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Norminha
DESDE 18/08/2009
Nesta edição: 12 páginas
Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860-8 - Ano 11 - 25 de abril de 2019 - Nº 516
[email protected] - [email protected] (Toda quinta-feira gratuitamente no seu e-mail)
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INMETRO OIT BRASIL ANAMT ABHO
CBO NRs
CA EPI GOOGLE OBSERVATÓRIO SST
OBSERVATÓRIO VIÁRIO
Revista Digital Semanal
Norminha
Entre os dias 15 a 17 de abril, técnicos
de segurança do trabalho, engenheiros,
arquitetos, enfermeiros, médicos, ges-
tores de RH, representantes de escritó-
rios de contabilidade, entre outros pro-
fissionais oriundos diversas localida-
des do Estado de Mato Grosso do Sul
participaram de um combo com dois
cursos de e-Social e os requisitos de
SST e PPRA com ênfase em PPP e e-
Social, todos voltados à mobilização
quanto à adequação à legislação traba-
lhista vigente para prevenção de aci-
dentes de trabalho e doenças ocupacio-
nais.
Os cursos ressaltam o momento a-
tual de conscientização do Abril Verde,
movimento que acontece simultanea-
mente em todo o Brasil em prol da se-
gurança do trabalhador. As capacita-
ções aconteceram no Hotel Vale Verde
no período da manhã e à tarde. Pro-
movido pelo Sindicato dos Técnicos de
Segurança do Trabalho de Mato Grosso
do Sul (Sintest/MS), a capacitação foi
ministrada por Jorge Gimenez Berrue-
zo, profissional de destaque nacional
no segmento de Segurança do Traba-
lho.
Segundo o presidente do Sintest,
André Luiz Ferreira, o objetivo dos cur-
sos foi de trazer uma formação comple-
ta sobre as diversas nuances e abran-
gência de práticas cotidianas referentes
à segurança do trabalhador, sem que os
profissionais diretamente ligados ao se
tor precisassem se deslocar aos gran-
des centros urbanos para obter ampliar
seus conhecimentos de SST.
“Temos diversos segmentos partici-
pando desta capacitação como frigorífi-
cos, hospitais, empresas no ramo da
construção civil, além de representan-
tes do Poder Público, entre outros. Es-
tamos trazendo novos conhecimentos
para o estado, e o nosso objetivo é
transformar e fomentar essa cultura
prevencionista em Mato Grosso do Sul.
Nós vamos continuar trazendo esses
cursos exclusivos ao estado, sem que
haja a necessidade dos nossos profis-
sionais viajarem grandes distâncias em
busca de novos aprendizados”, ressal-
tou o presidente do Sintest/MS.
Workshop eSocial em
Presidente Prudente (SP)
Jorge Gimenez Berruezo estará em
Presidente Prudente (SP) no próximo
dia 24 de maio de 2019, das 8 às 18 ho-
ras, para apresentar o Workshop "Im-
pactos do eSocial para gestão da SST
no RH" que será realizado no Auditório
da Unoeste Campus II, Rodovia Raposo
Tavares Km 572 Bairro Limoeiro. (In-
formações no rodapé da página 02/12).
Os principais temas que serão abor-
dados no Workshop serão: A sincronia
entre o PCMSO X PPRA e os exames
Médicos; Os desafios dos Exames
complementares e os prazos dos envios
– Mudança de cultura; A integração do
PPRA com o PCMSO X S2220: Monito-
ramento da saúde do trabalhador do e -
Social; Monitoramento e gestão de EP
C/EPI; Critérios de higiene ocupacional
e Demonstrações ambientais para
PPRA, LTCAT e Laudo de Insalubrida-
de/Periculosidade; Explanação de e-
ventos que estão relacionados à SST: S
-1060 - Tabela de Ambientes de Traba-
lho; - S - 2210 - Comunicação de Aci-
dente de Trabalho; S - 2240 - informar
Em Campo Grande (MS), Treinamento amplia conhecimentos sobre e-Social e ST
azeirinho, Pocinhos, Queimadas, Areia,
Monteiro, Massaranduba, Cubati, Cui-
té, Baía da Traição, Junco do Seridó e
por último Mamanguape, entre outros,
que estão em fase de tramitação nas câ-
maras municipais.
Para Nivaldo Barbosa, não é só a
campanha cuja causa é tão nobre e cada
ano que passa aumenta a visibilidade e
as ações em prol da prevenção aos aci-
dentes de trabalho, entendemos que a
prevenção só existe quando há conhe-
cimento e motivação juntas para que se
desenvolvam ações que visem a prote-
ção ao trabalhador. Principalmente na
unificação de forças entre o (MPT-PB,
SRTb, TRT-PB,GETRIN-PB,AMATRA-
PB) entre outros órgãos públicos em-
presas privadas e a sociedade civil or-
ganizada, com inúmeras ações, tornan-
do nosso estado um diferencial na pre-
venção.
Para finalizar, no dia 29 de março do
Fundacentro e Secretaria de
Saúde de Piraquara/PR
realizam fórum em comemoração
ao Abril Verde Evento acontece nesta sexta, dia 26
de abril, na cidade de Piraquara/PR
Norminha Por Fundacentro/ACS - Alexandra Rinaldi
Políticas Públicas de Saúde do Traba-
lhador é o tema que será abordado du-
rante o III Fórum sobre Políticas de
Saúde do Trabalhador de Piraquara-Pa-
raná, das 8h30 às 16h20, no auditório
da Vila da Cidadania, Piraquara-PR, si-
tuado à Rua PR 415, 4575-Jar-dim Pri-
mavera.
Veja a programação completa do e-
vento em Piraquara e de todo o País na
página 12 dessa edição.
N
Norminha
O Ministério da Economia através do
(INPI) Instituto Nacional de Proprieda-
de Industrial, reconhece e concede ao
Sindicato dos Técnicos de Segurança
do Trabalho do estado da Paraíba, o re-
gistro oficial da campanha ABRIL VER-
DE no Brasil.
Breve histórico.
Sobre o surgimento do ABRIL VER-
DE no Brasil, que teve seu ponto de par-
tida através de uma ação do presidente
do Sindicato dos Técnicos em Segu-
rança do Trabalho do Estado da Paraíba
sr. Nivaldo Barbosa, precisamente em
27 de novembro de 2013 durante o e-
vento comemorativo ao dia nacional
dos técnicos e engenheiros de seguran-
ça do trabalho, em parceria com a Eng.
Maria Aparecida Estrela presidente da
(Associação dos Engenheiros de Segu-
rança do Trabalho da Paraíba), publici-
zado via rede social (Facebook) em 30/
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 516 - 25/04/2019 - Fim da Página 01/12
11 do mesmo ano.
Além disso, cabe ressaltar que as
primeira Leis do Abril Verde do país,
são do estado da Paraíba. com a lei Mu-
nicipal de nº 12.814 de 05 de maio de
2014 autoria do vereador Bira Pereira e
sancionada pelo prefeito do município
de João Pessoa Luciano Cartaxo e a lei
Estadual de n° 10.864/2017 de 31 de
março de 2017 autoria do deputado Es-
tadual Anísio Maia e sancionada pelo
governador do estado Ricardo Couti-
nho. que instituiu a Campanha de Pre-
venção dos Acidentes do Trabalho e
Doenças Ocupacionais, denominada
"ABRIL VERDE" fazendo parte do calen-
dário de eventos em todo o estado da
Paraíba.
No estado já são 20 cidades com a
lei municipal do Abril Verde já sancio-
nada pelos prefeitos, como: Campina
Grande, Patos, Guarabira, Sumé, Cabe-
delo, Lagoa Seca, Picuí, Esperança, Ju-
Rá
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Gimenez em Campo Grande (MS)
riscos, medidas de controle, insalubri-
dade, periculosidade e aposentadoria
especial. Analise das Tabelas 23 e 28;
Capacitação e Treinamentos de Segu-
rança do Trabalho (CIPA/NR-6/NR-10/
NR-23); Quadro de multas; Como pre-
parar SUA EMPRESA para essas novas
obrigações; O papel do TST e Enge-
nheiros de Saúde e Segurança do Tra-
balho; A Transmissão dos envios para
as Contabilidades; O que cobrar da sua
empresa de Consultoria de Medicina do
Trabalho.
Araçatuba (SP)
Em Araçatuba (SP), Gimenez estará
ministrando o curso "Elaboração de
Laudos periciais trabalhista e LTCAT
previdenciário para atender o eSocial
com ênfase em perícia", nos dias 20, 21
e 22 de maio de 2019. (Informações
também no rodapé da página 02/12). N
Correio do Estado
“Abril Verde” idealizado na Paraíba recebe registro oficial corrente ano na abertura do ABRIL VER-
DE no estado da Paraíba, com a presen-
ça da Ministra Delaíde Arantes do Tri-
bunal Superior do Trabalho, fizemos
um pedido a ministra, que interceda
conjuntamente com outros órgãos na
convenção da OIT (Organização Inter-
nacional do trabalho) deste ano, para
que a CAMPANHA ABRIL VERDE seja
internacionalizada. N Notícia Extra
No Rio de Janeiro, evento discute impactos da terceirização na SST
Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
A Fundacentro (Centro Estadual do Rio
de Janeiro), a Ordem dos Advogados
do Brasil – OAB e a Subsecretaria de
Inspeção do Trabalho - SIT realizam o
evento Terceirização e seus Impactos
na Segurança e Saúde Ocupacional em
26 de abril, das 9h30 às 12h30, no Au-
ditório da OAB – Barra da Tijuca 57ª su-
bseção, na capital carioca.
Serão realizadas 4 palestras. A mé-
dica do trabalho e chefe da Seção de
Segurança e Saúde no Trabalho da Su-
perintendência Regional do Trabalho –
SRT/RJ, Gisele Daflon, falará sobre
gestão de riscos ocupacionais e docu-
mentos de SST. Em seguida, a advo-
gada Silvia Apratto abordará o tema
“Responsabilidades legais por descumprimento das normas
de SST”.
O advogado Claudio Carneiro realizará a palestra Compli-
ance: “o agir de acordo com as normas para evitar, neutralizar,
controlar os danos à reputação das empresas e de seus diri-
gentes”. Já o economista Fernando pestana e o presidente do
Instituto Brasileiro de Saúde Ocupacional, Derval de Oliveira,
apresentarão a temática Compliance em saúde ocupacional:
risco trabalhista e previdenciário em saúde ocupacional. N
Documentos sobre Segurança e Saúde
no Trabalho podem ser digitalizados
Guia rápido sobre Planos de
Segurança de Barragens
Página 02/12 - Norminha - Nº 516 - 25/04/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 516 - 25/04/2019 - Fim da Página 02/12
rou uma Matriz de Risco e Dano Po-
tencial Associado de maneira que as
barragens sejam agrupadas em cinco
classes (A, B, C, D e E). Dessa forma,
as que apresentam uma classe maior,
na escala de categoria de risco e dano
potencial associado, devem elaborar
um Plano mais abrangente, bem como
realizar a Revisão Periódica de Segu-
rança de Barragem com maior frequên-
cia.
Quais barragens são fiscalizadas
pela Agência Nacional de Águas?
A ANA é responsável pela fiscaliza-
ção das barragens de usos múltiplos
que ela tenha outorgado o direito de
uso dos recursos hídricos quando o ob-
jeto for acumulação de água e aquelas
que sejam outorgáveis por ela, exceto
para aproveitamento energético.
Em caso de dúvidas, como posso
entrar em contato com a ANA?
Para mais informações sobre segu-
rança de barragens, acesse o site da
Agência Nacional de Águas
http://www2.ana.gov.br/Paginas/servic
os/cadastros/cnbarragens.aspx, envie
e-mail para [email protected] ou
ligue para (61) 2109-5589/5590/5361
em horário comercial.
N
Fonte: http://www.defesacivil.pr.gov.br
Norminha
Empresas de todo o país estão
autorizadas a armazenar versões digi-
tais de documentos relacionados à
Segurança e Saúde no Trabalho (SS
T). A permissão foi concedida por
meio da Portaria nº 211, publicada
pela Secretaria Especial de Previdên-
cia e Trabalho no Diário Oficial da
União (DOU) no último dia 12 de a-
bril.
A partir de agora, as empresas po-
dem utilizar certificação digital, no pa-
drão da Infraestrutura de Chaves Pú-
blicas Brasileira (ICP-Brasil), para a
criação e assinatura eletrônica em
seus documentos. O objetivo é sim-
plificar os processos, garantir mais
segurança no armazenamento de in-
formações e diminuir custos. Segun-
do a portaria, os arquivos eletrônicos
devem ser mantidos em formato PDF
e estar à disposição da Inspeção do
Trabalho quando solicitados.
“A digitalização de documentos
também pode ser uma aliada no com-
bate às fraudes, muitas das quais se
referem às assinaturas retroativas de
documentos que nem ao menos exis-
tiam. Por esse prisma, os bons em-
pregadores e profissionais que mili-
tam na área de segurança e saúde no
trabalho serão beneficiados”, destaca
o coordenador de Normatização e
Programas da Coordenação-Geral de
Segurança e Saúde no Trabalho, Joel-
son Guedes da Silva.
Inicialmente, a forma de assinatu-
ra, guarda e apresentação eletrônica
dos documentos relacionados à SST
é facultativa. Tornando-se obrigatória
nos seguintes prazos: cinco anos, pa-
ra microempresas e microempreende-
dores individuais; três anos, para em-
presas de pequeno porte; e dois anos,
para as demais empresas.
Digitalização de Documentos - En-
tre os documentos listados pela por-
taria que podem ser digitalizados es-
tão: o Programa de Controle de Mé-
dico de Saúde Ocupacional (PCM
SO); Programa de Prevenção de Ris-
cos Ambientais (PPRA); Programa de
Gerenciamento de Riscos (PGR); Pro-
grama de Condições e Meio Ambiente
de Trabalho na Indústria da Constru-
ção Civil (PCMAT); Programa de Pro-
teção Respiratória (PPR); Atestado de
Saúde Ocupacional (AET); Plano de
Proteção Radiológica (PRR); Análise
Ergonômica do Trabalho (AET) e Pro-
grama de Gestão de Segurança, Saú-
de e Meio Ambiente do Trabalhador
Rural (PGSSMTR).
A medida também é extensiva ao
Plano de Prevenção de Riscos de A-
cidentes com Materiais Perfurocor-
tantes; certificados ou comprovantes
de capacitações contidas nas Normas
Regulamentadoras; e laudos que fun-
damentam todos os documentos pre-
vistos na portaria, como os laudos de
insalubridade e periculosidade.
N
Ministério da Economia
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho
barragens do empreendedor e se en-
contra detalhado no anexo III da Reso-
lução ANA nº 91/2012.
