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MINUTA – Versão de 19/06/08 EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ]/2010 Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade na Estrada de Ferro EF-222 (Rio de Janeiro- Campinas)

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MINUTA – Versão de 19/06/08

EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ●]/2010

Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade na Estrada de Ferro EF-222 (Rio de Janeiro- Campinas)

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ÍNDICE

Parte I - Preâmbulo ................................................................................................ 5

Parte II – Definições ............................................................................................... 7

Parte III - Do Objeto ............................................................................................. 15

1 Objeto do Edital ............................................................................... 15

Parte IV - Acesso às Informações sobre o TAV Rio de Janeiro - Campinas e sobre o Leilão .............................................................................................. 16

2 Aquisição e Consulta ao Edital e Acesso às Informaç ões ........... 16

3 Pedidos de Esclarecimentos .......................................................... 17

4 Impugnações ao Edital .................................................................... 18

Parte V - Regulamento do Leilão ......................................................................... 19

5 Condições de Participação ............................................................. 19

6 Forma de Apresentação da Documentação .................................. 20

7 Garantia da Proposta ...................................................................... 25

8 Representantes das Proponentes .................................................. 28

9 Documentos de Pré-Qualificação .................................................. 30

10 Propostas Econômicas ................................................................... 31

11 Documentos de Qualificação ......................................................... 32

12 Plano de Negócios e Metodologia de Execução ........................... 32

13 Comissão de Avaliação ................................................................... 33

14 Recebimento dos Envelopes e Sessão Pública do Leilã o ........... 34

15 Análise dos Documentos de Pré-Qualificação ............................. 36

16 Julgamento das Propostas Econômicas ....................................... 36

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17 Documentos de Qualificação, Plano de Negócios e Met odologia de Execução .................................................................................... 37

18 Recursos Administrativos .............................................................. 38

19 Homologação, Adjudicação e Assinatura do Contrato d e Concessão ....................................................................................... 39

20 Obras e Serviços da Concessão .................................................... 42

Parte VI – A Concessionária ................................................................................ 44

21 Concessionária ................................................................................ 44

Parte VIII – Anexos .............................................................................................. 48

Anexo 1 Plano de Exploração Ferroviária – PEF e Termo de Referência da Metodologia da Execução ................................................................................... 50

Anexo 2 Minuta de Contrato de Concessão ...................................................... 160

Anexo 3 Minuta dos Contratos de Transferência de Tecnologia (Licença para Exploração de Patente e Licença para Fornecimento de Tecnologia) .............. 161

Anexo 4 Termo de Referência do Plano de Negócios ...................................... 188

Anexo 5 Termos e Condições Básicos do Financiamento Público .................... 202

Anexo 6 Termos e Condições Mínimas do Seguro-Garantia ............................ 202

Anexo 7 Apresentação da Garantia da Proposta .............................................. 214

Anexo 8 Modelo de Declaração de Propriedade da Tecnologia ........................ 216

Anexo 9 Documentos de Pré-Qualificação ....................................................... 217

Anexo 10 Documentos de Qualificação ............................................................ 220

Anexo 11 Modelo de Carta de Apresentação dos Documentos de Qualificação230

Anexo 12 Modelo de Carta de Apresentação da Proposta Econômica ............. 231

Anexo 13 Requisitos do Estatuto Social ........................................................... 233

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Anexo 14 Minuta de Acordo de Acionistas ........................................................ 236

Anexo 15 Manual de Procedimentos do Leilão ................................................. 237

Anexo 16 Formal Compromisso – Operacional de Pagamento de Emolumentos .......................................................................................................................... 238

Anexo 17 Modelo de Fiança Bancária .............................................................. 239

Anexo 18 Modelo de Solicitação de Esclarecimentos ....................................... 241

Anexo 19 Modelo de Carta de Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal .................................................................................... 243

Anexo 20 Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Processo Falimentar, Concordata, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de Insolvência ........................................................................................................ 244

Anexo 21 Modelo de Carta de Declaração de Ausência de Impedimento para Participação do Leilão ....................................................................................... 245

Anexo 22 Modelo de Carta de Declaração de Capacidade Financeira ............. 246

Anexo 23 Modelo de Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por via Diplomática .......................... 247

Anexo 24 Modelo de Procuração ...................................................................... 248

Anexo 25 Modelo de Procuração (Proponente Estrangeira) ............................. 249

Anexo 26 Conteúdo mínimo do contrato de intermediação entre a Proponente e sua respectiva Corretora Credenciada.............................................................. 250

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Parte I - Preâmbulo

A União, por meio da ANTT, dá a público, por meio do presente Edital de Concessão n° [ ●]/2010, as condições da desestatização, na modalidade de leilão, com a finalidade de selecionar a melhor proposta para a celebração de contrato de concessão de serviço público para a exploração da Concessão dos serviços públicos de transporte ferroviário de passageiros por trem de alta velocidade entre as Cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas, além de outras cidades incluídas no trajeto.

A presente desestatização será regida pelas regras previstas neste edital e nos seus anexos, pelas Leis nº 9.491, de 09 de setembro de 1997, e, subsidiariamente, pelas Leis nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; nº 10.233, de 5 de junho de 2001; nº 8.666, de 21 de julho de 1993 e demais normas vigentes sobre a matéria.

A EF-222 foi incluída no Programa Nacional de Desestatização - PND por intermédio do Decreto nº 6.256, de 13 de novembro de 2007, com redação alterada pelo Decreto nº 6.816, de 07 de abril de 2009. As condições e os procedimentos de desestatização e outorga estão baseados na resolução do Conselho Nacional de Desestatização - CND n.º 06, de 7 de dezembro de 2009, alterada pela Resolução nº 07, 17 de dezembro de 2009.

Foram realizadas audiências públicas no Município de [●], no Estado de [●], no dia [●], e em Brasília, no Distrito Federal, no dia [●] de novembro de [●], informadas ao público por meio de publicação nos Diários Oficiais e em jornais de grande circulação nos Estados [●], de [●]e [●], e no sítio eletrônico www.antt.gov.br.

O critério de julgamento do presente Leilão será a combinação entre a oferta do menor valor de financiamento público com a oferta de menor valor de tarifa-teto quilométrica para a classe econômica, de acordo com os termos e condições estabelecidos neste edital. As propostas e demais documentos necessários à participação no Leilão serão recebidos entre 9h e 14h dos dias [●] e [●] de [●] de 2010, na sede da BM&FBOVESPA, na Rua XV de Novembro, nº 275, no Município de São Paulo, Estado de São Paulo. A abertura das propostas será realizada em sessão pública a iniciar-se em [●] de [●] de 2010, às 11 horas, na sede da BM&FBOVESPA.

O Edital nº [●], de [●] de [●] de 2010, seus anexos, bem como todas as informações, estudos e projetos disponíveis sobre o TAV Rio de Janeiro - Campinas poderão ser obtidos em mídia eletrônica, na Ouvidoria da ANTT, situada em Brasília, Distrito Federal, no Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia, entre [●] de [●] de 2010 e [●] de [●] de 2010, de 8h

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às 18h, por meio do pagamento de R$ [●] a título de ressarcimento pelas mídias eletrônicas disponibilizadas (ou a título de custos de reprografia do material indicado). Caso o interessado disponibilize mídia suficiente que suporte a quantidade de arquivos referentes ao Projeto TAV, ficará isento do pagamento do valor acima fixado. Apenas para fins de consulta, encontra-se dispobilizado do sitio da ANTT (www.antt.gov.br) versão resumida dos documentos referentes à presente licitação.

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Parte II – Definições

Para os fins do presente Edital , e sem prejuízo de outras definições aqui estabelecidas, as seguintes definições aplicam-se às respectivas expressões, as quais, exceto quando o contexto não permitir tal interpretação, serão igualmente aplicadas em suas formas singular e plural:

(i) Ação Preferencial de Classe Especial : a ação preferencial com direito a voto emitida pela Concessionária , que assegura à Empresa Pública Federal , em nome e no lugar da União, o direito de vetar determinadas alterações do Estatuto Social , nos termos do artigo 18 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme previsto nos Requisitos do Estatuto Social e no Acordo de Acionistas .

(ii) Acionista Privado : sociedade de propósito específico, constituída na forma de sociedade por ações pelo Adjudicatário de acordo com as leis brasileiras, com sede e administração no Brasil, para deter a participação do Adjudicatário na Concessionária e celebrar o Acordo de Acionistas com a Empresa Pública Federal , na forma deste Edital e do Contrato de Concessão .

(iii) Ações : as ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal da Concessionária .

(iv) Acordo de Acionistas : o Acordo de Acionistas a ser celebrado entre o Acionista Privado e a Empresa Pública Federal , na forma do Anexo 14, , na qualidade de controladora da Empresa Pública Federal , na data da celebração do Contrato de Concessão , nos termos do qual serão disciplinadas determinadas questões relacionadas ao exercício do direito de voto e à circulação das Ações.

(v) Adjudicatário: o Proponente vencedor do Leilão , assim entendido aquele que tiver ofertado o menor valor estimado do Financiamento Público combinado com o menor valor de tarifa-teto quilométrica para classe econômica e que tiver sua Proposta qualificada, nos termos do Edital .

(vi) AGU: Advocacia Geral da União.

(vii) Anexo ao Contrato : cada um dos documentos anexos ao Contrato de Concessão.

(viii) Anexo : cada um dos documentos anexos ao Edital .

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(ix) ANTT: Agência Nacional de Transportes Terrestres, autarquia em regime especial integrante da Administração Federal indireta, instituída pela Lei n° 10.233/2001, com s ede em Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte, Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia, na qualidade de órgão regulador e fiscalizador da Concessão e representante do Poder Concedente no Contrato de Concessão e no Leilão .

(x) Ato de Homologação : Resolução expedida pela ANTT que tem por objeto confirmar o resultado do Leilão .

(xi) BM&FBOVESPA : BM&FBOVESPA S.A. - Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros, situada no Município de São Paulo, Estado de São Paulo, na Praça Antônio Prado, nº 48 – Centro.

(xii) BNDES: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, empresa pública federal, com sede em Brasília, Distrito Federal, e serviços na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, cujo objeto é fomentar, por meio do financiamento, empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento econômico e social do país.

(xiii) Comissão de Avaliação : comissão instituída pela ANTT que será responsável por examinar e julgar todos os documentos e conduzir os procedimentos relativos ao Leilão .

(xiv) Concessão : concessão do serviço público de transporte ferroviário de passageiros por Trem de Alta Velocidade, precedida da obra de infra-estrutura, para construção, operação, manutenção e conservação do TAV Rio de Janeiro - Campinas , nos termos, no prazo e nas condições estabelecidas na Minuta do Contrato .

(xv) Concessionária : Pessoa Jurídica titular da concessão dos serviços públicos de transporte ferroviário de passageiros por Trem de Alta Velocidade – TAV na Estrada de Ferro EF-222 (Rio de Janeiro - Campinas), a ser integrada com participação majoritária do Acionista Privado e minoritária da Empresa Pública Federal , de acordo com as leis da República Federativa do Brasil, com a finalidade exclusiva de explorar a Concessão .

(xvi) Contrato de Concessão : contrato a ser celebrado entre a Concessionária e o Poder Concedente para outorga da Concessão , cuja minuta integra o Anexo 2 a este Edital .

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(xvii) Contrato(s) de Financiamento : contrato(s) celebrado(s) pela Concessionária que têm por objeto a obtenção de recursos necessários à implementação do projeto de construção da infra-estrutura do TAV Rio de Janeiro - Campinas , podendo incluir, sem limitação, o Financiamento Público .

(xviii) Contratos de Transferência de Tecnologia : o Contrato de Licença para Exploração de Patente ou o Contrato de Fornecimento de Tecnologia, firmados cumulativamente ou alternativamente, que integram o Anexo 3, nos termos dos quais o(s) detentor(es) da Tecnologia transferirá(ão), em caráter irrevogável e irretratável, à Empresa Pública Federal , a Tecnologia , de acordo com os termos e condições contidos nos respectivos instrumentos, neste Edital e na legislação aplicável.

(xix) Controlada : qualquer pessoa cujo Controle é exercido por outra pessoa ou fundo de investimento.

(xx) Controladora : qualquer pessoa ou fundo de investimento que exerça Controle sobre outra pessoa.

(xxi) Controle : o poder, detido por pessoa ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto ou sob controle comum, de, direta ou indiretamente, isolada ou conjuntamente: (i) exercer, de modo permanente, direitos que lhe assegurem a maioria dos votos nas deliberações sociais e eleger a maioria dos administradores ou gestores de outra pessoa, fundo de investimento ou entidades de previdência complementar, conforme o caso; e/ou (ii) efetivamente dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento de órgãos de outra pessoa ou entidade de previdência complementar.

(xxii) Corretoras Credenciadas : sociedades corretoras de valores habilitadas a operar em qualquer dos mercados da BM&FBOVESPA contratadas pelas Proponentes, por meio de contrato de intermediação, para representá-las em todos os atos relacionados ao Leilão junto à BM&FBOVESPA.

(xxiii) Data da Assunção : data da publicação do extrato do Contrato de Concessão no DOU.

(xxiv) DNIT: Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, autarquia vinculada ao Ministério dos Transportes .

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(xxv) Documentos de Pré-Qualificação : conjunto de documentos arrolados no Anexo 9, a ser obrigatoriamente apresentado pelas Proponentes , destinado a comprovar sua capacidade técnica de realizar o objeto da Concessão .

(xxvi) Documentos de Qualificação: conjunto de documentos arrolados no Anexo 10, a ser obrigatoriamente apresentado pelas Proponentes , destinado a comprovar exclusivamente sua regularidade jurídica, fiscal e qualificação econômico-financeira.

(xxvii) DOU: Diário Oficial da União.

(xxviii) Edital : o presente Edital de Concessão n° [ ●]/2010 e todos os seus Anexos .

(xxix) Estatuto Social: o estatuto social da SPE a ser elaborado pelo Adjucatário e que deverá conter, necessariamente, os Requisitos do Estatuto Social constantes do Anexo 13.

(xxx) Empresa Pública Federal : empresa estatal de transporte ferroviário de alta velocidade, a ser criada pela União, vinculada ao Ministério dos Transportes , que tem por finalidade planejar e promover o desenvolvimento do transporte ferroviário de alta velocidade de forma integrada com as demais modalidades de transporte, por meio de estudos, pesquisas, administração e gestão de patrimônio, desenvolvimento tecnológico e atividades destinadas à absorção de novas tecnologias.

(xxxi) Financiamento Público : o financiamento a ser posto à disposição da Concessionária com recursos do Tesouro Nacional, que terá o BNDES como agente financeiro mandatário, que atuará em nome e por conta e risco da União, nos termos e condições previstos no Anexo 5..

(xxxii) FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos: empresa pública, vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, com sede no Distrito Federal no SCN QD. 02 BLOCO "D" TORRE A, SALA 1102 e que atua no fomento público à Ciência, Tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas

(xxxiii) Fontes de Recursos Financeiros : as operações de crédito e contribuições de capital à Concessionária .

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(xxxiv) Garantia da Proposta : a garantia de cumprimento da proposta a ser apresentada pelas Proponentes ao Poder Concedente , nos termos deste Edital .

(xxxv) Garantia de Execução do Contrato : a garantia do fiel cumprimento das obrigações do Contrato , a ser mantida pela Concessionária em favor do Poder Concedente nos montantes e nos termos definidos no Contrato de Concessão .

(xxxvi) INPI- Instituto Nacional de Propriedade Industrial: autarquia federal, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com sede no Rio de Janeiro, à Praça Mauá nº 7, Centro, que tem por finalidade principal, executar, no âmbito nacional, as normas que regulam a propriedade industrial.

(xxxvii) Investimento Final : estimativa em moeda corrente nacional do valor total necessário para a completa implementação e operacionalização do TAV Rio de Janeiro - Campinas , em conformidade com o previsto no Edital e seus Anexos , apresentado pelo Adjudicatário em seu Plano de Negócios .

(xxxviii) Leilão : o conjunto de procedimentos realizados para a desestatização e outorga da Concessão .

(xxxix) Manual de Procedimentos do Leilão : documento divulgado pela BM&FBOVESPA na sua página da Internet, constante do Anexo 15 deste Edital , produzido pela BM&FBOVESPA com aprovação da Comissão de Avalliação e que descreve todos os procedimentos operacionais inerentes ao Leilão , desde o acesso de participantes, regras para depósito de garantias financeiras e participação na sessão pública de leilão;

(xl) Metodologia de Execução : o documento a ser apresentado pelas Proponentes em conformidade com as diretrizes constante do Anexo 1, contendo a descrição completa da metodologia de execução a ser empregada na implementação do objeto da Concessão , bem como o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , que será posteriormente integrado ao PEF, passando a compor o Anexo 1 do Contrato de Concessão .

(xli) Ministério dos Transportes : órgão público federal da administração direta responsável pela Política Nacional de

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Transportes ferroviário interestadual e internacional de passageiros.

(xlii) Minuta do Contrato : a minuta do Contrato de Concessão que integra o Anexo 2 do Edital.

(xliii) PEF: Programa de Exploração Ferroviária constante do Anexo 1, que abrange todas as condições, metas, critérios, requisitos, intervenções e especificações mínimas que determinam as obrigações da Concessionária , englobando, dentre outras coisas, (a) o detalhamento do TAV Rio de Janeiro -Campinas e os elementos básicos das obras e serviços compreendidos na concessão, (b) os Parâmetros de Desempenho e as especificações técnicas mínimas que exigirão intervenções da Concessionária (c) parâmetros técnicos mínimos, (d) Termo de Referência da Metologia de Execução e (e) as diretrizes para monitoramento permanente dos Serviços Ferroviários .

(xliv) Período para Recebimento dos Envelopes : período entre as 9h e 14h dos dias [●] e [●] de [●] e 2010, no qual deverão ser entregues, pelas Proponentes , na BM&FBOVESPA , todos os documentos necessários à sua participação no Leilão .

(xlv) Plano de Negócios : o plano de negócios relacionado à Concessão , que deve ser apresentado em conformidade com o Anexo 4 deste Edital .

(xlvi) Poder Concedente : a União , representada na Concessão pela ANTT ou por outros órgãos da Administração, conforme a distribuição legal de competências.

(xlvii) Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia: programa constante na Metodologia de Execução apresentado pelas Proponentes qualificadas, em conformidade com as diretrizes do Anexo 1.

(xlviii) Proponente : qualquer pessoa jurídica, fundo de investimento, entidade de previdência complementar ou consórcio participante do Leilão .

(xlix) Proposta Econômica : o conjunto de documentos, em meio impresso, entregue pela Proponente , que contempla o valor do Financiamento Público e da Tarifa-Teto proposta para a classe econômica demandado pela Concessionária para a

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completa execução dos serviços e obras compreendidos no objeto do Contrato .

(l) Receitas Extraordinárias : quaisquer receitas complementares, acessórias ou alternativas à Tarifa , à exploração econômica das estações próprias, conforme previsto na Minuta do Contrato e/ou às aplicações financeiras da Concessionária , decorrentes da exploração do TAV Rio de Janeiro – Campinas .

(li) Representantes Credenciados : pessoas autorizadas a representar as Proponentes em todos os documentos relacionados ao Leilão , exceto nos atos praticados junto à BM&FBOVESPA e nos atos praticados durante a Sessão Pública do Leilão .

(lii) Requisitos do Estatuto Social : conjunto de disposições constantes no Anexo 13 que deverão ser previstas no Estatuto Social como condição para celebração do Contrato de Concessão .

(liii) Sessão Pública do Leilão : sessão pública a iniciar-se em [●] de [●] de 2010 às 11:00 horas, para abertura do envelope da Proposta Econômica entregue pelas Proponentes .

(liv) SPE: sociedade de propósito específico a ser constituída pelo Adjudicatário sob a forma de sociedade por ações e integrada com participação majoritária do Acionista Privado e minoritária da Empresa Pública Federal , cujos documentos constitutivos deverão contemplar os Requisitos do Estatuto Social e que celebrará o Contrato de Concessão com o Poder Concedente .

(lv) Tarifa-Teto : corresponde à tarifa-teto quilométrica ofertada pela Proponente Leilão , observado o valor máximo de R$ 0,50 (cinquenta centavos de real) por quilômetro percorrido no TAV Rio de Janeiro - Campinas para os serviços da classe econômica.

(lvi) Tarifa : tarifa a ser paga pelos usuários do TAV Rio de Janeiro - Campinas , sempre limitada pela Tarifa-Teto , estabelecida de acordo com os termos da Minuta do Contrato .

(lvii) TAV: trem de alta velocidade, assim entendido o serviço público de transporte ferroviário de passageiros prestados que

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consiga atingir velocidade igual ou superior a 350 Km/h (trezentos e cinqüenta quilômetros por hora).

(lviii) TAV Rio de Janeiro-Campinas: serviço público de transporte ferroviário de passageiros em TAV na Estrada de Ferro EF – 222, no trecho entre os Municípios do Rio de Janeiro, Capital do Estado do Rio de Janeiro e Campinas, no Estado de São Paulo, composto por todas as instalações, obras-de-arte, infra-estrutura, super-estrutura, material rodante, sistema de sinalização, estações de passageiros e demais bens que sejam necessários à plena prestação do serviço de TAV, nos termos e condições deste Edital e seus Anexos , do Contrato de Concessão e dos Anexos ao Contrato .

(lix) Tecnologia : os conhecimentos técnicos e científicos criados e transmitidos por meio de um conjunto de materiais, processos, métodos e ferramentas, protegidos ou não por direitos industriais e autorais, necessários à construção, operação e manutenção de sistemas de TAV em condições operacionais compatíveis com as do TAV Rio de Janeiro- Campinas .

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Parte III - Do Objeto

1 Objeto do Edital

1.1 O objeto do Edital é a Concessão do serviço público ferroviário de TAV para construção, operação, manutenção e conservação do TAV Rio de Janeiro - Campinas , nos termos, no prazo e nas condições estabelecidas na Minuta do Contrato .

1.2 A Concessão será remunerada mediante cobrança de Tarifa , Receitas Extraordinárias e receita das estações próprias, caso ocorram.

1.3 O critério de julgamento do presente Leilão é a combinação entre (i) oferta do menor valor do Financiamento Público em moeda corrente nacional necessário à operacionalização do TAV Rio de Janeiro - Campinas , observado o valor máximo de R$ 20.868.784.000,00 (vinte bilhões, oitocentos e sessenta e oito milhões, setecentos e oitenta e quatro mil reais); e (ii) oferta do menor valor da Tarifa-Teto quilométrica para a classe econômica, observado o valor máximo de R$ 0,50 (cinquenta centavos de reais) por quilômetro.

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Parte IV - Acesso às Informações sobre o TAV Rio de Janeiro - Campinas e sobre o Leilão

2 Aquisição e Consulta ao Edital e Acesso às Informaç ões

2.1 O Edital , suas planilhas e formulários, as informações, estudos e projetos disponíveis sobre o TAV Rio de Janeiro - Campinas poderão ser obtidos em mídia eletrônica, na sede da ANTT, entre [●] de [●] de 2010 e [●] de [●] de 2010, de 8h às 18h, por

meio de pagamento do valor de R$ [●] ([•]) a título de custos das mídias eletrônicas (ou custos de reprodução do material). Caso o interessado disponibilize mídia suficiente que suporte a quantidade de arquivos referentes ao Projeto TAV, ficará isento do pagamento do valor acima fixado.Apenas para fins de consulta, encontra-se dispobilizado do sitio da ANTT (www.antt.gov.br) versão resumida da documento referente à presente concessão.

2.2 A ANTT não se responsabilizará pelos Editais , suas planilhas e formulários e demais informações, estudos e projetos disponíveis sobre o TAV Rio de Janeiro -Campinas obtidos ou conhecidos de forma ou em local diverso do disposto no subitem 2.1 acima.

2.3 A obtenção do Edital não será condição para participação no Leilão , sendo suficiente para tanto o conhecimento e aceitação, pela Proponente , de todos os seus termos e condições.

2.4 As Proponentes são responsáveis pela análise direta das condições do TAV Rio de Janeiro - Campinas e de todos os dados e informações sobre a exploração da Concessão .

2.4.1 As informações, estudos, pesquisas, investigações, levantamentos, projetos, planilhas e demais documentos ou dados, relacionados ao TAV Rio de Janeiro-Campinas , à sua exploração e à Concessionária , disponibilizados no sítio eletrônico www.antt.gov.br e na sede da ANTT, foram realizados e obtidos para fins exclusivos de precificação da Concessão , não apresentando, perante as potenciais Proponentes , qualquer caráter vinculativo ou qualquer efeito do ponto de vista da responsabilidade do Poder Concedente perante as Proponentes .

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2.5 Os interessados são responsáveis pelo exame de todas as instruções, condições, exigências, leis, decretos, normas, especificações e regulamentações aplicáveis ao Leilão e à Concessão .

2.6 As Proponentes arcarão com seus respectivos custos e despesas que incorrerem para a realização de estudos, investigações, levantamentos, projetos e investimentos, relacionados ao Leilão ou ao processo de contratação.

2.7 A documentação fornecida pela ANTT às Proponentes não poderá ser reproduzida, divulgada e utilizada, de forma total ou parcial, para quaisquer outros fins que não os expressos no Edital .

3 Pedidos de Esclarecimentos

3.1 Caso qualquer interessado necessite de esclarecimentos complementares, deverá solicitá-los à ANTT até as 16:00h do dia [●] de [●] de 2010, da seguinte forma:

• por meio eletrônico, no sítio da ANTT, em link que será disponibilizado, acompanhado do arquivo contendo as questões formuladas, em formato “.doc” ou “.docx”, conforme modelo integrante do Anexo 18; ou

• por meio de correspondência protocolada na sede da ANTT , contendo as questões formuladas conforme o modelo integrante do Anexo 18, impressa e em meio magnético, com o respectivo arquivo gravado em formato “.doc”.

3.2 A ANTT não responderá questões que tenham sido formuladas em desconformidade com o disposto no subitem 3.1 acima.

3.3 As respostas da ANTT aos referidos esclarecimentos complementares serão divulgadas no sítio eletrônico www.antt.gov.br, sem identificação da fonte do questionamento.

3.4 As Proponentes poderão, também, retirar cópia da ata de esclarecimentos sobre o Edital na sede da ANTT.

3.5 Todas as correspondências referentes ao Edital enviadas à ANTT serão consideradas como entregues na data do seu recebimento pela ANTT, mediante protocolo na sede da agência ou outra forma de confirmação de recebimento de mensagem, em caso de correspondência eletrônica.

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3.5.1 As correspondências recebidas pela ANTT após às 18h (horário de Brasília), inclusive as correspondências dirigidas ao endereço eletrônico, serão consideradas como recebidas no dia útil imediatamente posterior.

3.6 Todas as respostas da ANTT aos pedidos de esclarecimentos realizados nos termos deste item constarão de ata, que será parte integrante deste Edital .

4 Impugnações ao Edital

4.1 Sob pena de decadência do direito, eventual pedido de impugnação do Edital deverá ser protocolado na sede da ANTT, até 5 (cinco) dias úteis antes da data estabelecida para o início do Período para Recebimento dos Envelopes .

4.2 As impugnações ao Edital deverão ser dirigidas ao presidente da Comissão de Avaliação , que deverá apreciá-las e respondê-las até a data da Sessão Pública de Leilão.

4.3 A impugnação feita tempestivamente não impedirá a participação dos interessados na Sessão Pública de Leilão até a decisão da Comissão de Avaliação .

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Parte V - Regulamento do Leilão

5 Condições de Participação

5.1 Poderão participar do Leilão , nos termos deste Edital , pessoas jurídicas brasileiras ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento, isoladamente ou em consórcio, de acordo com os termos deste Edital .

5.2 Não poderão participar do Leilão , isoladamente ou em consórcio:

5.2.1 pessoa jurídica declarada inidônea por ato do Poder Público;

5.2.2 pessoa jurídica impedida de contratar com a Administração Pública;

5.2.3 pessoa jurídica cujo(s) dirigente(s) ou responsável(is) técnico(s) seja(m) ou tenha(m) sido ocupante(s) de cargo efetivo ou emprego na ANTT ou no Ministério dos Transportes , ou ocupante(s) de cargo de direção, assessoramento superior da União , nos últimos 180 (cento e oitenta) dias anteriores à data da publicação do Edital ; e

5.2.4 pessoa jurídica, ou seus dirigentes, gerentes, acionistas ou detentores de mais de 5% (cinco por cento) do capital com direito a voto, Controlador , responsável técnico ou subcontratado, que tenha participado da elaboração dos estudos jurídicos, econômicos e técnicos que lhe serviram de base.

5.3 A participação no Leilão implica a integral e incondicional aceitação de todos os termos, disposições e condições do Edital , do Manual de Procedimentos do Leilão , da Minuta do Contrato , do Acordo de Acionistas , dos Contratos de Transferência de Tecnologia, dos Requisitos do Estatuto Social e dos demais Anexos , bem como das demais normas aplicáveis ao Leilão .

5.4 Caso a Proponente participe por meio de consórcio, as seguintes regras deverão ser observadas, sem prejuízo de outras existentes no restante do Edital :

5.4.1 cada consorciado deverá atender individualmente às exigências relativas à regularidade jurídica e fiscal contidas no Edital ;

5.4.2 cada consorciado deverá atender individualmente às exigências para a qualificação econômico-financeira, exceto

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com relação à regra de patrimônio líquido, em que cada consorciado, individualmente, deverá ter patrimônio líquido igual ou superior à parcela do patrimônio líquido mínimo exigido de acordo com o item 7, doc. nº 17 da tabela V do Anexo 10, correspondente à sua respectiva participação na constituição do consórcio;

5.4.3 as exigências de qualificação técnica deverão ser atendidas pelo consórcio, por intermédio de qualquer dos consorciados isoladamente, pela soma das qualificações técnicas apresentadas pelos consorciados, ou pela soma das qualificações técnicas apresentadas pelos consorciados, conjuntamente com sua(s) contratada(s), de acordo com o disposto no item 9.2;

5.4.4 o não atendimento das normas previstas no Edital de qualquer consorciado acarretará a automática desclassificação do consórcio;

5.4.5 não há limite de número de consorciados para constituição do consórcio;

5.4.6 nenhuma Proponente poderá participar de mais de um consórcio, ainda que por intermédio de suas Controladoras ou Controladas, observado o disposto no item 9.3 abaixo;

5.4.7 caso uma Proponente participe de um consórcio, ficará ela impedida de participar isoladamente do Leilão ;

5.4.8 não será admitida a inclusão, a substituição, a retirada ou a exclusão de consorciados pelo período de 5 (cinco) anos contados da data de início das operações comerciais do TAV Rio de Janeiro - Campinas sem a prévia e expressa autorização do Poder Concedente ;

5.4.9 a responsabilidade solidária dos consorciados cessará, para fins das obrigações assumidas em virtude do Leilão : (i) no caso de o consórcio ter sido a Proponente vencedora, até a data da celebração do Contrato de Concessão ; e (ii) no caso de o consórcio não ter sido o Proponente vencedor, até 15 (quinze) dias contados da data de celebração do Contrato de Concessão .

6 Forma de Apresentação da Documentação

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6.1 A Garantia da Proposta , os Documentos de Pré-Qualificação , a Proposta Econômica , os Documentos de Qualificação , o Plano de Negócios e a Metodologia de Execução deverão ser (i) entregues no Período para Recebimento dos Envelopes , na BM&FBOVESPA , situada na Rua XV de Novembro, nº 275, por representante das Corretoras Credenciadas , munido dos documentos que comprovem seus poderes de representação e (ii) apresentados em 5 (cinco) volumes lacrados, distintos e identificados em sua capa, da seguinte forma:

(i) VOLUME 1 – GARANTIA DA PROPOSTA

EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ●]/2010 – CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS FERROVIÁRIOS DE TRENS DE ALTA VELOCIDADE NA ESTRADA DE FERRO EF-222 (RIO DE JANEIRO -CAMPINAS)

DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DENOMINAÇÃO DO CONSÓRCIO, INDICANDO SEUS INTEGRANTES E SEU LÍDER

DENOMINAÇÃO DA CORRETORA CREDENCIADA, ASSIM COMO O NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DE SEU INTEGRANTE RESPONSÁVEL PELO LEILÃO

NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

VOLUME 1 – GARANTIA DA PROPOSTA

(ii) VOLUME 2 - DOCUMENTOS DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO

EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ●]/2010 – CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS FERROVIÁRIOS DE TRENS DE ALTA VELOCIDADE NA ESTRADA DE FERRO EF-222 (RIO DE JANEIRO - CAMPINAS)

DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DENOMINAÇÃO DO CONSÓRCIO, INDICANDO SEUS INTEGRANTES E SEU LÍDER

DENOMINAÇÃO DA CORRETORA CREDENCIADA, ASSIM COMO O NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO

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(E-MAIL) DE SEU INTEGRANTE RESPONSÁVEL PELO LEILÃO

NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

VOLUME 2 - DOCUMENTOS DE PRÉ-QUALIFICAÇÃO

(iii) VOLUME 3 - PROPOSTA ECONÔMICA

EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ●]/2010 – CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO DE SERVIÇOS FERROVIÁRIOS DE TRENS DE ALTA VELOCIDADE NA ESTRADA DE FERRO EF-222 (RIO DE JANEIRO- CAMPINAS)

DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DENOMINAÇÃO DO CONSÓRCIO, INDICANDO SEUS INTEGRANTES E SEU LÍDER

DENOMINAÇÃO DA CORRETORA CREDENCIADA, ASSIM COMO O NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DE SEU INTEGRANTE RESPONSÁVEL PELO LEILÃO

NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

VOLUME 3 - PROPOSTA ECONÔMICA

(iv) VOLUME 4 - DOCUMENTOS DE QUALIFICAÇÃO

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DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DENOMINAÇÃO DO CONSÓRCIO, INDICANDO SEUS INTEGRANTES E SEU LÍDER

DENOMINAÇÃO DA CORRETORA CREDENCIADA, ASSIM COMO O NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DE SEU INTEGRANTE RESPONSÁVEL PELO LEILÃO

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NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

VOLUME 4 - DOCUMENTOS DE QUALIFICAÇÃO

(v) VOLUME 5 – PLANO DE NEGÓCIOS E METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

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DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DENOMINAÇÃO DO CONSÓRCIO, INDICANDO SEUS INTEGRANTES E SEU LÍDER

DENOMINAÇÃO DA CORRETORA CREDENCIADA, ASSIM COMO O NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DE SEU INTEGRANTE RESPONSÁVEL PELO LEILÃO

NOME, TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

VOLUME 5 – PLANO DE NEGÓCIOS E METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

6.2 Cada um dos volumes da Garantia da Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , dos Documentos de Qualificação e do Plano de Negócios e Metodologia de Execução deverá ser apresentado em 3 (três) vias idênticas, encadernadas separadamente, com todas as folhas numeradas seqüencialmente, inclusive as folhas de separação, catálogos, desenhos ou similares, se houver, independentemente de ser mais de um caderno, da primeira à última folha, de forma que a numeração da última folha do último caderno reflita a quantidade total de folhas de cada volume, não sendo permitidas emendas, rasuras, entrelinhas ou ressalvas.

6.3 Cada via conterá página com termo de encerramento próprio, que não será numerada.

6.4 Cada um dos volumes da Garantia da Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , dos Documentos de Qualificação e do Plano de Negócios e Metodologia de Execução

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deverá ser apresentado em meio eletrônico, com conteúdo idêntico ao das 3 (três) vias apresentadas em meio físico.

6.5 Caso exista divergência entre as informações apresentadas em meio físico e eletrônico, prevalecerão as informações prestadas em meio físico.

6.6 Para efeito de apresentação:

(i) as vias de cada um dos volumes da Garantia da Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , dos Documentos de Qualificação e do Plano de Negócios e Metodologia de Execução deverão conter, além da identificação citada no subitem 6.1 acima, os subtítulos “1ª via”, “2ª via“ e "3ª via", respectivamente;

(ii) todos os documentos deverão ser apresentados em sua forma original ou cópia autenticada, exceto os documentos relativos à Garantia de Proposta , que deverão ser apresentados em suas vias originais.

6.7 Todas as folhas de cada uma das vias da Garantia da Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , dos Documentos de Qualificação e do Plano de Negócios e Metodologia de Execução deverão ser rubricadas por um de seus Representantes Credenciados .

6.8 Um dos Representantes Credenciados deverá rubricar sobre o lacre de cada um dos envelopes contendo cada um dos volumes indicados no item 6.1, inserindo ao lado da rubrica, de próprio punho, a sua data e hora.

6.9 Exceto quando expressamente autorizado neste Edital , os documentos deverão ser apresentados conforme os modelos constantes do Edital , quando houver.

6.10 Eventuais falhas na entrega ou defeitos formais nos documentos que façam parte dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , dos Documentos de Qualificação e do Plano de Negócios e Metodologia de Execução poderão ser sanadas de acordo com os termos do subitem 13.2.2 abaixo, em prazo estabelecido pela Comissão de Avaliação .

6.10.1 O saneamento de eventuais falhas observadas na Garantia da Proposta seguirá a regra prevista no item 7.7.1 deste Edital .

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6.11 Considera-se falha ou defeito formal aquela que (i) não desnature o objeto do documento apresentado, e que (ii) permita aferir, com a devida segurança, a informação constante do documento.

6.12 Os documentos deverão ser apresentados em linguagem clara, sem emendas, rasuras, entrelinhas ou ressalvas, e deverão observar as seguintes regras com relação ao idioma:

(i) todos os documentos que se relacionam ao Leilão deverão ser apresentados em língua portuguesa e toda a documentação será compreendida e interpretada de acordo com o referido idioma; e

(ii) no caso de documentos em língua estrangeira, somente serão considerados se devidamente traduzidos ao português por tradutor público juramentado e com a confirmação de autenticidade emitida pela representação diplomática ou consular do Brasil no país de origem do documento.

6.13 Não será admitida a entrega dos documentos do Leilão por via postal ou qualquer outro meio não previsto neste item 6.

6.14 As Proponentes arcarão com todos os custos relacionados à preparação e à apresentação dos volumes das Garantias das Propostas , dos Documentos de Pré-Qualificação , das Propostas Econômicas , dos Documentos de Qualificação e do Plano de Negócios e Metodologia de Execução , não sendo a ANTT responsável, em qualquer hipótese, por tais custos, quaisquer que sejam os procedimentos seguidos no Leilão ou seus resultados.

6.15 A prática de atos pelas Proponentes em cada etapa do Leilão está sujeita à preclusão, sendo vedado o exercício de faculdades referentes a etapas já consumadas do Leilão , salvo nas hipóteses admitidas no Edital .

7 Garantia da Proposta

7.1 A Garantia da Proposta deverá ser realizada no valor mínimo de R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta milhões de reais) e poderá ser prestada em dinheiro, títulos da dívida pública, seguro-garantia ou fiança-bancária.

7.2 O valor da Garantia de Proposta possui como data-base o mês de dezembro de 2008, devendo este valor ser reajustado pela variação

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do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE na data de sua realização.

7.3 A Garantia da Proposta deverá ter prazo mínimo de 180 (cento e oitenta) dias a contar do último dia do Período para Recebimento dos Envelopes .

7.4 A BM&FBOVESPA analisará a regularidade e efetividade das Garantias de Proposta apresentadas, comunicando à Comissão de Avaliação o resultado de tal análise.

7.5 As Proponentes deverão, ainda, observar as seguintes condições quando do oferecimento da Garantia da Proposta :

7.5.1 as Garantias das Propostas apresentadas nas modalidades seguro-garantia e fiança bancária deverão apresentar o conteúdo mínimo ou seguir o modelo constante, respectivamente, dos Anexos 6 e 17, em sua forma original (não serão aceitas cópias de qualquer espécie) e deverão ter seu valor expresso em reais, assinatura dos administradores da sociedade emitente, com comprovação dos respectivos poderes para representação;

7.5.2 na hipótese de a Garantia da Proposta ser prestada em títulos da dívida pública, aceitar-se-á, apenas, Letras do Tesouro Nacional – LTN, Letras Financeiras do Tesouro - LFT, Notas do Tesouro Nacional – série C – NTN-C, Notas do Tesouro Nacional – série B – NTN-B, Notas do Tesouro Nacional – série B principal – NTN-B Principal ou Notas do Tesouro Nacional – série F – NTN-F;

7.5.3 a Garantia da Proposta deverá ser apresentada conforme modelo constante do Anexo 7 e assinada pela Corretora Credenciada , com firma reconhecida;

7.5.4 se a Proponente participar isoladamente, a Garantia da Proposta deverá ser apresentada em nome próprio;

7.5.5 se a Proponente for consórcio, a Garantia da Proposta deverá ser apresentada em nome do consórcio, indicando os nomes de todos os consorciados, independentemente da Garantia da Proposta ter sido prestada por uma ou mais consorciadas; e

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7.5.6 apresentar o Formal Compromisso – Operacional de Pagamento de Emolumentos conforme modelo constante do Anexo 16, devidamente assinado pela Corretora Credenciada , com firma reconhecida.

7.6 No caso de a Garantia da Proposta ser fornecida por meio de títulos da dívida pública, os procedimentos operacionais para recepção e manutenção desses títulos obedecerão ao disposto no Manual de Procedimentos do Leilão BM&FBOVESPA .

7.7 Além dos documentos de representação referidos no item 8.1.2, o volume da Garantia de Proposta deverá conter, conforme o caso e observado o disposto no Manual de Procedimentos do Leilão : (i) a apólice do seguro-garantia e documentos exigidos pelo Manual de Procedimentos do Leilão ; (ii) o instrumento de fiança bancária; ou (iii) declaração de que prestou garantia nas modalidades de dinheiro ou títulos públicos federais.

7.7.1 Nos casos de aporte da Garantia da Proposta nas modalidades de dinheiro ou títulos públicos federais, caberá à BM&FBOVESPA confirmar à Comissão de Avaliação as transferências efetuadas pelas Proponentes .

7.7.2 Para que a BM&FBOVESPA possa confirmar a transferência referida no item anterior, as Proponentes deverão cumprir previamente as orientações descritas no Manual de Procedimentos do Leilão .

7.8 As Proponentes que não apresentarem as Garantias de Proposta nas condições estabelecidas neste Edital e no Manual de Procedimentos do Leilão estarão impedidas de participar do Leilão e terão os demais documentos devolvidos.

7.9 A Garantia da Proposta será devolvida à Proponente :

7.9.1 que tiver sido declarada vencedora, imediatamente após a celebração do Contrato de Concessão ; e

7.9.2 que não tiver sido declarada vencedora, em até 15 (quinze) dias após a Data da Assunção .

7.10 Caso o prazo de validade da Garantia da Proposta expire antes da Data da Assunção , a ANTT poderá solicitar a renovação da Garantia da Proposta das Proponentes às expensas das próprias Proponentes , pelo prazo mínimo de mais 30 (trinta) dias, caso em que a manutenção das condições de qualificação da Proponente

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ficará condicionada à regular renovação da respectiva Garantia da Proposta .

7.10.1 No caso de renovação, a garantia de que trata o item acima será reajustada pela variação do IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, entre o mês do Período para Recebimento dos Envelopes e o mês imediatamente anterior à renovação da garantia.

7.11 A Garantia da Proposta deverá ser executada nas hipóteses de inadimplemento total ou parcial, por parte das Proponentes , das obrigações por elas assumidas em virtude de sua participação no Leilão , mediante notificação, pela ANTT, às Proponentes inadimplentes, sem prejuízo das demais penalidades previstas no Edital e na Legislação.

7.12 A Garantia da Proposta responderá pelas multas, penalidades e indenizações devidas pelas Proponentes à ANTT da data da apresentação da Garantia de Proposta e até a data da celebração do Contrato de Concessão .

7.13 É vedada qualquer modificação nos termos e condições da Garantia da Proposta apresentada ao Poder Concedente .

8 Representantes das Proponentes

8.1 Representantes Credenciados

8.1.1 Cada Proponente poderá ter até 2 (dois) Representantes Credenciados .

8.1.2 O volume da Garantia de Proposta deverá conter os seguintes documentos para comprovação dos poderes de representação dos Representantes Credenciados :

(i) no caso de empresas brasileiras, instrumento de procuração que comprove poderes para praticar, em nome da Proponente , todos os atos referentes ao Leilão , nos moldes do modelo constante do Anexo 24, com firma reconhecida e acompanhado dos documentos que comprovem os poderes do(s) outorgante(s) (conforme última alteração arquivada no registro empresarial ou cartório competente);

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(ii) no caso de consórcio, o instrumento de procuração mencionado acima deverá ser outorgado pela empresa líder, com firma reconhecida, e será acompanhado de (i) procurações outorgadas pelos consorciados à empresa líder, nos moldes do Anexo 24, com firma reconhecida, e (ii) documentos que comprovem os poderes de todos os outorgantes (conforme últimas alterações arquivadas nos registros empresariais ou cartórios competentes); e

(iii) no caso de empresa estrangeira, instrumento de procuração outorgado a representante legal residente e domiciliado no Brasil, que comprove poderes para praticar, em nome da Proponente , todos os atos referentes ao Leilão e com poderes expressos para receber citação e representar a Proponente administrativa e judicialmente, bem como fazer acordos e renunciar a direitos e, se for o caso, substabelecimento dos poderes apropriados para o(s) Representante(s) Credenciado(s) , nos moldes do modelo do Anexo 25, acompanhado de documentos que comprovem os poderes dos outorgantes, com a(s) assinatura(s) devidamente reconhecida(s) como verdadeira(s) por notário ou outra entidade de acordo com a legislação aplicável aos documentos, que deverá ser reconhecida pela representação consular brasileira do país de origem, devidamente traduzidos ao português por tradutor público juramentado e registrados em Cartório de Títulos e Documentos (conforme última alteração arquivada no registro empresarial, cartório competente ou exigência equivalente do país de origem).

8.1.3 Os Representantes Credenciados não serão admitidos a intervir nem praticar atos durante a Sessão Pública do Leilão , tendo em vista que tal representação será exercida exclusivamente pelas Corretoras Credenciadas.

8.1.4 Os Representantes Credenciados deverão firmar todas as declarações e documentos referidos neste Edital , inclusive o contrato de intermediação entre a Corretora Credenciada e a Proponente .

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8.1.5 Cada Representante Credenciado somente poderá exercer a representação de uma única Proponente .

8.2 Corretoras Credenciadas

8.2.1 O contrato de intermediação entre a Corretora Credenciada e a Proponente , que terá o conteúdo mínimo especificado no Anexo 26, deverá ter uma cópia apresentada juntamente com os documentos referidos no item 6.1, acompanhado do ato societário e/ou procuração comprovando os poderes das pessoas que firmaram tal contrato.

8.2.2 As Corretoras Credenciadas deverão representar as Proponentes junto à BM&FBOVESPA , na entrega de todos os documentos requeridos neste Edital – especialmente as vias dos volumes da Garantia de Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica e dos Documentos de Qualificação , e nos atos da Sessão Pública do Leilão .

8.2.3 Cada Corretora Credenciada somente poderá exercer a representação de uma única Proponente e cada Proponente somente poderá estar representada e participar do Leilão por meio de uma única Corretora Credenciada.

9 Documentos de Pré-Qualificação

9.1 O volume dos Documentos de Pré-Qualificação deverá conter os documentos indicados no Anexo 9.

9.2 Os elementos necessários à pré-qualificação mencionados no Anexo 9 poderão ser comprovados por meio de empresa contratada que não necessariamente fará parte da empresa ou consórcio Proponente .

9.2.1 A condição de contratada deverá ser comprovada por meio de instrumento contratual estável e definitivo, que vinculará a contratada à execução das atividades na área de sua expertise, com vigência mínima de 5 (cinco) anos contados da data de início das operações comerciais do TAV Rio de Janeiro – Campinas .

9.2.2 Na hipótese de a empresa contratada ser a detentora de qualquer parcela da Tecnologia , será esta a empresa que deverá (i) subscrever a declaração constante do Anexo 8, (ii) celebrar os Contratos de Transferência de Tecnologia com relação à Tecnologia detida e (iii) responsabilizar-se

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solidariamente com o Acionista Privado pela transferência de Tecnologia , na forma do Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia constante da Metodologia de Execução .

9.2.3 Será admitida a contratação da(s) mesma(s) empresa(s) contratada(s) por mais de uma Proponente para fins de comprovação dos elementos necessários à pré-qualificação.

9.2.4 Na hipótese de a empresa contratada ser detentora de experiências exigidas na pré-qualificação, deverá ser observada a correspondência biunívoca entre a comprovação da experiência e as obrigações alocadas à contratada, nos termos do instrumento referido no item 9.2.1 acima.

10 Propostas Econômicas

10.1 O volume da Proposta Econômica deverá conter, unicamente, carta de apresentação da Proposta Econômica , devidamente assinada, conforme modelo constante do Anexo 12.

10.1.1 Em sua Proposta Econômica , a Proponente deverá propor: (i) o valor do Financiamento Público necessário para a implementação do TAV Rio de Janeiro - Campinas , em conformidade com o Plano de Negócios e a Metodologia de Execução ; e (ii) o valor da Tarifa-Teto quilométrica para classe econômica proposto.

10.1.2 O valor do Financiamento Público apresentado pela Proponente não poderá ser superior a R$ 20.868.784.000,00 (vinte bilhões, oitocentos e sessenta e oito milhões, setecentos e oitenta e quatro mil reais), sob pena de desclassificação da proposta apresentada, nos termos do item 16.1.1.

10.1.3 O valor ofertado para a Tarifa-Teto quilométrica para classe econômica proposto não poderá ser superior a R$ 0,50 (cinquenta centavos de real) por quilômetro.

10.1.4 A Tarifa-Teto quilometrica para a classe executiva não ultrapassará o valor equivalente a um adicional de 75% (setenta e cinco por cento) relativamente à Tarifa-Teto quilometrica ofertada para a classe econômica.

