Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro · 2018-04-05 · BOLETIM INFORMATIVO - Nº 08 - ANO I - SETEMBRO 2009 Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro INGRESSO DE

BOLETIM INFORMATIVO - Nordm 08 - ANO I - SETEMBRO 2009

Ministeacuterio Puacuteblico do Estado do Rio de Janeiro

INGRESSO DE APARELHO DE TELEFONIA CELULAR EM ESTABELECIMENTO PENAL

Renato Marcatildeo

Membro do Ministeacuterio Puacuteblico do Estado de Satildeo Paulo Mestre em Direito Penal Poliacutetico e Econocircmico Professor no curso de poacutes-graduaccedilatildeo da Faculdade de Direito Damaacutesio E de Jesus no curso de poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Criminais da Rede Luiz Flaacutevio Gomes e no curso de poacutes-graduaccedilatildeo do Instituto Busato de Ensino Membro da Association Internationale de Droit Peacutenal (AIDP) do Instituto Brasileiro de Ciecircncias Criminais (IBCCrim) do Instituto de Ciecircncias Penais (ICP) e do Instituto Brasileiro de Execuccedilatildeo Penal (IBEP) Autor dos livros Toacutexicos (Saraiva) Curso de Execuccedilatildeo Penal (Saraiva) Estatuto do Desarmamento (Saraiva) Crimes de Tracircnsito (Saraiva) e Lei de Execuccedilatildeo Penal Anotada e Interpretada (Lumen Juris) Co-autor dos livros Notaacuteveis do Direito Penal (Consulex) e Comentaacuterios agrave Lei de Imprensa (Revista dos Tribunais)

Sumaacuterio 1) Introduccedilatildeo 2) Sobre a posse de aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento penal 3) A Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 4) Conclusatildeo

LEI N 12012 DE 6 DE AGOSTO DE 2009

1) Introduccedilatildeo

Natildeo constitui novidade a quem quer que seja a complexidade dos problemas relativos agraves organizaccedilotildees criminosas e suas variadas maneiras de atuaccedilatildeo dentro e fora dos estabelecimentos penais noticiada pela miacutedia tantas vezes e que de maneira permanente tem ocupado a atenccedilatildeo dos estudiosos do Direito Penal e de outros variados ramos do conhecimento humano ligados agrave seguranccedila puacuteblica em sentido amplo

Nada obstante algumas investidas do Poder Puacuteblico contra a alarmante realidade que eacute ldquopoder paralelordquo em que o ldquomundo do crimerdquo se transformou as organizaccedilotildees criminosas se estabeleceram cresceram e fincaram raiacutezes profundas na sociedade e nos diversos segmentos da administraccedilatildeo puacuteblica inclusive e notadamente no acircmbito de alguns de seus tentaacuteculos destinados exatamente ao combate da criminalidade

No manejo das atividades criminosas o uso de aparelhos de telefonia celular se tornou componente de acentuada magnitude na agilizaccedilatildeo das negociatas constituindo ainda uma das formas de se ldquofazer presente e ter voz ativardquo dentro dos segmentos das facccedilotildees que desafiam a vida ordeira esteja o agente submetido ou natildeo aos rigores de um estabelecimento penal

Se na vida livre tal produto da tecnologia moderna tem se revelado valioso instrumento nas atividades iliacutecitas estando o agente preso com mais forte razatildeo traduz mecanismo de grande valia no comando das praacuteticas iliacutecitas e viabilizador de sua participaccedilatildeo na rotina diaacuteria do empreendimento marginal permitindo direto contato com seus pares em liberdade ou confinados em outros estabelecimentos penais de forma a manter e algumas vezes ampliar e ateacute intensificar as molduras do comando organizacional da realidade em que se inserem

Bem por isso desde o surgimento de tal aparato eletrocircnico

EXPEDIENTE

8ordm Centro de Apoio Operacional

Av Marechal Cacircmara 370 - 6ordm andar

Centro - CEP 20020-080

telefone 2220-2624 e 2262-7531 celular 9984-4507 | 9767-9661

e-mail cao8mprjgovbr

CoordenadoraDrordf Maria da Gloacuteria Gama Pereira

Figueiredo

SupervisoraMarluce Laranjeira Machado

ServidoresSamara Lazarini Bon

Livia Netto de Lima Alves

EstagiaacuteriosMariacutelia Barreto Dalabeneta Deuzelene Arauacutejo Castro

bull bull bull

Projeto graacuteficoSTIC - Equipe Web

IacuteNDICE

Lei N 12012 de agosto de 2009

Notiacutecias Execuccedilatildeo Penal

Quadro SEAP

Projeto de Lei

Jurisprudecircncias

01

03

05

05

07

O 8ordm CAO traz aos Promotores de Justiccedila da Execuccedilatildeo Penal o arti-go ldquoA lei 12012 de 6 de agosto de 2009rdquo de autoria do Dr Renato Mar-catildeo membro do Ministeacuterio Puacuteblico do estado de Satildeo Paulo

Os textos aqui divulgados natildeo ne-cessariamente expressam a opiniatildeo do 8ordm Centro de Apoio Operacio-nal das Promotorias de Justiccedila de Execuccedilatildeo Penal Estes satildeo trazidos para estimular e ampliar os debates bem como para conhecimento dos enfoques existentes sobre a ques-tatildeo abordada

passou-se a discutir a respeito de consequumlecircncias juriacutedicas que devam ser impostas agravequeles que se encontram no cumprimento de pena criminal e possuem eou se utilizam de tais aparelhos de telefonia celular no interior de estabelecimentos penais bem como no tocante agraves medidas punitivas direcionadas agravequeles que de qualquer maneira introduzem ou permitem a entrada dos mesmos aparelhos no ambiente carceraacuterio para utilizaccedilatildeo dos detentos

A realidade exigiu (e continua a exigir) o pronunciamento da doutrina e dos tribunais terminando por movimentar a maacutequina legislativa federal quase sempre envolvida com seu proacuteprio mundo marginal como tambeacutem eacute de sabenccedila comum

2) Sobre a posse de aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento penal

Instados inicialmente os Tribunais a se pronunciarem a respeito de configurar ou natildeo falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade a conduta consistente em portar aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento prisional a jurisprudecircncia dominante firmou-se no sentido negativo ou seja de natildeo configurar falta grave isso em razatildeo da inexistecircncia de previsatildeo legal tratando da mateacuteria conforme demonstram os julgados que seguem indicados STJ HC 59436SP 5a T j 15-8-2006 vu rel Min Arnaldo Esteves Lima DJU 4-9-2006 RT 855568 STJ HC 73295SP 5a T j 24-4-2007 vu rela Ministra Laurita Vaz DJU 28-5-2007 RT 864567 TJRJ Ag 200507600233 7a Cacircm j 23-5-2005 vu rela Desa Maria Zeacutelia Procoacutepio da Silva DORJ 20-9-2006 RT 856657 TJSP AE 96480137-0000 7a Cacircm j 7-12-2006 vu rel Des Ivan Marques RT 859603 RJDTACrimSP 6232 TJSP HC 1118677-37 1ordf CCrim rel Des Maacutercio Baacutertoli j 11-12-2007 vu Boletim de Jurisprudecircncia do TJSP n 138

Em sentido contraacuterio consultar TJSP HC 47443330 4a Cacircm rel Des Luiacutes Soares de Mello j 14-6-2005 RT 842533 TJSP AE 0099972834-0000-000 5a Cacircm da S Crim j 11-1-2007 vu rel Des Joseacute Damiatildeo Pinheiro Machado Cogan RT 860608-609

Portar aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento prisional constitui falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade desde 29 de marccedilo de 2007

A Lei n 114662007 que entrou em vigor no dia 29 de marccedilo de 2007 resolveu a discussatildeo a respeito da mateacuteria ao acrescentar o inciso VII ao artigo 50 da Lei de Execuccedilatildeo Penal estabelecendo que constitui falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade ter o preso em sua posse utilizar ou fornecer aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externo

ldquoA superveniecircncia da Lei 114662007 que alterou o art 50 da Lei 721084 passando a prever como falta disciplinar grave a posse de telefone celular nas dependecircncias do presiacutedio natildeo alcanccedila situaccedilotildees anteriores agrave sua vigecircncia em face do princiacutepio constitucional da irretroatividade da lei penal mais gravosardquo (TJSP AE 01058130-35-0000-000 1a Cacircm do 1ordm Grupo da S Crim j 3-7-2007 rel Des Figueiredo Gonccedilalves RT 866643-644)

Tambeacutem a Lei n 11466 de 28 de marccedilo de 2007 introduziu o art 319-A ao Coacutedigo Penal Brasileiro possibilitando punir com detenccedilatildeo de 3 (trecircs) meses a 1(um) ano o Diretor de Penitenciaacuteria eou agente puacuteblico que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externo

3) A Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009

A Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 introduziu o art 349-A ao Coacutedigo Penal Brasileiro e passou a punir com detenccedilatildeo de 3 (trecircs) meses a 1 (um) ano ldquoingressar promover intermediar auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar sem autorizaccedilatildeo legal em estabelecimento prisionalrdquo

Por se tratar de infraccedilatildeo penal de menor potencial ofensivo encontra-se exposta ao procedimento dos Juizados Especiais Criminais conforme decorre do disposto no art 61 da Lei n 9099 de 26 de setembro de 1995 (com a redaccedilatildeo do art 1ordm da Lei n 11313

de 28-6-2006) e do art 394 sect 1ordm III do CPP (com a redaccedilatildeo da Lei n 11719 de 20-6-2008) pois a pena maacutexima cominada natildeo eacute superior a 2 (dois) anos

Cuida a hipoacutetese de crime comum pois natildeo se exige qualquer qualidade especial do agente muito embora em boa parte das vezes terminaraacute por alcanccedilar funcionaacuterio(s) puacuteblico(s) envolvido(s) com a administraccedilatildeo do estabelecimento prisional visado pela praacutetica criminosa notadamente nas modalidades auxiliar ou facilitar raciociacutenio que natildeo exclui evidentemente a possibilidade da praacutetica pelos mesmos funcionaacuterios puacuteblicos mediante a realizaccedilatildeo de qualquer dos outros verbos Natildeo se pode negar eacute oacutebvio que o funcionaacuterio puacuteblico tambeacutem poderaacute ingressar promover ou intermediar a entrada de aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar sem autorizaccedilatildeo legal em estabelecimento prisional expondo-se desta maneira agrave incidecircncia penal

Muito embora o legislador natildeo tenha dito quando deveria eacute inegaacutevel que a incidecircncia tiacutepica somente surgiraacute quando a conduta tiver por objetivo proporcionar que o aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar seja introduzido no estabelecimento prisional para chegar em matildeos de qualquer pessoa submetida a encarceramento por forccedila de decisatildeo judicial

Soacute eacute puniacutevel a conduta dolosa Eacute de se exigir ainda a demonstraccedilatildeo de dolo especiacutefico evidenciado na intenccedilatildeo dirigida de fazer com que o aparato termine em matildeos de quem natildeo poderia recebecirc-lo em razatildeo de estar submetido a estabelecimento penal A regra natildeo alcanccedila o simples incauto

Nesta exata medida natildeo pode se ver exposto agrave acusaccedilatildeo criminal por incidecircncia do art 349-A do Coacutedigo Penal aquele que simplesmente ingressa ou tenta ingressar no estabelecimento penal trazendo consigo aparelho de telefonia celular vg Eacute preciso que a conduta tenha por finalidade algo que verdadeiramente tem sentido punir nos moldes da tipificaccedilatildeo trazida com a Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 O princiacutepio da razoabilidade dentre outros assim determina

A inovaccedilatildeo revelada no art 349-A do Coacutedigo Penal tem relaccedilatildeo direta com o crime do art 319-A do mesmo Codex introduzido pela Lei n 114662007

SETEMBRO 2009 2

que pune com iguais consequumlecircncias penais ldquoo Diretor de Penitenciaacuteria eou agente puacuteblico que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externordquo

A regra de tal maneira interpretada natildeo alcanccedila os funcionaacuterios da administraccedilatildeo penitenciaacuteria os advogados ou qualquer outra pessoa que trabalhe ou se encontre nas dependecircncias de determinado estabelecimento penal exceto quando demonstrada a intenccedilatildeo de fazer com que o aparato eletrocircnico vaacute desaguar em matildeos de qualquer pessoa submetida ao confinamento por decisatildeo judicial

Esta eacute a interpretaccedilatildeo adequada Este eacute o verdadeiro alcance que se deve emprestar ao art 349-A do Coacutedigo Punitivo

A despeito da Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 natildeo ter tipificado as condutas consistentes em possuir portar ou utilizar aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento penal impende anotar que as modalidades tiacutepicas que estatildeo previstas tambeacutem podem alcanccedilar a pessoa do preso que se encontrar em estabelecimento penal seja ele o destinataacuterio ou natildeo do aparelho de telefonia celular ao contraacuterio do que pode sugerir uma primeira e apressada leitura do novo tipo penal

Natildeo se pode excluir a possibilidade de algum preso por exemplo quando do gozo de permissatildeo de saiacuteda (art 120 da LEP) ou de saiacuteda temporaacuteria (art 122 da LEP) ao retornar praticar uma das condutas reguladas Mesmo estando preso dentro dos limites de estabelecimento prisional fechado eacute possiacutevel que o agente venha a promover intermediar ou auxiliar a entrada de aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar sem autorizaccedilatildeo legal naquele estabelecimento prisional em que se encontrar ou em outro

