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Mônica de MedeirosMargarete Áquila

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Ficha técnica da obra:

Editor: A. J. Gevaerd

Gerente: Daniela Elisa Fontoura Gevaerd

Revisão de textos: Danielle R. Oliveira

Ilustração de capa: Rafael Rodrigues Amorim

Fotos: Material das autoras e Arquivo UFO

Projeto gráfico: A. J. Gevaerd

Caixa Postal 2182 — Campo Grande (MS) — 79008-970Fone: (67) 3341-8231 — Fax: (67) 3341-0245

Site: www.ufo.com.br — E-mail: [email protected]

© Coleção Biblioteca UFO 2014

Nenhuma parte desta obra, incluindo suas artes e fotos, poderá ser reproduzida ou transmitida através de quaisquer meios eletrônicos, mecânicos, digitais ou outros que venham ainda a ser

criados, sem a permissão expressa e conjunta do autor e do editor.

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Mônica de MedeirosMargarete Áquila

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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“ A ciência sem a religião é manca.

A religião sem a ciência é cega ”— Albert Einstein

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Projeto Contato II

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Médica formada pela Unicamp, com fellowship na Universidade de Illinois, em Chicago, Mô-nica de Medeiros é respeitada pesquisadora da área da chamada Ufologia Psíquica. Sen-sitiva, é fundadora da entidade filantrópica Casa do Consolador, em São Paulo, que tem por meta formar livres pensadores que possam vencer seus medos e que apresenta consistente obra social em benefício de pes-soas e animais em necessidade. Desenvolve, através de sua mediunidade, um trabalho de grande importância em conjunto com seres

de luz e com uma pleiadiana chamada Shellyana, trazendo uma nova pro-posta para compreender e atuar nos males dos residentes do planeta Terra.

Tendo sido abduzida desde os cinco anos por seres do tipo gray — os cinzentos —, teve sua mediunidade aflorada e se viu obrigada a pesquisar e a entender o que lhe acontecia, já que ainda não havia co-nhecimento claro sobre o assunto. Cresceu envolta em conhecimentos espirituais e também no meio científico. Por sua formação universitária e profissional, tem respaldo para o ceticismo que lhe inspira um pro-fundo senso investigativo e ético em suas pesquisas.

Com sua visão de vanguarda, ousa pesquisar diversas ciências ortodo-xas e de ponta, conseguindo unir ciência e espiritualidade e observar os fatos cotidianos com uma visão abrangente, sob vários ângulos. Suas conferências no Brasil e no exterior têm imensa receptividade e sucesso porque, com esse cabedal de conhecimentos, une assuntos diversos, complexos e científicos de uma forma didática e acessível a todos. Mas, para ela, o importante é ser mais um tijolo na construção da Nova Terra, crendo que somente por meio do exercício da fraternidade e da busca do autoconhecimento é que poderemos viver com os seres mais sábios deste universo.

Quem é Mônica de Medeiros

Arqu

ivo d

as a

utor

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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“ Para não arrefecerdes, imaginai que podeis vir a saber

tudo. Para não presumirdes, refleti que, por muito que

souberdes, mui pouco tereis chegado a saber ”

— Rui Barbosa

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Formada em matemática e pós--graduada em sistemas e gerenciamento de informações, Margarete Áquila é também psicanalista e se tornou ufóloga a partir de 1999. Desde então estuda tanto as evidências físicas da manifesta-ção de naves e seres alienígenas quanto sua ação psíquica e espiritual sobre o planeta e os seres humanos.

Esse estudo foi enriquecido com a pesquisa de mensagens recebidas por meio de canalização e originadas de vá-

rias raças extraterrestres, permitindo traçar seu perfil psicológico. A autora trabalha com psicanálise também em abduzidos e contatados, desenvolvendo ferramentas e condições adequadas para auxiliar que superem suas dificuldades no processo de contato, reinterpretando os fatos e dando novo sentido e direção a eles, a fim de que controlem seus efeitos. Como musicista e cantora conhecida nacionalmente, tem hoje oito CDs e dois DVDs gravados com seu projeto musical “Xendra”, com músicas para elevação energética.

Em suas palestras no Brasil, França e Portugal, nas áreas de Ufologia e de Espiritualidade, canta suas canções para obter mais aten-ção e concentração do público. Ela também desenvolve um trabalho em que mescla música e psicanálise em conjunto com um ser proveniente das Plêiades, Shellyana, em que autoconhecimento se soma a notas musicais, escalas melódicas e mantras para atuar no sistema límbico e neocórtex. Isso permite romper padrões mentais e emocionais que escravizam as pessoas em dificuldades e conflitos internos, tais como a síndrome do pânico, depressão, bloqueios emocionais, paradigmas limitados que geram o desconforto e levam à doença.

Quem é Margarete Áquila

Arqu

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utor

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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“ Toda grande verdade passa por três fases.

Primeiro, é ridicularizada. Em seguida, é violentamente

contestada. Finalmente, é aceita como óbvia ”

— Arthur Schopenhauer

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Projeto Contato II

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Decidimos dedicar esta nova edição de Projeto Contato a todos os ufólogos do mundo cujos trabalhos nos atraíram para este fasci-nante e vanguardista campo de pesquisa e estudo da atual humanidade terrestre. Sem estas pessoas, que tiveram a coragem de falar sobre um assunto ainda hoje exótico e ficcionista para a maioria da humanidade, sem medo de serem execradas pela opinião pública, como foram, será que esta edição estaria sendo lançada?

Então, dedicamos este livro a Beth e Barney Hill, Betty Andreasson, Travis Walton, Kenneth Arnold, Thomas Mantell, Abbiate Guazzone, Antonio Villas Boas, Bianca de Oliveira e to-dos os abduzidos que abriram o caminho para o assunto ser levado ao mundo. E também aos pesquisadores e revolucionários Joseph Allen Hynek, Aimé Michel, Budd Hopkins, John Edward Mack, Gilda Moura, David Michael Jacobs, Roger Krevin Leir, Colin Andrews, Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, entre outros, por tantas contribuições ao descobrimento do Fenômeno UFO.

E, sobretudo, aos extraordinários pilares da Ufologia Brasileira, que nada devem aos melhores pesquisadores estrangeiros. Eles são a referência para qualquer pessoa que queira saber sobre o assunto de modo profundo, despreconceituado e lógico. Entre eles, destacamos Alfredo Moacyr de Mendonça Uchôa (General Uchôa), Ademar Eugênio de Mello, Claudeir Covo, Irene Granchi (a pioneira), José Victor Soares e tantos outros cuja honestidade de propósitos e dedicação descortinou o infinito. Jamais se esquecendo dos amigos Marco Antonio Petit e A. J. Gevaerd por tantos ensinamentos.

Um agradecimento especial à Comissão Brasileira de Ufólogos (CBU) pelo incansável trabalho junto ao Governo Brasileiro para a desclassi-ficação dos arquivos militares sobre UFOs e seus ocupantes. Graças a ela, milhares de páginas de documentos ufológicos antes secretos estão agora acessíveis a todos os brasileiros para que possamos conhecer

Dedicatórias

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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mais sobre o tema no país. Embora muito mais ainda precise ser des-classificado. Também seria injusto não dedicarmos Projeto Contato II também à Equipe UFO, o grupo que elabora a Revista UFO todos os meses, há 30 anos, que tantos ensinamentos propicia.

Por fim, dedicamos esta obra a todos os frequentadores e traba-lhadores da entidade espiritualista Casa do Consolador, por aceitarem e acreditarem nesses seres diferentes que vêm das estrelas nos ajudar todas as semanas há mais de uma década.

À Iracema de Medeiros, Mario Corrégio e Edson dos Santos, in memoriam.

— Margarete Áquila e Mônica de Medeiros

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O que é a Biblioteca UFO

A Biblioteca UFO é uma série de li-vros já consagrada pela Ufologia Brasileira. Foi lançada pela Revista UFO em 1998 com o objetivo de reunir textos de qualidade, atu-ais e consistentes sobre a presença alienígena na Terra, produzidos por autores ativos e que realmente ajudaram a construir a histó-ria atual da Ufologia. A Biblioteca pretende abastecer os estudiosos e entusiastas do as-sunto com obras ricas em informação de qualidade sobre nossos visitantes extrater-restres. O critério de seleção de autores leva

em consideração o significado, a utilidade e a repercussão de seu trabalho. Assim como são escolhidos temas que ofereçam verdadeira contribuição ao entendimento da questão ufológica em todas as suas vertentes.

