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Mobilidade Sonora Relatório da Experiência Identificação da empresa: Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro Identificação da experiência: Projeto Mobilidade Sonora Categoria da experiência: Responsabilidade Socioambiental Responsável pela experiência: Márcia Vaz, gerente de Responsabilidade Social da Fetranspor Período: 2011 a 2013 Sumário da Experiência O “Mobilidade Sonora” é um projeto de Responsabilidade Social da Fetranspor voltado à inclusão social e à melhoria da qualidade de vida. Criada em 2011, a ação leva jovens da rede pública de ensino a espaços culturais onde assistem a concertos de música e aprendem sobre arte e cidadania. Em três temporadas, o projeto alcançou 22 mil jovens nos Concertos Didáticos e 600 mil pessoas nas apresentações abertas no Estado do Rio. O projeto contribui para formar plateias, preservar a memória da música brasileira e profissionalizar jovens músicos que atuam em orquestras focadas na inclusão social. A temporada 2013 contou com reforço de mídias sociais atingindo 3 milhões de pessoas.

Mobilidade Sonora

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Experiência da empresa Fetranspor, vencedora da Bienal ANTP de Marketing 2014 na categoria Responsabilidade Socioambiental.

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Mobilidade Sonora

Relatório da Experiência

Identificação da empresa: Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro

Identificação da experiência: Projeto Mobilidade Sonora

Categoria da experiência: Responsabilidade Socioambiental

Responsável pela experiência:Márcia Vaz, gerente de Responsabilidade Social da Fetranspor

Período:2011 a 2013

Sumário da Experiência O “Mobilidade Sonora” é um projeto de Responsabilidade Social da

Fetranspor voltado à inclusão social e à melhoria da qualidade de vida. Criada em 2011, a ação leva jovens da rede pública de ensino a espaços

culturais onde assistem a concertos de música e aprendem sobre arte e cidadania. Em três temporadas, o projeto alcançou 22 mil jovens nos Concertos Didáticos e 600 mil pessoas nas apresentações abertas

no Estado do Rio. O projeto contribui para formar plateias, preservar a memória da música brasileira e profissionalizar jovens

músicos que atuam em orquestras focadas na inclusão social. A temporada 2013 contou com

reforço de mídias sociais atingindo 3 milhões de pessoas.

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Cenário da experiência

O projeto “Mobilidade Sonora” faz parte de um conjunto de ações da área de Responsabilidade Social da Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fe-transpor), com o objetivo de incentivar a cultura, fazer inclusão social e transformar vidas.

Criado em 2011, o “Mobilidade Sonora”, através de parceria com o poder público, Sindicatos de Empresas de Ônibus do Estado do Rio de Janeiro que integram a Fetranspor e orquestras criadas a partir de projetos sociais, leva alunos de escolas da rede pública de ensino – das redes estadual e municipais - a espaços culturais onde assistem a apresentações de música clássica e popular e aprendem sobre arte e cidadania.

Desta forma, a iniciativa da Fetranspor contribui para expandir a cultura e o conhecimento destes jovens, formando plateias e ainda incentivando a profissionalização na Música.

Ao apoiar também orquestras focadas na inclusão social, o “Mobilidade Sonora” vem contribuindo para a profissionalização de jovens músicos.

Além do foco prioritário em alunos de escolas públicas, também o público em geral participa de apresentações em espaços abertos. Em três temporadas, o “Projeto Mobilidade Sonora” atin-giu mais de 600 mil pessoas nas apresentações em diferentes cidades do Estado do Rio de Janeiro, dos quais 22 mil são jovens de escolas públicas que participaram de Concertos Di-dáticos e os demais em apresentações abertas.

Ampliando o leque cultural e diversificando as parcerias, a cada ano o Projeto procura incluir novas orquestras, novas formas de fazer música e novos ritmos. Já foram abordados no “Mobilidade So-nora”: música clássica, barroca, música popular brasileira, chorinho, etc.

