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1 SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A. Avenida 5 de Julho; P.O.Box 270; São Vicente Registada na Conservatória do Registo Comercial de S. Vicente sob o n.º 463 Capital social: 240.000.000 escudos NIF: 50284004 (Entidade Emitente) MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E PLANEAMENTO Avenida Amílcar Cabral ; C.P. n.º 30; Praia (Entidade Oferente) PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE VENDA PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE VENDA DE 63. 240 ACÇÕES ORDINÁRIAS, ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, COM O VALOR NOMINAL UNITÁRIO DE MIL ESCUDOS, REPRESENTATIVAS DE 26,35% DO CAPITAL SOCIAL DA SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A. ORGANIZAÇÃO E MONTAGEM Banco Comercial do Atlântico Rotunda de Chã de Areia, Praia, Registada na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 294. - Novembro de 2005 -

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E PLANEAMENTOF799F367-6F87-45FF-B615-44C9D1808314}.pdf · O presente Prospecto reflecte a informação, actual e completa, relativa à Oferta Pública de

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SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A. Avenida 5 de Julho; P.O.Box 270; São Vicente

Registada na Conservatória do Registo Comercial de S. Vicente sob o n.º 463

Capital social: 240.000.000 escudos NIF: 50284004

(Entidade Emitente)

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E PLANEAMENTO Avenida Amílcar Cabral ; C.P. n.º 30; Praia

(Entidade Oferente)

PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE VENDA PROSPECTO DE OFERTA PÚBLICA DE VENDA DE 63. 240 ACÇÕES ORDINÁRIAS,

ESCRITURAIS E NOMINATIVAS, COM O VALOR NOMINAL UNITÁRIO DE MIL ESCUDOS,

REPRESENTATIVAS DE 26,35% DO CAPITAL SOCIAL DA SOCIEDADE CABO-VERDIANA

DE TABACOS, S.A.

ORGANIZAÇÃO E MONTAGEM

Banco Comercial do Atlântico

Rotunda de Chã de Areia, Praia,

Registada na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 294.

- Novembro de 2005 -

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ÍNDICE

0. DEFINIÇÕES ..................................................................................................................................................................... 6

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................................. 8

2. RESPONSÁVEIS

2.1. Identificação dos Responsáveis ................................................................................................................................... 10

3. SOBRE O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO

3.1. Razões da Privatização ................................................................................................................................................. 12

3.2. Faseamento da Privatização ......................................................................................................................................... 13

3.2.1. Operação de venda por concurso limitado destinado a agrupamentos de pessoas singulares e/ou colectivas

nacionais e/ou estrangeiras, de um bloco indivisível de 122.760 acções ...................................................................... 13

3.2.2. Operação de venda aos Trabalhadores da empresa, pelo processo de subscrição particular, através da Bolsa de

Valores de Cabo Verde, de 9.300 acções ............................................................................................................................ 14

3.2.3. Operação de aquisição pelo Público em Geral, através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, de 53.940 acções 14

3.3. Utilização do encaixe financeiro .................................................................................................................................. 14

4. CAPITAL SOCIAL

4.1. Montante do capital emitido e outras informações referentes ao capital .............................................................. 16

4.2. Número e principais características das acções não representativas de capital .................................................... 16

4.3. Número, valor contabilístico e valor nominal de acções da EMITENTE na posse da EMITENTE, detidas em seu

nome ou na posse de filiais suas ........................................................................................................................................ 16

5. ESTATUTOS

5.1. Objectivos e metas da EMITENTE .............................................................................................................................. 17

5.2. Síntese das disposições dos estatutos da EMITENTE relativas aos membros dos seus órgãos de administração e de

fiscalização ............................................................................................................................................................................ 17

5.3. Direitos, preferências e restrições inerentes a cada uma das categorias de acções existentes ............................. 18

5.4. Dissolução e Liquidação ............................................................................................................................................... 21

5.5. Condições que regem a convocação das Assembleias Gerais ................................................................................. 22

5.6. Disposições dos estatutos da EMITENTE que possam ter por efeito adiar, diferir ou impedir uma alteração do

controlo da EMITENTE ....................................................................................................................................................... 22

5.7. Disposições dos estatutos que determinem a quantidade máxima de acções a deter por um Accionista sem que a

sua identidade deva ser divulgada .................................................................................................................................... 23

5.8. Condições dos estatutos aplicáveis às acções ........................................................................................................... 23

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6. INFORMAÇÃO RELATIVA AOS VALORES MOBILIÁRIOS A OFERECER

6.1. Tipo e categoria dos valores mobiliários a oferecer .................................................................................................. 24

6.2. Legislação ao abrigo da qual os títulos foram criados .............................................................................................. 24

6.3. Indicação se os valores mobiliários são nominativos ou ao portador e se assumem a forma física ou

desmaterializada .................................................................................................................................................................. 24

6.4. Moeda em que os valores mobiliários são emitidos ................................................................................................. 24

6.5. Direitos, incluindo eventuais restrições dos mesmos, inerentes aos valores mobiliários e procedimento a observar

para o exercício desses direitos, a saber ............................................................................................................................ 24

6.6. Eventuais restrições à livre transferência dos títulos ................................................................................................ 25

6.7. Venda de títulos da EMITENTE durante o último exercício e o exercício em curso ............................................ 25

6.8. Informações de natureza fiscal .................................................................................................................................... 26

6.9. Informações sobre a responsabilidade pela retenção dos impostos na fonte no país de registo da EMITENTE 27

7. CONDIÇÕES DA OFERTA

7.1. Condições, estatísticas da Oferta, calendário previsto e modalidades de subscrição .......................................... 28

7.1.1. Condições a que a Oferta está subordinada ............................................................................................................ 28

7.1.2. Montante total da Oferta ........................................................................................................................................... 28

7.1.3 Categorias de potenciais investidores a que os valores mobiliários são oferecidos ........................................... 28

7.1.4. Período de tempo, incluindo eventuais alterações, durante o qual a Oferta será válida e descrição do processo de

subscrição .............................................................................................................................................................................. 28

7.1.5. Momento e circunstâncias em que a Oferta pode ser retirada ou suspensa ....................................................... 29

7.1.6. Montante mínimo e/ou máximo das subscrições .................................................................................................. 30

7.1.7. Período durante o qual um pedido de subscrição pode ser retirado, sob reserva de os investidores poderem

retirar as suas subscrições ................................................................................................................................................... 30

7.1.8. Método e prazos de pagamento e de entrega dos valores mobiliários ............................................................... 30

7.1.9. Aspectos específicos da atribuição ............................................................................................................................31

7.1.10. Modo como os resultados da Oferta serão divulgados e data dessa divulgação ............................................. 32

7.1.11. Procedimento a observar para o tratamento dos direitos de subscrição não exercidos .................................. 32

7.2. Fixação dos preços ........................................................................................................................................................ 32

7.2.1. Preço de oferta dos valores mobiliários ................................................................................................................... 32

7.2.2. Processo de divulgação do preço de oferta ............................................................................................................. 33

7.3. Colocação ....................................................................................................................................................................... 33

8. ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO E MODALIDADES DE NEGOCIAÇÃO

8.1. Possibilidade de os valores mobiliários objecto da oferta serem ou poderem ser objecto de um pedido de admissão

à negociação, com vista à sua distribuição num mercado regulamentado ou noutros mercados equivalentes ...... 34

8.2. Mercados regulamentados ou equivalentes em que, tanto quanto é do conhecimento da EMITENTE, títulos da

mesma categoria dos valores a oferecer ou a admitir à negociação já tenham sido admitidos à negociação .......... 34

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9. VENDA AOS TITULARES DOS VALORES MOBILIÁRIOS

9.1. Nome e endereço da entidade que propõe a venda dos valores mobiliários e indicação da natureza de qualquer

relação profissional ou de outra natureza significativa que a entidade vendedora tenha tido com a EMITENTE 35

9.2. Em relação aos acordos de bloqueio (lock-up), indicação das partes envolvidas do teor e excepções do acordo e do

período de bloqueio ............................................................................................................................................................. 35

10. INFORMAÇÕES SOBRE A EMITENTE

10.1. Denominação jurídica e comercial da EMITENTE ................................................................................................. 36

10.2. Local de registo da EMITENTE e o respectivo número ......................................................................................... 36

10.3. Data de constituição da EMITENTE e respectivo período de existência ............................................................. 36

10.4. Endereço e forma jurídica da EMITENTE, legislação ao abrigo da qual a EMITENTE exerce a sua actividade, país

de registo, endereço e número de telefone da sua sede estatutária ............................................................................... 37

10.5. Diplomas relativos à actividade da SCT ................................................................................................................. 37

10.6. Factos marcantes da evolução da actividade da EMITENTE ................................................................................ 38

10.7. Investimentos .............................................................................................................................................................. 38

10.8. Indicadores financeiros históricos seleccionados sobre a EMITENTE ................................................................. 39

10.9. Política de dividendos …………………………………………………………………………………………………… 41

10.10.Pontos fortes ................................................................................................................................................................ 41

10.11. Oportunidades ........................................................................................................................................................... 41

10.12. Factores de risco ........................................................................................................................................................ 42

10.13. Mitigação ................................................................................................................................................................... 43

10.14. Imóveis, Instalações e Equipamentos .................................................................................................................... 44

10.14.1 Informações relativas a eventuais imobilizações corpóreas, existentes ou previstas, incluindo imóveis

arrendados e encargos significativos que as onerem ...................................................................................................... 44

10.15. Pessoal ........................................................................................................................................................................ 44

10.15.1. Número de efectivos no final do período ............................................................................................................ 44

10.16. Participações e opções sobre acções relativamente aos membros dos órgãos sociais …….. ............................ 46

10.17. Descrição de eventuais acordos com vista à participação dos empregados no capital da EMITENTE.......... 46

10.18. Principais Accionistas ............................................................................................................................................... 46

10.18.1 Nome das pessoas não membros dos órgãos de administração e de fiscalização que, directa ou indirectamente,

tenham uma participação no capital da EMITENTE ou nos direitos de voto passíveis de notificação ao abrigo da

legislação nacional ............................................................................................................................................................... 46

10.18.2 Indicação se os principais Accionistas da EMITENTE têm direitos de voto diferentes ou junção de uma

declaração negativa adequada ........................................................................................................................................... 46

10.19. Na medida em que a EMITENTE de tal tenha conhecimento, informação sobre o proprietário, directo ou

indirecto, da EMITENTE ou quem a controla .................................................................................................................. 47

10.20. Descrição de eventuais acordos de que a EMITENTE tenha conhecimento e cujo funcionamento possa dar

origem a uma mudança ulterior do controlo da EMITENTE.......................................................................................... 47

10.21. Acções judiciais e arbitrais ........................................................................................................................................ 47

10.22. Alteração significativa na situação financeira ou comercial da EMITENTE ..................................................... 47

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11.CALENDÁRIO INDICATIVO DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS ........................................................ 48

12. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS .................................................................................................................. 49

13. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ACERCA DO ACTIVO E DO PASSIVO, DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E

DOS LUCROS E PREJUÍZOS DA EMITENTE ............................................................................................................. 50

14. ASSINATURAS ............................................................................................................................................................ 51

15. RELATÓRIOS DE CONTAS DA SCT

15.1 RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004 .............................................................................................. 53

15.1.1. DEMOSTRAÇÔES FINANCEIRAS DE 2004 ........................................................................................................ 60

15.2. RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2003 ......................................................................................... 73

15.2.1. DEMOSTRAÇÔES FINANCEIRAS DE 2003 ........................................................................................................ 80

15.3. RELATÓRIO DE CONTAS DE 2002 ......................................................................................................................... 81

15.3.1. DEMOSTRAÇÔES FINANCEIRAS DE 2002 ........................................................................................................ 89

16. RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS CONTAS DA SCT

1.6.1.Auditoria às contas de 2004 ....................................................................................................................................... 91

1.6.2. Auditoria às Contas de 2003 ................................................................................................................................... 107

1.6.3. Auditoria Às contas de 2002 .................................................................................................................................... 120

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0. DEFINIÇÕES

Excepto se expressamente indicado de outro modo, os termos a seguir mencionados têm, no presente Prospecto, os significados aqui referidos:

“Acções” as acções representativas do capital social da SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A.

“Accionistas” os detentores de acções representativas do capital social da SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A.

“Anúncio” o anúncio de lançamento que, juntamente com o Prospecto, integra os documentos relativos à Oferta

“AGMVM” a Auditoria Geral de Mercado de Valores Mobiliários

“Código dos Valores Mobiliários” o Código de Mercado dos Valores Mobiliários, aprovado pela Lei n.º 52/V/98, de 11 de Maio.

“Decreto-Lei de Privatização” o Decreto-Lei n.º 76/2005, de 7 Novembro, que aprova a privatização directa do capital social da SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A.

“SCT” a SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A.

“Oferta” ou “OPV” a oferta pública de venda de 63.240 acções, ordinárias, escriturais e nominativas, com o valor nominal unitário de mil escudos, representativas de 26,35% do capital social da SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A.

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“OFERENTE” ou “MFP” o Ministério das Finanças e Planeamento

“Preço” o preço para aquisição das Acções objecto da privatização parcial do capital social da EMITENTE

“Prospecto” o presente Prospecto

“Trabalhadores” as pessoas titulares de contratos de trabalho por tempo indeterminado, celebrados com a Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, e os quadros de chefia operacional ou de direcção, com mais de três anos ao serviço da Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, S.A.

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1. INTRODUÇÃO

O presente Prospecto reflecte a informação, actual e completa, relativa à Oferta Pública de Venda, através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, de 63.240 acções, correspondentes a 26,35% do capital social da SCT.

A presente OPV é parte integrante de um processo combinado que visa a privatização de 77,5% do capital social da SCT, correspondente a 186.000 Acções pertencentes ao Estado de Cabo Verde.

Nos termos do Decreto-Lei de Privatização, o processo combinado de privatização integra uma OPV de 63.240 Acções representativas de 26,35% do capital social da SCT (correspondente a 34% da participação social detida pelo Estado na SCT), dirigida aos Trabalhadores da SCT e ao Público em Geral e uma venda por concurso limitado, destinado a um agrupamento de pessoas colectivas nacionais e/ou estrangeiras, de um bloco indivisível de 122.760 Acções, representativas de 51,15% do capital social da SCT (correspondente a 66% da participação social que o Estado detém na SCT).

Este processo de privatização parcial, conduzido sob a responsabilidade do Ministério das Finanças e Planeamento, inscreve-se num contexto, mais vasto, de reestruturação das estruturas financeiras e de prestação de serviços da República de Cabo Verde, tendo em vista, designadamente, a prossecução do desenvolvimento sustentado da economia cabo-verdiana e a transformação de Cabo Verde num Centro Financeiro Internacional de referência.

Nesta perspectiva, e na lógica de tratamento justo e equitativo, e de segurança e protecção dos bens e direitos dos investidores, assente nos princípios da transparência e normal funcionamento do Mercado, que enformam a actuação do Governo de Cabo Verde, optou-se, na elaboração do presente Prospecto, por disponibilizar aos investidores um conjunto vasto de informação, por forma a assegurar os necessários níveis de transparência e clareza na divulgação das características da Operação.

Adicionalmente, este Prospecto deve ser lido em conjugação com todos os elementos de informação que no mesmo sejam incorporados através de remissão para outros documentos, os quais, para todos os efeitos, se consideram como fazendo parte integrante deste Prospecto.

Tanto quanto é do conhecimento de todas as entidades e pessoas singulares que, nos termos da Lei e demais disposições regulamentares aplicáveis, são responsáveis pela informação prestada no presente Prospecto, o mesmo reflecte informação completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, não tendo sido omitido qualquer facto ou circunstância que pudesse materialmente afectar aquela informação.

Sem prejuízo, deve enfatizar-se que o presente Prospecto não configura uma análise quanto à qualidade dos valores mobiliários objecto da Oferta, nem uma recomendação para a aquisição desses mesmos valores mobiliários.

Nestes termos, qualquer decisão de investimento deverá ser efectuada apenas após avaliação independente da condição económica, situação financeira e demais elementos relativos à Entidade Emitente e aos seus negócios.

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Adicionalmente, nenhuma decisão quanto à intenção de investimento deverá ser tomada sem prévia análise, pelo potencial investidor e pelos seus consultores, deste Prospecto, no seu conjunto, mesmo que a informação relevante seja prestada mediante a remissão para outra parte do Prospecto ou para outros documentos no mesmo incorporados.

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2. RESPONSÁVEIS

2.1. Identificação dos Responsáveis

Os responsáveis pela informação aqui contida, no âmbito da responsabilidade que lhes é atribuída nos termos do artigo 112º do Código do Mercado dos Valores Mobiliários e do n.º 1 do artigo 3.º do Regulamento n.º 1/2000 do Banco de Cabo Verde, declaram que, após terem efectuado todas as diligências razoáveis para se certificarem de que tal é o caso, e tanto quanto é do seu conhecimento, os elementos inscritos neste Prospecto estão de acordo com os factos tidos por relevantes, não tendo esses mesmos responsáveis conhecimento da existência de quaisquer omissões que possam materialmente alterar o significado daquela informação, responsabilizando-se, assim, pela completude, veracidade, objectividade, clareza, licitude e actualidade da informação contida neste Prospecto, com referência à data da respectiva divulgação.

De acordo com o disposto no n.º 2 artigo 116º do Código dos Valores Mobiliários, são responsáveis pelo conteúdo da informação contida no presente Prospecto:

(a) Emitente

SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A., com sede social na Avenida 5 de Julho, em São Vicente, registada na Conservatória do Registo Comercial de São Vicente sob o n.º 463, com o capital social integralmente subscrito e realizado de 240.000.000$00 e com o NIF 50284004

b) O Intermediário Financeiro encarregado da assistência à Oferta

Banco Comercial do Atlântico, com sede na Rotunda de Chã de Areia, Praia e registada na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 294.

(c) Oferente

Ministério das Finanças e Planeamento com sede na Avenida Amílcar Cabral, C.P . 30, Praia.

(d) Auditor Externo

Confira, Lda; Avenida Manuel Matos; C.P. 248 ; São Vicente

A responsabilidade das entidades acima referidas é excluída se alguma delas provar que o destinatário tinha ou deveria ter conhecimento da deficiência do conteúdo do Prospecto à data

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da emissão da sua declaração de intenção de investimento, ou em momento posterior, contanto que a revogação da intenção de investimento ainda fosse possível.

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3. SOBRE O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO

3.1. Razões da Privatização

Nos termos do seu programa para a presente legislatura, e dos objectivos consagrados no Plano Nacional de Desenvolvimento 2001-2005, é dever do Governo de Cabo Verde prosseguir o programa de privatizações acordado com os parceiros do desenvolvimento de Cabo Verde, no respeito dos compromissos assumidos pelo Estado.

Cabe ao Governo, na prossecução dos objectivos consagrados no respectivo Programa e no Plano Nacional de Desenvolvimento, e por forma a afastar o Estado como agente económico directo, promover a iniciativa privada como principal impulsionadora do desenvolvimento económico sustentado, assente nos princípios da eficiência e rentabilidade económica, privilegiando a maior intervenção do sector privado na economia nacional e potenciando os investimentos necessários ao desenvolvimento e rentabilização económica e financeira das empresas.

O Governo prossegue este desiderato num contexto de rigor e transparência e de salvaguarda dos interesses nacionais, dando um real conteúdo estratégico às privatizações, no sentido da dinamização e modernização da economia, do aumento da concorrência e da competitividade global do país, bem como, no reforço do empresariado nacional.

Assim, entende o Governo que o Estado deve retirar-se da SCT, enquanto accionista directo e maioritário criando condições necessárias para a participação activa do sector privado na empresa, em substituição do Estado, reservando-se a este o papel de regulador.

De acordo com o previsto na nota justificativa do Decreto-lei de Privatização, e no âmbito do regime jurídico estabelecido pela Lei n.º 47/IV/92, de 6 de Julho com as alterações introduzidas pela Lei n. º 41/V/97, de 17 de Novembro, a privatização da EMITENTE constitui uma oportunidade para dotar a EMITENTE de uma estrutura accionista estável, forte e promover o reforço do tecido económico nacional, contribuindo para a manutenção da identidade empresarial e patrimonial da SCT e para a expansão sustentada das suas actividades em termos que contribuam para a consolidação e o desenvolvimento da economia cabo-verdiana, preservando, deste modo, os interesses financeiros e económicos da República de Cabo Verde.

Nesta perspectiva, e tendo em atenção a especial natureza da SCT, como sociedade de participação pública, entendeu o Governo dever, primeiramente, proceder à retirada do Estado enquanto accionista directo e maioritário da Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, Lda., criando condições para uma participação activa do sector privado como accionista, em substituição do Estado nesta empresa, reservando-se a este o papel de regulador.

Assim, e, por forma a dar cumprimento ao disposto nas Leis acima citadas , o Governo procedeu à transformação da Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, Lda , numa sociedade anónima, com o fim de dar prosseguimento à sua efectiva e presente privatização, nos termos da Lei.

Atenta à importância da empresa a privatizar para a economia nacional, à necessidade de atrair investidores detentores de Know how e tecnologia de relevância estratégica para a empresa, à estrutura concorrencial interna e externa do sector, à dimensão, situação económico-financeira e

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perspectiva de evolução da empresa e à necessidade de promoção do investimento privado nacional, o Governo decidiu proceder à alienação das acções do Estado na empresa, correspondentes a 77,5% do capital social da SCT.

3.2. Faseamento da Privatização

O processo de privatização parcial da participação social propriedade do Estado na SCT, conduzido sob a responsabilidade do Ministro das Finanças e Planeamento, tem por objectivo a alienação de 186.000 acções, pertencentes ao Estado de Cabo Verde, correspondentes a 77,5% do capital social da SCT.

Nos termos da Lei n.º 47/IV/92, de 6 de Julho, que define o quadro geral de privatização e de participação pública em sociedades de natureza económica, alterada pela Lei n.º 41/V/97, de 17 de Novembro, determinou-se que, por imposição do interesse nacional, a alienação das acções pudesse realizar-se através de concurso limitado ou de venda directa, quer por exigência de estratégia definida para a empresa ou por sector, quer como via de fomento empresarial.

O diploma supracitado mandou, igualmente, reservar parte das acções para subscrição dos trabalhadores ao serviço da Empresa, para eles prevendo o benefício de condições de excepção, como descontos, ou preços especiais, e ainda, a possibilidade de pagamento a prestações.

Este processo concretiza-se através das seguintes operações:

a) operação de venda por concurso limitado destinado a agrupamentos de pessoas singulares e/ou colectivas nacionais e/ou estrangeiras, de um bloco indivisível de 122.760 acções pertencentes ao Estado de Cabo Verde correspondentes a 51,15% do capital social da SCT.

b) operação de venda aos Trabalhadores da empresa, através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, pelo processo de subscrição particular, de 9.300 acções, correspondentes a 3,9% do capital social da SCT.

c) operação de aquisição pelo Público em Geral, através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, de 53.940 acções correspondentes a 22,48% do capital social da SCT, às quais deverão acrescer as acções não adquiridas pelos trabalhadores, nos termos definidos no presente prospecto.

3.2.1. Operação de venda por concurso limitado destinado a agrupamentos de pessoas singulares e/ou colectivas nacionais e/ou estrangeiras, de um bloco indivisível de 122.760 acções

Consideradas as potencialidades da Empresa, detentora de um papel de extrema importância na economia nacional, e tendo em vista potenciar a sua capacidade de expansão e dinamismo através da participação de um investidor com experiência e capacidade financeira comprovada, e perspectiva de um desenvolvimento em conformidade com as políticas e prioridades do Governo para o sector empresarial.

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A alienação das acções, por concurso limitado, deverá ser feita a agrupamentos de pessoas singulares e/ou colectivas nacionais e/ou estrangeiras, que dêem garantias de idoneidade, capacidade técnica, financeira e de gestão indispensáveis à prossecução dos seguintes objectivos de manutenção e desenvolvimento da sociedade:

- Consolidação financeira da empresa;

- Expansão sustentada das actividades no contexto crescentemente concorrencial, dando plena implementação de um plano estratégico que contribua para a consolidação do sector empresarial nacional e que permita num horizonte de cinco anos e em condições normais do mercado, o desenvolvimento de negócios em níveis pelo menos comparáveis com os que serviram de base às análises previsionais das avaliações conducentes à determinação do valor da empresa.

Assim, a alienação das acções, far-se-á a agrupamentos de pessoas singulares e/ou colectivas nacionais e/ou estrangeiras que apresentem condições mais vantajosas em resultado da ponderação de factores variáveis, designadamente o preço, o plano de desenvolvimento estratégico da empresa, o volume de investimentos e demais condições oferecidas que pelo seu conteúdo assumam especial interesse público.

O capital a ser alienado através do concurso público limitado no quadro da privatização da SCT, é representado por acções do tipo nominativas e escriturais.

3.2.2. Operação de venda aos Trabalhadores da empresa, pelo processo de subscrição particular, através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, de 9.300 acções

O capital a ser alienado através da venda aos trabalhadores, no quadro da privatização da SCT, é representado por acções do tipo nominativas e escriturais.

As acções são livremente transmissíveis, sem prejuízo do direito de preferência, concedido aos demais Trabalhadores, e do período de imobilização nos termos definidos nos Estatutos.

3.2.3. Operação de aquisição pelo Público em Geral através da Bolsa de Valores de Cabo Verde, de 53.940 acções

O capital a ser alienado através da venda ao Público em Geral, no quadro da privatização da SCT, é representado por acções ordinárias e escriturais.

Ao número de acções referido neste ponto acrescem as acções sobrantes do processo de venda aos trabalhadores.

3.3. Utilização do encaixe financeiro

A OFERENTE tem um interesse directo na realização da Oferta, uma vez que da mesma resultará um encaixe líquido que será canalizado para o cumprimento das suas obrigações

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financeiras para com os ex-trabalhadores da Empresa Pública de Abastecimento decorrentes do processo da liquidação desta empresa , não se prevendo o seu reinvestimento na EMITENTE.

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4. CAPITAL SOCIAL

4.1. Montante do capital emitido e outras informações referentes ao capital

(a) Número de acções autorizadas

À data de 31 de Dezembro de 2004, o capital social da EMITENTE encontrava-se representado por 40.000 acções, ordinárias e nominativas.

À presente data, o capital social da EMITENTE encontra-se representado por 240.000 acções ordinárias e escriturais, todas integralmente realizadas.

(b) Valor nominal por acção

O valor nominal por acção é de mil escudos.

4.2. Número e principais características das acções não representativas de capital

A SCT não emitiu quaisquer acções não representativas do seu capital social.

4.3. Número, valor contabilístico e valor nominal de acções da EMITENTE na posse da EMITENTE, detidas em seu nome ou na posse de filiais suas

À data de 31 de Dezembro de 2004, a EMITENTE não se encontrava na posse nem detinha acções representativas do seu capital social.

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5. ESTATUTOS

5.1. Objectivos e metas da EMITENTE

De acordo com o disposto no artigo 2º dos seus estatutos, a EMITENTE tem por objecto principal a cultura, a produção e importação de tabacos e seus derivados, podendo dedicar-se a qualquer outra actividade, directa ou indirectamente, relacionada com o seu objecto social.

Tendo em vista a realização dos seus fins, a sociedade poderá efectuar quaisquer operações comerciais, industriais ou financeiras que se relacionem, directa ou indirectamente, com o seu objecto.

Além disso, mediante deliberação do Conselho de Administração, a sociedade poderá adquirir participações em sociedades com objecto diferente do referido no artigo anterior, em sociedades reguladas por leis especiais e em agrupamentos complementares de empresas.

5.2. Síntese das disposições dos estatutos da EMITENTE relativas aos membros dos seus órgãos de administração e de fiscalização

Nos termos do disposto no artigo 10º dos estatutos da EMITENTE, são órgãos sociais da SCT a Assembleia Geral, o Conselho de Administração e o Conselho Fiscal.

Os membros dos órgãos sociais exercem as suas funções por períodos de três anos, com a possibilidade de serem reconduzidos para novos mandatos, considerando-se empossados logo que tenham sido eleitos e permanecendo no exercício das suas funções até à eleição de quem deva substituí-los.

O Conselho de Administração é composto por número ímpar de membros, eleitos pela Assembleia Geral para um mandato de três anos, sendo um o Presidente, num mínimo de três e num máximo de cinco administradores.

O Conselho de Administração poderá nomear uma comissão executiva composta por três membros do Conselho de Administração.

O Conselho de Administração poderá delegar em tal comissão executiva os poderes de gestão corrente e de representação da sociedade, os quais serão exercidos no quadro das orientações e instruções daquele Conselho.

A comissão executiva deliberará por maioria dos votos dos seus membros, cabendo ao Presidente voto de qualidade.

Os membros do Conselho de Administração estão dispensados da prestação de caução.

O Conselho de Administração tem a competência definida na lei e nos estatutos, cabendo-lhe exclusivos e plenos poderes de representação da sociedade, assegurando a gestão dos negócios sociais.

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Compete-lhe ainda deliberar sobre qualquer assunto da sociedade, que não seja, por força da lei ou dos estatutos, da competência exclusiva de outro órgão social.

O Conselho de Administração só pode validamente deliberar desde que esteja presente ou representada a maioria dos seus membros, podendo qualquer Administrador impedido de comparecer à reunião fazer-se representar por outro Administrador, mediante carta dirigida ao Presidente do Conselho de Administração.

As deliberações do Conselho de Administração são tomadas por maioria dos votos dos Administradores presentes ou representados nas reuniões, nos termos legalmente previstos.

Nos termos do artigo 19º dos respectivos estatutos, a Sociedade obriga-se:

- pela assinatura de dois membros do Conselho de Administração que integrem a comissão executiva, caso esta exista;

- pela assinatura de apenas um membro do Conselho de Administração, no âmbito dos poderes que lhe tenham sido expressamente delegados pelo Conselho de Administração;

- pela assinatura de mandatário ou procurador da sociedade constituído para a prática de determinado acto ou categorias de actos;

- pela assinatura conjunta de um membro do Conselho de Administração que integre a comissão executiva, caso esta exista, e de mandatário ou procurador da sociedade constituído para a prática de determinado acto ou categorias de actos.

Em assuntos de mero expediente, basta a assinatura de um membro do Conselho de Administração que integre a comissão executiva, caso esta exista.