Ao serem consideradas novas obras para comporem este acervo, observa-se também um critério muito presente no Fenômeno UFO, ou seja, sua manifestação em múltiplos níveis físicos e não físicos. Para tanto, um estudo de tão complexo cenário deve ter em conta a transdiciplinariedade como ferramenta de trabalho, ou seja, um conceito que mescle diferentes formas de pensamento e inter-relacione várias disciplinas, estimulando novas maneiras de se compreender e assimilar da realidade dos fatos por meio da articulação dos elementos que os compõem, sob todos os seus ângulos.

Assim, refletindo o esforço da Revista UFO há 30 anos, a Biblioteca UFO busca encontrar aonde quer que estejam as respostas para a questão que envolve a ação na Terra de outras espécies cósmicas e suas consequências para o presente e o futuro da humanidade, respeitando a pluralidade do tema e entendendo que apenas uma abordagem adogmática, profunda, respon-sável e pluralista poderá oferecer entendimento a seu respeito e, quem sabe, também as respostas para o enigma do milênio.

Rafa

el Am

orim

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Prefácio A real essência da Ufologia 17Introdução Aprendendo com as diferenças 23Capítulo 1 Minha história com a Ufologia 27Capítulo 2 Porque vim parar na Ufologia 35Capítulo 3 Interessantes mudanças em um ano 49Capítulo 4 Contatos com UFOs e ETs no passado 61Capítulo 5 A psiquê dos extraterrestres 93Capítulo 6 Abduções alienígenas 109 Capítulo 7 Os abduzidos e contatados 141Capítulo 8 Casos clássicos de abdução 169Capítulo 9 Os círculos nas plantações 207Capítulo 10 Intervenção na raça humana 219Capítulo 11 Trabalhando com extraterrestres 243Capítulo 12 As raças extraterrestres 255Capítulo 13 Ufologia e Espiritismo 261Capítulo 14 Grupo de contatados e abduzidos 277

Sumário

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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Capítulo 15 Responsabilidades de cada um 289Capítulo 16 Sozinha dentro da nave 295Capítulo 17 O evento de dezembro de 2004 303Reflexão Eles estão entre nós 317Apêndice Casos interessantes da Ufologia 323

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Prefácio

A Ufologia sempre teve mais perguntas do que respostas, e sem-pre terá. Aliás, parece até que, quanto mais perguntas consegui-mos responder, mas questionamentos surgem derivados delas. Já dizia o grande pensador ufológico, astrofísico e matemático franco-americano Jacques Vallée que o Fenômeno UFO se

oculta a si mesmo, deixando-se conhecer apenas a alguns poucos. Enquanto isso, o grande pioneiro na área e também astrônomo norte-americano J. A. Hynek dizia que as inteligências por trás do Fenômeno UFO parecem querer jogar dados conosco, mas em uma espécie de jogo interativo, que, quanto mais jogamos, mais necessitamos aprender para prosseguir.

Os ufólogos respondem a esses pensamentos, mesmo quando não sabem que o estão fazendo. Alguns mais ligados às questões materiais da fenomenologia ufológica, outros mais interessados no que está por trás dela, todos reagem aos estímulos que os UFOs oferecem. Os primeiros querem aquilo que é tocável, alcançável e de uma certa maneira possível de se conhecer. Mas temos que nos perguntar: possível a quem? A nós, seres humanos que ainda vivemos na idade da pedra em termos de exploração do espaço exterior e — igualmente importante — de exploração de nosso espaço interior?

Os avistamentos de discos voadores, que estão dentro dessa visão mais materialista do contexto ufológico, são 99% do objeto de estudos dos

A real essência da Ufologia

A. J. Gevaerd

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ufólogos, sejam eles luzes diminutas e longínquas ou naves estruturadas e próximas. Mas os avistamentos são apenas a “porta de entrada do fenôme-no”, a interface entre seu interior e seu exterior. No entanto, é expressiva a quantidade de ufólogos em todo o mundo que considera mais importante conhecer apenas os aspectos métricos, mensuráveis ou dimensionais dos UFOs. Quantas janelas tinha a nave observada, que tamanho apresentou, qual era a relação entre seu comprimento e largura, a que velocidade se deslocou, de onde surgiu e para onde seguiu etc.

Esses estudiosos têm contribuído — e muito — para engrossar estatísticas sobre o Fenômeno UFO. Existem em todo o globo, hoje, vários bancos de dados alimentados com as informações que eles com-pilam. No entanto, elas só servem de referência sobre as constantes observações de veículos extraterrestres em nossos céus, tais dados pouco ou nada acrescentam à outra discussão, considerada por grupo menor de ufólogos como verdadeiramente mais importante: de onde vêm nossos visitantes, o que querem de nós e como podemos entendê--los? Claro que a atividade ufológica de um grupo não inviabiliza a do outro, mas precisam se combinar, o que ainda não ocorre.

Ao mesmo tempo em que precisamos de dados métricos, mensuráveis ou dimensionais sobre os UFOs, precisamos também ousar mais em tentar conhecer o âmago de sua manifestação — e para isso é imprescindível nos debruçarmos sobre a origem de nossos visitantes, seu interesse por nossa espécie e, finalmente, o que um contato com eles representará para a humanidade terrestre. Não há equilíbrio entre as categorias de estudiosos que se dedicam a estas distintas questões, pois a primeira é muito mais numerosa do que a segunda. E há um agravante nisso: por sua natureza subjetiva e pelas enormes dificuldades de se encontrar “matéria-prima” para investigação da natureza íntima dos UFOs e seus tripulantes, geralmente as informações nessa área são provenientes dos meios místicos, muitas delas contaminadas com esoterismo de baixa qualidade.

Com a natural recusa dos ufólogos ortodoxos, ou científicos, em se dedicarem à investigação desses aspectos da fenomenologia ufológica, até por alegarem não ter subsídios para fazê-lo, as questões relativas às origens, intenções e consequências do Fenômeno UFO sobre nossa espécie vão ficando para depois, indefinidamente. Em vez

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de um esforço concentrado dos indivíduos que se dedicam aos aspec-tos materiais e os que preferem os aspectos, digamos, “não materiais” dessa manifestação, vemos distanciar-se cada vez mais o verdadeiro entendimento de seu significado. Os porquês e comos custarão muito a vir.

No entanto, alguns avançados pensadores desses aspectos não ma-teriais dos UFOs têm levantado sua voz quanto aos temas relegados ao futuro da Ufologia. E surpreendentemente são pessoas originadas do mais refinado meio científico que, arquitetando ideias e compondo cenários, têm conseguido vislumbrar o fenômeno além de sua superficial materialidade. Fazem suas análises tendo como ponto de partida o que se sabe do com-portamento de nossos visitantes, agora e no passado, seu modus operandi quando em aproximação ao ser humano e as condições que cercam suas observações. E mais: como cientistas, empregam um leque de disciplinas — da física à antropologia, da matemática à sociologia etc — para avaliar os resultados de suas investigações e aplicá-los à realidade terrena.

Uma boa dose de análise estatística e o saudável emprego da lógica também levam estes ufólogos de vanguarda a oferecerem subs-tancial contribuição ao entendimento das manobras que fazem várias civilizações com relação à Terra. “A resposta está bem mais perto do que pensamos, e dentro de nosso ambiente planetário encontramos muitas peças deste quebra-cabeças”, diz um dos principais representantes dessa categoria de ufólogos, o professor da Universidade da Califórnia e futurologista J. J. Hurtak, Ph.D. Ele está entre aqueles que, tal como as autoras desta obra, ousam avançar os limites, já pouco claros, de até onde vai a materialidade e onde começa a imaterialidade do Fenômeno UFO.

Mas, claro, para se encontrar as respostas certas, devemos fazer as perguntas certas. E, sem dúvidas, a pergunta que mais incomoda ufólogos de todo o mundo é: afinal, quem são nossos visitantes? Para respondê-la, todos se lançam com dedicação e persistência na investigação de campo e na análise dos dados, como dito acima. Enquanto isso, ainda permanece solto o outro questionamento, mais importante para nós e que só vamos responder satisfatoriamente após o primeiro: que razões trazem tais visitan-tes até aqui? Conquista, interesse científico, curiosidade, turismo, contato, reencontro? A resposta para esta questão talvez seja até mais importante do que a anterior, e terá sérias implicações para o futuro da humanidade.

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Outra divisão entre os estudiosos da temática em todo o globo se dá quanto às tendências e correntes de pensamento que exercitam quando elucubram sobre as razões que atrairiam os extraterrestres ao nosso planeta. Alguns defendem ardorosamente a tese de que seriam uma espécie de “irmãos cósmicos”, que estariam vindo à Terra para nos alertar quanto a um cataclismo iminente e prestes a dizimar nossa espécie do mapa universal. Há até quem defenda que estes seres promoveriam uma evacuação do planeta no caso de uma tragédia. Será?