O que é a Revisão Periódica de Se-
gurança da Barragem?
A Revisão Periódica, parte integrante
do Plano, tem o objetivo de verificar re-
gularmente o estado geral de segurança
da barragem e deve indicar as ações a
serem adotadas pelo responsável pela
barragem para a manutenção da segu-
rança.
Quem pode elaborar um Plano de
Segurança de Barragens e a Revisão
Periódica?
O responsável técnico pelo Plano e
pela Revisão Periódica deverá ter regis-
tro no Conselho Regional de Engenha-
ria, Arquitetura e Agronomia (CREA),
com atribuições profissionais para pro-
jeto, construção, operação ou manuten-
ção de barragens de terra ou de concre-
to.
É necessário atualizar periodica-
mente o Plano de Segurança?
O Plano de Segurança da Barragem
deverá ser atualizado em decorrência
das inspeções regulares e especiais e
das Revisões Periódicas de Segurança
da Barragem, incorporando suas exi-
gências e recomendações.
Onde o Plano de Segurança de Bar-
ragens deve ficar?
O Plano de Segurança da Barragem
deverá estar disponível no próprio local
da barragem e, na inexistência de es-
critório no local, na regional ou sede do
responsável pelo empreendimento, o
que for mais próximo da barragem, bem
como na sede do empreendedor.
Qual é a diferença entre Categoria de
Risco e Dano Potencial Associado?
A Categoria de Risco de uma barra-
gem diz respeito aos aspectos da pró-
pria barragem que possam influenciar
na probabilidade de um acidente: as-
pectos de projeto, integridade da estru-
tura, estado de conservação, operação e
manutenção, atendimento ao Plano de
Segurança, entre outros aspectos. Já o
Dano Potencial Associado é o dano que
pode ocorrer devido a rompimento, va-
zamento, infiltração no solo ou mau
funcionamento de uma barragem, inde-
pendentemente da sua probabilidade de
ocorrência, podendo ser graduado de
acordo com as perdas de vidas huma-
nas e impactos sociais, econômicos e
ambientais.
Qual é a diferença entre as cinco
classes de barragens?
Com o objetivo de diferenciar o uni-
verso das barragens, quanto à abran-
gência e frequência das ações de segu-
rança, e funcionando como ferramenta
de planejamento e gestão, a ANA elabo-
Quem é o responsável pela seguran-
ça das barragens?
De acordo com a Política Nacional
de Segurança de Barragens (PNSB), o
agente privado ou governamental com
direito real sobre as terras onde se loca-
lizam a barragem e o reservatório ou
que explore a barragem para benefício
próprio ou da coletividade é o respon-
sável legal pela segurança da barragem.
Cabe a ele o desenvolvimento de ações
para garanti-la, entre as quais a realiza-
ção de inspeções de segurança e a ela-
boração de um Plano de Segurança de
Barragens.
O que é a Política Nacional de Segu-
rança de Barragens?
Estabelecida pela Lei nº 12.334/
2010, a PNSB é uma lei que tem o obje-
tivo de garantir que padrões de segu-
rança de barragens sejam seguidos, de
forma a reduzir a possibilidade de aci-
dentes e suas consequências, além de
regulamentar as ações e padrões de se-
gurança.
Quais barragens são englobadas pe-
la PNSB?
A Política Nacional de Segurança de
Barragens engloba barragens para a a-
cumulação de água para quaisquer u-
sos, a disposição final ou temporária de
rejeitos e a acumulação de resíduos in-
dustriais.
O que é Plano de Segurança de Bar-
ragens?
O Plano de Segurança da Barragem
é um instrumento da PNSB de implan-
tação obrigatória pelo empreendedor,
cujo objetivo é auxiliá-lo na gestão da
segurança da barragem.
Qual deve ser o conteúdo do Plano
de Segurança de Barragens?
O Plano deve conter dados técnicos
da barragem, como os de: construção,
operação, manutenção e o panorama do
estado atual da segurança, obtido por
meio das inspeções realizadas. O ins-
trumento deve servir como uma ferra-
menta de planejamento de gestão da
segurança da barragem.
A partir de quando o Plano de Segu-
rança de Barragens deve ficar pronto?
Para barragens novas, o Plano de
Segurança da Barragem deverá ser ela-
borado até o início da operação da bar-
ragem, a partir de quando deverá estar
disponível para utilização pela Equipe
de Segurança de Barragem, composta
por profissionais do próprio empreen-
dedor ou contratados especificamente
para este fim. Para barragens existen-
tes, o Plano deverá estar completo em
até 1 ano após a realização da Revisão
Periódica de Segurança de Barragens
(RPSB), cujo prazo para elaboração é
determinado em função do número de
O lixo tecnológico e seus efeitos no meio ambiente! Qual a
importância do descarte correto do lixo eletrônico?
Na Paraíba,
tecnologista da
Fundacentro
participa de roda de
conversa sobre o
Abril Verde
Evento é organizado pelo Centro de
Referência Estadual de Saúde do
Trabalhador
Norminha
Por Fundacentro/ACS - Alexandra Rinaldi
O tecnologista e educador da
Fundacentro (Centro Regional de Per-
nambuco), José Hélio Lopes Batista irá
participar como debatedor da roda de
conversa “Juntos pela promoção da
saúde dos trabalhadores”, evento orga-
nizado pelo Centro de Referência Esta-
dual de Saúde do Trabalhador (Cerest-
PB).
A roda terá como objetivo promover
uma discussão com os trabalhadores
rurais sobre os riscos de trabalho em
espaços confinados nos ambientes de
poços e cisternas, o uso dos agrotó-
xicos como fatores de riscos à saúde
humana e direitos previdenciários dos
trabalhadores rurais.
Local e informações gerais
A roda de conversa será realizada na
Escola M.E.F. Maria Mercedes Mariz,
Sitio Mata Fresca Zona Rural, Sousa-
PB, no dia 30 de abril de 2019.
A entrada é gratuita. O horário será
das 8h às 13h. N
Página 03/12 - Norminha - Nº 516 - 25/04/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 516 - 25/04/2019 - Fim da Página 03/12
Norminha
Vivemos atualmente em uma crescente
oferta de produtos tecnológicos, desta
forma, o avanço da produção e a possi-
bilidade de inserção mundial desses
produtos fizeram com que a população
tivesse acesso às novas tecnologias ra-
pidamente, gerando, como consequên-
cia, o acumulo desses produtos, pois
nem sempre as indústrias possuem
uma política de recolhimento.
Assim, são descartados diariamen-
te, e de forma desregulada, um grande
número de produtos tecnológicos, a e-
xemplo: celulares, pilhas, baterias,
computadores, dentre outros. Esse des-
carte de forma irregular faz com que
substâncias que compõe a matéria-pri-
ma desses produtos sejam absorvidas
pelo solo, gerando, assim, uma conta-
minação descontrolada, causando um
grande impacto ambiental, como polui-
ção das águas, solo, ar e a contami-
nação das plantas e dos animais, pois
grande parte do que é utilizado na fa-
bricação dos produtos tecnológicos
são recursos não renováveis.
Dentre os principais danos causa-
dos pelo lixo eletrônico ao meio am-
biente, temos a contaminação por me-
tais pesados, os aterros sanitários e os
danos causados à saúde pública, pois
os metais estão compostos por subs-
tâncias poluentes, que afetam a quali-
dade do solo, da água, dos rios e dos
lençóis freáticos, tendo em vista que,
estes são descartados de forma irregu-
lar em aterros sanitários, estando aces-
sível à população que vive no entorno
desses aterros, ou aqueles que, sobre-
vivem recolhendo esses resíduos.
Neste sentido, a Lei nº 12.305/2010,
que instituiu no Brasil a Política Nacio-
nal de Resíduos Sólidos (PNRS), proíbe
o descarte de qualquer lixo em locais
inadequados, desta forma, se faz neces-
sária à conscientização da população,
por meio da Educação Ambiental, ensi-
nando como se faz a realização correta
do descarte desses eletrônicos, todavia,
para que haja essa conscientização é
fundamental que a população tenha a-
cesso às políticas governamentais, vol-
tadas para a Educação Ambiental.
É que, a Política Nacional de Resí-
duos Sólido, tem como fundamento, a
pratica do consumo sustentável, incen-
tivando a reciclagem, a reutilização e o
reaproveitamento dos resíduos sólidos,
além de dispor da destinação adequada
dos produtos. Estando fundamentado
no artigo 33 da Política Nacional de Re-
síduos Sólido, que assevera o seu con-
ceito como versa o dispositivo abaixo:
“Art. 33. São obrigados a estruturar
e implementar sistemas de logística re-
versa, mediante retorno dos produtos
após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de
limpeza urbana e de manejo dos resí-
duos sólidos, os fabricantes, importa-
dores, distribuidores e comerciantes
de:
I - agrotóxicos, seus resíduos e em-
balagens, assim como outros produtos
cuja embalagem, após o uso, constitua
resíduo perigoso, observadas as regras
de gerenciamento de resíduos perigo-
sos previstas em lei ou regulamento,
em normas estabelecidas pelos órgãos
do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou
em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resí-
duos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de va-
por de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e
seus componentes.”
Então, qual a importância do descar-
te correto do lixo eletrônico?
Diante do que observamos ao longo
do texto, o único caminho para que se
realize o descarte correto do lixo ele-
trônico é investir em programas de re-
ciclagem nas fábricas e indústrias, além
de Políticas Públicas voltadas à Educa-
ção Ambiental junto à população.
Sendo fundamental que as empre-
sas obtenham incentivos, para que pos-
sam realizar o descarte correto, evitan-
do assim, os danos causados pelo lixo
eletrônico ao meio ambiente, principal-
mente porque muitas empresas ainda
não possuem programas de logística
reversa. Ademais, que tenhamos em
nossas cidades postos de descarte
mais acessíveis, para que possamos re-
alizar o descarte correto do lixo ele-
trônico.
Por fim, o controle e o adequado
manejo do lixo eletrônico são hoje um
dos principais desafios da nossa so-
ciedade, tendo em vista que, essa é uma
questão de fundamental importância,
tanto para a saúde, quanto para a pre-
servação do meio ambiente.
N
Colaboração da colunista Roberta Gonçalves
Blog: https://lucenatorresadv.wordpress.com
Norminha
Hoje vamos falar do contrato de parce-
ria e a sua tão perigosa desconsidera-
ção pelos Tribunais para caracterização
do vínculo empregatício.
Primeiramente, você deve saber que
o contrato de parceria é aquele que re-
gula a relação jurídica de duas ou mais
pessoas, físicas ou jurídicas, que an-
seiam dar início a um empreendimento
conjunto.
A elaboração de contrato de parceria
é muito comum no ramo de prestação
de serviços, onde o proprietário do es-
tabelecimento coloca à disposição do
profissional parceiro sua carteira de cli-
entes e instalações para serem utiliza-
das no desempenho das atividades. Ou
seja, normalmente um parceiro entra
com o investimento e o outro parceiro
com a mão de obra.
Acontece que esse tipo de contrato
caminha lado a lado com o vínculo em-
pregatício e se não cuidar eles acabam
se dando as mãos!!
Para que entenda melhor, para a ca-
racterização do vínculo empregatício
deve haver a coexistência de pessoali-
dade, onerosidade, subordinação e
continuidade. Basta faltar um para que
não haja vínculo. E o problema surge é
quando todos estão presentes na rela-
ção tida por “parceria”.
Normalmente, tanto o emprego
quanto a parceria possuem pessoalida-
de, onerosidade e continuidade. O PON
TO CHAVE É A SUBORDINAÇÃO.
Na subordinação, a direção do coti-
diano da prestação de serviços transfe-
re-se ao empregador; na parceria/pres-
tador autônomo a direção do cotidiano
da prestação de serviços preserva-se
com o próprio prestador.
Percebe que autonomia e subordi-
nação se distanciam?
O fato, por exemplo, de uma depila-
dora trabalhar num salão de beleza por
contrato de parceria, e ter e seus horá-
rios agendados pela secretária do salão
não implica na existência de subor-
dinação jurídica, caso ela tenha flexibi-
lidade na organização da sua agenda,
escolhendo os horários nos quais po-
derá trabalhar. Ser sugerido um padrão
de qualidade por uma das parceiras não
enseja, necessariamente, em subordi-
nação ao seu poder diretivo.
Na relação de parceria devem sem-
pre haver obrigações reciprocas, divi-
são de lucros e prejuízos e ampla auto-
nomia para exercer o trabalho. A vonta-
de das partes é questão preponderante!
O contrato de parceria empresarial
deverá ser acompanhado:
I - documento de identificação dos
parceiros, representantes legais e teste-
munhas;
II - caso a relação se molde com
pessoa jurídica, o estatuto social, con-
trato social, ato constitutivo da pessoa
jurídica ou, outros documentos que
comprovem serem representantes auto-
rizados.
Para terminar, publiquei no nosso
Canal um vídeo justamente sobre esse
tema, não deixe conferir e se inscrever:
N Lauren J. L. F. Teixeira Alves
Contrato de parceria e vínculo empregatício
Crea-ES e Governo do Estado:
Reunião define
criação de normas
para manutenção de
obras públicas
Norminha
Em reunião no Palácio Anchieta com o
governador do Estado, Renato Casa-
grande, a presidente do Crea-ES, enge-
nheira civil Lúcia Vilarinho, participou
da discussão para elaboração de nor-
mas para execução e manutenção de o-
bras públicas no Espírito Santo. Foi de-
finida a criação de um grupo de trabalho
dentro do Conselho Estadual de Obras
Públicas para organizar essa normatiza-
ção.
A presidente do Crea-ES ressaltou a
necessidade da manutenção das obras
públicas. “Precisamos construir proce-
dimentos para manutenção, além de ga-
rantir recursos nos editais para serem
aplicados após a entrega das obras”,
afirmou Lúcia Vilarinho.
Presentes o diretor geral do Departa-
mento de Estradas de Rodagem (DER-
ES), Luiz Cesar Maretto; o procurador-
geral do Estado, Rodrigo Francisco de
Paula; o presidente da Comissão de In-
fraestrutura da Assembleia Legislativa,
deputado Marcelo Santos, representan-
tes de entidades como Sinduscon, Sin-
dicopes e Sinaenco, além do vice-pre-
sidente da Abenc-ES, Jaime Veiga, se-
cretários de Estado e demais autorida-
des.
