Mira Schendel 26 Agosto 2015

7/23/2019 Mira Schendel 26 Agosto 2015

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26 de Agosto a 31 de Outubro de 2015

Seg Sex 10h s 19h

Sb 10h s 14h

Rua Dr. Melo Alves, 400

Cerqueira Cesar - So Paulo

+ 55 11 3064.7575

[email protected]

www.galeriafrente.com.br

E X P O S I O

Aps 11 anos dedicando-me a leiles e exposies, senti a necessidade

de dar um novo passo prossional cujo resultado a inaugurao da

Galeria Frente. Agradeo a todos os colegas e clientes que durante estes

anos participaram do meu processo de formao prossional. Agradeo

principalmente a meu Pai que me ensinou tudo o que sabe, e a minha

famlia, que me deu o suporte emocional necessrio para encarar este

novo desao.

Inaugurar a Galeria Frente com uma exposio em homenagem Mira

Schendel uma honra e um feito de grande responsabilidade. A escolha

no poderia ter sido outra, pois alm de sempre ter tido grande apreo

pela obra de Mira, foi dela a primeira obra que vendi, h quase 15 anos, e

que me impulsionou a apostar neste ramo.

Com muito trabalho e critrio reuni cerca de 150 obras de Mira

Schendel, dos seus diversos perodos criativos, muitas delas inditas, o

que proporcionar aos visitantes um pequeno passeio por sua produo.

Aproveito a oportunidade para parabenizar Max e Ada Schendel pela

dedicao com que cuidam e zelam pela obra de Mira, e a eles tambm

agradeo imensamente pela ateno e apoio que dedicaram a todo o

projeto que cercou esta exposio.

Acacio Lisboa


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Passados mais de 25 anos desde a morte de Mira Schendel, cada novaexposio da artista capaz de nos surpreender com trabalhos poucoconhecidos ou que nunca foram expostos anteriormente. No cenrio daarte do ps-guerra, so raros os artistas que, como ela, produziram umaobra que no somente mantm a potncia ao longo dos anos, mas queainda provoca a sensao de frescor e novidade depois de tanto tempo. Epor mais que se tente enquadrar sua produo dentro de um movimentode poca ou estilo especco, a mesma escapa de toda e qualquerdenominao xa. A viso da totalidade da obra de Mira, cujo conjuntoestamos longe de conceber por completo, ampliado constantementepor novas descobertas que revelam uma fecunda diversidade de sries efamlias de trabalhos, colocando em xeque interpretaes muito rgidas.

Mira, provavelmente, trabalhava de modo incessante e sua curiosidadee mpeto de experimentao a levavam a incorporar sempre novosmateriais e prticas a seu fazer artstico. essa a primeira impressoque surge quando contemplamos o grupo de obras aqui reunidas. Aolado das sries mais conhecidas, como as Monotipias, desenhos a leosobre o nssimo papel de arroz, os Toquinhos, com letras e colagensde recortes tingidos de papel e as pinturas em tmpera e folha de ouroda fase nal de sua vida, encontramos o desenho a guache (Sem ttulo,1954) que remete s fachadas assimtricas de suas pinturas dos anos1950, mas que tambm possibilita antever elementos constitutivos destasoutras sries mais conhecidas. Apesar de ser um trabalho da fase inicialde sua trajetria, datando do ano em que Mira muda-se para So Pauloe realiza sua primeira exposio individual no Museu de Arte Moderna,este pequeno desenho j aponta a sua preferncia por uma geometriairregular em composies assimtricas, onde h o interesse em equilibrarluminosidade e transparncia com campos opacos de cor. Revela, ainda, anatureza orgnica de sua linha, ao mesmo tempo delicada e incisiva, e quesurge de maneira espontnea na superfcie do papel.

