, passando de areia fina para areia média, com exceção de Pontal do Paraná que continua com areia fina. Na praia de Brejatuba foi encontrado diferentes graus de granulação e seleção, sugerindo diversas fontes sedimentos. Conclui-se que as maiores variações do grau de seleção e da assimetria ocorreram em trecho da costa afetados por deságüe de rios, córregos, morros e mole, corroborando a sugestão de células de deriva atuantes que mascaram o sentido da deriva predominante. Dados Acadêmicos: Co-orientadores: Prof. Dr. Eduardo Marone e Prof. Dr. Paulo César Fonseca Giannini; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Dinâmica sedimentar de praias arenosas no litoral norte de Santa Catarina e centro-sul do Paraná; Área de concentração: Geologia Ambiental; Linha de pesquisa: Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiros; Data de entrada: Agosto/2010; Nº de créditos concluídos: 20; Exame de qualificação: Março/2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: previsto para o segundo semestre de 2012; Data da defesa: Janeiro/ 2013; Possui bolsa: Sim; Período: Outubro/2010 a Dezembro/2012; Fonte pagadora: CAPES.

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Morfoestruturas da Serra do Mar paranaense Nascimento, Edenilson Roberto do ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni Palavras-chave: Serra do Mar paranaense, morfostruturas, evolução do relevo. A porção paranaense da Serra do Mar (SM) apresenta diversas características que a diferem das demais áreas de sua ocorrência entre Santa Catarina e Bahia. Além de constituir um "degrau" entre o Primeiro Planalto e a região litorânea paranaense, a SM possui diversas conjuntos montanhosos sustentados por corpos graníticos intrudidos durante estágios tardios da colocação do Terreno Paranaguá (600-580 Ma), que atingem com frequência altitudes superiores a 1400 metros. A articulação tectônica do Terreno Paranaguá com as microplacas Curitiba e Luis Alves (zonas transcorrentes Serrinha Rio-Palmital -SRP- de direção NW-SE e Alexandra de direção NNE-SW, e de cavalgamento Serra Negra NE-SW), se destaca na paisagem principalmente pelas estruturas de direção NE-SW. Outra feição geológica particular da Serra do Mar paranaense é o Arco de Ponta Grossa (APG) com diques que formam vales, cristas alongadas e falhas de direção NW-SE. As deformações das paleossuperfícies e de áreas notadamente pertencentes ao Sistema de Riftes Cenozóicos Brasileiro (Gráben de Paranaguá e a zona sismogênica de Cananéia), muitas delas aproveitando zonas de fraqueza de estruturas pré-cambrianas, completam o quadro de grandes eventos de deformação que abrangeram a SM e toda a porção emersa da costa paranaense. Tomando como escala de análise os lineamentos traçados regionalmente na escala 1: 130.000, observa-se que a direção NE possui maior variação na SM, com concentrações entre N15-60E, influenciadas principalmente por reativações cenozóicas, enquanto as direções NW-SE possuem variação entre N50-70W, determinados principalmente por diques de diabásio da Formação Serra Geral. Os quatro domínios morfoestruturais identificados são limitados por grandes estruturas pervasivas em múltipla escala e a partir de dados magnetométricos. Foi constatada forte influência das seguintes estruturas: (a) Domínio Morfoestrutural Antonina - Falhas de Piên e SRP, grande expressividade das direções entre N40-45E; (b) Domínio Morfoestrutural Morretes, predomínio das direções entre N15-25E; (c) Domínio Morfoestrutural Guaratuba com direções preferenciais entre N10-30E; e (d) Domínio Morfoestrutural Guaraqueçaba com predomínio das direções entre N30-60E. Os padrões de drenagens identificados na SM apontam para um condicionamento estrutural da rede de drenagem em todas as escalas de análise. Em cerca de 60% da área ocorrem padrões de drenagem com controle estrutural (treliça, paralelo, retangular, entre outros), identificando-se 564 anomalias de drenagens. As anomalias identificadas ocorrem principalmente nos domínios morfoestruturais Antonina e Guaraqueçaba, próximas à zona sismogênica de Cananéia, onde se destacam as capturas de drenagens (rios com cursos em processo de organização a um novo nível de base) do Primeiro Planalto para a bacia litorânea. Na porção a sul da Baía e Paranaguá