O diretor do DER-ES ressaltou que
os órgãos fiscalizadores devem contar
com engenheiros na auditoria de obras
públicas. Já o vice-presidente da A-
benc-ES enfatizou a necessidade de
melhoria da qualidade dos projetos. N
Cursos:
Vitória (ES) : Higiene
Ocupacional;
Araçatuba (SP):
Elaboração de
Laudos/Ltcat;
Presidente Prudente (SP):
Workshop sobre eSocial
Crise segue, e 23% das usinas de etanol e açúcar estão
paradas nesta safra
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Norminha
Das 444 usinas do país, 101 ou 23%
não devem moer cana-de-açúcar nes-
ta safra, segundo levantamento da RP
A Consultoria, especializada no setor
sucroalcooleiro. O número supera o
da safra 2017/2018, quando ficaram
sem operar 97 usinas, sinalizando
que a recuperação do setor atingido
por uma forte crise desde 2011 ainda
não começou.
As usinas com produção paralisa-
da nesta safra não se restringem às 23
unidades falidas ou às 31 em recupe-
ração. Há também 47 que estão com
situação jurídica normal.
Falta matéria-prima para moer ca-
na
Ricardo Arruda Pinto, diretor da R
PA, disse que essas usinas não vão
moer cana por falta de matéria-prima.
Um exemplo é o grupo Raizen que tem
26 usinas, mas as de Araraquara (SP)
e Dois Córregos (SP) não vão operar
nesta safra. A cana dessas regiões es-
tá sendo redirecionada para outras
unidades do grupo visando reduzir
custos.
O número de unidades que entra-
ram em recuperação judicial também
aumentou no último ano, de 68 para
80. Só nos últimos 30 dias, duas
companhias sucroalcooleiras passa-
ram a esse status jurídico por não
conseguir pagar seus credores. São
elas: a Itajobi Açúcar e Álcool, da re-
gião de Catanduva (SP), e o grupo
Santa Terezinha, do Paraná, que vai
paralisar três de suas dez usinas. Ou-
tras 19 plantas, segundo Ricardo Pin-
to, podem entrar em recuperação até
o final do ano.
Usinas falidas vão produzir
Há quatro casos excepcionais de
unidades falidas que irão moer cana
nesta safra. Uma delas é a Usina São
Fernando, em Dourados (MS), de Jo-
sé Carlos Bumlai, que responde a
processo na Lava Jato. A operação es-
tá a cargo do administrador da massa
falida.
No Nordeste, duas usinas falidas
reativadas pelo modelo de cooperati-
vismo receberam nesta semana o in-
centivo da ministra da Agricultura, Te-
reza Cristina, que esteve em Petrolina
(PE). A outra unidade falida que está
funcionando é a Pau D’Alho, de Ibi-
rarema (SP).
O diretor da RPA afirmou que uma
das causas da crise do setor é que, de
2004 a 2010, as usinas aumentaram
em 40% sua capacidade de moagem
de cana. O excesso de oferta indus-
trial, no entanto, não teve reflexo na
demanda porque não vingou a política
de vender etanol para o mundo.
Canaviais velhos derrubam produ-
tividade
Outro problema é a idade do cana-
vial, que está aumentando e derru-
bando a produtividade ano a ano. A
renovação deveria ocorrer após o
quinto corte, mas já se estende para
6,4 cortes. “A questão é custo. Reno-
var o canavial custa cerca de R$ 8.000
o hectare. Só tratar custa R$ 1.800.”
Segundo o especialista, 2019 ain-
da não é ano de recuperação do setor.
Para isso acontecer, seria necessário
ter preços bem melhores do álcool e
açúcar.
Governo vai interferir no preço da
gasolina?
A perspectiva para o etanol é boa,
se não houver repetição da política de
interferência no preço da gasolina,
mas o preço do açúcar está baixo há
um ano e meio, tornando a safra mais
alcooleira. Nenhuma usina, no entan-
to, tem capacidade de fazer 100% eta-
nol ou 100% açúcar. Chega ao máxi-
mo a 70% e 30%.
Evandro Gussi, diretor-presidente
da Única (União da Indústria de Cana-
de-Açúcar), afirmou que o setor ainda
sofre sequelas da política intervencio-
nista de preços da gasolina do gover-
no Dilma Rousseff, que levou quase
120 usinas a fechar naquele período.
“Mas hoje temos mais de 50% do se-
tor com baixa alavancagem e alta ca-
pacidade de buscar recursos.”
Segundo o executivo, a perspecti-
va de o Renovabio (nova política naci-
onal de biocombustíveis visando se-
E-Social e os Condomínios
ESocial já conta com mais de 50% dos trabalhadores
cadastrados Norminha
Os trabalhadores que estão no eSocial
já começam a se beneficiar das inúme-
ras vantagens que o sistema oferece,
principalmente em relação à segurança
jurídica e transparência das informa-
ções. A prestação das informações ao
sistema, como se sabe, substituirá o
preenchimento e a entrega de formulá-
rios e declarações separados a cada en-
te, substituindo, dessa forma, até 15 o-
brigações periódicas para os emprega-
dores brasileiros.
O primeiro grupo de empregadores,
constituído por 13 mil grandes empre-
sas e 11,5 milhões de trabalhadores, já
completou o processo de migração pa-
ra o novo sistema. O segundo grupo,
composto por empresas de médio por-
te, cujo faturamento ficou entre R$ 4,8
milhões e R$ 78 milhões em 2016 e que
não sejam optantes pelo Simples Na-
cional, está em fase de substituição da
GFIP para recolhimento de Contribui-
ções Previdenciárias referentes à com-
petência de abril/2019.
Já o terceiro grupo, formado por
empregadores optantes pelo Simples
Nacional, empregadores pessoa física
(exceto doméstico), produtor rural e en-
tidades sem fins lucrativos, encontra-se
no período de prestar informações rela-
tivas ao cadastro e às tabelas do empre-
gador, definido com primeira fase da
implementação do sistema.
Atualmente, já estão cadastrados
mais de 24 milhões de trabalhadores, o
que representa mais de 50% do total de
46 milhões de cadastros esperados. N
Revista Cipa
formação que deve ser prestada e os
prazos. O sindico é o responsável legal
pelo condomínio, tem obrigação de a-
companhar o cumprimento de todas as
exigências no sistema, devendo estar
atento a todas as ações relacionadas
aos funcionários contratados e terceiri-
zados.
Os condôminos não terão nenhuma
participação no e-Social, a não ser o
rateio das multas eventualmente im-
postas ao condomínio, em caso de des-
cumprimento das novas regras.
Em curto período, o sistema será
uma fundamental arma organizacional
para as administradoras de condomí-
nio, no que se refere as obrigações em-
tre patrões e empregados. O sistema
estabelecerá uma rotina inflexível de
verificação de tais obrigações, o que a-
carretará uma melhor administração
dos funcionários.
Não haverá responsabilidade do
condomínio para o lançamento das in-
formações dos funcionários terceiriza-
dos no sistema do e-Social, pois cada
empresa prestadora de serviços será
responsável pelo cumprimento das no-
vas regras em sua integralidade, sem
transferir qualquer responsabilidade
aos tomadores de serviços.
Vale ressaltar também, que os con-
domínios que não possuem funcioná-
rios também devem acessar o sistema,
informando o “Sem Movimento”. N
Mayara Silva Escritório Mayara Silva Advocacia
tor com baixa alavancagem e alta ca-
pacidade de buscar recursos.”
Segundo o executivo, a perspecti-
va de o Renovabio (nova política naci-
onal de biocombustíveis visando se-
gurança energética e redução de e-
missões de gases causadores do efei-
to estufa) começar a rodar em 2020 é
o fator de maior estímulo para o setor
no médio prazo, porque vai consoli-
dar o Brasil como referência global de
mobilidade sustentável, garantir pre-
visibilidade aos investimentos e pre-
miar a eficiência, o que acarretará um
setor sucroenergético maior e melhor.
Gussi disse que uma das maiores
demandas do setor, o aumento da
produtividade agrícola, pode ser re-
solvida com o Renovabio porque, pa-
ra cumprir as metas de descarbo-
nização, vai haver uma demanda de
mais 50% ou 60% de etanol. “Isso vai
inspirar e atrair investimentos tam-
bém para o perfil agrícola.” N
Economia UOL
Norminha
O e-Social é um novo sistema de
gerenciamento unificado de informa-
ções sobre o trabalhador brasileiro, cri-
ado pelo Governo Federal para reduzir a
burocracia na transmissão de dados en-
tre empresas e os órgãos de controle. A
prestação das informações ao e-Social
substitui o preenchimento e a entrega
de formulários e declarações separados
a cada ente.
O objetivo é padronizar e unificar a
transmissão, validação, armazenamen-
to e distribuição das informações fis-
cais, trabalhistas e previdenciárias dos
trabalhadores. É uma nova ferramenta
de controle, no que se refere ao fiel
cumprimento das obrigações legais, in-
cidentes sobre a folha de pagamento.
A adequação a nova ferramenta, é o
fiel cumprimento das obrigações traba-
lhistas, previdenciárias e fiscais, ou se-
ja, os empregadores que cumprem suas
obrigações sociais e tributárias apenas
prestarão as respectivas informações,
entretanto, nos casos dos condomínios
que descumprem as regras, deverão a-
dequar-se à lei para que tais problemas
não sejam detectados na implementa-
ção do sistema. Haverá o devido moni-
toramento, ensejando assim a possibi-
lidade imediata de notificações fiscais e
autuações, por parte do fisco envolvido
no e-Social.
Caso não haja o envio das informa-
ções ou o envio fora do prazo, ensejará
a aplicação de multas administrativas,
da mesma forma que existe nos dias a-
tuais. A diferença está no fato de que a
fiscalização será instantânea, o que hoje
é praticamente inexistente.
É de suma importância que o síndico
procure ter conhecimento do tipo de in-
Fundacentro e
SRTb/SP realizam
evento em memória
às vítimas de
acidentes e
doenças do
trabalho
Atividade ocorre no auditório Edson
Hatem do Centro Técnico Nacional -
CTN em São Paulo
Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
A Fundacentro (Centro Técnico Na-
cional) e a Superintendência Regional
do Trabalho no Estado de São Paulo -
SRTb/SP realizam evento em Memó-
ria das Vítimas de Acidentes e Doen-
ças Relacionadas ao Trabalho no dia
25 de abril, a partir das 13h30, em
São Paulo/SP. A atividade faz parte da
Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho 2019, que tem
como tema gestão de riscos ocupa-
cionais.
Também remete ao Dia Interna-
cional em Memória das Vítimas de A-
cidentes e Doenças relacionadas ao
Trabalho, fruto de um movimento
nascido no Canadá, que ganhou o
mundo. A escolha da data se deu por
conta de um acidente ocorrido em 28
de abril de 1969, nos Estados Unidos,
onde a explosão de uma mina matou
78 trabalhadores.
O objetivo do evento, em São Pau-
lo/SP, é promover a discussão sobre
a importância da gestão da Segurança
e Saúde no Trabalho na prevenção
dos acidentes de trabalho e adoeci-
mento dos trabalhadores e trabalha-
doras. Além disso, busca propiciar a
reflexão para mudanças de atitudes
com relação ao gerenciamento de ris-
cos e os seus reflexos na economia de
forma geral. N
Presidente Prudente (SP) terá
Workshop sobre eSocial no dia
24 de maio de 2019
Não deixe que a concorrência vire uma desculpa. Encontre alternativas
e novas habilidades
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Norminha
Há umas duas semanas, eu e minha
esposa passamos uns dias na cidade –
se você não me conhece, meu nome é
Pedro, sou advogado, trabalho em ho-
me office e moro num sítio, belê?
Era uma segunda-feira como outra
qualquer. De um café, escrevi pela ma-
nhã, respondi alguns e-mails, almocei
e, à tarde, depois de terminar alguns
trabalhos, fiz algo que eu ainda não ti-
nha feito quando estou na selva de pe-
dras. Procurei no Google algum evento
para ir à noite e conhecer pessoas no-
vas.
Achei que não ia encontrar nada. A-
final, era uma segunda-feira, à noite.
Para minha surpresa, tinha uma reunião
de jovens advogados na sede da OAB
da cidade.
Na descrição do evento não falava e-
xatamente o que seria, mas fui prepara-
do para alguma palestra ou algo do ti-
po. Quando cheguei lá, encontrei um
círculo no meio do salão. Era uma reu-
nião bem informal, onde cada um se a-
presentava e falava um pouco do seu
trabalho.
Fiquei um pouco receoso, já que eu
era o único “de fora”, além de ser um
pouco tímido. Mas, naquele momento,
não dava mais pra sair correndo.
Bom, chegou a minha vez de me a-
presentar.
“Olá, meu nome é Pedro, sou advo-
gado e, além de advogar, eu produzo
conteúdo para outros advogados e es-
critórios de advocacia, e também pro-
curo inspirar esses caras a construírem
um negócio jurídico totalmente online,
a fim de que tenham mais tempo livre,
mobilidade e menos custos. Há um ano
moro num sítio com a minha esposa e
nossa yorkshire.”
Foram essas as minhas palavras.
Um “discurso de elevador” bem deco-
rado porque falo muito do meu traba-
lho, mas suficiente para despertar a cu-
riosidade da galera.
Não estou aqui para me gabar. Não
tem nada novo aí. Já conversei com um
advogado que também mora num sítio
há mais de 25 anos, além de tantos ou-
tros que deixaram seu escritório físico e
atendem seus clientes de maneira re-
mota, morando em outros países, in-
clusive.
O que eu quero dizer para você com
esse texto é que existem muitas possi-
bilidades. O direito é tão amplo, na ver-
dade, que você pode optar por, inclu-
sive, advogar, como disse o advogado
Pedro Ribeiro em uma palestra para es-
tudantes de direito.
Já faz um tempo que tenho buscado
formas de deixar o meu trabalho mais
interessante e também fazer coisas in-
teressantes com o meu trabalho. Elas
existem. Escrever foi uma habilidade
que aprendi na própria faculdade de di-
reito e, só depois de anos, vi que era al-
go que eu gosto de fazer e que poderia
ser uma alternativa para ganhar dinhei-
ro além da advocacia.
Para mim, a profissão não é um fim
em si mesmo, apenas para eu me gabar
que “sou um advogado”, mas um meio
de alcançar a vida que eu quero. Acho
que a gente deveria ter a profissão em
prol da nossa vida, não a nossa vida em
prol da profissão.
Eu sempre quis viajar e ter liberdade
para estar onde eu quisesse, sem ter
que esperar as férias pra isso. Ao con-
trário do que eu queria, minha vida es-
tava passando enquanto eu assistia
sentado numa cadeira de escritório. Foi
uma fase que tive que passar para a-
prender, mas eu não queria aquilo para
o resto da vida.
Sem essa ilusão de “largar tudo para
fazer o que se ama”, fiquei pensando
como eu poderia ser mais feliz com o
meu trabalho e usar a minha profissão,
meu conhecimento e minhas experiên-
cias para construir a vida mais livre que
eu queria.
