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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA ARTHUR ABRAÃO PINHEIRO UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR NA PRODUÇÃO DE CHICÓRIA-DO-PARÁ SUBMETIDA A DUAS COLHEITAS BELÉM - PA 2019

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

ARTHUR ABRAÃO PINHEIRO

UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR NA

PRODUÇÃO DE CHICÓRIA-DO-PARÁ SUBMETIDA A DUAS COLHEITAS

BELÉM - PA

2019

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ARTHUR ABRAÃO PINHEIRO

UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR NA

PRODUÇÃO DE CHICÓRIA-DO-PARÁ SUBMETIDA A DUAS COLHEITAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

curso de Agronomia da Universidade Federal

Rural da Amazônia como requisito para obtenção

do grau de Bacharel em Agronomia.

Orientador: Dr. Sergio Antonio Lopes de

Gusmão.

Co-orientador: Msc. Italo Marlone Gomes

Sampaio.

BELÉM - PA

2019

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Pinheiro, Arthur Abraão

Utilização de diferentes fontes de adubação complementar na

produção de Chicória-do-Pará submetida a duas colheitas. / Arthur Abraão

Pinheiro. - Belém, 2019.

23 f.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Agronomia) –

Universidade Federal Rural da Amazônia, 2019.

Orientador: Prof. Dr. Sergio Antônio Lopes de Gusmão.

1. Chicória-do-Pará ( Eryngium foetidum L). 2. Adubação

Complementar. 3. Fertilização Orgânica. 4. Adubação Foliar. 5.

Fertilização Mineral. I. Gusmão, Sergio Antônio Lopes de (orient.). II.

Título.

CDD – 635.54

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ARTHUR ABRAÃO PINHEIRO

UTILIZAÇÃO DE DIFERENTES FONTES DE ADUBAÇÃO COMPLEMENTAR NA

PRODUÇÃO DE CHICÓRIA-DO-PARÁ SUBMETIDA A DUAS COLHEITAS

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Agronomia da Universidade Federal

Rural da Amazônia como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Agronomia.

______________________

Data de Aprovação

Banca Examinadora:

_____________________ Co-orientador

Italo Marlone Gomes Sampaio - Msc.

Universidade Federal Rural da Amazônia

_____________________ Membro 1

Paulo Roberto de Andrade Lopes - Dr.

Universidade Federal Rural da Amazônia

_____________________ Membro 2

Mônica Trindade de Abreu de Gusmão – Dra.

Universidade Federal Rural da Amazônia

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À minha irmã Jamily Abraão e ao meu avô

Jaime Abraão (in memorian).

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AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Adriane Leal Abraão e Reginaldo de Souza Pinheiro, e à minha avó,

Maria Lúcia Leal Abraão, por todo apoio que me foi dado para que pudesse ter o privilégio de

cursar o ensino superior sem ter grandes preocupações com fatores externos;

Ao meu orientador e amigo, Dr. Sergio Antonio Lopes de Gusmão, por todas as

informações dadas durante a graduação que serviram para a construção de meu conhecimento

e amadurecimento profissional na área, além da grande amizade fora da universidade;

Aos meus amigos Anderson Ayres, Higor Pegado, Jéssica Bastos, Laise Botelho,

Lorena Sandim, Lucas Oliveira, Michele Borges e Rodrigo Joventino por sua amizade

incondicional que foi de extrema importância nos mais diversos momentos de minha vida

durante esses cinco anos;

Aos meus amigos Izabely Ferreira, Joyce Saraiva, Luana Souza, Monique Malaquias e

Rodrigo Tavares pela parceria durante o curso;

Aos meus amigos e colegas de trabalho da horta Edeílson Barbosa, Italo Sampaio,

José Ferreira e Raimundo Gomes por todo apoio dado durante os anos de estágio e por todos

os momentos de descontração que foram necessários para que se mantivesse um ótimo

ambiente de trabalho;

Aos músicos Doyle Wolfgang, Glenn Danzig, Jerry Only e Michale Graves por

sempre estarem presentes através de suas músicas durante todas as fases deste trabalho;

À minha família e aos meus amigos que não foram mencionados individualmente, mas

tiveram importante papel em minha vida durante esses anos.

