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Lei de Responsabilidade FiscalLei de Responsabilidade Fiscal

Prof. Dra. Sonia Barroso Brandão Soares – ICM/UFFProf. Dra. Sonia Barroso Brandão Soares – ICM/UFF

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DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCALDIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO FISCAL

descentralização financeira, com autonomia política e administrativadescentralização financeira, com autonomia política e administrativa

déficits imoderados e reiterados em todos os níveis de governodéficits imoderados e reiterados em todos os níveis de governo

dívida pública elevada em todos os níveis de governo dívida pública elevada em todos os níveis de governo

gastos com pessoal elevados em todos os níveis de governogastos com pessoal elevados em todos os níveis de governo

carga tributária elevadacarga tributária elevada

privatização em fase avançadaprivatização em fase avançada

guerra fiscal entre estadosguerra fiscal entre estados

programa de estabilização monetária bem sucedido desde 1994programa de estabilização monetária bem sucedido desde 1994

medidas fiscais de curto prazo em 1997 e programa de estabilização medidas fiscais de curto prazo em 1997 e programa de estabilização

fiscal em 1998.fiscal em 1998.

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O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ?O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ?

Regras Regras mecanismos de compensação e correção de desvios mecanismos de compensação e correção de desvios

sançõessanções

Contém três níveis de regras: Contém três níveis de regras:

gerais; gerais;

mais austeras para o último ano de mandato (ciclo político); mais austeras para o último ano de mandato (ciclo político);

com flexibilidade em casos de baixo crescimento econômico com flexibilidade em casos de baixo crescimento econômico

(negativo ou inferior a 1% nos últimos quadrimestres), (negativo ou inferior a 1% nos últimos quadrimestres),

estado de calamidade pública ou de defesa, mudanças estado de calamidade pública ou de defesa, mudanças

drásticas nas políticas monetária ou cambial.drásticas nas políticas monetária ou cambial.

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O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ?O QUE É A LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL ? • Mudança estrutural do regime fiscal:Mudança estrutural do regime fiscal:

Não se trata de ajuste fiscal de curto prazo.Não se trata de ajuste fiscal de curto prazo.

Introduz conceitos de responsabilidade e transparênciaIntroduz conceitos de responsabilidade e transparência

• Abrangência ampla e diversificada:Abrangência ampla e diversificada:

de matérias: harmoniza e consolida diferentes normas para a de matérias: harmoniza e consolida diferentes normas para a organização e o equilíbrio das finanças públicas organização e o equilíbrio das finanças públicas um código um código de boas condutas aplicável ade boas condutas aplicável a::

3 esferas de governo (Governo Federal, Estados, Distrito 3 esferas de governo (Governo Federal, Estados, Distrito Federal e mais de 5.500 municípios)Federal e mais de 5.500 municípios)

3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário)3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) em conceito abrangente: toda a administração pública, direta e em conceito abrangente: toda a administração pública, direta e

indireta, incluindo fundos, fundações, autarquias e empresas indireta, incluindo fundos, fundações, autarquias e empresas estatais dependentes estatais dependentes

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O PERCURSO ATÉ AQUI ...O PERCURSO ATÉ AQUI ...

• 1988: A CF prevê edição de Lei Complementar para fixar os princípios norteadores das finanças públicas no Brasil (Art. 163)

• 1998 (junho): A Emenda Constitucional da Reforma Administrativa determina prazo de 6 meses para que o Executivo envie projeto

• 1998 (dezembro/abril): Executivo envia Anteprojeto de Lei ao CongressoConsulta Pública na Internet : mais de 5.000 consultas à homepageReuniões com segmentos da sociedade: consolidada importância e

necessidade do projeto e da mudança de regime Autoridades estaduais e municipais: sem rejeição ao mérito, debate

apenas sobre a forma; sugestões para tornar mais austeras as medidas (propostas sobre Poderes - diferenciar limites de pessoal, exigir informações, vincular à receita própria)

Reconhecimento de técnicos internacionais: experiência pioneira na abrangência do código de boas condutas fiscais

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O PERCURSO ATÉ AQUI ...O PERCURSO ATÉ AQUI ...

• 1999 (abril): Executivo envia ao Congresso Projeto de Lei incorporando sugestões

• 1999 (maio): constituída Comissão Especial da Câmara para discutir o Projeto e iniciadas audiências públicas

• 1999 (dezembro): aprovado na Comissão Especial, por 17 votos a 5, o Substitutivo do Relator, Deputado Pedro Novais, e rejeitados todos os destaques

• 2000 (25 de janeiro): aceitas 30 emendas, foi aprovado na Câmara o texto da sub-emenda apresentado pelo Relator por 386 votos a 86.

• 2000 (abril): Senado aprova o texto apenas com emendas de redação.

