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MOÇAMBIQUE 2015·16 Publicação Anual | Distribuição Gratuita DIRECTÓRIO DA CÂMARA DE COMÉRCIO Veja no interior como funciona o código QR. Informação que fortalece as empresas

MOÇAMBIQUE - cempalavras.pt · a opinião dos seus autores e não necessariamente a opinião da CCPM. É interdita a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, de textos,

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MOÇAMBIQUE2015 · 16

Publicação Anual | Distribuição Gratuita

DIRECTÓRIO DA CÂMARA DE COMÉRCIO

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Informação que fortalece

as empresas

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D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e | 3

ÍNDICE

Descarregue uma aplicação gratuita do leitor de QR code a partir do seu telemóvel.

Faça scan do código QR da capa, centrando-o no ecrã do telemóvel.

Veja a versão online do Directório da Câmara de Comércio Portugal – Moçambique 2015/16.

Como funciona o código QR

?

FotografiaThinkStockPhotos, fotopedia.com, flickr.com e entidades participantes

Pré-impressão e impressão Jorge Fernandes, Lda. Depósito legal 126722/98

PROPRIEDADE E EDIÇÃO

CCPMCâmara de Comércio Portugal – Moçambique

PORTUGAL Praça das Indústrias, Edifício Rosa – 1º Andar1300-307 LisboaTel.: (+351) 213 465 392Fax: (+351) 213 479 [email protected]

MOÇAMBIQUERua da Sé, 114Centro de Escritórios do Hotel Rovuma, 4º Andar – Sala 27MaputoTel. e Fax: (+258) 21 300 [email protected]

Director João Navega Secretariado Susana Valentim (Portugal)Linda Rodrigues (Moçambique)

www.ccpm.pt

PRODUÇÃO EDITORIAL, DESIGN E PUBLICIDADE

CEMPALAVRASComunicação Empresarial, Lda.Av. Almirante Reis, 114 – 2º C1150-023 LisboaTel.: (+351) 218 141 574 Tel.: (+351) 218 124 752Fax: (+351) 218 142 [email protected]

EditorialCCPMInformação geral sobre MoçambiqueAnálise económicaDoing Business 2015Novo regime aplicável aos cidadãos estrangeiros em MoçambiqueDossier Zonas EconómicasCPI – Centro de Promoção de InvestimentosGAZEDA – Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento AceleradoBenefícios Fiscais nas ZFI e ZEEDossier Marítimo-PortuárioEstudo de Mercado Portugal e MoçambiqueAPLOP – Associação dos Portos de Língua PortuguesaEntrevista Presidente dos CFM – Portos e Caminhos-de-Ferro de MoçambiqueEntrevista Director de Operações da Portos do Norte, S.A.Empresas em destaqueListagem de Associados da CCPM

48

17283640434852

6063687072

74

80102

DIRECTÓRIO MOÇAMBIQUE 2015/16Agosto 2015

Distribuição gratuita aos associados da CCPM, entidades oficiais, institucionais e empresariais em Portugal e Moçambique.

O Directório Moçambique foi escrito segundo o antigo acordo ortográfico da Língua Portuguesa, excepto alguns textos promocionais de clientes.

Os textos incluídos nesta publicação expressam a opinião dos seus autores e não necessariamente a opinião da CCPM.

É interdita a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, de textos, fotos e ilustrações sem a expressa autorização da CCPM.

Coordenação Geral Luís Morais ([email protected])Coordenação Editorial Paula Braga

Redacção Graziela Afonso ([email protected])Paula Braga ([email protected])

Produção Gráfica Ana Gaveta ([email protected]) Patrícia Gonçalves ([email protected])

Direcção Comercial Luís Morais ([email protected])

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4 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

João Navega | Presidente da Direcção da CCPM

A iniciativa política para resolver o contencioso de Cahora Bassa teve lugar durante a Presidência de Joaquim Chissano. A diplomacia moçambi-cana fez do tema um ícone da sua política externa no relacionamento

bilateral com Portugal e, com muita persistência, foi logrando os seus objectivos, vencendo resistências do lado português e fazendo gerar a boa vontade que sempre precede um acordo.Do lado português, os sucessivos Governos de Durão Barroso, Santana Lopes e José Sócrates mostraram sensibilidade para a posição moçambicana e deram forte impulso e apoio à iniciativa. Mas, seria já o Presidente Armando Guebuza quem, a 31 de Outubro de 2006, em Maputo, e como Presidente de Moçambique, assinou com o Estado português, representado pelo seu Primeiro-ministro José Sócrates, o Acordo respeitante à venda da participação de 82% que o Estado português detinha no consórcio da assim designada HCB – Hidroeléctrica de Cahora Bassa.Olhando para trás, pode afirmar-se sem tibieza que a reversão de Cahora Bassa para os moçambicanos se revelou no maior e mais positivo marco no relaciona-mento entre Moçambique e Portugal desde a independência de Moçambique.Um segundo marco importante nas relações entre ambos os países foi o Acordo para a realização de Cimeiras Anuais entre os dois Estados ao mais alto nível, as quais têm tido lugar com grande sucesso desde 2010. Há cinco anos, por-tanto, oferecendo oportunidades anuais de criar mecanismos de incremento às relações entre ambos os países em todos os domínios.Se tivéssemos que escolher um terceiro e último marco relevante para a in-tensificação das relações entre os dois países, nos últimos dez anos, poderia arriscar dizer que foi a eleição do Presidente Filipe Nyusi como Presidente de Moçambique.

Uma nova página NAS RELAÇÕES POLÍTICAS E ECONÓMICAS ENTRE PORTUGAL E MOÇAMBIQUE

"Vocês são os campeões na promoção do investimento

em Moçambique. Esperamos que as vossas empresas

continuem a investir no país".

Filipe Nyusi

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6 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

Com efeito, Filipe Nyusi é o quarto Presidente da República de Moçambique. É um homem do norte, é maconde, jovem de 56 anos de idade, casado e com quatro filhos. Sendo os pais veteranos da FRELIMO, Filipe Nyusi viveu e fre-quentou os estudos primários na vizinha Tanzânia. Com 14 anos de idade, em 1973, e ainda antes da independência, filiou-se na FRELIMO. O ensino secundário já seria frequentado na cidade da Beira. É licenciado em engenha-ria na Checoslováquia e fez uma pós-graduação no Reino Unido. Foi director dos CFM – Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique e Ministro da Defesa do Presidente Armando Guebuza. Embora a história pessoal de Filipe Nyusi esteja muito ligada à história recente da FRELIMO, aos ideais da independência, e tendo sido a sua educação feita no apego aos valores do socialismo, Filipe Nyusi conheceu bem a cultura ocidental, e como tantos homens bons do seu tempo tem demonstrado na sua vida política e profissional uma capacidade para contribuir para a evolução de Moçambique ajustando os valores históricos do seu partido e o seu pensamento político a uma visão patriótica e pragmá-tica da conjuntura actual do mundo e do seu país. Acresce que Filipe Nyusi é engenheiro de formação, um gestor, conhecedor do mundo das empresas e da actividade económica.

CAMPEÕES DO INVESTIMENTOA primeira visita de Estado de Filipe Nyusi foi feita a Portugal em Julho de 2015. Foi um sucesso. Mas o interessante é que, mesmo antes de partir para Lisboa, reuniu-se antecipadamente com os 12 maiores grupos económicos portugueses em Moçambique, reconhecendo publicamente a relevância dos portugueses para o desenvolvimento do país. "Vocês são os campeões na promoção do investimento em Moçambique. Esperamos que as vossas empresas continuem a investir no país", afirmou Filipe Nyusi, no início do encontro.Com efeito, o investimento directo português em Moçambique atingiu 336 milhões de dólares (303 milhões de euros ao câmbio actual) em 2014, quase o dobro dos 171 milhões registados em 2013, e foi o que criou mais emprego no país.

De acordo com dados do Centro de Promoção de Investimentos (CPI) de Moçambique, as empresas portuguesas geraram 27 postos de trabalho por cada milhão de dólares investido, acima da média de 16 dos restantes países.

Portugal foi no ano passado o quarto maior investidor externo em Moçambique, numa lista liderada pelos Emirados Árabes Unidos, Maurícias e África do Sul.O Primeiro-ministro Passos Coelho, em cerimónia oficial a 17 de Julho, referiria ainda: “Entre Janeiro e Abril de 2015 as exportações portuguesas para Moçam-bique atingiram os 119 milhões de euros, o que representou um aumento de 29,7% relativamente ao período homólogo anterior. No mesmo espaço de tem-po, as nossas importações de Moçambique atingiram os 6,4 milhões de euros, revelando um aumento de 30,4%, em relação ao período homólogo anterior.”"Vocês são os campeões na promoção do investimento em Moçambique. Esperamos que as vossas empresas continuem a investir no país". O significado político da mensagem do Presidente moçambicano é muito claro: Esta Presidência quer construir o futuro de Moçambique, elegendo Portugal como um parceiro privilegiado de Moçambique. n

Esta Presidência quer construir o futuro de Moçambique, elegen-do Portugal como um parceiro privilegiado de Moçambique.

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› Objectivos

› Órgãos Sociais

› Plano de Actividades 2015

foto ThinkstockPhotos

CCPM

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D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e | 9

A Câmara de Comércio Portugal-Moçambique (CCPM) foi consti-tuída formalmente por escritura de 31 de Outubro de 1984, publi-cada no Diário da República nº6, III Série, de 8 de Janeiro de 1985.De acordo com os seus Estatutos, a CCPM tem como objectivo fomentar as relações económicas entre Portugal e Moçambique, na base do interesse mútuo. É neste âmbito que desenvolve inú-meras actividades e realizações, entre as quais destacam-se:

y Promoção e acompanhamento de missões empresariais;

y Realização de seminários e colóquios sobre diversos temas ligados ao comércio e investimento bilateral;

y Promoção de contactos entre empresários portugueses e moçambicanos;

y Promoção de encontros de empresários com responsáveis dos Governos de Portugal e Moçambique;

y Recolha e divulgação de informações de interesse jurídico, comercial e económico sobre as relações entre os dois países;

y Promoção da participação de empresas em feiras e exposições comerciais nos dois países;

y Representação dos interesses dos Associados junto de entida-des e instituições governamentais dos dois países, nas relações bilaterais;

y Responder a consultas, emitir pareceres e estudos sobre temas de carácter económico;

y Identificação e divulgação de oportunidades de investimento e negócio nos dois países;

y Serviço público de informações acerca de aspectos gerais sobre as relações entre Portugal e Moçambique;

y Edição e distribuição das seguintes publicações:

› Directório Moçambique (anual);

› Revista Moçambique – Intercâmbio de Oportunidades (anual);

› Newsletter (diária);

› Manutenção de uma página na internet onde é facultada informação diversa.

Todas as publicações são de distribuição gratuita aos Associados e a inúmeras associações e entidades oficiais.

Objectivos

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Organização interna e administrativa

y Manter em aberto a possibilidade de contratação de um Assessor da Administração, em regime de presta-ção de serviços, e em “full time”, que não só proceda à Coordenação dos Serviços da CCPM em Lisboa e Maputo, como também contribua para um renovado impulso da CCPM em termos externos, nomeadamente ao nível de iniciativas em Portugal e Moçambique e captação de novos associados. Os custos que esta contratação possa gerar terão que ser compensados por objectivos pré-definidos de angariação de novos associados e manutenção dos existentes, bem como de iniciativas da CCPM que gerem receitas, designadamente publicidade para a Newsletter, para o Site da CCPM e para a sua página de Facebook. O desafio desta contratação pode justificar-se num momento em que as empresas portuguesas procu-ram, através da internacionalização, respostas para a crise económica e falta de mercados para os seus produtos em Portugal, movimento que corresponde a um renovado impulso pressentido pela CCPM há mais de dois anos e que ganha forma nas numerosas consultas e pedidos de entrevistas com elementos da Direcção; na apresentação de projectos à CCPM, aos quais também é necessário oferecer uma resposta mais eficaz; bem como numerosas adesões de novos sócios à CCPM.y Preservar uma política de controlo de custos e de manutenção do equilíbrio económico e financeiro da CCPM, no seguimento do que a Direcção tem conse-guido fazer em mandatos anteriores.y Dar continuidade às iniciativas que permitam a preservação dos actuais sócios e captar novos sócios, apesar do actual contexto de crise internacional e na-cional, mas aproveitando um novo ciclo das relações políticas e económicas e comerciais entre Portugal e Moçambique que foi aberto pela resolução do “dossier de Cahora Bassa” e mais incentivado ainda pelas visitas a nível da chefia de Estado entre os dois países e pelas Cimeiras Anuais Estado a Estado.

Plano de Actividades 2015

Órgãos Sociais

NOVOS ÓRGÃOS SOCIAIS CCPM 2015-2017

A 14 de Maio de 2015, no Hotel Intercontinental Lisbon, a CCPM elegeu os novos órgãos sociais para o triénio 2015-2017. Fique a conhecer quem faz parte da Direcção, os novos vogais, da Assembleia Geral e do Conselho Fiscal.

ASSEMBLEIA GERALy Presidente Daniel Pedrosa Lopesy Vice-Presidente Salvintur – Soc. e Investimentos

Turísticos, S.A › João Raposoy Secretário S. E. Ginwala e Filhos, Lda. › Filipe Oliveira

DIRECÇÃOy Presidente João Navegay Vice-Presidentesy Amorim Holding II SGPS, S.A. – Actividades das

Sociedades Gestoras de Participações Sociais Não Financeiras › Diogo Tavares

y Banco BPI, S.A. › Miguel Beires Corte-Realy EDP Internacional › Gonçalo Castelo Brancoy Millennium BIM › António Manuel Duarte Gomes Ferreira

y Vogaisy Aquapor – Serviços, S.A. › José Santa Martay APL – Administração do Porto de Lisboa, S.A.

› Marina Ferreiray EIP Moçambique › José Manuel Mendes Coelhoy Entreposto – Gestão e Participações SGPS, S.A.

› Miguel Félix Antónioy ETE Logística › Bernardo Nunesy Ferreira Rocha & Associados – Sociedade de Advogados

› Rodrigo Rochay Finarquimoz, Lda. › Margarida Gramaxoy Grupo Ferreira dos Santos › João Ferreira dos Santosy Grupo Visabeira, S.A. › João Quitérioy LVC – Gestão de Empresas › Victor Condeçoy Miranda, Correia, Amendoeira & Associados

› Diogo Xavier da Cunhay Moza Bancoy PLMJ – A. M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins,

Júdice & Associados › Miguel Spínolay Sicosta II Internacional S.A. › Messias Teves

CONSELHO FISCALy Presidente LAM – Linhas Aéreas de Moçambique

› Cândido Munguambey Vice-Presidente BDO BINDER & CO

› Carlos Miguel Fontão de Carvalhoy Vogal SOFID – Sociedade para o Financiamento

do Desenvolvimento › Carlos Pinto

foto ThinkstockPhotos

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y Concluída que foi em 2009 e princípios de 2010 a informatização dos serviços da Delegação de Maputo e de modernização do suporte informático da sede, dar continuidade ao reequipamento e modernização da sede, em Lisboa, na qual, depois da mudança para as actuais instalações em 2012, não foi feito qualquer investimento.

y Organizar sob novo formato as bases de dados da CCPM: sócios (por nome, por actividades e áreas de interesse), não-sócios que recebem a Newsletter, listagens de missões comerciais a Moçambique, nomes de empresários e gestores de topo passados ou presentes em Moçambique, entre outros.

Relações institucionaisy Manter num bom nível as relações ins-titucionais, quer em Portugal quer em Mo-çambique, com todas as entidades, oficiais e privadas, relevantes para a prossecução dos objectivos da CCPM, designadamente através de um novo ciclo de “almoços-debate” com personalidades portuguesas, apesar do desgaste que esta fórmula vai tendo sobretudo no actual ambiente económico.y Preservar os laços existentes de coopera-ção com outras associações empresariais e profissionais de Portugal e Moçambique que têm interesse na dinamização das relações económicas e de cooperação entre os dois países, acompanhando a actividade da Câ-mara de Comércio Moçambique-Portugal numa lógica de colaboração recíproca, tal como já aconteceu.

y Conferir particular atenção ao relaciona-mento institucional com a SOFID, a qual se tem mostrado disponível para se empenhar na organização de iniciativas conjuntas.y Continuar a apoiar todas as actividades promovidas pela Embaixada de Moçambique relevantes para a prossecução dos objectivos da CCPM e em relação às quais seja desejada a colaboração da CCPM.

Actividades a promover

EM GERAL:y Criar condições para a aproximação de sócios da CCPM com dirigentes políticos e responsáveis do mundo associativo e empresarial de ambos os países que potenciem os respectivos negócios.y Prestar assistência aos sócios moçambicanos que se desloquem a Portugal e portugueses que se desloquem a Moçambique no âmbito da sua actividade e contactos profissionais.y Manter a política de divulgação das oportu-nidades comerciais nos dois países, todas as sextas-feiras, na nossa Newsletter, tal como vem sendo efectuado.

EM MOÇAMBIQUE:y Participar na edição da FACIM 2015, com stand próprio ou em articulação com o AICEP.y Procurar medir a oportunidade e condições para a realização de uma nova missão empre-sarial a Moçambique, por ocasião da edição de 2015 da FACIM.y Procurar promover pelo menos uma grande iniciativa anual que seja marcante no calendário do associativismo empresarial naquele país.

EM PORTUGAL:y Dar continuidade ao trabalho conjunto que vem sendo desenvolvido com outras Câmaras de Comércio bilaterais interessadas em dar a conhecer Moçambique aos seus associados.y Participar na edição de 2015 do Portugal Exportador.y Promover uma aproximação da CCPM ao mundo universitário em Portugal, que permita um melhor conhecimento da realidade moçambicana pela população estudantil do ensino superior, estimulando o seu interesse pelo empreende-dorismo que tenha como alcance o incremento das relações de investimento e comércio entre Portugal e Moçambique e vice-versa.y Manter uma política de abertura e diálogo com empresários e empresas que pretendem fixar-se em Moçambique, facilitando o uso da delegação de Maputo para o respectivo “start-up”.

foto Steve Evans

Preservar os laços exis-tentes de cooperação com outras associações empre-sariais e profissionais de Portugal e Moçambique que têm interesse na dinamização das rela-ções económicas e de cooperação entre os dois países, acompanhando a actividade da Câmara de Comércio Moçambique--Portugal numa lógica de colaboração recíproca, tal como já aconteceu.

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14 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

foto Cristiana Santos

Criar condições para a aproximação de sócios da CCPM com dirigentes polí-ticos e responsáveis do mundo associativo e em-presarial de ambos os países que potenciem os respectivos negócios.

Informaçãoy Manter a edição do Directório anual.y Manter a edição da nova revista “Moçam-bique”, apostando eventualmente em duas edições anuais.y Ponderar a edição de um tríptico (flyer) para divulgação da CCPM a baixo custo.y Depois de efectuada a renovação do Site da CCPM na internet, introduzir as melhorias possíveis, procurando designadamente o estabelecimento de links com portais gover-namentais e outros sites relacionados com a cooperação portuguesa e moçambicana, universidades, e outras plataformas com elevado número de visitantes. y Manter num bom nível e periodicidade a Newsletter da CCPM.

y Dar seguimento à política de publicação na Newsletter e no Site da CCPM na internet de entrevistas e de artigos de opinião com personalidades da vida política, empresarial e académica de Moçambique e de Portugal (com ligações a Moçambique).y Melhorar o novo veículo de comunicação: a página da CCPM no Facebook.y Aproveitar os três veículos de co-municação da CPPM, Newsletter, Site e Facebook da CCPM na internet para promover publicidade paga dos sócios e não-sócios da CCPM.y Continuar a divulgar informações rele-vantes sobre Moçambique junto dos sócios e de organismos oficiais e privados com interesses em Moçambique. n

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Informação geral sobre Moçambique

› Dados Gerais

› Contactos Úteis

foto Rosino

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18 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

Dados Gerais

Designação oficialRepública de Moçambique

CoordenadasEntre os paralelos 10 ̊27’ e 26 ̊52’ de latitude Sul e entre os meridianos 30˚ 12’ e 40˚51’ de longitude Este

FronteirasA Norte com a Tanzânia, a Noroeste com o Malawi e a Zâmbia, a Oeste com o Zimbabué e a África do Sul e a Sul com a Suazilândia e a África do Sul

Cidades mais importantesEstimativas de 2013

Maputo, capital (2 milhões hab.), Nampula (597 mil hab.), Beira (442 mil hab.), Chimoio (280 mil hab.), Nacala (235 mil hab.), Quelimane (216 mil hab.), Tete (188 mil hab.) e Pemba (175 mil hab.).

População25,8 milhões de habitantesestimativa ONU 2013

Densidade populacional32,3 hab./km2

Faixa costeiraToda a faixa Este, com cerca de 2.470 km, é banhada pelo Oceano Índico

LocalizaçãoCosta Sudeste de África

OrografiaMoçambique pode ser dividido em duas regiões separadas pelo

rio Zambeze, sobretudo com planícies a Sul e montanhas a Norte. A altitude média a Sul é de 60 metros acima do nível

médio das águas do mar, enquanto que na região Norte a altitude varia entre 1500 e 2500 metros.

Maiores elevações (em metros)y Monte Binga (Manica) 2436y Montes Namule (Zambézia) 2419y Serra Zuira (Manica) 2277y Messurussero (Manica) 2176y Massasse (Manica) 2134y Monte Domue (Tete) 2095y Serra Mácua (Zambézia) 2077y Serra Chiperone (Zambézia) 2054

Código Internet .mz

799.380 km2Área

Unidade monetáriaMetical (MZN)1 Euro = 41,05 MZN (compra) | 41,27 MZN (venda)fonte: Banco de Moçambique (28.07.2015)

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D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e | 19

Fontes: aicep Portugal Global | “Mercados – Informação Global; Moçambique – Ficha de Mercado”, Janeiro de 2015Câmara de Comércio Portugal-Moçambique (CCPM) | Instituto Nacional de Estatística de Moçambique

Moçambique

MOÇAMBIQUE

CapitalMaputo (2 milhões hab.)

Principais rios (em kms)Moçambique tem mais de 20 rios que, na sua maioria, correm para o Oceano Índico. Os principais, a Norte, são o Rovuma e o Lúrio; no Centro, o Ligonga, Zambeze e Save; a Sul, o Limpopo, o Incomati e o Maputo. A maioria dos rios moçambicanos não se presta à navegação de-vido a assoreamentos, baixas fundas e quedas rápidas.

Hora localCorresponde ao UTC mais duas horas. Em relação a Portugal, Moçambique tem mais duas horas no horário de Inverno e mais uma hora no horário de Verão.

Língua oficial Português, falado por cerca de 43% da população.

Outras línguas nacionaisCicopi, cinyanja, cinyungwe, cisenga, cishona, ciyao, echuwabo, ekoti, elomwe, gitonga, maconde (ou shimakonde), kimwani, macua (ou emakhuwa), memane, suaíli (ou kiswahili), suazi (ou swazi), xichanga, xironga, xitswa e zulu. O inglês é língua obrigatória desde o nível básico do ensino.

ReligiãoCerca de 50% da população professa religiões tradicionais africanas, cerca de 5 milhões a cristã (sobretudo a católica) e cerca de 4 milhões a muçulmana.

Código Telefónico

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População (hab.)Dados de 2012

y Cabo Delgado 1.797.335y Gaza 1.344.095y Inhambane 1.426.684y Manica 1.735.351y Maputo cidade 1.194.121y Maputo província 1.506.442y Nampula 4.647.841y Niassa 1.472.387y Sofala 1.903.728y Tete 2.228.527y Zambézia 4.444.204

Clima O clima em Moçambique é húmido e tipi camente tropical, influenciado

pelo regime de monções do Oceano Índico e pela cor-rente quente do canal de Moçambique. O país possui estações secas de Junho a Setembro. A estação das chuvas ocorre entre os meses de Outubro e Abril. As temperaturas médias em Maputo variam entre os 13–24 °C, em Julho, a 22–31 °C, em Fevereiro.

Podem distinguir-se três zonas climáticas em todo o território: y Norte e Centro: tropical húmido, tipo monçónico, com uma estação seca de quatro a seis meses; y Sul: tropical seco, com uma estação

seca de seis a nove meses; y Montanhas: clima tropical de altitude.

Fauna e FloraMoçambique é rico em fauna e flora terrestre

e marítima. A orografia e o clima determinam três tipos de vegetação: floresta densa nas

terras altas do Norte e Centro do país, flo-resta aberta e savana no Sul e os mangais

na zona costeira. A floresta é rica em espécies economicamente valiosas,

entre elas, o mogno, ébano, pau-ferro, sândalo, umbila e pau-preto.

Estes ecossistemas constituem o habitat de espécies selvagens,

como elefantes, leões, leopardos, chitas, hipopótamos, antílopes, tartarugas, macacos e grande número de aves.

Feriadosy 1 de JaneiroDia da Fraternidade Universal (Ano Novo)y 3 de FevereiroDia dos Heróis Moçambicanos (em homenagem a Eduardo Mondlane)y 7 de AbrilDia da Mulher Moçambicana (em homenagem a Josina Machel) y 1 de MaioDia Internacional do Trabalhadory 25 de JunhoDia da Independência Nacional y 7 de SetembroDia da Vitória (em homenagem à assinatura dos Acordos de Lusaka)y 25 de SetembroDia das Forças Armadas (em homenagem ao início da Luta Armada de Libertação Nacional) y 4 de OutubroDia da Paz e Reconciliação (em homenagem à assinatura do Acordo Geral de Paz)y 25 de DezembroDia da Família (Natal)

Nota: De acordo com o Artigo n.º 37, parágrafo 3, da Lei de Trabalho de Mo-çambique, os feriados que ocorram a um Domingo passam automaticamente para a Segunda-Feira seguinte.

Principais produtos de exportaçãoCombustíveis e óleos minerais; alumínio e suas obras; tabaco e seus sucedâneos manufacturados; embarcações e estruturas flutuantes; açúcares e produtos de confeitaria.

