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MISTER É TORNAR O “PRESENTE MAIS INTELIGÍVEL”: A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO POR THOMAS R. GILES Aline de Morais Limeira Fundação Biblioteca Nacional [email protected] Palavras-chave: historiografia da educação; educação norte-americana; educação brasileira. “Uma sociedade sem história é incapaz de projeto” (Proust, 2009, p. 272). Talvez por isso, muitos foram (são) os investimentos cujo intento é refletir acerca das experiências educacionais de outros tempos, outros espaços, outros sujeitos. Neste caso, a escrita funciona como um dispositivo. A historiografia procura legitimar sua autoridade, querendo provar que o lugar onde se produz é capaz de compreender o passado, “fingindo no presente o privilégio de recapitular o passado num saber(Certeau, 2007, p.17). Desta feita, este estudo pretende compor uma série de investimentos que vem sendo realizados, a partir das parcerias entre instituições ou pesquisadores, dos estudos que tem circulado em livros, revistas ou nos eventos, com intuito de refletir acerca de alguns aspectos relacionados à constituição e organização do campo da História da Educação, no que se refere à produção e circulação deste saber no Brasil e na América. A exemplo pode ser mencionada a obra História da Educação na América Latina: Ensinar & Escrever organizada pelos professores das universidades José Gonçalves Gondra (UERJ) e José Cláudio Sooma (UFRJ), publicada pela editora da UERJ no final de 2011, ou mesmo o estudo recente concluído em nível de doutorado por Roberlayne Borges i na Universidade Federal do Paraná, entre outros. Portanto, o objetivo que se constitui aqui é o de inventariar a escrita da História de Educação erigida numa experiência particular e se justifica por considerar que as fronteiras que definem diferentes modos de ver e explicar a História da Educação brasileira são menos nítidas do que muitas vezes podem aparentar” (Xavier, 2011, p.19), haja vista que muitas vezes há diálogos estabelecidos entre perspectivas diversificadas. História da Educação é o título do livro publicado em 1987 por Thomas Ransom Giles. No contexto, já havia circulado no Brasil uma série de investimentos relacionados ao campo da História da Educação, mormente no que se refere às iniciativas da Coleção Atualidades Pedagógicas da Companhia Editora Nacional. Algumas destas iniciativas compuseram a Biblioteca Pedagógica Brasileira dirigida por Fernando de Azevedo (1931- 1945) e Damasco Penna (1946-1978). Onze é o número de manuais de História da Educação

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MISTERTORNAROPRESENTEMAISINTELIGVEL:AHI STRI ADA EDUCAO POR THOMAS R. GILES Aline de Morais Limeira Fundao Biblioteca Nacional [email protected] Palavras-chave: historiografia da educao; educao norte-americana; educao brasileira. Uma sociedade sem histria incapaz de projeto (Proust, 2009, p. 272). Talvez por isso,muitosforam(so)osinvestimentoscujointentorefletiracercadasexperincias educacionais de outros tempos, outros espaos, outros sujeitos. Neste caso, a escrita funciona como um dispositivo. A historiografia procura legitimar sua autoridade, querendo provar que o lugar onde se produz capaz de compreender o passado, fingindo no presente o privilgio de recapitular o passado num saber (Certeau, 2007, p.17). Destafeita,esteestudopretendecomporumasriedeinvestimentosquevemsendo realizados,apartirdasparceriasentreinstituiesoupesquisadores,dosestudosquetem circulado em livros, revistas ou nos eventos, com intuito de refletir acerca de alguns aspectos relacionados constituio e organizao do campo da Histria da Educao, no que se refere produo e circulao deste saber no Brasil e na Amrica. A exemplo pode ser mencionada aobraHistriadaEducaonaAmricaLatina:Ensinar&Escreverorganizadapelos professores das universidades Jos Gonalves Gondra (UERJ) e Jos Cludio Sooma (UFRJ), publicadapelaeditoradaUERJnofinalde2011,oumesmooestudorecenteconcludoem nvel de doutorado por Roberlayne Borgesi na Universidade Federal do Paran, entre outros. Portanto,oobjetivoqueseconstituiaquiodeinventariaraescritadaHistriade Educaoerigidanumaexperinciaparticularesejustificaporconsiderarqueasfronteiras que definem diferentes modos de ver e explicar a Histria da Educaobrasileira so menos ntidasdoquemuitasvezespodemaparentar(Xavier,2011,p.19),hajavistaquemuitas vezes h dilogos estabelecidos entre perspectivas diversificadas.HistriadaEducaoottulodolivropublicadoem1987porThomasRansom Giles.Nocontexto,jhaviacirculadonoBrasilumasriedeinvestimentosrelacionadosao campodaHistriadaEducao,mormentenoquesereferesiniciativasdaColeo AtualidadesPedaggicasdaCompanhiaEditoraNacional.Algumasdestasiniciativas compuseramaBibliotecaPedaggicaBrasileiradirigidaporFernandodeAzevedo(1931-1945) e Damasco Penna (1946-1978). Onze o nmero