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MINIST É RIO P Ú BLICO DA UNI ÃO AUDITORIA INTERNA SECRETARIA DE ORIENTAÇÃ O E AVALIA ÇÃO PARECER SEORI /AUDIN - MPU N ° 2.547/ 2014 Refer ê ncia : Correio eletr ó nico , de 19 / 8 / 2014 . Protocolo AUDIN- MPU n ° 1.516 / 2014. Assunto : Tributá rio. Reten çã o de tributos de MEI e optantes do Simples Nacional. Interessado : Procuradoria Regional do Trabalho da 5 a Regi ão - BA . O Diretor Regional da Procuradoria Regional do Trabalho da 5 a Regi ã o , haja vista recentes altera çõ es da Lei Complementar n ° 123 / 2006 , a vigorar a partir do ano de 2015 , encaminha diversos questionamentos acerca das retençõ es de impostos e contribui çõ es a serem efetuadas por ocasi ão de eventuais pagamentos . 2 . Em exame, com intuito de facilitar a compreensã o , trataremos abaixo das quest õ es apresentadas individualmente: 3 . 1 . É obrigat ória a retenção de contribui ção previdenci á ria e recolhimento de encargo patronal para os optantes MEI ? Se sim , quais as aliquotas , qua! o có digo de reten çã o e a base de cálculo? 3 . 4 . O contratante de MEI est á dispensado da reten çã o de 11 % , referente à contribuição previdenci á ria , com base no art . 18 - A , § 3 o , da Lei Complementar n ° 123 / 2006 , alterada pela Lei Complementar n ° 128 / 2008 , e Resolu ção CGSN n ° 94 / 2011 , art . 92 e art . 94 , IV . Vejamos : LEI COMPLEMENTAR N ° 123/ 2006 Art . 18 -A. O Microempreendedor Individual - MEI poder á optar pelo recolhimento dos impostos e contribui ções abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais , independentemente da receita bruta por ele auferida no m ês , na forma prevista neste artigo . § 10 Para os efeitos desta Lei , considera- se MEI o empresá rio individual a que se refere art . 966 da Lei n ° 10.406 , de 10 de janeiro de 2002 - C ó digo Civil , que tenha auferido receita bruta, no ano- calend á rio anterior , de at é RS 36.000, 00 ( trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e que n ão esteja impedido de optar pela sistem á tica prevista neste artigo. § 2 o No caso de in ício de atividades , o limite de que trata o § Io deste artigo ser á de RS 3.000 , 00 ( três mil reais) multiplicados pelo n ú mero de meses compreendido entre o iní cio da atividade e o final do respectivo ano - calendá rio , consideradas as fra ções de meses como um m ês 1 / 7 MA02547 - RetencaoMEI - Sup

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MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃOAUDITORIA INTERNA

SECRETARIA DE ORIENTAÇÃO E AVALIAÇÃO

PARECER SEORI/AUDIN-MPU N° 2.547/2014

Referência : Correio eletrónico, de 19/8/2014. Protocolo AUDIN-MPU n° 1.516/2014.Assunto : Tributário. Retenção de tributos de MEI e optantes do Simples Nacional.Interessado : Procuradoria Regional do Trabalho da 5a Região- BA.

O Diretor Regional da Procuradoria Regional do Trabalho da 5a Região, hajavista recentes alterações da Lei Complementar n° 123/2006, a vigorar a partir do ano de 2015,encaminha diversos questionamentos acerca das retenções de impostos e contribuições aserem efetuadas por ocasião de eventuais pagamentos.

2. Em exame, com intuito de facilitar a compreensão, trataremos abaixo dasquestões apresentadas individualmente:

3. 1. É obrigatória a retenção de contribuição previdenciária e recolhimento deencargo patronal para os optantes MEI? Se sim, quais as aliquotas, qua! o código deretenção e a base de cálculo?

3.

4. O contratante de MEI está dispensado da retenção de 11%, referente àcontribuição previdenciária, com base no art. 18-A, § 3o, da Lei Complementar n° 123/2006,alterada pela Lei Complementar n° 128/2008, e Resolução CGSN n° 94/2011, art. 92 e art. 94,IV. Vejamos:

LEI COMPLEMENTAR N° 123/2006

Art. 18-A. O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelorecolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo SimplesNacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta porele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.

§ 10 Para os efeitos desta Lei, considera-se MEI o empresário individual aque se refere art. 966 da Lei n° 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - CódigoCivil, que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de atéRS 36.000,00 (trinta e seis mil reais), optante pelo Simples Nacional e quenão esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo.

