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Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Ministério da Educação
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE LICENCIATURA EM
CIÊNCIAS NATURAIS: HABILITAÇÃO EM QUÍMICA
São João da Boa Vista, SP
Junho / 2019
Proposta de atualização do curso
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Jair Messias Bolsonaro
MINISTRO DA EDUCAÇÃO
Abraham Weintraub
SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA - SETEC
Ariosto Antunes Culau
REITOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO
Eduardo Antonio Modena
PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
Aldemir Versani de Souza Callou
PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO
Silmário Batista dos Santos
PRÓ-REITOR DE ENSINO
Reginaldo Vitor Pereira
PRÓ-REITOR DE PESQUISA E INOVAÇÃO
Elaine Inácio Bueno
PRÓ-REITOR DE EXTENSÃO
Wilson de Andrade Matos
DIRETOR GERAL DO CAMPUS
Eduardo Marmo Moreira
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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RESPONSÁVEIS PELA ELABORAÇÃO DO CURSO
Definida pela Portaria 4.814 de 27 de setembro de 2013, a Comissão para elaboração
do Plano Pedagógico do Curso (PPC) de Licenciatura em Ciências Naturais com Habilitação
em Química era composta pelos seguintes membros: Camila Tenório Cunha, Everaldo Nassar
Moreira, Felipe Mascagna Bittencourt Lima, José Roberto Serra Martins, Marcio Roberto
Martins, Elizabeth Gouveia da Silva Vanni, Glauber Fernando Furlan e Menotti Borri.
Para a última fase, a Comissão para elaboração do Plano Pedagógico de Curso,
passou a ter a seguinte constituição:
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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SUMÁRIO
1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO............................................................................................................................. 6
1.1. IDENTIFICAÇÃO DO CAMPUS ........................................................................................................................................... 7 1.2. IDENTIFICAÇÃO DO CURSO .............................................................................................................................................. 8 1.3.MISSÃO....................................................................................................................................................................... 9 1.4. CARACTERIZAÇÃO EDUCACIONAL ..................................................................................................................................... 9 1.5. HISTÓRICO INSTITUCIONAL ............................................................................................................................................. 9 1.6. HISTÓRICO DO CAMPUS E SUA CARACTERIZAÇÃO............................................................................................................... 11
2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO ............................................................................................................ 13
3. OBJETIVOS DO CURSO ........................................................................................................................................... 24
3.1.OBJETIVO GERAL ......................................................................................................................................................... 24 3.2.OBJETIVO(S) ESPECÍFICO(S) ........................................................................................................................................... 24
4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO ....................................................................................................................... 26
5. FORMAS DE ACESSO AO CURSO ............................................................................................................................ 27
6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR ................................................................................................................................. 27
6.1 PRÁTICA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC) ............................................................................................................ 30 6.2 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO .............................................................................................................. 32
6.2.1 Organização do Estágio Curricular Supervisionado ........................................................................................ 34 6.2.2 Acompanhamento, Orientação e Avaliação ................................................................................................... 36
6.3 ATIVIDADES TEÓRICO-PRÁTICAS DE APROFUNDAMENTO- ATPAS ......................................................................... 37 6.4. ESTRUTURA CURRICULAR ............................................................................................................................................. 41 6.5. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO PERFIL DE FORMAÇÃO ........................................................................................................ 42 6.6. PRÉ-REQUISITOS (QUANDO HOUVER) ............................................................................................................................. 42 6.7. EDUCAÇÃO EM DIREITOS HUMANOS .............................................................................................................................. 42 6.8. EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA ............................................ 43 6.9. EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............................................................................................................................................... 44 6.10 LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS) ........................................................................................................................ 44
7. METODOLOGIA ..................................................................................................................................................... 45
8. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ........................................................................................................................... 47
9. ATIVIDADES DE PESQUISA ..................................................................................................................................... 51
10. ATIVIDADES DE EXTENSÃO .................................................................................................................................. 54
10.1. ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS .............................................................................................................................. 56
11. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE ESTUDOS ................................................................................................... 56
12. APOIO AO DISCENTE ............................................................................................................................................ 57
13. AÇÕES INCLUSIVAS .............................................................................................................................................. 61
14. AVALIAÇÃO DO CURSO ........................................................................................................................................ 63
14.1. GESTÃO DO CURSO ................................................................................................................................................... 65
15. EQUIPE DE TRABALHO ......................................................................................................................................... 66
15.1. NÚCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE .............................................................................................................................. 66 15.2. COORDENADOR(A) DO CURSO .................................................................................................................................... 66 15.3. COLEGIADO DE CURSO ............................................................................................................................................... 67 15.4. CORPO DOCENTE ..................................................................................................................................................... 68 15.5. CORPO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO E PEDAGÓGICO ......................................................................................................... 69
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16. BIBLIOTECA ......................................................................................................................................................... 71
17. INFRAESTRUTURA ............................................................................................................................................... 74
17.1. INFRAESTRUTURA FÍSICA ............................................................................................................................................ 74 17.2. ACESSIBILIDADE ........................................................................................................................................................ 74 17.3. LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA ................................................................................................................................. 76 17.4. LABORATÓRIOS ESPECÍFICOS ....................................................................................................................................... 79
18. PLANOS DE ENSINO ............................................................................................................................................. 92
19. LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA ............................................................................................................................. 220
20. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................................................... 224
21. MODELOS DE CERTIFICADOS E DIPLOMAS ......................................................................................................... 227
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
SIGLA: IFSP
CNPJ: 10882594/0001-65
NATUREZA JURÍDICA: Autarquia Federal
VINCULAÇÃO: Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da
Educação (SETEC)
ENDEREÇO: Rua Pedro Vicente, 625 – Canindé – São Paulo/Capital
CEP: 01109-010
TELEFONE: (11) 3775-4502 (Gabinete do Reitor)
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: http://www.ifsp.edu.br
ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected]
DADOS SIAFI: UG: 158154
GESTÃO: 26439
NORMA DE CRIAÇÃO: Lei nº 11.892 de 29/12/2008
NORMAS QUE ESTABELECERAM A ESTRUTURA ORGANIZACIONAL ADOTADA NO
PERÍODO: Lei Nº 11.892 de 29/12/2008
FUNÇÃO DE GOVERNO PREDOMINANTE: Educação
http://www.ifsp.edu.br/
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1.1. Identificação do Campus
NOME: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo
Campus São João da Boa Vista
SIGLA: IFSP - SBV
CNPJ: 10.882.594/0010-56
ENDEREÇO: Avenida Marginal, 585 - Bairro Fazenda Nossa Senhora Aparecida do
Jaguari
CEP: 13871-298
TELEFONES: (19) 3634 1100;
PÁGINA INSTITUCIONAL NA INTERNET: www.ifsp.edu.br/saojoaodaboavista
ENDEREÇO ELETRÔNICO: [email protected]
DADOS SIAFI: UG: 158346
GESTÃO: 26439
AUTORIZAÇÃO DE FUNCIONAMENTO: Portaria MEC no 1715/06 de 20 de outubro de
2006. (Publicação no DOU, 27/11/2006).
http://189.108.236.229/internet/mailto:[email protected]
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1.2. Identificação do Curso
Curso: Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química
Câmpus SBV
Trâmite Atualização
Forma de oferta Presencial
Início de funcionamento do curso 1º/2017
Resolução de Aprovação do Curso no
IFSP CONSUP nº 123/2016
Resolução de Reformulação do Curso no
IFSP -
Parecer de Atualização -
Portaria de Reconhecimento do curso -
Turno Noturno
Vagas semestrais -
Vagas Anuais 40
Nº de semestres 8
Carga Horária
Mínima Obrigatória 3.232,9 horas
Carga Horária Optativa zero
Carga Horária Presencial 3232,9 horas
Carga Horária a Distância Não se aplica
Duração da Hora-aula 50 minutos
Duração do semestre 20 semanas
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1.3.Missão
Consolidar uma práxis educativa que contribua para a inserção social, a formação
integradora e a produção do conhecimento.
1.4. Caracterização Educacional
A Educação Científica e Tecnológica ministrada pelo IFSP é entendida como um conjunto
de ações que buscam articular os princípios e aplicações científicas dos conhecimentos
tecnológicos à ciência, à técnica, à cultura e às atividades produtivas. Esse tipo de formação
é imprescindível para o desenvolvimento social da nação, sem perder de vista os interesses
das comunidades locais e suas inserções no mundo cada vez definido pelos conhecimentos
tecnológicos, integrando o saber e o fazer por meio de uma reflexão crítica das atividades da
sociedade atual, em que novos valores reestruturam o ser humano. Assim, a educação
exercida no IFSP não está restrita a uma formação meramente profissional, mas contribui
para a iniciação na ciência, nas tecnologias, nas artes e na promoção de instrumentos que
levem à reflexão sobre o mundo, como consta no PDI institucional.
