43
Ministério Público da União Ministério Público da União MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO Procuradoria Regional do Procuradoria Regional do Trabalho Trabalho em Goiás em Goiás Procuradora-Chefe Procuradora-Chefe Jane Araújo dos Santos Vilani Jane Araújo dos Santos Vilani Av. T-63 esquina com Av. T-4, nº.984, Centro Av. T-63 esquina com Av. T-4, nº.984, Centro Comercial Monte Líbano, 1º andar - Setor Comercial Monte Líbano, 1º andar - Setor Bueno - Goiânia - Goiás Bueno - Goiânia - Goiás CEP: 74.230-100 CEP: 74.230-100 Fone: (62) 275-2700 Fone: (62) 275-2700 E-mail: [email protected] E-mail: [email protected]

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Ministério Público da UniãoMinistério Público da UniãoMINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOMINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

Procuradoria Regional do TrabalhoProcuradoria Regional do Trabalhoem Goiásem Goiás

Procuradora-ChefeProcuradora-ChefeJane Araújo dos Santos VilaniJane Araújo dos Santos Vilani

Av. T-63 esquina com Av. T-4, nº.984, Centro Comercial Av. T-63 esquina com Av. T-4, nº.984, Centro Comercial Monte Líbano, 1º andar - Setor Bueno - Goiânia - Goiás Monte Líbano, 1º andar - Setor Bueno - Goiânia - Goiás CEP: 74.230-100CEP: 74.230-100Fone: (62) 275-2700Fone: (62) 275-2700

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O Trabalho do O Trabalho do AdolescenteAdolescente

I - O MINISTÉRIO PÚBLICO DO I - O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO TRABALHO

Formas de Atuação:• Órgão interveniente• Órgão Agente

Áreas prioritárias de atuação como órgão agente:

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O Trabalho do O Trabalho do AdolescenteAdolescente

I - O MINISTÉRIO PÚBLICO I - O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DO TRABALHO a ) a ) erradicação do trabalho infantil e regularização do trabalho do adolescente

b ) b ) eliminação do trabalho escravo

c ) c ) medicina e segurança do trabalho

d ) d ) combate a todas as formas de discriminação (racial, gênero, pessoas portadoras de deficiência )

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O Trabalho do O Trabalho do AdolescenteAdolescente

I - O MINISTÉRIO PÚBLICO DO I - O MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO TRABALHO

e ) e ) (contratação irregular por entes públicos, terceirização, fraude e coação, trabalho rural )

Recebimento de denúncia: instauração de inquérito civil público ( termo de ajustamento de conduta ) e ação civil pública.

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O Trabalho do O Trabalho do AdolescenteAdolescenteII – O TRABALHO DO ADOLESCENTEII – O TRABALHO DO ADOLESCENTE

Uma política pública ideal de emprego do adolescente brasileiro deveria ser composta de três parâmetros:

a) fazer parte de uma política do emprego em geral, em que se privilegie o trabalho do adulto pai de família com salário digno;

b) ser integrante de outras políticas que visem a saúde, a educação, o lazer, a escola e o convívio familiar;

c) “lugar de criança é na escola” : antes de 16 anos – políticas públicas que levem à eliminação do trabalho infantil – dar à criança o direito de ser criança e a seus pais condições econômicas de não “empurrá-las” para o trabalho.

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O Trabalho do O Trabalho do AdolescenteAdolescente

Teoria da proteção integral adotada pela Constituição Federal. Criança como sujeito de direitos – sua proteção é dever da família, da sociedade e do Estado – e não objeto de ações assistencialistas.