No quarto ano consecutivo, a temporada 2014 do Projeto, que será iniciada em agosto, contem-plará diversos ritmos da música brasileira, em apresentações sempre conduzidas por orquestras formadas por jovens de projetos sociais

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Descrição da Experiência

O “Mobilidade Sonora” busca apoiar a formação musical e transportar o jovem público, priorita-riamente formado por alunos da rede pública do Rio de Janeiro, assim como oriundos de projetos sociais, para o universo da música. As apresentações são sempre feitas de forma lúdica, atraindo a atenção dos jovens.

Os concertos didáticos são voltados prioritariamente para alunos na faixa de 10 a 17 anos de escolas da rede pública, federais, estaduais e municipais do Estado do Rio, mas também são abertos ao público em geral. Alunos do Programa Educação de Jovens e Adutos (EJA) também são contemplados.

Em algumas destas apresentações, os alunos são convidados a se passar por “regentes”, assumin-do a batuta, e em todas há sempre explicação sobre o universo da música, dos instrumentos e da cultura, cidadania e muito mais. Os concertos têm finalidade didática e, além de contextualizar a música, o compositor e sua época, nas apresentações são debatidos temas relacionados à cidada-nia, sustentabilidade, estilo de vida, entre outros. O conceito é mostrar que todos têm chances de alcançar seus sonhos e a música pode ser um importante “veículo” de transformações.

Os concertos do projeto também são abertos para a sociedade. Os espaços culturais onde são rea-lizados recebem convites a serem distribuídos gratuitamente para a comunidade local, estendendo a abrangência da ação e contribuindo para a divulgação de cada evento.

Interessante ainda destacar a utilização de espaços na própria comunidade para que os jovens valorizem seu bairro e não tenham que se deslocar para regiões distantes. Assim, Arenas Culturais, cedidas na parceria com o poder público e auditórios em ótimas condições e fácil acesso são os principais locais de realização do Projeto.

Show realizado na Mangueira,

comunidade pacificada

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Desde o lançamento do “Projeto Mobilidade Sonora” ficou claro que seria preciso contar com a parceria das Secretarias de Educação do Estado do Rio e de Municípios Fluminen-ses. O apoio foi decisivo: desde a escolha das escolas, até a integração com o material di-dático de salas de aula.

Foram contempladas pelo Projeto, desde 2011 até o fim de 2013, 218 escolas, totalizando 22.056 alunos.

Foco educativo e socioambiental

Crianças de escola pública assistem concerto no Teatro Carlos Gomes

Sem falar que regiões de baixa produção cultural, como a Zona Oeste do Rio de Janeiro e municípios como São Gonçalo, Duque de Caxias e Barra Mansa foram visitados na temporada de 2013. Vale ressaltar também a abrangência do projeto “Mobilidade Sonora” a partir de 2013 para comunida-des pacificadas do Município do Rio de Janeiro, levando produção cultural de qualidade para estas áreas, como o Complexo do Alemão (Morro do Adeus, na Zona Leopoldina do Rio) e a Mangueira (Morro do Telégrafo, na Zona Central do Rio).

O Projeto também promove inclusão social e transformação de vidas, uma vez que jovens inte-grantes das orquestras oriundas de projetos sociais – que se apresentam no “Mobilidade Sonora” – passam a ter uma possibilidade de profissionalização.

Parceiros

Ciente de que, para atingir seus objetivos é preciso agir em conjunto, a Fetranspor tem, desde o começo deste projeto, contado com importantes parcerias, entre as quais Orquestras com foco em projetos sociais, com as Coordenadorias de Ensino do Município do Rio de Janeiro, além de Sindi-catos de Empresas de Ônibus filiados à Fetranspor, etc.

As orquestras parcerias de 2011 a 2013 foram: Villa-Lobos e as Crianças, Sou + Eu, Maré do Ama-nhã, Instituto Zeca Pagodinho, Orquestra Popular Tuhu e o Grupo A Quebrada e Violões do Forte de Copacabana (mais detalhes sobre as Orquestras na Ficha Técnica).

Estas parcerias têm sido decisivas para que os bons resultados tenham sido obtidos e o Programa esteja alcançando seus objetivos.