Desde Janeiro de 2017 advogo sozi-
nho em home office. Nesse tempo, ape-
sar de ter passado por dificuldades que
só quem assume o protagonismo da vi-
da sabe do que eu estou falando, viajei,
fiz música, escrevi para o Migalhas, A-
mo Direito, befreela, fui convidado para
ser colunista em uma revista impressa
e digital (a edição sai esse mês!), co-
nheci gente e plataformas interessantes,
e ajudei alguns advogados a serem vis-
tos e também encontrarem ou criarem
suas próprias oportunidades.
Sem eu perceber, acabei desenvol-
vendo novas habilidades e novos traba-
lhos foram sendo criados. Pelo menos
novos para mim.
A verdade é que, quem procura, acha.
Concorrência sempre vai existir em
qualquer área. Inclusive, sempre vai ter
gente melhor do que eu ou você. Mas o
seu foco não pode ser esse. O seu foco
tem que ser você e sua capacidade de
aprender e desenvolver sua própria pro-
fissão, seja advogando, escrevendo ou
fazendo qualquer outra coisa. N
Pedro Custódio
Advogado que carrega
o escritório na mochila e escreve
Senac Birigui oferece curso técnico
em teatro, de graça Fotos: Marcelo F. Fernandes
Norminha
Em parceria com a Secretaria de Cultura
e Turismo de Birigui (SP), o Senac Biri-
gui oferece, pela primeira vez, 30 vagas
gratuitas para o Técnico em Teatro, que
inicia no dia 29 de abril.
O curso tem 800 horas de carga ho-
rária - aproximadamente 14 meses de
duração - e será nos mesmos moldes
do Técnico em Teatro oferecido pelo
Senac Araçatuba que, durante seus dez
anos de atividade, já formou e consa-
grou diversos atores e grupos artísticos
de toda a região. É uma capacitação que
permite aos alunos exercerem a pro-
fissão de ator em diversas áreas de a-
tuação, como teatro, cinema, televisão,
empresas de vídeo e radiodifusão, além
de espaços não convencionais para a-
presentação de espetáculos.
Em Birigui, as aulas gratuitas serão
de segunda a sexta-feira, das 13h30 às
17h30, no CEU das Artes (Centro de Ar-
tes e Esportes Unificados), que fica na
Av. João Cernach, esquina com a Rua
das Tulipas, no bairro Cidade Jardim.
As inscrições devem ser feitas no
próprio CEU das Artes e os interessa-
dos devem levar RG (cópia simples),
CPF (cópia simples); Certificado/Histó-
rico Escolar de conclusão do Ensino
Médio ou Declaração de escola com-
provando estar cursando, no mínimo, o
segundo ano do ensino médio. Para os
menores de idade, será necessário levar
também cópia do RG e do CPF do res-
ponsável legal.
Quem quiser outras informações,
também pode entrar em contato com o
Senac Birigui, que fica na rua Bento da
Cruz, nº 284, Centro. O telefone é o (18)
3643-1650.
Mais sobre o curso
O Técnico em Teatro foca no desen-
volvimento das competências essenci-
ais do ator, por meio de improvisações
individuais e coletivas e, para isso, uti-
liza recursos vocais, corporais, emoci-
onais, plásticos e tecnológicos, com o
objetivo de transmitir ao espectador o
conjunto de ideias, situações e ações
dramáticas, aliando sua criatividade às
indicações do diretor e ao compromis-
so ético-ambiental.
Quem concluir o curso com a apro-
vação de todas as unidades curriculares
que compõem o programa, e compro-
var a conclusão do Ensino Médio, rece-
be o diploma de Técnico em Teatro,
com validade nacional. N
Em Minas Gerais,
Fundacentro
homenageia
trabalhadores
vítimas de Mariana
e Brumadinho
Evento será realizado em 29 de
abril no auditório da instituição
em Belo Horizonte/MG
Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
A Fundacentro (Centro Regional de
Minas Gerais) prestará um tributo em
memória às vítimas de acidentes e do-
enças relacionadas ao trabalho, espe-
cialmente às vítimas do setor de mi-
neração, em evento a ser realizado no
dia 29 de abril, no auditório da insti-
tuição. A homenagem será realizada
pelo Quinteto de Cordas da Orquestra
da COINJ-TJMG, que fará uma apre-
sentação musical em memória dos
trabalhadores de Mariana e Bruma-
dinho, seguida de palestras.
A Fundacentro, em Minas Gerais,
está localizada na Rua Guajajaras, nº
40, 13º andar, no Centro de Belo Hori-
zonte.
O evento trará a mesa redonda “Em
Memória dos Trabalhadores de Mari-
ana e Brumadinho”. O chefe da Fun-
dacentro em Minas Gerais, Erico Tor-
res, dará a palestra: Contra o Des-
perdício da Experiência: Tragédias em
Mariana e Brumadinho. Torres é en-
genheiro civil, advogado e mestre em
Engenharia de Produção. Já o pro-
fessor da Faculdade de Educação da
Universidade Federal de Minas Gerais
- FAE/UFMG, Claudio Scliar, aborda-
rá a temática: Minas, Não Há Mais?:
Minas Gerais, Mineração e Sustenta-
bilidade. Scliar é geólogo e doutor em
Geociências.
O médico e auditor do Trabalho da
Superintendência Regional do Traba-
lho - SRT/MG, Mario Parreiras, que é
mestre em Saúde Pública, terá a últi-
ma fala da mesa, com o título – Me-
deias Mineiras: vida e Morte no Setor
de Mineral.
Confira a programação completa e
mais detalhes sobre o Dia Mundial de
SST – Tributo às Vítimas de Acidentes
e Doenças do Trabalho e Homenagem
aos Trabalhadores (as) no Setor de
Mineração.
N
Near Miss Norminha
É uma expressão frequentemente utilizada na área de engenharia de segurança e
medicina do trabalho para se referir a uma situação anomola que poderia ter resul-
tado em uma ocorrência acidental no ambiente de trabalho. Conhecida também co-
mo “Quase Acidente”, caracteriza-se como um diagnóstico, um alerta ou alarme pa-
ra identificar sua possível potencialização em direção a um acidente fatal. Portanto,
um evento que deve ser considerado para registro e posterior análise como forma
de controle em tempo hábil.
Por incompetência, os gestores de uma planta produtiva, preocupam-se excessi-
vamente com os custos imediatos de uma produção, quando deveriam, por compe-
tência gerencial, observar os passivos gerados pelos incidentes em toda a cadeia
produtiva da organização, algo que em pleno século XXI permanece ignorado pelos
presidentes, diretores, gerentes, supervisores, chefes, coordenadores, encarrega-
dos e lideres, que desconhecerm a importância de se valorizar administrativamente
as ocorrências sutis das ocorrências classificadas como: Near Miss, quase aciden-
tes, incidentes.
Estudos, pesquisas e análises comprovam, desde 1986, quando “Bird” e “Ger-
main” apresentaram resultados de 1.700.000 ocorrências de acidentes reportados
por 297 companhias, com mais de 3 bilhões de horas-homem expostos a riscos,
concluindo a Pirâmide de Acidente, quando 600 ocorrências de erros (near miss ou
quase acidente) banais gerariam diversos desvios sem qualquer resultado danoso
e, 30 ocorrências de erros (incidentes) gerariam danos ao patrimônio, 10 ocorrên-
cias de erros (acidentes) gerariam ferimentos e em seguida, se nada for feito para
controle da situação na base, o resultado será de 1 acidente grave/fatal.
A redução de incidentes influenciará na eliminação de acidentes e, se houver a
tolerância de ocorrência de incidentes, haverá naturalmente as ocorrências de aci-
dentes em virtude de sua potencialização, além das perdas de tempo e de materiais.
Estamos nos limitando apenas aos 10% dos problemas visíveis, enquanto o res-
tante de 90% permanecem ocultos e próximos de uma expansão por ausência de
controle.
Segundo Wikipedia (2007), Near Miss (Quase Acidente) é um evento não plane-
jado que não resultou em ferimento, doença ou danos, mas teve o potencial para
tal, quando somente um ruptura na corrente de evento impediu um ferimento, um
dano ou uma fatalidade.
Em um Fórum da NIOSH-National Institute for Occupational Safety and Health
(2005), o conceito de Quase Acidente (Near Miss) é assim definido: -evento indese-
jável que tem o potencial para tornar-se um incidente ou acidente. Não há caracte-
rísticas de prejuízo (injury) ou dano a propriedade.
Ocorrência Laboral Resultado
Near Miss / Quase Acidente Sem prejuizo, sem dano, sem vítima (susto)
Incidente Com prejuízo, com dano, sem vítima (fato)
Acidente Com prejuízo, com dano, com vítima
Case 1 –no primeiro gotejamento haveria de ter uma ação proativa
-Bhopal, Índia, 23 de Dezembro de 1984, 23h30min, um operador detectou vaza-
mento de água próximo tanque que continha Metil Isocianato, que reagiram violen-
tamente e provocaram a liberação de uma grande quantidade de gases tóxicos para
a atmosfera, resultando em 4.000 mortes e 4.000.000 de feridos.
Case 2 –na primeira alteração de temperatura haveria de ter uma ação provativa.
-Chernobyl, Ucrânia, 26 de Abril de 1986, 01h23min, um experimento em um reator
nuclear deu errado, resultando no superaquecimento e explosão do reator nº 4. A
radioatividade liberada cobriu um extensa área, afetando aproximadamente 3 mi-
lhões de pessoas, quando 10.000 morreram mais tarde e 32 morreram de imediato.
A verdadeira prevenção de acidente de trabalho está presente na base:near miss N
Jorge Gomes - Professor Freelance
Especialista em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
Em Campinas, Broto Legal realiza
treinamento em espaços confinados
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Workshop NR-33 em São Paulo Norminha
Será realizado em São Paulo (Capital) o Workshop NR-33 e atualização NBR 16.577
- Espaços Confinados, no dia 25 de abril de 2019, a partir das 19 horas.
O evento será no Instituto de Engenharia que fica na Avenida Dr. Dante Pazza-
nese, 120 – Vila Mariana, Capital paulista.
A palestrante será Paula Scardino que foi Presidente da ABS – Agência Brasil
de Segurança, Coordenadora nacional da NBR 16.577 (antiga 14.787) da ABNT e
ministra cursos de prevenção de acidentes em espaços confinados e radiação ele-
tromagnética.
O evento tem apoio do CREA-SP e os temas a serem abordados são: Teoria dos
gases perigosos: explosimetria; Técnicas de medição atmosférica aplicada a espa-
ços confinados; Set point de alarme dos gases para conformidade legal; Teste de
resposta e ajuste em detectores de gás; Interpretação das medidas.
Uma realização dos Engenheiros Jerônimo Cabral, Roberto Kochen e Jefferson
D. Teixeira da Costa. N
Norminha
A empresa Broto Legal Alimentos S.A.
situada em Campinas/SP, realizou a ca-
pacitação de Trabalhos em espaço con-
finados de acordo com a Norma Regu-
lamentadora nº33 da portaria 3.214 do
então Ministério do Trabalho.
O treinamento foi ministrado pela
Engenheiro de Segurança do Trabalho
Lusivan da Empresa SGISO e pelo téc-
nico de segurança do trabalho da Broto
Legal João Vicente Provinciato Neto.
Teoria com todas as informações
Prática para assimilar ações
https://sistema.tstonline.com.br/login/termo
Principais causas de acidentes de trabalho
Entender as principais causas de acidentes de trabalho é o primeiro passo para preveni-los e promover mais segurança
e qualidade de vida aos trabalhadores.
O que você precisa saber sobre o
Adicional de Insalubridade
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Norminha
Entender as principais causas de
acidentes de trabalho é o primeiro
passo para preveni-los e, assim, pro-
mover mais segurança, saúde e quali-
dade de vida aos trabalhadores.
Entre as principais causas de aci-
dentes de trabalho no Brasil, desta-
cam-se:
Não utilizar o epi adequado
Negligência na instrução ao traba-
lhador
Falta de conhecimento técnico
Atitudes imprudentes
Ausência ou negligência na fisca-
lização.
Não-cumprimento de leis traba-
lhistas.
Negligência aos direitos dos tra-
balhadores.
Não-manutenção ou não-reposi-
ção de maquinários.
Principais Causas de Acidentes de
Trabalho: Atitudes de Risco
Entre os trabalhadores, apurou-se
que existem outras atitudes que nos
levam às principais causas de aciden-
tes de trabalho. São elas:
Atender ao celular durante o expe-
diente ou em trânsito.
Discussões sobre futebol.
Fofocas no ambiente de trabalho.
Fase final de uma obra.
Manter encarregados que não se
relacionam bem com a equipe.
Mudanças inesperadas de turno.
Há outro elemento que acaba le-
vando às principais causas de aciden-
tes de trabalho. Trata-se de não comu-
nicar acidentes que quase chegam a
acontecer ou lesões leves que não im-
pedem o andamento do trabalho, tais
como:
Prensamento de dedos nas portas.
Unhas roxas causadas por panca-
das.
Arranhões em superfícies ásperas.
Pequenas lesões por transitar en-
tre equipamentos.
Na maioria dos casos, isso acaba
acontecendo por medo do trabalhador
- de ser advertido, punido, perder o
emprego, ser visto como descuidado
ou mesmo de sofrer bullying – da re-
ação de seus colegas e superiores
quanto ao acontecido.
É preciso pensar e reavaliar essas
atitudes. Treinamentos que tragam
empregadores e trabalhadores à
consciência são uma possível solu-
ção, além do DDS. O importante é as-
ber que somente compreendendo as
principais causas dos acidentes de
trabalho é possível fazer a prevenção
correta e poupar milhares de trabalha-
dores e empregadores de consequên-
cias que, às vezes, são para toda a
vida.
N
Falando de Proteção
Norminha
Seguindo a mesma linha de
pensamento de meus textos anteriores,
os convido a entender um pouco mais
sobre o Adicional de Insalubridade. Es-
te que não pode ser confundido com
outros adicionais.
Radio SESMT1 http://radiosesmt1.agora
noar.com.br/
Primeiramente determina a Consoli-
dação das Leis do Trabalho - CLT em
seu artigo 189, literalmente:
Art.. 189 - Serão consideradas ativi-
dades ou operações insalubres aquelas
que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os em-
pregados a agentes nocivos à saúde,
acima dos limites de tolerância fixados
em razão da natureza e da intensidade
do agente e do tempo de exposição aos
seus efeitos.
O artigo 191 do mesmo diploma le-
gal, dispõe que o Ministério do Traba-
lho aprovará o quadro das atividades e
operações insalubres e adotará normas
sobre os critérios de caracterização da
insalubridade, os limites de tolerância
aos agentes agressivos, meios de pro-
teção e o tempo máximo de exposição
do empregado a esses agentes.
Seguindo este mandamento, as ati-
vidades de operações insalubres estão
dispostas da Norma Regulamentadora
15 (NR 15), e em seus anexos estão de-
terminados os agentes nocivos e suas
peculiaridades.