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destaca-se a aparente rotação das estruturas de direção NW-SE (principalmente diques), presentes no Terreno Paranaguá, em relação às observadas nas microplacas Curitiba e Luis Alves, possivelmente promovida pela atividade tectônica atual, ou no mínimo cenozoica, da zona de cisalhamento Cubatãozinho. Dados Acadêmicos: Co-Orientadores: Prof° Dr. Alberto Pio Fiori; Nível: Doutorado; Título original da tese: Tectônica cenozóica e neotectônica da Serra do Mar paranaense; Área de concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: -; Data de entrada na Pós-Graduação: julho-2009; N° de créditos concluídos: 51; Exame de Qualificação: dezembro de 2012; Data prevista para defesa: Julho de 2013. Possui bolsa: sim; Período: abril de 2010 a julho de 2013; Fonte pagadora: CNPQ.

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Caracterização dos sedimentos e das feições de fundo do Mar do Ararapira, região sul do Brasil Nogueira, Raissa de Araujo ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo Jose Angulo Palavras-chave: sonar de varredura lateral, granulometria, erosão costeira O Mar do Ararapira é um estuário localizado no limite entre os estados de São Paulo e Paraná. Está conectado com a baía de Tapandré pelo canal do Ararapira e com a baía dos Pinheiros, pelo canal artificial do Varadouro. A região possui baixa ocupação, com apenas algumas vilas de pescadores, e extensas áreas de proteção ambiental – Parque nacional de Superagüi e Parque Estadual da Ilha do Cardoso. Contudo as margens do estuário apresentam setores com intensa erosão e sedimentação associada às correntes de marés e à forma ligeiramente meandrante do canal. O termo mar é utilizado por ser uma região semi-fechada com influência e saída para o oceano. O objetivo deste estudo é caracterizar as feições e os sedimentos de fundo para compreender a dinâmica sedimentar do estuário. As feições de fundo foram caracterizadas com auxílio de sonar multiface do tipo Side Scan, com varreduras ao longo do canal, desde a sua desembocadura até a foz do rio da Cachoeira. A leitura feita pelo equipamento abrange uma área de 30m para cada lado totalizando uma área de 60m de cobertura, para que todo o canal fosse devidamente monitorado, foram realizadas leituras de norte a sul, e de sul a norte em paralelo a primeira leitura. Para caracterizar os sedimentos de fundo foram realizadas coletas de material ao longo de todo o canal, na área ao sul do canal do Varadouro. Os sedimentos foram coletados de maneira a adensar a malha amostral de um trabalho anterior, realizado em 2010, e na área ao norte do canal foram coletados nas margens e na porção mais central com um distanciamento de aproximadamente 100m. Foram coletadas 53 amostras nesse trabalho sendo 20 na porção mais ao sul do mar do Ararapira e foram utilizadas 43 amostras do trabalho de 2010, ao norte do canal do Varadouro foram coletadas 33 amostras. Os sedimentos foram coletados com um buscador de fundo tipo Van Veen, Na região próxima à desembocadura a classe predominante é de areia média e subsidiariamente de areia fina e o sedimento varia de muito bem selecionado a moderadamente selecionado. O aumento da seleção em direção à desembocadura sugere predomínio do transporte pelas correntes de maré vazante. Na região de cabeceira do estuário, a montante do canal do Varadouro, apresenta predomínio de sedimentos mal selecionados, com diâmetro médio variando de areia fina a silte/argila, o que sugere que o canal do Varadouro funciona como uma barreira mantendo os sedimentos mais finos acima da sua desembocadura. A corrente de maré num estuário não alcança toda sua extensão, mantendo uma região de máxima turbidez que é caracterizada por grande deposição de finos. Assim, esta área de finos poderia corresponder à zona da máxima turbidez do estuário, mas com influência do canal do Varadouro atuando como