Muito embora o novo art 349-A do CP indique que as condutas nele previstas devam ser praticadas sem autorizaccedilatildeo legal para efeito de aperfeiccediloamento da incidecircncia tiacutepica eacute forccedila convir que adotada nossa forma de interpretaccedilatildeo jamais poderaacute haver autorizaccedilatildeo legal e menos ainda judicial ou administrativa para o ingresso de aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar em estabelecimento prisional para dar em matildeos de presos

As razotildees satildeo evidentes

4) Conclusatildeo

Uma vez mais o Poder Legislativo disse menos do que deveria assim como o Poder Executivo tem feito bem menos do que eacute sua obrigaccedilatildeo no campo da prevenccedilatildeo e repressatildeo criminal

A posse de aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento prisional configura falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade nos moldes introduzidos pela Lei n 11466 de 28 de marccedilo de 2007 que tambeacutem tipificou a condescendecircncia criminosa do Diretor de Penitenciaacuteria eou agente puacuteblico no ato de deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externo

O tipo penal que decorre da Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 natildeo pune a posse o porte ou a utilizaccedilatildeo de aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento penal mas tem a pretensatildeo de fazer diminuirimpedir pela forccedila da retribuiccedilatildeo penal o ingresso de tais aparatos nos estabelecimentos que indica na exata medida em que penaliza as condutas antecedentes agrave posse ao porte ou utilizaccedilatildeo pelo encarcerado nos limites dos verbos empregados na formaccedilatildeo do tipo alternativo de conduta variada que eacute o novo art 349-A do Coacutedigo Penal

SETEMBRO 2009 3

NOTIacuteCIAS EXECUCcedilAtildeO PENAL

Com o objetivo de aprimorar a atua-ccedilatildeo do Ministeacuterio Puacuteblico do Estado do Rio de Janeiro em relaccedilatildeo agraves medidas de seguranccedila e de integrar os vaacuterios segmentos que trabalham nessa aacuterea Promotores e Procuradores de Justiccedila juntamente com autoridades e especia-listas no assunto participaram do semi-naacuterio ldquoA Execuccedilatildeo da Medida de Segu-ranccedila Uma Visatildeo Multidisciplinarrdquo

ldquoO tema eacute de fundamental importacircncia para toda a sociedade Natildeo seria dife-rente para o Ministeacuterio Puacuteblico A aten-ccedilatildeo aos Direitos Humanos eacute um assun-

to prioritaacuterio para noacutes O MP estaacute com esse seminaacuterio abrindo-se para ouvir profissionais de outras aacutereas que atu-am com esses casosrdquo afirmou o Sub-procurador-Geral de Justiccedila de Direitos Humanos e Terceiro Setor Leonardo Chaves Segundo ele o Promotor de Justiccedila ao atuar em medidas de segu-ranccedila deve importar-se com o conteuacute-do do procedimento e com o cidadatildeo envolvido

A medida de seguranccedila eacute aplicada a autores de crimes que natildeo tecircm condi-ccedilotildees de discernimento e necessitam de

tratamento psiquiaacutetrico Tem a finalidade de tratar o portador de doenccedila mental e tornaacute-lo apto a conviver em sociedade sem que volte a delinquumlir

SEMINAacuteRIO MEDIDA DE SEGURANCcedilA

SETEMBRO 2009 4

MUTIRAtildeO

Durante o mecircs de outubro ocorreraacute o Mutiratildeo Integrado CNJVEP no Siste-ma Carceraacuterio do Estado do Rio de Ja-neiro o qual seraacute realizado no Instituto Penal Plaacutecido Saacute Carvalho no Com-plexo de Gericinoacute em Bangu

O Mutiratildeo contaraacute com a participaccedilatildeo

Ministeacuterio Puacuteblico do Estado do Rio de Janeiro e atenderaacute a quase todos os estabelecimentos prisionais exceto as Penitenciaacuterias Talavera Bruce Carlos Tinoco da Fonseca (Campos) Joaquim Ferreira de Souza e o Presiacutedio Diome-des Vinhosa Domingues (Itaperuna)

Para tanto foi montada uma estrutu-ra administrativa capaz de atender agraves necessidades dos Promotores de Jus-ticcedila de Execuccedilatildeo Penal inclusive com apoio de servidores e assessores juriacute-dicos

FISCALIZACcedilOtildeES

UNIDADES PRISIONAIS FISCALIZADAS NO MEcircS DE SETEMBRO2009

Unidade Data Promotorias

Instituto Penal Edgard Costa 1609 1ordf e 5ordf

Penitenciaacuteria Moniz Sodreacute 2309 4ordf e 6ordf

Presiacutedio Heacutelio Gomes 2109 7ordf e 8ordf

O Diretor do Hospital Psiquiaacutetrico Penal Heitor Carrilho meacutedico Marcos Argolo ndash representando o Secretaacuterio de Estado de Administraccedilatildeo Penitenciaacuteria Ceacutesar Rubens de Carvalho ndash destacou que as pessoas portadoras de transtorno men-tal necessitam de tratamento digno e da uniatildeo de todas as autoridades para que possam recuperar-se e se reinserir-se na sociedade

Em sua apresentaccedilatildeo Argolo apresen-tou o perfil daqueles que estatildeo sob me-dida de seguranccedila um censo cliacutenico re-alizado em 2007 mostrou que 80 dos pacientes satildeo homens com meacutedia de idade de 39 anos e baixo grau de esco-laridade A maioria cometeu homiciacutedio usando faca e contra familiares proacutexi-mos

A titular da 12ordf Promotoria de Justiccedila de Execuccedilatildeo Penal Promotora de Justiccedila

Danielle de Souza Caputi registrou que o Ministeacuterio Puacuteblico estaacute atento agraves ces-saccedilotildees de periculosidade e ao retorno do paciente ao meio soacutecio-familiar en-tre outras preocupaccedilotildees para com os que estatildeo sob medida de seguranccedila

ldquoTodos de todas as entidades e Institui-ccedilotildees estatildeo totalmente comprometidos com o trabalho Temos de promover a Justiccedila para esses cidadatildeos e reingres-saacute-los na sociedaderdquo afirmou

A Promotora lembrou que haacute uma gran-de dificuldade de a famiacutelia aceitar a doenccedila e o tratamento o que leva os pacientes a ficarem mais tempo no hos-pital psiquiaacutetrico ldquoVamos trabalhar para tirar essas pessoas da internaccedilatildeordquo dis-se Danielle Caputi

A Coordenadora do 8ordm Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Jus-ticcedila de Execuccedilatildeo Penal Promotora de Justiccedila Maria da Gloacuteria Gama Pereira Figueiredo a Coordenadora do Cen-tro de Estudos Juriacutedicos do MP (Cejur) Procuradora Maria Cristina Tellechea e o Coordenador de Sauacutede da Secretaria de Estado de Administraccedilatildeo Penitenciaacute-ria Geraldo Paraguaccedilu tambeacutem partici-param da abertura do seminaacuterio

O encontro contou ainda com pales-tras da titular da 9ordf Promotoria de Jus-

ticcedila de Execuccedilatildeo Penal Promotora Ga-briela Tabet de Almeida dos meacutedicos psiquiatras Kaacutetia Mecler Miguel Chalub e Talvane Martins de Moraes e de Alber-to Kaplan curador da exposiccedilatildeo ldquoA Arte como Libertaccedilatildeordquo

Entre os temas apresentados estiveram os ldquoAspectos da Cessaccedilatildeo de Pericu-losidadesrdquo ldquoDependecircncia de Drogasrdquo ldquoArte como Libertaccedilatildeordquo e ldquoVisatildeo Criacutetica sobre a Medida de Seguranccedilardquo

Foi apresentado um viacutedeo com depoi-mentos de ex-pacientes e a encenaccedilatildeo de uma peccedila teatral pelos pacientes do Hospital Psiquiaacutetrico Penal Heitor Carri-lho bem como a exposiccedilatildeo de pinturas feitas pelos que foram submetidos a me-dida de seguranccedila

QUADRO SEAP

SETEMBRO 2009 5

10092009

DETENTO DA SEAP Eacute SELECIONADO PARA NOVA ETAPA DO CONCURSO DA COMLURB

O interno da Secretaria de Administra-ccedilatildeo Penitenciaacuteria Carlos Henrique Soa-res de 27 anos estaacute entre os 653 can-didatos aprovados nos testes fiacutesicos do concurso de Gari da Comlurb A relaccedilatildeo foi publicada nesta quarta-feira (0909) no Diaacuterio Oficial Agora ele vai realizar na proacutexima segunda-feira (1409) a pro-va praacutetica

Carlos Henrique detento da Penitenciaacute-ria Moniz Sodreacute no Complexo de Gerici-noacute fez a prova de capacitaccedilatildeo fiacutesica do Concurso na uacuteltima terccedila-feira (0109) Acompanhado do diretor da unidade e

sob escolta do Serviccedilo de Operaccedilotildees Especiais do Grupamento de Serviccedilo de Escolta (SOEGSE) ele saiu da unidade bem cedo para realizar o exame Depois de uma semana de ansiedade enfim saiu o resultado tatildeo esperado

-Estou muito feliz Eu estava muito an-sioso aguardando o resultado Sou mui-to grato a direccedilatildeo da penitenciaacuteria que me ajudou Agora soacute falta a prova praacute-tica A Comlurb vai dar um novo rumo aacute minha vida ndash declarou o interno

Carlos Henrique recebeu da Vara de

Execuccedilotildees Penais (VEP) o benefiacutecio de progressatildeo de regime e estaacute no semia-berto Ainda este mecircs ele deve rece-ber o livramento condicional O detento prestou o concurso em 2005 quando ainda estava em liberdade

Para sair da unidade prisional e fazer a prova todas as medidas de seguranccedila foram providenciadas Ele obteve autori-zaccedilatildeo judicial para prestar o exame

Haacute um ano outro interno da mesma uni-dade tambeacutem passou no concurso e atualmente trabalha no Leme

PROJETOS DE LEI

Estabelece a utilizaccedilatildeo de equipamento de rastreamento eletrocircnico pelo condenadonos casos que especifica

O Congresso Nacional decreta

Art 1ordm Esta lei estabelece a utilizaccedilatildeo de equipamento de rastreamento eletrocircnico pelo condenado nos casos que especi-fica

Art 2ordm A Lei nordm 7210 de 1984 ndash Lei de Execuccedilatildeo Penal passa a vigorar acresci-da do seguinte artigo

ldquoArt 115-A ndash Sempre que o preso con-denado estiver em liberdade eacute obriga-toacuteria a utilizaccedilatildeo de sistema de monito-ramento eletrocircnico consistente no uso

de dispositivo portaacutetil de rastreamento acoplado ao condenado

sect 1ordm A remoccedilatildeo do dispositivo ou a vio-laccedilatildeo do monitoramento implica transfe-recircncia ao regime fechado

sect 2ordm Durante o cumprimento da pena por monitoramento eletrocircnico o conde-nado estaraacute sujeito a frequumlentar cursos e a participar de atividades educativas devendo o juiz estabelecer restriccedilotildees quanto aos locais por ele frequumlentados inclusive a obrigaccedilatildeo de permanecer em sua residecircncia nos dias e horaacuterios indi-cados na sentenccedila

sect 3ordm O condenado poderaacute optar por re-colher-se em casa de albergado ou es-tabelecimento adequado em lugar de submeter-se ao monitoramento eletrocirc-nicordquo

Art 3ordm Esta lei entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo

JUSTIFICACcedilAtildeO

O projeto de lei que ora submetemos agrave apreciaccedilatildeo da Cacircmara dos Deputados visa a alterar a Lei de Execuccedilatildeo Penal estabelecendo como pena restritiva de direito a sujeiccedilatildeo ao monitoramento ele-trocircnico

Tal monitoramento eacute uma alternativa a ao encarceramento

Aleacutem de facilitar a reintegraccedilatildeo do preso agrave sociedade a adoccedilatildeo deste meacutetodo de vigilacircncia certamente acarretaraacute gastos menores ao Estado quando comparados aos da manutenccedilatildeo do condenado em albergues

Assim contamos com o apoio dos mem-bros desta Casa no sentido da aprova-ccedilatildeo desta proposiccedilatildeo

Sala das Sessotildees em de de 2008

Deputado FERNANDO DE FABINHO

PROJETO DE LEI Nordm 3648 DE 2008

(Do Sr Fernando de Fabinho)

SETEMBRO 2009 6

namento juriacutedico vigente

A teacutecnica legislativa da proposiccedilatildeo principal eacute adequada estando confor-me a LC 9598 O Substitutivo poreacutem conteacutem imperfeiccedilotildees que necessita-riam de retificaccedilatildeo

No meacuterito observamos que a utilizaccedilatildeo do rastreamento eletrocircnico de presos eacute medida que efetivamente contribui natildeo soacute para um aperfeiccediloamento no cum-primento da pena que se torna mais efetiva e amplia as possibilidades de reinserccedilatildeo social do condenado como tambeacutem barateia muito o custo do pre-so em comparaccedilatildeo ao sistema carce-raacuterio tradicional

A medida tem larga utilizaccedilatildeo em diver-sos paiacuteses e tem se mostrado eficiente e haacute mesmo um reclamo de nossa so-ciedade para sua aplicaccedilatildeo em nosso paiacutes

O Substitutivo da CSPCCO foi apre-sentado porque verificou imperfeiccedilotildees no texto originaacuterio que seriam a obriga-toriedade do uso do dispositivo quan-do seria de melhor teacutecnica e mais con-sentacircneo com nosso ordenamento que fosse faculdade do Juiz definir o uso ou natildeo do dispositivo

Tambeacutem considerou aquela Comis-satildeo Permanente que o projeto estaria como redigido tornando a utilizaccedilatildeo do dispositivo eletrocircnico um outro tipo de medida privativa de liberdade