Destinos principais das exportaçõesPaíses Baixos; África do Sul; Índia, Estados Unidos da América, China e Portugal. Principais produtos importadosCombustíveis e óleos minerais; instrumentos de óptica, medida e controlo; máquinas e aparelhos mecânicos; veículos automóveis e partes; equipamento eléctrico e electrónico.

Moçambique

Dados Gerais

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22 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

Data da actual Constituição30/Nov/1990, alterada em 1996 e 2004

GovernoÉ formado e dirigido pelo Presidente da República, com o apoio do Primeiro-Ministro, também ele nomeado. A duração do seu mandato é de cinco anos, à semelhança do mandato dos deputados à Assembleia da República. Esta é constituída por 250 deputados eleitos por sufrágio directo e universal.

Principais Partidos Políticos

Frente de Libertação de Moçambique (FRELI-MO), no Governo; Resistência Nacional de

Moçambique (RENAMO), principal partido da oposição; Movimento Democrático

de Moçambique (MDM); Partido Humanitário de Moçambique

(PAHUMO). As últimas eleições (presidenciais, legislativas e

provinciais) realizaram-se, em simultâneo, a 15 de Outubro

de 2014. As próximas elei-ções presidenciais estão

previstas para 2019.

Divisões AdministrativasO país está dividido em dez províncias agrupadas em três zonas: Norte, Centro e Sul. Da zona Norte fazem parte as províncias do Niassa, Cabo Delgado e Nampula; da zona Centro, as províncias de Tete, Manica, Sofala e Zambézia; e da zona Sul, as províncias de Gaza, Inhambane e Maputo.

Capitais de ProvínciaBeira (Sofala), Chimoio (Manica); Inhambane (Inhambane), Lichinga (Niassa), Maputo (Maputo), Nampula (Nampu-la), Pemba (Cabo Delgado), Quelimane (Zambézia), Tete (Tete) e Xai-Xai (Gaza).

Governos ProvinciaisCabo Delgado – Celmira Silva

Gaza – Stella da Graça Zeca

Inhambane – Agostinho Trinta

Manica – Alberto Mondlane

Maputo (cidade) – Iolanda Cintura

Maputo (província) – Raimundo Diomba

Nampula – Victor Borges

Niassa – Arlindo Chilundo

Sofala – Maria Helena Taipo

Tete – Paulo Auade

Zambézia – Abdul Razak Noormahomed

Sistema PolíticoDemocracia multipartidária

Dados Gerais

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Moçambique

Presidente da RepúblicaFilipe Nyusi

Presidente e Chefe de Governo

Filipe Jacinto Nyusi

Primeiro-ministroCarlos Agostinho do Rosário

Ministro dos Negócios Estrangeiros e CooperaçãoOldemiro Balói

Ministro da Economia e FinançasAdriano Maleiane

Ministro da Defesa NacionalAtanásio Salvador Ntumuke

Ministro do InteriorJaime Basílio Monteiro

Ministro da Agricultura e Segurança AlimentarJosé Pacheco

Ministro da Administração Estatal e Função PúblicaCarmelita Namashulua

Ministro do Trabalho, Emprego e Segurança SocialVitória Diogo

Ministro na Presidência para os Assuntos da Casa CivilAdelaide Amurane

Ministro do Mar, Águas Interiores e PescasAgostinho Salvador Mondlane

Ministro dos Recursos Minerais e EnergiaPedro Conceição Couto

Ministro da Justiça e Assuntos Constitucionais e ReligiososAbdurremane Lino de Almeida

Ministro da SaúdeNazira Abdula

Ministro da Juventude e DesportosAlberto Nkutumula

Ministro do Género, Criança e Acção SocialCidália Chaúque

Ministro da Educação e Desenvolvimento HumanoLuís Jorge Ferrão

Ministro da Indústria e ComércioErnesto Tonela

Ministro dos Transportes e ComunicaçãoCarlos Mesquita

Ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento RuralCelso Correia

Ministro da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico-ProfissionalJorge Penicela Nhambiu

Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos HídricosCarlos Bonete Martinho

Ministro da Cultura e TurismoSilva Dunduro

Ministro dos CombatentesEusébio Lambo

Membros do Governo

Fonte: www.portaldogoverno.gov.mz

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Contactos Úteis

Moçambique

Câmara de Comércio Moçambique-Portugal morada: Av. 25 de Setembro, N.º 1123, Prédio Cardoso, 4º Andar – C Maputo – Moçambique tel.: (+258) 21 304 580email: [email protected]: www.ccmp.org.mz

CPI – Centro de Promoção de Investimentos morada: Rua da Imprensa, 332 – r/c Maputo – Moçambique tel.: (+258) 21 313 310fax: (+258) 21 313 325email: [email protected]: www.cpi.co.mz

Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA)morada: Avenida Patrice Lumumba, 927Maputo – Moçambiquetel.: (+258) 21 321 002fax: (+258) 21321 001site: www.cta.org.mz

Consulado Geral de Portugalmorada: Av. Mao Tsé Tung, 519Maputo – Moçambique tel.: (+258) 21 490 150/1/5fax: (+258) 21 492 494 email: [email protected]

Embaixada de Portugal em Maputo morada: Av. Julius Nyerere, 720 , C.P. 4696, Maputo – Moçambique tel.: (+258) 21 490 316 fax: (+258) 21 491 172 email: [email protected]: www.embpormaputo.org.mz

GAZEDA – Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Aceleradomorada: Av. Ahmed Sekou Touré, nº2539Maputo – Moçambiquetel.: (+258) 21 321 291/2/3fax: (+258) 21 321 289 email: [email protected]: www.gazeda.gov.mz

IPEX – Instituto para a Promoção de Exportações morada: Av. 25 de Setembro, 1008 – 2º Maputo – Moçambiquetel.: (+258) 21 307 257/8fax: (+258) 21 307 256 email: [email protected]: www.ipex.gov.mz

y EM PORTUGALAICEP Portugal Global email: [email protected] site: www.portugalglobal.pt

Câmara de Comércio Portugal–Moçambique email: [email protected] site: www.ccpm.pt

Confederação Empresarial da CPLP (CE - CPLP)email: [email protected] site: www.cecplp.org

COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, S.A. email: [email protected] site: www.cosec.pt

Embaixada de Moçambique em Lisboaemail: [email protected]: www.embamoc.pt

Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento (SOFID) – Instituição Financeira de Crédito, S.A. email: [email protected] site: www.sofid.pt

y EM MOÇAMBIQUEAICEP Portugal Global morada: Av. Julius Nyerere, 720 – 12º, Maputo – Moçambique tel.: (+258) 21 490 523/402fax: (+258) 21 490 203 email: [email protected]: www.portugalglobal.pt

Banco de Moçambique (Banco Central) morada: Av. 25 de Setembro, 1695, Caixa Postal nº 423

Maputo – Moçambiquetel.: (+258) 21 354 600

fax: (+258) 21 323 247 email: [email protected]

site: www.bancomoc.mz

Bolsa de Valores de Moçambiquemorada: Av. 25 de Setembro, 1230 – 5º andar,

Bloco 5, Maputo – Moçambiquetel.: (+258) 21 308 826

fax: (+258) 21 310 559site: www.bolsadevalores.co.mz

Câmara de Comércio Portugal-Moçambique morada: Centro de Escritórios

do Hotel Rovuma, Rua da Sé, 114 – 4º Andar – Sala 27

Maputo – Moçambiquetel.: (+258) 21 300 232

fax: (+258) 21 300 232 email: [email protected]

site: www.ccpm.pt

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Links Úteis

Instituições governamentais e outrasALFÂNDEGAS DE MOÇAMBIQUEsite: www.alfandegas.gov.mz

ASSOCIAÇÃO DE COMÉRCIO, INDÚSTRIA E SERVIÇOS (ACIS) site: www.acismoz.com

ATNEIA (BASE DE DADOS DA LEGISLAÇÃO PUBLICADA NO BOLETIM DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, I SÉRIE, DESDE JUNHO DE 1975)site: www.atneia.com/atneia/index.php

AUTORIDADE TRIBUTÁRIAsite: www.at.gov.mz

BALCÕES DE ATENDIMENTO ÚNICOsite: www.balcaounico.gov.mz

BANCO DE MOÇAMBIQUEsite: www.bancomoc.mz

CENTRO NACIONAL DE CARTOGRAFIA E TELEDETECÇÃOsite: www.cenacarta.com

CENTRO DE PROMOÇÃO DE INVESTIMENTOSsite: www.cpi.co.mz

CHAMBER OF COMMERCE MOZAMBIQUE (CCMUSA) site: www.ccmusa.co.mz

COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA (CPLP)

site: www.cplp.org

CONFEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES ECONÓMICAS DE MOÇAMBIQUE

site: www.cta.org.mz

DIRECÇÃO NACIONAL DAS ÁGUAS

site: www.dnaguas.gov.mz

DIRECÇÃO NACIONAL DO ORÇAMENTO

site: www.dno.gov.mz

DOING BUSINESS IN MOZAMBIQUE (WORLD BANK)site: www.doingbusiness.org

FUNDO DE ENERGIAsite: www.funae.co.mz

IMPRENSA NACIONALsite: www.imprensanac.gov.mz

INTIC – INST. NACIONAL DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃOsite: www.intic.gov.mz

INSTITUTO NACIONAL DAS COMUNICAÇÕESsite: www.incm.gov.mz

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (INE)site: www.ine.gov.mz

INSTITUTO NACIONAL DE NORMALIZAÇÃO E QUALIDADE (INNQ)site: www.innoq.gov.mz

INSTITUTO NACIONAL DE PETRÓLEOsite: www.inp.gov.mz

INSTITUTO NACIONAL DE SEGURANÇA SOCIALsite: www.inss.gov.mz

INSTITUTO DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL (IPI) site: www.ipi.gov.mz

INSTITUTO PARA A PROMOÇÃO DE EXPORTAÇÕESsite: www.ipex.gov.mz

INSTITUTO PARA A PROMOÇÃO DAS PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS (IPEME) site: www.ipeme.gov.mz

INTERTEK GROUPsite: www.intertek.com

INVEST IN MOZAMBIQUE site: www.mozbusiness.gov.mz

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Moçambique

JANELA ÚNICA ELECTRÓNICA DAS ALFÂNDEGAS DE MOÇAMBIQUEsite: www.mcnet.co.mz/home.aspx

LEGISLATION MOZAMBIQUE (LEXADIN) site: www.lexadin.nl/wlg/legis/nofr/oeur/lxwemoz.htm

LEGIS PALOP site: www.legis-palop.org/bd

MARKET ACCESS DATABASE (DIR. ADUANEIROS, FORMALID., BARREIRAS, ETC.) site: http://madb.europa.eu/mkaccdb2/indexPubli.htm

MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA site: www.metestp.gov.mz

MINISTÉRIO DA ENERGIAsite: www.me.gov.mz

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO site: www.mic.gov.mz

MINISTÉRIO DA PLANIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTOsite: www.mpd.gov.mz

MINISTÉRIO DA SAÚDE site: www.misau.gov.mz

MINISTÉRIO DAS FINANÇAS site: www.mf.gov.mz

MINISTÉRIO DO TURISMO site: www.mitur.gov.mz

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS E COOPERAÇÃO site: www.minec.gov.mz

MINISTÉRIO PARA A COORDENAÇÃO DA ACÇÃO AMBIENTALsite: www.micoa.gov.mz

MOZLEGAL site: www.mozlegal.com

OBSERVATÓRIO DAS ICT's site: www.observatorioict.gov.mz

PÁGINA OFICIAL DE MOÇAMBIQUE site: www.mozambique.mz

PAUTA ADUANEIRA site: www.mic.gov.mz

PORTAL DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS(CONSELHOS AOS VIAJANTES – MOÇAMBIQUE 2014)site: www.portaldascomunidades.mne.pt

PORTAL DE LEGISLAÇÃO AMBIENTAL DE MOÇAMBIQUEsite: www.legisambiente.gov.mz

PORTAL DO GOVERNO DE MOÇAMBIQUE site: www.portaldogoverno.gov.mz

PORTAL DOS BANCOS CENTRAIS DE PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA site: www.bcplp.org

PORTAL DE CONCURSOS PÚBLICOSsite: www.concursospublicos.gov.mz

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICAsite: www.presidencia.gov.mz

SOUTHERN AFRICAN DEVELOPMENT COMMUNITY (SADC) site: www.sadc.int

TRIBUNAL ADMINISTRATIVOsite: www.ta.gov.mz

UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANEsite: www.uem.mz

+info: www.portaldogoverno.gov.mz

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Moçambique mostrou-se resiliente em 2014 e os dados divulgados confirmam que o país continuou a expandir-se apesar dos efeitos

negativos das inundações que afectaram as regiões do sul durante o primeiro trimestre do ano; de um reacender do conflito armado no centro do país e da apreensão que antecedeu as eleições gerais que decorreram em Outubro de 2014, reduzindo o nível de confiança por parte dos investidores.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 registou um crescimento robusto de 7,3%. O aumento da produção agrícola (que beneficia de condições climatéricas favoráveis, de investimento no sector e reorganização do mesmo) e do investimento directo estrangeiro no sector do petróleo e do gás contribuíram de forma significati-va para este crescimento, compensando o impacto dos baixos preços dos recursos naturais, nomeadamente do carvão. No entanto, para sustentar futuramente estes níveis de progresso é fundamental que se invista em infra-estruturas básicas até ao momento pouco desenvolvidas. De acordo com o EIU (Economist Intelligence Unit), o padrão de evolução da economia moçambicana continuará a registar estimu-lantes níveis de crescimento até 2018, graças ao rápido desenvol-vimento do sector extractivo e aos investimentos no gás natural.

No entanto, há constrangimentos a registar neste caminho de sucesso da economia moçambicana, nomeadamente o abran-damento económico na União Europeia e noutros mercados emergentes, onde se inclui a China, e que podem constituir entraves ao crescimento das principais exportações moçambi-canas. Acresce ainda as preocupações dos investidores quanto à estabilidade política do país. O mesmo relatório adianta ainda que o crescimento do PIB deverá acelerar até 7,8% em 2016, impulsionado pela extra-ção do carvão e pelo investimento em novas infra-estruturas no sector dos transportes. O sector financeiro, a indústria e as comunicações deverão registar igualmente fortes índices de crescimento. A mesma fonte (EIU) refere também que a partir de 2016 o incremento do PIB será suportado pela construção de novas instalações de gás natural liquefeito, pese embora a sua produção não se deva iniciar antes de 2020. Os principais indicadores macroeconómicos históricos e as tendências para os próximos anos podem ser consultados na Tabela 1.

Análise económica

Moçambique resiliente

foto Todd Chonodyo

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Em relação à taxa de inflação, e de acordo com os dados divul-gados pelo EIU, manteve-se em níveis historicamente baixos, mas deverá subir de 2,7%, em 2014, para 3,9%, em 2015, mo-tivada pelo franco aumento da procura interna, pela valorização do rand sul-africano, uma vez que a maioria das importações não-petrolíferas provêm da África do Sul, e pelo aumento pre-visto das tarifas energéticas. No período de 2016-2019 este indicador deverá fixar-se a uma média anual de 4,1%, apoiado numa cotação internacional do petróleo relativamente baixa – que funcionará como travão da inflação importada –, e ainda numa melhoria do acesso aos produtos alimentares.

Tabela 1

Principais Indicadores Macroeconómicos unidade

População Milhões 24,6 25,2 25,8 26,5 27,1 27,8

PIB a preços de mercado 109 MZN 364,7 407.9 461,1 519,2 623,2 729,2

PIB a preços de mercado 109 USD 12,5 14,4 15,3 16,7 19,5 23,1

PIB per capita (em PPP) USD 926 986 1046 1112 1187 1273

Crescimento real do PIB % 7,3 7,2 7,1 7,3 7,4 7,8

Consumo privado Var. % 11,9 0,3 8,3 2,2 8,0 6,0

Consumo público Var. % 7,8 20,0 14,6 28,8 -2,1 7,7

Formação bruta de capital fixo Var. % 9,9 49,6 1,5 11,0 9,5 18,0

Taxa de inflação (fim do período) % 5,4 2,2 3,0 2,7 3,9 5,2

Saldo do sector público % do PIB -5,3 -4,1 -2,9 -9,9 -8,0 -7,3

Saldo da balança corrente 106 USD -2973 -6373 -5892 -6141 -6403 -7507

Dívida pública % do PIB 36,4b 39,5b 41,1b 46,3 46,3 46,5

Dívida externa 106 USD 4106 4788 6480b 7529 8459 10199

Taxa de câmbio – final do período 1USD=xMZN 27,30 29,80 30,10 31,55 31,85 31,5

Taxa de câmbio – final do período 1EUR=xMZN 35,32 39,00 41,10 39,44 37,90 36,80

Notas: (a) Valores actuais; (b) Estimativas; (c) Previsões; MZN – Metical Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)

2011a 2012a 2013a 2014b 2015c 2016c

COMÉRCIO INTERNACIONAL A CRESCERNo que diz respeito às transações comerciais, Moçambique re-gistou as melhores posições nos últimos cinco anos ao alcançar, em 2013, a 114ª posição do ranking dos exportadores e a 107ª enquanto importador, de acordo com os dados da Organização Mundial do Comércio (OMC). As importações cresceram 29,4%, em 2013, na sequência da subida dos preços das commodities e do desenvolvimento de vários projectos no sector mineiro, onde houve necessidade de importar bens. Relativamente às exportações aumentaram 4,9%.Tradicionalmente, a balança comercial é deficitária. Em termos anualizados, o défice comercial traduziu-se em 29% do PIB em 2013, o que representou uma subida acentuada face aos 19% do PIB no ano anterior. Em 2014, tanto as exportações como as importações moçambicanas registaram um decréscimo, segundo dados do EIU, de 3,7% e 1,5%, respectivamente. Para 2015 e 2016 as previsões apontam para crescimentos de ambos os fluxos e este padrão deve manter-se até 2019 face à forte expansão dos sectores extractivo e dos hidrocarbonetos. O carvão, segundo algumas projecções, poderá ultrapassar o alumínio em termos de volume de exportações, caso se invista nas infra-estruturas de transporte necessárias. As exportações fruto da actividade agrícola deverão também registar um incre-mento nos próximos anos, especialmente o tabaco, o algodão e a castanha de cajú. À semelhança de outros anos, a África do Sul volta a destacar--se como o principal fornecedor de Moçambique (32,7% das importações moçambicanas em 2013) e como segundo cliente (22,4% das exportações também no mesmo ano).

Evolução da Balança Comercial

Fonte: Organização Mundial de Comércio (OMC)

Tabela 2

(106 USD) 2009 2010 2011 2012 2013

Exportação fob 2147 3000 3604 4100 4300

Importação fob 3764 4600 6306 6800 8800

Saldo -1617 -1600 -2702 -2700 -4500

Coeficiente de cobertura (%)

57,0 65,2 57,2 69,1 48,9

Posição no “ranking” mundial

Como exportador 120ª 120ª 122ª 117ª 114ª

Como importador 122ª 121ª 118ª 114ª 107ª

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foto ThinkstockPhotos

Principais Clientes

Fonte: ITC – International Trade Centre

Tabela 3

Mercado 2011 2012 2013

Quota % Posição Quota% Posição Quota % Posição

Países Baixos 38,9 1ª 26,6 1ª 28,6 1ª

África do Sul 16,2 2ª 19,2 2ª 22,4 2ª

Índia 2,4 9ª 4,5 5ª 16,9 3ª

Estados Unidos da América 0,7 17ª 1,8 9ª 3,6 4ª

China 4,7 4ª 18,4 3ª 2,6 5ª

Portugal 1,2 15ª 0,5 20ª 2,6 6ª

Principais Fornecedores

Fonte: ITC – International Trade Centre

Tabela 4

Mercado 2011 2012 2013

Quota % Posição Quota% Posição Quota % Posição

África do Sul 33,6 1ª 31,4 1ª 32,7 1ª

Emirados Árabes Unidos 6,4 3ª 7,4 3ª 8,5 2ª

China 5,9 4ª 5,7 6ª 6,4 3ª

Singapura 0,6 21ª 0,7 14ª 6,2 4ª

Bahrain 1,7 12ª 6,3 4ª 5,6 5ª

Portugal 3,6 7ª 4,9 7ª 4,8 6ª

Tabela 5Principais Produtos Transaccionados – 2013

Fonte: ITC – International Trade Centre

Exportações Peso % Importações Peso %

27 – Combustíveis e óleos minerais 33,5 27 – Combustíveis e óleos minerais 29,4

76 – Alumínio e suas obras 26,5 90 – Instrumentos de óptica, medida e controlo 10,6

24 – Tabaco e seus sucedâneos manufacturados 6,4 84 – Máquinas e aparelhos mecânicos 8,9

89 – Embarcações e estruturas flutuantes 5,6 87 – Veículos automóveis e partes 8,3

17 – Açúcares e produtos de confeitaria 4,7 85 – Equipamento eléctrico e electrónico 5,3

Tabela 6Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal com Moçambique

Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2009-2013Componente de Bens com base em informação do INE - Instituto Nacional de Estatística, ajustada para valores f.o.b.

Fonte: Banco de Portugal

(106 EUR) 2009 2010 2011 2012 2013 Var. % 13/09a

Exportações 164,9 213,3 303,6 395,4 453,4 29,2

Importações 70,1 58,7 79,0 74,0 126,1 20,6

Saldo 94,8 154,6 224,6 321,4 327,3 —

Coef. de Cobertura (%)

235,2 363,1 384,5 534,2 359,6 —

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Os Países Baixos com 28,6% do total das exportações em 2013 aparecem em primeiro lugar do ranking segundo os dados do International Trade Centre, o que reflecte certamente o chamado efeito Roterdão, porto onde desembarca a maioria das mercadorias com destino à União Europeia. De sublinhar que os Países Baixos e a África do Sul representaram 51% das exportações totais de Moçambique em 2013. Contrariamente ao primeiro, o parceiro comercial mais importante para Moçambique beneficia da proximidade geográfica, do desenvolvimento do país e da posição dominante na Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), factos que explicam o segundo lugar da África do Sul no ranking de melhor cliente de Moçambique. Em 2013 as principais exportações moçambicanas foram constituídas por combustíveis (33,5%) e pelo alumínio (26,5%) que conjuntamente representaram 60% dos produtos vendidos ao exterior, fruto dos megaprojectos que decorrem no país e que estão concentrados nestas áreas de exploração. Por outro lado, os combustíveis e óleos minerais (29,4% em 2013), instrumentos de óptica, medida e controlo (10,6%), máquinas e aparelhos mecânicos (8,9%), veícu-los automóveis e partes (8,3%) e equipamento eléctrico e electrónico (5,3%) fazem parte dos produtos mais importados por Moçambique.

RELAÇÕES ECONÓMICAS ENTRE PORTUGAL E MOÇAMBIQUE Moçambique tem vindo a assumir uma maior relevância enquanto cliente de Portugal, tendo ocupado em 2013 a 19ª posição no ranking, quando em 2009 estava situado no 27º lugar. Como fornecedor, o seu posicionamento é pouco relevante, não indo além do 58º lugar em 2013.No contexto dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa, Moçambique surge em segundo lugar, em 2013, como cliente e também enquanto fornecedor aparece a seguir a Angola. As exportações portuguesas de bens e serviços para Moçam-bique têm vindo a crescer ao longo dos últimos anos, sendo a taxa média anual de 28,7% no período 2009-2013. No entanto, o acréscimo registado em 2013 foi de 13,8% face a 2012, ficando aquém das variações percentuais registadas nos três anos anteriores que foram superiores a 24%. As importações registaram incrementos significativos, tendo atingido um cres-cimento médio anual de 58,2%. A balança comercial luso-moçambicana é tradicionalmente favorável a Portugal, tendo registado um saldo de 263,9 mi-lhões de euros em 2013 (o segundo mais elevado do período 2009-2013), a que correspondeu um coeficiente de cobertura das importações pelas exportações de 520,8%. A maior parte das exportações portuguesas para Moçambique estão relacionadas com produtos industriais transformados, onde predominam o grupo das máquinas e aparelhos com 36,8% do total em 2013. O grupo dos metais comuns ocupa a segunda posição com 12,4% do valor global em 2013, seguindo-se os veículos e outro material de transporte (88,6%); os produtos alimentares (7,7%) e outros produtos (6,4%). O conjunto formado pelos cinco principais grupos de produtos representou 71,9% das exportações portuguesas para Moçambique em 2013.Numa análise mais detalhada e de acordo com dados fornecidos pelo INE, as cinco primeiras categorias de produtos exportados de Portugal para Moçambique em 2013 estiveram relacionadas com construções e suas partes de ferro fundido, ferro ou aço; buldozers, angledozers, niveladoras, raspo-transportadoras, pás mecânicas; fios e outros condutores, isolados para usos eléctricos e cabos de fibras ópticas. Os dados do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério da Economia português, relativos ao ano de 2013, indicam que 45,7% das exportações portuguesas para Moçambique de produtos industriais transfor-mados incidiram em produtos classificados como de média-alta intensidade tecnológica. O número de empresas portuguesas a exportar produtos para Moçambique tem vindo a crescer de forma continuada, passando de 1 378 em 2009 para 3 028 em 2013.