O espao inndvel de Mira Schendel

No caso de outro grupo de trabalhos pouco estudadosBordadosdo incio dos anos 1960, possvel testemunhar sem explorar o carter expansivo da tinta (ecoline) e sua no papel artesanal, onde tramas incorporam manchas foimprevisibilidade da matria. Nesses delicados desenhosvemos se formar um universo pictogramtico que se far quase toda a sua obra posterior (e ao qual pouco depois se e nmeros), numa clara lembrana de sua admirao pelo art

Joaqun Torres Garcia.No divertido Dirio de Londres (1966), no qual Mira utiliza, a

pela primeira vez, as letras decalcadas (letraset), e no desenh(1964), testemunhamos o lado espirituoso e bem-humoraque, posteriormente, iria reaparecer com fora nos raros dtinta spray dos anos 1970, em tons vivos e brilhantes, e na cdos Toquinhos, na qual brinca com a criao de uma linguagem que as letras so associadas a cores. De alguma maneirvivreaaproxima da leveza infantil, mas nada supercial, de aPaul Klee, Matisse e Volpi.

No fundo, percebe-se que em seu trabalho nada era xo: ose constitua para Mira, acima de tudo, como uma experincpor isso, em mutao. Em uma das nicas declaraes sobre ela disse que buscava eternizar por meio dos smbolos (qutramas, cores, letras, formas e gestos) o dinamismo da vida.fenomenologia, entre outras correntes loscas ocidentais esabia, por outro lado, que, como tal essa mesma experincia ao constante equilbrio de foras em tenso. Neste sentido,hoje, no podemos mais avaliar a qualidade de sua obra sconsiderao esses desdobramentos pouco ortodoxos, quepolivalncia e vigor de sua realizao.

Sem Ttulo (Bar Tangar) , 1964tmpera e basto a leo sobrepapel31 x 45 cmass. inf. dir.

Sem Ttulo (Dirio de Londres), 1966hidrocor, lpis de cor e letraset sobre papel17 x 12 cmass. na pea

TAISA PALHARES


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Sem Ttulo (Retrato para A. A. G.) , 1952leo sobre placa

100 x 80 cmassinado M. Hargesheimer


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Sem Ttulo, 1954grate, guache e verniz sobre papel

22 x 14 cmass. inf. dir.


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Sem Ttulo, 1954grate, guache e verniz sobre papel



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Sem Ttulo, 1963tmpera e verniz sobre papel



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Sem Ttulo (polptico), 1963tmpera e verniz sobre papel



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Sem Ttulo, 1963ecoline sobre papel


da srie Bordados


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da srie Bordados


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da srie Bordados


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da srie Bordados


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da srie Bordados


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Sem Ttulo, dcada de 1960ecoline sobre papel


da srie Bordados


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Sem Ttulo, dcada 1960ecoline sobre papel

30 x 23 cmda srie Bordados


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30 x 23 cmass. inf. centro

da srie Bordados


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31 x 22 cmda srie Bordados


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da srie Bordados


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Sem Ttulo, 1963ecoline e pastel seco sobre papel



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Sem Ttulo, 1963ecoline e nanquim sobre papel



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Sem Ttulo (Bar Tangar), 1964tmpera e basto a leo sobre papel



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Sem Ttulo, 1965tmpera e nanquim sobre papel



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Sem Ttulo (Dirio de Londres), 1966hidrocor, lpis de cor e letraset sobre papel

17 x 12 cmass. na pea


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Sem Ttulo, entre 1964 e 1966leo sobre papel de arroz

47 x 23 cmda srie Monotipias


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Sem Ttulo, 1964leo sobre papel de arroz


da srie Monotipias


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Sem Ttulo, dcada de 1970letraset e leo sobre papel de arroz



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47 x 23 cmass. inf. esq.

da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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47 x 23 cmass. inf. centro

da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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da srie Monotipias


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Sem Ttulo, dcada de 1970leo e letraset sobre papel de arroz tingido



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Sem Ttulo, dcada 1960tmpera sobre placa

65 x 95 cm


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Sem Ttulo, dcada 1960tmpera sobre placa