10.1.5 A Proposta Econômica deverá ser incondicional, irretratável e irrevogável.

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10.1.6 A Proposta Econômica deverá ser válida por 1 (um) ano, contado do último dia do Período para Recebimento dos Envelopes , e neste período todas as suas condições deverão ser mantidas.

10.1.7 No caso de interposição de Recurso por parte das demais Proponentes sob o argumento de inexequibilidade da Proposta Econômica classificada em primeiro lugar, a Comissão de Avaliação, no momento apropriado, poderá, a seu critério, solicitar diligências destinadas a apurar a viabilidade da execução, sobretudo com verificação de outros dados no âmbito da Proponente vencedora, requerendo esclarecimentos sobre a dimensão efetiva de sua proposta.

11 Documentos de Qualificação

11.1 O volume dos Documentos de Qualificação deverá conter os documentos indicados no Anexo 10.

12 Plano de Negócios e Metodologia de Execução

12.1 A Proponente deverá apresentar o Plano de Negócios , elaborado de acordo com as orientações constantes do Anexo 4 e levando em consideração:

(i) todos os investimentos, tributos, custos e despesas, incluindo, mas não se limitando às financeiras, necessários para a exploração da Concessão ;

(ii) os riscos assumidos pela Concessionária em virtude da exploração da Concessão ;

(iii) as receitas oriundas do recebimento da Tarifa , da exploração das estações próprias, das aplicações financeiras e das Receitas Extraordinárias , nos termos da Minuta do Contrato ;

(iv) os prazos da Concessão , referidos no Contrato de Concessão ;

(v) que todos os investimentos previstos sejam integralmente depreciados durante a Concessão e em conformidade com a legislação aplicável; e

(vi) todos os incentivos fiscais em vigor no Período para Recebimento dos Envelopes.

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12.2 A Proponente deverá apresentar a Metodologia de Execução , elaborada de acordo com as orientações constantes do Anexo 1, que deverá conter o detalhamento da metodologia a ser empregada pela Concessionária para a realização do objeto da Concessão , o cronograma físico-financeiro das obras, bem como o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

13 Comissão de Avaliação

13.1 O Leilão será julgado pela Comissão de Avaliação , cabendo-lhe conduzir os trabalhos necessários à realização do Leilão .

13.1.1 A Comissão de Avaliação poderá solicitar auxílio da AGU, do Ministério dos Transportes , do BNDES, da Financiadora de Estudos e Projetos - FINEP, do Instituto Nacional da Propriedade Intelectual - INPI, da BM&FBOVESPA , bem como de outros membros da ANTT que não integrem a Comissão de Avaliação .

13.2 Além das prerrogativas que decorrem implicitamente da sua função legal, a Comissão de Avaliação poderá:

13.2.1 solicitar às Proponentes , a qualquer momento, esclarecimentos sobre os documentos por elas apresentados;

13.2.2 adotar critérios de saneamento de falhas de caráter formal e complementação de insuficiências no curso do Leilão ;

13.2.3 promover diligência destinada a esclarecer ou a complementar a instrução do Leilão , vedada a inclusão posterior de documento ou informação que deveria constar originariamente nos documentos apresentados pela Proponente, salvo na hipótese do item 10.1.7 ;

13.2.4 prorrogar os prazos de que trata o Edital , em caso de interesse público, caso fortuito ou força maior; e

13.2.5 na hipótese de alteração que afete de forma inequívoca a elaboração das Propostas Econômicas , alterar (i) a data prevista para entrega da Garantia de Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , dos Documentos de Qualificação , da Proposta Econômica e do Plano de Negócios e da Metodologia de Execução ; e (ii) a data prevista para a abertura dos envelopes e julgamento das propostas, prorrogando-se ou reabrindo-se o prazo inicialmente estabelecido.

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13.3 Qualquer alteração no Edital será comunicada no DOU e nos demais meios utilizados para disponibilização da documentação.

13.4 A recusa em fornecer esclarecimentos e documentos e em cumprir as exigências solicitadas pela Comissão de Avaliação , nos prazos por ela determinados e de acordo com os termos deste Edital , poderá ensejar a desclassificação da Proponente .

14 Recebimento dos Envelopes e Sessão Pública do Leilã o

14.1 O recebimento dos envelopes e a Sessão Pública do Leilão seguirão a ordem de eventos e cronograma indicados na tabela abaixo:

Eventos

Descrição do Evento Datas

1 Publicação do Edital [●]

2 Prazo para solicitação de esclarecimentos ao Edital

de [●] até [●]

3 Prazo para impugnação ao Edital de [●] até [●]

4 Apreciação e resposta das impugnações ao edital

Até a data de abertura da Sessão Pública de

leilão

5 Recebimento, pela BM&FBOVESPA e pela Comissão de Avaliação , de todas as vias dos volumes relativos a:

(i) Garantia da Proposta ;

(ii) Documentos de Pré-Qualificação ;

(iii) Proposta Econômica ;

(iv) Documentos de Qualificação;

(v) Plano de Negócios e Metodologia de Execução .

Período para

Recebimento dos

Envelopes

[●]/[●]/2010

Das 9 às 14h

6 Publicação, no sítio eletrônico www.antt.gov.br, da decisão da Comissão de Avaliação sobre as Garantias das Propostas não aceitas e sua motivação.

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7 Abertura dos Documentos de Pré-Qualificação das Proponentes que tenham tido sua Garantia de Proposta aceita.

Publicação da Ata de Julgamento dos Documentos de Pré-Qualificação .

Abertura do prazo para interposição de recursos contra a decisão da Fase de Pré-Qualificação .

Notificação das Proponentes da interposição de recursos e abertura de prazo para impugnação aos recursos

[●]

8 Publicação, pela Comissão de Avaliação , da decisão sobre os recursos.

[●]

9 Sessão Pública do Leilão: Abertura das Propostas Econômicas das Proponentes qualificadas.

[●]

10 Publicação no sítio eletrônico www.antt.gov.br da ordem de classificação das Propostas Econômicas .

[●]

11 Abertura dos Documentos de Qualificação , do Plano de Negócios e da Metodologia de Execução apenas da Proponente classificada em primeiro lugar e publicação da decisão relativa à análise desses documentos, consignada na Ata de Julgamento do Leilão.

Início do prazo para interposição de recursos.

[●]

Notificação das Proponentes da interposição de recursos e abertura de prazo para as respectivas impugnações.

[●]

12 Publicação do julgamento dos recursos.

[●]

13 Homologação do Resultado pela Diretoria

14 Convocação do Adjudicatário para celebração do Contrato de Concessão, do Acordo de Acionistas e dos Contratos de Transferência de Tecnologia .

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15 Análise dos Documentos de Pré-Qualificação

15.1 A Comissão de Avaliação abrirá os volumes dos Documentos de Pré-Qualificação das Proponentes que tiverem suas Garantias de Proposta aceitas.

15.2 Será desqualificada a Proponente cujos Documentos de Pré-Qualificação não contenham a documentação mínima exigida por este Edital .

16 Julgamento das Propostas Econômicas

16.1 Classificação das Propostas Econômicas

16.1.1 A Comissão de Avaliação desclassificará a Proponente cuja Proposta Econômica não atender à totalidade das exigências estabelecidas na legislação aplicável e no Edital e, ainda, aquela que implicar oferta submetida a condição ou termo não previsto neste Edital .

16.1.2 A classificação das Propostas Econômicas ocorrerá em ordem decrescente de valor, observado o item 16.2, sendo, portanto, a primeira colocada a Proposta Econômica que obtiver a maior nota final, segundo fórmula abaixo:

Onde:

NF: Nota Final da Proposta Econômica da Proponente , com até 10 (dez) casas decimais;

Fmax: Valor máximo do Financiamento Público determinado pelo Poder Concedente , em reais, que equivale ao valor máximo de R$ 20.868.784.000,00 (vinte bilhões, oitocentos e sessenta e oito milhões, setecentos e oitenta e quatro mil reais);

Fp: Valor do Financiamento Público solicitado na Proposta Econômica da Proponente , em reais;

( )[ ] ( ) ( )[ ]max

max

max

max 10*10**10*

T

PTT

F

PFFNF Lp −−+

−=

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Tmax: Tarifa-Teto máxima estabelecida pelo Poder Concedente , em reais, com 2 (duas) casas decimais, que equivale ao valor máximo de R$ 0,50 (cinqüenta centavos de real) por quilômetro;

T: Tarifa-Teto oferecida na Proposta Econômica da Proponente , em reais, com 2 (duas) casas decimais; e

P: Peso das variáveis do Leilão , número inteiro, de modo que 0<P<10.

16.1.3 Observa-se que, na fórmula acima, o peso do valor do Financiamento Público solicitado é de 70% e o peso da Tarifa-Teto estabelecida pela Proponente é de 30%.

16.2 Julgamento das Propostas Econômicas

16.2.1 A Proponente que tiver a sua Proposta Econômica classificada em primeiro lugar terá aberto seus envelopes volume nº 4 e 5 contendo os Documentos de Qualificação e o Plano de Negócios e a Metodologia de Execução , respectivamente.

16.2.2 Caso haja empate entre as notas finais de mais de uma Proponente , será considerado vencedora aquela que oferecer o menor valor de Finaciamento Público .

16.2.3 Se, após aplicado o critério de que trata o item 16.2.2, ainda persistir o empate, o desempate será feita por sorteio, sendo a primeira Proponente sorteada a melhor classificada.

17 Documentos de Qualificação, Plano de Negócios e Met odologia de Execução

17.1 Serão abertos os envelopes nº. 4 e 5 contendo os Documentos de Qualificação e Plano de Negócios e a Metodologia de Execução , respectivamente, apenas da Proponente classificada em primeiro lugar.

17.2 Será desclassificada a Proponente cujos Documentos de Qualificação não atendam à totalidade das exigências previstas neste Edital .

17.3 O Plano de Negócios será rejeitado no caso de:

(i) ser incompatível com a Proposta Econômica ;

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(ii) deixar de apresentar ou não preencher corretamente qualquer das informações exigidas nos quadros constantes no Anexo 4;

(iii) apresentar nos quadros constantes no Anexo 4, cronograma de obras e serviços em desacordo com a Minuta do Contrato ;

(iv) considerar valores de Tarifa superiores à Tarifa-Teto prevista neste Edital e na Minuta do Contrato ;

(v) não apresentar as estimativas de gastos com seguros e garantias exigidos neste Edital ; ou

(vi) considerar prazo de conclusão ou implantação das obras ou serviços obrigatórios em prazo superior ao previsto na Minuta do Contrato .

17.4 Da mesma forma, a Metodologia de Execução poderá ser rejeitada, caso elaborada em desacordo com o disposto no Anexo 1.

17.5 O Plano de Negócios e a Metodologia de Execução somente poderão ser rejeitados caso apresentem vícios, falhas ou desconformidades materiais graves, que não possam ser sanados pelos mecanismos previstos neste Edital .

17.6 Na hipótese de desclassificação dos Documentos de Qualificação , do Plano de Negócios e/ou da Metodologia de Execução da Proponente classificada em primeiro lugar, a Comissão de Avaliação procederá à abertura dos Documentos de Qualificação , do Plano de Negócios e da Metodologia de Execução da Proponente classificada em segundo lugar e assim sucessivamente.

17.7 Não serão consideradas no Plano de Negócios quaisquer outras receitas ou quaisquer vantagens que não esteja previstas neste Edital ou na Minuta do Contrato .

18 Recursos Administrativos

18.1 As Proponentes que participarem do Leilão poderão recorrer da decisão sobre a análise dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , dos Documentos de Qualificação, do Plano de Negócios e da Metodologia de Execução da Proponente vencedora.

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18.1.1 O recurso deverá ser interposto no prazo de 5 (cinco) dias úteis contados da publicação da correspondente decisão, conforme determinado no item 18.1 acima.

18.1.2 O recurso interposto será comunicado às demais Proponentes , que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cinco) dias úteis.

18.1.3 Os recursos e as impugnações aos recursos deverão ser dirigidos à Diretoria da ANTT, por intermédio do presidente da Comissão de Avaliação , que poderá reconsiderar sua decisão no prazo de 5 (cinco) dias úteis ou encaminhá-los diretamente à alçada competente.

18.2 Os recursos somente serão admitidos quando subscritos por representante(s) legal(is), Representantes Credenciados , procurador com poderes específicos ou qualquer pessoa substabelecida em tais poderes específicos, desde que instruídos com demonstração dos poderes, devendo ser protocolados na sede da ANTT, identificados como segue:

18.3

RECURSO ADMINISTRATIVO

RELATIVO AO EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ●]/2010

At. Sr Diretor-Geral da ANTT

18.4 Concluídos os julgamentos dos eventuais recursos, o resultado será

divulgado na página da ANTT na Internet e publicados no DOU.

19 Homologação, Adjudicação e Assinatura do Contrato d e Concessão

19.1 O resultado do Leilão será submetido pela Comissão de Avaliação à Diretoria da ANTT para homologação.

19.2 A divulgação da Proponente vencedora será realizada por meio de aviso a ser publicado no DOU e no sítio eletrônico da ANTT, www.antt.gov.br.

19.3 Dentro de 60 (sessenta) dias contados da publicação do Ato de Homologação , o Adjudicatário apresentará, como condição para a assinatura do Contrato de Concessão, dos Contratos de Transferência de Tecnologia e do Acordo de Acionistas :

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19.3.1 Garantia de Execução do Contrato , nos termos da cláusula 13 do Contrato de Concessão ;

19.3.2 prova da constituição do Acionista Privado , sociedade de propósito específico que deterá a participação do Adjudicatário na Concessionária e celebrará com a Empresa Pública Federal o Acordo de Acionistas , de acordo com o item 19.5 abaixo;

19.3.3 prova de constituição da SPE, com a correspondente certidão do registro empresarial competente, bem como o respectivo comprovante de inscrição perante o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;

19.3.4 comprovação de integralização, pelo Acionista Privado , de capital social da SPE em moeda corrente nacional no montante equivalente a, no mínimo R$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de reais),

19.3.5 aprovação de aumento de capital social da SPE no montante de até R$ 3.400.000.000 (três bilhões e quatrocentos milhões de reais) a ser subscrito e integralizado pela Empresa Pública Federal em moeda corrente nacional e/ou por meio dos ativos decorrentes das desapropriações necessárias à implantação da infra-estrutura e exploração do serviço público relativos ao TAV;

19.3.6 aprovação e arquivamento, perante a Junta Comercial competente, do Estatuto Social , que deverá contemplar todos os Requisitos do Estatuto Social ;

19.3.7 apólices de seguro, nos termos da cláusula 38 da Minuta do Contrato ;

19.3.8 comprovação de recolhimento de emolumentos à BM&FBOVESPA , correspondentes a R$ [●];

19.3.9 comprovação de pagamento, ao Banco de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES, do valor de R$ [●] ([●] reais), em virtude da realização dos estudos relacionados ao TAV Rio de Janeiro - Campinas conforme autorizado pelo artigo 21 da Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995.

19.4 O prazo previsto no subitem 19.3 acima poderá ser prorrogado, até por igual período, se solicitado durante o seu transcurso pelo

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Adjudicatário e desde que decorra de motivo justificado aceito pela ANTT.

19.5 Cumpridas as exigências constantes do item 19.3, a SPE, o Acionista Privado e seus acionistas e/ou contratadas serão convocados pela ANTT para assinatura do Contrato de Concessão, dos Contratos de Transferência de Tecnologia e do Acordo de Acionistas .

19.5.1 Se a SPE, o Acionista Privado , ou qualquer de seus acionistas ou contratadas, regularmente convocados a assinar o Contrato de Concessão, os Contratos de Transferência de Tecnologia e o Acordo de Acionistas , dentro do prazo de validade da Proposta Econômica do Adjudicatário , recusarem-se a fazê-lo, a ANTT executará, imediatamente, o total da Garantia da Proposta apresentada pelo Adjudicatário , não ficando, todavia, a SPE, o Acionista Privado ou qualquer de seus acionistas isentos da obrigação de pagamento de (i) multa e (ii) indenização das perdas e danos do Poder Concedente , caso o valor da Garantia da Proposta não seja suficiente para o cumprimento de tais pagamentos.

19.5.2 Além do disposto no subitem anterior, a recusa em assinar o Contrato de Concessão, os Contratos de Transferência de Tecnologia e o Acordo de Acionistas , sem justificativa aceita pela ANTT, dentro do prazo estabelecido, acarretará ao Adjudicatário individual, ou, no caso de consórcio, a todos os consorciados, a suspensão temporária de participação em licitação, o impedimento de contratar com a Administração pelo período de 24 (vinte e quatro) meses, e a declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, na forma da Lei.

19.6 Havendo recusa em assinar o Contrato de Concessão, os Contratos de Transferência de Tecnologia e o Acordo de Acionistas no prazo e nas condições estabelecidos, recusa em constituir a Garantia de Execução do Contrato ou ocorrendo o não cumprimento de qualquer das exigências preliminares à assinatura, é facultado à ANTT convocar as Proponentes remanescentes, na ordem de classificação, para fazê-lo nas mesmas condições propostas pela primeira classificada, ou revogar o Leilão , sem prejuízo das sanções administrativas e civis cabíveis.

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19.7 Sem prejuízo do disposto no subitem 19.6 acima, o Leilão somente poderá ser revogado pela Diretoria da ANTT, mediante proposta da Comissão de Avaliação , por razões de interesse público decorrentes de fato superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal revogação.

19.8 A Diretoria da ANTT, de ofício ou por provocação de terceiros, deverá anular o Leilão se verificada qualquer ilegalidade que não possa ser sanada.

19.9 A nulidade do Leilão implica a nulidade do Contrato , não gerando obrigação de indenizar por parte do Poder Concedente .

19.10 A ANTT poderá, a qualquer tempo, adiar as etapas do Leilão , nos termos da legislação aplicável, sem que caiba às Proponentes direito à indenização ou reembolso de custos e despesas a qualquer título.

19.11 Na hipótese de a ANTT vir a tomar conhecimento, após a fase de qualificação, de que qualquer Documento de Qualificação apresentado por uma Proponente era falso ou inválido à época da apresentação dos Documentos de Qualificação , poderá desclassificá-la, sem que a esta caiba direito à indenização ou reembolso de despesas a qualquer título, sem prejuízo de indenização ao Poder Concedente , e das cominações legais cabíveis.

19.12 A Proponente obriga-se a comunicar à ANTT, a qualquer tempo, qualquer fato ou circunstância superveniente que seja impeditivo das condições de qualificação, imediatamente após sua ocorrência.

19.13 Sem nenhum tipo de comunicação adicional, serão inutilizadas todas as vias dos volumes das Garantias de Proposta , dos Documentos de Pré-Qualificação , da Proposta Econômica , do Plano de Negócio e da Metodologia de Execução que não forem retiradas pelas demais Proponentes no prazo de 30 (trinta) dias contados da Data da Assunção .

20 Obras e Serviços da Concessão

20.1 A Concessionária deverá explorar a Concessão de acordo com as disposições do Contrato de Concessão , atendendo integralmente ao disposto na Metodologia de Execução e no PEF, na forma do Anexo 1 do referido instrumento, notadamente quanto aos parâmetros de desempenho e especificações técnicas mínimas.

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20.2 Todas as soluções e métodos utilizados no PEF para execução das obras e serviços serão meramente indicativos, cabendo à Concessionária a escolha daqueles que julgar mais adequados, desde que assegure o cumprimento dos parâmetros de desempenho e especificações técnicas mínimas previstas no PEF.

20.3 Cabe à Concessionária , com base em seus próprios critérios de dimensionamento, a responsabilidade exclusiva na determinação dos quantitativos para execução das obras e serviços previstos no PEF.

20.4 O Adjudicatário será exclusivamente responsável por todos os investimentos necessários à perfeita execução do objeto da Concessão e operacionalização do TAV Rio de Janeiro - Campinas que venham a ultrapassar o valor do Investimento Final , ou que, por qualquer razão, não sejam cobertos pelo valor do Financiamento Público .

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Parte VI – A Concessionária

21 Concessionária

21.1 A Concessionária será uma SPE, na forma de sociedade por ações, constituída de acordo com a lei brasileira com a finalidade exclusiva de explorar a Concessão e cujos documentos constitutuivos contemplarão, obrigatoriamente, os Requisitos do Estatuto Social .

21.2 O Adjudicatário se obrigará a subscrever e integralizar, indiretamente, por meio do Acionista Privado , na forma do item 19.3.2 acima, Ações no montante equivalente a, no mínimo, 30% (trinta por cento) do valor total investido pela Concessionária na implantação do Projeto TAV, já incluído neste percentual o valor a ser subscrito e integralizado pela Empresa Pública Federal, conforme item 19.3.5 deste Edital.

21.2.1 Deverá o Acionista Privado integralizar Ações no mínimo no montante equivalente a R$ 1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de reais), no prazo previsto no item 19.3 acima, na forma do subitem 19.3.4.

21.2.2 Após a assinatura do Contrato de Concessão , os valores restantes que devam ser integralizados na Concessionária pelo Acionista Privado para atendimento da obrigação constante do subitem 21.2 acima serão integralizados, no mínimo, pari passu com os desembolsos dos Contratos de Financiamento celebrados pela Concessionária, em conformidade com o cronograma de contribuição de capital social da Concessionária constante do anexo 8 ao Contrato de Concessão e, em qualquer caso, deverão ser totalmente integralizados até o final do prazo de construção da infra-estrutura do TAV Rio de Janeiro - Campinas .

21.3 A Empresa Pública Federal subscreverá Ações no montante de até R$ 3.400.000.000,00 (três bilhões e quatrocentos milhões de reais) com a finalidade de aportar na Concessionária parcela da contribuição de capital necessária para a realização do objeto da Concessão , devendo o Acionista Privado obrigar-se a aprovar os aumentos de capital necessários para permitir a participação da Empresa Pública Federal na Concessionária .

21.3.1 O montante a ser aportado pela Empresa Pública Federal na Concessionária se dará por meio da capitalização de R$

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1.135.000.000,00 (um bilhão, cento e trinta e cinco milhões de reais), a serem integralizados em moeda corrente nacional, e de R$ 2.265.000.000 (dois bilhões, duzentos e sessenta e cinco milhões de reais) a serem integralizados, na forma da legislação aplicável, em moeda corrente nacional, em direitos ou por meio dos ativos decorrentes das desapropriações necessárias à implantação da infraestrutura e exploração do serviço público relativos ao TAV.

21.3.2 Após a assinatura do Contrato de Concessão , os valores que devam ser integralizados na Concessionária pela Empresa Pública Federal para atendimento da obrigação constante do subitem 21.3 acima poderão ser integralizados pari passu com as integralizações realizadas pelo Acionista Privado .

21.3.3 A Empresa Pública Federal poderá integralizar as Ações por ela subscritas em moeda corrente nacional, em bens ou em direitos, na forma da legislação aplicável.

21.3.4 A Empresa Pública Federal poderá, ainda, realizar novas contribuições de capital na Concessionária , segundo seu exclusivo critério e sem qualquer obrigação, para acompanhar eventuais aumentos de capital aprovados pelo Acionista Privado , nos termos do Acordo de Acionistas .

21.4 Todas as relações entre a Empresa Pública Federal e o Acionista Privado no que concerne a suas respectivas participações no capital da Concessionária serão disciplinadas por meio do Acordo de Acionistas , sendo expressamente vedada a realização de qualquer operação em desconformidade com seus termos e condições.

21.5 O Poder Concedente , diretamente ou por meio da Empresa Pública Federal , deterá a Ação Preferencial de Classe Especial na Concessionária durante toda a vigência da Concessão , sendo os poderes atribuídos a referida ação aqueles previstos no Estatuto Social, em conformidade com os Requisitos do Estatuto Social , e no Acordo de Acionistas .

21.6 A critério exclusivo do Acionista Privado , poderá a Concessionária contratar o Financiamento Público , no montante previsto em sua Proposta Econômica , conforme termos e condições constantes deste Edital e sujeito aos critérios de aprovação previstos no Acordo de Acionistas .

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21.7 A transferência do Controle da Concessionária sem a prévia e expressa anuência da ANTT importará a caducidade do Contrato de Concessão .

21.8 Não serão admitidos o ingresso, a saída ou a substituição de qualquer acionista do Acionista Privado:

(i) antes de 5 (cinco) anos contados do início da operação comercial do TAV Rio de Janeiro – Campinas, nos termos do Contrato de Concessão ;

(ii) caso provoque a perda de quaisquer dos requisitos da outorga, inclusive das garantias, da regularidade jurídica e fiscal, ou ainda da qualificação técnica e econômico-financeira; ou

(iii) caso coloque em risco a continuidade da execução do TAV Rio de Janeiro – Campinas ou do Contrato de Concessão .

21.8.1 A ANTT poderá, excepcionalmente e mediante motivação específica lastreada em relevante interesse público, admitir a substituição de acionista do Acionista Privado antes do período mínimo a que se refere o item 21.8(i), desde que a entrada no novo acionista privado observe os itens 21.8 (ii) e (iii).

21.8.2 Na hipótese de a pré-qualificação do Adjudicatário no Leilão ter sido comprovada por meio de empresas que não participaram da sociedade ou consórcio Adjudicatário , na forma do item 9.2, esta(s) contratada(s) deverá(ão) permanecer vinculada(s) à Concessão desde a Data de Assunção até, no mínimo, 5 (cinco) anos a partir da data de início das operações comerciais do TAV Rio de Janeiro – Campinas , sem prejuízo da obrigação de manutenção da composição acionária do Acionista Privado prevista no item 21.8 acima.

21.8.3 Admitir-se-á a substituição da(s) contratada(s) referida(s) no item anterior, excepcionalmente e mediante motivação específica e aprovação da ANTT, nas mesmas condições previstas no item 21.8.1.

21.9 O exercício social da Concessionária e o exercício financeiro do Contrato de Concessão coincidirão com o ano civil.

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21.10 Os valores dispostos neste Edital, no Contrato de Concessão e nos respectivos Anexos observam a data-base de dezembro de 2008.

21.11 A participação de capitais não nacionais na Concessionária obedecerá à legislação brasileira em vigor.

21.12 A Concessionária poderá oferecer em garantia os direitos emergentes da Concessão para obtenção de financiamentos relacionados a investimentos de interesse dos serviços objeto da Concessão , desde que não comprometa a sua continuidade e adequada prestação do serviço.

21.13 Poderão ser admitidos como acionistas da Concessionária outras entidades de investimento ou de previdência complementar que venham a subscrever novas Ações , de acordo com os termos e condições do Acordo de Acionistas .

21.14 A Concessionária estará sempre vinculada ao disposto no Contrato de Concessão , no Edital , na documentação por ela apresentada e aos respectivos documentos contratuais, bem como à legislação e regulamentação brasileiras, em tudo relacionado à exploração da Concessão .

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Parte VIII – Anexos

Constituem parte integrante do Edital os seguintes Anexos :

Anexo 1: Plano de Exploração Ferroviária – PEF e Termo de Referência da Metodologia de Execução

Anexo 2: Minuta de Contrato de Concessão

Anexo 3: Minutas dos contratos de Transferência de Tecnologia

Anexo 4: Termo de Referencia do Plano de Negócios

Anexo 5: Termos e Condições básicas de Financiamento Público

Anexo 6: Termos e Condições Mínimas do Seguro Garantia

Anexo 7: Apresentação da Garantia da Proposta

Anexo 8: Modelo de Declaração de Propriedade de Tecnologia

Anexo 9: Documentos de Pré-qualificação

Anexo 10: Documentos de Qualificação

Anexo 11: Modelo da Carta de Apresentação dos Documentos de Qualificação

Anexo 12: Modelo da Carta de Apresentação da Proposta Econômica

Anexo 13: Requisitos do Estatuto Social

Anexo 14: Minuta de Acordo de Acionistas

Anexo 15: Manual de Procedimento do Leilão

Anexo 16: Formal compromisso – operacional de pagamento de emolumentos

Anexo 17: Modelo de Fiança Bancária

Anexo 18: Modelo de Solicitação de Esclarecimentos

Anexo 19: Modelo de Carta de Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal

Anexo 20: Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Falência, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de Insolvência

Anexo 21: Modelo de Carta de Declaração de Ausência de Impedimento para Participação do Leilão

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Anexo 22: Modelo de Carta de Declaração de Capacidade Financeira

Anexo 23: Modelo de Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por via Diplomática

Anexo 24: Modelo de Procuração

Anexo 25: Modelo de Procuração (Proponente estrangeira)

Anexo 26: Conteúdo mínimo do contrato de intermediação entre a Proponente e sua respectiva Corretora Credenciada

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Anexo 1 Plano de Exploração Ferroviária – PEF e Termo de Re ferência da

Metodologia da Execução

O Programa de Exploração Ferroviária (PEF) é compo sto dos seguintes Apêndices:

(a) Apêndice A: Detalhamento do serviço de TAV Rio de Janeiro - Campinas;

(b) Apêndice B: Parâmetros de Desempenho;

(c) Apêndice C: Parâmetros Técnicos Mínimos;

(d) Apêndice D: Termo de Referência da Metodologia de Execução

(e) Apêndice E: Diretrizes para Monitoramento Perma nente dos Serviços Ferroviários.

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Apêndice A: Detalhamento do Serviço de TAV Rio de J aneiro - Campinas

ESTE “APÊNDICE A” ESPECIFICA O NÍVEL DE SERVIÇO MÍN IMO EXIGIDO

PARA A PROPOSTA A SER APRESENTADA PELO INTERESSADO A

PARTICIPAR DO LEILÃO DO PROJETO TREM DE ALTA VELOCI DADE - TAV.

O PROPONENTE SERÁ RESPONSÁVEL TANTO PELO PLANEJAMEN TO

QUANTO PELO CRONOGRAMA DO SISTEMA TAV DE MODO A ATE NDER AS

EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E COMERCIAIS DOS SERVIÇOS, GARA NTINDO

ADEQUAÇÃO AOS CÓDIGOS E NORMAS NACIONAIS E INTERNAC IONAIS

RELEVANTES.

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1. Introdução

• O objetivo deste apêndice é apresentar ao Proponente o Nível Básico de Serviço - NBS exigido pelo Poder Concedente para a construção e operação do sistema TAV Brasil. O NBS dispõe de parâmetros básicos a serem exigidos na proposta dos Proponentes e cumpridos ao longo da Concessão do TAV.

• Ao Proponente será exigido conhecer e aderir às respectivas leis, regras e regulamentos, códigos e normas brasileiros, nos âmbitos federal, estadual e municipal e pelas autoridades de serviço de utilidade pública, rodovias, ferrovias e de meio-ambiente.

• O Poder Concedente será receptivo a potenciais Proponentes capazes de demonstrar que suas soluções propostas atendem à especificação mínima para o TAV, de acordo com o presente documento.

• Na proposta a ser encaminhada pelo Proponente, será exigido o desenvolvimento dos serviços e quadro de horários detalhados para a operação do TAV, o que será incorporado ao Contrato de Concessão. A fim de evitar qualquer tipo de dúvida, o Proponente vencedor deverá executar, no mínimo, o disposto neste Apêndice A.

• Este documento complementa o Apêndice C, que descreve os padrões técnicos mínimos.

• Cumpridas as exigências apresentadas neste Apêndice, o desempenho do Proponente será medido por Indicadores de Desempenho – IDs dispostos no Anexo 1 - Apêndice B.

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2. Nível Básico de Serviço – “NBS”

2. 1 Descrição dos Serviços

2.1.1 São estações obrigatórias no desenvolvimento do traçado do TAV:

1. Estação Barão de Mauá no município do Rio de Janeiro - RJ;

2. Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro / Galeão – Antônio Carlos Jobim

no município do Rio de Janeiro - RJ;

3. Região do Vale do Paraíba do Estado do Rio de Janeiro;

4. Região do Vale do Paraíba do Estado de São Paulo;

5. Município de Aparecida -SP;

6. Aeroporto Internacional de São Paulo / Guarulhos – Governador André

Franco Montoro, no município de Guarulhos-SP;

7. Aeroporto Campo de Marte no município de São Paulo - SP;

8. Aeroporto Internacional de Viracopos, no município de Campinas - SP; e

9. Estação Ferroviária no município de Campinas - SP.

2.1.2 Os serviços exigidos para o TAV devem ter as seguintes características:

• Serviços Expressos : operação direta entre São Paulo e Rio de Janeiro;

• Serviços Regionais de Longa Distância : operação entre Campinas e Rio

de Janeiro com paradas nas estações obrigatórias relacionadas neste Apêndice A, com exceção à Estação de Aparecida - SP, cuja definição do quadro de horários para atendimento desta estação será incumbência do Concessionário,; e

• Serviços Regionais de Curta Distância: operação com paradas entre

Campinas e a estação do Vale do Paraíba Paulista, com exceção à Estação de Aparecida - SP, cuja definição do quadro de horários para atendimento desta estação será incumbência do Concessionário,

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2.1.3 Duração Máxima das Viagens

• O Proponente deverá apresentar simulações de durações de viagens usando um software de simulação comercialmente conhecido com base no traçado final adotado para elaboração da proposta.

• O Proponente deverá atender os tempos máximos de duração de viagem apresentados na tabela abaixo. O Proponente terá a liberdade de especificar a velocidade máxima de operação comercial do TAV, respeitando os tempos máximos de duração de viagens. É exigido, entretanto, que o TAV opere a uma velocidade máxima de no mínimo 300km/h.

Tabela 1: Durações Máximas de Viagens – Serviços Ex pressos

De Para Tempo do Trajeto (Horas: Min: Seg)

Campo de Marte Barão de Mauá 1:33:00

Barão de Mauá Campo de Marte 1:33:30

Tabela 2: Durações Máximas de Viagem – Serviços Reg ionais de Longa Distância

De Para Tempo do Trajeto (Horas: Min: Seg)

Campinas Barão de Mauá 2:26:30

Barão de Mauá

Campinas 2:33:30

Tabela 3: Durações Máximas de Viagem – Serviços Reg ionais de Curta Distância

De Para Tempo do Trajeto (Horas: Min: Seg)

Campinas Vale do Paraíba

Paulista 00:57:30

Vale do Paraíba Paulista

Campinas 1:04:00

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2.3 Freqüência de Serviço

• A Tabela 4 mostra a freqüência mínima exigida dos serviços a serem fornecidos pelo TAV, por grupo de serviço, durante os horários de pico, de segunda à sexta-feira, nas estações obrigatórias.

• O TAV deve operar dentro de horário previsível e regular, a fim de minimizar o tempo de espera dos passageiros, e oferecer um nível constante de serviço durante todo o dia. O Proponente deverá apresentar um quadro de horários levando as premissas abaixo em consideração.

• Para atendimento da Estação de Aparecida – SP, o quadro de horários será incumbência do Concessionário, tendo o Concessionário liberdade para atender esta Estação em horários de pico.

Tabela 4: Freqüências mínimas para horários de pico por Grupo de Serviço

Estação Expresso

Longa Distância Regional

Curta Distância Regional

Total

Barão de Mauá (Rio de Janeiro)

3 tph 2 tph - 5 tph

Aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro) - 2 tph - 2 tph

Vale do Paraíba Fluminense - 2 tph - 2 tph

Vale do Paraíba Paulista - 2 tph 4 tph 6 tph

Aeroporto de Guarulhos(São Paulo)

- 2 tph 4 tph 6 tph

Campo de Marte (São Paulo) 3 tph 2 tph 4 tph 9 tph

Aeroporto de Viracopos - 2 tph - 2 tph

Campinas - 2 tph 4 tph 6 tph Obs.: tph=trens por hora

• A especificação de freqüência principal deverá estar de acordo com

o mínimo descrito abaixo:

• Serviços Expressos : São exigidos, no mínimo, três trens por hora entre

São Paulo (Campo de Marte) e Rio de Janeiro (Barão de Mauá) durante os horários de pico matutino e vespertino.

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• Serviços Regionais de Longa Distância : É exigido um mínimo de dois

trens por hora (um a cada 30 minutos) entre Campinas e Barão de Mauá durante os horários de pico matutino e vespertino, com paradas em todas as estações obrigatórias, com exceção à Estação de Aparecida - SP, cuja definição do quadro de horários para atendimento desta estação será incumbência do Concessionário.

• Serviços Regionais de Curta Distância : São exigidos quatro trens por

hora entre Campinas e o Vale do Paraíba paulista, durante os horários de pico matutino e vespertino. Isto é em acréscimo aos serviços de longa distância, com um total de seis trens por hora nos horários de pico para este serviço.

• A infraestrutura projetada deverá ter capacidade que proporcione

expansão futura, de modo a acomodar acréscimos na demanda de passageiros.

• Fins de Semana e Feriados

• Durante fins-de-semana e feriados, o TAV deverá operar, no mínimo, o quadro de horário definido para “fora do pico” .

• Serviços durante Eventos

• Os eventos especiais que exigem serviços adicionais, sobre os quais se tem conhecimento com antecedência, tais como grandes eventos esportivos e comemorações religiosas, devem ser incluídos previamente no quadro de horários, como “eventos especiais”.

• Período Operacional

• O serviço regular de TAV deverá operar, pelo menos, entre 06h00 e 23h00

• Horário de pico significa um serviço em dia de semana entre 6h30 e 08h59 (horário de pico manhã) e entre 17h00 e 19h59 (horário de pico da tarde).

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Apêndice B: Parâmetros de Desempenho

1. Introdução

1.1.1 Desde a sua implantação, os sistemas de trens de alta velocidade estabeleceram um alto padrão de desempenho operacional e de atendimento ao cliente, oferecendo tempo de viagem competitivo, segurança e conforto. Assim, cabe ao Poder Concedente assegurar que o trem de alta velocidade - TAV tenha padrões de desempenho comparáveis aos níveis internacionais de excelência.

1.1.2 Diante da necessidade de garantir padrões de qualidade de alto nível, foi desenvolvido um Sistema de Gestão de Desempenho (SGD) que tem como principal objetivo garantir que a Concessionária construa e opere o TAV de acordo com os mais altos níveis internacionais. Sua descrição e regramento são objetos deste documento.

1.1.3 Os padrões do SGD dispostos no presente Apêndice B se baseiam na experiência de trens de alta velocidade já implantandos e em operação, e são considerados como padrão mínimo exigido pelo Poder Concedente. Caberá ao Concessionário do TAV cumprir estes padrões mínimos aqui elencados de modo que, no caso do não cumprimento, este estará sujeito às penalizações aqui dispostas, sem prejuízo das demais penalizações determinadas no corpo do Contrato de Concessão.

1.1.4 É mister informar que o desenvolvimento deste SGD considerou normas e padrões existentes (ex. Normas UIC), assim como as melhores práticas internacionais.

1.1.5 Este apêndice contém uma lista de Indicadores de Desempenho - ID cujo cumprimento representa obrigação do Concessionário.

1.1.6 Considera-se que o SGD possibilite ao Poder Concedente:

• fornecer incentivos para que a Concessionária tenha desempenho de alta qualidade durante o período da concessão;

• alinhar estes incentivos ao interesse público de prestação dos serviços em níveis de excelência; e

• estabelecer um sistema que permita medir o desempenho da concessão de modo consistente, quantificável e transparente. A Concessionária publicará regularmente relatórios sobre seu desempenho em um formato pré-definido.

1.2 Sistema de Gestão do Desempenho - SGD

1.2.1 Caberá ao Poder Concedente a responsabilidade por monitorar e auditar o SGD. Na operação, foram determinados IDs cujos padrões deverão ser observados pelo Concessionário,divididos por área de abrangência:

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• Segurança : ID1 – Danos aos Operários; ID2 – Danos aos Passageiros;

• Operações : ID3 – Disponibilidade do Serviço; ID4 – Pontualidade;

• Infraestrutura : ID5 – Qualidade da Via Permanente; ID6 – Condições dos ativos;

• Material Rodante : ID7 – Falhas nos trens;

• Estações : ID8 –Condições das instalações das estações;

• Satisfação do Cliente : ID9 – Satisfação dos Clientes; ID10 – Reclamações de clientes; e

• Meio-ambiente : ID11 – Medição de Ruído/Impacto e ID12- Consumo Energético.

1.2.2 Diante do não cumprimento das determinações dispostas neste SGD, prevê-se a existência de um sistema de multas para fins de monetização de cada indicador considerado. O propósito do SGD é assegurar que, caso a Concessionária atenda aos níveis de desempenho padrão, o efeito da renda líquida sobre o Concessionário seja zero. Ou seja, à medida que o serviço oferecido atenda aos padrões determinados não haverá penalizações, caso contrário, o Concessionário será apenado.

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2 Operações

2.1 Introdução

2.1.1 Para a fase de operações foram selecionados Indicadores de Desempenho – ID que contemplam as várias áreas concernentes à qualidade do serviço prestado ao consumidor.

2.1.2 Os dados exigidos para reunir estes indicadores serão disponibilizados pelos sistemas ferroviários e processos de manutenção da Concessionária. Para alguns IDs (tais como satisfação do cliente), levantamentos independentes adicionais serão necessários.

2.1.3 As seguintes classes de IDs serão usadas para a fase de operação do TAV:

• Segurança , para passageiros e operários de TAV;

• Disponibilidade e pontualidade;

• Condição do material rodante, disponibilidade e conforto

• Qualidade e condições de infraestrutura, incluindo a qualidade da via permanente, as condições e instalações dos ativos, incluindo as instalações das estações;

• Satisfação do cliente, medida por meio de levantamentos e número de reclamações; e

• Indicadores ambientais, tais como ruído e consumo energético.

2.1.4 A Tabela 3.1 resume os IDs propostos, detalhando para cada indicador:

• a definição;

• as unidades para os IDs;

• o padrão esperado (benchmark),quando apropriado;

• medição; e

• monetização

2.1.5 Nas seções subseqüentes os IDs propostos estão descritos por classe. Para cada categoria, é dada uma visão geral e objetivo de cada um deles. Uma descrição da medida é fornecida, além das informações sobre o padrão proposto e uma explicação sobre como cada um dos IDs será medido.

2.2 Regras de Aplicações dos IDs na fase de Operação

Prestação das informações pelo Concessionário

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2.2.1 Sem prejuízo das solicitações de informação requisitadas pelo Poder Concedente acerca do desempenho da concessão, o Concessionário se comprometerá a disponibilizar, ao final de cada ano, relatório contendo os resultados observados dos Indicadores de Performance enumerados neste documento.

Cobrança de Multas

2.2.2 No intuito de garantir que a qualidade do serviço prestado pelo Concessionário do TAV seja em nível de excelência, a Poder Concedente aplicará multas diante do não cumprimento dos padrões de desempenho dos indicadores apontados neste Apêndice B. Assim, o valor financeiro das multas será baseado em percentual da Receita Operacional Líquida (ROL) apurada no ano que em o desempenho da Concessão foi observado.

2.2.3 Os seguintes percentuais da ROL, para cada um dos IDs enumerados, serão aplicados como multa pelo não cumprimento dos padrões de desempenho definidos:

• ID1 – Danos aos Operários: até 1%, dependendo da pontuação

• ID2 – Danos aos Passageiros: até 1,5%, dependendo da pontuação

• ID3 – Disponibilidade do Serviço: 1%

• ID4 – Pontualidade: 2%

• ID5 – Qualidade da Via Permanente: 0,5%

• ID6 – Condições dos ativos: 0,5%

• ID7 – Falhas nos trens: 0,5%

• ID8 – Condições das instalações das estações: 0,5%

• ID9 – Satisfação dos Clientes: 1%

• ID10 – Reclamações de clientes: 0,5%

• ID11 – Medição de Ruído: 0,5%

• ID12 – Consumo Energético: 0,5%

Período de Adaptabilidade

2.2.4 Por se tratar de um sistema de transportes inovador no País, será concedido ao Concessionário do TAV um período de adaptabilidade para fins de cobrança de multas pecuniárias. Assim, será definida a seguinte regra de penalização pelo não cumprimento dos IDs determinados:

• No primeiro ano de operação: haverá cobrança de 25% do valor das multas por não atingimento dos padrões propostos;

• No segundo ano de operação: haverá cobrança de 50% do valor das multas por não atingimento dos padrões propostos; e

• A partir do terceiro ano de operação: a cobrança das multas atinge 100% do valor previsto neste Apêndice A.

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Flexibilização

2.2.5 Reconhece-se que o desempenho real dos serviços tende a variar por diversas razões. Para evitar a sensibilidade excessiva a pequenas alterações no desempenho, assim como limitar o risco financeiro, os padrões de desempenho serão flexibilizados para que resultados abaixo do padrão não atraiam multas de imediato.

2.2.6 Assim, a seguinte regra de flexibilização será aplicada: nas situações em que o Concessionário obtiver resultados dos Indicadores de Desempenho até 5%1 inferiores aos padrões definidos, não haverá imediata cobrança de penalidades por parte do Poder Concedente. Entretanto, para o ID em que houve a falha, o Concessionário não terá este benefício nos 3 (três) anos seguintes, de modo que qualquer resultado abaixo do padrão será imediatamente cobrado.

2.2.7 Caso a regra de flexibilização seja utilizada em determinado ano, para determinado ID, e o Concessionário não venha a ter desempenhos abaixo do padrão neste mesmo ID nos 3 (três) anos subseqüentes, a regra de flexibilização para este ID voltará a ser aplicada.

Progressividade das Punições

2.2.8 O SGD incluirá os mecanismos de progressividade das punições. Estes são procedimentos para mudar a importância relativa dos IDs e serão usados para proporcionar maiores incentivos ao penalizar o desempenho excepcionalmente ruim, assim como a reincidência em não cumprimento dos padrões exigidos.

2.2.9 Assim, caso o Concessionário venha a repetir desempenhos abaixo do determinado pelos padrões, em determinado ID, por mais de 2 (dois) anos consecutivos, o valor percentual da multa a ser cobrada será dobrado. Caso o Concessionário venha a incorrer em desempenho abaixo do padrão nos 2 (dois) anos seguintes o valor percentual da multa será novamente dobrado.

Caducidade da Concessão

2.2.10 Em caso de reincidência em não cumprimento dos padrões exigidos em 4 (quatro) dos IDs ou mais, durante 5 anos consecutivos, o Poder Concedente poderá executar processo de caducidade da Concessão.

Inspeções Contínuas

2.2.11 O Poder Concedente realizará inspeções contínuas do rendimento do SGD durante a fase de operações, incluindo auditoria independente, no mínimo a cada ano após o início das operações.

Revisões do SGD

1 Ressalta-se que o coeficiente de flexibilização de 5% deve ser aplicado em relação a diferença observada entre o padrão

especificado e a pontuação máxima. Assim, por exemplo, no caso do ID3– Disponibilidade, tem-se um padrão de 98% e, portanto, aplicando a regra de flexibilidade o Concessionário não será multado imediatamente se tiver resultado de 97,9%.

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2.2.12 Nem todos os aspectos de um sistema de desempenho podem ser completamente testados previamente, e uma revisão periódica será planejada para trazer flexibilidade tanto ao Poder Concedente quanto à Concessionária. Prevê-se que as revisões periódicas acontecerão a cada cinco anos.

2.2.13 Tanto as inspeções contínuas anuais quanto a revisão periódica quinquenal recomendarão alterações necessárias ao SGD, incluindo as alterações dos dados, padrões e monetização dos IDs.

2.2.14 Os Índices de Desempenho que serão regulados na fase de operação do TAV, de acordo com a respectiva classe, estão elencados a seguir:

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2.3 Segurança (ID1 e ID2)

2.3.1 A segurança de todos os passageiros e operários é de fundamental importância e deve ser sempre a principal preocupação da Concessionária. O sistema do TAV deverá ser segregado e deverá alcançar os mais altos níveis de segurança em comparação aos meios de transporte existentes.

2.3.2 O Poder Concedente estabelecerá normas mínimas de segurança, com base na legislação e procedimentos nacionais e internacionais existentes, para garantir que a Concessionária preste total atenção a todos os aspectos de segurança do sistema, fazendo uso dos instrumentos legais, tais como regulamentos formais, conforme necessário.

2.3.3 A legislação nacional e internacional se aplicará a todo o momento e a todos os aspectos do sistema de TAV, prevalecendo sobre qualquer outro regulamento ou legislação, independente da forma e do teor do Contrato de Concessão.

2.3.4 A Concessionária deverá reduzir os riscos à segurança ao nível mais baixo possível, e deverá preparar manual de segurança ferroviária para a aprovação do Poder Concedente.

2.3.5 Caso ferimentos graves ou falecimentos ocorram a passageiros ou operários, os mesmos serão tratados como uma violação da legislação pertinente, com aplicação de multa à Concessionária como conseqüência. A Concessionária também será responsável por quaisquer indenizações de seguro ou outros prejuízos decorrentes de uma violação.

ID1 Danos a empregados

Definição: ferimentos aos empregados conforme definição da legislação brasileira, divididos por nível de gravidade (falecimentos, ferimentos graves, ferimento leve) da seguinte forma:

• Falecimento: inclui morte ou invalidez permanente ocorrida em até 1 (um ano) após o incidente em decorrência deste.

• Ferimento grave: Caso em que há hospitalização por mais de 30 (trinta) dias, fraturas e amputações.

• Ferimento leve: inclui todos os acidentes que justifiquem afastamento do trabalho.

A partir destas definições tem-se índice que regula o desempenho do Concessionário em termos de segurança com a seguinte pontuação:

• Falecimento: 50 pontos;

• Ferimento grave: 15 pontos; e

• Ferimento leve: 1 ponto.