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Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Tabela 7Exportações por Grupos de Produtos

(106 EUR) 2009 % Total 2009 2012 % Total 2012 2013 % Total 2013 Var. % 13/12

Máquinas e aparelhos 35,2 29,2 108,9 37,9 120,2 36,8 10,3

Metais comuns 8,5 7,1 32,6 11,4 40,5 12,4 24,2

Veículos e outro mat. transporte 9,5 7,9 23,6 8,2 28,2 8,6 19,4

Alimentares 13,8 11,4 21,8 7,6 25,3 7,7 16,2

Químicos 8,9 7,4 15,7 5,5 20,2 6,2 28,1

Pastas celulósicas e papel 12,8 10,6 16,3 5,7 16,1 4,9 -0,8

Plásticos e borracha 6,4 5,3 13,0 4,5 14,3 4,4 10,4

Agrícolas 4,0 3,3 8,6 3,0 9,8 3,0 13,9

Minerais e minérios 3,8 3,1 8,7 3,0 9,5 2,9 9,8

Instrumentos de óptica e precisão 4,0 3,3 4,4 1,5 5,2 1,6 19,1

Vestuário 1,6 1,3 3,2 1,1 4,0 1,2 26,1

Madeira e cortiça 0,4 0,3 3,2 1,1 3,6 1,1 12,1

Matérias têxteis 1,3 1,1 4,2 1,5 3,3 1,0 -21,6

Combustíveis minerais 2,1 1,7 3,2 1,1 2,2 0,7 -30,3

Calçado 1,0 0,9 1,8 0,6 2,0 0,6 11,0

Peles e couros 0,4 0,3 0,8 0,3 1,0 0,3 17,7

Outros produtos 5,9 4,9 17,0 5,9 21,1 6,4 23,9

Total 120,9 100,0 287,1 100,0 326,7 100,0 13,8

PRODUTOS ALIMENTARES NO TOPO DAS IMPORTAÇÕESAs importações portuguesas de produtos provenientes de Mo-çambique concentram-se sobretudo nos produtos alimentares (62,9% em 2013) e agrícolas (16,3%), seguem-se o grupo de outros produtos (15,5%) constituído principalmente por tabaco não manufacturado e desperdícios de tabaco. Face ao ano de 2012, as importações de produtos agrícolas aumentaram 36% em 2013. Numa análise mais detalhada, as cinco primeiras categorias de produtos importados de Moçam-bique em 2013 estão relacionados com açúcares de cana ou de beterraba e sacarose quimicamente pura, no estado sólido (com 62,9% do total), crustáceos (15,5%), tabaco não manufacturado e desperdícios de tabaco (15,4%), algodão não cardado nem penteado (2,2%) e construções e suas partes de ferro fundido, ferro ou aço (1,6%). Estas categorias representam na totalidade aproximadamente 98% das importações portuguesas oriundas de Moçambique em 2013.

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO EM CRESCENDOO crescimento económico em Moçambique verificado nos últi-mos anos tem sido impulsionado pelo aumento do investimento directo estrangeiro (IDE) no país. Em 2013 foram aprovados 515 projectos de IDE, com potencial para criar 35 mil postos de trabalho, e representaram mais de 1,3 mil milhões de dólares de investimento directo estrangeiro. Portugal ficou em terceiro lugar no ranking dos maiores investidores estrangeiros em Moçambique com 168 projectos elegíveis e que totalizaram 171 milhões de dólares investidos. No topo da pirâmide ficou a África do Sul com 364 milhões de dólares que resultaram de 68 projectos de investimento aceites, e em segundo surge a China com 229 milhões de dólares e 25 projectos com luz verde. Moçambique continua a despertar o interesse de investidores de todo o mundo e de acordo com os dados facultados pelo Centro de Promoção de Investimentos (CPI) moçambicano, 2014 não decepcionou.

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Tabela 9Investimento Aprovado por Província em 2013

Tabela 8Importações por Grupos de Produtos

(106 EUR) 2009 % Total 2009 2012 % Total 2012 2013 % Total 2013 Var. % 13/12

Alimentares 30,8 72,0 0,0 0,0 39,5 62,9 §

Agrícolas 10,6 24,7 7,5 45,8 10,2 16,3 36,0

Matérias têxteis 0,9 2,0 0,8 5,0 1,5 2,5 87,9

Metais comuns 0,1 0,2 0,0 0,1 1,0 1,6 §

Máquinas e aparelhos 0,1 0,3 0,1 0,3 0,6 1,0 §

Plásticos e borracha 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,1 298,5

Instrumentos de óptica e precisão 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,1 19,9

Madeira e cortiça 0,1 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 -57,3

Veículos e outro mat. transporte 0,0 0,0 0,1 0,4 0,0 0,0 -95,1

Minerais e minérios 0,0 0,1 0,0 0,1 0,0 0,0 -90,1

Peles e couros 0,1 0,3 0,0 0,0 §

Pastas celulósicas e papel 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 -76,7

Combustíveis minerais 0,0 0,0 0,0 0,0 37,1

Químicos 0,0 0,0 0,0 0,2 0,0 0,0 -97,1

Vestuário 0,0 0,0 0,0 0,0 -100,0

Calçado 0,0 0,0 §

Outros produtos 0,1 0,1 7,8 47,6 9,7 15,5 24,4

Total 42,8 100,0 16,4 100,0 62,7 100,0 281,8

Nota: § - Coeficiente de variação > = 1000% ou valor zero no período anterior Fonte: INE - Instituto Nacional de Estatística

Nota: IDE = Investimento Directo Estrangeiro IDN =Investimento Directo Nacional Supr-Emp =Suprimentos e Empréstimos

Fonte: CPI

Províncias Nº de Proj. Valores (US$) Emprego

IDE IDN Supr/Emp Total % Nº %

Cabo Delgado 31 48.296.335 10.233.681 15.880.444 74.410.460 1.76% 916 2.57%

Niassa 5 5.390.953 7.666.112 858.885 13.915.950 0.33% 254 0.71%

Nampula 30 144.361.664 38.754.063 21.443.907 204.559.634 4.84% 1 455 4.08%

Zambézia 12 62.320.000 5.238.122 85.671.000 153.229.122 3.63% 6 933 19.46%

Tete 20 13.685.100 5.093.391 55.817.637 74.596.127 1.77% 1 278 3.59%

Manica 13 13.332.129 4.144.958 10.000.000 27.477.087 0.65% 703 1.97%

Sofala 28 25.499.303 8.244.377 48.057.574 81.801.253 1.94% 1 491 4.19%

Inhambane 12 288.790.794 73.003.910 718.398.311 1.080.193.015 25.57% 538 1.51%

Gaza 17 192.922.502 184.498.395 495.074.832 872.495.729 20.66% 2 129 5.98%

Cidade de Maputo

177 460.786.444 149.903.165 702.825.313 1.313.514.922 31.10% 12 962 36.38%

Maputo 170 107.981.862 82.974.520 136.883.069 327.839.451 7.76% 6 968 19.56%

Total 515 1.363.367.086 569.754.694 2.290.910.971 4.224.032.751 100.00% 35 627 100.00%

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foto Pereira Santos

“Foi um excelente ano e tudo indica que 2015 seguirá o mesmo caminho”, referiu o director do CPI ao Directório Moçambique, Lourenço Sambo (ver entrevista na página 48).Os sectores económicos que acolheram o maior volume de in-vestimento estrangeiro, em 2013, foram a indústria, seguido da agricultura e agro-indústrias e, em terceiro, turismo e hotelaria. No entanto, em número de projectos aprovados os sectores em destaque são outros, só permanece mesmo a indústria nos

primeiros lugares. Os serviços surgem destacados no topo com 152 aprovados, seguidos da indústria com 138 e em terceiro lugar estão posicionados os transportes e comunicações. A maioria dos investidores continua a escolher a província de Maputo e a capital do país para desenvolver os seus negócios por uma questão de facilidade logística. No entanto, as províncias de Cabo Delgado, Nampula e Sofala já começam a despertar o interesse de alguns empresários estrangeiros. n

Tabela 11 Investimento Aprovado por Sectores em 2013

Nota: IDE = Investimento Directo Estrangeiro IDN =Investimento Directo Nacional Supr-Emp =Suprimentos e Empréstimos

Fonte: CPI

Os 10 Maiores Investidores Estrangeiros em Moçambique em 2013

Tabela 10

Posição País Projectos US$

1 África do Sul 68 364.017.310

2 China 25 228.927.373

3 Portugal 168 171.678.323

4 Suíça 6 147.686.533

5 Alemanha 4 140.449.808

6 Emiratos A. Unidos 7 53.291.900

7 Uganda 1 37.600.000

8 Maurícias 18 28.926.858

9 Itália 15 26.607.017

10 Reino Unido 14 25.531.000

Fonte: CPI

Sectores Nº de Proj. Valores (US$) Emprego

IDE IDN Supr/Emp Total % Nº %

Agricultura e Agro-Indústrias

54 278.823.268 189.378.070 410.055.677 878.257.015 20.79% 9 395 26.37%

Aquacultura e Pescas

3 2.697.016 308.932 - 3.005.948 0.07% 103 0.29%

Construção e O. Públicas

38 162.882.857 25.047.354 89.962.469 277.892.680 6.58% 5 142 14.43%

Indústria 138 426.289.337 156.617.139 1.030.103.591 1.613.010.067 38.19% 7 502 21.06%

Transp. e Comunicações

73 60.390.850 60.577.860 469.168.758 590.137.468 13.97% 1 593 4.47%

Turismo e Hotelaria

57 221.521.603 120.100.245 28.381.038 370.002.886 8.76% 2 851 8.00%

Serviços 152 210.762.156 17.725.094 263.239.438 491.726.687 11.64% 9 041 25.38%

Total 515 1.363.367.086 569.754.694 2.290.910.971 4.224.032.751 100.00% 35 627 100.00%

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Doing Business 2015Moçambique na rota dos investidores portugueses

Moçambique apresenta-se hoje como um país claramente posicionado na rota dos investidores, estimulados por políticas económicas que nos últimos anos têm prosseguido a dinamização de grandes investimentos, assentes na perspectiva de exploração de reservas de gás natural e carvão. Mas os desafios e oportunidades que se colocam a uma economia que é ainda débil e pouco diversificada são vários.

ANÁLISE E RELATÓRIO DO BANCO MUNDIAL

Anualmente, o Banco Mundial produz um extenso relatório de

análise às condições da prática de negócios, denominado Doing Busi-

ness. Em 2015 este relatório abrange uma lista de 189 países e percorre 11

indicadores-chave em diferentes fases do ciclo de vida de um negócio: y Abertura de empresas; y Licenças de construção; y Acesso a electricidade; y Registo de propriedade; y Obtenção de crédito; y Protecção ao investimento; y Regime Fiscal; y Comércio externo; y Cumprimento contratual; y Fecho de actividade; y Regulação do mercado de trabalho.

Nesta extensa análise, Moçambique, em termos globais, aparece na posição 127, registando uma subida de 15 lugares face a 2014.Dentro destes indicadores, dos quais apenas 10 foram elencados em termos de ranking, podem observar-se melhorias muito significativas nas temáticas de Registo de propriedade (posição 101, registando-se uma melhoria de 24 posições), Obtenção de crédito (posição 131, com uma subida de 47 lugares) ou Fecho de actividade (posição 107, face a uma posição de 153 em 2014).

Desde logo ao nível do capital humano há um longo caminho a percorrer e que tem de ser

acelerado, porquanto os mega-projectos em curso colocam em evidência a neces-sidade de formação de quadros médios e de uma mão-de-obra que se quer, e exige, qualificada.O país está, de acordo com as previsões do FMI, entre aqueles que em todo o mundo deverão registar um crescimento mais acelerado nos próximos anos, com taxas que deverão situar-se acima dos 7%. Mas nem só de grandes projectos vive Moçambique. A transformação eco-nómica em marcha assenta igualmente na industrialização da agricultura e pe-cuária, nas tecnologias de informação e comunicação, nos serviços financeiros e em toda a actividade de construção, engenharia civil e obras públicas.Para as empresas portuguesas em particular, Moçambique representa um

mercado de enorme atractividade. A língua e a ligação afectiva entre os dois países permanecem, e consolidam-se a cada passo, como um dos maiores activos e grande factor competitivo e diferenciador perante investidores de outras origens. De igual modo, as empresas portuguesas (e Portugal enquanto hub de investimento) oferecem uma porta de entrada única, para as empresas europeias, nos mer-cados africanos.A constituição de parcerias entre empresas moçambicanas e portuguesas é, como tal, um caminho para o sucesso comum. O cres-cente fluxo de comércio e de investimento directo português em Moçambique é uma manifestação clara de que os empresários portugueses reconhecem esse potencial, contribuindo de forma significativa para o sucesso do empreendedorismo e o reforço da competitividade das empresas neste país, que tanto precisa de investimento estrangeiro.

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Rui Pedro Almeida | CEO – Administrador Moneris, SGPS S.A.

foto MONERIS

Indicadores – RankingMoçambique

DB 2015 rankMoçambique

DB 2014 rank Evolução Observada Melhor Desempenho Global DB 2015

Abertura de empresas 107 95 12 Nova Zelândia

Licenças de construção 84 87 3 Hong Kong, China

Acesso a electricidade 164 163 1 Coreia do Sul

Registo de propriedade 101 125 24 Geórgia

Obtenção de crédito 131 178 47 Nova Zelândia

Protecção ao investimento 94 91 3 Nova Zelândia

Regime fiscal 123 117 6 Emirados Árabes Unidos

Comércio externo 129 128 1 Singapura

Cumprimento contratual 164 164 0 Singapura

Fecho de actividade 107 153 46 Finlândia

Doing Business 2015 – Indicadores-chave em diferentes fases do ciclo de vida de um negócio

Tabela 1

O principal recuo observa-se ao nível da Abertura de empresas, onde a posição relativa de Moçambique no conjunto das economias recua 12 posições para número 107 (2014: 95ª posição no ranking), em grande medida explicada não por uma deterioração das condições existentes para se proceder ao início de uma qualquer actividade económica, mas antes pelo facto de nos últimos anos outros países terem sido mais assertivos na prossecução de políticas de facilitação da abertura de negócios, com agilização de procedimen-tos, tornando-os mais fáceis, através da introdução de tecnologia nos processos administrativos subjacentes, ou mesmo reduzindo ou eliminando necessidades e requisitos mínimos de capital inicial a investir.

INVESTIMENTO DIRECTO ESTRANGEIRO E O PIBEsta melhoria generalizada nos factores de competitividade da economia mo-çambicana, associada à expectativa de reservas naturais relevantes no contexto global, permitiu que, já em 2014, se as-sistisse a um crescimento nos fluxos de investimento, tornando Moçambique no quinto maior beneficiário de Investimento Directo Estrangeiro (IDE). Os investi-dores portugueses assumiram, neste quadro, um papel preponderante, fruto das relações históricas, pela partilha da língua, pela proximidade cultural e pelas boas relações políticas promovidas por ambos os Estados.

Moçambique, em termos globais, aparece na po-sição 127 no Doing Bu-siness 2015, registando uma subida de 15 lugares face a 2014.

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Em 2014 a economia de Moçambique continuou a registar bons resultados com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,4% e as perspectivas próximas permanecem positivas, ainda que tenham sofrido uma recente revisão em baixa. O crescimento sustentado é esperado, de acordo com o mais recente relatório de Agosto da Moody’s, em 6,5% em 2015 e 7,5% em 2016. Os principais motores do crescimento continuarão a ser a despesa pública e o IDE, com sectores beneficiários diversificados, como a construção, os serviços às empresas, transportes e comunicações, o sector financeiro e, naturalmente, as indústrias extractivas.

Abertura de empresas › Número de procedimentos 9,0 9,0

› Duração (dias) 13,0 13,0

› Custo (% do RNB per capita) 17,1 18,7

Licenças de construção › Número de procedimentos 11,0 11,0

› Duração (dias) 144,0 144,0

› Custo (% da renda per capita) 4,4 4,8

Acesso a electricidade › Número de procedimentos 7,0 7,0

› Duração (dias) 107,0 107,0

› Custo (% do RNB per capita) 2484,8 2857,7

Registo de propriedade › Número de procedimentos 6,0 8,0

› Duração (dias) 40,0 39,0

› Custo (% do valor do imóvel) 6,9 7,3

Obtenção de crédito › Índice para a protecção de crédito (0-12) 1,0 1,0

› Disponibilidade de informação de crédito (0-8) 5,0 0,0

› Informação sobre registo de crédito público (% adultos) 5,7 4,3

› Informação sobre registo de crédito privado (% adultos) 0,0 0,0

Protecção ao investimento › Índice da regulação de conflitos de interesse (0-10) 6,3 6,3

› Índice de grau de corporate governance (0-10) 4,0 4,0

› Índice de grau de protecção do investidor minoritário (0-10) 5,2 5,2

Regime fiscal › Número de pagamentos 37,0 37,0

› Tempo despendido (horas por ano) 230,0 230,0

› Taxa de imposto total (% sobre os lucros) 31,3 37,5

Comércio externo › Número de documentos necessários à exportação 7,0 7,0

› Dias necessários à exportação 21,0 21,0

› Custo com exportações (USD por contentor) 1100,0 1100,0

› Número de documentos necessários à importação 9,0 9,0

› Dias necessários à importação 25,0 25,0

› Custo com importações (USD por contentor) 1600,0 1706,0

Cumprimento contratual › Duração (dias) 760,0 760,0

› Custo de acção judicial (% da indemnização) 119,0 119,0

› Número de procedimentos 30,0 30,0

Fecho de actividade › Tempo (anos) 5,0 5,0

› Custo (% do activo) 9,0 9,0

› Taxa de recuperação na insolvência (cêntimos por USD) 17,6 16,6

MoçambiqueDB 2015 rank

Tabela 2 MoçambiqueDB 2014 rank

foto Jon Connell

Doing Business 2015 – Critérios analisados por Indicador-chave

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Tabela 4

CONTABILIDADE E FISCALIDADEAo nível do sistema contabilístico e fiscal de Moçambique, dimensões muito importantes e que permitem que os empresários tenham a informação base de suporte às respectivas tomadas de decisão de gestão ou estratégicas (investimento), assinalam-se igualmente progressos importantes. Em grande medida consolidando um registo de evolução no sentido da adopção das melhores práticas de governance financeiro que se podem observar em países emergentes e particu-larmente na região da África Subsariana.O Sistema de Contabilidade para o sector empresarial em Moçambique continua o seu processo de adopção generalizada por parte das empresas e agentes económicos em geral, estando assente em princípios e regras baseadas nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF), subordinado a uma estrutura conceptual com vista à com-paração e compreensão das informações e dados recolhidos pelas entidades que adoptem as normas quer estas entidades sejam nacionais ou estrangeiras.

Tabela 3

Imposto Taxa

IRPC› Residentes: 32% imposto final› Não-residentes: 20% ou 10% retenção na fonte definitiva

Dividendos › 20% retenção na fonte

Mais valias › 32% imposto final

IRPS › 10% – 32% imposto final (retenções na fonte aplicáveis)

IVA › 17%

SISA › 2%

Segurança Social› 4% (empregador)› 3% (trabalhador)

A normalização contabilística tem ob-jectivos bem definidos:y Definição de regras de mensuração

(formas de quantificar os elementos das demonstrações financeiras) e

y De reconhecimento (determinação dos elementos que devem constar das demonstrações financeiras), contribuindo para uma melhoria qua-litativa e do nível de transparência da contabilidade das empresas.

Por seu turno, ao nível fiscal, consi-deramos ser importante assinalar as principais taxas de imposto aplicáveis, designadamente no contexto de tribu-tação de sociedades e suas operações, bem como dos trabalhadores por conta de outrem (ver tabela 3).Moçambique apresenta, igualmente, um conjunto de Acordos estabelecidos com outras jurisdições fiscais, o que já permite alguma agilidade na redução ou eliminação de dupla tributação de rendimentos empresariais (ver tabela 4).

Lucro das empresas (%) honorários de gestão e assistência técnicaReceptor dos rendimentos Dividendos (%) Juros (%) Royalties (%)

Taxas normais (Moçambique) 20 20 20 20

Botswana 0/12 10 10 0

Índia 7,5 10 10 0

Itália 15 10 10 0

Macau 10 10 10 0/10 (assistência técnica)

Maurícias 8/10/15 8 5 0

Portugal 10 10 10 0

África do Sul 8/15 8 5 0

EAU 0 0 5 0

Torna-se fácil concluir que os passos que vêm sendo dados em Moçam-bique para a facilitação do desenvolvimento e prossecução de negócios são francamente positivos.

EM CONCLUSÃOAssim, globalmente, a partir da análise dos factores de competitividade assinalados pelo Banco Mundial (supra referidos) e pelos dados reais na economia, torna-se fácil concluir que os passos que vêm sendo dados em Moçambique para a facilitação do desenvolvimento e prossecução de negócios são francamente positivos e se olharmos para um quadro mais alargado de análise a cinco anos os resultados são francamente impressionantes. De resto, no âmbito da economia da região subsariana, Moçambique encontra-se presentemente na 11ª posição (refira-se que logo a seguir a Cabo Verde e como tal o segundo país mais amigo dos em-presários e/ou investidores entre todos os PALOP), deixando atrás de si mais de 30 países, de acordo com o Banco Mundial e citando a fonte do relatório Doing Business. nRegime fiscal – Principais impostos e Taxas

Regime fiscal – Acordos de Dupla Tributação

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Novo regime aplicável aos cidadãos estrangeiros em Moçambique

Ainda que o novo regulamento não tenha procedido a mudanças estru-turais no regime, importa salientar as

novas modalidades de visto que foram agora introduzidas, bem como realçar as principais dife-renças com o regime anterior que terão decerto um impacto significativo na migração para Moçambique. Como tal, foram introduzidas quatro novas modali-dades de visto:

y Visto para Actividade de Investimento;

y Visto de Permanência Temporária;

y Visto para Actividades Desportivas e Culturais, concedido a estrangeiros que pretendam participar em competições ou demonstrações desportivas e culturais;

y Visto de Transbordo de Tripulantes, permitindo a mobilidade de tripulantes entre navios e aeronaves.

O Visto para Actividade de Investimento abre uma nova porta de entrada em Moçambique para o investimento em larga escala, dado que será concedido no âmbito da implementa-ção de projectos de investimento de valor igual ou superior a 50 milhões de dolares, previamente aprovados pelo Centro de Promoção de Investimentos (CPI), ao investidor, representante ou procurador da empresa investidora permitindo ao seu titular múltiplas entradas e a permanência em território nacional por um período de dois anos, sucessivamente renovável enquanto se mantiverem os motivos que justificaram a concessão do visto. Este visto pode ser emitido pelas Missões Diplomáticas e Consulares de Moçambique ou mesmo em território nacional, junto dos Serviços de Migração. Segundo os dados estatísticos disponibilizados pelo CPI, o valor médio dos projectos de investimento é consideravelmente mais baixo do que o valor estabelecido para o acesso ao Visto para Actividade de Investimento, o que permite antecipar uma diminuta concessão deste tipo de visto.

O Visto de Permanência Temporária, igualmente novo, poderá ser concedido ao estrangeiro que seja cônjuge ou filho menor ou incapaz de cidadão estrangeiro a quem tenha sido concedido visto de trabalho. Advogando o princípio da unidade familiar, pretendeu--se simplificar os procedimentos para a entrada em território nacional da família de estrangeiro que trabalhe legalmente em Moçambique. Este visto permite ao seu titular múltiplas entra-das no território e a permanência por um período até um ano, sucessivamente prorrogável, enquanto se mantiverem os laços familiares ou o filho seja menor (à luz da lei moçambicana, que estabelece a maioridade aos 21 anos de idade), estes poderão assim entrar e permanecer livremente em território nacional, mas não poderão fixar residência.No âmbito do Visto de Trabalho, foi criado um procedimento es-pecial para os cidadãos estrangeiros que pretendem desenvolver actividades na implementação de projectos da indústria extractiva. Neste caso, o pedido deverá ser formulado junto dos Serviços de Migração pela empresa interessada, acompanhado da auto-rização do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social e de um parecer favorável do Ministério dos Recursos Minerais e Energia, sendo apenas emitido pelas Missões Diplomáticas e Consulares após decisão dos Serviços de Migração. Em caso de cancelamento do visto ou cessação da relação laboral, será ainda a entidade empregadora a responsável pelo pagamento de todas as despesas inerentes ao repatriamento do cidadão estrangeiro.

Zara Jamal | Advogada sénior da Abreu Advogados integrada na Mozambican Desk da Abreu International Legal Solutions e sócia da Ferreira Rocha Advogados (Fralaw)

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Entrou recentemente em vigor em Moçambique o Regulamento que estabelece o Regime Jurídico

Aplicável aos Cidadãos Estrangeiros, relativo à entrada, permanência e saída do país, aprovado

pelo Decreto n.º 108/2014 de 31 de Dezembro, o qual vem regulamentar a Lei n.º 5/93 de

28 de Dezembro, substituindo a legislação anterior e garantindo que a dispersão da

matéria em diversos diplomas se encon-tra agora devidamente consolidada.

No que concerne às principais diferenças no âmbito do regime de concessão de autorizações de residência, importa realçar que foi elimi-nada a autorização de residência precária – anteriormente concedida a todo o cidadão que pretendesse permanecer no país por um período entre 90 dias a 1 ano a outro título que não de turista ou visitante. De acordo com o novo regulamento apenas pode ser requerida uma autorização de residência temporária, válida por um ano e renovável, quando o cidadão estrangeiro seja titular de um visto de residência. Embora o Regulamento não proíba expressamente os titulares de um visto de trabalho de fixarem residência (conforme se encontra estipulado, a título de exemplo, para os titulares do visto de negócio), não encontramos no novo diploma qualquer referência expressa à concessão de uma autorização de residência para um titular de visto de trabalho. Caberá ao legislador regulamentar esta matéria no futuro no sentido de esclarecer se ao estrangeiro que se encontre a trabalhar legalmente em Moçambique será igualmente permitido residir, ou se estará limitado à permanência no território pelo tempo determinado no contrato sem aqui fixar residência.Outra lacuna respeita à concessão de autorização de residência aos titulares de visto de actividade de investimento. Se por um lado o Decreto explicitamente determina que estes poderão so-licitar uma autorização de residência (artigo 17.º), por outro, na leitura do capítulo IV referente às autorizações de residência não encontramos qualquer caminho legal que o permita, uma vez que a autorização se encontra vedada aos titulares de visto de residência.