de manuais de Histria da Educao publicados pela CAPnos anos de 1930a 1970, entre estes Noes deHistria da Educao (1933),deAfrnioPeixoto;HistriadaEducao(1939),dePaulMonroe;Noesde HistriadaEducao(1945),deTheobaldoMirandaSantos;HistriadaEducaoeda Pedagogia (1955), de Lorenzo Luzuriaga e Histria da Pedagogia (1957), de Ren Hubert.Entretanto, o movimento de escrita deste saber na forma de manual se deu igualmente como investimento de diversos outros sujeitos e instituies. grande o nmero de editoras e autoresquefizeramcircularemlivroalgunsconhecimentos,abordagenseinterpretaes relacionadosHistriadaEducaonoBrasilenomundo.Semapretensodeesgotarna lista todos os investimentos, possvel elencar algumas destas obras: Dcada de 1930 PequenahistriadaEducaoMadreFranciscaPeeterseMadreMariaAugustadeCooman,pela Editora Cia. Melhoramentos (1936) Dcada de 1940 Histria da Educao Bento de Andrade Filho, pela Editora Saraiva (1941) Esboo da Histria da Educao Ruy de Ayres Bello, pela Companhia Editora Nacional (1945)Dcada de 1950 Pequena Histria da Educao Ruy de Ayres Bello, pela Editora Brasil (1957)Histria da Educao Bento de Andrade Filho, pela Editora Saraiva (1953)PrimrdiosdaEducaonoBrasil:oPerodoHerico(1549a1570)LuizAlvesdeMattos,pela Editora Aurora (1958)Dcada de 1960 Histria da educao LusoBrasileira Tito Lvio Ferreira, pela Editora Saraiva (1966)Dcada de 1970 Histria da educao brasileira Jos Antonio Tobias, pela Editora Juriscredi (1977)Histria da Educao Brasileira: a organizao escolar Maria Luisa Santos Ribeiro, pela Editora Cortez & Moraes (1978)Histria da Educao no Brasil Otaza de Oliveira Romanelli, pela Editora Vozes (1978)As Origens e a Evoluo da Educao Moderna Elizabeth S. Lawrence, pela Editora Cortez (1974) Histriadaeducaobrasileira:aorganizaoescolarMariaLusaSantosRibeiro,pelaEditora Cortez & Moraes (1978) Fundamentos daeducao: histriaefilosofadaeducaoGilberto Vieira Cotrim, MrioParisi, pela Editora Saraiva (1979)A Histria da Educao atravs dos textos Maria da Glria Rosa, pela Editora Cultrix (1978) Histria da Educao Moderna Frederik Eby, pela Editora Globo (1978) Histria Geral da Pedagogia Francisco Larroyo, pela editora Mestre Jou (1974) Dcada de 1980 Histria da Educao Roger Gal, pela Editora Nacional (1987) Filosofia e Histria da Educao Claudino Piletti e Nelson Piletti, pela Editora tica (1986) Estado e Educao na Histria Brasileira 1750 / 1922 Leonardo Trevisan, pela Editora Moraes (1987) Viso panormica da Histria da Educao na Europa Irmo Pierri Zind, pela Editora do Centro de Estudos Maristas (1987) Historia e Pensamento na Educao Brasileira Regis de Morais, pela Editora Papirus (1985) Histria Esquemtica da Educao e das Universidades no Mundo David Carneiro, pela Editora UFPR (1984) Apartirdestequadro,apesardeincompletoeprovisrio,possvelconstataro desenvolvimentodomercadoeditorialedoseuinteresseporumprodutocujademandaera proporcionalmente crescente. Diferentes editoras e autores, a partir de diversificadas filiaes nos campos religioso, filosfico ou educacional, tornaram-se responsveis pela ampliao da produo e da circulao de manuais de Histria da Educao no nosso pas. Nodilogocomointeresseporesquadrinharmecanismos,redesdesociabilidades, investimentosemtradues,criaodecolees,participaodedeterminadosautorese campos, narrativas empregadas, entre outros aspectos que esto articulados a este movimento no campo o estudo propem pensar mais detidamente acerca da nica edio deHistria da Educao,porThomasRansomGilesque,diferentementedoqueaparecenapesquisade Roberlayne Borges no um manual estrangeiro publicado no pas (Roballo, 2012, p.139). Trata-se de um livro escrito por um autor de nacionalidade estrangeira radicado no Brasil h 22 anos (em 1965) quando o publica em 1987 em portugus: ThomasGilesnasceu(Abril,1937)efaleceu(Junho,2009)emNovaIorquenos Estados Unidos, mas foi radicado no Brasil em 1965, onde provavelmente viveu at o final da dcadade1990.Estasparcasinformaessoosvestgiospossveisdelocalizarato momento,apartirdeumcruzamentodedadosdisponibilizadosemnotabiogrficaquese repete em alguns de seus livros e por sucessivos investimentos de pesquisas na internet.O que se sabe, a partir dos indcios dados a ver nestes materiais sinalizados, que sua filiao intelectual, pessoal e profissional se deu pela aproximao com o campo da filosofia e com a doutrina religiosa do catolicismo, tendo sido indicado, inclusive, como padre por uma das editoras pelas quais teve seus livros publicados. De seu nascimento sua morte possvel saberapenasqueThomasGilesdoutorou-seemHistriadaFilosofiapelaUniversidadede Louvainem1964amaisantiga,amaioreamaisproeminente universidade da Blgica, deacordocomainstituio.Fundadaem 1425,auniversidadedesmembrou-seemoutras duas no ano de 1968: a Katholieke Universiteit Leuven (holandesa) e a Universit Catholique deLouvain(francesa).NositeoficialnaUniversidadeCatlicadeLouvainconstaqueO