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Padrão: O padrão de excelência para este indicador será de 10 pontos, de modo que poderão ocorrer acidentes que acarretem até 10 leves a cada ano sem que haja punição ao Concessionário. Medição: a Concessionária desenvolverá um sistema de gestão de segurança como parte de seu Manual de Segurança. Este sistema deve, no mínimo, ser capaz de registrar quaisquer incidentes relatados de modo centralizado. Penalização: Caso a pontuação observada para este indicador esteja entre 10 e 20 pontos será aplicada multa de 0,25% da ROL; caso a nota obtida esteja entre 21 e 30 pontos será aplicada multa de 0,5% da ROL; nos caso em que a pontuação deste ID seja maior ou igual a 31 será aplicada multa de 1% da ROL.

ID2 Danos a passageiros

Definição: ferimentos aos passageiros conforme definição da legislação brasileira, divididos por nível de gravidade (falecimentos, ferimentos graves, ferimento leve) da seguinte forma:

• Falecimento: inclui morte ou invalidez permanente ocorrida em até 1 (um ano) após o incidente em decorrência deste.

• Ferimento grave: Caso em que há hospitalização por mais de 30 (trinta) dias, fraturas e amputações.

• Ferimento leve: quaisquer outros ferimentos. A partir destas definições tem-se índice que regula o desempenho do Concessionário em termos de segurança com a seguinte pontuação:

• Falecimento: 50 pontos;

• Ferimento grave: 15 pontos; e

• Ferimento leve: 1 ponto. Padrão: O padrão de excelência para este indicador será de 7 pontos, de modo que poderão ocorrer acidentes que acarretem até 7 ferimentos leves a cada ano sem que haja punição ao Concessionário. Penalização: Caso a pontuação observada para este indicador esteja entre 7 e 15 pontos será aplicada multa de 0,5% da ROL; caso a nota obtida esteja entre 16 e 30 pontos será aplicada multa de 1% da ROL; nos caso em que a pontuação deste ID seja maior ou igual a 31 será aplicada multa de 1,5% da ROL.

2.4 Operação do Trem (ID3 e ID4)

2.4.1 Os passageiros e o Poder Concedente demandarão os mais altos padrões de desempenho da operação dos trens do sistema ferroviário de alta velocidade, de acordo com as melhores práticas internacionais.

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2.4.2 O Apêndice A dispõe sobre o Nível Básico de Serviço (NBS), especificando os níveis mínimos de serviço que a Concessionária deverá se basear para desenvolver seu próprio plano de operações e quadro de horários correspondentes. O NBS define um nível mínimo de serviço e capacidade em determinados momentos do dia, quando o serviço estiver em funcionamento, incluindo as variações para fins de semana e feriados. A Concessionária deverá propor um quadro de horários semestral para o TAV, incluindo, no mínimo, o nível de serviço e capacidade especificado no NBS. O desempenho da Concessionária nas operações ferroviárias será medido em relação ao seu quadro de horários.

2.4.3 Os dois indicadores de desempenho da operação ferroviária estão relacionados à disponibilidade e pontualidade dos serviços realtivos ao quadro de horários proposto pela Concessionária, fazendo com que esta garanta que:

• todos os trens programados estarão em operação;

• as metas de pontualidade serão atendidas para todos os serviços do TAV.

2.4.4 O NBS inclui o tempo máximo do trajeto, estabelecidos tanto para os serviços regionais quanto para os expressos, para garantir o alcance de tempos de operação de excelência. Os mesmos serão estabelecidos como tempos de viagem de ponto a ponto (estação a estação) e para tempo de viagem total do trajeto (o tempo desde a estação inicial até a estação final, incluindo as paradas).

ID3 Disponibilidade do Serviço

Definição: a proporção dos trens operados em comparação ao quadro de horários da Concessionária através de todo o sistema. Padrão: de acordo com as melhores práticas internacionais, propõe-se que o padrão seja estabelecido em 99,5%, o que significa que menos de 1 em 200 trens está impossibilitado de atender a todas as estações programadas. Medição: o sistema de controle ferroviário gerará as informações sobre as operações do trem, inclusive se os trens são operados e as paradas nas estações.

ID4 Pontualidade

Definição: conforme a norma UIC 450-2, a proporção de trens no horário comparado ao quadro de horários disposto nas estações chave (estações de Campinas, Campo de Marte e Barão de Mauá), definida como a chegada dos trens em até 5 minutos depois dos horários de chegada programados. Padrão: de acordo com as melhores práticas internacionais, propõe-se que o padrão seja estabelecido em 98%, o que significa que menos de 1 em 50 trens atrasados em qualquer das estações programadas.

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Medição: o sistema de controle ferroviário gerará as informações sobre as operações do trem, inclusive se os trens são operados e as paradas nas estações.

2.5 Infraestrutura (ID5 e ID6)

2.5.1 A Concessionária se responsabilizará pela custódia dos ativos da infraestrutura durante o período de concessão e garantirá ao Poder Concedente que estes serão mantidos a um alto padrão e devolvidos à União ao fim do período de concessão de forma a garantir a continuidade da operação.

2.5.2 As medições de qualidade e desempenho da infraestrutura são dados essenciais para determinação de alta qualidade do transporte ferroviário de alta velocidade. Tal condição garante que o modal se diferencie dos trens clássicos e outros meios de transporte concorrentes. Uma excelente qualidade da via permanente, significa que os passageiros experimentem um alto nível de conforto, sem movimento lateral perceptível, aceleração ou vibração excessiva.

2.5.3 O Poder Concedente realizará supervisão objetiva dos IDs de infraestrutura por meio de auditoria regular da custódia dos ativos do sistema.

2.5.4 As medições chave de desempenho de infraestrutura para TAV incluem:

• Qualidade dos ativos da via férrea; e

• Condições dos ativos: as medições destas condições fornecem um indicador muito importante da qualidade dos ativos, essencial para o fornecimento de níveis de segurança, confiabilidade e qualidade esperados de um sistema de transporte de alta velocidade. As pontuações das condições permitem estimar a vida útil dos ativos, e permitem que a Concessionária avalie as necessidades de manutenção e/ou substituição destes.

2.5.5 A Concessionária deverá medir e registrar os índices de falha dos ativos essenciais, tais como sinalização e sistemas elétricos. Embora a expectativa seja de que haja índices muito baixos de falha nos primeiros anos, estes indicadores se tornarão cada vez mais importantes com o passar dos anos para os ativos do sistema.

ID5 Índice de qualidade da via permanente

Definição: o índice de qualidade da via permanente é uma medição combinada que considera a aceleração média e máxima vertical e horizontal, além de um componente para a qualidade do sistema. Isso inclui os seguintes elementos: Qualidade da via: a qualidade geométrica da via é definida pelo desvio padrão (DP) de nível longitudinal e alinhamento da via, conforme a norma UIC 518 [1];

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Limites de aceleração do veículo:

• Aceleração máx. lateral (m/s2): 0.30

• Aceleração máx. vertical (m/s2): 0.25

• Aceleração média lateral (m/s2): 0.15

• Aceleração média vertical (m/s2): 0.15 Estas medidas de aceleração estão combinadas para produzir um nível de conforto geral, conforme a norma UIC 513 [2]. Padrão: de acordo com as melhores práticas internacionais e a norma UIC 5132, haverá medições deste indicador a cada 3 (três) meses e, ao final do ano, a média das medições deverá ter como resultado um índice de conforto N < 2. A medição da qualidade da via varia de acordo com o sistema usado para registrá-lo, porém, usará a medição a cada 3 meses, por meio de carro de controle da via, medindo o alinhamento horizontal e o nível longitudinal, além de desgaste do trilho e bitola.

2.5.6 A abordagem da UIC para a avaliação da qualidade do transporte considera o valor medido da aceleração vertical, lateral e longitudinal, ponderados com os devidos filtros. A raiz quadrada da média quadrática das acelerações por blocos de 5 segundos é calculada durante um período de 5 minutos. O 95º percentil em cada distribuição do evento será então usado para calcular um único parâmetro. A equação para o método simplificado é:

Índice de Qualidade (N) = 6√ (αxp95)2 + (αyp95)

2 + (αzp95)2

onde αxp é a aceleração (m/s2) na longitudinal; αyp é a aceleração (m/s2) na lateral; e αzp é a aceleração (m/s2) na vertical.

2.5.7 Este processo monitorará a geometria da via, permitirá o planejamento das atividades de manutenção, tais como compactação, e fornecerá dados para os índices de qualidade de via de alto nível. Em complementação a este processo, os trens devem ser equipados com um acelerômetro (ou medidor de percurso) para medir acelerações excessivas. Por ser medido toda vez que um trem entra em operação, ele fornecerá um aviso prévio de defeitos da via que se deterioram rapidamente, ao invés de esperar pela próxima operação de registro da via.

2.5.8 Os Proponentes deverão oferecer um sistema de registro de parâmetros da via permanente que gerem, no mínimio, dados sobre o alinhamento e o nível longitudinal (onda curta e longa) além de desgaste de trilhos e bitola.

ID6 Índice das condições dos ativos

Definição: um índice ponderado das pontuações das condições dos ativos, em uma escala de 0-10, incluindo as pontuações para

2 De acordo com a norma UIC 513 os valores do Índice de Qualidade da via compreendem: N < 1: conforto muito bom; 1

< N < 2: bom conforto; 2 < N < 4: conforto moderado; 4 < N < 5: conforto pobre; N > 5: conforto muito pobre.

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sinalização, fornecimento de energia e obras civis, incluindo túneis. A ponderação proposta para o TAV pondera cada uma das três pontuações das condições dos ativos de acordo com a pontuação acordada. Padrão: O padrão será definido com base nas ponderações propostas abaixo. Uma ponderação maior é dada as obras civis devido à importância inerente desses ativos, tais como túneis e estruturas. A ponderação proposta para a computação das pontuações atribuídas às condições do ativo são as seguintes:

• Sinalização (30%)

• Fornecimento de energia (30%)

• Obras civis (incluindo túneis) (40%) O índice das condições dos ativos deve ser calculado da seguinte forma: Índice das condições dos ativos =

∑ ×ativos

osativosacondiçãodPontuaçãoddosativosPonderação

Com base em experiências tidas com outras ferrovias, o padrão definido é um Índice das condições dos ativos maior ou igual a 9 (nove) a cada ano. Medição: As pontuações atribuídas às condições de cada categoria de ativo, utilizando uma escala de 0-10 por ativo, serão baseadas em auditoria anual independente.

Material Rodante (ID7)

2.6.1 Material rodante de alta qualidade com manutenção apropriada ao longo da vida útil é crucial para o sucesso do TAV. Experiências com outras ferrovias indicam que falhas no material rodante constituem a principal causa da falta de pontualidade.

2.6.2 A frota de TAVs irá requerer programas de manutenção, incluindo a limpeza dos trens.

2.6.3 Uma medida importante da confiabilidade e disponibilidade do material rodante são as taxas de falha dos trens: esta medida é fundamental para se atingir o NBS para o TAV.

2.6.4 Para os passageiros, as principais medidas de desempenho do material rodante incluirão o estado de conservação do trem e a disponibilidade de ofertas no interior do trem, como informações aos passageiros, banheiros e ar condicionado3.

ID7 Falhas do Material Rodante

3 Mais detalhes sobre as instalações propostas para o trem são apresentados no Apêndice C

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Definição: taxa média de falha, geralmente medida pela Distância Média Entre Falhas (DMEF), desdobrada por causas. Uma falha é classificada como uma falha no material rodante que venha a causar atraso relativo ao quadro de horários proposto pela Concessionária em mais de 2 minutos. Padrão: o padrão proposto para falhas no material rodante é que todo o material rodante atingirá uma Distância Média Entre Falhas (DMEF) de no mínimo 100.000km4. Medição: a Concessionária deverá desenvolver um sistema de gerenciamento que será parte integrante de seus procedimentos de manutenção do trem. Este sistema deverá registrar de maneira centralizada eventuais incidentes.

2.7 Estações e Oficinas (ID8)

2.7.1 Níveis de qualidade da estação (ambiente e instalações) são muito importantes para os passageiros. Muitos atrasos nos sistemas ferroviários devem-se geralmente a falhas no material rodante. De fato, atrasos devido a Oficinas fora do padrão podem atingir toda a operação do TAV, considerando que os trens não estarão disponíveis para operar nos horários corretos. O uso eficiente e estruturado das instalações das Oficinas é, portanto, um elemento chave para se manter uma frota isenta de problemas.

2.7.2 Os IDs são definidos de forma a considerar a disponibilidade de instalações de trabalho tanto nas estações quanto nas Oficinas, utilizando um índice ponderado em que as ponderações são calculadas de acordo com a importância das instalações.

ID8 Índice de condição das estações e Oficinas

Definição: Para estações:

• Plataformas

• Áreas de circulação das estações

• Informações aos passageiros nas estações

• Áreas de espera para os passageiros Para as oficinas:

• Acesso às oficinas

• Máquinas para lavagem dos vagões O índice incluirá ainda elementos que reflitam as condições das estações e das oficinas para fornecer uma indicação sobre a qualidade e o desempenho de longo prazo do ativo. Padrão: Este padrão foi definido para o TAV com base nas ponderações acordadas refletindo a importância da categoria dos ativos estação e oficina. Há ponderações mais altas para plataformas e informações aos passageiros nas estações devido à importância desses ativos para os usuários so serviço. Nas oficinas, a disponibilidade das vias de acesso é

4 Ver Apêndice C para mais detalhes

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a medida chave. A ponderação definida para a computação das pontuações atribuídas às condições dos ativos são as seguintes:

• Plataformas (25%)

• Informações aos passageiros (25%)

• Acesso aos terminais (20%)

• Outros ativos de estação e oficinas (10% para cada categoria: área de circulação, área de espera, máquina para lavagem dos vagões )

O índice estações/oficinas deve ser calculado da seguinte forma: Índice estações/oficinas =

∑ ×ativos

oficinaseestaçõeseecondiçãodPontuaçãoddoativoPonderação

Com base em experiências em outras ferrovias, o padrão definido é um Índice de estações/oficinas maior ou igual a 9 (nove) a cada ano. . Medição: As pontuações atribuídas às condições de cada categoria de ativo, utilizando uma escala de 0-10 por ativo, serão baseadas em auditoria anual independente.

2.8 Satisfação do Cliente (ID9 e ID10)

2.8.1 Os passageiros e o Poder Concedente esperam que o TAV possua altos níveis de qualidade em comparação a modos competitivos de transporte, e a satisfação do cliente é uma abordagem padrão para medir a percepção dos clientes sobre a qualidade do serviço prestado. Para fazer essa medição, a Concessionária deverá realizar pesquisas independentes de satisfação do cliente que contenham uma grande variedade de perguntas sobre o nível de satisfação dos passageiros quanto aos elementos que compõem a experiência dos clientes que utilizam o TAV, incluindo:

• O serviço prestado no TAV de uma maneira geral;

• limpeza dos trens e estações;

• O nível das instalações nos trens e nas estações; e

• Disponibilidade das informações.

2.8.2 Outra medida de satisfação do cliente é o número de reclamações recebidas pela Concessionária. Alterações no nível de reclamações de clientes geralmente são indicadores de tendência e indicadores de resultados: por exemplo, um aumento no número de reclamações pode ser um sinal prévio de queda no número de passageiros.

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ID9 Satisfação do Cliente

Definição: proporção de clientes satisfeitos (ou muito satisfeitos) com o serviço prestado pelo TAV de uma maneira geral e em áreas específicas, incluindo o estado geral de conservação, a limpeza dos trens, a limpeza das estações por meio de pesquisas de opinião. Padrão: os padrões consistem em uma média anual de pontuação de satisfação geral de no mínimo 80%, satisfação com o estado de conservação do trem e da estação de no mínimo 80%, e satisfação com as instalações do trem e das estações de no mínimo 80%. Medição: pesquisas independentes a cada 3 (três) meses serão realizadas sobre uma ampla variedade de serviços e em horários diferentes do dia a fim de evitar viés nas respostas.

ID 10 Reclamações de clientes

Definição: O número de reclamações por milhão de passageiros. Padrão: O padrão será definido pelo Poder Concedente a partir do final do segundo ano de operação do TAV, tomando como base as reclamações recebidas ao longo destes dois primeiros anos de operação. Medição: a Concessionária deverá desenvolver um sistema de monitoramento que estará sujeito a auditorias por parte do Poder Concedente, será obrigatória a disponibilização de ouvidoria em cada uma das estações, canal para reclamações por correio eletrônico, telefone, além de ampla divulgação destes canais.

2.9 Ambiental (ID11 e ID12)

2.9.1 O impacto ambiental do TAV poderá ser significativo devido á escala do projeto. Como requisito mínimo, espera-se que o TAV seja desenvolvido e esteja em conformidade com a legislação ambiental brasileira.

2.9.2 O IDs para o desempenho ambiental incluirão:

Medida de ruídos: Os valores das emissões de ruído do material rodante devem ser estabelecidos. Em diversos locais, o ruído dentro dos trens também serão observados. Além dos ruídos externos, deverão ser regulamentados ruídos para a exposição dos passageiros e funcionários no interior dos vagões. Consumo de energia: O consumo de energia de um trem pode variar consideravelmente dependendo do número de partidas e paradas que ele fizer, sua velocidade de serviço e o gradiente das linhas em que ele opera. Sendo assim, o padrão de consumo de energia do sistema TAV deverá ser estipulado de acordo com o material rodante e o plano operacional a ser adotado pelo Concessionário.

ID 11 Medida de ruído

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Definição: Níveis de ruído de pico em pontos determinados, em LpAeq,Tp [dB(A)]. Os valores de emissão de ruído devem ser estipulados para Ruídos dentro e fora dos trens, As medições de ruído serão feitas de acordo com PrEN ISO 30955 ou uma norma internacional equivalente. Esta norma especifica as condições para se obter resultados reproduzíveis e comparáveis dos níveis e espectros de ruídos emitidos por todos os tipos de veículos que operam no sistema de alta velocidade. Para determinar o nível sonoro e métodos de medição, deve-se usar esta norma como referência. Padrão: Valores-limite para ruídos fora dos trens são 90dB(A) para 250km/h e 93 dB(A) para 300km/h, 94 dB(A) para 320km/h que deverá ser atendidos como um todo ou em parte. Os valores-limite para ruídos fora dos trens (estacionário) – Todas as medições devem ser feitas de acordo com a norma prEN ISO 3095:2001 a uma distância de 7.5 m da linha central do trilho e entre 1.2 m e 3.5 m acima do topo do trilho, com medições feitas por um período de 30 segundos. Os níveis de ruído nas estações ou nos desvios não podem ultrapassar 65 dB(A) medidos continuamente ou 70 dB(A) intermitentemente. No interior do trem o nível de ruído contínuo não poderá exceder 84 dB(A), por um período maior que 30 minutos. Medição: Todas as medições devem ser feitas de acordo com a norma prEN ISO 3095:2001.

ID12 Consumo de energia:

Definição: O consumo da energia de tração é baseado na média de kWh/assento-km para a operação do TAV. Padrão: Benchmarks apropriados para o consumo de energia podem variar consideravelmente dependendo do tipo e peso do material rodante, número de partidas e paradas que ele fizer, sua velocidade de serviço e o gradiente das linhas em que ele opera. Assim, conhecido o conjunto de material rodante apresentado será definido o padrão ótimo de consumo a ser exigido como padrâmetro de desempenho. Medição: a Concessionária deverá desenvolver um sistema de medição para monitorar o consumo de energia de tração do sistema.

5 A norma européia PrEN ISO 3095 versa sobre ‘Medição de ruídos emitidos por veículos ferroviários’

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Tabela 3.1: IDs Indicativos para a Fase de Operação

ID1 Segurança Danos aos empregadosPontuação relativas

a ferimentos10 pontos até 1%

ID2 Segurança Danos aos passageirosPontuação relativas

a ferimentos7 pontos até 1,5%

ID3 Operações Disponibilidade% de trens em

atividade99,50% 1,00%

ID4 Operações Pontualidade % de trens pontuais 98% 2,00%

ID5 InfraestruturaÍndice de Qualidade da Via

PermanenteÍndice 0-10 Índice de Conforto <2 0,50%

ID6 Infraestrutura Índice das Condições dos Ativos Índice 0-10 Índice maior ou igual a 9 0,50%

ID7 Material Rodante Falhas do Material Rodante DMEF 1 falha/100.000km 0,50%

ID8 Estações/oficinasÍndice das Condições das

Estações/InstalaçõesÍndice 0-10 Índice maior ou igual a 9 0,50%

ID9Satisfação do

ClienteSatisfação do Cliente % clientes satisfeitos No mínimo 80% 1,00%

ID10Satisfação do

ClienteReclamações dos Clientes

Reclamações por milhão de

passageirosValores a serem definidos 0,50%

ID11 Meio-ambiente Medida de Ruído Decibéis (dB)

Fora da cabine: 90dB(A)Dentro da cabine: nível de 84 dB(A) no máximo por 30

minutos

0,50%

ID12 Meio-ambiente Consumo de Energia Kwh/assento-km Valores a serem definidos 0,50%

Multa: % da ROLUnidades PadrãoCódigo Classe ID

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Apêndice C: Parâmetros Técnicos Mínimos

GLOSSÁRIO DE ACRÔNIMOS E ABREVIAÇÕES

Term

o Português Inglês

ALARP

Em nível mais baixo possível

As low as reasonably practicable

ANTT Agência Nacional de Transportes Terrestes

National Agency of (Ground) Transportation

ATP Proteção Automática do Trem

Automatic Train Protection

BNDES

Banco Nacional de Desenvolvimento Economico e Social

Brazilian Development Bank

CA Contrato de Concessão

Concession Agreement

CCTV

Circuito Fechado de Televisão

Closed Circuit Television

CTCC

Centro de Controle de Tráfego Centralizado

Centralised Traffic Control Centre

HSR Ferrovia de Alta Velocidade

High Speed Rail

NBS Nível Básico de Serviço

Service Level Commitment. The SLC sets out the basic timetable the Concessionaire must deliver

OCS Sistemas Elevados em Catenária

Overhead Catenary Systems

OLE Equipamentos Elevados da Linha

Overhead Line Equipment

RAMS

Confiabilidade, Disponibilidade e Manutenção

Reliability, Availability and Maintainability

SCA Controle de Supervisão e Aquisição

Supervisory Control and Data Acquisition

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DA de Dados

TAV Trem de Alta Velocidade

High Speed Train

EN Normas Européias

European Norms or Euro Norms

TSI Especificações Técnicas Européias para a Interoperabilidade

European Technical Standards for Interoperability

UIC União Internacional de Ferrovias

Union Internationale de Chemins de Fer

UIC 660

Norma Técnica UIC para a operação de trem de alta velocidade

UIC technical standard covering high speed rail operation

UIC GC

UIC internacional de bitola de carga

An international UIC loading gauge

UIC Leaflets

Especifcações técnicas publicadas pela UIC

Technical standards published by the UIC

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AVISO

OS PROPONENTES DEVEM OBSERVAR QUE OS PADRÕES TÉCNIC OS

MÍNIMOS, CONFORME DEFINIDOS NESTE APÊNDICE “C”, BAS EARAM-SE

NAS NORMAS EUROPEIAS DA UIC, TSI E EURONORMS E EM N ORMAS

BRASILEIRAS VIGENTES. CONTUDO, FICA RECONHECIDA A EXISTÊNCIA

DE OUTRAS NORMAS E PADRÕES INTERNACIONAIS/NACIONAIS

APLICÁVEIS AO SISTEMA FERROVIÁRIO. POR ESTA RAZÃO, O

PROPONENTE PODERÁ PROPOR PADRÕES E ESPECIFICAÇÕES

ALTERNATIVOS RECONHECIDOS NACIONAL/INTERNACIONALMEN TE

PARA SISTEMAS DE TRENS DE ALTA VELOCIDADE.

EM CASO DE UTILIZAÇAO DE NORMAS/PADRÕES/ESPECIFICAÇ ÕES

ALTERNATIVOS, O PROPONENTE DEVERÁ APRESENTÁ-LOS AO PODER

CONCEDENTE EM SUA PROPOSTA, EM LÍNGUA PORTUGUESA,

DEMONSTRANDO EQUIVALÊNCIA AOS PARÂMETROS DESTE APÊN DICE.

O PROJETO E A CONSTRUÇÃO DE TODOS OS SERVIÇOS RELAT IVOS AO

TAV DEVEM ESTAR DE ACORDO COM AS NORMAS PREDOMINANT ES NO

BRASIL. EM CASO DE DÚVIDAS, AS NORMAS BRASILEIRAS

PREVALECERÃO.

ESTE APÊNDICE ESTABELECE AS ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS MÍNIMAS

QUE OS PROPONENTES DEVEM OBEDECER E NÃO REPRESENTA UMA

ESPECIFICAÇÃO OU PROJETO DE REFERÊNCIA. O PROPONENT E SERÁ

RESPONSÁVEL PELO PROJETO DO SISTEMA TAV DE FORMA A ATENDER

AS EXIGÊNCIAS TÉCNICAS E COMERCIAIS DOS SERVIÇOS DO TAV E

GARANTIR O CUMPRIMENTO DOS CÓDIGOS E NORMAS PERTINE NTES.

O DISPOSTO NESTE AVISO APLICA-SE A TODOS OS ITENS Q UE

COMPÕEM O PRESENTE APÊNDICE “C”.

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1. Introdução

Finalidade e Escopo

1.1.1 É importante observar o conteúdo do AVISO disposto na pagina inicial deste Apêndice C. O objetivo deste documento é orientar os Proponentes sobre a especificação técnica mínima exigida pelo Poder concedente com relação ao projeto, construção, operação e manutenção do sistema TAV Brasil. É importante que o sistema de trens de alta velocidade - TAV – empregue tecnologia comprovada para velocidades de 300 km/h a 350 km/h e que siga a melhor prática internacional.

1.1.2 Os Proponentes deverão conhecer e obedecer às leis, normas e regulamentos, códigos e padrões do Brasil, elaboradas pelos poder concedente federal, pelos Estados e pelos Municípios, bem assim as regras e resoluções editadas pelos órgãos vinculados às áreas de transportes e meio ambiente.

1.1.3 Fica reconhecido que existem vários sistemas de alta velocidade em todo o mundo, e que o Poder Concedente está receptivo às propostas dos Proponentes, que possam apresentar soluções com normas diferentes das utilizadas neste Apendice C e atendam às especificações mínimas para o TAV. .Neste Apendice foram definidos como padrões de referência ,as Especificações Técnicas Européias para a Interoperabilidade (TSI), Normas EuroNorm (EN) e as Normas UIC.

1.1.4 As áreas de especificações mínimas são as listadas a seguir neste documento e, aos Proponentes cabem utilizá-las em conjunto com as melhores práticas internacionais para projetos em ferrovias de alta velocidade:

• Capítulo 2: Segurança;

• Capítulo 3: Tempos de Viagens;

• Capítulo 4: Alinhamento e requisitos do Sistema TAV;

• Capítulo 5: Traçado e layout;

• Capítulo 6: Conforto do passageiro;

• Capítulo 7: Túneis e pontes;

• Capítulo 8: Layout da estação e das instalações;

• Capítulo 9: Material rodante e oficinas;

• Capítulo 10: Acomodação e requisitos de espaço para fins operacionais;

• Capítulo 11: Operação e controle de ativos;

• Capítulo 12: Eletrificação e planta;

• Capítulo 13: Confiabilidade, disponibilidade e manutenção (RAM); e 1.1.5 Este documento complementa o Anexo B, que descreve o regime de

desempenho proposto para o projeto TAV.

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1.2 Códigos e Normas

1.2.1 A proposta a ser apresentada pelos Proponentes deverá seguir as normas vigentes no Brasil. O Proponente deve observar todas as normas brasileiras com relação ao projeto, construção, manutenção e operação dos ativos em todo o período de concessão.

1.2.2 Os Proponentes podem propor códigos, normas e especificações alternativos, reconhecidas internacionalmente, e devem demonstrar ao Poder Concedente a compatabilidade com as normas utilizadas neste Apêndice.

1.2.3 As exigências estabelecidas neste documento são padrões básicos: o proponente será responsável pelo projeto de todo o sistema, de forma a atender as exigências comerciais dos serviços e cumprir os padrões e especificações relevantes.

2 Segurança

2.1 Introdução

2.1.1 Acima de todas as demais considerações, a segurança é a preocupação prioritária para o Poder Concedente, em relação ao público, incluindo clientes, funcionários e todos os demais envolvidos com o trem de alta velocidade. Desta forma, é esperado que o Proponente projete o TAV de forma a ser construído, operado e mantido com segurança.

2.2 Objetivos de segurança para o TAV

Critérios de segurança do projeto para as operações do TAV (incluindo manutenção)

2.2.1 O Proponente deve garantir que o projeto:

a) reduza os riscos de projeto, construção, operação e manutenção, em nível tão baixo quanto razoavelmente praticável (ALARP), e atenda a todas as regulamentações de saúde e exigências de segurança, assim como as leis locais;

b) siga os Especificações Técnicas publicadas pela UIC e as Normas Européias ou outras normas nacionais/internacionais equivalentes;

c) seja executado de acordo com a boa prática da engenharia e com as exigências das Leis Brasileiras de Projeto e Construção ou equivalente, e outras leis pertinentes à Saúde e Segurança.

2.2.2 Como parte do sistema de gerenciamento da segurança do projeto, o Proponente desenvolverá um Manual de Segurança de Sistema Ferroviário, tendo como objetivos:

a) reduzir os riscos de construção e operação

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b) reduzir o risco para abaixo dos valores especificados de segurança de projeto

c) elaborar Plano de emergência. 2.2.3 O Proponente deve garantir que a proposta apresentada para a aprovação

do poder concedente esteja sustentada pela justificativa de Saúde e Segurança, segundo os princípios da ALARP, e compatíveis com o uso no desenvolvimento do Manual de Segurança em Sistemas Ferroviáros e seu modelo de risco.

2.2.4 Em geral, espera-se que o Manual de Segurança em Sistemas Ferroviários cubra os seguintes aspectos:

• Exigências legais regulamentadas

• Certificação de segurança

• Sistema de Gerenciamento de Segurança

• Avaliação de risco

• Relatórios anuais de segurança

2.3 Regulamentação do TAV

2.3.1 O Proponente deve conceber regras operacionais e de construção de ferrovias, que sejam específicas ao sistema de alta velocidade, baseadas na Regulamentação para o sistema adotado. Deve-se levar em consideração o costume e a prática local brasileira, aplicáveis aos Sistemas Ferroviários no Brasil.

2.3.2 Será necessária coordenação cuidadosa para garantir que as Regulamentações de Construção e Operação e seus conteúdos, formato e contexto, estejam de acordo com as regras aplicáveis aos Sistemas Ferroviários no Brasil.

2.4 Instalações perigosas nas proximidades da rota do TAV

2.4.1 O Proponente deve identificar as atividades de alto risco nas proximidades do TAV e verificar o risco gerado e, onde seja necessário implementar medidas físicas com base em procedimentos com vistas a minimizar o risco, até o ponto em que seja razoavelmente aceitável.

Rodovias

2.4.2 Nos casos em que as rodovias precisarem ser alteradas ou novas estradas construídas, deve-se seguir as exigências das autoridades do setor de transporte.

2.4.3 Será necessário também atender às exigências dos órgãos responsáveis pelo setor de transportes para que os serviços sejam executados, considerando a segurança da estrada e evitando a interrupção do tráfego .

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Edificações

2.4.4 A Concessionária deverá atender às exigências das Leis da Construção Civil no Brasil. Todas as edificações devem atender às devidas exigências das leis de combate a incêndio.

2.4.5 As precauções de incêndio nas Estações Ferroviárias serão aplicadas onde necessário. No caso das estações subterâneas deverá atentar para regras específicas.

Instalações

2.4.6 Como parte do projeto detalhado, o Proponente deve empreender esforços condizentes para relocação das instalações existentes nos locais onde se fizer necessária a interrupção por conta da rota do TAV.

2.4.7 Medidas adequadas para implantação de desvios necessários ou, ainda, de segregação das instalações em relação ao TAV, devem ser tomadas, a fim de reduzir os riscos de potenciais interações perigosas para níveis tão baixos quanto razoavelmente aceitáveis.

2.4.8 Deve-se prestar atenção especial aos riscos do projeto, construção, manutenção e operação do TAV para as áreas lindeiras, principalmente com relação às interferencias na vizinhança em geral e nos serviços de utilidade pública.

2.5 Segurança contra incêndios

2.5.1 Em geral, trens de alta velocidade devem apresentar reduzida probabilidade de acidentes com incêndio e seus projetos devem seguir um padrão de alta resistência a incêndios. Os materiais inflamáveis transportados no trem estarão sujeitos a rigido controle e obedecerão a melhor prática da indústria para o controle e transporte de cargas perigosas. Articulações com os serviços de proteção contra incêndios devem ser formalizadas pelo proponente vencedor, principalmente com relação ao projeto e procedimentos de resposta à emergências em caso de incêndios em túneis.

2.5.2 O Proponente deve desenvolver plano de emêrgencia para todas as questões que envolvam incêndios que, obrigatoriamente, necessitam da aprovação do Poder Concedente.

2.6 Prevenção contra incêndios

2.6.1 Como parte do projeto detalhado, o Proponente vencedor deverá abordar as questões de incêndio, definidas a seguir, reduzindo o risco ao nível mais baixo possível. Em todo o sistema TAV, o Proponente deve avaliar o risco de incêndio aos passageiros, equipe, contratados e terceiros.

2.6.2 Os recursos disponíveis aos serviços de emergência também devem atender aos potenciais efeitos nos outros negócios, em caso de incêndio.

2.6.3 As questões que devem ser consideradas são:

• O uso de materiais de construção resistentes a incêndios.

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• Os dispositivos corta-fogos (por exemplo: obturadores) não devem impedir a fuga a um lugar seguro (de preferência local aberto ao nível da rua);

• Solução preventiva de incêndio como uma alternativa para a proteção contra incêndio passivo;

• Prevenção de incêndios em linhas laterais.

• Projeto de redução do risco de dispersão do fogo para outra propriedade nos arredores.

• Quaisquer outras exigências adequadas e possíveis para evitar incêndios ou perdas decorrentes de incêndios.

Detecção de incêndio

2.6.4 A instalação de dispositivos de detecção de incêndio deve ser aquela adequadamente possível, segundo o risco avaliado, durante o processo de detalhamento do projeto.

2.6.5 A instalação deve obedecer as exigências internacionais de segurança em caso de incêndio ou outra norma equivalente reconhecida nacionalmente. Um conjunto típico de exigências foi estabelecido pelo British Standard BS 5839 ("Instalação e Manutenação de Sistemas de Detecção de Incêndio").

Alarmes de incêndio

2.6.6 As bases para o fornecimento de alarmes deve ser indicado para a detecção.

2.6.7 O sistema de alarme deve ser projetado para eliminar, até o nível adequado e possível, a incidência de alarmes falsos.

Supressão do incêndio

2.6.8 Onde houver uma necessidade identificada para fornecer sistemas de supressão de incêndio portáteis ou fixos, ou uma combinação de ambos, deve-se obedecer às exigências internacionais de segurança em caso de incêndio ou outra norma equivalente reconhecida nacionalmente. Um conjunto típico de exigências foi estabelecido no British Standard BS 5306 (“Instalações e equipamentos de extinção de incêndio nos locais”).

2.6.9 Para auxiliar na manutenção futura, os sistemas fixos devem ser fornecidos com dispositivos de desbloqueio.

2.6.10 Os métodos de supressão de incêndio/combate a incêndio nos túneis designados e em outras locações, onde necessário, estarão sujeitos à concordância do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil e do Poder concedente.

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2.7 Iluminação

Desempenho

2.7.1 Todos os planos de iluminação externa devem controlar o excesso de iluminação e apresentar um baixo impacto visual, de acordo com a legislação pertinente..

2.7.2 O projeto do plano de iluminação deve obedecer aos seguintes critérios RAMS:

• Para a operação segura do TAV. Nos casos em que o sistema TAV apresentar-se operacionalmente crítico em termos de desempenho, provisão de iluminação deverá ter um projeto em particular (diverso). Especificamente, para fins de evacuação, a iluminação poderá ser fornecida a partir de uma única fonte e, se necessário, por razões operacionais ou de manutenção por fontes diversas.

• Salvo em caso de troca de bulbo/elemento, todos os acessórios deverão garantir o uso contínuo por 25 anos (podendo ser alcançado por uma reforma na metade do tempo de vida).

• Os sistemas de iluminação externa serão projetados para permitir a manutenção durante as horas do dia, sem afetar as operações da ferrovia. Onde possível, deve-se usar os acessórios-padrão da indústria.

Iluminação em Túneis

2.7.3 A iluminação fornecida aos túneis deve ter um padrão de acesso compatível com as condições de manutenção e, ainda, ser operada a partir das estações de trabalho dos controladores de sinalização e localmente, onde necessário.

2.7.4 Em caso de falha do fornecimento de tração, onde necessário, a iluminação padrão de evacuação deve ser ligada automaticamente.

2.7.5 No caso de iluminação necessária para serviços de emergência, principalmente para evacuação de passageiro e para outros casos de emergência, deve ser preparada uma especificação técnica, baseada em apresentação de documentação comprobatória para garantir um acordo bem sucedido com o poder concedente e com as partes interessadas.

2.7.6 A vida do projeto para os módulos de iluminação e sistemas de controle deve ser de 25 anos, podendo ser obtido com instalação de vida longa ou revisão de meio da vida/parte da vida.

Iluminação nos Pátios

2.7.7 A iluminação nos pátios deve obedecer os acordos e os padrões legais para os níveis de iluminação fornecida e a obtenção da licença ambiental, em atendiemnto à condição de não objeção das autoridades com competência de aprovação do projeto de iluminação.

• Segurança do pátio e das áreas de embarque e desembarque

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• Operação segura dos pátios durante as horas de escuridão

• Iluminar estradas de acesso, passagens e estacionamentos autorizados, onde necessário.

2.7.8 Deve ser provida de iluminação lateral de linha as junções da linha

principal, cruzamentos e instalações, ou seja, subestações, emboques dos túneis, colunas de ventilação, Pontos de Controle de Incidente e Áreas de oficinas do TAV.

2.7.9 Para a máxima segurança dos sistemas de iluminação, as propostas devem ser feitas para estes sistemas juntamente com a documentação comprobatória que permite estabelecer acordos bem sucedidos com as autoridades pertinentes à segurança e serviços de emergência.

2.8 Política de Evacuação/Resgate do Trem

2.8.1 A política para a evacuação dos trens avariados apresenta as seguintes características essenciais:

a) sempre que possível o trem será movimentado usando sua própria força até a plataforma da estação.

b) no caso de impossibilidade, o trem avariado será empurrado (se permitido) ou puxado por outro trem até a estação.

c) no caso de não ser possível, o trem avariado será empurrado ou puxado por uma locomotiva de resgate até a estação.

D) nos casos em que o trem avariado não puder ser movimentado, o trem terá de ser evacuado no local em que ocorreu o problema. Esta necessidade apresenta várias implicações de projeto. Nos túneis longos, deve-se providenciar uma passagem de evacuação, com largura suficiente para desembarque e movimentação de passageiro em uma cadeira de evacuação.

2.8.2 Deve ser possível desembarcar passageiros em linha plana ou em pontes e viadutos em nível de formação para o acesso à passarela de evacuação

2.8.3 A política para a evacuação dos trens incendiados apresenta as seguintes características essenciais:

a) os trens não devem entrar ou ser parados nos túneis; b) o Proponente deve identificar os locais apropriados para os serviços

de atendimento à emergência e o local em que deve ocorrer a evacuação.

2.9 Segurança do TAV

2.9.1 As medidas de segurança propostas precisam ser demonstradas, em nível satisfatório de segurança, baseadas em situações operacionalmente críticas, especificamente à época em que o sistema TAV entrar em operação.

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2.9.2 A viabilidade do fornecimento de segurança CCTV para as áreas críticas, tais como as entradas de CTCC e da Sala de Signalização deve ser, particularmente, considerada pelo Proponente.

Corpo de Segurança

2.9.3 A Concessionária deverá organizar e manter Corpo de Segurança próprio,

que atuará em todas estações, subestações, pátios, oficinas e trens da concessão. A atuação do Corpo de Segurança do TAV deverá visar a:

� segurança pública dos usuários; � disciplina dos usuários;

� prevenção e repressão de crimes e contravenções nas dependências da

Concessionária e preservação do seu patrimônio; � manutenção ou restabelecimento da normalidade do tráfego metroviário,

diante de qualquer fato ou emergência de caráter policial que venha a impedi-lo ou perturbá-lo;

� remoção imediata, independentemente da presença de autoridade policial,

de vítimas, objetos ou veículos que, em caso de acidente ou crime, estejam sobre o leito da via, no interior do trem, ou em áreas operacionais, prejudicando o tráfego metroviário ou a circulação da composição;

� prisão em flagrante de criminosos e contraventores;

� apreensão de instrumentos, objetos ou valores relacionados com crimes

ou contravenção penal, entregando-os, juntamente com o infrator, se for o caso, à autoridade policial competente;

� isolamento dos locais de acidente, crime ou contravenção penal, para fins

de verificações periciais;

� desde que não acarrete a paralisação do tráfego ferrroviário;

� vistoria das áreas operacionais, visando a localização de objetos suspeitos provenientes de ameaças ao funcionamento do sistema;

� ministrar os primeiros socorros às vítimas;

� transportar os feridos para pronto-socorro ou hospital, mantendo a guarda

de seus pertences;

� havendo vítimas fatais, removê-las para lugar onde não haja interferência com a operação do serviço ferroviário; e

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� lavrar Boletim de Ocorrência, para oportuno encaminhamento à autoridade competente e fornecimento às partes interessadas.

Cerca Lateral / Portões / Acessos

2.9.4 O método adotado para manutenção da cerca lateral é crucial, devendo ser demonstrado que os custos da vida útil foram minimizados. Uma avaliação de risco precisa ser feita, área por área, para determinar as exigências específicas para a segurança da cerca lateral e dos portões de acesso.

Cerca Lateral nas Estações e Pátios

2.9.5 A colocação da cerca marginal e a segurança da estação devem estar sujeitos à avaliação de risco, e o Proponente deve desenvolver uma especificação para a segurança nas estações. 2.9.6 Outras propriedades devem ser cercadas incluindo as estradas de acesso e os pários. Portões devem ser providenciados nas entradas dos pátios com controle apropriado da entrada e saída, usando a equipe de segurança, onde necessário. Cerca Lateral e Segurança dos Locais com Equipament os de Segurança Sensíveis

2.9.7 O Proponente deve considerar o fornecimento da cerca lateral segura no entorno de edificações, instalações elétricas, salas técnicas de sinalização, sala de máquinas da fábrica e quaisquer depósitos de materiais de valor ou de sobressalentes. Acesso aos Serviços de Emergência

2.9.8 A Concessionária deve considerar na elaboração do Plano de Emergência os procedimentos de contato imediato com os Serviços de Emergência para a inclusão das exigências (adequadas) nas linhas gerais do projeto, e informar sobre essas exigências ao Poder concedente.

Detecção de Vandalismo nas Passagens Superiores

2.9.9 Deve-se levar em consideração o uso do CCTV ou similar que possa ser conectado ao sistema de controle e monitoramento remoto para a detecção de vandalismo ou de presença humana, onde houver alto risco de vandalismo. Nos casos em que essa abordagem for necessária, as ações acima devem ser especificamente aprovadas pelo Poder concedente.

Monitoramento Centralizado

2.9.10 Para um excelente efeito, os alarmes disparam na estação de trabalho do Sinalizador no Centro de Controle de Tráfego Centralizado -CTCC Isso

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garantirá a rápida resposta da equipe da ferrovia nas situações de emergência que venham ocorrer.

Acesso de Segurança

2.9.11 O tipo de segurança nos pontos de acesso às instalações será analisado e proposto segundo a necessidade identificada . 2.9.12 O acesso às instalações elétricas de sinalização e às oficinas, incluindo as linhas laterais das edificações e equipamentos, estará sujeito ao sistema de segurança com acesso somente às pessoas autorizadas.

2.10 Colocação da Cerca Lateral na Via

2.10.1 A cerca lateral deve ser apropriada ao risco causado por humanos, animais e veículos, segundo as pesquisas e avaliações, acordado com o Poder Concedente.

2.10.2 Devem ser dotadas de cerca lateral de segurança e sistema de controle de acesso as instalações que deverão conter equipamentos técnicos e operacionais e outros locais críticos

2.10.3 Onde necessário, a colocação da cerca lateral no TAV compreenderá:

(i) Uma cerca limítrofe no limite externo do TAV ou conforme especificado (ii) Uma cerca de segurança interna mais próxima das linhas do trilho.

Pontos de Acesso e Portões

2.10.4 O número e localização dos portões devem ser em função:

(i) Do padrão da rede de estradas locais. (ii) Da disponibilidade do espaço para as estradas de caminhão no

interior da cerca paralelas à estrada de ferro. (iii) Da localização dos elementos de manutenção da infraestrutura e

dos sistemas da Estrada de ferro alta prioridade (por exemplo: junções do quadro e de cruzamento, instalações de sinalização de interfase etc.).

(iv) Proximidade dos túneis, onde o acesso próximo é importante. (vi) O fato de que as duas linhas devem ser tratadas, sempre, como

unidades separadas, pois o cruzamento da linha férrea operacional é proibido.

(vii) Tendência à infrações e vandalismo no local. 2.10.5 A fim de regular a entrada, os portões devem ser controlados por um

sistema de segurança adequado para reduzir ao mínimo o acesso não autorizado.

2.10.6 Os portões de acesso para veículos devem ter duas portas com dispositivos para travar os portões na posição aberta, se necessário.

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2.11 Treinamento

2.11.1 Os requisitos de pessoal no Poder concedente, Concessionária e Contratados serão avaliados, e inseridos em plano e programa de treinamento a ser elaborado e implantado pelo Concessionário.

2.11.2 O treinamento do pessoal de operação e manutenção da infraestrutura e sistemas instalados deve ser providenciado pela concessionária vencedora.

2.11.3 O registro formalizado da competência de treinamento e devida certificação para a equipe de Operações e Manutenção ficará a cargo da Concessionária.

2.11.4 Os novos requisitos de treinamento, à luz da experiência dos requisitos pós abertura e em andamento, serão de responsabilidade da Concessionária.

2.12 Teste e Comissionamento (T&C)

2.12.1 A Concessionária precisa usar a Fase de Comissionamento como uma oportunidade para ganhar experiência em:

a) Operação e conhecimento dos sistemas acoplados ao TAV; b) Operação e conhecimento do sistema de transporte como um todo; c) Manutenção dos componentes dos sistemas e infraestrutura do TAV .

2.12.2 A Concessionária, ao providenciar os contratos para a instalação da infraestrutura e teste dos sistemas, precisa buscar uma equipe de engenharia experiente.

2.12.3 A Concessionária deve demonstrar ao Poder concedente que os processos relativos à infraestrutura e sistemas serão suficientes para garantir que o pessoal necessário, a ser envolvido na operação e manutenção do TAV, é competente antes da inauguração da linha para o uso público.

2.12.4 Para aprovação do Poder concedente o processo de comissionamento exige da Concessionária as seguintes providencias:

a) preparar estratégia de Teste e Comissionamento, incluindo plano e cronograma juntamente com análise de risco associado,.

b) executar modificações decorrentes do resultado da atividade de Teste e Comissionamento.

c) apresentar relatórios de teste e comissionamento, contendo resultado do acompanhamento dos testes e as mudanças associadas a serem encaminhados para solicitação da Permissão de Uso pelo o Poder concedente.

2.12.5 O processo de Teste e Comissionamento deve demonstrar para o Poder Concedente que os padrões técnicos e de segurança estão em conformidade com as normas, especificações e, códigos de prática internacionais, utilizados na operação do sistema ferroviário TAV, sendo adequado ao seu fim.

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3 Tempos das Viagens

3.1 Introdução

3.1.1 Este capítulo apresenta paramentros operacionais e deve ser seguido em conjunto com o Anexo A (Nível Basico de Serviço).

3.2 Tempos das viagens e velocidades para o Serviço Expresso e Serviços Regionais

3.2.1 O Proponente projetará o sistema TAV de forma que os tempos das viagens atendam às exigências comerciais dos serviços Expresso e Regional da TAV e obedeçam os padrões e especificaçãos mencionadas no NBS.

3.2.2 Os tempos máximos das viagens necessárias para o TAV são:

� Serviços Expressos Diretos (sem paradas): De São Paulo (Campo de Marte) para o Rio de Janeiro (Barão de Mauá)

o 1 hora e 33 minutos no máximo

� Serviços Expressos Diretos (sem paradas): Do Rio de Janeiro (Barao de Maua) para São Paulo (Campo de Marte)

o 1 hora e 33 minutos e 30 segundos no máximo

� Serviço Regional de Longa Distância : De Campinas para o Rio de Janeiro (Barão de Mauá) (todas as paradas)

o 2 horas e 26 minutos e 30 segundos no máximo

� Serviço Regional de Longa Distância : De Rio de Janeiro (Barão de Mauá) para Campinas (todas as paradas)

o 2 horas e 33 minutos e 30 segundos no máximo

� Serviço Regional de Curta Distância : De Campinas para o Vale do Paraíba Paulista

• 57 minutos no máximo.

� Serviço Regional de Curta Distância : De Vale do Paraíba Paulista para Campinas

• 1 hora e 4 minutos no máximo.