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Show em comemoração ao 1 ano de operações do BRT TransOeste

O sucesso desta parceria pode ser medido pelo interesse de muitas escolas em participar também do Projeto. Vários professores tiveram conhecimento sobre os concertos através das mais variadas mídias, principalmente pela televisão interna da frota de ônibus do Rio e também pelas campanhas em mídias sociais. Este movimento começou na segunda temporada – a partir dos resultados efetivos do primeiro ano – e a procura só cresceu no terceiro ano por conta das ações no facebook e twitter.

A demanda foi tão forte que a Fetranspor (estadual) encaminhou algumas destas solicitações aos Sindicatos municipais, que procuraram atender as escolas de suas regiões em espaços culturais pró-ximos. O Projeto se responsabiliza pelo transporte, lanche e toda a logística envolvendo os alunos e professores. Os alunos ainda ganham um brinde.

Apresentações especiais

Desde 2012, o “Mobilidade Sonora” expandiu o seu público e passou a fazer também apresenta-ções em espaços abertos. O objetivo é oportunizar a mais pessoas conhecer o “Mobilidade Sonora”, e também levar música e alegria a um maior número de pessoas.

Surpreendendo passageiros, a temporada de 2012 foi encerrada com apresentações especiais ao vivo de clássicos do chorinho e canções populares para o púbico em geral misturando música e dança em terminais rodoviários, estações e ônibus articulados do BRT, e para espaços de grande circulação de pessoas – Central do Brasil, Parque Madureira e Terminal Alvorada.

Cerca de 600 mil pessoas ao todo assistiram os shows abertos, até o fim de 2013.

Em uma das ações de divulgação destas apresentações foi utilizada a imagem dos letreiros na fren-te do ônibus que costumam indicar o itinerário sugerindo os programas do “Mobilidade Sonora”. Os concertos itinerantes, dentro dos ônibus articulados, os BRTs foram uma das novidades que agradou em cheio ao público.

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Show de Gabriel,

O Pensadorno Parque Madureira

Muita animação também nas apresen-tações noturnas, onde alunos do Pro-grama EJA (Educação de Jovens e Adul-tos), rodoviários, e comunidade local, participaram ativamente do show.

O público se diverte com a apresentação misturando música e dança

Convidados especiais

Renomados artistas participaram destas apresentações especiais, reforçando ainda mais o impac-to junto ao grande público, como o músico Gabriel, o Pensador, que se apresentou no Parque de Madureira, a harpista Cristina Braga, o violonista Turíbio Santos e a orquestra do Instituto Zeca Pagodinho.

Gravação de CD

O “Mobilidade Sonora” também apoiou, em 2012, a gravação de um CD – ‘Alma Barroca’ – com músicas tocadas por jovens da Orquestra Villa-Lobos e as Crianças. Em destaque a música barroca. O CD ‘Alma Barroca’ foi gravado exclusivamente para o “Mobilidade Sonora”, lançado com concerto no Teatro Carlos Gomes (Centro do Rio). No embalo também foi realizada uma série de dezesseis Concertos Didáticos, com a participação dos músicos do Projeto Villa-Lobos e as Crianças para alu-nos das escolas da rede municipal, estadual e federal do Estado do Rio de Janeiro e também abertos ao público através de distribuição de senhas uma hora antes dos espetáculos, com a participação de artistas renomados, como o violonista Turíbio Santos e a harpista Cristina Braga.

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Repercussão na mídia

Desde o seu lançamento, em 2011, todas as temporadas do projeto “Mobilidade Sonora” foram amplamente divulgadas de forma espontânea por diversas mídias, como jornal, revista, rádio, te-levisão e internet.

A mensuração de mídia espontânea somente na temporada de 2013 em jornais chegou a R$ 109.236,00 em 16 reportagens em diferentes veículos, levando em conta o critério de custo publi-citário equivalente ao de reportagens publicadas sobre o projeto.

No caso de televisão, com custos ainda mais elevados, foram duas veiculações espontâneas nas afiliadas da Rede Globo, uma na TV Rio Sul e outra na InterTV, que atende a Região dos Lagos, to-talizando R$ 43.265,54. Na Internet foram 35 veiculações e em jornais, duas reportagens, sempre considerando que foram espontâneas.