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“Quando apanho uma folha seca caída no chão,

sinto nela a indiscutível Lei do Ciclo da Vida.”

Meishu-Sama

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RESUMO

A chicória do Pará é uma hortaliça folhosa não convencional, pertencente à família Apiaceae,

que tem seu consumo concentrado na região amazônica e América Central, tendo finalidade

culinária e medicinal. Objetivou-se avaliar com este trabalho o comportamento da planta sob

diferentes adubações complementares, realizando duas colheitas no mesmo ciclo. O

experimento foi conduzido na Universidade Federal Rural da Amazônia, campus Belém, em

casa de cultivo protegido. A semeadura foi realizada em bandejas de poliestireno, em

fertirrigação subsuperficial. As plantas foram transplantadas ao atingir estágio de 5 folhas

definitivas. O delineamento utilizado foi em blocos casualizados, em esquema fatorial 5 x 2,

com 5 fontes de adubação complementar – cama de aviário, esterco de carneiro, ureia, nitrato

de cálcio e ausência de adubação complementar – e a realização de duas colheitas – 60 e 85

dias após o transplantio. Para cada colheita, foram retiradas apenas as folhas de três plantas

por parcela, utilizando as mesmas plantas nas duas colheitas, realizando a pesagem da massa

fresca de folhas, contagem do número de folhas e produtividade. Houve interação

significativa para massa fresca e produtividade de folhas, enquanto para número de folhas

apenas o fator adubação interferiu. Cama de aviário e nitrato de cálcio promoveram maior

incremento de massa fresca de folhas (127,9g e 109,6g por parcela, respectivamente) e maior

produtividade (1065,9g e 913,8g por m2, respectivamente) que os demais tratamentos na

primeira colheita. Para a segunda colheita, apenas cama de aviário apresentou melhores

médias para massa fresca de folhas (64,8g por parcela) e produtividade (538,3g por m2). Para

o número de folhas, cama de aviário, esterco de carneiro e nitrato de cálcio influenciaram de

forma positiva, apresentando valores superiores à ureia. O trabalho permitiu concluir que a

adubação complementar com cama de aviário garante melhores valores médios para os

parâmetros analisados levando-se em consideração a colheita apenas de folhas em duas

épocas de colheita nas mesmas plantas.

Palavras-chave: Eryngium foetidum L. Erva condimentar. Adubação orgânica. Adubação

foliar. PANC.

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ABSTRACT

The chicória do Pará is a non-convencional plant (PANC), belong to Apiacea Family, which

has its concentrated consumption in amazonic region and Central America, having culinary

and medicinal purpose. The objective of this study was to evaluate the plant’s behavior under

diferentes complementary fertilizers, performing two crops in the same cycle. The

experimente was conduced in Universidade Federal Rural da Amazônia, campus Belém, in

greenhouse. The sowing was performed in polystyrene trays, in subsurface fertigation. The

plants were transplanted upon reaching the five definitive leaves’s stage. The disgne was

randomized blocks in factorial scheme 5 x 2, with five sources of complementary fertilization

– aviary bed, sheep manure, urea, calcium nitrate and absence of complementary fertilization.

and the realization of two crops – 60 and 80 days after the transplant. For each crop, only the

leaves of three plants were removed per plot, using the same plants in the two crops, weighing

the fresh leaf mass, counting the number of leaves and productivity. There was significant

interaction for fresh leaf mass and productivity, while for the number of leaves only the

fertilization factor interfered. Avian bed and calcium nitrate promoted greater increase of

fresh leaf mass (127,9g and 109,6g per plot, respectively) and higher productivity (1065,9g

and 913,8g per m2, respectively) than the other treatments in the first crop. For the second

crop, only avian bed had better averages for fresh leaf mass (64,8g per plot) and productivity

(538,3g per m2). For the number of leaves, aviary bed, sheep manure and calcium nitrate

influenced positively, presenting values higher than urea. The study allowed to conclude that

the complementary fertilization with aviary bed guarantees better average values for the

parameters analyzed taking into consideration the harvesting of leaves only in two crop times

in the same plants.