Não pretendendo antecipar os futuros passos do legislador, é certo que o Regulamento apresenta algumas questões que carecem de posterior regulamentação em relação a determi-nados tipos de visto.Da análise deste diploma, conclui-se que estamos claramente num momento em que importa repensar os traços delineadores da política migratória em Moçambique, procurando responder ao desafio da atracção de investimento estrangeiro para o país simultaneamente com a protecção laboral dos cidadãos nacionais. Terá sido nesta senda que o legislador optou por condicionar o acesso a autorizações de residência por parte dos titulares de visto de trabalho ao estabelecer uma nova condição para a concessão do mesmo que passará pela apresentação de uma garantia para o seu eventual repatriamento, bem como do seu agregado familiar, reflectida num depósito em valor monetário junto dos Serviços de Migração e corresponde ao custo da passagem de regresso para o país de origem. Esta garantia será devolvida aquando da saída do cidadão estrangeiro, do cancelamento do visto ou da cessação da relação laboral, desde que o requeira no prazo de 30 dias. Relativamente ao visto de negócios, visto turístico e visto de visitante, estes são agora concedidos por um período de apenas 30 dias, prorrogáveis até o máximo de 90, uma substancial diferença para o regime anterior que permitia a sua concessão por seis meses prorrogáveis.Em suma, o novo regime jurídico aplicável aos cidadãos es-trangeiros traz algumas inovações legislativas, mas que visam essencialmente consolidar determinadas práticas que eram já correntes ou concentrar em apenas um diploma os regimes que se encontravam dispersos. Tendencialmente, desenvolve de forma mais aprofundada o regime para exercer um controlo mais restrito da entrada e permanência de estrangeiros no país. Ainda assim, é notória a valorização do investimento estrangeiro e do fluxo migratório circular, que convida o estrangeiro a entrar pelas mais diversas vias, mas sem fixar residência no país. n

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Dossier Zonas Económicas

› Enquadramento

› CPI

› GAZEDA

› Fiscalidade

foto ThinkstockPhotos

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CPI e GAZEDA duas entidades, um mesmo objectivo: Promover o país para captar investimento

Quem quer investir em Moçambique tem de se dirigir ao CPI ou ao GAZEDA, dependendo do contexto e da localização do projecto. São estas as duas entidades oficiais no país que

recebem e orientam as propostas de investimento. Fique a conhecer o âmbito de actuação e as potencialidades de cada uma. O Centro de Promoção de Investimentos (CPI) é a agência do Go-verno moçambicano que tem por missão promover, receber, analisar, acompanhar e verificar todos os projectos de investimento directo realizados no país, nacionais ou estrangeiros, com excepção dos que estão instalados nas denominadas Zonas Económicas Especiais e Zonas Francas Industriais da responsabilidade do Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA). Digamos que compete ao CPI e ao GAZEDA, nas suas respectivas áreas de actuação, promover as potencialidades económicas existentes no país, de acordo com as políticas e estratégias do Governo desenvolvidas no âmbito da Lei de Investimentos e demais legislação complementar.Quem deseja investir em Moçambique e beneficiar dos incentivos promovidos pelo Governo moçambicano tem, necessariamente, de recorrer ao CPI que funciona, digamos, como “porta de entrada” no país. As propostas de investimento são posteriormente analisadas por diferentes entidades dependendo do valor das mesmas e do sector em questão. Na fase final do processo, cabe igualmente ao CPI notificar os proponentes dos projectos sobre a decisão que te-nha recaído sobre os mesmos. A partir daqui, o investidor tem 120 dias para dar início à implementação do projecto e, no caso de ser um investidor estrangeiro, tem 90 dias para efectuar o registo do investimento directo estrangeiro junto do Banco de Moçambique, após a autorização do projecto.

Faz parte das funções do CPI prestar um conjunto de serviços, por forma a ajudar os investidores, sejam nacionais ou es-trangeiros, nomeadamente na implementação dos projectos; no estabelecimento de ligações entre pequenas, médias e grandes empresas nacionais; na identificação de parceiros de negócio, incluindo parceiros financeiros e tecnológicos; dar a conhecer oportunidades de investimento e, por fim, monitorizar e acompanhar os processos de implementação dos projectos e dar assistência na identificação e resolução de constrangimentos. O GAZEDA, entidade responsável pela promoção e coordenação de todas as acções relacionadas com a criação, desenvolvimento e gestão das Zonas Económicas Especiais (ZEE), incluindo as Zonas Francas Industriais (ZFI), conta actualmente com três ZEE, nomeadamente ZEE de Nacala; ZEE de Manga–Mungassa e ZEE de Mocuba, às quais se juntam a Zona Franca Industrial de Beluluane, as Zonas Francas Industriais de Locone e Mi-nheuene e a Zona de Estância de Turismo Integrado de Crusse e Jamali, esta última instituída em 2014.

POTENCIALIDADES DAS ZONAS ECONÓMICAS ESPECIAIS

foto ThinkstockPhotos

texto Paula Braga

ZEE – Área de actividade económica em geral, geografica-mente delimitada e regida por um regime aduaneiro especial. Todas as mercadorias geradas, transformadas ou que circulem nesta Zona beneficiam de várias isenções ficais.

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ZONA ECONÓMICA ESPECIAL DE NACALA

Situada no zona norte do país, na província de Nampula, a ZEE de Nacala funciona como pólo estratégico para o desenvolvimento de Moçambique e da região austral de África, atendendo à sua posição na costa moçambicana, às condições naturais e à existência de um porto de águas profundas, considerado o terceiro maior em profundidade na costa oriental de África. Esta ZEE constitui também um ponto terminal do eixo de transporte formado pela estrada que a liga à capital (Nampula), aos países do interland, em particular o Malawi e a Zâmbia, conhecido pelo Corredor de Desenvolvimento de Nacala, o que torna a zona um potencial pólo de desenvolvimento económico e social. A inauguração, em Dezembro de 2014, do Aeroporto Inter-nacional de Nacala, que permite a aterragem de aviões de grande porte, vem também impulsionar o desenvolvimento desta zona, uma vez que servirá de plataforma de redistribui-ção regional, ligando a maioria dos países do Médio Oriente. Paralelamente, está prevista a construção de uma cidadela aeroportuária com hotéis, centro comercial, centro de pesquisa tecnológica, centro de conferências e feiras, hospital, entre outras infra-estruturas modernas. Está ainda programada a instalação de uma Escola Profissional de Hotelaria e Turismo que se irá dedicar à formação profissional nas áreas referidas, contribuindo assim para o aumento da disponibilidade de mão--de-obra qualificada para a área do Turismo e da Hotelaria. O potencial da ZEE de Nacala é muito vasto e são vários os sectores de actividade de interesse para o desenvolvimento regional. O turismo, por exemplo, é um dos sectores que ocupa um dos lugares cimeiros em termos de atracção de investimento estrangeiro porque reúne imensas oportuni-dades de negócio, sendo de destacar projectos de hotelaria, restauração, desportos aquáticos, exploração de parques marinhos, entre muitos outros. Outra área de interesse está relacionada com a indústria de agro-processamento porque esta zona norte do país é fértil do ponto de vista agrícola e muitas culturas como o milho, o

amendoim, a mandioca, o gergelim, os produtos hortícolas, a castanha de caju, o algodão, o tabaco, a madeira, as frutas tropicais, entre outros, necessitam de ser processados antes de ser escoados. Estão também em perspectiva desenvolver projectos no âmbito da indústria metalúrgica e metalome-cânica, têxteis e confecções, couro e curtume, produção de material de construção, indústria cerâmica, montagem de máquinas diversas e linhas de produção, entre outras. O sector energético, com o desenvolvimento de uma refinaria de petróleo em Nacala, o que propícia o aparecimento de outras empresas a jusante, nomeadamente ligadas aos fertilizantes e aos plásticos, por exemplo. Mais, esta ZEE oferece ainda oportunidades de instalação e desenvolvimento de parques tecnológicos destinados à produção, montagem, aperfeiçoamento e inovação tecnológica em todas as áreas. Serviços nas mais variadas vertentes, como comunicações, manutenção e reparação industrial, serviços financeiros, assistência técnica e a construção de infra-estruturas, em especial de estradas e pontes, condomínios habitacionais, instalações fabris e industriais, parques de ciência e tecnologia são igualmente áreas de interesse a desenvolver nesta ZEE.

ZONA ECONÓMICA ESPECIAL DE MANGA–MUNGASSA

Situada na província de Sofala (centro do país), esta ZEE criada em 2014 ocupa uma área de 217 hectares, com perspectiva de extensão até aos 1000 hectares, e está localizada a 12km do Porto da Beira e a 6km do Aeroporto. O que facilita imenso, uma vez que está prevista para esta zona a construção de um centro logístico internacional tendo em vista a maximização das potencialidades do Corredor da Beira. O projecto prevê ainda a construção de unidades hoteleiras e zonas residenciais e uma área industrial em regime de ZFI que irá receber investidores nacionais e estrangeiros para a implementação de indústrias transformadoras. Por forma a operacionalizar toda esta ZEE, o Governo moçambicano definiu a construção de um vasto conjunto de infra-estruturas prioritárias essenciais ao bom funcionamento do espaço, nomeadamente arruamentos e acessos internos, rede de distribuição de água, esgotos, energia eléctrica, telecomunicações, canais de colecta de águas pluviais, uma estação de tratamento e depósito de lixo industrial, uma clinica médica e a construção de naves industriais.

ZONA ECONÓMICA ESPECIAL DE MOCUBA

A ZEE de Mocuba localiza-se na província da Zambézia, distrito da Mocuba, e o seu potencial reside sobretudo no sector florestal e na agricultura. O Governo entendeu transformar a Companhia Têxtil de Mocuba, em ZFI, onde se pretende que futuramente se estabeleçam indústrias

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ZFI – Área ou unidade industrial, geograficamente delimitada e regulada por um regime aduaneiro específico, onde grande parte (85%) da produção de bens segue para exportação.

tem 16 hectares e a segunda 75 hectares com parte continental de 1 659 hectares. Neste caso específico, Moçambique pretende encontrar futuros operadores turísticos para estas duas zonas. O potencial é imenso e o GAZEDA, responsável pela coorde-nação dos projectos, gostaria de ver estas ilhas transfor-madas em destinos turísticos de luxo. As oportunidades de investimento estão divididas em diferentes categorias de alojamento, nomeadamente hotéis de 3, 4 e 5 estrelas, turismo residencial, campo de golfe, marina, casino, comércio e outros serviços de entretenimento. O distrito de Mossuril, onde estão situadas estas ilhas, está próximo do Aeroporto Internacional de Nacala e tem ligação rodoviária à cidade de Nampula, Nacala-Porto e também à Ilha de Moçambique.

BENEFÍCIOS FISCAIS APETECÍVEIS

No sentido de favorecer o clima de investimento, tanto nacional como estrangeiro, o Governo moçambicano definiu uma política de incentivos mais atractiva para todos os investidores no geral e em particular os que apostem nas Zonas Económicas Especiais. A lista de incentivos fiscais e não fiscais é longa e determina que todos os investidores estão isentos do pagamento de impostos na importação (incluindo o Imposto Sobre o Valor Acrescentado) de materiais de construção, equipamentos e acessórios diversos, peças e outros bens destinados à pros-secução da actividade licenciada nas ZEE, bem como isenção do IVA nas aquisições internas. Os operadores nas ZEE estão também isentos do IRPC – Imposto de Rendimentos das Pes-soas Colectivas nos primeiros três exercícios fiscais; há uma redução da taxa do IRPC em 50% do 4º ao 10º exercício fiscal e de 25% do 11º ao 15º exercício fiscal. Quanto aos incentivos não fiscais, o Governo moçambicano decidiu conceder terras e a análise de impacto ambiental; simplificar os procedimentos no repatriamento de lucros e flexibilizar o regime laboral, particularmente no que se refere à contratação de mão-de-obra estrangeira e processos de licenciamento. É ainda garantido um processo de análise e autorização de projectos de investimento mais descentralizado e rápido; um regime cambial livre que permita operações off--shore e, por fim, está igualmente previsto uma assistência protocolar e técnica directa ao investidor. Os empresários que invistam em Moçambique nas ZEE definidas têm como garantias: protecção jurídica da proprie-dade e direitos, incluindo direitos de propriedade industrial; nenhuma restrição de empréstimos e pagamento de juros no exterior; transferência de dividendos para o exterior e arbitragem de acordo com as regras do ICSID ou ICC para a resolução de disputas sobre investimentos; serviços do MIGA e OPIC para questões relacionadas com seguros de riscos de investimento; isenção de quaisquer imposições nas exportações de mercadorias; acesso livre ao mercado norte--americano (AGOA); acesso livre ao mercado asiático (China) e acesso preferencial ao mercado europeu (EBA’s, Cotonou) e a garantia de igualdade de tratamento assegurada para todos os investidores nacionais e estrangeiros. n

vocacionadas essencialmente para o agro-processamento, pro-dução de bio-combustível, têxtil e montagem de componentes diversos. Dos cerca de 50 hectares disponíveis na ZFI, 16 dos quais são de área coberta composta por um bloco administrativo, oficinas gerais, fábrica, armazéns, quartel dos bombeiros, centro de formação profissional e creches.A ZEE de Mocuba é ainda rica em recursos hídricos, uma vez que correm quatro rios (Licungo, Lugela, Raraga e Namacurra) com corrente permanente dentro da sua área limítrofe; é atravessada por um corredor logístico nacional e há estradas e linhas férreas projectadas que fazem ligações a diversos distritos. Esta ZEE tem ainda ligação com os portos de Nacala, Macuse e Quelimane.

A DIVERSIDADE DAS ZONAS FRANCAS

ZONA FRANCA INDUSTRIAL DE BELULUANE

Beluluane é uma zona industrial e zona franca com aproximadamente 700 hectares e o Parque Industrial de Beluluane, localizado a 16 km da cidade de Maputo, é fruto de uma parceria entre o Estado moçambicano e a Chiefton Moçambique, SA. Dispõe de ligações rodoviárias bem conservadas que proporcionam rápido acesso ao Porto de Maputo, que dista apenas 20 km, e está igualmente perto da estrada N4 que liga à África do Sul. Neste momento, já existem alguns hectares com infra-estruturas montadas e disponíveis para receber pequenas, médias ou grandes empresas. Algumas já se encontram em laboração, como é o caso da Fundição Mozal, um grande projecto localizado mesmo no centro do parque.

ZONAS FRANCAS INDUSTRIAIS DE LOCONE E MINHEUENE

Localizadas no distrito de Nacala, província de Nampula, estas duas zonas francas estão aptas para albergar indústrias de alto rendimento viradas para a exportação. Assim sendo, os investidores que optarem por ficarem sedeados em Locone ou em Minheuene têm de exportar, pelo menos, 85% da produção. A zona de Locone compreende uma área de 163 hectares e a de Minheuene uma de 350 hectares e ficam próximo do Porto de Nacala, o que constitui uma vantagem por permitir um rápido escoamento da produção.

ZONA DE ESTÂNCIA DE TURISMO INTEGRADO DE CRUSSE E JAMALI

Crusse e Jamali são ilhas não habitadas, situadas na província de Nampula, com praias de grande qualidade, sendo que a primeira

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O balanço do investimento nacional e estrangeiro em Moçambique, no ano de 2014, foi muito positivo. O

director do Centro de Promoção de Inves-timentos (CPI), Lourenço Sambo, adiantou que “o volume de investimento aprovado em 2014 foi quase o dobro do autorizado em 2013. Foram aceites 487 projectos que totalizaram 7,1 mil milhões de dólares, com potencial de criar mais de 40 mil postos de trabalho contra 515 projectos admitidos em 2013 a que corresponderam 4,2 mil milhões de dólares”.O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) teve a sua origem em 45 países em 2014, sendo que os Emirados Árabes Unidos, as Maurícias, a África do Sul, Portugal e a China ocuparam os cinco primeiros lugares pela ordem referida. Em 2013 Portugal ficou em terceiro lugar no ranking, depois da África do Sul (364 milhões de dólares), em primeiro, e da China (229 milhões de dólares), em segundo. Con-tudo, Portugal foi o país que conquistou o maior número de projectos aprovados (168), embora o volume de investimento ficasse nos 172 milhões de dólares.

A África do Sul teve 68 projectos de inves-timento licenciados e a China apenas 25. Em 2014, Portugal, embora posicionado em quarto lugar, voltou a apresentar um elevado número de intenções de negócio e destacou-se novamente como o país que conquistou o maior número de autorizações (98), mas o volume de investimento não chegou aos 337 milhões de dólares. Os Emi-rados atingiram os 891 milhões de dólares com 16 projectos aprovados; as Maurícias 547 milhões de dólares com 31 e a África do Sul 380 milhões de dólares com 68. Apesar de continuar abaixo do IDE, o Investimento Directo Nacional (IDN) tem registado um desempenho em crescendo nos últimos anos, o que confirma a vonta-de dos empresários moçambicanos em contribuir para o crescimento do seu país. Segundo o CPI, o IDN em 2013 chegou praticamente aos 570 milhões de dólares contra 1,3 mil milhões do IDE e, em 2014, o IDN melhorou substancialmente o seu desempenho, atingindo mesmo os 2,2 mil milhões de dólares, mas não foi suficiente para destronar os 2,4 mil milhões de dólares do IDE.

Balanço do CPI relativo a 2014Investimento nacional e estrangeiro superou expectativas

O investimento nacional e estrangeiro em Moçambique ascendeu a mais de 7 mil milhões de dólares em 2014, o que representou quase o dobro do aprovado em 2013. “Um excelente ano”, classificou Lourenço Sambo, director do CPI, que mantém as expectativas em alta para 2015.

POTENCIAL MUITO DIVERSIFICADO

Moçambique continua a despertar o interesse dos

investidores um pouco por todo o mundo, uma vez que é um

país que colecciona oportunidades de negócio em todos os ramos de

actividade. Face às necessidades da economia moçambicana, todos os pro-

jectos contam e como sublinha Lourenço Sambo, “a nossa legislação não prevê qualquer tipo de discriminação entre os grandes e os pequenos. Todos os inves-tidores são bem-vindos a Moçambique. Enquanto os mega-projectos possuem um enorme potencial de injectar capital na economia, as PME contribuem para impulsionar e diversificar a produção nacional e gerar postos de trabalho para os cidadãos nacionais”.No entanto, apesar de tantas oportunidades de negócio e facilidades para quem deseja investir em Moçambique, é fundamental contar com alguns constrangimentos que se vivem no país e que podem com-prometer o sucesso dos investimentos. Falamos, por exemplo, do baixo nível de desenvolvimento das infra-estruturas de um modo geral, em especial nas zonas rurais; mão-de-obra local pouco qualifica-da; baixa cobertura da energia eléctrica e volatilidade dos preços internacionais de alguns factores de produção. O CPI tem consciência da existência dos mesmos e reconhece que devem ser melhorados quanto antes para que se maximize as oportunidades e se desenvolva, de forma sustentável, a economia nacional.

texto Paula Braga

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Lourenço Sambo | Director do CPI

Para 2015 e anos seguintes, Lourenço Sambo quer continuar a atrair mais investimento e está convicto que irá conseguir concretizar este objectivo com a combinação das boas práticas de gestão macro-económica, a estabilidade política, as reformas legais e, cada vez mais, a crescente confiança depositada no país por investidores provenien-tes de todos os quadrantes do globo.

“A nossa economia continuará a crescer os actuais 7,5% anuais e quiçá a acelerar com a exploração dos enormes recursos naturais de Moçambique, em especial, o gás natural e o carvão”. À semelhança de Danilo Nalá, do GAZEDA, o director do CPI não dispensa o investimento com cunho português e acredita que Portugal conti-nuará a destacar-se na lista dos maiores investidores estrangeiros em Moçambique.

foto CPI

Tabela 1Investimento Aprovado por Sectores em 2014

Nota: IDE = Investimento Directo Estrangeiro IDN =Investimento Directo Nacional Supr-Emp =Suprimentos e Empréstimos

Fonte: CPI

Sectores Nº de Proj. Valores (US$) Emprego

IDE IDN Supr/Emp Total % Nº %

Agricultura e Agro-Indústrias

44 358.151.411,45 183.091.221,95 95.878.343,33 637.120.976,73 8.97% 9 119 20.56%

Aquacultura e Pescas

4 13.395.832,00 500.505.000,00 513.900.832,00 7.24% 618 1.39%

Banca e Seguradoras

3 5.484.856,00 550.050,00 6.034.906,00 0.08% 62 0.14%

Construção e O. Públicas

44 212.701.850,20 18.500.683,37 44.679.431,35 275.881.964,92 3.88% 8 465 19.08%

Energia 5 686.953.250,00 942.798.250,00 1.609.090.950,00 3.238.842.450,00 45.60% 5 720 12.89%

Indústria 89 160.713.096,10 72.780.527,92 105.471.209,34 338.964.833,36 4.77% 7 427 16.74%

Transp. e Comunicações

108 606.999.860,19 72.179.165,90 4.953.226,28 684.132.252,37 9.63% 1 620 3.65%

Turismo e Hotelaria

56 62.352.685,65 399.169.938,81 136.629.274,11 598.151.898,57 8.42% 2 583 5.82%

Serviços 134 373.747.548,01 81.655.066,60 354.191.381,15 809.593.995,76 11.40% 8 748 19.72%

Total 487 2.480.500.389,60 2.271.229.904,55 2.350.893.815,56 7.102.624.109,71 100% 44 362 100%

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A agricultura e a agro-indústria são os sectores que, no entender do CPI, podem trazer mais-valias ao país pelo enorme potencial de Moçambique que disponibi-liza grandes áreas de terra arável, um clima favorável aliado ao facto deste sector constituir a principal fonte de rendimento de cerca de 80% da população estimada em mais de 23 milhões de habitantes. Em Moçambique, além se abastecer o mercado doméstico, o investidor agrícola tem a possibilidade de produzir para o mercado da SADC – Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, entre outros. “Gostávamos de atrair projectos que assegurariam o processamento ou transformação local dos nossos recursos naturais e agro-industriais, por forma a impulsionar as economias familiares e certamente a economia local. Precisamos, por exemplo, de fábricas de processamento de ananás que é produzido em larga escala em todo o território nacional e outras culturas como o tomate e o milho”, frisa Lourenço Sambo. Em 2014 os sectores que acolheram maior volume de investimento directo estrangeiro foram energia (27,69%); transportes e comunicações (24,47%) e serviços com 15,07%. De um modo geral, todas as províncias moçambicanas beneficiaram de projectos resultantes do IDE, mas as que se destacaram em ter-mos de volume de investimento, por ordem decrescente, foram Sofala (28,83%), Tete (27,87%) e a cidade de Maputo com 18,79%.

Tabela 2Investimento Aprovado por Província em 2014

Nota: IDE = Investimento Directo Estrangeiro IDN =Investimento Directo Nacional Supr-Emp =Suprimentos e Empréstimos

Fonte: CPI

Em 2015 e dadas as prioridades do país, o CPI não tem dúvidas que, além da agricultura e agro-indústria, há outras áreas que merecem toda a atenção por parte dos investidores nacionais e estrangeiros e que são os recursos minerais e a energia, a hote-laria e o turismo, a construção, os transportes e as comunicações, a aquacultura e as pescas, a banca, a indústria e os serviços. n

Províncias Nº de Proj. Valores (US$) Emprego

IDE IDN Supr/Emp Total % Nº %

Cabo Delgado 37 392.654.036,90 527.267.358,99 146.128.901,68 1.066.050.297,57 15.01% 6 645 14.98%

Niassa 4 220.000,00 893.870,97 2.062.241,00 3.176.111,97 0.04% 117 0.26%

Nampula 12 13.060.500,00 511.785,06 6.299.696,00 19.871.981,06 0.28% 415 0.94%

Zambézia 7 31.110.000,00 5.650.000,00 71.000.000,00 107.760.000,00 1.52% 2 407 5.43%

Tete 27 691.378.259,33 952.427.915,47 1.095.419.119,99 2.739.225.294,79 38.57% 9 280 20.92%

Manica 14 13.966.692,90 7.199.426,24 3.765.010,00 24.931.129,14 0.35% 848 1.91%

Sofala 28 715.252.224,99 88.853.918,54 328.514.836,02 1.132.620.979,55 15.95% 2 711 6.11%

Inhambane 24 19.489.248,70 66.026,43 2.364.015,06 21.919.290,19 0.31% 1 030 2.32%

Gaza 17 11.803.372,19 975.919,85 287.719.396,00 300.498.688,04 4.23% 892 2.01%

Cidade de Maputo

179 466.121.440,41 595.090.143,47 220.308.421,43 1.281.520.005,31 18.04% 11 681 26.33%

Maputo 138 125.444.614,18 92.293.539,53 187.312.178,38 405.050.332,09 5.70% 8 336 18.79%

Total 487 2.480.500.389,60 2.271.229.904,55 2.350.893.815,56 7.102.624.109,71 100.00% 44 362 100.00%

Os 10 Maiores Investidores em Moçambique em 2014

Tabela 3

Posição País Projectos US$

1 Emirados Á. Unidos 16 891.057.500,00

2 Maurícias 31 547.171.978,93

3 África do Sul 68 380.309.127,33

4 Portugal 98 336.454.901,91

5 China 21 72.872.774,19

6 Reino Unido 18 56.926.967,33

7 Macau 1 27.000.000,00

8 Turquia 10 21.082.500,00

9 Quénia 6 16.018.700,00

10 Franca 5 13.650.000,00

Outros 104 117.955.939,91

Fonte: CPI

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GAZEDAGabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Aceleradoprocura investidores

Danilo Nalá, director-geral do GAZEDA, confirmou ao Directório Moçambique que Portugal foi o maior investidor directo estrangeiro nas ZEE em 2014 e convida todos os empresários portugueses a continuarem a apostar no mercado moçambicano. Há oportunidades de negócio em todos os sectores de actividade e quem apostar nas ZEE beneficia de um atractivo pacote de incentivos fiscais.

Na lista dos quatro sectores mais procurados pelos inves-

tidores estrangeiros em 2014 destaque para o comércio&serviços

(39%); a hotelaria&turismo (6,80%) e, por fim, a agro-indústria (6,40%).

Há dois anos, o panorama variava um pouco, com o sector da construção civil

(33%) a posicionar-se em segundo lugar e o comércio&serviços (22%) em terceira posição. A hotelaria&turismo (8%) foi o sector menos apetecível do ranking nesse ano.