Outras correntes acreditam na ideia de que os aliens tenham uma essên-cia maligna e que estariam vindo ao nosso mundo apenas para buscar aquilo de que necessitam — células, sangue e até órgãos humanos e de animais. Os defensores mais radicais dessa hipótese argumentam ainda que as abduções, tão abundantes em todo o mundo, são os meios pelos quais os visitantes satisfariam inclusive seu apetite sexual, sem a menor compaixão por nós.

Estes são apenas alguns exemplos do que perturba o meio ufológico, e é evidente que ambas as ideias são radicais e exageradas. Mas é alarmante o número de ufólogos que se agarram a elas como se fossem modelos perfeitos para explicar o Fenômeno UFO. Da mesma forma, felizmente, entre um e outro posicionamento existem dezenas de teses que buscam tratar da presença alienígena na Terra de uma forma ponderada e mais responsável. Algumas levam em questão o básico: nossos visitantes pro-vêm de vários pontos do universo, o que implica, obrigatoriamente, em que tenham objetivos e condutas diferentes entre si e com relação aos seres humanos. Esta definição básica faz toda a diferença, e levá-la em consideração quando investigamos o tema também.

Quem são nossos visitantes e o que querem aqui são indagações que não podem estar submetidas ao problema mais grave da Ufologia, a generalização do tema. Antes de qualquer coisa, temos que pensar a questão considerando a origem plural dos extraterrestres — e não só material, mas temporal e dimensional também. Desta forma, tratá-los como criaturas angelicais ou intrusos sanguinários não faz muito sentido. Sim, alguns podem de fato ser nossos irmãos cósmicos buscando orientar nossa gente quanto aos problemas que enfrentaremos no futuro, assim como outros podem mesmo ser vampiros siderais que se locupletam removendo úteros e cérebros de indefesos seres humanos.

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Mas o que falta à maioria dos ufólogos é uma visão mais com-pleta, abrangente e panorâmica do que significa estarmos sendo ob-servados por outras espécies cósmicas. Mente aberta às possibilidades, inclusive às improváveis, é essencial para que se compreenda melhor a complexidade do tema. Este é um dos objetivos da presente obra, que exercita o posicionamento mais importante da Ufologia, o de que nesta área mesmo aquilo que é considerado impossível não pode ser despre-zado. Abduções e contatismo, hoje aceitos com muito mais facilidade pela sociedade, já foram vistos como aberrações de mentes alucinadas. As autoras não apenas mostram que não são como contribuem para que esta mesma sociedade continue a se abrir a estes temas. E uma mente, após aberta a algo, jamais volta a se fechar.

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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“ A nossa habilidade para alcançar a unidade dentro da diversidade será a beleza e o teste da nossa civilização ”

— Gandhi

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Projeto Contato II

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Introdução

Desde o início de nosso trabalho público sobre Ufologia temos vivido experiências diferentes, do apoio integral até a crítica azeda por parte de espiritualistas e de ufólogos que não se conformam com a união dos dois campos, ainda que, a nosso ver e viver, sejam lados diferentes do mesmo

disco de vinil. Ou seja, um complementa o outro de modo perfeito. Os extremos sempre nos assustam e, por isso, procuramos fugir do radica-lismo, sistematicamente, embora saibamos que, como humanas, também temos momentos de “fincar o pé” em determinada opinião.

A primeira edição do Projeto Contato recebeu críticas muito favoráveis, sendo apontada como um marco literário da Ufologia Bra-sileira. Ao invés de nos envaidecer, isso aumentou nossa responsa-bilidade porque muita gente está entrando na Ufologia por meio de nossas palavras, escritas e verbalizadas. Então, temos que ter o dobro do zelo nas pesquisas e palestras. Nossos amigos extraterrestres têm nos proposto mais estudos, mais pesquisas, convidando-nos a saber mais sobre a humanidade terrestre, sem ideias preconcebidas. Saber mais e pesquisar mais são os pilares deste novo livro.

A proposta é a mesma: difundir a Ufologia Holística, baseada em nossas experiências, agora acrescidas de mais casos de abduzidos

Aprendendo com as diferenças

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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e contatados, em um novo mo-mento com a abertura sistemá-tica de arquivos militares, rati-ficando o que é dito e provado por ufólogos mundo afora. A certificação das forças armadas, brasileira e da maioria dos pa-íses — à exceção daquele que mais se beneficiou do contato com inteligências alienígenas, os Estados Unidos — de que o Fe-nômeno UFO é realidade, com centenas de horas de filmagens dessas naves, milhares de foto-grafias de naves e até mesmo de seres extraplanetários, corrige o que a mídia deformadora de opinião quer impingir ao mundo: não existe vida inteligente fora da Terra. Ora, se em uma galáxia existem centenas de bilhões de sóis e planetas, como é que somente aqui ha-veria vida? É o cúmulo do egocentrismo crer nessa teoria, bem como achar que todas as formas de vida têm as mesmas necessidades que a humanidade terrestre porque a multiplicidade de planetas e conjunção de elementos é infinita. Assim, é lídimo crer que possa haver formas de vida, não carbono-base como somos nós.

Em 1856, Allan Kardec [Foto acima] fez 22 perguntas sobre vida fora da Terra para a Egrégora Espírito da Verdade, na obra codificadora e basilar da Doutrina Espírita, O Livro dos Espíritos. Não é minimamente estranho esse fato? Afinal, o que se sabia ou falava sobre naves interplanetárias naquela época? Não é intrigante que um homem de ciências, agnóstico, sem qualquer pretensão de fundar uma religião, mas sim uma ciência filosófica que estudasse o intercâmbio entre seres de dimensões diferentes, se ocupasse com um assunto como esse? Por outro lado, o que é mais adequado que conhecer a possibilidade de vida extraplanetária quando se pretende falar sobre o intercâmbio multidimensional?

Casa

dos

Esp

íritos

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Assim sendo, seria de se esperar que fossem os espíritas os mais abertos para o Fenômeno UFO. Atualmente, um número progressivo de centros espíritas está buscando o conhecimento deste campo porque os extraterrestres estão se manifestando cada vez mais claramente nesses locais. E o Vaticano tomou a dianteira ao assumir que existe inteligência fora da Terra e esse conhecimento só faz crescer a fé em Deus. Mesmo os evangélicos estão buscando conhecimento sobre o tema, em uma clara demonstração de que algo diferente está ocorrendo.

É sobre este “algo” que vamos focar nesta nova edição. Conviver com as diferenças não é fácil. Procurar conhecê-las com mente aber-ta, antes de criticá-las, é sábio. A verdade tem muitas faces e é preciso amadurecimento superior para admitir que a nossa é apenas uma delas.

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Capítulo 1

Falar de Ufologia não é um tema tão fácil em um mundo onde a desinformação é uma estratégia muito utilizada para deixar a população confusa e na ignorância sobre o assunto. Falar de Ufologia em uma visão abrangente, multifacetada, abordando temas de pesquisas em áreas científicas recentes (que chamamos

ciência de ponta) e espirituais é mais complicado ainda. Da mesma forma que a Ufologia ainda não é considerada uma ciência pela comunidade científica ortodoxa, a espiritualidade também não é. O que abordaremos são assuntos muito novos, pesquisas recentes de experiências, as quais mais vivemos e sentimos seu resultado do que constatamos com métodos científicos que preencham os axiomas exigidos para sua comprovação.

Por conta disso, os apontamentos que serão expostos neste livro se compõem, em parte, das experiências vividas somadas às pesquisas pessoais nas áreas de Ufoarqueologia, Ufologia, Física Quântica, Psi-canálise, Música e Espiritualidade, abrangendo esse complexo tema em suas várias facetas: a psiquê dos seres extraterrestres, dos contatados e dos abduzidos, a importância da música para os extraterrestres e tantos outros assuntos que serão abordados.

Uma característica do meu trabalho musical e de psicanálise é a de não criar barreiras ou fronteiras limitantes que impeçam em ver outros

Minha história com a Ufologia

Margarete Áquila

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Mônica de Medeiros e Margarete Áquila

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pontos de vista. Canto e palestro em qualquer lugar onde queiram me ouvir. Aprendi com a música que a linguagem é universal e podemos falar das mesmas coisas em todos os lugares, respeitando a maneira como percebem, a linguagem utilizada, como entendem o mundo e o que está fora dele.