1.5. Histórico Institucional
O primeiro nome recebido pelo Instituto foi o de Escola de Aprendizes e Artífices de
São Paulo. Criado em 1910, inseriu-se dentro das atividades do governo federal no
estabelecimento da oferta do ensino primário, profissional e gratuito. Os primeiros cursos
oferecidos foram os de tornearia, mecânica e eletricidade, além das oficinas de carpintaria e
artes decorativas.
O ensino no Brasil passou por uma nova estruturação administrativa e funcional no
ano de 1937 e o nome da Instituição foi alterado para Liceu Industrial de São Paulo,
denominação que perdurou até 1942. Nesse ano, através de um Decreto-Lei, introduziu-se a
Lei Orgânica do Ensino Industrial, refletindo a decisão governamental de realizar profundas
alterações na organização do ensino técnico.
A partir dessa reforma, o ensino técnico industrial passou a ser organizado como um
sistema, passando a fazer parte dos cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação. Um
Decreto posterior, o de nº 4.127, também de 1942, deu-se a criação da Escola Técnica de
São Paulo, visando a oferta de cursos técnicos e de cursos pedagógicos.
Esse decreto, porém, condicionava o início do funcionamento da Escola Técnica de
São Paulo à construção de novas instalações próprias, mantendo-a na situação de Escola
Industrial de São Paulo enquanto não se concretizassem tais condições. Posteriormente, em
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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1946, a escola paulista recebeu autorização para implantar o Curso de Construção de
Máquinas e Motores e o de Pontes e Estradas.
Por sua vez, a denominação Escola Técnica Federal surgiu logo no segundo ano do
governo militar, em ação do Estado que abrangeu todas as escolas técnicas e instituições de
nível superior do sistema federal. Os cursos técnicos de Eletrotécnica, de Eletrônica e
Telecomunicações e de Processamento de Dados foram, então, implantados no período de
1965 a 1978, os quais se somaram aos de Edificações e Mecânica, já oferecidos.
Durante a primeira gestão eleita da instituição, após 23 anos de intervenção militar,
houve o início da expansão das unidades descentralizadas – UNEDs, sendo as primeiras
implantadas nos municípios de Cubatão e Sertãozinho.
Já no segundo mandato do Presidente Fernando Henrique Cardoso, a instituição
tornou-se um Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), o que possibilitou o
oferecimento de cursos de graduação. Assim, no período de 2000 a 2008, na Unidade de São
Paulo, foi ofertada a formação de tecnólogos na área da Indústria e de Serviços, além de
Licenciaturas e Engenharias.
O CEFET-SP transformou-se no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
São Paulo (IFSP) em 29 de dezembro de 2008, através da Lei nº11.892, tendo como
características e finalidades: ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os seus
níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com vistas na atuação profissional
nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local,
regional e nacional; desenvolver a educação profissional e tecnológica como processo
educativo e investigativo de geração e adaptação de soluções técnicas e tecnológicas às
demandas sociais e peculiaridades regionais; promover a integração e a verticalização da
educação básica à educação profissional e educação superior, otimizando a infraestrutura
física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão; orientar sua oferta formativa em
benefício da consolidação e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais locais,
identificados com base no mapeamento das potencialidades de desenvolvimento
socioeconômico e cultural no âmbito de atuação do Instituto Federal; constituir-se em
centro de excelência na oferta do ensino de ciências, em geral, e de ciências aplicadas, em
particular, estimulando o desenvolvimento de espírito crítico, voltado à investigação
empírica; qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta do ensino de ciências nas
instituições públicas de ensino, oferecendo capacitação técnica e atualização pedagógica aos
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docentes das redes públicas de ensino; desenvolver programas de extensão e de divulgação
científica e tecnológica; realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cultural, o
empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento científico e tecnológico;
promover a produção, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias sociais,
notadamente as voltadas à preservação do meio ambiente.
Além da oferta de cursos técnicos e superiores, o IFSP – que atualmente conta com
37 campus e 1 Núcleo Avançado– contribui para o enriquecimento da cultura, do
empreendedorismo e cooperativismo e para o desenvolvimento socioeconômico da região
de influência de cada campus. Atua também na pesquisa aplicada destinada à elevação do
potencial das atividades produtivas locais e na democratização do conhecimento à
comunidade em todas as suas representações.
1.6. Histórico do Campus e sua caracterização
Em São João da Boa Vista, a área doada à Municipalidade pelos empresários Paulo
Roberto Merlin e Flávio Augusto do Canto possibilitou a construção da escola de educação
profissional pelo Ministério da Educação, através do Programa de Expansão da Educação
Profissional e Tecnológica –PROEP. O projeto resultou na edificação da unidade de ensino do
Centro de Educação Profissional de São João da Boa Vista – CEPRO. A inauguração do CEPRO
foi em 11 de dezembro de 2004.
A partir da expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e
Tecnológica, a unidade de ensino do CEPRO foi federalizada, reconhecida por reunir todas as
condições necessárias para inclusão no projeto nacional dos Centros Federais de Educação
Tecnológica, os CEFETs. Assim, no dia 13 de abril de 2006, em cerimônia realizada na cidade
de Salto – SP, o prefeito Nelson Nicolau, juntamente com prefeitos de outros municípios,
assinou com o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, os Termos de
Compromisso para transferência de convênios entre as instituições de segmento
comunitário e o CEFET.
Com aprovação da Lei Municipal nº 1.934, de 16 de novembro de 2006, e da Portaria
Ministerial nº. 1.715, de 20 de outubro de 2006, o CEPRO cedeu lugar para o Centro Federal
de Educação Tecnológica de São Paulo/CEFET-SP, cuja missão era o de “ser agente no
processo de formação de cidadãos capacitados e competentes para atuarem em diversas
profissões, pesquisas, difusão de conhecimentos e processos que contribuam para o
desenvolvimento tecnológico, econômico e social da nação”.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Na Unidade de Ensino Descentralizada de São João da Boa Vista, o CEFET-SP iniciou
suas atividades no Município a partir de janeiro de 2007 com o objetivo de se tornar um
centro de referência de educação técnica e tecnológica profissional pública gratuita na
região leste do Estado de São Paulo. A partir da Lei Federal nº. 11.892, de 29/12/2008, foram
criados os Institutos Federais e seus campus, equiparados às universidades federais,
resultando assim na transformação dos CEFETs em campus do Instituto Federal de Educação,
Ciência e Tecnologia de São Paulo.
O Câmpus São João da Boa Vista está instalado numa área total
de 71.940,05 m², sendo 8.059,50 m² de área construída, contando com 1.084 alunos
matriculados e ativos no primeiro semestre de 2019, segundo dados do Sistema Unificado
de Administração Pública (SUAP) em 30/04/2019.
O campus oferece os cursos superiores de Engenharia de Controle de Automação
(início no 1º semestre de 2013), Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Física
(início no 1º semestre de 2017), Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química
(início no 1º semestre de 2017), Bacharelado em Ciência da Computação (início no 1º
semestre de 2019), Tecnologia em Eletrônica Industrial (início no 2º semestre de 2008 e
atualmente em fase de extinção não ofertando vagas novas desde 2014), Tecnologia em
Sistemas para Internet (início no 2º semestre de 2010 e Tecnologia em Processos Gerenciais
(início no 1º semestre de 2017) e os cursos de pós-graduação Lato Sensu em
Desenvolvimento de Aplicações para Dispositivos Móveis (início no 2º semestre de 2014) e
em Informática na Educação (início no 2º semestre de 2015). Além desses, oferece cursos
técnicos de nível médio concomitante e subsequente de Administração (início no 2º
semestre de 2014), Automação Industrial (início no 2º semestre de 2007), Informática para
Internet (início no 1º semestre de 2007), Manutenção e Suporte em Informática (início no 1º
semestre de 2014), Química (início no 1º semestre de 2012) e, ainda, cursos técnicos
integrados ao ensino médio de Informática e de Eletrônica.