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barreira hidráulica. As imagens de sonar sugerem fundos lisos nas áreas onde ocorrem sedimentos finos. Nas áreas intermediarias do estuário onde ocorrem areias finas e muito finas observa-se um fundo ligeiramente rugoso sugerindo a presença de dunas subaquosas. Próximo à desembocadura observam-se um padrão mais rugoso e ondas de areia de maior porte. Os resultados preliminares mostram boa correlação entre a caracterização dos sedimentos de fundo e as feições de leito, o que deve possibilitar setorizar o estuário e inferir a dinâmica predominante em cada setor. Dados acadêmicos: Co-orientador: Profª.Drª. Maria Cristina de Souza; Nível: mestrado; Titulo Original: Dinâmica dos sedimentos de fundo do Mar do Ararapira, sul do Brasil; Área de concentração: geologia ambiental; Linha de pesquisa: Evolução e dinâmica de recursos costeiros; Data de entrada na pós-graduação: março/2011; Numero de créditos concluídos: 22; Exame de qualificação: maio/2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: previsto para o segundo semestre de 2012; Data da defesa: fevereiro/2013; Possui bolsa: sim; Período: abril/2011 a fevereiro/2013; Fonte pagadora: Capes.

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Batimetria e distribuição de sedimentos na plataforma continental interna paranaense Oliveira, Luiz Henrique Sielski de ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo Palavras-chave: platataforma siliciclástica, sedimentos marinhos rasos, modelo tridimensional. Sistemas deposicionais de plataformas continentais estão entre os mais complexos dos ambientes marinhos devido a diversidades de fatores que controlam sua configuração que incluem as fontes de sedimentos, a granulometria dos sedimentos, os gradientes de declividade das plataformas além da energia e da direção de ondas e correntes. A distribuição dos sedimentos sobre as plataformas continentais é um produto de alterações morfodinâmicas conduzidas por sucessivas flutuações do nível do mar. A definição de plataforma continental interna é baseada em parâmetros hidrodinâmicos e pode ser compreendida como a porção entre a zona de surfe e a profundidade onde as ondas de tempestade interagem com o fundo. Do ponto de vista hidrodinâmico os processos mais intensos de troca de energia ocorrem na porção interna da plataforma e na interface desta com a costa. Este projeto de pesquisa tem como objetivo descrever a distribuição dos sedimentos e sua relação com a batimetria da plataforma continental interna do estado do Paraná. A área de estudo situa-se adjacente aos estuários da Baía de Guaratuba e da Baía de Paranaguá entre as isóbatas de 5 m e 30 m numa extensão de aproximadamente 100 km de linha de costa desde a Barra da Ararapira até a Barra do rio Saí-Guaçu. A área com um total de 4000 km2 foi subdividida em setores correspondentes a três segmentos de praias oceânicas: Guaratuba, Praia de Leste e Superagüi. Sedimentos de fundo foram coletados em 875 pontos e analisados quanto ao tamanho médio dos grãos, grau de seleção, teores de carbonatos e matéria orgânica. Os resultados foram sobrepostos espacialmente em um modelo tridimensional da plataforma interna e então analisados quanto a sua distribuição em faixas de profundidade. Sedimentos siliciclásticos cobrem a plataforma continental interna do Paraná e se distribuem em classes granulométricas de silte grosso a areia muito grossa. A classe de areia fina predomina sobre a plataforma interna. Nos três setores próximos à costa, Guaratuba, Praia de Leste e Superagüi, entre 5 m e 15 m de profundidade ocorrem sedimentos que foram classificados como areia muito fina e silte grosso. No setor de Superagüi a área de distribuição dos sedimentos finos é mais ampla que nos outros dois setores (de 5 m a 15 m em Superagüi contra 5 m e 10 m nos demais setores). Esta ocorrência pode ser devida ao aporte e deposição de material particulado em suspensão proveniente das plumas da Baía de Paranaguá. A distribuição de areias muito grossas, grossas e médias ocorre em áreas isoladas cercadas pelas areias finas predominantes na plataforma interna. A ocorrência e extensão destas áreas de areias médias a muito grossas são mais amplas no setor de Guaratuba entre as isóbatas de 10 m e 25 m. Predominam na plataforma interna classes de sedimentos moderadamente selecionados a muito bem selecionados em todos os setores entre as