O Conselho de Administração pode deliberar, dentro dos limites legais, que determinados documentos da sociedade sejam assinados por processos mecânicos ou por chancela.

De acordo com o artigo 20º dos Estatutos da Sociedade, a fiscalização da SCT é da competência de um Fiscal Único ou de um Conselho Fiscal, consoante for deliberado em Assembleia Geral.

O Fiscal Único e o suplente ou o Conselho Fiscal, este composto por três membros, serão eleitos trienalmente pela Assembleia Geral, podendo ser reeleitos.

5.3. Direitos, preferências e restrições inerentes a cada uma das categorias de acções existentes

Nos termos da lei vigente e dos Estatutos da EMITENTE, os titulares de acções têm como direitos principais, nomeadamente, o direito à informação, o direito à participação nos lucros, o direito de participação na Assembleia Geral, o direito de voto em Assembleia Geral e o direito à partilha do património em caso de liquidação e, em certos casos, direito de preferência.

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(a) Direito à participação nos lucros

Na falta de preceito especial ou convenção em contrário, os Accionistas participam nos lucros e nas perdas da SCT segundo a proporção dos valores nominais das respectivas participações no respectivo capital social.

Em conformidade com as regras gerais previstas no Código das Empresas Comerciais, salvo diferente cláusula contratual ou deliberação unânime dos Accionistas, não pode deixar de ser distribuída aos Accionistas metade do lucro do exercício que, nos termos daquele código, lhes seja distribuível.

Caso os Accionistas venham a deliberar, naqueles termos, a não distribuição de lucros com relação a um determinado exercício, o valor correspondente não acresce ao que vier a ser apurado no exercício seguinte.

Nos termos do artigo 24º dos Estatutos, os lucros líquidos de cada exercício, devidamente aprovados em Assembleia Geral, terão a seguinte aplicação:

- um mínimo de cinco por cento para a constituição e eventual reintegração de reserva legal, até atingir o limite fixado na lei;

- o restante para distribuição de dividendos ou outros fins de interesse para a sociedade que a Assembleia Geral aprove.

A Administração, com consentimento do órgão de fiscalização, poderá deliberar sobre a atribuição de adiantamentos sobre lucros no decurso do exercício, observados os termos legais.

(b) Dividendos e outras Remunerações

Nos termos do Código das Empresas Comerciais, e salvo as excepções que possam ser aplicáveis, o crédito dos Accionistas à sua parte dos lucros vence-se decorridos quinze dias úteis sobre a deliberação de atribuição de lucros, sem prejuízo de disposições legais que proíbam o pagamento antes de observadas certas formalidades.

Salvo os casos de distribuição antecipada de lucros e outros expressamente previstos na lei, nenhuma distribuição de bens sociais, ainda que a título de distribuição de lucros de exercício ou de reservas, pode ser feita aos Accionistas sem ter sido objecto de deliberação destes.

Sem prejuízo do disposto no Código das Empresas Comerciais quanto à redução do capital social, não podem ser distribuídos aos Accionistas bens integrando o património da SCT quando a situação líquida desta, tal como resulta das contas elaboradas e aprovadas nos termos legais, for inferior à soma do capital e das reservas que a lei ou o contrato não permitem distribuir aos sócios ou se tornasse inferior a esta soma em consequência da distribuição.

Por outro lado, não podem ser distribuídos aos Accionistas os lucros de um determinado exercício, quando os mesmos sejam necessários para cobrir prejuízos transitados ou para formar ou reconstituir reservas impostas pela lei ou pelos estatutos a cada momento em vigor.

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(c) Direito à participação na Assembleia Geral e Exercício do Direito de Voto

Nos termos do disposto no artigo 11º dos estatutos da EMITENTE, a Assembleia Geral é composta pelos accionistas com direito a voto.

As Acções conferem aos respectivos titulares o direito de voto em Assembleias Gerais da SCT nos termos previstos na lei e nos estatutos da sociedade, sendo que nos termos dos actuais Estatutos da EMITENTE, a cada trinta acções corresponde um voto.

Por conseguinte, e salvo se os Accionistas titulares de menos de trinta acções se agruparem de forma a completar esse número, fazendo-se representar por qualquer um dos agrupados a indicar, por meio de carta, ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral, os Accionistas que detiverem menos de trinta Acções não poderão assistir às reuniões da Assembleia Geral, nem nas mesmas participar e votar.

(d) Direito à Informação

Os artigos 356º, 357º, 358º e 359º, todos do Código das Empresas Comerciais, bem como, o regime consagrado no Código dos Valores Mobiliários, regulam o direito de acesso por parte dos Accionistas a determinada informação sobre os negócios da sociedade e à sua situação financeira.

Nos termos do disposto no artigo 356º, n.º 1, do Código das Empresas Comerciais, qualquer accionista que possua acções correspondentes a, pelo menos, 5% do capital social pode consultar, desde que alegue motivo justificado, na sede da sociedade:

- os relatórios de gestão e os documentos de prestação de contas previstos na lei, relativos aos três últimos exercícios, incluindo documentos societários de carácter público relativos à fiscalização da sociedade;

- as convocatórias, actas e listas de presenças das reuniões da Assembleia Geral realizadas nos últimos três anos;

- os montantes globais das remunerações pagas aos órgãos de administração e fiscalização da sociedade e aos empregados com remunerações mais elevadas;

- livro de registo de acções.

A partir da data da convocação da Assembleia Geral devem ser facultadas à consulta dos Accionistas, igualmente na sede da EMITENTE, as informações preparatórias para a realização da mesma, devendo igualmente no decurso desta serem prestadas ao Accionista informações verdadeiras, completas e elucidativas que lhe permitam formar opinião fundamentada sobre os assuntos sujeitos a deliberação.

As informações requeridas só poderão ser recusadas se a sua prestação for susceptível de causar grave prejuízo à sociedade ou a outras sociedades com ela coligadas ou aquela prestação implicar violação do segredo imposto por lei.

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Igualmente, nos termos do disposto no artigo 356º, n.º 1 e 3, do Código das Empresas Comerciais, os Accionistas, bem como os seus representantes, titulares de acções representativas de, pelo menos, 5 e 10% do capital social, respectivamente, podem solicitar ao órgão de administração, que lhes sejam prestadas informações sobre assuntos sociais, apenas podendo ser recusada a prestação da informação solicitada nos casos previstos na lei.

O Accionista a quem tenha sido recusada informação a que tinha direito, nos termos da Lei, ou a quem tenha sido prestada informação presumivelmente falsa, incompleta ou não elucidativa, pode requerer ao Tribunal a realização de inquérito à sociedade.

(e) Direitos de Preferência

Em cada aumento de capital por entradas em dinheiro, as pessoas que, à data da deliberação de aumento de capital, forem accionistas da SCT, podem subscrever as novas acções, na proporção das que já possuírem, com preferência relativamente a quem não for accionista.

Além disso, no caso de um accionista pretender alienar acções não cotadas em Bolsa de Valores de Cabo Verde a favor de pessoa não accionista da sociedade, cabe aos demais accionistas o direito de preferência na aquisição de tais acções, a exercer nos seguintes termos:

- o accionista alienante deve notificar por escrito ao Conselho de Administração, comunicando a proposta de transmissão das acções e identificando a pessoa a quem pretende alienar as acções, o preço e demais condições do negócio, designadamente condições de preço e respectivo modo de pagamento;

- no mais curto espaço de tempo possível, o qual não poderá ser superior a dez dias a contar da data da notificação referida no ponto anterior, o Conselho de Administração, por carta registada dirigida para os respectivos endereços do livro da sociedade, comunicará a proposta de transmissão aos accionistas não alienantes, solicitando-lhes que, no prazo máximo de dois meses a contar da data da notificação que para o efeito lhes tenha sido dirigida pelo Conselho da Administração, informem ao Conselho, por escrito, se pretendem exercer o direito de preferência;

- se mais do que um accionista pretender exercer o direito de preferência, as acções a transmitir serão distribuídas por eles na proporção que cada um detiver no capital social, salvo se entre os titulares do direito for acordado um outro critério de distribuição;

- se nenhum dos accionistas demonstrar a sua pretensão de exercer o direito de preferência no prazo atrás referido, caso o mesmo não abranja a totalidade das acções a alienar ou caso tal direito não seja exercido dentro do prazo estabelecido, o accionista alienante poderá efectuar a alienação das acções nos termos comunicados ao Conselho de Administração.

5.4. Dissolução e Liquidação

De acordo com o disposto no artigo 23º dos seus Estatutos, a EMITENTE dissolve-se nos termos e casos estabelecidos na lei.

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Dissolvida a sociedade, proceder-se-á extrajudicialmente à respectiva liquidação e, salvo deliberação em contrário, serão liquidatários os Administradores em exercício.

5.5. Condições que regem a convocação das Assembleias Gerais

Nos termos do artigo 13º dos Estatutos da EMITENTE, a Assembleia Geral reúne-se ordinariamente uma vez por ano, durante o primeiro trimestre do final de cada exercício, pelo menos, para efeitos de eleger a respectiva mesa e os membros do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, quando for o caso, bem como, para discutir e votar o relatório de gestão e as contas de exercício, bem como, deliberar sobre a proposta de aplicação dos resultados do exercício.

A assembleia reúne-se igualmente sempre que for requerida a sua convocação pelo Conselho Fiscal ou Fiscal Único ou por accionistas ou Conselho de Administração que representem, pelo menos, cinco por cento do capital social, neste último caso mediante carta dirigida ao Presidente da Mesa e que indique com precisão os assuntos a incluir na ordem do dia e justifique a necessidade da reunião.

Salvo acordo unânime dos sócios com direito de voto, a Assembleia Geral é convocada pelo Presidente da respectiva Mesa, por escrito, com uma antecedência mínima de vinte dias e indicação expressa dos assuntos a tratar. A convocatória dos accionistas residentes fora da área da sede da sociedade deverá ser feita via fax e confirmada por correio, para o número e endereço comunicados, prévia e expressamente para o efeito, à sociedade por cada um dos accionistas.

Os accionistas e os seus representantes autorizados podem estar presentes em qualquer Assembleia Geral ou fazer-se representar por terceiros, nos termos da lei.

Como instrumento de representação voluntária basta uma carta assinada pelo mandante nos termos da lei e dirigida ao Presidente da mesa, contendo a ordem de trabalhos da respectiva Assembleia Geral e a identificação completa do representante.

A Assembleia Geral só pode reunir-se estando presentes ou representados accionistas que representem pelo menos dois terços do capital social. Se na data e hora marcada não houver quórum, a mesa da Assembleia considerar-se-á automaticamente convocada para o décimo dia posterior, podendo, então, funcionar e deliberar validamente com qualquer número de accionistas.

5.6. Disposições dos estatutos da EMITENTE que possam ter por efeito adiar, diferir ou impedir uma alteração do controlo da EMITENTE

As deliberações da Assembleia Geral são tomadas pela maioria simples dos votos dos accionistas nela presentes ou representados, quando a lei ou os presentes estatutos não exijam maior número de votos, podendo a Assembleia Geral tomar deliberações unânimes por escrito.

Porém, devem ser tomadas por maioria qualificada de dois terços dos votos emitidos deliberações relativas a:

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- Alteração de Estatutos;

- Aumento de capital social;

- Dissolução e liquidação da sociedade;

- Emissão de obrigações;

- Remunerações dos membros dos órgãos sociais.

5.7. Disposições dos estatutos que determinem a quantidade máxima de acções a deter por um Accionista sem que a sua identidade deva ser divulgada

Os estatutos da EMITENTE não contêm qualquer disposição a este respeito.

5.8. Condições dos estatutos aplicáveis às acções

Nos termos do artigo 7º dos Estatutos as Acções são nominativas, não convertíveis em acções ao portador.

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6. INFORMAÇÃO RELATIVA AOS VALORES MOBILIÁRIOS A OFERECER

6.1. Tipo e categoria dos valores mobiliários a oferecer

As Acções objecto da Oferta Pública de Venda são 63.240 acções ordinárias, escriturais e nominativas com o valor nominal unitário de Mil escudos, na titularidade do MFP, representativas de 26,35% do capital social da EMITENTE.

6.2. Legislação ao abrigo da qual os títulos foram criados

As Acções foram criadas ao abrigo do Código das Empresas Comerciais e demais legislação aplicável, em especial, o Decreto-lei n.º 75/2005, de 7 de Novembro, nos termos do qual a SCT foi transformada em sociedade anónima.

6.3. Indicação se os valores mobiliários são nominativos ou ao portador e se assumem a forma física ou desmaterializada

As Acções são nominativas e revestem a forma escritural.

Assim, a liquidação física das Acções (entrega das mesmas aos Accionistas) no âmbito da Oferta, será efectuada através da inscrição das Acções nas contas de registo da titularidade de valores mobiliários dos respectivos adquirentes, domiciliadas junto dos intermediários financeiros legalmente habilitados para prestar a actividade de registo e depósito de valores mobiliários escriturais.

O serviço financeiro dos valores mobiliários oferecidos no âmbito da Oferta, nomeadamente no que concerne ao pagamento de dividendos, será assegurado pelo intermediário financeiro que vier a ser designado pela EMITENTE para o efeito.

Os custos relativos à manutenção de contas de registo e depósito de valores mobiliários dependem do que estiver fixado, a cada momento, nos preçários dos intermediários financeiros que assegurem aquela actividade e os referentes ao registo centralizado criado e mantido pela Bolsa de Valores.

6.4. Moeda em que os valores mobiliários são emitidos

As Acções são denominadas em escudos cabo-verdianos.

6.5. Direitos, incluindo eventuais restrições dos mesmos, inerentes aos valores mobiliários e procedimento a observar para o exercício desses direitos, a saber:

• Direito a dividendos;

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• Direito de voto;

• Direito de preferência na subscrição de valores mobiliários da mesma categoria das Acções;

• Direito de preferência no âmbito da presente Oferta;

• Direito de participação no eventual excedente, em caso de liquidação da EMITENTE;

Serão exercidos, nos termos do Estatuto anteriormente referido e nos termos do Código das Empresas Comerciais.

6.6. Eventuais restrições à livre transferência dos títulos

Nos termos do artigo 5.º do anexo II do Decreto-lei de Privatização, as Acções adquiridas por parte dos Trabalhadores no âmbito da Oferta ficam indisponíveis por um prazo de três anos, sendo que o Período de Indisponibilidade se conta a partir do dia da sessão especial de bolsa em que serão apurados os resultados da Oferta.

Durante o Período de Indisponibilidade, as Acções não podem ser oneradas, nem ser objecto de negócios jurídicos que visem a transmissão da respectiva titularidade, ainda que com eficácia futura, sendo nulos os negócios celebrados para qualquer daqueles efeitos, ainda que realizados antes de iniciado o Período de Indisponibilidade.

São nulos os acordos definitivos ou que assumam a natureza de promessa, bem como de qualquer outra natureza pelos quais os Trabalhadores que tenham adquirido acções no presente processo de privatização se obriguem a votar em determinado sentido nas assembleias gerais a realizar durante o período de indisponibilidade e na qual estão impedidas de transmitir as suas acções

Por último, as Acções adquiridas por Trabalhadores que optem pelo respectivo pagamento em prestações ficam bloqueadas na conta do respectivo titular até ao integral pagamento do preço de aquisição.

6.7. Venda de títulos da EMITENTE durante o último exercício e o exercício em curso

Cumpre aqui fazer referência a uma das fases de privatização do capital social da SCT, a ser realizada através de concurso público aberto a candidatos especialmente qualificados, para alienação de um lote indivisível de 122.760 acções representativas de 51,15% do capital social da SCT.

O resultado do concurso previsto neste diploma deverão ser homologados pelo Governo, sendo o processo do concurso conduzido e avaliado por um júri composto por cinco membros designados por Resolução do Conselho de Ministros, sob a proposta do Ministro das Finanças e Planeamento.

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Ao processo e acto público de abertura das propostas deverá assistir obrigatoriamente um representante do Ministério Público.

6.8. Informações de natureza fiscal

A - Informações sobre os impostos em relação à atribuição ou exercício de direitos ao abrigo da legislação cabo-verdiana

A mera atribuição de direitos de aquisição de acções, bem como o seu exercício ou o seu não exercício, não serão considerados factos sujeitos a tributação.

B – Rendimentos das acções (dividendos)

Residentes:

Não estão sujeitos ao IUR os rendimentos de capitais consistindo na distribuição de lucros sob qualquer forma, nos termos do nº4 do artigo 2º da Lei nº127/IV/95, de 26 de Junho, alterada pela Lei 59/VI/2005, de 18 de Abril de 2005.

Pessoas Singulares:

Os dividendos estão isentos do IUR por força do nº4 do artigo 2º da Lei de Bases do IUR.

Pessoas Colectivas:

Os sócios titulares de lucros distribuídos pelas empresas não pagam o IUR sobre os dividendos por força do nº4 do artigo 2º da Lei de Bases do IUR.

Não Residentes

Os rendimentos auferidos da aplicação de capitais não isentos por força do nº4 do artigo 2º da Lei n.º127/IV/95, estão sujeitos a taxa liberatória, nos termos do artigo 22º.

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C – Ganhos realizados na venda de acções e direitos de aquisição de acções (mais-valias)

Residentes:

Pessoas Singulares:

São tributadas por taxa liberatória (de 15%) as mais-valias, deduzidas das menos-valias, uma e outras realizadas com a transmissão onerosa de partes sociais detidas há menos de um ano pelo transmitente, nos termos do nº1 do artigo 13º da Lei nº127/IV/95, de 26 de Junho;

Pessoas Colectivas:

São havidos como proveitos ou ganhos das empresas as mais-valias realizadas nos termos do artigo 27º do Decreto-Lei n.º1/96, de 15 de Janeiro.

Não Residentes:

As empresas ou pessoas singulares que não tenham sede, direcção efectiva ou domicílio fiscal em território cabo-verdiano ficam sujeitas a imposto único quanto aos ganhos resultantes da transmissão onerosa de partes representativas do capital de empresas com sede ou direcção efectiva em território cabo-verdiano, detidas a menos de um ano pelo transmitente, nos termos do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1/96, de 15 de Janeiro.

São tributadas por taxa liberatória (de 15%) as mais-valias, deduzidas das menos-valias, uma e outras realizadas com a transmissão onerosa de partes sociais detidas há menos de um ano pelo transmitente, nos termos do nº1 do artigo 13º da Lei nº127/IV/95, de 26 de Junho;

6.9. Informações sobre a responsabilidade pela retenção dos impostos na fonte no país de registo da EMITENTE

Relativamente às transacções que envolvam a intervenção de agentes financeiros, a retenção de eventuais impostos será da responsabilidade do agente em questão.

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7. CONDIÇÕES DA OFERTA

7.1. Condições, estatísticas da Oferta, calendário previsto e modalidades de subscrição

7.1.1. Condições a que a Oferta está subordinada

As Acções adquiridas no âmbito da Oferta por parte dos Trabalhadores ficam indisponíveis por um prazo de três anos a contar da data da sessão especial de Bolsa em que serão apurados os resultados da Oferta.

Sem prejuízo da possibilidade de ocorrência de qualquer das vicissitudes referidas no artigo 14.º do Decreto de Privatização e do artigo 24.º do Código dos Valores Mobiliários, a Oferta pode ser cancelada antes do término do período de subscrição se razões de relevante interesse público assim o aconselharem.

7.1.2. Montante total da Oferta

A Oferta refere-se a 63. 240 Acções representativas de 26,35 % do capital social da SCT.

Caso as Acções objecto da presente Oferta venham a ser integralmente adquiridas no âmbito da Oferta, o montante total da Oferta, deduzidos os descontos aos trabalhadores, é de 394.719.900 escudos.

7.1.3 Categorias de potenciais investidores a que os valores mobiliários são oferecidos

A Oferta é parcialmente reservada aos Trabalhadores.

Ao abrigo do Decreto-lei de Privatização, o lote de Acções reservado a Trabalhadores inclui 9.300 Acções, correspondentes a 3,9% do capital social da SCT (equivalente a 5% da participação social detida pelo Estado na SCT) , sendo o preço proposto para a venda destas Acções de 5. 700 escudos por Acção.

O lote de Acções destinado ao Público em Geral, inclui 53.940 Acções, correspondentes a 22,48% do capital Social da SCT (equivalente a 29% da participação social detida pelo Estado na SCT), sendo o preço proposto para a venda destas Acções de 6.335 escudos.

7.1.4. Período de tempo, incluindo eventuais alterações, durante o qual a Oferta será válida e descrição do processo de subscrição

O período para a transmissão e recepção de intenções de investimento decorrerá entre as 8:00 horas do dia 28 de Novembro de 2005 e as 15:00 do dia 9 de Dezembro de 2005.

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As ordens de compra transmitidas durante o último dia do período da OPV, são firmes e irrevogáveis.

As ordens de compra poderão ser transmitidas em qualquer balcão dos intermediários financeiros, a seguir mencionados:

• Banco Cabo-Verdiano de Negócios

• Banco Comercial do Atlântico

• Banco Interatlântico

• Caixa Económica de Cabo Verde

Os intermediários financeiros que recebam as intenções de investimento deverão verificar a qualidade em que o potencial investidor actua, face aos requisitos legais impostos pelas condições da Oferta, não podendo, no entanto, os intermediários financeiros ser responsabilizados pela eventual falsidade dos documentos ou da informação destinados a confirmar aqueles elementos, salvo em caso de dolo.

Nos termos do disposto no artigo 24.º do Código dos Valores Mobiliários, em caso de alteração imprevisível e substancial das circunstâncias que, de modo cognoscível pelos destinatários da Oferta, hajam fundado a decisão de lançamento da Oferta, excedendo os riscos a esta inerentes, pode o MFP, em prazo razoável e mediante autorização da AGMVM, modificar a Oferta ou revogá-la.

A modificação da Oferta constitui fundamento de prorrogação do respectivo prazo, decidida pela AGMVM por sua iniciativa ou a requerimento do MFP.

Nesse caso, as declarações de aceitação da Oferta anteriores à modificação consideram-se eficazes para a Oferta modificada.

A revogação da Oferta determina a ineficácia da mesma e dos actos de aceitação anteriores ou posteriores à data de revogação, devendo ser restituídas as importâncias recebidas dos investidores nos 20 dias subsequentes (n.º 4 do artigo 24º do Código dos Valores Mobiliários).

7.1.5. Momento e circunstâncias em que a Oferta pode ser retirada ou suspensa

De acordo com o disposto nos artigos 24.º e 25.º do Código dos Valores Mobiliários, a AGMVM deve ordenar a retirada da Oferta se verificar que esta enferma de alguma ilegalidade ou violação de regulamento insanáveis.

A decisão de retirada é publicada em condições idênticas às exigidas para a divulgação da emissão, a expensas do MFP.

A retirada da Oferta determina a ineficácia da mesma e dos actos de aceitação anteriores ou posteriores à retirada, devendo ser restituído tudo o que foi entregue (artigo 3.º do Código dos Valores Mobiliários).

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De acordo com o disposto no Código dos Valores Mobiliários, a AGMVM deverá suspender a Oferta até publicação de adenda ou de rectificação do Prospecto da Oferta se entre a data de aprovação desse Prospecto e o fim do prazo da Oferta for detectada alguma deficiência no prospecto ou ocorrer qualquer facto novo ou se tomar conhecimento de qualquer facto anterior não considerado no Prospecto da Oferta, que sejam relevantes para a decisão a tomar pelos destinatários da Oferta.

Nessa circunstância, o MFP requererá imediatamente à AGMVM a aprovação de adenda ou de rectificação do Prospecto.

Nessa circunstância, a adenda ou a rectificação ao Prospecto deve ser divulgada nos termos do disposto no Código dos Valores Mobiliários.

Por último, refira-se que a Oferta, a que se refere o presente Prospecto, pode ser cancelada antes do término do período de subscrição, por Resolução do Conselho de Ministros, se razões de relevante interesse público assim o aconselharem.

7.1.6. Montante mínimo e/ou máximo das subscrições

Os Trabalhadores podem apresentar ordens de compra, individualmente, na reserva que lhes é destinada, num número máximo de 226 Acções e num mínimo de 30 Acções, equivalentes a um direito de voto, devendo as ordens de compra ser expressas em múltiplos de 2 e sujeitas a rateio, se necessário, nos termos descritos no ponto 7.1.9 desta Parte.

Os adquirentes incluídos no Público em Geral, podem apresentar ordens de compra, individualmente, na reserva que lhes é destinada, quanto a um número máximo de 5000 Acções e um mínimo de 2 Acções, devendo as ordens de compra ser expressas em múltiplos de 2 e sujeitas a rateio, se necessário.

7.1.7. Período durante o qual um pedido de subscrição pode ser retirado, sob reserva de os investidores poderem retirar as suas subscrições

As ordens de compra no último dia do prazo da Oferta são firmes e irrevogáveis.

As ordens de compra transmitidas durante o prazo da Oferta poderão ser revogadas através de comunicação escrita dirigida ao intermediário financeiro que as recebeu, em qualquer momento, até ao penúltimo dia da Oferta, ou seja, até ao dia 8 de Dezembro de 2005.

7.1.8. Método e prazos de pagamento e de entrega dos valores mobiliários

Nos termos do disposto no art. 4.º, do Anexo II, do Decreto-Lei de Privatização, os Trabalhadores poderão optar pelo pagamento das Acções, adquiridas no âmbito do segmento que lhes é reservado, em prestações mensais de igual montante, durante um período de um ano, das quais a primeira se vence no acto de subscrição.

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O pagamento em prestações, por opção do trabalhador será feito através de descontos nos salários, de acordo com o processo a estabelecer pela empresa.

As Acções permanecerão bloqueadas na conta do respectivo titular até ao integral pagamento do preço de aquisição.

Em caso de pagamento a pronto, aos Trabalhadores será passada a quitação representativa das acções adquiridas que constituirá título bastante para o movimento das correspondentes acções, decorrido o período de imobilização previsto no Decreto-Lei de Privatização.

Em caso de mora no pagamento das prestações, a prestação vencida pode ser cumprida nos 30 dias subsequentes, acrescida de um juro moratório à taxa de 1,5 % ao mês. Decorrido o prazo de 60 dias da data de incumprimento sem que o trabalhador tenha cumprido, a venda é resolvida, perdendo o trabalhador a favor do MFP o direito às Acções e à primeira prestação.

Relativamente ao Público em Geral, e sem prejuízo do disposto nos parágrafos seguintes, o pagamento do valor de compra das Acções será efectuado integralmente e em numerário na data de aquisição das mesmas, ou seja, na data da liquidação física e financeira da Oferta, sem prejuízo do respectivo provisionamento na data de entrega da ordem de compra. Para efeitos de provisionamento, o montante total a provisionar é calculado para a quantidade total das Acções objecto da ordem de compra e com base no preço referido.

7.1.9. Aspectos específicos da atribuição

As 186.000 Acções objecto da OPV dividem-se em dois lotes, tal como descritos no ponto 7.1.3. desta Parte.

(a) método ou métodos de atribuição a utilizar para as fracções reservadas para o Público em Geral e para os Trabalhadores da Emitente, em caso de subscrição excessiva destas fracções

Não haverá garantia de colocação nem tomada firme das Acções, comprometendo-se os intermediários financeiros encarregues da prestação de serviços de colocação das Acções no âmbito da Oferta, apenas, a desenvolver os melhores esforços com vista à respectiva colocação.

No caso das ordens de compra e/ou as ordens de compra efectuadas nos vários segmentos da Oferta excederem a quantidade de Acções reservadas aos respectivos investidores, a atribuição das mesmas far-se-á de acordo com os seguintes critérios:

(a) atribuição de Acções proporcionalmente à quantidade da ordem não satisfeita;

(b) satisfação das ordens que mais próximo ficarem da atribuição de um lote e, em caso de igualdade de condições, sorteio.

A atribuição de Acções de acordo com o primeiro processo previsto na alínea (a) supra será realizada por lotes de 2 Acções, com arredondamento por defeito, proporcionalmente ao número de Acções objecto de cada ordem que se encontre por satisfazer.

Por sua vez, o critério previsto na alínea (b) supra aplica-se à atribuição das Acções que remanesçam após aplicação do primeiro processo de atribuição previsto na alínea (a) supra,

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sendo tais Acções remanescentes atribuídas em lotes de 2 Acções, sequencialmente às ordens que, em função daquele processo, mais próximas fiquem da atribuição de um lote, procedendo-se, em caso de igualdade de condições, à atribuição do último ou dos últimos lotes por sorteio.

Na medida em que o critério indicado na alínea (a) supra não possa ser aplicado, a atribuição de Acções com relação às ordens não satisfeitas será efectuada através do sorteio de lotes de 2 Acções.

(b) condições para o encerramento da oferta, e a data antes da qual a oferta não pode ser encerrada

Salvo ocorrência de alguma das vicissitudes a que é feita referência nos pontos 7.1.1. e 7.1.5 desta Parte, a Oferta apenas pode ser encerrada no fim dos respectivos prazos, mencionados no ponto 7.1.1. desta Parte.

(c) possibilidade de admissão de subscrições múltiplas e modo de tratamento de eventuais subscrições múltiplas

Os Trabalhadores poderão apresentar ordens de compra no segmento relativo ao Público em Geral.

7.1.10. Modo como os resultados da Oferta serão divulgados e data dessa divulgação

Nos termos do artigo n.º 63 do Código dos Valores Mobiliários, o resultado da Oferta será apurado em Sessão Especial de Bolsa e é imediatamente divulgado pela Bolsa de Valores de Cabo Verde no seu Boletim de Bolsa.

7.1.11. Procedimento a observar para o tratamento dos direitos de subscrição não exercidos

As Acções que não tenham sido adquiridas pelos Trabalhadores no âmbito da reserva que lhes está destinada acrescerão às Acções da reserva destinadas ao Público em Geral, sendo vendidas ao preço fixado para as Acções reservadas a este segmento, i.e., a 6335 escudos cada uma.

As Acções eventualmente sobrantes da OPV serão adquiridas pela SCT.

7.2. Fixação dos preços

7.2.1. Preço de oferta dos valores mobiliários

O preço proposto para a venda das Acções reservadas à aquisição pelo Público em Geral é de 6.335 escudos (seis mil trezentos e trinta e cinco escudos) por Acção, não incorporando qualquer desconto por Acção em relação ao Preço.