Em anos anteriores, a mídia espontânea foi ainda mais forte, com repercussão em programas nacio-nais de grande público, como Encontro com Fátima Bernardes, totalizando expressivos 16 minutos em rede nacional e como sugestão de Programa no RJ TV, da Rede Globo na temporada 2012. Tam-bém neste ano houve excelente veiculação de mídia espontânea em emissoras de rádio com grande público, como CBN, Tupi, Rádio Globo e BandNews.

De acordo com mensuração da mídia espontânea em 2012, na mídia impressa foram R$ 116.588,20, em TV atingiu R$ 3.471.536,32, rádio, de R$ 1.606,50 e internet chegou a R$ 125.000,00. O total em 2012 chegou a R$ 3.764.731,902.

Vale ressaltar também a divulgação da iniciativa na TV interna dos ônibus do Rio de Janeiro, am-pliando a divulgação para o público em geral, democratizando a informação.

Flash Musical: eco nas Mídias sociais Além da excelente repercussão nas mídias tradicionais, o “Projeto Mobilidade Sonora” também ecoou ainda mais forte e longe por conta do site e ação voltada para Mídias Sociais. Esta foi a gran-de novidade na temporada de 2013. O presidente-executivo da Fetranspor, Lélis Teixeira, destacou o papel das mídias sociais. “Esta é a nova plataforma de comunicação”.

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O site do projeto, de agosto de 2013 a outubro de 2013 registrou 3.511 visitan-tes, com 88.101 páginas visitadas, em tempo médio de 10 minutos. Os eventos foram transmitidos ao vivo através do hotsite e também pelo site da Fetranspor.

A temporada 2013 contou com reforço de mídias sociais, em campanha bem estruturada, atingindo 3 milhões de pessoas. Em apenas dois dias de postagem no Facebook foram 1.600 visualizações e na primeira semana do “Mobilidade Sonora” mais de 20.000 pessoas conheceram o projeto através do facebook.

Na temporada de 2013, a Fetranspor lançou o concurso Flash Musical, com o objetivo de premiar quem enviasse fotos e músicas para o portal do Mobilidade Sonora - www.mobilidadesonora.com.br/concurso. Em uma primeira fase, ocorrida entre 27 de agosto e 20 de outubro, participaram da ação cerca de 300 moradores de várias cidades do Estado do Rio, de diferentes idades. Foi realizada votação por comitê interno da Federação, que elegeu as 10 melhores fotos e músicas. O resultado foi divulgado no site do “Mobilidade Sonora” e através de e-mail, chamando os eleitos para com-partilharem em suas redes de relacionamento.

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Este foi um dos posts mais vistos

De 22 de outubro até 11 de novembro de 2013, aconteceu o voto popular. A disputa pelos primeiros lugares foi bastante acirrada. Mais de 50.000 votos decidiram a classi-ficação. As fotos e músicas finalistas ficaram disponíveis para serem curtidas e comparti-lhadas, provocando intensa participação e movimentação. O resultado final foi apresen-tado no evento de encerramento do “Mobili-dade Sonora”, em 12 de novembro de 2013. Michel Alves Leite ganhou um iphone pela primeira colocação; Alex Rodrigues Pereira levou um smartphone pelo segundo lugar e Ana Paula Costa Alves garantiu um tablet ao tirar o terceiro lugar.

Nesta campanha em mídias sociais houve constante interação com o público, chaman-do a atenção para o “Mobilidade Sonora”, assim como a divulgação de Concurso Re-lâmpago chamando para ensaio do show de lançamento de Gilberto Gil em Copacabana.

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Além da mídia espontânea e do im-pacto das mídias sociais, a Fetrans-por também contou com campanhas especialmente encomendadas para alcançar maior público sobre o “Pro-grama Mobilidade Sonora”. As cria-ções remeteram aos valores do Pro-grama: cultura, música, cidadania e inclusão social. Foram criadas peças para mídias impressa, TV e spot de rádio, veiculadas em veículos de grande audiência.