TODOS OS SECTORES SÃO PRIORITÁRIOSPresentemente, Moçambique tem em funcionamento três Zonas Económicas Especiais (ZEE) localizadas em diferentes províncias, nomeadamente a ZEE de Nacala (Nampula), a de Manga–Mungassa (Beira) e a mais recente, a ZEE de Mocuba (Zambézia). Do conjunto, a primeira foi a que acolheu o maior número de investimento aprovado (mais de 1,7 mil milhões de dólares) desde 2012, seguida da ZEE de Manga–Mungassa (500 milhões de dólares) e, por último, a ZEE de Mocuba com 24 milhões de dólares. Danilo Nalá relembra que as ZEE estão receptivas a iniciativas de investimento em todos os sectores de actividade económica, embora se perspective, face ao interesse suscitado pelos investidores tanto nacio-nais como estrangeiros, que a indústria, a logística, os serviços, o imobiliário, a hotelaria e turismo sejam os sectores que continuarão a acolher de futuro o maior volume de investimento.

texto Paula Braga

Em 2014 o Gabinete das Zonas Económicas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA) aprovou

31 projectos de investimento nacional e estrangeiro, o que representou menos 17 que em 2013. Em termos comparativos, a diferença no volume de investimento foi pouco expressiva, uma vez que foram aprovados investimentos estimados em 363 milhões de dólares em 2014 e 373 milhões de dólares em 2013. A diferença maior verificou-se em 2012, quando o GAZEDA deu luz verde apenas a 28 pro-jectos no total, mas que representaram mais de 1,6 mil milhões de dólares, uma vez que só um dos projectos estava orçado em 700 milhões de dólares. O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) aprovado por esta mesma entidade em 2014 registou também um pequeno decréscimo face ao ano de 2013. En-quanto há dois anos o volume de IDE fixou-se em 214 milhões de dólares, em 2014 praticamente não ultrapassou os

103 milhões de dólares e verificaram-se alterações de posição na lista dos maiores investidores. Portugal (35 milhões de dólares) assumiu a liderança em 2014 seguido do Brasil (24 milhões de dóla-res), Reino Unido, China e África do Sul, respectivamente. Em 2013 o ranking foi liderado pela China (83 milhões de dólares), seguido de Portugal (49 milhões de dólares) e em terceira posição esteve o Japão, a Tanzânia em quarto e, por fim, em quinto lugar surge o Bahrein, situado no Golfo Pérsico. Nos últimos três anos, segundo revelou ao Directório Moçambique o director-geral do GAZEDA, Danilo Nalá, os sectores de actividade mais procurados pelos inves-tidores estrangeiros foram a indústria, os serviços, a hotelaria&turismo, seguidos da construção civil e imobiliário. De acordo com os dados fornecidos pelo GAZEDA, o sector da indústria destacou-se, tanto em 2013 como em 2014, representando 38% e 48%, respectivamente, do investimento aprovado.

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Danilo Nalá | Director-geral do GAZEDA

foto GAZEDA

Projectos de Investimento Aprovados (2012–2014)

Fonte: GAZEDA

Tabela 1

Ano Total de Projectos Aprovados Emprego Previsto

Nº Valor (USD) NACIONAIS

2012 28 1.604.037.546,06 7 143

2013 48 373.642.698,21 3 329

2014 31 363.289.092,29 2 618

Total 107 2.340.969.336,56 13 090

Distribuição de Projectos por Sector de Actividade (2013)

Fonte: GAZEDA

Tabela 2

Sectores Nº de Projectos IDE %

Comércio & Serviços 18 16.639.469,76 22%

Indústria 16 102.929.792,71 38%

Hotelaria & Turismo 7 4.720.883,42 8%

Construção Civil 7 89.902.674,74 33%

Total 48 214.192.820,63 100%

Distribuição de Projectos por Sector de Actividade (2014)

Fonte: GAZEDA

Tabela 3

Sectores Nº de Projectos IDE %

Comércio & Serviços 13 30.859.416,85 38,80%

Construção Civil 2 683.575,00 0,40%

Hotelaria & Turismo 4 4.893.500,00 6,80%

Agro-Indústria 2 20.295.784,00 6,40%

Indústria 10 46.359.008,60 47,70%

Total 31 103.091.284,45 100%

A Zona Económica Especial de Na-cala tem despertado, desde o início, o interesse dos investidores e não é difícil compreender. A localização geo-estratégica, com acesso aos países da SADC, África Central e Oriental; as infra-estruturas vitais como o porto de águas profundas de Nacala que facilita o escoamento dos produtos para o exterior e, des-de Dezembro de 2014, a entrada em funcionamento do Aeroporto Internacional de Nacala; a linha férrea que liga o Porto de Nacala aos países do Interland (Malawi e Zâmbia) e o Terminal de Carvão, em fase final de conclusão, que inclui a construção de um ramal de linha férrea que liga a bacia carbonífera de Moatize, passando pelo Malawi até ao distrito de Nacala-à-Velha, fazem desta ZEE o centro de todas as atenções. Contudo, a entrada em funcionamento, em 2014, da ZEE de Mocuba pode mudar a rota dos investimentos, uma vez que o potencial existente no distrito, quer no sector florestal quer no agrícola, é bastante animador. A ZEE de Mocuba está localizada na região do Vale do Zambeze e pretende-se, de futuro, apostar no desenvolvimento do agro--processamento face às enormes oportunidades que existem para a produção de cereais, frutas, flores, hortaliças para o mercado nacional e para exportação.

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SIM, ÀS PME!Questionado sobre se existia espaço para as PME nacionais e mesmo inter-nacionais, o director-geral do GAZEDA não tem dúvidas em afirmar que sim. “Embora as ZEE sejam conhecidas por acolherem mega-projectos, há espaço para as mais pequenas, basta aprovei-tarem as oportunidades resultantes dos mega-projectos para o estabelecimento de parcerias e podem também firmar contratos em função da demanda de bens e serviços solicitados. A promoção de oportunidades de investimentos e de negócios para as PME constitui um dos objectivos no âmbito da política de estabelecimento de pólos de desenvol-vimento económico que continuará a merecer especial atenção por parte do GAZEDA na coordenação de iniciativas de investimento nas ZEE”. Apesar de todos os avanços ocorridos nas ZEE desde a sua criação, Danilo Nalá reconhece que ainda persistem alguns desafios que limitam o desenvolvimento mais acelerado destas zonas de interesse e que é prioritário resolvê-los. Refere, por exemplo, a necessidade de investir em infra-estruturas de abastecimento de água industrial para as ZEE; de fornecimento de energia eléctrica e melhoria substan-cial das infra-estruturas de transporte. Naturalmente que 2015 e os seguintes continuarão a ser anos de muito trabalho

e o GAZEDA, de acordo com o director--geral, está ciente e perspectiva mobilizar o máximo de investimentos para as áreas de infra-estruturas públicas nas ZEE (água, energia, transportes e ou-tras). Está também previsto para 2015 consolidar o modelo de desenvolvimento baseado nas ZEE, a alcançar a médio e longo prazo, e identificar e disseminar as novas oportunidades de investimento nas ZEE e Zonas Francas Industriais bem como fortalecer as ligações empresariais entre mega-projectos e as PME locais. O GAZEDA está ainda empenhado, segundo Danilo Nalá, em promover as oportunidades de investimentos e do país de forma direccionada, de acordo com novos mercados para atracção de investimentos estruturantes. Neste momento, o GAZEDA tem em mãos, conjuntamente com outras entida-des, um estudo para a criação de novas Zonas Económicas Especiais Temáticas, em diversas regiões do país, em função de potencialidades específicas que cada região oferece. Está também a desenhar um “Plano Estratégico de Comunicação e Marketing”, instrumento que orientará as acções de promoção que visam atrair mais investimento para as ZEE. Apesar de Moçambique ter atraído investimentos de vulto nos últimos anos, é fundamental continuar a promover o país e, em especial as Zonas Económicas Especiais, com o

objectivo de captar investimento estran-geiro em todo o mundo. A competição internacional a este nível é acentuada, uma vez que países fortes como a África do Sul, as Maurícias, o Botswana e a Tan-zânia, por exemplo, procuram igualmente conquistar investidores estrangeiros para desenvolverem os seus países. Moçambique não pode baixar os braços e muito menos abrandar o ritmo. Por isso mesmo, Danilo Nalá desafia todos os empresários portugueses a visitar Moçambique e a conhecer as três Zonas Económicas Especiais que estão activas no país e as oportunidades de investi-mento que cada uma encerra. Relembrou o atractivo pacote de incentivos fiscais em vigor para quem investe nas ZEE e outras garantias previstas na legislação sobre investimento. n

foto UnJobs

Embora as ZEE sejam conhecidas por acolherem mega projectos, há espaço para as mais pequenas, basta aproveitarem as oportunidades resultan-tes dos mega-projectos para o estabelecimento de parcerias.

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O Governo moçambicano reconhece a necessidade de garan-tir um acesso facilitado, cada vez mais eficiente e eficaz, para que todos os investidores, nacionais e estrangeiros,

que actuam na reabilitação dos designados Corredores de De-senvolvimento (Maputo, Beira e Nacala) beneficiem de condições que contribuam para o sucesso das suas operações. A posição geográfica de Moçambique confere-lhe ainda a responsabilidade de criar condições de acessibilidade ao mar para os países do interior (hinterland). Para que as infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aéreas moçambicanas conheçam uma reabilitação que acompanhe a expansão económica, o Governo de Moçambique tem recorrido ao apoio de parceiros estrangeiros e dedicou, em 2014 e também em 2015, uma fatia substancial do Orçamento de Estado à construção e reabilitação de infra-estruturas de transporte. Torná-las mais competitivas para que se ampliem as oportunidades de investimento, é o objectivo principal.

ESTRADAS – A ESPINHA DORSALUma das prioridades de Moçambique no domínio dos trans-

portes passa pela reabilitação de antigas estradas e construção de novos acessos rodoviários para ligar os centros de produção aos de consumo. Na política de desenvolvimento viário defendida pelo Governo moçambicano as atenções estão também colocadas na reabilitação e construção de novas pontes que encurtem caminhos e contribuam para o desenvolvimento acelerado da economia.

A muito aguardada construção da Ponte de Tete sobre o rio Zambeze, inaugurada no final de 2014, veio permitir um elo de ligação regional e mesmo internacional numa zona que tem beneficiado de um desenvolvimento bastante acelerado fruto da extracção mineira de carvão que ocorre na área. Associada a esta obra foram ainda recuperados cerca de 270 Km das estradas nacionais Nº7 e Nº8 que ligam Tete e Moatize às fronteiras com o Zimbabwe e o Malawi. Perspectiva-se que a construção da Ponte Maputo-Catembe, considerada “o maior vão suspenso do continente africano”, terá início em 2015 e conclusão prevista para 2017. Esta ponte, que vai unir as margens Sul e Norte do canal da Baía da capital moçambicana, vai ter um tabuleiro com 680 metros de comprimento e duas torres com 137 metros de altura que serão instaladas, uma no Porto de Maputo e outra será erguida sobre as águas da Baía.

FERROVIA A TODO O VAPOROs eixos ferroviários em Moçambique estão baseados em

três redes independentes que partem de Maputo, Beira e Nacala e que juntamente com outras linhas férreas internas represen-tam mais de três mil quilómetros de vias, embora a maioria se encontre em condições de inoperacionalidade. Os eixos referidos correspondem exactamente aos Corredores de Desenvolvimento e são peças fundamentais no transporte de mercadorias e pessoas.

Corredores de Desenvolvimento beneficiam de "obras todo o terreno"

texto Paula Braga

foto Carlos Matos

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A Linha de Sena, que liga o Porto da Beira ao Malawi, constitui a espinha dorsal da região centro do país e do Vale do Zambeze, em particular. É nesta linha que está a ser transportado o carvão de Moatize (Tete), o que impulsionou a sua reabilitação e reforço da capacidade da linha que passará dos 6,5 milhões para 20 milhões de toneladas/ano. A empreitada – que teve início em 2013 ficará concluída em 2015 – abrange toda a extensão da Linha de Sena que se traduz em 575 Km entre a vila de Moatize e o Porto da Beira. As obras ainda em curso incluem trabalhos de ampliação e montagem de linhas, recuperação de mais de 300 pontes, pontões e aquedutos, em especial a famosa Ponte D. Ana que liga as margens do Zambeze entre Sena e Mutarara, numa extensão de cinco quilómetros. A Linha do Limpopo, com mais de 500 Km, é a maior linha férrea a Sul e estabelece a ligação entre o Porto de Maputo e o país vizinho do Zimbabwe. Ao longo desta estratégica linha já se efectuaram várias intervenções estruturais, inclusive de um sistema de drenagem das águas pluviais, porque anualmente é afectada pelas fortes chuvadas que ocorrem nesta zona. A zona Sul do país dispõe ainda de mais duas linhas, a de Res-sano Garcia e a de Goba. A primeira liga Maputo à África do Sul e funciona como uma importante via de escoamento de carvão sul-africano, ferro-crómio e magnetite através do Porto de Maputo. A linha também transporta milhares de pessoas diariamente para trabalhar na capital do país. Em 2011 e 2012 a Linha Res-sano Garcia, que faz parte do Corredor de Desenvolvimento de Maputo, foi alvo de obras que visaram especialmente aumentar a capacidade de circulação de comboios semanais e de carga para responder às crescentes solicitações dos países vizinhos que têm aumentado o transporte de mercadorias importadas e exportadas através do Porto de Maputo. Para a Linha de Goba está previsto construir-se uma nova ponte ferroviária, junto à vila de Boane, em substituição da actual que não oferece condições de segurança. Este eixo ferroviário que liga o Porto de Maputo

à Suazilândia foi alvo de obras de reparação e substituição das chulipas de madeira por betão e toda a via foi uniformizada tanto na parte moçambicana como na que se situa já em território da Suazilândia. A Norte, o país dispõe de três linhas (Nacala-Cuamba; Cuamba--Lichinga e Cuamba-Entre Lagos). A primeira encontra-se em bom estado de conservação e já beneficiou de uma concepção moderna, enquanto as duas últimas estão em trabalhos de manutenção e modernização para garantir uma circulação mais eficaz. De um modo geral, a reabilitação e modernização do caminho ferroviário em Moçambique está a acontecer em especial ao longo das linhas que acompanham os designados Corredores de Desenvolvimento, fruto da acelerada expansão que está a ocorrer nas regiões de Maputo, Nacala e Beira. Contudo, as linhas secundárias dos eixos ferroviários e a criação de novas linhas ferroviárias não está colocada de parte, mas de momento todas as atenções estão concentradas nos caminhos-de-ferro existentes e que servem as vias do desenvolvimento económico de Moçambique.

PORTOS VALORIZADOSA costa de Moçambique prolonga-se por cerca de 2500 Km

e é propícia à navegação marítima. No entanto, até há uns anos atrás os portos não tinham grande significado. A valorização da costa de Moçambique só aconteceu já na segunda metade do século XX. Os três principais portos de Moçambique – Maputo, Nacala e Beira – nasceram praticamente em articulação com as ligações de caminhos-de-ferro aos territórios do hinterland e cresceram baseados na actividade económica destes países vizinhos (Malawi, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe). Contudo, a forte expansão económica de Moçambique e dos países encravados no interior da África Austral sem acesso ao mar e que dependem de Moçambique para fazer circular as merca-dorias por via marítima, têm impulsionado a crescente reabilitação, o desenvolvimento e a modernização da oferta marítima moçambicana.

Em Moçambique assiste-se, nos últimos anos, a uma dinâmica sem precedentes no investimento directo estrangeiro, em particular no domínio dos recursos minerais, turismo, indústria e agricultura. Contudo, aumenta a percepção de que é fundamental que o sistema dos transportes do país acompanhe o ritmo de crescimento económico, caso contrário a exiguidade das infra-estruturas e serviços de transporte actuais contribuirão para limitar o tão desejado desenvolvimento económico de Moçambique.

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PORTO DE MAPUTOA MPDC – Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo adquiriu recentemente equipamento diversificado (guindas-tes, empilhadores, tractores e atrelados) para melhorar os níveis de eficiência e produtividade no manuseamento da carga e investiu ainda no melhoramento da capacidade de armazenamento para um milhão de toneladas/ano adicional de ferro-crómio. Para tornar o porto ainda mais competitivo a nível regional e internacional, a MPDC perspectiva dragar o canal de acesso ao porto no terceiro trimestre de 2015 para atingir a meta de 40 milhões de toneladas manuseadas até 2020. Com a dragagem, vai ser possível receber navios de porte até 80 mil toneladas. Esta é já a segunda operação de dragagem que se irá efectuar no espaço de quatro anos. A última efectuada em 2011 permitiu ao Porto de Maputo passar de 12 milhões de carga manuseada em 2011 para 19 milhões em 2014. Os trabalhos de expansão, modernização e aumento de capacidade de manuseamento da carga irão continuar até 2030 e estender-se-ão a todos os terminais, nomeadamente Carvão, Cereais e de Ferro e Crómio, Con-tentores, Combustíveis e Viaturas.

PORTO DE NACALAAs obras de modernização do Porto de Nacala consistem na reparação e construção de novas infra-estruturas por-tuárias, cuja conclusão está prevista para 2019. Contudo, face aos avanços já registados, o Porto de Nacala alcançou, em 2014, mais de dois milhões de toneladas de carga mo-vimentada e perto de 100 mil contentores. Este resultado nunca antes alcançado será amplamente reforçado com a conclusão das obras que prevêem a implementação de um novo porto de exportação de carvão que está integrado no Projecto de Desenvolvimento do Corredor de Nacala e assegura a ligação ferroviária desde as minas de Moatize

ao novo Porto de Nacala. Este ambicioso empreendimento integra ainda a construção de múltiplas infra-estruturas, onde se destaca um ramal de acesso ferroviário com 30 km de comprimento, parque de armazenamento de car-vão, equipamentos para movimentação de combustíveis, ponte e cais norte. Após a sua expansão, o Porto de Nacala ficará com 240 mil metros quadrados e prevê-se que venha a escoar 18 milhões de toneladas de carvão. Este porto é o terminal do Corredor de Nacala, servido por uma linha férrea que liga ao Malawi e à cidade de Lichinga, no Niassa, passando por Nampula e outros distritos. O troço de linha ferroviária passa na cidade de Moatize (Tete), onde se desenvolvem as maiores operações mineiras do país.

PORTO DA BEIRAO Porto da Beira é hoje o terceiro maior de Moçambique depois de Maputo e Nacala para o transporte de cargas internacionais e tem sido alvo de melhorias contínuas nos últimos anos, por forma a responder aos muitos projectos empresariais que se têm desenvolvido ao longo do Corre-dor da Beira e cujos produtos são escoados através desta plataforma marítima.Em 2014 o Porto da Beira manuseou 184 mil contentores e 6600 mil toneladas de carga geral, dos quais 4 milhões resultaram de carvão mineral proveniente da mina de Moatize. A instalação de mais dois pórticos no Terminal de Carvão em 2014 contribuiu, sem dúvida, para o aumento de carga manuseada que se registou no último ano. As obras de reabilitação no Porto da Beira estendem-se ainda ao porto de pesca que prevê a reconstrução do cais industrial e o aumento da capacidade de manuseamento, armazena-mento e processamento do pescado. O objectivo é passar das 40 mil toneladas de processamento de pescado para as 70 mil toneladas.

foto Zug

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AEROPORTOS MODERNIZADOS A visão estratégica para o transporte aéreo visa

essencialmente o incremento da indústria do turismo e dos pólos de desenvolvimento do país e das regiões. Face a este objectivo as entidades moçambicanas decidiram construir dois terminais aeroportuários, um em Nacala e outro em Pemba, precisamente pelo potencial turístico da zona Norte do país ser mais elevado e porque a maioria dos turistas que visitam Moçambique serem oriundos da região da SADC e de países do hemisfério Norte. A entrada em funcionamento, em Dezembro de 2014, do Aeroporto Internacional de Nacala veio permitir dinamizar a zona franca da região que está a atrair investimentos em diversos sectores de actividade. Este novo aeroporto, cons-truído de raiz no local onde anteriormente existia uma base aérea, conta com quatro placas de estacionamento, duas para aviões de médio porte e duas para aparelhos de grande porte, está apetrechado com tecnologia de ponta e tem capacidade para 500 mil passageiros e 5 mil toneladas de carga/ano.

As descobertas de gás e minérios na zona Norte do país, o desenvolvimento de infra-estruturas turísticas e a criação da Zona Económica Especial de Nacala justificam claramente, segundo os entendidos, os 114 milhões de dólares investi-dos na construção, ampliação e modernização do Aeroporto Internacional de Nacala. No sentido de continuar a melhorar as infra-estruturas de transporte aéreo em Moçambique e face ao número crescente de turistas na região e dos recursos minerais que a província de Cabo Delgado oferece, o Aeroporto Internacional de Pem-ba também foi alvo de obras de remodelação e ampliação da aerogare e modernização do parque de estacionamento de viaturas. As obras que ficaram concluídas em 2014 mais que triplicaram a capacidade do aeroporto que no embarque passou a receber até 260 passageiros face aos 80 de antigamente. Foram também repavimentadas as áreas operacionais, incluin-do pista, caminho de circulação e placa de estacionamento de aeronaves. Presentemente, o Aeroporto de Pemba oferece um espaço específico para atender os passageiros em trânsito, um átrio público e uma zona de check-in ampliada e modernizada. Para Tete está igualmente previsto um novo aeroporto, em substituição do antigo de Chingodzi, que deverá entrar em fun-cionamento em 2023. Em 2011, o Aeroporto de Tete e o da Beira beneficiaram de obras de reabilitação das infra-estruturas básicas de navegação aérea, em particular no que se refere à repavimentação das pistas, substituição dos sistemas de comunicações aeronáuticas, rádios ajuda, equipamento de si-nalização luminosa e reforço da frota de viaturas de luta contra incêndios, entre outros. Em 2015, ano em que a Empresa de Aeroportos de Moçam-bique completa 35 anos de existência, mais melhorias estão projectadas para continuar a beneficiar os seis Aeroportos Internacionais existentes no país (Maputo, Beira, Tete, Pemba, Nacala e Nampula) e a aproximar-se, cada vez mais, da qualidade e segurança que se pratica a nível internacional. O Aeroporto Internacional de Maputo, por exemplo, é um dos que vai ser alvo de melhoramentos. Em Fevereiro de 2015 procedeu-se ao acto de consignação da obra que prevê a repavimentação e ampliação da pista principal, caminhos de circulação, plataforma de estacionamento e sinalização luminosa do aeroporto depois de em 2012 o Aeroporto de Maputo ter concluído as obras do Terminal Doméstico que, entre outros benefícios, criou uma zona comercial.

O objectivo geral é o de apostar em sistemas de transporte cada vez mais ágeis, interligados, competitivos e sustentáveis – quer para carga, quer para passageiros –, por forma a facilitar o in-vestimento e a ampliar as oportunidades de desenvolvimento nos diferentes Corredores Logísticos. Apesar das dificuldades já conhecidas, Moçambique não baixa os braços. Nos últimos anos, as infra-estruturas rodoviárias, ferroviárias, marítimas e aéreas conheceram um plano de reabilitação e modernização que começou a andar. Agora temos de aguardar pela última paragem, a da EFICIÊNCIA TOTAL. Só nesta fase, o Governo assistirá à racionalização dos custos, ao pleno das acessibili-dades e à satisfação dos cidadãos e dos investidores no geral. Mas já faltou mais! n

O objectivo geral é o de apostar em sistemas de transporte cada vez mais ágeis, interligados, competitivos e sus-tentáveis – quer para carga, quer para passageiros –, por forma a facilitar o investimento e a ampliar as oportunida-des de desenvolvimento nos diferentes Corredores Logísticos.

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Os Benefícios Fiscais e as Zonas Francas Industriais e Zonas Económicas Especiais em Moçambique

Importa, desde logo, salientar que, nos termos da referida Lei, os benefícios fiscais aplicam-se aos investimentos

realizados no âmbito da Lei de Investimentos e respectivo regulamento, podendo estar habi-litadas à concessão de benefícios fiscais pessoas singulares e colectivas, desde que registadas para efeitos fiscais.A Lei qualifica, no seu artigo 2º, os benefícios fiscais como as medidas que suscitem a isenção ou redução do montante a pagar dos impostos vigentes, arrolando, de forma taxativa, os seguintes benefícios:y Deduções à matéria colectável;y Deduções à colecta;y Amortizações e reintegrações aceleradas;y Crédito fiscal por investimento;y Isenção;y Redução da taxa de impostos e o diferimento do pagamento

destes.

Para além dos benefícios genéricos previstos na Lei, nomea-damente benefícios na importação de bens e benefícios sobre o rendimento, estão ainda previstos benefícios que variam em função da especificidade do investimento, a saber:y Criação de infra-estruturas básicas;y Comércio e indústria nas Zonas Rurais;y Indústria Transformadora e de Montagem;y Agricultura e Pescas;y Hotelaria e Turismo;y Parques de Ciência e Tecnologia;y Projectos de grande dimensão;y Zonas de rápido desenvolvimento;y Zonas Francas Industriais;y Zonas Económicas Especiais.

Concluído este intróito, vamos, em seguida, tecer alguns co-mentários em relação aos benefícios fiscais e outros que podem ser concedidos no âmbito de investimentos realizados nas Zonas Francas Industriais e nas Zonas Económicas Especiais.

AS ZONAS FRANCAS INDUSTRIAIS E AS ZONAS ECONÓMICAS ESPECIAISA Lei n.º 3/93, de 24 de Junho, que aprovou a Lei do Investimento, apresenta as seguintes definições legais para as duas realidades:Zona Franca Industrial: área de actividade industrial, geografica-mente delimitada e regulada por um regime aduaneiro específico na base do qual as mercadorias que aí se encontrem ou circulem, destinadas exclusivamente à produção de artigos de exportação, bem como os próprios artigos de exportação daí resultantes, estão isentos de todas as imposições aduaneiras, fiscais e para-fiscais correlacionadas, beneficiando, complementarmente, de regimes cambial, fiscal e laboral especialmente instituídos e apropriados à natureza e eficiente funcionamento dos empreendimentos que aí operem;Zona Económica Especial: área de actividade económica em geral, geograficamente delimitada e regida por um regime adua-neiro especial com base no qual todas as mercadorias que aí entrem, se encontrem, circulem, se transformem industrialmente ou saiam para fora do território nacional estão totalmente isentas de quaisquer imposições aduaneiras, fiscais e para-fiscais correla-cionadas, gozando, adicionalmente, de um regime cambial livre e de operações “off-shore” e de regimes fiscal, laboral e de migração especificamente instituídos e adequados à entrada rápida e efi-ciente funcionamento dos empreendimentos e investidores que aí pretendam ou se encontrem já a operar ou a residir.