amplo recrutamento de seus professores, seus pesquisadores, estudantespretendeimpor os mais altos padres de qualidade (Disponvel em http://www.uclouvain.be).NoBrasil,instalou-seemSoPauloondeministrouaulasnoCursoSuperiorde FilosofiadoMosteirodeSoBentoii,emoutrasfaculdadesparticulares,enaUniversidade de So Paulo, como informado por seu editor.No ano de 1999, quando j somava alguns livros publicados, fundou com os demais membros a Sociedade Brasileira de Fenomenologia, cujos fins so exclusivamente educacionais, culturais e cientficos.iii OlivrofoipublicadopelaEditoraPedaggicaeUniversitria(EPU)ivquandoj residianopash22anosejhaviaescritooutroslivros.Comestaempresaeseu proprietrio,WolfgangKnappalemoqueresidianoBrasildesde1961eadquiriuo empreendimento no qual j trabalhava como diretor em 1984 estabeleceu parceria de alguns anos.Thomas Giles publicou mais de 10 livros: Histria do existencialismo e da fenomenologia (EPU, 1975 e 2 Ed. 1989) Introduo Filosofia (EPU, 1979) O que filosofar? (EPU, 1984) Estado, Poder, Ideologia (EPU, 1985). Filosofia da Educao - Coleo Temas Bsicos de Educao e Ensino (EPU, 1983 e 2 ed. 1987) Teologia em perspectiva (EPU, 1990) Dicionrio de Filosofia Termos e Filsofos (EPU, 1993) A filosofia: origem, significado e panorama histrico (EPU, 1995) A filosofia e as cincias exatas ou naturais (EPU, 1995) no h imagem disponvel Jerusalm e Atenas. Filosofia e Teologia (EPU, 2001) Nietzsche no limiar do sculo XXI(EPU, 2003 e 2 Ed. 2008) Somadas a estas publicaes h outros investimentos do autor com as editoras Santuriov e Vozesvi: Rumos da pastoral vocacional (Editora Santurio, 1976) no h imagem disponvel Coragem! O senhor te chama (Editora Santurio, 1978) no h imagem disponvel Hora santa vocacional. Senhor que queres que eu faa? (Editora Santurio, 1983) Crtica fenomenolgica e experimental da psicologia experimental em M. Merleau-Ponty (Editora Vozes, 1979) Considerando a leitura dos ttulos mencionados,o ano de publicao dos livros,as empresas do mercado editorial mobilizadas e os temas arrolados em cada obra possvel constatar que Giles publicou obras de temas distintos e em trs diferentes editoras em pocas concomitantes. O conjunto de obras remete aos campos da filosofia, filosofia da educao, histria da educao, educao, doutrina crist e teologia. As marcas da religiosidade e da filosofia aparecem explicitamente nos vestgios (de parte de) sua formao em filosofia numa instituio catlica, que foi possvel identificar. Thomas RansomGilescomeouasua trajetria depublicaesquandocompletouumadcada residindonopas.Quaisforamosvnculos,experinciaseinvestimentospessoaisouprofissionais estabelecidos desde o ano de 1965, quando chegou ao pas? Como se deu o processo de concesso do visto de permanncia (cuja indicao que tenha sido concedido no mesmo ano em que chega ao Brasil)? Por queretornouaosEUA?Seriainteressantelocalizarmaisinformaesquepudessemesclarecersua aproximao com grupos religiosos como Mosteiro de So Bento (SP), Editora Santurio, Editora Vozes, comocampodafilosofiadaeducao,comaEditoraPedaggicaeUniversitria,comquempublicou grande parte de suas obras, bem como seu interesse pela escrita de um manual de Histria da Educao.Atinente sua aproximao com o campo da educao pela filosofia e pela histria hiptese que tenhasidodesenvolvidaapartirdesuasexperinciasnomagistrio(nasfaculdadesparticularesdeSo Paulo, USP e Mosteiro de So Bento, como indicado) ou por orientao editorial. Com mais, sabido que aHistriadaEducaonoBrasilestevefortementemarcadaemsuaemergnciacomocampode conhecimentopelarelaocomaFilosofiadaEducaonosentidodeambascomporemdisciplinas escolares de Fundamentos da Educao nos cursos de formao de professores. Neste sentido, era bastante comum acompanhar os conhecimentos desta matria circulando em manuais como relatos da histria das ideiaspedaggicas,narrativadosgrandespensadores,daevoluodosmodelospedaggicosno tempo. Uma experincia particular de escrita: Histria da Educao Interessa analisar uma experincia particular deescritarefletindo acercados dilogos estabelecidospelosacerdoteThomasGilesnas304 pginasdo seu manual.Em 22captulos,ele pretendeu realizar um estudo que sintetizasse as questes educacionais em alguns pases desde os temposprimitivosaofinaldadcadade1980,seutempoatual.Oempregoderecortes cronolgicos sempre implica determinados efeitos. Pode-se tanto compreender que voltar to longenocedermiragemdasorigensindefinidamentereproduzidasdainovao,mas permiteapreciarmelhorasignificao,aamplitudeetambmoslimitesrecolocando-aem umcontextoqueaviunascerequeatornoupossvel,quantoentenderqueesteolhar panormico pode ceder a simplificaes (Revel, 2010, p.22). OfatoqueoautordeHistriadaEducaoprocuroupensardeformaconjunta algumastradies,modeloseideiasenquantorelataexperinciasdeescolarizaoou sistemas de ensino. Para Giles a histria das ideias, das instituies e o