Desde 2009, por meio do Programa Escola Aberta Técnica do Brasil (e-Tec Brasil
/MEC), o Câmpus São João da Boa Vista tem ofertado cursos técnicos a distância. A
modalidade de ensino a distância vem sendo estruturada com o objetivo de ampliar os
horizontes institucionais, possibilitando a diversificação da oferta de cursos e a formação
continuada de seus servidores por meio dessa promissora modalidade de ensino,
priorizando a inclusão social pelo diálogo transformador e renovador com a sociedade.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Nessa modalidade, o Câmpus São João oferece o curso Técnico em Informática para Internet
subsequente ao Ensino Médio (início no 2º semestre de 2009). Os alunos são oriundos dos
polos Araraquara, Barretos, Franca, Guaira, Itapevi, Itapetininga, Jaboticabal, São João da
Boa Vista, Serrana e Tarumã. Na modalidade de ensino a distância, com o projeto Pro
Funcionário, o Câmpus São João da Boa Vista oferece o curso Técnico em Multimeios
Didáticos (início no 2º semestre de 2012). O programa visa a formação dos funcionários de
escola, em efetivo exercício, em habilitação compatível com a atividade que exerce na
escola.
Em 2012, o campus ofereceu cursos por meio do Pronatec – Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego. Entre os objetivos do programa, ressalta-se o de
expandir, interiorizar e democratizar a oferta de cursos de educação profissional técnica de
nível médio e de cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional
presencial e a distância. Os cursos oferecidos foram os de Operador de Computadores,
Desenhista Mecânico, Cadista para a Construção Civil e Montagem e Manutenção de
Computadores, com um total de 124 alunos capacitados.
O corpo docente é composto por 72 professores, em suas respectivas áreas de
atuação acadêmica, enquanto o corpo técnico administrativo possui 47 servidores,
responsáveis pelas ações que possibilitam e mantêm o funcionamento do campus.
2. JUSTIFICATIVA E DEMANDA DE MERCADO
São João da Boa Vista é a cidade-sede da Região de Governo (RG) a qual engloba 14
municípios estando vinculada à Região Administrativa (RA) de Campinas, a qual totaliza 90
municípios. O município de São João da Boa Vista, de acordo com os dados da pesquisa de
2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), está localizada na encosta
ocidental da Serra da Mantiqueira (Zona Fisiográfica Cristalina no Norte), cujas coordenadas
cartográficas são Latitude Sul: 21o58’ / Longitude: W. GR: 46o 48’. Com 83.639 habitantes,
possui 19% de sua população em idade escolar. A microrregião de São João da Boa Vista (RG)
possui uma população de 473.641 habitantes em uma área total de 5.429,437 km², fazendo
divisa com as microrregiões paulistas de Pirassununga, Amparo e Ribeirão Preto, além das
microrregiões mineiras de Poços de Caldas e São Sebastião do Paraíso.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Segundo o censo da educação básica de 2015 (INEP, 2015), o munícipio de São João
da Boa Vista possui 20 escolas que ofertam as séries finais do ensino fundamental para um
total de 170 turmas e 17 escolas de ensino médio que atendem a 103 turmas. Se somarmos
as escolas dos demais municípios da Região de Governo (RG) temos um total de 187 escolas
atendendo a 1440 turmas entre séries finais do ensino fundamental e ensino médio. A
Tabela 1 apresenta, de forma mais detalhada o número de escolas e de turmas de ensino
fundamental –série finais – e ensino médio na Região de Governo de São João da Boa Vista.
Este cenário demonstra o potencial de mercado de trabalho para os futuros licenciados.
Tabela 1. Número de escolas e turmas de Ensino Fundamental - séries finais - e Ensino Médio na Região
de Governo de São João da Boa Vista
A falta de professores para a educação básica tem sido, historicamente, um problema
nacional o qual contribui para a desqualificação da escola pública. Um levantamento do
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP), de 2003, apontava que para o
atendimento da demanda de alunos daquele ano seriam necessários 235 mil professores no
ensino médio e 475 mil nas turmas de 5ª a 8ª série, totalizando 710 mil docentes. Como o
total de docentes era de apenas 457 mil, já havia, naquela época, uma grande defasagem
quantitativa de docentes – sem falar dos problemas decorrentes da falta de qualidade
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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apresentada por muitos cursos de formação inicial de professores. Na tentativa de corrigir
esse problema o Ministério da Educação MEC e as Secretaria de Ensino dos Estados,
implantaram diversos programas de incentivo a formação inicial e continuada de
professores.
Dentre as áreas com maior escassez se encontra a área de Ciências Naturais, tanto do
ensino fundamental quanto do médio. Especificamente em Ciências do Ensino Fundamental,
além da escassez, outro problema apontado pelo estudo do INEP era que a formação desses
professores se restringia ao âmbito das Ciências Biológicas, o que causava deficiências no
ensino de Física e Química. Daí a preocupação que se tem ao justificar a escolha pela
proposição de uma licenciatura em Ciências Naturais com habilitação em Química, uma vez
que a mesma se propõem a fornecer sólida formação na área de ciências naturais para a
atuação do ensino fundamental II e com habilitação em Química para atuar no ensino
médio.
Dados do censo escolar 2013 aponta para uma enorme demanda por professores
licenciados em Física. Segundo o INEP (INEP.MEC,2013) seriam necessários,
aproximadamente, 13.000 professores com formação específica em Física em jornada de 40
horas semanais para atender a atual demanda.
A carência regional de um curso de Licenciatura, que seja, ao mesmo tempo,
multidisciplinar, presencial e de média duração (8 semestres), justifica o nosso pleito pela
implantação do curso de Licenciatura em Ciências Naturais. Segundo dados do MEC, existe,
na região de São João da Boa Vista um curso de Licenciatura em Química e outro de
Licenciatura em Física, ambos ofertados por instituições de ensino superior particulares.
No que tange ao aspecto multidisciplinar, o curso de licenciatura que ora propomos
não só capacita e habilita o futuro profissional a atuar como professor da disciplina Ciências,
no ensino fundamental, como também permitirá a sua habilitação no conteúdo específico de
Física para atuação no ensino médio.
No que diz respeito à procura dos estudantes pela carreira do Magistério, as últimas
décadas não foram promissoras. A violência nas escolas, associada aos baixos salários dos
professores e a falta de incentivo às licenciaturas nas mais diversas áreas, fez com que
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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cursos voltados à formação inicial de professores – mesmo se analisarmos apenas no
município de São João da Boa Vista – fechassem suas portas.
Contudo, no início desta década, um programa do Governo Federal, denominado
Pró-docente, passou a incentivar a criação de novos cursos de licenciatura e a fomentar a
divulgação das ciências por meio da realização de simpósios, financiamento de projetos e
pagamentos de diárias aos professores que trabalham nos cursos de formação inicial de
professores.
Nos últimos doze anos, o processo de expansão da educação superior1 brasileira
constituiu-se por entremeio a políticas educacionais imbricadas à mercantilização e
transnacionalização da educação, atendendo à lógica do capital. Tal contexto conduziu o
Brasil a um cenário de desigualdade e injustiça2 tendo em vista que cerca de 11% das
instituições de educação superior brasileiras são públicas e 89% privadas (INEP/MEC, 2008).
Nesse aspecto, com a participação da iniciativa privada, a educação superior voltou-se, em
grande medida, às expectativas, anseios e necessidades do mercado e, “em função da
inexistência de marco legal estável, vive uma expansão caótica e um processo crescente de
desnacionalização” (MEC/PDE, 2010, p.25).
1 Consideram-se como instituições públicas as de âmbito federal, estadual e municipal que pertencem aos
sistemas federal e estadual de Educação. Conforme determina o artigo 19 da Lei 9.394/96, as instituições de
ensino dos diferentes níveis são administrativamente classificadas como: 1. Públicas – criadas, incorporadas,
mantidas ou administradas pelo Poder Público; 2. Privadas – administradas e/ou mantidas por pessoas físicas ou
jurídicas de direito privado. O artigo 20 da mesma lei prevê que as instituições privadas de ensino sejam
enquadradas em quatro categorias: 1. Particulares (em sentido estrito) – entendidas as que são instituídas e
mantidas por uma ou mais pessoas físicas ou jurídicas de direito privado que não apresentem as características
dos incisos abaixo; 2. Comunitárias – as instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou mais pessoas
jurídicas, inclusive cooperativas de professores e alunos que incluam na sua entidade mantenedora
representantes da comunidade; 3. Confessionais – as instituídas por grupos de pessoas físicas ou por uma ou
mais pessoas jurídicas que atendem a orientação confessional e ideologia específicas e ao disposto no inciso
anterior; 4. – Filantrópicas; todas na forma da lei. 2 O processo de globalização provoca reflexões sobre o entendimento relativo às responsabilidades sociais
individuais e coletivas, principalmente, as específicas do Estado. Em um período suplantado pela lógica e
princípios do mercado, ainda se exige uma melhor compreensão sobre as funções públicas. Em contexto
contraditório ao que vivemos, a educação superior pode ser considerada como a principal responsável pela
melhora social. Inúmeras questões, atualmente, preocupam responsáveis e gestores dos sistemas de ensino – em
especial, do superior – por sua imprescindibilidade em qualquer iniciativa que vise o desenvolvimento
econômico, social e humano. Assim, uma das questões que preocupa o Brasil e que está relacionada ao reduzido
número de estudantes da educação superior, pode ter provocado, na última década, um conjunto de situações que
merece atenção (LONGHI et al., 2010).