95 x 65 cm


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Sem Ttulo, dcada 1960tmpera sobre palca

65 x 95 cm


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Sem Ttulo, dcada 1960tmpera sobre tela

120 x 100 cmass. no verso


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Sem Ttulo, 1964tmpera sobre madeira



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Sem Ttulo, 1964tmpera sobre madeira

55 x 50 cm


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Sem Ttulo, dcada 1960tmpera sobre tela

100 x 100 cm


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Sem Ttulo (0,1), 1971letraset sobre papel


da srie Cadernos


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Sem Ttulo, 1971decalque sobre papel


da srie Cadernos


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I Ching, 1970ecoline sobre papel

45 x 23 cm (cada)ass. inf. dir.

obra em 6 partes


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Sem Ttulo, 1970spray e letraset sobre papel



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Sem Ttulo, 1970spray sobre papel



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50 x 26 cmass. sup. dir.


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Sem Ttulo, 1972letraset, grate e papel tingido colado sobre papel


da srie Toquinhos


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Sem Ttulo, 1972letraset e papel tingido colado sobre papel


da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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Sem Ttulo, 1972letraset sobre papel


da srie Toquinhos


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Sem Ttulo, 1972letraset sobre papel


da srie Toquinhos


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Sem Ttulo, 1972letraset, grate e papel tingido colado sobre papel


da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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da srie Toquinhos


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Sem Ttulo, 1972ecoline e folha de ouro sobre papel



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Sem Ttulo, 1975ecoline e folha de ouro sobre papel



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Sem Ttulo, 1975ecoline, folha de ouro e papel tingido colado sobre papel



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Sem Ttulo, dcada 1970folha de ouro sobre papel

30 x 15 cm


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Sem Ttulo, 1970tcnica mista sobre papel



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Sem Ttulo, 1978decalque, ecoline, grate e papel tingido colado sobre papel



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Sem Ttulo, 1978aquarela e pastel sobre papel



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Sem Ttulo, 1978ecoline e tmpera sobre papel


Sem Ttulo, 1978ecoline e tmpera sobre papel



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Sem Ttulo, 1978folha de ouro e papel tingido colado sobre papel



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Sem Ttulo, dcada de 1980folha de ouro e papel artesanal colado sobre papel



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Sem Ttulo, dcada de 1980guache e grate sobre papel

46 x 24 cm


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Sem Ttulo, 1980ecoline sobre papel colado sobre papel



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Sem Ttulo, 1980ecoline, folha de ouro e papel tingido colado sobre papel



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Sem Ttulo, 1980basto e folha de ouro sobre papel



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Sem Ttulo, 1981ecoline e basto oleoso sobre papel



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Sem Ttulo, 1982aquarela, basto de leo e folha de ouro sobre papel



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Sem Ttulo, dcada de 1980tmpera e folha de ouro sobre madeira

70 x 45 cm


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Sem Ttulo, 1983tmpera e folha de ouro sobre placa



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Sem Ttulo, 1984tmpera e folha de ouro sobre placa



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Sem Ttulo, 1986

tmpera e folha de ouro sobre placa

90 x 160 cm

ass. no verso


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Myrrha Dagmar Dub nasce em 7 de junho de 1919, em Zurique, na Sua, lha de Karl Saveria. At os trs anos, vive em Zurique e em Berlim e, aps a separao dos pais, em com a me para Milo, na Itlia. Durante a infncia e a adolescncia recebe educao rEstuda arte em uma escola livre de 1930 a 1936 e, a partir de 1937, passa a estudar losoCattolica del Sacro Cuore. Embora batizada e crescida na f catlica, deixou a universidade de curso, refm de um decreto-lei que proibia estrangeiros de origem judaica, como efaculdades italianas.