• 4 de maio de 2000: o Presidente sanciona a LRF (Lei Complementar 101, publicada no DOU em 05/05/2000)

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PRINCÍPIOS DA GESTÃO FISCAL RESPONSÁVELPRINCÍPIOS DA GESTÃO FISCAL RESPONSÁVEL

• prevenção de déficits imoderados e reiterados prevenção de déficits imoderados e reiterados equilíbrio entre equilíbrio entre aspirações da sociedade e os recursos que esta coloca a disposição do aspirações da sociedade e os recursos que esta coloca a disposição do governo governo

• limitação da dívida pública a nível prudente, compatível com receita e limitação da dívida pública a nível prudente, compatível com receita e patrimônio público, propiciando margem de segurança para absorção patrimônio público, propiciando margem de segurança para absorção dos efeitos de eventos imprevistosdos efeitos de eventos imprevistos

• preservação do patrimônio público em nível adequado para propiciar preservação do patrimônio público em nível adequado para propiciar margem de segurança para absorção de efeitos de eventos imprevistosmargem de segurança para absorção de efeitos de eventos imprevistos

• adoção de política tributária previsível e estáveladoção de política tributária previsível e estável

• transparência na elaboração e divulgação dos documentos transparência na elaboração e divulgação dos documentos orçamentários e contábeis, em linguagem simples e objetivaorçamentários e contábeis, em linguagem simples e objetiva

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• Tratado de Maastricht: obedece os princípios de uma confederação, estabelecendo critérios de convergência.

• Há metas e punições em protocolos.

• Admite desvios desde que mantida a tendência de ajuste.

• Os estados membros conduzem, com relativa independência, suas próprias políticas, que devem convergir para os critérios acordados.

EXPERIÊNCIA INTERNACIONALEXPERIÊNCIA INTERNACIONAL

Comunidade Econômica Européia (1992)Comunidade Econômica Européia (1992)

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• Legislação contempla apenas o Governo Federal; cada unidade da Federação possui regras próprias.

• No caso do Governo Federal, o Congresso fixa ex-ante metas de superávit e mecanismos de controle dos gastos: sequestration e pay as you go.

Fiscal Fiscal Responsibility ActResponsibility Act - Nova Zelândia (1994) - Nova Zelândia (1994)• Parlamento fixa critérios de desempenho de forma genérica.

• Transparência se sobrepõe à rigidez das regras.

• Executivo tem liberdade para orçar e gastar, desde que com amplo e estrito acompanhamento.

EXPERIÊNCIA INTERNACIONALEXPERIÊNCIA INTERNACIONAL

Budget Enforcement Act - EUA(1990)Budget Enforcement Act - EUA(1990)

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• Metas fiscaisMetas fiscais

• Mecanismo de compensação para:Mecanismo de compensação para:

renúncia de receitarenúncia de receita

geração de despesas de caráter continuadogeração de despesas de caráter continuado

• Limites para despesa com pessoal, por Poder Limites para despesa com pessoal, por Poder revoga Lei Camata revoga Lei Camata IIII

• Limites para estoques da dívida consolidada e da dívida mobiliáriaLimites para estoques da dívida consolidada e da dívida mobiliária

• ““Regra de ouro” (contratação de operações de crédito)Regra de ouro” (contratação de operações de crédito)

• Regras para administração financeira e patrimonial:Regras para administração financeira e patrimonial:

contratação de AROScontratação de AROS

concessão de garantiasconcessão de garantias

inscrição em restos a pagarinscrição em restos a pagar

VARIÁVEIS-CHAVE DE CONTROLE: FOCO NA INTER-TEMPORALIDADEVARIÁVEIS-CHAVE DE CONTROLE: FOCO NA INTER-TEMPORALIDADE

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OBJETIVOS E METAS FISCAIS (União, Estados e Municípios)OBJETIVOS E METAS FISCAIS (União, Estados e Municípios)

• LDO:LDO:

Anexo de Metas Fiscais Anexo de Metas Fiscais metas trienais para receitas, despesas, metas trienais para receitas, despesas, resultados nominal e primário e dívida pública; avaliação do cumprimento resultados nominal e primário e dívida pública; avaliação do cumprimento das metas no ano anteriordas metas no ano anterior

Evolução do patrimônio líquido, origem e aplicação dos recursos da Evolução do patrimônio líquido, origem e aplicação dos recursos da privatizaçãoprivatização

Avaliação da situação financeira e atuarial da previdência e de fundosAvaliação da situação financeira e atuarial da previdência e de fundos

Anexo de Riscos fiscais Anexo de Riscos fiscais avaliação de passivos contingentes e outros avaliação de passivos contingentes e outros riscos. riscos.

• LOA:LOA:

reserva de contingência, como % da RCL, para atender a passivos reserva de contingência, como % da RCL, para atender a passivos contingentes e outros riscos e eventos imprevistos. contingentes e outros riscos e eventos imprevistos.