Keywords: Eryngium foetidum L. Spice herb. Organic fertilization. Leaf fertilization. Non-

conventional vegetable.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 9

2. REVISÃO DE LITERATURA ........................................................................ 10

2.1. Família Apiaceae ......................................................................................... 10

2.2. Chicória-do-Pará: Aspectos gerais ............................................................ 10

2.3. Adubação Complementar .......................................................................... 11

2.3.1. Fertilização Mineral .......................................................................... 12

2.3.2. Fertilização Orgânica ........................................................................ 12

3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................... 14

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 16

5. CONCLUSÃO .................................................................................................... 20

REFERÊNCIAS ............................................................................................... ... 21

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1.INTRODUÇÃO

A chicória, Eryngium foetidum L., é uma hortaliça folhosa não convencional

pertencente à família Apiaceae, nativa da América Central e encontrada amplamente na região

amazônica onde é conhecida como chicória-do-Pará. Possui folhas reticuladas, lanceolado-

espatuladas de até 18 cm de comprimento, dispostas em roseta e com margem serreada. Essa

hortaliça condimentar tem sua utilização na culinária semelhante ao coentro, estando suas

folhas presentes em receitas com peixes e mariscos (GUSMÃO et al., 2003). Porém, sua

importância vai além do uso na gastronomia, pois apresenta grande potencial medicinal por

possuir substâncias anti-inflamatórias (PAUL et al., 2011).

É uma planta encontrada facilmente em feiras ao ar livre e supermercados no Estado

do Pará e possui oferta estável durante todo o ano. É comercializada por inteira - raízes, caule

e folhas - em maços que podem chegar em média aos 200g, com rendimento de até 10 maços

por m2 (GUSMÃO et al., 2003). O preço por maço varia de R$0,10 a R$0,20 quando a

produção é entregue à intermediários e de R$1,50 a R$3,00 via CEASA (GUSMÃO et al.,

2003; CEASA-PA, 2019).

Na Região Metropolitana de Belém (RMB) a fonte de adubação mais comum em seu

cultivo é a orgânica, tanto na adubação de plantio quanto na complementar, utilizando-se

principalmente a cama de aviário (GUSMÃO et al., 2003), a qual fornece à cultura uma boa

quantidade de nutrientes além de ser um bom condicionador do solo (FILGUEIRA, 2007). De

acordo com Cravo et al. (2007), a utilização de adubações orgânicas e químicas são

recomendadas para a manutenção de áreas de cultivo convencional, o que torna a aplicação de

fertilizantes foliares na adubação complementar uma alternativa para uma maior

produtividade, pois sua absorção é mais rápida e apresenta perda reduzida de nutrientes, sendo

a utilização de adubos minerais via foliar considerados por Gomes et al., (2012), como

acessíveis e que proporcionam um maior retorno financeiro em comparação com fontes de

adubos foliares orgânicos.

Este trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade de chicória-do-Pará sob

diferentes fontes de adubações complementares e a influência dessas adubações em colheitas

de folhas na mesma planta, analisando características relevantes à comercialização dessa

hortaliça.

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2.REVISÃO DE LITERATURA

2.1. A Família Apiaceae

A família Apiaceae possui cerca de 400 gêneros e 4000 espécies, representando uma

das maiores famílias das Angiospermas (SOUZA, 2016). É composta por plantas anuais,

bianuais e perenes, com porte pequeno ou médio, presentando folhas composta. Tem grande

valor econômico por possuir espécies comestíveis, condimentares, utilizadas em perfumaria,

em bebidas alcoólicas e com uso medicinal (CORRÊA; PIRANI, 2005; CARDOZO, 2017). A

maioria de suas espécies é aromática, apresentando canais oleíferos nas mais diversas partes

da planta (SOUZA, 2016).