Natildeo cremos que a redaccedilatildeo originaacuteria tivesse tal conteuacutedo

Ao definir a utilizaccedilatildeo do dispositivo em um novo Artigo 115-A da Lei de Exe-cuccedilatildeo Penal a proposiccedilatildeo que ana-lisamos natildeo criou pena nova alguma embora essa imprecisatildeo teacutecnica cons-tasse da justificaccedilatildeo do PL

O novo Art 115A estabelecia norma que pode ser cumprida sem alteraccedilatildeo do sistema de penas adotado por nosso ordenamento

Em resumo pela proposta inicial o preso poderia optar pelo cumprimento da pena em casa de albergado ou es-tabelecimento similar ou se posto em liberdade parcial se submetesse obri-gatoriamente ao monitoramento eletrocirc-nico O Substitutivo da CSPCCO torna faculdade do Juiz tal decisatildeo

Cremos que a melhor soluccedilatildeo seja mes-mo a redaccedilatildeo que faculta a utilizaccedilatildeo do dispositivo eletrocircnico A execuccedilatildeo penal tem particularidades e nuances que somente podem ser bem aquilata-das pelo julgador Casos haveraacute em que o juiz identificaraacute a conveniecircncia do uso do dispositivo bem como pode haver casos que tal uso seja inadequado

PARECER CCJ PL 3648-08A teacutecnica legislativa do Projeto poreacutem eacute superior agrave utilizada no Substitutivo ra-zatildeo pela qual apresentamos Substitutivo para melhorar a redaccedilatildeo

Votamos pois pela constitucionalidade juridicidade e boa teacutecnica legislativa e no meacuterito pela aprovaccedilatildeo da proposiccedilatildeo e do substitutivo da comissatildeo predeces-sora ambos nos termos do Substitutivo que ora oferecemos

Sala da Comissatildeo em de de 2009

Deputado SANDRO MABEL

Relato

COMISSAtildeO DE CONSTITUICcedilAtildeO E JUSTICcedilA E DE CIDADANIA

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nordm 3648 DE 2008

Estabelece a utilizaccedilatildeo de equipa-mento de rastreamento eletrocircnico pelo condenado nos casos que es-pecifica


Art 1ordm Esta Lei disciplina o uso de equi-pamento de rastreamento eletrocircnico para condenados

Art 2ordm O inciso II do Art 115 da Lei nordm7210 de 11 de julho de 1984 passa a vigorar com a seguinte redaccedilatildeo

ldquoArt 115

II ndash sair para o trabalho para frequentar cursos ou para participar de atividades recreativas e retornar nos horaacuterios fixa-dos

(NR)rdquo

Art 3ordm O Art 115 da Lei nordm 7210 de 11 de julho de 1984 passa a vigorar acrescido do seguinte paraacutegrafo uacutenico

ldquoArt 115

Paraacutegrafo uacutenico A criteacuterio do juiz pode ser utilizado o sistema de monitoramen-to eletrocircnico pelo preso que estiver em regime semi-aberto quando realizar ati-vidades externas e aberto (NR)rdquo




Relator


Autor Deputado FERNANDO DE FABINHO

Relator Deputado SANDRO MA-BEL

I - RELATOacuteRIO

Trata-se de Projeto de Lei que visa a tor-nar obrigatoacuterio o uso de dispositivo de monitoramento eletrocircnico sempre que o condenado estiver cumprindo pena em regime aberto Tambeacutem estabelece que o condenado monitorado deveraacute reali-zar cursos e atividades educativas ten-do restriccedilatildeo de frequecircncia a alguns lo-cais e obrigaccedilatildeo de permanecer em sua residecircncia nos dias fixados pelo juiz

A justificaccedilatildeo observa que o monito-ramento eacute uma alternativa ao encar-ceramento facilitando a reintegraccedilatildeo do preso agrave sociedade e diminuindo os gastos do Estado no cumprimento da pena

Apreciado na Comissatildeo de Seguranccedila Puacuteblica e Combate ao Crime Organiza-do o projeto foi aprovado com Substi-tutivo

A mateacuteria eacute de competecircncia final do Plenaacuterio da Cacircmara dos Deputados

Era o que cumpria relatar

II - VOTO DO RELATOR

Compete a esta Comissatildeo a anaacutelise da constitucionalidade juridicidade teacutecni-ca legislativa e do meacuterito da proposiccedilatildeo apresentada

Sob o enfoque da constitucionalidade formal o Projeto e o Substitutivo apre-sentado natildeo contecircm viacutecios porquan-to observadas as disposiccedilotildees consti-tucionais pertinentes agrave competecircncia da Uniatildeo para legislar sobre a mateacuteria (art 22 I) do Congresso Nacional para apreciaacute-la (art 48) e agrave iniciativa (art 61)

No tocante agrave constitucionalidade mate-rial natildeo se vislumbram tambeacutem quais-quer discrepacircncias entre o Projeto de Lei e o Substitutivo e a Constituiccedilatildeo Federal

Em relaccedilatildeo agrave juridicidade as proposi-ccedilotildees natildeo apresentam viacutecios pois suas disposiccedilotildees natildeo conflitam com o orde-

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JURISPRUDEcircNCIAS

GRAVE MATEacuteRIIA DISCIPLINADA NA SUacuteMULA VINCULANTE 9 I - A regressatildeo de regime pelo cometimento de falta grave encontra-se prevista na Lei de Execuccedilatildeo Penal Precedentes II - O cometimento de falta grave pelo detento tem como consequumlecircncia o reiniacutecio da contagem do lapso temporal de 16 da pena para a progressatildeo de regime prisional III - A suacutemula vinculante 9 disciplinou mateacuteria que alude ao art 127 da Lei de Execuccedilotildees Penais no tocante agrave perda dos dias remidos pelo cometimento de falta grave IV - Habeas corpus conhecido e denegada a ordem (STF HC94550 RS Relator(a) Min RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento 11112008 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 19-12-2008)

EMENTA HABEAS CORPUS EXECUCcedilAtildeO PENAL FALTA GRAVE PERDA DOS DIAS REMIDOS AUSEcircNCIA DE OFENSA AOS PRINCIacutePIOS CONSTITUCIONAIS DA ISONOMIA DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA E DA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA A jurisprudecircncia desta Corte estaacute alinhada no sentido de que o cometimento de falta grave resulta na perda dos dias remidos pelo trabalho e regressatildeo de regime sem que isso implique ofensa aos princiacutepios da isonomia da individualizaccedilatildeo da pena e da dignidade da pessoa humana Ordem denegada (STF HC95883 RS Relator(a) Min EROS GRAU Julgamento 09092008 Oacutergatildeo Julgador Segunda Turma Public 19-12-2008)

EMENTA PROCESSUAL PENAL HABEAS CORPUS REGRESSAtildeO DE REGIME PRISIONAL FALTA GRAVE FATO DEFINIDO COMO CRIME SOMA OU UNIFICACcedilAtildeO DE PENAS BENEFIacuteCIOS DA EXECUCcedilAtildeO ARTS 111 E 118 DA LEI 721084 REMICcedilAtildeO SUacuteMULA VINCULANTE 9 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PRINCIacutePIO DA PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA VETOR ESTRUTURAL ORDEM DENEGADA NA PARTE CONHECIDA I - A praacutetica de falta grave pode resultar observado o contraditoacuterio e a ampla defesa em regressatildeo de regime II - A praacutetica de ldquofato definido como crime dolosordquo para fins de aplicaccedilatildeo da sanccedilatildeo administrativa da regressatildeo natildeo depende de tracircnsito em julgado da accedilatildeo penal respectiva III - A natureza juriacutedica da regressatildeo de regime lastreada nas hipoacuteteses do art 118 I da Lei de Execuccedilotildees Penais eacute sancionatoacuteria enquanto aquela baseada no incido II tem por escopo a correta individualizaccedilatildeo da pena IV - A regressatildeo aplicada sob o fundamento do art 118 I segunda parte natildeo ofende ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou ao vetor estrutural da dignidade da pessoa humana V -

STF

EMENTA Habeas corpus Processual penal Transferecircncia temporaacuteria do paciente do Rio de Janeiro para Prisatildeo Federal em CatanduvasPR Mandado de seguranccedila do Estado do Rio de Janeiro contra decisatildeo que indeferiu o pedido de prorrogaccedilatildeo da transferecircncia Liminar deferida para suspender os efeitos dessa decisatildeo Constrangimento ilegal natildeo configurado Via inadequada para discussatildeo sobre a necessidade ou natildeo da transferecircncia Habeas corpus parcialmente conhecido e denegado 1 No caso natildeo haacute como ter-se como eivada de flagrante ilegalidade a decisatildeo ora questionada especialmente porque os fatos narrados nos autos satildeo de extrema gravidade e demandam anaacutelise profunda do contexto em que se deu a transferecircncia do paciente para o Presiacutedio Federal no Estado do Paranaacute a fim de verificar se eacute necessaacuteria ou natildeo a permanecircncia dele naquele presiacutedio por mais algum tempo Natildeo eacute o habeas corpus a via adequada para tal discussatildeo sendo esta reservada e recomendada agraves vias ordinaacuterias 2 Natildeo haacute litispendecircncia entre o mandado de seguranccedila impetrado na origem pelo Ministeacuterio Puacuteblico e o impetrado pelo Estado do Rio de Janeiro ldquoO pedido no primeiro Mandado se refere unicamente agrave atribuiccedilatildeo de efeito suspensivo ao Agravo em execuccedilatildeo No segundo o pedido eacute para fazer cessar os efeitos da decisatildeo proferida em primeiro grau e a consequumlente permanecircncia dos presos no Presiacutedio Federal de Catanduvasrdquo 3 No que concerne ao fundamento de que o paciente estaria preso indevidamente em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) natildeo pode este Supremo Tribunal Federal conhecer da mateacuteria sob pena de dupla supressatildeo de instacircncia uma vez que o Superior Tribunal de Justiccedila tambeacutem natildeo analisou tal fundamento porque a questatildeo natildeo foi submetida ao crivo da instacircncia de origem 4 Habeas corpus parcialmente conhecido e denegado (STF HC 93003 RJ Relator(a) Min MENEZES DIREITO Julgamento 11032008 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 13-06-2008)

EMENTA HABEAS CORPUS PENAL PROCESSUAL PENAL COMETIMENTO DE FALTA GRAVE COMO CAUSA DE REGRESSAtildeO DE REGIME NOVO MARCO PARA A CONTAGEM DO PRAZO PARA PROGRESSAtildeO DE REGIME ADMISSIBILIDADE JURISPRUDEcircNCIA DO STF PERDA DO DIREITO Agrave CONTAGEM DOS DIAS REMIDOS PELO TRABALHO ANTERIORES Agrave FALTA

Incidecircncia do teor da Suacutemula vinculante nordm 9 do Supremo Tribunal Federal quando agrave perda dos dias remidos VI - Ordem denegada (STF HC93782 RS Relator(a) Min RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento 16092008 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 17-10-2008)

DIREITO PENAL HABEAS CORPUS REMICcedilAtildeO DA PENA FALTA GRAVE SUacuteMULA VINCULANTE 9 STF CONSTITUCIONALIDADE DO ART 127 LEP DENEGACcedilAtildeO 1 O tema em debate neste habeas corpus jaacute foi objeto de consolidaccedilatildeo da orientaccedilatildeo desta Corte atraveacutes da ediccedilatildeo do enunciado da Suacutemula viculante nordm 9 ldquoO disposto no art 127 da Lei ndeg 72101984 (Lei de Execuccedilatildeo Penal) foi recebido pela ordem constitucional vigente e natildeo se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do art 58rdquo 2 Haacute orientaccedilatildeo pacificada no Supremo Tribunal Federal no sentido de que o cometimento de falta grave durante a execuccedilatildeo da pena privativa de liberdade implica a perda dos dias remidos pelo trabalho inexistindo motivo para se cogitar de eventual violaccedilatildeo a direito adquirido (HC 89784RS rel Min Caacutermen Luacutecia DJ 02022007) bem como natildeo haacute possibilidade de limitaccedilatildeo da pena a apenas trinta dias (HC 89528RS rel Min Joaquim Barbosa DJ 13102006) 3 A perda do direito ao benefiacutecio da remiccedilatildeo dos dias trabalhados em decorrecircncia da falta grave natildeo atenta contra o princiacutepio da individualizaccedilatildeo da pena (AI-ED 601909RS rel Min Ricardo Lewandowski DJ 06102006) bem como natildeo viola dos princiacutepios da isonomia e da dignidade da pessoa humana (AI-AgR 580543RS rel Min Gilmar Mendes DJ 01062007) 4 Habeas corpus denegado (STF HC94497 RS Relator(a) Min ELLEN GRACIE Julgamento 02092008 Oacutergatildeo Julgador Segunda Turma Public 26-09-2008)

EMENTA Habeas corpus Execuccedilatildeo penal Cometimento de falta grave Perda dos dias remidos Natildeo-ofensa aos princiacutepios constitucionais alegados Possibilidade de alteraccedilatildeo da data-base para reiniacutecio do cocircmputo para obtenccedilatildeo de outros benefiacutecios executoacuterios Impossibilidade de aplicaccedilatildeo do art 58 da LEP para limitaccedilatildeo temporal da perda dos dias remidos Precedentes 1 A perda dos dias remidos pelo trabalho de que trata o artigo 127 da Lei de Execuccedilotildees Penais natildeo afronta os princiacutepios constitucionais da individualizaccedilatildeo da pena da dignidade da pessoa humana da proporcionalidade e da razoabilidade 2 No que concerne agrave alteraccedilatildeo da data-base para concessatildeo de novos benefiacutecios a decisatildeo ora questionada estaacute de acordo com a jurisprudecircncia desta Corte no sentido de que ldquoo cometimento de falta grave pelo apenado impotildee natildeo soacute