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Conforme afirma Altbach (apud MOROSINI, 2006, p. 112),
[...] esse predomínio da transnacionalização, (...), do capitalismo acadêmico, muitas vezes denominado turbocapitalismo, corre-se o risco de ser consolidada a era neocolonialista na educação superior. Uma era de poder e influência, na qual corporações multinacionais, conglomerados de mídia e grandes universidades procuram dominar
o mercado do conhecimento não só por razões políticas e ideológicas, mas (...) por ganhos comerciais.
Diante do exposto, em contrapartida a esse cenário, cabe à educação superior
pública atuar na perspectiva da redução das desigualdades referentes ao acesso e
permanência na educação superior na tentativa de se “aumentar expressivamente o
contingente de estudantes de camadas sociais de menor renda na universidade pública”
(MEC, 2010, p.27). No entanto, esse movimento para a mudança, que “visa à promoção da
inclusão social pela educação” (MEC, 2010, p.25) apresenta uma trajetória recente, mas
importante para que se possa refletir o porquê da necessidade dessa transformação, que
culminou com a criação de novas instituições públicas federais, inclusive a UFFS e, por
consequência, o Curso de Licenciatura em Ciências Naturais, voltado à formação de
professores para a educação básica.
Nessa perspectiva, como dito, num passado recente, a educação superior pública, no
que diz respeito ao número de instituições, ficou praticamente estagnada no período entre
1996 a 1999, com um decréscimo no período de 2000 a 2003. No entanto, em 2004 observa-
se o início de uma importante e significativa elevação no número de instituições públicas
desencadeada pelas políticas educacionais voltadas à educação superior em consonância
com as diretrizes de expansão, metas e ações do Plano Nacional de Educação (PNE) que
expressa que “há necessidade da expansão das universidades públicas para atender à
demanda rescente dos alunos, sobretudo os carentes, bem como ao desenvolvimento da
pesquisa necessária ao País, que depende dessas instituições”. O gráfico da figura 1 ilustra
esse cenário:
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Figura 1. Número de Instituições de Ensino Superior (IES) por categoria administrativa (pública e
privada) no Brasil, no período de 1996 a 2008 (Fonte: INEP. Sinopse Estatística do Ensino Superior de
Graduação, 2010).
Paralelamente, observa-se que, nos últimos anos, o número de vagas na educação
superior cresceu exponencialmente, em especial no setor privado (MEC, 2010). Esse
crescimento conduziu esse setor a uma crise sem precedentes em função da ociosidade e do
esgotamento da capacidade do aluno em pagar as mensalidades. Paralelamente, o sistema
de qualidade implantado em função da Lei 10.861, de 14 de abril de 20043, passou a exigir
mais investimentos para manter a qualidade exigida constitucionalmente. Deste modo, se
por um lado a educação superior privada expandiu-se, por outro, diminuíram os
investimentos em qualidade. Tal cenário conduziu as políticas públicas a resgatar o papel da
educação superior pública, gratuita e de qualidade (FERREIRA, 2010), mediante a “expansão
da oferta de vagas, a garantia da qualidade, a promoção da inclusão social, a ordenação
territorial e o desenvolvimento econômico e social” (PDE, 2005).
3 A Lei 10.861/04 alterou de modo profundo a lógica de avaliação da educação superior, introduzindo, entre
outros tópicos, o Exame Nacional de Avaliação da Educação Superior (ENADE) e a Comissão Própria de
Avaliação (CPA). Com essa lei, o Governo se preocupa, até certo ponto, com a qualidade de ensino, e acena com
a possibilidade de excluir, de seu sistema educacional, instituições e cursos cujos alunos não apresentem bom
desempenho no citado exame.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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A tabela 2 relaciona a educação superior pública e privada, no que diz respeito ao
número de alunos matriculados no período de 1996 a 2008:
A tabela 2 informa que, o número de matrículas nas instituições públicas, em 1996,
representava 40% (contra 60% nas privadas). De 1996 a 2008, acentuou-se o crescimento do
setor privado4; e, em 2008, 74% de matrículas contra apenas 26% do setor público.
Cabe salientar que, nesse cenário, atualmente, há ações sendo executadas via
políticas públicas que se esforçam para reverter esse quadro de injustiça social, como o
Programa Universidade para Todos, ProUni, criado pela Lei n° 11.096, de 13 de janeiro de
2005, com a “finalidade de conceder bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de
graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação
superior”.
Desde a sua criação até 2010, o ProUni atendeu 704 mil estudantes, ofertando bolsas
integrais a 70% destes (PROUNI/MEC, 2010). Somem-se a essas ações, os Planos de
4 A Constituição Federal de 1988 retirou do Estado o poder de concessão sobre o sistema privado de ensino, passando este a obedecer regime próprio de autorização e avaliação de qualidade (art. 209, inciso II, CR/88). Com isso, instituiu-se a coexistência de instituições públicas e privadas de educação, desde que estas se dispusessem a
obedecer as diretrizes da educação nacional (art. 22, inciso XXIV, CR/88) e se submetessem às imposições normativas da autorização e da avaliação de qualidade do Poder
Público (art. 209 CR/88). Dessa forma, constatou-se o ordenamento jurídico que reconheceu a liberdade de ensino, sob o crivo de um Estado que controlaria o sistema
educacional por atos administrativos regulatórios, na qualidade de um serviço de utilidade pública (GOMES, 2009, p. 281).
Tabela 2. Número de matrículas por categoria administrativa (pública e privada) no Brasil, no
período de 1996 a 2008 (Fonte: INEP. Sinopse Estatística do Ensino Superior de Graduação, 2010).
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI5 - a Universidade Aberta do
Brasil e a expansão da rede federal de educação profissional e tecnológica. Tais medidas
ampliam significativamente o número de vagas na educação superior, contribuindo para o
cumprimento de uma das metas do Plano Nacional de Educação, que trouxe para o sistema
educacional, um terço dos jovens entre 18 e 24 anos.
O processo de interiorização das licenciaturas, implantando-as em locais distantes
dos grandes centros, foi uma reação ao processo de centralização das universidades (da
década de 1980) que levou ao aprofundamento das injustiças sociais. Atualmente, um
conjunto de ações estatais em prol do processo de expansão/interiorização da educação
superior, pode ser de grande relevância para a implantação de um curso de licenciatura
deste porte em nosso câmpus. Nesse sentido, a missão do IFSP – SBV deve se orientar pela
promoção do desenvolvimento regional integrado, condição essencial para a permanência
de cidadãos graduados nesta região, colaborando assim para o seu posterior
desenvolvimento econômico, social e político.
Decorrente de políticas públicas implementadas nos últimos anos por um conjunto
de esforços advindos da sociedade, o IFSP, como instituição pública, gratuita e de qualidade,
manifesta seu compromisso social – por meio de seu Plano de Desenvolvimento Institucional
(PDI) – não apenas revela a aptidão do instituto em atender às diretrizes da Política Nacional
de Formação de Professores do Ministério da Educação estabelecidas pelo Decreto-lei
n° 6.755, de 29 de janeiro de 2009, como também soma esforços para que esse projeto seja
disseminado a outras regiões pela formação inicial de docentes voltados ao ensino na
educação básica, tanto por seu número quanto pela qualidade de sua formação.
Em relação ao número de docentes, o pesquisador Dilvo Ristoff em seu trabalho
intitulado “Demanda de docentes em cursos de licenciatura” (Capes/MEC, 2005), se refere à
demanda de docentes para a educação básica no Brasil e informa que, naquele ano, existiam
5 A meta do REUNI é dobrar o número de alunos nos cursos de graduação até 2018 ao permitir o ingresso de 680
mil alunos a mais nestes cursos. Em sua formulação, o Reuni tem como principais objetivos: garantir as
universidades as condições necessárias para a ampliação do acesso e permanência na educação superior;
assegurar a qualidade por meio de inovações acadêmicas; promover a articulação entre os diferentes níveis de
ensino, integrando a graduação, a pós-graduação, a educação básica e a educação profissional e tecnológica; e
otimizar o aproveitamento dos recursos humanos e da infraestrutura das instituições federais de educação
superior. O Reuni também elencou como principais metas a serem cumpridas em um prazo de cinco anos (desde
sua implantação, em 2007): 1. Aumento mínimo de 20% nas matrículas de graduação; 2. Elevação gradual da
relação aluno/professor para um patamar de 18 alunos para cada professor; 3. Elevação gradual da taxa de
conclusão média dos cursos de graduação presenciais (MEC/REUNI, 2010).