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3.3 Capacidade Total

3.3.1 Após o início das operações, os padrões de serviços devem atender:

3.3.1.1 Serviços Expressos – três trens por hora entre São Paulo (Campo de Marte) e Rio de Janeiro (Barão de Mauá) durante os horários de pico da manhã e à tarde;

3.3.1.2 Serviços Regionais de Longa Distância: Dois trens por hora entre Campinas e Barão de Mauá, durante horários de pico da manhã e nos horários de pico à tarde, com paradas nas estações obrigatórias, exceto à Estação de Aparecida – SP, cuja definição do quadro de horários para atendimento desta estação será incumbência do Concessionário; e

3.3.1.3 Serviços Regionais de Curta Distância: Quatro trens por hora entre Campinas e Vale do Paraíba Paulista, durante horários de pico da manhã e nos horários de pico à tarde, com paradas, exceto à Estação de Aparecida – SP, cuja definição do quadro de horários para atendimento desta estação será incumbência do Concessionário;conjunto com os serviços de longa distância, o total de trens por hora nos horários de pico será de seis trens por hora. A capacidade da infraestrutura deverá permitir um aumento no futuro, a ser implementado à medida que a demanda aumentar.

3.4 Padrão de serviços e intervalos de tempo

Grade de Horários 3.4.1 A grade horária deverá ser desenvolvida para os anos futuros, refletindo

as exigências mínimas dos serviços e o crescimento de demanda esperado. Esta grade de horários deverá iniciar no primeiro ano de operação e o ano final da concessão, devendo refletir sempre o disposto no NBS.

Intervalos de Tempo nas Grades de Horários 3.4.2 Todos os sistemas ferroviários devem ter capacidade de tolerância mínima

de 3 minutos de intervalo de tempo entre os trens que usam a mesma rota.

Margem de Operação 3.4.3 "Saturação” é a proporção de tempo, em qualquer hora, durante as

operações normais previstas, em que uma seção da rota está ocupada por um trem. A UIC (leaflet 406) prescreve um padrão para os níveis de Saturação: Para o TAV, a Margem de Operação será calculada de acordo com o leaflet da UIC, para cada seção da tabela de horário.

3.4.4 Os Proponentes precisarão demonstrar que o projeto para a sinalização da seção do bloco foi otimizado a fim de reduzir o nível de Saturação, segundo as definições prescritas nas normas 406 da UIC.

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3.5 Modelo de Simulação do Tempo da Viagem

3.5.1 O modelo de tempo de viagem deve ser desenvolvido pelo Proponente com base nos serviços contidos no Nível Basico de Serviço (NBS), na geometria do traçado final horizontal e vertical e nas velocidades máximas.

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4 Geometria do TAV e Exigências do Sistema

4.1 Introdução

4.1.1 Esta seção estabelece as exigências gerais com relação à geometria do TAV.

4.2 Condicionantes do Traçado

4.2.1 Em geral, o traçado adequado para ferrovias com TAV deve ser compatível com a operação segura e confiável, em duas vias de alta velocidade, eletrificadas por catenária e devem permitir:

4.2.1.1 o tráfego no padrão UIC "GC” para atingir tempos de viagens em velocidades de até 350 km/h, e

4.2.1.2 distânciade entre-via não inferior a 4,5 m onde a velocidade seja superior a 230 km/h.

Seções Transversais 4.2.2 O Proponente deve apresentar desenhos de seções transversais

tiposindicando gabaritos e todas as variáveis, juntamente com uma argumentação lógica para cada situação encontrada.

4.3 Limites de Velocidade do Projeto

4.3.1 O Concessionário deve obedecer os padrões geométricos para alta velocidade e deve obedecer os seguintes limites mínimos para a velocidade de projeto:

• 350 km/h na linha principal (fora dos túneis, estações e áreas metropolitanas)

• 230 km/h passando por túneis e estações;

• 80 km/h nas estações terminais, e

• 100-160 km/h nas plataformas.

4.4 Requisitos Gerais do Sistema

Linha Principal – Seções Transversais / Entrevias

4.4.1 As seções transversais padrões para a linha principal deve prever duas vias.

4.4.2 As entrevias devem estar em conformidade com os seguinteslimites:.

• Entrevia quando (230km/h<velocidade>350km/h): 4,5 m • Entrevia quando (velocidade<230km/h): 4,2 m • Entrevia quando (velocidade<80km/h): 3,74 m

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Postes paraCatenária

4.4.3 A posição dos postes para catenária pode variar, porém devem estar a uma distância suficiente das vias para permitir o acesso para as atividades de manutenção da via.

Canaletas / Dutos para Cabos

4.4.4 As canaletas/dutos para cabos devem ser dimensionadas para capacidade superior à necessária, para atender futuras utilizações comerciais..

Estradas Laterais de Acesso e Estacionamento

4.4.5 Sempre que possível, as estradas de acesso e o estacionamento devem ter intervalos máximos de três quilômetros ou menos.

Acesso Lateral para acesso à via

4.4.6 Fornecimentos devem ser feitos nos locais especificados para acesso aos veículos por rodovia ou ferrovia até a via principal. Os acessos devem ser suficientemente longos para permitir o posicionamento do veículo e ser equipados com proteção para evitar obstrução acidental da linha adjacente.

4.4.7 Deve ser providenciado, em cada lado da via, acesso adequado e autorizado para pedestres (trabalhadores),com meios seguros de acesso/regresso a via, através das cercas laterais.

4.4.8 . Os acessos de pedestres à lateral da via devem obedecer o intervalo de 1-1,5km.

4.4.9 Um estudo de Risco Operacional (HAZOP) deve ser elaborado para identificar os riscos da interfase em toda rota. Os riscos identificados devem ser eliminados, mitigados e marcados.

4.4.10 Os portões devem ser trancados com cadeado ou por outro sistema de travamento.

4.4.11 Os Portões de Acesso a Veículos devem ter uma altura consistente com a cerca marginal adjacente (sujeitos às exigências de avaliação de risco).

4.4.12 Os portões devem estar protegidos na posição aberta, e fechados por cadeado ou travados quando fechados.

4.5 Barreiras aAcústicas e Aterros

4.5.1 Em geral, as barreiras acústicas e os aterros devem ser construídos para atender à redução exigida pelos Requisitos Ambientais Mínimos. Veja a recomendação a seguir:

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4.5.2 Barreiras acústicas ou outros dispositivos adequados de redução do ruído deverão ser projetados e instalados, onde necessário, de forma a assegurar que os níveis sonoros em áreas externas à faixa de domínio atendam os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA 1/90 e NBR 10.151, de acordo com o uso do solo preponderante nas áreas lindeiras. Conforme requerimento do IBAMA, as medições do ruído deverão seguir o estabelecido no "Procedimento para Medição de Níveis de Ruído em Sistemas Lineares de Transporte", aprovado por Decisão de Diretoria da CETESB 100/2009/P.

4.6 Linhas férreas e rodovias ao longo / incluindo as questões de interferência

4.6.1 Nos locais em que o TAV estiver próximo a outras redes ferroviárias e rodovias ou outras utilidades, e infraestruturas de terceiros, a Concessionária deve avaliar a esfera potencial dos requisitos, a necessidade de proteção catódica e de gerenciamento dos potenciais retoques.

4.6.2 As avaliações incluirão a identificação dos requisitos para imunização dos sistemas de sinalização e de comunicações da autoestrada e rede ferroviária existentes.

4.6.3 As providências para futuro acesso à manutenção e emergências devem ser identificadas de forma a minimizar a interrupção do TAV e das outras redes ferroviárias e autoestrada, devendo receber consentimento de todos os demais controladores de infraestrutura envolvidos.

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5 Traçado e Layout

5.1 Introdução

5.1.1 Esta seção define os requisitos gerais com relação às características da via e layouts.

5.2 Características da via

5.2.1 A via do TAV deve compreender o Trilho Longo Soldado (CWR), usando uma seção de trilho CEN60 ou uma via de alta velocidade equivalente, com componentes atestados, sujeitos à aprovação do Governo.

5.2.2 Os dormentes monobloco ou bi-bloco de concreto devem ser empregados, segundo a conveniência, ou um método de suporte da via cujo desempenho equivalente possa ser demonstrado, considerando-se as características de tráfego do TAV e das toneladas brutas anuais previstas durante a vida útil dos componentes da via

5.2.3 A resiliência entre o trilho e o dormente/via em laje deve ser fornecida, compatível com os níveis de ruído e de vibração padrão para todas as partes do sistema.

5.2.4 O Proponente deve avaliar os sistemas de fixação do trilho e os aparatos recomendados, que otimizam os critérios RAM, principalmente em relação ao aumento do comprimento do trilho, distorção e facilidade/velocidade de instalação.

5.2.5 O meio para o suporte dos trilhos e das agulhas de amv de modelagem de fundição e cruzamentos devem ser determinadas em função do seguinte:

a) estratégia de posse da linha singela do TAV; b) capacidade de manutenção e c) custos durante a vida útil.

5.2.6 O projeto do leito da via para a via lastrada deve obedecer as recomendações do Código UIC 719R ou outra norma equivalente reconhecida internacionalmente para a terraplanagem e camadas do leito da via para as linhas ferroviárias.

Via em Laje

5.2.7 O Proponente deve selecionar um traçado apropriado e propor ao Governo uma justificativa para o uso de Via em Laje, onde conveniente. A vida útil de projeto da Via em Laje deve ser de 60 anos no mínimo.

Terraplanagem do Leito da Via para a Via Lastreada ou Via em Laje

5.2.8 O projeto da terraplanagem deve observar a frequência e a extensão da manutenção segundo os critérios RAM.

5.2.9 A vida útil da terraplanagem não deve ser inferior a 60 anos.

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5.2.10 O Proponente deve executar uma avaliação ampla do percurso com relação aos materiais, e garantir que os materiais escolhidos para reaproveitamento, reforçados ou não, atendam os requisitos dos critériod do RAM.

5.2.11 O Proponente deve demonstrar que se for proposta a adoção de qualquer forma de melhoria do solo, a vida útil de 60 anos será atingida.

5.2.12 O projeto da terraplanagem compreenderá os efeitos prováveis decorrentes do recalque e empolamento. Deve ser demonstrado que esses efeitos não são impeditivos para obter o suporte necessário segundo os padrões de qualidade do traçado e dos critérios RAM.

5.2.13 A terraplanagem será projetada para minimizar os efeitos nas estruturas, edificações e utilidades. O projetista demonstrará, pela análise de custos, as opções disponíveis em cada instância e fornecerá as soluções que serão consentidas pelos terceiros envolvidos.

5.2.14 A terraplanagem não prejudicará o regime de drenagem da terra, devendo-se tomar as medidas cabíveis para mitigar os efeitos.

Cruzamentos Sob a Via

5.2.15 Os requisitos para os cruzamentos sob a via não devem afetar o leito da via ou a drenagem, e deve-se demonstrar que a resistência do leito da via não é afetada.

Níveis de Água

5.2.16 Para garantir a disponibilidade da via para o tráfego, durante as condições climáticas adversas, deve-se providenciar as condições adequadas de drenagem de forma a controlar a elevação da água subterrânea.

5.2.17 Deve-se levar em consideração os efeitos de 1 evento de precipitação pluviométrica a cada 100 anos, contribuindo assim para que os riscos de contratempo e de riscos sejam evitados ou contidos ao mínimo esperado.

Interação Dinâmica no Solo Mole

5.2.18 Nos trechos de operação do TAV em solo mole, o leito da via deve ser tão suportado para alcançar os padrões de qualidade, definidos anteriormente, com o mínimo de manutenção.

Transições de Suporte da Via

5.2.19 O projeto do leito da via deve evitar a rigidez de suporte diferencial, porém onde for inevitável, os arranjos de transição devem ser providenciados demonstrando se os critérios do RAM, definidos anteriormente, foram atingidos.

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Traçado em Pontes

5.2.20 As junções de movimentação do trilho devem ser fornecidas, onde necessário, segundo os padrões internacionais aplicáveis.

5.2.21 Deve-se considerar o projeto da ponte pela qual passa a ferrovia quanto aos possíveis efeitos de trem em descarilamento ou em aproximação imediata ao mesmo. Nestes casos, é preferível o uso de meio-fio resistente contra o descarrilamento ao uso dos contra-trilhos.

5.3 Qualidade do Lastro

5.3.1 A qualidade do lastro deve estar baseada nas recomendações no Relatório do Instituto Europeu de Pesquisas Ferroviárias ERRI D 182/RP4 ou outra norma equivalente reconhecida internacionalmente.

5.4 Travessões

5.4.1 Travessões configurados de modo a sempre permitir que um veículo, na via principal, circule do sentido da agulha para o jacaré e do jacaré para a agulha devem ser providenciados, em intervalos regulares, inclusive na entrada e saída dos túneis na rota do TAV para possibilitar que os trens sejam roteados sobre a linha oposta, reduzindo assim os efeitos dos eventos planejados ou não em caso de interrupção dos serviços dos trens.

5.4.2 Os travessões devem ter agulhas muito longas e ângulos planos equipados com travessões móveis que possam ser cruzados de acordo com a velocidade máxima da seção.

5.4.3 As localizações dos travessões devem ser planejadas segundo as exigências comerciais dos serviços Expresso e Regional do TAV e mantidas durante os eventos planejados e não planejados.

Loops 5.4.4 A Operação dos Loops proverá o seguinte:

• Parada de emergência (armazenagem) de um trem devido a defeitos no veículo;

• Serviços de passagem mais lentos;

• Posicionamento dos veículos destinados à manutenção de infraestrutura para o trabalho programado; e

• Como local de desembarque e transferência de passageiros, em caso de emergência, usar as instalações disponíveis no trem ou a serem providenciadas na linha de fase.

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5.4.5 O intervalo entre o eixo da via deve permitir a inspeção segura a pé de um trem parado, durante a passagem dos trens à velocidade normal, ou se as folgas não forem suficientes para essa operação, uma linha de velocidade reduzida de acordo com as instruções de operação da rota ou na linha de operação adjacente.

5.4.6 O fornecimento de posto de cruzamento6 precisa ser considerado, porém esta necessidade não precisa ser separada da interrupção da via e/ou do posto de cruzamento (usado para a armazenagem).

5.4.7 Vias para separação da composição ou/e postos de cruzamento devem ser providenciados em cada loop.

5.4.8 O arranjo deve ser necessário para permitir as transferências de veículo na estrada/linha férrea.

5.4.9 O fornecimento deve incluir o acesso da estrada ao loop com portões de acesso na cerca marginal.

Postos de Cruzamentos na Área de Desvio

5.4.10 As locomotivas, para fins projetados, também podem ser usadas para resgate e, para melhor resultado, devem ser acomodadas em locais de rápida remoção.

5.4.11 Os postos de cruzamentos na área de desvio devem ser fornecidos para o resgate de locomotivas, caso a localização dos depósitos não seja compatível com o resgate rápido e eficiente de um trem avariado.

5.5 Buffer Stops

5.5.1 A Concessionária deve adotar ou desenvolver uma especificação para o buffer stop e padrões de diminuição de velocidade, consistentes com a UIC ou padrões equivalentes que alcancem os padrões de diminuição de velocidade e de absorção de impacto.

5.6 Marcos de Rota e de Alinhamento

5.6.1 A Concessionária deve propor um plano para posicionamento de MARCOS de aferição para o monitoramento alinhamento e nivelamento da linha, e indicação de cada quilômetro ao longo da rota e deve também incluir o seguinte:

1. Sinalização de segurança; 2. Sinalização de segurança; 3. Outra sinalização necessária para fins operacionais, por exemplo, quadros completos de sinalização; 4. Identificação de acesso; 5. Identificação do local; e 6. Identificação dos equipamentos e placas de identificação (por

exemplo: utilidades, que passam sob ou sobre a linha férrea). 5.6.2 Os sinais devem ser lidos a uma distância adequada e ser projetados para

uma vida útil mínima de 12 anos.

6 Posto de cruzamento usado para a armazenagem dos veículos defeituosos que aguardam reparo.

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5.6.3 A visualização adequada dos sinais pelo motorista/maquinista deve ser avaliada e comprovada antes de sua aceitação final por meio do Comitê de Sinalização ou equivalente.

5.6.4 Em geral, a sinalização deve atender os padrões da UIC e europeus ou outra norma nacional ou internacional equivalente para sinais de linha de fase.

5.7 Rampas de projeto

5.7.1 As rampas para TAV devem obedecer aos seguintes valores:

Item Value Rampa Máxima de Projeto(%): 3,5 Rampa Máxima Sustentada(%)/distancia(m):

3,5/6.000

Rampa Máxima Sustentada(%)/distancia(m):

2,5/10.000

. 5.7.2 Para as Oficinas de Manutenção e Serviços, os Proponentes devem

projetar rampa de até 1:500 (0,2%) mas o projeto em nível é preferivel.

Rampas Compensadas em Curvas Horizontais. Se a rampa está em uma curva horizontal, deve ser compensada com a resistência adicional devido a curvatura. A compensação precisa ser aplicada somente quando o raio da curva horizontal é igual ou menor que 500m.

Rampas em Túneis.Os túneis devem ter rampas maiores que 1 em 200 (0,5%), para facilitar a drenagem livre. O projetista precisa demonstrar quando isto não é pratico de conseguir e,neste caso, serão permitidas rampas menores que 0,5%.

5.7.5 Depressões em túneis devem ser evitadas. Rampas em Desvios 5.7.6 Desvios não devem estar em rampas maiores que 1 em 260 (0,38%) 5.7.7 Isto deve ser aplicado igualmente para rampas em loops. 5.8 Curva Horizontal 5.8.1 É responsabilidade do Concessionário desenvolver a especificação para os Parâmetros Geométricos, Características e Velocidade de Projeto. Os valores de Projeto devem ser utilizados sempre que possível e valores Normaisusados como exceção. Quando um valor limite é proposto precisa ser suficientemente justificado e acordado com o Governo com antecedência ao final do projeto. 5.8.2 Os Proponentes devem prover valores de acordo com seu projeto: Max cant (mm) (E max) na velocidade de 350 km/h: 160mm

Raio Horizontal 5.8.3 - O projeto de alinhamento horizontal do TAV será de acordo com os seguintes raios para velocidade de 350km/h. Os Proponentes devem apresentar os valores mínimos de acordo com a tabela.

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Item Valor Raio Mínimo Horizontal(m) – Valor de Projeto (Valor Global)

7.228m

Raio Mínimo Horizontal(m) – Valor Normal 6.070m Raio Mínimo Horizontal(m) – Valor Limite 5.603m 5.8.4 Raio mínio de 250 metros é o desejado para Desvios do Trem de Pasageiros para minimizar o desgaste de rodas. A utilização de raio menor que este limite requererá aprovação do Governo. 5.8.5 Lubrificadores de Trilhos devem ser instalados em algumas curvas com raios entre 200m e 1.000m e para todas as curvas com raios menores que 200m. 5.8.6 As Plataformas devem ser geralmente localizadas em trechos em retas da via. Não é possível serem localizadas em curvas tanto quanto possível. O raio mínimo permitido nas plataformas é 2.400m. Retas ou Curva Circular entre Transições. 5.8.7 Alinhamento horizontal deve ser projetado para assegurar que os veículos tenham tempo suficiente para estabilizarem entre sair de uma transição e entrar em outra. 5.8.8 O espaço mínimo entre transições deve prover um tempo de viagem do veículo de 2 segundos na velocidade de projeto. 5.8.9 Se não for possível prover este espaço mínimo, então transições back to back para curvas reversas será aceita sujeitas à compatibilidade das taxas de variação da transição. 5.8.10 Curva de Transição deve ter uma taxa de variação de curvatura constante em referência à distância exceto nos finais das curvas. Curvas de Transição 5.8.11 Os limites de taxas de variação de cant and deficiency na linha principal devem ser como mostrado abaixo. O conforto dos passageiros será prejudicado se limites menores forem utilizados.

• Variação Normal da deficiency 30 mm/s • Variação Excepcional da deficiency 50 mm/s

5.8.12 A rampa máxima do cant nas condições normais deve ser 1 em 600 (0,166%). 5.8.13 Chaves e Travessões devem ser idealmente localizadas em reta. 5.8.14 Curvas de Transição devem ser aplicadas em todas os travessões para maximizar a velocidade de tráfego.

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5.9 Curva Vertical 5.9.1 Curvas Verticais na linha principal não deve ter menos que o seguinte:

Item Valor Raio Mínimo Vertical crest (m) – Valor Normal (Valor Global) 42.875 Raio Mínimo Vertical sag (m) – Valor Normal (Valor Global) 42.875 Raio Mínimo Vertical crest (m) – Valor Limite 19.600 Raio Mínimo Vertical sag (m) – Valor Limite 15.925 5.9.2 Utilização de Raios menores dos indicados devem contemplar o conforto dos passageiros e deverãoser aprovados pelo Poder Concedente 5.9.3 Para velocidades abaixo de 80 km/h, o Raio mínimo deverá ser 1000m 5.9.4 Raios verticais em curvas verticais, tanto para conforto e manutenção da via permanente não devem coincidir com curvas de transição horizontal

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6 Conforto dos Passageiros

6.1 Introdução

6.1.1 O Proponente deve apresentar o alinhamento horizontal e vertical de referência para o TAV e otimizar o equilíbrio entre custo de capital, custos de manutenção, tempos de viagem, consumo de energia e conforto dos passageiros, utilizando a flexibilidade de alinhamento disponível nos Limites de Desvio7 do TAV, mas respeitando as exigências mínimas ambientais, potencial deslocamento da população e dos impactos urbanos.

Conforto dos Passageiros

6.1.2 A aceitação dos gradientes muito planos do “cant” (inclinação do patim do trilho) estarão sujeitos à demonstração, pelo Proponente vencedor, de sua aplicabilidade em termos de manutenção e de evitar as curvas de transição de sobreposição/vertical.

6.1.3 O “cant” a ser aplicado deve refletir a capacidade dos trens de passageiros em atingir a velocidade máxima por meio da sinalização, sistemas de força e alinhamento da via.

6.2 Qualidade da Via

Valores Padrão de Desvios

6.2.1 A qualidade geométrica da via é definida pelo desvio padrão do nível longitudinal e pelo alinhamento da via, devendo ser medidos em separado. A medição deve incluir os defeitos geométricos com comprimento de onda superior a 25 m.

6.3 Índice de Qualidade da Viagem

6.3.1 A qualidade da viagem deve se basera no desempenho do trem de passageiros no EUKL (Eurostar) existente ou outro equivalente internacional (por exemplo: UIC 513 – Ride Quality Norm) . Considerando os padrões de Qualidade da Via acima, as acelerações do veículo devem atender os valores definidos abaixo.

• Mácima aceleração lateral (m/s2): 0,30

• Máxima aceleração lateral vertical (m/s2): 0,25

• Aceleração lateral média (m/s2): 0,15

• Aceleração vertical média (m/s2): 0,15

• Para todas as condições de operação, as acelerações instantâneas medidas com um filtro passa banda de 0,5 a 10 Hz não devem exceder:

• Limite de aceleração lateral 2,5 m/seg2

7 O Limite dos Desvio é a area na qual um ativo permanente é necessário para a construção e operação da linha férrea.

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• Limite de aceleração vertical 2,5 m/seg2

6.4 Indisposições durante a viagem

6.4.1 O Proponente deve identificar trechos da rota que possam causar desconforto aos passageiros e apresentar propostas para eliminar ou reduzir, a limites praticáveis, os parâmetros da geometria nos locais identificados.

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7 Túneis e Pontes

7.1 Introdução

7.1.1 Os túneis devem ser projetados de acordo com a norma UIC 779-9 ou outra norma nacional ou internacional equivalente e de acordo com as Normas Brasileiras

7.1.2 O Proponente deve indicar claramente os pontos em que todos os equipamentos necessários devem ser localizados e afixados, em cada túnel, com as folgas tanto horizontais quanto verticais decorrentes das passarelas .

7.2 Aerodinâmica do Túnel

Pressão transitória

7.2.1 O Projeto apresentado deve avaliar o risco associado com a escolha da pressão transitória permissível nos túneis da via singela e dupla, de tal forma que as implicações da aplicação dos padrões mencionados acima possam ser avaliados nas operações dos trens em velocidades inferiores àquelas projetadas, para atingir o conforto desejado aos passageiros.

7.2.2 Com relação a esta questão, o diâmetro do túnel deve ser otimizado pelo Proponente.

7.2.3 O Projeto deve assumir que, nos túneis de via singela, as portas de passagem fiquem fechadas durante a operação normal. Outra proposta modificando esta premissa deve considerar os riscos envolvidos de segurança.

7.3 Equipamentos do Túnel

7.3.1 O tamanho do túnel deve ser adequado para acomodar os equipamentos necessários à operação e manutenção da segurança da ferrovia.

7.3.2 Deverão estar previstos:

i) Iluminação – deve ser instalada nos túneis , especificados e adequados para saída do trem em casos de emergência e para fins de manutenção;

II) Os cabos e o fornecimento do suporte dos cabos para iluminação/manutenção temporária, onde necessário;

III) Equipamentos de sinalização; IV) Equipamentos de tração elétrica; v) Equipamentos de comunicação, telefones de emergência nos

túneis,, sistemas de rádio e equipamentos compatíveis com os serviços e frequências de emergência;

vi) Mangueira de Incêndio em todos os túneis longos (>1 km) e todos os serviços associados;

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vii) Drenagem; viii) Equipamentos de ventilação forçada, onde aplicável; ix) Sinalização compatível e adequada à orientação dos passageiros

em caso de evacuação e serviços de emergência, e x) Equipamentos de controle e monitoramente consistentes com a

operação segura dos túneis durante as situações normais, anormais e de emergência.

7.3.3 Túneis longos (1.000 m ou superior): devem ter as instalações de rádio de acordo com o European Radio Office (ERO) (ou equivalente nacional/internacional) e telefones de emergência.

7.3.4 Todos os cabos e equipamentos essenciais à operação de cada túnel e rota devem ser de um tipo e localizados de forma que, em caso de descarilhamento do trem, possam continuar a operação, segundo os princípios da ALARP.

7.3.5 Todos os acessórios, nos túneis, usados para a fixação dos equipamentos devem ser projetados para suportar forças resultantes dos efeitos aerodinâmicos e vibração de todos os veículos que transitam nos túneis.

7.3.6 A evacuação de emergência e as passagens de inspeção nos túneis em via singela devem resistir às forças de descarrilhamento do trem. Em túneis de vias duplas, a face da passagem da evacuação de emergência combinada à passagem de inspeção e uma elevação formada de "1,8 m” entre as duas vias devem ser providenciadas para resistir às forças do descarrilhamento do trem e atender às normas necessárias.

7.3.7 O posicionamento dos Overhead Line Equipment (OLE) devem garantir as folgas elétricas adequadas para as pessoas que usarem as passagens para pedestres.

7.4 Ventilação do Túnel, Projeto e Acesso ao Túnel

Projeto do Sistema

7.4.1 Segundo Norma UIC 779-9R ou outra norma nacional/internacional equivalente, para túneis mais longos que 1 km, os sistemas de ventilação devem garantir o controle adequado do ambiente do túnel durante as condições normais e de emergência. Os principais parâmetros de controle ambiental são:

• Temperatura do ar;

• Qualidade do ar, e

• Controle da fumaça para auxiliar na evacuação em caso de incêndio. 7.4.2 O projeto do sistema deve ser suportado pela modelagem ,simulação e/ou

testes empíricos adequados (por exemplo: modelagem de controle de incêndio/fumaça).

7.4.3

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Controle de Temperatura do Ar

7.4.4 Durante as operações normais, a temperatura/umidade nos túneis pode ser afetada pelo calor acumulado pela fricção do ar nas paredes dos túneis, alterações na temperatura ambiente e calor gerado nos sistemas internos, em caso de parada do trem no túnel. O projeto deve justificar as prováveis condições habituais e identificar as providências para o controle considerado necessário à manutenção da temperatura/umidade do túnel segundo os parâmetros aceitáveis.

7.4.5 Os parâmetros de projeto devem basear-se na consecução de um ambiente próprio para os passageiros, necessário à evacuação de um trem parado no túnel, e para a equipe durante as operações de manutenção do túnel.

7.4.6 Deve-se considerar o controle das alterações de temperatura que possam afetar, de forma negativa, o desempenho dos equipamentos instalados no túnel e as operações do trem.

Controle da Qualidade do Ar

7.4.7 O sistema de ventilação deve controlar o acúmulo de gases prejudiciais ou de vapores nocivos.

7.4.8 O uso do sistema de ventilação à noite, durante as operações de manutenção, estarão sujeitas aos limites de ruído impostos pelas condições de planejamento.

7.4.9 Os parâmetros de projeto devem basear-se na consecução de um ambiente próprio para os passageiros, necessário à evacuação de um trem parado no túnel, e para a equipe durante as operações de manutenção do túnel.

Controle de Fumaça

7.4.10 Onde necessário, o sistema de ventilação deve:

1. Pressurizar o túnel principal a fim de evitar a migração da fumaça pelas passagens cruzadas abertas.

2. Gerenciar o movimento da fumaça no túnel secundário para criar uma região de ar limpo, compatível com a evacuação e com o combate ao incêndio.

7.4.11 O sistema de ventilação deve ser integrado com o sistema de sinalização de tal forma que a posição dos trens possa ser determinada com precisão e favorecer o gerenciamento efetivo do controle da fumaça.

Controle Total do Sistema

7.4.12 O Proponente deve propor um Sistema de Controle de Supervisão e de Aquisição de Dados (SCADA) no Centro de Controle de Tráfego Centralizado para a operação e monitoramento do sistema de ventilação, e dos equipamentos mecânicos e elétricos. Este será o mecanismo de controle primário do sistema.

7.4.13 A indicação da condição de ventilação deverá ser duplicada nos portais do túnel para auxiliar o gerenciamento de incidentes no túnel.

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7.4.14 Os métodos de comunicação, acordados com o Governo e com os serviços de emergência, serão fornecidos para conectar o Centro de Controle de Tráfego Centralizado e o Corpo de Bombeiros presente no local do incidente, para facilitar o controle da ventilação em situações de emergência.

7.4.15 As funções complexas do sistema, tais como o controle de fumaça, devem ser pré-programadas para funcionarem no modo de resposta generalizada antes que seja necessária a intervenção manual.

7.4.16 As posições dos trens, em relação às colunas de ventilação, devem ser determinadas com precisão suficiente para o gerenciamento efetivo do controle de fumaça e satisfação das exigências do Órgão/Autoridade de Segurança, com vistas à evacuação segura em caso de emergência.

7.4.17 O sistema SCADA (ou similar) deve mostrar visualmente o sistema de controle de ventilação e a localização do trem simultaneamente.

7.4.18 Os dispositivos de intervenção manual devem ser disponíveis no local para uso durante as operações de manutenção de ventilação do túnel (por exemplo: teste de operação dos ventiladores).

7.4.19 Deve-se tomar providências para gerenciar a transferência de controle do controle de manutenção e do Centro de Controle de Tráfego Centralizado ao final das operações de manutenção ou, em caso de emergência, que ocorra durante as operações de manutenção ou durante outras emergências fora dos períodos de manutenção.

Respiradores de Ventilação: Acesso

7.4.20 Em caso de necessidade de respiradores de ventilação intermediária nos túneis, deve ser levado em consideração o uso dos serviços de emergência para acessar os túneis. Devem ser incluídos um elevador para os serviços em caso de incêndio e um corredor pressurizado.

7.4.21 Em caso de risco de ruídos, o projeto dos ventiladores e de outros equipamentos deve minimizar a produção de ruídos e prever o isolamento acústico, onde necessário, segundo os níveis da ALARP.

Risco e Controle de Poluição

7.4.22 Os respiradores dos tuneis devem ser projetados para minimizar a recirculação do ar expelido e da fumaça.

7.4.23 Nos casos em que os respiradores estiverem localizadas próximas às áreas urbanas, deve-se tomar as medidas para minimizar o impacto nocivo da ventilação dos gases de exaustão e da fumaça do incêndio ou outras fontes de poluição, por exemplo: Exaustão de diesel.

Impacto Visual

7.4.24 Deve-se levar em consideração a redução do impacto visual das edificações dos respiradores no ambiente próximo.

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7.5 Pontes e Estruturas

7.5.1 Salvo especificado em contrário, as pontes e estruturas do TAV devem ser projetadas de acordo com as normas brasileiras vigentes para projeto de estradas e pontes. A contenção de descarrilhamento deve ser providenciada nas pontes por onde passam as linhas do TAV.

7.5.2 Os critérios de carregamento e de dinâmica devem ser compatíveis com os tipos de tráfego e velocidades.

7.5.3 As pontes e outras estruturas destinadas ao suporte de outras linhas férreas devem ser projetadas em conformidade com as normas de interface con normas publicadas pelas autoridades pertinentes.

7.5.4 As pontes em rodovias devem ser projetadas de acordo com as normas brasileiras.

Pontes, Viadutos e Muros de Arrimo

� Gabaritos – Gabaritos da Ferrovia

7.5.5 A adoção de bitola GC (GC GAUGE) deve ser adotada .

� Gabaritos da Rodovia

7.5.6 Os gabaritos da rodovia devem ser atendidos segundo a Normas publicadas pelas autoridades pertinentes.

� Carga Sísmica

7.5.7 A aplicação de cargas sísmicas deve ser considerada como parte do projeto .

� Parapeitos da Ponte

7.5.8 Todas as passagens superiores, com tráfego de veículos acima do TAV, devem ser projetadas de acordo com as Normas Rodoviárias vigentes.

� Barreiras de Proteção - Proteção de Veículo Errante

7.5.9 Onde necessário, as barreiras de contenção de veículos nas imediações e nas passagens proximas ao TAV, e sobre as estradas paralelas adjacentes, devem ser adequadas à proteção do TAV contra veículos errantes, sempre que possível.

� Erosão Interna

7.5.10 Terraplanagem, fundação de pontes e bueiros, tubos etc., que passam ou acomodam rios e cursos de água, devem ser projetadas com proteção da ação de erosão interna ou bloqueio em 1 evento a cada 100 anos.

� Contenção de Descarrilhamento

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7.5.11 A contenção de descarrilhamento deve ser providenciada ao longo de todos os túneis e nos viadutos. A contenção de descarrilhamento em outros locais de alto risco fica sujeito à Avaliação de Risco.

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7.6 Sob/Sobre Pontes

7.6.1 As pontes, que suportarão ou cruzarão outras vias férreas (incluindo o Metrô e linhas de carga), devem ser projetadas de acordo com as Normas Ferroviárias do Brasil .

7.6.2 Deve-se tomar cuidado para garantir que o reforço interno das estruturas de concreto reduzam os efeitos efeitos adversos das correntes de tração errante.

Rodovias e Áreas de Paisagismo

7.6.3 As estradas, incluindo a terraplanagem para as rodovias e áreas de paisagismo, devem ser projetadas de acordo com o Manual e Especificações do Projeto, publicado pelo Órgao Pertinente, ou com outras normas equivalentes.

7.6.4 Outros serviços na rodovia devem ser projetados de acordo com a Especificação de Projeto de Rodovias do TAV ou de acordo com o Departamento de Rodovias pertinente.

Hidrologia, Drenagem e Proteção de Água Subterrânea

7.6.5 Salvo onde especificado em contrário, os serviços do TAV devem levar em conta as exigências das licençs ambientais.

Instalações

7.6.6 As instalações necessárias devem ser projetadas de acordo com as Normas Brasileiras.

Movimentação do Solo

7.6.7 Os serviços do TAV devem ser projetados e realizados de forma a reduzir os efeitos adversos ao mínimo. Uma atenção especial deve ser dada aos efeitos causados nas ferrovias, instalações e estruturas existentes.

Terraplanagem

7.6.8 O projeto da terraplanagem para o TAV, em que a velocidade de projeto será superior a 200 km/h, deve ser de acordo com o Código UIC 719R: Terraplanagem e Construção do Leito da Via para as Linhas Férreas ou outra norma internacional equivalente.

7.7 Pulsos de Pressão nos Túneis

7.7.1 A taxa máxima de alteração de pressão nos túneis não deve ser superior a 500 Pa/s.

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8 Layout da Estação e das Instalações

8.1 Introdução

8.1.1 O objetivo deste documento não é a especificação detalhada de parâmetros técnicos absolutos para as estações do TAV, mas sim disponibilizar especificações de alto nível, baseadas em dados que orientarão os Proponentes.

8.1.2 Todavia, todos os aspectos aqui levantados deverão ser considerados durante o processo de preparação da proposta. Além disso, o Proponente escolhido deverá desenvolver as especificações detalhadas para todos os aspectos do projeto, após a assinatura do contrato, que serão incorporadas ao Contrato de Concessão.

8.1.3 As informações sobre as áreas utilizadas para as estações serão fornecidas em separado.

8.2 Requisitos do Layout da Estação

8.2.1 O layout da estação deve ser apresentado para todas as estações listadas no Apêndice A - NBS. São estações elas:

• Barão de Mauá (Rio de Janeiro);

• Aeroporto do Galeão (Rio de Janeiro);

• Vale do Paraíba Fluminense;

• Vale do Paraíba Paulista;

• Aparecida;

• Aeroporto de Guarulhos (São Paulo);

• Campo de Marte (São Paulo);

• Aeroporto de Viracopos; e

• Campinas. 8.2.2 É de responsabilidade do Proponente projetar o layout das estações,

segundo os requisitos comerciais dos serviços Expresso e Regional do TAV e de acordo com as normas e especificações necessárias.

8.2.3 Cada plataforma deve permitir um comprimento adicional para locomotivas de resgate, falta de precisão nas distâncias de parada, buffer stops e qualquer comprimento adicional necessário para que o maquinista possa observar os sinais e/ou equipamentos do Circuito Fechado de TV que necessitem ser instalados na extremidade da plataforma.

Estacionamento dos Trens nas Estações 8.2.4 Devido à grande frota de TAV, serão necessárias instalações para

estacionamento de trens (berthing trains) próximas às estações terminais para reduzir o deslocamento de trens vazios e o consumo desnecessario de recursos.

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Fornecimento de Material Rodante Vazio

8.2.5 Os requisitos de parada de trens nas estações (berthing trains) terão um impacto nos requisitos de layout da estação. Assim sendo, as plataformas devem ser projetadas para permitir:

• Serviços/movimentos bidirecionais; e

• Evitar que um trem vazio choque-se com outro trem e restrinja a flexibilidade operacional dos movimentos do trem ao longo das estações e nas conexões locais.

8.3 Bitola da Estação

8.3.1 O projeto do layout da plataforma, gabaritos estruturais e características devem estar em conformidade com a segurança e requisitos gerais estipulados pela lei brasileira e Corpo de Bombeiros.

8.3.2 Cada plataforma deve permitir um comprimento adicional para locomotivas de resgate, falta de precisão nas distâncias de parada, buffer stops e qualquer comprimento adicional necessário para que o maquinista possa observar os sinais e/ou equipamentos do Circuito Fechado de TV que necessitem ser instalados na extremidade da plataforma.

Gradientes nas Plataformas da Estação

8.3.3 Um gradiente não superior a 1 em 500 (0,2%) será necessário na estação em que houver uma probabilidade de que os trens:

• Sejam desligados;

• Retornem;

• Tenham composições anexadas ou separadas;

• Tenha troca de tripulação; ou

• Fiquem parados sem freios.

8.4 Detalhes da Plataforma

8.4.1 Os comprimentos da plataforma devem ser suficientes para acomodar o trem mais longo, identificado pelo Proponente, para a função específica da plataforma mais o espaço necessário para parada imprecisa, separação da composição etc.

8.4.2 Os comprimentos mínimos da plataforma não devem ser menores que 410m e devem levar em conta os “Requisitos de Layout da Estação”, definidos a seguir.

8.4.3 As plataformas devem ter a largura suficiente para:

8.4.3.1 a livre circulação de passageiros e carrinhos de bagagem;

8.4.3.2 espaço para as unidades de restocagem necessárias para os trens de serviço;

8.4.3.3 instalações de manuseio de bagagem nas plataformas; e

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8.4.3.4 largura livre, sem obstrução, de 3 metros a partir da face da plataforma, e largura mínima de 4 metros por face de plataforma ao longo da área adjacente ao acesso dos passageiros aos trens.

8.4.4 Os sinais e os quadros completos de sinalização devem ser localizados de forma que atendam os requisitos de Sinalização Visual quando os trens estiverem na posição normal de parada (em ambos extremos da tolerância de parada).

8.4.5 O layout das plataformas, vias e sinalização deve ser de tal forma que quando houver o resgate de um trem avariado, as demais plataformas/linhas não serão obstruídas.

8.4.6 Todas as estações devem dispor, ao lado da plataforma de passageiros, de uma linha de operação normal na convergência das vias para possibilitar a movimentação paralela entre as plataformas e as linhas de operação.

8.4.7 Todas as estações devem ter plataformas com pista reversível para o retorno dos trens.

Campinas 8.4.8 Campinas deve ter 6 (seis) faces de plataforma e uma linha de operação

adicional na convergência das vias que permita a movimentação paralela entre plataformas e linhas de operação.

8.4.9 Todas plataformas devem acomodar um mínimo de dois (dois) conjuntos de trens de 200m mais comprimento adicional de plataformas.

8.4.10 As plataformas deverão ter vias reversíveis (reversible tracks) de modo a ter capacidade para a reversão de 7 (sete) trens por hora.

8.4.11 Deverão ser disponibilizados 10 (dez) desvios para trens que não estejam em operação (stabling trains) em períodos fora de pico durante a noite (assumindo que 6 (seis) destes sejam requeridos para operação normal e 4 (quatro) para manutenção).

8.4.12 As velocidades dos trens dentro da estação de Campinas não devem ser menores que 80 km/h.

São Paulo: Campo de Marte 8.4.13 Deverão ser planejadas em São Paulo – Campo de Marte, no mínimo 6

(seis) faces de plataforma de passagem (through platform), com rotas flexíveis entre linhas de passagem e plataformas.

8.4.14 Todas plataformas devem acomodar um mínimo de dois (dois) conjuntos de trens de 200m mais comprimento adicional de plataformas.

8.4.15 Linhas das plataformas deverão ser reversíveis de moda a permitir o retorno de trens Expressos. Deverá haver capacidade para 4 (quatro) trens Expressos por hora retornarem e sete (sete) trens paradores por hora.

8.4.16 Deverá acesso de e para a Oficina proposta na estação.

Rio de Janeiro: Barão de Mauá 8.4.17 Na estação de Barão de Mauá deverá haver, no mínimo, 6 (cinco) faces

de plataforma, com vias reversíveis para retorno de trens.

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8.4.18 Todas plataformas devem acomodar um mínimo de 2 (dois) conjunto de trens com 8 (oito) carros mais comprimento adicional de plataformas.

8.4.19 Devem haver linhas de passagem suficientes nas estações nas convergência das vias para permitir movimentação paralelas de trens desviados à oficina.

8.4.20 Deverá haver acesso a qualquer oficina localizada na área da cidade do Rio de Janeiro, e esta oficina deverá ter no mínimo 14 (quatorze) desvios.

8.4.21 Deverá haver capacidade de passagem para 4 (quatro) trens Expressos e 2 (dois) trens de Regionais de Longa Distância por hora.

Outras estações: Vale do Paraíba Fluminense, Vale d o Paraíba Paulista, Aparecida, Aeroporto do Galeão, Aeroporto de Viracopos e Aeroporto de Guarulhos.

8.4.22 Estas estações deverão ser ter linhas de passagem (through lines) e loops de plataforma.

Todas plataformas devem acomodar, no mínimo, dois conjuntos de trens de 200m mais comprimento adicional de plataformas para locomotivas de resgate, distâncias errôneas de paradas e outros.

8.5 Instalações para o Passageiro

8.5.1 O Proponente deve identificar o tamanho apropriado para as instalações necessárias, dependendo das previsões de número de passageiros em cada estação.

8.5.2 Para fins de planejamento, as estações do TAV são divididas nas seguintes categorias, que determinam o nível mínimo das instalações:

8.5.2.1 3 estações terminais (Campinas, São Paulo (Campo de Marte) e Rio de Janeiro (Barão de Mauá);

8.5.2.2 3 estações padrão;

8.5.2.3 3 estações de aeroporto (Viracopos, Guarulhos e Galeão).

8.5.3 Os Proponentes devem fornecer as instalações mínimas de alimentação para atender às necessidades dos passageiros, de vendas no varejo, necessidades administrativas e de equipamentos para cada categoria da estação acima.

8.6 Estações Terminais

8.6.1 As estações terminais devem ter uma área bruta de piso adequada para acomodar as instalações descritas abaixo:

8.6.2 As instalações para os passageiros devem incluir:

8.6.2.1 área coberta para carga e descarga de veículos com espaços para bagagem.

8.6.2.2 área para locação de veículos.

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8.6.2.3 saguão da estação para a movimentação de passageiros, bilheteria e cabines de informações a turistas e sobre os trens, painéis de informações, pontos de encontro e quiosques para bebidas e comidas e áreas para sentar.

8.6.2.4 também no saguão principal, informações e programações, acesso aos telefones públicos e instalações sanitárias (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção).

8.6.2.5 elevadores e escadas rolantes ligando os diferentes níveis.

8.6.3 As instalações de varejo devem conter:

8.6.3.1 lojas de varejo e de conveniência,

8.6.3.2 caixas eletrônicos,

8.6.3.3 área de achados e perdidos;

8.6.3.4 lanchonetes e/ou restaurantes;

8.6.3.5 correios;

8.6.3.6 telefones públicos;

8.6.3.7 serviços de táxi;

8.6.3.8 banheiros (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção).

8.6.4 As instalações administrativas devem conter:

8.6.4.1 escritório da administração da estação;

8.6.4.2 salas para a sinalização da linha férrea e telecomunicações;

8.6.4.3 centro de Controle das operações ferroviárias;

8.6.4.4 instalações para refeições e vestiários com banheiros;

8.6.4.5 banheiros (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção);

8.6.4.6 salas para regulação do Poder Concedente.

8.6.5 O layout das estações também deve incluir as áreas de equipamentos e de serviços, entre elas:

8.6.5.1 geração de força de emergência e distribuição de energia;

8.6.5.2 ar condicionado, incluindo a geração de ar;

8.6.5.3 sistemas de proteção;

8.6.5.4 áreas para compressão e distribuição dos chuveiros contra incêndio;

8.6.5.5 vestiários dos empregados com as devidas instalações sanitárias;

8.6.5.6 escritório central de monitoramento de segurança;

8.6.5.7 escritório central de polícia e de blocos de detenção;

8.6.5.8 escritório central do Corpo de Bombeiros;

8.6.5.9 clínica para emergências com vagas de ambulâncias.

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8.7 Estações padrão

8.7.1 As instalações para os passageiros devem incluir:

8.7.1.1 área coberta para carga e descarga de veículos com espaços e serviços para bagagem.

8.7.1.2 saguão da estação para a movimentação de passageiros, bilheteria e cabines de informações a turistas e sobre os trens, painéis de informações, pontos de encontro e quiosques para bebidas e comidas e áreas para sentar.

8.7.1.3 também no saguão principal, informações e programações, acesso aos telefones públicos e instalações sanitárias (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção).

8.7.1.4 elevadores e escadas rolantes ligando os diferentes níveis.

8.7.2 As instalações de varejo devem inlcuir:

8.7.2.1 loja e serviços de conveniência;

8.7.2.2 banca de jornal e de revistas;

8.7.2.3 caixas eletrônicos,

8.7.2.4 área de achados e perdidos;

8.7.2.5 lanchonetes e/ou restaurantes;

8.7.2.6 correios;

8.7.2.7 telefones públicos;

8.7.2.8 serviços de táxi;

8.7.2.9 banheiros (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção);

8.7.3 As instalações administrativas devem incluir:

8.7.3.1 escritório administrativo da estação;

8.7.3.2 salas para a sinalização da linha férrea e telecomunicações;

8.7.3.3 centro de controle das operações da linha férrea;

8.7.3.4 instalações para refeições e vestiários com banheiros;

8.7.3.5 banheiros (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção);

8.7.3.6 salas para regulação do Poder Concedente.

8.7.4 O layout das estações também deve incluir as áreas de equipamentos e de serviços, entre elas:

8.7.4.1 geração de força de emergência e distribuição de energia;

8.7.4.2 ar condicionado, incluindo a geração de ar;

8.7.4.3 sistemas de proteção;

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8.7.4.4 áreas para compressão e distribuição dos chuveiros contra incêndio;

8.7.4.5 vestiários dos empregados com as devidas instalações sanitárias;

8.7.4.6 escritório central de monitoramento de segurança;

8.7.4.7 escritório central de polícia e de blocos de detenção;

8.7.4.8 escritório central do Corpo de Bombeiros;

8.7.4.9 clínica para emergências com vagas de ambulâncias.

8.8 Estações de Aeroportos

8.8.1 As instalações da estação devem incluir:

8.8.1.1 área com espacos para bagagem e serviços de bagagem até a plataforma;

8.8.1.2 banheiros (masculino, feminino e para pessoas com dificuldades de locomoção);

8.8.1.3 escritório para monitoramento da segurança;

8.8.1.4 escritório da polícia;

8.8.1.5 área para atendimento médico de emergência;

8.8.1.6 cabines de informações e pontos de encontro;

8.8.1.7 escritório para administração da estação;

8.8.1.8 vestiário com instalações sanitárias para os empregados;

8.8.1.9 amplo acesso (escadas rolantes, escadas, rampas e elevadores) até a plataforma.

8.8.1.10 lojas de passagem;

8.8.1.11 sala de controle operacional;

8.8.1.12 sala para regulação do Poder Concedente;

8.8.1.13 telefones públicos.

8.9 Operação das Estações

8.9.1 Os procedimentos operacionais são necessários para que a equipe da plataforma indique ao Centro de Controle de Tráfego Centralizado (CTCC) das plataformas do TAV que as obrigações da estação foram concluídas e o trem está pronto para deixar a plataforma com segurança.

8.9.2 Os procedimentos operacionais devem permitir o despacho e comunicação do trem.

8.9.3 Os telefones devem permitir que a equipe ou o maquinista do trem entre em contato com o CTCC no caso de qualquer ocorrência que exija alguma ação de sua parte.