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A Assembleia da República, considerando a necessidade de incentivar o desenvolvimento

económico de Moçambique, aprovou, através da Lei n.º 4/2009, de 12 de Janeiro, o Código

dos Benefícios Fiscais (“Lei”), de modo a “racionalizar os benefícios fiscais para

investimentos e torná-los cada vez mais eficientes e eficazes como instrumento

de política económica”.

Na sequência da previsão legal, no âmbito da Lei do Investimento, das Zonas Francas Industriais e das Zonas Económicas Especiais, o Governo aprovou, através do Decreto 62/99, de 21 de Setembro, o Regulamento das Zonas Francas Industriais e criou, através dos Decretos n.ºs 74/2007 e 75/2007, de 18 de Dezembro, respectivamente, o Conselho das Zonas Económicas Especiais (CZEE) e o Gabinete das Zonas de Desenvolvimento Acelerado (GAZEDA), incumbindo estes organismos da promoção, criação, implementação, desenvolvimento e gestão de ZEE, incluindo inicia-tivas destinadas à captação para estas de investimento nacional e estrangeiro, criando ainda, por via do Decreto n.º 76/2007, de 18 de Dezembro, a Zona Económica Especial de Nacala, a primeira no país, ocupando uma área total de 1.307 quilómetros, distribuídos pelos distritos de Nacala Porto e Nacala-a-Velha.Por forma a compreendermos adequadamente a destrinça entre os benefícios fiscais passíveis de atribuir no âmbito da Lei, importa frisar que o Regulamento das Zonas Francas Industriais qualifica Empresa como a entidade jurídica a quem tenha sido concedido o respectivo certificado e cuja actividade principal seja a produção industrial destinada à exportação e, por outro lado, Operador como a entidade jurídica a quem tenha sido concedido o respectivo certi-ficado e cuja actividade principal seja a criação, desenvolvimento e operação da Zona Franca Industrial.Passamos, então, a enumerar os benefícios fiscais e aduaneiros para investimentos realizados nas Zonas Francas Industriais.

Nazir BhikhaSócio da Bhikha & Popat

José Luís Moreira da SilvaSócio da SRS Advogados

foto Bastian

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BENEFÍCIOS FISCAIS NAS ZONASPara os Operadores são os seguintes os principais benefícios nas Zonas Francas Industriais:y Isenção de direitos aduaneiros, extensiva ao IVA (Imposto

de Valor Acrescentado), na importação de materiais de construção, máquinas, equipamentos, acessórios, peças sobressalentes acompanhantes e outros bens destinados à prossecução da actividade licenciada;

y Isenção de IRPC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas) nos primeiros 10 exercícios fiscais;

y 50% de redução da taxa de IRPC, do 11º ao 15º exercício fiscal;

y 25% de redução da taxa de IRPC, pela vida do projecto.

Para as Empresas são os seguintes os principais benefícios nas Zonas Francas Industriais:y Isenção de direitos aduaneiros, extensiva ao IVA (Imposto de

Valor Acrescentado), na importação de bens e mercadorias destinadas à implementação de projectos e exploração de actividades para as quais tiver sido autorizada;

y Isenção de IRPC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas) nos primeiros 10 exercícios fiscais;

y 50% de redução da taxa de IRPC, do 11º ao 15º exercício fiscal;

y 25% de redução da taxa de IRPC, pela vida do projecto.

No que diz respeito às Zonas Económicas Especiais, a Lei consagra também algumas modalidades de benefícios.

Para os Operadores:y Isenção de direitos aduaneiros, extensiva ao IVA (Imposto

de Valor Acrescentado), na importação de materiais de construção, máquinas, equipamentos, acessórios, peças sobressalentes acompanhantes e outros bens destinados à prossecução da actividade licenciada;

y Isenção de IRPC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas) nos primeiros cinco exercícios fiscais;

y 50% de redução da taxa de IRPC, do 6º ao 10º exercício fiscal;y 25% de redução da taxa de IRPC, pela vida do projecto.

Para as Empresas:y Isenção de direitos aduaneiros, extensiva ao IVA (Imposto

de Valor Acrescentado), na importação de materiais de construção, máquinas, equipamentos, acessórios, peças sobressalentes acompanhantes e outros bens destinados à prossecução da actividade licenciada;

y Isenção de IRPC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas) nos primeiros três exercícios fiscais;

y 50% de redução da taxa de IRPC, do 4º ao 10º exercício fiscal.

foto Rosino

CONCLUSÕESFace ao que foi exposto podemos concluir pela existência de incentivos especiais e extraordinários de carácter fiscal para o estabelecimento e dinamização empresarial em determinadas zonas de Moçambique, o que muito potencia o incremento da actividade nestas Zonas Francas Industriais e nestas Zonas Económicas Especiais.A experiência da Zona Económica de Nacala demonstra como estes incentivos são bem vistos e produzem um incremento exponencial da actividade económica e da criação e emprego em zonas que de outra forma não teriam a atractividade ne-cessária para potenciar um crescimento económico salutar. Com este sistema zonas mais depressivas e de difícil acesso a condições económicas podem almejar uma taxa de cresci-mento próxima de outras zonas do país.O Centro de Promoção de Investimento (CPI) e a Zona Econó-mica Especial de Nacala na província de Nampula aprovaram já inúmeros projectos de investimentos em diversas áreas de actividade económica e de acomodação em investimentos que se elevam já a muitos milhões de dólares norte-americanos.Aqueles projectos conseguiram criar mais de um milhar de postos de trabalho, além de estarem a mudar a vida da população daquele ponto do país. Segundo um relatório do governo da província de Nampula apresentado no Conselho Coordenador Provincial daquela região do país, foi alcançado um crescimento da produção global em valores superiores a 10 por cento.Estes projectos em implementação poderão trazer grandes impactos para a economia da província de Nampula e con-tribuirão significativamente para o Produto Interno Bruno (PIB) do país. n

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Dossier Marítimo-Portuário

foto Porto de Lisboa

› Enquadramento

› Estudo

› Reflexão

› Entrevistas

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Dois países com relações comerciais ligadas pelo mar

Há cerca de duas décadas que a modernização do sector marítimo--portuário começou em Portugal, mas

também Moçambique tem vindo nos últimos anos a investir na reestruturação e modernização das suas infra-estruturas portuárias, bem como na ligação destas aos restantes tipos de transporte, ferroviário e rodoviário. Disso mesmo nos dão conta neste dossier responsáveis da área dos portos e dos caminhos-de-ferro de Moçambique.O Porto de Nacala, no Norte, um dos três maiores de Mo-çambique, é bem exemplo disso. Encontra-se em fase de reabilitação e modernização através de um investimento que poderá ultrapassar os 380 milhões de euros. Procura-se maior eficiência e uma multiplicação por sete da capacidade do terminal de contentores. Por outras palavras, maior competitividade. É lá, no novo terminal de carvão do Porto de Nacala-a-Velha, o qual começa a operar regularmente em Agosto de 2015, que chegaram – por caminho-de-ferro – as primeiras 50 toneladas de minério destinadas à exportação. Uma nova realidade que poderá atingir a exportação de 22 milhões de toneladas de carvão dentro de dois anos, caso seja atingida a capacidade máxima instalada do porto. Aliás, este corredor logístico inclui uma linha de caminho-de-ferro com cerca de 900 km, atravessando parte do Malawi, um país vizinho de Moçambique sem acesso ao mar.

FLUXOS DE COMÉRCIO E DE COOPERAÇÃONeste dossier procuramos apresentar também o ponto de situação das relações comerciais e de cooperação entre os portos portugueses e moçambicanos, através da auscultação que fizemos junto das Administrações Portuárias dos principais portos portugueses, bem como junto de entidades e empresas do sector de ambos os países.Quando há pouco falávamos da exploração e exportação de carvão por parte de Moçambique, podemos dizer que esta é uma boa notícia para o Porto de Sines, que vê ali grande potencial para aquele país se tornar num fornecedor deste importante combustível sólido. Actualmente, de acordo com os dados da Administração dos Por-tos de Sines e do Algarve (APS), os principais países de origem do carvão para Sines são a Colômbia e os EUA.

Por outro lado, a recente descoberta de gás natural em Moçambique abre uma janela de oportunidades para o Porto de Sines, uma vez que o único terminal portuário português para a recepção deste produto está ali localizado. O fluxo de cargas do Porto de Sines com portos moçambicanos é, no biénio 2014/2015 (1º semestre), aci-ma das 68 mil toneladas, entre carga fraccionada, contentorizada e granéis líquidos refinados.Em 2008 o Porto de Sines celebrou um protocolo de cooperação com a empresa de então “Corredor de Desenvolvimento do Norte”, gestora do porto e do caminho-de-ferro de Nacala, nas áreas comer-ciais e de intercâmbio de conhecimentos. A APS acredita também na possibilidade de alguns portos moçambicanos virem a adoptar as ferramentas de gestão portuária desenvolvidas em Portugal, tal como a Janela Única Portuária e o Cartão Único Portuário.Por seu lado, o Porto de Lisboa assinala 71 mil toneladas de mercadorias movimentadas em 2014 com destino aos portos moçambicanos. Quase exclusivamente por contentor, a principal mercadoria exportada tem sido os materiais de construção, sobre-tudo para o Porto de Maputo (61%), mas também para os Portos da Beira e de Nacala e, ainda, com menor expressão, de Pemba e Quelimane. No sentido inverso, o que chega a Lisboa vindo dos portos de Moçambique é na sua maioria (98%) açúcar de cana em bruto transportado a granel a partir do Porto de Maputo. Os restantes 2% correspondem a tabaco em bruto com origem nos Portos de Maputo, Nacala e Beira.

texto Graziela Afonso e Jorge Pereira

foto Porto de Leixões

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Os portos são excelentes portas de entrada de um qualquer país plantado à beira de uma infinitude de mancha de água, ligando

mares e oceanos, países e continentes, povos e culturas e proporcionando fluxos de bens e mercadorias num vaivém

contínuo de embarcações que fomentam o comércio internacional. Portugal e Moçambique vêem os seus

navios, cargas e contentores a ligarem o Atlântico e o Índico a partir de infra-estruturas portuárias cada

vez mais modernas e sofisticadas, estratégicas para o desenvolvimento e a competitividade de

ambos os países e promotoras de uma maior eficiência do sector marítimo-portuário futuro.

Releve-se, porém, que para o comércio externo do Porto de Lisboa, Moçambique tem um peso relativo inferior a 1%, tanto na carga como na descarga. Segundo a Administração do Porto de Lisboa, de momento não existem linhas de navegação regulares a ligarem Lisboa aos portos moçambicanos.Mais ou menos isso foi o que representou o movimento de mer-cadorias entre o Porto de Setúbal e os portos moçambicanos. Ou seja, o equivalente a 0,8% do total movimentado por este porto em 2014, correspondendo a 67 mil toneladas de mercadorias. De Moçambique chegaram ao Porto de Setúbal 50 mil toneladas de açúcar em granel. No primeiro semestre de 2015 foram enviadas para os Portos de Maputo e de Nacala, em contentores, 2,26 mil toneladas de carga diversa.

foto Porto de Setúbal

foto Porto de Sines

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foto Porto de Maputo

A Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra diz pretender estreitar o relacionamento com as entidades portuárias moçambi-canas, nomeadamente através de acções bilaterais nos registos institucionais e de negócio e tendo por base uma política de cooperação aberta a novas oportunidades para os dois países.Leixões, o quarto porto português com relações comerciais com os portos moçambicanos, refere ter descarregado cerca de 49 mil toneladas de mercadorias, entre açúcar e artigos têxteis, e carregado com destino a Moçambique um pouco mais de 41 mil toneladas no ano 2014 e primeiro semestre de 2015, relativas a mais de 30 produtos diferentes, dos quais se destacam o vinho comum, as máquinas e aparelhos e as bebidas.Os Portos de Leixões e de Nacala estão ligados por um proto-colo de cooperação empresarial, uma parceria que é vista por Moçambique como uma oportunidade de qualificar os seus recursos humanos e, por outro lado, permitir a transferência de conhecimento nas áreas da organização, planeamento e gestão portuária. O Porto de Leixões tem, de resto, um papel relevante na formação destinada aos portos dos PALOP. De 2003 a 2014, deu formação a 1193 formandos oriundos de vários países de expressão portuguesa. Moçambique enviou 44 formandos, que participaram em sete acções num total de 499 horas. Mas foi Cabo Verde o campeão da formação em Leixões. Este país enviou 557 formandos que receberam perto de 2500 horas de formação.

foto Porto da Beira

De acordo com dados de 2013 extraídos de um estudo da As-sociação dos Portos de Portugal (que a seguir divulgamos), no fluxo comercial entre Portugal e Moçambique, o Porto de Leixões representou cerca de 22 por cento. Relativamente a Moçambique, o Porto de Maputo destacou-se dos demais com 83%, seguindo-se o Porto da Beira com 14% e o de Nacala com 3%. Conclui-se, portanto, que existe ainda uma grande margem de crescimento para o fluxo comercial por via marítima entre os dois países, para o que certamente irá contribuir quer a modernização em curso dos portos moçambicanos, quer o aumento de consumo e, consequentemente, de importações que um país em franco desenvolvimento como Moçambique irá necessitar. E Portugal e os seus portos cá estarão para corresponder. n

foto Porto de Nacala

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A visão de partida para o projecto assentou no reconhecimento que, num novo contexto de economia

global, a rede de países da CPLP, em particular os países ligados ao Atlântico, apresentava um conjunto de valências que, exploradas numa lógica de complementari-dade e sinergia, podiam alavancar um novo posicionamento destes países nas cadeias de abastecimento globais. O Estudo de Mercado no âmbito do Espaço CPLP revelou-se uma ferramenta fundamen-tal para a preparação de uma abordagem estruturada a essa visão de desenvolvi-mento, tendo permitido a: identificação e caracterização de fluxos de mercadorias nos portos da CPLP; identificação e caracteri-zação das linhas de navegação existentes e dos Transit-Times, de modo a analisar os serviços existentes e concorrentes e as oportunidades de desenvolvimento de novos serviços; identificação e análise de portos concorrentes, incluindo processo de comparação e benchmarking, para posicionar os portos da CPLP; identificação, caracte-rização e análise de constrangimentos e limitações aos portos da CPLP; identificação e caracterização de grandes indústrias, carregadores e hinterlands associados aos portos da CPLP; e identificação de potenciais cargas e de novos mercados a captar pela rede de portos da CPLP.

A metodologia de abordagem seguiu quatro passos fundamentais, designadamente o levantamento exaustivo de informação junto dos respectivos portos e de diversas entidades oficiais, tendo também sido consideradas bases de dados recolhidas localmente; a agregação e cruzamento de toda a informação recolhida para verificar inconsistências; a homogeneização de formatos e nomenclaturas diferentes e não compatíveis; e a preparação de matrizes de tráfego entre países e portos da CPLP por tipo de acondicionamento e por tipo/ /grupo de produto, com evolução temporal.

DESENVOLVIMENTO DO ESTUDOEm finais de 2013 e primeiro semestre de 2014 o estudo foi actualizado e foi possível verificar que os fluxos comerciais entre Portugal e Moçambique rondaram as 180 mil toneladas em 2012, bem como que o movimento de Moçambique para Portugal teve um crescimento de 20 mil toneladas. Em relação aos portos portu-gueses, o Porto de Setúbal representou cerca de 48% das relações comerciais, seguido dos Portos de Lisboa (30%) e de Leixões (22%). Em relação a Moçambique, destacou-se o Porto de Maputo com 83% do tráfego, enquanto que os Portos da Beira e de Nacala representaram 14% e 3%, respectivamente.

Estudo de Mercado no âmbito do Espaço CPLPPortugal e Moçambique

A Associação dos Portos de Portugal (APP) adju-dicou em 2010 o desenvolvimento do “Estudo de Mercado no âmbito do Espaço CPLP”. O presi-dente da APP dá-nos conta do desenvolvimento deste estudo, dos seus objectivos e resultados.

Este estudo permitiu ainda classi-ficar o fluxo comercial entre os dois

países, nomeadamente os granéis sólidos e líquidos no sentido Northbound

e os contentores no sentido Southbound. Nas exportações de Moçambique para Portugal, assumem destaque os granéis sólidos, com cerca de 95 mil toneladas; enquanto que as exportações de Portugal para Moçambique são compostas quase na sua totalidade por tráfego contentorizado, num valor próximo das 69 mil toneladas. Os principais produtos exportados por Portugal com destino a Moçambique são os veículos e materiais de transporte, má-quinas e motores, mesmo desmontados, e peças; os produtos alimentares e forragens, bem como os cimentos, cal e materiais de construção manufacturados. Por seu lado, os principais produtos exportados por Moçambique com destino a Portugal são os produtos alimentares e as forragens.Numa análise porto a porto, em 2012, o Porto de Leixões exportou maioritariamente para Moçambique carga contentorizada (88%). As exportações processaram-se essencialmente para o Porto de Maputo (85%). O tráfego de importação do Porto de Leixões relativo a Moçambique refere-se na sua totalidade a carga contentorizada, proveniente do Porto de Maputo (98%). O Porto de Lisboa exportou para Mo-çambique na sua grande maioria carga contentorizada (98%), destinada essen-cialmente ao Porto de Maputo (96%). O tráfego de importação do Porto de Lisboa relativo a Moçambique refere-se na sua totalidade a granéis sólidos, a partir do Porto da Beira.

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Vítor Caldeirinha | Presidente da APP

O Porto de Setúbal exportou para Moçam-bique principalmente carga geral (88%). As exportações tiveram como destino sobre-tudo o Porto de Maputo (60%). O tráfego de importação do Porto de Setúbal relativo a Moçambique refere-se maioritariamente a granéis sólidos (97%), todos eles prove-nientes do Porto de Maputo. O Porto de Sines exportou para Moçambi-que na sua maioria carga geral (72%) e as exportações foram essencialmente feitas para o Porto de Maputo (98%). O estudo refere que o mercado de referên-cia para a rede de portos de Moçambique é todo o território de Moçambique, bem como o tráfego de trânsito terrestre como gateway e hub de transhipment para/de África do Sul, Malawi, Suazilândia, Zâmbia e Zimbabwe.Os principais concorrentes são os portos sul-africanos de Durban e Port Elizabeth, que actuam como hubs regionais, bem como Dar es Salaam.

MEDIDAS E OPORTUNIDADESAs principais medidas referidas no estudo apontam para o potenciar da eficiência do sistema logístico interno e o desenvolvimen-to do seu papel regional. Nesse sentido, constata-se a necessidade de melhorar ligações terrestres e ferroviárias aos paí-ses na área de influência dos corredores, nomeadamente através de parcerias público-privadas no caso do transporte ferroviário; de adaptar as capacidades das infra-estruturas portuárias para acomodar o crescimento previsto; de negociar com os países vizinhos a implementação de con-trolos aduaneiros a funcionar 24h por dia.

Além disso, existe espaço para melhorar a qualidade e eficiência global das infra--estruturas (rodoviárias, ferroviárias e portuárias), alfândega, serviços logísticos e o tracing da cadeia de abastecimento.Na análise de oportunidades de captação de tráfego para Moçambique analisaram--se os fluxos que requerem soluções de transporte marítimo para os países interiores servidos pelos portos do país: África do Sul (províncias a Norte), Malawi, Suazilândia, Tanzânia e Zimbabwe. Estes países são fortes exportadores de minérios, produtos agrícolas e hortícolas, madeiras e especiarias, entre outros, com importantes relações comerciais, parti-cularmente com a Europa. Necessitam assim de saídas marítimas para as suas cadeias de abastecimento, posicionando--se os corredores de Moçambique como alternativas muito competitivas. Detectaram-se oportunidades para os fluxos de produtos químicos, fertilizantes, adubos, combustíveis, minérios, açúcar, tabaco, madeira, sal, gesso, produtos alimentares e hortícolas, carnes, pasta de papel e papel, cimento, ferro, algodão, especiarias e chá.

Por fim, o estudo define objectivos conjuntos dos portos da CPLP, em especial o desen-volvimento de um projecto agregador que deverá enfocar nas seguintes temáticas: y Criar e desenvolver, formalmente, a

marca de qualidade “Portos da CPLP” como elemento fundamental na pro-moção integrada da Rede promovida pela APLOP – Associação dos Portos de Língua Portuguesa e garantia da

qualidade dos serviços para os arma-dores. Para isso deverão ser definidos requisitos pelos agentes de navegação fundamentais aos portos e serviços portuários para serem certificados com esta marca.

y Congregar esforços dos armadores dos países da CPLP no sentido de colaborar para dominar o tráfego marítimo no Atlântico e Costas Africanas no futuro.

y Simplificação e estandardização de procedimentos portuários e entre as Alfândegas dos países da CPLP, har-monizando e integrando sistemas de informação e criando um verdadeiro espaço portuário e marítimo lusófono, que ligue os continentes e os países vizinhos.

y Continuar a estreitar as relações entre os portos e as comunidades portuárias e marítimas dos países da CPLP em torno de um objectivo comum, na troca de conhecimentos, parcerias técnicas e formação.

Em conclusão, o estudo tem sido um instrumento muito útil para conhecer as relações e potencialidades do portos da CPLP, importando agora passar à prática com acções concretas de melhoria do re-lacionamento entre estes portos de língua portuguesa. A APLOP criou dois grupos de trabalho para passar à prática acções no âmbito dos armadores e do transporte marítimo e no âmbito da marca de qualida-de e simplificação de procedimentos, que deverão mostrar algum desenvolvimento na próxima reunião a realizar ainda em 2015 em Cabo Verde. n

Presidente da Associação dos Portos de Portugal,

Vítor Caldeirinha trabalha no sector desde 1994. Em

Janeiro de 2013 assumiu a presidência da Administração

dos Portos de Setúbal e Sesim-bra (APSS), onde anteriormente

foi director de Desenvolvimento Comercial. É doutorado em Gestão

Portuária pela Universidade de Évora e mestre em Gestão pelo ISEG.

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Apesar de jovem, a APLOP já conseguiu conquistar créditos e granjear legitimidade junto do seu

leque de países associados: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. É evidente que não partimos do zero, todos beneficiamos do espaço simbólico e cultural que nos une, espaço esse que tem o cimento do passado, os laços de fraternidade caldeados ao longo de déca-das e a argamassa solidificada em torno de um património comum que é a Língua Portuguesa. Representamos um imenso território com cerca de 15 mil quilómetros de costa, dis-tância que integra o ranking dos dez países com maiores costas do mundo. A Zona Económica Exclusiva (ZEE) que a APLOP representa atinge uma área que ronda os 7,2 milhões de km2, aproximando-a da ZEE da Rússia, a quarta maior do mundo.No que diz respeito à exploração de recur-sos do solo e subsolo marinho, incluindo combustíveis fósseis e minerais, por via da autoridade sobre a plataforma continental, o cenário de relevância repete-se. Com base em informação da Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas, os oito países já possuem jurisdição sobre uma área de fundo marinho equivalente à distância de 200 milhas náuticas da linha

de costa. Quando for concluído o processo de avaliação das propostas de extensão já apresentadas por três países da APLOP (Brasil, Moçambique e Portugal), e tendo em conta a informação preliminar submetida pelos restantes, a área em causa rondará muito provavelmente os 10 milhões de km2.Estes números atestam bem a importância da APLOP, sendo de inteira justiça enfatizar os esforços do núcleo de fundadores, que inclui os CFM – Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique, empresa pública gestora dos portos moçambicanos, bem como a adesão dos responsáveis máximos a nível ministerial e da administração pública dos países associados aos congressos e eventos realizados. Sinal do dinamismo da APLOP encontramo-lo também no facto de já termos realizado oito reuniões magnas, a última em Moçambique no mês de Março de 2015.Vale o mesmo para as novas adesões re-gistadas desde a sua fundação. Com efeito, saímos de todos os congressos sempre em maior número do que quando entrámos. O VIII Congresso da APLOP, realizado em Maputo, é disso exemplo, registando a en-trada de duas novas empresas associadas, a Portos do Norte, S.A. (operador portuário do Porto de Nacala – Moçambique), e a Sogester – Sociedade Gestora de Terminais, S.A., de Angola.

Criar uma economia APLOP ligada ao mar

Constituída a 13 de Maio de 2011, a Associação dos Portos de Língua Portuguesa (APLOP) tem como objectivo reforçar os laços de cooperação e aumentar as trocas comerciais entre os seus membros.

Isto tem acontecido porque nunca foi intenção do núcleo fundador confinar-

-se às Administrações Portuárias. Bem pelo contrário, os estatutos da associação

albergam a possibilidade de colaboração de entidades terceiras, designadamente as empresas e instituições que integram as comunidades portuárias dos oito países da APLOP. Tal virtude, não muito comum na matriz da maioria das associações que, pela sua natureza específica, se fecham corporativamente, foi já aproveitada por algumas empresas que decidiram associar--se à APLOP.Mas queremos ter connosco muitas mais. As Administrações Portuárias não existem isoladas, funcionam antes como um elo cooperativo com uma multiplicidade de stakeholders, de empresas que pugnando pelo sucesso dos seus negócios são fautoras do progresso e bem-estar das comunidades onde se encontram inseridas. Queremos contar com o valor acrescentado dessas empresas para mais facilmente atingirmos as metas preconizadas.Quando olhamos para o desempenho da APLOP, interessa ter em linha de conta que se trata de uma associação multinacional e pluricontinental, com associados em África, na América do Sul e na Europa. É, pois, fácil imaginar as dificuldades sentidas na congregação de vontades, de realidades empresariais, de culturas de trabalho tão diversas. Até mesmo de compatibilização de agendas. E a verdade é que o temos con-seguido, a verdade é que os associados têm sabido dizer “sim” aos desafios lançados, em nada esmorecendo o generoso ímpeto dos fundadores.