Nessas minhas experiências, em todo tipo de lugar, percebo que a espiritualidade e a Ufologia caminham absolutamente juntas, com o mesmo objetivo, tendo a mesma trajetória e estratégia de auxílio ao planeta e à raça humana. Na verdade, nós é que insistimos em fazer as divisões e classificações. Reduzimos a verdade à nossa maneira de ver. No entanto, vemos apenas um pedacinho e uma parte do todo. A Fraternidade Branca e seus mestres ascensionados têm a mesma inten-ção dos espíritos de luz, cuja intenção é a mesma dos extraterrestres mais evoluídos, igual à intenção dos anjos e santos da Igreja Católica e que é a mesma dos caboclos, índios e outros na umbanda.

O que diferencia um do outro são os métodos pelos quais cada um chega à sua evolução e felicidade. A velha frase “muitos caminhos levam a Roma” é pra lá de verdadeira. Cada um com a sua maneira de chegar ao mesmo lugar. E não poderia ser diferente, somos únicos, com experiências únicas e estaremos próximos daqueles que têm mais ou menos a mesma experiência que nós, que falam a mesma língua e utilizam os mesmos métodos para compreender, interpretar e viver a vida.

Nada é por acaso e nas trilhas dessa minha existência sempre ocor-reram situações e fatos que me uniram à Ufologia. Não me considero uma abduzida, embora isso não seja descartado, mas uma contatada. Não tenho lembranças negativas ou traumas com esses seres (que me lembre!), mas notei uma familiaridade com eles e com sua linha de raciocínio. É como se eu compreendesse os caminhos percorridos por suas mentes, corações e comportamentos. Isso não me torna um deles ou mesmo parecida, de modo algum. Pelo contrário, com essa percepção ficou muito claro como sou limitada, e como tenho que ampliar meus paradigmas e minhas redes neurais para chegar a um nível mínimo de me comportar como eles. É mais ou menos parecido com a história que ouvi do doutor Espanhol, espírito de luz que dirige os trabalhos espirituais da Casa do Consolador.

Certa vez, ele foi convidado para participar de um evento musical no planeta Vênus. Ao assistir o espetáculo, ele que já foi um famoso

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músico no planeta Terra, ficou tão encantado que sentiu uma ponta de inveja de seu compositor. Quando se deu conta, notou que os seres ao seu lado o olhavam com misericórdia e voltando a atenção para si mesmo viu que sua energia antes brilhante havia mudado para uma cor escura. Sua vergonha foi tamanha que pediu para voltar para o seu lugar atual porque ainda não se encontrava preparado para estar tão desnudo em sua pequenez. Quando me comparo com os seres extraterrestres que conheço me vejo em uma situação semelhante a essa história.

Minha ligação com a Ufologia começou desde a infância, influen-ciada pelos filmes de ficção de Guerra nas Estrelas [1977] e por meu irmão mais velho, José, que, aquariano como eu, lia livros sobre o assunto, de-senhava naves espaciais e projetos mecânicos sobre seu funcionamento. Achava aquilo maravilhoso e percebi como ele conhecia intuitivamente sobre o assunto. Na primeira grande crise existencial de minha vida buscava respostas filosóficas e espirituais para a razão de minha existência. Não me sentia percorrendo o caminho que me realizaria como ser. Estava no caminho de me realizar profissionalmente, mas um vazio enorme não era preenchido. Com isso conheci a Doutrina Espírita.

Católica de carteirinha e com muito preconceito entrei em um centro espírita pela primeira vez, apresentado por uma amiga. Tinha medo de tudo, não queria que me dessem o passe de limpeza na entrada do centro com medo de ficar “contaminada” por alguma energia estranha. Com o passar do tempo fiz cursos de autoconhecimento dentro da doutrina na Escola de Aprendizes do Evangelho e curso de médiuns. Percebi a importância do autoconhecimento, do domínio de si mesmo, da profundidade da dou-trina e de suas bases, e das explicações de muitos fenômenos espirituais, até então para mim, misteriosos e sem explicação. Entrei em uma busca pessoal de meus valores, de minha missão, de quem sou eu, para que estou aqui, e descobri várias facetas até então desconhecidas.

Nas sessões mediúnicas na Casa Geraldo Ferreira, de 1994 a 1999, os médiuns de minha turma viam naves espaciais e seres dife-rentes de outros planetas trabalhando em conjunto com os humanos desencarnados na desobsessão e doutrinação de espíritos em dificul-dades. Fiquei surpresa com os relatos e vi coincidências entre os fatos relatados e as minhas convicções. Mais surpresa ainda porque estava

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em uma casa Espírita e não esperava que falassem sobre isso. Como era uma turma jovem, novas ideias estavam surgindo e preconceitos ou conceitos antigos e rígidos estavam se transformando.

Até essa época havia lido diversos livros sobre Ufologia, porque o tema e os fatos relatados eram para mim muito naturais, como se já os tivesse vivido, sem precisar me esforçar para acreditar neles. O livro com que mais me identifiquei na época foi o do autor Charles Passwell, Semeadores do futuro, onde as experiências vividas por ele me soavam como naturais.

Em 1997, iniciei o projeto musical Xendra, nome inspirado por uma amiga, mãe de minha parceira na época, que segundo o livro de Passwell significa portal interdimensional de luz. É assim que vejo meu trabalho musical: uma ferramenta para abrir portais e transportar as mentes e co-rações a outro estado de consciência. Esse projeto nasceu quando estava em meu processo de autoconhecimento e percebi a suavidade de minha voz aceitando-a como era. Antes disso queria cantar músicas mais agres-sivas que condiziam com meu estado psicológico e comportamental. Foi um processo lento de autoaceitação. Precisei compreender que minha agressividade vinha, dentre outras coisas, do medo de não ser amada e respeitada. Com isso meu coração se acalmou.

Comecei a tirar a máscara de autoproteção (a agressividade) e percebi o que tinha de mais positivo na suavidade da minha voz e do meu ser. Foi aí que se iniciou esse projeto musical de elevação energética que promove a interiorização, o autoconhecimento, o contato com as mazelas interiores e liga o ser ao mais sutil e mais elevado em nós, onde podemos fazer emergir o melhor de nossa essência. Não sabia bem o que estava fazendo, mas ao cantar sabia o que queria causar nas pessoas. Esse trabalho, que continua até hoje, bem mais claro e definido em seus objetivos, culminou nos oito CDs e DVDs com músicas para elevação energética.

Em 1999 resolvi pesquisar mais a fundo sobre Ufologia quando percebi que meu trabalho musical tinha uma sintonia muito forte com este campo de pesquisas. Conheci as mensagens de um ser, que denomi-namos O Arcturiano, e elas condiziam muito como a minha maneira de raciocinar. Sua coerência era fantástica e seu conhecimento de psicanálise era enorme e ainda incompreensível para mim. Nas mensagens que rece-bi e nas conversas que tive com esse ser através de um contatado que as

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transmitia notei como eu era vulnerável, ainda, às situações mais difíceis que aconteciam em minha vida. Isso se devia ao fato de ainda conhecer muito pouco sobre minhas fraquezas e de perceber como era escrava delas.

O Arcturiano sempre dizia que somos escravos daquilo que não conhecemos em nós e que nos tornamos fracos por esse motivo. Que so-mos bons em essência, só não sabemos o quanto. Isso me uniu mais ain-da com a Doutrina Espírita aonde tive o primeiro insight [Compreensão] de autoconhecimento (e que é um de seus pilares), e com a Ufologia, onde seres como O Arcturiano, me ensinaram tanto sobre sua importância.

Este ser me aconselhou a estudar duas coisas (além de um monte de outras): psicanálise e física quântica. Com esse conselho fiz o curso de Psicanálise, o que gerou uma reviravolta em minha vida. Ele dizia que isso me aproximaria da maneira de pensar de um ser extraterrestre de quinta dimensão à qual ele pertence. Comecei então minha jornada na pesquisa e percebi a razão de seu pedido. Ainda era muito rasa em meus potenciais e dificuldades. Tinha paradigmas e crenças absurda-mente reducionistas e limitadas que separavam nossos mundos com um abismo gigante. Esses estudos e a mudança interior acabaram, então, se tornando uma importante meta. Queria de alguma forma diminuir a distância existente entre mim e esses seres mais evoluídos, para ter condições de conversar de maneira linear, sentir a paz e a harmonia que eles sentiam mesmo no meio de um furacão.

Percebi que seres da quinta dimensão são felizes independentemente do que ocorre e seus sentimentos são simples e profundos, enquanto que as nossas emoções, seres tridimensionais, sofrem muitas oscilações e nos enlouquecem em determinados momentos. Aquela serenidade e felicidade me trouxeram a forte necessidade de superar minhas deficiências. Tomando por base os estudos da psiquê humana, busquei compreender, ainda que por amostragem, como sentem, pensam e reagem seres de maior evolução, fossem extraterrestre de quinta dimensão ou seres humanos desencarnados mais evoluídos que chamamos de mentores ou seres de luz.