§ 2o No caso de início de atividades, o limite de que trata o § Io deste artigoserá de RS 3.000,00 (três mil reais) multiplicados pelo número de mesescompreendido entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês —

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§ 3o Na vigência da opção pela sistemática de recolhimento prevista nocaput deste artigo:I - não se aplica o disposto no § 18 do art. 18 desta Lei Complementar;

II - não se aplica a redução prevista no § 20 do art. 18 desta LeiComplementar ou qualquer dedução na base de cálculo;

III - não se aplicam as isenções específicas para as microempresas eempresas de pequeno porte concedidas pelo Estado, Município ou DistritoFederal a partir de Iode julho de 2007 que abranjam integralmente a faixade receita bruta anual de até RS 36.000,00 (trinta e seis mil reais);

IV - a opção pelo enquadramento como Microempreendedor Individualimporta opção pelo recolhimento da contribuição referida no inciso X do §10 do art. 13 desta Lei Complementar na forma prevista no § 2o do art. 21da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991;V - o Microempreendedor Individual recolherá, na forma regulamentadapelo Comité Gestor, valor fixo mensal correspondente à soma dasseguintes parcelas:a) RS 45,65 (quarenta e cinco reais e sessenta e cinco centavos), a titulo dacontribuição prevista no inciso IV deste parágrafo;b) R$ 1,00 (um real), a título do imposto referido no inciso VII do caput doart. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ICMS; ec) R$ 5,00 (cinco reais), a título do imposto referido no inciso VIII do caputdo art. 13 desta Lei Complementar, caso seja contribuinte do ISS; (grifonosso)

RESOLUÇÃO CGSN N° 94/2011Art. 94. Na vigência da opção pelo SIMEI não se aplicam ao MEI:I - valores fixos que tenham sido estabelecidos por Estado, Município ouDistrito Federal na forma do disposto no § 18 do art. 18 da LeiComplementar n° 123, de 2006; (Lei Complementar n°123, de 2006, art. 18-A, § 3 ° , incisoI)

11 - reduções previstas no § 20 do art. 18 da Lei Complementar n° 123, de2006, ou qualquer dedução na base de cálculo; (Lei Complementar n° 123,de 2006, art. 18-A, § 3 ° , inciso II)III - isenções especificas para as ME e EPP concedidas pelo Estado,Município ou Distrito Federal que abranjam integralmente a faixa dereceita bruta acumulada de até RS 60.000,00 (sessenta mil reais); (LeiComplementar n° 123, de 2006, art. 18-A, § 3 ", inciso III)IV - retenções de ISS sobre os serviços prestados; (Lei Complementar n°123, de 2006, art. 21, § 4 ° , inciso IV)

V - atribuições da qualidade de substiv,,n n“ •n° 123, de 2006, art. 18-A, § 14). (grifo n

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5. No que tange à Cota Previdenciária Patronal (CPP), o recolhimento é devidoexclusivamente para as contratações de prestação de serviços de hidráulica, eletricidade,pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, realizadas pelo MEI,conforme verifica-se no § Io do art. 18-B da Lei Complementar n° 123/2006, na redação dadapela Lei Complementar n°147/2014, in verbis:

LEI COMPLEMENTAR N° 123/2006

Art. 18-B. A empresa contratante de serviços executados por intermédio doMEI mantém, em relação a esta contratação, a obrigatoriedade derecolhimento da contribuição a que se refere o inciso III do caput e o § Iodo art. 22 da Lei n° 8.212, de 24 de julho de 1991, e o cumprimento dasobrigações acessórias relativas à contratação de contribuinte individual.§ Io Aplica-se o disposto neste artigo exclusivamente em relação ao MEIque for contratado para prestar serviços de hidráulica, eletricidade,pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos.(grifo nosso)

6. Destacamos que a CPP relativa ao MEI será devida exclusivamente quando acontratação envolver os serviços elencados no dispositivo legal acima.

7. 1.1 - Na contratação por pregão, inexigibilidade e dispensa, o valor doencargo patronal (se há) comporá o preço, tendo efeito para desempate?

8. Devem constar dos preços todos os encargos e tributos incidentes na prestaçãode serviço. Portanto, nos casos em que está previsto o encargo patronal para o MEI, conformedisposto na LC n° 123/2006 supra, seu valor deverá ser considerado para a obtenção do preçofinal, ou seja, será computado para todos os efeitos, inclusive desempate.9. 1.2. Na contratação de serviços em suprimento de fundos, em que momentoserão recolhidas a contribuição previdenciária ou o encargo patronal? Na competência dodocumento fiscal, ou na comprovação pelo suprido?