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As Acções adquiridas no segmento dos Trabalhadores beneficiam de um desconto de 10%, sobre o preço, pelo que o preço de venda das Acções neste segmento, deduzido do desconto aplicável, será de 5.700 escudos (cinco mil e setecentos escudos).

Sobre o preço de venda podem recair comissões ou outros encargos a pagar pelos adquirentes, dependendo estes custos da instituição financeira receptora das ordens de compra.

7.2.2. Processo de divulgação do preço de oferta

O preço da Oferta, tal como fixado pelo Decreto-lei de Privatização, é um dos elementos que consta do Anúncio e do presente Prospecto, documentos disponibilizados através dos meios previstos para o efeito no Código dos Valores Mobiliários e demais legislação aplicável à publicação do Anúncio e à divulgação do Prospecto.

7.3. Colocação

A Oferta é lançada unicamente em Cabo Verde.

• A colocação das Acções será efectuada por um consórcio de bancos, cujo líder é o Banco Comercial do Atlântico, com sede social na Rotunda de Chã de Areia, Praia, matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 294 e cujos co-líderes são:

• Banco Cabo-verdiano de Negócios, com sede social na Avenida Amílcar Cabral, n. 97, Praia, matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 533/1997/11/19.

• Banco Interatlântico, com sede social na Avenida Cidade de Lisboa, Cabo Verde, matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 719.

• Caixa Económica de Cabo Verde, com sede social na Avenida Cidade Lisboa, Praia Cabo Verde, matriculado na Conservatória do Registo Comercial sob o n.º 336.

Os membros do consórcio obrigam-se para com a OFERENTE, a organizar e a lançar a OPV e a desenvolver os melhores esforços com vista à colocação das Acções. A obrigação de colocação assumida pelos membros do consórcio vincula-os a promover a venda das Acções, desenvolvendo os melhores esforços com vista à sua colocação e a cumprir todas as demais obrigações legal e regulamentarmente aplicáveis.

O consórcio de colocação encontra-se mandatado para a colocação das Acções, podendo qualquer intermediário financeiro devidamente registado para o efeito assumir a função de entidade registadora da titularidade dos valores mobiliários, sendo a gestão e controlo centralizados exercidos pela Bolsa de Valores

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8. ADMISSÃO À NEGOCIAÇÃO E MODALIDADES DE NEGOCIAÇÃO

8.1. Possibilidade de os valores mobiliários objecto da oferta serem ou poderem ser objecto de um pedido de admissão à negociação, com vista à sua distribuição num mercado regulamentado ou noutros mercados equivalentes

A EMITENTE e o OFERENTE pretendem que as acções destinadas ao Público em Geral venham a ser objecto de admissão à Bolsa de Valores de Cabo Verde.

Os destinatários da Oferta que venham a adquirir Acções no âmbito da presente OPV aceitam, com carácter irrevogável, conceder poderes à Oferente, com vista a que seja por esta solicitada a admissão à negociação em mercado regulamentado da Bolsa de Valores de Cabo Verde.

Cumprindo todos os preceitos legais e regulamentares, a admissão á cotação na Bolsa de Valores de Cabo Verde terá ligar no dia 15 de Dezembro de 2005.

8.2. Mercados regulamentados ou equivalentes em que, tanto quanto é do conhecimento da EMITENTE, títulos da mesma categoria dos valores a oferecer ou a admitir à negociação já tenham sido admitidos à negociação

As acções representativas do capital social da SCT não se encontram admitidas à negociação, nem nunca estiveram admitidas à negociação, em mercado regulamentado ou equivalente.

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9. VENDA AOS TITULARES DOS VALORES MOBILIÁRIOS

9.1. Nome e endereço da entidade que propõe a venda dos valores mobiliários e indicação da natureza de qualquer relação profissional ou de outra natureza significativa que a entidade vendedora tenha tido com a EMITENTE

O MFP tem sede na Avenida Amílcar Cabral, C.P. 30, Praia, é Accionista da EMITENTE, detendo, antes da presente Oferta, uma participação maioritária no respectivo capital social.

Outras relações?

Além do relacionamento que mantém com a SCT, na qualidade de Accionista, o MFP, através do seu Governo, exerce, igualmente, as competências que legalmente lhe estão cometidas, regulando e fazendo cumprir as normas aplicáveis.

9.2. Em relação aos acordos de bloqueio (lock-up), indicação das partes envolvidas do teor e excepções do acordo e do período de bloqueio

As Acções objecto da Oferta encontram-se bloqueadas numa conta de registo e depósito de valores mobiliários centralizados junto da Bolsa de Valores de Cabo Verde.

Adicionalmente, as Acções entretanto adquiridas por Trabalhadores que hajam optado pelo respectivo pagamento em prestações ficam bloqueadas na conta do respectivo titular até ao integral pagamento do preço de aquisição.

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10. INFORMAÇÕES SOBRE A EMITENTE

10.1. Denominação jurídica e comercial da EMITENTE

A denominação jurídica e comercial da EMITENTE é SOCIEDADE CABO-VERDIANA DE TABACOS, S.A.

10.2. Local de registo da EMITENTE e o respectivo número

A EMITENTE encontra-se registada na Conservatória do Registo Comercial de São Vicente sob o n.º 463.

10.3. Data de constituição da EMITENTE e respectivo período de existência

A Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, Lda., iniciou as suas actividades em Junho de 1997. Com a criação desta Sociedade, pretendeu-se estruturar a cultura, produção e importação de tabacos e seus derivados, através da integração numa empresa pública de todos os recursos necessários à exploração do sector bem como os encargos com os investimentos necessários à sua expansão.

A Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, Lda., foi transformada em sociedade anónima já no decurso do presente ano de 2005, altura em que adoptou a sua actual denominação social, Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, S.A., sucedendo automática e globalmente à Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos, Lda., e continuando a personalidade jurídica desta, conservando a universalidade dos direitos e obrigações integrantes da sua esfera jurídica e constituintes do seu património no momento da transformação.

Nestes termos, a SCT, passou a reger-se pelos seus Estatutos e pelas normas gerais reguladoras das sociedades anónimas.

A transformação da Sociedade Cabo-Verdiana de Tabacos em sociedade anónima teve lugar ao no âmbito da Assembleia Geral, num contexto de reestruturação e do processo de privatização do capital social da SCT.

Com a transformação em sociedade anónima, introduz-se, igualmente, um novo conceito empresarial, através da aposta na diversificação e no desenvolvimento de novos negócios em áreas nas quais a SCT detém elevado know-how.

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10.4. Endereço e forma jurídica da EMITENTE, legislação ao abrigo da qual a EMITENTE exerce a sua actividade, país de registo, endereço e número de telefone da sua sede estatutária

A EMITENTE foi constituída e exerce a sua actividade em Cabo Verde, encontrando-se registada em Cabo Verde.

A EMITENTE é uma sociedade comercial, assumindo o tipo de sociedade anónima.

O endereço da sede social da EMITENTE é Avenida 5 de Julho; P.O.Box 270; São Vicente e o seu número de telefone é (238) 2323349/50/87 e o Fax: (238) 323351

A SCT desenvolve a sua actividade no Arquipélago de Cabo Verde.

10.5. Diplomas relativos à actividade da SCT.

A actividade da EMITENTE rege-se pela legislação relativa ao sector dos tabacos, e, nomeadamente, pelos seguintes diplomas:

a) Lei nº119/IV/95 de 13 de Março

O diploma define as condições de dissuasão e restrição do uso de tabaco em estabelecimentos e transportes públicos.

b) Decreto-Lei nº 32/94 de 9 de Maio – Código de publicidade

O artigo 21.º do diploma supracitado estabelece os preceitos que devem orientar a publicidade dos tabacos

c) Decreto-Lei nº 3/99 de 1 de Fevereiro

Define a contingentação da importação de tabaco e seus derivados.

d) Convenção de estabelecimento assinado com o Governo de Cabo Verde – Boletim Oficial nº 20 de 20 de Maio de 1997

A Convenção de Estabelecimento merece particular destaque dado que o Estado concede à SCT a exclusividade de produção e importação de tabaco e seus derivados em todo o território nacional em situação de monopólio, com a vigência de 15 anos e passível de renovação.

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10.6. Factos marcantes da evolução da actividade da EMITENTE

• Negociação das importações de matérias primas e mercadorias em EUROS, moeda com estabilidade cambial.

• Inflação controlada.

• Maior aprofundamento das relações com os fornecedores e clientes.

• Bom relacionamento com o meio envolvente.

10.7. Investimentos

A SCT adquiriu em 2004 uma fábrica no parque industrial de Lazareto. Tem um terreno anexo com 11.000 m2. O pavilhão está em funcionamento e está arrendado a uma fábrica de calçado.

Em 2000 adquiriu um prédio na Avenida Amílcar Cabral, centro do Plateau, sendo a cave utilizada pela SCT, e os restantes pisos alugados a Enacol, Senna Sport e a Câmara Municipal da Praia.

Investimentos (em Contos)

Descrição 2000 2001 2002 2003 2004 SOMA

Terrenos 3.181 3.181

Edifícios 46.350 33.934 80.284

Equipamentos Básicos 3.808 20 477 4.305

Material de Carga e Transporte 2.602 4.405 7.007

Equipamentos Administrativos 1.611 4.302 176 1.575 7.664

Imobilizado Incorpóreo 1.842 1.842

Gastos de Instalação e Expansão 144 144

Imobilizado em Curso 10.264 1.656 849 518 50 13.337

Outras Imobilizações Corpóreas 1.084 40 5.242 6.366

Custos Plurianuais 1.846 4.180 2.147 8.173

SOMA 63.875 3.522 13.017 878 51.011 132.303

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10.8. Indicadores financeiros históricos seleccionados sobre a EMITENTE

Os indicadores financeiros históricos seleccionados sobre a SCT, relativamente aos exercícios económicos findos em 31 de Dezembro de 2002, em 31 de Dezembro de 2003 e em 31 de Dezembro de 2004, apresentados nos quadros infra, devem ser lidos em conjunto com as demonstrações financeiras, os relatórios de conta e os pareceres da auditoria referidos nos pontos 15 e 16, respectivamente.

Os quadros e às figuras infra, patenteiam a solidez da estrutura financeira, o elevado grau de autonomia da empresa e a notável rentabilidade da SCT, que tem possibilitado a distribuição de dividendos consideráveis.

2002 2003 2004 Liquidez Geral 2,6 2,9 3,2 Prazo médio de recebimento (dias) 3 3 2,4 Rotação de stocks (dias) 36 45 10,1 Prazo médio de pagamento (dias) 11 19 1,3

Fundo de Maneio (contos) 199.605 264.338 284.628

2002 2003 2004 Autonomia financeira 73% 75% 79% Solvabilidade 171% 307% 365% Rentabilidade das vendas 17,1% 17,9% 22,1% Rentabilidade dos capitais próprios 34% 33% 31,6%

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0%

50%

100%

150%

200%

250%

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2.002 2.003 2.004

Autonomia financeira

Solvabilidade

Rentabilidade dasvendasRentabilidade doscapitais próprios

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2002 2003 2004

Liquidez Geral

Prazo médio derecebimento (dias)Rotação de stocks(dias)Prazo médio depagamento (dias)

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10.9. Política de dividendos

Com excepção ao ano de 1997, a SCT tem empreendido um política extremamente favorável de distribuição de dividendos, como patenteado no quadro em baixo.

POLÍTICA DE DIVIDENDOS Ano Resultados líquidos após impostos Para Dividendos %

1997 -4.639.839,80 ~/~

1998 96.894.200,00 38.999.915,50 40% 1999 102.122.583,00 30.636.775,00 30% 2000 127.858.648,00 63.929.324,00 50% 2001 95.603.700,60 64.000.000,00 66% 2002 122.770.306,95 85.000.000,00 69%

2003 139.177.094,00 100.000.000,00 72%

2004 146.372.352,30 124.000.000,00 85%

10.10.Pontos fortes

Monopólio oficial – Beneficiando do exclusivo de produção, importação e comercialização de tabaco, a SCT não tem concorrentes legais e domina completamente o mercado, o que lhe confere uma margem de actuação extremamente lata, condicionada apenas pelo nível do contrabando.

Contrato de exclusividade com a Marlboro – A comercialização de uma das marcas com maior visibilidade internacional, e um dos principais alvos de contrabando, fez baixar significativamente a incidência deste fenómeno, ao mesmo tempo que confere à SCT uma posição privilegiada no caso de abertura do mercado após o término do exclusivo ( se vier a acontecer).

Rentabilidade – Situa-se, ainda, a um nível confortável, embora registe uma quebra do volume de vendas. Boa capacidade de geração de fundos, que permite à empresa financiar o essencial das suas actividades e distribuir um elevado nível de dividendos.

Estrutura financeira – A solidez da estrutura financeira confere à empresa uma boa capacidade de endividamento de longo prazo, em vista do financiamento de novos investimentos necessários e modernizar o conjunto das instalações, se as condições do mercado assim o exigir.

10.11. Oportunidades

Continuidade do exclusivo até 2012 – a SCT tem ainda sete anos para se adaptar a um ambiente mais concorrencial, o que deixa margem suficiente para definir estratégias, consolidar alianças e parcerias externas e modernizar o aparelho produtivo.

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10.12. Factores de risco

a) Concorrência

A SCT tem duas marcas de cigarros próprias e fabrica sob licença o cigarro SG Gigante, tendo como fornecedor privilegiado a Phillip Morris e a sua participada Tabaqueira, em Portugal. A defesa das marcas próprias constitu um grande desafio para a empresa.

Continua a vigorar a Convenção de Estabelecimento assinado com o Governo de Cabo Verde que estabelece que a empresa detém o exclusivo da importação e produção de cigarros para o mercado nacional durante um período de quinze anos.

O comércio ilegal de tabaco, sob a forma de contrafacção e contrabando, constitui a maior ameaça da actividade em qualquer parte do mundo. Em Cabo Verde o contrabando é praticamente a única forma de concorrência desleal, agravando-se em determinados momentos e reduzindo-se noutros. O seu combate depende da interacção com as autoridades aduaneiras e de fiscalização económica e os transportadores junto com a empresa, aliado a uma política de impostos que se excessiva favorece o contrabando.

b) Ambiental

O respeito pelas normas de combate à poluição constitui um objectivo primordial na gestão das instalações fabris, quer minimizando os níveis de poluição do ar, dentro da fábrica, armazéns e proximidades dos mesmos, como também na protecção da saúde física dos trabalhadores. O acompanhamento do estado fitossanitário e as desinfestações preventivas são uma prática constante, por forma a garantir a qualidade exigida para os produtos finais.

A ética no exercício da actividade económica, conduz a que as empresas do ramo colaborem nas campanhas de saúde pública, através das mensagens de saúde e na defesa dos menores contra os efeitos do fumo de tabaco.

O abaixamento dos índices de nicotina e concentrado, em vigor na União Europeia e outras paragens constitui um dos objectivos, da empresa, a médio prazo e um investimento financeiro significativo.

c) Social

A empresa vem desenvolvendo um bom relacionamento com o meio envolvente apoiando e patrocinando iniciativas diversas da sociedade civil cabo-verdiana, nos domínios do desporto, música, literatura e outras actividades ligadas a cultura e educação.

d) Político

A actividade comercial, neste sector, sujeita-se a uma carga fiscal elevada, pelo que é afectada pelas políticas fiscais e orçamentais que os Governos adoptam, por um lado, e pelas políticas de

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saúde pública por outro. As demais normas e regulamentos são as mesmas aplicáveis aos outros operadores industriais e comerciais. Neste particular, a política da empresa vai no sentido de colaborar na luta contra a fuga ao fisco, contra o exercício do contrabando e o branqueamento de capitais, através do fornecimento de informações.

e) Técnico

A empresa ao longo dos anos tem registado melhorias significativas no domínio do controlo da qualidade, por interacção com laboratórios externos que analisam mensalmente as amostras dos produtos fabricados.

Não obstante a idade dos equipamentos de produção, o mercado vem sendo abastecido, nas quantidades e qualidades necessárias, graças a uma política rigorosa de manutenção.

Face à dimensão do mercado nacional o volume de investimentos necessário ao acompanhamento das evoluções tecnológicas encontra-se ao alcance da empresa.

f) Recurso financeiros

A empresa goza de uma boa saúde financeira e é auto-suficiente, não tendo recorrido até ao momento a qualquer empréstimo bancário, seja de curto ou de médio e longo prazo, pelo que não possui compromissos financeiros que poderiam acarretar encargos ou oneração do seu património.

10.13. Mitigação

Pela prudência e por forma a minorar os factores de risco, importa realçar que a EMITENTE contratou apólices para cobrir danos em todos os ramos e vertentes.

Ramo Capital Seguro Acidentes pessoais 10.000.000$00 Acidentes de trabalho obrigatório 3.672.000$00 Acidentes de trabalho facultativo 18.466.560$00 Mercadorias, produtos acabados e matérias primas 52.767.391$00 Edifícios e recheio 244.524.310$00 Maquinaria 53.339.877$00 Viagens 20.000.000$00 Transporte internacional de mercadorias e produtos variável Transporte inter ilhas de mercadorias e produtos variável Seguro de viaturas 14.918.515$00

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10.14. Imóveis, Instalações e Equipamentos

10.14.1 Informações relativas a eventuais imobilizações corpóreas, existentes ou previstas, incluindo imóveis arrendados e encargos significativos que as onerem

O imobilizado corpóreo existente da EMITENTE encontra-se afecto às áreas de produção, transporte e distribuição de tabacos, integralmente pertença da SCT.

A SCT, detém a propriedade de todo o activo imobilizado registado em balanço, não tendo quaisquer bens adquiridos através de leasing ou sob qualquer outra forma de locação.

A SCT dispõe de um prédio e de uma fábrica arrendados, conforme referido no ponto 10.7.

Não existem quaisquer ónus ou encargos sobre os imóveis de que a SCT é proprietária.

10.15. Pessoal

10.15.1. Número de efectivos no final do período

No final de 2004, o número total de trabalhadores com vínculo à SCT era de 41.

Funcionário Nº Datas Categorias Habilitações Cargos Mediante

Admissão Mandato

1 01.05.97 Supervisor(Nivel VII-D) 1º Ano C. Geral Supervisor

2 * Operária Fabril (Nivel IV-D) 2º Ano Ciclo

3 * Operário Fabril (Nivel V-D) C.G. Electricid.

4 * Escriturário (Nivel IV-C) C.G. Comércio

5 * Emp. Limpeza (Nivel I-B) 4ª Classe

6 * Guarda (Nivel III-B) 4ª Classe

7 * Oper. Fabril (Nivel IV-D) 4ª Classe

8 01.11.97 Cf. Div. Admi. Fin - VIII-C Lin. Contabilid. Ch. Div. Adm. Finan.

9 01.05.97 Op. Fabril (Nivel IV-D) 4ª Classe

10 * Op. Fabril (Nivel IV-C) 4ª Classe

11 01.06.01 Gerente Gestão Empresas Gerente

12 01.06.97 Directora de Produção Eng. Industrial Directora de Produção

13 01.05.97 Guarda (Nivel III-A) 4ª Classe

14 * Op. Fabril (Nivel V-A) 4ª Classe

15 * Guarda (Nivel III-B) 4ª Classe

16 * Supervisor(Nivel VII-C) C.G. Mecânica Supervisor

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17 * Op. Fabril (Nivel IV-D) 2º Ano Ciclo

18 * Supervisor(Nivel VII-D) 4ª Classe Supervisor

19 * Aux. Armazém (Nivel IV-D) 4ª Classe

20 * Op. Fabril (Nivel III-B) 4ª Classe

21 * Op. Fabril (Nivel V-D) C.G. Electricid.

22 * Op. Fabril (Nivel IV-B) 4ª Classe

23 01.01.99 Escriturário (Nivel V-D) C.B.Ciências Soc.

24 01.05.97 Op. Fabril (Nivel VI-B) 4ª Classe

25 * Contínuo (Nivel III-B) 4ª Classe

26 * Op. Fabril (Nivel II-B) 3ª Classe

27 01.01.99 Escriturária (Nivel IV-C) C.G.ª Comércio

28 01.01.03 Aux. Armazém Praia

29 01.05.97 Escriturária (Nivel VI-B) C.G. Comércio

30 * Condutor (Nivel III - A) 4ª Classe

31 01.01.03 Fiel Armazém (Nivel IV-D) 3ºC.G.Comércio

32 01.05.97 Guarda (Nivel III-B) 4ª Classe

33 * Escriturária (Nivel V-C) C.G. Liceu L.L.

34 01.01.00 Op. Fabril (Nivel III-C) C.G. Const. Civil

35 01.01.01 Enc.Limpeza(Nivel I-C) 4ª Classe

36 01.01.01 Enc.Limpeza(Nivel I-C) 4ª Classe

37 01.01.01. Operaria (Nivel II-D) 4ª Classe

38 01.01.02 Guarda (Nivel III-C) 2ª Ciclo Preparat.

39 01.03.02 Técnico Superior VIII-C Eng. Mecânica

40 15.07.02 Fiel Armazém Ensino Secundário Praia

41 01.07.04 Operária Fabril Ciclo Preparatório

Seguidamente, apresenta-se um quadro com a distribuição do número de trabalhadores da empresa em 2004.

Escalões Etários Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 25 anos 1 4% 0 0% 1 2% 25 a 40 anos 12 46% 4 27% 16 37% 40 a 55 anos 10 38% 11 73% 21 56% Superior a 55 anos 3 12% 0 0% 3 5%

Total 26 15 41 100%

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10.16. Participações e opções sobre acções relativamente aos membros dos órgãos sociais

Nenhum dos membros dos órgãos sociais da SCT, detem quaisquer participações no capital social da EMITENTE.

Não se encontram instituídos planos de atribuição de opções na aquisição de acções da EMITENTE.

Não existem quaisquer empréstimos em curso concedidos pela EMITENTE aos membros dos seus Órgãos de Administração e de Fiscalização, nem foram prestadas pela EMITENTE quaisquer garantias destinadas a assegurar o cumprimento de obrigações assumidas por membros daqueles órgãos sociais.

10.17. Descrição de eventuais acordos com vista à participação dos empregados no capital da EMITENTE

Além do conjunto de acções reservado à aquisição por Trabalhadores, no âmbito do presente processo de privatização parcial, não existem outros acordos com vista à participação dos empregados no capital da EMITENTE.

10.18. Principais Accionistas

10.18.1 Nome das pessoas não membros dos órgãos de administração e de fiscalização que, directa ou indirectamente, tenham uma participação no capital da EMITENTE ou nos direitos de voto passíveis de notificação ao abrigo da legislação nacional

As pessoas não membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da EMITENTE que, directa ou indirectamente, detêm uma participação no capital social da EMITENTE, e respectivas participações detidas por cada uma delas, são as seguintes:

República de Cabo Verde – 77,5% (186.000.000$00)

Município do Tarrafal - Santiago – 10% (24.000.000$00)

Município do Sal – 12,5 (30000000$00)

Após a conclusão do presente processo de privatização do capital social da SCT, e independentemente dos resultados que venham a ser apurados no âmbito da Oferta, o MFP deixará de deter a maioria do capital social da EMITENTE.

10.18.2 Indicação se os principais Accionistas da EMITENTE têm direitos de voto diferentes ou junção de uma declaração negativa adequada

Não se aplica.

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10.19. Na medida em que a EMITENTE de tal tenha conhecimento, informação sobre o proprietário, directo ou indirecto, da EMITENTE ou quem a controla

A EMITENTE possui actualmente um Accionista de controle, que é o MFP, na medida em que este detém uma participação directa de 77,5% do capital social da EMITENTE.

10.20. Descrição de eventuais acordos de que a EMITENTE tenha conhecimento e cujo funcionamento possa dar origem a uma mudança ulterior do controlo da EMITENTE

Conforme referido supra, a Oferta destina-se, em parte reservada, aos Trabalhadores e ao Público em Geral.

Em caso de distribuição incompleta das Acções objecto da Oferta, as Acções eventualmente sobrantes serão adquiridas pela SCT.

Neste contexto, a EMITENTE não tem conhecimento da existência de acordos que possam vir a implicar mudanças do seu controlo.

10.21. Acções judiciais e arbitrais

Esta em curso um processo judicial envolvendo a SCT, movido por um antigo membro de administração, em que o custo estimado, caso a sentença seja desfavorável à sociedade, é de aproximadamente 54.000 contos. As provisões constituídas para o efeito cobrem menos de 30 % desse valor. Uma eventual sentença desfavorável, não terá uma incidência significativa sobre a situação financeira ou sobre a rentabilidade da EMITENTE

10.22. Alteração significativa na situação financeira ou comercial da EMITENTE

Não ocorreram quaisquer alterações significativas na posição financeira ou comercial da SCT desde o final do último período financeiro em relação ao qual foram publicadas informações financeiras auditadas.

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11.CALENDÁRIO INDICATIVO DOS PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS

Publicação do Anúncio de Lançamento 18 de Novembro de 2005

Período da Oferta Entre 28 de Novembro e 9 de Dezembro de 2005

Apuramento dos resultados da Oferta em sessão especial de bolsa

12 de Dezembro de 2005

Liquidação física da Oferta 15 de Dezembro de 2005

Liquidação financeira da Oferta 15 de Dezembro de 2005

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12.. DOCUMENTOS DISPONIBILIZADOS

O presente Prospecto, assim como o Anúncio, encontram-se à disposição, para consulta pelos interessados, nos seguintes locais:

• Na sede da SCT, na Avenida 5 de Julho; P.O.Box 270; São Vicente

• Na sede da Bolsa de Valores de Cabo Verde, na Rua Largo da Europa, n.º 16, Achada de Santo António, Praia.

• Na sede das Instituições Financeiras referidas no ponto 7.3.

• No Web Site da Bolsa de Valores : www.bvc.cv , no menu Produtos e Serviços/OPV’s.

Os estatutos actualizados da EMITENTE, bem como outras informações , poderão ser consultados na sede ou no web site da EMITENTE : www.sct.cv.

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13. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS ACERCA DO ACTIVO E DO PASSIVO, DA SITUAÇÃO FINANCEIRA E DOS LUCROS E PREJUÍZOS DA EMITENTE

As informações financeiras contidas no presente ponto foram extraídas dos documentos de prestação de contas consolidadas da EMITENTE dos exercícios de 2002, 2003 e 2004.

As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Cabo Verde, e portanto, de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação consignados no Plano Oficial de Contabilidade.

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14. ASSINATURAS

De acordo com o disposto no n.º 2 artigo 116º do Código dos Valores Mobiliários, são responsáveis pelo conteúdo da informação contida no presente Prospecto:

PELA EMITENTE

Sociedade Cabo-verdiana da Tabacos, SA.

Euclides Jesus Marques Oliveira

O INTERMEDIÁRIO FINANCEIRO ENCARREGADO DA ASSISTÊNCIA À OFERTA

Banco Comercial do Atlântico

Leandro Rodrigues da Graça Silva

O OFERENTE

Ministério das Finanças e Planeamento

João Pinto Serra

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15. RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004

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15.1. RELATÓRIO E CONTAS DO EXERCÍCIO DE 2004

Anexo à acta da Assembleia Geral de 18 de Março de 2005

Prezados Sócios

Em cumprimento do estipulado nos Estatutos da Sociedade e no Código das Empresas Comerciais vimos apresentar a V. Exas, o Relatório e Contas da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos, Lda, submetendo-os a deliberação da Assembleia Geral.

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos, Lda. vem exercendo as suas actividades de produção, importação e comercialização de tabacos e seus derivados, desde Junho de 1997, estabelecendo um bom relacionamento, com o meio envolvente cabo-verdiano, trabalhando no sentido da consolidação do mercado e do reforço das suas parcerias.

O ano de 2004 caracterizou-se por um ambiente económico em que o dólar continuou em baixa, sem efeitos directos sobre o nosso ambiente de negócios, na medida em que vimos negociando quase todas as importações em euros.

A nível nacional a taxa de inflação estimada para 2004 situa-se em menos 1,8% enquanto que em 2003 ela tinha sido de 0,5%.

Não se registaram agravamentos de natureza fiscal sobre as actividades da empresa e, nem alterações das taxas de juro. Porém a implementação do IVA (Imposto sobre o Valor Acrescentado) no âmbito do programa de reforma fiscal suscitou alguma instabilidade na componente administrativa das empresas, de uma maneira geral.

A empresa continuou a estabelecer bom relacionamento com o meio envolvente apoiando e patrocinando iniciativas diversas da sociedade civil cabo-verdiana, nos domínios do desporto, música, literatura, outras actividades ligadas a cultura e a educação, entre outras.

2. ACTIVIDADE COMERCIAL

O volume de actividade comercial evoluiu no triénio 2.002 a 2004, da seguinte forma:

2002 2.003 2004

Vendas Ilíquidas * 793.105 776.877 765.745

Outros Proveitos 13.053 17.385 19.294

Soma 806.158 793.482 785.039

Crescimento +12,1% -1,6% -1,1%

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Para efeitos de comparabilidade dos valores das vendas para o ano de 2.004 consideramos os valores incluídos do IVA, que vem demonstrar que o ano de 2.004 registou uma evolução não favorável do volume de vendas da empresa, traduzida por um decréscimo de 1,1% do valor das vendas de mercadorias e produtos, não obstante o esforço comercial desenvolvido durante o ano. A outra componente de proveitos, composta, por outras receitas, designadamente, juros e receitas de aluguer teve um crescimento satisfatório. Esta evolução das vendas registou oscilações ao longo do ano correspondendo aos aumentos do contrabando, sentido de forma muito mais expressiva na ilha de Santiago, e também sentida na ilha de S. Vicente.

As vendas por ilhas traduzem uma repartição que ilustra o peso em primeiro lugar da ilha de Santiago com 39,9%, seguida de S. Vicente com 24,9% e as restantes com 35,2% no seu conjunto.

Valor de Vendas %

(em contos)

Santo Antão 59.324 7,8% S. Vicente 190.414 24,9% S. Nicolau 23.908 3,1% Sal 98.153 12,8% Boavista 16.025 2,1% Santiago 304.555 39,9% Fogo 58.211 7,6% Brava 13.553 1,8% Total 764.143 100,0 As marcas SG Gigante e Marlboro Red venderam-se em todas as ilhas do país. A marca Falcões não foi comercializada nas ilhas da Boavista, e Fogo. A marca Porto Grande concentrou-se, essencialmente, nas ilhas de Santiago e do Fogo, revelando pouca expressão nas outras ilhas.