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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1.049.099 docentes em exercício, para uma demanda hipotética de 725.991 docentes. Com
isso, ele mostrava que:
[...] há mais professores atuantes em todas as disciplinas da educação básica do que a demanda hipotética projetada para o seu atendimento (há 323.108 docentes em exercício a mais do que a demanda estimada para o ensino fundamental (sexto ao nono anos) e médio, o que equivale a uma oferta de docentes 44% acima da demanda) (RISTOFF, 2005).
No entanto, quando considerada a demanda hipotética por disciplina, revelou-se a
falta de professores em praticamente todas as áreas. Essa realidade ocorre, pois há muitos
docentes que atuam em outros espaços da escola, ou, ainda, que ministram disciplinas sem
habilitação específica. O mesmo estudo revela, entretanto, a existência de uma grande
carência de professores em disciplinas específicas do ensino médio e fundamental.
Segundo Ristoff (2005, p.50):
[...] em Física e Química, mesmo que todos os licenciados nos últimos vinte e cinco anos exercessem a profissão de professor do ensino médio, ainda assim seria impossível atender à demanda de docentes para estas disciplinas. Em Física, a demanda atual é aproximadamente três vezes superior ao número de licenciados, (...) [enquanto na Química é de] mais de duas vezes.
Assim, a partir desse cenário constata-se que, “em todas as áreas, inclusive em Física
e Química, o número de licenciados é consideravelmente maior do que o número de
professores licenciados atuantes, indicando forte evasão profissional apesar da grande
disponibilidade de postos de trabalho” (RISTOFF, 2005, p.51).
Nesse sentido, o curso de Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química
proposto pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, oferecido
no Câmpus de São João da Boa Vista vem atender a essa demanda, orientando-se pela
perspectiva da Política Nacional de Formação de Professores e, portanto, como parte do
processo de reação ao quadro de injustiça social na educação superior. O Curso de
Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química edifica-se por meio da via do
compromisso social, ao criar novas possibilidades de superação de problemas e desafios
sociais e na educação básica, contribuindo para a abertura de um novo caminho, que
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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transcenda o “esgotamento de tudo o que uma escola de educação básica possa oferecer
aos seus alunos” (Res. CNE/CP n° 1/2002).
Em outros termos, o Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em
Química constitui-se em possibilidade de formar professores a partir da constituição de
competências objetivadas na educação básica, que contemple “diferentes âmbitos do
conhecimento do professor, cujo papel é comprometer-se com a sociedade [e] a
democracia”. (Res. CNE/CP n° 1/2002). Assim, essa é a relação que se pode, de forma geral,
delinear entre o Projeto Político Pedagógico deste instituto (PPP-IFSP) e o Projeto
Pedagógico de Curso (PPC) da Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química, a
ser oferecido no Câmpus de São João da Boa Vista.
Ao instalar, nessa região, a Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em
Química, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, Câmpus de São
João da Boa Vista orienta-se pela responsabilidade estatal de desenvolver uma escola
pública que interaja com a sociedade, preparando seus cidadãos para a cidadania e para o
trabalho. Nesse sentido, a implantação deste curso pode ser encarado como mais um passo
em direção à construção de uma resposta institucional amparada pela Constituição (1988) e
pelo Plano Nacional de Educação (2005) na medida em que se harmoniza com a lógica
presente nos objetivos da República: o de construção de uma sociedade livre, justa e
solidária, que garanta o desenvolvimento nacional, erradique a pobreza e a marginalização e
reduza as desigualdades sociais e regionais ao promover o bem de todos, sem preconceitos
de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
A implementação da Licenciatura em Ciências Naturais, ora proposta, também enseja
o atendimento de duas demandas que se avizinham:
1. A formação social plena de cidadãos, o que se torna possível pela implementação de
um currículo transdisciplinar e poscolonialista que dinamize o processo de formação
inicial de professores.
2. A constituição de uma massa crítica de professores/pesquisadores que desperte o
interesse profissional dos jovens, o que poderia levar a uma provável diminuição dos
problemas relacionados à evasão escolar, uma vez que visa à formação de profissionais
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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capacitados e habilitados em educar por meio de agenciamentos próprios aos que se
encontram inseridos no processo de ensino/aprendizagem.
A abertura do curso de Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química,
vem juntar-se aos demais cursos de Licenciatura em Química já ofertados pelo IFSP, nos
campus de Birigui, Itapetininga, Piracicaba, Registro, São Paulo e Votuporanga, e, também
se justifica, pelo fato de o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo,
desde dezembro de 2008, adotar como política institucional o destino de 50% de suas vagas
para cursos técnicos e, no mínimo, 20% das vagas para cursos de licenciatura, sobretudo nas
áreas de Ciências (Lei 11.892, de 29 de dezembro de 2008) Como o Câmpus de São João da
Boa Vista ainda não possui um curso de formação inicial de professores (licenciatura), esta
seria uma boa oportunidade de nos aproximarmos de tal objetivo. Cumprida esta meta
inicial, seria possível oferecer cursos de especialização (lato sensu) e de pós-graduação
(strictu sensu) nesta mesma área.
No que tange à força de trabalho, pode-se dizer que a mesma é suficiente para a
oferta inicial do curso, uma vez que possuiu docentes titulados para este fim; Atualmente,
contamos com um total de 31 docentes habilitados para trabalhar neste curso.
Este curso visa atender, a princípio, as demandas sociais de nossa região. Entretanto,
como o ingresso ao curso será feito por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), ele
poderá contribuir com o atendimento de demandas sociais de maior segurança, melhor
qualidade de vida e satisfação pessoal de alunos provenientes das mais diversas regiões do
país, uma vez que possibilita a formação de profissionais prontos para atender às
necessidades das escolas de educação básica.
Ao mesmo tempo, o curso deverá proporcionar desenvolvimento intelectual e
acadêmico, criando oportunidades para que sejam desenvolvidas competências, habilidades
e posturas críticas diante da realidade. É importante fomentar e ampliar reflexões acerca de
questões relativas à formação inicial de professores em Ciências Naturais, notadamente pelo
fato de a maioria das Instituições de Ensino Superior (IES) ter se dedicado à formação de
futuros cientistas ou profissionais da área técnica, deixando para segundo plano a vertente
educacional.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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A atualização, hora apresentada, vem promover ajustes em aspectos estruturais e
organizacionais do curso, principalmente quanto a atualização da bibliografia de referência
básica e complementar, atendendo ao instrução normativa PRE/IFSP nº 001 de 11/02/2019
das disciplinas, devido a ajustes de disponibilidades de títulos no mercado editorial, a
utilização de recursos eletrônicos (Biblioteca Virtual Pearson) e atualização de obras, além
de adequações em sequências de conteúdos didáticos e na melhoria da clareza das ementas
de algumas disciplinas, fato apresentado pelos docentes que ministraram as mesmas e
solicitaram tais adequações as quais foram analisadas e autorizadas pelo NDE e Colegiado de
Curso.
3. OBJETIVOS DO CURSO
3.1.Objetivo Geral
A Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química tem por objetivo geral
habilitar profissionais que atuem como cidadãos éticos, críticos e responsáveis, cuja principal
função seja a de construir e disseminar conhecimentos em Ciências Naturais, tanto pela
educação formal, quanto pela informal, contribuindo para a transformação social por meio
da disseminação da educação científica e tecnológica. Para tal, o graduado deve estar
capacitado a ensinar e mediar o desenvolvimento científico e tecnológico de saberes em
Ciências Naturais, seja no Ensino Fundamental, como educador em Ciências, seja no Ensino
Médio, como professor de Química.