Dentre os gêneros, se destaca o Eryngium, por ser o mais complexo e extenso com

aproximadamente 250 espécies, e apresentando folhas partidas e rosuladas, diferente do

restante da família (CORREA; PIRANI, 2005). A grande maioria de suas espécies tem por

finalidade o uso como especiarias e o uso medicinal, por serem fontes de flavonoides, taninos,

saponinas e outras (SOUZA, 2016).

2.1.1. Chicória-do-Pará: Aspectos Gerais

A chicória é uma planta alimentícia não convencional (PANC), nativa do continente

Americano, conhecida em algumas localidades como chicória-do-Pará, chicória-da-

Amazônia, chicória-de-caboclo, coentrão, culantro (GOMES et al., 2011). Possui folhas

reticuladas, lanceolado-espatuladas de até 18 cm de comprimento, com margens serreadas e

dispostas em roseta, formando touceira. Em fase reprodutiva, emite uma haste floral disposta

em pequenos capítulos sésseis e pendunculada (CORRÊA; PIRANI, 2005).

Possui utilização no preparo de pratos típicos na região amazônica devido ao seu sabor

e aroma e possui também propriedades fitoterápicas, tendo seu uso difundido na medicina

popular (GOMES et al.; 2011; FLOR; BARBOSA, 2015). Segundo Paul et al., (2011), a

principal substância que confere à planta essas características é o Eryngial (E-2-dodecenal).

Na medicina popular as raízes são utilizadas no tratamento de doenças inflamatórias enquanto

as folhas tem uso mais diversificado como antitussígeno, diurético e possui atividade

antibacteriana contra a espécie Salmonella e o gênero Erwinia (PAUL et al., 2011; SOUZA,

2016).

É uma espécie rústica capaz de desenvolver todo seu ciclo em situações adversas

como em altas temperaturas, alta umidade relativa do ar e altos índices pluviométricos,

condições predominantes na região amazônica, não é exigente quanto ao solo, porém requer

uma boa disponibilidade de água, boa drenagem e alto teor de matéria orgânica (BRASIL,

2010b). Sua propagação ocorre de forma espontânea, sendo comum que as sementes maduras

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se espalhem com a ação do vento e da chuva, germinando em solos úmidos nas proximidades

das áreas de cultivo (SILVA et al., 2016). A sua germinação ocorre quinze dias após a

semeadura e sua colheita realizada sessenta dias após o transplantio ao canteiro definitivo

(GUSMÃO et al., 2003).

O cultivo dessa PANC tem importância econômica e social por se tratar de um

condimento fortemente presente na culinária local e que gera fonte de renda para pequenos

agricultores (GUSMÃO et al., 2003) e por isso não há o interesse comercial na produção de

sementes por parte de empresas (BRASIL, 2010a). Devido a isso, nas áreas produtoras que

abastecem a RMB, as sementes são obtidas na própria área dos produtores, os quais reservam

canteiros destinados exclusivamente à produção destas (GUSMÃO et al., 2003; GOMES et

al., 2011).

A planta é comercializada por inteira, parte aérea e radicular, e seu rendimento pode

variar entre cinco e dez maços por m2, variando de 100 a 300g de peso cada, de acordo com

pesquisa realizada por Gusmão et al., (2003), na RMB. Segundo os mesmos autores, a

produção é afetada devido à precocidade da floração, pois no estágio reprodutivo pode ocorrer

a transferência de nutrientes para as estruturas reprodutivas, paralisando o crescimento

vegetativo. A prática da poda dos pendões florais torna-se um importante trato cultural com a

finalidade de garantir maior desenvolvimento das plantas de chicória e consequentemente

aumentando a quantidade e qualidade das folhas (GOMES et al., 2011), prática avaliada por

Gomes et al., (2013), a qual resultou maior produtividade comparada à não aplicação da

mesma.