1. Processo Orçamentário 1. Processo Orçamentário planejamento planejamento

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METAS FISCAMETAS FISCAIIS DS DOO GO GOVVERNO FEDERALERNO FEDERAL2001-2004 (% PIB)2001-2004 (% PIB)

MetasMetas 20012001 20022002 20032003 20042004

Resultado PrimResultado Primááriorio 2,602,60 2,002,00 2,002,00 2,002,00

Resultado NominalResultado Nominal -1,28-1,28 2,062,06 1,331,33 1,301,30

Dívida públicaDívida pública 28,0228,02 30,3230,32 30,5530,55 30,1830,18

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EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA (União, Estados e EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA E FINANCEIRA (União, Estados e Municípios) Municípios) Mecanismo de compensação e de correção de desviosMecanismo de compensação e de correção de desvios

• Programação financeira mensal e metas de arrecadação Programação financeira mensal e metas de arrecadação bimestrais: um mês depois de publicado o orçamentobimestrais: um mês depois de publicado o orçamento

• Relatório Resumido de Execução Orçamentária: a cada 2 mesesRelatório Resumido de Execução Orçamentária: a cada 2 meses

• Corte automático: Se previsto o não cumprimento das metas de Corte automático: Se previsto o não cumprimento das metas de resultado primário ou nominal, a cada 2 meses, será obrigatória a resultado primário ou nominal, a cada 2 meses, será obrigatória a limitação de empenho e movimentação financeira, por Poderlimitação de empenho e movimentação financeira, por Poder

• Como ? Os Poderes devem participar do contingenciamento nos Como ? Os Poderes devem participar do contingenciamento nos termos da LDO (caput do art. 9º): ressalvadas as despesas termos da LDO (caput do art. 9º): ressalvadas as despesas incomprimíveis e as que a LDO determinar.incomprimíveis e as que a LDO determinar.

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DISCIPLINA FISCAL NA FEDERADISCIPLINA FISCAL NA FEDERAÇÃOÇÃO

DistribuDistribuiçãoição 1990-19941990-1994 1995-19981995-1998 19991999 20002000

Resultado PrimResultado Primááriorio -2,8-2,8 0,20,2 3,13,1 4,24,2

Governo FederalGoverno Federal -1,5-1,5 -0,3-0,3 2,32,3 2,82,8

Estados e MunicípiosEstados e Municípios -0,6-0,6 0,40,4 0,20,2 1,01,0

EmpresasEmpresas -0,6-0,6 0,10,1 0,60,6 0,40,4

FFoonte: Giambiagi, Fábio (BNDES, 1999), MF nte: Giambiagi, Fábio (BNDES, 1999), MF ee MP. MP.

Resultados FiscaResultados Fiscaiis: 1990-1998 s: 1990-1998 ee 1999-2000 (% PIB) 1999-2000 (% PIB)

MMéédia Anualdia Anual ResultadosResultados

20012001

3,0 *3,0 *

* previsão* previsão

Meta ouMeta ouPrevisãoPrevisão

2,62,6

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SUPERÁVIT PRIMÁRIO E DÉFICIT NOMINALSUPERÁVIT PRIMÁRIO E DÉFICIT NOMINAL (% PIB) (% PIB)

(10,00)

(5,00)

-

5,00

10,00

15,00

Déficit Nominal (%)

do PIB

Superávit Primário

(%) do PIB

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• Anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção em caráter não Anistia, remissão, subsídio, crédito presumido, isenção em caráter não geral, alteração de alíquota ou modificação da base de cálculo que geral, alteração de alíquota ou modificação da base de cálculo que implique redução de tributos ou contribuições (exceto II, IE, IPI e IOF)implique redução de tributos ou contribuições (exceto II, IE, IPI e IOF)

• Toda renúncia deve:Toda renúncia deve:

estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro estar acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro por 3 anos, epor 3 anos, e

demonstrar que foi considerada na estimativa de receita da lei demonstrar que foi considerada na estimativa de receita da lei orçamentária e não afetará as metas previstas na LDO, ouorçamentária e não afetará as metas previstas na LDO, ou

ser compensada por aumento de receita proveniente de elevação de ser compensada por aumento de receita proveniente de elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição.tributo ou contribuição.

• LDO e LOA conterão demonstrativo da estimativa e medidas de LDO e LOA conterão demonstrativo da estimativa e medidas de compensação da renúncia.compensação da renúncia.

MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)

1. Renúncia de receita:1. Renúncia de receita:

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GERAÇÃO DE DESPESAS EM GERAL (ART. 16)GERAÇÃO DE DESPESAS EM GERAL (ART. 16)

• Reforça a ordem orçamentária e financeira estabelecida pela Reforça a ordem orçamentária e financeira estabelecida pela

CF, Lei 4.320 e Lei 8.666/93: CF, Lei 4.320 e Lei 8.666/93:

PPA PPA LDO LDO LOA LOA

LICITAÇÃOLICITAÇÃO

EMPENHO EMPENHO LIQUIDAÇÃO LIQUIDAÇÃO PAGAMENTO PAGAMENTO

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• Todo aumento de despesa decorrente de criação, expansão ou Todo aumento de despesa decorrente de criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental deverá: (art.16)aperfeiçoamento de ação governamental deverá: (art.16)

estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro estar acompanhado de estimativa do impacto orçamentário-financeiro por 3 anos, epor 3 anos, e

demonstrar que tem adequação com o orçamento e é compatível com demonstrar que tem adequação com o orçamento e é compatível com PPA e LDOPPA e LDO