No que respeita às vendas por marcas e produtos registou-se, à semelhança dos anos 2.001 e 2.002 uma forte penetração do cigarro Marlboro (Red e Lights) no mercado que atingiu, em valor, um peso de 64,2%, seguido do SG Gigante com 31,8%, enquanto que o Falcões situou-se em 2,3% e o Porto Grande 1,7 %.

No que respeita às vendas em quantidades o mercado terá diminuído relativamente aos anos 2.002 a 2.004, evoluindo da seguinte forma:

2.002 2.003 2.004

Vendas 117.097 110.843 102.050 Crescimento +2,8% -5,4% -7,9

As vendas em quantidade registaram uma variação idêntica a de 2003 fazendo com que ficassem abaixo das dos últimos 4 anos.

Os preços de venda sofreram uma revisão, no final do primeiro trimestre do ano com vista a equilibrar as margens entre os produtos. De uma maneira geral as vendas foram efectuadas a pronto pagamento.

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Foi preocupação da gestão da empresa manter o controlo do preço de venda ao público e proporcionar aos distribuidores condições atractivas, tendo os custos comerciais situado em aproximadamente 46.758 contos, incluindo impostos.

No decorrer do ano 2.004 com a sua consolidação a representação na ilha de Santiago exerceu um bom desempenho, permitindo um bom acompanhamento dos clientes.

3. PRODUÇÃO

A produção do ano foi em média mensal de 3.409,67 milheiros de cigarros e distribui-se, no cômputo anual, da seguinte forma, pelos produtos fabricados pela empresa:

Falcões Porto Grande SG Gigante Total

Produção (milheiros) 4.041 1.773 35.102 40.916

Importa revelar que os cigarros das marcas Falcões e Porto Grande constituem marcas propriedade da empresa e o SG Gigante fabricado sob licença concedida.

Comparativamente aos dados de 2.003 registou-se um decréscimo da produção de 11,5%, causado e compensado pela crescente penetração dos cigarros Marlboro, proveniente de importação.

Algumas peças e acessórios, menos exigentes, foram adquiridos por confecção localmente, e foram adquiridas no exterior as peças cujas ligas são mais complexas e cujo material não se encontra disponível no mercado local.

Foram concluídos os trabalhos de adaptação do comprimento do cigarro Porto Grande a 84 milímetros.

O desempenho do pessoal da área da produção foi considerado altamente satisfatório à semelhança dos demais sectores da empresa.

No plano dos aprovisionamentos registou-se, no decorrer de 2.004, a importação de:

em contos Mercadorias 236.841 Matérias primas e de consumo 57.373 Compras para o imobilizado 477 SOMA 294.691

No ano de 2.003 haviam sido de 408.279 contos, o decréscimo verificado resulta da introdução do IVA, substituindo alguma imposições fiscais que faziam parte da estrutura do custo das

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compras. As importações de matérias primas sofreram um aumento em consequência da revisão do preço na origem. Relativamente ao Marlboro realizaram-se 13 operações de importação.

4. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

A empresa vem demonstrando uma elevada rentabilidade fiscal traduzida numa percentagem sobre o volume de vendas ilíquido, do exercício de 36%.

Rentabilidade Fiscal (em escudos)

Direitos aduaneiros 36.443.810 IVA 99.456.730 Emolumentos 61.140 Imposto de consumos especiais (MBR) 21.234.774 Imposto de consumos especiais (Out) 21.671.285 Honorários 1.762.789 Selo de cigarros 5.845.000 Taxa comunitária 1.111.107 Portarias 1 e 2 2.314.567 Imposto de selo sobre vendas 4.643.068 IUR empresa 52.849.705 IUR sócios 15.000.000 IUR trabalhadores 6.335.174 Previdência social empresa 5.299.422 Previdência social trabalhadores 2.810.523 SOMA 276.777.954

Indicadores Económicos e Financeiros

2.002 2.003 2.004 Liquidez geral 2,6 ,9 3,2 Rotação de stocks(dias) 36 45 10,1 Prazo médio de pagamentos(dias) 11 19 1,3 Prazo médio de recebimentos(dias) 3 3 2,4 Fundo de maneio (contos) 199.605 264.338 284.628 Autonomia financeira 73% 75% 79% Solvabilidade 171% 307% 365% Rentabilidade das vendas 17,1% 17,9% 22,1% Rentabilidade dos capitais próprios 34% 33% 31,6%

O ano de 2.004 registou o reforço da situação financeira da empresa a longo prazo demonstrado pelo aumento do fundo de maneio, autonomia financeira e solvabilidade e, em matéria de indicadores de curto prazo, verificou-se a melhoria significativa dos indicadores de liquidez e

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razoável dos prazos de recebimento e pagamento, tendo a rotação dos stocks aumentado devido as importações efectuadas no final do ano.

Os indicadores de rentabilidade demonstraram uma certa tendência para a melhoria dos níveis de resultados em valores e, para aumentos ainda que pequenos das taxas de rentabilidade, apesar do aumento crescente dos capitais próprios e da diminuição do volume de vendas.

Os resultados líquidos após impostos apresentados pela empresa no ano de 2.004, são reflexo, de uma evolução muito próxima dos proveitos e custos e da redução da taxa de impostos sobre os lucros de 35% para 30% introduzida em 2.003.

5. RECURSOS HUMANOS

A SCT,Lda apresentava a 31 de Dezembro de 2.004 um efectivo de 41 trabalhadores, sendo 21, ou seja, 51%, afecto ao sector fabril e os restantes as áreas administrativa, financeira e comercial. O escalão etário dos 40 aos 55 anos representava 56% do efectivo e a distribuição por sexo de 36,6%, para a mão de obra feminina, e 63,4% para mão de obra masculina.

Alguns indicadores do balanço social da empresa apontam para uma estrutura de pessoal efectivo, em termos de habilitações de nível não muito elevado e uma estrutura etárias, ainda relativamente jovem.

Nível de Habilitações Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 4º ano de escolaridade 11 42% 8 60% 19 46% 4º ano ao 11º ano 12 46% 6 33% 18 44% Formação Superior 3 12% 1 6% 4 10%

Total 26 15 41 Escalões Etários

Escalões Etários Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 25 anos 1 4% 0 0% 1 2% 25 a 40 anos 12 46% 4 27% 16 37% 40 a 55 anos 10 38% 11 73% 21 56% Supeior a 55 anos 3 12% 0 0% 3 5%

Total 26 15 41

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Foram realizadas duas avaliações de desempenho dos recursos humanos, acompanhado da revisão do plano de cargos e salários.

Antiguidade dos trabalhadores Inferior a 1 ano 1 1 a 5 anos 6 Superior a 5 anos 34 Total 41 No domínio da gestão dos recursos humanos, para além de uma actualização salarial de 1,5%, com evolução na carreira profissional, foi reforçado o fundo social a partir dos resultados do ano de 2.003, em mais 2.600 contos.

Foram servidas cerca de 5.400 refeições, que juntamente com outras despesas de alimentação significaram uma despesa de 2.877.543 escudos, que foram extensivas aos trabalhadores da Praia.

6. INVESTIMENTOS

No ano de 2.004 realizou-se um volume de investimentos bastante expressivo. Os investimentos encontram-se distribuídos da seguinte forma:

em contos

Terrenos 3.181

Edifícios 33.934

Equipamento básico 477

Material de carga e transporte 4.405

Equipamentos administrativos 1.575

Imobilizado em curso 50

Outras imobilizações corpóreas 5.242

Custos plurianuais 2.147

SOMA 51.012

No final do ano o valor das aplicações em títulos do tesouro era de 153.144 contos e em depósitos a prazo haviam 112.410 contos.

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7. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Continua a vigorar a convenção de estabelecimento assinado com o Governo de Cabo Verde respeitante às condições de importação e de comercialização do tabaco e seus derivados, no país.

No relacionamento com os principais parceiros estratégicos a empresa conseguiu um maior aprofundamento das suas relações resultando na melhoria da qualidade dos produtos fabricados e na renovação dos contratos comerciais.

Nota-se contudo, a presença no mercado de cigarros oriundos do contrabando, o que demonstra a necessidade de um esforço superior das autoridades ligadas à fiscalização económica, no seu combate. Diligências diversas têm sido levadas a prática, junto das instâncias ligadas à questão, constatando-se, no entanto, que são insuficientes, continuando a aparecer casos de apreensões pelas instâncias aduaneiras.

O aprofundamento das relações com os parceiros estratégicos constituirá uma das vertentes da actuação da empresa no decorrer do ano de 2.004, com especial incidência, na melhoria do controlo da qualidade, na formação, no controlo fitosanitário dos produtos, nas adaptações e solicitações do mercado consumidor e do mercado fornecedor.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, destacamos a dedicação dos trabalhadores e colaboradores da empresa no sentido da obtenção de um bom desempenho no tecido económico e social caboverdiano, no exercício de 2.004.

No plano comercial destacamos a boa interacção empresa-clientes. Foi feito no mês de Novembro um encontro geral com os da região de Sotavento, na cidade da Praia para além de diversas visitas aos seus estabelecimentos, designadamente, às ilhas de Santiago, S. Antão, e Sal. Aos clientes reconhecemos a sua prestimosa colaboração, ao que muito agradecemos.

A participação nas feiras comerciais realizadas no país e na feira especializada em Las Palmas, visitas aos clientes e um conjunto de pequenas acções promocionais durante eventos locais, constituíram algumas das actividades de natureza comercial levadas a cabo.

Por último, resta-nos agradecer aos sócios, na pessoa dos seus representantes legais, toda a sua boa colaboração, pela forma como acompanharam e apoiaram a gestão no decorrer do ano de 2.004.

A todos os nossos agradecimentos.

9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

À Assembleia Geral, submetemos a seguinte proposta de aplicação dos resultados do exercício, como forma de permitir uma remuneração adequada dos capitais investidos na sociedade, constituir meios para prosseguir uma política de investimentos consentânea com os objectivos

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de crescimento da empresa e dispôr de meios que estimulem a participação dos recursos humanos no desenvolvimento da empresa.

PROPOSTA

1. Resultados Líquidos Após Impostos 146.372.352$30

2. Aplicação

Para Dividendos 124.000.000$00 Para Reserva de Investimentos 20.000.000$00 Para o Fundo Social 2.372.352$30 SOMA 146.372.352$30

Propômos a Assembleia Geral como estímulo para o colectivo de trabalhadores que seja atribuída uma gratificação de balanço no montante de 5.000.000$00 (cinco milhões de escudos), pelo esforço e dedicação desenvolvidos durante o exercício de 2.004.

Mindelo, 15 de Fevereiro de 2.005

O GERENTE

15.1.1. DEMOSTRAÇÔES FINANCEIRAS DE 2004

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS de 2004 e 2003

2004Código Activo Provisões Activo Código

das A C T I V O Amortizações 2003 das Passivo 2004 2003Contas Bruto Reintegrações Líquido Contas

Disponibilidades : Débitos a curto prazo :211 Clientes, c/c 72.800,00 73.670,00

11 Caixa 18.571,00 18.571,00 74.972,00 219 Adiantamentos de clientes12 Depósito à ordem 53.571.293,25 53.571.293,25 56.947.440,25 221 Fornecedores, c/gerais 1.074.164,00 22.212.043,00

53.589.864,25 53.589.864,25 57.022.412,25 24 Sector público estatal 28.332.409,00 23.757.065,50261 Outros p/fornecimento de imobilizado c/c 209.351,00 67.500,00

263 a 269 Outros credores, c/gerais 7.720.760,00 6.706.484,0028 Provisões para impostos s/ lucros 63.160.000,00 57.000.000,00

Créditos a curto prazo : 292 Provisões para outros riscos e encargos 15.000.000,00 15.000.000,0014 Depositos a prazo 112.410.000,00 0,00 112.410.000,00 59.780.000,0018 Outras aplicações de tesouraria 153.144.160,00 0,00 153.144.160,00 168.774.160,00 115.569.484,00 124.816.762,50

211 Clientes, c/gerais 5.117.302,00 793.737,00 4.323.565,00 5.194.448,00 231 a 233 Empréstimos concedidos 7.860.007,00 25.000,00 7.835.007,00 7.799.340,00

24 Sector público estatal 7.819.456,20 0,00 7.819.456,20 8.513.096,00255+257 Sócios e associados c/c 45.000.000,00 0,00 45.000.000,00 43.936.000,00

26 Outros devedores 4.152.212,00 0,00 4.152.212,00 3.527.794,00 Proveitos antecipados335.503.137,20 818.737,00 334.684.400,20 297.524.838,00 273 Acréscimo de custos 6.274.542,00 6.256.587,00

274 Proveitos diferidos 5.188.707,00 4.668.485,0011.463.249,00 10.925.072,00

Total do Passivo 127.032.733,00 135.741.834,50

Situação LiquidaExistências :

32 Mercadorias 1.037.845,20 103.919,00 933.926,20 21.650.309,0033 Produtos acabados e semiacabados 6.715.867,00 670.520,00 6.045.347,00 8.047.279,00

361 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 13.360.946,00 4.370.000,00 8.990.946,00 13.337.115,00365 Peças Diversas 2.660.838,00 266.084,00 2.394.754,00 2.498.005,80 Capital :

23.775.496,20 5.410.523,00 18.364.973,20 45.532.708,80 52 Capital social 40.000.000,00 40.000.000,0040.000.000,00 40.000.000,00

Reservas :

552 Reserva p/ investimento 211.789.814,60 181.789.814,60553 Reserva p/ fins sociais 16.242.022,00 13.642.022,00556 Reserva legal 8.000.000,00 8.000.000,0058 Reservas livres 40.790.227,95 34.213.133,95

276.822.064,55 237.644.970,55Imobilizações corpóreas :

421 Terrenos e recursos naturais 7.342.215,00 0,00 7.342.215,00 4.160.960,00422 Edifícios e outras construções 175.281.975,00 41.096.614,00 134.185.361,00 106.923.541,00423 Equipamentos básicos e outras máquinas e instalações 70.474.447,50 57.434.106,10 13.040.341,40 16.028.645,70424 Ferramentas e utensílios 1.551.459,40 1.551.459,40 0,00 0,00425 Material de carga e transporte 11.006.941,10 4.863.688,10 6.143.253,00 3.601.082,00426 Equipamentos administ. e social e mobiliário diverso 24.485.895,80 20.188.464,30 4.297.431,50 4.723.229,50429 Outras imobilizações corpóreas 23.236.737,90 18.194.544,90 5.042.193,00 586.701,00

313.379.671,70 143.328.876,80 170.050.794,90 136.024.159,20

Imobilizações Incorpóreas : 88 Resultados líquidos :432 Propriedade industrial, outros direitos e contratos 15.643.565,00 10.851.575,70 4.791.989,30 6.376.390,80 81 Resultados correntes do exercício 196.084.665,10 195.502.526,30433 Gastos de instalação e expansão 2.279.578,50 2.279.578,50 0,00 0,00 82 Resultados extraordinários do exercício 784.693,00 (1.700.904,30)439 Outras Imobilizações incorpóreas 422.937,00 278.600,00 144.337,00 144.337,00 83 Resultados de exercícios anteriores 9.802.994,20 2.375.472,00

18.346.080,50 13.409.754,20 4.936.326,30 6.520.727,80 Resultados antes dos impostos 206.672.352,30 196.177.094,00

Imobilizações em curso443 Equipamento básico 50.000,00 50.000,00 0,00

50.000,00 50.000,00 0,00

Custos antecipados :271 Acrescimo Proveitos 4.038.560,00 4.038.560,00 1.303.953,00272 Custos Diferidos 982.597,00 982.597,00 3.601.036,00

472 a 479 Custos plurienais 3.829.634,00 3.829.634,00 5.034.064,00 8.850.791,00 8.850.791,00 9.939.053,00 28 Provisões para impostos s/ lucros (60.000.000,00) (57.000.000,00)

88 Resultados líquidos depois impostos 146.672.352,30 139.177.094,00

Total das provisões 6.229.260,00 8.372.056,80 Total da Situação Líquida 463.494.416,85 416.822.064,55

Total de amortizações e reintegrações 156.738.631,00 131.480.163,80

Total do Activo 753.495.040,85 162.967.891,00 590.527.149,85 552.563.899,05 Total do Passivo e Situação Líquida 590.527.149,85 552.563.899,05

BALANÇO ANALÍTICO

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Código Códigodas 2003 das 2003

contas contas Existências iniciais Vendas :

32 Mercadorias 24.055.309,00 9.329.259,00361 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 17.707.115,00 27.917.009,00 711 Mercadorias 489.108.740,00 (101.168.617,00) 387.940.123,00 501.417.520,00365 Diversas peças e acessórios 2.498.005,80 44.260.429,80 2.941.905,00 712 Produtos acabados e semi-acabados 276.636.500,00 (1.531.750,00) 275.104.750,00 275.459.680,00

40.188.173,00 765.745.240,00 (102.700.367,00) 663.044.873,00 776.877.200,00Compras

311 Mercadorias 236.733.571,00 352.662.913,00 Variação de produtos acabados: 3121 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 57.063.123,00 55.752.074,00 Existências finais:3125 Diversas peças e acessórios 233.997,00 294.030.691,00 2.961.369,00 33 Produtos acabados e semi-acabados 6.715.867,00 8.947.279,00

411.376.356,00

382 Mercadorias (182.893,00) (93.301,00)386 Matérias primas, subsidiárias e de consumo 0,00 (56.290,00)385 Diversas peças e acessórios 0,00 (182.893,00) 0,00 Regularização de existências

(149.591,00) 38 Produtos acabados e semi-acabados 226.242,00 22.786,00

Existências finais32 Mercadorias 1.037.845,20 24.055.309,00

361 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 13.360.946,00 17.707.115,00365 Diversas peças e acessórios 2.660.838,00 17.059.629,20 2.498.005,80 Existências iniciais

44.260.429,80 33 Produtos acabados (8.947.279,00) (2.005.170,00) (9.750.412,00)(780.347,00)

Custos das existências vendidas e consumidas611 Mercadorias 259.568.141,80 337.843.562,00612 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 61.409.292,00 65.905.678,00 75 Receitas suplementares 7.612.936,00 5.763.710,006125 Diversas peças e acessorios 71.164,80 321.048.598,60 3.405.268,20

407.154.508,20 76 Receitas financeiras correntes 655.733,00 529.672,00

77 Receitas de aplicações financeiras 13.030.471,00 11.871.404,00

63 Fornecimentos e serviços de terceiros 49.822.882,00 37.369.065,00641 Impostos indirectos 36.161.244,00 68.600.114,00642 Impostos directos 1.510.425,00 1.696.967,0065 Despesas com o pessoal 51.652.023,50 49.782.151,5066 Despesas financeiras 5.975.518,00 5.392.390,0067 Outras despesas e encargos 819.933,00 145.942.025,50 12.357.050,00

175.197.737,50 (B)......................................... 682.338.843,00 794.261.639,00

68 Amortizações do exercicio 19.263.553,80 16.285.186,80 82 Ganhos extraordinários do exercicio 2.355.963,00 89.767,7069 Provisões do exercicio 19.263.553,80 121.680,20 83 Ganhos de exercicios anteriores 65.334.331,00 67.690.294,00 67.000.000,00

(A)................................................. 486.254.177,90 598.759.112,70 67.089.767,70

82 Perdas extraordinárias do exercicio 1.571.270,00 1.790.672,0083 Perdas de exercicio anteriores 55.531.336,80 64.624.528,00

543.356.784,70 665.174.312,70

28 Provisão para impostos s/lucros 60.000.000,00 57.000.000,0088 Resultados liquidos 146.672.352,30 139.177.094,00

750.029.137,00 861.351.406,70 750.029.137,00 861.351.406,70

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS LÍQUIDOS

2004 2004

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2003 2003Internas : Distribuições : Resultado líquido do exercício 146.672.352,3 139.177.094,0 Por aplicação de resultados 100.000.000,0 85.000.000,0 Amortizações 19.263.553,8 16.285.186,8 Por aplicação de reservas 100.000.000,0 0,0 Variação de Provisões 3.895.523,0 169.831.429,1 (9.878.319,80) 85.000.000,0

145.583.961,0

Investimentos : Aquisição de imobilizações corpóreas: 0,0 0,0 Terrenos e recursos naturais 3.181.255,0 0,0 Edifícios e outras construções 33.933.762,0 0,0

Equipamento básico 477.213,0 531.296,0 Material carga e transporte 4.404.529,0 0,0 Equipamento administrativo 1.575.263,0 148.500,0

Desinvestimento: Outras imobilizações corpóreas 5.242.336,0 0,0 Cessão de imobilizações Outras Imobilizações incorporeas 0,0 144.337,0 Imobilizações corpóreas 460.440,0 Obras em curso: 0,0 0,0 Imobilizações em curso 0,0 Edificios e outras construções 0,0 0,0 Custos plurienais 0,0 460.440,0 0,0 Equipamento básico 50.000,0 0,0

Outros 0,0 0,0 Custos plurienais 2.147.440,0 51.011.798,0 0,0

824.133,0

Aumento dos fundos circulantes : 19.280.071,1 59.759.828,0

170.291.869,1 145.583.961,0 170.291.869,1 145.583.961,0

MAPA DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE FUNDOS

20042004Aplicação de fundosOrigem de fundos

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2003 2003Aumento de existências : Redução de existências : Mercadorias 0,0 14.726.050,0 Mercadorias 23.017.463,8 0,0 Produtos acabados 0,0 0,0 Produtos acabados 2.231.412,0 803.133,0 Materias primas 0,0 0,0 Materias primas 4.346.169,0 10.209.894,0 Peças diversas 162.832,2 162.832,2 0,0 Peças diversas 0,0 29.595.044,8 443.899,2

14.726.050,0 11.456.926,2Aumento de créditos a curto prazo : Redução de créditos a curto prazo :

Bilhetes de tesouro 15.630.000,0 Bilhetes de tesouro 0,0 59.780.000,0 Clientes c/c 870.883,0 0,0 Depositos a prazo 52.630.000,0 26.601.960,0 Adiantamento a fornecedores 0,0 0,0 Clientes c/c 0,0 80.785,0 Emprést. concedidos 0,0 1.088.511,0 Emprest.conced.diversos 35.667,0 0,0 Sector público estatal 693.639,8 30.771.072,0 Sector público estatal 0,0 0,0 Sócios c/gerais 0,0 444.000,0 Sócios e associados c/c 1.064.000,0 0,0 Devedores diversos 0,0 0,0 Devedores diversos 624.418,0 2.115.750,0 Despesas antecipadas 0,0 17.194.522,8 0,0 Custos antecipados 116.168,0 54.470.253,0

88.578.495,0 32.303.583,0Redução de débitos a curto prazo: Aumentos de débitos a curto prazo : Clientes c/c 870,0 785.330,0 Impostos 0,0 0,0 Adiant. de clientes 0,0 0,0 Adiant. de clientes 0,0 0,0 Fornecedores c/gerais 21.137.879,0 0,0 Fornecedores c/gerais 0,0 9.141.322,0 Sector público estatal 0,0 0,0 Sector público estatal 4.575.343,5 1.692.838,5 Sócios c/c 0,0 0,0 Sócios c/c 0,0 0,0 Outros credores 0,0 142.610,7 Outros credores 1.156.127,0 0,0 Custos antecipados 0,0 21.138.749,0 4.524.887,0 Proveitos antecipados 538.177,0 6.269.647,5 2.190.977,0

5.452.827,7 13.025.137,5

Aumento de disponibilidades: Redução de disponibilidades: Caixa 0,0 29.324,0 Caixa 56.401,0 0,0 Depósito à ordem 0,0 0,0 7.758.778,0 Depósito à ordem 3.376.147,0 3.432.548,0

0,0

Aumentos de fundos circulantes 19.280.071,1 59.759.828,075.771.834,2 116.545.474,7 75.771.834,2 116.545.474,7

VARIAÇÃO DOS ELEMENTOS DOS FUNDOS CIRCULANTES

2004 2004PassivasActivas

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Código Códigoda da

Conta Conta821 Sinistros 9.615,00 824 Anulação Provisão 0,00822 Alienação de imobilizações 0,00 8291 Ganhos anormais em existências 0,008272 Multas não fiscais 0,00 8294 Mais valia em imob.corpórea e incorpórea 0,008281 Perdas anormais em existências 759.000,00 8296 Diferenças de câmbio favoráveis 0,008285 Outras perdas em imob.corp. e incorpóreo 0,00 8299 Ganhos extraordinários não especificadas 91.486,00 91.486,008286 Diferenças de câmbio desfavoráveis 0,008288 Donativos e quotizações não obrigatórias 801.914,008289 Perdas extraordinárias não especificadas 741,00 1.571.270,00

Resultado Extraordinários do exercício (1.479.784,00)

Total 91.486,00 Total 91.486,00

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS DO EXERCÍCIO31-12-2004

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Código Códigoda da

Conta Conta

831 Impostos s/ os lucros 55.324.164,80 832 Utilização de prov.p/imp.s/os lucros 55.324.164,80833 Excessos de prov.p/imp.s/os lucros 5.382.446,20

838 Out. perdas imputáveis a exerc.anteriores 207.172,00 834 Excessos de outras prov.tributaveis 2.264.477,00836 Compensação imposto consumo 4.627.720,00839 Out.Ganhos imputáveis a exerc.anteriores 0,00

Resultado de exercícios anteriores 12.067.471,20

Total 67.598.808,00 Total 67.598.808,00

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DE EXERCICÍOS ANTERIORES31-12-2004

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NOTA 17 2004 Valor no Valor no

IMOBILIZAÇÕES inicio Aquisições Reavaliações Tansferência de Abates e Correcções Total fimdo ano obras em curso Alterações do ano

1. Corpóreas : Terrenos e recursos naturais 4.160.960,00 3.181.255,00 3.181.255,00 7.342.215,00 Edifícios e outras construções 141.348.213,00 33.933.762,00 33.933.762,00 175.281.975,00 Equipamento básico 69.997.234,50 477.213,00 477.213,00 70.474.447,50 Ferramentas e utensílios 1.551.459,40 0,00 1.551.459,40 Material de carga e transporte 10.226.564,10 4.404.529,00 3.624.152,00 780.377,00 11.006.941,10 Equipamento administrativo 23.071.002,20 1.575.263,00 160.369,40 1.414.893,60 24.485.895,80 Outras imobilizações corpóreas 17.994.401,90 5.242.336,00 0,00 5.242.336,00 23.236.737,90

Sub - Total ( 1 ) 268.349.835,10 48.814.358,00 0,00 0,00 3.784.521,40 0,00 45.029.836,60 313.379.671,70

2. Incorpóreas : Propriedade industrial outros direitos e contratos 15.643.565,00 0,00 15.643.565,00 Gastos de instalação e expansão 2.279.578,50 0,00 2.279.578,50 Outras imobilizações incorpóreas 422.937,00 0,00 422.937,00

Sub - Total ( 2 ) 18.346.080,50 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 18.346.080,50

3. Imobilizações em curso : Edifícios e outras construções 0,00 42.355.417,00 42.305.417,00 50.000,00 50.000,00 Equipamento Básico 0,00 477.213,00 477.213,00 0,00 0,00 0,00 Material carga e transporte 0,00 4.468.290,00 4.404.529,00 63.761,00 0,00 0,00 Equipamento administrativo 0,00 0,00 0,00 Outras Imobilizações Corpóreas 0,00 0,00 0,00 Sub - Total ( 3 ) 0,00 47.300.920,00 0,00 47.187.159,00 0,00 63.761,00 50.000,00 50.000,00

4. Custos Plurienais : Conservação plurienal 1.204.414,00 (816.797,00) (816.797,00) 387.617,00 Estudos e projectos 1.122.043,00 (560.938,00) (560.938,00) 561.105,00 Campanha publicitária 1.664.782,00 2.147.440,00 (1.110.888,00) 1.036.552,00 2.701.334,00 Outros custos plurienais 1.042.825,00 (863.247,00) (863.247,00) 179.578,00

Sub - Total ( 4 ) 5.034.064,00 2.147.440,00 0,00 0,00 0,00 (3.351.870,00) (1.204.430,00) 3.829.634,00

Total Geral : 291.729.979,60 98.262.718,00 0,00 47.187.159,00 3.784.521,40 (3.288.109,00) 43.875.406,60 335.605.386,20

MAPA DE VARIAÇÃO DO IMOBILIZADOMovimento no Exercício

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NOTA 18 2004Valor Amortizações Abates Correcções Valor no

IMOBILIZAÇÕES inicio do Reavaliações e por Exercícios Total fimdo ano exercício Alterações Anteriores do ano

1. Corpóreas : Terrenos e recursos naturais Edifícios e outras construções 34.424.672,00 6.671.942,00 6.671.942 41.096.614,00 Equipamento básico 53.968.588,80 3.465.517,30 3.465.517 57.434.106,10 Ferramentas e Utensílios 1.551.459,40 1.551.459,40 Material de carga e transporte 6.625.482,10 1.401.918,00 3.163.712,00 (1.761.794,00) 4.863.688,10 Equip.adm.soc.mob.diversos 18.347.772,70 2.001.061,00 160.369,40 1.840.692 20.188.464,30 Outras imobilizações corpóreas 17.407.700,90 786.844,00 0,00 786.844 18.194.544,90 Sub - Total ( 1 ) 132.325.675,90 14.327.282,30 0,00 3.324.081,40 0,00 11.003.200,90 143.328.876,80

2. Incorpóreas : Propriedade industrial, outros direitos e contratos 9.267.174,20 1.584.401,50 1.584.401,50 10.851.575,70 Gastos de instalação e expansão 2.279.578,50 0,00 2.279.578,50 Outras imobilizações incorpóreas 278.600,00 0,00 278.600,00 Sub - Total ( 2 ) 11.825.352,70 1.584.401,50 0,00 0,00 0,00 1.584.401,50 13.409.754,20

Total ( 1 ) + ( 2 ) 144.151.028,60 15.911.683,80 0,00 3.324.081,40 0,00 12.587.602,40 156.738.631,00

MAPA DE VARIAÇÃO DAS AMORTIZAÇÕES ACUMULADAS

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NOTA 19 2004 Saldo Saldo

Contas Inicial A Débito A Crédito Final

5211 - Capital social / estatutário 40.000.000,00 40.000.000,005521 - Reservas p / investimentos 181.789.814,60 30.000.000,00 211.789.814,605531 - Reservas p / fins sociais 13.642.022,00 2.600.000,00 16.242.022,005561 - Reserva Legal 8.000.000,00 8.000.000,005811 - Reservas Livres 34.213.133,95 6.577.094,00 40.790.227,955911 - Resultados transitados 0,00 139.177.094,00 139.177.094,00 0,008811 - Resultados líquidos 139.177.094,00 199.177.094,00 206.672.352,30 146.672.352,30

Total 416.822.064,55 338.354.188,00 385.026.540,30 463.494.416,85

Movimento no exercícioMOVIMENTO DAS CONTAS DE SITUAÇÃO LIQUIDA

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NOTA 20 2004 Valor no Valor no

Contas inicio Constituição Utilização Anulação fimdo ano Reforço do ano

281 - Provisões p/imp.s/lucros 57.000.000,00 63.160.000,00 57.000.000,00 63.160.000,00291 - Provisões p/clientes cob. duvidosas 818.737,00 818.737,00292 - Provisões p/processos judiciais 15.000.000,00 15.000.000,00392 - Provisões p/depreciação de mercadorias 2.405.000,00 103.919,00 2.405.000,00 103.919,00393 - Provisões p/prod. acab. e semi-acabados 900.000,00 670.520,00 900.000,00 670.520,00395 - Provisões p/depreciação - Peças 266.084,00 0 266.084,00396 - Matérias primas , subsidiárias, consumo 4.370.000,00 0,00 0,00 4.370.000,00

Total : 80.493.737,00 64.200.523,00 57.000.000,00 3.305.000,00 84.389.260,00

MAPA DAS CONTAS DE PROVISÕES Movimentos no exercício

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NOTA 21

A Distribuir DistribuídosValor para distribuição :Resultado líquido do exercício precedente 139.177.094,0Resultados transitados

Total 139.177.094,0Distribuição :Reservas legais e estatutárias 0,0Reservas Livres 6.577.094,0Reservas para investimentos 30.000.000,0Reservas para fins sociais 2.600.000,0Reservas para regularização de dividendos 0,0Dividendos 100.000.000,0

Total 139.177.094,0

ResultadosDISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS NO EXERCÍCIO 2004

Distribuição

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NOTA 22 ANO DE 2004Resultados líquidos Provisões para Impostos sobre Resultados líquidos

Discriminação antes de impostos impostos s/lucros lucros liquidados após impostos(1) (2) (3) ( 4 )= (1)-(2)

Do exercício de 2000 .......................... 198.458.648,19 70.600.000,00 56.418.600,00 127.858.648,19Do exercício de 2001 .......................... 152.958.700,65 57.355.000,00 71.363.250,00 95.603.700,65Do exercício de 2002 .......................... 189.770.306,95 67.000.000,00 60.834.127,00 122.770.306,95Do exercício de 2003 .......................... 196.177.094,00 57.000.000,00 64.624.528,00 139.177.094,00Do exercicio de 2004 ........................... 206.672.352,30 60.000.000,00 52.849.705,00 146.672.352,30

Total 737.364.749,79 251.955.000,00 253.240.505,00 632.082.102,09

RESULTADOS NOS ÚLTIMOS CINCO ANOS

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15.2. RELATÓRIO DE CONTAS DE 2003

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RELATÓRIO DE CONTAS DE 2003

Prezados Sócios

Em cumprimento do estipulado nos Estatutos da Sociedade e no Código das Empresas Comerciais vimos apresentar a V.Exas, o Relatório e Contas da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos,Lda, submetendo-os a deliberação da Assembleia Geral.