Outro fator no qual pode reduzir a produtividade é a presença de nematoides do gênero

Meloidogyne, aos quais as plantas de chicória são altamente suscetíveis (BOARI, 2016).

Plantas infectadas pelos nematoides apresentam sintomas de deficiência nutricional, nanismo

da parte aérea e consequentemente a redução da produção e da qualidade das mesmas

(PNHEIRO et al., 2010; PINHEIRO et al., 2012; REIS; LOPES, 2016). Porém os efeitos vão

além da perda na produção, pois as medidas de controle são consideradas onerosas e muitas

são adotadas de forma inadequada pelos produtores (GUSMÃO et al., 2003; MENDONÇA,

2016).

2.2. Adubação Complementar

A adubação pode ser dividida em adubação de plantio – no momento de preparo da

área – e adubação complementar – parcelada após o plantio na área definitiva. A adubação

complementar tem por objetivo diminuir as perdas de nutrientes com alta mobilidade no solo

por lixiviação, assim como prevenir intoxicação de plantas jovens (CRAVO et al., 2007;

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FILGUEIRA, 2007), sendo considerada uma forma de disponibilizar os nutrientes para as

raízes no momento e local mais adequado.

Segundo Filgueira, (2007), essa adubação é vantajosa devido à alta exigência

nutricional das oleráceas, as quais são supridas com essas doses parceladas de fertilizantes e

resultando em maior produtividade e valor nutricional.

2.2.1. Fertilização Mineral

Devido à exigência nutricional das plantas para completar seu ciclo, torna-se

necessária à aplicação de fontes de nutrientes para garantir seu crescimento e

desenvolvimento e os fertilizantes minerais tem papel importante na adubação devido sua

rápida liberação de nutrientes e sua praticidade de aplicação (HOSHINO et al., 2016).

Dentre os nutrientes considerados essenciais ao desenvolvimento da planta, encontra-

se o N, o qual é um dos principais constituintes de proteínas e aminoácidos e tem papel

importante no processo fotossintético, o que torna sua utilização na forma de fertilizantes

minerais interessante para práticas agrícolas. Pode ser encontrado nas formas amídica,

amoniacal e nítrica, sendo utilizados no Estado do Pará principalmente na forma de ureia e

sulfato de amônia (CRAVO et al., 2007).

Uma das formas de aplicação dessas fontes nitrogenadas é via foliar, podendo esta ser

absorvida de forma mais rápida, evitando perdas maiores do nutriente, podendo substituir por

completo a adubação complementar via solo (FILGUEIRA, 2007)

2.2.2. Fertilização Orgânica

A utilização de fertilizantes orgânicos tem por finalidade não apenas a melhoria em

aspectos químicos relacionados à fertilidade do solo, contribuindo também em aspectos

físicos e biológicos, melhorando a densidade, porosidade e manutenção de umidade e a

atividade microbiológica e da microfauna do solo (SOUZA; RESENDE, 2006; SEDIYAMA

et al., 2014), sendo considerada como uma forma importante de adubação em solos de clima

tropical devido a esses efeitos positivos (OLIVEIRA et al., 2007) e podendo auxiliar no

controle biológico de fungos, nematoides e bactérias, por provocar antagonismo entre os

micro-organismos devido a uma maior diversidade gerada (FILGUEIRA, 2007).

A adubação orgânica pode possuir efeito imediato e residual quanto à fertilidade do

solo por reduzir a perda de nitrogênio por lixiviação e disponibilizar os nutrientes de forma

mais lenta devido a um processo mais lento de decomposição (VILLAS BOAS et al., 2004;

SOUZA; RESENDE, 2006). Sua forma mais comum de utilização é na forma de esterco de

animais (bovinos, aves, suínos, ovinos), os quais são considerados por Cravo et al., (2007),

como bons fornecedores de nutrientes, principalmente como fontes de P e K.