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isóbatas de 10 m e 30 m. Nas áreas com profundidade menor que 10 m ocorrem duas situações distintas, nos setores Guaratuba e Praia de Leste os sedimentos são muito pobremente selecionados já no setor Superagüi variam de muito pobremente selecionado a muito bem selecionado. Relacionando o grau de seleção com o tamanho médio dos grãos observa-se que as areias finas são bem selecionadas enquanto os siltes grossos são pobremente selecionados, assim como algumas ocorrências de areias médias e grossas entre as isóbatas de 10 m e 30 m. O grau de seleção das areias finas indica a atuação de um processo na seletividade dos grãos como a remobilização e transporte das classes de sedimento mais finos. Entretanto os siltes grossos próximos da costa pobremente selecionados indicam um aporte de sedimentos das plumas estuarinas. Desta perspectiva dois cenários podem ser construídos: 1- as areias finas superficiais da plataforma estão sendo erodidas expondo sedimentos paleoestuarinos; 2- o aporte de sedimentos pelas plumas estuarinas é grande o suficiente para que, em combinação com o regime hidrodinâmico da plataforma, ocorra a deposição de sedimentos finos atuais. Dados acadêmicos: Co-orientador(es): - ; Nível: Doutorado; Título do projeto original da dissertação/tese: Dinâmica sedimentar da plataforma continental interna paranaense; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa: Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiros; Data de entrada na pós-graduação: 03/2011; Nº. de créditos concluídos: 32; Exame de qualificação: 06/2014;Trabalhos publicados ou período de confecção: 2 artigos em revista com corpo editorial - 10/2014; Data da Defesa: 02/2015; Possui Bolsa: sim; Período: 03/2011 - 05/2012; Fonte pagadora: CAPES; Período: 06/2012 – 02/2015; Fonte pagadora: CNPq

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Variações decadais e sazonais na configuração da linha de costa da Praia Central de Guaratuba – PR Ramos, Egon Abraão de Paula ([email protected]) Orientadora: Profª. Draª. Maria Cristina de Souza Palavras Chave: morfodinâmica praial, variação da linha de costa, erosão costeira O município de Guaratuba, localizado ao sul do litoral paranaense possui 22 km de linha de costa. Em seu preenchimento apresenta praias arenosas oceânicas, recortadas por rios, promontórios rochosos, e um grande estuário chamado de Baia de Guaratuba, que possui uma única conexão com o mar, a baia se localizada no extremo norte do município e funciona também como uma divisa natural municipal com Matinhos. E na porção sul fazendo limite com o estado de Santa Catarina, através do município de Itapoá, por meio do Rio Sai Guaçu. Inserida nesse cenário costeiro, a Praia Central, localizada na porção norte do município, e ao sul da Baia de Guaratuba, tem como limites o promontório do Morro do Cristo ao sul, e o Morro de Caieiras ao norte, apresentando forma de bolso, com sua maior concavidade na porção sul, se parecendo com um gancho quando vista em fotografias aéreas. Ela tem em sua totalidade 2440 m de extensão, 2000 m sendo classificada como oceânica a partir do Morro do Cristo para o norte, e desse limite em diante até o Morro de Caieiras como associada à desembocadura. È uma praia com granulometria média a muito fina, com correntes geradas por ondas, e próximo ao morro de Caieiras também sofre interferência das correntes de maré. A praia central apresenta grande ocupação urbana em sua orla, e devido à falta de estudos prévios, ficam visíveis os problemas que os processos morfodinâmicos naturais atuantes, de erosão e pro gradação provocam nas áreas em que não foi respeitado o limite de dinâmica natural. A ocorrência destes problemas foi o que motivou a realização desta pesquisa, e para isso é necessário compreender as forças atuantes nestes ambientes costeiros. O objetivo do trabalho é identificar as variações morfodinâmicas da praia, tais como direção e energia das ondas incidentes, ciclos de marés, correntes transversais e longitudinais a linha de costa, e a forma com que essas forças interagem com o sedimento, e seu transporte. Para atingir tal compreensão, será feito quatorze levantamentos de perfis planialtimétricos praiais, sendo no total de no mínimo oito campanhas no período de dois anos, mantendo um padrão sazonal, e também em eventos de grande energia. Para as analises granulométricas, serão coletados no mínimo uma amostra de cada perfil, realizadas na face praial. A cada campanha deverá ser estimado os dados de ondas e correntes litorâneas por meio de observação no local. E para a análise do comportamento da linha de costa em escala de décadas, deverá ser feito com a sobreposição de fotografias aéreas disponíveis a partir da década de cinqüenta, e também imagens de satélite. O tratamento dos dados dos perfis planialtimétricos será feito com auxilio dos softwares Excel, e Surfer para o calculo de volume praial. As fotografias