processo educativo so inseparveis (p.1). Um aspecto geral da sua narrativa pode ser percebido pelo sumrio apresentado no livro, a saber: 1.O homem primitivo e o processo educativo 2.O simbolismo: a expresso escrita e o processo educativo (1 subttulo) 3.A tradio da Grcia (6 subttulos) 4.A tradio de Roma: a formao do cidado (6 subttulos) 5.A tradio hebraica (6 subttulos) 6.A tradio crist (9 subttulos) 7.A tradio feudal (12 subttulos) 8.A presena islmica e o processo educativo 9.A fundao das universidades (6 subttulos) 10. A tradio renascentista (11 subttulos) 11. A expanso do humanismo e o processo educativo (6 subttulos) 12. O humanismo cristo e o processo educativo (12 subttulos) 13. A tradio moderna (7 subttulos) 14. A caminho do Iluminismo: a extenso do processo educativo (8 subttulos) 15. O iluminismo (4 subttulos) 16. A poca das revolues e o processo educativo (4 subttulos) 17. O incio dos sistemas nacionais (4 subttulos) 18. As reformas liberais e a reao conservadora (6 subttulos) 19. As cincias exatas e o processo educativo (3 subttulos) 20. A aurora de uma poca no processo educativo (9 subttulos) 21. O planejamento nacional e o processo educativo (4 subttulos) 22. Quadros da Histria do processo educativo no Brasil (5 subttulos) Como possvel observar, para Giles Histria da Educao compete no somente o relato das diversas tradies educativas mas, sobretudo, a tarefa de ajudar a formar uma viso crticadasmesmas(p.1).Paraempreendertaltarefa,oautordialogoucom55ttulosque figuramemsuabibliografia,sendobrasileiroseestrangeiroscujasobrasforampublicadas entreosanosde1912(MariaMontessori)e1978(ValmirChagas).Entreos22autores estrangeiros,agrandemaioriadelivrospublicadosnosEUA,comexceodetrs publicaes de Londres e uma francesa. Contando um total de 13 obras brasileiras, a lista de autoresconvidadosaodilogoapresentaosseguintesnomes:JaymeAbreu,Fernandode Azevedo, Florestan Fernandes, Tito Livio Ferreira, Paulo Freire (citado tambm em Filosofia da Educao, 1983), Cruz Costa, Edgar Carone, Luiz Antonio R. da Cunha, Maria de Lourdes Mariotto Haidar, Otaza Romanelli, Jorge Nagle, Ruy Afonso da Costa Nunes.Osindicativosdesveladosporsuasrefernciasbibliogrficas,asquaisaparecem exclusivamentenapartefinaldolivronotendosidocitadasaolongodotextoso evidnciasdeseuinvestimentonaHistoriografiadaEducao,relativamenterecenteao perododepublicaodolivro.HindicaodelivrosdeHistriaemanuaisdeHistriada Educao.Comisso,aindaquesuaformaoestivesseancoradanocampodafilosofia, ThomasGilesinvestiunolevantamento(nopossvelafirmarquenaleituratambm)das produes relacionados ao projeto que, aparentemente, soa como desvio na comparao com osdemais.Talvezestasrefernciasbibliogrficasindiquemoreconhecimentodaautonomia entre disciplinas tradicionalmente identificadas como unidade, expresso de fundamentos da educao.Certamente,FilosofiadaEducaoeHistriadaEducaomobilizamdiferentes ferramentas ou instrumentos e evidenciam as complexidades do processo educativo no tempo e no espao com perspectivas particulares, embora dialoguem. Odispositivodaescritaresultaemdeterminadosefeitos.Nodesenvolvimentodesta escrita,objetodoestudo,soerigidasrepresentaesgeraisacercadoprocessoeducativo. Neste caso, interessa atentar ao que dado a ver na narrativa acerca do continente em que est inserido o prprio autor: Amrica. Quais so os aspectos postos em destaque no que se refere s experincias educativas no Brasil e nos Estados Unidos? Que compreenso forjada? Que comparao elaborada? Como a operao que desenvolve?Sabendo que enquanto falam da histria esto sempre situados na histria (Certeau, 2007,p.32),oestudoquerveroqueThomasGilesapreendecomoHistriadaEducao Norte-AmericanaeBrasileira.Nestecaso,interrogamosarepresentnciaoua intencionalidade do discurso histrico em Giles (Ricoeur, 2008, p.2). Em se tratando de educao, EUA assume a dianteira Emalgunscaptuloscomo17.3OsEstadosUnidos:aeducaoparao republicanismo, 21.1 Os Estados Unidos e os pases da Europa do Norte, 20.4.2 A escola, laboratriosocial:JohnDewey,ThomasGilesempregadadosestatsticos,discorreacerca das questes de gnero raciais e estabelece comparaes com outros pases (Inglaterra, Nova Zelndia,Irlanda,Canad,Frana,Alemanha,Blgica,ustria).Somadaaestasoperaes, destaca ainda diferentes foras que atuaram em prol da escolarizao no seu pas, mormente o papeldesempenhadopelosreligiosos,sobretudocatlicosque,segundoele,sentemum desafio muito mais profundo que os problemas doutrinrios que deveriam enfrentar no sculo XVI (p.268). Para ele, no incio do sculo XX, em termos estatsticos, os Estados Unidos assumem a dianteira como pas que expande os horizontes do processo educativo (p.265). Entretanto, a questoracial,almdeoutrosargumentoselitistasfizeramesbarraraimplementaode ideaiseducativos,incluindoocumprimentodalegislaosobreaobrigatoriedadeda escolarizao (p.265).OpadreGilesapresentaaindaoprojetodeescolarizaocomoalgoderramadopor