• Se for despesa Se for despesa obrigatória de caráter continuadoobrigatória de caráter continuado (obrigação legal de (obrigação legal de execução por mais de 2 anos) deverá: (art.17)execução por mais de 2 anos) deverá: (art.17)

ser compensada por aumento permanente de receita ou redução ser compensada por aumento permanente de receita ou redução permanente de despesa permanente de despesa

• LOA conterá demonstrativo das medidas de compensação de despesa LOA conterá demonstrativo das medidas de compensação de despesa obrigatória de caráter continuado.obrigatória de caráter continuado.

MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)

2. Geração de despesas obrigatórias de caráter continuado:2. Geração de despesas obrigatórias de caráter continuado:

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MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)

• O mecanismo de compensação O mecanismo de compensação nãonão abrange: abrange: despesas de capital despesas de capital despesas de custeio e investimento que não geram obrigaçãodespesas de custeio e investimento que não geram obrigação

legal por mais de 2 exercícios legal por mais de 2 exercícios serviço da dívida serviço da dívida reajustes salariais geraisreajustes salariais gerais no caso da seguridade social: nem aumento vegetativo no caso da seguridade social: nem aumento vegetativo

dos beneficiários, nem manutenção do valor real do benefício. dos beneficiários, nem manutenção do valor real do benefício.

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• Para quem não instituir, prever e arrecadar impostos de sua Para quem não instituir, prever e arrecadar impostos de sua competência competência suspensão de transferências voluntárias. suspensão de transferências voluntárias.

• Para quem não cumprir o mecanismo de compensação de Para quem não cumprir o mecanismo de compensação de despesas despesas a geração de despesa ou assunção de obrigação a geração de despesa ou assunção de obrigação serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio públicopatrimônio público

MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)MECANISMO DE COMPENSAÇÃO (“PAY AS YOU GO”)

3. Sanções3. Sanções

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DESPESAS COM PESSOALDESPESAS COM PESSOAL

• Limites para cada esfera da federação, por Poder (tabela).Limites para cada esfera da federação, por Poder (tabela).

• O “limite prudencial”: 95% do máximoO “limite prudencial”: 95% do máximo

• Por 3 anos, a contar da vigência da LRF:Por 3 anos, a contar da vigência da LRF:

Despesa de pessoal de cada Poder não poderá exceder a do exercício Despesa de pessoal de cada Poder não poderá exceder a do exercício anterior + 10% em % da RCLanterior + 10% em % da RCL

Despesa com Serviços de Terceiros não poderá exceder a do Despesa com Serviços de Terceiros não poderá exceder a do exercício anterior em % da RCL.exercício anterior em % da RCL.

• A entrega aos Poderes de recursos financeiros correspondentes à despesa A entrega aos Poderes de recursos financeiros correspondentes à despesa com pessoal será a resultante dos limites.com pessoal será a resultante dos limites.

• Proibidas transferências voluntárias entre os entes da federação para Proibidas transferências voluntárias entre os entes da federação para pagamento de pessoalpagamento de pessoal

1. Limites1. Limites

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DESPESAS COM PESSOAL NA NOVA LEI CAMATA E NA LRFDESPESAS COM PESSOAL NA NOVA LEI CAMATA E NA LRF

LRF

UNIÃO 50,0

Executivo 40,9 GDF e Ex-territórios

0,6Demais

3,0

MPU 37,9

Legislativo 2,5 Judiciário 6,0ESTADOS 60,0 Executivo 49,0 Ministério Público 2,0 Legislativo 3,0 Judiciário 6,0MUNICÍPIOS 60,0

Executivo 54,0

Legislativo 6,0

(1) Conforme Projeto de Lei. Receita Corrente Líquida inclui Tributária, Transferências Correntes Líquidas, Serviços, Patrimonial, etc.

ESFERA DE GOVERNO / PODER% Receita Corrente Líquida (1)

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DESPESAS COM PESSOALDESPESAS COM PESSOAL

• Excedidos 95% do limite máximo, ficam suspensos:Excedidos 95% do limite máximo, ficam suspensos:

concessão de novas vantagens ou aumento de remuneraçãoconcessão de novas vantagens ou aumento de remuneração

criação de cargos e novas admissões, ressalvada a reposição das criação de cargos e novas admissões, ressalvada a reposição das áreas de educação, saúde e segurançaáreas de educação, saúde e segurança

contratação de hora extracontratação de hora extra

• Ultrapassado o limite máximo no quadrimestre, o excedente deve ser Ultrapassado o limite máximo no quadrimestre, o excedente deve ser eliminado em 2 quadrimestres (sendo 1/3 no 1º). eliminado em 2 quadrimestres (sendo 1/3 no 1º).