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regime mais gravoso de cumprimento de pena em razatildeo do cometimento de falta grave como a apreensatildeo de arma em poder do condenado (STF HC 93083 RS Relator(a) Min CEZAR PELUSO Julgamento 14042009 Oacutergatildeo Julgador Segunda Turma Public 15-05-2009)

EMENTA PROCESSUAL PENAL RECURSO ORDINAacuteRIO EM HABEAS CORPUS INTEMPESTIVIDADE CONHECIMENTO DO RECURSO COMO HABEAS CORPUS ORIGINAacuteRIO PRECEDENTES POSSIBILIDADE DE TRABALHO EXTERNO E LIVRAMENTO CONDICIONAL PLEITO CUJA APRECIACcedilAtildeO REPRESENTARIA INDEVIDA SUPRESSAtildeO DE INSTAcircNCIA REGRESSAtildeO DE REGIME PRISIONAL UNIFICACcedilAtildeO DE PENAS BENEFIacuteCIOS DA EXECUCcedilAtildeO ARTS 111 E 118 DA LEI 721084 IMPOSSIBILIDADE ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E DENEGADA NA PARTE CONHECIDA I - Recurso interposto intempestivamente mas que conforme orientaccedilatildeo firmada por esta Corte (HC 87304 Rel Ministro Sepuacutelveda Pertence) deve ser conhecido como habeas corpus originaacuterio II - As pretensotildees acerca da possibilidade de trabalho externo e da obtenccedilatildeo de livramento condicional natildeo podem ser conhecidas na medida em que o STJ natildeo se pronunciou a respeito porque natildeo foram apreciadas pelo Tribunal a quo III - Exame desses pleitos nesta sede importaria em indevida supressatildeo de instacircncia IV - As saiacutedas temporaacuterias para frequumlentar curso superior ou visitar a famiacutelia satildeo benefiacutecios que soacute podem ser concedidos a condenados que estejam cumprindo as respectivas penas em regime semi-aberto conforme expressa disposiccedilatildeo da LEP V - A jurisprudecircncia desta Corte natildeo admite o cumprimento da pena em regime mais rigoroso ao argumento de que inexiste estabelecimento para o desconto da sanccedilatildeo corporal em regime mais brando (Por exemplo HC 94829SP Rel para o acoacuterdatildeo Min Menezes Direito e HC 87985SP Rel Min Celso de Mello VI - No caso todavia em virtude de nova condenaccedilatildeo o paciente teve suas penas unificadas o que justifica a regressatildeo de regime do semi-aberto para o fechado VII - Ordem parcialmente conhecida e denegada na parte conhecida (STF RHC 94808 MG Relator(a) Min RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento 10032009 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 03-04-2009)

EMENTA HABEAS CORPUS PENAL PROCESSUAL PENAL COMETIMENTO DE FALTA GRAVE COMO CAUSA DE REGRESSAtildeO DE REGIME NOVO MARCO PARA A CONTAGEM DO PRAZO PARA PROGRESSAtildeO DE REGIME ADMISSIBILIDADE JURISPRUDEcircNCIA

DO STF PERDA DO DIREITO Agrave CONTAGEM DOS DIAS REMIDOS PELO TRABALHO ANTERIORES Agrave FALTA GRAVE MATEacuteRIIA DISCIPLINADA NA SUacuteMULA VINCULANTE 9 I - A regressatildeo de regime pelo cometimento de falta grave encontra-se prevista na Lei de Execuccedilatildeo Penal Precedentes II - O cometimento de falta grave pelo detento tem como consequumlecircncia o reiniacutecio da contagem do lapso temporal de 16 da pena para a progressatildeo de regime prisional III - A suacutemula vinculante 9 disciplinou mateacuteria que alude ao art 127 da Lei de Execuccedilotildees Penais no tocante agrave perda dos dias remidos pelo cometimento de falta grave IV - Habeas corpus conhecido e denegada a ordem (STF HC94550 RS Relator(a) Min RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento 11112008 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 19-12-2008)

EMENTA PROCESSUAL PENAL HABEAS CORPUS REGRESSAtildeO DE REGIME PRISIONAL FALTA GRAVE FATO DEFINIDO COMO CRIME SOMA OU UNIFICACcedilAtildeO DE PENAS BENEFIacuteCIOS DA EXECUCcedilAtildeO ARTS 111 E 118 DA LEI 721084 REMICcedilAtildeO SUacuteMULA VINCULANTE 9 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PRINCIacutePIO DA PRESUNCcedilAtildeO DE INOCEcircNCIA DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA VETOR ESTRUTURAL ORDEM DENEGADA NA PARTE CONHECIDA I - A praacutetica de falta grave pode resultar observado o contraditoacuterio e a ampla defesa em regressatildeo de regime II - A praacutetica de ldquofato definido como crime dolosordquo para fins de aplicaccedilatildeo da sanccedilatildeo administrativa da regressatildeo natildeo depende de tracircnsito em julgado da accedilatildeo penal respectiva III - A natureza juriacutedica da regressatildeo de regime lastreada nas hipoacuteteses do art 118 I da Lei de Execuccedilotildees Penais eacute sancionatoacuteria enquanto aquela baseada no incido II tem por escopo a correta individualizaccedilatildeo da pena IV - A regressatildeo aplicada sob o fundamento do art 118 I segunda parte natildeo ofende ao princiacutepio da presunccedilatildeo de inocecircncia ou ao vetor estrutural da dignidade da pessoa humana V - Incidecircncia do teor da Suacutemula vinculante nordm 9 do Supremo Tribunal Federal quando agrave perda dos dias remidos VI - Ordem denegada (STF HC93782 RS Relator(a) Min RICARDO LEWANDOWSKI Julgamento 16092008 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 17-10-2008)

STJ

CONFLITO POSITIVO DE COMPETEcircNCIA EXECUCcedilAtildeO PENAL TRANSFEREcircNCIAPROVISOacuteRIA DE PRESOS DE UM ESTADO DA FEDERACcedilAtildeO PARA OUTRO INCIDENTES DA EXECUCcedilAtildeO PENAL

a regressatildeo de regime de cumprimento da pena como o reiniacutecio do cocircmputo do prazo de 16 da pena para obtenccedilatildeo de nova progressatildeo de regime prisionalrsquordquo (HC nordm 86990SP Relator o Ministro Ricardo Lewandowski DJ de 9606) 3 Eacute desprovido de fundamento juriacutedico o pedido de aplicaccedilatildeo do art 58 da Lei de Execuccedilotildees Penais para impor a limitaccedilatildeo temporal de 30 dias para perda dos dias remidos porque ldquoo dispositivo legal citado refere-se a capiacutetulo diverso daquele referente agrave remiccedilatildeo da pena e trata exclusivamente do isolamento da suspensatildeo e da restriccedilatildeo de direitos cuja aplicaccedilatildeo incumbe agrave autoridade disciplinar do estabelecimento prisionalrdquo (HC nordm 89784RS Primeira Turma Relatora a Ministra Caacutermen Luacutecia DJ de 2207) 4 Habeas corpus denegado (STF HC94652 RS Relator(a) Min MENEZES DIREITO Julgamento 10062008 Oacutergatildeo Julgador Primeira Turma Public 05-09-2008)

EMENTA EXECUCcedilAtildeO PENAL Pena privativa de liberdade Remiccedilatildeo Dias vencidos Perda Falta grave Licitude Constitucionalidade do art 127 da Lei nordm 721084 - Lei de Execuccedilatildeo Penal Inaplicabilidade da limitaccedilatildeo temporal prevista no art 58 Seguimento negado a recurso extraordinaacuterio Agravo regimental improvido Precedentes O art 127 da Lei nordm 721084 - Lei de Execuccedilatildeo Penal foi recebido pela ordem constitucional vigente e natildeo se lhe aplica a limitaccedilatildeo temporal prevista no art 58 (STF AI 490288 AgR ndash RS ndash Relator(a) Min CEZAR PELUSO Oacutergatildeo Julgador Segunda Turma Julgamento 10062008 Public 01-08-2008)

EXECUCcedilAtildeO PENAL HABEAS CORPUS PRAacuteTICA DE CRIME DOLOSO PELO CONDENADO FALTA GRAVE REGRESSAtildeO DE REGIME DESNECESSIDADE DE SENTENCcedilA CONDENATOacuteRIA TRANSITADA EM JULGADO PRECEDENTES DO STF ORDEM DENEGADA 1 A Lei de Execuccedilatildeo Penal natildeo exige o tracircnsito em julgado de sentenccedila condenatoacuteria para a regressatildeo de regime bastando para tanto que o condenado tenha ldquopraticadordquo fato definido como crime doloso (art 118 I da LEP) 2 Ante o exposto denego a ordem de habeas corpus (STF HC 97218 RS Relator(a) Min ELLEN GRACIE Julgamento 12052009 Oacutergatildeo Julgador Segunda Turma Public 29-05-2009)

EMENTA EXECUCcedilAtildeO PENAL Pena privativa de liberdade Regime de cumprimento Regressatildeo a mais gravoso Admissibilidade Praacutetica de falta grave reconhecida Apreensatildeo de arma em poder do condenado Aplicaccedilatildeo do art 118 I da Lei nordm 721084 - Lei de Execuccedilatildeo Penal HC denegado Precedentes Eacute admissiacutevel a regressatildeo a

JURISPRUDEcircNCIAS

SETEMBRO 2009 9JURISPRUDEcircNCIAS

COMPETEcircNCIA DO JUIacuteZO AO QUAL SE ENCONTRA VINCULADO O APENADO 1 Se a execuccedilatildeo penal eacute transferida para outra Unidade da Federaccedilatildeo consectaacuterio loacutegico da remoccedilatildeo operada a teor do art 86 da Lei nordm 721084 o Juiz competente para esse fim eacute o indicado pela Lei de Organizaccedilatildeo Judiciaacuteria ou seja aquele da Unidade da Federaccedilatildeo onde se executaraacute a pena Estaacute-se diante natildeo de uma simples delegaccedilatildeo de competecircncia de um Estado para outro mas de verdadeira modificaccedilatildeo de competecircncia 2 Natildeo haacute olvidar a competecircncia do Juiacutezo das Execuccedilotildees fluminense para decidir quanto agrave conveniecircncia da remoccedilatildeo a teor do art 5ordm da Lei 116712008 Entretanto a execuccedilatildeo das penas eacute da competecircncia do Juiacutezo Federal de CatanduvasPR em atenccedilatildeo ao art 1ordm sect 1ordm da Resoluccedilatildeo nordm 55707 do Conselho da Justiccedila Federal (redaccedilatildeo similar ao artigo 4ordm sect 1ordm da Lei nordm 116712008) que determina ldquoA execuccedilatildeo penal da pena privativa de liberdade no periacuteodo em que se efetivar a transferecircncia ficaraacute a cargo do juiacutezo federal competenterdquo 3 Para o fiel cumprimento da execuccedilatildeo penal deve-se levar em conta diante das circunstacircncias do caso concreto natildeo apenas as conveniecircncias pessoais e familiares dos presos bem como os da Administraccedilatildeo Puacuteblica sobretudo quando relacionadas com o efetivo cumprimento da pena uma vez que se reconheccedila a impossibilidade do Juiacutezo que solicitou o deslocamento dos apenados de se fazer presente no local do cumprimento da pena para acompanhaacute-la e tratar de incidentes que surjam no decorrer da execuccedilatildeo Exegese do Enunciado Sumular 192 desta Corte a corroborar a regra disposta no art 66 III da Lei de Execuccedilotildees Penais 4 Conflito conhecido para determinar competente o suscitante Juiacutezo Federal da Seccedilatildeo de Execuccedilatildeo Penal de Catanduvas da Seccedilatildeo Judiciaacuteria do Estado do Paranaacute (STJ CC 90702 PR CONFLITO DE COMPETENCIA 20070239230-2 Relator(a) Ministro OG FERNANDES Oacutergatildeo Julgador TERCEIRA SECcedilAtildeO Data do Julgamento 22042009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 13052009)

HABEAS CORPUS PENAL E PROCESSUAL PENAL EXECUCcedilAtildeO PENAL TRANSFEREcircNCIA DO PRESO SEM PREacuteVIA OITIVA DA DEFESA (ART 86 sect 3o DA LEP ALEGACcedilAtildeO DE OFENSA AOS PRINCIacutePIOS DO CONTRADITOacuteRIO E DA AMPLA DEFESA NULIDADE INEXISTENTE DIANTE DA AUSEcircNCIA DE PREVISAtildeO LEGAL PARECER DO MPF PELA DENEGACcedilAtildeO DO WRIT DENEGACcedilAtildeO DA ORDEM 1 A transferecircncia de preso nos termos do art 86 sect 3o da Lei de Execuccedilatildeo Penal cabe ao Juiacutezo da Execuccedilatildeo e prescinde de preacutevia manifestaccedilatildeo da defesa mormente quando as circunstacircncias do

caso concreto exigem a remoccedilatildeo urgente do custodiado Precedente do STF HC 93391RJ Rel Min CEZAR PELUSO DJe 08052008 2 Ordem denegada em conformidade com o parecer ministerial (STJ HC 103316 MT HABEAS CORPUS 20080068689-0 Relator(a) Ministro NAPOLEAtildeO NUNES MAIA FILHO Oacutergatildeo Julgador QUINTA TURMA Data do Julgamento 16042009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 04052009)