Por volta de 1941, Mira inicia viagem para Sa, na Bulgria, onde passaria a viver com umNo entanto, enquanto passa por Viena, a caminho de seu destino, as tropas nazistas aleHungria. Na capital austraca, acaba se integrando a um grupo de refugiados que rumavIugoslvia. Em Sarajevo, ela conhece o croata catlico de ascendncia austraca Jossip Hargquem se casa e obtm documentos e passaporte croatas, j que havia perdido a cidadani

Com o m da Segunda Guerra Mundial, o casal parte para a Itlia onde permanece atem Milo e depois em Roma. Entre maio de 1948 e julho de 1949, Mira trabalha numinternacional de refugiados. Contudo, devido s diculdades econmicas, o casal decida Amrica, tendo como possveis destinos a Argentina, o Canad e os Estados Unidos. Mprimeiramente pela Comisso Brasileira de Imigrao. Logo, em meados de agosto de 19Rio de Janeiro. No Brasil, Mira registrada com seu nome de casada, Mira Hargesheimer.viagem para o sul do pas, instalando-se em Porto Alegre.

Na capital gacha, Mira passa a pintar e fazer cermicas, dando incio carreira artscursos de desenho de modelo-vivo e escultura na Escola de Belas Artes de Porto Alegre. Tracomo desenhista na Tipograa Mercantil. Realiza sua primeira exposio individual no audCorreio do Povo em outubro de 1950, com pinturas e desenhos de retratos, paisagens e natAs reaes positivas exposio encorajam Mira a enviar trabalhos para o jri de seleo Museu de Arte Moderna de So Paulo, na qual aceita e participa da seo de pintura cPaisagem(sem data), assinando com o nome de casada, Mira Hargesheimer.

Cronologia Mira Schendel


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Entre 1951 e 1953, premiada em sales na Bahia eno Rio Grande do Sul e, em 1952, realiza outra exposioindividual em Porto Alegre. Nesse perodo, visita, na capitalgacha, mostra dos artistas uruguaios presentes naBienal de 1951, encantando-se com o trabalho de JoaqunTorres Garca. Apesar de seu relativo sucesso, reclama doisolamento que sente em Porto Alegre, e comea a planejarsua mudana para So Paulo. Transfere-se para a capital

paulista sozinha em julho de 1953. A partir de ento, nuncamais viver com Jossip Hargesheimer.Em So Paulo, frequenta conferncias, concertos e mostras

de cinema. Torna-se scia do Museu de Arte Moderna de SoPaulo (MAM-SP) e aproxima-se dos artistas Antonio Bandeira,Bruno Giorgi, Fayga Ostrower e Paolo Rissone. Inscreve-sena seleo para a 2 Bienal do Museu de Arte Moderna deSo Paulo, mas por insatisfao com o prprio trabalho, nochega a enviar nenhuma pintura. Ainda em 1953, conhece seufuturo marido, o livreiro Knut Schendel. Sobre sua mudanapara o Brasil, declara: Hoje faz 4 anos que desembarquei. Eraum dia com muito sol como este, mas para mim triste, poisno queria ter vindo. Agora diferente.

Apenas em 1954 decide apresentar novamente seutrabalho para o pblico, fazendo uma exposio individualno MAM-SP, na qual mostra composies em que trabalhacom geometria e assimetria. Participa, ainda como MiraHargesheimer,da 3 Bienal do Museu de Arte Moderna deSo Paulo, em 1955. Na ocasio, apresenta duas pinturas atmpera intituladas Composio n 4, 1954, e Composio n5, 1955. Nota-se, no entanto, que desde 1953 assina seusquadros somente com o prenome Mira.

De 1954 a 1956, produz o grupo de trabalhos conhecidocomo Geladeiras e Fachadas. Essa produo lhe traz oreconhecimento de parte importante da crtica de arte,datando desse perodo o incio de sua amizade com o fsicoe crtico de arte Mario Schenberg, o psicanalista, poeta,tradutor e crtico de arte Theon Spanudis e o escritor elsofo Vilem Flusser.