3.2.Objetivo(s) Específico(s)
Entre os objetivos específicos deste curso de Licenciatura em Ciências Naturais:
Habilitação em Química estão:
✓ Fazer com que os alunos compreendam o papel político e social da escola e
de sua futura profissão;
✓ Mostrar que o conhecimento dos processos de investigação possibilita a
constante reflexão-ação como fundamental ao aperfeiçoamento profissional
e à prática social;
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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✓ Favorecer a compreensão da profissão em sua totalidade, para que o
professor possa atuar multidisciplinarmente, transitando por campos
específicos do conhecimento e tendo a realidade como ponto de partida;
✓ Desenvolver o processo educativo em sua forma plena, baseado na ação
investigativa, diálogo com o conhecimento sistematizado e na intervenção
social, constituindo a práxis formativa;
✓ Oferecer programas de formação para professores da rede pública de ensino
fundamental e médio, na forma de cursos de extensão, orientados para o
desenvolvimento educacional, sociocultural e econômico;
✓ Possibilitar aos estudantes a instrumentalização dos saberes como suporte
científico para a perspectiva de uma formação emancipatória, que possibilite
a construção de conhecimentos, levando em consideração o(a):
autogerenciamento de suas atividades, gestão de pessoas, ética presente às
relações sociais, capacidade empreendedora e interventiva de sua realidade
social;
✓ Levar o aluno a aprender como se dá o processo de produzir, levantar
dúvidas, pesquisar e de criar relações que incentivem novas buscas,
descobertas, compreensões e reconstruções de conhecimento, fazendo com
que o professor se torne um mediador na construção (ou reconstrução) dos
conhecimentos, para que o aluno possa assim encontrar sentido no que está
aprendendo;
✓ Formar um profissional capaz de lidar com as novas tecnologias, processos de
inovação e gestão do conhecimento de modo a propiciar a seus alunos um
ensino dinâmico e integrado às mudanças tecnológicas.
✓ Construir e difundir saberes nas áreas das Ciências da Natureza, entendendo-
os em uma lógica dialética do global com o local, a partir de suas realidades
concretas, possibilitando que os saberes locais sejam contrapostos aos
globais, estimulando a criação e o fortalecimento da cultura local, num
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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contexto de relações democráticas e éticas na perspectiva de participação dos
diversos segmentos da sociedade;
✓ Oportunizar avaliações cuja finalidade seja a orientação do trabalho dos
formadores, a autonomia dos futuros professores em relação ao seu processo
de ensino/aprendizagem e à qualificação dos profissionais com condições de
iniciar a carreira.
✓ Difundir o comprometimento com os valores inspiradores da sociedade
democrática, ética e socialmente justa;
✓ Apresentar as ciências aos estudantes como sendo o resultado de uma
construção coletiva da humanidade, e, portanto, de domínio público, levando
em consideração os saberes e valores de cada indivíduo, visando formar
cidadãos com identidades próprias, capazes de conviver em um mundo em
que as diversidades devem ser respeitadas.
4. PERFIL PROFISSIONAL DO EGRESSO
O licenciado em Ciências Naturais: habilitação em Química é o profissional que
planeja, organiza, desenvolve e executa atividades e materiais relacionados à Educação em
Ciências da Natureza e em Química, em uma perspectiva socioambiental, em ambientes
formais e não formais de educação. Sua principal atribuição é a docência na Educação
Básica, que requer sólidos conhecimentos sobre os fundamentos das Ciências da Natureza e
da Química, sobre seus desenvolvimentos históricos e suas inter-relações com as demais
áreas do conhecimento; bem como sobre estratégias para transposição do conhecimento
das Ciências Naturais e da Química, em saber escolar; primando por uma prática reflexiva.
Além de trabalhar diretamente em sala de aula o licenciado elabora e analisa materiais
didáticos, como livros, textos, vídeos, programas computacionais, ambientes virtuais de
aprendizagem, entre outros. Realiza ainda pesquisas em Educação em Ciências e em ensino
de Química, coordena e supervisiona equipes de trabalho. Em sua atuação, prima pelo
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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desenvolvimento do educando, incluindo sua formação ética e cidadã, a construção de sua
autonomia intelectual e de seu pensamento crítico.
5. FORMAS DE ACESSO AO CURSO
Para acesso ao curso superior de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em
Química o estudante deverá ter concluído o Ensino Médio ou equivalente. O ingresso ao
curso será por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), de responsabilidade do MEC, e
processos simplificados para vagas remanescentes, por meio de edital específico, a ser
publicado pelo IFSP no endereço eletrônico www.ifsp.edu.br. Outras formas de acesso
previstas são a reopção de curso, a transferência externa, a transferência interna, o ingresso
de portadores de diplomas de curso superior, além das que possam vir a ser adotadas,
futuramente, pelo IFSP.
Serão oferecidas quarenta (40) vagas anuais para o curso de Licenciatura em
Ciências Naturais: Habilitação em Química em período noturno.
6. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR
A estrutura Curricular do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em
Química está planejada para uma carga horária mínima de 3232,9 horas, distribuídas
conforme especificado:
• 2.216 (duas mil, duzentas e dezesseis) horas dedicadas às atividades
formativas estruturadas pelos núcleos definidos nos incisos I e II do Artigo 12
da Resolução CNE/CP n.º 2/2015;
• 416,9 (quatrocentas e dezesseis horas virgula nove) horas de prática como
componente curricular, articulado aos componentes curriculares ao longo de
todo o curso;
• 400 horas de estágio supervisionado, articulado aos componentes curriculares
do curso, que serão 200 horas no ensino de Ciências do ensino fundamental e
200 horas no ensino de Química do ensino médio;
• 200 horas de Atividades Teórico-práticas de aprofundamentos.
http://www.ifsp.edu.br/
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Durante os cinco primeiros períodos (semestres), o aluno cursa disciplinas relativas à
formação básica voltadas para o ensino de ciências naturais no ensino fundamental II. Nos
últimos três semestres, os alunos – obrigatoriamente – cursam as disciplinas relativas à
formação específica e profissional em Química, que os habilitam para o exercício do
magistério no ensino médio. As disciplinas de formação pedagógica e de integração
encontram-se distribuídas em todos os períodos, com o objetivo de possibilitar ao aluno o
amadurecimento dos conceitos pedagógicos e de compreender a inserção destes conceitos
nas disciplinas de formação específicas. Por opção do aluno, os estágios poderão ser
realizados a partir de qualquer momento do curso, porém, recomenda-se que o mesmo seja
iniciado a partir do quinto período (semestre) visando uma maior integração entre os
conteúdos estudados e a realização do estágio.
O curso superior de Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química foi
estruturado em função das orientações e normas da Lei das Diretrizes e Bases da Educação,
das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Licenciatura e das Resoluções do
Conselho Nacional de Educação.
O princípio para a constituição do currículo foi deduzido em cinco categorias:
contextualização do conhecimento, prática reflexiva, interdisciplinaridade, homologia de
processos e os seis eixos delineados e indicados na matriz curricular proposta no parecer da
Resolução CNE/CP nº 2, datada de 1 de julho de 2015. As aulas previstas, quatro por noite,
terão duração de 50 minutos, sendo que cada semestre letivo terá duração de 20 semanas.
Nesse curso poderão ocorrer atividades aos sábados, de modo a garantir a carga horária
total referente ao curso.
O currículo do curso visa possibilitar ao aluno, desde o primeiro semestre, o contato
entre as aplicações práticas e os conceitos apresentados nas disciplinas teóricas. Nos cinco
semestres iniciais estão previstas disciplinas de formação básica, cuja meta principal é
colocar em prática técnicas de ensino que estimulem o trabalho em grupo, visando levar o
discente a compreender a importância deste tipo de estratégia de ensino.
A ementa das disciplinas foi elaborada de modo a orientar os grupos discentes a
elaborar um projeto semestral, no qual serão utilizados subsídios fornecidos pelas diversas
disciplinas que estão sendo oferecidas concomitantemente. Este projeto será retomado a
cada semestre, ampliado e contribuirá para as discussões a serem levadas a termo durante
as disciplinas de integração. Deste modo, pretende-se motivar os estudantes a estudar como
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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se dá a integração entre os princípios das áreas relativas às Ciências Naturais e a construir
atividades que possam levar ao aparecimento de um material didático de cunho
inter/transdisciplinar. Para isto, o projeto deverá ter o acompanhamento dos docentes do
NDE, o que poderá ocorre durante as aulas, mas que também poderão ser desenvolvidas
como atividades de iniciação científica (IC) a serem realizadas durante a graduação.
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) proporcionarão a execução de
atividades à distância, colocando os estudantes em contato com as novas tecnologias de
informação, proporcionando-lhes conhecimento sobre diversas ferramentas de apoio ao
ensino, enfoques educacionais diversos e um tipo de atividade que envolva desde a
confecção do material didático ao processo de avaliação.