HABEAS CORPUS EXECUCcedilAtildeO PENAL EX-DELEGADO DE POLIacuteCIA TRANSFEREcircNCIA DE ESTABELECIMENTO PRISIONAL MATEacuteRIA NAtildeO APRECIADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM COMPETEcircNCIA DO JUIacuteZO DAS EXECUCcedilOtildeES PENAIS (ART 66 V ldquoHrdquo DA LEP) TRABALHO EXTERNO CONDENADO NO REGIME SEMI-ABERTO REQUISITO TEMPORAL INEXIGIBILIDADE PRISAtildeO ESPECIAL ART 295 DO CPP COM REDACcedilAtildeO DADA PELA LEI Nordm 102582001 CONSTRANGIMENTO ILEGAL NAtildeO CARACTERIZADO DESCABIMENTO DE PRISAtildeO DOMICILIAR 1 O writ natildeo deve ser conhecido quanto ao pedido de transferecircncia do paciente para estabelecimento prisional mais proacuteximo de seus familiares visto que a pretensatildeo natildeo foi apreciada em segundo grau sob pena de supressatildeo de instacircncia 2 Com efeito o Tribunal de origem limitou-se a afirmar que compete primeiramente ao Juiacutezo de Execuccedilotildees Penais avaliar a conveniecircncia da referida medida visto que o acolhimento do pedido de transferecircncia do preso para presiacutedio proacuteximo de onde residem seus familiares estaacute condicionado agrave existecircncia de vagas e estabelecimentos adequados acentuando natildeo constituir direito subjetivo do reacuteu 3 O Superior Tribunal de Justiccedila firmou compreensatildeo no sentido de ser prescindiacutevel para a concessatildeo de trabalho externo o cumprimento de um sexto da pena pelo condenado que se encontra no regime semi-aberto desde que preenchidos tambeacutem os requisitos subjetivos 4 Conforme ditames do artigo 295 do Coacutedigo de Processo Penal para observacircncia da garantia agrave prisatildeo especial basta seja o acusado recolhido em cela distinta das destinadas aos presos comuns 5 A prisatildeo especial que o paciente diz ter direito estaacute sendo respeitada O local onde se encontra recolhido diante do que afirmou o Tribunal de origem eacute proacuteprio e adequado para abrigar ex-policiais civis e delegados de poliacutecia e permitir que ldquoas regras do regime semi-aberto sejam cumpridasrdquo 6 Natildeo haacute motivo tambeacutem para autorizaccedilatildeo da prisatildeo domiciliar que soacute eacute possiacutevel em caso excepcionais ou na falta de local apropriado para o cumprimento em prisatildeo especial o que natildeo eacute o caso dos autos 7 Habeas corpus concedido em parte unicamente para que seja

afastado o oacutebice decorrente da exigecircncia de cumprimento de 16 (um sexto) da pena para a concessatildeo do benefiacutecio de trabalho externo devendo as demais condiccedilotildees serem apreciadas pelo Juiacutezo das Execuccedilotildees Criminais (STJ HC 97615 SP HABEAS CORPUS 20070308261-6 Relator(a) Ministro OG FERNANDES Oacutergatildeo Julgador SEXTA TURMA Data do Julgamento 21102008 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 10112008)

EXECUCcedilAtildeO PENAL HABEAS CORPUS POSSE DE COMPONENTE ESSENCIAL DE APARELHO CELULAR CONDUTA PRATICADA APOacuteS O ADVENTO DA LEI Nordm1146607 FALTA DE NATUREZA GRAVE CARACTERIZADA TESE DE NEGATIVA DE AUTORIA SEQUER APRESENTADA AO TRIBUNAL A QUO SUPRESSAtildeO DE INSTAcircNCIA PEDIDO SUBSIDIAacuteRIO PREJUDICADO I - Com o advento da Lei nordm 114662007 passou a ser considerada como falta grave a posse o uso ou o fornecimento de aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externo Tal alteraccedilatildeo legislativa por oacutebvio pretendeu alcanccedilar a conduta daqueles que satildeo flagrados portando componentes essenciais dos referidos objetos (Precedentes) II - Na hipoacutetese tendo em vista que o paciente foi flagrado na posse de um ldquochiprdquo de aparelho celular no interior de unidade prisional escorreita a caracterizaccedilatildeo da falta disciplinar como de natureza grave III - Tendo em vista que a negativa de autoria da falta disciplinar sequer foi apresentada ao e Tribunal de origem e por essa razatildeo natildeo foi apreciada fica esta Corte impedida de examinar tal tese sob pena de indevida supressatildeo de instacircncia (Precedentes) IV - Reconhecida a conduta como falta grave fica prejudicado o pedido subsidiaacuterio de sua desclassificaccedilatildeo para falta leve ou meacutedia Ordem parcialmente conhecida e nesta parte denegada (STJ HC 129499 SP HABEAS CORPUS 20090032638-5 Relator(a) Ministro FELIX FISCHER Oacutergatildeo Julgador QUINTA TURMA Data do Julgamento 16062009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 08092009)

HABEAS CORPUS EXECUCcedilAtildeO PENAL HOMICIacuteDIOS TENTADOS E DANO QUALIFICADO REacuteU CONDENADO Agrave PENA DE 19 ANOS 2 MESES E 29 DIAS DE RECLUSAtildeO PROGRESSAtildeO PARA O REGIME SEMIABERTO DEFERIDA PELO JUIZ DA VEC MAS CASSADA PELO TRIBUNAL A QUO FUNDAMENTACcedilAtildeO IDOcircNEA PARA A EXIGEcircNCIA DE EXAME CRIMINOLOacuteGICO PACIENTE QUE PRATICOU FALTAS GRAVES (EVASAtildeO) DURANTE O CUMPRIMENTO DA PENA EM REGIME SEMIABERTO PARECER MINISTERIAL PELA DENEGACcedilAtildeO


DA ORDEM ORDEM DENEGADA 1 Conforme entendimento cristalizado nesta Corte Superior a realizaccedilatildeo do exame criminoloacutegico pode ser solicitada quando as peculiaridades da causa assim o recomendarem 2 In casu o Tribunal a quo determinou a realizaccedilatildeo de exame criminoloacutegico em razatildeo do cometimento de faltas graves (evasatildeo) durante o cumprimento da pena em regime semiaberto sendo indispensaacutevel a avaliaccedilatildeo teacutecnica para demonstrar a aptidatildeo para o retorno gradual ao conviacutevio em sociedade 3 O exame criminoloacutegico constitui um instrumento necessaacuterio para a formaccedilatildeo da convicccedilatildeo do Magistrado de maneira que deve sempre ser realizado como meio de se obter uma avaliaccedilatildeo mais aprofundada acerca dos riscos do deferimento da progressatildeo de regime ocasiatildeo em que o apenado teraacute maior contato com a sociedade De outra parte eacute procedimento que natildeo constrange quem a ele se submete pois se trata de avaliaccedilatildeo natildeo-invasiva da pessoa jaacute que se efetiva por meio de entrevista com teacutecnico ou especialista natildeo produzindo qualquer ofensa fiacutesica ou moral 4 Parecer do MPF pela denegaccedilatildeo da ordem 5 Ordem denegada (STJ HC 128853 SP HABEAS CORPUS 20090028625-6 Relator(a) Ministro NAPOLEAtildeO NUNES MAIA FILHO Oacutergatildeo Julgador QUINTA TURMA Data do Julgamento 06082009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 08092009)

EXECUCcedilAtildeO PENAL RECURSO ESPECIAL PRAacuteTICA DE FATO DEFINIDO COMOCRIME DOLOSO NO CURSO DA EXECUCcedilAtildeO DA PENA LATROCIacuteNIO FALTA GRAVE CONFIGURADA TRAcircNSITO EM JULGADO DE EVENTUAL SENTENCcedilA CONDENATOacuteRIA DESNECESSIDADE REGRESSAtildeO DE REGIME POSSIBILIDADE PREacuteVIA OITIVA DO APENADO ART 118 sect 2ordm DA LEP I - No caso de cometimento de novo crime doloso pelo apenado a caracterizaccedilatildeo da falta grave independe do tracircnsito em julgado de eventual sentenccedila condenatoacuteria nos termos do art 52 da LEP (Precedentes) II - De outro lado o art 118 inciso I da Lei de Execuccedilatildeo Penal estabelece que o apenado ficaraacute sujeito agrave transferecircncia para o regime mais gravoso quando praticar falta grave ou fato definido como crime doloso neste uacuteltimo independentemente do tracircnsito em julgado de sentenccedila condenatoacuteria In casu o apenado estaacute sendo acusado da praacutetica de latrociacutenio razatildeo pela qual se mostra possiacutevel a regressatildeo de regime (Precedentes) III - Eacute paciacutefico o entendimento desta Corte Superior no sentido de que a decisatildeo acerca da regressatildeo de regime deve ser calcada em procedimento no qual se obedeccedila

os princiacutepios do contraditoacuterio e da ampla defesa sendo sempre que possiacutevel indispensaacutevel a inquiriccedilatildeo em juiacutezo do sentenciado ex vi do art 118 sect 2ordm da Lei de Execuccedilatildeo Penal Recurso provido (STJ REsp 1056892 RS RECURSO ESPECIAL 20080102154-1 Relator(a) Ministro FELIX FISCHER Oacutergatildeo Julgador QUINTA TURMA Data do Julgamento 23062009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 31082009)

EXECUCcedilAtildeO PENAL HABEAS CORPUS PROGRESSAtildeO DE REGIME CRIME HEDIONDO DECLARACcedilAtildeO DE INCONSTITUCIONALIDADE DE TODO O sect 1ordm DO ART 2ordm DA LEI 807290 BENEFIacuteCIO REVOGADO FATO ANTERIOR Agrave LEI 1146407 APLICACcedilAtildeO IMPOSSIBILIDADE PRINCIacutePIO DA IRRETROATIVIDADE IN PEJUS REQUISITO OBJETIVO SATISFEITO EXAME CRIMINOLOacuteGICO DISPENSADO PELO JUIacuteZO DA EXECUCcedilAtildeO EXIGEcircNCIA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM DEVIDAMENTE FUNDAMENTADA IMEDIATO RETORNO AO REGIME MAIS GRAVE DESNECESSIDADE ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA 1 Natildeo obstante ter sido a declaraccedilatildeo de inconstitucionalidade do art 2ordm sect 1ordm da Lei 807290 incidental e com efeito ex nunc incompreensiacutevel seria a aplicaccedilatildeo do aludido ato normativo em outras causas envolvendo crimes hediondos ou a eles equiparados apoacutes ter sido considerado pelo Supremo Tribunal Federal como violador de princiacutepios inscritos na Constituiccedilatildeo Federal 2 A Lei 1146407 natildeo alcanccedila os delitos cometidos anteriormente agravesua entrada em vigor em observacircncia ao princiacutepio da irretroatividade in pejus 3 O art 112 da Lei de Execuccedilatildeo Penal exige para o preenchimento do requisito subjetivo apenas o atestado de bom comportamento carceraacuterio firmado pelo diretor do estabelecimento prisional podendo o magistrado de acordo com o entendimento do Supremo Tribunal Federal (HC 88052DF) determinar a realizaccedilatildeo de exame criminoloacutegico desde que o faccedila por meio de decisatildeo fundamentada nas peculiaridades do caso concreto 4 Ordem parcialmente concedida para que o paciente aguarde a realizaccedilatildeo do exame criminoloacutegico no regime semiaberto (STJ HC 129019 SP HABEAS CORPUS 20090029664-5 Relator(a) Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA Oacutergatildeo Julgador QUINTA TURMA Data do Julgamento 13082009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 31082009)

HABEAS CORPUS PROGRESSAtildeO AO REGIME SEMIABERTO INDEFERIDO PELO JUIacuteZO DAS EXECUCcedilOtildeES CRIMINAIS REQUISITO SUBJETIVO NAtildeO PREENCHIDO DELITO COMETIDO

DURANTE O PERIacuteODO DE PROVA DO SURSIS DA PENA DECISAtildeO REFERENDADA PELO PELO TRIBUNAL A QUO ORDEM DENEGADA 1 O art 112 da Lei de Execuccedilatildeo Penal alterado pela Lei n 107922003 estabelece que o sentenciado que cumprir 16 (um sexto) da pena no modo anterior e apresentar bom comportamento carceraacuterio comprovado por atestado emitido pelo Diretor do estabelecimento prisional teraacute direito agrave progressatildeo de regime 2 O cometimento de novo delito durante a suspensatildeo condicional da pena evidencia a ausecircncia de meacuterito agrave progressatildeo de regime natildeo obstante a apresentaccedilatildeo do atestado de boa conduta carceraacuteria 3 Ordem denegada (STJ HC 114168 SP HABEAS CORPUS 20080187089-2 Relator(a) Ministro JORGE MUSSI Oacutergatildeo Julgador QUINTA TURMA Data do Julgamento 16062009 Data da PublicaccedilatildeoFonte DJe 24082009)

TJRJ

EMENTA - CRIMES DE HOMICIacuteDIO QUALIFICADO E DE INCEcircNDIO - CONDENACcedilAtildeO - REGIME FECHADO - EXECUCcedilAtildeO PROGRESSAtildeO PARA REGIME SEMI-ABERTO - BENEFIacuteCIOS DE VISITA PERIOacuteDICA AO LAR COM PERNOITE E DE TRABALHO EXTRA-MUROS CONCEDIDOS - ALEGACcedilAtildeO DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL POR NAtildeO TER SIDO EFETUADA A TRANSFEREcircNCIA PARA UNIDADE COMPATIacuteVEL COM O TRABALHO EXTRA-MUROS - PACIENTE QUE SE ENCONTRA EM REGIME SEMI-ABERTO AGUARDANDO VAGA DE TRABALHO NA FUNDACcedilAtildeO SANTA CABRINI E QUE NAtildeO APRESENTOU PROPOSTA DE EMPREGO - CONSTRANGIMENTO ILEGAL INEXISTENTE - ORDEM DENEGADA (TJRJ - HABEAS CORPUS 200905901518 - DES FATIMA CLEMENTE - Julgamento 31032009 - QUARTA CAMARA CRIMINAL)