É possível ainda a eliminação ou a
neutralização da insalubridade que po-
derá ocorrer com a adoção de medidas
que conservem o ambiente de trabalho
dentro dos limites de tolerância ou com
a utilização de equipamentos de prote-
ção individual ao trabalhador, que di-
minuam a intensidade do agente agres-
sivo a limites de tolerância.
Quanto ao adicional em si, o exercí-
cio de trabalho em condições insalu-
bres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Traba-
Norminha
A concessão da aposentadoria especial
tem como intuito proteger o trabalhador
que esteve exposto a condições preju-
diciais à saúde ou a integridade física.
Está prevista na Constituição Fede-
ral, onde dispõe que no artigo 201, § 1º:
§ 1º É vedada a adoção de requisitos
e critérios diferenciados para a conces-
são de aposentadoria aos beneficiários
do regime geral de previdência social,
ressalvados os casos de atividades e-
xercidas sob condições especiais que
prejudiquem a saúde ou a integridade
física e quando se tratar de segurados
portadores de deficiência, nos termos
definidos em lei complementar.
Também é assegurado no artigo
40,§ 4º da Constituição, no âmbito dos
servidores públicos:
§ 4º É vedada a adoção de requisitos
e critérios diferenciados para a conces-
são de aposentadoria aos abrangidos
pelo regime de que trata este artigo,
ressalvados, nos termos definidos em
leis complementares, os casos de ser-
vidores:
I portadores de deficiência;
II que exerçam atividades de risco;
III cujas atividades sejam exercidas
sob condições especiais que prejudi-
quem a saúde ou a integridade física.
Ressalto que na legislação anterior
já havia a previsão de aposentadoria es-
pecial.
Portanto, ao analisar um caso, o ad-
vogado deve verificar as regras
jurídicas de cada período, bem como a
regra a-tual para verificar o que será
aplicado.
Atividade especial
A profissão de vigilante, vigia ou da-
quele que exerce alguma atividade pro-
fissional da área da segurança é consi-
derada como nociva à integridade
física, pois as funções precípuas é
proteger um patrimônio ou pessoas.
Portanto, no caso de um assalto, o
vigilante pode sofrer uma lesão ou até
ser morto. Isto é, o risco é inerente à
profissão.
Aposentadoria do vigilante
Requerimento administrativo
O segurado que exerce a profissão
de segurança, vigia ou vigilante pode
requerer ao INSS o reconhecimento do
tempo especial até 1995, com base na
carteira profissional.
Requerimento judicial
Para período posterior, terá que in-
gressar judicialmente, isto porque o IN
vidade como perigosa. (REsp 1718876
PE 2017/0312963-2).
Em uma decisão mais recente do
STJ, o uso de arma de fogo não é ne-
cessário:
É possível o reconhecimento da es-
pecialidade da categoria profissional de
vigilante independente do uso de arma
de fogo ou não, desde que apresentadas
provas da permanente exposição do
trabalhador à atividade nociva. é possí-
vel o reconhecimento da especialidade
da categoria profissional de vigilante
independente do uso de arma de fogo
ou não, desde que apresentadas provas
da permanente exposição do trabalha-
dor à atividade nociva. (Recurso Espe-
cial nº 1.410.057 – RN).
Conclusão
Em regra, o segurado que exerce a
atividade profissional como vigilante
poderá se aposentar aos 25 anos.
A concessão da aposentadoria espe-
cial, como vimos, depende da compro-
vação do tempo especial por meios dos
seguintes documentos: carteira profis-
sional e o PPP.
Por fim, há decisões judiciais que
entendem que o vigilante deve compro-
var que o período de trabalho era com o
porte arma e outras decisões entendem
que todo o conjunto deve ser analisado
e não só se portava ou não arma de fo-
go. N
Ian Ganciar Varella
Advogado Previdenciário
lho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por
cento), 20% (vinte por cento) e 10%
(dez por cento) do salário-mínimo da
região, segundo se classifiquem nos
graus máximo, médio e mínimo.
Assim, o que se extrai é que o adi-
cional de insalubridade será calculado
sobre o valor do salário mínimo, po-
dendo o percentual variar de acordo
com o grau de nocividade: máximo,
médio ou mínimo.
O texto não esgota o assunto.
N
Fernanda Martins - Advogada
Aposentadoria especial para Vigilantes
SS não reconhece a atividade de risco
como especial mesmo nos casos em
que o segurado apresenta o PPP com as
devidas informações.
Comprovação do Direito
Então, é possível comprovar o tem-
po como especial da seguinte forma:
Até 1995: carteira profissional – no
INSS ou no Judiciário.
Após 28.04.1995: Formulário que
conste as informações de que o segu-
rado é vigilante e portava arma de fogo.
– no Poder Judiciário.
Entendimento do STJ
A aposentadoria do vigilante é con-
siderada como especial, conforme ex-
plicado acima.
Agora, veremos decisões recentes
do STJ sobre a aposentadoria especial:
Uso de arma de fogo?
Conforme a jurisprudência do STJ,
caracteriza-se o tempo de serviço espe-
cial, para fins de concessão de aposen-
tadoria por tempo de serviço, na hipó-
tese em que o segurado se utiliza de
arma de fogo na atividade de vigilante.
Isso porque o segurado se encontra ex-
posto a fator de enquadramento da ati-
Norminha
A sociedade atual é marcada pelo
pluralismo de ideias, de vontades indi-
viduais, de posicionamentos distintos e
de multiplicidade de demandas, sendo
o ser humano o centro das tomadas de
decisões. E na política das cidades não
é diferente, ao contrário, a política urba-
na deve buscar meios, formas e proce-
dimentos para inserir todo e qualquer
cidadão, dando a ele oportunidade de
exercer sua cidadania.
Assim, vem caminhando o Direito,
evoluindo de forma a reconhecer e a le-
gar direitos àqueles que outrora eram
postos à margem da sociedade, como
as pessoas com deficiência ou com
mobilidade reduzida, objeto do presen-
te artigo. É que, as cidades têm o dever
de se adaptar a essas pessoas e não ao
contrário, as cidades têm o dever de in-
seri-las no contexto urbano, dando-
lhes o direito de ir e vir com segurança
e autonomia a qualquer lugar, sem bar-
reiras e sem preconceitos.
Da proteção legal do deficiente
A primeira lei que estabeleceu crité-
rios para a promoção da acessibilidade
das pessoas com deficiência, ou com
mobilidade reduzida, foi a Lei nº 10.
098, promulgada em 20 de dezembro
de 2000. Após, em 2015 foi promul-
gada a Lei nº 13.146, conhecida como
Estatuto da Pessoa com Deficiência.
Assim, com base nessa Lei o Brasil
ratificou a Convenção Internacional so-
bre os Direitos das Pessoas com Defi-
ciência, através do Decreto Legislativo
nº 186, em 9 de julho de 2008, que en-
trou no ordenamento jurídico com sta-
tus constitucional, como previsto no
art. 5º, parágrafo 3º da Constituição Fe-
deral/88.
Nesse tratado, os países membros
se comprometem a assegurar e a pro-
mover o pleno exercício de todos os di-
reitos humanos e liberdades fundamen-
tais, por todas as pessoas com defici-
ência, sem qualquer tipo de discrimi-
nação por causa de sua deficiência.
Como se vê, existe legislação no or-
denamento pátrio protegendo os direi-
tos dos deficientes há mais de dezoito
anos, todavia, tal legislação não foi a-
colhida de forma efetiva pelos gestores
públicos, seja na esfera municipal, es-
tadual ou federal, afirmação essa de fá-
cil constatação, sem necessidade de
dados científicos, bastando a experiên-
cia diária em qualquer cidade, quando
se vê um cadeirante tentando se loco-
mover no município, tentando entrar
em um transporte coletivo, enfim, ten-
tando exercer sua cidadania e o seu
direito de ir e vir.
Desta forma, os sujeitos que, tanto a
Lei Federal nº 10098/2000, como o Es-
tatuto da Pessoa com Deficiência alcan-
çam, são pessoas portadores de defici-
ência e com mobilidade reduzida. Por
isso, a importância de entender a defini
Seminário Técnico:
Boas práticas em SST - Como prevenir
situações de crise?
Evento será em São Paulo (Capital) no dia 30 de abril de 2019
A cidade e as pessoas com deficiência: Quais os seus direitos?
Página 08/12 - Norminha - Nº 516 - 25/04/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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– Presidente do SINTESP
▪ José Bassili Gerente de Seguran-
ça do Trabalho – Seconci – SP;
09h30 Palestra: ‘’Competência e for-
mação para compliance’’
Palestrante: Dermeval Warner Bas-
tos Jr. – Engº Mecânico e de Segurança
do Trabalho
10h30 Intervalo para café
Rádio SESMT1 no seu computador! É só clicar e ouvir:
http://radiosesmt1.agoranoar.com.br/
Whats 18 99720-0431
10h45 Palestra: “Politica de confor-
midade’’
Palestrante: Antonio Pereira do Nas-
cimento - Engenheiro de Segurança do
Trabalho
11h45 Palestra: Andaimes Especiais
(Fachadeiro/Multidirecional) Como I-
novar - Aumentando a Segurança, Pro-
dutividade e Reduzindo Custos
Palestrante: Dario Mello Bastos Fi-
lho - Engenheiro, Diretor da JOG Enge-
nharia de Andaimes
12h15 Mesa: ‘’Responsabilidades
civil e criminal em grandes acidentes’’
Palestrante: Representante do Sindus
Con - SP
Debatedores:
• Representantes do MPT l SEESP l
CREA – SP
13h00 Intervalo para almoço
14h00 Palestra: ‘’Alimentação do tra-
balhador como fator de conformidade -
PAT’’
• Raphael Rodrigues – Gerente de
Relações Instituições – Ticket Edenred
• Representante do Conselho Regi-
onal de Nutrição – 3ª Região
14h30 Cases ‘’Gestão de SST para
prevenir situações de crise’’
Palestrante: Luciana Pontes – Engª
de Segurança do Trabalho – Adolpho
Lindenberg
15h00 Palestra: ‘’Ergonomia 4.0’’
Palestrante: Alessandro Júnio – Er-
gonomista
15h30 Espaço para debates e encer-
ramento.
Serviço:
Seminário Técnico: Boas práticas
em SST - Como prevenir situações de
crise? Rua Dona Veridiana, 55 – Santa
Cecília na capital paulista, no dia 30 de
abril de 2019. N
uso coletivo, entendido aqui a suas ga-
ragens, banheiros, devendo os centros
comerciais e estabelecimentos congê-
neres dispor de cadeira de rodas;
7 - Acesso ao transporte coletivo;
8 - Acesso em edifício privado a ca-
bine de elevador e respectiva porta;
9 - Acesso ao sistema de comunica-
ção e sinalização a pessoas portadoras
de deficiência sensorial e com dificul-
dade de comunicação, garantindo o a-
cesso à informação, à comunicação, ao
trabalho, ao transporte, à cultura e ao
esporte. Para efetivação desse direito, o
Poder Público deverá incentivar a for-
mação de profissionais intérpretes de
escrita em braile, linguagem de sinais e
de guias intérpretes;
10 - Acesso aos serviços de radiodi-
fusão sonora e de sons e imagens, com
uso da linguagem de sinais, garantindo
o acesso à informação às pessoas por-
tadoras de deficiência auditiva.
Deste modo, para que a legislação
em comento seja materializada, seja
cumprida, é necessária a interferência
urbana sem ônus para o Poder Público,
de forma a não desiquilibrar ou des-
respeitar seu orçamento, ponto essa
sensível para as Administrações Públi-
cas, e, com impacto direto na Lei de
Responsabilidade Fiscal, mais conhe-
cida como a Lei Complementar nº 101/
2000.
Desta forma, a interferência urbana
pode se dar por meio de obra nova, ou,
por meio de adaptações razoáveis. Sen-
do assim, na adaptação razoável o Po-
der Público modifica ou faz ajustes no
ambiente já existente, atendendo à re-
querimento pontual, de forma a não a-
carretar ônus desproporcional ou inde-
vido.
Nesse caso, cidades históricas de-
vem estar preparadas para receber to-
dos em seus museus, cidades praianas
devem estar preparadas para levar o de-
ficiente até a água, enfim, o acesso deve
ser para todos e em todo lugar!
Já na interferência com obra nova,
caberá ao Poder Público um olhar am-
plo, de forma a observar a especifi-
cidade de cada cidade, podendo contar
com programas de fomento do Estado,
com dotação orçamentária específica.
Ressalta-se, também que, para ha-
ver um acesso de todos é necessário
que a concepção de produtos, ambien-
tes, programas e serviços observem
normas de desenho universal, de forma
a acolher toda e qualquer deficiência,
inclusive a intelectual e a sensorial, a-
colhendo o analfabeto, e àqueles que
não têm desenvolvidos os cinco senti-
dos, como no caso o cego e o surdo,
quando transitarem pela cidade e quan-
do precisarem de transporte coletivo.
Todo cidadão tem direito de usufruir
a cidade como um todo, pois é na cida-
de que todos os direitos são exercidos.
N Blog: https://lucenatorresadv.wordpress.com
Colaboração da colunista Tânia Vaz
Baixada Santista realiza
seminário Unificado sobre SST
Em Memória às Vítimas de Acidentes
e Doenças Relacionadas ao Trabalho,
a Fundacentro e parceiros discutem
medidas de prevenção e segurança
Norminha Por Fundacentro/ACS - Débora Maria Santos
Em sua quinta edição, a Fundacentro
(Escritório de Representação da Baixa-
da Santista) promove Seminário Unifi-
cado sobre Segurança e Saúde no Tra-
balho, nesta quinta-feira, dia 25 de a-
bril, das 8h às 17h, no auditório do Sin-
dicato da Construção Civil, situado à
rua Júlio Conceição, nº 102 – Vila Ma-
thias – Santos – SP.
O evento alusivo em Memória às Ví-
timas de Acidentes e Doenças Relacio-
nadas ao Trabalho conta com a parceria
da Prefeitura de Santos e da Secretaria
de Inspeção do Trabalho (SIT) e de ou-
tras instituições. O objetivo é ampliar o
debate a respeito das causas, conse-
quências e medidas preventivas de aci-
dentes e adoecimentos no ambiente de
trabalho.
Além disso, essa iniciativa tem o
propósito de fortalecer a 5º edição da
participação da Fundacentro, no Movi-
mento Abril Verde e na Campanha Na-
cional de Prevenção de Acidentes de
Trabalho (Canpat). N
ção legal para pessoas com deficiência.