8.9.4 Os procedimentos operacionais são necessários para o uso seguro e eficiente dos telefones nas plataformas.

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8.9.5 É necessário haver método de controle de acesso de passageiros à beira da plataforma, empregando marcações, sinais na plataforma ou ainda, caso necessário, barreira/porta ao sistema de acesso nas plataformas em que os trens viajam a velocidades iguais ou superiores a 160 km/h.

8.9.6 O método deve ser consistente com o controle de pessoal durante os períodos previsíveis de pico de passageiros e de movimentação de pessoal.

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9 Material Rodante e Pátios de Manutenção

9.1 Introdução

9.1.1 Serão necessários, como parte integrante do TAV, além do novo material rodante um novo pátio de manutenção de trens. Esta seção técnica descreve os requisitos de alto nível para esses veículos e pátios de manutenção.

9.1.2 Deve-se levar em consideração o uso de sistemas e projetos consagrados de novos materiais rodantes, que representam um baixo risco técnico e comercial É necessário também que o TAV atinja um alto nível de confiabilidade desde o primeiro dia de operação.

Processo de Aprovações

9.1.3 O Proponente deverá demonstrar o cumprimento do projeto com as normas pertinentes. As apresentações estarão sujeitas à análise e avaliação independentes.

9.2 Requisitos da Unidade de Material Rodante

9.2.1 O novo material rodante deverá conter sinalização de cabine e equipamentos de Proteção Automática do Trem, compatíveis com o sistema do TAV e adequados ao sistema de sinalização da rota. Todo o material rodante deve ser novo.

9.2.2 Esses trens devem ser construídos segundo as Normas UIC e, particularmente, conforme a UIC 660 para os trens de alta velocidade, ou outras normas equivalentes nacionais / internacionais. A carga por eixo desses trens não excederá 17 toneladas.

Parâmetros Básicos 9.2.3 O material rodante deve operar usando um sistema de eletrificação aéreo,

no caso de sistema de contato roda-trilho.

9.2.4 O Proponente deve informar a frota e o layout, contudo, cada unidade terá uma cabine de condução em cada extremidade.

Desempenho

9.2.5 O material rodante deve ser projetado para uma velocidade operacional que atinja no mínimo 300 km/h. A infraestrutura será projetada para acomodar a velocidade máxima de até 350 km/h e o Proponente deve determinar a velocidade máxima do material rodante.

9.2.6 Em termos de frenagem e aceleração, todas as unidades devem obedecer os requisitos da TSI de Alta Velocidade, para trem de classe 1, ou nacional/internacional equivalente.

9.2.7 Os veículos serão projetados para minimizar a massa total do veículo e a massa não suspensa por eixo.

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Ruído 9.2.8 O material rodante deve atender os requisitos de TSI de Alta Velocidade

ou norma nacional/internacional equivalente.

Segurança contra incêndios 9.2.9 O material rodante deve atender os requisitos de TSI de Alta Velocidade

ou norma nacional/internacional equivalente.

Confiabilidade 9.2.10 O material rodante deve atingir uma Distância Média mínima entre Avarias

(MDBF) de 100.000 km, em que uma avaria é classificada como falta que cause um atraso superior a 2 minutos.

Condições Ambientais

9.2.11 O material rodante deve manter a operação contínua segundo às prováveis condições ambientais na região do TAV. Isso inclui uma faixa de temperatura ambiente de 0oC a 45oC e umidade relativa de 10 a 100%.

9.2.12 A rota proposta passa por seções mais expostas, e o projeto do trem deve ser concebido para suportar os efeitos do vento nessas seções.

Interfaces da Infraestrutura

9.2.13 As unidades devem ser projetadas e construídas segundo a bitola do UIC – UIC 505-1 Vagão de Transporte Ferroviário – Bitola de Construção para o Material Rodante, ou nacional/internacional equivalente, quando for o sistema de contato roda-trilho.

Sinalização e Comunicação com o Veículo

9.2.14 O material rodante deve ser fornecido com todas as interfaces de sinalização e de equipamentos necessários, que devem ser compatíveis com o sistema de sinalização do TAV, bem como, incluir a Proteção Automática de Trem (ATP).

9.2.15 Os rádios de segurança devem ser fornecidos para a comunicação entre o operador do trem e o controlador da infraestrutura.

9.3 Projeto do Veículo

Projeto Mecânico 9.3.1 Os veículos terão vida útil de 35 anos, e devem atender aos requisitos

para a resistência estrutural e às colisões, conforme definição na norma TSI de Alta Velocidade, ou outra nacional/internacional equivalente.

Salões de Passageiros 9.3.2 Os Proponentes devem fornecer dois layouts de interior diferentes: um

para os trens Expressos e um para os trens Regionais.

9.3.3 Os dois tipos de trens devem fornecer o seguinte:

• Instalações para pessoas com dificuldades de locomoção de acordo com a norma TSI para Pessoas com Mobilidade Reduzida (PRM), ou outra nacional/internacional equivalente.

• Instalações sanitárias para os passageiros.

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• Sistema de informações para passageiros com mostradores internos e externos, áudio coordenado e anúncios visuais, em conformidade com a norma UIC 176, ou outra nacional/internacional equivalente.

• Sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado (HVAC) no salão, otimizados para desempenho com as condições ambientais propostas.

• Portas de acesso dos passageiros nas extremidades dos veículos.

• CCTV no Salão de Passageiros Maquinistas

9.3.4 Os maquinistas devem atender as normas UIC 615 ou normas nacionais/internacionais equivalentes, e devem incluir uma posição central de direção.

9.3.5 Um sistema HVAC dedicado será fornecido otimizado para o desempenho de acordo com as condições ambientais propostas.

9.4 Oficina de Manutenção do Trem

9.4.1 O Proponente é responsável pelo projeto dos postos de cruzamentos para prover o trem mais longo com níveis adequados de segurança. Cada posto de cruzamento deve ser projetado para acomodar, pelo menos, um trem de alta velocidade mais uma locomotiva de resgate e um vagão plataforma (vagão aberto com plataforma plano).

9.4.2 Os postos de cruzamento devem ser equipados com uma passagem e iluminação de padrão adequados ao uso seguro dos maquinistas durante a travessia entre a parte frontal e traseira das cabines da locomotiva, fora do trem. Além disso, o Proponente deve atender a seção 11 do UIC 660 para “armazenagem, preparação e manutenção de trens de alta velocidade antes de colocá-los em operação”, ou outra norma nacional/internacional equivalente.

9.4.3 A Oficina de Manutenção de Trens deve ser localizada em posição estratégica no traçado final adotado em área com espaço suficiente para sua instalaçãol.

9.4.4 É de responsabilidade do Proponente identificar o(s) local(is) e projetar Pátio de Manutenção dos Trens, segundo os requisitos comerciais dos serviços Expresso e Regional do TAV e de acordo com as normas e especificações necessárias.

9.5 Locomotivas, Autos de Linha e Trens de Resgate

9.5.1 Será necessário operar outros tipos de material rodante no TAV, tais como locomotivas, autos de linha e trens de resgate para resgatar trens avariados e executar a manutenção do TAV.

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9.5.2 Prover outros tipos de material rodante, particularmente os trens lastreados, toda a terraplanagem, estruturas, estrados das estações devem ser projetadas segundo a norma UIC 724 para cargas, ou outra norma nacional/internacional equivalente.

9.5.3 Todas as locomotivas, autos de linha e trens de resgate deverão ser equipados com sinalização de cabine e equipamentos de Proteção Automática do Trem, compatíveis com o sistema do TAV e adequados ao(s) sistema(s) de sinalização da rota.

9.6 Trem de Medição de Infraestrutura

2.9.3 O Proponente comprará e operará os trens de medição de infraestrutura.

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10 Requisitos de Espaço para Fins Operacionais

10.1 Introdução

10.1.1 O Proponente deve elaborar as propostas para disponibilizar espaço suficiente para todas as necessidades operacionais.

10.2 Centro de Controle Centralizado de Tráfego (CCCT)

10.2.1 Deve ter espaço suficiente para a construção de um Centro de Tráfego de Controle Centralizado (CCCT), em local a ser determinado, dependendo das opções da sinalização, telecomunicações e controle elétrico propostos pelo Proponente.

10.2.2 O CCCT deve acomodar todos os operadores de sinalização e de controle elétrico, equipe operacional e de manutenção, além das salas de equipamentos associados.

10.2.3 Os requisitos exatos do CCCT dependerão das opções propostas pelo Proponente.

10.2.4 O Proponente deve buscar sistemas que forneçam o seguinte:

a) coleta e organização dos dados de infraestrutura, dados de desempenho do trem, requisitos de manutenção, ocorrências da rede ferroviária.

b) a criação e uso do quadro de horarios inclusive a capacidade de inclusão de eventos de curto prazo.

c) interface entre quadro horario e sinalização d) monitoramento de desempenho do tráfego e) coleta dos dados operacionais f) registros operacionais e da operação do trem. O proponente deverá criar um centro de controle de tráfego de emergência, com todas as funcionalidades necessárias de um sistema ferroviário de alta velocidade.

Organização do Controle

10.2.5 Em todas as circunstâncias, deve ser sempre possível manter o controle do tráfego ferroviário até que os trens possam ser sinalizados para proceder em segurança, e se necessário, desembarcar os passageiros de forma ordenada, segura e sem atrasos em instalação e local adequados. O CCCT deve ser operado 24 horas por dia, 365 dias por ano.

10.3 Oficina de Infraestrutura de Manutenção

10.3.1 O Proponente é responsável pelo desenvolvimento da Estratégia de manutenção para as oficinas de infraestrutura. O Proponente deve identificar os locais compatíveis

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10.4 Instalações e Locais de Controle

10.4.1 As instalações de controle de material rodante independentes deve ser considerado pelo Proponente.

10.4.2 As salas de sinalização, telecomunicações e de equipamentos de controle elétrico também devem ser disponibilizadas pelo Proponente.

10.4.3 O Proponente deve prever ainda locais para o controle de sinalização, em caso de falhas,

10.4.4 Os Pontos de Controle de Incidentes de Emergência devem estar localizados em cada portal dos túneis longos.

10.5 Locomotiva e Oficina de Manutenção Montada sob Trilhos

10.5.1 O Proponente deverá propor locais para as instalações de manutenções de Locomotivas e vagões ,

10.6 Segurança

10.6.1 Levar em consideração as providências e instalações de segurança faz parte do processo de detalhamento do projeto.

10.6.2 O acesso controlado ou monitorado ao TAV é necessário para as Salas de Sinalização, Telecomunicações e Controle Elétrico, juntamente com as principais instalações e edificações, como por exemplo os eixos de ventilação.

10.7 Requisito de Comunicações de Emergência entre as Instalações

10.7.1 Um link de comunicação, que incorpore um link dedicado, é necessário entre o CCCT e todas as salas de sinalização e de controle elétrico para garantir a segurança e a troca confiável de informações com relação à sinalização, tração e outros isolamentos de fornecimento elétrico.

10.7.2 Os links de comunicações fornecidos devem ser suficientes para garantir o gerenciamento seguro de qualquer incidente na via ou em qualquer estação.

10.7.3 As estações na via devem ter links de comunicações seguros e confiáveis com as instalações de Sinalização e de Controle Elétrico e estações individuais.

10.8 Requisitos Gerais de Comunicação de Emergência

10.8.1 As seguintes comunicações de emergência serão necessárias entre o CCCT e:

a) todas as Salas de Sinalização, Controle Elétrico e de Equipamentos; b) sistemas de comunicação ao longo da via (ou seja, telefones ao

longo da via, e telefones no túnel) controlados pelo CCCT ou monitorados por pontos de acesso;

c) sistemas de comunicação a bordo do trem; d) todas as estações intermediárias e oficinas;

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e) centros de controle de serviços de emergência (polícia, corpo de bombeiros e ambulância);

f) outros controles de sinalização e elétrica para as ferrovias adjacentes; e

g) fornecedor nacional de eletricidade.

10.9 Procedimentos Operacionais para Túneis Longos

10.9.1 Para os túneis longos do TAV (mais de 1.000 metros), as instalações adequadas devem ser fornecidas localmente para auxiliar no controle de incidentes

10.9.2 No improvável evento de acidente com trem em um túnel, os meios primários de evacuação de passageiros e de acesso aos serviços de emergência serão via portais do túnel.

10.9.3 Um meio secundário de acesso aos serviços de emergência será fornecido pelos respiradores, quando disponíveis.

10.9.4 O acesso via rodovia (identificada no sistema rodoviário local existente ou fornecimento dedicado) será suprido para os serviços de emergência ou próximos aos portais do túnel e nos eixos de ventilação/acesso.

10.9.5 O acesso adequado deverá ser providenciado ao portal ou ao respirador

10.10 Outros Requisitos

10.10.1 Será necessário estabelecer as locações base com adequadas conexões de luz, gás e afins, exceto para acomodação da equipe de trabalho.

10.10.2 O Proponente deve identificar outros locais compatíveis, que sejam logisticamente aceitáveis

10.10.3 Cada local deve ser de tamanho suficiente, com topografia apropriada e acesso aos escritórios e instalações, compatíveis com as operações de manutenção, juntamente com a devida área de estocagem para sobressalentes da Oficina, Ferramentas e sobressalentes estratégicos.

10.10.4 O Proponente deve avaliar os requisitos para armazenagem, sobressalentes, planos/manuais de manutenção e informações associadas, para desenvolver especificação de contrato de manutenção.

11 Operações e Controle do Trem

11.1 Introdução

11.1.1 O Proponente deve elaborar propostas para a operação e controle dos ativos de infraestrutura.

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Manual de Segurança no Projeto

11.1.2 Os sistemas de sinalização operacional fornecidos devem ser respaldados, onde aplicável, por um Manual de Segurança no Projeto, demonstrando que os equipamentos são projetados, fabricados e testados segundo as normas exigidas para a segurança e Nível de Integridade de Segurança, de acordo com a EN 50126, pela EN 50128 e EN 50129 (ou outra norma nacional/internacional equivalente) para a sinalização.

11.1.3 A aplicação do sistema também deve ser tratada de acordo com os princípios dessas normas a fim de demonstrar que o sistema está sendo usado para projeto e que, em caso de não estar de acordo, fiquem demonstradas as medidas disponíveis para manter a segurança do TAV.

11.2 Controle do Trem

11.2.1 O Proponente deve projetar e proporcionar um sistema de sinalização para o TAV que disponha de sinalização de cabine, rádio de cabine e proteção automática de trem compatível com uso em ferrovias definidas como Linhas de Alta Velocidade.

11.2.2 A rota do TAV será fornecida com sinalização bidirecional.

11.2.3 O projeto do Proponente deve atender, entre outros, os seguintes critérios:

a) sistema seguro e eficiente que não possa ser corrompido por outros sistemas com os quais tenha interface.

b) ss trens de serviçoviajarão a uma velocidade mima de 140 km/hora. Qualquer aumento acima desta velocidade dependerá da disponibilidade de locomotivas e vagões e do atendimento de seus projetos aos requisitos do TAV.

c) sistema que proporcione a capacidade da linha e tempos de viagem conforme mencionado nas Seções 3 e 4.

Sinalização das velocidades de projeto

11.2.4 A sinalização e as seções de bloqueio da via devem ser projetados para uma velocidade máxima de 350 km/h.

11.2.5 O Proponente deve analisar e avaliar a capacidadede fornecimento da capacidade da via do sistema de transporte.

11.2.6 O requisito básico é alcançar um intervalo entre os trens que possibilite um quadro de horários com intervalo mínimo de 3 minutos.

Trabalho no Modo Degradado

11.2.7 As instalações para o controle local da sinalização devem ser previstas.

11.2.8 Deverão ser implantados procedimentos para restaurar à operação normal, assim que possível, no caso de falha da sinalização.

11.2.9 Os fatores humanos e ergonômicos dessas ações devem ser avaliadas e incorporadas nos Procedimentos Operacionais.

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11.3 Função do Controle de Sinalização

11.3.1 Esta função deve:

a) garantir que as rotas sejam protegidas para o trem em questão e conceder as autorizações de movimentação necessárias ao maquinista.

b) garantir a observância das restrições permanentes, temporárias e de velocidade de emergência. c) controle de movimentação através das seções Neutras do OLE

(Equipamentos de Linha Elevada), se for o caso. d) executar as demais funções identificadas pelo projeto. e) fornecer proteção contra erro do sinalizador por meio da Função de

Intertravamento. f) fornecer proteção contra erro do maquinista por meio da

comunicação com a Função ATP do “trainborne”. g) detectar a presença ou ausência de veículos nos trilhos. h) monitorar a condição da sinalização e outros sistemas de

infraestrutura por meio do monitoramento e análise remotos. i) fornecer qualquer outra função necessária ao controle seguro das

operações do TAV. 11.3.2 Esta função forma a base da interface de controle para o maquinista.

Atenderá os requisitos de segurança, comerciais, operacionais e os objetivos de eficiência. Os detalhes desta interface devem ser propostas para o Governo como parte do processo de projeto.

11.3.3 Os princípios e a implementação desta função devem estar sujeitos à rigorosa análise de segurança, incluindo a segregação do projeto, implementação e funções de teste. O Manual de Segurança da Ferrovia a ser apresentado pelo Proponente deve os sistemas de hardware e software.

Instalações de Manutenção

11.3.4 O projeto deve suprir a equipe de manutenção com o diagnóstico e acesso às instalações para realizar o diagnóstico de falha e a manutenção preventiva.

Sinalização da Cabine

11.3.5 O Proponente deve, em sua proposta, considerar a necessidade de instalação de sistema de sinalização de cabine, permitindo a Interface Homem-Máquina (MMI) e considerando a necessária ergonomia.

Proteção Automática de Trem

11.3.6 O TAV deve ser equipado com um sistema ATP adequado ou outro sistema equivalente.

Seções Neutras – Troca da Tração da Fonte de Alimen tação

11.3.7 As informações adequadas, linhas de fase e a bordo, devem ser fornecidas para o controle próprio do trem nas seções neutras e para controlar o risco ou curto circuito (arcing) e queimadura de fio de contato.

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Modos de Falha

11.3.8 Deve ser dada preferência ao sistema de sinalização de cabine que não precise de sistema de back up.

Compatibilidade Eletromagnética

11.3.9 Os equipamentos devem ser compatíveis com os demais equipamentos do TAV e com os demais equipamentos próximos nas ferrovias ou em outros locais.

Monitoramento da Saúde do Veículo

11.3.10 As seguintes funções de monitoramento das condições do veículo são necessárias:

• Detecção de calor no eixo de mancal, disco quente, impacto da roda e detecção de roda quente e monitoramento pantográfico.

11.3.11 O Proponente deve propor e concordar com o Governo sobre os locais de instalação dos dispositivos de monitoramento do TAV.

Informações de Linha de Fase

11.3.12 Os sinais de linha de fase devem ser fornecidos para prestarem informações ao maquinista quando e onde for necessário.

Áreas de Sinalização e Tipo de Sinalização

11.3.13 Segundo os requisitos estabelecidos neste documento, o Proponente deve considerar as opções relativas às áreas de controle de sinalização e o tipo de sinalização a ser instalado em cada área.

Função de Indicação de Sinalização

11.3.14 Esta função deve fornecer as indicações em tempo real, das quais derivam as informações aos sistemas de informações aos passageiros. As indicações devem ser transmitidas ao CTCC, onde utilizadas.

Tempos de Resposta do Sistema de Sinalização

11.3.15 Qualquer evento no campo deve ser indicado no controlador de sinalização em 3 segundos.

11.4 Comunicações e Transmissão de Dados

11.4.1 O Proponente deve projetar e fornecer os sistemas de comunicação e de transmissão de dados para executar as diversas funções descritas.

Sistema de Telefone e Conexões

11.4.2 É necessário um sistema de telefone com acesso aos sistemas de telefone por rádio móvel para conectar as estações do TAV, depósitos e instalações operacionais, usando uma rede dedicada ou através de um sistema de telefone independente de operador.

11.4.3 O Proponente precisará decidir se o CCCT, linha de fase, telefones no túnel, fornecedores de rede adjacente etc., e as demais instalações ao longo da rota devem fazer parte de um sistema administrativo amplamente descrito ou de uma rede dedicada.

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Capacidade de Comunicações

11.4.4 O Proponente deve garantir que a capacidade de cabeamento para comunicações da rota atender a todas as necessidades do TAV.

11.4.5 Espaço adicional nos sistemas de roteamento por cabo deve estar disponível para futuros cabos não operacionais/comerciais.

11.4.6 Todos os sistemas de telefone devem ter meios identificados de contatoimediato com o CCCT, dependendo de sua localização, se necessário em uma emergência.

Registro das Comunicações

11.4.7 Os sistemas críticos de segurança e relatórios de segurança e aqueles usados para conduzir as atuais operações (tais como a concessão de posse e permissões de trabalho) serão registradas.

11.4.8 Os meios de registro devem ser aqueles cujas informações registradas possam ser transferidas para um meio removível.

11.4.9 As informações registradas devem estar disponíveis imediatamente online por um período mínimo de 72 horas, em seguida, arquivadas, de preferência automaticamente, ficando disponíveis por 6 semanas, no mínimo, após a criação.

Data Links/RAMS

11.4.10 Os requisitos de data links e de telecomunicações para eletrificação e sinalização devem ser do mais elevado calibre com back up variado.

11.4.11 Os objetivos dos RAMS serão de no máximo 1 minuto de perda total dos dados ou das linhas de comunicação, por ano, entre os locais e o sistema CTCC (SCADA).

11.4.12 Uma das características da rede será o de que o acesso aos dados será seletivo, assim como a capacidade de acrescentar dados aos sistemas conectados pela rede.

11.5 Sistemas de Rádio

11.5.1 Os vários sistemas de rádio necessários para realizar as funções descritas na seção 11.4 incluirãodeverão incluir:

a) um sistema de voz na cabine, tais como GSM-R, para CTCC para a comunicação com o trem com os dados associados e capacidade de registro de voz;

b) um sistema de rádio geral para melhorar o sistema de telefonia e cobrir as funções do CTCC no treinamento de gerentes, supervisores até os operários no local.

11.5.2 Este sistema de rádio deve possibilitar o registro das chamadas, porém a função de registro de todas as chamadas não será necessário.

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11.5.3 O suporte de comunicações às Organizações de Resposta à Emergência (ERO) (Polícia, Corpo de Bombeiros e Ambulância) nos túneis deve fazer parte do sistema geral de rádio.

11.5.4 Em uma emergência, quando o ERO estiver usando os seus canais dedicados de rádio, a disponibilidade dos sistemas de rádio no uso normal não deve ser reduzido ou comprometido.

11.5.5 Diversos sistemas locais de rádio devem ser fornecidos para a equipe de Operação e Manutenção e, para auxiliar nas comunicações, um número suficiente de aparelhos deve estar disponível para distribuir ao pessoal chave de emergência em caso de uma emergência no local.

11.5.6 Todos os radios devem ser equipados com dispositivos dedicados para contato imediato com o operador de controle de sinalização ou elétrico no CTCC, dependendo de sua localização, e se adequado, com as instalações de controle, sinalização e controle elétrico para uso em circunstâncias de emergência.

11.6 Cabeamento da Linha-Tronco

11.6.1 O papel desempenhado pelos circuitos individuais variará das aplicações industriais padrão até as funções críticas de segurança e os sistemas de cabo fornecidos devem ser identificados e projetados de maneira apropriada.

11.6.2 A confiabilidade dos serviços e a segurança dos passageiros, equipe e do público onde trabalham, usam ou tenham interface com o TAV será regida, até certo ponto, pelo desempenho dos sistemas de cabeamento. Consequentemente, o projetista deve demonstrar a compatibilidade das opções propostas pelo método de avaliação de risco.

11.6.3 O desempenho projetado dos sistemas críticos de segurança terá de ser demonstrado para as autoridades de segurança, e o projetista deverá produzir a documentação comprobatória em número suficiente.

11.6.4 O cabeamento geral, cabeamento da extremidade e cabeamento do cruzamento de linhas férreas devem ser colocados em material apropriado e a conexão da localização da distribuição para a pista/trilho deve ser protegida por meios adequados contra danos provocados pelos veículos da rodovia/trilhos, vandalismo etc.

11.6.5 A avaliação dos riscos de vandalismo deve ser feita pelo Proponente e os locais de alto risco, acordados com o Governo. Esses locais devem ser identificados, e o Proponente deve propor um método adequado de proteção de cabos, ou seja, o uso de chapas de travamento.

Proteção contra Falhas 11.6.6 O projeto do cabeamento e de distribuição deve permitir a detecção de

falha e folga, conforme recomendação da norma para lidar com curto-circuitos, sobrecargas térmicas etc.

11.6.7 A adequabilidade desses métodos para atender às necessidades de segurança e de fornecimentos operacionalmente críticos devem ser demonstradas.

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Monitoramento Remoto e Capacidade de Falha 11.6.8 O projeto do cabeamento e de distribuição, e os links SCADA/EMMIS

devem proporcionar o monitoramento remoto e a identificação/previsão de defeitos e falhas.

Direcionamento do Cabo 11.6.9 O projeto de direcionamento de cabo deve atender aos seguintes

objetivos, onde o sistema de segurança (integridade e disponibilidade) estabelece a necessidade:

a) roteamento diferente para suprimento crítico de segurança operacionalmente crítico/seguro (a ser definido/acordado);

b) o roteamento que evita falhas de causas comuns (ou seja, a falha em um cabo não deve afetar os demais);

c) identificação confiável das operações do cabo, condição de tensão etc., pela equipe de manutenção;

D) proteção contra descarrilhamentos, movimentação da oficina na rodovia/trilhos, incidentes previsíveis (incluindo incêndio) e atividades de manutenção; e

E) poder suportar os efeitos aerodinâmicos e de vibração causados pelos trens.

11.6.10 As instalações de roteamento de cabo devem ser incorporadas no projeto da rota e do túnel para as necessidades operacionais do TAV e para fins de instalação de roteamento do cabo-tronco para terceiros, compatível com o cabeamento de comunicação.

11.6.11 Os sistemas de cabo devem usar as voltagens e configurações padrões da indústria na medida em que for possível.

11.7 Controle da Infraestrutura e dos Sistemas

11.7.1 O objetivo é integrar com o CTCC, o monitoramento e o controle dos equipamentos em questão, com a segurança da infraestrutura essencial à operação da ferrovia e/ou à segurança das pessoas.

11.7.2 Qualquer instalação controlada remotamente e/ou automaticamente também deve ter instalações de controle local.

11.7.3 Os seguintes sistemas devem exigir coordenação e/ou controle do CTCC e das instalações da Sala de Controle Elétrico, juntamente com as atividades de controle central:

• Sistemas de distribuição de energia normal e de emergência;

• Iluminação;

• Bombeamento (drenagem e drenagem permanente);

• Detecção de incêndio;

• Ventilação/ar condicionado;

• Acesso/intrusão; e

• Veículos/objetos que caem dos parapeitos da ponte.

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11.8 Monitoramento com Equipamentos Remotos Fixos e Móveis

11.8.1 O Proponente deve fornecer equipamentos de monitoramento como um auxílio, antes do evento, à manutenção preventiva e de momento, e para evitar defeitos no material rodante que danifiquem a infraestrutura e vice-versa.

11.8.2 Equipamentos para monitorar e mostrar o seguinte:

a) desempenho dos dispositivos críticos de detecção dos trens; b) desempenho da fonte de alimentação e back up; c) monitoramento da interface da via/catenária/contato com

pantográficos para mensurar o desempenho pantográfico; d) monitoramento do impacto da roda usando os dispositivos montados

no trilho/via; e) equipamentos OLE de localização de falha usando a

localização/retificação da falha de velocidade; e f) detectores dos eixos dos mancais quentes (HABD) nos locais a ser determinados.

11.9 Aquisição e Armazenagem de Dados do Sistema de Gestão de Ativos de Infraestrutura

11.9.1 O Proponente deve projetar a armazenagem dos dados e dos sistemas de recuperação. As principais fontes e usos dos dados armazenados serão:

a) o sistema de banco de dados da tabela de horário operacional; b) O uso dos dados operacionais da ferrovia em tempo real para

resposta em tempo real, para permitir a investigação e estudos a serem realizados, após o fato, e permitir estudos da abela de horário operacional a ser feita de forma melhor a confiabilidade e acrescente serviços extras etc.;

c) o uso de dados operacionais da ferrovia em tempo real, aperfeiçoados pela intervenção humana nas atribuições de atraso, a fim de evitar os atrasos;

D) o uso dos dados operacionais da ferrovia para outros fins comerciais, incluindo a necessidade de manter os clientes informados sobre as condições de tráfego;

E) um banco de dados principal para o registro dos detalhes da construção “as built” de toda a infraestrutura do TAV e dos sistemas. Este banco de dados será melhorado constantemente e usado para o registro das inspeções, identificação do programa de trabalho, prioridades do programa de trabalho, planejamento da manutenção, manutenção executada etc.;

f) coletor de dados dos Equipamentos de Sinalização e downloads dos equipamentos de monitoramento remoto;e

g) gravações de voz.

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11.10 Monitoramento do Túnel

11.10.1 O objetivo é controlar os equipamentos fixos do TAV associados aos túneis que podem influenciar na operação da rodovia e na segurança das pessoas.

11.10.2 A instalação de controle de todos os equipamentos fixos do túnel deve ser localizada no CCCT.

11.10.3 Nas situações que apresentarem consequências ao tráfego da ferrovia, os operadores necessitam das devidas informações, da apresentação simples da situação e de instalações de controle ergonômicas.

11.10.4 Os seguintes sistemas do túnel devem ser controlados pelas estações de trabalho de sinalização do CTCC, juntamente com as atividades de controle central:

• Iluminação

• Bombeamento (drenagem)

• Bombeamento (tubulação de incêndio)

• Detecção de incêndio

• Ventilação

• Acesso/intrusão

• Portas de passagem cruzada

• Elevadores

• Controles de inundação

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12 Eletrificação e Instalações

12.1 Introdução

12.1.1 Os equipamentos para Eletrificação, Sistema Aéreo em Catenária (OCS), equipamentos mecânicos e elétricos (M&E) devem ser projetados e construídos para atender as normas desenvolvidas pelo Proponente e toda a legislação de segurança, disposições, normas, orientação e Códigos de Prática.

12.1.2 O Proponente deve estar familiarizado com a legislação, disposições, normas, orientação e Códigos de Prática no Brasil para o seguinte, entre outros:

• Normas de saúde e segurança no trabalho

• Eletricidade nas normas de trabalho

• Normas das ferrovias e outros sistemas de transporte

• Disposição e uso das normas de equipamentos de trabalho

• Normas no local do trabalho (saúde, segurança e bem-estar)

• Normas de incêndio (estações abaixo da superfície)

• Normas de construção e aprovação dos serviços da oficina e normas sobre equipamentos

• Normas ambientais 12.1.3 Da mesma forma, o Proponente deve estar familiarizado com o sistema de

suprimento de energia no Brasil, incluindo as regras de contratação com as concessionárias de energia do local, as condições de suprimento, estruturas de preço e tarifas.

12.1.4 Nas interfaces com outras ferrovias, linhas de transmissão e utilidades, os padrões locais devem ser aplicados com a intenção de reduzir os riscos associados com os serviços de interface do TAV.

12.2 Princípios do Projeto

12.2.1 O sistema elétrico do TAV deve ser projetado para:

• Atender a densidade do tráfego demonstrado nos cronogramas;

• Estes cronogramas serão atendidos em providências normais de alimentação e durante qualquer condição de interrupção de alimentação;

• Reduzir os riscos resultantes da operação e manutenção do TAV, em cenários normais e de emergência até o nível tão baixo quanto possível.

• Fornecer os sistemas de operação segura no TAV e sua interferência com as partes externas, de forma que os riscos à equipe e ao público em geral sejam reduzidos a um nível tão baixo quanto possível;

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• Atender as normas européias e nacionais (ou internacionais equivalentes) na radiação eletromagnética e nas emissões, e as EuroNorms (ou internacionais equivalentes) para as emissões eletromagnéticas e interferência, ou outras normas internas equivalentes;

• Permitir que o TAV, como um todo, não seja afetado indevidamente pelas influências eletromagnéticas (EMI) ou pelas correntes emanadas pelas demais ferrovias, linhas de força ou outras fontes de EMI de terceiros. O projeto deve buscar o atendimento às normas de emissão sobre o impacto ambiental nos efeitos atmosféricos.

• Atender a orientação e/ou acordos sobre a imunização dos sistemas de eletrificação da ferrovia na fonte para reduzir a interferência com os operadores de telefonia pública e EN50121 (ou outra internacional equivalente) e as recomendações do Comitê Internacional sobre interferência de Rádio ou outras normas internacionais equivalentes.

• O Proponente prestará as informações ao Governo especificando qualquer provável não atendimento a esses acordos, normas, e qualquer redução incluindo os serviços suprimidos e não suprimidos.

• Fornecer para o isolamento seguro e efetivo e o aterramento dos equipamentos de alta tensão e as linhas aéreas para fins de:

12.2.1.1.1 Entrega do equipamento seguro em caso de emergências ou incidentes nos quais a vida ou a propriedade estejam em perigo.

12.2.1.1.2 Entrega do equipamento seguro para fins de manutenção realizada pela equipe devidamente competente.

• Atender a EN50121 (ou outra norma internacional equivalente) durante uma interrupção.

12.3 Simulações do Sistema de Força

12.3.1 Os estudos de simulação, usando um programa reconhecido de computador de simulação de tração da ferrovia, que calcule os parâmetros elétricos de um sistema de distribuição de ferrovia AT, deverão ser realizados para provar que todo o sistema de eletrificação (sistema de distribuição e OCS) pode apresentar o desempenho elétrico exigido.

12.3.2 Estes estudos devem calcular os seguintes parâmetros:

a) a corrente produzida por cada trem; b) a tensão da linha experimentada por cada trem; c) a força reativa aparente e real consumida pelo sistema em cada

ponto de conexão com o sistema de Rede Elétrica; e D) a catenária para o trilho e o alimentador, em caso de falha de

corrente em cada ponto do sistema.

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12.4 Fonte de Alimentação para o sistema de Tração (Sistema de Distribuição)

12.4.1 A fonte de alimentação para o sistema de tração deverá ser no nível de tensão adequado, na frequência de 60Hz, respeitadas as caracterísitcas do sistema elétrico brasileiro, podendo-se utilizar AC monofásico e o princípio de alimentação por autotransformador

12.4.2 As estações do alimentador devem ser posicionadas ao longo da rota, em distâncias compatíveis para a alimentação de emergência, a montante ou a jusante, durante as condições operacionais não padronizadas. A fonte de alimentação deve fornecer para o Sistema Aéreo em Catenária (OCS) e outros equipamentos auxiliares, usando os transformadores devidamente ajustados.

12.4.3 Caso a alimentação do sistema de tração utilize autotransformador, o centro do Autotransformador deve ser conectado aos trilhos, via ligação de impedância e devidamente aterrado.

12.4.4 Os postes de eletrificação individual e outras partes expostas de condução serão conectadas ao aterramento de tração por meio de dois conectores aéreos (um para cada linha).

12.4.5 Para reduzir o acoplamento indutivo com o controle da linha de fase e dos circuitos de comunicação, um conductor aterrado será fornecido ao lado de uma linha.

Tensão do Sistema

12.4.6 O sistema deve operar em sua capacidade total acima da faixa de operação normal do sistema.

Sistema de Corrente de Falta

12.4.7 O sistema de corrente de falta deve ser limitado pelo projeto do sistema de eletrificação, de acordo com o valor calculado, correspondente à capacidade de interrupção dos disjuntores do circuito especificados para atender as gerações de material rodante.

12.4.8 O tempo máximo de extinção de correntes de falta, em qualquer nível de tensão, deverá obedecer a normas internacionais equivalentes para sistemas ferroviários de alta velocidade

Tensão na Linha do Sistema

12.4.9 O sistema de tração, alimentado no nível de tensão proposto, deverá oferecer as necessárias regulações de tensão, em consonância com as normas internacionais equivalentes para sistemas ferroviários de alta velocidade, de forma que as regulações das tensões nas linhas sejam realizadas com o trem operando. Deverão ser especificados, na Proposta Técnica, os seguintes parâmetros:

a) tensão não operacional mais alta; b) tensão operacional mais alta; c) tensão nominal;

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d) tensão média no pantógrafo (somente durante a alimentação normal);

e) tensão operacional mais baixa; e f) tensão não operacional mais baixa;

Tensões Acessíveis e de Toque

12.4.10 O sistema de eletrificação deve ser projetado para que os valores das voltagens acessíveis e de toque, definidas na EN50122-1 (ou outra norma nacional/internacional equivalente), não sejam excedidos.

12.4.11 A ferrovia não deve estar sujeita à tensão de toque e acessível, além dos limites estabelecidos na EN50122-1 (ou norma nacional/internacional equivalente), devido às condições de falha que ocorrem nas áreas de maior tensão das estações do alimentador.

12.4.12 Atenção especial deve ser dada às áreas de interface à rede férrea local existente que têm sistemas e componentes projetados para suportar os níveis mais baixos das tensões acessíveis e induzidas.

Condições Gerais de Operação

12.4.13 O sistema deverá operar normalmente quando sujeito aos seguintes eventos:

a) a operação sob condições de alimentação de emergência, em que as correntes podem ser maiores que usualmente;

b) a passagem de trens pelas zonas não energizadas do sistema elétrico, tal como as seções neutras;

c) extinção das faltas elétricas; d) energização do sistema sem a movimentação das unidades de

tração; e) subida e descida dos pantógrafos; f) comportamento transiente de tração e do material rodante, tal como

a energização do transformador; g) a produção de surtos elétricos devido a eventos no sistema de

distribuição de energia e no material rodante; e h) o comportamento dinâmico do OCS sob a passagem nos

pantógrafos. Suprimento sob Condições Operacionais não padroniza das

12.4.14 Subestações de energia elétrica alimentadoras do sistema de tração do TAV

• As subestações de energia elétrica alimentadoras do sistema de tração do TAV devem ser projetadas e construídas de modo que, na falta de uma, por qualquer motivo, a subestação adjacente, alimentada por fonte distinta de energia elétrica, possa assumir todas as cargas.

• Para subestações alimentadoras do sistema de tração do TAV, o concessionário deve providenciar a implantação de uma segunda linha exclusiva, de fonte distinta da primeira.

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12.4.15 Subestações de energia elétrica alimentadoras das estações de passageiros.

• As subestações de energia elétrica de cada estação do TAV devem ser projetadas e construídas de forma a receber duas linhas de energia, de fontes distintas, para que, em caso de falta de uma, a outra possa assumir plenamente a carga da outra.

• O sistema de energia das estações deve prever barramentos prioritários (P) e não prioritários (NP). Os barramentos prioritários devem ser alimentados pela rede de emergência.

• O sistema de energia de emergência deve ser composto, no mínimo, por grupos moto-geradores (principais e reservas) e no-breaks (principais e reservas). Os no-breaks devem ser alimentados pelos barramentos prioritários.

• Os grupos moto-geradores da rede de emergência das estações devem ter autonomia mínima de 24 horas. A autonomia mínima do conjunto de baterias dos no-breaks deve ser de 12 horas.

• As cargas a serem alimentadas pelos barramentos prioritários incluem, no mínimo:

o iluminação de áreas públicas e administrativas;

o iluminação de galerias e áreas técnicas

o iluminação de pátios e oficinas;

o iluminação de emergência de segurança de circulação;

o sistemas de segurança e operacionais (CCTV, Sistema de Detecção de Alarme e Incêndio, Sistema de Controle de Acesso, Sistema de Sonorização, Sistema de Informação ao Público e demais sistemas eletrônicos);

o rede de telemática;

o elevadores;

o escadas rolantes;

o sistema de bombas;

o sistemas de combate a incêndio;

o sistema de climatização ao público e administrativo; e

o as que vierem a ser regulamentadas pelo Poder Concedente.

• Os no-breaks, preferencialmente, devem alimentar as cargas da rede de telemática e todos os sistemas vitais de segurança e operação, descritos acima.

• Caso os grupos moto-geradores sejam alimentados por combustíveis líquidos, deverão ser previstos tanques de armazenamento principal e reserva, confinados em recinto separado dos grupos moto-geradores.

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12.5 Suprimentos auxiliares e de Baixa Tensão

12.5.1 Em todo o comprimento da linha, os suprimentos auxiliares serão necessários para alimentar uma série de serviços tais como de aquecedores com ponto elétrico, suprimentos para sinalização e aparatos EMMIS/SCADA, iluminação e saídas de força para a manutenção de ferramentas, sujeita aos limites de tensão, em termos de especificações.

12.5.2 O sistema EMMIS/SCADA deve operar o suprimento seguro, mas não o suprimento auxiliar.

12.5.3 Em geral, os suprimentos para aquecimento por ponto elétrico devem derivar-se do OCS, enquanto os demais serviços devem derivar dos suprimentos de Baixa Tensão locais.

12.5.4 Os equipamentos EMMIS/SCADA, localizados na fonte de alimentação, devem ser fornecidos por autotransformadores terciários ou transformadores auxiliares dedicados.

12.5.5 Equipamentos auxiliares deverão operar em 60Hz, respeitadas os limites de variação da freqüência do sistema elétrico brasileiro.

12.5.6 Os suprimentos auxiliares e de baixa tensão devem ser obtidos nas Companhias Energéticas Regionais (REC), que servem à área geográfica em que a linha está situada. Os princípios do aterramento e conexão desses suprimentos devem atender a recomendação de engenharia da Associação de Eletricidade, P21 - (Fornecimentos paa as ferrovias eletrificadas AC) ou outra norma interna equivalente.

12.5.7 Atenção particular é dada à necessidade do REC em adaptar a proteção de falha à terra ao suprimento auxiliar de alimentação dos circuitos do TAV.

12.5.8 O Proponente deve entrar em contato com o REC para determinar o melhor custo-benefício para o fornecimento das conexões mono ou trifásicas.

12.5.9 O Proponente deve realizar estudos para provar que as conexões são aceitáveis ao REC com relação à injeção harmônica de corrente, sequência de tensão de fase negativa e flutuação.

12.5.10 O Proponente deve ser responsável pela obtenção das ofertas de conexão REC para as conexões necessárias, para a aprovação do Governo e para obter outros consentimentos para a conexão com o sistema REC.

Ligação da Terra/Superfície e Proteção contra Tempe stade Elétrica

12.5.11 O projeto geral da infraestrutura deve incorporar os equipamentos de ligação e aterramento segundo as normas européias ou internacionais equivalentes.

12.5.12 Esses equipamentos devem ser prontamente identificáveis e projetados a fim de evitar danos ou desconexões acidentais, e com conexões de teste localizados nas posições de segurança.

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12.5.13 Os equipamentos de Alta Tensão (HV) e de Baixa Tensão (LV) devem ser protegidos contra danos previsíveis durante as tempestades elétricas no que for possível. A Comissão Eletrotécnica Internacional e seus congêneres (IET, IEEE, VDE etc.) definem os circuitos de alta tensão (HV) como aqueles com mais de 1000 V para a corrente alternada e no mínimo de 1500 V para corrente contínua, diferenciando-os de baixa tensão (LV) como sendo entre 50 a 1000 VCA ou 120 a 1500 VCD. .

12.6 Sistema de Contato Aéreo

12.6.1 O sistema de contato aéreo para o TAV deve atender os seguintes critérios:

a) a impedância do sistema deve ser suficientemente baixa para que a queda de tensão determinada nos estudos possa ser atingida;

b) as taxas de corrente contínua e parcela transitória da corrente térmica (incluindo o efeito térmico das correntes harmônicas) devem ser adequadas para tolerar os cronogramas de serviço dos trens e permitir a operação do sistema de eletrificação de acordo com as condições de interrupção da estação em uma base ilimitada;

c) tanto a fiação de contato/fiação em catenária e os circuitos do alimentador devem suportar correntes de falta repetidas e calculadas;

d) devem suprir a faixa de corrente aceitável na presença de todas as condições ambientais preponderantes e efeitos aerodinâmicos; e

e) deve ser compatível com os tipos pantográficos usados por todo o material rodante usando o TAV.

SCADA (EMMIS)

12.6.2 Um amplo sistema SCADA deve ser instalado nos locais a serem acordados para controlar e supervisionar os seguintes itens principais das instalações em todo o TAV:

a) as estações do alimentador; b) as estações do autotransformador; c) os transformadores montados em solo; d) os isoladores da linha aérea distribuída; e) distribuição dos auxiliares e baixa tensão; f) estação de trabalho de emergência; g) o terminal do centro de manutenção do Proponente (conforme as

especificações do EMMIS); e h) bombas e poços de drenagem.

Meio Ambiente

12.6.3 O projeto e a construção da Eletrificação TAV, OCS e das instalações eletromecânicas do TAV devem atender os Requisitos Mínimos da Lei Ambiental com relação ao impacto visual, poluição sonora, vibração e poluição química acidental.

12.6.4 O projeto deve proibir o uso dos seguintes compostos químicos:

(a) asbestos

(b) bifenil policlorados (PCB ou ascaréis)

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12.6.5 O projeto e a seleção dos equipamentos devem minimizar, até onde for possível, o uso dos seguintes elementos e químicos:

(a) metais pesados (cádmio, chumbo, mercúrio, zinco, estanho e níquel);

(b) berílio;

(c) selênio;

(d) agentes que liberam ozônio como os CFC e HCFC;

(e) espumas de poliuretano em áreas sob risco de incêndio;

(f) PVC nas áreas de risco de incêndio; e

(g) isocianatos.

12.6.6 O TAV, como um todo, não deve ser afetado indevidamente por ou afetar as influências eletromagnéticas externas ou correntes emanadas pelas demais ferrovias, linhas de força ou outras fontes de EMI de terceiros.

12.7 Controle da Potência Elétrica

12.7.1 O controle da tração e da potência auxiliar para a linha principal do TAV deve estar localizado no CTCC.

12.7.2 Os requisitos de comunicação relativos à fonte de alimentação da tração deve basear-se na manutenção da independência das linhas Acima e Abaixo.

12.7.3 O devido monitoramento e as comunicações entre os locais deve ser incluído.

Controle da Potência da Tração

12.7.4 Não existe proteção automática fornecida pela rede de transmissão de dados (DTN). No que tange aos equipamentos de suprimento de potência elétrica, todas as proteções são locais e não dependem do DTN.

12.8 Distribuição de Potência HV e LV

12.8.1 O Proponente deve fornecer o controle dos sistemas de distribuição de Alta Tensão (HV) e de Baixa Tensão (LV) aos equipamentos fixos compatíveis com as necessidades do TAV e de suas instalações.

12.8.2 O nível de indicação desses sistemas exigido no CTCC deve ser suficiente para confirmar ao controlador dos equipamentos fixos que os suprimentos são duráveis ou falhos.

12.8.3 O Proponente deve investigar e relatar o primeiro custo, vida útil e critérios RAMS das redundâncias de transmissão de dados oponentes.

12.8.4 As opções consideradas devem incluir as seguintes alternativas como um mínimo:

• Transmissão/receptores singelos em cada extremidade com rotas alternativas entre os mesmos.

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• Transmissão separada/pares de receptores em cada extremidade com rotas entre os mesmos.

12.8.5 O sistema deve fornecer nova capacidade de transmissão de dados de pelo menos 25%.

13 Confiabilidade, Disponibilidade e Manutenção

13.1 O Processo RAM

13.1.1 O Proponente vencedor deve ser responsável pelo desenvolvimento de modelos baseados em computador do desempenho RAM dos sistemas chave para a avaliação do desempenho em relação aos objetivos do Indicador de Desempenho (KPI), consultar o Anexo B.

13.1.2 A Concessionária deve avaliar os produtos, sistemas ou serviços usando os modelos RAM para indicar se atendem a especificação adequada para atingir os seus objetivos.

13.1.3 O modelo deve avaliar todas as interações dos componentes do sistema e relacionar os valores RAM para os sistemas individuais àqueles necessários ao sistema todo.

13.1.4 O modelo será de propriedade da Concessionária, devendo ser compartilhado com o Governo.

Definição dos Valores RAM

13.1.5 A Concessionária deve considerar e avaliar os objetivos do RAM e fazer as recomendações relativas à compatibilidade/possibilidade para fornecer um sistema de transporte de passageiros de alta velocidade de última geração. A determinação dos valores RAM de alto nível será um processo interativo envolvendo a ampla ligação entre a Concessionária e o Governo.

Uso do RAM

13.1.6 Os dados do RAM serão disponibilizados pela Concessionária. Incluem:

a) o uso dos dados RAM como meio de quantificar o desempenho esperado dos produtos, sistemas e serviços;

b) realização de um estudo de simulação para determinar a disponibilidade operacional do sistema;

c) realização/revisão das análises de confiabilidade do fornecedor sobre produtos, sistemas de serviços e equipamentos;

D) prestação de informações e análises sobre disponibilidade e confiabilidade dos projetos alternativos considerando como dados para as decisões sobre a otimização do custo total instalado (TIC) e Custo de Vida Útil (LCC) inclusive capacidade de controle de perda; e

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E) que o RAM deve ser usado como um dado para as decisões relativas à priorização do investimento de capital e comparação do efeito de quaisquer opções.

Natureza dos dados RAM usados

13.1.7 As especificações e objetivos devem ser quantificados em termos consistentes, indicando o padrão de saída necessário por unidade de tempo, volume de uso ou sob as condições específicas de carga e uso.

13.2 Filosofias de Manutenção

Introdução

13.2.1 A Concessionária deve desenvolver uma filosofia de manutenção e estratégias que podem ser traduzidas como um plano de manutenção. O objetivo do plano é descrever como a Concessionária pretende executar a sua responsabilidade pela manutenção da infraestrutura e do material rodante para garantir que seja mantida sem o risco de degradação prematura e que sua manutenção segue um padrão que propicia conforto aos passageiros e prestação de serviços.