• Regra transitóriaRegra transitória: nos 2 exercícios subseqüentes ao da entrada em vigor : nos 2 exercícios subseqüentes ao da entrada em vigor da LRF da LRF no mínimo, 50% do excedente no primeiro ano no mínimo, 50% do excedente no primeiro ano

2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios

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DESPESAS COM PESSOALDESPESAS COM PESSOAL

• Enquanto perdurar o excesso, ou se houver excesso no 1º. quadrimestre Enquanto perdurar o excesso, ou se houver excesso no 1º. quadrimestre do último ano de mandato, ficam suspensas:do último ano de mandato, ficam suspensas:

transferências voluntáriastransferências voluntárias

obtenção de garantiasobtenção de garantias

contratação de operações de crédito, exceto para refinanciamento da contratação de operações de crédito, exceto para refinanciamento da dívida e redução das despesas com pessoaldívida e redução das despesas com pessoal

• É nulo de pleno direito o ato que:É nulo de pleno direito o ato que:

não atender ao mecanismo de compensaçãonão atender ao mecanismo de compensação

não atender ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas não atender ao limite legal de comprometimento aplicado às despesas com pessoal inativo.com pessoal inativo.

aumentar despesa de pessoal 180 dias antes do final do mandato.aumentar despesa de pessoal 180 dias antes do final do mandato.

3. Sanções3. Sanções

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ESTOQUE DA DÍVIDAESTOQUE DA DÍVIDA

• Para a dívida consolidada: fixado pelo Senado por proposta do Poder Para a dívida consolidada: fixado pelo Senado por proposta do Poder Executivo Executivo

• Para a dívida mobiliária federal: fixado pelo Congresso por proposta do Para a dívida mobiliária federal: fixado pelo Congresso por proposta do Poder Executivo Poder Executivo

• 90 dias após a publicação da LRF, podendo ser revistos anualmente e a 90 dias após a publicação da LRF, podendo ser revistos anualmente e a qualquer tempo, em razão de instabilidade econômica ou alteração nas qualquer tempo, em razão de instabilidade econômica ou alteração nas políticas monetária ou cambialpolíticas monetária ou cambial

• No conceito bruto ou líquido, em % da Receita Corrente LíquidaNo conceito bruto ou líquido, em % da Receita Corrente Líquida

• Para cada esfera de governo, aplicados igualmente a todos os entesPara cada esfera de governo, aplicados igualmente a todos os entes

1. Limites máximos1. Limites máximos

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Limite proposto

Endividamento atual Vigência Trajetória

União 3,5 3,45 (*) Imediata -

Estados 2 1,56 15 anos Redução da razão de endividamento, a cada ano, em 1/15 do excedente inicial.

Municípios 1,2 0,97 (**) 15 anos Redução da razão de endividamento, a cada ano, em 1/15 do excedente inicial.

(*) Incorporados aporte futuro ao Banco Central, para fins de execução de política monetária e a novação de passivos já reconhecidos

PROPOSTA PARA LIMITES DE ENDIVIDAMENTOPROPOSTA PARA LIMITES DE ENDIVIDAMENTO

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• Vencido o prazo de retorno ao limite máximo e enquanto perdurar o Vencido o prazo de retorno ao limite máximo e enquanto perdurar o excesso:excesso: veda recebimento de transferências voluntárias da União ou do veda recebimento de transferências voluntárias da União ou do

Estado.Estado.

ESTOQUE DA DÍVIDAESTOQUE DA DÍVIDA

2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios

Se ultrapassados os limites máximos: Se ultrapassados os limites máximos: Deve retornar a ele em até 3 quadrimestres, sendo 25% no 1º.Deve retornar a ele em até 3 quadrimestres, sendo 25% no 1º. Enquanto perdurar o excesso, ou se exceder o limite no 1º. Enquanto perdurar o excesso, ou se exceder o limite no 1º.

quadrimestre do último ano de mandato:quadrimestre do último ano de mandato:• veda realização de operação de crédito, inclusive ARO, exceto veda realização de operação de crédito, inclusive ARO, exceto

refinanciamento de dívida mobiliáriarefinanciamento de dívida mobiliária

3. Sanções3. Sanções

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• Enquanto não cumprir essa exigência, veda:Enquanto não cumprir essa exigência, veda:

transferências voluntáriastransferências voluntárias

obtenção de garantiasobtenção de garantias

contratação de operações de crédito, exceto para refinanciamento da contratação de operações de crédito, exceto para refinanciamento da dívida e redução das despesas com pessoaldívida e redução das despesas com pessoal

OPERAÇÕES DE CRÉDITOOPERAÇÕES DE CRÉDITO

1. “Regra de ouro”1. “Regra de ouro”

• Regulamenta regra já prevista na CF - operações de créditoRegulamenta regra já prevista na CF - operações de créditonão podem superar as despesas de capitalnão podem superar as despesas de capital

2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios

• Cancelamento da operação, amortização ou constituição de reservaCancelamento da operação, amortização ou constituição de reserva

3. Sanções 3. Sanções

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Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão

• Veda concessão de qualquer novo crédito de um ente em favor de Veda concessão de qualquer novo crédito de um ente em favor de outro, ainda que para refinanciamento ou postergação de dívidaoutro, ainda que para refinanciamento ou postergação de dívida

• Veda financiamento de qualquer ente da Federação junto ao Banco Veda financiamento de qualquer ente da Federação junto ao Banco Central, mesmo que através de venda ou permuta de títulosCentral, mesmo que através de venda ou permuta de títulos

• Veda à instituição financeira estatal conceder financiamento ao Veda à instituição financeira estatal conceder financiamento ao ente da Federação que a controle.ente da Federação que a controle.