Em 1956, Mira e Knut passam a viver juntos e, em 1957,nasce Ada Clara, sua nica lha. Casam-se em 1960, e a

artista muda o nome para Mira Schendel. Entre 1957 e 1961,produz e expe muito pouco. A nica exposio conhecidado perodo uma mostra de cartes de Natal para umagaleria no Rio de Janeiro, em 1960.

Volta a produzir intensamente a partir de 1962 e retomasua carreira artstica com a srie Bordados, exposta naGaleria Selearte, em So Paulo. No ano seguinte, faz umamostra individual na Galeria de Arte So Luiz com pinturas

matricas em cores opacas. O texto de apresentao escrito por Mrio Pedrosa. No mesmo ano, Mira participa da4 Bienal de So Paulo com pinturas.

Em texto de 1964, por ocasio da exposio MiraSchendel: leos e desenhos, na Galeria Astreia, em So Paulo,o crtico de arte Mario Schenberg aponta pela primeira vezuma aproximao da artista arte e losoa oriental.Nesse perodo, paralelamente s pinturas abstratas, fazdesenhos em grandes dimenses com motivos de frutas,copos, garrafas e xcaras em nanquim e tmpera sobrepapel mido. Algumas dessas guras reapareceriam nosdesenhos da srie Mais ou Menos Frutas, da dcada de1980. Tambm comea a utilizar textos, letras e palavrascomo elementos visuais.

Entre 1963 e 1964, inicia numerosas e distintas sriesde carter experimental que tm como ponto de partidafolhas nssimas de papel de arroz. Primeiro desenvolvea srie conhecida como Monotipias: aproximadamente 2mil desenhos feitos em cerca de dois anos com tinta aleo sobre papel de arroz, numa apropriao bastanteoriginal da tcnica da monotipia. Em 1965, produz a srieBombas, desenhos em nanquim sobre papel mido, queexpe na Petite Galerie, no Rio de Janeiro. Nesse mesmoano, expe oito desenhos da srie Monotipiasna 8 Bienalde So Paulo. O conjunto intitulado Canto aos Jovens (a

propsito de Stockhausen). Nessa srie, que se tornou umcone de sua produo, Mira cria um universo de palavrasescritas em diferentes idiomas, como italiano, francs,ingls, croata e principalmente alemo.

Ainda em 1965, por intermdio do artista brasileiroSergio Camargo, conhece o crtico de arte ingls Guy

Brett e o galerista Paul Keeler, que se interessam por seutrabalho. Mira convidada por eles a integrar a exposioSoundings Two na Signals Gallery, em Londres. No anoseguinte, realiza uma exposio individual na mesmagaleria, na qual apresenta o Trenzinho e as Droguinhas,todos esculturas em papel de arroz, um marco emsua carreira internacional. Mas antes de partir para aabertura da exposio na Inglaterra, apresenta suas

delicadas esculturas no Museu de Arte Moderna do Rio deJaneiro (MA M-RJ), cujo catlogo traz como apresentaoum poema de seu amigo Haroldo de Campos. Nessaprimeira visita Europa depois da mudana para o Brasil,Mira aproveita para reencontrar a artista e amiga AmeliaToledo em Portugal, onde tambm realiza exposioindividual com desenhos da srie Monotipias, na GaleriaBuchholz, em Lisboa.

Em 1967, apresenta pela primeira vez seus ObjetosGrfcos na 9 Bienal de So Paulo. No ano seguinte, convidada a representar o Brasil na 34 Biennale diVenezia, juntamente com Lygia Clark, Farnese de Andrad ee Anna Letycia Quadros. No pavilho brasileiro mostradoze Objetos Grfcos. Em 1969, Mira convidada aparticipar da 10 B ienal de So Paulo, que cou conhecidacomo a Bienal do Boicote, pois diversos artistas nacionaise internacionais se negaram a participar em protestocontra a represso militar. Mira apresenta a instalaoOndas paradas de probabilidade.