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De acordo com Gusmão et al., (2003), muitos produtores da RMB utilizam

fertilizantes orgânicos, principalmente a cama de aviário, a qual evita a perda de nutrientes

por absorver as partes líquidas do esterco que é rico em N e P, podendo possuir maiores teores

de outros macro e de micronutrientes (SOUZA; RESENDE, 2006; CRAVO et al., 2007;

FILGUEIRA, 2007). Outra fonte de adubação orgânica que deve ser observada é o esterco

caprino, pois é considerado como um bom fornecedor de nutrientes, N e P, fornecendo-os de

forma mais rápida e em maiores teores que o esterco bovino (SILVA et al., 2007; ARAÚJO et

al., 2010).

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3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi conduzido no período de setembro à dezembro de 2018 na

Universidade Federal Rural da Amazônia, Campus Belém. O experimento foi implantado em

uma casa de cultivo protegido, com 2,8 m de altura de pé direito, com arquitetura tipo capela,

laterais abertas, coberta com filme de polietileno de baixa densidade (PEBD) aditivado contra

ação de raios ultravioletas com 100 micrômetros de espessura.

A obtenção de sementes foi realizada na própria área de cultivo, onde já se

encontravam plantas em estágio reprodutivo. Após a obtenção das sementes realizou-se a

semeadura em bandejas de poliestireno, contendo 200 células, contendo composto orgânico

como substrato. Composto orgânico indore constituído por casca de castanha como

componente energético, restos de capina de gramíneas como nutriente e esterco de carneiro

como inoculante, sendo o composto utilizado a partir do final do processo de compostagem, o

qual durou cinquenta dias. Após a emergência, em quinze dias, as bandejas foram levadas

para uma bancada onde permaneceram sob fertirrigação subsuperficial por quinze dias até

atingir o estágio de 5 folhas definitivas para a realização do transplantio.

O delineamento utilizado foi em blocos casualizados em esquema fatorial 5 x 2, com 5

fontes de adubação complementa – cama de aviário, esterco de carneiro, ureia via foliar,

nitrato de cálcio via foliar e ausência de adubação complementar – e a realização de duas

colheitas – 60 e 85 dias após o transplantio (DAT). As adubações complementares semanais

consistiam em aplicações de cama de aviário (2 L m-² distribuídos na superfície do canteiro);

esterco de carneiro (2 L m-² distribuídos na superfície do canteiro), ureia foliar (2 L m

-2 de

solução contendo 3 g L-1

de água); nitrato de cálcio foliar (2 L m-2

de solução contendo 3 g L-1

de água) e testemunha (sem adubação complementar).

Cada parcela foi formada por 10 plantas, as quais formaram touceiras devido ao

perfilhamento, espaçadas em 0,20 m entre si, considerando apenas três touceiras da área útil.

Para o plantio foram levantados canteiros com 0,20 m de altura e 1,0 m de largura. A

adubação de fundação composta por 2 L de composto orgânico por metro quadrado de

canteiro, incorporados superficialmente. Realizando em todas as parcelas a poda do pendão

floral a partir do momento de seu surgimento, o qual era irregular devido ao perfilhamento.

As colheitas foram realizadas em dois momentos, 60 DAT e 85 DAT, retirando apenas

as folhas de três plantas em cada parcela, utilizando as mesmas na colheita posterior,

realizando a pesagem da massa fresca de folhas, contagem do número de folhas e

produtividade (g m-2

).

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Os dados obtidos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas

pelo Teste de Tukey à 5% de probabilidade, utilizando o software SISVAR (FERREIRA,

2011).

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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A análise de variância revelou interação significativa (p <0,05) para os caracteres

massa fresca de folhas e produtividade. Para o número de folhas, observou-se diferença

apenas para os adubos testados (Tabela 1).