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Sociedade Caboverdiana de Tabacos,Lda vem exercendo as suas actividades de produção, importação e comercialização de tabacos e seus derivados, desde Junho de 1997, estabelecendo um bom relacionamento, com o meio envolvente caboverdiano, trabalhando no sentido da consolidação do mercado e do reforço das suas parcerias.

O ano de 2.003 caracterizou-se por um ambiente económico em que o dólar continuou a sua tendência para baixa, sem efeitos directos sobre o nosso ambiente de negócios, na medida em que passamos a negociar todas as importações em euros.

A nível nacional a taxa de inflação estimada para 2.003 situa-se em 0,5% enquanto que em 2.002 ela tinha sido de 1,8%.

Não se registaram agravamentos de natureza fiscal e, ao mesmo tempo, houve uma baixa da taxa de juro de cedência interbancária.

A empresa continuou a estabelecer bom relacionamento com o meio envolvente apoiando e patrocinando iniciativas diversas da sociedade civil caboverdiana, nos domínios do desporto, música, literatura, outras actividades ligadas a cultura e a educação, entre outras.

2. ACTIVIDADE COMERCIAL

O volume de actividade comercial evoluiu no triénio 2.001 a 2.003, da seguinte forma:

2.001 2.002 2.003 Vendas 714.525 793.105 776.877 Outros Proveitos 4.332 13.053 17.385 Soma 718.857 806.158 793.482 Crescimento +1,2% +12,1% -1,6% O ano de 2.003 registou uma evolução não favorável do volume de vendas da empresa, traduzida por um decréscimo de 2% do valor das vendas de mercadorias e produtos, não obstante o esforço comercial desenvolvido durante o ano. A outra componente de proveitos , composta, por outras receitas, designadamente, juros e receitas de aluguer teve um crescimento satisfatório. Esta diminuição das vendas registou-se a partir de Setembro altura em que se

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verificou um forte aumento do contrabando, sentido de forma muito mais expressiva na ilha de Santiago, e também sentida na ilha de S. Vicente.

As vendas por ilhas traduzem uma repartição que ilustra o peso em primeiro lugar da ilha de Santiago com 38,5%, seguida de S. Vicente com 26% e as restantes com 35,5% no seu conjunto.

Valor de Vendas % (em contos) Santo Antão 62.651 8,1 S. Vicente 202.295 26,0 S. Nicolau 24.515 3,2 Sal 98.061 12,6 Boavista 15.921 2,1 Santiago 299.124 38,5 Fogo 61.477 7,9 Brava 12.202 1,6 Total 776.877 100,0 As marcas SG Gigante e Marlboro Red e Lights venderam-se em todas as ilhas do país. A marca Falcões não foi comercializada nas ilhas da Boavista, Sal e Fogo. A marca Porto Grande concentrou-se, essencialmente, nas ilhas de Santiago e do Fogo, revelando pouca expressão nas outras ilhas.

No que respeita às vendas por marcas e produtos registou-se, à semelhança dos anos 2.001 e 2.002 uma forte penetração do cigarro Marlboro (Red e Lights) no mercado que atingiu, em valor, um peso de 59,9%, seguido do SG Gigante com 31,3%, enquanto que o Falcões situou-se em 5,2% e o Porto Grande 3,6 %.

No que respeita às vendas em quantidades o mercado terá diminuído relativamente aos anos 2.001 e 2.002, evoluindo da seguinte forma:

2.001 2.002 2.003 Vendas 113.903 117.097 110.843 Crescimento -2,8% +2,8% -5,4%

As vendas em quantidade registaram uma variação inversa a de 2.002 fazendo com que ficassem abaixo das do ano 2.001.

Os preços de venda sofreram uma revisão, no segundo semestre do ano com vista a equilibrar as margens entre os produtos. De uma maneira geral as vendas foram efectuadas a pronto pagamento.

Foi preocupação da gestão da empresa manter o controlo do preço de venda ao público e proporcionar aos distribuidores condições atractivas, tendo os custos comerciais situado em aproximadamente 78.000 contos, incluindo impostos.

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No decorrer do ano 2.003 registou-se a consolidação da representação na ilha de Santiago, permitindo um bom acompanhamento dos clientes.

3. PRODUÇÃO

A produção do ano foi em média mensal de 3.753,5 milheiros de cigarros e distribui-se, no cômputo anual, da seguinte forma, pelos produtos fabricados pela empresa:

Falcões Porto Grande SG Gigante Total

Produção (milheiros) 6.421 4.923 34.259 45.603

Importa revelar que os cigarros das marcas Falcões e Porto Grande constituem marcas propriedade da empresa e o SG Gigante fabricado sob licença concedida.

Comparativamente aos dados de 2.002 registou-se um decréscimo da produção de 19,1%, causado e compensado pela crescente penetração dos cigarros Marlboro, proveniente de importação.

Algumas peças e acessórios, menos exigentes, foram adquiridos por confecção localmente, e foram adquiridas no exterior as peças cujas ligas são mais complexas e cujo material não se encontra disponível no mercado local.

Foram concluídos os trabalhos de substituição do celofane por polipropileno e do novo sistema de cola.

O desempenho do pessoal da área da produção foi considerado altamente satisfatório à semelhança dos demais sectores da empresa.

No plano dos aprovisionamentos registou-se, no decorrer de 2.003, a importação de:

em contos Mercadorias 352.663 Matérias primas e de consumo 55.616 Compras para o imobilizado -/- SOMA 408.279 No ano de 2.002 haviam sido de 427.789 contos, o decréscimo verificado resulta da diminuição das importações de matérias primas em consequência da redução do nível de produção. Relativamente ao Marlboro realizaram-se 15 operações de importação.

4. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

A empresa vem demonstrando uma elevada rentabilidade fiscal traduzida numa percentagem sobre o volume de vendas do exercício de 40%.

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Rentabilidade Fiscal (em contos) Direitos aduaneiros 35.244.390 Emolumentos 23.370.802 Imposto de consumo 125.356.229 Imposto especial sobre o tabaco 17.157.500 Honorários 2.043.503 Selo de cigarros 5.185.266 Taxa ecológica 2.609.454 Taxa comunitária 1.346.222 Portarias 1 e 2 2.684.602 Imposto de selo sobre vendas 5.412.353 IUR empresa 64.624.528 IUR sócios 12.750.000 IUR trabalhadores 5.869.175 Previdência social empresa 5.099.741 Previdência social trabalhadores 2.725.916 SOMA 311.479.681

Indicadores Económicos e Financeiros

2.001 2.002 2.003 Liquidez geral 2,4 2,6 2,9 Rotação de stocks(dias) 15 36 45 Prazo médio de pagamentos(dias) 18 11 19 Prazo médio de recebimentos(dias) 8 3 3 Fundo de maneio (contos) 140.076 199.605 264.338 Autonomia financeira 73% 73% 75% Solvabilidade 269% 171% 307% Rentabilidade das vendas 13,4% 17,1% 17,9% Rentabilidade dos capitais próprios 31,5% 34% 33% O ano de 2.003 registou o reforço da situação financeira da empresa a longo prazo demonstrado pelo aumento do fundo de maneio, autonomia financeira e solvabilidade e, em matéria de indicadores de curto prazo, verificou-se a melhoria significativa dos indicadores de liquidez e razoável dos prazos de recebimento e pagamento, tendo a rotação dos stocks aumentado devido as importações efectuadas no final do ano.

Os indicadores de rentabilidade demonstraram uma certa tendência para a melhoria dos níveis de resultados em valores e, para aumentos ainda que pequenos das taxas de rentabilidade, apesar do aumento crescente dos capitais próprios e da diminuição do volume de vendas.

Os resultados líquidos após impostos apresentados pela empresa no ano de 2.003, são reflexo, de uma evolução muito próxima dos proveitos e custos e da redução da taxa de impostos sobre os lucros de 35% para 30%.

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5. RECURSOS HUMANOS

A SCT,Lda apresentava a 31 de Dezembro de 2.003 um efectivo de 41 trabalhadores, sendo 21, ou seja, 51%, afecto ao sector fabril e os restantes as áreas administrativa, financeira e comercial. O escalão etário dos 40 aos 55 anos representava 56% do efectivo e a distribuição por sexo de 36,6%, para a mão de obra feminina, e 63,4% para mão de obra masculina.

Alguns indicadores do balanço social da empresa apontam para uma estrutura de pessoal efectivo, em termos de habilitações de nível não muito elevado e uma estrutura etárias, ainda relativamente jovem.

Nível de Habilitações Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 4º ano de escolaridade 9 35% 9 60% 18 44% 4º ano ao 11º ano 14 54% 5 33% 19 46% Formação Superior 3 12% 1 6% 4 10%

Total 26 15 41

Escalões Etários Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 25 anos 1 4% 0 0% 1 2% 25 a 40 anos 12 46% 3 20% 15 37% 40 a 55 anos 12 46% 11 73% 23 56% Superior a 55 anos 1 4% 1 7% 2 5%

Total 26 15 41

Foram realizadas duas avaliações de desempenho dos recursos humanos, acompanhado da revisão do plano de cargos e salários.

Antiguidade dos trabalhadores

Inferior a 1 ano 3 1 a 5 anos 8 Superior a 5 anos 29 Total 40

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No domínio da gestão dos recursos humanos, para além de uma actualização salarial de 3,5%, com evolução na carreira profissional, foi reforçado o fundo social a partir dos resultados do ano de 2.002, em mais 2.557 contos.

Foram servidas cerca de 4.878 refeições que juntamente com outras despesas de alimentação significaram uma despesa de 2.487.412 escudos.

6. INVESTIMENTOS

O ano de 2.003 realizou-se um volume de investimentos muito pouco expressivo. Os investimentos encontram-se distribuídos da seguinte forma:

Equipamentos administrativos 176.000$ Gastos de instalação e expansão 144.337$ Imobilizado em curso 518.414$ Outras imobilizações corpóreas 40.000$ SOMA 878.751$

Foram concluídos os projectos de remodelação das máquinas de empacotamento em curso desde o ano 2.001.

No final do ano o valor das aplicações em títulos do tesouro era de 168.774 contos e em depósitos a prazo haviam 61.854 contos.

7. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Continua a vigorar a convenção de estabelecimento assinado com o Governo de Cabo Verde respeitante às condições de importação e de comercialização do tabaco e seus derivados, no país.

No relacionamento com os principais parceiros estratégicos a empresa conseguiu um maior aprofundamento das suas relações resultando na melhoria da qualidade dos produtos fabricados e na renovação dos contratos comerciais.

Nota-se contudo, a presença no mercado de cigarros oriundos do contrabando, o que demonstra a necessidade de um esforço superior das autoridades ligadas à fiscalização económica, no seu combate. Diligências diversas têm sido levadas a prática, junto das instâncias ligadas à questão, constando-se, no entanto, que são insuficientes, continuando a aparecer casos de apreensões pelas instâncias aduaneiras.

O aprofundamento das relações com os parceiros estratégicos constituirá uma das vertentes da actuação da empresa no decorrer do ano de 2.004, com especial incidência, na melhoria do controlo da qualidade, na formação, no controlo fitosanitário dos produtos, nas adaptações e solicitações do mercado consumidor e do mercado fornecedor.

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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, destacamos a dedicação dos trabalhadores e colaboradores da empresa no sentido da obtenção de um bom desempenho no tecido económico e social caboverdiano, no exercício de 2.003.

No plano comercial destacamos a boa interacção empresa-clientes. Foi feito no mês de Novembro um encontro geral com os mesmos, nas nossas instalações para além de diversas visitas aos seus estabelecimentos, designadamente, às ilhas de Santiago, S. Antão, S. Nicolau e Brava. Aos clientes reconhecemos a sua prestimosa colaboração, ao que muito agradecemos.

A participação nas feiras comerciais realizadas no país e na feira especializada de tabaco em Barcelona, visitas aos clientes e um conjunto de pequenas acções promocionais durante eventos locais, constituíram algumas das actividades de natureza comercial levadas a cabo.

Por último, resta-nos agradecer aos sócios, na pessoa dos seus representantes legais, toda a sua boa colaboração, pela forma como acompanharam e apoiaram a gestão no decorrer do ano de 2.003.

A todos os nossos agradecimentos.

15.2..1. DEMOSTRAÇÔES FINANCEIRAS DE 2003

Referido no ponto 15.1.1.

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15.3. RELATÒRIO DE CONTAS DE 2002

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RELATÒRIO DE CONTAS DE 2002

Prezados Sócios

Em cumprimento do estipulado nos Estatutos da Sociedade e no Código das Empresas Comerciais vimos apresentar a V.Exas, o Relatório e Contas da Sociedade Caboverdiana de Tabacos,Lda, submetendo-os a deliberação da Assembleia Geral.

1. CONSIDERAÇÕES GERAIS

A Sociedade Caboverdiana de Tabacos,Lda vem exercendo as suas actividades de produção, importação e comercialização de tabacos e seus derivados, desde Junho de 1997, estabelecendo um bom relacionamento, com o meio envolvente caboverdiano, trabalhando no sentido da consolidação do mercado e do reforço das suas parcerias.

A ano de 2.002 caracterizou-se por um ambiente económico em que o dólar inverteu a sua tendência de alta para baixa, favorecendo em larga medida o nosso ambiente de negócios.

A nível nacional a taxa de inflação estimada para 2.002 situa-se em 2,5% enquanto que em 2.001 ela tinha sido negativa.

Não se registaram agravamentos de natureza fiscal e, ao mesmo, houve uma baixa da taxa de juro de cedência interbancária.

A empresa continuou a estabelecer bom relacionamento com o meio envolvente apoiando e patrocinando iniciativas diversas da sociedade civil caboverdiana, nos domínios do desporto, música, literatura, outras actividades ligadas a cultura e a educação, entre outras.

2. ACTIVIDADE COMERCIAL

O volume de actividade comercial evoluíu no triénio 2.000 a 2.002, da seguinte forma:

2.000 2.001 2.002 Vendas 706.760 714.525 793.105 Outros Proveitos 3.480 4.332 13.053 Soma 710.240 718.857 806.158 Crescimento 15,6% +1,2% +12,1%

O ano de 2.002 registou uma evolução favorável do volume de vendas da empresa, traduzida por um crescimento de 11% do valor das vendas de mercadorias e produtos, e conseguida através da continuação do esforço comercial iniciado em 2.001, e a outra componente por outras receitas, designadamente, juros e receitas de aluguer.

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As vendas por ilhas traduzem uma repartição que ilustra o peso em primeiro lugar da ilha de Santiago com 40%, seguida de S. Vicente com 27% e as restantes com 33% no seu conjunto.

Valor de Vendas % (em contos) Santo Antão 61.382 7,7 S. Vicente 213.902 27,0 S. Nicolau 22.292 2,8 Sal 88.633 11,2 Boavista 15.343 1,9 Santiago 316.923 40,0 Fogo 59.627 7,5 Brava 15.007 1,9 Total 793.108 100,0

As marcas SG Gigante e Marlboro Red venderam-se em todas as ilhas do país. A marca Falcões não foi comercializada nas ilhas da Boavista e Fogo e é pouco divulgada no Sal. A marca Porto Grande concentrou-se, essencialmente, nas ilhas de Santiago e do Fogo, revelando pouca expressão nas outras ilhas.

No que respeita às vendas por marcas e produtos registou-se, à semelhança do ano 2.001 uma forte penetração do cigarro Marlboro (Red e Lights) no mercado que atingiu, em valor, um peso de 59,9%, seguido do SG Gigante com 31,3%, enquanto que o Falcões situou-se em 5,2% e o Porto Grande 3,6 %.

No que respeita às vendas em quantidades o mercado cresceu relativamente ao ano 2.002 evoluindo da seguinte forma:

2.000 2.001 2.002 Vendas 117.141 113.903 117.097 Crescimento +9,6% -2,8% +2,8% As vendas em quantidade registaram uma variação inversa a de 2.001 fazendo com que as vendas ficassem muito próximas das do ano 2.000.

Os preços de venda sofreram uma revisão, no primeiro trimestre do ano em virtude do aumento de preços na origem. De uma maneira geral as vendas foram efectuadas a pronto pagamento.

Foi preocupação da gestão da empresa manter o controlo do preço de venda ao público e proporcionar aos distribuidores condições atractivas, tendo os custos comerciais situado em 94.380 contos, incluindo impostos.

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3. PRODUÇÃO

A produção do ano foi em média mensal de 4.698,75 milheiros de cigarros e distribui-se, no cômputo anual, da seguinte forma, pelos produtos fabricados pela empresa:

Falcões Porto Grande SG Gigante Total

Produção (milheiros) 9.653 5.557 41.175 56.385

Importa revelar que os cigarros das marcas Falcões e Porto Grande constituem marcas propriedade da empresa e o SG Gigante fabricado sob licença concedida.

Comparativamente aos dados de 2.001 registou-se um decréscimo da produção de 9,5%, causado e compensado pela crescente penetração dos cigarros Marlboro, proveniente de importação.

Algumas peças e acessórios, menos exigentes, foram adquiridos por confecção localmente, e foram adquiridas no exterior as peças cujas ligas são mais complexas e cujo material não se encontra disponível no mercado local.

Foram concluídos os trabalhos de adaptação do comprimento do cigarro SG e continuou-se os trabalhos para substituição do celofane.

O desempenho do pessoal da área da produção foi considerado altamente satisfatório à semelhança dos demais sectores da empresa.

No plano dos aprovisionamentos registou-se, no decorrer de 2.002, a importação de:

em contos Mercadorias 352.197 Matérias primas e de consumo 75.592 Compras para o imobilizado -/- SOMA 427.789 No ano de 2.001 haviam sido de 265.162,8 contos contos, o acréscimo verificado resulta do incremento das importações de Marlboro, produto relativamente ao qual se realizaram 10 operações de importação.

4. SITUAÇÃO ECONÓMICA E FINANCEIRA

A empresa vem demonstrando uma elevada rentabilidade fiscal traduzida numa percentagem sobre o volume de vendas do exercício de 42%.

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Rentabilidade Fiscal (em contos) Direitos aduaneiros 40.026.574 Emolumentos 23.975.598 Imposto de consumo 134.390.000 Imposto especial sobre o tabaco 30.148.000 Honorários 1.803.013 Selo de cigarros 608.256 Taxa ecológica 4.852.527 Taxa comunitária 1.335.208 Portarias 1 e 2 2.774.024 Imposto de selo sobre vendas 5.641.197 IUR empresa 67.871.195 IUR sócios 9.600.000 IUR trabalhadores 5.218.197 Previdência social empresa 4.800.111 Previdência social trabalhadores 2.560.060 SOMA 333.043.900 Indicadores Económicos e Financeiros 2.000 2.001 2.002 Liquidez geral 1,9 2,4 2,6 Rotação de stocks(dias) 31 15 36 Prazo médio de pagamentos(dias) 21 18 11 Prazo médio de recebimentos(dias) 9 8 3 Fundo de maneio (contos) 110.557 140.076 199.605 Autonomia financeira 69% 73% 73% Solvabilidade 224% 269% 171% Rentabilidade das vendas 18,15% 13,4% 17,1% Rentabilidade dos capitais próprios 45,1% 31,5% 34% O ano de 2.002 registou o reforço da situação financeira da empresa a longo prazo demonstrado pelo aumento do fundo de maneio, autonomia financeira e solvabilidade e, em matéria de indicadores de curto prazo, verificou-se a melhoria significativa dos indicadores de liquidez e razoável dos prazos de recebimento e pagamento e rotação dos stocks.

Os indicadores de rentabilidade continuam a confirmar a tendência para a estabilização dos níveis de resultados em valores e, consequentemente a diminuição das taxas de rentabilidade, decorrente do aumento crescente dos capitais próprios e das vendas.

Os resultados líquidos após impostos apresentados pela empresa no ano de 2.002, são reflexo, de uma evolução muito próxima dos proveitos e custos.

5. RECURSOS HUMANOS

A SCT, Lda apresentava a 31 de Dezembro de 2.002 um efectivo de 40 trabalhadores, sendo 22, ou seja, 55%, afecto ao sector fabril e os restantes as áreas administrativa, financeira e comercial.

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A média de idade era de 44 anos e a distribuição por sexo de 37,5%, para a mão de obra feminina, e 62,5% para mão de obra masculina.

Alguns indicadores do balanço social da empresa apontam para uma estrutura de pessoal efectivo, em termos de habilitações de nível não muito elevado e uma estrutura etárias, ainda relativamente jovem.

Nível de Habilitações Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 4º ano de escolaridade 9 36% 10 67% 19 48% 4º ano ao 11º ano 13 52% 4 27% 17 43% Formação Superior 3 12% 1 6% 4 9%

Total 25 15 40

Escalões Etários Homens Mulheres Total Nº % Nº % Nº % Até 25 anos 1 4% 0 0% 1 3% 25 a 40 anos 12 48% 5 33% 17 43% 40 a 55 anos 10 40% 9 60% 19 48% Supeior a 55 anos 2 8% 1 7% 3 6%

Foram realizadas duas avaliações de desempenho dos recursos humanos, acompanhado da revisão do plano de cargos e salários.

Antiguidade dos trabalhadores Inferior a 1 ano 3 1 a 5 anos 8 Superior a 5 anos 29 Total 40

No domínio da gestão dos recursos humanos, para além de uma actualização salarial de 4% e da reclassificação com evolução na carreira profissional, foi reforçado o fundo social a partir dos resultados do ano de 2.001, em mais 2.557 contos.

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6. INVESTIMENTOS

O ano de 2.002 realizou-se um volume de investimentos não muito significativo, na aquisição de equipamentos informáticos e de comunicação como uma central telefónica com vista à actualização do software de gestão. Alguns trabalhos de construção civil foram feitos para o arranque da estrutura comercial de Santiago, além de uma viatura, e benfeitorias para se poder proceder ao arrendamento dos edifícios da empresa na Praia e no Mindelo. Os investimentos encontram-se distribuídos da seguinte forma:

Material de carga e transporte 2.601.466$ Equipamentos administrativos 4.301.728$ Imobilizado em curso 849.352$ Outras imobilizações corpóreas 1.084.170$ Custos plurienais 4.180.527$ SOMA 13.017.243$ No final do ano o valor das aplicações em títulos do tesouro era de 137.330 contos.

7. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS

Continua a vigorar a convenção de estabelecimento assinado com o Governo de Cabo Verde respeitante às condições de importação e de comercialização do tabaco e seus derivados, no país. Nota-se contudo, a presença no mercado de cigarros oriundos do contrabando, o que demonstra a necessidade de um esforço superior das autoridades ligadas à fiscalização económica, no seu combate. Diligências diversas têm sido levadas a prática, junto das instâncias ligadas à questão.

O aprofundamento das relações com os parceiros estratégicos constituirá uma das vertentes da actuação da empresa no decorrer do ano de 2.003, com especial incidência, na melhoria do controlo da qualidade, no controlo fitosanitário dos produtos, nas adaptações e solicitações do mercado consumidor e do mercado fornecedor.

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Neste capítulo, destacamos a dedicação dos trabalhadores e colaboradores da empresa no sentido da obtenção de um bom desempenho no tecido económico e social caboverdiano, no exercício de 2.002.

No plano comercial destacamos a boa interacção empresa-clientes, aos quais reconhecemos a sua prestimosa colaboração, ao que muito agradecemos.

A participação nas feiras comerciais realizadas no país, visitas aos clientes e um conjunto de pequenas acções promocionais durante eventos locais, constituíram algumas das actividades de natureza comercial levadas a cabo.

Por último, resta-nos agradecer aos sócios, na pessoa dos seus representantes legais, toda a sua boa colaboração, pela forma como acompanharam e apoiaram a gestão no decorrer do ano de 2.002.

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9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

À Assembleia Geral, submetemos a seguinte proposta de aplicação dos resultados do exercício, como forma de permitir uma remuneração adequada dos capitais investidos na sociedade, constituir meios para prosseguir uma política de investimentos consentânea com os objectivos de crescimento da empresa e dispôr de meios que estimulem a participação dos recursos humanos no desenvolvimento da empresa.

PROPOSTA

1. Resultados Líquidos Após Impostos 122.770.306$95 2. Aplicação Para Dividendos 85.000.000$00 Para Reservas Livres 15.213.133$95 Para Reserva de Investimentos 20.000.000$00 Para o Fundo Social 2.557.173$00 SOMA 122.770.306$95

Propômos a Assembleia Geral como estímulo para o colectivo de trabalhadores que seja atribuída uma gratificação de balanço no montante de 4.500.000$00, pelo esforço e dedicação desenvolvidos durante o exercício de 2.002.

Mindelo, 18 de Fevereiro de 2.003

O GERENTE

EUCLIDES JESUS MARQUES OLIVEIRA

9. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS

À Assembleia Geral, submetemos a seguinte proposta de aplicação dos resultados do exercício, como forma de permitir uma remuneração adequada dos capitais investidos na sociedade, constituir meios para prosseguir uma política de investimentos consentânea com os objectivos de crescimento da empresa e dispor de meios que estimulem a participação dos recursos humanos no desenvolvimento da empresa.

PROPOSTA

1. Resultados Líquidos Após Impostos 139.177.094$00 2. Aplicação Para Dividendos 100.000.000$00

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Para Reserva de Investimentos 30.000.000$00 Para Reservas Livres 6.577.094$00 Para o Fundo Social 2.600.000$00 SOMA

Propomos a Assembleia Geral como estímulo para o colectivo de trabalhadores que seja atribuída uma gratificação de balanço no montante de 5.000.000$00 (cinco milhões de escudos), pelo esforço e dedicação desenvolvidos durante o exercício de 2.003.