Os componentes curriculares sempre terão pelo menos um docente responsável;
entretanto, poderão ser convidados palestrantes (professores ou profissionais especialistas)
para apresentar novos recursos pedagógicos, abordagens de ensino e aplicações de
tecnologias e equipamentos na área de ensino a distância (EaD), sempre procurando
apresentar aos alunos princípios a serem estudados no decorrer do curso e sua relação
destes com a atividade profissional a ser desenvolvidas pelos futuros professores.
A Iniciação Científica (IC), deve ser estimulada como um instrumento que permite
introduzir os estudantes na pesquisa científica e de ensino. Nela, o aluno é colocado em
contato direto com a atividade científica e pedagógica, engajando-o neste ambiente. Nesta
perspectiva, a IC se caracteriza como um instrumento de formação, de cunho teórico e
metodológico à realização de um projeto de investigação, constituindo um importante canal
para a formação de novas concepções.
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) dispõe de
um programa institucional de iniciação científica em funcionamento há, praticamente, uma
década, no qual são oferecidas bolsas anuais para o desenvolvimento de pesquisas
acadêmicas. Desde 2007, o IFSP também passou a receber bolsas de iniciação científica
oferecidas pelo CNPq no programa PIBIC, ampliando ainda mais as possibilidades de
desenvolvimento de pesquisas na área de ensino e também passou a incentivar os
professores que ministram aulas nos cursos superiores de licenciatura, por meio do
Programa de Incentivo à Docência (Prodocente).
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) também
dispõem de bolsas de Programa de bolsa institucional de iniciação à docência (Pibid), o qual
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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possui como meta o incentivo a capacitação docente dos alunos dos cursos de licenciatura
no IFSP para a Educação Básica.
6.1 Prática como Componente Curricular (PCC)
Em conformidade com o artigo 13 da CNEP/CP nº 2, (BRASIL, 2015), a Prática como
Componente Curricular (PCC) não poderá ficar reduzida a um espaço isolado, que a
caracterize como estágio, nem desarticulada de todo o curso. Em articulação intrínseca com
as atividades do trabalho acadêmico e com o estágio Supervisionado, a PCC deve concorrer
conjuntamente para a formação da identidade do professor como pesquisador e educador.
A Licenciatura em Ciências Naturais oferece PCC a seus alunos no interior das disciplinas que
constituem os componentes curriculares de formação, desde o início do curso e não apenas
nas disciplinas pedagógicas. Desta forma a prática vai permear toda a formação do futuro
professor, estabelecendo/garantindo assim uma dimensão abrangente e interdisciplinar do
conhecimento. O eixo norteador da Prática como Componente Curricular é a transposição
do conteúdo teórico para a prática de ensino, através da análise de materiais didáticos, de
abordagens de ensino, de tarefas de aprendizagem nas diversas habilidades associadas as
ciências naturais, do ensino dos diversos aspectos das ciências a partir de uma perspectiva
comunicativa, e através da elaboração de materiais didáticos que expressem o ensino-
aprendizagem das ciências da natureza.
A prática como componente curricular deverá ser vivenciada em diferentes contextos
de aplicação acadêmico-profissional, desde o início do curso e terá uma carga horária global
de 416,9 (quatrocentas e dezesseis horas virgula nove), a serem obrigatoriamente cumpridas
semestralmente ao longo do curso.
A prática como componente curricular será desenvolvida e contextualizada em
disciplinas da matriz curricular determinada no Projeto Político Pedagógico do curso superior
de Licenciatura em Ciências Naturais: Habilitação em Química, conforme indicado na tabela
3.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Tabela 3: Prática como Componente Curricular – Licenciatura em Ciências Naturais –
Habilitação em Química.
Prática como Componente Curricular - Habilitação em Química
Componente Curricular Semestre Carga Horária
Fundamentos de Química Geral 1º 3,3
Fundamentos da Física: Mecânica 1º 6,7
Metodologia do Trabalho Científico 1º 3,3
Projetos Integradores 1 1º 13,3
Fundamentos da Citologia e Genética 2º 6,7
Fundamentos da Física: Termodinâmica 2º 3,3
Fundamentos da Química: Orgânica e Bioquímica 2º 6,7
Projetos Integradores 2 2º 23,3
Práticas Pedagógicas 1 2º 10,0
Laboratório interdisciplinar Biologia e Física 3º 16,7
Fundamentos de Anatomia e Fisiologia 3º 6,7
Fundamentos da Físico-Química 3º 3,3
Fundamentos da Física: ótica e ondas 3º 3,3
Projetos Integradores 3 3º 23,3
Laboratório interdisciplinar Biologia e Química 4º 16,7
Fundamentos de Botânica 4º 3,3
Fundamentos da Química: Inorgânica e Geociências 4º 6,7
Ciências do Ambiente 4º 3,3
Organização e Funcionamento da Educação 4º 10,0
Projetos Integradores 4 4º 23,3
Práticas Pedagógicas 2 4º 23,3
Laboratório interdisciplinar Física e Química 5º 16,7
Fundamentos de Zoologia 5º 3,3
Fundamentos da Física: eletricidade e magnetismo 5º 6,7
Educação e Direitos Humanos 5º 3,3
Práticas Pedagógicas 3 5º 10,0
Projetos Integradores 5 5º 10,0
Química Inorgânica 6º 6,7
Química Inorgânica Experimental 6º 3,3
Química Ambiental 6º 6,7
Currículos e Metodologias 6º 6,7
Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) 6º 3,3
Instrumentação para o Ensino de Ciências 1 6º 16,7
Química Orgânica 7º 6,7
Química Orgânica Experimental 7º 6,7
Química Analítica 7º 6,7
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Química Analítica Experimental 7º 3,3
Processos e Instrumentos de Avaliação 7º 16,7
Instrumentação para o Ensino de Ciências 2 7º 16,7
Físico-Química 8º 6,7
Físico-Química Experimental 8º 3,3
Química Tecnológica 8º 6,7
Química Aplicada 8º 6,7
Ciência e Educação – Materiais didáticos 7° 6,7
Instrumentação para o Ensino de Ciências 3 8º 16,7
Carga Horária Total 416,9 horas
O discente deverá realizar, em todos os períodos do curso, a prática como
componente curricular prevista em cada disciplina. Caso o discente não cumpra a carga
horária da prática como componente curricular estabelecida em uma disciplina o mesmo
deverá posteriormente cumprir as horas devidas para integralização total do curso. O
docente responsável pela disciplina na qual conste a prática como componente curricular
deverá definir as atividades que caracterizam essa prática e o método de avaliação no Plano
de Ensino da disciplina. A carga horária total da prática como componente curricular
definida para cada disciplina deverá ser obtida de acordo com os critérios do docente
responsável.
A integralização das atividades de PCC será feita por meio de Formulário da Prática
como Componente Curricular, o qual será preenchido pelo discente e avaliado pelo docente
responsável pela disciplina. Uma vez validado a PCC, as horas correspondentes serão
lançadas no Formulário para Controle de Horas - Prática como Componente Curricular e o
mesmo deve estar disponível para consulta, a qualquer tempo pelo discentes,
preferencialmente em meio eletrônico na página do Câmpus, na área destinada ao curso.
6.2 ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO
O Estágio Curricular Supervisionado é considerado o ato educativo supervisionado
envolvendo diferentes atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho, que visa à
preparação para o trabalho produtivo do educando, relacionado ao curso que estiver
frequentando regularmente. Assim, o estágio objetiva o aprendizado de competências
próprias da atividade profissional e a contextualização curricular, objetivando o
desenvolvimento do educando para a vida cidadã e para o trabalho.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
33
Para a realização do estágio, deve ser observado o Regulamento de Estágio do IFSP,
Portaria n. 1.204, de 11 de maio de 2011, elaborado em conformidade com a Lei do Estágio,
Lei n. 11.788/2008, dentre outras legislações, que sistematizam o processo de implantação,
oferta e supervisão de estágios curriculares, bem como o Regulamento do Estágio Curricular
Supervisionado do Curso de Licenciatura em Ciências Naturais a ser elaborado e implantado
no primeiro semestre de implantação do curso com aprovação do Colegiado do Curso.
As atividades de estágio devem atender aos objetivos de cada nível de estágio
estando articuladas com o correspondente tipo de experiência profissional para o
desenvolvimento e aperfeiçoamento das respectivas competências voltadas à mobilização
de conhecimentos, atitudes e valores indispensáveis ao bom desempenho do profissional
docente.