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aéreas serão georreferenciadas com um sistema de informações geográficas (SIG). E as analises granulométricas serão feitas no Laboratório de Estudos Sedimentológicos da UFPR – LabSed/UFPR, por meio do método de peneiramento. Até o momento foram realizadas três campanhas, uma na primavera de 2011 que apresentou uma praia com grande volume e extensão em todo seu entorno, indicando uma situação deposicional, com ondas de menos de 0,25m de altura, com direção variando entre leste e sudeste. Outra campanha no verão de 2012 apresentando uma praia com alguns pontos com feições erosivas, nesta campanha as ondas variavam entre 0,25m a 0,50m vindas de nordeste e leste. E as duas ultimas campanhas no outono de 2012, uma antes e uma durante uma ressaca que atingiu a costa nesta data, os dados destas duas ultimas campanhas ainda estão em faze de processamento e interpretação. Dados acadêmicos: Co-Orientador: Prof. Dr. Rodolfo José Angulo; Nível: Mestrado; Título do projeto original da dissertação/tese: Variações sazonais e decadais na configuração da linha de costa da praia central de Guaratuba – PR; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Nome da “Linha de Pesquisa”: Evolução, Dinâmica e Recursos Costeiros; Data de entrada na pós-graduação: 08/2011; Nº de créditos concluídos: 18; Exame de qualificação: 12/2012; Trabalhos publicados ou período de confecção: Artigo em revista com corpo editorial junho/2013; Data da Defesa: 06/2013; Possui Bolsa: sim; Período: 08/2011 - 06/2013; Fonte pagadora: CAPES.

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Deformação da Superfície Sulamericana e a evolução morfoestrutural da Serra do Ibitiraquire (Serra do Mar) Silva, Pedro Augusto Hauck da ([email protected]) Orientador: Prof. Dr. Eduardo Salamuni Palavras chave: Paleosuperfícies, Tectonismo, Serra do Mar. A Serra do Mar é a feição topográfica mais destacada da borda atlântica do Brasil, se estendendo de Santa Catarina ao Rio de Janeiro. No Estado do Paraná, a Serra do Mar é mais do que apenas uma escarpa de borda de planalto, como é em São Paulo, apresentando montanhas elevadas divididas em maciços serranos, dos quais a Serra do Ibitiraquire, localizada entre os municípios de Campina Grande do Sul e Antonina, é a mais setentrional destes blocos e a mais destacada também, com picos que ultrapassam os 1600 metros de altitude, tais como o Taipabuçu (1650), Pico Itapiroca (1754m), Pico do Ferraria (1734m), Tucum (1741m), Ciririca (1724m), Pico Caratuva (1856m) e o Pico Paraná (1877 metros de altitude), montanha mais alta do Sul e um dos maiores desníveis topográficos do Brasil. O Ibitiraquire apresenta feições de relevo ímpares. Em sua vertente oriental existem grandes desníveis que sobressaem os mil e duzentos metros, conformando escarpas de falha nos alinhamentos NE que separam o Pico Paraná de uma cadeia de cumes alinhados composto pelo Ferraria, Caratuva e Itapiroca a Oeste. Estes, em sua vertente Ocidental, apresentam cristas alongadas, que são dissecadas por drenagens encaixadas nas falhas preenchidas por diques com direção NW, estando elas escalonadas e apresentando mergulho suave na direção da Bacia do Paraná. Estes topos são reconhecidos como paleo superfícies de erosão a 1200, 1300, 1420 metros de altitude, onde ocorre relevo de boulder e há presença de material laterítico. Na vertente Leste, ombreiras planas com as mesmas característica estão presentes há 1420 e 1530 metros, nas encostas do Caratuva e do Pico Paraná. As origens da Serra do Mar ainda não são bem conhecidas, sendo que há divergências sobre o papel do tectonismo e da erosão em sua história evolutiva. No modelado clássico, é atribuído um importante papel aos eventos erosivos no Terciário que elaboraram superfícies aplainadas que atualmente apresentam-se escalonadas na paisagem da aludida serra, conformando três superfícies de erosão reconhecidas na região do Ibitiraquire como: Superfície Sulamericana (Pd3), Alto Iguaçu (Pd2) e Curitiba (Pd1). Pesquisas baseadas em dados geofísicos e Sensoriamento Remoto deram destaque ao tectonismo pós Cretáceo na elaboração do relevo montanhoso da Serra do Mar, ao ponto que não descartou a dissecação e erosão paralela das vertentes que ocorreram no Cenozóico. Nesta pesquisa está sendo será obtida a idade das superfícies de erosão presentes na Serra do Ibitiraquire, assim como das falhas que movimentaram estas feições de relevo através de métodos termocronológicos, como da História Térmica do Traço de Fissão em Apatitas e a idade do Annealing total dos Traços de Fissão de Apatitas, metodologias mais adequadas para o objetivo