Escopo

13.2.2 O plano de manutenção deve abranger as seguintes áreas:

• Estruturas civis

• Terraplanagem

• Drenagem

• Estradas de acesso e cerca marginal

• Pista

• Linha aérea, fonte de alimentação e equipamentos de controle

• Estações e estruturas das edificações e equipamentos mecânicos e elétricos

• Infraestrutura de sinalização, sinalização da fonte de alimentação e dos equipamentos de controle

• Infraestrutura de telecomunicação

• Sistemas de informações ao cliente

• Estações e instalações das edificações, amenidades e equipamentos (que não são parte das instalações das edificações)

• Outros equipamentos M&E da ferrovia

• Equipamentos do depósito de material rodante

• Material rodante

13.3 Estratégias de Manutenção

13.3.1 As estratégias de manutenção a serem empregadas pela Concessionária são as seguintes:

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• Manutenção Condicional: Manutenção preventiva condicional excedendo um limite pré-definido e indicando o grau de degradação do ativo. O limite é definido como limites de manutenção. As variações são detectadas pelos sensores ou técnicas diagnósticas.

• Manutenção Preditiva: Os cronogramas de manutenção preventiva são condicionais nas taxas monitoradas de alterações nos parâmetros dos ativos, desta forma, prevendo a degradação dos ativos e favorecendo o planejamento das operações de manutenção.

• Manutenção Programada: A manutenção preventiva é executada de acordo com o cronograma baseado em um número pré-definido de ciclos operacionais envolvendo assistência técnica, inspeção ou substituição do componente ou unidade.

• Manutenção Corretiva: As atividades executadas, após a falha de um ativo, para restaurar a sua funcionalidade de forma temporária ou permanente, envolvendo:

o Localização e diagnóstico da falha

o Reparo sem modificação

o Verificações de desempenho

• Manutenção Paliativa: As atividades de manutenção corretiva servem para que um ativo execute temporariamente toda ou parte de sua função. A manutenção paliativa consiste, essencialmente, em ações temporárias que requerem um acompanhamento permanente das ações corretivas.

• Manutenção Corretiva Curativa: Atividades de manutenção necessárias para eliminar falhas repetidas. Essas atividades são de caráter permanente e incluem reparos, modificações ou melhorias para a eliminação das falhas.

13.4 Objetivos Principais do Plano de Manutenção

13.4.1 Este plano de manutenção deve satisfazer os seguintes objetivos principais:

• Fornecimento de infraestrutura ferroviária e execução das atividades de manutenção com risco de segurança gerenciado para que seja tão baixo quanto possível (ALARP);

• Garantir que as atividades de manutenção tenham impacto mínimo no ambiente natural;

• Atender ou exceder os Indicadores Chave de Desempenho especificados no Contrato de Concessão.

• Garantir o cumprimento das normas pertinentes, regras e normas, padrões da indústria e Exigências Legais;

• Gerenciar a infraestrutura de forma a suportar um enfoque econômico e eficiente a toda a prestação de serviços, considerando-se a

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capacidade de produção exigida, os custos de vida útil e o desempenho operacional;

• Evitar a degradação prematura dos ativos e prover a condição garantida do ativo em toda administração efetiva do ativo.

13.5 Garantia da Qualidade

13.5.1 A confiança no atendimento dos objetivos chave é dada por um regime de garantia que governa a natureza e a qualidade do serviço prestado. A garantia da qualidade é fornecida pelos seguintes elementos:

• Padrões e Política: Os padrões e a política definem as exigências e controles para os níveis de intervenção e requisitos de manutenção. Estes, efetivamente, decidem o escopo de trabalho necessário ao plano de manutenção para atender à produção definida. São uma combinação das exigências obrigatórias de qualidade do serviço e dos limites aceitáveis para a degradação do ativo e assim garantir a segurança e a otimização das intervenções de manutenção e, por sua vez, do desempenho e dos custos durante a vida útil.

• Processos: Os processos definem o enfoque, métodos de trabalho, requisitos chave e restrições para a conclusão das atividades. Os processos são definidos nos manuais de manutenção elaborados antes do início das operações.

• Competência: A gestão e a definição da competência são um elemento chave na garantia da qualidade. Os manuais de manutenção devem incluir os detalhes das competências principais, exigidas para a conclusão das tarefas de manutenção. O recrutamento de recursos e o plano de treinamento serão estabelecidos antes do início das operações.

• Cumprimento: Um regime de cumprimento fornece garantia secundária à qual as exigências e política de normas, gerenciamento de processos e de competência devem aderir. O regime de cumprimento define os requisitos para a validação interna e externa dos serviços. O programa de auditoria inclui detalhes de responsabilidade, escopo e frequências mínimas que serão definios antes do início das operações.

13.6 Conhecimento do Ativo

13.6.1 O conhecimento do ativo é essencial para a priorização efetiva e otimização da manutenção e renovação de serviços. Os elementos chave do plano de manutenção, que facilitam a gestão do conhecimento e as informações para suportar a efetiva tomada de decisão, incluem:

• Registro do Ativo: Um registro do ativo será definido para prover os detalhes de todos os principais componentes funcionais do sistema. Esse registro manterá os detalhes da especificação do componente, capacidade operacional, condição e data de instalação em serviço. O

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nível adequado de detalhes e os padrões de qualidade de dados serão determinados antes do início das operações.

• Monitoramento da Condição: Padrões para a inspeção e monitoramento da condição do ativo garantindo a segurança e a prestação de serviços, bem como o planejamento efetivo de reparos e substituições.

• Produtividade e eficiência: As informações relativas à produtividade e eficiência financeira devem auxiliar no desenvolvimento de planos otimizados para o planejamento da manutenção e do controle de custos. Uma estrutura compatível para o registro da produtividade da atividade e dos custos será determinada antes do início das operações.

• Desempenho: As informações com relação ao desempenho do ativo deve mensurar a eficiência das atividades de manutenção e otimizar os padrões e as políticas do planejamento de manutenção. Os KPIs definem as medidas primárias do desempenho do ativo que regem o plano de manutenção.

13.7 Prestação de serviços

13.7.1 A Concessionária deve demonstrar o efetivo cumprimento dos serviços e obrigações de manutenção durante toda a implementação das seguintes atividades:

• Organização: O fornecimento do plano de manutenção requer uma estrutura de organização com responsabilidades claras que correspondam aos itens de trabalho a serem executados e facilitem o efetivo processo de tomada de decisões.

• Recursos: É necessário um plano de recursos para garantir a mão de obra adequada, oficina de materiais e equipamentos disponíveis para a conclusão das obrigações de manutenção.

• Suprimentos: Um plano de suprimentos deve ser definido para identificar os fornecedores potenciais de recursos, materiais e equipamentos necessários para a conclusão dos requisitos de manutenção. Após a finalização do projeto dos sistemas e dos fornecedores da construção e antes do início das operações, a Concessionária confirmará uma lista completa dos recursos e fornecedores necessários e condições de fornecimento.

• Planejamento: O fornecimento do escopo de manutenção deve apoiar-se em um plano de execução que reconheça os limites ao acesso, restrições da disponibilidade de recursos e prazos para a conclusão dos serviços obedecendo os padrões.

• Interfaces: A identificação das interfaces internas e externas e as dependências para a conclusão das obrigações de manutenção em todo o sistema devem ser feitas para evitar o trabalho abortivo e corretivo nas áreas de serviços associados. Os manuais de

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manutenção devem fornecer detalhes dos procedimentos de gestão de interface.

13.8 Padrões

13.8.1 É necessário um padrão adequado das vias para que a infraestrutura seja inspecionada, a manutençao e a renovação executadas garantindo, assim a segurança do TAV, adaptação para o fim proposto e boa aparência.

13.8.2 Enquanto a manutenção e o serviço associado tiverem considerável importância comercial, o tempo em que a infraestrutura estiver indisponível ou parcialmente indisponível deve ser minimizado de tal forma que os ganhos sobre a receita das operações não ficarão comprometidos.

13.8.3 A estratégia de manutenção e de controle deve basear-se no controle de uma linha apenas, incluindo, se necessário, os loops adjacentes, deixando uma rota para a operação de trem bidirecional.

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Apêndice D: Termo de Referência da Metodologia de E xecução

1. Introdução

O Termo de Referência, ora apresentado, tem por finalidade definir os objetivos e as diretrizes a serem observados no desenvolvimento do ESTUDO TÉCNICO DE ENGENHARIA REFERENTE À METODOLOGIA DE EXECUÇÃO . As Proponentes deverão considerar, como imperativos, na elaboração de sua proposta, os PARÂMETROS TÉCNICOS MÍNIMOS , constantes do Anexo 1- Apêndice C. Os Proponentes deverão observar que o conjunto dos elementos técnicos, que serão apresentados em suas propostas, deverá definir um elenco de soluções que permitam implantar o TAV BRASIL – RIO DE JANEIRO – SÃO PAULO - CAMPINAS, dotando-o das melhores condições operacionais e de segurança, preservando as condições ambientais. Os serviços deverão ser desenvolvidos considerando todos os estudos e dados referenciais colocados à disposição pública, assim como o estado da arte atual do processo em andamento, mas não se restringindo nem se limitando a isto. Os Proponentes deverão ter em vista, na elaboração da metodologia de execução de suas propostas, a análise global das condições físicas, econômicas, sociais, urbanas e ambientais da região de influência do TAV BRASIL, assegurando que o estudo técnico incorpore, no mínimo, estudo de traçado; obras-de-arte correntes e especiais; estabilidade de taludes de cortes e aterros; drenagem; condições ambientais; plano operacional; material rodante; sistemas completos de sinalização, comunicação e eletrificação, inclusive alimentação de energia elétrica; estações, oficinas e instalações físicas assim como o orçamento, parcial e total, do empreendimento. Os Proponentes deverão, também, propor soluções que venham compor, harmonicamente e de forma integrada, um sistema moderno e eficiente de Trem de Alta Velocidade, aplicando tecnologia de ponta que garanta ao usuário confiabilidade, segurança e conforto, de forma a cumprir as determinações do Anexo 1 – Apêndice A : Especificações dos Serviços e Anexo 1 – Apêndice B: Parâmetros de Desempenho.

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2. Detalhamento da Proposta Os Proponentes deverão apresentar estudos técnicos nas seguintes áreas:

2.1 Estudo de Traçado A base para este trabalho é o estudo de traçado referencial disponibilizados no Portal TAV BRASIL (www.tavbrasil.gov.br). Com exceção dos pontos obrigatórios, a seguir listados, os Proponentes podem modificar, por sua conta e risco, o estudo referencial; entretanto, todas as variantes e ajustes a esta referência deverão ser claramente apresentados. São considerados pontos obrigatórios no Estudo do Traçado:

• As estações de Barão de Mauá, Aeroporto do Galeão, Vale do Paraíba RJ, Aparecida SP, Vale do Paraíba SP, Aeroporto de Guarulhos, Campo de Marte, Aeroporto de Viracopos e Campinas.

• Trecho de Barão de Mauá até Duque de Caxias (Km 2 ao Km 24, do estudo referencial), em Túnel.

• Trecho em Guarulhos até Caieiras (km 402,600 até 426,00), em túnel

Devem ser considerados, como base do Estudo de Traçado, a análise dos aspectos Geológicos, Geotécnicos e Hidrológicos. Estes estudos precisam contemplar, no mínimo , os seguintes serviços

• Estudo Geométrico. o Ortofotos retificadas, contendo Planta e Perfil, deverão ser

apresentados em meio eletrônico (3 cópias) e em papel no formato A0 (10 cópias). A apresentação deverá ser nas escalas H 1:10.000 e V 1:2.500, nas Regiões Metropolitanas do Rio de Janeiro e de São Paulo, nas escalas H 1:2.000 e V 1:500.

o Os desenhos deverão conter, no mínimo, as informações constantes dos desenhos do estudo referencial, ou sejam: malha de coordenadas, indicação do Norte, estaqueamento, cota do terreno natural, cota do traçado do estudo, cota do topo do trilho, alinhamento horizontal, alinhamento vertical e velocidade no trecho.

o Cortes, aterros, túneis, pontes, viadutos, entradas e saídas de curvas e barreiras acústicas deverão ser claramente identificados nos desenhos.

o O desenho deverá conter a indicação da localização das estações, incluindo as estações obrigatórias a serem

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definidas em Aparecida/SP, outras duas no Vale do Paraíba RJ e no Vale do Paraíba SP, e as estações adicionais propostas.

o O desenho deverá conter a indicação da localização das oficinas e postos de manutenção.

o Seções Transversais Tipo de túneis, viadutos e da via permanente, apresentadas em desenho no formato A3, na escala 1:100

• Estudo de Terraplenagem

o Tabelas no formato A4 indicando as áreas e os volumes de cortes e aterros, conforme tabela .

• Estudo de Drenagem e Obras-de-Arte Correntes o Seções Transversais Tipo apresentadas em desenho no

formato A3, na escala 1:100. • Estudo de Obras-de-Arte Especiais (pontes, viadutos e túneis).

o Quadro relacionando as obras-de-arte do traçado e descrevendo suas características (específicos para túneis e pontes/viadutos), conforme tabelas Volume 5.

• Estudo dos Desvios Ferroviários. o Desenhos representativos da localização e extensão dos

desvios auxiliares ao longo da via. 2.2 Estudo da Superestrutura da Via Permanente

o Definição e especificação das características técnicas dos elementos que compõe a via permanente.

o Dimensionamento do conjunto da via permanente, apresentado em desenho por seção tipo, no formato A3, na escala 1:100.

o Tabela contendo a localização (referenciadas pelas estacas) e a especificação dos Aparelhos de Mudança de Via.

o Desenho, na escala 1:100, de cada tipo de Aparelhos de Mudança de Via especificado.

o Tabela e desenhos representando a especificação, localização (referenciada pelas estacas) e dimensionamento de lubrificadores de trilhos, bufferstop e qualquer outro equipamento auxiliar aplicado na via permanente.

2.3 Estudo das Estações

o Desenho do diagrama de linhas e plataformas para cada estação, na escala 1:100, no formato A3.

o Relatório contendo o estudo funcional de cada estação. o Relatório com o estudo sobre a estimativa de área de estacionamento

em cada estação. 2.4 Estudo das Oficinas e Postos de Manutenção.

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o Relatório sobre as Oficinas de Manutenção de Trens, contendo a localização, dimensionamento, acesso e diagrama de linhas.

o Relatório sobre as Oficinas de Equipamentos de Manutenção de

Via Permanente, contendo a localização, dimensionamento, acesso, diagrama de linhas, relação e quantitativo de equipamentos.

o Relatório sobre as Oficinas para Sinalização e Controle, contendo a localização e dimensionamento.

o Relatório sobre as Oficinas para Telecomunicações, contendo a localização e dimensionamento.

o Relatório sobre as Oficinas para Eletrificação, contendo a localização e dimensionamento.

2.5 Estudo do Material Rodante.

o Relatório descritivo sobre as especificações técnicas dos trens, dimensionamento da frota e desenhos relativos ao arranjo interno dos carros por categoria.

o Relatório descritivo sobre as especificações técnicas dos trens de serviço e dimensionamento da frota.

2.6 Sistema de Energia

� Memorial descritivo do Sistema de Energia, abrangendo as características

técnicas e funcionamento de:

- Sistemas de distribuição de energia em alta e baixa tensão, com seus principais equipamentos de medição, transformação, proteção e disjunção. - Sistemas de iluminação normal e de emergência para estações, oficinas, pátios, estacionamentos e demais dependências. - Sistema de equipamentos auxiliares de via, pátios e estacionamentos. - Sistema de catenárias e alimentação de tração dos trens. - Sistema de geração de energia de emergência e seus principais equipamentos (grupos moto-geradores, no-breaks e conjunto de baterias). - Sistema de compensação de energia reativa. - Sistema de aterramentos e malha de terra. � Desenho esquemático representativo da via permanente, com a localização das subestações de energia alimentadoras do sistema de tração dos trens e as subestações de energia alimentadoras das estações de passageiros, identificando o nível de tensão e frequência: - As linhas de entrada de energia em alta tensão das concessionárias de energia regionais até as subestações alimentadoras do sistema de tração dos trens e as subestações alimentadoras das estações de passageiros.

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- Os ramais de distribuição das subestações alimentadoras de tração dos trens ao sistema de catenárias ao longo da via. - Os ramais de distribuição das subestações alimentadoras para as estações de passageiros. � Desenho representativo do layout das subestações alimentadoras do sistema de tração dos trens e dos equipamentos da via. � Desenho representativo do layout das subestações alimentadoras das estações de passageiros. � Desenho representativo do diagrama unifilar geral do sistema elétrico, identificando: - As características operacionais das linhas de energia de entrada das concessionárias regionais para as subestações alimentadoras do sistema de tração dos trens e para as subestações das estações de passageiros. - Os principais elementos de medição, transformação, proteção, disjunção e barramentos normal e prioritário. - Geração de energia de emergência: grupos moto-geradores e no-breaks. 2.7 Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA Memorial descritivo do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas - SPDA, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.8 Sistema de Sinalização e Controle de Trens Memorial descritivo do Sistema de Sinalização e Controle de Trens, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.9 Sistema de Detecção de Hot Axle - SDHA Memorial descritivo do Sistema de Detecção de Hot Axle - SDHA, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.10 Sistema de Telecomunicações Memorial descritivo do Sistema de Telecomunicações, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos para: - Instalações de transmissão e recepção das estações, oficinas e demais dependências. - Sistema de Telecomunicações de Operações Ferroviárias – ROTS. - Sistema de Radiocomunicação. 2.11 Sistema de Contra-Incêndio e Pânico Memorial descritivo do Sistema de Contra-Incêndio e Pânico para estações de passageiros, oficinas, pátios, túneis e demais dependências, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.12 Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio - SDA I

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Memorial descritivo do Sistema de Detecção e Alarme de Incêndio - SDAI, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.13 Sistema de TV e Vigilância - STVV Memorial descritivo do Sistema de TV e Vigilância - STVV, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.14 Sistema de Controle de Acesso e Intrusão – SIC A Memorial descritivo do Sistema de Controle de Acesso e Intrusão – SICA para dependências de acesso restrito das estações, oficinas e demais dependências, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.15 Sistema de Cronometragem de Data e Hora Memorial descritivo do Sistema de Cronometragem de Data e Hora, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.16 Sistema de Informação de Passageiros - SIP Memorial descritivo do Sistema de Informação de Passageiros - SIP, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.17 Sistema de Sonorização Memorial descritivo do Sistema de Sonorização, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.18 Sistema de Bilhetagem - SIB Memorial descritivo do Sistema de Bilhetagem - SIB, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.19 Sistema de Realimentação de Dados e Supervisão – SCADA Memorial descritivo do Sistema de Realimentação de Dados e Supervisão – SCADA, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.20 Sistema de Climatização Memorial descritivo do Sistema de Climatização das estações de passageiros e demais dependências, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.21 Sistema de Ventilação para Túneis Memorial descritivo do Sistema de Ventilação para Túneis, abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos. 2.22 Sistemas Eletromecânicos Memorial descritivo dos Sistemas Eletromecânicos das estações de passageiros e demais dependências abrangendo as características técnicas e funcionamento dos seus principais equipamentos (elevadores, escadas rolantes, sistemas de bombeamento).

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2.23 Estudo Operacional

� Relatório descritivo dos serviços ferroviários propostos o Conceituação de cada um dos serviços

o Período diário de funcionamento dos serviços (dias de semana, fins de semana, feriados e eventos especiais)

o Características dos serviços

� estações de paradas � tempos de viagem � velocidades médias � freqüência mínimas

o Quadro relacionando as velocidades operacionais máximas na passagem em túneis, viadutos, plataformas, e velocidades operacionais médias por trechos entre estações propostas.

o Relatório descritivo dos trens:

- Composição de trens por tipo de serviço - Quantidade de trens/carros - Evolução da frota

o Programação operacional – diagrama unifilar dos trens

- Horário de pico e fora do pico - Dias de semana, fins de semana e feriados

o Relatório descritivo da Equipagem

- perfil e quantitativo

o Programas de segurança

- Operacional - patrimonial - plano emergencial

o Relatório descritivo do sistema de controle e operação de trens

- Esquema proposto para o centro de controle de tráfego � proteção automática de trens � sinalização e controle � telecomunicação � comunicação de dados

2.24 Estudo Ambiental

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• Avaliação dos impactos socioambientais do traçado proposto.

o Quadro de avaliação comparativa, trecho a trecho, do traçado proposto em relação ao traçado referencial. (Tabela 3.2 – Fase 2 – Relatório 3 – Prime).

o Ortofotos retificadas, com a representação do traçado proposto (pontes, viadutos, túneis, áreas de corte e aterro, barreiras acústicas) indicando os elementos naturais e áreas de ocupação afetadas, em escala 1:10:000, no formato A3.

2.25 Estudo de Obras Complementares

o Relatório sobre o estudo da utilização de cercas, proteção

antiruído, redes de proteção dos emboques/desemboques dos túneis, redes de proteção nas cabeceiras de pontes e viadutos.

2.26 Programas de manutenção

o Relatório descritivo sobre os programas de manutenção de obras de arte, via permanente, material rodante esistemas:

- Preditivo - Preventivo - Corretivo

2.27 Plano de Construção (MASTER PLAN)

o Plano descritivo da estratégia proposta para a execução das obras, por etapas, contendo:

- Dimensionamento e localização dos canteiros de obra, incluindo escritórios para fiscalização, durante o período de obra

- Justificativas. - Produtos - Indicação de eventos-chave adicionais para fins de controle da

realização das obras - Elaboração de especificações de serviços e materiais

complementares

o Determinação dos quantitativos de serviços

o Elaboração dos planos de execução das obras

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o Plano de entrega dos trens e demais equipamentos (cronograma/fases)

o Cronograma físico-financeiro das obras por etapas de execução

o Plano de comissionamento, contendo a indicação do itens a

serem verificados, de:

- obras de implantação da via permanente. - edificações. - subsistemas. - material rodante. - equipamentos.

o Plano de operação assistida/experimental contendo as etapas, prazos e requisitos.

o Orçamento.

3. Transferência de Tecnologia Diante da expectativa do Poder Concedente de i) induzir as cadeias de valor e produtiva visando à independência tecnológica com relação ao detentor da tecnologia; ii) desenvolvimento de competência tecnológica própria; iii) aproveitamento da tecnologia para, dentre outros, os setores metroferroviário, aeronáutico e naval; iv) aprofundar o processo de revitalização do modal ferroviário; v) promover acesso à tecnologia de trens de alta velocidade a receptor(es) nacional(is) sob gestão pública; vi) induzir a formação de empresa nacional integradora, capaz de absorver e desenvolver tecnologia em TAV juntamente com centros de pesquisa nacionais; vii) capacitação de mão-de-obra nacional para projetos, operação e manutenção; e viii) capacitação de centros universitários para pesquisa aplicada em transporte metroferroviário, trabalhando em rede com sociedades do setor; mostra-se necessária a criação de um Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia no TAV Rio de Janeiro-Campinas nos termos a seguir elencados: 3.1. Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia: Consiste na transferência de um conjunto de conhecimentos e experiências relacionados à Tecnologia do Trem de Alta Velocidade, a ser formalizada por meio de instrumentos nos quais serão explicitadas as condições de tal transferência, tanto em seus aspectos técnicos quanto jurídicos. 3.1.1. Abrangência:

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O Programa a ser apresentado pelo Proponente deverá considerar a transmissão de conhecimentos relacionados, especialmente, aos seguintes subsistemas:

a. infraestrutura (via permanente), b. energia (sistemas de eletrificação), c. comando e controle (sistemas de sinalização e telecomunicações), d. material rodante, e. operação, e f. manutenção.

3.1.2. A cessão dos direitos abrangidos por este Programa dar-se-á por meio dos seguintes instrumentos:

a) exploração de patentes depositadas ou concedidas pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial – consideradas o conjunto de informações e dados técnicos, tais como fórmulas, desenhos, modelos, programas, plantas e outros elementos análogos, destinados a utilização do processo e/ou fabricação do produto (podendo sublicenciar total ou parcialmente); e

b) fornecimento de know-how - o conjunto de informações e dados técnicos

da engenharia do processo ou do produto, tais como fórmulas, desenhos, modelos, programas, plantas e outros elementos análogos, que permitam a utilização do processo e/ou fabricação do produto, a serem registrados/averbados no INPI.

3.1.2.1. Os contratos de Licença de Exploração de Patente tem como requisito a indicação do número e título do pedido ou da patente, título da patente e as condições relacionadas à exclusividade ou não da licença e permissão para sublicenciar. A detentora da tecnologia, seja ela Acionista do Acionista Privado ou contratada por este, deverá permitir o sublicenciamento pela Empresa Estatal . 3.1.2.2. Os contratos de fornecimento de tecnologia (know-how) objetivam a aquisição de conhecimentos e de técnicas não amparados por direitos de propriedade industrial (patente), destinados à produção de bens industriais e serviços. Tem como requisito o detalhamento do objeto da contratação, devendo conter uma indicação precisa do produto. A partir da concretização da transferência de tecnologia, o cessionário do know-how poderá desenvolvê-lo e utilizá-lo da forma considerada mais adequada. 3.2. Assistência Técnica e Treinamento 3.2.1 Tem por objetivo a capacitação dos técnicos nacionais, estimando cronograma com prazo e metas definidos, suficientes à efetiva absorção da tecnologia. A assistência técnica e científica deve conter as condições de obtenção de técnicas, métodos de planejamento e programação, bem como pesquisas, estudos e projetos destinados à execução ou prestação de serviços especializados. Para tanto, devem ser consideradas as seguintes atividades:

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a) capacitação dos profissionais da empresa adquirente ou receptora na empresa fornecedora, compreendendo:

i. Cursos de formação técnica, quando for o caso; ii. Cursos práticos em instalações específicas; iii. Estágios técnicos em unidades industriais e/ou de projetos; e iv. Fornecimento de documentação técnica.

b) treinamento detalhando as atividades de cada uma das tecnologias do

sistema TAV e seus subsistemas, quando for o caso, relacionando: i. Planejamento; ii. Especificações; iii. Projeto básico; iv. Projeto detalhado v. Execução da fabricação e/ou sistema/programa de software vi. Controle de qualidade; vii. Normalização; e viii. Certificação.

c) visitas de profissionais da empresa fornecedora na empresa adquirente

ou receptora objetivando a certificação de que os processos seguem os padrões definidos pelo licenciador/fornecedor; e

d) metodologia para certificação/homologação do sistema TAV.

3.3. Com a implantação do Programa, o detentor da t ecnologia deverá,

ainda:

i. prestar informações acerca da sua infra-estrutura e

capacitação para prestar assistência técnica e treinamento;

ii. elaborar plano de visitas às unidades industriais para garantir

a absorção do conhecimento da utilização do processo e/ou

fabricação do produto e a absorção do conhecimento da

engenharia do processo ou do produto que permitam a

utilização do processo e/ou fabricação do produto;

iii. indicar o número mínimo de instrutores para participar do

programa, e a respectiva qualificação, por atividade de

treinamento;

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iv. indicar o número mínimo e máximo de técnicos da instituição

receptora para participar do programa, com a qualificação de

cada um, por atividade de treinamento;

v. demonstrar a capacidade para prestar assistência técnica na

manutenção do processo de fabricação do produto, após a

transferência da tecnologia; e

vi. prestar outras informações consideradas essenciais para a

transferência de tecnologia, solicitadas pela Empresa Pública

Federal.

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Apêndice E: Diretrizes para Monitoramento Permanent e dos Serviços Ferroviários.

[a ser incluído]

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Anexo 2 Minuta de Contrato de Concessão

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Anexo 3 Minuta dos Contratos de Transferência de Tecnologia (Licença para Exploração de Patente e Licença para Fornecimento d e Tecnologia)

Apêndice 1

MINUTA DO CONTRATO DE LICENÇA PARA EXPLORAÇÃO DE PA TENTE

PARTES

LICENCIADORA : [●]

Representantes da Licenciadora: [●]

LICENCIADA : [●]

Representantes da Licenciada: [●]

PREÂMBULO

Considerando os termos do Edital nº [●]/2010, da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, referente à Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade na Estrada de Ferro EF-222;

Considerando que a LICENCIADORA se dedica ao desenvolvimento, produção e venda de __________ e é proprietária de direitos de patente e possui toda a tecnologia e know-how, padrões de qualidade necessários para a fabricação dos produtos objeto deste contrato;

Considerando que a LICENCIADORA concordou em conceder uma licença das Patentes à licenciada, bem como o fornecimento de toda a tecnologia necessária à execução do objeto da patente segundo as condições e os termos estabelecidos neste contrato;

Considerando que a LICENCIADA tem interesse em fabricar os produtos objeto do contrato e se declara interessada pela concessão em seu favor de uma licença de exploração das Patentes;

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Considerando que, a fim de facilitar o uso da referida tecnologia e de ter essa tecnologia adaptada às necessidades específicas da LICENCIADA , bem como garantir, de acordo com as condições brasileiras, a adequação da tecnologia neste ato fornecida e a formação de pessoal técnico especializado, a LICENCIADA precisará utilizar os serviços e a assistência técnica da LICENCIADORA ;

Isso posto, as partes têm entre si justo e contratado o quanto segue:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DEFINIÇÕES

No presente contrato, a menos que indicado em contrário, os termos abaixo terão os seguintes significados:

1.1 “Data de Vigência” deve ter o significado exposto na CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA, item 1.

1.2. “Produtos” devem significar os produtos e serviços relacionados ao objeto do Edital nº [●]/2010, do Ministério dos Transportes, referente à Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade.

1.3. “Patentes” devem significar a(s) patente(s) ou pedido(s) de patente PI _______ intitulada _____________ concedida (depositada) em __ /__ /__ e válida até ___/__/__.

1.3. “Aperfeiçoamento” deve significar qualquer desenvolvimento, invenções, adições, modificações, aprimoramentos na tecnologia fornecida ou nos produtos e serviços objeto do contrato.

1.4. “Conhecimento e Informações Técnicas” deve significar todos os projetos de tecnologia, técnicas, informações, dados de engenharia e programas de computador, criados ou possuídos pela LICENCIADORA , necessários ou úteis para fabricação, aplicação e comercialização dos Produtos e serviços relacionados (conforme definição abaixo), inclusive, mas não somente:

i. fórmulas;

ii. desenhos;

iii. modelos;

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iv. programas;

v. plantas;

vi. especificações técnicas de matérias primas;

vii. controle e atualização de processo;

viii. especificações e métodos de controle de qualidade;

ix. especificações de produto;

x. metodologias de avaliação de produto;

xi. dados e testes

xii. instruções de segurança;

xiii. manuais de operação e manutenção;

xiv. controle de eficiência técnica.

CLÁUSULA SEGUNDA – OBJETO

O objeto deste contrato é licenciar a exploração da(s) patente(s) ou pedido(s) de patente PI ________________ intitulada _____________concedida (depositada) em __/__ /__ e válida até ___/___/___, de acordo com o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia proposto no âmbito do Edital nº [●]/2010, da Agência Nacional de Transportes Terrestres, referente à Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade, pela LICENCIADORA à LICENCIADA.

CLÁUSULA TERCEIRA – CESSÃO E TRANSFERIBILIDADE

3.1. Pode a LICENCIADA ceder os direitos deste contrato/sublicenciar, obrigando-se a incluir cláusula de sigilo no tratamento da informação, nos termos do estabelecido na Cláusula Oitava.

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3.2. A escolha da empresa sublicenciada será feita pela LICENCIADA, através de procedimento simplificado de seleção, mediante critérios por ela definidos.

CLÁUSULA QUARTA – CONHECIMENTOS E INFORMAÇÕES TÉCNI CAS

4.1. Em razão do objeto deste contrato, a LICENCIADORA deverá apresentar um Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia, sendo obrigada a fornecer à LICENCIADA, em língua portuguesa e inglesa, dentro das especificações, padrões e normas técnicas e ambientais aplicáveis, todos os dados técnicos de engenharia do processo e do produto, inclusive metodologia do desenvolvimento tecnológico usado para sua obtenção, dados esses representados pelo conjunto de informações técnicas, de documentos, de fórmulas, de desenhos, de modelos, de plantas, de programas, de instruções sobre operações e de outros elementos análogos, para permitir a fabricação dos produtos.

4.2. O Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia apresentado pela LICENCIADORA deverá estabelecer cronograma com prazo e metas definidos, suficientes à efetiva absorção da tecnologia, bem como estar de acordo com o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia apresentado em sede da licitação inaugurada pelo Edital nº [●]/2010 da ANTT.

CLÁUSULA QUINTA – APERFEIÇOAMENTOS

5.1. Todos os melhoramentos e aperfeiçoamentos introduzidos pela LICENCIADORA no produto ou processo objeto deste contrato, patenteados ou não, deverão ter sua tecnologia imediatamente licenciada ou fornecida à LICENCIADA.

5.2. A LICENCIADORA concorda que pertencerão à LICENCIADA os direitos sobre os aperfeiçoamentos ou melhoramentos por ela introduzidos no produto, comprometendo-se a LICENCIADA a dar ciência dos mesmos a LICENCIADORA.

CLÁUSULA SEXTA – ASSISTÊNCIA TÉCNICA E TREINAMENTO

6.1. A LICENCIADORA compromete-se, a partir da entrada em vigor e durante toda a vigência do presente contrato, a prestar toda a assistência técnica, visando a assistir e qualificar os técnicos da LICENCIADA para a absorção apropriada do conhecimento e informações técnicas necessários à fabricação dos produtos contratuais.

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6.2. No curso da assistência técnica a ser prestada nos termos deste contrato, a LICENCIADA receberá uma série de documentos da LICENCIADORA , como desenhos, especificações, padrões, relação de materiais, documentação técnica auxiliar apropriada e o know-how utilizado nos produtos contratuais.

6.3. A LICENCIADORA deve durante o termo deste acordo, e em atenção ao Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia e ao Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , fornecer assistência técnica para número de empregados ou consultores previamente estabelecido pela LICENCIADA.

6.4. Para a prestação de serviços de assistência técnica a LICENCIADORA destacará técnicos de seu próprio corpo de empregados que serão indicados de acordo com Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia e ao Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

6.5. A LICENCIADORA deverá se assegurar de que o pessoal que ingressará no País para executar os trabalhos previstos no contrato preencha os requisitos legais para a entrada e o exercício de suas funções no Brasil, nos termos deste contrato.

6.6. A LICENCIADORA deve durante o termo deste acordo, e em atenção ao Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia e ao Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , receber número de empregados ou consultores previamente estabelecido pela LICENCIADA em suas unidades industriais e fornecer treinamento técnico.

6.7. A LICENCIADORA e a LICENCIADA desenvolverão conjuntamente um Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento, visando à capacitação dos técnicos nacionais para o planejamento, controle, execução e supervisão técnica do objeto do Edital, fixando um cronograma com prazo e metas definidos, suficientes à efetiva absorção da tecnologia, nos termos do Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , contemplando as seguintes atividades:

6.7.1. Visitas de profissionais da LICENCIADORA na LICENCIADA, objetivando a certificação de que os processos seguem os padrões definidos pela LICENCIADORA.

6.7.2. Capacitação dos profissionais da LICENCIADA na LICENCIADORA , compreendendo:

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i. Cursos de formação técnica, quando for o caso;

ii. Cursos práticos em instalações específicas;

iii. Estágios técnicos em unidades industriais e/ou de projetos; e

iv. Fornecimento de documentação técnica.

6.7.3. Auditoria para homologação do sistema TAV realizada pela entidade governamental responsável.

6.8. O Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento deverá compreender todos os subsistemas do TAV, quando for o caso, relacionado as seguintes atividades:

i. Planejamento;

ii. Especificações;

iii. Projeto básico;

iv. Projeto detalhado

v. Execução da fabricação e/ou sistema/programa de software

vi. Controle de qualidade;

vii. Normalização; e

viii. Certificação.

6.9. A LICENCIADORA indicará um número mínimo de [●] ([●]) técnicos para participar do Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento , com a qualificação de cada um por atividade de treinamento, em atenção ao disposto no Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

6.10. A LICENCIADA deverá indicar um número mínimo de [●] ([●]) técnicos para participar do Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento , com a qualificação de cada um por atividade de treinamento, em atenção ao disposto no Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

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6.11. A LICENCIADA poderá trocar a sua equipe técnica, participante do Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento , desde que devidamente justificado.

6.12. A LICENCIADA poderá, a seu juízo, solicitar a troca da equipe técnica da LICENCIADORA, desde que devidamente justificado.

6.13. As partes arcarão com todas as despesas resultantes da participação, tais como locomoção, hospedagem e alimentação, de seus técnicos envolvidos no Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento .

6.14. A não ser em caso de culpa, devidamente comprovada, por parte da LICENCIADA, a LICENCIADORA assumirá as despesas e consequências de acidentes ou doenças que porventura venham a ocorrer com os técnicos da LICENCIADA.

6.15. Durante o período de treinamento nas unidades industriais da LICENCIADORA, os técnicos da LICENCIADA observarão as normas e regulamentos determinados para os empregados da LICENCIADORA .

CLÁUSULA SÉTIMA – GARANTIAS

7.1. A LICENCIADORA garante que a tecnologia fornecida à LICENCIADA é idêntica àquela por ela utilizada em sua linha de fabricação na data de entrada em vigor do presente contrato e que não está informada de quaisquer deficiências legais.

7.2. A LICENCIADORA garante a aptidão técnica dos conhecimentos técnicos e informações a serem transferidos pela LICENCIADORA se utilizados sob as especificações da LICENCIADORA .

7.3. A LICENCIADORA garante que não fará valer, a qualquer tempo, quaisquer direitos de propriedade industrial que possam estar relacionados com o conteúdo da tecnologia transferida, exceto quanto a futuras inovações ligadas à mesma tecnologia desde que regularmente protegidas no Brasil.

7.4. A LICENCIADORA garante que se responsabilizará frente a eventuais ações de terceiros, originadas de vícios, defeitos ou por infringência de direitos de terceiros.

7.5. A LICENCIADORA garante que usará seus melhores esforços para transferir a completa e necessária tecnologia para a LICENCIADA e que se empenhará

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para que a fabricação dos produtos contratuais atinja o nível de qualidade estipulado.

CLÁUSULA OITAVA – CONFIDENCIALIDADE DA TECNOLOGIA TRANSFERIDA

8.1. Todos os dados técnicos de engenharia do processo e do produto, inclusive metodologia do desenvolvimento tecnológico usado para sua obtenção, dados esses representados pelo conjunto de informações técnicas, de documentos, de fórmulas, de desenhos, de modelos, de plantas, de programas, de instruções sobre operações e de outros elementos análogos, fornecidas pela LICENCIADORA à LICENCIADA , deverão ser mantidos em segredo enquanto o presente contrato estiver em vigor, exceto quando a informação:

8.2. Excetua-se o disposto acima na hipótese consignada na Cláusula Terceira, referente à cessão dos direitos deste contrato.

8.3. Face ao disposto acima, a LICENCIADA compromete-se a tomar as precauções necessárias a fim de evitar qualquer divulgação dos documentos disponibilizados e do conhecimento transferido.

8.4. Todo o material técnico deverá ser somente de conhecimento do pessoal da LICENCIADA e dos eventuais sub-contratados, quando estritamente necessário para preparar, assegurar, controlar e aperfeiçoar a fabricação dos produtos.

8.5. A LICENCIADA compromete-se a, quando contratar com fornecedores ou sub-contratantes, incluir cláusulas proibindo a divulgação do material técnico fornecido para a execução do objeto deste contrato.

8.6. A obrigação confidencial presumida aqui não se aplica a:

i. Qualquer informação que já estiver em poder da parte que recebeu a informação confidencial na mesma época em que a dita informação foi revelada pela outra parte;

ii. Qualquer informação, a qualquer tempo, se tornar disponível ao público ou de domínio público;

iii. Qualquer informação que, depois de revelada pela LICENCIADORA à parte LICENCIADA, tenha sido, a qualquer tempo, legalmente obtida de

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outra pessoa que não a LICENCIADORA , terceiro esse que não está obrigado a manter confidencialidade para com a LICENCIADORA ;

iv. Informação que a LICENCIADA for obrigada a revelar por exigência da Lei.

CLÁUSULA NONA – REMUNERAÇÃO

A remuneração pela exploração da patente se dará nos termos do contrato de concessão, decorrente do Edital nº [●]/2010, da ANTT, referente à Concessão para Exploração de Serviços Públicos de Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade.

CLÁUSULA DÉCIMA – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR

10.1. As partes contratantes não responderão pelo não cumprimento das obrigações ou pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior. Na forma do Artigo 393 do Código Civil Brasileiro, caso em que qualquer das partes pode pleitear a rescisão contratual, sem prejuízo do pagamento de quaisquer parcelas pendentes, pela LICENCIADA .

10.2. O período de interrupção dos Serviços, decorrentes de eventos caracterizados como força maior ou caso fortuito, será acrescido ao prazo contratual.

10.3. Ocorrendo circunstâncias que justifiquem a invocação da existência de caso fortuito ou força maior, a parte impossibilitada de cumprir a sua obrigação deverá dar conhecimento à outra, por escrito e imediatamente, da ocorrência e suas consequências.

10.4. Tão logo seja possível, após o fim do evento de força maior, a parte envolvida notificará a outra parte, por escrito, informando que o evento de força maior chegou ao fim e que a dita parte retomará o cumprimento de suas obrigações, objeto deste Contrato.

10.5. Durante o período impeditivo definido no item 10.2, as partes suportarão independentemente suas respectivas perdas.

10.6. Se a razão impeditiva ou suas causas perdurarem por mais de 60 (sessenta) dias consecutivos, qualquer uma das partes poderá notificar à outra,

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por escrito, para o encerramento do presente Contrato, sob as condições idênticas às estipuladas no item 10.5 acima.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – VIGÊNCIA

11.1. O presente contrato entrará em vigor a partir da data de sua assinatura, produzindo efeitos depois de averbado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

11.2. Caberá à LICENCIADA tomar todas as providências necessárias visando à averbação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial e registro no Banco Central do Brasil, se necessário, e, uma vez averbado e registrado, encaminhar a LICENCIADORA cópia autenticada dos documentos.

11.3. O presente contrato terá sua duração contada da assinatura até [●] ([●]) anos após a averbação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial, observado o prazo de vencimento da patente licenciada.

11.4. Após a extinção da(s) patente(s) licenciada(s) a LICENCIADA poderá livremente utilizar a tecnologia objeto do contrato.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – INADIMPLEMENTO

12.1. As partes serão consideradas inadimplentes na ocorrência de qualquer das hipóteses abaixo:

i. Inobservância ou cumprimento irregular de quaisquer disposições contidas neste contrato;

ii. Paralisação ou atraso no cumprimento de qualquer obrigação relativa ao objeto deste contrato, sem a devida justificativa;

iii. Não atendimento das determinações regulares feitas de uma parte a outra, relativas à execução do contrato.

12.2. Caso uma das partes deixe de cumprir qualquer uma das obrigações que lhe cabe, a outra parte deverá notificá-la, por escrito, dando um prazo de [●] ([●]) dias para que o problema seja sanado, sob pena de rescisão contratual, cabendo à parte prejudicada indenização por perdas e danos.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – RESCISÃO

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13.1. As Partes poderão rescindir este contrato mediante comunicado por escrito nas seguintes circunstâncias:

i. Em situações de força maior que persistam por mais de 60 (sessenta) dias;

ii. No caso de a outra parte abrir falência ou insolvência, entrar em liquidação, receber ordem judicial, compor com credores ou negociar com liquidante, síndico da massa ou gerente, para o benefício de seus credores;

iii. No caso de a outra parte apresentar alteração societária, do objeto social ou de estrutura que prejudique a execução deste contrato;

iv. No caso de cisão, a fusão ou a incorporação de qualquer das Partes se tais operações importarem em modificações da qualidade técnica ou capacidade financeira das Partes;

v. No caso de qualquer uma das Partes não cumprir suas obrigações, objeto deste contrato, e deixar de iniciar a reparação das mesmas no prazo de [●] ([●]) dias depois de receber comunicado por escrito.

vi. Por razões de interesse público de alta relevância e amplo conhecimento, devidamente justificadas.

13.2. A LICENCIADA poderá rescindir este contrato nas seguintes circunstâncias:

i. No caso de a LICENCIADORA ceder, transferir ou subcontratar os SERVIÇOS, no todo ou em parte, sem a prévia autorização escrita da LICENCIADA.

ii. Suspensão dos SERVIÇOS por ordem de autoridade competente em resultado de violação de qualquer lei por parte da LICENCIADORA .

13.3. Caso este contrato seja rescindido com base em qualquer uma dos itens 13.1.iii, e 13.2, a parte culpada pagará à parte inocente uma multa igual a [●]% ([●] porcento) do preço total do contrato, sem prejuízo do pagamento de perdas e danos incorridos.

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13.4. Caso este contrato seja rescindido, independentemente de qualquer aviso judicial ou extrajudicial, a LICENCIADA tomará posse dos SERVIÇOS concluídos e dos que ainda não foram concluídos, por ocasião da rescisão deste contrato, desde que a prestação de tais SERVIÇOS tenha sido paga. A LICENCIADORA interromperá imediatamente os SERVIÇOS e assumirá a responsabilidade pelo pagamento de multas, danos e indenizações incorridas pela dita LICENCIADORA .

13.5. Caso este contrato, seja rescindido em razão de qualquer uma das circunstâncias mencionadas anteriormente, as partes verificarão todas as suas dívidas relacionadas uma com a outra e a parte que for achada devedora de qualquer quantia à outra parte pagará tal quantia no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da data da rescisão.

13.5.1. Caso este contrato seja rescindido em virtude de qualquer uma das cláusulas acima, a LICENCIADORA receberá as quantias relativas aos SERVIÇOS já concluídos e aos SERVIÇOS que estiverem em andamento, até a data de rescisão.

13.6. A LICENCIADORA não terá o direito de receber qualquer indenização por SERVIÇOS que ainda não foram prestados ou por SERVIÇOS que foram rejeitados. A LICENCIADA poderá reter qualquer quantia devida por SERVIÇOS prestados, mas que ainda não tenham sido pagos, a fim de quitar multas e despesas que deviam ter sido pagas pela LICENCIADORA. Se essas quantias não forem suficientes, a LICENCIADA poderá executar as garantias contratuais de que tem posse. Quaisquer quantias que excederem as dívidas da LICENCIADORA serão reembolsadas a LICENCIADORA .

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – ENDEREÇOS

14.1. As notificações previstas no presente contrato deverão ser endereçadas, registradas e com comprovante de recepção, aos seguintes endereços:

para a ______________________:

(LICENCIADORA )

para a ______________________:

(LICENCIADA)

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14.2. Qualquer alteração nos endereços acima deverá ser comunicada por escrito à outra parte.

14.3. A contagem dos prazos referentes às notificações se dará a partir da data da recepção das cartas e comunicações.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – REGISTRO E AVERBAÇÃO

15.1. A fim de fazer com que o presente contrato surta os necessários efeitos, a LICENCIADA tomará todas as medidas para averbação do mesmo junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.

15.2. Caberá à LICENCIADA o pagamento de todas as despesas decorrentes da averbação do presente contrato junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial e ao Banco Central do Brasil.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – ARBITRAGEM E LEI APLICÁVEL

16.1. Qualquer controvérsia, litígio ou conflito decorrente da interpretação, cumprimento ou execução do presente contrato serão definitivamente resolvidos por arbitragem, de conformidade com o Regulamento de Arbitragem da Corte de Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional - CCI, por um ou mais árbitros nomeados em conformidade com o mencionado Regulamento, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.

16.2. Aplica-se a legislação brasileira na interpretação e na execução do presente contrato.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – VIAS E IDIOMA DO CONTRATO

O presente contrato é redigido em 2 (duas) vias de igual teor e forma, na língua portuguesa.

Por estarem justos e contratados, assinam o presente.

Local e data:

Assinaturas:

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__________________________

LICENCIADA

________________________

LICENCIADORA

Testemunhas:

___________________________

Nome:

C.P.F.:

Profissão:

___________________________

Nome:

C.P.F.:

Profissão:

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Apêndice 2

MINUTA DO CONTRATO DE LICENÇA PARA FORNECIMENTO DE TECNOLOGIA

PARTES

CEDENTE: [●]

Representantes da Cedente: [●]

CESSIONÁRIA: [●]

Representantes da Cessionária: [●]

PREÂMBULO

Considerando os termos do Edital nº [●]/2010, da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT , referente à Concessão para Exploração dos Serviços Públicos de Transportes Ferroviário por Trem de Alta Velocidade na Estrada de Ferro EF-222;

Considerando que a CEDENTE se dedica ao desenvolvimento, produção e venda de __________ e possui toda a tecnologia e know-how, padrões de qualidade necessários para a fabricação dos produtos objeto deste contrato;

Considerando que a CEDENTE concordou em transferir à CESSIONÁRIA , segundo os termos e as condições estabelecidos neste contrato, a tecnologia atual da CEDENTE utilizada nos produtos objeto deste contrato;

Considerando que a CESSIONÁRIA tem interesse na constituição de sua própria especialidade em fabricar ou mandar fabricar os produtos e pretende obter da CEDENTE toda a tecnologia utilizada na fabricação dos produtos objeto deste contrato;

Considerando que, a fim de facilitar o uso da referida tecnologia e de ter essa tecnologia adaptada às necessidades específicas da CESSIONÁRIA , bem como garantir, de acordo com as condições brasileiras, a adequação da tecnologia neste ato fornecida, a CESSIONÁRIA precisará utilizar os serviços, o treinamento e a assistência técnica da CEDENTE;

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Isso posto, as partes têm entre si justo e contratado o quanto segue:

CLÁUSULA PRIMEIRA – DEFINIÇÕES

No presente contrato, a menos que indicado em contrário, os termos abaixo terão os seguintes significados:

1.2 “Data de Vigência” deve ter o significado exposto na CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA, item 1.