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A Aprendizagem como A Aprendizagem como direito constitucional dos direito constitucional dos adolescentesadolescentes

O direito a profissionalização como forma de romper o ciclo perverso, excludente e hereditário da pobreza:

pobreza

trabalho precoce

evasão escolar

falta de acesso a educação básica

falta de profissionalização

subemprego ou desemprego

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O direito à O direito à profissionalização: profissionalização:

• Art 69 do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente: O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção ao trabalho , observados os seguintes aspectos, entre outros:

a) – respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

b) – capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

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O direito à O direito à profissionalização:profissionalização:

• A necessidade de profissionalização: o novo mundo do trabalho novas profissões e profissões em

extinção novos postos de trabalho e legião de

inimpregáveis mudança do paradigma: formação

profissional X filantropia

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O direito à O direito à profissionalização:profissionalização:

• A Aprendizagem como forma de proteção do trabalhador adolescente: garantia de acesso e freqüência obrigatória ao

ensino regular (ECA art. 63, l ) jornada adequada (4 horas para a parte teórica e

6 pª a prática) profissionalização adequada prevenção pela educação – saúde e segurança

no trabalho, noções de direitos trab. e cidadania garantia de dir. trab. e previdenciários

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

CONCEITO• Da lei: “ O contrato de trabalho especial, ajustado

por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze anos e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação”.

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

CONCEITO

• Do ECA: “ ... formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da educação em vigor”

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

CARACTERÍSTICAS:CARACTERÍSTICAS: contrato especial, escrito, por prazo

determinado (máximo de dois anos) anotação na carteira de trabalho e

previdência social matrícula e freqüência do aprendiz à

escola, caso não haja concluído o ensino fundamental

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

CARACTERÍSTICAS:CARACTERÍSTICAS: inscrição em programa de aprendizagem

desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica

salário mínimo hora

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

CARACTERÍSTICAS:CARACTERÍSTICAS: atividades teóricas e práticas,

metodicamente organizadas em tarefas de complexidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular nos cursos dos Serviços Nacionais de Aprendizagem número de aprendizes equivalente a 5%, no mínimo, e 15%, no máximo, dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional ( frações de unidade = 1 aprendiz )

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

Tal limite não se aplica quando o empregador for entidade sem fins lucrativos, que tenha por objetivo a educação profissional

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

Na hipótese de os entes do SNA não oferecerem cursos ou vagas suficientes para atender à demanda, esta poderá ser suprida por outras entidades qualificadas em formação técnico-profissional metódica: escolas técnicas e ESFL registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente( Resolução nº 74 do CONANDA – comunicação ao Conselho tutelar e mapeamento das entidades)

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

Concessão de certificado ao aprendiz Contratação do aprendiz pela empresa = com

vínculo de emprego; pela ESFL= sem vínculo com a empresa tomadora dos serviços

Duração do trabalho: máximo de 6 horas, vedada a prorrogação e a compensação de jornada. Se o aprendiz já terminou o ensino fundamental – 8 horas, computadas as horas da aprendizagem teórica

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Reformulação do Reformulação do instituto da instituto da Aprendizagem -Lei Aprendizagem -Lei 10.097/200010.097/2000

FGTS: 2% Órgãos da Administração Pública

Indireta – obrigados ao cumprimento da cota: art 173 da CF

Órgãos da Adm. Públ. Direta, autarquias e fundações públicas – é possível, desde que através de ESFL, nos termos da lei

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PROCEDIMENTO DO MINISTÉRIO PROCEDIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO QUANTO AO PÚBLICO DO TRABALHO QUANTO AO CUMPRIMENTO DA COTA-CUMPRIMENTO DA COTA-APRENDIZAGEMAPRENDIZAGEM

Potencial de aprendizagem (cálculo na porcentagem mínima de 5%, pelo MTe) em Goiás é de 12.413 aprendizes

notificação das empresas pelo Ministério do Trabalho

em caso de descumprimento – instauração de inquérito civil público pela PRT – termo de ajustamento de conduta ou ação civil pública

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PROCEDIMENTO DO MINISTÉRIO PROCEDIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO QUANTO AO PÚBLICO DO TRABALHO QUANTO AO CUMPRIMENTO DA COTA-CUMPRIMENTO DA COTA-APRENDIZAGEMAPRENDIZAGEM

ESFL que atuam como meras intermediadoras de mão de obra, embora garantindo direitos trabalhistas: necessidade de adequação à lei

Contratação de aprendizes portadores de deficiência (cumprimento da lei 8213, art. 93)

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Suplemento estatístico e base de dados sobre Suplemento estatístico e base de dados sobre o trabalho infantil no Brasil o trabalho infantil no Brasil