todasociedade,tendosidoinclusivefomentadoporiniciativasdegrupossociaiscomoos negros que criavam escolas primrias, secundrias e tambm faculdades. Na sua perspectiva, o sculo XX apresenta um quadro de estruturao quando, por exemplo, em 1917 instituiu-se oCertificadoEscolarcujafinalidadeerauniformizaraindamaisosistema(p.267).Este quadrodedesenvolvimento,noentanto,noescondeofatodequehaviaumamaioriados filhosdeoperriosaindaexcludosdaescolarizaoformal.Deummodogeral,Thomas Giles aponta existir um princpio norteador da instruo oferecida populao, trata-se de sua democratizao.Nestesentido,umexemploapontadoporeleadireoestabelecidapor legislaode1919,queexigiaquetodososestadosintroduzissemumaescolaelementar comum para todas as crianas. A educao entre ns: BrasilParaele,hfatoresquecondicionamoprocessoeducativo(p.283)e,nocaso brasileiro,osfatoressoculturais,polticoseeconmicos.Nassuaspalavras,entrens (p.283)aheranaculturallusaaparececomosinaldeatraso,descolamentocomarealidade local,sendoumagrandebarreiraaextensodoterritrioe,consequentemente,osconflitos constantes entre poder local e poder central (p.285). Em 22.1 poca colonial, imperial e o incio do perodo republicano, Giles discorre a respeito de mais de quatrocentos anos de histria em cinco pginas, afirmando a importncia dopapeldaCompanhiadeJesusnaconstituiodosistemaescolarbrasileiro,enquanto enumeraexemplosdecolgios,seminrioseinstituiescriadosemantidosporestes religiosos. O papel do Estado assinalado como de grande importncia no momento em que obrigadoaassumirtodaaresponsabilidadepeloprocessoeducativo(p.286),quandoos Jesutas so expulsos. Para ele, o sculo XIX apresenta um quadro muito diferente nos termos polticos, culturais e econmicos, o que resulta na criao de instituies culturais e de ensino. No entanto, o empenho do Imprio se deu com medidas para desenvolver o ensino superior e no os outros nveis de ensino (p.287). Em22.2ApocamodernaenovosrumosnoprocessoeducativoThomasGiles destaca a urgncia de fundar uma nova ordem scio-poltica, o que exige um governo firme e nitidamentevoltadoparaosinteressesnacionais,e,paraele,omovimentode1930visa realizarestesobjetivos(p.290).Anecessidadedeerradicaroanalfabetismoaparececomo prioridadedosgovernos,emboraodesequilbrioregionalaindasejaumamarcada evoluodosistemaeducativo(p.291).Gilestambmdestacaospapeisdedestaqueque desempenharam algumas instituies e movimentos como Conselho Nacional de Educao e oManifesto(movimentoreformistaconhecidocomoEscolaNova,termoqueelenousa). Com o subttulo 22.3 O Estado novo e as leis orgnicas do ensino, o autor destaca algumas caractersticasdasregulamentaesimplantadasnoBrasil.Seguecom22.4AConstituio de 1946 e tentativas de democratizao do processo educativo e 22.5 O processo educativo noBrasilapartiredepoisde1946observandoseremfundamentaisasnovasorientaes dadas ao financiamento e organizao do ensino.Combasenestaleituraindiciriaeprovisria,aspalavrasdePaulRicoeurtomam forma.Deacordocomsuasconsideraes,arepresentaoenquantonarraonosevolta ingenuamente para as coisas ocorridas, mas interpe sua complexidade e sua opacidade pulso referencial da narrativa histrica (Ricceur, 2008, p4).Do lugar de onde fala, ou melhor, escreve Thomas Giles padre, norte-americano de nascimento, radicado no Brasil nos anos de 1960, professor do ensino superior, com vnculos de formao e atuao nos campos da teologia, educao, filosofia produzida uma Histria daEducaoemqueseretratamavanoseretrocessos(p.301).Aoperaorealizadaa partirdestesdoishorizontesevidencia,noentanto,suasperspectivasparticularesacercade determinadas escolas evolutivas, afinal, para ele, o processo de escolarizao cumulativo, ehcivilizaescometapasdessaevoluojultrapassadas(p.301).Nestesentido, misterencontraroscaminhosquemelhorpermitamaoeducadoraproveitarosacertosdo passado e evitar os descompassos que s a Histria pode nos ensinar (Giles, 1987, p.2).TalvezporconsiderarqueosEUAealgunspaseseuropeusseencontravamemtais etapasmaisevoludasdoprocessoeducativo,ThomasGilesnomencionouasexperincias desenvolvidas pelos demais pases docontinenteAmericano. Com uma exceo, noentanto. Asconsideraesatinentessexperinciasbrasileirasnoensinoficaramdirecionadasao ltimocaptulo(compequenasrefernciasnaintroduo),enquantoosdestaques relacionados ao processo educativo nos Estados Unidos aparecem em captulos diferentes da obra.Aindasemperderdevistaque,aoelaborarosinstrumentosdecomparaoso selecionadosedadosavernanarrativaalgunsmodelosoureferenciaistidoscomo comparveis, como EUA, Frana, Inglaterra, Prssia, Alemanha. Consideraes Nuncaserultrapassadoofossoqueseparaarealidadedodiscurso,eque devota este ltimo futilidade (Certeau, 2007, p. 20) Aspalavrasnosoascoisas,odiscursonoarealidade,anarrativanouma verdade. Neste caso, o que ento justifica o empreendimento deste estudo? Interessou mesmo dar a ver uma experincia de escrita voltada