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A produção de uma detalhada radiografia do espaço que representamos, através de um estudo de mercado que tem vindo a ser regularmente actualizado (e que é apresen-tado nesta edição), contribuiu para solidificar os laços que nos unem, por se tratar de um instrumento de trabalho essencial. Tendo por base esse estudo aprofundado, conhecemos hoje as potencialidades e as oportunidades de negócio a serem exploradas internamente pelas economias do espaço lusófono. Que-remos aumentar o fluxo comercial entre os nossos portos, enfim, criar uma economia APLOP ligada ao mar.Passada, com sucesso, a etapa fundacional, começámos a dar novos passos, criando condições para um networking efectivo entre as Comunidades Portuárias e Logísticas dos países que representamos, tendentes a ex-plorar, de forma objectiva, as oportunidades elencadas no estudo referido.Fortalecer o cluster portuário dos Portos de Língua Portuguesa, fomentar relações comerciais entre as Comunidades Portuá-rias da APLOP é, pois, um dos objectivos primaciais da nossa actividade nos próximos anos. Vamos continuar o esforço conjunto de organismos públicos e de entidades privadas na captação de linhas regulares de transporte marítimo entre os PALOP.O desenvolvimento do transporte marítimo no espaço lusófono foi, a par da facilitação aduaneira nos portos da CPLP, um dos temas que dominaram os trabalhos do VIII Congresso da APLOP, realizado na capital moçambicana a 26 e 27 de Março de 2015. E, já que falamos de Moçambique, é de inteira justiça sublinhar o entusiasmo e empenho dos responsáveis dos CFM, tanto na funda-

ção da APLOP como no período seguinte. A entrada dos Portos do Norte, S.A. no seio da APLOP é outra boa notícia, reforçando o papel de Moçambique na Associação dos Portos de Língua Portuguesa.Moçambique é um país com enormes poten-cialidades, sendo um importante parceiro na APLOP. As suas reservas de gás natural, carvão, ferro, bauxite, calcário, tântalo, titânio e bentonite evidenciam a riqueza do país. Quando se estima que Moçambique tenha 170 triliões de pés cúbicos de reservas de gás natural; quando se prevê que, nos próximos 30 a 40 anos, Moçambique possa exportar anualmente perto de 100 milhões de toneladas de carvão, estes dois exemplos de muitos que poderíamos elencar evidenciam, sem sombra de dúvida, a importância de Moçambique neste capítulo específico.A exploração destes recursos ímpares obriga, obviamente, a uma rede de transportes eficaz, aqui se incluindo a componente marítimo--portuária. Um país pode ter recursos naturais de excelência, mas isso de pouco lhe valerá se não conseguir escoar a produção ou se tal for feito com infra-estruturas anacrónicas. A vertigem do mundo actual obriga a que tudo seja mais rápido. Os empresários e investidores não aparecem ou desistem quando encontram obstáculos que dificultam a sua actividade e encarecem os seus produtos. Daí vermos com bons olhos os esforços que estão a ser feitos na requalificação e na expansão das infra-estruturas existentes. Isto vale quer para os terminais marítimos, quer para as ligações rodo-ferroviárias. São disso exemplo os projectos ferro-portuários de Nacala, Beira e Maputo. Importa que todo o esforço não pare e consiga responder, de

forma cada vez mais eficiente, às exigên-cias impostas pela dimensão dos recursos naturais de Moçambique.

CRIADOS DOIS GRUPOS DE TRABALHONo congresso de Maputo decidimos consti-tuir, com representantes de todos os países da CPLP, dois grupos de trabalho com a missão de promover o desenvolvimento do transporte marítimo e a simplificação dos procedimentos nos portos do Espaço Lusófono, cujos relatórios serão analisa-dos e discutidos na reunião a realizar em Novembro de 2015 em Cabo Verde, para no próximo Congresso, a ocorrer em 2016 no Brasil, se implementarem as acções que vierem a ser definidas.Reforçar as ofertas de formação no espaço APLOP, com o incremento de cursos de formação portuária on-job para quadros dos portos associados; concretizar uma parceria com a ATMCD e a Escola Europeia de Short Sea Shipping, através do lançamento, ainda em 2015, de um curso de formação prática em co-modalidade marítima, rodoviária e ferroviária para os quadros das empresas portuárias e logísticas da CPLP, são outras das medidas que destacamos por terem selo de prioridade na sua implementação.Temos um imenso espaço de cooperação à nossa frente, de oportunidades que importa agarrar. Cada um dos países representados na APLOP sofre vicissitudes específicas naturais aos processos de desenvolvimento encetados. Mas olhando ao que sabemos todos, o potencial de boas notícias suplanta em muito os percalços que um ou outro dos países lusófonos vai sofrendo. n

José Luís Cacho | Conselheiro da Presidência da APLOP

Desde 1999 ligado ao sector marítimo-portuário, inicialmente

como membro da Direcção da As-sociação Portuguesa dos Portos de

Recreio, José Luís Cacho passou nas últimas décadas pela presidência das

Administrações dos Portos de Aveiro e da Figueira da Foz. Foi também presi-

dente da APP – Associação dos Portos de Portugal e da APLOP, esta última entre

Novembro de 2011 e Dezembro de 2013, quando passou a Conselheiro desta entidade

associativa.

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Presidente dos CFM – Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique abre o leque de projectos e investimentos em curso ou a realizar ao nível das infra-estruturas ferro-portuárias, que conduzirão à coesão do sistema de transportes, à integração regional económica e à maior competitividade do país.

Qual a estratégia de actuação deli-neada pelos CFM?A nossa actuação enquanto empresa pública de transporte ferro-portuário enquadra-se na estratégia do Governo para o desenvolvimento integrado do sector dos transportes (Resolução n.º 37/2009, de 30 de Junho). Ao abrigo deste instrumento, os CFM assumem que devem, em primeiro lugar, possuir infra--estruturas ferro-portuárias e os meios circulantes à altura do nível de procura do mercado actual, que é muito exigente e altamente competitivo. E isso significa que a nossa estratégia de actuação passa por sermos uma empresa de referência e de melhor opção logística pela qualidade dos nossos serviços e relacionamento com os nossos clientes.

Em termos de projectos com vista à mo-dernização da ferrovia e, em particular, dos portos, o que nos pode adiantar?Devo dizer que, como país, estamos cientes de que devemos tirar vantagens da nossa localização geoestratégica, reagindo de forma célere às necessidades do mercado, criando condições infra-estruturais e de transporte para garantir que as cargas

geradas pelos países do hinterland che-guem ao mercado internacional a preços competitivos.Em relação aos projectos, aos principais desafios que temos pela frente, destaco a modernização do sistema ferro-portuário da região Sul (Linhas de Goba e Ressano Garcia) e das Linhas de Sena e Machipanda; a construção da Linha (525 Km) e do Porto de Macuse no Centro e a construção da Linha do Norte via Malawi para o escoa-mento do carvão de Moatize através do Terminal de Nacala-a-Velha, bem como a reabilitação do Porto comercial de Nacala e dos Portos de Palma e Pemba, no Norte. Recentemente, procedemos ao lançamento da primeira pedra para a construção de uma ponte ferroviária, a primeira de raiz desde a Independência Nacional. A ponte estará localizada cerca de 15 metros ao lado da actual, sobre o rio Umbeluzi, em Boane, na Linha de Goba que faz ligação com a Swazilândia. Com a concretização destes investimentos, os CFM estarão à altura de garantir, con-forme afirmei anteriormente, assistência, no que diz respeito ao escoamento, aos diferentes intervenientes na exploração dos mais variados recursos naturais que

Potenciar a localização geoestratégica de Moçambique

estão a ser descober-tos, ou já em exploração,

quer no país quer na nossa zona de influência

circundante.Toda esta modernização

passa por uma estratégia de procura de parceiros no âmbito

da lei de parcerias público-privadas (PPP), tendo em conta a musculatu-

ra financeira necessária para suportar os investimentos desejados, os quais são significativos, embora possa ser possível a adoptação de outras opções estratégicas de financiamento.

ELEVADO NÍVEL DE INVESTIMENTOQual o nível de investimento envolvido nesses projectos em geral e nos da área portuária em particular?Só para o chamado Corredor de Maputo, os custos estimados para os projectos a que nos propusemos avançar, incluindo a aquisição de meios circulantes, para o período de oito anos, até ao ano de 2021, estão estimados em cerca de 2,2 biliões de dólares para a componente ferroviária, só na linha de Ressano Garcia. Neste projecto estamos a coordenar esforços com o MPDC – Maputo Port Development Company, no sentido de desenvolvermos uma estratégia comum de actuação, onde no final teremos uma linha com uma de-terminada capacidade que se sincronizará com a capacidade do Porto de Maputo na absorção das mercadorias transportadas nessa linha. Ou seja, procuramos adoptar o conceito de corredor na sua essência.

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Se olharmos para o Centro, na Linha de Machipanda, por exemplo, o investimento previsto é de cerca de 160 a 200 milhões de dólares. Estão a decorrer estudos com o objectivo de avaliar a viabilidade deste investimento, assim como também te-remos um estudo para a viabilização de um projecto integrado com a Cornelder de Moçambique que, à semelhança do que estamos a fazer com o MPDC, permitirá a criação de uma plataforma de actuação conjunta em que as capacidades das cargas transportadas nas nossas linhas deverão ser compatíveis com as capacida-des de manuseamento do Porto da Beira. Entretanto, já temos investido cerca de 60% do valor estimado em 163 milhões de euros para o projecto de reabilitação da Linha de Sena, que inclui o aumento da sua actual capacidade de 6.5 MTPA (milhões de toneladas por ano) para 20 MTPA. Como se pode perceber, são nú-meros que demonstram o elevado nível de investimento requerido neste sector.

E quanto ao sector portuário?Para dados mais precisos em relação aos portos concessionados, prefiro deixar que sejam as próprias concessionárias a dizer-vos o nível de investimento por elas alocado. E já agora permita-me esclarecer que não foram concessionados todos os portos. Foram con-cessionados os Por-tos de Maputo, da Beira e de Nacala.

Após a concessão da actividade dos portos principais e da actividade ferroviária, nos cor-redores do Centro e do Norte, cabe aos CFM apenas a gestão e a exploração dos Terminais de Combustíveis em todos os portos, os Termi-nais de Cereais e Alumínio no Porto de Maputo, bem como a gestão e exploração do Corredor de todo o Sistema Ferroviário-Sul, composto pelas linhas férreas de Ressano Garcia, Lim-popo, Goba e Ramal de Salamanga que, por decisão do Governo, sob recomendação dos CFM, não foram objecto de concessão. Ficou também sob a responsabilidade dos CFM a gestão de todos os portos secundários.

FOMENTAR INTERMODALIDADE NO SISTEMA DE TRANSPORTESQue benefícios poderão resultar destes investimentos, nomeadamente ao nível da competitividade dos transportes do país, bem como da promoção da intermodalidade no sector?Existem obviamente vários benefícios, desde já pela melhoria da qualidade da

nossa capacidade de opções logísticas, bem como quanto à própria competitividade. Ou seja, se por um lado melhorarmos a qualidade das nossas ferrovias e respecti-vas infra-estruturas, será uma mais-valia nos esforços que o Governo tem estado a imprimir com o objectivo de dinamizar a intermodalidade no nosso sistema de transportes. As ferrovias fazem o seu papel e, por outro lado, os sistemas marítimo e rodoviário também farão o que lhes cabe. Tudo isto teria, ou terá, como resultado um sistema de transporte nacional coeso, interligado, suficientemente competitivo, cativante e sustentável para facilitar o investimento, liderar a integração regional económica e ampliar as oportunidades de desen-volvimento. Como deve saber, o sistema de transportes, para além da sua contribuição económica, constitui um factor determinante da coesão social e territorial e da competitividade económica do país. n

Presidente do Conselho de Administração dos Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) desde Janeiro de

2014, Victor Pedro Gomes tem pela frente o grande desafio de encontrar soluções de transporte e de logística que respondam

ao franco desenvolvimento em que o país se encontra e à sua posição geoestratégica enquanto porta de entrada e saída para um

conjunto de países do hinterland (zona de influência). Economista de formação e com mestrado em Economia Financeira pela Universidade

de Londres, Victor Gomes foi anteriormente administrador do Banco de Moçambique e administrador do ex-Banco Comercial de Moçambique,

actual Millennium bim.

entrevista Graziela Afonso

Victor Gomes | Presidente dos CFM

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Que características releva do Porto de Nacala que o tornam um dos mais importantes para o desenvolvimento do país? O Porto de Nacala, localizado a norte de Moçambique, é o maior porto natural de águas profundas na costa oriental de África e o único do país com estas características. O canal de entrada possui cerca de 60 metros e não existem rios que desaguem na baía, pelo que não há necessidade de dragagem, o que permite a entrada e saída de navios 24 horas por dia. O Porto de Nacala tem um potencial enorme para se expandir, seja na área dos minérios, das refinarias ou da carga contentorizada, quer em resposta às necessidades nacionais quer do transbordo de mercadorias oriundas de qualquer parte do mundo.

Qual o nível de investimento envolvido na reabilitação e modernização do Porto de Nacala e quais os seus principais objectivos? A actual reabilitação e modernização centra-se principalmente no aumento da capacidade do Terminal de Contentores, que pretende-se que passe dos actuais 100.000 TEUs (Twenty--foot Equivalent Unit) para os 750.000 TEUs

com a conclusão da última fase. Este projecto de modernização permitirá criar condições para a atracção de cargas, por exemplo, do Malawi e da Zambia, bem como para o transhipment (transbordo) de contentores, em concorrência com os Portos de Durban e de Mombaça, que se encontram saturados. Também será melhorada a eficiência do porto com a redução do tempo de estadia dos navios, um dos factores determinantes quando se fala em competitividade portuária.Para além do mais, cerca de 45% da popu-lação moçambicana vive na zona norte do país, região servida pelo Porto de Nacala. Portanto, há um mercado consumidor enorme que depende deste porto e que, num futuro não longínquo e em face dos vários projectos agrícolas e do oil&gas, irá conduzir à dinami-zação do tráfego nacional de mercadorias e a um aumento cada vez maior dos fluxos de exportação e importação.

O projecto de modernização foi definido para desenvolver-se, creio, em três fases. Em que fase se encontra neste momento e para quando a conclusão total do projecto?Na verdade o projecto consiste em duas fases, em que a primeira conta com o apoio

Modernizar para aumentar a eficácia do Porto de Nacala

financeiro de um donativo (grant aid) da ordem dos 24 milhões de

dólares, tendo começado em Fevereiro de 2014 e terminando em Setembro

de 2015. Esta primeira fase contempla a reabilitação de um parque para 1800

contentores e a construção de um cais de 190 metros para navios porta-contentores e de um outro para navios de combustível. Contempla ainda o fornecimento de mangas de descarga de combustível, duas reachstackers (equipa-mento de manuseamento de contentores) e dois RTG (Rubber Tyred Gantry/guindastes e pórticos), para além de acções de formação destinadas ao pessoal a nível operacional, da manutenção e da segurança portuária, a ocorrer quer em Nacala quer no Japão. A segunda fase, financiada por um emprés-timo (loan), subdivide-se em duas partes, mas que serão realizadas de forma contínua, representando um valor estimado em 360 milhões de dólares. Esta fase deverá come-çar em Fevereiro de 2016 e prevê-se que dure cerca de três anos, contemplando as seguintes áreas:› Continuação da formação de pessoal;› Construção de um segundo acesso rodoviário ao porto;

› Alargamento do actual acesso;› Construção do novo cais de contentores com 400 metros de comprimento e 14 de profundidade;

› Construção de novos parques de contentores com capacidade para 5500 contentores;

› Fornecimento de dois pórticos de cais; › Fornecimento de mais 6 RTG;› Fornecimento de 12 tugmasters e trailers;› Construção de uma nova portaria com seis faixas de rodagem em cada sentido.

entrevista Graziela Afonso

Director de Operações na Comissão Executiva da Portos do Norte, S.A., empresa que detém a gestão portuá-ria do Porto de Nacala, dá a conhecer os benefícios esperados com os diferentes projectos, presentes e futuros, de reabilitação e modernização deste porto, que deverão decorrer até 2019.

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Quais as metas estabelecidas para este ano de 2015, nomeadamente em termos de movimentação de cargas, e que ponto de situação é possível fazer relativamente ao primeiro semestre do ano?Posso dizer que para 2015 estabelecemos as seguintes metas: operar 367 navios, tendo sido operados até Junho 171, ou seja 47% do estabelecido; manusear 2.070.336 toneladas de carga geral, tendo sido até Junho manuseadas 933.969 toneladas (45% do estabelecido); e gerir 92.327 TEUs de carga contentorizada, sendo que até Junho foram geridos 43.074 TEUs (47% do estabelecido).Este plano é ligeiramente inferior aos resultados verificados em 2014 visto que tomámos em conta que algumas cargas, sobretudo as dos projectos do aeroporto, da linha férrea e do terminal de carvão, não se irão repetir pelo facto das obras terem chegado ao fim.Olhando para as metas referidas, acredi-tamos que poderemos atingir o previsto, assumindo que é normalmente no segun-do semestre do ano que o Porto de Naca-la manuseia entre 55% e 60% da sua carga. Trata-se de um período de aumento das exportações de muitos produtos agrí-colas e, ao mesmo tem-po, de aumento das importações, em consequência de algum poder de compra ganho por parte dos agricultores.

COOPERAÇÃO PORTUGUESA NA ÁREA DA FORMAÇÃODa visita que realizou no mês de Julho de 2015 a Portugal, ao integrar a comitiva do Presidente de Moçam-bique, que balanço faz dos contactos estabelecidos? Para mim foi uma primeira experiência e faço uma avaliação positiva. Acredito, porém, que um pouco mais de organização teria dado mais frutos. Na verdade, já tinha alguns contactos estabelecidos antes de partir de Nacala. Para já esperamos dar início a acções de formação com a Logistel nas áreas da planificação portuária e da operação e manutenção de RTG. Concretamente, em termos da parceria existente com o Porto de Leixões, como a define, em que áreas se desenvolve e que resultados assinala?A parceria foi estabelecida com a Admi-nistração dos Portos do Douro e Leixões (APDL) e não com os operadores portuários. Resume-se às áreas que chamaríamos de “comuns”, tais como regulamentação, segurança e formação geral. Neste mo-mento, por exemplo, estamos a trabalhar

juntos num Sistema CCTV para Nacala e já iniciámos contactos sobre o software para a nova portaria, pois o projecto não contempla essa parte. Mas a APDL tem-nos também dado apoio no estabelecimento de contactos específicos com alguns dos operadores instalados em Leixões. E os resultados são positivos.

Existem ou vão existir outras relações de cooperação ou parceria com outros portos portugueses, nomeadamente com o Porto de Sines?Tendo em conta que a actual reabilitação do Porto de Nacala incide mais sobre o Terminal de Contentores e prevendo-se grandes volumes de carga geral e a granel, sobretudo para exportação, em face dos projectos agrícolas e mineiros em curso, já foram iniciados contactos com o BAD (Banco Africano de Desenvolvimento) para o financiamento da reabilitação do Terminal de Carga Geral e para a cons-trução de um novo Terminal Graneleiro. Assim, não é de descartar uma eventual parceria com o Porto de Sines dada a sua experiência no manuseamento de carga geral. n

Agostinho Langa Júnior | Director de Operações da Portos do Norte, S.A.

Agostinho Francisco Langa Júnior assumiu a Direcção de Operações na Comissão Executiva da empresa Portos do Norte, S.A. em 2013, depois

de anteriormente ter sido director do Porto de Nacala entre 1995 a 2012. Formado em Engenharia Electrotécnica, do seu percurso profissional des-

taca-se ainda o facto de ter sido professor auxiliar na Universidade Eduardo Mondlane antes de ingressar na empresa CFM – Portos e Caminhos-de-Ferro

de Moçambique. Fez formação em Planificação e Gestão Portuária em Roterdão (Holanda) e Haifa (Israel).

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76 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

GEFCO

Operador Logístico

Fernando Reis Pinto, director-geral da GEFCO Portugal, explica o posicionamento futuro do ope-

rador logístico e sublinha a vontade de apostar em Moçambique a curto prazo.

Destacar-se como principal player na logística industrial é um dos

objectivos da GEFCO Portugal. De que forma pensam orientar

esta estratégia e conquistar novos clientes?

É importante basear a nossa actividade numa abordagem

de aproximação ao cliente para, juntos, procurarmos

soluções adaptadas à natureza e especifici-

dade de cada cliente. Para isso, temos

que aprofundar a nossa capaci-

dade de escu-ta activa e

aumentar

GEFCO Portugal atenta a Moçambique

a atenção ao cliente. Só assim a GEFCO Portugal poderá inovar, oferecendo soluções novas e polivalentes que permita aos clientes desenvolver adap-tabilidade no seu negócio e correspon-der às exigências do mercado.

Numa conjuntura cheia de desafios, em que as empresas têm de recorrer cada vez mais ao mercado externo, a GEFCO Portugal aposta cada vez mais nos serviços Overseas – trans-porte marítimo e aéreo totalmente integrados. Na prática, estes servi-ços incluem que tipo de operações?Com os serviços de Overseas, a GEFCO Portugal integra o transporte marítimo e o transporte aéreo numa simbiose que nos permite melhor responder às exigências do “Just-in-Time”. Conse-guimos desta forma, quer a montante, com a entrega de matérias-primas para produção, quer a jusante, distribuindo os produtos finais a nível mundial, cobrir toda a cadeia de abastecimento.

A mais-valia deste processo é que os clientes têm um contacto dedicado à gestão deste processo e um tracking das suas expedições em tempo real.

De futuro, a GEFCO Portugal pers-pectiva levar a sua experiência e profissionalismo a outros mercados da CPLP. Moçambique está nos vossos planos?A aposta nos mercados da CPLP está, sem dúvida, não só nos planos da GEFCO Portugal como também do Grupo, que já conta com filiais no Brasil e na China (Macau) desde 1999 e 2004, respecti-vamente. Nos últimos anos, a GEFCO Portugal teve a oportunidade de firmar a sua aposta em Angola graças à parce-ria com um agente local. Moçambique apresenta-se como o próximo passo, sendo que já estamos à procura de um parceiro para trabalhar no mercado localmente, de forma sustentada, e permitindo a garantia da qualidade de serviços do Grupo GEFCO. n

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78 | D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e

Tomás Matola, presidente do Conselho de Administração do BNI – Banco Nacional de Inves-

timento, esclarece a missão do banco no actual contexto moçambicano e destaca os grandes desafios para as empresas nacionais e estrangeiras que apostem no país.

O BNI é o primeiro e único Banco de Desenvolvimento e de Investimento em Moçambique focado no desenvol-vimento sustentável do país. Quais

os objectivos, visão e missão?O BNI é um banco totalmente detido

pelo Estado moçambicano que actua como Banco de Desenvolvimento

e de Investimento e surgiu para financiar o desenvolvimento do

país, reforçando a capacidade das empresas nacionais,

assessorando empresas e projectos em matéria

de boa governação e gestão empresarial

assim como dina-mizar o mercado

de capitais como alternativa de

financiamento às empresas

nacionais.

BNI cada vez mais forte

Tomás Matola | Presidente do CA

Tendo como visão ser o Banco de De-senvolvimento e de Investimento de referência no mercado moçambicano, ostenta como valores o rigor, a integri-dade, a transparência, a competência e a ambição. O BNI, sendo Banco de Desenvolvimento e de Investimento, disponibiliza uma oferta abrangente de instrumentos de financiamento a projectos e empresas, procurando contribuir para um crescimento económico sustentável através do seu segmento de Banca de Desenvolvimento. Por outro lado, no seu segmento de Ban-ca de Investimento, o BNI disponibiliza uma série de serviços de assessoria e aconselhamento típicos de banca de in-vestimento, gestão de fundos e de acesso ao mercado de capitais que proporcionam aos seus clientes uma oferta alargada e singular em Moçambique.

Quais são as áreas para as quais o BNI está mais vocacionado?Como Banco de Desenvolvimento, o BNI tem o objectivo de financiar infra--estruturas e inovação tecnológica nas áreas de recursos minerais, transportes e comunicações, logística e distribuição, agricultura, agro-indústria, estradas e pontes, energia, entre outras áreas com impacto no desenvolvimento económico e sociais sustentáveis. Ainda como Banco de Desenvolvimento, o BNI actua na promoção da produção nacional, finan-ciando fortemente cadeias de valor do sector produtivo em todas as áreas com comprovado e mensurável impacto no desenvolvimento, através da geração de mais empregos, aumento do rendi-mento familiar e consequente melhoria da qualidade de vida dos moçambicanos e alargamento da base tributária para geração da receita fiscal.

Como Banco de Investimento, o BNI tem o objectivo de assessorar empresas e projectos com impacto no desenvolvi-mento visando fortalecer a capacidade de gestão empresarial, apoiar as empresas na mobilização de recursos financeiros nos mercados interno e externo, assim como dinamizar o mercado de capitais como alternativa de financiamento às empresas moçambicanas.

Nestes primeiros anos de existência, estão a cumprir os objectivos definidos inicialmente?O BNI tem vindo a concretizar os objecti-vos que nortearam a sua criação, tendo realizado nestes primeiros cinco anos de existência um conjunto de operações de financiamento e assessoria à empresas públicas e privadas nacionais. Com efeito, na componente de financiamento, o BNI já financiou um conjunto de empresas e projectos totalizando uma carteira de crédito de aproximadamente dois mil milhões de meticais distribuídos por todos os sectores da sua actuação. No segmento de banca de investimento, o banco já prestou uma série de serviços, principalmente às em-presas públicas e PME.