Tabela 1- Resumo da análise de variância dos caracteres massa fresca da folha (MFF), número de folhas (NF),

produtividade (PROD) de plantas de E. foetidum sob diferentes fontes de adubação complementar e período de

colheitas. UFRA– Belém/PA. 2018.

Quadrado médio

F.V GL MFF NF PROD

Bloco 3 337,6 146,78 7815,49

Adubos (A) 4 2629,30* 304,20* 182590,22*

Colheita (C) 1 18579,33* 160,00 1290232,03*

A x C 4 782,94* 74,55 54370,85*

Erro 27

CV 19,94 20,80 19,94

FV- Fontes de variação; GL- Graus de liberdade; CV (%)- Coeficiente de variação; *

- significativo a 5% de

probabilidade pelo teste F.

Analisando o desdobramento das fontes de adubos dentro de cada colheita, para a

primeira colheita, os tratamentos com adubação complementar de cama de aviário e nitrato de

cálcio foliar demonstraram serem os mais eficientes no que refere à massa fresca de folhas,

não diferindo entre si e sendo superiores aos demais tratamentos. Esterco de carneiro, ureia

foliar e a testemunha não diferiram entre si (Tabela 2).

Tabela 2- Massa fresca de folhas plantas de E. foetidum sob diferentes fontes de adubação complementar e

período de colheitas. UFRA– Belém/PA. 2018.

Adubos 1ª colheita 2ª colheita

Cama de aviário 127,92 aA 64,85 aB

Esterco de carneiro 71,83 bA 46,40 abB

Ureia 66,51 bA 33,93 bB

Nitrato de cálcio 109,66 aA 43,83 abB

Testemunha 75,33 bA 46,96 abB

CV% 19,94

Fonte: Autor

*Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem estatisticamente entre si

pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

Ao analisar a massa fresca de folhas da segunda colheita (Tabela 2), observou-se que

as plantas submetidas à adubação complementar com cama de aviário apresentaram os

maiores valores, seguido dos tratamentos que utilizaram esterco de carneiro, nitrato de cálcio

foliar e testemunha, que não diferiram entre si (p <0,05), mas obteve melhor desempenho em

relação à ureia. Para o desdobramento das colheitas em função de cada adubo, verificou-se

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que os adubos foram mais responsivos na primeira colheita em detrimento da segunda (p

<0,05), observando-se uma diminuição da massa fresca de folhas de aproximadamente 52%

em média para todos os fertilizantes testados, onde a fertilização com esterco de carneiro a

redução foi de, aproximadamente, 65%, o que pode ser explicado pela lenta decomposição

deste em relação às outras fontes de adubos orgânico devido sua granulometria

principalmente.

A continuidade do crescimento das plantas que utilizaram fontes de adubação mineral

pode ter sido afetada pela redução da atividade biológica no solo que pode ser causada pela

utilização dos mesmos (OLIVEIRA et al., 2010), diferente da adubação orgânica que possui

efeito residual no solo, além de garantir melhorias nas condições físicas, químicas e

biológicas do solo (VILLA BOAS et al., 2004). Segundo Oliveira et al. (2010), as hortaliças

folhosas respondem melhor às adubações orgânicas, o que foi constatado no experimento por

meio do tratamento cama de aviário.

Mesmo havendo queda de aproximadamente 52% da massa fresca na segunda

colheita, o tratamento com cama de aviário ainda apresentou rendimento semelhante ao dos

produtores que abastecem a RMB, os quais produzem 10 maços de 100g m-² (GUSMÃO et al.

2013).

Para o número de folhas, observou-se os tratamentos cama de aviário, esterco de

carneiro e nitrato de cálcio resultaram em maior número de folhas nas plantas de chicória não

diferindo entre si (Figura 2).

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Figura 1 – Número de folhas de plantas de E. foetidum sob diferentes fontes de adubação complementar e

período de colheitas. UFRA– Belém/PA. 2018. Médias seguidas de mesma letra minúsculas nas colunas não

diferem estatisticamente entre si no Teste de Tukey a 5% de probabilidade.