10. Conforme anteriormente citado, o contratante de MEI está dispensado daretenção de 11% referentes à contribuição previdenciária. Quanto aos valores relativos aoencargo patronal, deverão ser recolhidos com base na competência do documento fiscal, nosmoldes descritos pelo Manual Siafí código 02.11.21 -Suprimento de Fundos, in litteris:

MANUAL SIAFI CÓDIGO 02.11.2117.8 - Procedimentos para efetuar as retenções e recolhimento decontribuições para INSS e do ISS, conforme itens 10 desta macrofunção:17.8.1 - INSS Patronal item 10.1 - incluir o encargo ENC001 no documentohábil SF com o código de pagamento 2402, informando o número doempenho e subitem da despesa observando as orientações dos itens 3.3.3 e í \

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6.3.2, o campo recolhedor deve ser preenchido com o CNPJ da UG ouÓrgão;

17.8.2- INSS retido sobre os serviços prestados, item 10.2:

17.8.2.1 - Quando o suprido sacar o valor liquido, incluir a deduçãoDGP006 no documento hábil e efetuar o pagamento, observado o prazo noitem 10.1.17.8.2.2 - Quando o suprido sacar o valor bruto e pagar o valor líquidopara o prestador do serviço, e estiver com o valor da retenção sobre suaposse (em mãos ou em conta corrente):- O suprido deve devolver o valor do INSS, parte do prestador de serviço,para a UG através da GRU com o código de 68808-8;

- apropriar o valor a recolher por meio da transação INCDH incluindo umnovo documento SF com a situação "SPF008” ; informar no campo credordo documento o CPF do suprido, não preencher o domicílio bancário, e ovalor será o valor da contribuição; na aba PCO informar a vinculação emque o pagamento será realizado. Essa informação servirá para regularizara vinculação "987" da conta 112160400, lançada no momento da GRU; naaba dedução, incluir a dedução DGP006 com o código 2402 e a fonte emque o pagamento será realizado, para regularizar a fonte 0190000000 daconta 112160400, lançada no momento da GRU. O recolhedor da GPS seráo CNPJ da UG ou Órgão;

11. 1.3 - A opção pelo regime MEI desonera o prestador de serviço da retençãode ISSQN pelo substituto tributário? O tomador deixa de atuar como substituto tributário,ou isso é regido por legislação municipal?

12. No caso específico do Microempreendedor Individual (MEI), optante peloSIMEI, a Lei Complementar n° 123/2006, no inciso V do § 3o do art. 18-A, dispõe sobre orecolhimento do ISSQN, na forma regulamentada pelo Comité Gestor, em valor fixo mensal oque, por consequência, não implicaria em retenção do imposto na fonte. Essa disposiçãoobserva-se, também, na Resolução CGSN n° 94/2011, em seu inciso IV do art. 94, ambosdispositivos já transcritos acima.

13. Portanto, a retenção de ISS, via de regra, não se aplica ao MEI e, dessamaneira, o tomador de serviços não atua como substituto tributário.

14. 1.4 - O contratado é obrigado a apresentar algum documento comprobatórioda opção pelo regime tributário especial, junto ao documento fiscal?

15. Não há previsão nas normas que tratam da matéria sobre eventual documentoque tenha que ser apresentado para fins de comprovação da opção. Dessa forma, a declaraçãodo interessado sobre o regime tributário em que está enquadrado é suficiente, não sendonecessário apresentação de documento específico.

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16. 2. É obrigatória a retenção de contribuição previdenciária e recolhimento deencargo patronal para os optantes SUPERSIMPLES? Se sim, quais as alíquotas, qual ocódigo de retenção e a base de cálculo?

17. Não há recolhimento, por parte da Administração, de ContribuiçãoPrevidenciária Patronal para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - EPP optantespelo Simples Nacional, em razão da natureza do contratado. No que tange à contribuiçãoprevidênciária prevista no art. 31 da Lei n° 8.212/91, observa-se que a IN RFB n° 971/2009,que dispõe sobre normas gerais de tributação previdenciária, estabelece que, via de regra, osserviços prestados mediante a cessão de mão de obra ou empreitada não estão sujeitos à estaretenção, excetuadas as situações expressamente previstas pela norma em referência, inverbis:

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB N° 971/2009

Art. 191. As ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que prestaremserviços mediante cessão de mão de obra ou empreitada não estão sujeitasà retenção referida no art.31 da Lei n° 8.212, de 1991, sobre o valor brutoda nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços emitidos,excetuada:

I - a ME ou a EPP tributada na forma dos Anexos IV e V da LeiComplementar n° 123, de 2006, para os fatos geradores ocorridos até 31 dedezembro de 2008; eII - a ME ou a EPP tributada na forma do Anexo IV da Lei Complementarn° 123, de 2006, para os fatos geradores ocorridos a partir de Io de janeirode 2009.§ Io A aplicação dos incisos 1 e II do caput se restringe às atividadeselencadas nos §§ 2o e 3o do art. 219 do RPS, e, no que couberem, àsdisposições do Capitulo VIII do Título II desta Instrução Normativa.§ 2o A ME ou a EPP que exerça atividades tributadas na forma do AnexoIII, até 31 de dezembro de 2008, e tributadas na forma dos Anexos III e V, apartir de Io de janeiro de 2009, todos da Lei Complementar n° 123, de 2006,estará sujeita à exclusão do Simples Nacional na hipótese de prestação deserviços mediante cessão ou locação de mão de obra, em face do dispostono inciso XII do art. 17 e no § 5°-H do art. 18 da referida LeiComplementar, (grifo nosso)

18. Sobre esse ponto, importante mencionar ainda que a Receita Federal do Brasilexpediu o Ato Declaratório Interpretative RFB n° 8, de 30 de dezembro de 2013, vejamos:

ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO N° 8/2013Art. Io. Os serviços de pintura predial, instalação, manutenção e reparaçãohidráulica, elétrica, sanitária, de gás, de sistemas contra incêndio, deelevadores, de escadas e esteiras rolantes exercidos por microempresa (ME)ou empresa de pequeno porte (EPP) optante pelo Simples Nacional, \

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instituído pela Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, sãotributados pelo Anexo III da Lei Complementar n° 123, de 2006, e nãoestão sujeitos à retenção da contribuição previdenciária prevista no art. 31da Lei n° 8.212, de 1991.

Parágrafo único. Caso a ME ou EPP seja contratada para construir imóvelou executar obra de engenharia em que os serviços de pintura predial einstalação hidráulica, elétrica, sanitária, de gás, de sistemas contraincêndio, de elevadores, de escadas e esteiras rolantes façam parte dorespectivo contrato, sua tributação ocorrerá juntamente com a obra, naforma do Anexo IVda Lei Complementar n° 123, de 2006. (grifo nosso)

19 2.1. Na contratação por pregão, inexigibilidade e dispensa, o valor doencargo patronal (se há) comporá o preço, tendo efeito para desempate?

20. Para as MEs e EPPs optantes pelo Simples Nacional, a CPP (encargo patronal)será recolhida mensalmente pelo contribuinte, sendo, portanto, de responsabilidade dacontratada. Assim, a empresa poderá considerar esse custo na formulação da proposta.

21. 2.2 - Na contratação de serviços em suprimento de fundos, em que momentoserão recolhidas a contribuição previdenciária ou o encargo patronal? Na competência dodocumento fiscal, ou na comprovação pelo suprido?

22. Os valores correspondentes à contribuição previdenciária, quando houver,deverão ser recolhidos, conforme o caso, de acordo com os procedimentos descritos noManual SIAFI, código 02.11.21 - Suprimento de Fundos.

23. 2.3 - A opção pelo regime SUPERSIMPLES desonera o prestador de serviçoda retenção de ISSQN pelo substituto tributário? O tomador deixa de atuar como substitutotributário, ou isso é regido por legislação municipal?

24. Conforme o inc. VIII do art. 13 da LC n° 123/2006, abaixo transcrito, o ISSestá abrangido na forma simplificada de tributação mediante documento único dearrecadação. Desse modo, em regra, a opção pelo Simples desonera o tomador de serviço daretenção do ISS, de acordo com o art. 6o, caput, da Lei Complementar n° 116/2003.

LEI COMPLEMENTAR N° 123/2006Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediantedocumento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:(...)VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS. (grifo nosso)

25. 2.4 - 0 contratado é obrigado a apresentar algum documento comprobatórioda opção pelo regime tributário especial, junto ao documento fiscal?

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26. Em verdade, não há norma determinando a apresentação de qualquerdocumento comprobatório da condição de empresa enquadrada no Simples, sendo bastante adeclaração da empresa. Nada obstante, vale consignar que a comprovação de opção peloSimples Nacional pode ser feita mediante pesquisa na página do Simples em ConsultaOptantes, utilizando-se o CNPJ da empresa que se deseja consultar.

À consideração superior.

Brasília., 6 de novembro de 2014.

MARCIO/^VES DE'ANDRADEAssessor da SEORI

De acordo.À consideração do Senhor Auditor-Chefe.

WJJ QuoMARA SANDRA DE OLIVEIRA

Secretária de Orientação e Avaliação

í„ „ _JOSÉ GERáVDODO E. SANTO SILVA

Coordenaippr le Orientação de Atosdp Gestão

Aprovo.Encaminhe-se à PRT-53 Região e à SEAUD.

Em

SEBASTIÃO GONÇALVES DE AMORIMAuditor-Chefe

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