Ao Coordenador de Estágio, que no IFSP é atribuição do Coordenador de Extensão do
Câmpus, compete o apoio na implantação e consolidação de ações ou convênios que
promovam integração com as escolas de educação básica das redes públicas de ensino. É
também de sua incumbência controlar e vistoriar os documentos e relatórios de estágio.
O acompanhamento das vivências de situações concretas de ensino trazidas pelo
licenciando ou encaminhadas pelo professor, bem como a orientação para a busca de
soluções das situações-problema enfrentadas, requerem reflexão teórica das questões
envolvidas, tornando-se, portanto, pertinentes às reuniões com o orientador.
A orientação das atividades de estágio supervisionado deverá promover discussões
inerentes ao processo de ensino e aprendizagem em todas as suas dimensões. Em particular,
que o estudante analise criticamente as aulas observadas, bem como das possíveis
intervenções realizadas, com o intuito de compreender as possibilidades de incorporar
elementos de sua reflexão ao trabalho como professor comprometido com a tríade reflexão-
ação-reflexão.
Desta forma, buscamos atender ao princípio exposto no Parecer CNE 09/2001, que é
enfático quanto à forma de acompanhamento do estágio: “(...) o estágio não pode ficar sob
a responsabilidade de um único professor da escola de formação, mas envolve
necessariamente uma atuação coletiva dos formadores”.
A orientação dos estudantes-estagiários pelos professores durante o estágio
supervisionado é considerada uma atividade de docência. Ela pode acontecer em dois
momentos distintos:
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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• coletivamente: a partir de propostas de discussões, seminários, abordagem
teórica de temas constantes do currículo de Ciências e Química;
• individualmente: a partir da leitura, acompanhamento e discussão dos
registros de estágio do estudante com o orientador.
Para a conclusão do estágio supervisionado, o estudante deverá elaborar um
relatório final que sintetize seu amadurecimento profissional ao longo da experiência e a
contribuição dos estágios para a sua função de professor.
6.2.1 Organização do Estágio Curricular Supervisionado
A distribuição da carga horária para a realização do Estágio Curricular Supervisionado
nos cursos de Licenciaturas do IFSP - Campus São João da Boa Vista atende tanto à Lei
Federal 11.788, de 25 de setembro de 2008, como também à Lei 9.394/96 de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (LDB), além da Resolução CNE/CP nº 2, de 1º de julho de 2015, e
o previsto no Projeto Político Pedagógico do Curso (PPC). Assim, o Estágio Curricular
Supervisionado deve ocorrer a partir do 5º semestre do curso conforme previsto no Of.
Circular nº 10/2016 - Consultas Resolução CP nº 2/2015, totalizando 400 horas de
atividades, sendo 200 horas de estágio no Ensino Fundamental II (6º ano ao 9º ano) e 200
horas de estágio no Ensino médio respectivamente, nas disciplinas de Ciências, para o
ensino fundamental II e Química para o ensino médio.
Sugere-se que o aluno realize o estágio em, no mínimo, 3 (três) instituições de ensino
diferentes. Não será permitida a realização integral das horas de estágio em instituições
privadas em ambos os níveis de ensino (Ensino Fundamental II e Ensino Médio). O estagiário
não poderá ultrapassar 6 (seis) horas diárias e 30 (trinta) horas semanais de estágio. Em
casos de estágio no próprio IFSP - Campus São João da Boa Vista, será permitida a realização
de até 50% das horas totais referentes ao Ensino Médio.
Ainda, de acordo com os PPC dos cursos de Licenciaturas, o estágio supervisionado
deverá ter sua carga horária distribuída entre atividades de observação, participação e
regência.
Tendo em vista a diversidade de atividades relacionadas ao ensino e buscando propiciar
as mais variadas experiências ao(a) estagiário(a), possibilitando uma percepção geral e
reflexão sobre o ambiente escolar, o estágio obrigatório supervisionado no curso de
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
35
Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química do IFSP - Campus São João da Boa
Vista prevê três etapas:
a) Estágio de Observação
Possibilita aos(às) alunos(as) uma maior percepção do ambiente escolar e das relações
interpessoais na escola, além de permitir uma reflexão crítica de todos os aspectos políticos
e pedagógicos da escola, como:
• Diagnóstico do ambiente escolar, tal como localização, infraestrutura,
organização, conservação, público-alvo, contextualização da comunidade escolar,
acessibilidade para pessoas com necessidades específicas;
• Leitura do projeto político pedagógico da escola e outros regulamentos
escolares;
• Levantamento dos aspectos humanos, como formação do corpo docente e
administrativo, perfil do corpo discente, relações entre docentes e alunos, serviços
disponíveis aos(às) alunos(as);
• Leitura: do plano de ensino e de aulas vinculados à disciplina do estágio; das
avaliações aplicadas pelos professores vinculados à disciplina do estágio; da proposta
pedagógica da rede de ensino ao qual a instituição onde encontra-se estagiando,
pertence; das diretrizes curriculares estabelecidas para a disciplina de sua respectiva
licenciatura; dos PCNs vinculados ao nível e modalidade de ensino das disciplinas
contempladas no estágio obrigatório; dos projetos existentes na escola; dos livros,
apostilas ou outros materiais didáticos relativos às disciplinas da licenciatura.
• Observar o funcionamento dos conselhos e reuniões, tais como as ATPCs;
b) Estágio de Participação
Nessa modalidade de estágio o(a) aluno(a) pode interagir e colaborar com o(a)
professor(a) no ambiente escolar, sem assumir inteira responsabilidade pelas aulas,
desenvolvendo atividades como:
• Planejamento de aulas (elaboração de planos de ensino e de aula);
• Resolução de listas de exercícios e plantão de dúvidas com os alunos;
• Monitoria em aula prática;
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• Participação em feiras de ciências, seminários, debates, atividades artístico-
culturais vinculados ao currículo da escola na qual está fazendo o estágio, sábados da
família, etc.;
• Elaboração de projetos na escola;
• Elaboração de material didático;
• Pesquisa/entrevista com a comunidade escolar;
• Análise dos aspectos pedagógicos da escola, tais como os livros utilizados,
apostilas e outros materiais didáticos utilizados na modalidade contemplada pelo
estágio;
• Frequentar as reuniões com o(a) Professor(a) Orientador(a) e com o(a)
Professor(a) Supervisor(a) para discussões sobre o andamento do estágio, escrita do
plano de estágio, elaboração dos relatórios parciais e finais.
c) Estágio de Regência
Permite ao(a) aluno(a) ter a condução autônoma do processo de ensino aprendizagem,
por meio de:
• Regências de aulas (obrigatoriamente, no mínimo, 20 horas);
• Realização de aulas práticas;
• Aulas de reforço ou recuperação;
• Aplicação de projetos.
Considerando o descrito acima e considerando a importância de orientações
especificas aos envolvidos no processo de estágio supervisionado, será elaborado um
manual do estágio supervisionado pelo NDE e aprovado pelo colegiado.
6.2.2 Acompanhamento, Orientação e Avaliação
O acompanhamento do estágio supervisionado é realizado em primeira instância
pelo professor orientador e pelo professor supervisor de estágio, sendo o primeiro professor
do IFSP e integrante do quadro docente do curso de Licenciatura em Ciências Naturais:
habilitação em Química designado em portaria e o segundo docente da instituição
conveniada onde o discente desenvolverá suas atividades de estágio.
Curso de Licenciatura em Ciências Naturais: habilitação em Química, Câmpus São João da Boa Vista IFSP- 2019
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Cabe ao professor orientador articular junto aos discentes sobre sua orientação,
horários de orientação individual, onde serão planejadas, discutidas e analisadas as
atividades pertinentes ao estágio.
O Estágio Supervisionado será desenvolvido a partir de um Plano de Estágio
elaborado pelo estudante, juntamente com o professor orientador e com o professor
supervisor, considerando-se o itinerário do curso, a área de atuação do futuro docente e
deverá abranger diferentes níveis e modalidades de ensino da Educação Básica. Deve-se,
ainda, contemplar a organização e gestão das Instituições de Ensino de Educação Básica.
Noutra instância, o acompanhamento se dá pelo coordenador de estágio no apoio ao
estabelecimento de acordos de cooperação, na interveniência em termos de compromisso,
na conferência e validação das horas de estágio devidamente comprovadas, avaliadas pelos
professores orientadores com pareceres favoráveis. Portanto, este coordenador trabalhará
em conjunto com a coordenação de extensão do Câmpus e coordenação de curso, nos
assuntos relativos ao curso de Licenciatura em Ciências da Natureza com Habilitação em
Química.
A avaliação das atividades de estágio supervisionado será realizada pelas análises dos
relatórios apresentados