DIREITO CONSTITUCIONAL PENAL E PROCESSUAL PENAL HABEAS CORPUS Alega o Impetrante que o Paciente estaria sofrendo constrangimento ilegal em razatildeo da decisatildeo do Juiacutezo da Vara de Execuccedilotildees Penais que indeferiu requerimento de visita perioacutedica ao lar e trabalho extramuros ao argumento de que o deferimento dos benefiacutecios natildeo se coaduna com o objetivo da pena A progressividade do regime de forma sucessiva tem por objetivo adaptar o Penitente aos deveres sociaisA jurisprudecircncia acertadamente tem entendido que o Penitente deveraacute permanecer em cada estaacutegio de pena por um periacuteodo razoaacutevel a essa adaptaccedilatildeoNa hipoacutetese em exame o Paciente ingressou no regime semi-aberto em 24092008


natildeo havendo portanto decurso de tempo que autorize a ilaccedilatildeo de que ele assimilou o favor concedido pelo Estado de forma a fazer jus aos benefiacutecios pleiteados Dentro desse contexto correta a decisatildeo atacada eis que devidamente fundamentada no art 123 inc III da Lei ndeg 721084 ORDEM DENEGADA (TJRJ HABEAS CORPUS 200905902986 DES MAURILIO PASSOS BRAGA - Julgamento 02062009 - SETIMA CAMARA CRIMINAL)

EMENTA HABEAS CORPUS EXECUCcedilAtildeO PENAL PRETENSAtildeO DE REFORMA DA DECISAtildeO DO JUIacuteZO DA EXECUCcedilAtildeO QUE INDEFERIU PEDIDO DE AUTORIZACcedilAtildeO FORMULADO PELA DEFESA DO PACIENTE PARA QUE ESTE PUDESSE SE AUSENTAR DA CASA DE ALBERGADO TAMBEacuteM NOS FINAIS DE SEMANA PARA TRABALHAR COMO AMBULANTE NAS PRAIAS DO RIO DE JANEIRO ILEGALIDADE DA DECISAtildeO QUE EM AcircMBITO DE REGIME ABERTO DEIXA DE EXAMINAR A POSSIBILIDADE DE ESTABELECIMENTO DE CONDICcedilOtildeES ESPECIAIS APLICACcedilAtildeO DO PRINCIacutePIO DA INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DA PENA Agrave FASE EXECUTIVA ART 5ordm XLVI DA CR88 E ART 5ordm DA LEP FORCcedilA NORMATIVA DA CONSTITUICcedilAtildeO QUE ORIENTA O APLICADOR DO DIREITO Agrave REALIZACcedilAtildeO DO PROGRAMA NORMATIVO DEFINIDO NO PRECEITO DISPOSITIVO E DESTA ORIENTACcedilAtildeO ELE NAtildeO SE PODE FURTAR PACIENTE QUE CUMPRE PENA EM REGIME ABERTO REGIME BASEADO NA AUTODISCIPLINA E NO SENSO DE RESPONSABILIDADE DO CONDENADO (ART 36 DO CP) UacuteLTIMO ESTAacuteGIO PARA O COMPLETO RETORNO DO CONDENADO AO CONVIacuteVIO SOCIAL DO QUAL SE VIU EXCLUIacuteDO POSSIBILIDADE DE ESTABELECIMENTO DE CONDICcedilOtildeES ESPECIAIS ART 115 DA LEP PACIENTE QUE COMPROVOU POSSUIR AUTORIZACcedilAtildeO DO MUNICIacutePIO PARA TRABALHAR NAS PRAIAS NAtildeO SOacute NOS DIAS UacuteTEIS COMO TAMBEacuteM NOS FINAIS DE SEMANA (FLS 1920) SITUACcedilAtildeO EXCEPCIONAL QUE HAacute DE SER CONSIDERADA HAJA VISTA A NATUREZA DA ATIVIDADE LABORATIVA SOB PENA DE SE SUPRIMIR DO CONDENADO INSTITUTOS PREVISTOS DA LEP E QUE TEcircM POR ESCOPO REINTEGRAacute-LO PAULATINAMENTE Agrave SOCIEDADE POSSIBILIDADE DE FIXACcedilAtildeO DE HORAacuteRIO DIFERENCIADO DE RETORNO PARA A CASA DE ALBERGADO Habeas corpus impetrado em favor de LUPERCIO BARBOSA DA SILVA com o escopo de obter autorizaccedilatildeo da autoridade judiciaacuteria para que o paciente que cumpre pena em regime aberto possa se ausentar da Casa de Albergado tambeacutem nos finais de semana e feriados no horaacuterio de 6 agraves 20hs Paciente que cumpre pena de seis anos dois meses

e vinte dias de reclusatildeo com teacutermino previsto para 30 de junho de 2012 pela praacutetica do crime tipificado no artigo 157 sect 2ordm incisos I e II por duas vezes na forma do artigo 70 ambos do Coacutedigo Penal Progressatildeo para o regime aberto deferida em 16 de julho de 2007 Impetrante que postula a reforma da decisatildeo do juiacutezo da execuccedilatildeo que indeferiu pedido de autorizaccedilatildeo para que o paciente pudesse se ausentar da Casa de Albergado tambeacutem nos finais de semana Decisatildeo que deveria ser impugnada por meio de agravo de instrumento de modo a permitir o exerciacutecio do contraditoacuterio pelo Ministeacuterio Puacuteblico No entanto diante da ilegalidade da decisatildeo a mateacuteria seraacute apreciada neste writ Eacute ilegal a decisatildeo que em acircmbito de regime aberto deixa de examinar a possibilidade de estabelecimento de condiccedilotildees especiais para o cumprimento da pena Impossibilidade de o paciente cumprir pena no regime aberto e simultaneamente atender ao propoacutesito de reintegraccedilatildeo social pelo trabalho Paciente que possui autorizaccedilatildeo do Municiacutepio para trabalhar nas praias do Rio de Janeiro natildeo soacute nos dias uacuteteis como tambeacutem nos finais de semana e feriado Situaccedilatildeo excepcional que haacute de ser considerada haja vista a natureza da atividade laborativa Estabelecimento de horaacuterio diferenciado cuja fiscalizaccedilatildeo ficaraacute a cargo da Casa de Albergado ORDEM CONCEDIDA (TJRJ - HABEAS CORPUS 200805905790 - DES GERALDO PRADO - Julgamento 09102008 - QUINTA CAMARA CRIMINAL)

DIREITO CONSTITUCIONAL PENAL E PROCESSUAL PENAL HABEAS CORPUS Alega o Impetrante que o Paciente estaria sofrendo constrangimento ilegal em razatildeo da decisatildeo do Juiacutezo da Vara de Execuccedilotildees Penais que indeferiu requerimento de visita perioacutedica ao lar e trabalho extramuros ao argumento de que o deferimento dos benefiacutecios natildeo se coaduna com o objetivo da pena A progressividade do regime de forma sucessiva tem por objetivo adaptar o Penitente aos deveres sociaisA jurisprudecircncia acertadamente tem entendido que o Penitente deveraacute permanecer em cada estaacutegio de pena por um periacuteodo razoaacutevel a essa adaptaccedilatildeoNa hipoacutetese em exame o Paciente ingressou no regime semi-aberto em 24092008 natildeo havendo portanto decurso de tempo que autorize a ilaccedilatildeo de que ele assimilou o favor concedido pelo Estado de forma a fazer jus aos benefiacutecios pleiteados Dentro desse contexto correta a decisatildeo atacada eis que devidamente fundamentada no art 123 inc III da Lei ndeg 721084 ORDEM DENEGADA (TJRJ HABEAS CORPUS 200905902986 DES MAURILIO PASSOS BRAGA - Julgamento 02062009 - SETIMA CAMARA CRIMINAL)

EMENTA Habeas corpus impetrado sob o fundamento de que o impetrante e paciente preenche todos os requisitos para concessatildeo do benefiacutecio de visita perioacutedica ao lar Informaccedilotildees prestadas que trazem decisatildeo de indeferimento do pedido com as devidas justificativas em consonacircncia com o parecer ministerial Decisatildeo que leva em conta a maior severidade no cumprimento da pena para crimes hediondos Paciente que foi condenado a 45 (quarenta e cinco) anos de prisatildeo por trecircs tentativas de homiciacutedio e um delito de atentado violento ao pudor Progressatildeo de regime do fechado para o semi-aberto que foi deferida em razatildeo do lapso temporal sendo vedada entretanto tambeacutem pelo lapso temporal a progressatildeo de semi-aberto para o aberto Entendimento do juiacutezo apontado como coator e dos representantes do ministeacuterio puacuteblico que os lapsos temporais exigidos pela lei 1146407 se aplicam a todos os benefiacutecios da execuccedilatildeo Visita perioacutedica ao lar que eacute incompatiacutevel com os regimes fechado e semi-aberto Inexistecircncia de coaccedilatildeo Denegaccedilatildeo da ordem (TJRJ HABEAS CORPUS 200805908149 DES NILZA BITAR - Julgamento 09122008 - QUARTA CAMARA CRIMINAL)

EMENTA - HABEAS-CORPUS - EXECUCcedilAtildeO - PEDIDO DE VISITACcedilAtildeO PERIOacuteDICA A FAMIacuteLIA - INDEFERIMENTO CONDENADO QUE FOI BENEFICIADO COM PROGRESSAtildeO PARA O REGIME SEMI-ABERTO RECENTEMENTE - BENEFIacuteCIO QUE NAtildeO SE COADUNA COM O OBJETIVO DA PENA - NECESSIDADE DE PROGRESSIVIDADE GRADUAL - CONSTRANGIMENTO ILEGAL INOCORREcircNCIA - ORDEM DENEGADA (TJRJ - HABEAS CORPUS 200905901844 DES FATIMA CLEMENTE - Julgamento 31032009 - QUARTA CAMARA CRIMINAL)

Visita perioacutedica ao lar Pretensatildeo agrave reforma da decisatildeo que indeferiu o benefiacutecio pela falta dos requisitos autorizadores Decisatildeo que restou devidamente fundamentada inclusive em perfeita consonacircncia com a manifestaccedilatildeo do Oacutergatildeo ministerial de primeiro grau opiniatildeo da qual compartilha a douta Procuradoria de Justiccedila jaacute que o apenado obteve a progressatildeo para o regime semi-aberto haacute pouco mais de 1 ano e 6 meses e soacute preencheraacute o requisito objetivo temporal para a concessatildeo de livramento condicional em 2018 estando o teacutermino de pena previsto para 2026 justificando a Autoridade judiciaacuteria dita coatora que a progressatildeo de regime constitui de per si um benefiacutecio natildeo se coadunando por ora a saiacuteda extra-muros com o objetivo da pena pois serviria inclusive de estiacutemulo para eventual evasatildeoAusecircncia de constrangimento ilegal a sanarOrdem denegada (TJRJ HABEAS


CORPUS 200905901263 - DES KATIA JANGUTTA - Julgamento 17032009 - SEGUNDA CAMARA CRIMINAL)

Habeas Corpus Vaacuterios delitos Constrangimento ilegal decorrente do indeferimento do pedido de visita perioacutedica ao lar Paciente com teacutermino de pena previsto para 17082022 preso desde 180805 e tendo cumprido pouco mais de 3 anos da pena total imposta O ingresso recente no regime semi-aberto em cotejo com o total das penas aplicadas evidencia um lapso maior para o gozo do benefiacutecio pretendido Decisatildeo denegatoacuteria las-treada nos fins colimados da pena que entende no caso vertente e momento presente natildeo atender aos fins da pena o gozo da benesse com ferimento ao caraacuteter progressivo de readaptaccedilatildeo pretendido pela norma Lapso para o livramento previsto para 16122012 Decisatildeo suficientemente balizada natildeo ensejando o constrangimento Incompatibilidade momentacircnea do benefiacutecio com os fins progressivos da pena Ordem denegada (TJRJ HABEAS CORPUS 200905900076 DES SUELY LOPES MAGALHAES - Julgamento 04022009 - OITAVA CAMARA CRIMINAL)

OITAVA CAcircMARA CRIMINALHABEAS CORPUS Nordm 2 0 0 8 0 5 9 0 8 3 0 3 I M P E T R A N T E CRISTINA TEIXEIRA CEacuteSAR (OABRJ Nordm 108188)PACIENTE MARCELO DOS SANTOSAUTORIDADE COATORA JUIacuteZO DA VARA DE EXECUCcedilOtildeES PENAISRELATOR DES MARCUS QUARESMA FERRAZExecuccedilatildeo penal Habeas Corpus objetivando a reforma da decisatildeo que indeferiu o benefiacutecio de visita perioacutedica ao lar embora preenchidos os requisitos legaisO paciente cumpre pena pela praacutetica de crime de latrociacutenio estando o teacutermino da expiaccedilatildeo previsto para 5 de junho de 2019 tendo sido progredido ao regime semi-aberto em 2 de junho uacuteltimoEvidente que a praacutetica de grave crime exige observaccedilatildeo atenta agrave adaptaccedilatildeo do penitente no regime prisional mais brando que recentemente ingressou possibilitando que o meacuterito para obtenccedilatildeo do benefiacutecio de visita perioacutedica ao lar seja analisado com mais seguranccedilaOrdem denegada (TJRJ HABEAS CORPUS 200805908303 DES MARCUS QUARESMA FERRAZ - Julgamento 14012009 - OITAVA CAMARA CRIMINAL)