A dcada de 1970 traz transformaes para seutrabalho: ela passa pouco a pouco das preocupaes coma transparncia e a linguagem para a explorao da cor,da pintura e o uso de folhas de ouro. Tambm aprofunda

os estudos sobre Jung e sobre a losoa oriental. Algunstrabalhos testemunham esse interesse: os desenhoscoloridos da srie Mandalase o conjunto de telas e desenhosconhecidos como I Ching, que foram apresentados em 1981na 16 Bienal de So Paulo.

Em 1971, apresenta pela primeira e nica vez a sriede objetos manipulveis conhecida como Cadernos , no

Museu de Arte Contempornea da UniverPaulo (MAC-USP), a convite de Aracy Amaracomeam a ser criados em 1972, e assocgrcos a pequenas formas geomtricas coloartesanal tingidos pela prpria artista. Vouma ltima vez com o acrlico transparentde esculturas denominados Transformveisque so apresentados pela primeira vez na

Camargo, em So Paulo, ainda em 1972.Com os Datiloscritos de 1974, alcana

impacto visual em composies feitas comde escrever. Em 1975, Mira realiza um dos csingulares de sua carreira, o trabalho HDeus-Pai do Ocidenteem tinta spray e letrAinda no mesmo ano, inicia a srie de pintartesanal com aplicaes de folhas de ougenericamente como Papis japoneses. Emsrie chamada Paisagem de Itatiaia.

Suas pinturas em tmpera com aplicaouro so expostas pela primeira vez emPanorama da Arte Brasileira do MAM-Sprimeira exposio individual com essas pem 1982, na Galeria Paulo Figueiredo, eEntre 1981 e 1983, Mira executa sries moem papel artesanal nas quais faz pequegeomtricos em carvo, nanquim ou relevoapresentadas em galeria de So Paulo. A ecdesses trabalhos assemelha-se s grandetmpera branca e preta que anunciariam da artista, os Sarrafos: doze pinturas a tchapas de madeira de aproximadament

sobre as quais a artista prende em diferesarrafos de madeira pintados com tmperEsses trabalhos so apresentados simultaduas galeria de So Paulo, em 1987.

Em 1988, durante viagem Alemanha, Mira com cncer de pulmo. Ela viria a falecer emmesmo ano, em So Paulo.


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REALIZAOGaleria de Arte Frente

DIREOAcacio Lisboa

TEXTOTaisa Palhares

PROJETO GRFICOAcacio Lisboa / Ariel From

FOTOGRAFIAAriel From

CONSULTORIARoberto Bertani

REVISOMariana Nacif [email protected]

IMPRESSO E ACABAMENTOGrca e Editora GSA

PRODUO GRFICAJamal Jamil El [email protected]

ASSESSORIA DE IMPRENSAIndex [email protected]

MONTAGEMCcero [email protected]

AGRADECIMENTO ESPECIALAda e Max Schendel

AGRADECIMENTOSAgradeo a todos os amigos e colecionadoresque disponibilizaram as obras para exposio,aos colaboradores e minha famlia.

GALERIA DE ARTE FRENTERua Dr. Melo Alves, 400Cerqueira Cesar - SP+55 11 3064.7575galeriafrente@galeriafrente.com.brwww.galeriafrente.com.br

TAISA PALHARESCuradora e crtica de arte, trabalhou naPinacoteca do Estado de So Paulo entre2003 e meados de 2015, onde foi responsvelpelas exposies retrospectivas dos artistasPaulo Monteiro (Estao Pinacoteca, 2008) eMira Schendel, em co-curadoria com a Tate(Tate Modern, Museu Serralves, Pinacoteca,2013/2014), entre outros trabalhos depesquisa, curadoria e organizao de cursose catlogos. Recentemente foi curadora daexposio Monotypes de Mira Schendelna galeria Hauser & Wirth (Londres, 2015). doutora em Filosoa pela Universidade de SoPaulo e professora de Esttica do Instituto deFilosoa e Cincias Humanas de Unicamp.

O E S P A O I N F I N D V E L D E M I R A S C H E N D E L


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Mira Schendel 26 Agosto 2015