aos assuntos da historiografia da educao, com caractersticas particulares. O esforo contribui para compreender a constituio do campo, o envolvimento de diferentes sujeitos e instituies com a Histria da Educao, afinal Ahistriaumaescritadeumapontaaoutra:dosarquivos,dostextosde historiadores, escritos, publicados, dados a ler (...) O livro de histria faz-se documento,abertosriedasreinscriesquesubmetemoconhecimento histrico a um processo contnuo de reviso (Ricoeur, 2008, p.1). Ofatodeaobratertidoapenasumanicaediopodeserumindcioacercados limitesdesuacirculao,leitura,apropriaes.Aomesmotempo,indciodomovimentode renovaodahistoriografiadaeducao,cujo resultado apontou autonomia em relao aos demais fundamentosdaeducao,reflexoacerca doslimitesdasnarrativastradicionais, proposio denovas abordagens, fontes, objetos, criao dos cursos de ps-graduao em Educao, etc. Porque pode no ser apenas um detalhe que o nico investimento do autor na escrita da Histria da Educao tenha sido esta obra publicadanomesmoano,epelamesmaeditora,emquefoireeditadooutrolivroseuFilosofiada Educao (lanado em 1983). No entanto, isso no suficiente para afirmar que este autor no foi ou no referncia bibliogrfica utilizada pelos pesquisadores do campo apenas que figura com raridade no horizonte de interesses dos pesquisadoresemHistriadaEducao(nofoilocalizadonenhumestudoarespeitodestemanual). Partindodestainterrogaocomoumproblema,foirealizadoumlevantamentoparcialnointuitode perceberosecosdaleituraecirculaodesteautor,mormentedoseumanualHistriada Educao.Assim,odespretensiosolevantamentoidentificousimestapresenaemalgumas ementas dos cursos de pedagogiavii, em acervos de bibliotecas do estado do Rio de Janeiroviii e em referncias bibliogrficasix. Neste caso, percebe-se a necessidade de compreender melhor esta experincia em suas sinuosidades. Referncias Bibliogrficas CERTEAU,Michel.AEscritadaHistria.Trad.MariadeLourdesMenezes.2ed.Riode Janeiro: Forense Universitria, 2007. GILES, Thomas Ransom. Histria da Educao. So Paulo, Editoria EPU, 1987. ROBALLO,RoberlaynedeOliveiraBorges.ManuaisdeHistriadaEducaodaColeo AtualidadesPedaggicas(1933-1977):Verbavolant,scriptamanent.TesedeDoutorado. Universidade Federal do Paran, 2012. REVEL,Jacques.HistriaeHistoriografia:exerccioscrticos;traduoCarmemLcia Druciak. Curitiba: Ed. UFPR, 2010. RICOEUR, Paul. A memria, a histria, o esquecimento. Campinas: Editora Unicamp, 2008. XAVIER, Libnia. Matrizes interpretativas da histria da educao no Brasil republicano. In.: FERREIRA, Antonio Carlos, TAMBARA, Elomar, XAVIER, Libnia. Histria da Educao noBrasil:Matrizesinterpretativas,abordagensefontespredominantesnaprimeiradcada do sculo XXI.Vitria, EDUFES, 2011.

iROBALLO,RoberlaynedeOliveiraBorges.ManuaisdeHistriadaEducaodaColeoAtualidades Pedaggicas(1933-1977):Verbavolant,Scriptamanent.TesedeDoutorado,UniversidadeFederaldoParan, Curitiba, 2012. iiDeacordocomdocumentoproduzidonointeriordoprojetodeAcervodeHistriaOraleTradiesda Universidade do Grande ABC. Disponvel em:http://www.uniabc.br/site/blogs/historia/acervo/Dildo%20Pereira%20Brasil-II.pdf iii Disponvel em http://www.sbfenomenologia.com.br ivFundadaem1952,comoHerderEditoraeLivrariaLtda.,importadoraedistribuidoradoslivrosdeEditorial Herder (Espanha) eVerlag Herder (Alemanha) no Brasil. Em 1973, aHerder transferiu suaparticipao paraa EditoraKlett(Alemanha).Comisto,aEPUiniciouumanovafasedeevoluodinmicanasreasde: Psicologia, Educao, Medicina, Enfermagem, Filosofia, Idiomas - sobretudo Portugus (do Brasil) como lngua estrangeira,etc.Em1983,asciaalemseretirouetodasascotasforamadquiridaspelossciosFranziska Knapp e Wolfgang Knapp. A partir de 1983 a EPU publica quase exclusivamente autores brasileiros. Disponvel emhttp://www.sitiodolivro.pt/pt/editora/editora-pedagogica-e-universitaria/.Apartirde2011aeditorafoi adquirida pelo grupo Gen (Grupo editorial Nacional). De acordo com o site da instituio Com essa aquisio, o GEN ampliaseucatlogocomobrasnasreasdeidiomas,pedagogia,educao,filosofia,psicologiae publicaesdecontedoprofissionalizantedemedicina,enfermagemeexatas.DeacordocomMauroKoogan Lorch, presidentedo GEN, aaquisio da EPU acontece em bommomento. Nosso interessecom acomprade uma editora tradicional como a EPU o seu catlogo abrangente, com obras voltadas para educao, idiomas e formaodeprofissionais,parasuprirumanecessidadeatualdomercadodetrabalho.Aaquisiobeneficia diretamenteaosleitorescommaiscontedodequalidade,comentaLorch.ParaWolfgangKnapp,scio fundador da EPU, o fator determinante para a venda da editora ao Grupo Editorial Nacional a nfase do grupo nabuscadoaprimoramentocontnuodonegcio,incluindonovasformasdedistribuiodocontedoea parceriacomosautores.Nossaprincipalpreocupaoacontinuidadedotrabalhoquefizemosemquase60 anos de atuao, e ns encontramos o perfil que procurvamos no GEN, comenta Knapp. O objetivo do Grupo prover o mais completo