Analisando ensinamentos daqueles com quem tive contato mais amiúde, depreendo que seres de evolução similar têm objetivos parecidos, ainda que sejam de planetas diferentes. Os próprios extraterrestres com os quais contatamos dizem que nós temos a mania de separar tudo em

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pequenos pedacinhos e que para eles isso não existe. O que existe são seres mais evoluídos deste e de outros mundos e dimensões atuando na mesma força-tarefa cujo objetivo é elevar a consciência e o padrão vibratório da raça humana para o novo milênio e para as novas energias que exigem mais evolução, a fim de gerar o que chamam de quantum energético necessário para permitir a entrada na Nova Era.

Em 2009, em outra crise existencial, percebi que estava longe de meus objetivos. Não sabia onde errara nem o que devia fazer, mas tinha uma intuição de que era preciso retomar o caminho, concentrar--me no que tinha a realizar. Com essa necessidade gritando dentro de mim, em uma angústia por respostas busquei uma iniciação xamânica. Senti a necessidade de estar em contato com meu ser essencial. Buscava novamente as respostas dentro de mim. Sabia que precisava mudar e precisava descobrir todo esse mistério.

Fui para a iniciação com medo de passar mal, de ter visões assustadoras, como foram relatadas por pessoas que haviam passado pela experiência. Em determinado momento saí consciente de meu corpo em uma projeção astral, e em estado alterado de consciência tive experiências indescritíveis e maravilhosas.

Dentre as coisas que ocorreram e que não cabe detalhar aqui, a mais importante é a experiência musical acompanhada por seres diferen-tes. Em determinado momento fui levada por um ser (o qual só ouvia a voz) para um local muito diferente da Terra, com prédios construídos de cristal. Um local amplo, aberto, com plantas de cores muito vivas, neon, animais de grande porte como leões e tigres mansos e soltos ao meu lado. Tudo muito calmo e silencioso. Este ser me contou que vivi naquele local e que meu trabalho era o de repórter. Achei muito esquisito porque nunca pensei nesta profissão, nunca me interessei pelo assunto. Ele continuou dizendo que minha função era transmitir as notícias do planeta Terra através de minha voz, cantando melodias.

Quando cantava colocava sentimentos e utilizava determinadas es-calas melódicas e dessa forma compreendiam se algo triste ou alegre havia acontecido no planeta Terra. Achei bem interessante e para mim fazia sentido. A música realmente traz em suas melodias e letras mensagens carregadas de emoções. Dito isso, me trouxe para a Terra novamente e me

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mostrou cenas onde eu poderia atuar com a música utilizando conheci-mentos acumulados durante encarnações e que foram desenvolvidos nesta última. Falava da capacidade de compreender as mentes e os corações, interpretar suas necessidades, transformá-las em melodias e, com isso, criar um elo entre o ser mais profundo com sua sabedoria interior e com Deus. Isso traz esperança e reascende no ser a vontade de viver e de ser feliz.

A partir desse dia, comecei a estar em contato mental com o ser das plêiades chamada Shellyana. Ela me trazia informações de como trabalhar com melodias, determinadas notas, duração, timbre, volume e palavras mântricas que, associadas à imposição de mãos, principalmente na região das têmporas, atingiria o sistema límbico (na região cerebral), onde decidimos e determinamos o equilíbrio ou o desequilíbrio de nossa saúde. Mas isto será descrito com mais detalhes no capítulo referente à ação dos extraterrestres aqui.

A partir deste instante, meu trabalho para cura emocional e men-tal vem sendo desenvolvido em conjunto com Shellyana na Casa do Consolador. Descobri que a melhor forma de conquistar minha evolu-ção é colaborar com o planeta, oferecendo a riqueza, ainda que mínima, existente dentro de nós, direcionando-a para o bem maior.

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Capítulo 2

Desde 2006, venho palestrando em diversos eventos no Brasil de Ufologia e de espiritualidade e conhecendo muita gente que busca respostas nas estrelas, ansiando por resoluções para uma vida que não entende ou não suporta neste mara-vilhoso planeta em que, por ora, vivemos. Nessas centenas

de palestras, mormente após as mesmas, respondo a diversas perguntas, nem sempre relativas à palestra recém-finda. Uma pergunta que sempre me fazem: “Como foi que você veio parar na Ufologia?” A resposta vem “da minha infância”, como ocorre com a grande maioria de pessoas que militam ou se interessam por este controverso e fascinante assunto.

Lendo esse capítulo, você poderá encontrar explicações psi-cológicas que negam a realidade que vivi e vivo. Nada contra o ceticismo, já que sou ampla partidária do mesmo. Mas nem tudo é tão imediato quanto as explicações superficiais indicam. Rótulos são sinais de superficialidade de conceituação.

A ciência planetária é exímia em rotular e descaracterizar tudo aquilo que nega ou não prova, seja por ignorância, no sentido de ainda não ter o conhecimento, seja por conveniência. A ciência planetária ainda não tem meios de provar a existência de uma Fonte Criadora, seja ela denominada Deus, Yaveh, Alá, Vishnu ou qualquer outro nome que

Porque vim parar na Ufologia

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se queira dar. Nossa ciência prende-se ao mundo material e é excelente em destrinchar os enigmas da terceira dimensão. Mas, a própria ciência aborda o não tangível. Cada dia mais abre portas que nem ao menos julgava existirem. A física quântica tem exercido seu papel de ampliar horizontes de modo extraordinário. O problema é que a ciência caminha ignorando outras realidades de vida. Somos seres multidimensionais que, também, nos manifestamos na terceira dimensão. Mas não somos apenas tridimensionais. Somos muito mais.

Sempre que o assunto Ufologia reveste-se de caráter espiritual é apontado como ilusionismo, delírio ou esquizofrenia por parte de não adeptos do assunto e por parte de adeptos que se intitulam cientistas ufológicos. Só que um grande percentual destes amantes da Ufologia científica sequer avistaram um UFO e, talvez, por isso, querem rebai-xar os que têm contatos ao nível de delirantes. Na verdade, creio que existem os enciumados e os vigilantes. Mas, com certeza absoluta, estes céticos ufológicos são o “pé no chão” sem o qual a Ufologia já estaria perdida na credibilidade por causa de pessoas que, contatadas ou não, usam este campo como meio de autopromoção.

Enquanto negarmos a possibilidade de outros planos de existência ou de múltiplas encarnações no mundo físico porque a ciência não os comprova, vamos nos arrastar em busca de respostas. Existem milhares de provas, e em todo o mundo, de que a reencarnação é um fato. É dessa forma também quanto à vida extraterrestre. E nada muda, substancialmente, em relação a estes assuntos no conceito da ciência terrestre.

Se quisermos expandir nossa humanidade a nível cósmi-co, é preciso antes nos despojarmos de preconceito — ou nos despreconceituarmos, como costumo dizer — e nos abrirmos a outras possibilidades. Aceite este convite: leia com atenção e discernimento. Pesquise, como Margarete Áquila e eu fizemos, fazemos e faremos, ampliando sempre nosso horizonte sobre o contato com seres extra-terrestres, atemporais talvez, sobre outras dimensões e possibilidades de vida, em diferentes manifestações da energia que constitui tudo, jamais acreditando que chegamos ao limite. O limite está no infinito.

Tive a felicidade de nascer em uma família com grande diversidade religiosa, ou seja, somos católicos, evangélicos, espíritas e agnósticos desde

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sempre. Religião não é assunto para discussão, mas complementação entre nós. A paranormalidade nos é compreendida como algo normal e nada excepcional. A minha surgiu na primeira infância e entre piscadelas de cumplicidade dos adultos e “puxões de orelha”, fui aprendendo a encarar essa faculdade como apenas mais um sentido. O centro do meu universo infantil era meu avô paterno, João. Um homem humilde, simples e engra-çado que tinha predileção por contar histórias e tocar violão para os netos. Ele era diabético e perdeu a visão antes dos 60 anos, tornando-se menos alegre e confiante, mas sem perder a bondade que lhe era característica.

Era hábito, naquela época, que as crianças dormissem após o almoço e eu era muito obediente. Em uma dessas tardes, acordei chorando porque tinha sonhado com o falecimento de meu avô. Eu tinha cinco anos e a morte era algo que eu não havia conhecido ainda. Infelizmente, ele se foi do mundo tridimensional um mês após meu sonho. Uma noite, meses depois, acordei com meu avô sentado em minha cama, me contando histórias e não mais cego e infeliz. Minha vida voltou a ser brilhante e alegre porque, virava e mexia, lá estava ele a me embalar os sonhos pueris. Mas, sempre tem um “mas”. Não muito tempo depois, ele me disse que não mais poderia vir e me lembro bem que minha tristeza foi imensa. Contudo, ele me disse que um amigo viria brincar comigo e que era só esperar.