Campanhas também foram decisivas

Campanha de mídias impressas

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Envolvimento da Organização

A Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro congrega dez sindicatos de empresas de ônibus, que por sua vez, reúnem 210 empresas de transporte coletivo, respondendo por 81% do transporte público.

O sistema rodoviário de transporte coletivo de passageiros no Estado do Rio tem frota de 22,5 mil ônibus, com média de idade de 4,04 anos, transportando cerca de 8,1 milhões de passageiros/dia, – 6,6 milhões pagantes e 1,5 milhões com acesso livre (idosos, estudantes, pessoas com deficiência) – em 3.260 linhas, entre o transporte municipal e o intermunicipal. Mais de 110 mil empregos diretos e 300 mil indiretos são gerados pelas empresas de ônibus do Estado.

Os ônibus urbanos são utilizados por nove em cada dez pessoas no Grande Rio. Eles respondem por mais de 50% dos deslocamentos motorizados e mais de 71% dos deslocamentos nos transportes coletivos na região. Modernos ônibus articulados, os chamados BRTs (Transporte Rápido por Ônibus) também estão ajudando a revolucionar a mobilidade urbana no município do Rio de Janeiro. São mais de 4 milhões de clientes transportados por mês, com índice de satisfação de 93%.

O Consórcio BRT TransOeste, o primeiro da cidade, transporta passageiros ao longo de 56 quilôme-tros diminuindo o tempo de viagem entre a Zona Oeste e a Barra da Tijuca. Em junho de 2014, às vésperas da Copa do Mundo, também foi inaugurado o BRT TransCarioca, unindo o Aeroporto Tom Jobim, na Ilha do Governador até o Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca, com 39 quilômetros. Os BRTs também ajudam a reduzir a emissão de CO2 em até 38% por serem mais modernos, ecoeficien-tes e permitindo transportar mais pessoas em um mesmo veículo.

Muito além dos números e resultados operacionais, a Fetranspor reconhece seu papel na mobilida-de urbana e como agente de desenvolvimento social. Criada em 2010, a área de Responsabilidade Social da Fetranspor tem como objetivo contribuir para a melhoria da qualidade de vida das pessoas – seja na formação profissional, na educação e nos cuidados ambientais. Depois de ouvir as empre-sas do sistema, foi elaborado um planejamento de Responsabilidade Social, que elegeu como meta principal o incentivo à educação de jovens por meio da garantia da mobilidade urbana.

Dentre as diversas ações, a Fetranspor Social apoia, além do “Mobilidade Sonora” outros projetos:

- O cartão Fetranspor Social, que possibilita o transporte gratuito de jovens que estão se qualificando em busca de emprego;- Diálogo Jovem sobre Mobilidade, canal permanente de diálogo entre jovens e o Sistema Fetranspor; - Banco de Boas Práticas, com a divulgação de experiências exitosas por empresas do sistema;- Diálogo com a Comunidade;- Parceria com o Instituto Ethos para aplicação indicadores negócios sustentáveis e responsáveis.

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Avaliação da Experiência

Os bons resultados do “Projeto Mobilidade Sonora” podem ser auferidos não tão somente pelo al-cance de 22 mil jovens nos Concertos Didáticos e 600 mil pessoas nas apresentações abertas no Es-tado do Rio, além das cerca de 3 milhões de pessoas alcançadas pela campanha em mídias sociais.

Nada melhor do que confirmar a relevância do projeto pelos depoimentos de envolvidos na expe-riência ao longo destes três anos. Como o do Maestro Sérgio Barboza, da Orquestra Villa Lobos e as Crianças, o primeiro parceiro do projeto, em 2011.

“Eu me considero um dos pais do “Mobilidade Sonora”. O grande di-ferencial é que o projeto forma plateias em escolas públicas. Lembro que anteriormente existiram algumas boas experiências nesta linha a democratização da música clássica, mas para o público em geral. O Mobilidade Sonora preenche a lacuna da ausência de um trabalho com foco nas escolas públicas. Acredito que é um projeto muito vi-torioso. Dentro da realidade do Brasil não conheço nada parecido. A participação da iniciativa privada, através da Fetranspor, foi decisiva. E tem auxiliado também na formação profissional dos jovens, que aprendem a se concentrar mais, se preparam para a adversidade de experiências culturais, etc.”