contedo educacional para as reas cientfica, tcnica e profissional (CTP). Com sedes no Rio de Janeiro e em So Paulo, e representantes em todo Brasil, o GEN oferece um catlogo, agora com mais de 2.800 ttulos. Disponvel em http://www2.grupogen.com.br/mailmkt/epu.html. vDeacordocomosite:A EditoraSanturio foifundadaem1900,quandoosmissionriosredentoristas, responsveispeloatendimentoreligiosonoSanturiodeNossaSenhoraAparecida,resolveramcriaro Jornal SanturiodeAparecida,comoobjetivodepropagaradevooaNossaSenhora,fazercoberturadasfestase romariaselevartambmaosleitoresumpoucomaisde"orientaoeinstruo".Paraissofoiadquiridauma pequena"tipografia"usada,comeandooperidicoacircularem10denovembrode1900.Em1904,coma confeco do "Manual do Devoto de Nossa Senhora Aparecida", seu primeiro livro, a Editora Santurio passou a atuar tambm nesse segmento. A primeira edio foi de 3.000 exemplares, esgotada j no final daquele ano. Em 1918, esselivrinho pioneiro e to bem aceito pelo pblico teve, emmais umadesuas edies,umatiragem de 11.000exemplares,todosvendidosemmenosdeumano.Hoje,o"Manual"estna70edio,tendosido impressos mais de 500.000 exemplares. Em 1927, foi a vez de ser lanado o Ecos Marianos, que continua sendo publicadoacadaano.Seuobjetivooferecer,aoladodeleituraamena,interessanteeinstrutiva,informaes sobre o que se passa no Santurio Nacional e dar um resumo do crescimento da devoo Virgem de Aparecida. Houvepocaemquesuaediochegouasuperaracifrade60.000exemplares.Nadcadade50,foipreciso ampliaroespaoeasinstalaesdatipografia.NaRuaOliveiraBragafoiconstrudoumnovoprdiodetrs andares, obedecendo a um projeto que previa lugares para abrigar maquinrio, depsito, espaos de produo, de administraoedevendas.Foiacolhidanomesmoprdioumacomunidadereligiosa,asIrmsdeSoPedro Cansio,especializadasnoramogrficoequeforamat1973excelentescolaboradorasda GrficaEditora.A partir da, assumiram outras atividades pastorais, deixando as funes editoriais. As Oficinas Grficas Santurio, comoeratradicionalmenteconhecida,ganhoudestaquenacionalnoterrenodasartesgrficas.Durantevrios anosproduziramgrandequantidadeevariedadedesantinhos,estampas,gravuras,cartesesimilares,como objetivo de prestar servios pastorais no campo da ilustrao religiosa. Mas com a chegada ao Brasil de grandes empresasdosetor,comoAmbrosiana,CromocarteLanzara,instalando-se emSoPaulo,aSanturioperdeu mercado.Houvenecessidade,portanto,deaEditoraincrementarmaisareadeproduodelivros.Paraisso foram sendo adquiridos, gradativamente, novos e modernos equipamentos. A partir dos anos 70, a Congregao Redentorista, em conseqncia das novas orientaes provenientes do Conclio Vaticano II, mostrou-se disposta a investir mais no apostolado atravs da imprensa. Foi com esse novo esprito que surgiu o folheto litrgico Deus Conosco,quetrazostextosdamissa,incluindooraes,cnticosecomentrios.Essefolheto,hoje,est espalhadoporvriasregiesdoBrasil.Tudoissofoiexigindomquinasnovas,impressorasrotativaseplanas em cores, alm de outros equipamentos para os servios de acabamento. Para tanto foi necessrio construir novo parquegrfico,comnovasdependncias,paraamodernizaotantodaGrfica,quantodaEditora.Assim,em abril de 1974, a Editora Santurio passou a funcionar no atual prdio, na Rua Pe. Claro Monteiro, 342. Ao entrar na ltima dcada do sculo, um processo de constante atualizao tecnolgica passou a ser determinante. De l parac,a EditoraSanturio veminvestindomaisetornando-seumdosmaioresparquesgrficosdoEstadode SoPaulo,sendoseuobjetivoprincipalampliarsuareadeatuaoeditorialeoferecermaiseficinciae qualidadeaseusclientes,tambmnocampodosserviosgrficos. Umaspectomerecedordedestaquefoia criao,em1991,da ValeLivros,nomefantasiadaEditoraSanturio,nalinhadeliteraturainfanto-juvenil, tendoconseguidoempoucosanosimportantespremiaesnoBrasilenoexterior. Almdoselo ValeLivros, surgiuem2003oselo Idias&Letras,cujasobrasprocuramatingirpreferencialmenteopblicoacadmico. A Editora no est fechada ao grande pblico, pois fornece aos leitores excelentes obras de interesse geral. Hoje, amarca Santurio respeitadanomercadogrficoeeditorialpelasualargatradio,pelaqualidadedeseus produtos eservios, pelafidelidadeepontualidadenos compromissos assumidos. Possui cerca de2.100 ttulos publicados, a maior parte deles na linha popular religiosa, mas tambm vrios outros de nvel acadmico: Moral, Biotica, Direito Cannico, Teologia Geral, Espiritualidade, Escritos Antigos do Cristianismo, Estudos Bblicos, DicionriosEspecializados,AtlasBblicosedaHistriadoCristianismoetc.Nossagrficaprestaserviosde impresso e acabamento para outras grandes e famosas editoras de So Paulo e do Rio de Janeiro. Disponvel em http://www.editorasantuario.com.br/default2.asp?pg=sys/nucleo&cat_cod=152 vi De acordo com o site: Empreendedora, comprometida com a cultura e a evangelizao. assim que se pode definiraempresaEditoraVozesLtda.ApartirdesuasedeemPetrpolis,regioserranadoEstadodoRiode