(OIT/IPEC/SIMPOC(OIT/IPEC/SIMPOC))PNAD 2001PNAD 2001

Brasília/Rio de Janeiro, 16 de abril de 2003Brasília/Rio de Janeiro, 16 de abril de 2003

http://www.ilo.org/Brasilia

http://www.ibge.gov.br

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Programa SIMPOCPrograma SIMPOC

Lançado 1998 Programa de Informações Estatísticas e

de Monitoramento sobre Trabalho Infantil

Ajudar estados membros (coletar, utilizar e divulgar dados sobre TI e comparar com outros países)

Carência de informações precisas

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Programa SIMPOCPrograma SIMPOC

Métodos de coleta de dados Recursos financeiros do SIMPOC

(Canadá, Dinamarca, Espanha, EEUU, Noruega, Países Baixos e Suécia)

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PNADPNAD

Desde 1967 Investiga características socioeconômicas:

população, educação, trabalho, rendimento, habitação e outras com periodicidade variável e outros temas que são incluídos no sistema de acordo com as necessidades de informação para o País.

Em 1996, foram retirados dois tópicos para possibilitar a inclusão do tema suplementar da mobilidade social (trabalho das crianças de 5 a 9 anos de idade e ensino supletivo) e da municipalidade.

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PNADPNAD

Abrangência maior, passou de 10 para 5 anos, foram incluídos tópicos de saúde e segurança no trabalho e complementar de educação para o contingente de 5 a 17 anos de idade

A abrangência geográfica da PNAD vem se ampliando gradativamente.

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0

5000

10000

Semana*

Semana* 8423,448 8233,623 6648,296 6492,745 5482,515

1992 1995 1998 1999 2001

1992 - 2001 34,9%

Comportamento Trabalho Infanto-juvenil (5 - 17 anos) no Brasil por semana

de referência: 1992 - 2001

2.940.933 criançasdeixaram de trabalhar

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Percentual de Trabalho Infanto-juvenil no Brasil por faixa etária: 2001

6%

42%52%

5 - 9 anos10 - 14 anos15 - 17 anos

65,1% de homens65,1% de homens34,9 de mulheres34,9 de mulheres

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0

50000

Nº ocupadas

Nº ocupadas 8423,448 8233,623 6648,296 6492,745 5482,515

Nº de crianças 43067,055 43984,067 43026,509 42796,062 43125,753

1992 1995 1998 1999 2001

Número de crianças ocupadas em relação ao número de crianças de 5 - 17 anos:

1992 - 2001

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Número de crianças ocupadas em relação ao número de crianças de 5 - 17 anos:

1992 - 2001

Em termos relativos, os dados revelam diminuição de:

1992 - 19,6%1992 - 19,6%1995 - 18,7%1995 - 18,7%1998 - 15,5%1998 - 15,5%1999 - 15,2%1999 - 15,2%

2001 - 12,7%2001 - 12,7%

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EducaçãoEducação

Avanço expressivo no nível de Avanço expressivo no nível de escolarização:escolarização:

5 a 9 anos - 46,1% para 23,8%5 a 9 anos - 46,1% para 23,8%

7 a 14 - 13,4% para 3,5%7 a 14 - 13,4% para 3,5%

15 a 17 anos - 40,3% para 18,9%15 a 17 anos - 40,3% para 18,9% Aproximação dos níveis escolarização das Aproximação dos níveis escolarização das

regiõesregiões

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EducaçãoEducação

41,5% - > de 4 horas na escola (54,3% rede 41,5% - > de 4 horas na escola (54,3% rede particular e 39,4% rede pública)particular e 39,4% rede pública)

Dois motivos que impedem de ir a escola:Dois motivos que impedem de ir a escola:

Realização de tarefas (econômicas ou afaz. Realização de tarefas (econômicas ou afaz. domésticos)domésticos)

Dificuldade de acesso (distância ou falta de Dificuldade de acesso (distância ou falta de vaga)vaga)

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OcupaçãoOcupação

As crianças ocupadas nível escolarização < (80,3% contra 91,1%) - tendência em todas regiões

Nível de ocupação - redução ao longo dos 10 anos: de 3,7% para 1,8% (5 a 9 anos); de 20,4% para 11,6% (10 - 14 anos) e de 47% para 31,5% (15 a 17 anos). Em todas as regiões. NE e S - percentuais mais elevados

Da faixa etária 15 - 17 anos, o percentual de ocupação foi > no Sul e de 5 - 14 no Nordeste

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EducaçãoEducação

Dos que não eram estudantes, 12,1% não iam a escola porque realização de tarefas doméstica, trabalho ou procura dele e 14,7% por que não existia escola perto da casa ou inexistência de vaga.