Também a pedagoga Linda Luiza de Azevedo Macedo, que fez a “ponte” do projeto com as Escolas Municipais na região da Zona Oeste do Rio de Janeiro para a Secretaria Municipal de Educação – na 9ª CRE –, confirma o impacto da parceria exitosa.

“Foi uma experiência incrível e emocionante. O “Mobilidade Sonora” atendeu alunos do Ensino Fundamental, assim como do Programa EJA (Educação de Jovens e Adultos). Muitos jamais tiveram contato com este tipo de música e formação musical. Todos adoraram. É muito difícil para alunos de bairros da Zona Oeste, mais distantes da programação cultural intensa, ter uma oportunidade rica como esta. Fizemos uma parceria incrível com os professores que aproveitavam depois todo o material para ser trabalhado nas salas de aula. O “leque” se abria nas redações e trabalhos apre-sentados pelos alunos, enriquecido pela experiência do projeto. Muitos alunos só estavam acostu-mados com outros ritmos de música em suas realidades e aprenderam muito com as apresentações do “Mobilidade Sonora”.

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“Participei do “Projeto Mobilidade Sonora” ao longo de 2013 com apresentações em todo o Estado do Rio. Apresentamos repertório do barroco ao choro para alunos das escolas públicas. A reação dos jovens foi incrível. Adoraram! Fizemos uma brincadeira com alguns estudantes para se passa-rem por regente e foi emocionante. O “Mobilidade Sonora” está levando música de concerto de qualidade para jovens que nunca tinham sequer experimentado esta experiência. A aproximação com os concertos didáticos também foi muito proveitosa. A maioria jamais tinha visto um oboé, um fagote ou mesmo clarineta. Ver as apresentações lotadas e o entusiasmo das plateias comprova o êxito do projeto. Sem falar que alguns acabam se profissionalizando. Tivemos o caso do Vitor, aluno da Orquestra da Providência que tocou em escola em Nova Iguaçu na qual foi aluno. Os colegas ficaram maravilhados com o depoimento dele.”

Lélis Teixeira, presidente executivo da Fe-transpor, destaca a relevância e a abrangência do Projeto, abrindo caminhos e dando oportuni-dades para jovens: “Por trás de todo grande pro-jeto existe uma ideia, um ideal, um sonho. Um projeto que pode dar aos jovens uma chance de concretizar seus próprios ideais é uma opor-tunidade ímpar. Afinal, a mobilidade maior é a do pensamento, e ele pode nos levar para onde quisermos. A Fetranspor, por meio do seu proje-to Mobilidade Sonora, em parceria com o projeto Villa-Lobos e as Crianças, pretende dar aos jovens a oportunidade de se transportarem pelos seus sonhos, através da música, até chegarem ao des-tino: um futuro repleto de oportunidades.”

Para o Maestro Anderson Alves, re-gente da Orquestra Sou + Eu, foi uma “oportunidade única” participar do “Pro-jeto Mobilidade Sonora” em várias apre-sentações pelo Estado do Rio com a Or-questra da Providência, reunindo jovens da Comunidade da Providência, na Zona Portuária do Rio.

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Na coordenação do Projeto desde 2011, Márcia Vaz, gerente de Responsabilidade Social da Fetranspor, frisa o caráter de inclusão e transformação.

“Sabemos que a partir do que é feito hoje pelo jovem pode-mos ter um jovem de um futuro completamente diferente. Um jovem que acredita nos sonhos, que, com certeza, vai retribuir tudo aquilo que ele conquistou e ganhou, devolvendo para a sociedade. Acreditamos que esta rede do bem que estamos for-mando, temos melhorias que nem podemos medir na nossa cidade, no nosso Estado e no nosso País.”