Mindelo, 25 de Janeiro de 2.004

O Gerente,

Euclides Jesus Marques Oliveira

15.3.1. DEMOSTRAÇÔES FINANCEIRAS DE 2002

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2002Código Activo Provisões Activo Código

das A C T I V O Amortizações 2001 das Passivo 2002 2001Contas Bruto Reintegrações Líquido Contas

Disponibilidades : Débitos a curto prazo :211 Clientes, c/c 859.000,00 5.000,00

11 Caixa 45.648,00 45.648,00 50.000,00 219 Adiantamentos de clientes 0,00 0,0012 Depósito à ordem 49.188.662,25 49.188.662,25 43.595.271,25 221 Fornecedores, c/gerais 13.070.721,00 13.399.536,00

49.234.310,25 49.234.310,25 43.645.271,25 24 Sector público estatal 22.064.227,00 16.513.160,00255+257 Sócios e associados c/c 0,00 0,00261 a 269 Outros credores, c/gerais 6.916.594,70 10.376.527,00

28 Provisões para impostos s/ lucros 67.000.000,00 57.355.000,00Créditos a curto prazo : 292 Provisões para outros riscos e encargos 15.000.000,00 15.000.000,00

18 Outras aplicações de tesouraria 142.172.200,00 0,00 142.172.200,00 88.087.040,00 124.910.542,70 112.649.223,00211 Clientes, c/gerais 5.907.400,00 793.737,00 5.113.663,00 15.088.963,00

231 a 233 Empréstimos concedidos 8.912.851,00 25.000,00 8.887.851,00 53.311.831,0024 Sector público estatal 39.284.168,00 0,00 39.284.168,00 20.000.000,00

255+257 Sócios e associados c/c 44.380.000,00 0,00 44.380.000,00 0,0026 Outros devedores 1.412.044,00 0,00 1.412.044,00 387.680,00 27 Acréscimos e diferimentos

242.068.663,00 818.737,00 241.249.926,00 176.875.514,00 273 Acréscimo de custos 5.908.594,00274 Proveitos diferidos 2.825.501,00 473.000,00

Total do Passivo 133.644.637,70 113.122.223,00

Situação LiquidaExistências :

32 Mercadorias 9.329.259,00 932.926,00 8.396.333,00 1.257.986,0033 Produtos acabados e semiacabados 9.750.412,00 975.041,10 8.775.370,90 2.017.259,90

361 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 27.917.009,00 5.645.352,70 22.271.656,30 25.151.095,30365 Peças Diversas 2.941.905,00 2.941.905,00 1.129.502,00 Capital :

49.938.585,00 7.553.319,80 42.385.265,20 29.555.843,20 52 Capital social 40.000.000,00 40.000.000,0040.000.000,00 40.000.000,00

Reservas :

552 Reserva p/ investimento 161.789.814,60 151.743.287,00553 Reserva p/ fins sociais 11.084.849,00 8.527.676,00556 Reserva legal 8.000.000,00 8.000.000,0058 Reservas livres 19.000.000,00 0,00

199.874.663,60 168.270.963,00Imobilizações corpóreas :

421 Terrenos e recursos naturais 4.160.960,00 0,00 4.160.960,00 4.160.960,00422 Edifícios e outras construções 141.348.213,00 28.770.743,00 112.577.470,00 118.231.399,00423 Equipamentos básicos e outras máquinas e instalações 57.616.133,50 52.309.224,80 5.306.908,70 7.112.505,70424 Ferramentas e utensílios 1.551.459,40 1.551.459,40 0,00 0,00425 Material de carga e transporte 10.226.564,10 5.441.424,10 4.785.140,00 3.298.793,00426 Equipamentos administ. e social e mobiliário diverso 22.922.502,20 15.941.822,10 6.980.680,10 4.884.454,50429 Outras imobilizações corpóreas 17.996.239,90 17.224.539,20 771.700,70 119.767,70

255.822.072,10 121.239.212,60 134.582.859,50 137.807.879,90

Imobilizações Incorpóreas : 88 Resultados líquidos :432 Propriedade industrial, outros direitos e contratos 15.643.565,00 7.682.772,70 7.960.792,30 9.490.178,30 Resultados correntes do exercício 191.144.767,90 157.162.500,45433 Gastos de instalação e expansão 2.279.578,50 2.279.578,50 0,00 0,00 Resultados extraordinários do exercício 2.001.897,00 (3.233.120,99)439 Outras Imobilizações incorpóreas 278.600,00 278.600,00 0,00 127.828,00 Resultados de exercícios anteriores (3.376.357,95) (970.678,81)

18.201.743,50 10.240.951,20 7.960.792,30 9.618.006,30 Resultados antes dos impostos 189.770.306,95 152.958.700,65

Imobilizações em curso442 Edifício e outras construções 0,00 0,00 651.800,00443 Equipamento básico 11.862.687,00 11.862.687,00 11.013.335,00 449 Outras 0,00 0,00 255.000,00

11.862.687,00 11.862.687,00 11.920.135,00

Custos antecipados :27 Despesas antecipadas 380.102,00 380.102,00 3.121.098,00

472 a 479 Custos plurienais 8.633.666,00 8.633.666,00 4.453.139,00 9.013.768,00 9.013.768,00 7.574.237,00 28 Provisões para impostos s/ lucros (67.000.000,00) (57.355.000,00)

Resultados líquidos depois impostos 122.770.306,95 95.603.700,65

Total das provisões 8.372.056,80 7.475.364,80 Total da Situação Líquida 362.644.970,55 303.874.663,65

48 Total de amortizações e reintegrações 131.480.163,80 119.201.183,80

Total do Activo 636.141.828,85 139.852.220,60 496.289.608,25 416.996.886,65 Total do Passivo e Situação Líquida 496.289.608,25 416.996.886,65

BALANÇO ANALÍTICO

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16. RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS CONTAS DA SCT

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16.1. AUDITORIA ÀS CONTAS DE 2004

I. PARECER

Introdução

1. Examinamos as Demonstrações Financeiras da SCT – Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos, LDA constituídas pelo Balanço Analítico estabelecido à data de 31 de Dezembro de 2004, Demonstração dos Resultados Líquidos do exercício findo na mesma data, o Mapa de Origem e Aplicação de Fundos e as Notas Anexas às Demonstrações Financeiras, que fazem parte integrante deste relatório e que relevam os seguintes valores totais: Activo Líquido 590.526; Passivo 127.033; Capital Próprio 463.493 e Resultados Líquidos do Exercício de 146.672 contos.

Responsabilidade

2. É da responsabilidade da Gerência da SCT a preparação das Demonstrações Financeiras de modo a que apresentem de forma verdadeira e apropriada a situação financeira da sociedade e os resultados obtidos durante o período a que respeitem. A nossa responsabilidade, enquanto auditores externos, consiste em emitir uma opinião profissional sobre as mesmas, com base nos testes de auditoria que efectuamos.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi realizado de acordo com as normas e técnicas de auditoria internacionalmente aceites, nomeadamente as emitidas pelo IFAC – International Federation of Accountants, os quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se as referidas Demonstrações Financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte dos valores constantes nas Demonstrações Financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela gerência, utilizados na preparação das Demonstrações Financeiras, (ii) a apreciação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas e da sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias (iii) e a apreciação de ser ou não adequada a apresentação das Demonstrações Financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião sobre aquelas Demonstrações Financeiras.

Reserva

4. Continua em curso um processo judicial envolvendo a sociedade em que os custos estimados – caso a sentença seja desfavorável à sociedade – ascendem a aproximadamente 54.000 contos. No entanto, as provisões constituídas para o efeito cobrem menos de 30 % desse valor. Se a provisão tivesse sido constituída pela totalidade dos custos potenciais como recomenda a prudência, os resultados do exercício (após impostos) seriam de 107.672 contos em vez dos 146.672 contos apresentados nas Demonstrações Financeiras.

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Opinião

5. Salvo no que respeita à reserva referida no parágrafo 4 acima, é nossa opinião que as Demonstrações Financeiras mencionadas no parágrafo 1, representam de forma verdadeira e apropriada, em todos os seus aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da SCT a 31 de Dezembro de 2004, e foram estabelecidas em conformidade com os PCGA – princípios contabilísticos geralmente aceites, consistentemente aplicados.

São Vicente, 22 de Fevereiro de 2005

A CONFIRA

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RESUMO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

(Valores em Contos)

BALANÇO NOTAS 31/12/04 31/12/03 31/12/02

DISPONIBILIDADES 53589 57.022 49.234 CRÉDITOS S/TERCEIROS (LIQUID. PROV.) 401 334.683 297.525 241.250 EXISTÊNCIAS (LIQUID. PROV.) 402 18.366 45.533 42.385 IMOBIL. CORPÓREAS (LIQUID. AMORT) 403 170.051 136.024 134.583 IMOBIL. INCORPÓREAS (LIQUID. AMORT) 4.936 6.521 7.961 IMOBIL. CORPÓREAS EM CURSO 404 50 11.863 ACRÉSCIMO DE PROVEITOS 405 4.038 1304 0 CUSTOS DIFERIDOS 405 4.813 8.635 9.014 TOTAL ACTIVO LIQUIDO 590.526 552.564 496.290 FORNECEDORES 406 1.074 22.212 13.070 SECTOR PUBLICO ESTATAL 407 28.332 23.757 22.064 OUTROS CREDORES 8.004 6.848 7.776 PROVISÕES P/IMPOSTOS 416 63.160 57.000 67.000 PROVISÕES P/ RISCOS E ENCARGOS 408 15.000 15.000 15.000 ACRÉSCIMO DE CUSTOS 405 6.274 6.257 5.909 PROVEITOS DIFERIDOS 405 5.189 4.668 2.826 TOTAL PASSIVO 127.033 135.742 133.645 CAPITAL SOCIAL 40.000 40.000 40.000 RESERVAS LEGAIS E ESTATUTÁRIAS 276.822 237.645 199.875 RESULTADOS DO EXERCÍCIO 416 146.671 139.177 122.770 CAPITAL PRÓPRIO 463.493 416.822 362.645 TOTAL PASSIVO E SIT. LIQUIDA 590.526 552.564 496.290 PROVEITOS E CUSTOS NOTAS ANO 2004 ANO 2003 ANO 2002 VENDAS DE MERCADORIAS 409 387.940 501.418 474.786 VENDA DE PRODUTOS 409 275.105 275.460 318.320 VARIAÇÃO PRODUÇÃO 411 - 2.005 -780 6.893 RECEITAS SUPLEMENTARES 410 7.613 5.764 2.805 RECEITAS FINANCEIRAS 410 656 12.401 10.247 GANHOS EXTRA. E DE EXERC. ANTERIORES 416 67.690 67.090 61.539 TOTAL PROVEITOS E GANHOS 750.029 861.353 874.590 CUSTO EXIST. VEND. E CONSUMIDAS 411 321.048 407.155 417.417 FORNECIMENTOS EXTERNOS 412 49.823 37.370 35.114 IMPOSTOS E TAXAS 413 37.671 70.297 82.775 CUSTOS C/PESSOAL 414 51652 49.782 45.871 CUSTOS FINANCEIROS 415 5.976 5.393 7.199 OUTROS CUSTOS E ENCARGOS 820 12.576 14.856 AMORTIZAÇÕES DO EXERCICIO 19.264 16.285 17.776 PROVISÕES DO EXERCICIO 122 897 PERDAS EXTRAORD. E DE EXERC. ANTERIORES 416 57.102 66.415 62.914

TOTAL CUSTOS E PERDAS 543.357 665.176 684.819 RESULTADOS ANTES IMPOSTOS 416 206.672 196.177 189.770

PROVISÃO P/IMPOSTOS -60.000 -57.000 -67.000 RESULTADOS APÓS IMPOSTOS 416 146.672 139.177 122.770

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NOTAS ÀS CONTAS

NOTA I – CARACTERIZAÇÃO DA SOCIEDADE

A SCT – Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos é uma sociedade por quotas, criada por escritura pública de 28 de Novembro de 1996, com um Capital Social de 40.000 contos detido por dois sócios: EMPA – Empresa Pública de Abastecimento (90 %) e o Município do Tarrafal de Santiago (10 %).

O objecto social da SCT é, segundo o seu Pacto Social, «a cultura, produção e importação de tabacos e seus derivados podendo dedicar-se a qualquer outra actividade, directa ou indirectamente relacionada com o seu objecto social».

A actividade produtiva da sociedade teve início em Junho de 1997, na sequência da aquisição pela SCT do património pertencente anteriormente à Companhia de Tabacos de Cabo Verde, SARL (CTCV, S A);

A sociedade fabrica e comercializa cigarros das seguintes marcas: FALCÕES E PORTO GRANDE (com direito de propriedade adquirido à ex-CTCV, S A) e SG GIGANTE sob licença concedida pela sociedade portuguesa, «A TABAQUEIRA - Empresa Industrial de Tabacos, SA».

A partir de Junho de 98 passou a importar e comercializar cigarros da marca MARLBORO cuja quota de mercado expandiu-se significativamente invadindo a dos produtos de fabrico da sociedade cujas vendas continuam a cair todos os anos.

Embora tenha continuado a representar quase 64% do volume de negócios da SCT, em 2004 a venda dos cigarros importados caiu 15.5% (- 77.590 contos), eventualmente motivado pelo aumento de comercialização no país de produtos da mesma marca entrados como contrabando. A venda dos produtos de fabrico próprio desceu igualmente 13.2% (- 36.244 contos);

Apesar dos resultados líquidos antes de impostos do exercício de 2004, tenham sido positivos de 206.672 contos e sofrido um aumento e 5.4% (+ 10.495 contos) relativamente a 2003, os resultados operacionais sofreram uma quebra de 1.1 % (- 1.970 contos) apesar do aumento de preços de Março de 2004, pelo que é importante que os sócios e a gestão analisem a evolução da actividade da empresa nos últimos anos, tomando as decisões que se impuserem para tentar reverter a tendência de desaceleração do aumento dos resultados operacionais (ver nota 416).

NOTA II – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS,

PRINCÍPIOS E POLÍTICAS CONTABILISTICAS

As Demonstrações Financeiras preparadas pela SCT seguem em todos os aspectos importantes o Plano Nacional de Contabilidade.

O PRINCIPIO DA ESPECIALIZAÇÃO foi respeitado, tendo sido feito o registo dos custos e proveitos materialmente relevantes (realizados e incorridos) e dos compromissos assumidos até 31/12/04.

AS TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA foram registadas ao câmbio do dia da operação. Note-se no entanto que desde 2003 as aquisições de mercadorias e matérias-primas passaram a ser facturadas em EUR em vez de $USA o que eliminou as diferenças de câmbio.

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PROVISÕES P/CRÉDITOS COBRANÇA DUVIDOSA – A análise da cobrabilidade dos saldos de Clientes foi feita de acordo com critérios comerciais tendo-se concluído que os créditos potencialmente incobráveis identificados em anos anteriores ainda se mantêm pelo que o montante das provisões acumuladas transitadas não foi alterado.

EXISTÊNCIAS E PROVISÕES P/DEPRECIAÇÃO

EXISTÊNCIAS – A sociedade vem utilizando o sistema de inventário intermitente (mensal) com evidenciação das existências finais do período. Independentemente dos sistemas utilizados, as existências apresentadas nas D.F. foram apuradas no final do ano através da contagem física dos armazéns, tendo as contas de respectivas sido regularizadas em conformidade. A valorimetria dos consumos e das existências foi feita como segue:

a) Mercadorias e Matérias-primas – Custo de Aquisição (Médio Ponderado), incluindo o preço de factura e os Gastos de Compra até a entrada da mercadoria em Armazém.

b) Produtos Acabados – Custo de Produção do último mês do exercício, que inclui a Matéria-prima consumida e a Mão-de-obra directa empregue, para além doutros custos directos e indirectos de produção;

PROVISÕES P/DEPRECIAÇÃO – A política geral adoptada em 2004 para a constituição da Provisão para Depreciação das Existências continua ser genericamente de 10 %, exceptuando casos específicos em que os critérios técnicos prevaleceram.

IMOBILIZADO CORPÓREO E AMORTIZAÇÕES

IMOBILIZADO CORPÓREO – o imobilizado corpóreo da SCT é substancialmente composto pelos bens adquiridos à CTCV (em estado de uso) e os adquiridos posteriormente em estado de novo. Em 2004 foram também adquiridos à MATRIX equipamentos avaliados em 5.000 contos. Os bens adquiridos à CTCV estão valorizados ao custo de aquisição, o custo dos novos é calculado adicionando ao preço da factura todas as despesas de compra e instalação até o início do seu funcionamento e os da MATRIX resultaram da negociação de compra da fábrica.

AMORTIZAÇÕES – As amortizações são feitas pelo método das Quotas Constantes, por duodécimos ao longo do ano, com base nos valores do ano anterior. O valor final das amortizações é posteriormente corrigido de acordo com o apuramento feito através do Mapa respectivo. Os bens adquiridos em estado de uso à CTCV são amortizados de acordo com a vida útil esperada, os novos e os da MATRIX seguem no geral a tabela fiscal.

IMOBILIZADO INCORPÓREO E AMORTIZAÇÕES

IMOBILIZADO INCORPÓREO – É constituído essencialmente pelo custo de aquisição do direito de propriedade das marcas FALCÃO E PORTO GRANDE, custos de estrutura incorridos antes do início de exploração e despesas de constituição e organização da sociedade.

AMORTIZAÇÕES – Os Direitos de Propriedade Industrial estão a ser amortizados em 10 anos e o restante em 3, estando os Gastos de Instalação já totalmente amortizados.

RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS C/PESSOAL

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As Demonstrações Financeiras de 2004 incluem a estimativa do custo das férias do pessoal e respectivo subsidio e encargos sociais, pois à luz da Lei em vigor, venceram-se a 31/12/2004. A sociedade tem cumprido com a legislação vigente no que respeita à cobertura dos trabalhadores pelo esquema da segurança social oficial e tem liquidado os encargos sociais respectivos.

SITUAÇÕES IDENTIFICADAS NO NOSSO RELATORIO DE DEZEMBRO

As situações identificadas no nosso relatório de controlo interno de 27 de Dezembro de 2004 e que afectavam as contas foram entretanto regularizadas pelo que já não influenciam as Demonstrações Financeiras finais. Continuam no entanto válidas as recomendações que envolvem o reforço do sistema de controlo interno e contabilístico para que as informações financeiras da SCT possam ser exactas e fiáveis durante todo o ano e não apenas no fecho do exercício.

NOTA III – CUMPRIMENTO DAS NORMAS LEGAIS,

ESTATUTÁRIAS E DECISÕES DOS CORPOS SOCIAIS

NOTA 301 – NORMAS LEGAIS

Existe legislação específica e contratos oficiais, que afectam directa e indirectamente a actividade da SCT:

• Condicionando certas actividades – Restrição do Uso do Tabaco (Lei 119/IV/95 – B O nº 3 de 13/03/95) e Actividade Publicitária (Decreto-lei 32/94 – B O nº 18 de 9/5/94);

• Regulando as condições de Produção – Contrato de Concessão assinado com o Estado e publicado no B O nº 20 de 20/05/97;

• Criando Impostos Especiais sobre o consumo do tabaco – LEI 43/V/97 de 31/12 e LEI 95/IV/93

a) Do trabalho realizado e informações recolhidas, não tomamos conhecimento de nenhuma violação expressa das cláusulas do contrato de concessão. Note-se que a taxa devida ao Estado pela concessão à SCT do direito de exercício da sua actividade produtiva e comercial – 0,15 % sobre o volume das vendas nos dois primeiros anos e 0,25 % nos seguintes, segundo a clausula 5ª do contrato – continua a ser registada a favor do Estado, mas ainda não foi paga.

b) Quando à actividade publicitária que impõe por um lado restrições à publicidade do tabaco e por outro obriga à publicidade negativa sobre o efeito do mesmo nas suas embalagens comerciais, constatamos que esta última já está expressa nos maços de todas as marcas comercializadas pela sociedade.

c) Os impostos de Consumo Especial, IVA e Selo têm sido pagos à Alfândega – quando incidem sobre importações; retidos e entregues às Finanças – quando incidem sobre as vendas.

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d) A reclamação de devolução de Imposto de Consumo pago no âmbito das novas taxas inicialmente previstas no Orçamento do Estado para 2002, que foram a seguir reduzidas ao montante em vigor no ano anterior, continua pendente quase três anos depois.

NOTA 302 – NORMAS ESTATUTÁRIAS E DECISÕES DOS CORPOS SOCIAIS

Do trabalho realizado e informações recolhidas, não tomamos conhecimento de nenhuma violação expressa do Pacto Social da sociedade.

Verificamos que no geral foram seguidas as orientações e decisões tomadas pelos sócios em assembleia e que constam das actas respectivas, salvo no que respeita ao novo regulamento do Fundo Social cuja recomendação foi no sentido de ficar concluído antes do final de 2004 o que não aconteceu.

O plano anual de publicidade da SCT e em consequência dos custos envolvidos (regra geral relevantes) continuam a não ser objecto de um programa/orçamento específico que possa ser acompanhado. Como vem acontecendo em anos anteriores, as despesas realizadas em 2004 (8.194) foram muito superiores ao valor orçamentado (5.100) para o mesmo ano.

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NOTA IV – PRINCIPAIS CONTAS DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NOTA 401 – CRÉDITOS S/TERCEIROS

2004 2003 2002 APLICAÇÕES DE TESOURARIA 153.144 168.774 142.172 DEPÓSITOS A PRAZO 112.410 59.780 0 CLIENTES C/GERAIS (LIQ. PROV) 4.323 5.194 5.114 EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS 7.860 7.800 8.888 SECTOR P. ESTATAL 7.819 8.513 39.284 SÓCIOS 45.000 43.936 44.380 OUTROS DEVEDORES 4.127 3.528 1.412

TOTAL LIQUIDO 334.683 297.525 241.250

a) APLICAÇÕES TESOURARIA (Bilhetes do Tesouro) e DEP. A PRAZO – Aplicações com o objectivo de rentabilizar os excessos de tesouraria mas também como opção de aplicação financeira do valor de garantias bancárias que a empresa é obrigada a manter por exigência do contrato existente com a Philip Morris para importação e comercialização de MARLBORO. Os juros auferidos no ano atingiram 11.214 contos, sendo que os 5.960 dos BT estão isentos de impostos.

b) CLIENTES – Os créditos concedidos a clientes desceram relativamente ao ano de 2003 e salvo valor irrelevante de duvidosos devidamente provisionados, os mesmos dizem respeito a vendas realizadas no último trimestre do ano.

c) EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS / SÓCIOS – São empréstimos ao pessoal no âmbito do Fundo Social existente e adiantamentos de lucros feitos aos sócios.

d) SECTOR PUBLICO ESTATAL – Valor correspondente a: (1) excesso do I. Consumo pago no primeiro semestre de 2002 (6.574 contos) e que deve ser devolvido pela Alfândega; (2) retenções na fonte do IUR em aplicações financeiras e que deverão ser deduzidas à colecta de 2004; (3) valor pago a mais relativamente à colecta do IUR/PC de 2003 e que deverá entrar em conta no pagamento do IUR de 2004.

e) OUTROS DEVEDORES – Destacam-se as dívidas relativas a rendas dos prédios da sociedade em atraso (1.792) e os juros da EMPA contados sobre o adiantamento sobre os lucros de 2004 (1.793).

NOTA 402 – EXISTÊNCIAS

2004 2003 2002 MERCADORIAS 1.038 24.055 9.329 PRODUTOS ACABADOS 6.716 8.947 9.750 MATÉRIAS-PRIMAS 13.361 17.707 27.917

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MATERIAIS DE CONSUMO (PEÇAS) 2.661 2.498 2.942 EXIST. ILÍQUIDAS 23.776 53.208 49.939

PROVISÕES ACUMULADAS (5.410) (7.675) (7.553) EXIST. LIQUIDAS 18.366 45.533 42.385

a) EXISTÊNCIAS – O valor das existências finais resultou da valorização da existência física das Mercadorias, Produtos e Matérias-primas em armazém no final do ano.

b) PROVISÕES – As provisões constituídas seguiram no geral a política de 10 % do valor das existências, com excepção do caso das matérias-primas cujas provisões acumuladas atingem quase 30 % das existências a 31/12/04 por conta de artigos em stock de muito pouca rotação e que estão cobertos a 100%.

NOTA 403/04 – IMOBILIZADO CORPOREO E EM CURSO

O imobilizado corpóreo bruto sofreu um acréscimo de 48.814 contos e um abate de 3.784 contos em 2004.

Merece referência a compra da fábrica MATRIX cujo custo de aquisição total (preço de compra mais despesas) atingiu 42.115 contos (terreno, edifício e equipamentos) e a substituição das duas viaturas de serviço (adquiridos novos por 4.404 e abatidos os anteriores pelo valor liquido de 460 contos, entregues à Câmara Municipal do Tarrafal no âmbito de um protocolo de cooperação, assinado em Dezembro de 2004).

O preço de compra que consta no contrato do imóvel MATRIX – 40.000 – não separa o custo do edifico do do terreno. Para efeitos de contabilização a gerência atribuiu ao mesmo o valor de 3.000 contos que é inferior ao que a lei fiscal estabelece para casos semelhantes, pois prevê 25% do total pago pelo prédio.

Pelo referido poderá vir a haver lugar a correcções das amortizações do prédio pela inspecção tributária, reduzindo o valor do edifício e consequentemente as suas amortizações o que faria aumentar os resultados e o imposto sobre rendimentos de 2004.

NOTA 405 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

ACRÉSCIMO DE PROVEITOS – Neste grupo estão incluídos os juros dos Depósitos a Prazo que respeitam a 2004 mas só se vencem em 2005.

CUSTOS DIFERIDOS – Respeitam a Custos Plurianuais (Conservação, Estudos, Campanhas Publicitárias e outros) e Custos Correntes Diferidos e resultam da aplicação do princípio do acréscimo. Os primeiros são amortizados num horizonte de 3 anos e apresentados no balanço pelo seu valor líquido e os outros são levados a custos no exercício seguinte.

ACRÉSCIMO DE CUSTOS – Custos acrescidos, respeitante a encargos incorridos no exercício e que só serão pagos em 2005. A maior parte do valor tem a ver com as férias do pessoal (5.797 contos).

PROVEITOS DIFERIDOS – Juros de Bilhetes de Tesouro imputáveis a 2005 e que foram deduzidos no valor dos Bilhetes no acto de aquisição em 2004.

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NOTA 406 – FORNECEDORES

Esta conta representa na sua totalidade o somatório de pequenos créditos de fornecedores nacionais

NOTA 407 – SECTOR PUBLICO ESTATAL

Para além do valor de impostos e encargos sociais retidos – Consumo, Selo, Pessoal – que foi entregue às Finanças no início do ano 2005, o saldo da conta (28.332 contos) inclui ainda:

a) 11.738 contos que vêm sendo creditados ao Estado deste 1997 e correspondentes à taxa devida no âmbito do contrato de Concessão (ver NOTA 301).

b) 10.110 Contos de IVA de Dezembro de 2004 pagos em Janeiro de 2005;

c) 1.675 Contos de Imposto S/Rendimentos colectado pela DGCI em 2002 e ainda não liquidados, estando esse montante necessariamente sujeito às penalidades legais previstas pelo atraso verificado.

d) 1.880 Contos do ICE, devidos à alfandega.

NOTA 408 – PROVISÃO P/PROCESSOS JUDICIAIS

A situação descrita no nosso relatório de 2001 mantém-se sem qualquer alteração.

PROVEITOS DO EXERCÍCIO

PROVEITOS Ano 2004 A

Ano 2003 B

Variação A-B %

Venda Mercadorias – MARLBORO 423.829 501.418 -77.589 -15%

Vendas de Produtos 239.216 275.459 -36.243 -13%

Receitas Suplementares 7.613 5.764 1.849 32%

Rec. Financ. Correntes – Juros DO 656 530 126 24%

Juros Bilhetes Tesouro 5.960 8.567 -2.607 -30%

Juros de Empréstimos Concedidos 1.816 2.000 -184 -9%

Juros de Depósitos a Prazo 5.254 1.304 3.950 303%

Receitas de Aplicação Financeira 13.030 11.871 1.159 10%

Total Proveitos 684.344 795.042 -110.698 -13,9%

Os proveitos diminuíram no total cerca de 111 mil contos, mas só as vendas caíram 114.000 contos (cerca de 15%)

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NOTA 409 – VENDAS

2004 2003 2002 VENDA DE «MARLBORO» (LIQ) 423.829 501.418 474.729 VENDA DE «SG» (LIQ) 210.510 226.295 248.611 VENDA DE «FALCÕES» (LIQ 15.550 27.184 41.376 VENDA DE «PORTO GRANDE» (LIQ) 13.156 21.979 28.389

TOTAL VENDAS 663.045 776.877 793.105

No geral o volume de vendas baixou em 2004 113.832 contos (14.8 %), sendo 77.600 nos cigarros importados e 36.240 nos de fabricação local (incluindo o SG)

Com um aumento de mais de 100% em três anos (2001/2003), as vendas de MARLBORO caíram no último exercício, situando-se abaixo do total conseguido em 2002, mas continuam superiores às dos produtos fabricados pela sociedade que mantêm a tendência de baixa já constatada nos outros anos.

Note-se que a quebra percentual em quantidade é necessariamente maior, pois houve um aumento do preço de venda que afecta directamente o volume de negócios.

NOTA 410 – OUTRAS RECEITAS

De destacar o aumento das receitas financeiras (Juros Bilhetes Tesouro e de Depósitos a Prazo (ver NOTA 401)), bem assim das receitas derivadas do arrendamento dos imóveis que atingiram 7.613 contos (mais 1.800 contos que em 2003).

CUSTOS DO EXERCICIO

Código CUSTOS 31-12-04 A

31/12/03 B

Variação A-B %

61 Custo Exist. Vend. E Consum. 321.049 407.155 - 86.106 -21% 63 Fornec. Serv. de Terceiros 49.823 37.370 12.453 33% 64 Impostos 37.672 70.297 -32.625 -46% 65 Despesas Com o Pessoal 51.652 49.782 1.870 4% 66 Despesas Financeiras 5.975 5.393 582 11% 67 Outras Despesas e Encargos 820 12.355 -11.535 -93% 68 Amortizações Exercícios 19.263 16.285 2.978 18% 69 Provisões do Exercício 122 -122 -100% 486.254 598.759 -112.505 -19%

Os custos diminuíram 112.500 contos (19 %), onde a influencia significativa foi a da baixa do custo das vendas e muito especialmente dos impostos, nomeadamente o imposto de consumo que caiu 32.550 contos.

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A variação dos Fornecimentos e Serviços (+ 12.450) e de Outros Custos e Encargos (-11.535) é compensatória entre si por causa da alteração de politica de contabilização do royalties: até 2003 na conta 67 e em 2004 na conta 63.

NOTA 411 – COMPRAS E CUSTO DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E CONSUMIDAS

COMPRAS 2004 2003 2002 DE MERCADORIAS 236.734 352.663 346.344 DE MATÉRIAS-PRIMAS 7.297 58.713 78.413

294.031 411.376 424.757 CUSTO DE EXISTÊNCIAS CONSUMIDAS

DE MERCADORIAS 259.568 337.844 337.936 DE MATÉRIAS-PRIMAS E CONSUMÍVEIS 61.480 69.311 79.481

321.048 407.155 417.417

COMPRAS – No global as compras caíram 117.371 contos em que a maior parte se deve à redução da importação do MARLBORO (menos 115.463 contos)

CONSUMOS – O sentido da variação dos consumos acompanhou o da variação das vendas em quantidade: no geral houve menos consumo e menos vendas, mais nas mercadorias do que nas matérias-primas, como era de se esperar.