Beneficiários de programas sociais - 15,5% (taxa de escolarização de 98,9% contra as demais crianças)

Das 5,4 milhões de crianças que trabalham, 4,400.454 trabalham e estudam (80%), as demais NÃO estudam

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GêneroGênero

O nível de ocupação decresceu para ambos os O nível de ocupação decresceu para ambos os sexossexos

A exemplo do que ocorre na população adulta, o A exemplo do que ocorre na população adulta, o contingente do sexo masculino ocupado de 5 – 17 contingente do sexo masculino ocupado de 5 – 17 anos manteve-se maior (em todas as faixas etárias):anos manteve-se maior (em todas as faixas etárias):

– 5 – 9 anos = 2,6% M / 1,0% F5 – 9 anos = 2,6% M / 1,0% F– 10 – 14 anos = 15,3% M / 7,8% F10 – 14 anos = 15,3% M / 7,8% F– 15 – 17 anos = 39,9% M / 23,1% F15 – 17 anos = 39,9% M / 23,1% F– > 18 anos = 78,4% M / 49,9% F> 18 anos = 78,4% M / 49,9% F

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JornadaJornada

Na medida que aumenta a faixa etária, a participação de crianças ocupadas inseridas na atividade agrícola diminuiu

A atividade agrícola absorveu 43,4% do contigente de 5 – 17 anos

No grupo de 5 – 9 anos o percentual foi de 75,9% (três de cada quatro crianças trabalhava na atividade agrícola)

No de 10 – 14 anos = 56% e no de 15 – 17 = 32,9% Na população ocupada adulta é de 19% A concentração é diferente pelas regiões

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RemuneraçãoRemuneração

Na medida que aumenta a faixa etária crescia o envolvimento em atividades remuneradas

6,2% eram conta-própria ou empregadores; 41,2% eram trabalhadores não-remunerados

e 7,4% trabalhavam na produção para o

próprio consumo

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RemuneraçãoRemuneração

5 – 9 anos, 92% trabalhavam sem contrapartida de remuneração (72,3% não-remunerados e 19,7% produção próprio consumo)

10 – 14 anos, 67% não era remunerado 15 – 17 anos, 1/3 eram de não-remunerados Proporção crianças ocupadas s/ remuneração em

atividade agrícola foi muito superior à em ñ-agrícola: 83,5% conta 21,8%

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Saúde e FamíliaSaúde e Família

Nas famílias >, o nível de ocupação das crianças foi + elevado. Aquelas =/+ 7, 20% eram ocupados

Naquelas - de 7, o percentual era de 11%. Comportamento observado em todas as regiões

Cerca 1/2 das crianças ocupados (ano ref.) utilizavam produtos químicos, máquinas, ferramenta ou instrumento no trabalho.

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Saúde e FamíliaSaúde e Família

Esse percentual foi > nas atividades agrícolas

Região Sul o percentual de ocupados 5 – 17 anos que utilizavam produtos químicos, máquinas, ferramenta ou instrumento no trabalho foi mais elevado que as demais regiões

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Observações FinaisObservações Finais

ALGUMAS OBSERVAÇÕES GERAIS: Todos esses dados são eloqüentes em

evidenciar a necessidade de adoção imediata e eficaz da teoria da proteção integral. . O trabalho infantil impede a escolarização, dificulta a aprendizagem e desqualifica o futuro adulto para o mundo do trabalho.

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Observações FinaisObservações Finais

é necessário que a lei de aprendizagem seja bem conhecida e entendida como boa para o adolescente, que se qualificará, e para a empresa, que poderá cumprir sua responsabilidade social, ao proporcionar a adolescentes a formação profissional referida no art. 227 da CF.