Não me recordo o tempo decorrido, mas em uma noite, acordei e vi um ser muito branco, com cabeça e olhos grandes, como que flutuando sobre minha caminha. Ele me disse, lembro-me de tê-lo ouvido dentro de minha cabeça, que era o amigo de meu avô. Aquele ser era branco, cabeçudo e amigo. Logo, só poderia ser o Gasparzinho, o fantasminha camarada, e eu adorava suas histórias. Pulei de alegria e ele me mandou um sorriso mental de volta. Nisso, uma esfera vermelha saiu da mão dele, flutuando no ar e se transformando em nosso planeta Terra. Ele me mostrou uma Terra com cidades com grandes viadutos e prédios enormes de vidro coloridos. Estávamos na década de 60.

Ele mostrou também planetas que não compreendi e mudanças na geografia da Terra que entendi menos ainda, já que não fazia nem ideia de como era a imagem dos continentes do nosso planeta. O ser me disse que eu não iria me esquecer das imagens que me mostrava e que eu teria um trabalho a fazer, mas que não precisava me preocupar porque ele e

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seus amigos iriam me ensinar o que fosse necessário. Eu dormia no quarto de minha tia Iracema, o outro anjo que essa vida me trouxe. Chamei por ela, mas não pareceu me ouvir porque não acordou. O Gasparzinho saiu voando pela janela fechada e isso me assustou, então, lembrei-me dos quadrinhos, afinal, fantasmas passam por janelas e paredes. Na manhã seguinte, contei para minha tia e minha avó Rachel sobre o meu novo amiguinho, e claro que ouvi: “Foi apenas um sonho!”

Só que, logo em seguida, começou um mundo de aventuras notur-nas para mim: um Gasparzinho bem diferente voltou. Agora acinzentado, cabeçudo e pouco maior que eu. Parecia mais sólido também, porque me pegou pela mão e o Gasparzinho branco não tinha me tocado em momento algum no primeiro “sonho”. Além disso, não estava sozinho. Trazia mais dois amiguinhos dele para brincar comigo. Eles eram muito parecidos e, a princípio, lembro-me de tê-los considerado irmãos. Depois, com o tempo, comecei a perceber diferenças de altura, formato da cabeça, dos olhos, da maneira de olhar. Somente o primeiro de cabeça mais arre-dondada falava comigo, contudo, dentro da minha cabeça.

Se eu elevava minha voz, ele me olhava e inclinava a cabeça de um jeito engraçado, como se quisesse me entender. Talvez, penso hoje, entender minhas emoções. Daqui para frente, meu relato é de lembranças trazidas à tona devido a minha iniciação como xamã, em 2005. Do Gasparzinho eu me lembrava. Afinal, nesse ano, os extraterrestres já haviam invadido minha vida de novo, mas uma enxurrada de memórias, nem tão boas, me afogou, literalmente, em fobias que ainda luto para curar. Hoje, compre-endo bem o processo pelo qual passei e sinto pelos meus amiguinhos de infância um grande carinho. São memórias fragmentadas de momentos vividos com esses seres que chamamos de extraterrestres, alguns grays ou zetarreticulianos e outros humanoides adâmicos.

O contato inicial sempre foi com os grays, principalmente o primeiro dos cinzentos que se identificou tempos depois como Zylok, com o qual ainda tenho contato esparso. Guardo lembranças de ser retirada de minha casa através de um feixe de luz que fazia tudo parecer mais comprido e frio e que me dava uma sensação de ser puxada pelo estômago. Estar dentro daquele raio era como tirar uma fotografia dentro de um carro em alta velocidade: tudo ficava borrado. Era muito rápido e sentia tontura e falta

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de ar. Bastava estar em minha cama e, de repente, me via em uma nave pequena que voava rápido pelas nuvens, deixando as luzes das cidades lá embaixo. Apenas uma vez vi isso, e até hoje tenho medo de altura.

Os grays eram os únicos ocupantes que via na nave, mas não era sempre a única criança humana presente. Às vezes havia outras, algumas mais acor-dadas do que eu, outras ainda dormindo. Felizmente, foram poucas vezes. Não me lembro de haver qualquer reação contra os abdutores. Nenhum mal nos era feito nessas curtas e rápidas viagens que terminavam quando a pequena nave entrava em uma bem maior. Na primeira vez, achei que estivesse sendo engolida por uma baleia, que era o maior animal que havia na Terra e que eu conhecia. Dentro da nave maior, que podemos chamar de nave-mãe, as características da navezinha permaneciam e, hoje, posso descrever isso em termos adultos: aparência de aço escovado, luzes indiretas e amenas ou muito brilhantes, temperatura agradável, ainda que mais fria do que o normal, silêncio, ausência de movimento de outros seres, como se estivéssemos em um andar reservado para nós. Meu amiguinho me levava pela mão, sem qualquer reação minha de fuga, para uma sala onde havia uma mesa de metal bem alta e sobre a qual havia focos de luz, uma típica mesa de exames ou cirurgia, que vemos nas salas de nossos centros cirúrgicos.

Não me lembro como eu chegava à mesa, pois ela era alta tanto para mim quanto para os grays. Mas, deitada nela, eu não podia me mover, exceto os olhos. Isso me dava uma sensação de medo muito grande, um medo que ainda se insinua à medida que estou escrevendo este capítulo. Dessa sala tenho lembranças desconfortáveis, algumas dolorosas: hoje concluo que eram lembranças de ter minha mente in-vadida por mentes muito mais fortes que pareciam ser capazes de ler minhas memórias trancafiadas nas linhas do tempo de vidas passadas. Eles entravam dentro de mim pelos meus olhos, era desse jeito que sentia. Seus olhos negros e grandes. Lembranças de agulhas e metais frios sendo introduzidos em meu corpo, causando dor e agonia. E, ao mesmo tempo, lembrança de seres muito altos, muito bonitos e tranquilos que insistiam em dizer, mentalmente, que não precisava temer coisa alguma, que tudo estava bem e que eles não queriam me machucar.

Mas, às vezes, me machucavam, contudo, eram capazes de encher minha mente de “fogos de artifícios”, como a beleza e a expressão de

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alegria infantil que temos ao ver os fogos de artifício colorirem o céu noturno com formas lindas. Era isso o que eles me davam, quando a dor estava presente. Isso e uma espécie de sorvete de creme, depois de tudo. Aliás, para registro, não aprecio sorvete de creme até hoje.

Esses momentos de dor eram muito menos frequentes do que os momentos de pura alegria junto a eles, fossem grays ou humanos gigantes. A maioria das vezes em que fui à nave-mãe, tanto quanto me lembro, não havia o raio de luz. Apenas me afastava de meu corpo físico, via-o na mi-nha caminha, e seguia com Zylok em direção a outro plano de existência. Eu achava que eles deixavam um robô no meu lugar, pois não entendia de projeção astral, na época. Essas eram as viagens gostosas, porque não havia sala de cirurgia, nem agulhas. Não havia dor, nem medo.

Infelizmente, não tenho lembranças claras desses momentos. Pa-rece que ir com o corpo físico as memórias ficam mais bem registradas. Nesse período, minha vida ficou bastante conturbada. Falar aos adultos sobre meus amiguinhos me conferiu o rótulo de mentirosa. Como eu mudei de comportamento, me levaram à Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), onde me analisaram como vítima de obsessores e me prescreveram atendimentos com passes.

O tempo passado na FEESP foi fundamental para vencer um medo terrível que me tirava a alegria e me impedia de andar no longo corredor de minha casa, onde ficavam os quartos e o banheiro. Eu não ia sozinha no banheiro de jeito nenhum e só andava pelo corredor de manhã, correndo e de olhos fechados. Mas nada pareceu alterar as visitas dos amiguinhos, até que fiquei bem doente, sendo desenganada pelo pediatra. Fiquei internada muitos dias e saí bem enfraquecida. A partir de então nunca mais me lembrei deles. Passei a ser uma criança quase normal, porque a paranormalidade permaneceu. Como milhares de pessoas, vibrei com as séries que começa-ram a invadir a televisão nas décadas de 60 e 70, como Perdidos no Espaço, Jornada nas Estrelas, do lúcido e conectado Gene Roddenberry, Túnel do Tempo e, então, Steven Spielberg resolve acordar milhões de pessoas com os inesquecíveis Contatos Imediatos de Terceiro Grau e ET.