OPERAÇÕES DE CRÉDITOOPERAÇÕES DE CRÉDITO

4. Financiamento intergovernamental4. Financiamento intergovernamental

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1. Emissão de títulos1. Emissão de títulos

• Vedada a partir de dois anos da publicação da LRFVedada a partir de dois anos da publicação da LRF

• A dívida do BC passa a fazer parte da dívida da União para efeito dos A dívida do BC passa a fazer parte da dívida da União para efeito dos limiteslimites

BANCO CENTRALBANCO CENTRAL

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2. Orçamento2. Orçamento

• Integram as despesas da União: pessoal e encargos sociais, custeio Integram as despesas da União: pessoal e encargos sociais, custeio administrativo, benefícios e assistência aos servidores e investimentos. administrativo, benefícios e assistência aos servidores e investimentos.

• Demonstrados trimestralmente: o custo fiscal das operações, da Demonstrados trimestralmente: o custo fiscal das operações, da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da remuneração das disponibilidades do Tesouro Nacional e da manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de manutenção das reservas cambiais e a rentabilidade de sua carteira de títulos.títulos.

• Resultado, se positivo, transferido semestralmente e, se negativo, Resultado, se positivo, transferido semestralmente e, se negativo, consignado em dotação específica no orçamento da União.consignado em dotação específica no orçamento da União.

• LDO terá anexo específico com os objetivos das políticas monetária, LDO terá anexo específico com os objetivos das políticas monetária, creditícia e cambial, metas de inflação e projeções para principais creditícia e cambial, metas de inflação e projeções para principais agregados e variáveis agregados e variáveis Semestralmente, BC faz avaliação no Semestralmente, BC faz avaliação no Congresso e mostra custo fiscal.Congresso e mostra custo fiscal.

BANCO CENTRALBANCO CENTRAL

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OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA OPERAÇÕES DE CRÉDITO POR ANTECIPAÇÃO DE RECEITA ORÇAMENTÁRIA (ARO)ORÇAMENTÁRIA (ARO)

1. Restrições 1. Restrições

• Descumprido o limite, veda transferências voluntárias.Descumprido o limite, veda transferências voluntárias.

• Só pode ser contratada a partir do dia 10 de janeiro de cada ano e deve ser Só pode ser contratada a partir do dia 10 de janeiro de cada ano e deve ser integralmente liquidada até o dia 10 de dezembro de cada ano.integralmente liquidada até o dia 10 de dezembro de cada ano.

• Está proibida no último ano de mandato.Está proibida no último ano de mandato.

2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios2. Mecanismos de compensação e de correção de desvios

• Está proibida ARO enquanto existir operação anterior não integralmente Está proibida ARO enquanto existir operação anterior não integralmente resgatada.resgatada.

3. Sanções3. Sanções

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Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão

• Exige-se contragarantia em valor igual ou superior à garantia prestada e Exige-se contragarantia em valor igual ou superior à garantia prestada e adimplência do tomador em relação ao garantidor.adimplência do tomador em relação ao garantidor.

• No caso de operação externa, deve atender às demais exigências para No caso de operação externa, deve atender às demais exigências para recebimento de transferências voluntárias.recebimento de transferências voluntárias.

• Vedada ao BC a concessão de garantia a qualquer ente da FederaçãoVedada ao BC a concessão de garantia a qualquer ente da Federação

2. Sanção 2. Sanção

• O ente cuja dívida tiver sido honrada pela União ou Estado, terá O ente cuja dívida tiver sido honrada pela União ou Estado, terá suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a liquidação suspenso o acesso a novos créditos ou financiamentos até a liquidação da dívida.da dívida.

CONCESSÃO DE GARANTIASCONCESSÃO DE GARANTIAS

1. Restrições1. Restrições

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• Nos dois últimos quadrimestres do último ano de mandato, é Nos dois últimos quadrimestres do último ano de mandato, é vedado contrair obrigação de despesa que não possa ser paga no vedado contrair obrigação de despesa que não possa ser paga no mesmo exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no mesmo exercício, ou que tenha parcelas a serem pagas no exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de exercício seguinte sem que haja suficiente disponibilidade de caixa.caixa.

INSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGARINSCRIÇÃO EM RESTOS A PAGAR

1. Limites1. Limites

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FLEXIBILIZAÇÃO DE PRAZOS DE ENQUADRAMENTOFLEXIBILIZAÇÃO DE PRAZOS DE ENQUADRAMENTO

Em caso de crescimento econômico negativo ou inferior a 1% nos Em caso de crescimento econômico negativo ou inferior a 1% nos quatro últimos trimestres ou de calamidade pública, estado de quatro últimos trimestres ou de calamidade pública, estado de defesa ou de sítio:defesa ou de sítio:

• Fica suspensa a contagem dos prazos para enquadramento aos limites:Fica suspensa a contagem dos prazos para enquadramento aos limites: do estoque da dívidado estoque da dívida das despesas com pessoaldas despesas com pessoal das despesas com pessoal dos Poderes (transitória)das despesas com pessoal dos Poderes (transitória)

• Fica dispensado o atingimento de metas fiscais e o corte automáticoFica dispensado o atingimento de metas fiscais e o corte automático

Em caso de mudanças drásticas na condução das políticas Em caso de mudanças drásticas na condução das políticas monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal:monetária e cambial, reconhecidas pelo Senado Federal:

• Fica ampliado o prazo para enquadramento aos limites do estoque Fica ampliado o prazo para enquadramento aos limites do estoque da dívida em até quatro quadrimestres.da dívida em até quatro quadrimestres.

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OS PEQUENOS MUNICÍPIOSOS PEQUENOS MUNICÍPIOS

ITENS DA LEIITENS DA LEI REGRA GERALREGRA GERAL PEQUENOS MUNICÍPIOSPEQUENOS MUNICÍPIOS

A cada 4 meses (a partir da publicação da A cada 4 meses (a partir da publicação da LRF).LRF).

A partir de 2005.A partir de 2005.

A cada 6 meses ( a partir da A cada 6 meses ( a partir da publicação da LRF).publicação da LRF).

A cada 4 meses (a partir de 2006).A cada 4 meses (a partir de 2006).

Já em vigor, a cada 2 meses (novo Já em vigor, a cada 2 meses (novo formato a partir da publicação da formato a partir da publicação da LRF).LRF).A cada 4 meses.A cada 4 meses.

A cada 6 meses .A cada 6 meses .

• Anexo de Riscos FiscaisAnexo de Riscos Fiscais

• Cálculo dos limites de pessoal e Cálculo dos limites de pessoal e dívidadívida

Na primeira LDO a partir da publicação Na primeira LDO a partir da publicação da LRF.da LRF.

A cada 4 meses (a partir da publicação A cada 4 meses (a partir da publicação da LRF).da LRF).A cada 4 meses (a partir do exercício A cada 4 meses (a partir do exercício seguinte ao da primeira LDO aprovada seguinte ao da primeira LDO aprovada sob a vigência da LRF).sob a vigência da LRF).

Já em vigor, a cada 2 meses (novo Já em vigor, a cada 2 meses (novo formato a partir da publicação da LRF).formato a partir da publicação da LRF).

A cada 2 meses ( a partir da publicação A cada 2 meses ( a partir da publicação da LRF). da LRF). ..

• Avaliação das metas fiscaisAvaliação das metas fiscais

RELATÓRIOSRELATÓRIOS

• Relatório Resumido de Execução Relatório Resumido de Execução OrçamentáriaOrçamentária

• Demonstrativo do Relatório Demonstrativo do Relatório ResumidoResumido

• Relatório de Gestão FiscalRelatório de Gestão Fiscal

LIMITESLIMITES

LDOLDO• Anexo de Metas Fiscais para o Anexo de Metas Fiscais para o

triêniotriênio

(menos de 50 mil habitantes, cerca de 90% dos municípios do País)(menos de 50 mil habitantes, cerca de 90% dos municípios do País)

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TRANSPARÊNCIA FISCALTRANSPARÊNCIA FISCAL

1. Abrangência e Escrituração das Contas1. Abrangência e Escrituração das Contas

• Toda a administração pública, direta, autárquica e fundacional, e as Toda a administração pública, direta, autárquica e fundacional, e as empresas estatais dependentes de recursos do Tesouro, de todos empresas estatais dependentes de recursos do Tesouro, de todos os entes da federação.os entes da federação.

• Despesa registrada em regime de competênciaDespesa registrada em regime de competência

• Receitas e despesas da previdência em contas separadas das Receitas e despesas da previdência em contas separadas das demaisdemais

• Normas gerais para consolidação das contas públicas definida por Normas gerais para consolidação das contas públicas definida por Conselho de Gestão Fiscal ou, enquanto não constituído, por Conselho de Gestão Fiscal ou, enquanto não constituído, por órgão central de contabilidade da Uniãoórgão central de contabilidade da União

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TRANSPARÊNCIA FISCALTRANSPARÊNCIA FISCAL

• Municípios consolidam suas contas e encaminham ao Estado e à Municípios consolidam suas contas e encaminham ao Estado e à União até 30 de abril União até 30 de abril Estados consolidam suas contas e Estados consolidam suas contas e encaminham à União até 31 de maio encaminham à União até 31 de maio União consolida as suas União consolida as suas contas e de todos os entes da federação contas e de todos os entes da federação divulga até o dia 30 de divulga até o dia 30 de junho.junho.