Os alunos da rede pública também ficam encantados com a “viagem” sonora através do “Mobili-dade Sonora”. Como a jovem Eduarda Oliveira, oito anos, estudante de escola municipal de Barra Mansa.

“A música leva a gente para qualquer lugar, e a gente nem precisa viajar. A música nos torna mais alegre, mais feliz e a gente se sente melhor”, afirmou Eduarda.

O jovem músico Ramon Calisto começou a ter aulas de violão na Comunidade Santa Marta e ficou sabendo do Projeto Villa-Lobinhos. Participou de concurso e foi selecionado, garantindo uma bolsa que lhe permitiu estudar com renomados maestros como Turíbio Santos, até ser convidado, três anos depois para ser monitor das aulas do projeto Villa-Lobos e as Crianças.

“Não tem como não ficar encantado. Eu me vejo em cada um desses alunos porque foi exatamente o que eu passei. Hoje me tornei profissional graças ao Projeto Villa-Lobos e as Crianças. Porque foi onde aprendi tudo, como tocar em grupo. Você precisa aprender a se ouvir e a ouvir o outro. Não é fácil. Todo mundo aqui estuda muito, três a quatro horas por dia, às vezes até cinco horas. Mas é deste esforço que nasce a harmonia da orquestra. E, assim, a música pode revelar sua beleza a todos nós.”

Turíbio Santos, da Academia Brasileira de Música, considerado pelos especialistas como um dos maiores violonistas clássicos da atualidade, frisa a importância da música como instrumento de inclusão cultural.

“Na realidade a música clássica vem como um acessório. Eu acho que o importante é ensinar a música em geral. Ela provoca a disciplina, ela provoca a autocrítica, ela provoca a pesquisa. Uma orquestra, por exemplo, é uma máquina do tempo. Você pode recuar no tempo até Villa Lobos, no começo do século 20, ou você pode ir até Bach, ir 300 anos atrás.”

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Ficha técnica

FetransporPresidente: Lélis Marcos Teixeira Gerente de Responsabilidade Social: Marcia Vaz

ParceirosORQUESTRA SINFÔNICA MARÉ DO AMANHÃORQUESTRA SINFÔNICA PROJETO VILLA LOBOS E AS CRIANÇASORQUESTRA FILARMÔNICA PROJETO VILLA LOBOS E AS CRIANÇASORQUESTRA DE CORDAS- PROJETO VILLA LOBOS E AS CRIANÇASORQUESTRA POPULAR TUHU - PROJETO VILLA LOBOS E AS CRIANÇASORQUESTRA – VIOLÕES DO FORTE DE COPACABANA ORQUESTRA SINFÔNICA SOM + EUParticipação especial: GRUPO A QUEBRADAParticipação especial: INSTITUTO ZECA PAGODINHO

OORQUESTRA SINFÔNICA DO AMANHÃCoordenador Geral: Carlos Eduardo PrazeresRegente: Filipe Barreto KochemA Orquestra Maré do Amanhã nasceu do Projeto Estrada Cultural. Criada em 2010, a orquestra, cuja base está no CIEP Operário Vicente Mariano, na Maré, é formada por crianças e adolescentes de escolas públicas municipais e estaduais do Complexo da Maré. Patrocinada pela multinacional State Grid Brazil Holding, a orquestra busca a profissionalização de seus integrantes, enquanto transforma suas vidas através do poder da música.

PROJETO VILLA-LOBOS E AS CRIANÇAS Direção Turíbio SantosCoordenação: Maestro Sérgio Barboza e Maria Clara Barbosa

ORQUESTRA POPULAR TUHU - PROJETO VILLA LOBOS E AS CRIANÇASDireção: Turibio SantosCoordenadora e Regente: Maria Clara Barbosawww.villaloboseascriancas.com

O Projeto Villa-Lobos e as Crianças iniciou suas atividades em março de 2008, desenvolvendo um trabalho social, profissionalizante e cultural no âmbito musical, dentro do universo de Heitor Villa-Lobos. Turíbio Santos é o idealizador do projeto, dirigiu o Museu Villa-Lobos durante 24 anos e atualmente é Presidente da Academia Brasileira de Música.