1.2. “Produtos” devem significar os produtos e serviços relacionados conforme os Termos do Edital nº [●]/2010, do Ministério dos Transportes, referente à Concessão para Construção, Fabricação e Operação do Trem de Alta Velocidade.

1.3. “Aperfeiçoamento” deve significar qualquer desenvolvimento, invenções, adições, modificações, aprimoramentos na tecnologia fornecida ou nos produtos e serviços objeto do contrato,

1.4. “Conhecimento e Informações Técnicas” deve significar todos os projetos de tecnologia, técnicas, informações, dados de engenharia e programas de computador, criados ou possuídos pela CEDENTE, necessários ou úteis para fabricação, aplicação e comercialização dos Produtos e serviços relacionados (conforme definição abaixo), inclusive, mas não somente:

xv. fórmulas;

xvi. desenhos;

xvii. modelos;

xviii. programas;

xix. plantas;

xx. especificações técnicas de matérias primas;

xxi. controle e atualização de processo;

xxii. especificações e métodos de controle de qualidade;

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xxiii. especificações de produto;

xxiv. metodologias de avaliação de produto;

xxv. dados e testes

xxvi. instruções de segurança;

xxvii. manuais de operação e manutenção;

xxviii. controle de eficiência técnica.

CLÁUSULA SEGUNDA – OBJETO

O objeto deste contrato é o fornecimento da tecnologia para a fabricação de _____________ de acordo com o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia proposto no âmbito do Edital nº [●]/2010, da ANTT, referente à Concessão para Exploração dos Serviços Públicos de Transportes Ferroviário por Trem de Alta Velocidade, pela CEDENTE à CESSIONÁRIA.

CLÁUSULA TERCEIRA – CESSÃO E TRANSFERIBILIDADE

3.1. Pode a CESSIONÁRIA ceder os direitos deste contrato, obrigando-se a incluir cláusula de sigilo no tratamento da informação, nos termos do estabelecido na Cláusula Oitava .

3.2. A escolha da empresa receptora da tecnologia será feita pela CESSIONÁRIA, através de procedimento simplificado de seleção, mediante critérios por ela definidos.

CLÁUSULA QUARTA – CONHECIMENTOS E INFORMAÇÕES TÉCNI CAS

4.1. Em razão do objeto deste contrato, a CEDENTE deverá apresentar um Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia, sendo obrigada a fornecer à CESSIONÁRIA, em língua portuguesa e inglesa, dentro das especificações, padrões e normas técnicas e ambientais aplicáveis, todos os dados técnicos de engenharia do processo e do produto, inclusive metodologia do desenvolvimento tecnológico usado para sua obtenção, dados esses representados pelo conjunto de informações técnicas, de documentos, de fórmulas, de desenhos, de modelos, de plantas, de programas, de instruções

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sobre operações e de outros elementos análogos, para permitir a fabricação dos produtos.

4.2. O Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia apresentado pela CEDENTE deverá estabelecer cronograma com prazo e metas definidos, suficientes à efetiva absorção da tecnologia, bem como estar de acordo com o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia apresentado em sede da licitação inaugurada pelo Edital nº [●]/2010, da ANTT.

CLÁUSULA QUINTA – APERFEIÇOAMENTOS

5.1. Todos os melhoramentos e aperfeiçoamentos introduzidos pela CEDENTE no produto ou processo objeto deste contrato, patenteados ou não, deverão ter sua tecnologia imediatamente licenciada ou fornecida à CESSIONÁRIA.

5.2. A CEDENTE concorda que pertencerão à CESSIONÁRIA os direitos sobre os aperfeiçoamentos ou melhoramentos por ela introduzidos no produto, comprometendo-se a CESSIONÁRIA a dar ciência dos mesmos à CEDENTE.

CLÁUSULA SEXTA – ASSISTÊNCIA TÉCNICA E TREINAMENTO

6.1. A CEDENTE compromete-se, a partir da entrada em vigor e durante toda a vigência do presente contrato, a prestar toda a assistência técnica, visando a assistir e qualificar os técnicos da CESSIONÁRIA para a absorção apropriada do conhecimento e informações técnicas necessários à fabricação dos produtos contratuais.

6.2. No curso da assistência técnica a ser prestada nos termos deste contrato, a CESSIONÁRIA receberá uma série de documentos da CEDENTE, como desenhos, especificações, padrões, relação de materiais, documentação técnica auxiliar apropriada e o know-how utilizado nos produtos contratuais.

6.3. A CEDENTE deve durante o termo deste acordo, e em atenção ao Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia e ao Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , fornecer assistência técnica para número de empregados ou consultores previamente estabelecido pelaa CESSIONÁRIA.

6.4. Para a prestação de serviços de assistência técnica a CEDENTE destacará técnicos de seu próprio corpo de empregados que serão indicados de acordo com o Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia e o Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

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6.5. A CEDENTE deverá se assegurar de que o pessoal que ingressará no País para executar os trabalhos previstos no contrato preencha os requisitos legais para a entrada e o exercício de suas funções no Brasil, nos termos deste contrato.

6.6. A CEDENTE deve durante o termo deste acordo, e em atenção ao Roteiro de Transferência e Absorção de Tecnologia e ao Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , receber número razoável de empregados ou consultores previamente estabelecido pela CESSIONÁRIA em suas unidades industriais e fornecer treinamento técnico.

6.7. A CEDENTE e a CESSIONÁRIA desenvolverão conjuntamente um Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento, visando à capacitação dos técnicos nacionais para o planejamento, controle, execução e supervisão técnica do objeto do Edital, fixando um cronograma com prazo e metas definidos, suficientes à efetiva absorção da tecnologia, nos termos do Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia , contemplando as seguintes atividades:

6.7.1. Visitas de profissionais da CEDENTE na CESSIONÁRIA, objetivando a certificação de que os processos seguem os padrões definidos pela CEDENTE.

6.7.2. Capacitação dos profissionais da CESSIONÁRIA na CEDENTE, compreendendo:

v. Cursos de formação técnica, quando for o caso;

vi. Cursos práticos em instalações específicas;

vii. Estágios técnicos em unidades industriais e/ou de projetos; e

viii. Fornecimento de documentação técnica.

6.7.3. Auditoria para homologação do sistema TAV realizada pela entidade governamental responsável.

6.8. O Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento deverá compreender todos os subsistemas do TAV, quando for o caso, relacionado as seguintes atividades:

ix. Planejamento;

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x. Especificações;

xi. Projeto básico;

xii. Projeto detalhado

xiii. Execução da fabricação e/ou sistema/programa de software

xiv. Controle de qualidade;

xv. Normalização; e

xvi. Certificação.

6.9. A CEDENTE indicará um número mínimo de [●] ([●]) técnicos para participar do Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento , com a qualificação de cada um por atividade de treinamento, em atenção ao disposto no Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

6.10. A CESSIONÁRIA deverá indicar um número mínimo de [●] ([●]) técnicos para participar do Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento , com a qualificação de cada um por atividade de treinamento, em atenção ao disposto no Programa de Transferência e Absorção de Tecnologia .

6.11. A CESSIONÁRIA poderá trocar a sua equipe técnica, participante do Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento , desde que devidamente justificado.

6.12. A CESSIONÁRIA poderá, a seu juízo, solicitar a troca da equipe técnica da CEDENTE, desde que devidamente justificado.

6.13. As partes arcarão com todas as despesas resultantes da participação, tais como locomoção, hospedagem e alimentação, de seus técnicos envolvidos no Roteiro de Assistência Técnica e Treinamento .

6.14. A não ser em caso de culpa, devidamente comprovada, por parte da CESSIONÁRIA, a CEDENTE assumirá as despesas e consequências de acidentes ou doenças que porventura venham a ocorrer com os técnicos da CESSIONÁRIA.

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6.15. Durante o período de treinamento nas unidades industriais da CEDENTE, os técnicos da CESSIONÁRIA observarão as normas e regulamentos determinados para os empregados da CEDENTE.

CLÁUSULA SÉTIMA – GARANTIAS

7.1. A CEDENTE garante que a tecnologia fornecida à CESSIONÁRIA é idêntica àquela por ela utilizada em sua linha de fabricação na data de entrada em vigor do presente contrato e que não está informada de quaisquer deficiências legais.

7.2. A CEDENTE garante a aptidão técnica dos conhecimentos técnicos e informações a serem transferidos pela CEDENTE se utilizados sob as especificações da CEDENTE.

7.3. A CEDENTE garante que não fará valer, a qualquer tempo, quaisquer direitos de propriedade industrial que possam estar relacionados com o conteúdo da tecnologia transferida, exceto quanto a futuras inovações ligadas à mesma tecnologia desde que regularmente protegidas no Brasil.

7.4. A CEDENTE garante que se responsabilizará frente a eventuais ações de terceiros, originadas de vícios, defeitos ou por infringência de direitos de terceiros.

7.5. A CEDENTE garante que usará seus melhores esforços para transferir a completa e necessária tecnologia para a CESSIONÁRIA e que se empenhará para que a fabricação dos produtos contratuais atinja o nível de qualidade estipulado.

CLÁUSULA OITAVA – CONFIDENCIALIDADE DA TECNOLOGIA TRANSFERIDA

8.1. Todos os dados técnicos de engenharia do processo e do produto, inclusive metodologia do desenvolvimento tecnológico usado para sua obtenção, dados esses representados pelo conjunto de informações técnicas, de documentos, de fórmulas, de desenhos, de modelos, de plantas, de programas, de instruções sobre operações e de outros elementos análogos, fornecidos pela CEDENTE à CESSIONÁRIA, deverão ser mantidos em segredo enquanto o presente contrato estiver em vigor.

8.2. Excetua-se o disposto acima na hipótese consignada na Cláusula Terceira, referente à cessão dos direitos deste contrato.

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8.3. Face ao disposto acima a CESSIONÁRIA compromete-se a tomar as precauções necessárias a fim de evitar qualquer divulgação dos documentos disponibilizados e do conhecimento transferido.

8.4. Todo o material técnico deverá ser somente de conhecimento do pessoal da CESSIONÁRIA e dos eventuais sub-contratados, quando estritamente necessário para preparar, assegurar, controlar e aperfeiçoar a fabricação dos produtos.

8.5. A CESSIONÁRIA compromete-se a, quando contratar com fornecedores ou sub-contratantes, incluir cláusula de confidencialidade do material técnico fornecido para a execução do objeto deste contrato.

8.6. A obrigação confidencial presumida aqui não se aplica a:

i. Qualquer informação que já estiver em poder da parte que recebeu a informação confidencial na mesma época em que a dita informação foi revelada pela outra parte;

ii. Qualquer informação, a qualquer tempo, se tornar disponível ao público ou de domínio público;

iii. Qualquer informação que, depois de revelada pela CEDENTE à parte CESSIONÁRIA, tenha sido, a qualquer tempo, legalmente obtida de outra pessoa que não a CEDENTE, terceiro esse que não está obrigado a manter confidencialidade para com a CEDENTE;

iv. Informação que a CESSIONÁRIA for obrigada a revelar por exigência da Lei.

CLÁUSULA NONA – REMUNERAÇÃO

A remuneração pela transferência de tecnologia se dará nos termos do contrato de concessão, decorrente do Edital nº [●]/2010, da ANTT, referente à Concessão para Exploração dos Serviços Públicos de Transportes Ferroviário por Trem de Alta Velocidade.

CLÁUSULA DÉCIMA – CASO FORTUITO E FORÇA MAIOR

10.1. As partes contratantes não responderão pelo não cumprimento das obrigações ou pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior. Na

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forma do Artigo 393 do Código Civil Brasileiro, qualquer das partes pode pleitear a rescisão contratual, sem prejuízo do pagamento de quaisquer parcelas pendentes, pela CESSIONÁRIA .

10.2. O período de interrupção dos Serviços, decorrentes de eventos caracterizados como força maior ou caso fortuito, será acrescido ao prazo contratual.

10.3. Ocorrendo circunstâncias que justifiquem a invocação da existência de caso fortuito ou força maior, a parte impossibilitada de cumprir a sua obrigação deverá dar conhecimento à outra, por escrito e imediatamente, da ocorrência e suas consequências.

10.4. Tão logo seja possível, após o fim do evento de força maior, a parte envolvida notificará a outra parte, por escrito, informando que o evento de força maior chegou ao fim e que a dita parte retomará o cumprimento de suas obrigações, objeto deste contrato.

10.5. Durante o período impeditivo definido no item 10.2, as partes suportarão independentemente suas respectivas perdas.

10.6. Se a razão impeditiva ou suas causas perdurarem por mais de 60 (sessenta) dias consecutivos, qualquer uma das partes poderá notificar à outra, por escrito, para o encerramento do presente Contrato, sob as condições idênticas às estipuladas no item 10.5 acima.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – VIGÊNCIA

11.1. O presente contrato entrará em vigor a partir da data de sua assinatura, produzindo efeitos depois de averbado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

11.2. Caberá à CESSIONÁRIA tomar todas as providências necessárias visando à averbação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial e registro no Banco Central do Brasil, se necessário, e, uma vez averbado e registrado, encaminhar a CEDENTE cópia autenticada dos documentos.

11.3. O presente contrato terá sua duração contada da assinatura até [●] ([●]) anos após a averbação pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

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11.4. Após o prazo de vigência do contrato a CESSIONÁRIA poderá livremente utilizar a tecnologia adquirida.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – INADIMPLEMENTO

12.1. As partes serão consideradas inadimplentes na ocorrência de qualquer das hipóteses abaixo:

i. Inobservância ou cumprimento irregular de quaisquer disposições contidas neste contrato;

ii. Paralisação ou atraso no cumprimento de qualquer obrigação relativa ao objeto deste contrato, sem a devida justificativa;

iii. Não atendimento das determinações regulares feitas de uma parte a outra, relativas à execução do contrato.

12.2. Caso uma das partes deixe de cumprir qualquer uma das obrigações que lhe cabe, a outra parte deverá notificá-la, por escrito, dando um prazo de [●] ([●]) dias para que o problema seja sanado, sob pena de rescisão contratual, cabendo à parte prejudicada indenização por perdas e danos.

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – RESCISÃO

13.1. As Partes poderão rescindir este contrato mediante comunicado por escrito nas seguintes circunstâncias:

vii. Em situações de força maior que persistam por mais de 60 (sessenta) dias;

viii. No caso de a outra parte abrir falência ou insolvência, entrar em liquidação, receber ordem judicial, compor com credores ou negociar com liquidante, síndico da massa ou gerente, para o benefício de seus credores;

ix. No caso de a outra parte apresentar alteração societária, do objeto social ou de estrutura que prejudique a execução deste contrato;

x. No caso de cisão, fusão ou incorporação de qualquer das Partes se tais operações importarem em modificações da qualidade técnica ou capacidade financeira das Partes;

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xi. No caso de qualquer uma das Partes não cumprir suas obrigações, objeto deste contrato, e deixar de iniciar a reparação das mesmas no prazo de [●] ([●]) dias depois de receber comunicado por escrito;

xii. Por razões de interesse público de alta relevância e amplo conhecimento, devidamente justificadas.

13.2. A CESSIONÁRIA poderá rescindir este contrato nas seguintes circunstâncias:

iii. No caso de a CEDENTE ceder, transferir ou subcontratar os SERVIÇOS, no todo ou em parte, sem a prévia autorização escrita da CESSIONÁRIA.

iv. Suspensão dos SERVIÇOS por ordem de autoridade competente em resultado de violação de qualquer lei por parte da CEDENTE.

13.3. Caso este contrato seja rescindido a parte culpada pagará à parte inocente uma multa igual a [●]% ([●] porcento) do preço total do contrato, sem prejuízo do pagamento de perdas e danos incorridos.

13.4. Caso este contrato seja rescindido, independentemente de qualquer aviso judicial ou extrajudicial, a CESSIONÁRIA tomará posse dos SERVIÇOS concluídos e dos que ainda não foram concluídos, por ocasião da rescisão deste contrato, desde que a prestação de tais SERVIÇOS tenha sido paga. A CEDENTE interromperá imediatamente os SERVIÇOS e assumirá a responsabilidade pelo pagamento de multas, danos e indenizações incorridas pela dita CEDENTE.

13.5. Caso este contrato, seja rescindido em razão de qualquer uma das circunstâncias mencionadas anteriormente, as partes verificarão todas as suas dívidas relacionadas uma com a outra e a parte que for achada devedora de qualquer quantia à outra parte pagará tal quantia no prazo de 30 (trinta) dias contados a partir da data da rescisão.

13.5.1. Caso este contrato seja rescindido em virtude de qualquer uma das cláusulas acima, a CEDENTE receberá as quantias relativas aos SERVIÇOS já concluídos e aos SERVIÇOS que estiverem em andamento, até a data de rescisão.

13.6. A CEDENTE não terá o direito de receber qualquer indenização por SERVIÇOS que ainda não foram prestados ou por SERVIÇOS que foram

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rejeitados. A CESSIONÁRIA poderá reter qualquer quantia devida por SERVIÇOS prestados, mas que ainda não tenham sido pagos, a fim de quitar multas e despesas que deviam ter sido pagas pela CEDENTE. Se essas quantias não forem suficientes, a CESSIONÁRIA poderá executar as garantias contratuais de que tem posse. Quaisquer quantias que excederem as dívidas da CEDENTE serão reembolsadas à CEDENTE.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA – ENDEREÇOS

14.1. As notificações previstas no presente contrato deverão ser endereçadas, registradas e com comprovante de recepção, aos seguintes endereços:

para a ______________________:

(CEDENTE )

para a ______________________:

(CESSIONÁRIA )

14.2. Qualquer alteração nos endereços acima deverá ser comunicada por escrito à outra parte.

14.3. A contagem dos prazos referentes às notificações se dará a partir da data da recepção das cartas e comunicações.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA– REGISTRO E AVERBAÇÃO

15.1. A fim de fazer com que o presente Contrato surta os necessários efeitos, a CESSIONÁRIA tomará todas as medidas para averbação do mesmo junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI.

15.2. Caberá à CESSIONÁRIA o pagamento de todas as despesas decorrentes da averbação do presente contrato junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial e ao Banco Central do Brasil.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – ARBITRAGEM E LEI APLICÁVEL

16.1. Qualquer controvérsia, litígio ou conflito decorrente da interpretação, cumprimento ou execução do presente contrato serão definitivamente resolvidos por arbitragem, de conformidade com o Regulamento de Arbitragem da Corte de

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Arbitragem da Câmara de Comércio Internacional – CCI, por um ou mais árbitros nomeados em conformidade com o mencionado Regulamento, nos termos da Lei nº 9.307, de 23 de setembro de 1996.

16.2. Aplica-se a legislação brasileira na interpretação e na execução do presente contrato.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – VIAS E IDIOMA DO CONTRATO

O presente contrato é redigido em 2 (duas) vias de igual teor e forma, na língua portuguesa.

Por estarem justos e contratados, assinam o presente.

Local e data:

Assinaturas:

__________________________

CESSIONÁRIA

________________________

CEDENTE

Testemunhas:

___________________________

Nome:

C.P.F:

Profissão:

___________________________

Nome:

C.P.F.:

Profissão:

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Anexo 4 Termo de Referência do Plano de Negócios

1. Introdução

1.1 Este Termo de Referência tem por objetivo orientar as Proponentes na

elaboração de seus Planos de Negócios, conforme definido no Edital, de modo a

padronizar a sua elaboração e apresentação quanto a:

a) Avaliação da consistência do plano econômico-financeiro, de forma a permitir

que se proceda à análise de coerência entre as diferentes previsões feitas quanto

aos: (i) custos socioambientais, de investimentos e operacionais; (ii) demanda;

(iii) receita, incluindo extraordinárias, das estações próprias e aplicações

financeiras; e (iv) financiamentos necessários, enfatizando-se o Financiamento

Público .

b) Verificação da razoabilidade das estimativas realizadas pela Proponente ,

principalmente sobre os seguintes aspectos:

• Custos socioambientais;

• Custos de investimento e operacionais;

• Projeções de demanda;

• Tarifas do Serviço Expresso e Serviço Regional, diferenciando-as em função do

horário de viagem, e entre as classes econômica e executiva;

• Participação do Financiamento Público nos investimentos;

• Subscrições e integralizações a serem realizadas pelo Proponente no capital

social da SPE;

• Política de Dividendos;

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• Depreciação de todos os investimentos realizados desde a Data de Assunção,

em conformidade com a legislação aplicável.

c) Análise de sensibilidade do plano econômico-financeiro.

1.2 No caso de mudança do Traçado Referencial, o Proponente terá que

demonstrar os custos adicionais socioambientais e de investimentos em

infraestrutura.

1.3 O Plano de Negócios será rejeitado no caso de:

a) ser incompatível com a Proposta Econômica ;

b) deixar de apresentar ou não preencher corretamente quaisquer das

informações exigidas nos quadros constantes deste Anexo;

c) apresentar, nos quadros constantes deste Anexo, cronograma de obras e

serviços em desacordo com o Contrato de Concessão , PEF e Termo de

Referência de Metodologia de Execução ;

d) considerar valores de Tarifa superiores à Tarifa-Teto máxima prevista

neste Edital e na Minuta do Contrato ;

e) não apresentar as estimativas de gastos com seguros e garantias exigidos

neste Edital; ou

f) considerar prazo de conclusão ou implantação das obras ou serviços

obrigatórios em prazo superior ao previsto na Minuta do Contrato .

1.4. Na elaboração do Plano de Negócios a Proponente não deve considerar

qualquer expectativa de inflação e de variação cambial.

1.5. A Proponente deve considerar, por ocasião da elaboração do Plano de

Negócios , o regime fiscal vigente no País, incluindo a sua inserção no Regime

Especial de Incentivos para o Desenvolvimento da Infra-Estrutura – REIDI e a

isenção de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS,

Programa de Integração Social – PIS e Contribuição para o Financiamento da

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Seguridade Social – COFINS incidentes no faturamento. Não deverá considerar

quaisquer outros benefícios fiscais, sejam eles federais, estaduais ou municipais.

1.6. A Proponente deverá expressar todos os valores em reais (R$), em moeda

constante, referidos a dezembro de 2008, conforme definido no Edital.

1.7. Para elaboração do Plano de Negócios deverão ser considerados os

prazos:

a) para a construção do TAV Rio de Janeiro – Campinas é de 5 (cinco) anos

contados a partir da entrega do Primeiro Trecho desapropriado pelo Poder

Concedente ;

b) para a operação, manutenção e conservação do TAV Rio de Janeiro –

Campinas é de 40 (quarenta) anos contados a partir da data da expedição da

Licença de Instalação.

1.8. Na elaboração do Plano de Negócios a Proponente deve considerar, além

dos encargos previstos neste Edital :

a) os ônus decorrentes da efetivação da garantia de execução contratual; e

b) os ônus decorrentes da contratação dos seguros exigidos neste Edital e

Minuta de Contrato .

1.9. A Proponente também deve considerar em sua Proposta a destinação de

valor anual no montante de R$ 15.000.000,00 (quinze milhões de reais) a título

de Verba de Fiscalização , para cobrir as despesas da ANTT com a Fiscalização

da Concessão.

1.10. Seguros Obrigatórios e Garantias Exigidas

1.10.1. Seguros

1.10.1.1. A Concessionária manterá em vigor, no mínimo, os seguintes seguros:

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a) Seguro de riscos de engenharia: cobertura de todos os riscos decorrentes das

obras a serem realizadas pela Concessionária para implementação do TAV Rio

de Janeiro - Campinas;

b) Seguro de danos materiais: cobertura de perda ou dano decorrente de riscos

de engenharia, riscos operacionais e relativos às máquinas e equipamentos da

Concessão; e

c) Seguro de responsabilidade civil: cobertura de responsabilidade civil, cobrindo

a Concessionária e o Poder Concedente, bem como seus administradores,

empregados, funcionários, prepostos ou delegados, pelos montantes com que

possam ser responsabilizados a título de danos materiais, pessoais e morais,

custas processuais e quaisquer outros encargos relacionados a danos materiais,

pessoais ou morais, decorrentes das atividades abrangidas pela Concessão,

inclusive, mas não se limitando, a danos involuntários pessoais, mortes, danos

materiais causados a terceiros e seus veículos, incluindo o Poder Concedente.

1.10.1.2. Os montantes cobertos pelos seguros de riscos de engenharia de danos

materiais e pelos seguros de responsabilidade civil, incluídos os danos morais

abrangidos, deverão atender aos limites máximos de indenização calculados com

base no maior dano provável.

1.10.2. Garantias

1.10.2.1. As Proponentes deverão apresentar, juntamente com os Documentos

de Qualificação Técnica, a Proposta Econômica, os Documentos de Qualificação,

o Plano de Negócios e a Metodologia de Execução , na Data para

Recebimento dos Envelopes, na BM&FBOVESPA, situada na Rua XV de

Novembro, nº 275, por representante das Corretoras Credenciadas, munido dos

documentos que comprovem seus poderes de representação, Garantia da

Proposta no montante mínimo de R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta e

milhões de reais), podendo esta ser prestada em dinheiro, títulos da dívida

pública, seguro-garantia ou fiança-bancária.

1.10.2.2. Garantia de Execução do Contrato : A contar da celebração do

Contrato, a Concessionária deverá manter, em favor da ANTT, como garantia do

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fiel cumprimento das obrigações contratuais, garantia nos montantes indicados

na tabela abaixo (“Garantia de Execução do Contrato”):

Etapa do Contrato Valor

Da data de assinatura do Contrato até

a conclusão do Período de Testes

R$ 1.000.000.000,00 (um bilhão de

reais)

Do início das Operações Comerciais

até o fim do prazo para

a operação, manutenção e

conservação do TAV Rio de Janeiro –

Campinas

R$ 50.000.000,00 (cinqüenta milhões

de reais)

1.11 Financiamento Público

1.11. 1 No caso da Proponente utilizar o Financiamento Público deverá atentar às exigências e condições constantes do Anexo 5 - Termos e condições básicos do Financiamento Público

1.11.2. Além das condições previstas no anexo acima mencionado, cabe

obedecer as seguintes disposições:

a) A proponente deverá apresentar, no PLANO DE NEGÓCIOS, o ICSD, considerando todos os financiamentos previstos, o qual deverá ser igual ou superior a 1,2 do início das operações comerciais até a completa amortização do Financiamento Público.

b) A proponente deverá obedecer, no PLANO DE NEGÓCIOS, durante toda a vigência do Financiamento Público, índice de capitalização (Patrimônio Líquido/Ativo Total) igual ou superior a 20%.

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c) No PLANO DE NEGÓCIOS, a amortização do Financiamento Público deverá obedecer ao Sistema PRICE.

d) No PLANO DE NEGÓCIOS, o Financiamento Público deverá respeitar o prazo máximo de 30 anos contados a partir da data de celebração do Contrato de Financiamento Público. Se for estabelecida condição suspensiva de eficácia do Financiamento Público, a contagem destes prazos se iniciará a partir da data da sua declaração de eficácia.

e) No PLANO DE NEGÓCIOS, o Financiamento Público deverá respeitar o prazo máximo de carência de 12 anos.

f) No PLANO DE NEGÓCIOS, o Financiamento Público deverá respeitar a condição de que no mínimo 35% do crédito deverá ter prazo máximo de carência de 6 anos.

g) O PLANO DE NEGÓCIOS deverá atender às demais condições previstas no ANEXO 25 – Termos e Condições Básicas do Financiamento Público do Edital de Concessão Nº XX/2009.

2. Plano de Negócios

2.1. O Plano de Negócios deverá ser apresentado pela Proponente no mesmo

envelope em que será apresentada sua Metodologia De Execução em 1 (um)

volume lacrado, distinto e identificado em sua capa, da seguinte forma:

VOLUME 5 – PLANO DE NEGÓCIOS E METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

EDITAL DE CONCESSÃO N° [ ●]/2009 – CONCESSÃO PARA EXPLORAÇÃO

DE SERVIÇOS FERROVIÁRIOS DE TRENS DE ALTA VELOCIDADE NA

ESTRADA DE FERRO EF-222 (RIO DE JANEIRO - CAMPINAS)

DENOMINAÇÃO SOCIAL DA PROPONENTE OU DENOMINAÇÃO DO

CONSÓRCIO, INDICANDO SEUS INTEGRANTES E SEU LÍDER

DENOMINAÇÃO DA CORRETORA CREDENCIADA, ASSIM COMO O NOME,

TELEFONE E ENDEREÇO ELETRÔNICO (E-MAIL) DE SEU INTEGRANTE

RESPONSÁVEL PELO LEILÃO NOME, TELEFONE E ENDEREÇO

ELETRÔNICO (E-MAIL) DO(S) REPRESENTANTE(S) CREDENCIADO(S)

VOLUME 5 – PLANO DE NEGÓCIOS E METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

2.2. Considerações Iniciais do Plano de Negócios

2.2.1. Na elaboração e apresentação do Plano de Negócios a Proponente

deverá observar a seguinte estrutura:

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I. SUMÁRIO

II. APRESENTAÇÃO

III. PREMISSAS BÁSICAS DO PLANO DE NEGÓCIOS

IV. PLANO ECONÔMICO-FINANCEIRO, incluindo:

a) Demanda de passageiros por trecho;

b) Tarifas do Serviço Expresso e Serviço Regional, por trecho, diferenciando-as

em função do horário de viagem, e entre as classes econômica e executiva,

quando couber;

c) Receitas;

d) Tributos;

e) Cronograma do PEF;

f) Cronograma Auxiliar;

g) Cronograma Físico e Financeiro indicando os custos adicionais -

socioambientais e de Investimento - decorrentes da Mudança de traçado

Referencial;

h) Investimentos;

i) Depreciação;

j) Custos Operacionais;

k) Custos socioambientais;

l) Demonstrações Financeiras, incluindo o Demonstrativo de Resultado, Fluxo de

Caixa do Empreendimento e do Acionista,

m) Financiamentos;

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n) Informações Complementares

2.3. Instruções para a Apresentação do Plano de Neg ócios

2.3.1. Os quadros que compõem o Plano de Negócios deverão obedecer ao

padrão estabelecido neste anexo, sendo as vias impressas cópias fiéis dos

contidos nos CD-ROM a serem apresentados conforme aqui solicitado.

2.3.2. O preenchimento dos quadros deverá adotar a forma de um sistema de

planilhas (em língua portuguesa) com cálculos elaborados por fórmulas e

vínculos que devem estar aparentes e disponíveis para o processo de análise da

Comissão. Toda informação decorrente de vínculo deverá obedecer às instruções

deste Anexo e apresentar a sua origem nestes mesmos CD-ROM.

2.3.3. Os arquivos gravados nos CD-ROM deverão estar disponíveis para leitura

sem uso de qualquer meio de proteção por senha ou chave de acesso, macros e

poderão estar compactados, desde que seja entregue também o “Software”

utilitário empregado na compactação.

2.3.4. Todas as demonstrações financeiras – balanço patrimonial, demonstrações

de resultado, fluxos de caixa e demais demonstrativos – devem apresentar, em

todos os seus aspectos, coerência e estar de acordo com as normas contábeis

vigentes no Brasil, na data da elaboração da proposta.

2.4. Deverá ser observada a seguinte estrutura:

2.4.1 Sumário

2.4.1.1 Cada capítulo, seção ou subseção deverá ser identificado com os

números das páginas de início e, se for o caso, o volume e o tomo onde se

encontram.

2.4.2 Apresentação

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2.4.2.1. A apresentação deverá conter a denominação da Proponente , o objeto

da concessão, o número do Edital e uma sucinta descrição da estrutura do Plano

de Negócios .

2.4.3 Premissas Básicas do Plano de Negócios

2.4.3.1. Neste item a Proponente deverá apresentar de forma sucinta as

premissas adotadas para a apuração da demanda, investimentos, depreciação,

custos socioambientais, custos operacionais, seguros, garantia de execução

contratual e financiamentos, apresentados em detalhe todos os procedimentos e

justificativas pertinentes.

2.4.3.2. O disposto no Plano de Negócios observará as informações constantes

do Anexo 8 da Minuta de Contrato de Concessão, que contém o Cronograma de

Contribuição de Capital da Concessionária, no qual estará previsto como se dará

a subscrição e integralização de ações da Concessionária pelo Proponente .

2.4.4. Instruções para Preenchimento do Plano de Ne gócios

2.4.4.1. Este manual apresenta instruções para preenchimento das planilhas em

Excel para elaboração da proposta.

2.4.4.2 É necessário que cada Proponente obtenha na Internet ou retire na sede

da ANTT cópia em meio eletrônico das planilhas.

2.4.4.3 Todas as aproximações de casas decimais serão feitas PELA PLANILHA

ELETRÔNICA.

2.4.4.4 A planilha não deverá estar protegida.

2.4.4.5 Os valores constantes nos Quadros 3, 4, 5, 5A, 6, 6A, 7, 8 e 9 deverão

ser apresentados em Reais mil.

2.5 Quadros do Plano de Negócios

2.5.1. Quadro 1 - Demanda

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2.8.1.1. No Quadro 1 deverão constar as informações referentes à estimativa da

quantidade anual de passageiros nas ligações consideradas na proposta .

2.5.2. Quadro 2 - Tarifas

a) No Quadro 2 deverão constar as informações referentes à Tarifa em cada uma

das ligações consideradas, diferenciadas em classe econômica e executiva,

quando couber.

b) Também deverão ser preenchidas as informações referentes à Tarifa por

quilômetro em cada uma das ligações consideradas, considerando duas casas

decimais.

2.5.3. Quadro 3 - Receita

a) No Quadro 3 constam as informações referentes à estimativa de Receita a

serem auferidas pela Proponente , de acordo com as informações fornecidas nos

Quadros 1 e 2, além das previsões de receitas extraordinárias decorrentes de

aproveitamento comercial das estações e transporte de encomendas leves,

quando houver.

b) Os dados deverão ser apresentados em Reais mil .

2.5.4 Quadro 4 – Cronograma de Execução Financeira

a) No Quadro 4 as informações referentes ao Cronograma de Execução

Financeira devem ser detalhadamente apresentadas. Estas informações servirão

de base para o preenchimento do Quadro 5 – Investimentos, Quadro 6 -

Depreciação e do Quadro 7 – Custos Operacionais.

b) No preenchimento do quadro a coluna “Item” deverá corresponder aos itens

mencionados no Quadro 5 – Investimentos, a coluna “Descrição” deverá fornecer

breve caracterização do investimento e a coluna “Trecho” o intervalo do

quilômetro em questão.

c) O cronograma deverá ser apresentado em Reais mil, por trimestre e os anos

deverão corresponder ao somatório dos respectivos trimestres.

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d) O valor dos investimentos previstos no Cronograma de Execução Financeiro

do PEF deverá ser apresentado considerando o desconto proveniente dos

benefícios fiscais do REIDI .

2.5.5 Quadro 4A – Cronograma de Execução Física

O cronograma deverá ser apresentado em percentual de execução física, por

trimestre e os anos deverão corresponder ao somatório dos respectivos

trimestres.

2.5.6. Quadro 5 – Investimentos

a) No Quadro 5 constam as informações referentes aos investimentos, a serem

realizados pela Proponente , durante todo o período de implantação do projeto.

Esse quadro deve, obrigatoriamente, estar vinculado aos valores de Investimento

do Quadro 4 - Execução Físico-Financeira.

b) O cronograma deverá ser apresentado em Reais mil, por trimestre e os anos

deverão corresponder ao somatório dos respectivos trimestres.

2.5.7. Quadro 5A – Reinvestimentos

a) No Quadro 5 constam as informações referentes aos reinvestimentos e outros

investimentos a serem realizados pela Proponente , a partir do início da

operação.

b) Os dados são apresentados em Reais mil, por trimestre e os anos deverão

corresponder ao somatório dos respectivos trimestres.

2.5.8. Quadro 6 - Depreciação

a) No Quadro 6 a Proponente deverá elaborar os cálculos referentes à

depreciação dos investimentos do TAV. Esse quadro deve, obrigatoriamente,

estar vinculado aos valores de Investimento do Quadro 5 - Investimentos. Os

valores referentes à depreciação são apresentados em Reais mil, calculados ao

longo do tempo de vida útil dos investimentos.

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b) Todos os investimentos devem ser depreciados no prazo da concessão.

2.5.9. Quadro 6A – Depreciação do Reinvestimento

a) No Quadro 6A a Proponente deverá elaborar os cálculos referentes à

depreciação dos reinvestimentos e de novos investimentos do TAV. Esse quadro

deve, obrigatoriamente, estar vinculado aos valores de Investimento do Quadro

5A - Reinvestimentos. Os valores referentes à depreciação são apresentados em

Reais mil, calculados ao longo do tempo de vida útil dos investimentos.

b) Todos os reinvestimentos devem ser depreciados no prazo da concessão

2.5.10. Quadro 7 - Custos Operacionais

a) No Quadro 7 constam as informações referentes aos Custos Operacionais

previstos pela Proponente para o TAV longo de todo o período de concessão.

Esse quadro deve, obrigatoriamente, dar suporte ao Quadro 8 – demonstrativo de

Resultado

b) Também deverão constar as informações referentes aos Custos

socioambientais previstos pela Proponente para o TAV ao longo de todo o

período de concessão.

c) Os valores devem ser apresentados em Reais mil

2.5.11. Quadro 8 – Demonstrativo de Resultado

No Quadro 8 constam as informações referentes as Demonstrações Financeiras

e é composto dos seguintes Módulos: Módulo A – Demonstrativo de Resultado,

Módulo B – Fluxo de Caixa do Acionista e Dividendos, Módulo C – Fluxo de

Caixa do Projeto, Módulo D – Balanço Patrimonial, Módulo E – Cálculo da

Distribuição de Dividendos, Módulo F – Cálculo da Variação do Capital de Giro e

Módulo G – Cálculo do IR (Imposto de Renda) e CSLL (Contribuição Social sobre

o Lucro Líquido).

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b) Os valores devem ser apresentados em Reais mil, por ano durante o período

da Concessão.

c) Todos os Módulos deverão apresentar consistência entre si e em relação a

todos os Quadros da planilha - de valores já calculados ou apresentados -, e

estar de acordo com as Normas Contábeis vigentes no Brasil.

2.5.12. Quadro 9 - Financiamentos

a) No Quadro 9 deverão constar as informações dos Financiamentos,

discriminados por Tipo e Agente Financiador.

b) Caso haja o número de financiamentos seja superior ao originalmente previsto

na planilha, a Proponente poderá incluir novas linhas na planilha, desde que seja

mantida a estrutura elaborada.

c) Os valores deste quadro são apresentados em Reais mil, calculados a partir da

forma como a Proponente definir seu financiamento.

2.6. Informações Complementares

2.6.1. A Proponente poderá complementar o Plano de Negócios com a

apresentação de outras informações que a mesma julgar oportunas, desde que

não conflitem com o próprio Plano de Negócios e o estabelecido neste Edital.

2.7 Critérios de Aceitabilidade do Plano de Negócios

2.7.1. O Plano de Negócios da Proponente vencedora será verificado quanto à

sua consistência com o Fluxo de Caixa apresentado. A Proponente será

desclassificada caso não atenda a qualquer das exigências estabelecidas no

Edital.

2.7.2. Para tanto, o Plano de Negócios deverá retratar:

a) consistência interna, de forma a permitir que se proceda a análise de

coerência entre as diferentes previsões feitas quanto ao montante e calendário

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de investimentos, custos, demanda, receitas, financiamentos, como já

estabelecido anteriormente; e

b) razoabilidade das estimativas realizadas, de modo que possam ser analisadas

a tarifa proposta e sua exeqüibilidade, a conseqüente receita e as justificativas

pertinentes, a participação do endividamento no financiamento dos investimentos

e a exeqüibilidade econômico-financeira do empreendimento.

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Anexo 5 Termos e Condições Básicos do Financiamento Público

Para fins deste Anexo 5, a referência a:

1 (i) “Acionista(s)” poderá compreender, conforme o caso, todo aquele que detenha participação direta ou indireta na composição acionária da SPE, à exceção da EMPRESA PÚBLICA FEDERAL ;

2 (ii) Financiamento Público compreenderá, além da definição contida no edital, o próprio instrumento que formalizará o financiamento.

3 Condições básicas do Financiamento Público:

1 PRÉVIAS À CONTRATAÇÃO:

1.1 Inexistência de inadimplemento da SPE e de seu(s) Acionista(s) perante as agências de fomento e instituições financeiras controladas direta e indiretamente pela União;

1.2 Certidões comprobatórias de que a SPE está em dia com os tributos estaduais e municipais;

1.3 Declaração da SPE, firmada por seus representantes legais, de que inexistem contra si ações judiciais em curso, bem como títulos protestados ou débitos de natureza fiscal, de âmbito estadual ou municipal, que comprometam ou possam vir a comprometer seu estado de solvabilidade ou, de qualquer modo, restringir sua capacidade de pagamento;

1.4 Inexistência de restrições cadastrais da SPE e do Grupo Econômico a que esta pertença perante o BNDES;

1.5 Declaração da SPE firmada por seus representantes legais, devidamente qualificados, segundo a qual não estão configuradas as vedações na Constituição Federal, artigo 54, incisos I e II;

1.6 Certidão Negativa de Débito - CND da SPE e de seu(s) Acionista(s), expedida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil;

1.7 Comprovação de que a SPE e seu(s) Acionista(s) está(ão) em dia com as obrigações relativas ao FGTS, mediante apresentação de Certificado de Regularidade do FGTS, expedido pela Caixa Econômica Federal;

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1.8 Comprovação de quitação de tributos e contribuições federais relativamente à SPE e seu(s) Acionista(s), mediante apresentação de Certidão Conjunta Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União ou de Certidão Conjunta Positiva com Efeitos de Negativa de Débitos relativos a Tributos Federais e à Dívida Ativa da União, expedida pela Secretaria da Receita Federal do Brasil e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional;

1.9 Inexistência de inscrição da SPE e de seu(s) Acionista(s) no Cadastro de Empregadores que tenham mantido trabalhadores em condições análogas à de escravo, instituído pela Portaria nº 540, de 15.10.04, do Ministério do Trabalho e Emprego;

1.10 Apresentação de licença dos órgãos ambientais competentes;

1.11 Apresentação de outros documentos exigidos por disposição legal ou regulamentar, assim como os usualmente solicitados em suas operações, julgados necessários pelo BNDES para contratar a presente operação;

1.12 As certidões elencadas nos itens 1.6, 1.7 e 1.8 não serão exigidas em relação ao(s) Acionista(s) que não seja(m) constituído(s) sob as leis brasileiras.

2 PARTES:

2.1 A União disponibilizará o crédito, cabendo ao BNDES agir em nome, por conta e risco desta, na condição de seu agente financeiro mandatário.

2.2 A SPE será a tomadora do crédito, podendo ser exigida a interveniência de terceiros no Financiamento Público .

3 CRÉDITO:

3.1 Será disponibilizado até o valor máximo previsto na Proposta da SPE, de forma parcelada, conforme as necessidades para a realização do projeto e a comprovação da aplicação dos recursos já liberados, bem como da parcela correspondente de capital próprio.

3.2 O crédito será subdividido em subcréditos, que corresponderão a trechos indicados pelo Proponente em sua Metodologia de Execução. Caso necessário, tais trechos poderão ser subdivididos em subtrechos, para possibilitar a implantação de um maior número de frentes de trabalho.

4 FINALIDADE:

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Implantação do Transporte Ferroviário por Trem de Alta Velocidade na Estrada de Ferro EF-222 (Rio de Janeiro-Campinas).

5 JUROS:

1%(um por cento) ao ano (a título de remuneração), acima da Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, divulgada pelo Banco Central do Brasil, observada a seguinte sistemática:

5.1.1 Quando a TJLP for superior a 6% (seis por cento) ao ano:

a) O montante correspondente à parcela da TJLP que vier a exceder 6% (seis por cento) ao ano será capitalizado no dia 15 (quinze) de cada mês da vigência do Financiamento Público e no seu vencimento ou liquidação, e apurado mediante a incidência do seguinte termo de capitalização sobre o saldo devedor, aí considerados todos os eventos financeiros ocorridos no período:

TC = [(1 + TJLP)/1,06]n/360 - 1 (termo de capitalização igual a, abre colchete, razão entre a TJLP acrescida da unidade, e um inteiro e seis centésimos, fecha colchete, elevado à potência correspondente à razão entre “n” e trezentos e sessenta, deduzindo-se de tal resultado a unidade), sendo:

TC - termo de capitalização;

TJLP - Taxa de Juros de Longo Prazo, divulgada pelo Banco Central do Brasil; e

n - número de dias existentes entre a data do evento financeiro e a data de capitalização, vencimento ou liquidação da obrigação, considerando-se como evento financeiro todo e qualquer fato de natureza financeira do qual resulte ou possa resultar alteração do saldo devedor do Financiamento Público .

b) O percentual de 1% (um por cento) ao ano acima da TJLP (remuneração), acrescido da parcela não capitalizada da TJLP de 6% (seis por cento) ao ano, incidirá sobre o saldo devedor, nas datas de exigibilidade dos juros ou na data de vencimento ou liquidação do Financiamento Público , observado o disposto na alínea “a”, e considerado, para o cálculo diário de juros, o número de dias decorridos entre a data de cada evento financeiro e as datas de exigibilidade acima citadas.

5.1.2 Quando a TJLP for igual ou inferior a 6% (seis por cento) ao ano:

O percentual de 1% (um por cento) ao ano acima da TJLP (remuneração), acrescido da própria TJLP, incidirá sobre o saldo devedor, nas datas de exigibilidade dos juros ou na data de vencimento ou liquidação do Financiamento Público , sendo considerado, para o cálculo diário de juros, o

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número de dias decorridos entre a data de cada evento financeiro e as datas de exigibilidade acima citadas.

6 PRAZOS:

6.1 O financiamento à SPE terá prazo de 30 anos.

6.2 Prazo de utilização: Até 6 anos.

6.3 Prazo de carência: o período de carência será estabelecido pela SPE, conforme seu Plano de Negócios, observados os seguintes parâmetros:

6.3.1 os juros serão capitalizados durante o período de carência de cada subcrédito;

6.3.2 o prazo máximo de carência será de 12 anos;

6.3.3 no mínimo 35% do crédito deverão ter prazo máximo de carência de 6 anos.

6.4 Prazo de amortização: a amortização do principal e juros será realizada em prestações mensais e sucessivas, que serão em número equivalente à diferença entre o prazo de carência definido conforme o item 5.3 acima e o prazo total do Financiamento Público de 30 anos.

6.4.1 A amortização obedecerá ao Sistema PRICE.

6.5 Os prazos estabelecidos nos itens 5.1 e 5.2 serão contados a partir da data de celebração Financiamento Público . Se for estabelecida condição suSPEnsiva de eficácia do Financiamento Público , a contagem destes prazos se iniciará a partir da data da sua declaração de eficácia.

6.6 Os prazos estabelecidos no item 5.3 serão contados a partir do dia 15 subsequente à data de celebração do Financiamento Público . Se for estabelecida condição suSPEnsiva de eficácia do Financiamento Público , a contagem dos prazos se iniciará a partir do dia 15 subsequente à data da sua declaração de eficácia.

7 GARANTIAS:

7.1 Durante a fase de implantação do projeto:

7.1.1 Fiança Bancária em valor a ser definido pelo Proponente;

7.1.2 Fiança dos controladores em valor a ser definido pelo Proponente;

7.1.3 Cessão fiduciária de conta da SPE preenchida com recursos ou títulos públicos federais em valor a ser definido pelo Proponente;

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7.1.4 Contrato de Suporte de Acionista(s), por meio do qual o(s) Acionista(s) deverá(ão) obrigar-se a aportar capital na SPE em montante suficiente para assegurar de imediato e integralmente o pagamento da dívida vencida da SPE, incluindo principal, juros, comissões, penalidades e encargos, na hipótese de não pagamento de prestação de principal e/ou acessórios do Financiamento Público ou de declaração de vencimento antecipado da dívida decorrente do Financiamento Público .

7.1.5 Com referência às garantias definidas nos itens 7.1.1 a 7.1.4, o Proponente poderá eleger a(s) modalidade(s) que preferir, desde que a(s) modalidade(s) escolhida(s) garanta(m), conjuntamente, o pagamento de, no mínimo, o percentual da dívida correspondente à participação do Acionista Privado na SPE.

7.1.6 Contrato de Suporte de Acionista(s) para Cobertura de Insuficiências por meio do qual o(s) Acionista(s) obrigam-se a aportar na SPE os recursos necessários, sob a forma de capital, para (i) cobrir de imediato e integralmente qualquer insuficiência que vier a ocorrer na execução do projeto ou acréscimos do orçamento global do projeto, (ii) preenchimento da Conta Reserva referida do item 7.1.8.2 e (iii) manter, até a entrada em operação comercial do projeto, o índice de capitalização (Patrimônio Líquido/Ativo Total) igual ou superior a 15%.

7.1.7 Penhor sobre a totalidade das ações de emissão da SPE, à exceção das ações detidas pela EMPRESA PÚBLICA FEDERAL e pelos Conselheiros da SPE;

7.1.8 Contrato de Cessão Fiduciária dos direitos emergentes da concessão de que a SPE é titular em decorrência do Contrato de Concessão, incluindo a totalidade dos direitos creditórios decorrentes da prestação do serviço objeto da concessão, bem como as indenizações decorrentes do Poder Concedente, os direitos decorrentes da exploração econômica das estações próprias e a Receita Extraordinária.

7.1.8.1 Deverá ser constituída Conta Centralizadora, não movimentável pela SPE, na qual serão depositados os recursos decorrentes dos direitos creditórios supra citados.