Visita perioacutedica ao lar Pretensatildeo de reforma da decisatildeo que indeferiu o benefiacutecio pela falta dos requisitos autorizadoresDecisatildeo que restou devidamente fundamentada inclusive em perfeita consonacircncia com a manifestaccedilatildeo do Oacutergatildeo ministerial de primeiro grau opiniatildeo da qual compartilha

a Douta Procuradoria de Justiccedila jaacute que o apenado obteve a progressatildeo para o regime semi-aberto haacute menos de 5 meses e soacute preencheraacute o requisito objetivo-temporal para a concessatildeo de livramento condicional em 2020 estando o teacutermino de pena previsto para 2029 justificando a Autoridade judiciaacuteria dita coatora que a progressatildeo de regime constitui de per si um benefiacutecio natildeo se coadunando por ora a saiacuteda extra-muros com o objetivo da pena pois serviria inclusive de estiacutemulo para eventual evasatildeoAusecircncia de constrangimento ilegal a sanar Ordem denegada (TJRJ HABEAS CORPUS 200805907785 DES KATIA JANGUTTA - Julgamento 09122008 - SEGUNDA CAMARA CRIMINAL)

EMENTA - RECURSO DE AGRAVO DA LEI 721084 ATACANDO DECISAtildeO QUE CONCEDEU VISITA PERIOacuteDICA AO LAR A concessatildeo de duas saiacutedas mensais e ainda para aniversaacuterio paacutescoa dia das matildees dia dos pais natal e festividades do ano novo estaacute em frontal discrepacircncia com o nuacutemero maacuteximo permitido no artigo 124 da Lei de Execuccedilotildees Penais A benesse legal natildeo pode ser usada indiscriminadamente pois impede a real fiscalizaccedilatildeo da execuccedilatildeo da pena Agravo interposto pelo MINISTEacuteRIO PUacuteBLICO que se provecirc para cassar a decisatildeo agravada (TJRJ AGRAVO DE EXECUCAO PENAL 200807601710 DES NILZA BITAR - Julgamento 13012009 - QUARTA CAMARA CRIMINAL)

Latrociacutenio Constrangimento ilegal decorrente do indeferimento do pedido de visita perioacutedica ao lar Paciente com teacutermino de pena previsto para 14062020 Progressatildeo para o regime semi-aberto em 11092008 O ingresso recente no regime semi-aberto em cotejo com a pena aplicada evidencia a necessidade de um lapso maior para o gozo do benefiacutecio pretendido O fato de natildeo dispor do benefiacutecio da VPL por si soacute natildeo transforma o regime atual no fechado entendendo corretamente o julgador que a benesse pretendida haacute de ser deferida quando se possa oportunamente aferir que os fins buscados na aplicaccedilatildeo progressiva da sanccedilatildeo encontram-se alcanccedilados ou esta natildeo atingiraacute os fins a que se destina Natildeo existe no momento compatibilidade entre os objetivos da pena e o aludido benefiacutecio A autorizaccedilatildeo para tais saiacutedas somente deve ser concedida aos apenados que se encontram comprovadamente em condiccedilotildees de viver em sociedade Decisatildeo suficientemente balizada natildeo ensejando o constrangimento apontado Ordem denegada (TJRJ HABEAS CORPUS 200905901905 DES SUELY LOPES MAGALHAES - Julgamento 01042009 - OITAVA CAMARA CRIMINAL)

TJRJ

EMENTA EXECUCcedilAtildeO PENAL APENADO QUE INICIA O CUMPRIMENTO DA PENA NO REGIME SEMI-ABERTO TRABALHO EXTERNO INEXIGIBILIDADE DO ATENDIMENTO DE CUMPRIMENTO MIacuteNIMO DE 16 DA PENA EXIGEcircNCIA POREacuteM DE ATENDIMENTO DE CERTO PERIacuteODO PARA AVALIACcedilAtildeO DE SEU MERECIMENTO Admitindo a LEP o trabalho externo para os apenados do regime semi-aberto de quem se exige por oacutebvio conduta carceraacuteria compatiacutevel que seria a mesma exigiacutevel para a progressatildeo de regime exigir-se o atendimento de 16 da sanccedilatildeo mesmo requisito para a progressatildeo implicaria alcanccedilar-se o trabalho externo modo concomitante com a progressatildeo Em tais circunstacircncias rigorosamente o trabalho jaacute apanharia o apenado no regime aberto restando letra morta a possibilidade assegurada na lei do seu exerciacutecio no regime semi-aberto Benefiacutecio todavia que natildeo prescinde de algum tempo de observaccedilatildeo do apenado orientando-se esta Cacircmara por criteacuterios de razoabilidade como tal tendo percentual aproximado de 110 Hipoacutetese em que sequer deduzido este prazo que seraacute satisfeito somente em fevereiro de 2009 Agravo natildeo provido mas por fundamentos diversos dos expostos na decisatildeo recorrida (Agravo Nordm 70027228345 Seacutetima Cacircmara Criminal Tribunal de Justiccedila do RS Relator Marcelo Bandeira Pereira Julgado em 15012009)

EMENTA AGRAVO EM EXECUCcedilAtildeO SERVICcedilO EXTERNO TRABALHO AUTOcircNOMO SEM POSSIBILIDADE DE FISCALIZACcedilAtildeO IMPOSSIBILIDADE A concessatildeo do serviccedilo externo requerido pelo apenado eacute inviaacutevel posto que natildeo haacute como ser fiscalizado adequadamente Agravo improvido (Agravo Nordm 70027726827 Primeira Cacircmara Criminal Tribunal de Justiccedila do RS Relator Manuel Joseacute Martinez Lucas Julgado em 14012009)

EMENTA AGRAVO EM EXECUCcedilAtildeO CRIMES CONTRA A LIBERDADE SEXUAL REGIME SEMI-ABERTO CONCESSAtildeO DE APRESENTACcedilAtildeO SEMANAL NO ESTABELECIMENTO PRISIONAL INVIABILIDADE Natildeo haacute previsatildeo legal para a concessatildeo do benefiacutecio de apresentaccedilatildeo semanal aos reeducandos que cumprem pena no regime semi-aberto Embora seja indiscutiacutevel a importacircncia do trabalho externo e da frequumlecircncia a cursos profissionalizantes para a ressocializaccedilatildeo dos apenados o labor e o aperfeiccediloamento teacutecnico devem ser efetuados em condiccedilotildees compatiacuteveis com o cumprimento da pena no regime imposto AGRAVO


EM EXECUCcedilAtildeO PROVIDO (Agravo Nordm 70026806018 Seacutetima Cacircmara Criminal Tribunal de Justiccedila do RS Relator Naele Ochoa Piazzeta Julgado em 20112008)

EMENTA AGRAVO EM EXECUCcedilAtildeO TRABALHO EXTERNO APENADO EM REGIME SEMI-ABERTO EXIGEcircNCIA DO CUMPRIMENTO DO LAPSO TEMPORAL MIacuteNIMO PARA A CONCESSAtildeO DO BENEFIacuteCIO A prestaccedilatildeo de serviccedilo externo mesmo para o apenado em regime semi-aberto depende do implemento da condiccedilatildeo objetiva iquest cumprimento de lapso temporal de 16 (um sexto) da pena (art 37 da Lei n 721084) A fixaccedilatildeo do requisito temporal miacutenimo no regime inicial semi-aberto tem a finalidade de verificar se o apenado eacute merecedor do trabalho externo caso contraacuterio natildeo haveria distinccedilatildeo na praacutetica com relaccedilatildeo ao regime aberto ao qual eacute iacutensito o trabalho externo RECURSO PROVIDO UNAcircNIME (Agravo Nordm 70027041771 Oitava Cacircmara Criminal Tribunal de Justiccedila do RS Relator Danuacutebio Edon Franco Julgado em 19112008)

EMENTA AGRAVO EM EXECUCcedilAtildeO REGIME SEMI-ABERTO BENEFIacuteCIO DA iquestAPRESENTACcedilAtildeO SEMANALiquest AUSEcircNCIA DE PREVISAtildeO LEGAL CASSACcedilAtildeO A pretensatildeo ministerial merece guarida O agravado foi condenado a 05 anos e 04 meses de reclusatildeo em regime semi-aberto pela praacutetica de roubo Foi-lhe concedido serviccedilo externo sendo que estaacute laborando em localidade diversa da qual cumpre a pena Tal circunstacircncia motivou o deferimento por parte do juiz da iquestapresentaccedilatildeo semanaliquest na qual o apenado deveraacute se recolher apenas nos fins de semana evitando assim problemas com o deslocamento Todavia entende o Ministeacuterio Puacuteblico que o referido benefiacutecio natildeo encontra previsatildeo legal razatildeo pela qual deve ser cassado Pois bem Com razatildeo o Ministeacuterio Puacuteblico ao mencionar que o benefiacutecio da iquestapresentaccedilatildeo semanaliquest natildeo possui previsatildeo legal Conforme preconiza o art 35 do Coacutedigo Penal aplicam-se ao semi-aberto as mesmas regras do regime fechado O art 34 deste Coacutedigo estabelece as normas para o regime fechado dizendo que o condenado fica sujeito a trabalho (exercido dentro ou fora do presiacutedio) no periacuteodo diurno e a isolamento no repouso noturno Assim inviaacutevel acolher o benefiacutecio criado pelo magistrado jaacute que o recolhimento diaacuterio do apenado ao presiacutedio durante o periacuteodo noturno eacute uma imposiccedilatildeo da lei O fato de o apenado laborar em outra cidade natildeo tem o condatildeo de fazer com que natildeo se recolha diariamente No maacuteximo poderaacute ser flexibilizado o horaacuterio de apresentaccedilatildeo dele no presiacutedio a fim de permitir que continue laborando noutra cidade Destarte deve ser cassado o benefiacutecio por ausecircncia de previsatildeo legal Agravo provido (Agravo Nordm 70026309724 Primeira Cacircmara Criminal

Tribunal de Justiccedila do RS Relator Marco Antocircnio Ribeiro de Oliveira Julgado em 12112008)

EMENTAacuteRIO DE JURISPRUDEcircNCIA CRIMINAL Nordm 192009

COMISSAtildeO DE JURISPRUDEcircNCIA Presidente DES CHERUBIN HELCIAS SCHWARTZ Organizaccedilatildeo Serviccedilo de Publicaccedilatildeo de Jurisprudecircncia (DGCON-SEJUR) da Divisatildeo de Gestatildeo de Acervos Jurisprudenciais (DGCON-DIJUR) - dijurtjrjgovbr Rua Erasmo Braga nordm 115 - Lamina I - 6ordm andar - Sala 635

Ementa nordm 15 - TRAFICO ILICITO DE ENTORPECENTE SURSIS

Ementa nordm 15

TRAFICO ILICITO DE ENTORPECENTE SURSIS NAO CONCESSAO RECORRER EM LIBERDADE IMPOSSIBILIDADE DECISAO FUNDAMENTADA

TRAFICO DE ENTORPECENTE ARGUICcedilAtildeO DE INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL DOS ARTIGOS 59 E 33 sect 4ordm DA LEI 1134306 REJEICcedilAtildeO MEacuteRITO APLICACcedilAtildeO DO REDUTOR PREVISTO NO sect 4ordm DO ARTIGO 33 DA LEI ANTIDROGAS SUBSTITUICcedilAtildeO DA PENA RESTRITIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVA DE DIREITOS SURSIS PENAL DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE O artigo 59 da Lei 1134306 reflete o pensamento do legislador ordinaacuterio que estaacute em conformidade com o artigo 5ordm inciso XLIII da Constituiccedilatildeo Federal que confere tratamento mais rigoroso a determinados crimes dentre eles o traacutefico iliacutecito de entorpecentes natildeo permitindo a concessatildeo de determinados benefiacutecios sendo certo que tal disposiccedilatildeo legal natildeo pode ser interpretada isoladamente mas de acordo com os princiacutepios constitucionais de modo que se o reacuteu respondeu ao processo em liberdade apelaraacute em liberdade independentemente de sua condiccedilatildeo pessoal (primaacuterio ou natildeo com bons antecedentes ou natildeo) Nesse caso para decretar a prisatildeo na sentenccedila o juiz deveraacute fundamentar com base em dados concretos e comprovados do processo a sua necessidade e legalidade Por outro lado se o reacuteu respondeu ao processo preso apelaraacute preso eis que natildeo haacute loacutegica em permitir que o reacuteu preso preventivamente durante toda a instruccedilatildeo

aguarde em liberdade o tracircnsito em julgado da decisatildeo se mantidos os motivos da segregaccedilatildeo cautelar Nesse contexto o Pacto de Satildeo Joseacute da Costa Rica que instituiu a Convenccedilatildeo Americana de Direitos Humanos no item de proteccedilatildeo ao status libertatis do reacuteu natildeo assegura ao condenado de modo irrestrito o direito de sempre recorrer em liberdade Logo o artigo 59 da Lei 113432006 estaacute em perfeita consonacircncia com os princiacutepios e garantias constitucionais Pela mesma razatildeo natildeo eacute inconstitucional o artigo 33 sect 4ordm da Lei 1134306 na parte que veda a conversatildeo em pena restritiva de direitos a pena restritiva de liberdade jaacute que o citado inciso XLIII da Constituiccedilatildeo Federal88 permite ao legislador infraconstitucional dar tratamento mais rigoroso a determinados crimes dentre eles o traacutefico iliacutecito de entorpecente TRIBUNAL DE JUSTICcedilA DO ESTADO DO RIO DE JANEIROMostra-se descabida a aplicaccedilatildeo da causa especial de diminuiccedilatildeo da pena prevista no sect4ordm do artigo 33 da Lei 1134306 se o acusado faz parte de um grupo dedicado ao traacutefico no local como se depreende da prova De sua vez a legislaccedilatildeo ainda de acordo com o permissivo constitucional veda expressamente o benefiacutecio a substituiccedilatildeo da pena restritiva de liberdade por outra restritiva de direitos Eacute de todo descabida a pretensatildeo agrave concessatildeo do sursis em face da quantidade da pena Descabe pretender que o reacuteu aguarde em o julgamento de recurso em liberdade se satildeo desfavoraacuteveis as condiccedilotildees para tanto jaacute que foi preso em flagrante e respondeu todo o processo nessa condiccedilatildeo e a decisatildeo que lhe negou esse direito estaacute devidamente fundamentada na forma do artigo 59 da Lei de referecircncia