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Promovendo o espírito de uma universidade de música, num curso intensivo e profissionalizante, são oferecidas aulas de percepção musical, instrumentos de orquestra, orientação escolar, prática de conjunto e outras atividades, para alunos de diversas comunidades de baixa renda do Rio de Janeiro entre elas, a Rocinha; Dona Marta; Parada de Lucas; Bonsucesso; Campo Grande; Santa Tereza; e das cidades de: Niterói; São João de Meriti; Nilópolis; Mesquita; Caxias e Seropédica. Fazem parte do ‘Projeto Villa-Lobos e as Crianças’: a Orquestra Filarmônica, o grupo de choro TUHU e a Orquestra Cordas. Esses conjuntos musicais já alcançaram um repertório artístico profissional e vem consolidando a proposta artístico-pedagógica do projeto.

A Orquestra de Cordas do Projeto Villa-Lobos e as Crianças, é formada por alguns destes alunos e por professores do Projeto. Com a proposta do CD Alma Barroca, lançado com o apoio do “Projeto Mobilidade Sonora”, da Fetranspor, iniciou-se um estudo da música barroca com objetivo de prepa-rar a Orquestra para gravação junto a importantes solistas da música brasileira.

ORQUESTRA VIOLÕES DO FORTE DE COPACABANAResponsáveis:Diretora Artística: Márcia Melchior Marques Pinto Diretor Musical: Antonio Carlos Marques Pinto Regente: Paulo Pedrosawww.fortedecopacabana.com/orquestra-violoes-do-forte.html

A Orquestra Violões do Forte de Copacabana nasceu em 2011, em uma iniciativa do Instituto Rudá e do Comando do Forte de Copacabana, com apoio cultural da ACRJ e do Rio Ônibus, dentro do Programa Nacional de Apoio à Cultura. É um projeto de inclusão social e cultural desenvolvido den-tro do Forte de Copacabana.

ORQUESTRA SOU+EUPresidente: Izabel Cristina Pereira Coordenadora Geral/Diretora artística: Moana Sheila Viterbo MartinsCoordenadora Pedagógica Branca: Susana Valente de OliveiraMaestro: Anderson Alves da Silvahttp://sommaiseu.blogspot.com.br

A Orquestra Escola Som+Eu é um espaço para a prática orquestral com repertório canarístico er-udito e de música popular brasileira. A iniciativa também busca aproximar o universo musical das crianças, adolescentes e jovens moradores da Zona Portuária do Rio de Janeiro. Além da prática instrumental, serão realizados concertos em escolas e em diversos locais públicos possibilitando à comunidade opções de fruição cultural.

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GRUPO A QUEBRADAResponsáveis: Direção – Mariana Naegeli e Rogério Máximohttps://www.facebook.com/aquebradafesta

A Quebrada é formada por jovens músicos da Comunidade Santa Marta que se conheceram quando crianças no Villa-Lobinhos (projeto que promoveu educação musical para jovens instrumentistas de comunidades carentes do Rio de Janeiro). A Banda realiza mensamente um baile na quadra da esco-la de samba do Santa Marta. O grupo agita o púbico com sucessos com arranjos inéditos e repletos de influências da música black dançante.

INSTITUTO ZECA PAGODINHOResponsáveis- Direção Geral do Instituto: Leninha Brandão e Louiz Carlos Direção Artística e Pedagógica: Josiane Kevorkian e Carla Rincón http://www.institutodozeca.com.br/

O Instituto Zeca Pagodinho é uma escola de capacitação artística e cultural por música sinfônica, artes integradas e cidadania situada em Xerém, um distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro.

No Instituto, alunos de sete a quatorze anos têm aulas de canto coral, musicalização infantil, prá-tica de conjunto e teatro. Após um tempo, quando desenvolvem e descobrem suas aptidões, eles são direcionados para o estudo de um instrumento específico. Todos podem participar de mais de um núcleo técnico e têm atenção de acordo com seu desenvolvimento, com aulas individuais e em grupo.