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proposto. A interpretação destes dados irá evidenciar a história evolutiva do relevo, numa escala de detalhe, solucionado questões sobre as origens e evolução das maiores altitudes do Paraná e uma das principais paisagens montanhosas do país. Assim sendo, o estudo aprofundado da Serra do Ibitiraquire irá contribuir e muito com os estudos sobre a origem e a evolução da Serra do Mar, o que por si já justifica toda a importância da pesquisa. Dados Acadêmicos: Co-orientador: Dr. Luiz Felipe Brandini Ribeiro – Unesp – Rio Claro, SP. Nível: Doutorado; Área de Concentração: Geologia Ambiental; Linha de Pesquisa em Análise Multitemporal, Neotectônica e Riscos Geológicos; Ingresso: Agosto 2011; Número de créditos concluídos: 26 (na data do evento); Exame de qualificação: - ; Trabalhos publicados: 1 artigo de livro (esperando publicação), 1 artigo (em confecção); Possui bolsa: sim; Período: Janeiro de 2012 a Janeiro de 2013; Fonte pagadora: CAPES.

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Autores Athayde, Camila de V. Muller, 43 Athayde, Gustavo Barbosa, 45 Baldin, M.T., 05 Beraldin, S.. 03 Bogo, Marcelo, 47 Borgo, Ariadne, 07 Castro, Luís Gustavo de, 09 Chmyz, Luanna, 11 Costa, Juliana, 13 Dressel, Bárbara Carolina, 15 Freitas, Thaís Guimarães, 49 Kipper, Felipe, 17 Machado, Denise Alessandra Monteiro, 19 Nascimento, Edenilson Roberto do, 51 Ng, Christiano, 21 Nogueira, Raissa Araujo, 53 Oliveira, Luiz Henrique Sielski de, 55 Ramos, Egon Abraão de Paula, 57 Rodrigues, Mérolyin C.N. de Lima, 23 Santos, Larissa, 25 Santos, Thais Borba, 27 Schemiko, Danielle Cristine Buzatto, 29 Silva, Desaix Paulo Balieiro, 31 Silva, Pedro Augusto Hauck da, 59 Sowek, Guilherme Arruda, 33 Spisila, André Luis, 35 Suss, João Filipe, 37 Romeiro, Marcos Antonio Thoaldo, 39

Orientadores Carlos Eduardo de Mesquita Barros, 03, 15, 31 Cristina Silveira Vega, 17, 21 Eduardo Salamuni, 59, 51 Eleonora Maria Gouvea Vasconcellos, 11, 13 Ernani Francisco da Rosa Filho, 43, 45 Fernando Farias Vesely, 05, 33, 37 Francisco José Fonseca Ferreira, 09, 27, 35, 39 João Carlos Biondi, 07 Leonardo Fadel Cury, 23, 25 Luiz Alberto Fernandes, 19, 29 Maria Cristina de Souza, 47, 49, 57 Rodolfo José Angulo, 53, 55