NOTA 412 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

FORNECIMENTOS E SERV. EXTERNOS 2004 2003 VARIAÇÃO

ÁGUA E ELECTRICIDADE 2.457 2.616 - 159MAT. E SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO 2.275 776 + 1.499MAT. E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE 9.786 13.029 - 3.243DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO 248 1.090 - 842COMUNICAÇÃO 3.635 3.481 + 154SEGUROS 1.981 1.947 + 34DESLOCAÇÕES E ESTADAS 2.227 2.548 - 321TRAB. ESPECIALIZADOS E HONORÁRIOS 2.107 2.265 - 158TRANSPORTE MERCADORIAS 4.643 3.924 + 719ROYALTIES C/ASSIST. TÉCNICA 14.556 11.349 + 3.207OUTROS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS 5.908 5.694 + 214 49.823 48.719 + 1.104

a) MATERIAIS E SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO – aumento de 1.500 contos: manutenção de viaturas, custos de adaptação de equipamentos básicos, reparação de estragos causados pela chuva no edifício da sede.

b) MATERIAIS E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE – Menos 3.243 contos que em 2003. O total de 9.786 contos representa: brindes e outro material de publicidade, patrocínios de diversas

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actividades desportivas e culturais, nomeadamente actividades realizadas no Festival da Baía das Gatas cujo custo foi de 1.560 contos

c) COMUNICAÇÃO – Os gastos com a comunicação continuam a crescer: a média de consumo mensal do ano foi de 303 contra os 290 contos de 2003.

d) DESLOCAÇÕES E ESTADAS – O valor desta rubrica manteve-se (quase) ao mesmo nível que o ano anterior. Para além de deslocações internas para acompanhamento do mercado e outras actividades, realizaram-se várias deslocações ao exterior: Canárias, Lisboa, Suíça.

e) ROYALTIES – Note-se que até 2003 o royalties pago à TABAQUEIRA pela produção do SG, foram classificados na conta 67/Outros Encargos. Mas chama a atenção o facto de estes custos terem aumentado 28 % num ano em que a produção e as vendas desceram, contrariando o que aconteceu entre 2002 e 2003 em que a variação do royalties acompanhou a descida das vendas. A razão desta variação no sentido contrário está relacionada com o que referimos no nosso relatório de controlo interno sobre a base de cálculo do royalties, estabelecida no novo contrato (a vigorar a partir de 2004) sobre o valor total da factura, portanto incluindo o IVA.

NOTA 413 – IMPOSTOS E TAXAS

Esta rubrica compreende na sua maior parte o Imposto de Consumo Especial (23.610) e o Imposto de Selo pagos à Alfândega (5.845) e às Finanças (4.643) no âmbito da importação e comercialização de derivados de tabaco (matérias primas). A significativa quebra registada teve a ver com:

a) A alteração do sistema de tributação em que o Imp. Consumo foi em parte substituído pelo IVA que não é custo.

b) A redução das vendas que implicou a baixa do imposto sela sobre as cobranças

c) E a redução da importação e das vendas.

Esta redução teve uma influência relevante nos resultados operacionais de 2004 comparativamente aos de 2003, pois esses resultados teriam sido bem menores se a taxa desses impostos fosse a mesma do ano anterior.

NOTA 414 – CUSTOS COM O PESSOAL

CUSTOS C/PESSOAL 2004 2003

Remunerações (Base e Adicionais) 41.080 40.215

Encargos S/Remunerações 5.521 5.345

Outras Despesas C/Pessoal 5.051 4.222

51.652 49.782

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O acréscimo verificado nas Remunerações e Encargos Sociais teve essencialmente a ver com a atribuição de um aumento geral dos salários de todos os trabalhadores a nível de 1,5%.

Na rubrica Outras Despesas C/Pessoal encontram-se registados, entre outros, os gastos com o Refeitório (2.877); a Fardamentos (290); Festividades diversas (1.704) e Assistência Médica (44), formação Profissional (136).

NOTA 415 – CUSTOS FINANCEIROS

Custos suportados na sua maior parte, com a gestão do contrato com a Philip Morris: cerca de 4.951 contos de despesas com as garantias bancárias (ver NOTA 401 a)) e mais 894 contos com o pagamento das facturas de importação dos cigarros MARLBORO.

NOTA 416 – RESULTADOS LÍQUIDOS

2004 2003 VARIAÇÃO Resultados Operacionais 180.761 182.730 - 1.970

Receitas Suplementares 7.613 5.764 + 1.849 Resultados Financeiros 7.710 7.008 +702

Resultados Correntes 196.084 195.502 + 582 Resultados Extraordinários 785 -1.701 + 2.486 Resultados Exerc. Anteriores 9.803 2.375 + 7.428

Resultados Líq. Ant. IUR 206.672 196.177 + 10.495 Provisão P/ IUR -60.000 - 57.000 + 3.000

Resultado Liq. Pós IUR 146.672 139.177 + 7.495

Não obstante os resultados líquidos antes de impostos do exercício de 2004, tenham sido positivos de 206.672 contos e sofrido um aumento de 5.4% (+ 10.495 contos) relativamente a 2003, os resultados operacionais da SCT (os estritamente relacionadas com o objecto social da empresa) sofreram uma quebra de 1 % (- 1.970 contos) apesar da significativa redução dos impostos (menos 32.550 contos) e do aumento de preços de venda dos produtos feito em Março de 2004, estando por isso a origem do resultado final e do seu aumento situado nos ganhos obtidos:

a) Nos resultados financeiros: 7.710 (aumento de 702 contos);

b) Nas rendas dos prédios, que atingiram 7.613 contos (aumento de 1.850 contos);

c) Nos resultados extraordinários e de exercícios anteriores que totalizaram 10.588 contos com um aumento de 9.913 contos

Portanto, ao contrário do que aconteceu em 2003, os resultados não correntes (extraordinários e de exercícios anteriores) foram determinantes na obtenção dos resultados líquidos do exercício:

a) Anulação de provisões para depreciação de activos (2.265);

b) Anulação excesso provisões P/impostos (5.382)

c) Compensação de Imposto de Consumo incluído nas existências transitadas de 2003 (4.627)

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A provisão constituída para cobertura do IUR a pagar em 2005 (60.000 contos) é na nossa opinião adequada, considerando as correcções que serão certamente feitas ao resultado contabilístico para apuramento da matéria colectável.

São Vicente, 22 de Fevereiro de 2005

A CONFIRA

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16.2. Auditoria às contas de 2003

I. PARECER

Introdução

2. Examinamos as Demonstrações Financeiras da SCT – Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos, LDA constituídas pelo Balanço Analítico estabelecido à data de 31 de Dezembro de 2003, Demonstração dos Resultados Líquidos do exercício findo na mesma data, o Mapa de Origem e Aplicação de Fundos e as Notas Anexas às Demonstrações Financeiras, que fazem parte integrante deste relatório.

Responsabilidade

4. É da responsabilidade da Gerência da SCT a preparação das Demonstrações Financeiras de modo a que apresentem de forma verdadeira e apropriada a situação financeira da sociedade e os resultados obtidos durante o período a que respeitem. A nossa responsabilidade, enquanto auditores externos, consiste em emitir uma opinião profissional sobre as mesmas, com base nos testes de auditoria que efectuamos.

Âmbito

5. O exame a que procedemos foi realizado de acordo com as normas e técnicas de auditoria internacionalmente aceites, nomeadamente as emitidas pelo IFAC – International Federation of Accountants, os quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se as referidas Demonstrações Financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte dos valores constantes nas Demonstrações Financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela gerência, utilizados na preparação das Demonstrações Financeiras, (ii) a apreciação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas e da sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias (iii) e a apreciação de ser ou não adequada a apresentação das Demonstrações Financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião sobre aquelas Demonstrações Financeiras.

Reserva

6. Continua em curso um processo judicial envolvendo a sociedade em que os custos estimados – caso a sentença seja desfavorável à sociedade – ascendem a aproximadamente 54.000 contos. No entanto, as provisões constituídas para o efeito cobrem menos de 30 % desse valor. Se a provisão tivesse sido constituída pela totalidade dos custos potenciais como recomenda a prudência, os resultados do exercício (após impostos) seriam de 100.177 contos em vez dos 139.177 contos apresentados nas Demonstrações Financeiras.

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Opinião

7. Salvo no que respeita à reserva referida no parágrafo 4 acima, é nossa opinião que as Demonstrações Financeiras mencionadas no parágrafo 1, representam de forma verdadeira e apropriada, em todos os seus aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da SCT a 31 de Dezembro de 2003, e foram estabelecidas em conformidade com os PCGA – princípios contabilísticos geralmente aceites, consistentemente aplicados.

São Vicente, 19 de Janeiro de 2004

A CONFIRA

/Argentina Barros/

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RESUMO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

(Valores em Contos)

BALANÇO NOTAS 31/12/03 31/12/02 31/12/01

DISPONIBILIDADES 57.022 49.234 43.645 CRÉDITOS S/TERCEIROS (LIQUID. PROV.) 401 297.525 241.250 176.875 EXISTÊNCIAS (LIQUID. PROV.) 402 45.533 42.385 29.556 IMOBIL. CORPÓREAS (LIQUID. AMORT) 403 136.024 134.583 137.808 IMOBIL. INCORPÓREAS (LIQUID. AMORT) 6.521 7.961 9.618 IMOBIL. CORPÓREAS EM CURSO 404 11.863 11.920 ACRÉSCIMO DE PROVEITOS 405 1304 0 7.575 CUSTOS DIFERIDOS 405 8.635 9.014 7.575

TOTAL ACTIVO LIQUIDO 552.564 496.290 416.997 FORNECEDORES 406 22.212 13.070 13.399 SECTOR PUBLICO ESTATAL 407 23.757 22.064 16.513 OUTROS CREDORES 6.848 7.776 6.009 PROVISÕES P/IMPOSTOS 417 57.000 67.000 57.355 PROVISÕES P/ RISCOS E ENCARGOS 408 15.000 15.000 15.000 ACRÉSCIMO DE CUSTOS 405 6.257 5.909 4.373 PROVEITOS DIFERIDOS 405 4.668 2.826 473

TOTAL PASSIVO 135.742 133.645 113.122 CAPITAL SOCIAL 40.000 40.000 40.000 RESERVAS LEGAIS E ESTATUTÁRIAS 237.645 199.875 168.271 RESULTADOS DO EXERCÍCIO 417 139.177 122.770 95.604

CAPITAL PRÓPRIO 416.822 362.645 303.875 TOTAL PASSIVO E SIT. LIQUIDA 552.564 496.290 416.997

PROVEITOS E CUSTOS NOTAS ANO 2003 ANO 2002 ANO 2001 VENDAS DE MERCADORIAS 409 501.418 474.786 364.791 VENDA DE PRODUTOS 409 275.460 318.320 349.734 VARIAÇÃO PRODUÇÃO 411 -780 6.893 962 RECEITAS SUPLEMENTARES 410 5.764 2.805 RECEITAS FINANCEIRAS 410 12.401 10.247 4.332 GANHOS EXTRA. E DE EXERC. ANTERIORES 417 67.090 61.539 75.937

TOTAL PROVEITOS E GANHOS 861.353 874.590 795.756 CUSTO EXIST. VEND. E CONSUMIDAS 411 407.155 417.417 290.714 FORNECIMENTOS EXTERNOS 412 37.370 35.114 27.727 IMPOSTOS E TAXAS 413 70.297 82.775 155.035 CUSTOS C/PESSOAL 414 49.782 45.871 34.835 CUSTOS FINANCEIROS 415 5.393 7.199 4.423 OUTROS CUSTOS E ENCARGOS 416 12.576 14.856 11.011 AMORTIZAÇÕES DO EXERCICIO 16.285 17.776 18.286 PROVISÕES DO EXERCICIO 122 897 20.625 PERDAS EXTRAORD. E DE EXERC. ANTERIORES 417 66.415 62.914 80.141

TOTAL CUSTOS E PERDAS 665.176 684.819 642.797 RESULTADOS ANTES IMPOSTOS 417 196.177 189.770 152.959

PROVISÃO P/IMPOSTOS -57.000 -67.000 - 57.355 RESULTADOS APÓS IMPOSTOS 417 139.177 122.770 95.604

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NOTAS ÀS CONTAS

NOTA I – CARACTERIZAÇÃO DA SOCIEDADE

A SCT – Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos é uma sociedade por quotas, criada por escritura pública de 28 de Novembro de 1996, com um Capital Social de 40.000 contos detido por dois sócios: EMPA – Empresa Pública de Abastecimento (90 %) e o Município do Tarrafal de Santiago (10 %).

O objecto social da SCT é, segundo o seu Pacto Social, «a cultura, produção e importação de tabacos e seus derivados podendo dedicar-se a qualquer outra actividade, directa ou indirectamente relacionada com o seu objecto social».

A actividade produtiva da sociedade teve início em Junho de 1997, na sequência da aquisição pela SCT, aos seus actuais sócios, do património pertencente anteriormente à Companhia de Tabacos de Cabo Verde, SARL (CTCV, S A);

A sociedade fabrica e comercializa cigarros das seguintes marcas: FALCÕES E PORTO GRANDE (com direito de propriedade adquirido à ex-CTCV, S A) e SG GIGANTE sob licença concedida pela sociedade portuguesa, «A TABAQUEIRA - Empresa Industrial de Tabacos, S A».

A partir de Junho de 98 passou a importar e comercializar cigarros da marca MARLBORO cuja quota de mercado se vem alargando anualmente tendo atingido em 2003 cerca de 64,5 % do volume de vendas da empresa.

NOTA II – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS,

PRINCÍPIOS E POLÍTICAS CONTABILISTICAS

As Demonstrações Financeiras preparadas pela SCT seguem em todos aspectos importantes o Plano Nacional de Contabilidade em vigor desde Janeiro de 1984.

O PRINCIPIO DA ESPECIALIZAÇÃO foi respeitado, tendo sido feito o registo dos custos e proveitos materialmente relevantes (realizados e incorridos) e dos compromissos assumidos até 31/12/03.

AS TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA foram registadas ao câmbio do dia da operação. Note-se no entanto que em 2003 as aquisições de mercadorias e matérias-primas passaram a ser facturadas em Euros em vez de $USA o que eliminou as diferenças de câmbio.

PROVISÕES P/CRÉDITOS COBRANÇA DUVIDOSA – A análise da cobrabilidade dos saldos de Clientes foi feita de acordo com critérios comerciais tendo-se concluído que os créditos potencialmente incobráveis identificados em anos anteriores ainda se mantêm pelo que o montante das provisões acumuladas transitadas não foi alterado.

EXISTÊNCIAS E PROVISÕES P/DEPRECIAÇÃO

EXISTÊNCIAS – A sociedade utilizou em 2003 o sistema de inventário intermitente (mensal) com evidenciação das existências finais do período. Independentemente dos sistemas utilizados, as existências apresentadas nas D.F. foram apuradas no final do ano através da contagem física dos

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armazéns, tendo as contas de respectivas sido regularizadas em conformidade. A valorimetria dos consumos e das existências foi feita como segue:

c) Mercadorias e Matérias-primas – Custo de Aquisição (Médio Ponderado), incluindo o preço de factura e os Gastos de Compra até a entrada da mercadoria em Armazém. Desde 2002 que o PCA (preço de custo em armazém) do MARLBORO passou a incluir o imposto de consumo pago pela sua importação o que originou um aumento do valor das compras e uma redução do valor da conta de Impostos e Taxas (ver nota 411) mas o valor de compras e impostos de 2002 e 2003 já são comparáveis porque foram contabilizadas seguindo a mesma politica.

d) Produtos Acabados – Custo de Produção do último mês do exercício, que inclui a Matéria-prima consumida e a Mão-de-obra directa empregue, para além doutros custos directos e indirectos de produção;

PROVISÕES P/DEPRECIAÇÃO – A política geral adoptada em 2003 para a constituição da Provisão para Depreciação das Existências foi genericamente de 10 %, exceptuando casos específicos em que os critérios técnicos prevaleceram.

IMOBILIZADO CORPÓREO E AMORTIZAÇÕES

IMOBILIZADO CORPÓREO – o imobilizado corpóreo da SCT é composto pelos bens adquiridos à CTCV (em estado de uso) e os adquiridos posteriormente em estado de novo. Os primeiros estão valorizados ao custo de aquisição e o custo dos novos é calculado adicionando ao preço da factura, todas as despesas de compra e instalação até o início do seu funcionamento

AMORTIZAÇÕES – As amortizações são feitas pelo método das Quotas Constantes, por duodécimos ao longo do ano, com base nos valores do ano anterior. O valor final das amortizações é posteriormente corrigido de acordo com o apuramento feito através do Mapa respectivo. Os bens adquiridos em estado de uso são amortizados de acordo com a vida útil esperada e os novos seguem no geral a tabela fiscal.

IMOBILIZADO INCORPÓREO E AMORTIZAÇÕES

IMOBILIZADO INCORPÓREO – É constituído essencialmente pelo custo de aquisição do direito de propriedade das marcas FALCÃO E PORTO GRANDE, custos de estrutura incorridos antes do início de exploração e despesas de constituição e organização da sociedade.

AMORTIZAÇÕES – Os Direitos de Propriedade Industrial estão a ser amortizados em 10 anos e o restante em 3.

RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS C/PESSOAL

As Demonstrações Financeiras de 2003 da SCT incluem a estimativa do custo das férias do pessoal e respectivo subsidio e encargos sociais, pois à luz da Lei em vigor, venceram-se a 31/12/2003. A sociedade tem cumprido com a legislação vigente no que respeita à cobertura dos trabalhadores pelo esquema da segurança social oficial e tem liquidado os encargos sociais respectivos.

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NOTA III – CUMPRIMENTO DAS NORMAS LEGAIS,

ESTATUTÁRIAS E DECISÕES DOS CORPOS SOCIAIS

NOTA 301 – NORMAS LEGAIS

Existe legislação específica e contratos oficiais, que afectam directa e indirectamente a actividade da SCT:

• Condicionando certas actividades – Restrição do Uso do Tabaco (Lei 119/IV/95 – B O nº 3 de 13/03/95) e Actividade Publicitária (Decreto-lei 32/94 – B O nº 18 de 9/5/94);

• Regulando as condições de Produção – Contrato de Concessão assinado com o Estado e publicado no B O nº 20 de 20/05/97;

• Criando Impostos Especiais sobre o consumo do tabaco – LEI 43/V/97 de 31/12 e LEI 95/IV/93

e) Do trabalho realizado e informações recolhidas, não tomamos conhecimento de nenhuma violação expressa das cláusulas do contrato de concessão. Note-se que a taxa devida ao Estado pela concessão à SCT do direito de exercício da sua actividade produtiva e comercial – 0,15 % sobre o volume das vendas nos dois primeiros anos e 0,25 % nos seguintes, segundo a clausula 5ª do contrato – continua a ser registada a favor do Estado, mas ainda não foi paga.

f) Quando à actividade publicitária que impõe por um lado restrições à publicidade do tabaco e por outro obriga à publicidade negativa sobre o efeito do mesmo nas suas embalagens comerciais, constatamos que esta última já está expressa nos maços de todas as marcas comercializadas pela sociedade.

g) Os impostos de consumo e selo têm sido pagos à Alfândega – quando incidem sobre importações. Retidos e entregues às Finanças – quando incidem sobre as vendas. Está em curso uma reclamação de devolução de Imposto de Consumo pago no âmbito das novas taxas inicialmente previstas no Orçamento do Estado para 2002, taxas essas que foram novamente reduzidas ao montante em vigor no ano anterior

NOTA 302 – NORMAS ESTATUTÁRIAS E DECISÕES DOS CORPOS SOCIAIS

Do trabalho realizado e informações recolhidas, não tomamos conhecimento de nenhuma violação expressa do Pacto Social da sociedade.

Verificamos que foram seguidas as orientações e decisões tomadas pelos sócios em assembleia e que constam das actas respectivas.

No entanto, notamos que nem todas as operações relevantes realizadas em 2003 e que implicaram custos elevados, foram previstas no plano de actividades para esse ano ou

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expressamente autorizadas pela assembleia de sócios. Sublinhamos os custos com publicidade e propaganda que em 2003 ultrapassaram grandemente o valor orçamentado. Embora sabendo que esses gastos serão certamente concertados previamente entre a gerência e os sócios, é nossa opinião que alterações tão significativas do orçamento deveriam ser objecto duma autorização expressa da sociedade – em acta nomeadamente.

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NOTA IV – PRINCIPAIS CONTAS DAS

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NOTA 401 – CRÉDITOS S/TERCEIROS

2003 2002 2001 APLICAÇÕES DE TESOURARIA 168.774 142.172 88.087 DEPÓSITOS A PRAZO 59.780 0 0 CLIENTES C/GERAIS (LIQ. PROV) 5.988 5.114 15.089 EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS 7.824 8.888 9.312 SECTOR P. ESTATAL 8.513 39.284 20.000 SÓCIOS 43.936 44.380 44.000 OUTROS DEVEDORES 3.528 1.412 387

TOTAL LIQUIDO 298.343 241.250 176.875

f) APLICAÇÕES TESOURARIA (Bilhetes do Tesouro) – Adquiridos para rentabilizar os excessos de tesouraria mas também como opção de aplicação financeira do valor de garantias bancárias que a empresa é obrigada a manter por exigência do contrato existente com a Philip Morris para importação e comercialização de MARLBORO. Os juros auferidos no ano atingiram cerca de 7.900 contos.

g) CLIENTES – Os créditos concedidos a clientes subiram ligeiramente relativamente ao ano de 2002, mas salvo valor irrelevante de duvidosos devidamente provisionados, os mesmos dizem respeito a vendas realizadas no último mês do ano.

h) EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS / SÓCIOS – São empréstimos ao pessoal no âmbito do Fundo Social existente e adiantamentos de lucros feitos aos sócios.

i) SECTOR PUBLICO ESTATAL – Valor correspondente a imposto de consumo pago antecipadamente sobre produtos remetidos para a delegação da Praia (1.939 contos), bem assim o excesso do I. Consumo pago no primeiro semestre de 2002 (6.574 contos) e que deve ser devolvido pela Alfândega mas contínua pendente, vão completar-se brevemente dois anos.

NOTA 402 – EXISTÊNCIAS

2003 2002 2001 MERCADORIAS 24.055 9.329 1.398 PRODUTOS ACABADOS 8.947 9.750 2.889 MATÉRIAS-PRIMAS 17.707 27.917 30.796 MATERIAIS DE CONSUMO (PEÇAS) 2.498 2.942 1.130

EXIST. ILÍQUIDAS 53.208 49.939 36.213 PROVISÕES ACUMULADAS (7.675) (7.553) (6.657)

EXIST. LIQUIDAS 45.533 42.385 29.556

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c) EXISTÊNCIAS – O valor das existências finais resultou da valorização da existência física das Mercadorias, Produtos e Matérias-primas em armazém no final do ano.

d) PROVISÕES – As provisões constituídas seguiram no geral a política de 10 % do valor das existências, com excepção do caso das matérias-primas cujas provisões acumuladas atingem cerca de 22 % das existências a 31/12/03.

NOTA 403/04 – IMOBILIZADO CORPOREO E EM CURSO

Concluiu-se finalmente a adaptação ao processo produtivo da empresa, dos Equipamentos Básicos que vinham transitando em curso desde 2000. O valor total transferido para o Imobilizado Corpóreo foi de 12.380 contos.

Esses bens não foram amortizados em 2003 porque não chegaram a trabalhar em pleno nesse exercício.

Nos restantes grupos do imobilizado os investimentos foram irrelevantes.

NOTA 405 – ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

ACRÉSCIMO DE PROVEITOS – Neste grupo estão incluídos os juros dos Depósitos a Prazo que respeitam a 2003 mas se vencem em 2004.

CUSTOS DIFERIDOS – Respeitam a Custos Plurianuais (Conservação, Estudos, Campanhas Publicitárias e outros) e Custos Correntes Diferidos e resultam da aplicação do princípio do acréscimo. Os primeiros são amortizados num horizonte de 3 anos e apresentados no balanço pelo seu valor líquido e os outros são levados a custos no exercício seguinte.

ACRÉSCIMO DE CUSTOS – Custos acrescidos, respeitante a encargos incorridos no exercício e que só serão pagos em 2004. A maior parte do valor tem a ver com as férias do pessoal (5.744 contos).

PROVEITOS DIFERIDOS – Juros de Bilhetes de Tesouro imputáveis a 2004 e que foram deduzidos no valor dos Bilhetes no acto de aquisição em 2003.

NOTA 406 – FORNECEDORES

Esta conta representa na sua quase totalidade os créditos da PHILIP MORRIS (12.906 contos) e da TEJIMO (7.592 contos), respeitante às suas últimas facturas pelo fornecimento de MARLBORO e BLEND.

NOTA 407 – SECTOR PUBLICO ESTATAL

Para além do valor de impostos e encargos sociais retidos – Consumo, Selo, Pessoal – que foi entregue às Finanças no início do ano 2004, o saldo da conta inclui ainda:

e) 9.824 Contos que vêm sendo creditados ao Estado deste 1997 e correspondentes à taxa devida no âmbito do contrato de Concessão (ver NOTA 301).

f) Parte do Imposto Sobre Rendimentos colectado pela DGCI em 2001 e 2002 (5.380 contos). Este valor resultou de correcções feitas pelo Fisco aos resultados líquidos apresentados pela sociedade nesses anos e que por não terem merecido a concordância da gestão da

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SCT foram objecto de reclamação, da qual não se obteve ainda um despacho definitivo da D. Geral das Contribuições e Impostos.

NOTA 408 – PROVISÃO P/PROCESSOS JUDICIAIS

A situação descrita no nosso relatório de 2001 mantém-se sem alteração substancial.

PROVEITOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS

2003 2002 2001 VENDA DE «MARLBORO» 501.418 474.729 364.791 VENDA DE «SG» 226.295 248.611 261.390 VENDA DE «FALCÕES» 27.184 41.376 50.355 VENDA DE «PORTO GRANDE» 21.979 28.389 37.989

TOTAL VENDAS 776.877 793.105 714.525 RECEIT. SUPLEMENTARES (RENDAS) 5.764 2.805 0 RECEITAS FINANCEIRAS 12.401 10.247 5.759

TOTAL PROVEITOS 795.041 806.157 720.284

NOTA 409 – VENDA S

Com um aumento de mais de 100% em três anos, as vendas de MARLBORO continuam a impor-se relativamente aos produtos fabricados pela sociedade. Note-se no entanto que este aumento de valor não resultou duma maior quantidade vendida mas sim do aumento do preço de venda.

A venda dos produtos de produção local continua em queda: SG vendeu menos cerca de 9 % em 2003; Falcões e Porto Grande cerca de 30% a menos.

NOTA 410 – OUTRAS RECEITAS

De destacar o aumento significativo dos Juros dos Bilhetes do Tesouro (ver NOTA 401) e da adição dos rendimentos dos Depósitos a Prazo.

O arrendamento dos imóveis, tanto em São Vicente como na Praia, atingiu igualmente um valor considerável: quase 5.800 contos.

NOTA 411 – COMPRAS E CUSTO DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E CONSUMIDAS

COMPRAS 2003 2002 2001 DE MERCADORIAS 352.663 346.344 182.648 DE MATÉRIAS-PRIMAS 58.713 78.413 82.715

411.376 424.757 265.363 CUSTO DE EXISTÊNCIAS CONSUMIDAS

DE MERCADORIAS 337.844 337.936 209.086

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DE MATÉRIAS-PRIMAS E CONSUMIVEIS 69.311 79.481 81.627 407.155 417.417 290.713

COMPRAS – No global as compras caíram 13.381 contos, à custa da redução da produção pois a compra de Mercadorias subiu 6.320 contos e a das MPSC desceu 19.700.

CONSUMOS – O sentido da variação dos consumos acompanhou o da variação das vendas em quantidade: houve menos consumo e menos vendas de matérias-primas e produtos. Por outro lado houve mais vendas e quase igual consumo de mercadorias pelas razões apontadas em 409.

NOTA 412 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

FORNECIMENTOS E SERV. EXTERNOS 2003 2002 VARIAÇÃO

ÁGUA E ELECTRICIDADE 2.616 1.878 + 738MAT. E SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO 776 886 - 110MAT. E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE 13.029 10.265 + 2.764DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO 1.090 202 + 808COMUNICAÇÃO 3.481 2.840 + 641SEGUROS 1.947 4.132 - 2.185DESLOCAÇÕES E ESTADAS 2.548 2.854 - 306TRAB. ESPECIALIZADOS E HONORÁRIOS 2.265 2.848 - 583TRANSPORTE MERCADORIAS 3.924 4.245 - 321OUTROS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS 5.694 4.965 + 729 37.370 35.114 2.255

Merecem referencia especial algumas variações mais significativas:

f) MATERIAIS E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE – Quase 2.800 contos de aumento em 2003 o que faz essa rubrica ser a de maior crescimento nos últimos anos tanto em valor absoluto como relativo. Para além de brindes e outro material de publicidade, dos 13.029 contos constam patrocínios de diversas actividades desportivas e culturais, nomeadamente o do evento da eleição da MISS CDEAO que custou cerca de 2.200 contos

g) REPRESENTAÇÃO – A introdução do IVA e a alteração do sistema de facturação recomendou um contacto mais próximo com os clientes a nível nacional, tendo a empresa aproveitado o período natalício para fazer esse encontro. Daí o aumento significativo dos gastos desta rubrica.

h) COMUNICAÇÃO – Os gastos com a comunicação continuam a crescer duma forma acelerada: a média de consumo mensal do ano foi de 290 contos verificando-se um aumento médio mensal de 53 contos.

i) SEGUROS – A sociedade suspendeu o seguro de transporte de produtos de S. Vicente para Praia que se revelara oneroso e de risco reduzido. Com esta decisão, o custo dos seguros caiu mais de 2.000 contos em 2003.

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j) DESLOCAÇÕES E ESTADAS – O valor desta rubrica não aumentou mas manteve-se elevado. 2003 foi um ano em que se fez um trabalho profundo de (re)conhecimento e avaliação do mercado nacional, o que implicou deslocações para quase todas as ilhas com os custos inerentes.

Verificaram-se também algumas deslocações da gerência e da directora de produção para o exterior (Suiça, Lisboa, Açores, Dakar).