Da definição legal de pessoa com
deficiência
Quanto a definição legal de pessoa
com deficiência, compreende-se aquela
com impedimento a longo prazo, como
também o impedimento para a vida to-
da. Nesse conceito, estão inseridos não
só impedimentos físicos, mas também,
impedimentos mental, intelectual e sen-
sorial.
Nesse sentido, o impedimento inte-
lectual pode existir sob várias formas e
ter várias causas, principalmente em
um país de tamanho continental como o
Brasil e com tantas desigualdades so-
ciais, onde o analfabetismo ainda exis-
te, onde há pessoas com dificuldade de
ler uma placa de ônibus e de interpretar
um comando, como no chamado anal-
fabeto funcional. Existem ainda pessoas
que não têm o funcionamento total dos
cinco sentidos, como as pessoas cegas
e surdas.
A legislação, portanto, inseriu no
âmbito de tutela todos os indivíduos
com alguma deficiência, cabendo aos
gestores, quando da elaboração da po-
lítica de mobilidade urbana, olhá-los e
trazê-los para o centro das discussões,
como indivíduos possuidores de direi-
tos como qualquer outro.
Neste azo, passamos a analisar 10
(dez) direitos que possuem pessoas
com deficiência na Cidade.
Quais são os 10 direitos das pes-
soas com deficiência na Cidade?
De forma genérica, a Lei impõe que
todo espaço de uso público precisa e-
xistir de forma acessível para todas as
pessoas, inclusive para aquelas porta-
doras de deficiência ou mobilidade re-
duzida, sendo direito dessas pessoas:
1 - Acesso a brinquedos e equipa-
mentos de lazer, devendo ser reservado
em parques no mínimo 5% (cinco por
cento) de cada brinquedo e equipa-
mento de lazer, de forma que estejam a-
daptados e identificados, possibilitando
o uso por todos os deficientes, inclu-
sive visual ou com mobilidade reduzi-
da;
2 - Acesso a todos os percursos, de
forma que todo o itinerário e passagens
observem normas técnicas que darão
suporte a um projeto e a um traçado ur-
bano, capaz de acolher o deficiente;
3 - Acesso a banheiros em lugares
públicos, devendo ser reservado no mí-
nimo um banheiro adaptado;
4 - Acesso a vagas sinalizadas em
estacionamento, localizados em vias ou
em espaços públicos, devendo ser e-
quivalente à dois por cento do total de
vagas, ou, no mínimo, uma vaga;
5 - Acesso a calçadas e passeios pú-
blicos sem barreiras, como postes, se-
máforos ou qualquer outro elemento
vertical, devendo, quando instalado
qualquer mobiliário urbano e este ofere
cer risco de acidente, ser indicada sina-
lização tátil de alerta de piso;
6 - Acesso a prédios públicos ou de
Norminha
Será realizado no SindusCon/SP, Rua
Dona Veridiana, 55 – Santa Cecília na
capital paulista, no dia 30 de abril de
2019 (terça-feira).
Inscrições gratuitas:
[email protected] (No-
me, Empresa, Cargo, Tel e E-mail).
Programação:
09h00 Mesa de Abertura
▪ Representante do SindusCon – SP
▪ Marcos Antonio de Almeida Ribeiro
Fundacentro e IFPS realizam evento em memória às vítimas
de acidentes e doenças do trabalho
Norminha Por Fundacentro/ACS - Cristiane Reimberg
A Fundacentro (Escritório de Repre-
sentação em Campinas) e o Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tec-
nologia de São Paulo - IFSP realizam
evento alusivo ao Dia Internacional
em Memória às Vítimas de Acidentes
e Doenças Relacionadas ao Trabalho.
A atividade ocorre em 29 de abril, a
partir das 13h30, no auditório do Ins-
tituto, em Hortolândia/SP.
O engenheiro de segurança Celso
Atienza abordará o tema Análise de
Acidentes Maiores. Atienza é vice-
presidente do Sindicato dos Enge-
nheiros do Estado de São Paulo, con-
selheiro da Associação Paulista de
Engenheiros de Segurança do Traba-
lho e coordenador do Curso de Enge-
nharia de Segurança do Trabalho da
FEI.
Gestante que descobriu gravidez após fim
de contrato não tem estabilidade
Atividade ocorre em Hortolân-
dia/SP no dia 29 de abril
Já a médica do trabalho e profes-
sora da Unicamp, Aparecida Mari Igu-
ti, falará sobre o impacto das condi-
ções de trabalho sobre a saúde dos
trabalhadores. No fim do evento, a
tecnologista da Fundacentro, Thais
Santiago, coordenará o debate entre
os palestrantes e Glória Nozella, do
Sindicato dos Químicos Unificados e
da Associação dos trabalhadores ex-
postos a substâncias químicas/Atesq.
Para participar, basta se inscrever
Página 09/12 - Norminha - Nº 516 - 25/04/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
Distribuição gratuita. Permitido imprimir no formato A3 para uso interno - Direitos Reservados - www.norminha.net.br - TM&M Ltda. - 07843347 - Norminha 516 - 25/04/2019 - Fim da Página 09/12
na área de Eventos, no site da Funda-
centro. O auditório do Instituto Fede-
ral de Educação, Ciência e Tecnologia
de São Paulo – Campus Hortolândia
está localizado na Avenida Thereza A-
na Cecon Breda, s/n - Vila São Pedro.
O evento tem coordenação técnica
de Ercindo Mariano Júnior, Thais
Santiago e Leonor de Campos.
Marino Júnior, chefe da unidade
da Fundacentro em Campinas, tam-
bém participará do Seminário Secon-
ci: Boas práticas em Segurança e Saú-
de no Trabalho, que tem apoio da ins-
tituição. O evento ocorre em 26 de a-
bril, das 9h às 12h30, no auditório do
Serviço Social da Construção – Se-
conci, na Rua Onze de Agosto, 265,
no Centro de Campinas/SP. Detalhes
sobre programação e inscrições no
folder. N
Norminha
O juiz do Trabalho Marcel Lopes
Machado, da 2ª vara de Uberlândia/MG,
não atendeu ao pedido de uma gestante
que pleiteava estabilidade provisória. O
magistrado verificou que a confirmação
da gravidez e a comunicação à empresa
se deram após a extinção do contrato de
experiência.
Ao analisar o caso, o juiz verificou.
os documentos e concluiu que a traba-
lhadora tomou ciência da gravidez em
data posterior à extinção contratual
Também averiguou que ela comunicou
a empresa de sua gravidez, por meio de
WhatsApp, em data também posterior
ao fim do contrato de trabalho.
O magistrado invocou dispositivo
da CLT, que estabelece que a confir-
mação do estado de gravidez no curso
do contrato de trabalho, ainda que du-
rante o prazo do aviso prévio trabalhado
ou indenizado, garante à empregada
gestante a estabilidade provisória. Ele
também enfatizou artigo do ADCT, que
dispõe que a vedação à dispensa da
empregada gestante se dá desde a con-
firmação da gravidez até cinco meses a-
pós o parto.
“No presente caso, a confirmação da
gravidez, bem como sua comunicação
à reclamada, se deu após a extinção do
contrato de experiência (...) Além disso,
a dispensa da reclamante não foi ar-
bitrária, e não teve o objetivo de frustrar
a garantia provisória de emprego, por-
que a reclamada não tinha o conhe-
cimento da gravidez, e mesmo a recla-
mante procedendo de forma desidiosa
e abandonando o emprego, motivos en-
sejadores de uma dispensa por justa
causa (art. 482, e e i/CLT), a reclamada
optou por aguardar o termo final do
contrato de experiência.”
Assim, julgou a ação improcedente.
Veja a íntegra da decisão.
Fonte: Migalhas N
quadram as donas de casa. A primeira
contribui com 11% e a segunda, com
5%,
A base de cálculo é sempre o salário
mínimo vigente e ambas as modalida-
des de contribuição dão ao segurado
direito aos benefícios. Caso o salário de
contribuição seja superior ao salário
mínimo, o percentual é de 20%.
O segurado facultativo precisa con-
tribuir pelo menos por 15 anos para so-
licitar a aposentadoria. Já os demais
benefícios podem ser acessados logo
depois das primeiras contribuições ou
de acordo com as regras de cada plano.
E para a dona de casa que NUNCA
CONTRIBUIU, como fica?
• Sabemos que, por motivos finan-
ceiros ou esquecimento, a maioria das
donas de casa do Brasil não são contri-
buintes do INSS. Então é normal surgir
a pergunta: a dona de casa que não con-
tribuiu tem direito à Aposentadoria do
INSS?
• Infelizmente, a resposta para essa
pergunta é NÃO.
A única possibilidade da Dona de
Casa receber um benefício pelo INSS
nestes casos é fazendo um requerimen-
to do LOAS, também conhecido como
Benefício Assistencial ao Idoso.
E como funciona o LOAS para a do-
na de casa?
• Para ter direito ao LOAS ou bene-
fício assistencial ao idoso, a mulher que
trabalha no lar precisa comprovar pri-
meiramente que possui idade igual ou
superior à 65 anos.
• Após isso, é necessário também
ver a questão da renda da família. Para
ter direito ao benefício, a renda per ca-
pita familiar precisa ser inferior à um
quarto do salário mínimo. N
Graziella FreirePRO
Advogada
Norminha
Os passageiros alegaram ter contratado
serviço da empresa para se deslocarem
do hotel ao aeroporto. No entanto, em
virtude de atraso na viagem pelo apli-
cativo, perderam o voo agendado e pre-
cisaram pagar taxas de remarcação. Em
virtude disso, ingressaram na Justiça
pleiteando indenização por danos ma-
teriais e por danos morais.
A juíza considerou que a controvér-
sia deveria ser decidida à luz das regras
da legislação consumerista. Conforme
os documentos juntados aos autos, a
magistrada pontuou que o voo estava
agendado para às 11h05, tendo os au-
tores solicitado o transporte às 9h01,
chegando ao aeroporto às 10h15.
No entanto, segundo a juíza, os au-
tores não se atentaram ao horário de
embarque, já que, de acordo com o in-
dicado pela legislação, deveriam che-
gar ao aeroporto três horas antes de
embarcarem, por se tratar de voo inter-
nacional.
A magistrada ressaltou que a previ-
são de tempo para o trajeto realizado no
dia do embarque era de 1 hora e 20 mi-
nutos, e, mesmo se o motorista tivesse
feito o trajeto em 50 minutos, tempo a-
legado pelos autores, os passageiros
chegariam ao aeroporto em horário di-
verso do recomendado.
“Não existe nexo de causalidade en-
tre o suposto atraso do motorista dis-
ponibilizado pela Ré e a perda do voo.
Ademais, são previsíveis atrasos pon-
tuais, tais como trânsito ou mesmo se-
máforos pelo caminho, pelo que caberia
aos Autores a mínima precaução, enca-
minhando-se ao aeroporto a tempo su-
ficiente para o embarque.”
Assim, julgou improcedente o pe-
dido dos passageiros.
Confira a íntegra da sentença.
Fonte: Migalhas
N
Norminha
Dona de casa é o termo utilizado, em
direito do trabalho e previdenciário que
define a mulher que, casada ou não, tra-
balha exclusivamente para a própria fa-
mília, não exercendo qualquer atividade
remunerada.
Muitas mulheres optam por traba-
lhar cuidando do Lar. Escolheram não
ter um trabalho formal, seja por cir-
cunstâncias familiares ou por vontade
própria. Isso não significa que traba-
lham menos que outras mulheres. Ao
contrário disso, exercem atividades do-
mésticas 24 horas por dia em rotinas
exaustivas, ou seja, 365 dias por ano,
sem direito à férias, 13º terceiro salário
e Fundo de Garantia (FGTS).
Afinal, é possível a Dona de casa, se
aposentar?
Sim. Desde que faça as contribui-
ções como segurada facultativa, bas-
tando para isso seguir as regras abaixo:
Auxílio-doença
• Ter contribuído pelo menos 12
meses para o INSS.
Auxílio-maternidade:
• Ter contribuído pelo menos 10
meses para o INSS.
Aposentadoria por Idade
• Ser cadastrada no INSS;
• Ter contribuído por no mínimo 15
anos para o INSS;
• Ter 60 anos (mulheres) ou 65
anos (homens).
Existem 2 modalidades de segurado
facultativo: a modalidade tradicional e a
modalidade baixa renda - na qual se en
Dona de casa pode se aposentar?
Decisão é da juíza de Direito Monike Cardoso Machado, substituta no 5º JEC
de Brasília.
Uber não é responsável por atraso de passageiros que perderam voo
A trabalhadora tomou ciência da gravidez em data posterior à extinção contratual.
Norminha
Em alguns anos pode ficar difícil
encontrar água sem agrotóxico nas
torneiras do país (Brian
Brown/Thinkstock)
Um coquetel que mistura diferentes
agrotóxicos foi encontrado na água de
1 em cada 4 cidades do Brasil entre
2014 e 2017.
Nesse período, as empresas de a-
bastecimento de 1.396 municípios
detectaram todos os 27 pesticidas que
são obrigados por lei a testar. Desses,
16 são classificados pela Anvisa co-
mo extremamente ou altamente tóxi-
cos e 11 estão associados ao desen-
volvimento de doenças crônicas co-
mo câncer, malformação fetal, disfun-
ções hormonais e reprodutivas.
Entre os locais com contaminação
múltipla estão as capitais São Paulo,
Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus,
Curitiba, Porto Alegre, Campo Gran-
de, Cuiabá, Florianópolis e Palmas.
Os dados são do Ministério da
Saúde e foram obtidos e tratados em
investigação conjunta da Repórter
Brasil, Agência Pública e a organiza-
ção suíça Public Eye. As informações
são parte do Sistema de Informação
de Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano (Sisagua),
que reúne os resultados de testes fei-
tos pelas empresas de abastecimento.
Os números revelam que a conta-
minação da água está aumentando a
passos largos e constantes. Em 2014,
75% dos testes detectaram agrotó-
xicos. Subiu para 84% em 2015 e foi
para 88% em 2016, chegando a 92%
em 2017. Nesse ritmo, em alguns a-
nos, pode ficar difícil encontrar água
sem agrotóxico nas torneiras do país.
Embora se trate de informação pú-
blica, os testes não são divulgados de
forma compreensível para a popula-
ção, deixando os brasileiros no escu-
ro sobre os riscos que correm ao be-
ber um copo d’água. Em um esforço
conjunto, a Repórter Brasil, a
Agência Pública e a organização
suíça Public Eye fizeram um mapa in-
terativo com os agrotóxicos encontra-
dos em cada cidade.
O mapa revela ainda quais estão a-
cima do limite de segurança de acor-
do com a lei do Brasil e pela regulação
europeia, onde fica a Public Eye. Sai-
ba o nível de contaminação da sua ci-
dade clicando aqui.