2. Divulgação anual das contas2. Divulgação anual das contas

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TRANSPARÊNCIA FISCALTRANSPARÊNCIA FISCAL

• Bimestral, conterá, entre outros:Bimestral, conterá, entre outros: apuração da receita corrente líquidaapuração da receita corrente líquida receitas e despesas previdenciáriasreceitas e despesas previdenciárias restos a pagarrestos a pagar projeções atuariais dos regimes de previdênciaprojeções atuariais dos regimes de previdência variação patrimonial, evidenciando a aplicação dos recursos de variação patrimonial, evidenciando a aplicação dos recursos de

alienação de ativosalienação de ativos justificativa de limitação de empenhojustificativa de limitação de empenho

3. Relatório Resumido da Execução Orçamentária3. Relatório Resumido da Execução Orçamentária

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Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão

• Quadrimestral, assinado pelos Chefes dos Poderes de cada ente e Quadrimestral, assinado pelos Chefes dos Poderes de cada ente e autoridades responsáveis, conterá:autoridades responsáveis, conterá: comparativo dos montantes com os limites de pessoal, de dívida, comparativo dos montantes com os limites de pessoal, de dívida,

operações de crédito, AROs e garantias.operações de crédito, AROs e garantias. indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, se

ultrapassados os limitesultrapassados os limites demonstrativos das disponibilidades de caixa e da inscrição em demonstrativos das disponibilidades de caixa e da inscrição em

restos a pagarrestos a pagar• Publicado até 30 dias após.Publicado até 30 dias após.

4. Relatório de Gestão Fiscal4. Relatório de Gestão FiscalTRANSPARÊNCIA FISCALTRANSPARÊNCIA FISCAL

• Para descumprimento de prazos para divulgação anual, o Relatório Para descumprimento de prazos para divulgação anual, o Relatório Resumido de Execução Orçamentária, e o Relatório de Gestão Fiscal:Resumido de Execução Orçamentária, e o Relatório de Gestão Fiscal: veda transferências voluntáriasveda transferências voluntárias veda operações de crédito, exceto para refinanciamento da dívida veda operações de crédito, exceto para refinanciamento da dívida

mobiliária.mobiliária.

5. Sanções5. Sanções

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• Amplo acesso público inclusive por meio eletrônico.Amplo acesso público inclusive por meio eletrônico.

• Participação popular no processo orçamentário.Participação popular no processo orçamentário.

• Quadrimestralmente, o Poder Executivo avalia cumprimento de metas Quadrimestralmente, o Poder Executivo avalia cumprimento de metas fiscais em audiência pública.fiscais em audiência pública.

• Ministério da Fazenda divulgará mensalmente, em meio eletrônico, a Ministério da Fazenda divulgará mensalmente, em meio eletrônico, a relação dos entes que ultrapassaram os limites máximos para dívida.relação dos entes que ultrapassaram os limites máximos para dívida.

• Controle social no processo democrático + controle interno e TCU/E, Controle social no processo democrático + controle interno e TCU/E, depois Legislativo/Judiciário/MP + controle pelo mercado ( premia depois Legislativo/Judiciário/MP + controle pelo mercado ( premia adimplentes com crédito)adimplentes com crédito)

6. Controle social e de mercado6. Controle social e de mercado

TRANSPARÊNCIA FISCALTRANSPARÊNCIA FISCAL

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Ministério do Planejamento, Orçamento e GestãoMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão

PENALIDADES PESSOAIS (LEI 10.028/00)PENALIDADES PESSOAIS (LEI 10.028/00)

• Entrou em vigor em 20 de outubro de 2000.Entrou em vigor em 20 de outubro de 2000.

• Todo cidadão é parte legítima para denunciar, configurando crime a Todo cidadão é parte legítima para denunciar, configurando crime a denúncia infundada.denúncia infundada.

• Alcança os responsáveis dos 3 Poderes no que lhes couber.Alcança os responsáveis dos 3 Poderes no que lhes couber.

• Punições: perda de cargo, inabilitação para exercício de função, cargo ou Punições: perda de cargo, inabilitação para exercício de função, cargo ou emprego público por 5 anos, detenção ou reclusão e multa.emprego público por 5 anos, detenção ou reclusão e multa.

• Em vários casos, pune administradores pela omissão (i.e., não pelo Em vários casos, pune administradores pela omissão (i.e., não pelo desvio mas por não tomar medidas para corrigir desvios)desvio mas por não tomar medidas para corrigir desvios)

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Instituto de Ciências da Sociedade de Macaé - UFF

Departamento de Direito

SÔNIA BARROSO BRANDÃO SOARES

Tel: (55 22) 27962572

e-mail: [email protected]