George Lucas aprofunda ainda mais com a saga Guerra nas Estrelas. Lembro-me de ter saído do cinema com meu irmão mais velho, Milton, depois de vermos Contatos Imediatos de Terceiro Grau, olhando para o céu e

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cantando a música tema. A sensação de “voltar para casa” era tão grande em nós dois que sorríamos sem vontade de entrar no carro e irmos em-bora. Uma sensação de “tem algo nisso que me traz imensa felicidade e saudade”. Saudade do quê? Nem ao menos me detive em procurar a causa.

O tempo passou sem novidades, estudei e me formei médi-ca pela Unicamp, fui para Chicago aprender com outra cultura e retornei ao Brasil para cumprir meu ideal. Pouco depois, em 1992, fundei uma entidade universalista filantrópica voltada a ajudar seres em sofrimento, hominais e animais, denominada Casa do Consolador. Tudo dentro da maior normalidade para humanos até que em um costumeiro domingo de outubro de 2003, no evangelho no lar com amigos queridos e tia Iracema, a mensagem usual de um mentor foi dada por um ser muito estranho, de fala rápida e metálica, objetiva, amistosa, mas não amorosa, que disse chamar-se Vishnar e que foi percebido por todos como um ser alto, azul acinzentado, de pele de golfinho, cabeça longa, olhos grandes e oblíquos. Ele falou que era tempo do trabalho conjunto começar e nada entendemos.

Dias depois, dentro da Casa do Consolador, outro ser se manifestou, também através de canalização. Disse chamar-se Akhenaton, era mais forte mentalmente, hominal como nós, falou sobre a missão que nos cabia e que o tempo havia chegado. O que mais estranhamos foi a queda brusca de temperatura que se produziu na sala em que estávamos. Era um dia de sol quente e sentimos frio. Vimos luzes dentro da sala, como esferas azuladas com movimentos nada ordenados, mas sem qualquer caos. Nossos sen-timentos eram um misto de euforia e receio, afinal, nada sabíamos desses dois seres que falavam com voz tão metálica que nos doía o ouvido. Eles nada mais informaram além das mensagens que davam.

Não tive sonhos ou projeções astrais relativas a eles e a desconfian-ça sobre as intenções dos mesmos era grande. Sem qualquer referência a qual pudéssemos nos agarrar, perguntamos aos mentores da Casa do Consolador o que estava acontecendo e apenas ouvimos que irmãos de fora estavam se aproximando para trabalhar.

Uma noite, semanas depois, enquanto tomava banho, ouvi minha cadela beagle, Sissi, começar a uivar muito. Na época, tinha 33 gatos e 8 cachorros. Mas somente Sissi se manifestou, ela é sapeca, mas muito silen-

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ciosa e só uiva em raras situações, como um alarme. Pensei que alguma coisa estava ocorrendo com minha adorada tia Iracema, já dependente física, cuja suíte dava para a porta do meu banheiro. Desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha e sai para o corredor entre os quartos. Deparei-me com um ser feminino, humanoide, de traços muito delicados, cabelo de um castanho dourado até os ombros, olhos grandes e azuis, vestindo um macacão azul-pomba, com um símbolo na altura do coração. Ela ergueu a mão direita, mostrando a palma para mim e, por telepatia, disse: “Saudações!” Falei, então, a frase da minha vida: “Abdução de toalha, não!”

Como se eu nada tivesse falado, ela continuou, por telepatia, di-zendo que estava ali para iniciar nosso trabalho e que me propunha trazer um novo método para ajudar meu povo e, em troca, eu deveria divulgar o povo dela e falar sobre a presença e o porquê desta presença para o “meu povo”. Naturalmente, eu disse que aceitava. Fiquei extasiada com a oportunidade de conhecer o novo, de trocar informações, de ser a escolhida. Ela, claramente, leu meus pensamentos porque moveu ligeiramente a cabeça, mas continuou como se a enxurrada de bobagens que passava por minha mente não a perturbasse. Disse-me que eu teria de modificar algumas coisas para produzir o ectoplasma adequado para o trabalho deles. Não poderia mais comer qualquer animal, o que não me pareceu difícil, já que eu quase não usava carnes. Não poderia tomar bebidas com xaropes artificiais, e isso foi complicado porque eu amava essas deliciosas gasosas, ainda que soubesse do malefício à saúde que são.

Então, temi pelo pior: ouvir dela que eu deveria parar de comer chocolate. Mas, a extraterrestre sisuda apenas completou meu pensamen-to: “Isto não está no contexto agora”. Sua última solicitação foi que eu falasse sobre “eles” onde me convidassem e eles concordassem — ela sempre falava no plural quando se referia ao seu grupo —, ou seja, que eu me expusesse e disso não gostei, mas concordei porque me senti lisonjeada. Quanta tolice! A vaidade que ali se insinuou poderia ter posto fim a todo o projeto deles. Minha tia Iracema, que tinha grande sensibilidade e viu a extraterrestre, respondeu, em poucas palavras, minha pergunta sobre como ela se chamava: “Shellyana. Plêiades como origem”.

Então, o primeiro momento foi muito bom e pôde ser comparti-lhado com a pessoa que eu mais respeitava. Imediatamente, telefonei para

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meus amigos mais próximos, todos da Casa do Consolador e membros das reuniões de domingo em minha casa para contar a novidade. Assim tem sido desde 2004, já que comecei a falar imediatamente sobre a vida fora da Terra, dentro da Casa do Consolador. Mas, não foi tudo tão fá-cil. A emoção foi se apoderando de mim e do meu grupo de amigos. E morreu quando passei a falar sobre os extraterrestres dentro da entidade universalista. A maioria dos trabalhadores começou a temer por minha sanidade mental. O diagnóstico de minha infância voltou: obsessão. Agora mais séria porque, afinal, eu era a presidente da Casa. Frequentadores deixaram de comparecer, trabalhadores arrumavam desculpas para se ausentar. Uma obra de 12 anos ficou em sério risco.

Então, o sumido Akhenaton manifestou-se novamente, agora baixando a temperatura de todo salão de atendimento em pleno no-vembro para menos de 15º C em poucos minutos. Disse que eles iriam se mostrar quando estivéssemos perto do mar. Ora, todo primeiro sábado de dezembro, reunimos trabalhadores e frequentadores da Casa do Consolador em uma praia em Peruíbe para um trabalho espiritual especial que vai das 19h30 até a meia-noite, pontualmente. Tal trabalho é realizado com permissão da Prefeitura da cidade e, por gratidão, le-vamos leite para as crianças assistidas pela mesma. E os extraterrestres diziam que iriam se mostrar bem ali?! E se nada acontecesse? Minha credibilidade, que já estava bem abalada, seria pulverizada.

Conversei com meus amigos mais chegados e resolvi nada falar aos demais. Mas vazou. Sempre vaza. Nossa expectativa nunca foi tão grande. Entre os trabalhadores e frequentadores presentes, havia os que em nada disso acreditavam. O céu estava muito nublado e, pensei que nem se os extraterrestres aparecessem mesmo, a gente poderia vê-los, além do que ventava demais. Era areia pra todo lado. Então, fiz toda força possível para negar qualquer coisa que vissem ou achassem que estavam vendo. Às 19h30, uma nave em forma de charuto passou no céu no sentido da Praia Grande. Logo, várias pessoas apontaram e disseram: “Olha uma nave”. Ao que respondi: “É um avião”. E tive que ouvir de um garoto: “Avião sem asa? Parece mais um ônibus”.

Os trabalhos sempre acabam com todo mundo na beira do mar e sou a última a sair do mar, onde agradecemos pelo ano e pedimos iluminação

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para o ano seguinte. Quando me virei para caminhar de volta à praia, vi que todos os presentes, aproximadamente 190 pessoas, olhavam para o céu. Entre eles e bem na frente, estava um dos maiores céticos. Acompanhei o olhar do “meu povo” e vi naves se movendo. Lindas naves se movendo pelo céu estrelado daquele sábado, 04 de dezembro de 2004. Foram cerca de 20 minutos de sondas azuis-celestes a descer sobre o grupo, de uma nave a percorrer o horizonte e lançar um raio verde de uns 100 m, de uma frota a evoluir. As quase 200 pessoas que estavam na praia entraram em um estado de euforia caminhando para dentro do mar e ficando com água até os joelhos. Tudo estava tranquilo no oceano até que duas nuvens ou massas de plasma se formaram sobre as águas e se aproximaram de nós, devagar, até que parassem por completo.