O retrato nacional da contamina-
ção da água gerou alarde entre profis-
sionais da saúde. “A situação é extre-
mamente preocupante e certamente
configura riscos e impactos à saúde
da população”, afirma a toxicologista
1 em 4 municípios tem “coquetel” com agrotóxicos na água Dados do Ministério da Saúde revelam que a água do brasileiro está contaminada com substâncias que podem causar doenças graves
e médica do trabalho Virginia Dapper.
O tom foi o mesmo na reação da
pesquisadora em saúde pública da
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em
Pernambuco, Aline Gurgel: “dados a-
larmantes, representam sério risco
para a saúde humana”.
Entre os agrotóxicos encontrados
em mais de 80% dos testes, há cinco
classificados como “prováveis cance-
rígenos” pela Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos e seis
apontados pela União Europeia como
causadores de disfunções endócrinas,
o que gera diversos problemas à saú-
de, como a puberdade precoce.
Do total de 27 pesticidas na água
dos brasileiros, 21 estão proibidos na
União Europeia devido aos riscos que
oferecem à saúde e ao meio ambiente.
A falta de monitoramento também
é um problema grave. Dos 5.570 um-
nicípios brasileiros, 2.931 não reali-
zaram testes na sua água entre 2014 e
2017.
Coquetel tóxico
A mistura entre os diversas quími-
cos foi um dos pontos que mais gerou
preocupação entre os especialistas
ouvidos. O perigo é que a combinação
de substâncias multiplique ou até
mesmo gere novos efeitos. Essas rea-
ções já foram demonstradas em tes-
tes, afirma a química Cassiana Mon-
tagner.
“Mesmo que um agrotóxico não
tenha efeito sobre a saúde humana,
ele pode ter quando mistura com outra
substância”, explica Montagner, que
pesquisa a contaminação da água no
Instituto de Química da Universidade
Estadual de Campinas (Unicamp), de
São Paulo. “A mistura é uma das nos-
sas principais preocupações com os
agrotóxicos na água”.
Os paulistas foram os que mais be-
beram esse coquetel nos últimos a-
nos. O estado foi recordista em núme-
ro de municípios onde todos os 27 a-
grotóxicos estavam na água. São mais
de 500 cidades, incluindo a grande
São Paulo – Guarulhos, São Bernardo
do Campo, Santo André e Osasco –
além da própria capital. E algumas das
mais populosas, como Campinas,
São José dos Campos, Ribeirão Preto
e Sorocaba. O Paraná foi o segundo
colocado, com coquetel presente em
326 cidades, seguido por Santa Cata-
rina e Tocantins.
Página 10/12 - Norminha - Nº 516 - 25/04/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Os especialistas falam muito sobre
a “invisibilidade” do efeito coquetel.
As políticas públicas não monitoram a
interação entre as substâncias porque
os estudos que embasam essas políti-
cas não apontam os riscos desse fe-
nômeno. “Os agentes químicos são a-
valiados isoladamente, em laborató-
rio, e ignoram os efeitos das misturas
que ocorrem na vida real”, diz a mé-
dica e toxicologista Dapper.
Por isso, ela lamenta, as pessoas
que já estão desenvolvendo doenças
em decorrência dessa múltipla conta-
minação provavelmente nunca sabe-
rão a origem da sua enfermidade.
Nem os seus médicos.
Questionado sobre quais medidas
estão sendo tomadas, o Ministério da
Saúde enviou respostas por e-mail re-
forçando que “a exposição aos agro-
tóxicos é considerada grave problema
de saúde pública” e listando efeitos
nocivos que podem gerar “puberdade
precoce, aleitamento alterado, dimi-
nuição da fertilidade feminina e na
qualidade do sêmen; além de alergias,
distúrbios gastrintestinais, respirató-
rios, endócrinos, neurológicos e neo-
plasias” (Leia a íntegra das respostas
do Ministério da Saúde).
A resposta, porém, ressalta que a-
ções de controle e prevenção só po-
dem ser tomadas quando o resultado
do teste ultrapassa o máximo permiti-
do em lei. E aí está o problema: o Bra-
sil não tem um limite fixado para re-
gular a mistura de substâncias.
Essa é uma das reivindicações dos
grupos que pedem uma regulação
mais rígida para os agrotóxicos. “É
um absurdo esse problema ficar invi-
sível no monitoramento da água e não
haver ações para controlá-lo”, afirma
Leonardo Melgarejo, engenheiro de
produção e membro da Campanha
Nacional Contra os Agrotóxicos e
Pela Vida “Se detectar diversos agro-
tóxicos, mas cada um abaixo do seu
limite individual, a água será consi-
derada potável no Brasil. Mas a mes-
ma água seria proibida na França”.
Ele se refere à regra da União Eu-
ropeia que busca restringir a mistura
de substâncias: o máximo permitido é
de 0,5 microgramas em cada litro de
água – somando todos os agrotóxicos
encontrados. No Brasil, há apenas li-
mites individuais. Assim, somando
todos os limites permitidos para cada
um dos agrotóxicos monitorados, a
mistura de substâncias na nossa água
pode chegar a 1.353 microgramas por
litro sem soar nenhum alarme. O valor
equivale a 2.706 vezes o limite euro-
peu.
O risco das pequenas quantidades
Mesmo quando se olha a contami-
nação de cada agrotóxico isolada-
mente, o quadro preocupa. Dos 27 a-
grotóxicos monitorados, 20 são lista-
dos como altamente perigosos pela
Pesticide Action Network, grupo que
reúne centenas de organizações não
governamentais que trabalham para
monitorar os efeitos dos agrotóxicos.
Mas, aos olhos da lei brasileira, o
problema é pequeno. Apenas 0,3% de
todos os casos detectados de 2014 a
2017 ultrapassaram o nível conside-
rado seguro para cada substância.
Mesmo considerando os casos em
que se monitora dez agrotóxicos proi-
bidos no Brasil, são poucas as situa-
ções em que a presença deles na água
soa o alarme.
E esse é o segundo alerta feito por
parte dos pesquisadores: os limites
individuais seriam permissivos. “Essa
legislação está há mais de 10 anos
sem revisão, é muito atraso do ponto
de vista científico” afirma a química
Montagner. “É como usar uma TV an-
tiga, pequena e preto e branco, quan-
do você pode ter acesso a uma HD de
alta definição”.
Ela se refere a pesquisas mais re-
centes sobre os riscos do consumo
frequente e em quantidades menores,
um tipo de contaminação que não ge-
ra reações imediatas. “Talvez certo a-
grotóxico na água não leve 15% da
cidade para o hospital no mesmo dia.
Mas o consumo contínuo gera efeitos
crônicos ainda mais graves, como
câncer, problemas na tireoide, hormo-
nal ou neurológico”, alerta Monta-
gner. “Já temos evidências científicas,
mas a água contaminada continua
sendo considerada como potável por-
que não se olha as quantidades meno-
res”, afirma.
Em resposta a essa crítica, um gru-
po de trabalho foi criado pelo Minis-
tério da Saúde para rever os limites da
contaminação. “Estamos fazendo um
trabalho criterioso”, afirma Ellen Pri-
tsch, engenheira química e represen-
tante da Associação Brasileira de En-
genharia Sanitária e Ambiental no
grupo.
Segundo ela, pesquisas interna-
cionais e regulações de outros países
estão sendo levados em conta. Criado
em 2014, a previsão é que os traba-
lhos sejam concluídos em setembro.
Pelo menos 144 cidades detecta-
ram o mesmo pesticida de modo con-
tínuo durante os quatro anos de medi-
ções seguidos, segundo os dados.
Mais uma vez, São Paulo é o recor-
dista desse fenômeno de intoxicação.
Especialistas ouvidos pela reporta-
gem apontam o uso de pesticidas na
produção de cana de açúcar como a
provável origem para a larga contami-
nação do estado.
“A cultura da cana é a que tem
mais herbicidas registrados. Como
São Paulo é um dos maiores produ-
tores de cana, isso justifica sua pre-
sença elevada [de pesticidas na á-
gua]”, afirma Kassio Mendes, coorde-
nador do comitê de qualidade ambi-
ental da Sociedade Brasileira da Ciên-
cia das Plantas Daninhas.
O diuron, um dos principais herbi-
cidas usados pelo setor, foi detectado
em todos os testes feitos na água dos
mananciais das regiões onde mais se
cultiva cana no estado, segundo da-
dos de 2017 da Companhia Ambiental
do Estado de São Paulo (Cetesb). A
substância é uma das apontadas co-
mo provável cancerígena pela Agência
de Proteção Ambiental dos Estados
Unidos.
De quem é a responsabilidade?
Depois de contaminada, são pou-
cos os tratamentos disponíveis para
tirar o agrotóxico da água. “Alguns fil-
tros são capazes de tirar alguns tipos
de agrotóxicos, mas não há um que dê
conta de todos esses”, afirma Melga-
rejo. “A água mineral vem de outras
fontes, mas que são alimentadas pela
água que corre na superfície, então e-
ventualmente também serão contami-
nadas”.
O trabalho preventivo, ou seja, evi-
tar que os agrotóxicos cheguem aos
mananciais, deveria ser primordial, a-
firma Rubia Kuno, gerente da divisão
de toxicologia humana e saúde ambi-
ental da Cetesb. “O esforço deve ser
CONTINUA ABAIXO NA PRÁGINA 11/12
os limites europeus em mais de 20%
dos testes. Entre eles, o glifosato e o
mancozebe, ambos associados a do-
enças crônicas, e o aldicarbe, proibi-
do no Brasil e classificado pela Anvisa
como “o agrotóxico mais tóxico regis-
trado no país, entre todos os ingre-
dientes ativos utilizados na agricultu-
ra”.
O glifosato é o caso mais revelador
sobre as peculiaridades do Brasil na
regulação sobre agrotóxicos. Classifi-
cado como “provável carcinogênico”
pela Agência Internacional de Pesqui-
sa em Câncer, órgão da Organização
Mundial da Saúde, o pesticida está
sendo discutido em todo o mundo.
Há milhares de pacientes com cân-
cer processando os fabricantes nos
Estados Unidos - e vencendo nos tri-
bunais – além de protestos e petições
pedindo a sua proibição na Europa.
Não há consenso, entre as agências
reguladoras, sobre sua classificação.
No Brasil, que oficialmente colo-
cou a substância em revisão desde
2008, o Ministério da Agricultura li-
berou novos registros para a venda de
glifosato no início deste ano. O pesti-
cida passou a ser vendido em novas
formas, quantidades e por número
maior de fabricantes.
Nos testes com a água do país, a
controversa substância foi a que mais
ultrapassou a margem de segurança
segundo o critério da União Europeia:
23% dos casos acima do limite. Pela
lei brasileira, o glifosato foi um dos
que menos soou o alarme: apenas 0,
02% dos testes ultrapassaram o nos-
so limite.
“Isso é um escândalo de saúde pú-
blica. Nós colocamos o limite alto, lá
na estratosfera, e aí comemoramos
que temos uma água segura”, questi-
ona a pesquisadora Larissa Bombar-
di, professora de geografia na Univer-
sidade de São Paulo e autora de um
atlas que compara a lei brasileira e
europeia no controle dos agrotóxicos.
Seu estudo revela como nossos li-
mites chegam a ser 5 mil vezes mais
altos que os europeus. O caso mais
grave é o do glifosato: enquanto na
Europa é permitido apenas 0,1 miligra
na prevenção porque o sistema de tra-
tamento convencional não é capaz de
remover os agrotóxicos da água”, afir-
ma.
É grande o debate sobre a comple-
xidade em se enfrentar o problema,
mas é difícil encontrar quem está as-
sumindo a responsabilidade.
A reportagem procurou as secreta-
rias do Meio Ambiente, Agricultura e
Saúde e Companhia de Saneamento
Básico do Estado de São Paulo (Sa-
besp) para entender quais ações são
tomadas no estado com o maior índi-
ce de contaminação.
As respostas foram dadas pela As-
besp e pela assessoria do meio am-
biente com informações técnicas so-
bre o monitoramento. Nem as secre-
tarias nem a empresa esclareceram o
que está sendo feito para controlar ou
prevenir o problema. (Leia a íntegra
das respostas da Sabesp e da Secre-
taria do Meio Ambiente).
O Ministério da Saúde diz que a vi-
gilância sanitária dos municípios e
dos estados deve dar o alerta aos
prestadores de serviços de abasteci-
mento de água para que tomem as
providências de melhoria no trata-
mento da água.
“Caso os dados demonstrem que
o problema ocorre de forma siste-
mática, é preciso buscar soluções a
partir da articulação com os demais
setores envolvidos, como órgãos de
meio ambiente, prestadores de servi-
ço e produtores rurais”, diz a nota en-
viada pelo órgão.
Questionado sobre quais ações
estão sendo tomadas, o Sindicato Na-
cional da Indústria de Produtos para
Defesa Vegetal (Sindiveg), que repre-
senta os produtores de agrotóxicos,
fez uma defesa sobre a segurança dos
pesticidas.
Em nota, o grupo afirma que a a-
valiação feita pela Anvisa, Ibama e
Ministério da Agricultura garante que
eles são seguros ao trabalhador, po-
pulação rural e ao meio ambiente
“sempre que utilizados de acordo com
as recomendações técnicas aprova-
das e indicadas em suas embala-
gens”.
O sindicato afirma que a aplicação
correta dos produtos no campo é um
desafio e atribui a responsabilidade
aos trabalhadores que aplicam os
pesticidas. “O setor de defensivos a-
grícolas realiza iniciativas para garan-
tir a aplicação correta de seus produ-
tos, uma vez que alguns problemas
estruturais da agricultura como a falta
do hábito da leitura de rótulo e bula e
analfabetismo no campo trazem um
mas por litro na água, aqui no Brasil a
legislação permite até 500 miligramas
por litro.
Como o glifosato é o agrotóxico
mais vendido no país, e também o que
tem o limite mais generoso para pre-
sença na água, Bombardi lança sus-
peitas sobre os critérios usados: “no
caso do glifosato é realmente difícil
encontrar justificativa científica, pare-
ce ser mais uma decisão política e e-
conômica”.
O pesticida foi o mais consumido
em 2017 no Brasil com 173 mil tone-
ladas vendidas, segundo o Ibama. O
volume corresponde a 22% das esti-
mativas de vendas para esse químico
em todo o mundo no mesmo ano – o
que faz do Brasil um importante mer-
cado para as fabricantes, entre elas as
gigantes Syngenta e a Monsanto -
comprada pela Bayer no ano passado.
Limites generosos
A larga diferença entre os limites fi-
xados pela União Europeia e pelo Bra-
sil é um dos principais argumentos
dos críticos do uso da substância no
Brasil. “Essa diferença só pode se dar
por dois motivos. Ou porque nossa
sociedade é mais forte, somos seres
mais resistentes aos agrotóxicos. Ou
mais tola, porque estamos sendo in-
gênuos quanto aos riscos que corre-
mos”, provoca Melgarejo, da Campa-
nha Contra os Agrotóxicos.