NOTA 413 – IMPOSTOS E TAXAS

Esta rubrica compreende na sua maior parte o Imposto de Consumo e o Imposto de Selo pagos à Alfândega e às Finanças no âmbito da importação e comercialização de derivados de tabaco (matérias primas). A quebra terá a ver com a redução das vendas.

NOTA 414 – CUSTOS COM O PESSOAL

O acréscimo verificado nas Remunerações e Encargos Sociais teve essencialmente a ver com a atribuição de um aumento geral dos salários de todos os trabalhadores a nível de 3,5%, a partir de Abril de 2003.

Na rubrica Outras Despesas C/Pessoal encontram-se registados, entre outros, os gastos com o Refeitório (2.487); a Formação Profissional (661); Festividades diversas (640) e Assistência Médica (235).

NOTA 415 – CUSTOS FINANCEIROS

Custos suportados na sua maior parte, com a gestão do contrato com a Philip Morris: cerca de 4.300 contos de despesas com as garantias bancárias (ver NOTA 401 a)) e mais 910 contos com o pagamento das facturas de importação dos cigarros MARLBORO.

CUSTOS C/PESSOAL 2003 2002

Remuneração Corpos Gerentes 3.458 3.370

Ordenados e Salários – Efectivos 25.173 23.079

Remunerações Adicionais 11.584 10.455

Encargos S/Remunerações 5.345 5.694

Outras Despesas C/Pessoal 4.222 3.273

49.782 45.871

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NOTA 416 – OUTROS CUSTOS E ENCARGOS

Dos 12.357 contos registados, 11.349 respeitam a Royalties creditados à TABAQUEIRA pela licença de produção e comercialização da marca ‘SG’.

NOTA 417 – RESULTADOS LÍQUIDOS

2003 2002 VARIAÇÃO RESULTADOS OPERACIONAIS 200.895 198.345 2.550

CUSTOS FINANCEIROS - 5.393 -7.200 1 807 RESULTADOS CORRENTES 195.502 191.145 4.357

RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS -1.701 2.002 - 3.703 RESULTADOS EXERC. ANTERIORES 2.375 -3.376 5.751

RESULTADOS LÍQ. ANT. IUR 196.177 189.771 6.406 PROVISÃO P/ IUR - 57.000 -67.000 10.000

RESULTADO LIQ. PÓS IUR 139.177 122.771 16.406

Os resultados não correntes não tiveram influência relevante nos resultados líquidos do exercício: os ganhos imputáveis a exercícios anteriores foram originadas pela anulação do excesso de provisão para impostos sobre lucros constituída em 2002.

Os resultados líquidos do exercício (antes do IUR) tiveram um aumento de 3%, bastante abaixo dos 20% conseguidos no ano anterior.

A provisão constituída para cobertura do IUR a pagar em 2004 (57.000 contos) é na nossa opinião adequada, considerando as correcções que serão certamente feitas ao resultado contabilistico para apuramento da matéria colectável.

São Vicente, 19 de Janeiro de 2004

A CONFIRA

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16.3. Auditoria às contas de 2002

I. PARECER

Introdução

3. Examinamos as Demonstrações Financeiras da SCT - Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos, LDA constituídas pelo Balanço Analítico estabelecido à data de 31 de Dezembro de 2002, Demonstração dos Resultados Líquidos do exercício findo na mesma data, o Mapa de Origem e Aplicação de Fundos e as Notas Anexas às Demonstrações Financeiras, que fazem parte integrante deste relatório.

Responsabilidade

6. É da responsabilidade da Gerência da SCT a preparação das Demonstrações Financeiras de modo a que apresentem de forma verdadeira e apropriada a situação financeira da sociedade e os resultados obtidos durante o período a que respeitem. A nossa responsabilidade, enquanto auditores externos, consiste em emitir uma opinião profissional sobre as mesmas, com base nos testes de auditoria que efectuamos.

Âmbito

7. O exame a que procedemos foi realizado de acordo com as normas e técnicas de auditoria internacionalmente aceites, nomeadamente as emitidas pelo IFAC – International Federation of Accountants, os quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de se obter um grau de segurança aceitável sobre se as referidas Demonstrações Financeiras contêm ou não distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame inclui (i) a verificação, numa base de amostragem, do suporte dos valores constantes nas Demonstrações Financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pela gerência, utilizados na preparação das Demonstrações Financeiras, (ii) a apreciação da adequação das políticas contabilísticas adoptadas e da sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias (iii) e a apreciação de ser ou não adequada a apresentação das Demonstrações Financeiras. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião sobre aquelas Demonstrações Financeiras.

Reserva

8. Continua em curso um processo judicial envolvendo a sociedade em que os custos estimados - caso a sentença seja desfavorável à sociedade - ascendem a aproximadamente 54.000 contos. No entanto, as provisões constituídas para o efeito cobrem menos de 30 % desse valor. Se a provisão tivesse sido constituída pela totalidade dos custos potenciais como recomenda a prudência, os resultados do exercício (após impostos) seriam de 83 700 contos em vez dos 122 700 contos apresentados nas Demonstrações Financeiras.

9. Opinião

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10. Salvo no que respeita à reserva referida no parágrafo 4. acima, é nossa opinião que as Demonstrações Financeiras mencionadas no parágrafo 1, representam de forma verdadeira e apropriada, em todos os seus aspectos materialmente relevantes, a situação financeira da SCT a 31 de Dezembro de 2002, e foram estabelecidas em conformidade com os PCGA - princípios contabilísticos geralmente aceites, consistentemente aplicados.

São Vicente, 14 de Fevereiro de 2003

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RESUMO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

(Valores em Contos)

BALANÇO NOTAS 31/12/02 31/12/01 31/12/00

DISPONIBILIDADES 49.234 43.645 66.625 CRÉDITOS S/TERCEIROS (LIQUID. PROV.) 401 241.250 176.875 102.431 EXISTÊNCIAS (LIQUID. PROV.) 402 42.385 29.556 59.377 IMOBIL. CORPÓREAS (LIQUID. AMORT) 403 134.583 137.808 143.568 IMOBIL. INCORPÓREAS (LIQUID. AMORT) 7.961 9.618 11.275 IMOBIL. CORPÓREAS EM CURSO 404 11.863 11.920 10.264 DIFERIMENTO DE CUSTOS 405 9.014 7.575 16.621

TOTAL ACTIVO LIQUIDO 496.290 416.997 410161 FORNECEDORES 406 13.070 13.399 14.103 SECTOR PUBLICO ESTATAL 407 22.064 16.513 14.968 OUTROS CREDORES 7.776 6.009 22.409 PROVISÕES P/IMPOSTOS 417 67.000 57.355 70.600 PROVISÕES P/ RISCOS E ENCARGOS 408 15.000 15.000 0 ACRÉSCIMO DE CUSTOS 405 5.909 4.373 4.373 DIFERIMENTO DE PROVEITOS 405 2.826 473 0

TOTAL PASSIVO 133.645 113.122 126.453 CAPITAL SOCIAL 40.000 40.000 40.000 RESERVAS LEGAIS E ESTATUTÁRIAS 199.875 168.271 115.849 RESULTADOS DO EXERCÍCIO 417 122.770 95.604 127.859

CAPITAL PRÓPRIO 362.645 303.875 283.708 TOTAL PASSIVO E SIT. LIQUIDA 496.290 416.997 410.161

PROVEITOS E CUSTOS NOTAS ANO 2002 ANO 2001 ANO 2000 VENDAS DE MERCADORIAS 409 474.786 364.791 248.076 VENDA DE PRODUTOS 409 318.320 349.734 458.683 VARIAÇÃO PRODUÇÃO 411 6.893 962 (87) RECEITAS SUPLEMENTARES 410 2.805 RECEITAS FINANCEIRAS 410 10.247 4.332 3.471 GANHOS EXTRA. E DE EXERC. ANTERIORES 417 61.539 75.937 57.600

TOTAL PROVEITOS E GANHOS 874.590 795.756 767.743 CUSTO EXIST. VEND. E CONSUMIDAS 411 417.417 290.714 231.616 FORNECIMENTOS EXTERNOS 412 35.114 27.727 29.081 IMPOSTOS E TAXAS 413 82.775 155.035 160.265 CUSTOS C/PESSOAL 414 45.871 34.835 35.886 CUSTOS FINANCEIROS 415 7.199 4.423 880 OUTROS CUSTOS E ENCARGOS 416 14.856 11.011 3.721 AMORTIZAÇÕES DO EXERCICIO 17.776 18.286 40.289 PROVISÕES DO EXERCICIO 897 20.625 44 PERDAS EXTRAORD. E DE EXERC. ANTERIORES 417 62.914 80.141 67.502

TOTAL CUSTOS E PERDAS 684.819 642.797 569.284 RESULTADOS ANTES IMPOSTOS 417 189.770 152.959 198.459

PROVISÃO P/IMPOSTOS -67.000 - 57.355 (70.600) RESULTADOS APÓS IMPOSTOS 417 122.770 95.604 127.859

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NOTAS ÀS CONTAS

NOTA I - CARACTERIZAÇÃO DA SOCIEDADE

A SCT – Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos é uma sociedade por quotas, criada por escritura pública de 28 de Novembro de 1996, com um Capital Social de 40.000 contos detido por dois sócios: EMPA – Empresa Pública de Abastecimento (90 %) e Município do Tarrafal (10 %).

O objecto social da SCT é, segundo o seu Pacto Social, «a cultura, produção e importação de tabacos e seus derivados podendo dedicar-se a qualquer outra actividade, directa ou indirectamente relacionada com o seu objecto social».

A actividade produtiva da sociedade teve inicio em Junho de 1997, na sequência da aquisição pela SCT, aos seus actuais sócios, do património pertencente anteriormente à Companhia de Tabacos de Cabo Verde, SARL (CTCV, S A);

A sociedade fabrica e comercializa cigarros das seguintes marcas: FALCÕES E PORTO GRANDE (com direito de propriedade adquirido à ex-CTCV, SA) e SG GIGANTE sob licença concedida pela sociedade portuguesa, «A TABAQUEIRA - Empresa Industrial de Tabacos, S A». Em 99 lançou um novo produto de criação própria - SMART – mas o mesmo não teve aceitação e a sua produção foi descontinuada.

A partir de Junho de 98 passou a importar e comercializar cigarros da marca MARLBORO cuja quota de mercado se vem alargando anualmente tendo ultrapassado já 60 % do volume de vendas da empresa .

NOTA II - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS,

PRINCÍPIOS E POLÍTICAS CONTABILISTICAS

As Demonstrações Financeiras preparadas pela SCT seguem em todos aspectos importantes o Plano Nacional de Contabilidade em vigor desde Janeiro de 1984.

O PRINCIPIO DA ESPECIALIZAÇÃO foi respeitado, tendo sido feito o registo dos custos e proveitos materialmente relevantes (realizados e incorridos) e dos compromissos assumidos até 31/12/02.

AS TRANSACÇÕES EM MOEDA ESTRANGEIRA foram registadas ao câmbio do dia da operação e as diferenças de câmbio levadas às contas apropriadas.

PROVISÕES P/CRÉDITOS COBRANÇA DUVIDOSA –A análise da cobrabilidade dos saldos de Clientes foi feita de acordo critérios comerciais. Foram identificados créditos potencialmente incobráveis para cobertura dos quais se considerou suficiente manter o montante das provisões acumuladas transitadas de 2001 (cerca de 15 % do saldo de clientes).

EXISTÊNCIAS E PROVISÕES P/DEPRECIAÇÃO

EXISTÊNCIAS – A sociedade utilizou em 2002 o sistema de inventário permanente (mensal) nas matérias primas e Intermitente nas Mercadorias. Independentemente dos sistemas utilizados, as existências apresentadas nas D.F. foram apuradas no final do ano através da contagem física dos

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armazéns, tendo as contas de existências sido regularizadas em conformidade. A valorimetria dos consumos e das existências foi feita como segue:

e) Mercadorias e Matérias Primas – Custo de Aquisição (Médio Ponderado), incluindo o preço de factura e os Gastos de Compra até a entrada da mercadoria em Armazém. Em 2002 o PCA (preço de custo em armazém) do cigarro MARLBORO passou a incluir o imposto de consumo pago pela sua importação o que originou um aumento do valor das compras e uma redução do valor da conta de Impostos e Taxas (ver nota 411).

f) Produtos Acabados – Custo de Produção do último mês do exercício, que inclui a Matéria Prima Consumida e a Mão de Obra Directa empregue, para além doutros custos directos e indirectos de produção;

PROVISÕES P/DEPRECIAÇÃO - A política geral adoptada em 2002 para a constituição da Provisão para Depreciação das Existências foi genericamente de 10 %, exceptuando casos específicos em que os critérios técnicos prevaleceram, recomendando a manutenção de provisões mais elevadas (caso das Matérias Primas Sub. e de Consumo), razão porque no geral as provisões acumuladas excedem 10 % das existências.

IMOBILIZADO CORPÓREO E AMORTIZAÇÕES

IMOBILIZADO CORPÓREO - o imobilizado corpóreo da SCT é composto pelos bens adquiridos à CTCV (em estado de uso) e os adquiridos posteriormente em estado de novo. Os primeiros estão valorizados ao custo de aquisição e o custo dos novos é calculado adicionando ao preço da factura, todas as despesas de compra e instalação até o inicio do seu funcionamento

AMORTIZAÇÕES – As amortizações são feitas pelo método das Quotas Constantes, por duodécimos ao longo do ano, com base nos valores do ano anterior. O valor final das amortizações é posteriormente corrigido de acordo com o apuramento feito através do Mapa respectivo. Os bens adquiridos em estado de uso são amortizados de acordo com a vida útil esperada e os novos seguem no geral a tabela fiscal.

IMOBILIZADO INCORPÓREO E AMORTIZAÇÕES

IMOBILIZADO INCORPÓREO - É constituído essencialmente pelo custo de aquisição do direito de propriedade da marcas FALCÃO E PORTO GRANDE, custos de estrutura incorridos antes do inicio de exploração e despesas de constituição e organização da sociedade.

AMORTIZAÇÕES - Os Direitos de Propriedade Industrial estão a ser amortizados em 10 anos e o restante em 3.

CUSTOS ANTECIPADOS – Neste grupo estão incluídos os Custos Plurienais (Conservação, Estudos, Campanhas Publicitárias e outros) e o diferimento de Custos Correntes pela aplicação do regime do acréscimo. Os primeiros são amortizados num horizonte de 3 anos e apresentados no balanço pelo seu valor líquido e os outros são levados a custos no exercício seguinte.

RESPONSABILIDADES ASSUMIDAS C/PESSOAL - as Demonstrações Financeiras de 2002 da SCT incluem a estimativa do custo das férias do pessoal e respectivo subsidio e encargos sociais, pois à luz da Lei em vigor, venceram-se a 31/12/2002. A sociedade tem cumprido com a legislação vigente no que respeita à cobertura dos trabalhadores pelo esquema da segurança social oficial e

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tem liquidado os encargos sociais respectivos: contribuições à Previdência Social e Seguro Obrigatório de Acidentes de Trabalho.

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NOTA III - CUMPRIMENTO DAS NORMAS LEGAIS,

ESTATUTÁRIAS E DECISÕES DOS CORPOS SOCIAIS

NOTA 301 - NORMAS LEGAIS

Existe legislação especifica e contratos oficiais, que afectam directa e indirectamente a actividade da SCT:

• Condicionando certas actividades – Restrição do Uso do Tabaco ( Lei 119/IV/95 – B O nº 3 de 13/03/95) e Actividade Publicitária (D.Lei 32/94 – B O nº 18 de 9/5/94);

• Regulando as condições de Produção - Contrato de Concessão assinado com o Estado e publicado no B O nº 20 de 20/05/97;

• Criando Impostos Especiais sobre o consumo do tabaco – LEI 43/V/97 de 31/12 e LEI 95/IV/93

h) Do trabalho realizado e informações recolhidas, não tomamos conhecimento de nenhuma violação expressa das clausulas do contrato de concessão. Note-se que a taxa devida ao Estado pela concessão à SCT do direito de exercício da sua actividade produtiva e comercial – 0,15 % sobre o volume das vendas nos dois primeiros anos e 0,25 % nos seguintes, segundo a clausula 5ª do contrato – continua a ser registada a favor do Estado, mas não foi paga por falta de indicação de qual a entidade do Estado deve ser receber esse valor.

i) Quando à actividade publicitária que impõe por um lado restrições à publicidade do tabaco e por outro obriga à publicidade negativa sobre o efeito do mesmo nas suas embalagens comerciais, constatamos que esta última está expressa apenas nas marcas FALCÕES, PORTO GRANDE E MARLBORO, faltando ainda o SG.

j) Os impostos de consumo e selo têm sido pagos à alfândega - quando incidem sobre importações. Retidos e entregues às finanças - quando incidem sobre as vendas. Está em curso uma reclamação de devolução de Imposto de Consumo pago no âmbito das novas taxas inicialmente previstas no Orçamento do Estado para 2002, taxas essas que foram novamente reduzidas ao montante em vigor no ano anterior

NOTA 302 - NORMAS ESTATUTÁRIAS E DECISÕES DOS CORPOS SOCIAIS

Do trabalho realizado e informações recolhidas, não tomamos conhecimento de nenhuma violação expressa do Pacto Social da sociedade.

Verificamos que foram seguidas as orientações e decisões tomadas pelos sócios em assembleia e que constam das actas respectivas.

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No entanto, notamos que nem todas as operações relevantes realizadas em 2002 e que implicaram custos elevados, foram previstas no plano de actividades para esse ano ou expressamente autorizadas pela assembleia de sócios.

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NOTA IV - Principais Contas Das

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

NOTA 401 - CRÉDITOS S/TERCEIROS

2002 2001 2000 APLICAÇÕES DE TESOURARIA 142.172 88.087 27.966 CLIENTES C/GERAIS (LIQ. PROV) 5.114 15.089 16.428 EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS 53.268 53.312 36.269 SECTOR P. ESTATAL 39.284 20.000 16.925 OUTROS DEVEDORES 1.412 387 4.843

TOTAL LIQUIDO 241.250 176.875 102.431

j) APLICAÇÕES TESOURARIA (Bilhetes do Tesouro) – Parte (72.862 contos) foi adquirida para rentabilizar o valor de duas garantias bancárias (Euros 608.146) que a empresa viu-se obrigada a constituir por exigência da Philip Morris, fornecedor do cigarro MARLBORO. Essa obrigação contratual implicou uma considerável imobilização de fundos em liquidez, mas, não obstante ser considerada uma aplicação de Tesouraria de C/Prazo, o valor não está disponível para a gestão corrente da empresa, pois pela sua natureza de «caução» mantém-se indisponível. Mesmo assim, os juros auferidos cobrem apenas parte dos elevados custos financeiros que a SCT vem suportando com a importação do MARLBORO.

k) CLIENTES – O saldo dos créditos concedidos a clientes é significativamente inferior ao do ano de 2001 o que indica que as vendas foram feitas preferencialmente a pronto pagamento. Apenas foram identificados dois casos cuja recuperação é improvável, mas as provisões acumuladas cobrem essa perda potencial na sua totalidade.

l) EMPRÉSTIMOS CONCEDIDOS – São adiantamentos de lucros de 45.000 contos feitos aos sócios e empréstimos ao pessoal no âmbito do Fundo Social existente (8.913 contos).

m) SECTOR PUBLICO ESTATAL – Valor correspondente a impostos pagos antecipadamente (30.000 de IUR e 2.700 de I.C. sobre vendas) bem assim o excesso do I.C. pago no primeiro semestre de 2002 no âmbito do aumento de taxa previsto no OGE de 2002 que foi posteriormente revogado. Esse valor deve ser devolvido pela alfândega (6.574 contos).

NOTA 402 - EXISTÊNCIAS

2002 2001 2000 MERCADORIAS 9.329 1.398 27.863 PRODUTOS ACABADOS 9.750 2.889 1.982 MATÉRIAS PRIMAS 27.917 30.796 28.154 MATERIAIS DE CONSUMO (PEÇAS) 2.942 1.130 2.684

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EXIST. ILÍQUIDAS 49..939 36.213 60.683 PROVISÕES ACUMULADAS (7.553) (6.657) (1.306)

EXIST. LIQUIDAS 42.385 29.556 59.377

e) EXISTÊNCIAS - O valor das existências finais resultou da valorização da existência física das Mercadorias, Produtos e Matérias Primas em armazém no final do ano. As existências finais de mercadorias e de produtos acabados incluem o valor estimado das vendas de Janeiro de 2003.

f) PROVISÕES - As provisões constituídas seguiram no geral a política de 10 % do valor das existências, com excepção do caso das matérias primas cujas provisões acumuladas atingem cerca de 20 % das existências a 31/12/02. Essas provisões foram constituídas no ano anterior para cobrirem perdas esperadas em matérias primas adquiridas para a marca SMART que deixou de ser fabricada, razão porque têm muito pouca rotação.

NOTA 403 - IMOBILIZADO CORPÓREO

Os investimentos em imobilizado corpóreo atingiram cerca de 7.400 contos em 2002: uma viatura para a delegação de Santiago e diverso equipamento administrativo.

NOTA 404 - IMOBILIZADO EM CURSO

Composto na sua quase totalidade por Equipamentos Básicos adquiridos em 2000 e que ainda estão a ser adaptados ao processo produtivo da empresa. Em 2001 a capitalização acrescida foi irrisória.

NOTA 405 - ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

DIFERIMENTO DE CUSTOS – Composto essencialmente pelos chamados Custos Plurienais: Conservação (2.328 - imóvel da Praia); Estudo Mercado (1.680); Campanhas Publicitárias (2.716) e outros.

ACRÉSCIMO DE CUSTOS – Saldo referente a custos acrescidos, respeitante a encargos referentes ao exercício e que só serão pagos em 2003. A maior parte do valor tem a ver com os encargos com as férias do pessoal (5.444 contos).

DIFERIMENTO DE PROVEITOS – Juros de Bilhetes de Tesouro referentes a 2002 e que só serão reembolsados em 2003.

NOTA 406 - FORNECEDORES

Esta conta representa na sua quase totalidade a divida da SCT à PHILIP MORRIS (12.906 contos), respeitante às suas últimas facturas pelo fornecimento de MARLBORO.

NOTA 407 - SECTOR PUBLICO ESTATAL

Para além do valor de impostos e encargos sociais retidos – Consumo, Selo, Pessoal - que foram entregues às Finanças no inicio do ano 2003, o saldo da conta inclui ainda:

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g) 7.876 contos que vêm sendo creditados ao Estado deste 1997 e correspondentes à taxa devida no âmbito do contrato de Concessão (ver NOTA 301).

h) Parte do Imposto Sobre Rendimentos colectado em 2001 e 2002 (5.380 contos). Este valor resultou de correcções feitas pelo Fisco aos resultados líquidos apresentados pela sociedade nos anos de 2000 e 2001 e que por não terem merecido a concordância da gestão da SCT foram objecto de reclamação. Não se obteve ainda um despacho definitivo da D. Geral das Contribuições e Impostos sobre o assunto.

NOTA 408 - PROVISÃO P/PROCESSOS JUDICIAIS

A situação descrita no nosso relatório de 2001 mantém-se sem alteração substancial.

PROVEITOS OPERACIONAIS E FINANCEIROS

2002 2001 2000 VENDA DE «MARLBORO» 474.729 364.791 248.076 VENDA DE «SG» 248.611 261.390 345.090 VENDA DE «FALCÕES» 41.376 50.355 63.832 VENDA DE «PORTO GRANDE» 28.389 37.989 49.761

TOTAL VENDAS 793.105 714.525 706.760 RECEIT. SUPLEMENTARES (RENDAS) 2.805 RECEITAS APLICAÇÕES FINANCEIRAS 10.247 5.759 3.471

TOTAL PROVEITOS 806.157 720.284 710.231

NOTA 409 - VENDA S

Com um aumento de 226.653 contos em dois anos (mais de 91 %), as vendas de MARLBORO continuam a «roubar» mercado aos produtos fabricados pela sociedade, nomeadamente ao SG cujas vendas no mesmo período caíram 96.500 contos (cerca de 28 %).

NOTA 410 - OUTRAS RECEITAS

De destacar o aumento significativo dos Juros dos Bilhetes do Tesouro que acompanharam o investimento feito nessa aplicação de tesouraria (ver NOTA 401).

Em 2002 a SCT registou ainda um novo tipo de proveitos, referente ao arrendamento de seus imóveis tanto em São Vicente, como na cidade da Praia.

NOTA 411 - COMPRAS E CUSTO DAS EXISTÊNCIAS VENDIDAS E CONSUMIDAS

COMPRAS 2002 2001 2000 DE MERCADORIAS 346.344 182.648 158.918 DE MATÉRIAS PRIMAS 76.368 80.425 88.327

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DE PEÇAS E ACESSÓRIOS 2.045 2.290 3.801 424.757 265.363 251.046

CUSTO DE EXISTÊNCIAS CONSUMIDAS DE MERCADORIAS 337.936 209.086 132.512 DE MATÉRIAS PRIMAS E CONSUMIVEIS 79.481 81.627 99.104

417.417 290.713 231.616

COMPRAS – No global as compras aumentaram 159.394 contos em 2002 nitidamente absorvidos pelas aquisições de MARLBORO (mais 89,6 % – 163.696 contos). No entanto é preciso ter em conta que no exercício findo, a gestão alterou a política de contabilização do imposto de consumo pago na importação dessa mercadoria, deixando de o registar como um imposto isolado e passando a integra-lo no seu preço de custo (ver Nota 413). A queda na compra das matérias primas indicia claramente o recuo da actividade produtiva da empresa.

CONSUMOS - O sentido da variação dos consumos acompanhou o da variação das vendas: houve mais consumo e mais vendas de mercadorias e menos consumo e menos vendas de matérias primas e produtos.

NOTA 412 - FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS

FORNECIMENTOS E SERV. EXTERNOS 2002 2001 VARIAÇÃO

ÁGUA E ELECTRICIDADE 1.878 1.883 -5MAT. E SERVIÇOS DE CONSERVAÇÃO 885,7 783 103MAT. E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE 10.265 5.267 4.998DESPESAS DE REPRESENTAÇÃO 202 173 29COMUNICAÇÃO 2.840 2.493 347SEGUROS 4.132 1.197 2.935DESLOCAÇÕES E ESTADAS 2.854 2.127 727TRAB. ESPECIALIZADOS E HONORÁRIOS 2.848 5.567 -2.719TRANSPORTE MERCADORIAS 4.245 4.963 -718CONTENCIOSO E NOTARIADO 50 80 -30OUTROS FORNECIMENTOS E SERVIÇOS 4.915 3.194 1.721 35.114 27.727 7.387

Merecem referencia algumas variações mais significativas:

k) MATERIAIS E SERVIÇOS DE PUBLICIDADE – Cerca de 5.000 contos de aumento, onde uma fatia considerável foi originada pela participação da SCT nas feiras internacionais realizadas em São Vicente e na Praia: serviços da feira e brindes.

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l) SEGUROS – A variação para mais em 2002 que atingiu cerca de 3.000, resultou da actualização dos contratos de seguro existentes bem assim do seguro de transporte de produtos de S. Vicente para Praia, que por se ter revelado oneroso e de risco reduzido foi entretanto suspenso.

m) DESLOCAÇÕES E ESTADAS – Aumento originado pelos gastos feitos no âmbito da instalação e arranque da Delegação da Praia.

NOTA 413 - IMPOSTOS E TAXAS

Esta rubrica compreende na sua maior parte o Imposto de Consumo e o Imposto de Selo pagos à Alfândega e às Finanças no âmbito da importação e comercialização de derivados de tabaco (matérias primas). A quebra tem a ver com a alteração de política de contabilização do imposto de consumo do MARLBORO que passou a ser integrado no seu Preço de Custo em Armazém.

NOTA 414 - CUSTOS C/PESSOAL

O aumento dos Custos C/Pessoal foi originado por diversas razões: recrutamento de alguns trabalhadores, aumento geral das remunerações a partir de Março de 2002 e alteração de política de contabilização da gratificação de Balanço (4.000 contos) concedida aos trabalhadores que passou a ser considerada como custo do exercício em vez de aplicação de resultados.

NOTA 415 - CUSTOS FINANCEIROS

Custos suportados na sua maior parte com a gestão do contrato com a Philip Morris: cerca de 5.000 contos de despesas com as garantias bancárias (ver NOTA 401 a) ) e mais 2.000 com o pagamento das facturas de importação dos cigarros MARLBORO.

NOTA 416 - OUTROS CUSTOS E ENCARGOS

Dos 14.856 contos registados, 12.385 respeitam a Royalties pagos à TABAQUEIRA pela licença de produção e comercialização da marca ‘SG’.

CUSTOS C/PESSOAL 2002 2001

Remuneração Corpos Gerentes 3.370 3.994

Ordenados e Salários – Efectivos 23.079 19.364

Remunerações Adicionais 10.455 4.263

Encargos S/Remunerações 5.694 3.801

Outras Despesas C/Pessoal 3.273 3.413

45.871 34.835

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O restante foi fundamentalmente gasto com as comemorações do 5º Aniversário da sociedade (1.900 contos).

NOTA 417 - RESULTADOS LÍQUIDOS

2002 2001 VARIAÇÃO RESULT. OPERAC. (ANTES C/FINAN. E PROV.) 198.345 176.586 21.759 CUSTOS FINANCEIROS -7.200 -4.423 +2.777 PROVISÕES P/RISCOS E ENCARGOS 0 -15.000 - 15.000

RESULTADOS CORRENTES 191.145 157.163 33.982 RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS 2.002 -3.233 5.235 RESULTADOS EXERC. ANTERIORES (PERDAS) -3.376 -971 2.405

RESULTADOS LÍQUIDOS ANT IUR 189.771 152.959 36.812 PROVISÃO P/ IUR -67.000 -57.355 9.645

RESULTADO LIQUIDO PÓS IUR 122.771 95.604 27.167

Os resultados não correntes não tiveram influência relevante nos resultados líquidos do exercício.

As perdas de exercícios anteriores foram originadas pela insuficiente provisão para impostos sobre lucros constituída em 2001.

Os resultados líquidos do exercício (antes do IUR) teve um aumento de 24 % que é consequência directa da relação entre os custos e proveitos correntes.

A provisão P/IUR constituída (67.000 contos) é na nossa opinião adequada, considerando as correcções que serão certamente feitas ao resultado contabilístico para apuramento da matéria colectável.

São Vicente, 14 de Fevereiro de 2003

A CONFIRA