O foco da atenção da maioria passou a ser essas “nuvens” arredon-dadas. Alguns, eu inclusive, começaram a andar para perto delas e outros, começaram a andar para trás, em sentido oposto. Alguns ainda estavam focados nas naves no céu. Tive medo que algo mais fosse ocorrer e o pânico causasse feridos, na tentativa de saírem do mar correndo, porque eram homens, mulheres, idosos e algumas crianças. Pensei em direção às nuvens: “Não é hora para isso agora”. As nuvens, quase que imediatamente, se moveram de maneira muito rápida para o lado sul da praia, deixando um rastro de luz e sumiram. Elas simplesmente sumiram. No céu, ainda víamos duas naves se movendo, também na direção sul. E, então, tudo acabou deixando um misto de alegria e tristeza em meu coração. Será que se eu tivesse confiado mais, outro grau de contato teria ocorrido? Um contato de terceiro grau com tantas pessoas ao mesmo tempo?

Mas o pânico dessas mesmas pessoas, muitas dentro do mar, com água até às coxas, poderia causar uma tragédia para todos. Depois disso, nunca mais tive um momento sequer semelhante a esse. Vi naves poucas vezes mais. Trabalho em contato amiúde com a Shellyana das Plêiades e outros extraterrestres atuam dentro da Casa do Consolador, mas nunca mais vivi a emoção daquele 04 de dezembro. Foram momentos em que humanos, crentes e céticos ficaram encantados e atônitos, não mais podendo negar o que vinha sendo dito.

O médium, que era o maior incrédulo, batia palmas e gritava: “Valeu Ashtar!” Afinal, Ashtar Sheran é o mais conhecido “extraterrestre” desde

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o ET, de Spielberg. O depoimento de pessoas presentes nesse momento, ainda participantes da Casa do Consolador, os quais aceitaram o convite para se manifestar, com nome e profissão, estão no final deste livro, sem edição. As que quiseram depor no anonimato não foram incluídas. Apesar do que viveram, mantêm o receio da execração pública.

A partir daí a rotina da Casa do Consolador foi alterada. Quem acreditava nos extraterrestres permaneceu, quem não acreditava, saiu. Em 2005, os extraterrestres passaram a atuar dentro da Casa visando ajudar em processos de cura energética para pessoas que buscavam nossa ajuda e falaremos sobre isso em outro capítulo.

Eram sondas azuis percorrendo o salão de atendimentos, temperaturas baixas, uma energia subindo por nossa coluna, como se choques elétricos suaves nos fossem aplicados. Seres estranhos sendo vistos pelos clarividentes, vozes metálicas em comunicações. Eles deixaram de ser desconhecidos para serem parceiros. Shellyana, sabiamente, passou a me chamar de Unidade, para que eu soubesse, exatamente, minha importância no processo: nenhuma. E tenho aprendido muito com ela, de quem sou canal, como Margarete Áquila, que é chamada de Unidade Som por nossa amiga estelar.

Muita coisa se passou nesses anos de trabalho conjunto. Muito aprendi e compreendi sobre a família universal da qual a humanidade se esqueceu que pertence. Vamos abordar todos os tipos de contato que conhecemos entre nossa humanidade e nossos visitantes, sobretudo, vamos procurar desmistificar esses contatos. Se é real que ser um abduzido ou um contatado gera muito desconforto com situações desmoralizantes, também é verdade que esse fato pode ser usado de modo egoísta e eticamente incorreto.

Infelizmente, ainda que possam ser contatados e, desta maneira, terem mensagens para transmitir, a maioria dessas pessoas parece estar preocupada apenas com a promoção pessoal e com o quanto podem vir a ganhar com isso. De modo algum, esse comportamento é aceitável eticamente. Ser um contatado não é sinal de maior evolução, mas de maior débito para com a Terra e para com a humanidade. Portanto, um contatado deve ser um servidor.

Há pontos que são deixados, inequivocamente, claros pelos ex-traterrestres com os quais temos contato, Margarete e eu: primeiro, eles não estão aqui para resolver nossos problemas, mas podem nos ajudar a

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encontrar soluções. Nunca na posição de pais ou anjos enviados, mas de irmãos mais velhos porque já passaram pelo que estamos passando na estrada da evolução quântica. Portanto, experimentaram, vivenciaram, so-freram e aprenderam. Segundo, jamais se colocam como seres superiores a nós, não dando conselhos ou fazendo previsões. Quando conversam conosco, evitam respostas para problemas pessoais, usando sempre de brevíssimas palavras de opção de outros pontos de vista.

Não existe crítica, nem conselhos. Terceiro, nunca falam de se criar uma seita ou religião tendo-os por centro porque eles mesmos não têm religião. Claramente, creem na existência da força geradora a quem chamam de Fonte Criadora, mas não mais criam dogmas sobre isto. Nem pedem que façamos cultos a eles. Quarto, são eles que nos contatam e não o oposto. Como bem dizia o maior médium da era moderna, Chico Xavier, “o telefone toca de lá pra cá”. Quinto, abduzidos e contatados são devedores da humanidade. Nem vítimas, nem “escolhidos”. E, claro, mesmo sendo por telepatia, são extremamente concisos, sem palavras doces e amorosas. Consideram que perdemos muito tempo, falando demasiadamente.

Jamais se poderá atribuir a um extraterrestre elogios ao seu canal ou petições ao seu favor, como: “Meu canal precisa ir ao Japão e não tem condições financeiras”. O canal interfere, o nível depende de sua ética, de saber manter-se apenas como um telefone, de vigiar-se o tempo todo. Os céticos criticam as mensagens dos contatados dizendo que são repetidas, abordando sempre o mesmo assunto: a fraternidade, a paz, a busca do autoconhecimento. Criticam a ausência de informes científicos que os extraterrestres poderiam dar.

Bem, aqui, tenho duas considerações a fazer. Nossa humanidade não evolui moralmente, repetindo sempre os mesmos padrões de comportamento, baseados em medo e, por isso, em egocentrismo. Se analisarmos os diferentes períodos de nossa atual história, veremos que as reações são sempre as mesmas, quer na violência da era medieval, quer na violência da era atual. Mudam os métodos, mas não as emoções. Então, raças mais evoluídas ratificam os concei-tos necessários para que a humanidade mude de rumo, ou seja, as mensagens versam sobre as mesmas necessidades. Se não apreendemos, eles repetem, do mesmo modo como os espíritos de luz da Terra o fazem. As mensagens são sempre as mesmas e assim serão até que compreendamos.

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Segundo ponto: existe uma diretriz de não interferência que implica em não conceder o que, ainda, não desenvolvemos. Seria um desrespeito crer que nossos cientistas são incapazes de encontrar soluções para os problemas que tornam a vida neste planeta mais difícil. Interferir seria com-portamento paternalista, coisa que os extraterrestres mais evoluídos não apresentam. Contudo, se eles querem transmitir conhecimento tecnológico, procuram pessoas ligadas à área específica do conhecimento. Nada mais natural e compreensível. E esses contatados não se declaram como tal por causa do repúdio que sofreriam da comunidade científica.

No contato com eles, fica muito claro que o caminho para a li-bertação da prisão dos conceitos e paradigmas em que vivemos é o do autoconhecimento. Neste ponto, eles são claros. Outro ponto do qual tenho mais certeza a cada dia é que não haverá resgate de filhos das estrelas, para quem acredita em um ponto crítico para a vida planetária. Somos todos seres evolucionários deste universo e não da Terra. Logo, tal resgate é inviável. Além do que, extraterrestres não têm eleitos.

Haverá um momento em que o contato será em massa. Mas vai depender dos rumos que a humanidade escolher tomar. Atual-mente, o contato ocorre com pessoas, com grupos afins com a lei da fraternidade, pois é sob esta lei que eles já vivem, pelo menos àqueles extraterrestres que tem evolução consciencial superior a nossa. No entanto, existem raças que não são amigas.

Dessa forma, de modo superficial ou proposital, ouvimos de pes-soas ligadas à Ufologia que evolução tecnológica só vem com a evolução moral. Não precisamos ir longe para compreendermos que tal axioma é incorreto. Basta analisarmos nosso próprio planeta para constatarmos que onde mais existe evolução tecnológica, não existe a contrapartida de evolução moral. Mas a maior parte do conhecimento ainda está por vir. É sobre isso que queremos tratar nesse livro.

Se um inseto desconhecido e estranho entrar em sua casa, andando pelo chão, você tem as seguintes opções: (a) vai observá-lo, procurando descobrir se pode ser perigoso ou não; (b) faz de conta que ele não está lá; e (c) mata-o porque ele pode ser perigoso. Se escolheu a alternativa “a”, avance para a próxima página.

Saudações!