A engenheira química Ellen Pri-
tsch, representante da Associação
Brasileira de Engenharia Sanitária e
Ambiental no grupo de trabalho que
reavalia os limites dos pesticidas na
água, discorda. Para ela, os atuais li-
mites são seguros e foram fixados
com embasamento científico.
“O critério brasileiro é dez vezes
menor do que o efeito que geraria pro-
blema. Então, mesmo que seja encon-
trado um percentual acima esse valor,
ainda assim seria menor [estaria a-
baixo do risco]”, afirma.
Antes de aprovar os registros dos
agrotóxicos, as empresas fabricantes
entregam estudos com testes feitos
com animais em laboratórios. O Sin-
diveg, sindicato da indústria de fabri-
cantes de pesticidas, defende que es-
ses estudos são o suficiente para ava-
liar os riscos das substâncias.
“São estudos de bioconcentração
em peixes e micro-organismo, algas e
organismos do solo, abelhas, micro-
crustáceos, peixes e aves”, afirma nota
enviada pelo Sindiveg em resposta às
perguntas da reportagem.
A principal reivindicação dos gru-
pos que fazem campanha pelo contro-
le dos agrotóxicos é por mais restrição
e até pela proibição de alguns dos
pesticidas hoje aprovados no país, co-
mo a atrazina, o acefato e o paraquate,
que são campeões de venda no Brasil,
mas proibidos na União Europeia. N
EXAME ABRIL
Matéria publicada originalmente
pela Agência Pública
desafio adicional de cumprimento às
recomendações de uso”.
Ao contrário do que ocorre em ou-
tros países, no Brasil as empresas que
produzem agrotóxicos não se envol-
vem com o monitoramento da água,
que é custeado pelos cofres públicos
e pelas empresas de abastecimento.
Em Santa Catarina, que está entre
os três estados com maior contamina-
ção, o Ministério Público Estadual
chamou a responsabilidade de prefei-
turas, secretarias estaduais, conces-
sionárias de água, agências regulado-
ras e sindicatos de produtores e tra-
balhadores rurais. A iniciativa partiu
dos resultados de um estudo inédito
que encontrou agrotóxicos na água de
22 municípios.
“Alertamos todos os órgãos públi-
cos e privados envolvidos para buscar
soluções, é preciso aplicar medidas
corretivas para diminuir os riscos dos
cidadãos”, diz a promotora Greicia
Malheiros, responsável pela investi-
gação. A iniciativa teve início em mar-
ço desse ano e ainda não tem resul-
tados.
Mais do que remediar a contami-
nação da água, a coordenadora técni-
ca do estudo, a engenheira química
Sonia Corina Hess, defende a proibi-
ção do uso dos pesticidas que ofere-
cem maior risco. Das substâncias en-
contradas em seu estudo no estado
catarinense, sete estão proibidas na
União Europeia por oferecer risco à
saúde humana.
“Tem que proibir o que é proibido
lá fora, tem que proibir o que é peri-
goso. Se faz mal para eles porque no
Brasil é permitido?”, questiona.
Perigoso na Europa, permitido no
Brasil
O controle da água feito pelo Brasil
também está distante dos parâmetros
da União Europeia. Com o objetivo de
eliminar a contaminação, o continente
fixou a concentração máxima na água
em 0,1 micrograma por litro – valor
que era o mínimo detectável quando a
regulação foi criada.
Para descobrir como a água do
Brasil seria avaliada pelo padrão eu-
ropeu, a organização Public Eye clas-
sificou os dados fornecidos pelo Mi-
nistério da Saúde segundo o critério
daquele continente. Alguns dos agro-
tóxicos mais perigosos ultrapassaram
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contaminação da água na cidade, nos
35 testes feitos em Araçatuba para de-
tectar a existência ou não de tebuco-
nazol, todos mostraram que o fungi-
cida usado na agricultura está tam-
bém na água. O mesmo ocorreu com
composto químico terbufós, que está
na composição do raticida chumbi-
nho e é usado como inseticida na la-
voura. (Informou a Folha da Região,
na pagina A5 da edição de 19 de abril
de 2019).
Por outro lado, o Rio Tietê que cor-
ta o município apresenta cor esver-
deada causada pela proliferação de-
senfreada de microalgas.
Biólogos e pesquisadores afirmam
que a camada verde é uma prolifera-
ção de algas que acontece, principal-
mente, por causa da poluição e des-
pejo de fertilizantes utilizados na agri-
cultura. N
Araçatuba, interior de SP está entre os
municípios que possui “coquetel”
Norminha
Araçatuba/SP está entre os municí-
pios brasileiros cuja água que sai da
torneira está contaminada com um co-
quetel de 27 agrotóxicos que causam
mal à saúde e estão classificados en-
tre cancerígenos, que provocam dis-
túrbios endócrinos, afetam o sistema
hormonal e causam defeitos congê-
nitos.
Dos 27 pesticidas detectados aná-
gua que abastece Araçatuba, 16 são
classificados pela Anvisa como extre-
mamente ou altamente tóxicos e 11
estão associados ao desenvolvimento
de doenças crônicas como câncer,
malformação fetal, defeitos congêni-
tos e distúrbios endócrinos.
Só para se ter uma idéia do nível de
Deixei de contribuir ao INSS: posso pagar em atraso? Alerta à população
Página 12/12 - Norminha - Nº 516 - 25/04/2019 – ANO 11 - DESDE 18/08/2009 - Diretor Responsável: Maioli, WC - Comendador de Honra ao Mérito da SST - Mte 51/09860
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Norminha
Em nosso cotidiano da advocacia previ-
denciária, nos deparamos constante-
mente com questionamentos relaciona-
dos à possibilidade de contribuir em a-
traso para adiantar, desta forma, o be-
nefício de aposentadoria.
A resposta a tais perguntas não deve
ser generalizada. Isto porque há situa-
ções em que é permitido pagar em a-
traso e outras em que não se pode fazê-
lo. Outrossim, muito ocorre de o segu-
rado emitir uma guia por conta própria
e, mesmo ao pagá-la, perceber que o IN
SS não a computou como tempo de
contribuição.
Para evitar este tipo de aconteci-
mento, estarei elencando algumas hi-
póteses em que o segurado pode e não
pode contribuir em atraso. Por certo,
nunca se recomenda atuar sem advoga-
do especialista, mas o objetivo deste
artigo é de disseminar a informação aos
cidadãos em geral.
Então... Quando posso contribuir
em atraso?
Em regra, as contribuições devem
ser feitas de forma contemporânea, mas
existem exceções em que a lei permite
a contribuição retroativa, de modo a
suprir a ausência de lapsos temporais
que seriam necessários à aposentado-
ria.
Vamos resumir as possibilidades:
1) Segurado Autônomo ou Contri-
buinte Individual e Trabalhador Rural
No caso do segurado autônomo ou
contribuinte individual, há duas possi-
bilidades:
Contribuição sem comprovação da
atividade: para aqueles que já contri-
buíram nesta categoria, desde que o
pri-meiro pagamento tenha se dado no
tempo correto, é possível verter tais
contribuições em atraso independente-
mente de prova do exercício da ativi-
dade laborativa. Para tanto, é necessá-
rio requerer o cômputo perante o INSS,
em petição escrita. Nunca efetue o reco-
lhimento sem prévio procedimento ad-
ministrativo, pois há risco de pagar e
não obter o cômputo para benefícios
posteriores.
Contribuição após comprovação da
atividade: sempre que não houver con-
tribuição em dia já realizada, o segu-
rado deverá comprovar por meio de do-
cumentos, perante o INSS, que efetiva-
mente exerceu atividades remuneradas
no período pretendido.
Para os Trabalhadores Rurais, sem-
pre haverá necessidade de se compro-
var com documentos (INCRA, ITR, no-
tas fiscais de produtor, certidões, etc.) o
exercício da atividade rurícola no perío-
do pretendido. A lei somente exige a
indenização no que se refere aos perío-
dos após 1991.
2) O Segurado Facultativo
O segurado que não exerce atividade
remunerada pode pagar de forma retro-
ativa somente se houver pago a primei-
ra contribuição em dia e a próxima se
der dentro do período máximo de 06
(seis) meses da última contribuição pa-
ga.
Após tal período, não se pode reco-
lher em atraso.
3) Casos em que NÃO é necessário
pagar em atraso
Existem alguns casos em que a lei
torna prescindível a contribuição em a-
traso, computando tais períodos de ati-
vidade independentemente do efetivo
pagamento.
São eles:
- o trabalho rural anterior a 1991;
- o empregado com registro na CT
PS (mesmo se o empregador não reco-
lheu a contribuição). Em regra, o em-
pregado sofre desconto diretamente em
seu salário, mas há casos em que o em-
pregador deixa de recolher. Nestes ca-
sos, não se exige contribuição poste-
rior, pois o ônus do recolhimento é da
empresa.
- serviços prestados como autôno-
mo a empresas após o ano de 2003,
visto que a responsabilidade é da em-
presa.
4) Documentos para Comprovar Ati-
vidade
Conforme já dito anteriormente, em
relação aos Contribuintes Individuais
que não realizaram contribuição em dia,
há necessidade de comprovar o exercí-
cio da atividade sujeita à filiação obri-
gatória.
Em rol exemplificativo, alguns dos
documentos seriam os seguintes:
- Recibos de pagamento;
- Notas Fiscais;
- Imposto de Renda onde mencione
a origem dos valores; Imposto sobre
serviços (ISS);
- Registros em Conselhos Profissio-
nais (OAB, CREA, CRM, CRN, etc.);
- Registros na Prefeitura;
Contrato Social onde conste a quali-
dade de sócio remunerado, etc.
5. Conclusão
Pelo presente artigo, tentei expor de
forma breve algumas considerações
básicas acerca da possibilidade de re-
colher contribuições em atraso, sem
procurar exaurir o tema.
Por razões lógicas, sabemos que o
segurado deve, sempre que houver dú-
vidas, buscar um advogado capacitado
para atuar com Previdência Social, a
fim de planejar a melhor alternativa e-
xistente à consecução do seu benefício.
N João Leandro Longo - Advogado
Norminha Paiva Netto*
O Ministério da Saúde declara 26 de
abril Dia Nacional de Prevenção e Com-
bate à Hipertensão, campanha em que
alerta a sociedade para o aumento dos
casos de pressão arterial alta.
De acordo com a Pesquisa de Vigi-
lância de Fatores de Risco e Proteção
para Doenças Crônicas por Inquérito
Telefônico (Vigitel), do Ministério da
Saúde, de 2012 para 2016, o número de
brasileiros com o problema subiu de
24,3% para 25,7%. O levantamento a-
ponta que a doença atinge todas as ida-
des, principalmente os idosos. Foram
abordados 53 mil adultos. Entre as pes-
soas com 65 anos ou mais, a porcen-
tagem chegou a 64,2%, contra 59,2%
em 2012. De acordo com o estudo, a
proporção de hipertensos é maior entre
mulheres (27,5%) do que entre homens
(23,6%).
A Sociedade Brasileira de Hiperten-
são, em parceria com o Departamento
de Hipertensão Arterial da Sociedade
Brasileira de Cardiologia, esclarece que
50% das pessoas desconhecem o seu
estado de pressão alta, e dos que sa-
bem, apenas 25% buscam realmente
um tratamento. Este assunto deve, nos
dias atuais, também ser tratado com os
jovens. De acordo com o Estudo de Ris-
cos Cardiovasculares em Adolescentes
(Erica), que analisou dados de 73 mil es
Abril é um mês de grande represen-
tatividade para a Saúde e Segurança no
Trabalho (SST). Por este motivo, a Fun-
dacentro realiza, por todo o país, even-
tos alusivos ao Dia Internacional em
Memória das Vítimas de Acidentes e
Doenças Relacionadas ao Trabalho, ao
Movimento Abril Verde e à Campanha
Nacional de Prevenção de Acidentes do
Trabalho (Canpat).
Conheça a programação:
Bahia - Fundacentro na Bahia parti-cipa de
evento organizado pelo Fóru-mat
Campinas - Fundacentro e IFPS realizam
evento em memória às vítimas de acidentes
e doenças do trabalho
tudantes de 12 a 17 anos, de escolas
públicas e privadas de 124 municípios
de todo o país, um em cada dez ado-
lescentes apresenta hipertensão arte-
rial. A pesquisa, conduzida entre 2013
e 2014 por diversas universidades bra-
sileiras e financiada pelo Ministério da
Saúde, mostra que essa alteração so-
mado ao excesso de peso (sobrepeso
ou obesidade) e taxas acima do reco-
mendável de colesterol total ampliam o
risco de morte por infarto e favorecem o
desenvolvimento de doenças cardio-
vasculares e diabetes.
Fica, portanto, o aviso aos jovens e
adultos: cuidar da saúde, com a prática
de exercícios físicos e uma alimentação
balanceada com pouco ou nenhum sal,
é o caminho para diminuir os malefícios
que o desequilíbrio da pressão arterial
provoca em nosso organismo, particu-
larmente nos rins, cérebro e coração.
O assunto merece atenção e cuidados
urgentes, tanto no campo fisiológico
como no espiritual, até porque Alma
saudável é medicina preventiva para o
corpo. N
José de Paiva Netto,
jornalista, radialista e escritor.
[email protected] — www.boavontade.com
Distrito Federal - Em Brasília, Fundacentro
organiza celebração alusiva ao 28 de abril
Espírito Santo - Reflexão em Memória às
Vítimas de Acidentes de Trabalho marca
atividades no Espírito Santo
Mato Grosso do Sul - Palestra sobre normas
regulamentadoras é pauta de discussão em
Campo Grande
Minas Gerais - Em Minas Gerais,
Fundacentro homenageia trabalhadores
vítimas de Mariana e Brumadinho
Pará - Fundacentro realiza seminário alusivo
ao Dia Mundial da SST no Pará
Paraná - Fundacentro e Secretaria de Saúde
de Piraquara realizam fórum em
comemoração ao Abril Verde
Rio Grande do Sul - Dia de orientação e
informação à população
Paraíba - Na Paraíba, tecnologista da
Fundacentro participa de roda de conversa
sobre o Abril Verde
Pernambuco - Fundacentro em Pernambuco
realiza ações integradas alusivas ao Abril
Verde
Santa Catarina - Congresso Sul Brasileiro de
SST será realizado em Florianópolis
Santos - Baixada Santista realiza seminário
Unificado sobre SST
São Paulo - Fundacentro e SRTb/SP
realizam evento em memória às vítimas de
acidentes e doenças do trabalho N
Abril Verde: Fundacentro realiza eventos por todo o país