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MiniTeatro - Escrava Isaura

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A Escrava Isaura é um romance de Bernardo Guimarães que teve sua primeira edição publicada em 1875, pela Casa Garnier, Rio de Janeiro. Com o romance, Bernardo Guimarães obteve fama, sendo reconhecido até pelo Imperador do Brasil, Dom Pedro II.

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Page 1: MiniTeatro - Escrava Isaura

Escrava Isaura

Narradora – A história se passa nos “primeiros anos do reinado de Don Pedro II”, inicialmente em uma fazenda em campos dos Goitacazes, Rio de Janero.

Cena I (Dentro da casa de Leôncio)

Escrava Isaura, tranquilamente trabalhando, é surpreendida com uma tentativa de estupro pelo seu mestre: Leôncio. É flagrado por sua esposa. Malvina (brava e assustada) – O que é isso!? Leôncio (assustado) – Não é nada, ela estava tentando me beijar! Isaura, vá à senzala imediatamente!

Isaura sai se arrumando e brava Malvina – Se isso ocorrer novamente, haverá conseqüências! E quero que aquela escrava tarada seja punida! Leôncio (agora com voz brava) – E será!

Cena II

(Na senzala) Leôncio (bravo) – Esta vendo! Levei esporro por sua causa! Isaura (brava) – Meu coração é livre, ninguém pode escravizá-la! Nem o próprio dono. Leôncio (enfurecido) – Da próxima vez que você me negar seu corpo haverá conseqüências, terei de colocá-la no tronco!!

Leôncio sai. Miguel aparece de onde estava escondido. Miguel – Como deixas ele falar assim contigo filha? Isaura – Não há nada que posso fazer... sou fraca, sou sua escrava e ele eis meu dono. Miguel – Então fuja comigo para Recife! Lá serás livre!

Cena III (Em um baile)

Narradora – Então foi isso que fizeram. Viajaram à Recife, ondeviveram por um bom tempo. Até que um dia, decidiram ir a um baile de mascaras. Lá, a Isaura encontrou um homem encantador qual apaixonou. Isaura entra em uma sala mascarada e todos estão também, com musica no fundo. Anda diretamente a uma mesa e senta, qual abaixa sua mascara. Álvaro se aproxima e senta com ela. Começam a conversar, quando o Martinho pega ela pelo braço e, brutamente,

retira ela do baile. Martinho – Você! Você que é essa escrava do panfleto! A escrava Isaura. Narradora – Assim foi levada de volta à fazenda de Leôncio.

Cena IV (Novamente na senzala)

Martinho (sorridente) – Aqui esta sua escrava! Onde esta minha recompensa? Leôncio – Não há. No panfleto não estava escrito nada de recompensa!

Martinho sai enfurecido Leôncio – Agora, para que não haja mais conflitos, terei de casar-la. Belchior!!! Venha cá!!

Belchior chega correndo. Belchior – Sim meu senhor?

Page 2: MiniTeatro - Escrava Isaura

Leôncio – Você irá casar com a Isaura, para que minha esposa não desconfie que estou traindo. Isaura (Desesperada) – NÃO!!! Leôncio – Irá. Já convoquei até um advogado.

Dr. Geraldo chega junto com o Álvaro Leôncio – Aí que você esta, porque demorou tanto? E quem eis esse qual troce contigo? Dr. Geraldo – Eu estava dando uma olhada nos seus papeis, foi por isso que eu demorei. E este é o proprietário dessas terras e desses escravos Leôncio – Você esta ficando doido? Deixe de piadas e realize logo este casamento. Álvaro – Ele não esta de brincadeiras, você está falido e com muitas dividas. Portanto eu comprei suas dividas e tomei posse de todas suas propriedades para poder findar seus débitos. Leôncio (com um ar de desesperado) – Não é possível! Dr. Geraldo – Pois é.

Leôncio se retira tristemente e todos festejam.

Cena V (Novamente dentro da casa)

Leôncio – O que há de mim agora? Nada. Não há mais amor nesta vida para mim, nem dinheiro, portanto nunca mais haverá felicidade.

Retirando uma arma. Leôncio – Adeus mundo traiçoeiro e infeliz!

Aponta a arma a sua cabeça e se suicida. (Atira)

FIM