A maior diversidade de macro e micronutrientes que podem ser encontrados nessas

fontes de adubos pode ter garantido um melhor desenvolvimento vegetativo das plantas de

Chicória-do-Pará em relação à ureia, a qual possui, basicamente, apenas o macronutriente

nitrogênio em sua composição.

Em relação à produtividade de folhas, assim como observado em massa fresca de

folhas, observou-se interação significativa (p <0,05) entres as fontes de adubos testados e a

época de colheita (Tabela 3).

Tabela 3- Produtividade de folhas de E. foetidum sob diferentes fontes de adubação complementar e período de

colheitas. UFRA– Belém/PA. 2018.

Adubos 1ª colheita 2ª colheita

Cama de aviário 1065,96 aA 538,30 aB

Esterco de carneiro 598,54 bA 386,70 abB

Uréia 554,19 bA 282,75 bB

Nitrato de cálcio 913,82 aA 365,21 abB

Testemunha 627,73 bA 391,29 abB

CV% 19,94

Fonte: Autor

Médias seguidas de mesma letra minúscula na coluna e maiúscula na linha não diferem estatisticamente entre si

pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade

Analisando o desdobramento das fontes de adubos dentro de cada colheita, observou-

se maior produtividade na primeira colheita em relação à segunda, destacando-se os

tratamentos cama de aviário e nitrato de cálcio na primeira (Tabela 3). Na segunda colheita,

verificou-se diferenças apenas entre os adubos cama de aviário e ureia, sendo cama de aviário

o que obteve maior produtividade (Tabela 3).

A superioridade de fontes orgânicas em detrimento às minerais já foram observadas

por outros pesquisadores para outras hortaliças (OLIVEIRA et al., 2010; RESENDE et al.,

2012; RESENDE et al., 2014). Cabanallis et al. (2013), observaram ganhos significativos na

produtividade de manjericão utilizando-se adubos orgânicos (esterco de coelho e bovino)

quando comparado à ureia.

A queda do rendimento da segunda colheita era algo esperado, visto a necessidade da

planta em se recuperar e gerara novas folhas, assim como foi identificada a presença de

nematoides do gênero Meloidogyne nas raízes. A presença desses nematoides pode ter sido

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um dos fatores responsáveis por essa queda, pois os danos causados nas raízes com a

formação de galhas dificulta a absorção de água e nutrientes, reduzindo a quantidade e

qualidade de folhas. Deve-se notar também o papel importante da adubação orgânica, a qual

favoreceu esse processo de retomada da produtividade devido às melhorias causadas ao solo

que são somadas ao seu efeito residual, podendo interferir em cultivos seguintes na área.

Em última análise com este experimento, pode-se entender os efeitos da adubação de

cobertura, assim como o impacto que fontes de adubos orgânicos e minerais possuem sobre a

produtividade de Chicória-do-Pará. Além disso, tais resultados associados à colheita de

folhas, sem a necessidade de realizar a colheita da planta inteira, mostrou-se ser capaz de

estender o cultivo de E. foetidum, sendo assim uma forma do produtor continuar produzindo

sem ter a necessidade de renovar o cultivo com frequência. Porém é necessário mais estudos a

cerca dessas sucessivas colheitas para demonstrar até qual período será vantajoso, visto que

foi observado redução de produtividade na segunda colheita. Vale ressaltar que formas de

controle do nematoide-das-galhas é um manejo importante para não comprometer a produção.

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5. CONCLUSÃO

Cama de aviário e nitrato de cálcio são as melhores fontes de adubação complementar

para primeira colheita de folhas de Chicória-do-Pará, conferindo a essa, maior massa fresca,

maior número de folhas e maior produtividade.

Cama de aviário é a melhor fonte de adubação complementar para segunda colheita de

folhas de Chicória-do-Pará, garantindo maior massa fresca, número de folhas e produtividade.

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