Precedente Citado STF HC 95685SP RelMinEllen Gracie julgado em 16122008 200905001753 - APELACAO CRIMINAL SAO GONCALO - PRIMEIRA CAMARA CRIMINAL - Unanime DES RICARDO BUSTAMANTE - Julg 29072009




Ementa nordm 11 - PERDA DOS DIAS REMIDOS FALTA GRAVE

Ementa nordm 11

PERDA DOS DIAS REMIDOS FALTA GRAVE DOZE MESES ANTERIORES A PRATICA DA FALTA GRAVE RESSOCIALIZACAO DO APENADO

RECURSO DE AGRAVO EXECUCcedilAtildeO PENAL REMICcedilAtildeO PRAacuteTICA DE FALTA GRAVE PERDA DE TODOS OS DIAS REMIDOS IMPOSSIBILIDADE INTELIGEcircNCIA DA SUacuteMULA VINCULANTE Nordm 9 DO STF A Lei de Execuccedilatildeo Penal confere ao preso que trabalha o benefiacutecio da remiccedilatildeo da pena nos termos do art 126 Ocorre contudo que o art 127 do mesmo diploma legal estabelece que ldquoO condenado que for punido por falta grave perderaacute o direito ao tempo remido comeccedilando o novo periacuteodo a partir da data da infraccedilatildeo disciplinarrdquo A interpretaccedilatildeo do referido artigo 127 tem gerado desde a ediccedilatildeo da Lei nordm 721084 uma seacuterie de controveacutersias doutrinaacuterias e jurisprudenciais No Estado do Rio de Janeiro foi editado o Enunciado nordm 09 de Uniformizaccedilatildeo das decisotildees dos Juiacutezes de Direito da Vara de Execuccedilotildees Penais nos seguintes termos ldquoA perda dos dias remidos somente alcanccedila o periacuteodo de um ano anterior agrave falta grave praticadardquo Tal entendimento utilizou como analogia o indulto benefiacutecio mais abrangente que a remiccedilatildeo e para o qual natildeo se exige mais do que a ausecircncia de falta grave

nos uacuteltimos 12 meses Esta foi a corrente prestigiada por esta Colenda Cacircmara Em 2008 com o objetivo de se sanar parte das controveacutersias existentes sobre o tema o STF editou a Suacutemula Vinculante nordm 9 que prevecirc o seguinte ldquoO disposto no artigo 127 da Lei 721084 foi recebido pela ordem constitucional vigente e natildeo se lhe aplica o limite temporal previsto no caput do artigo 58rdquo Embora a redaccedilatildeo da referida suacutemula possa dar a impressatildeo de que o art 127 da LEP deve ser aplicado irrestritamente devendo o juiz decretar a perda de todos os dias remidos se o preso praticar falta grave natildeo foi isso que os Ministros da Suprema Corte decidiram quando da sua votaccedilatildeo Analisando o debate travado pelos Ministros do STF resta evidente que natildeo haacute nenhum oacutebice para que o julgador fixe um limite para a perda dos dias remidos Na verdade apenas natildeo se pode descartar de plano o art 127 declarando-se incidentalmente sua inconstitucionalidade Com efeito o STF sumulou entendimento de que nos casos de perda dos dias remidos o artigo 58 caput da LEP natildeo eacute aplicaacutevel ou seja o termo perdido pode superar os 30 dias estabelecidos na referida norma Dessa forma natildeo haacute motivo para a alteraccedilatildeo da jurisprudecircncia haacute muito estabelecida nesta Colenda Cacircmara e que prevecirc a perda dos dias remidos nos doze meses anteriores agrave praacutetica da falta grave ateacute porque qualquer sanccedilatildeo em direito penal deve ser proporcional ao prejuiacutezo efetivamente causado ao bem juriacutedico e ainda levar em consideraccedilatildeo as condiccedilotildees pessoais do agente No caso em tela a falta grave praticada pelo

preso natildeo justifica a perda de 1337 dias trabalhados ateacute porque se trata de uma puniccedilatildeo isolada Logo a melhor soluccedilatildeo a ser adotada eacute a aplicaccedilatildeo por analogia das regras que disciplinam o instituto do indulto que impotildeem como requisito para o reconhecimento deste direito a ausecircncia de falta disciplinar grave nos uacuteltimos doze meses de cumprimento da pena Por fim natildeo se pode deixar de considerar os motivos de ordem socioloacutegica que desaconselham a decretaccedilatildeo de perda de todos os dias remidos pelo preso Afinal eacute interesse da sociedade que a pena cumpra seu papel de ressocializaccedilatildeo do criminoso o que eacute alcanccedilado principalmente pela realizaccedilatildeo da atividade laborativa E natildeo haacute duacutevida de que a perda integral dos dias remidos apenas desestimula o apenado a buscar a sua reabilitaccedilatildeo atraveacutes do trabalho principalmente porque aquele que trabalha eacute discriminado pelos outros detentos como eacute de conhecimento de todos que atuam nesta aacutereaProvimento do recurso

Precedente Citado TJRJ Ag 200707600468Rel Des Geraldo Prado julgado em 17072007 Ag200707601623 Rel Des Mauriacutelio Passos Bragajulgado em 13122007 e Ag 200607600548 RelDesElizabeth Gregory julgado em 16012007 200907600320 - RECURSO DE AGRAVO (LEI 721084) CAPITAL - SETIMA CAMARA CRIMINAL - Unanime DES RENATA COTTA - Julg 30062009

passou-se a discutir a respeito de consequumlecircncias juriacutedicas que devam ser impostas agravequeles que se encontram no cumprimento de pena criminal e possuem eou se utilizam de tais aparelhos de telefonia celular no interior de estabelecimentos penais bem como no tocante agraves medidas punitivas direcionadas agravequeles que de qualquer maneira introduzem ou permitem a entrada dos mesmos aparelhos no ambiente carceraacuterio para utilizaccedilatildeo dos detentos

A realidade exigiu (e continua a exigir) o pronunciamento da doutrina e dos tribunais terminando por movimentar a maacutequina legislativa federal quase sempre envolvida com seu proacuteprio mundo marginal como tambeacutem eacute de sabenccedila comum

2) Sobre a posse de aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento penal

Instados inicialmente os Tribunais a se pronunciarem a respeito de configurar ou natildeo falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade a conduta consistente em portar aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento prisional a jurisprudecircncia dominante firmou-se no sentido negativo ou seja de natildeo configurar falta grave isso em razatildeo da inexistecircncia de previsatildeo legal tratando da mateacuteria conforme demonstram os julgados que seguem indicados STJ HC 59436SP 5a T j 15-8-2006 vu rel Min Arnaldo Esteves Lima DJU 4-9-2006 RT 855568 STJ HC 73295SP 5a T j 24-4-2007 vu rela Ministra Laurita Vaz DJU 28-5-2007 RT 864567 TJRJ Ag 200507600233 7a Cacircm j 23-5-2005 vu rela Desa Maria Zeacutelia Procoacutepio da Silva DORJ 20-9-2006 RT 856657 TJSP AE 96480137-0000 7a Cacircm j 7-12-2006 vu rel Des Ivan Marques RT 859603 RJDTACrimSP 6232 TJSP HC 1118677-37 1ordf CCrim rel Des Maacutercio Baacutertoli j 11-12-2007 vu Boletim de Jurisprudecircncia do TJSP n 138

Em sentido contraacuterio consultar TJSP HC 47443330 4a Cacircm rel Des Luiacutes Soares de Mello j 14-6-2005 RT 842533 TJSP AE 0099972834-0000-000 5a Cacircm da S Crim j 11-1-2007 vu rel Des Joseacute Damiatildeo Pinheiro Machado Cogan RT 860608-609

Portar aparelho de telefonia celular no interior de estabelecimento prisional constitui falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade desde 29 de marccedilo de 2007

A Lei n 114662007 que entrou em vigor no dia 29 de marccedilo de 2007 resolveu a discussatildeo a respeito da mateacuteria ao acrescentar o inciso VII ao artigo 50 da Lei de Execuccedilatildeo Penal estabelecendo que constitui falta grave no cumprimento de pena privativa de liberdade ter o preso em sua posse utilizar ou fornecer aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externo

ldquoA superveniecircncia da Lei 114662007 que alterou o art 50 da Lei 721084 passando a prever como falta disciplinar grave a posse de telefone celular nas dependecircncias do presiacutedio natildeo alcanccedila situaccedilotildees anteriores agrave sua vigecircncia em face do princiacutepio constitucional da irretroatividade da lei penal mais gravosardquo (TJSP AE 01058130-35-0000-000 1a Cacircm do 1ordm Grupo da S Crim j 3-7-2007 rel Des Figueiredo Gonccedilalves RT 866643-644)

Tambeacutem a Lei n 11466 de 28 de marccedilo de 2007 introduziu o art 319-A ao Coacutedigo Penal Brasileiro possibilitando punir com detenccedilatildeo de 3 (trecircs) meses a 1(um) ano o Diretor de Penitenciaacuteria eou agente puacuteblico que deixar de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a aparelho telefocircnico de raacutedio ou similar que permita a comunicaccedilatildeo com outros presos ou com o ambiente externo

3) A Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009

A Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 introduziu o art 349-A ao Coacutedigo Penal Brasileiro e passou a punir com detenccedilatildeo de 3 (trecircs) meses a 1 (um) ano ldquoingressar promover intermediar auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar sem autorizaccedilatildeo legal em estabelecimento prisionalrdquo

Por se tratar de infraccedilatildeo penal de menor potencial ofensivo encontra-se exposta ao procedimento dos Juizados Especiais Criminais conforme decorre do disposto no art 61 da Lei n 9099 de 26 de setembro de 1995 (com a redaccedilatildeo do art 1ordm da Lei n 11313

de 28-6-2006) e do art 394 sect 1ordm III do CPP (com a redaccedilatildeo da Lei n 11719 de 20-6-2008) pois a pena maacutexima cominada natildeo eacute superior a 2 (dois) anos

Cuida a hipoacutetese de crime comum pois natildeo se exige qualquer qualidade especial do agente muito embora em boa parte das vezes terminaraacute por alcanccedilar funcionaacuterio(s) puacuteblico(s) envolvido(s) com a administraccedilatildeo do estabelecimento prisional visado pela praacutetica criminosa notadamente nas modalidades auxiliar ou facilitar raciociacutenio que natildeo exclui evidentemente a possibilidade da praacutetica pelos mesmos funcionaacuterios puacuteblicos mediante a realizaccedilatildeo de qualquer dos outros verbos Natildeo se pode negar eacute oacutebvio que o funcionaacuterio puacuteblico tambeacutem poderaacute ingressar promover ou intermediar a entrada de aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar sem autorizaccedilatildeo legal em estabelecimento prisional expondo-se desta maneira agrave incidecircncia penal

Muito embora o legislador natildeo tenha dito quando deveria eacute inegaacutevel que a incidecircncia tiacutepica somente surgiraacute quando a conduta tiver por objetivo proporcionar que o aparelho telefocircnico de comunicaccedilatildeo moacutevel de raacutedio ou similar seja introduzido no estabelecimento prisional para chegar em matildeos de qualquer pessoa submetida a encarceramento por forccedila de decisatildeo judicial

Soacute eacute puniacutevel a conduta dolosa Eacute de se exigir ainda a demonstraccedilatildeo de dolo especiacutefico evidenciado na intenccedilatildeo dirigida de fazer com que o aparato termine em matildeos de quem natildeo poderia recebecirc-lo em razatildeo de estar submetido a estabelecimento penal A regra natildeo alcanccedila o simples incauto

Nesta exata medida natildeo pode se ver exposto agrave acusaccedilatildeo criminal por incidecircncia do art 349-A do Coacutedigo Penal aquele que simplesmente ingressa ou tenta ingressar no estabelecimento penal trazendo consigo aparelho de telefonia celular vg Eacute preciso que a conduta tenha por finalidade algo que verdadeiramente tem sentido punir nos moldes da tipificaccedilatildeo trazida com a Lei n 12012 de 6 de agosto de 2009 O princiacutepio da razoabilidade dentre outros assim determina

A inovaccedilatildeo revelada no art 349-A do Coacutedigo Penal tem relaccedilatildeo direta com o crime do art 319-A do mesmo Codex introduzido pela Lei n 114662007

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Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro · 2018-04-05 · BOLETIM INFORMATIVO - Nº 08 - ANO I - SETEMBRO 2009 Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro INGRESSO DE