Janeiro,ondetambmsesituaseumodernoparquegrfico,seuslivroserevistaschegamatodooBrasilea Portugal atravs de seus 13 centros de distribuio, de sua rede de livrarias e sua sucursal em Lisboa. O catlogo da Editora Vozes soma mais de 2 mil ttulos ativos, nmero este que acrescido a cada ms com uma mdia de 15 lanamentos. Ao longo dos anos, as linhas de publicao da Editora Vozes passaram a ser reconhecidas por suaseriedadeeconsistncia,consolidandoassimumalideranaeditorialemdiversasreasdoconhecimento como Pedagogia, Filosofia, Psicologia, Sociologia, Catequese, Ensino Religioso e outros.Disponvel em www.editoravozes.com.br. vii Ementas: No projeto Pedaggico do curso de pedagogiado Centro Universitrio Luterano de Palmas para o ano de 2011 consta como leitura complementar o livro de Thomas Ransom Giles Filosofia da Educao (Giles, ThomasRansom.Filosofiadaeducao.SoPaulo:EPU.1983).Disponvelemhttp://ulbra-to.br/cursos/Pedagogia/projeto-pedagogico.pdf. UniversidadeFederaldo Piaucurso delicenciaturaplenaem Biologia.AparecementreasrefernciasbibliogrficasoslivrosOquefilosofareHistriadaEducao. Disponvelem:http://www.ufpi.br/subsiteFiles/cc/arquivos/files/biologia_licen_cmpp.pdf.Propostacurricular paraoCursodePedagogiadaUniversidadeFederaldoPiauem2006,noscursodeHistriadaEducaoe HistriadaEducaoBrasileira:http://www.ufpi.br/subsiteFiles/cc/arquivos/files/pedagogia_cshnb.pdf.Curso depedagogiadaFaculdadedeCinciasHumanasdoSertoCentralDisponvelem: https://www.google.com.br/#hl=en&tbo=d&sclient=psy-ab&q=Curso+de+pedagogia+da+Faculdade+de+Ci%C3%AAncias+Humanas+do+Sert%C3%A3o+Central++giles&oq=Curso+de+pedagogia+da+Faculdade+de+Ci%C3%AAncias+Humanas+do+Sert%C3%A3o+Central++giles&gs_l=serp.3...19566.19566.1.19658.1.1.0.0.0.0.0.0..0.0.les%3B..0.0...1c.2.JF7A8qjTYVw&pbx=1&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&fp=3629708dbd3423c0&biw=1366&bih=624.EmentadoCursodePedagogiaparaoano de2012naFACULDADEJOSLACERDAFILHODECINCIASAPLICADASFAJOLCA(Ipojuca PE). Disponvel http://www.fajolca.edu.br/pdf/Pedagogia/Pedagogia_Ementas.pdf.CursodepedagogianoCentroUniversitrionoCerradoPatrocnio.Disponvelem: http://www.unicerp.edu.br/ensino/cursos/pedagogia/EMENTARIOpedagogia.pdf.Cursodepedagogianolivro defilosofia.UniversidadeEstadualdeSantaCruz(Bahia).Disponvelem: http://www.uesc.br/cursos/graduacao/licenciatura/pedagogia/ementas.pdf.CursodepedagogiadaUniversidade EstadualdeGoisPlanodecurso2011.UnidadeUniversitriaSoLuisdeBelosMontesProjetoPoltico Pedaggico do Curso de Pedagogia (livro de Filosofia). Disponvel em:http://www.slmb.ueg.br/antigo/pedagogia/arquivos/PPC%20Pedagogia.pdf.DisciplinadeAntropologiada EducaodoCentroUniversitrioFIEO(FundaoInstitutodeEnsinoparaOsasco-SP).Disponvelem http://www.unifieo.br/files/pdf/26032012171622.pdf.UniversidadeCidadedeSoPauloCursodeMestrado emEducao.CitaolivroIntroduoFilosofia.Disponvelem: http://www.cidadesp.edu.br/old/mestrado_educacao/sumario.html viii Acervo de bibliotecas: UERJ, Centro de Educao e Humanidades (manual de Histria da Educao e mais 4 livros)Disponvelemhttp://virtua.sirius.uerj.br;PUCRJ:somenteosttulosrelacionadosafilosofia Disponvelemhttp://pucrio.summon.serialssolutions.com;UFRRJsomenteosttulosrelacionadosafilosofia Disponvelemhttps://servicos.ufrrj.br/pergamum/biblioteca/index.php;UFRJsomenteosttulosrelacionadosa filosofia Disponvel em http://fenix2.ufrj.br:8991/F/NSJIAT4BFDRT2CFKS5QVDKNNSRSFGMRXHPH6K5G7ERK612F2DE-01691?func=short-0-b&set_number=424273&request= ixRefernciasbibliogrficas:ArtigoAContra-ReformaCatlica(ReverendoChristianMedeiros),disponvel em http://essenciacalvinista.files.wordpress.com/2012/03/a-contra-reforma-catc3b3lica.pdf; Artigo na Revista de CinciasdaEducao2003CentroUniversitrioSalesianodeSoPaulo(citafenomenologiaefilosofia), disponvelemhttp://www.am.unisal.br/pos/Stricto-Educacao/revista_ciencia/EDUCACAO_09.pdf;Artigoda RevistaHISTEDBROn-line,Campinas,n.27,p.4764,set.2007-ISSN:1676-2584citacomoreferncia bibliogrficaolivrodehistria,disponvelem http://www.histedbr.fae.unicamp.br/revista/edicoes/27/art05_27.pdf;ArtigopublicadonosAnaisdoTerceiro EncontrodeEducaoCristpromovidopelaSecretariaPresbiterialdeEducaoCristdoPresbitriodeSo BernardodoCampo,nodia26/04/08(citaolivroFilosofiadaEducao),disponvelem http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/Graduacao/EST/DIRETOR/A_Palavra_de_Deus_como_Fundamento_da_Educacao_Crista__2_.pdf; Artigo do XI Encontro de iniciao docncia da Universidade Federal da Paraba, em2007(AnaMartinsTomazeFabolaBarrocasTavares),disponvelem http://www.prac.ufpb.br/anais/xenex_xienid/xi_enid/monitoriapet/ANAIS/Area4/4CEDFEMT01.pdf;SOARES, Marilda. Sobre as origens da educao pblica, nacional e estatal. Estados Unidos, sculos XVII-XIX. Percursos Histricos,AnoI,vol.ago.,srie13/08,2011,disponvelem http://percursoshistoricos.blogspot.com.br/2011/08/sobre-as-origens-da-educacao-publica.html