7.1.8.2 Será constituída ainda Conta Reserva na qual serão depositados recursos no valor equivalente ao necessário para perfazer o montante equivalente a 3 (três) vezes o valor da primeira prestação mensal de amortização vincenda do serviço da dívida, incluindo pagamentos de principal, juros e demais acessórios da dívida decorrente do Financiamento Público , até que se efetue o pagamento da primeira prestação de amortização da dívida, e ao valor das 3 (três) próximas prestações mensais vincendas do serviço da dívida, incluindo pagamentos de principal, juros e demais acessórios da dívida decorrente do Financiamento Público , durante todo o período de amortização;

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7.1.9 Contrato de Cessão Fiduciária dos direitos creditórios decorrentes da execução dos instrumentos de seguro e de Seguro-Garantia previstos no Financiamento Público , nos quais a SPE do financiamento seja a beneficiária dos recursos;

7.1.9.1 Será criada uma Conta Seguradora em que os eventuais recursos recebidos da Seguradora serão depositados e serão utilizados para abatimento da dívida da SPE na hipótese de vencimento antecipado do Financiamento Público ;

7.1.9.2 Deverão ser constituídos os seguintes seguros do projeto:

7.1.9.2.1 Seguro-Garantia de Fiel Cumprimento das Obrigações Contratuais previstas no(s) Contrato(s) de Construção na modalidade Executante-Construtor e Perfeito Funcionamento, tendo como objeto a cobertura das obrigações assumidas pelo Consórcio EPCista/Construtor que contemple um nível mínimo de cobertura de 15% (quinze por cento);

7.1.9.2.2 Seguro-Garantia de Adiantamento de Pagamento, tendo como objeto a cobertura dos prejuízos conseqüentes do inadimplemento das obrigações assumidas pelo Consórcio EPCista/Construtor, em relação aos adiantamentos de pagamento concedidos pela SPE para consecução do(s) Contrato(s) de Construção, que contemple um nível mínimo de cobertura de 5% (cinco por cento);

7.1.9.2.3 Seguro All Risks, na modalidade de seguro de Riscos de Engenharia, tendo como objeto a cobertura de obras civis, projeto, fornecimento, entrega, instalação, montagem, comissionamento, testes e partida do projeto, incluindo obras permanentes e temporárias, materiais e itens usados ou para uso no projeto, bem como erro de projeto ou de eSPEcificações, defeitos de materiais e acabamentos, risco do fabricante e transporte dentro do canteiro de obras;

7.1.9.2.4 Seguro na modalidade de Responsabilidade Civil, tendo como objeto a cobertura da responsabilidade legal da SPE com relação a danos, custos e deSPEsas de indenizações decorrentes de morte ou lesão a terceiros e/ou com relação a danos a propriedades de terceiros causados pelo projeto, incluindo a responsabilidade civil cruzada entre os participantes do projeto;

7.1.9.2.5 Seguro de Delay in Start Up (“ALOP”), na modalidade de seguro de Perda Antecipada de Receita;

7.1.9.2.6 Seguro de Danos a Propriedade (Property All Risks), tendo como objeto a cobertura de máquinas e equipamentos permanentes;

7.1.9.2.7 Seguro de Transportes Nacionais e Internacionais, na modalidade Todos os Riscos (A), tendo como objeto a cobertura de todas as perdas ou danos

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físicos que possam ser causados aos bens segurados no transporte de bens produzidos no Brasil para o local da obra e no transporte internacional de equipamentos permanentes importados da fábrica para o local da obra.

7.2 Durante a fase de operação do projeto:

As garantias mencionadas nos itens 7.1.1, 7.1.2, 7.1.3, 7.1.4 e 7.1.6 acima serão liberadas após o cumprimento cumulativo das seguintes condições:

a) apresentação pela BENEFICIÁRIA da Licença de Operação, oficialmente publicada, do Projeto, expedida pelo órgão competente, integrante do Sistema Nacional do Meio-Ambiente (SISNAMA), ou, em caráter supletivo, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis – IBAMA;

b) comprovação de operação ininterrupta do projeto por pelo menos 4 anos após a entrada em operação comercial do projeto;

c) comprovação da existência do saldo mínimo na Conta Reserva, conforme item 7.1.8.2;

d) a SPE e o Grupo Econômico a que pertença estarem adimplentes em relação a suas obrigações contratuais previstas no Financiamento Público ;

e) comprovação, por pelo menos quatro exercícios sociais consecutivos após a entrada em operação comercial do empreendimento, de ICSD, atestado por empresa de auditoria cadastrada na CVM, maior ou igual a 1,2;

f) comprovação da manutenção do índice de capitalização (Patrimônio Líquido/Ativo Total) igual ou superior a 15%;

7.3) As garantias acima descritas poderão ser compartilhadas com outros Financiadores do projeto, mediante prévia autorização do BNDES.

8 OBRIGAÇÕES ESPECIAIS DA SPE:

8.1 apresentar, nas épocas devidas, a Licença de Operação do projeto, oficialmente publicada, expedida pelo órgão competente, de âmbito estadual, integrante do Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) ou, em caráter supletivo, pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;

8.2 comprovar a contratação, nas épocas devidas, e o adimplemento dos seguros exigidos conforme o item 7.1.8.2;

8.3 aportar os recursos próprios previstos para a execução do projeto, nos montantes e prazos definidos no Quadro de Usos e Fontes, bem como, em sua

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totalidade, os recursos necessários à cobertura de eventuais insuficiências ou acréscimos do orçamento global do projeto;

8.4 apresentar, sempre que solicitado, todo e qualquer comprovante do cumprimento das obrigações relativas ao Seguro-Garantia referido e aos demais seguros;

8.5 não constituir, sem a prévia autorização do BNDES, penhor ou gravame sobre os direitos dados em garantia no Financiamento Público ;

8.6 comunicar prontamente ao BNDES qualquer ocorrência que importe modificação do projeto ou do Quadro de Usos e Fontes, indicando as providências que julgue devam ser adotadas;

8.7 permitir a ampla inspeção das obras do projeto por parte de representantes do BNDES, bem como de desenhos, especificações ou quaisquer outros documentos técnicos que estejam diretamente ligados ao projeto;

8.8 aplicar os recursos recebidos de acordo com o Quadro de Usos e Fontes e unicamente na execução do projeto;

8.9 manter, durante toda a vigência do Financiamento Público , índice de capitalização (Patrimônio Líquido/Ativo Total) igual ou superior a 15%;

8.10 não constituir, salvo autorização prévia e expressa do BNDES, garantias de qualquer espécie em operações com outros credores, sem que as mesmas garantias sejam oferecidas ao BNDES;

8.11 não conceder preferência a outros créditos, não fazer amortização de ações, não emitir debêntures, à exceção daqueles previstos no Quadro de Usos e Fontes, partes beneficiárias ou qualquer outro valor mobiliário, nem assumir novas dívidas, sem prévia autorização do BNDES;

8.12 sem prévia e expressa autorização do BNDES, não realizar distribuição de dividendos ou pagamentos de juros sobre capital próprio cujo valor, isoladamente ou em conjunto, supere o mínimo obrigatório;

8.13 não firmar contratos de mútuo com seus acionistas, diretos ou indiretos, e/ou com pessoas físicas ou jurídicas componentes do Grupo Econômico a que pertença a SPE, à exceção daqueles já existentes, os quais deverão ser quitados até a data da primeira liberação do crédito, bem como não efetuar redução de seu capital social até a final liquidação de todas as obrigações assumidas, sem prévia e expressa anuência do BNDES;

8.14 oferecer em garantia ao BNDES, caso este solicite, quaisquer ativos e recebíveis supervenientes do projeto;

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8.15 apresentar ao BNDES, trimestralmente, Relatório Gerencial sobre a evolução física e financeira do projeto, destacando-se o cumprimento das exigências técnicas constantes dos licenciamentos, cronogramas, metas atingidas, novos impactos verificados, medidas mitigadoras e demais fatos relevantes, bem como o atingimento dos marcos estabelecidos;

8.16 cumprir o Contrato de Concessão celebrado com a União Federal;

8.17 apresentar ao BNDES, sempre que este assim o solicitar, todo e qualquer comprovante do cumprimento das obrigações relativas às apólices dos seguros;

8.18 manter o indicador ICSD maior ou igual a 1,2 durante todo o Financiamento Público ;

8.10 definir marcos físicos semestrais decorrentes do cronograma e do plano de execução da obra e comprovar seu cumprimento tempestivo ao BNDES;

8.20 não obter empréstimos, financiamentos e/ou quaisquer outras formas de transferência de recursos de agências de fomento e instituições financeiras controladas direta ou indiretamente pela União durante o período de implantação do projeto;

8.21 poderão ser estabelecidas outras obrigações julgadas necessárias pelo BNDES.

9 OBRIGAÇÕES ESPECIAIS DO(S) ACIONISTA(S) CONTROLAD OR(ES):

9.1 submeter à aprovação do BNDES quaisquer propostas de matérias concernentes à oneração, a qualquer título, de ação de sua propriedade, de emissão da SPE, à venda, aquisição, incorporação, fusão, cisão de ativos ou qualquer outro ato que importe ou possa vir a importar em modificações na atual configuração da SPE ou em transferência do controle acionário da SPE, ou em alteração da sua qualidade de acionista controlador da SPE, nos termos do art. 116 da Lei nº 6.404, de 15.12.76;

9.2 não promover atos ou medidas que prejudiquem o equilíbrio econômico-financeiro da SPE;

9.3 tomar todas as providências necessárias e aportar na SPE, mediante integralização de capital, os recursos necessários à conclusão do projeto, conforme o cronograma de implantação e nos termos do Contrato de Suporte de Acionistas para Cobertura de Insuficiências;

9.4 não alterar Estatuto Social da SPE, sem prévia e expressa anuência do BNDES, até a final liquidação do financiamento, ressalvadas as alterações no capital social da SPE;

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9.5 não alienar, de forma direta ou indireta, ceder, transferir, dispor, onerar ou dar em usufruto, a qualquer título, seus direitos, seus títulos e as ações de sua propriedade de emissão da SPE, sem o prévio e expresso consentimento do BNDES;

9.6 não constituir ônus sobre qualquer bem ou direito da SPE, bem como não alienar ou adquirir qualquer bem ou direito da SPE, sem o prévio e expresso consentimento do BNDES;

9.7 não fazer resgate ou conversão de ações de emissão da SPE, sem o prévio e expresso consentimento do BNDES;

9.8 não fazer amortização de ações de emissão da SPE, sem o prévio e expresso consentimento do BNDES;

9.9 não promover a abertura de capital da SPE, sem o prévio e expresso consentimento do BNDES;

9.10 não firmar contratos de mútuo com as pessoas físicas ou jurídicas componentes dos Grupos Econômicos a que pertençam as acionistas da SPE, bem como não efetuar redução do capital social da SPE até a liquidação de todas as obrigações assumidas no Financiamento Público ;

9.11 não promover a dissolução da SPE ou a criação de subsidiárias, sem o prévio e expresso consentimento do BNDES.

9.12 Poderão ser estabelecidas outras obrigações julgadas necessárias pelo BNDES.

10 HIPÓTESES DE VENCIMENTO ANTECIPADO:

10.1 inadimplemento de qualquer obrigação da SPE ou seus Acionistas referente ao Financiamento Público ;

10.2 extinção do Contrato de Concessão;

10.3 a inclusão em acordo societário, estatuto ou contrato social da SPE, ou das empresas que as controlam, de dispositivo que importe em restrições ou prejuízo à capacidade de pagamento das obrigações financeiras decorrentes desta operação;

10.4 a constituição, sem a prévia autorização do BNDES, de penhor ou gravame sobre os direitos dados em garantia ao BNDES;

10.5 o descumprimento pela SPE e/ou pelos Acionistas de qualquer obrigação prevista no Financiamento Público e nos contratos a ele relativos;

10.6 a não renovação das Cartas de Fiança no prazo estipulado (se aplicável);

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10.7 a alteração do controle acionário do(s) Acionista(s) Controlador(es) da SPE, sem a prévia e expressa anuência do BNDES;

10.8 a não comprovação dos marcos físicos dentro do prazo estipulado. Verificada a ocorrência da presente hipótese, o BNDES somente declarará vencido antecipadamente o Financiamento Público após decorridos 12 (doze) meses contados da data do reSPEctivo evento. O prazo aqui estabelecido será contado de forma independente para cada um dos marcos físicos estabelecidos;

10.9 a extinção, liquidação, dissolução, o requerimento de auto-falência e o pedido de recuperação judicial ou extrajudicial a qualquer credor ou classe de credores, formulado pela SPE ou por qualquer do(s) Acionista(s) Controlador(es), ou a decretação de falência ou insolvência civil da SPE e/ou de qualquer dos Acionistas Controladores, bem como estarem estas pessoas sujeitas a qualquer forma de concurso de credores;

10.10 o requerimento de falência formulado por terceiros, que não tenha sido elidido ou suSPEnso nos prazos legais. Verificada a ocorrência da presente hipótese, o BNDES somente declarará vencido antecipadamente o Financiamento Público após decorridos 30 dias contados da data do reSPEctivo evento;

10.11 o não pagamento dos prêmios dos seguros elencados no item 7.1.8.2;

10.12 Poderão ser estabelecidas outras hipóteses de vencimento antecipado julgadas necessárias pelo BNDES.

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Anexo 6 Termos e Condições Mínimas do Seguro-Garantia

1 Tomador

1.1 Proponente .

2 Segurado

2.1 ANTT

3 Objeto do Seguro

3.1 Garantir a indenização, no montante de até R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta milhões de reais), no caso de a Proponente descumprir quaisquer de suas obrigações decorrentes da Lei ou do Edital , incluindo a recusa em assinar o Contrato de Concessão ou não atendimento das exigências para a sua assinatura, nas condições e no prazo estabelecidos no Edital .

4 Instrumento

4.1 Apólice de Seguro-Garantia emitida por seguradora devidamente constituída e autorizada a operar pela Superintendência de Seguros Privados – SUSEP, observando os termos dos atos normativos da SUSEP.

5 Valor da Garantia

5.1 A Apólice de Seguro-Garantia deverá prever o montante de indenização de até R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta milhões de reais).

6 Prazo

6.1 A Apólice de Seguro-Garantia deverá ter prazo mínimo de vigência de 180 (cento e oitenta) dias a contar do último dia do Período para Recebimento dos Envelopes , renováveis nas hipóteses previstas no Edital de Concessão nº [●] /2010.

7 Disposições Adicionais

7.1 A Apólice de Seguro-Garantia deverá conter as seguintes disposições adicionais:

(ii) declaração da Seguradora de que conhece e aceita os termos e condições do Edital ;

(iii) declaração da Seguradora de que efetuará o pagamento dos montantes aqui previstos no prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados a partir da data de entrega de todos os documentos

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relacionados pela Seguradora como necessários à caracterização e à regulação do sinistro; e

(iv) confirmado o descumprimento pelo Tomador das obrigações cobertas pela Apólice de Seguro-Garantia, o Segurado terá direito de exigir da Seguradora a indenização devida, quando resultar infrutífera a notificação feita ao Tomador.

8 Os termos que não tenham sido expressamente definidos neste Anexo terão os significados a eles atribuídos no Edital .

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Anexo 7 Apresentação da Garantia da Proposta

Este Anexo será disponibilizado no sítio eletrônico da BM&FBOVESPA , em www.bovespa.com.br.

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Anexo 8 Modelo de Declaração de Propriedade da Tecnologia

À

Empresa Pública Federal

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●]/2010 – Declaração de Propriedade da Tecnologia

Prezados Senhores,

Em atendimento ao Anexo 7 ao Edital em referência, a [Proponente ] [consorciada] [contratada], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, para os devidos fins, sob as penas da lei, em caráter irrevogável e irretratável, que detém, com pleno direito de propriedade, a Tecnologia para [projetar], [desenvolver], [construir], [operar] e [manter sistemas] de TAV em condições técnicas e operacionais compatíveis com o TAV Rio de Janeiro - Campinas . A [Proponente ] [consorciada] [contratada] declara, ainda, estar de pleno acordo com os termos e condições dos Contratos de Transferência de Tecnologia , comprometendo-se a celebrar referidos instrumentos com V.Sas., caso a Proponente venha a ser declarada vencedora no âmbito do Leilão , em conformidade com o disposto no item 19.5 do Edital .

_________________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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Anexo 9 Documentos de Pré-Qualificação

1 A Proponente deverá apresentar, para a comprovação da sua pré-qualificação, os seguintes documentos:

Tabela I – Documentos relativos à pré-qualificação

N° Documento

1 Comprovação de participação em projeto final de engenharia para trecho de TAV implantado e em operação;

2 Comprovação de operação de um completo sistema de TAV, incluindo a manutenção de todos os seus subsistemas, apresentando todos os requisitos de performance;

3 Comprovação de experiência na construção de obras de grande vulto compatíveis em complexidade com as obras civis do TAV.

4 Comprovação de experiência na implantação de Sistemas de Sinalização, Eletrificação, Telecomunicação e Segurança, bem como Estações e outras instalações físicas compatíveis com o projeto do TAV.

5 Comprovação de experiência na fabricação de Material Rodante para TAV, comprovada pela indicação de fabricação, local de operação, tempo de experiência mínimo, quantidade fabricada em operação;

6 Declaração, em caráter irrevogável e irretratável, de que possui a Tecnologia e de que concorda em transferi-la à Empresa Pública Federal , conforme modelo constante do Anexo 26;

7 Carta de Apresentação dos Documentos de Pré -Qualificação , conforme modelo constante no Apêndice deste Anexo 7.

2 A comprovação da pré-qualificação exigida dar-se-á por meio da apresentação de atestados ou documentos com mesmo efeito emitidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, nacionais ou estrangeiras.

3 Os atestados referidos acima poderão ser apresentados em original ou cópia autenticada, e deverão conter as seguintes informações:

3.1 objeto;

3.2 características das atividades e serviços desenvolvidos;

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3.3 valor total do projeto/empreendimento;

3.4 datas de início e de término da realização das atividades e serviços;

3.5 local da realização das atividades e serviços;

3.6 razão social do emitente;

3.7 nome e identificação do signatário.

4 A declaração referida acima poderá ser apresentada em nome de um dos membros integrantes do consórcio, no caso de a Proponente ser um consórcio, ou ainda em nome de contratada(s) da Proponente , na forma do item 9.2 do Edital .

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Apêndice

Modelo de Carta de Apresentação dos Documento de Pr é-Qualificação

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●]/2010 – Apresentação dos Documentos de Pré-Qualificação

Prezados Senhores,

1 [Proponente ] (“Proponente ”), por seus representante(s) legal(is), apresenta anexos os documentos para sua qualificação no certame licitatório em referência, nos termos do item 9.1 do Edital em referência, organizados consoante a ordem ali estabelecida, refletida no anexo índice.

2 A Proponente declara expressamente que tem pleno conhecimento dos termos do Edital em referência e que os aceita integralmente, em especial, no que tange às faculdades conferidas à Comissão de Avaliação de conduzir diligências especiais para verificar a veracidade dos documentos apresentados e buscar quaisquer esclarecimentos necessários para elucidar as informações neles contidas.

3 A Proponente declara expressamente que atendeu a todos os requisitos e critérios para qualificação e apresentou os Documentos de Pré-Qualificação , conforme definido no Edital .

4 A Proponente declara, ainda, que os Documentos de Pré-Qualificação ora apresentados são completos, verdadeiros e corretos em cada detalhe.

____________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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Anexo 10 Documentos de Qualificação

1 O volume dos Documentos de Qualificação deverá ser iniciado com carta de apresentação, devidamente assinada, conforme modelo constante do Anexo 10.

2 As certidões que não consignarem seu prazo de validade serão aceitas se tiverem sido emitidas até 90 (noventa) dias antes do último dia do Período para Recebimento dos Envelopes .

3 Quando se tratar de pessoa jurídica, a Proponente deverá apresentar os seguintes documentos para sua qualificação jurídica:

Tabela I – Documentos relativos à regularidade jurí dica

N° Documento

1 Ato constitutivo e estatuto social/contrato social da Proponente pessoa jurídica, conforme última alteração arquivada no registro empresarial ou cartório competente. Caso a última alteração do estatuto social/contrato social não consolide as disposições do estatuto social/contrato social em vigor, deverão também ser apresentadas as alterações anteriores que contenham tais disposições.

2 Prova de eleição dos administradores em exercício da Proponente pessoa jurídica, devidamente arquivada no registro empresarial ou cartório competente.

3 Certidão atualizada da Proponente pessoa jurídica expedida pelo registro empresarial ou cartório competente.

4 Quando se tratar de entidade aberta ou fechada de previdência complementar, a Proponente deverá apresentar para sua regularidade jurídica, adicionalmente aos documentos equivalentes à documentação prevista na tabela I acima, os seguintes documentos:

Tabela II - Documentos adicionais relativos à regul aridade jurídica de entidade aberta ou fechada de previdência complemen tar

5 Comprovante de autorização expressa e específica quanto à constituição e funcionamento da entidade de previdência complementar, concedida pelo órgão fiscalizador competente, e

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Tabela II - Documentos adicionais relativos à regul aridade jurídica de entidade aberta ou fechada de previdência complemen tar

declaração de que os planos e benefícios por ela administrados não se encontram sob liquidação ou intervenção da Secretaria de Previdência Complementar do Ministério da Previdência Social.

5 Quando se tratar de instituição financeira, a Proponente deverá apresentar para sua regularidade jurídica, adicionalmente à documentação prevista na tabela I acima, o seguinte documento:

Tabela III - Documento adicional relativo à regular idade jurídica de instituição financeira

6 Comprovação de que está autorizada a funcionar como instituição financeira pelo Banco Central do Brasil.

6 Quando a Proponente se tratar de fundo de investimento, deverá apresentar para sua qualificação jurídica os seguintes documentos:

Tabela IV - Documentos relativos à qualificação jur ídica de fundo de investimento

N° Documento

7 Ato constitutivo, suas posteriores alterações e regulamento em vigor, arquivados perante órgão competente.

8 Prova de contratação de gestor, se houver, bem como de eleição do administrador em exercício.

9 Comprovante de registro do fundo de investimentos na Comissão de Valores Mobiliários.

10 Regulamento do fundo de investimentos (e suas posteriores alterações, se houver)

11 Comprovante de registro do regulamento do fundo de investimentos perante o Registro de Títulos e Documentos competente.

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Tabela IV - Documentos relativos à qualificação jur ídica de fundo de investimento

12 Comprovação de que o fundo de investimentos encontra-se devidamente autorizado a participar do Leilão e que o seu administrador pode representá-lo em todos os atos e para todos os efeitos do Leilão , assumindo em nome do fundo de investimentos todas as obrigações e direitos que decorrem do Leilão .

13 Comprovante de registro do administrador e, se houver, do gestor do fundo de investimentos, perante a Comissão de Valores Mobiliários.

14 Certidão negativa de falência da administradora e gestora do fundo, expedida pelo(s) cartório(s) de distribuição da sede da(s) mesma(s), com data de até 60 (sessenta) dias corridos anteriores ao último dia do Período para Recebimento dos Envelopes .

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Proponente individual - Qualificação econômico-fina nceira

7 A Proponente deverá apresentar, para a comprovação da sua qualificação econômico-financeira, os seguintes documentos:

Tabela V - Documentos relativos à qualificação econ ômico-financeira

N° Documento

15 Certidão negativa de pedido de falência, autofalência e recuperação judicial expedida pelo distribuidor judicial (varas cíveis) da comarca do Município onde a empresa for sediada, com data de, no máximo, 90 (noventa) dias anteriores ao último dia do Período para Recebimento dos Envelopes . Em se tratando de sociedade não empresarial ou outra forma de pessoa jurídica, certidão negativa expedida pelo distribuidor judicial das varas cíveis em geral (processo de execução) da comarca do Município onde o ente está sediado, datada de, no máximo, 90 (noventa) dias anteriores ao último dia do Período para Recebimento dos Envelopes .

16 Balanço patrimonial e respectivo demonstrativo de resultados não-consolidados devidamente aprovados pela assembléia geral ou sócios, conforme o caso, referentes ao último exercício social findo, apresentados na forma da lei, vedada a apresentação de balancetes ou balanços provisórios. Esses documentos deverão ser apresentados de acordo com as normas de contabilidade brasileiras.

17 Comprovação do valor do patrimônio líquido da Proponente de, no mínimo, R$ 10.000.000.000,00 (dez bilhões de reais), com base nos princípios contábeis aceitos no Brasil, observado o previsto no item 5.4.2 do Edital .

Este valor considera o somatório dos patrimônios líquidos dos Acionistas da Proponente Pessoa Jurídica ou o somatório dos patrimônios líquidos dos membros da Proponente Consórcio, conforme o caso.

Para efeitos de comprovação deste valor serão aceitos balanços patrimoniais nacionais, não-consolidados, em conformidade com as normas de contabilidade brasileiras e balanços estrangeiros, desde que estes últimos sejam acompanhados de parecer de auditoria contábil brasileira de primeira linha que ateste o valor mínimo exigido.

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Proponente individual - Regularidade fiscal

8 A Proponente deverá apresentar, para a comprovação da sua regularidade fiscal, os seguintes documentos:

Tabela VI - Documentos relativos à regularidade fis cal

N° Documento

18 Prova de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF, nos moldes da Instrução Normativa nº 568/05 da Receita Federal do Brasil – RFB.

19 Certificado de regularidade perante o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - FGTS, que esteja dentro do prazo de validade nele atestado.

20 Prova de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, por meio da apresentação das seguintes certidões:

� Certidão conjunta emitida pela Receita Federal do Brasil (RFB) e pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), relativamente aos tributos administrados pela RFB e à dívida ativa da União administrada pela PGFN; e

� Certidão negativa de débito da Secretaria da Receita Previdenciária emitida pelo Instituto Nacional da Seguridade Social - INSS.

Em substituição às certidões especificadas neste item, a Proponente poderá apresentar a Certidão Negativa de Débito - CND da RFB, da dívida ativa da União e do INSS, porventura válidas no Período para Recebimento dos Envelopes .

21 Prova de regularidade fiscal perante as fazendas estadual e municipal (esta referente ao ISSQN) todas do domicílio ou sede da Proponente , datada de, no máximo, 180 (cento e oitenta) dias anteriores ao último dia do Período para Recebimento dos Envelopes. Caso a atividade econômica desenvolvida exima a proponente de inscrição cadastral na qualidade de contribuinte, deverá ser comprovada esta situação mediante a apresentação de documentos expedidos pelos órgãos competentes, declarando de forma expressa que está isenta da referida inscrição ou apresentando os documentos comprobatórios de inexigibilidade da inscrição.

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9 Caso alguma certidão apresentada em conformidade com os itens da tabela VI acima seja positiva, ou nela não esteja consignada a situação atualizada do(s) débito(s), deverá ser apresentada prova de quitação e/ou certidões que apontem a situação atualizada das ações judiciais e/ou dos procedimentos administrativos arrolados, datada de, no máximo, 90 (noventa) dias anteriores ao último dia do Período para Recebimento dos Envelopes .

10 Não serão aceitos comprovantes de solicitação de certidões.

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Proponente individual – Outros documentos

A Proponente deverá apresentar, ainda, os seguintes documentos:Tabela VII – Outros documentos

N° Documento

21 Declaração de compromisso de cumprimento do disposto no artigo 7º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, conforme modelo constante do Anexo 11.

22 Declaração de que a Proponente não se encontra em processo de (i) falência, (ii) autofalência, (iii) recuperação judicial ou extrajudicial (iv) liquidação judicial ou extrajudicial, (v) insolvência, (vi) administração especial temporária ou (vii) intervenção, conforme modelo constante do Anexo 12.

23 Declaração quanto à inexistência de fato impeditivo em participar do Leilão , conforme modelo constante do Anexo 13.

24

Declaração de capacidade financeira constante do Anexo 14 ao Edital .

A Proponente deverá declarar que dispõe ou tem capacidade de obter recursos financeiros suficientes para cumprir as obrigações de aporte de recursos próprios e obtenção de recursos de terceiros necessários à consecução do objeto da concessão, inclusive a obrigação de integralização no capital social no montante e no prazo de que trata a cláusula 19.3.4 do Edital;

25

Minuta do estatuto social da SPE, que deverá conter disposições que não sejam contrárias aos termos deste Edital e da minuta de Contrato de Concessão e que atendam aos Requisitos do Estatuto Social, contantes do Anexo 24 ao Edital.

26 Minuta de eventuais acordos entre os futuros acionistas da SPE, observada à participação da União direta ou indiretamente.

10.1 Todas as declarações acima devem ser apresentadas juntamente com documentos que comprovem os poderes dos signatários.

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Proponente estrangeira

11 As Proponentes estrangeiras deverão apresentar todos os documentos equivalentes à documentação exigida das Proponentes nacionais e, adicionalmente, os seguintes documentos:

Tabela VIII - Documentos adicionais relativos à qualificação jurí dica das Proponentes estrangeiras

N° Documento

25 Procuração outorgada ao representante legal no Brasil, com poderes expressos para receber citação e responder administrativa e judicialmente por seus atos, conforme modelo constante do Anexo 17.

Tabela IX – Outros documentos relativos à qualifica ção das Proponentes estrangeiras

26 Declaração de submissão à legislação da República Federativa do Brasil e de renúncia a qualquer reclamação por via diplomática, conforme modelo constante do Anexo 15.

11.1 As Proponentes estrangeiras poderão, para os fins de sua qualificação, apresentar documentos de suas matrizes ou respectivas filiais brasileiras que sejam equivalentes aos solicitados para qualificação de pessoas jurídicas brasileiras e que cumpram com os requisitos legais no país de constituição da Proponente estrangeira.

12 Em caso de inexistência de documentos equivalentes nos respectivos países de origem aptos ao atendimento das exigências previstas neste Anexo 9, ou de documentos para as respectivas filiais brasileiras, as Proponentes estrangeiras deverão apresentar declaração assinalando tal circunstância.

13 Os balanços e demonstrativos de resultados apresentados deverão ser levantados no último dia do exercício anterior e aprovados pela administração. Esses documentos deverão ser apresentados, de forma não-consolidada, de acordo com os princípios contábeis aceitos no Brasil, a fim de possibilitar a comparação das informações apresentadas por todas as Proponentes .

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14 Os documentos em língua estrangeira deverão ser apresentados com a(s) assinatura(s) devidamente reconhecida(s) como verdadeira(s) por notário ou outra entidade de acordo com a legislação aplicável aos documentos, que deverá ser reconhecida pela representação consular brasileira mais próxima, se aplicável, devidamente traduzidos ao português por tradutor público juramentado e registrados em Cartório de Títulos e Documentos.

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Proponente consórcio

15 A Proponente sob a forma de consórcio deverá apresentar todos os documentos previstos nos itens anteriores deste Anexo 10 para cada uma das consorciadas, conforme o caso, observado o item 5.4 do Edital .

16 Adicionalmente aos documentos previstos nos itens acima, os consórcios deverão apresentar os seguintes documentos:

Tabela X - Documentos adicionais relativos à qualif icação jurídica do consórcio

N° Documento

27 Termo de constituição de consórcio, contendo, no mínimo:

(i) denominação do consórcio;

(ii) qualificação dos consorciados;

(iii) composição do consórcio, respectivas participações dos integrantes e compromisso futuro quanto à participação de cada integrante na SPE;

(iv) organização do consórcio;

(v) objetivo do consórcio;

(vi) indicação da empresa líder que será responsável pelos entendimentos que envolvam o consórcio junto ao Poder Concedente , até a data da assinatura do Contrato ; e

(vii) obrigação de responder solidariamente, nos termos da Lei, em todas as questões que concernem ao Leilão .

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Anexo 11 Modelo de Carta de Apresentação dos Documentos de Q ualificação

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●]/2010 – Apresentação dos Documentos de Qualificação

Prezados Senhores,

5 [Proponente ] (“Proponente ”), por seus representante(s) legal(is), apresenta anexos os documentos para sua qualificação no certame licitatório em referência, nos termos do item 11.1 do Edital em referência, organizados consoante a ordem ali estabelecida, refletida no anexo índice.

6 A Proponente declara expressamente que tem pleno conhecimento dos termos do Edital em referência e que os aceita integralmente, em especial, no que tange às faculdades conferidas à Comissão de Avaliação de conduzir diligências especiais para verificar a veracidade dos documentos apresentados e buscar quaisquer esclarecimentos necessários para elucidar as informações neles contidas.

7 A Proponente declara expressamente que atendeu a todos os requisitos e critérios para qualificação e apresentou os Documentos de Qualificação , conforme definido no Edital .

8 A Proponente declara, ainda, que os Documentos de Qualificação ora apresentados são completos, verdadeiros e corretos em cada detalhe.

____________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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Anexo 12 Modelo de Carta de Apresentação da Proposta Econômi ca

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●]/2010 – Proposta Econômica

Prezados Senhores,

1 Atendendo à convocação de [data] da ANTT, em Leilão conduzido pela mesma, apresentamos nossa Proposta Econômica .

2 Propomos, em caráter irrevogável e irretratável, o valor de Financiamento Público de R$ [●] ([●] reais) e de Tarifa-Teto quilométrica para classe econômica de R$ [●] ([●] reais), de acordo com os termos e condições contemplados no Edital .

3 Declaramos, expressamente, que:

3.1 a presente Proposta Econômica é válida por 1 (um) ano, contado do último dia do Período para Recebimento dos Envelopes , conforme especificado no Edital ;

3.2 concordamos, integralmente e sem qualquer restrição, com as condições da contratação estabelecidas no Edital ;

3.3 confirmamos que temos pleno conhecimento do objeto da Concessionária , dos serviços a serem prestados e das condições de execução dos trabalhos;

3.4 assumimos, desde já, a integral responsabilidade pela realização dos trabalhos em conformidade com o disposto no PEF e demais obrigações do Contrato de Concessão , pelos regulamentos da ANTT e por outros diplomas legais aplicáveis; e

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3.5 cumprimos integralmente todas as obrigações e requisitos contidos no Edital em referência.

4 Termos iniciados em letras maiúsculas contidos nesta Proposta Econômica e não definidos de outra forma terão os significados a eles atribuídos no Edital .

Atenciosamente,

[Proponente]

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233

Anexo 13 Requisitos do Estatuto Social

Sem prejuízo das demais obrigações contidas no Edital , o estatuto social da SPE

deverá:

1. Conter obrigação estatutária nos seguintes termos: "A Companhia deverá

observar as disposições de Acordo de Acionistas devidamente firmado pelos

Acionistas e arquivado na sede social da Companhia, na forma do artigo 118 da

Lei das Sociedades Anônimas". Sendo que "Companhia" deverá significar a SPE

e "Acionistas" uma referência coletiva aos detentores de ações ordinárias da

SPE.

2. Conter obrigação estatutária da SPE de respeitar as regras de governança

corporativa prevista no nível “Novo Mercado” da Bolsa de Valores de São Paulo

(“Bovespa”), conforme aplicáveis, incluindo nomeadamente as obrigações da

SPE de:

2.1 Garantir que a totalidade do seu capital social será constituído

exclusivamente por ações ordinárias, excetuada a Ação Preferencial de

Classe Especial .

2.2 Não emitir partes beneficiárias e bônus de subscrição.

2.3 Não realizar pagamento de juros sobre capital próprio.

2.4 Garantir o direito de todos os acionistas se beneficiarem das

mesmas condições obtidas pelos controladores quando da venda do

controle da SPE (tag along);

2.5 Realizar oferta pública de aquisição das ações em circulação nas

hipóteses de fechamento do capital ou cancelamento do registro de

negociação na Bovespa, se aplicável.

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2.6 Constituir Conselho de Administração com pelo menos [5 (cinco)]

conselheiros, sendo 4 (quatro) indicados pelo Adjudicatário e 1 (um) pela

Empresa Pública Federal , todos independentes do acionista que os tiver

indicado, com mandato unificado de até 2 (dois) anos, permitida a

reeleição;

2.7 Realizar reuniões públicas com analistas e investidores, ao menos

uma vez por ano;

2.8 Divulgar os termos dos contratos firmados entre a SPE e partes

relacionadas; e

2.9 Submeter à Câmara de Arbitragem do Mercado da Bovespa

eventuais conflitos societários.

3. Criar Ação Preferencial de Classe Especial , nos termos do artigo 18 da

Lei nº. 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e em conformidade com o Edital , que

será de titularidade da Empresa Pública Federal e que preverá que à Empresa

Pública Federal será atribuído o poder de veto sobre as seguintes matérias

relativas à SPE:

3.1 Alteração da denominação social da SPE.

3.2 Mudança da sede social da SPE.

3.3 Mudança no objeto social da SPE no que se refere à exploração da

Concessão e inclusão de outras atividades estranhas a este objeto social.

3.4 Liquidação, dissolução, transformação, cisão, fusão ou sua

incorporação por outra sociedade, bem como pedido de auto-falência e

início de recuperação judicial ou extrajudicial.

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235

3.5 Quaisquer modificações nos direitos atribuídos às ações que

compõem o capital social da SPE, incluindo, sem limitação, aqueles

atribuídos à Ação Preferencial De Classe Especial .

3.6 Emissão de títulos conversíveis em ações da SPE;

3.7 Alteração da obrigação estatutária de observar as disposições do

acordo de acionistas arquivado na sede social da SPE, elaborada em

conformidade com o item 1 deste Anexo .

3.8 Alteração da obrigação estatutária de observar as disposições

elaboradas em conformidade com o item 2 deste Anexo , incluindo todos

os seus subitens.

3.8 Nomeação de conselheiro indicado por qualquer dos acionistas, com

a condição de que o veto seja devidamente fundamentado e manifesto no

prazo de 30 (trinta) dias, sob pena de decaimento do direito de exercício

do poder de veto;

4. Conter obrigação estatutária segundo a qual todas matérias sujeitas ao poder de veto da Ação Preferencial de Classe Especial previstas no item 3 deste Anexo deverão obrigatoriamente ser submetidas a votação pela Assembléia Geral de Acionistas

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Anexo 14 Minuta de Acordo de Acionistas

[a ser incluído]

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Anexo 15 Manual de Procedimentos do Leilão

Este Anexo será disponibilizado no sítio eletrônico da BM&FBOVESPA , em www.bovespa.com.br.

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238

Anexo 16 Formal Compromisso – Operacional de Pagamento de Em olumentos

Este Anexo será disponibilizado no sítio eletrônico da BM&FBOVESPA , em www.bovespa.com.br.

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Anexo 17 Modelo de Fiança Bancária

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Carta de Fiança Bancária nº. [●] (“Carta de Fiança ”) R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta milhões de reais)

1 Pela presente Carta de Fiança, o Banco [●] S.A., com sede em [●], inscrito

no CNPJ/MF sob nº [●] (“Banco Fiador ”), diretamente por si e por seus eventuais sucessores, obriga-se perante a ANTT como fiador solidário da [●], com sede em [●], inscrita no CNPJ/MF sob nº [●] (“Afiançada ”), com expressa renúncia dos direitos previstos nos artigos 827, 835, 837, 838 e 839 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil Brasileiro), pelo fiel cumprimento de todas as obrigações assumidas pela Afiançada no procedimento licitatório descrito no Edital , cujos termos, disposições e condições o Banco Fiador declara expressamente conhecer e aceitar.

2 Obriga-se o Banco Fiador a pagar à ANTT valor total de até R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta milhões de reais) (“Fiança ”) no caso de a Proponente descumprir quaisquer de suas obrigações decorrentes da Lei ou do Edital , incluindo a falha na liquidação financeira da compra das Ações , nas condições e no prazo estabelecidos no Edital .

3 Obriga-se, ainda, o Banco Fiador, no âmbito do valor acima identificado, pelos prejuízos causados pela Afiançada, incluindo, mas não se limitando a multas aplicadas pela ANTT relacionadas ao certame licitatório, comprometendo-se a efetuar os pagamentos oriundos destes prejuízos quando lhe forem exigidos, no prazo máximo de 48 (quarenta e oito) horas, contado a partir do recebimento, pelo Banco Fiador, da notificação escrita encaminhada pela ANTT, na qualidade de entidade responsável pela condução do Leilão .

4 O Banco Fiador não alegará nenhuma objeção ou oposição da Afiançada ou por ela invocada para o fim de se escusar do cumprimento da obrigação assumida perante a ANTT nos termos desta Carta de Fiança.

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5 Na hipótese de a ANTT ingressar em juízo para demandar o cumprimento da obrigação a que se refere a presente Carta de Fiança, fica o Banco Fiador obrigado ao pagamento das despesas arbitrais, judiciais ou extrajudiciais.

6 A Fiança vigorará pelo prazo de 6 (seis) meses, contados do último dia do Período para Recebimento dos Envelopes , conforme as condições mencionadas no item 7 do Edital .

7 Declara o Banco Fiador que:

7.1 a presente Carta de Fiança está devidamente contabilizada, observando integralmente os regulamentos do Banco Central do Brasil atualmente em vigor, além de atender aos preceitos da Legislação Bancária aplicável;

7.2 os signatários deste instrumento estão autorizados a prestar a Fiança em seu nome e em sua responsabilidade; e

7.3 seu capital social é de R$ [●] ([●]), estando autorizado pelo Banco Central do Brasil a expedir Cartas de Fiança, e que o valor da presente Carta de Fiança, no montante de R$ 340.000.000,00 (trezentos e quarenta milhões de reais), encontra-se dentro dos limites que lhe são autorizados pelo Banco Central do Brasil.

8 Os termos que não tenham sido expressamente definidos nesta Carta de Fiança terão os significados a eles atribuídos no Edital .

_________________________________________________ [assinatura dos representantes legais com firma reconhecida]

______________________________________

Testemunha

______________________________________

Testemunha

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241

Anexo 18

Modelo de Solicitação de Esclarecimentos

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão nº [ ●]/2010 - Solicitação de Esclarecimentos

Prezados Senhores,

[Proponente ], por seu(s) representante(s) legal(is), apresenta a seguinte solicitação de esclarecimentos relativa ao Edital .

Número da questão

formulada

Item do Edital

Esclarecimento solicitado

Número da questão atribuída pela ANTT e que constará da ata de

esclarecimento

1

Inserir item do Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

Escrever de forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

deixar em branco

2

Inserir item do Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

Escrever de forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

deixar em branco

3 Inserir item do Escrever de deixar em branco

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242

Número da questão

formulada

Item do Edital

Esclarecimento solicitado

Número da questão atribuída pela ANTT e que constará da ata de

esclarecimento

Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

N

Inserir item do Edital ao qual se refere o esclarecimento solicitado

Escrever de forma clara o pedido de esclarecimento desejado em forma de pergunta

deixar em branco

Atenciosamente,

[Proponente ] Responsável para contato: [●] Telefone: [●] Endereço eletrônico: [●]

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243

Anexo 19 Modelo de Carta de Declaração de Regularidade ao Ar tigo 7º, XXXIII,

da Constituição Federal

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●] /2010 – Declaração de Regularidade ao Artigo 7º, XXXIII, da Constituição Federal

Prezados Senhores,

Em atendimento ao subitem 11.1 do Edital em referência, a [Proponente ], por seu(s) representante(s) credenciado(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, por si, por seus sucessores e cessionários, que se encontra em situação regular perante o Ministério do Trabalho, no que se refere à observância do disposto no inciso XXXIII, do artigo 7º, da Constituição Federal.

_________________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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244

Anexo 20 Modelo de Carta de Declaração de Inexistência de Pr ocesso Falimentar,

Concordata, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de Insolvência

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●] /2010 – Declaração de Inexistência de Processo Falimentar

Prezados Senhores,

Em atendimento ao subitem 11.1 do Edital em referência, a [Proponente ], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, por si, por seus sucessores e cessionários, que não se encontra em processo de falência, autofalência, recuperação judicial ou extrajudicial, liquidação judicial ou extrajudicial, insolvência, administração especial temporária ou sob intervenção do órgão fiscalizador competente.

_________________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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245

Anexo 21 Modelo de Carta de Declaração de Ausência de Impedi mento para

Participação do Leilão

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●] /2010 – Declaração de Ausência de Impedimento para Participação do Leilão

Prezados Senhores,

Em atendimento ao subitem 11.1 do Edital em referência, a [Proponente ], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que não está impedida de participar de processos de contratação com o Poder Público.

_________________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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Anexo 22 Modelo de Carta de Declaração de Capacidade Finance ira

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [●]/2010 – Declaração de Capacidade Financeira

Prezados Senhores,

Em atendimento ao subitem 11.1 do Edital em referência, a [Proponente ], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, sob as penas da legislação aplicável, que dispõe ou tem capacidade de obter recursos financeiros suficientes para cumprir as obrigações de aporte de recursos próprios e de terceiros necessários à consecução do objeto da Concessão . Declara, além disso, que contratou todos os seguros necessários à consecução do objeto da Concessão .

_________________________________________ [Proponente ]

[representante legal]

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Anexo 23 Modelo de Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação

Brasileira e de Renúncia de Reclamação por via Dipl omática

[local], [●] de [●] de 2010

À

Agência Nacional de Transportes Terrestres (“ANTT”)

Brasília, Distrito Federal, Setor Bancário Norte,

Quadra 02, Bloco “C”, Lote 17, Edifício Phenícia

Ref.: Edital de Concessão n° [ ●] /2010 – Declaração Formal de Expressa Submissão à Legislação Brasileira e de Renúncia de Reclamação por Via Diplomática

Prezados Senhores,

Em atendimento ao subitem 11.1 do Edital em referência, a [Proponente ], por seu(s) representante(s) abaixo assinado(s), declara, para os devidos fins, sua formal e expressa submissão à legislação brasileira e renúncia integral de reclamar, por quaisquer motivos de fato ou de direito, por via diplomática.

_________________________________________ [Proponente ] [representante legal]

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Anexo 24 Modelo de Procuração

Pelo presente instrumento de mandato, [Proponente] , [qualificação], doravante denominada "Outorgante ", nomeia e constitui seus bastantes procuradores, os Srs. [●], [qualificação], para, em conjunto ou isoladamente, independentemente da ordem de nomeação, praticar os seguintes atos na República Federativa do Brasil, em Juízo e fora dele:

(a) representar a Outorgante perante quaisquer entidades, órgãos ou departamentos governamentais, sociedades abertas ou fechadas e quaisquer agências governamentais, incluindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e o Ministério dos Transportes , para estabelecer e manter entendimentos com referidas entidades públicas, agências, órgãos ou departamentos, para receber citação e notificação de qualquer natureza, para requerer e/ou promover consultas, para requerer certificados e outros documentos e para praticar os atos necessários durante a realização do certame licitatório descrito no Edital de Concessão nº [●] /2010, inclusive para interpor recursos e renunciar ao direito de interpor recursos;

(b) assumir compromissos e/ou obrigações em nome da Outorgante e de qualquer forma contratar, fazer acordos, dar e receber quitação em nome da Outorgante ;

(c) representar a Outorgante na defesa de seus interesses em Juízo, em qualquer instância e perante qualquer Juízo ou Tribunal, inclusive mediante a contratação de advogados, com poderes especiais para confessar, transigir, desistir, fazer acordos, dar e receber quitação; e

(d) a seu critério, substabelecer, no todo ou em parte, com reserva de poderes, qualquer dos poderes aqui conferidos, nas condições que julgar ou que julgarem apropriadas.

Esta procuração tem prazo de validade indeterminado.

[local], [●] de [●] de 2010

_____________________________ [Proponente ] [representante legal]

Page 249: MINUTA – Versão de 19/06/08 EDITAL DE CONCESSÃO N ... · Anexo 14 Minuta de Acordo de Acionistas ... Falimentar, Concordata, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de

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Anexo 25 Modelo de Procuração (Proponente Estrangeira)

Pelo presente instrumento de mandato, [Proponente] , [qualificação], doravante denominada "Outorgante ", nomeia e constitui seus bastantes procuradores, os Srs. [●], [qualificação], para, em conjunto ou isoladamente, independentemente da ordem de nomeação, praticar os seguintes atos na República Federativa do Brasil, em Juízo e fora dele:

(a) representar a Outorgante perante quaisquer entidades, órgãos ou departamentos governamentais, sociedades abertas ou fechadas e quaisquer agências governamentais, incluindo a Agência Nacional de Transportes Terrestres – ANTT e o Ministério dos Transportes , para estabelecer e manter entendimentos com referidas entidades públicas, agências, órgãos ou departamentos, para receber citação e notificação de qualquer natureza, para requerer e/ou promover consultas, para requerer certificados e outros documentos e para praticar os atos necessários durante a realização do certame licitatório descrito no Edital de Concessão nº [●] /2010, inclusive para interpor recursos e renunciar ao direito de interpor recursos;

(b) assumir compromissos e/ou obrigações em nome da Outorgante e de qualquer forma contratar, fazer acordos, dar e receber quitação em nome da Outorgante ;

(c) representar a Outorgante na defesa de seus interesses em Juízo, em qualquer instância e perante qualquer Juízo ou Tribunal, inclusive mediante a contratação de advogados, com poderes especiais para confessar, transigir, desistir, fazer acordos, dar e receber quitação;

(d) receber citação para ações judiciais; e

(e) a seu critério, substabelecer, no todo ou em parte, com reserva de poderes, qualquer dos poderes aqui conferidos, nas condições que julgar ou que julgarem apropriadas.

Esta procuração tem prazo de validade indeterminado.

[local], [●] de [●] de 2010

_____________________________ [Proponente ] [representante legal]

Page 250: MINUTA – Versão de 19/06/08 EDITAL DE CONCESSÃO N ... · Anexo 14 Minuta de Acordo de Acionistas ... Falimentar, Concordata, Recuperação Judicial, Extrajudicial ou Regime de

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Anexo 26 Conteúdo mínimo do contrato de intermediação entre a Proponente e sua

respectiva Corretora Credenciada

Este Anexo será disponibilizado no sítio eletrônico da BM&FBOVESPA , em www.bovespa.com.br.