Até ao momento, quais os projectos de maior relevo financiados pelo BNI? E no futuro, que outros sectores perspectiva privilegiar?O objecto principal do BNI é de financiar infra-estruturas com ligações intersectoriais e os sectores produtivos que agregam valor nas nossas matérias-primas. De acordo com as demonstrações financeiras do banco, no fim do exercício económico de 2014, a carteira de financiamento do BNI indicava que os sectores da indústria transformadora (33%), comunicações (12%), energia (11,9%), mineração (5%)

Sector Bancário

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BNI – Banco Nacional de Investimento

e agro-indústria (2%) assumiam maior destaque. Segundo as contas do primeiro semestre de 2015, o protagonismo na carteira de crédito do banco vai para os sectores da pesca (39%), transporte (30%), indústria transformadora (17%) comunicações (6,5%), energia (6,4%) e mineração (2,7%).Relativamente ao futuro e face às re-centes descobertas de gás e carvão, o BNI quer apostar no apoio às empresas locais (com destaque para as PME), no âmbito da estratégia de apoio ao conteúdo local, sobretudo nas áreas de logística e distribuição, agricultura e agro-indústria para assegurar-lhes capacidade e robustez para o fornecimento de bens e serviços às multinacionais que exploram esses recursos em Moçambique.

Apoio às empresasQue apoios podem esperar as empre-sas moçambicanas e os investidores internacionais que se dirigirem ao BNI? As empresas moçambicanas podem contar com o BNI como parceiro certo para estruturação de financiamentos com base numa análise profunda da situação actual e visão futura da empresa, de modo a permitir a selecção de um instrumento adequado às necessidades reais da insti-tuição, com base nos serviços prestados pela área de assessoria e estruturação financeira do banco.Para os investidores estrangeiros, o BNI é o principal parceiro financeiro conhe-cedor da realidade e das necessidades das instituições financeiras e permite a determinação de confiança do investidor estrangeiro ao disponibilizar informa-ção real e atempada sobre a situação operacional, financeira e organizacional das instituições e do mercado nacional.

Na sua opinião, quais são de momento os grandes desafios para a banca moçambicana e para as empresas que

desejam investir em Moçambique? Para a banca moçambicana destaco a insuficiência de capital para financiar investimentos de médio e longo prazo, de acordo com o volume das necessi-dades de investimentos nas áreas de energia, infra-estruturas, agricultura, entre outros. Temos também as em-presas nacionais com elevados níveis de endividamento, o que limita o acesso a novos financiamentos para expansão e desenvolvimento de novos negócios e a necessidade de aumento do nível de penetração dos bancos a nível dos distritos, bem como o desenvolvimento e provimento de produtos de poupança adequados às populações para garantir uma maior mobilização das poupanças necessárias ao financiamento da economia com destaque ao de médio e longo prazo. Relativamente aos investidores é de ter em conta a instabilidade política, de modo a reduzir o risco soberano e tomar a realidade moçambicana em termos de crescimento do PIB e do volume de negócios e não se basearem no actual nível da dívida do país.

No primeiro semestre de 2015 o BNI teve uma grande evolução a vários níveis. Quer destacar os principais indicadores e também a estratégia para os atingir?A estratégia do banco continuou orientada para o marketing dos seus produtos e serviços de forma segmentada e dirigida, mas também uma ampla disseminação da sua identidade e imagem institucional, da missão do BNI como uma extensão do papel do Estado na economia. Esta interacção fortaleceu ainda mais o re-lacionamento do BNI com o mercado, dando origem à concretização de alguns mandatos de assessoria financeira a projectos estruturantes anteriormente referidos.No seguimento desta estratégia os resul-tados acumulados do primeiro semestre no valor de 171,4 milhões de meticais

representaram uma variação homóloga de 541.95% face ao ano anterior. Com efeito a Rendibilidade dos Capitais Médios (ROAE) melhorou significativamente ao fixar-se em 13,99% em Junho de 2015 face a 2,15% do período homólogo de 2014 e a Rendibilidade dos Activos Médios (ROAA) situou-se em 5,60% em 2015 acima de 2,35% registados em igual período de 2014.

No seu entender, quais são as pers-pectivas de crescimento para o país?As perspectivas de crescimento são bastantes positivas pelo facto de exis-tirem sinais de vários interesses na continuidade de prospecção de oil&gas, com destaque para a região norte do país, e existirem perspectivas optimistas na maioria das empresas nacionais públicas e privadas, associados às expectativas positivas nos sectores em que operam, com destaque para os recursos minerais e energia, infra-estruturas, agricultura, agro-indústria, indústria transformadora e comércio e serviços.

Assumiu em 2015 a presidência do BNI e os primeiros resultados semestrais são expressivos. Que mensagem gostaria de deixar aos clientes?Os clientes devem considerar o BNI como o parceiro referencial e estraté-gico quando se trata de necessidades de alavancagem financeira e melhoria dos níveis de gestão e governação corporativa, visto que o banco prioriza a realização de diagnóstico exaustivo como forma de permitir a identificação de problemas reais dos clientes. Com base no seu espírito de independência, endereçar oportunidades de melhoria adequadas que poderão proporcionar a intervenção de investidores nacionais e/ou estrangeiros, parceiros do BNI ali-nhados com a missão, visão e objectivo do banco, dentro das linhas gerais do Plano Quinquenal do Governo. n

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foto ThinkstockPhotos

Empresas em destaque

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www.salcaldeira.comwww.abbc.pt

ABBC Advogados e SAL & Caldeira

SAL & CaldeiraMorada Av. Julius Nyerere, 3412

MAPUTO – MoçambiqueTelefone (+258) 21 241 400

Contacto José Manuel CaldeiraE-mail [email protected]

ABBC AdvogadosMorada Largo São Carlos, 3

1200-410 LISBOATelefone (+351) 213 583 620

Contacto Luís Filipe CarvalhoE-mail [email protected]

A parceria entre as sociedades de advogados ABBC, baseada em Lisboa, e SAL & Caldeira, em Maputo,

pretende dar resposta ao crescente investimento privado que se regista em Moçambique e à vocação

internacional dos nossos Clientes. Asseguramos uma ponte estratégica entre os dois mercados,

garantindo o aconselhamento jurídico integrado essencial à prossecução de negócios e projetos de

investimento transfronteiriços. A associação entre estas duas sociedades líderes assenta num

standard partilhado de excelência do aconselhamento e sofisticação do serviço.

A ABBC Advogados e a SAL & Caldeira são parceiras locais exclusivas da sociedade de advo-

gados global DLA Piper, uma das maiores do mundo, com escritórios em mais de 70 países.

Isto faz com que a ABBC e a SAL & Caldeira tenham a capacidade de acompanhar os seus

clientes onde quer que estejam os seus interesses, garantindo ainda um elevado nível de

especialização da equipa.

A SAL & Caldeira é uma sociedade de advogados moçambicana que presta um vasto

leque de serviços jurídicos. Com sede em Maputo e delegações nas cidades de Pemba,

Beira e Tete, oferece serviços jurídicos em todo o país. A SAL & Caldeira conta com

48 advogados e advogados estagiários e integra o DLA Piper Africa Group, uma

rede pan-africana de sociedades independentes.

A ABBC é uma sociedade de advogados full service com sede em Lisboa. Uma

das mais antigas e conceituadas sociedades portuguesas, a ABBC conta com

uma equipa de cerca de 50 advogados altamente qualificados, que prestam

aconselhamento em todas as áreas.

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ABREU ADVOGADOS (parceria com Ferreira Rocha Advogados)

Constituição 1993Morada Av. das Forças Armadas, 125 - 12º

1600 - 079, Lisboa - PortugalTelefone (+351) 217 231 800

Fax (+351) 217 231 899E-mail [email protected]

Site www.abreuadvogados.com

FERREIRA ROCHA ADVOGADOS(parceria com Abreu Advogados)

Constituição 2005Morada Avenida Vladimir Lenine, Edifício Millennium Park

nº. 174, 12º D - 1100 Maputo, MoçambiqueTelefone (+258) 21 317 159 | (+ 258) 84 398 5793

Fax (+258) 21 317 172E-mail [email protected]

Site www.fralaw.com

PARCERIA ABREU ADVOGADOS E FERREIRA ROCHA ADVOGADOS (FRALAW)A Abreu Advogados e a Ferreira Rocha Advogados colaboram desde 2010 na prestação de serviços

jurídicos aos seus Clientes, nacionais e internacionais, com interesses em Moçambique.

Actuam em todas as áreas do Direito, com particular incidência nas áreas da energia, ambiente, infra-

-estruturas, recursos naturais e financeiro/mercado de capitais.

A Abreu Advogados e a Ferreira Rocha Advogados prestam serviços nas seguintes áreas de prática:› Contencioso, Arbitragem e Mediação› Direito Comercial (Societário, Fusões e Aquisições)› Direito do Desporto› Direito Financeiro› Direito Fiscal› Direito Imobiliário› Direito Público & Ambiente/Energia Eléctrica, Exploração de Petróleo e Gás, Minas,

Transportes e Telecomunicações› Direito do Trabalho› Propriedade Intelectual e Tecnologias de Informação

Abreu International Legal SolutionsAtravés do projecto de internacionalização, designado pela marca "Abreu

International Legal Solutions", a Abreu Advogados disponibiliza aos seus

Clientes serviços jurídicos integrados, adaptados às suas necessidades

estratégicas, em países e mercados de expressão portuguesa.

Esta marca agrega parcerias com prestigiadas Sociedades de Advogados

em Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique (Ferreira Rocha Advogados),

China/Macau e Timor-Leste (em joint office com o escritório de Macau).

Cada parceiro local da Abreu Advogados actua com base nos mesmos

valores e padrões de qualidade praticados pela Sociedade, mantendo

sempre a sua identidade e autonomia. www.abreuadvogados.com www.fralaw.com

Abreu Advogados e Ferreira Rocha Advogados

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Morada Pólo Tecnológico de Lisboa, Rua Francisco Cortês Pinto, N.º 2 (Lote 13B)

1600-602 LisboaTelefone (+351) 217 112 740

Fax (+351) 217 150 403E-mail [email protected]

Fundação 12 de Novembro de 1960 Mercados Europa, África e América do Sul.

Paises Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé, Marrocos, Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Tunísia,

Chile, Argentina e Brasil.

Contactos João Reis (Vice-Presidente Executivo) e Maria Luís Correia (Directora-Geral)

Telefone (+351) 217 112 740E-mail [email protected] e [email protected]

A ANEME – Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas, fundada em 1960, é uma

associação de empregadores de âmbito nacional, sem fins lucrativos, que tem como objectivos estratégicos

defender os legítimos direitos e interesses das empresas suas associadas, prestando assistência e apoio

técnico, promovendo o incremento da sua competitividade, do seu nível de internacionalização e do grau de

qualificação dos seus recursos humanos.

São várias as áreas em que a ANEME apoia as suas empresas associadas, nomeadamente: jurídico-laboral,

contratação colectiva, fiscal, técnica/tecnológica, apoios à actividade empresarial, formação profissional,

comercial/subcontratação e internacionalização (missões, feiras internacionais e acesso a mercados).

A ANEME representa as fileiras industriais do sector metalúrgico e electromecânico nas áreas

da metalurgia de base e fabrico de produtos metálicos, máquinas e equipamentos e material

de transporte.

Nesse sentido, tem vindo a estabelecer acordos e a associar-se a outros organismos com impacto

em termos de defesa e apoio do sector, ao nível nacional e internacional, sendo de salientar que

é membro efectivo da ORGALIME, CEEMET. FEM. CEMA e da Confederação Empresarial da

CPLP (CE- CPLP). Tem promovido a realização de missões empresariais e a presença em

feiras, na Europa, nos mercados africanos e na América do Sul. Paralelamente desenvolveu

estudos de oportunidades para as empresas do sector em mercados estratégicos, como

Moçambique, Angola, Cabo Verde, São Tomé, Tunísia, Chile e Argentina.

A formação profissional e o aperfeiçoamento dos recursos humanos constitui uma

importante vertente estratégica da sua actividade. Nesse âmbito, a ANEME é fun-

dadora, em Portugal, da AFTEM e do CENFIM – Centro de Formação Profissional

da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica, e integra o Centro de Formação

Profissional da Metalomecânica de Maputo, em conjunto com a União Geral de

Trabalhadores (UGT), Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), pela

parte portuguesa, e com a Organização dos Trabalhadores Moçambicanos

(OTM), Associação Industrial de Moçambique (AIMO), Instituto Nacional

de Emprego e Formação Profissional (INEFP), pela parte moçambicana.

Este é um relevante projecto de cooperação com Moçambique na área

da Formação Profissional, que veio responder às carências de mão-de-

-obra especializada para o sector metalomecânico em Moçambique. www.aneme.pt

ANEME – Associação Nacional das Empresas Metalúrgicas e Electromecânicas

Fortaleça a sua empresa e

o associativismo

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www.portodeleixoes.pt

APDL – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DO DOURO, LEIXÕES E VIANA

DO CASTELO, S.A.Morada Av. da Liberdade – Apartado 3004

4451-851 LEÇA DA PALMEIRATelefone (+351) 229 990 700

Fax (+351) 229 955 062 Ano de Fundação 1932

NIF 501 449 752Atividade Transporte marítimo

Capital Social 51 milhões de eurosVolume de Negócios 49,5 milhões de euros

Mercados Relações comerciais com 180 países

PCADM Emílio Brògueira DiasTelefone (+351) 229 990 700

E-mail [email protected]

A APDL — Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A. é uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, que tem por objeto a administração dos portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo e a via navegável do rio Douro, visando a sua exploração económica, conservação e desenvolvimento.

Em 2014 o Porto de Leixões movimentou mais de 18 milhões de toneladas de mercadorias para 181 países, o que representa cerca de 25% do comércio externo português por via marítima. Leixões é o principal porto exportador e importador português em carga contentorizada representando, em termos nacionais, mais de 5% do PIB e mais de 300 mil postos de trabalho (emprego direto, indireto e induzido).

No Porto de Viana do Castelo, que tem uma capacidade instalada para movimentar mais de um milhão de toneladas de carga por ano, está disponível um Terminal Roll-On/Roll-Off, um Terminal de Asfalto e dois Terminais de Cimento. Existe ainda um porto de recreio e um porto industrial. Neste último está instalado o maior estaleiro de construção naval de Portugal (ENVC) e a ENERCON, um dos fabricantes líder no ramo da Energia Eólica.

Quanto à via navegável do rio Douro, destaca-se a sua importância para o turismo da região. Em 2014 foram cerca de 615 mil os passageiros que navegaram no Douro.

A APDL dispõe também de um Centro de Formação de excelência vocacionado para o setor portuário, com intervenções na área da Formação Profissional, Consultoria e Prestação de Serviços especialmente junto dos portos dos PALOP – Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.

APDL – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DO DOURO, LEIXÕES E VIANA DO CASTELO, S.A.

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APSS – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE SETÚBAL

E SESIMBRA, S.A .

Morada Praça da República2904-508 SETÚBAL

Telefone (+351) 265 542 000Fax (+351) 265 230 992

E-mail [email protected] de Fundação 1998

NIF 502 256 869CAE 52220

Atividade Serviços portuários de apoio ao transporte de mercadorias

Capital social 15.100.000€

CONTACTOSPCA Vítor Caldeirinha

Vogal do CA Seixas da Fonseca

Comercial e Marketing Fátima ÉvoraE-mail [email protected]

O Porto de Setúbal é uma solução ibérica na região de Lisboa, localizado a 30 kms de Lisboa, e posiciona-se como um porto de excelência no Shortsea Shipping, com barra aberta 24 horas por dia. Dispõe de terminais portuários especializados em todos os tipos de carga, com grande capacidade disponível e extensas áreas de expansão, localizadas fora do perímetro da cidade de Setúbal, com ligações diretas e sem constrangimentos de tráfego desde o interior dos terminais às redes nacionais e internacionais de rodovia e ferrovia.

É um dos portos mais competitivos da Costa Atlântica da Europa, situado no cruzamento das rotas NS e WE. O seu hinterland inclui grande parte de Espanha, servido por rodovia e ferrovia, neste último modo com 34% da quota nacional.

Está articulado com as plataformas logísticas e industriais Sapec Bay e Blue Biz Global Parques e também com outros parques especializados na logística automóvel.

Possui um Terminal de Contentores com 725 metros de cais acostável e 20 ha de terrapleno, com capacidade de 250 mil TEU/ano, e áreas de expansão até 4 kms de cais acostável e até 1,5 milhões TEU/ano. Tem ligações regulares com o Norte da Europa, África e Mediterrâneo. É líder nacional no tráfego Roll-On/Roll-Off de viaturas ligeiras novas, com ligações regulares com o Norte da Europa, Mediterrâneo, Norte da América e Extremo Oriente. Também é líder no tráfego de carga geral fracionada.

Dispõe de 12 terminais, sendo cinco de serviço público: Terminal Tersado, multiusos; Terminal Sadoport, contentores/multiusos; Terminal Roll-On/Roll-Off, veículos; Terminal Sapec Sólidos, granéis sólidos e Terminal Sapec Líquidos, granéis líquidos.

O Porto de Setúbal está certificado segundo as normas ISO 9001 e ISO 14001 e integra a rede ECOPORTS.

www.portodesetubal .pt

APSS – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE SETÚBAL E SESIMBRA, S.A.

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www.apsinesalgarve.pt

APS – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE SINES E DO ALGARVE, S.A.

Morada Apartado 16, EC Sines7521-953 SINES

Telefone (+351) 269 860 600 Fax (+351) 269 860 690

Ano de Fundação 1978NIF 501 208 950

CAE 52220 Atividade Atividades auxiliares dos transportes por água

Capital Social 80 milhões de euros Volume de Negócios 40,85 milhões de euros

Mercados Todas as regiões do mundo, incluindo Austrália

PCADM João FrancoTelefone (+351) 269 860 618

E-mail [email protected]

A APS — Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A. é a responsável por assegurar o exercício das competências necessárias ao regular funcionamento do Porto de Sines.

O Porto de Sines é um porto de águas profundas, apresentando condições naturais ímpares na costa portuguesa para acolher todos os tipos de navios. Dotado de modernos terminais especializados, pode movimentar todos os tipos de mercadorias, está aberto ao mar e conta com excelentes acessibilidades marítimas sem constrangimentos.

É o principal porto na fachada ibero-atlântica, cujas características geofísicas têm contribuído para a sua consolidação como ativo estratégico nacional, sendo, por um lado, a principal porta de abastecimento energético do país (principalmente petróleo e derivados, carvão e gás natural) e, por outro, posiciona-se já como um importante porto de carga geral/contentorizada com elevado potencial de crescimento.

Dispondo de ligações diretas semanais aos principais mercados de produção e consumo mundiais, incluindo a África Austral, o Porto de Sines oferece às empresas moçambicanas e portuguesas ligações semanais competitivas para as trocas comerciais.

Ainda no que respeita à carga contentorizada, o Porto de Sines integra pela primeira vez a lista dos 100 principais portos mundiais (98º lugar), tendo sido o porto do top 20 europeu que mais cresceu em 2014, com uma taxa de crescimento de 31,9%.

APS – ADMINISTRAÇÃO DOS PORTOS DE SINES E DO ALGARVE, S.A.

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www.cenfim.pt

SEDEMorada Rua do Açúcar

1950-010 LISBOATelefone (+351) 218 610 150

Fax (+351) 218 684 979E-mail [email protected]

NIF 502 077 352Vol. Negócios 2014 15 milhões de euros

Nº colaboradores 150Contacto Eng.º Manuel Pinheiro Grilo (Director)

Telefone (+351) 917 224 294E-mail [email protected]

REPRESENTAÇÃO EM MOÇAMBIQUE CFPM – Centro de Formação Profissional da Metalomecânica

Morada Av. de Angola, nº 2586, MaputoTelefone/Fax (+258) 21 465 218 / (+258) 21 466 670

E-mail [email protected] Sr. Carlos Mucareia / Eng.ª Teodolinda Fortes

FORMAÇÃO PARA EMPRESAS E ADULTOS

› Formação à Medida

› Apoio Técnico e Organizacional

› Formação Contínua – Aperfeiçoamento

› Formação Modular Certificada

› Formação Contínua Certificada

› Processos RVCC – Profissional e Dupla Certificação

› Cursos EFA – Educação e Formação de Adultos

› Formação Pedagógica de Formadores

FORMAÇÃO DE JOVENS

› Cursos de Aprendizagem

Nível 4 – Confere o 12º Ano + Qualificação Profissional

› Cursos CET – Especialização Tecnológica

Nível 5 – Protocolos com diversos Estabelecimentos

do Ensino Superior com a atribuição de créditos (ECTS)

CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

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www.cga.co.mzwww.cuatrecasas.com/pt

CGA – COUTO, GRAÇA & ASSOCIADOS Morada Avenida 24 de Julho, número 7

7.º Piso, MAPUTOTelefone (+ 258) 21 486 438 / 40/ 2/ 3/ 5

Fax (+ 258) 21 486 441Contacto Pedro Couto/Jorge Graça

Cargo Sócios AdministradoresE-mail [email protected]

CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRAMorada Pr. Marquês de Pombal, 2

1250–160 LISBOATelefone (+351) 213 553 800

Fax (+351) 213 160 592Contacto Duarte Abecasis

E-mail [email protected]

A sociedade de advogados moçambicana CGA – Couto, Graça & Associados e a sociedade de advogados ibérica Cuatrecasas, Gonçalves Pereira, RL, associadas em parceria, reúnem todas as capacidades para a prestação de serviços de assessoria jurídica numa lógica de full service, a entidades que investem em Moçambique, e também ao investimento no exterior proveniente de Moçambique.A articulação da prática jurídica exercida nas várias jurisdições é assegurada através da Mesa Moçambique, integrada por sócios de ambas as sociedades, o que permite uma estreita colabo-ração entre os profissionais de ambos os escritórios.A CGA – Couto, Graça & Associados, que resulta da união verificada em Junho de 2011 de três das mais conceituadas firmas de advogados moçambicanas, é o escritório de maior escala e com elevada especialização nas diversas áreas do Direito em Moçambique.Para além dos sócios fundadores, quarenta e dois advogados moçambicanos integram a CGA – Couto, Graça & Associados, estando a firma dividida em departamentos especia-lizados nas seguintes áreas da prática do Direito:

› Bancário, Financeiro e Seguros› Contratos e Fiscal› Societário› �Público e Regulação› �Investimento› Laboral› Contencioso› Propriedade Intelectual

A CGA – Couto, Graça & Associados é membro da Lex África e integra profissionais qualificados e experientes que têm desenvolvido trabalho jurídico de reconhecida qualidade para entidades públicas e priva-das, nacionais e estrangeiras, intervindo em projectos de grande dimensão e importância no desenvolvimento de Moçambique.

CGA – Couto, Graça & Associados

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Morada Largo da Academia Nacional de Belas Artes, 10

1249-061 LISBOATelefone (+351) 213 233 300

Fax (+351) 213 233 360

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente

Dr. Pedro Bastos Teles PalhinhaVice-Presidente

Dr. Luís Pedro Ramos Simões dos ReisVogais

Dr. Fernando Paulo de Deus Neves CorreiaEng.º Nuno António Diogo de Matos

Dr. Pedro Nuno Lorenzo Vieira Serra Campos

ENTREPOSTO – Gestão e Participações (SGPS), S.A.

Para além de Moçambique e de Portugal, o Grupo Entreposto tem também presença no Brasil (desde 1974) e em Timor (desde 2011).

Com um total de cerca de 1440 colaboradores, em Moçambique a actividade reparte-se pelas áreas de negócio de:› Distribuição e retalho de automóveis, camions, máquinas agrícolas e industriais e geradores, através de uma rede

própria que cobre a totalidade do território. Nesta área de negócio são representadas a Toyota e Hino pela Toyota de Moçambique, S.A. e Mercedes-Benz, Chrysler/Jeep, Peugeot, Isuzu e Chevrolet, bem como equipamentos agrícolas e industriais Case e geradores Massey Ferguson representadas pelo Entreposto Comercial de Moçambique, S.A.;

› Venda de viaturas usadas através da Carpremium;› Aluguer de viaturas e equipamentos industriais, em que operam duas entidades: o Entreposto Rent

dedicado à actividade de Rent-a-Car com a marca Hertz e Vendap Entreposto dedicada ao aluguer de máquinas e equipamentos industriais;

› Imobiliária, Construção, Ambiente e Energia, em que operam a Imopremium, Entrimo, Sotecnisol Entreposto e Entreposto BC&S;

› Produção e tratamento de madeiras através da Moçambique Florestal;› Tecnologias de informação através da Servisis Moçambique e DataServ, e gestão de arquivos

através da TbFiles – Gestão de Arquivos;› Turismo através da Nyala Safaris e Rio Savane;› Retalho têxtil das marcas MO e Zippy através da RM – Representações em Moçambique, S. A.

Em Portugal, onde tem cerca de 780 colaboradores, o Grupo Entreposto, através da sua rede de concessões automóveis comercializa e assiste as marcas Audi, Chevrolet, Dacia, Ford, Hyundai, Mitsubishi, Nissan, Opel, Peugeot, Porsche, Renault, Seat, Skoda e Volkswagen. Através do Entreposto Máquinas importa e distribui os tractores agrícolas Case-IH e Mitsubishi, máquinas de movimentação de terras Case e New Holland, dumpers Bell, máquinas de compactação Atlas, martelos Okada, marcadores de estradas Hofmann e no sector das máquinas de movimentação de cargas, os empilhadores Nissan e Still. Desenvolve igualmente actividade nos sectores Imobiliário (Entreposto Gestão Imobiliária), Logís-tica (S-LOG), Rent-a-Car (E-RENT), Leilões de Automóveis (SLR) e Seguros (E-SEO).No Brasil, envolvendo 520 colaboradores, a actividade desenvolve-se nos es-tados do Maranhão, do Piauí e do Ceará, através do retalho de automóveis (Nissan e Renault), camions e autocarros (Scania) e de máquinas (Massey Ferguson, Volvo e SDLG).Em Timor, dispondo de 20 colaboradores, a actividade desenvolve-se no sector automóvel com a representação das marcas Ford e Hyundai, no sector dos equipamentos agrícolas com a comercialização dos tractores Massey Ferguson e nas máquinas industriais com a Case. www.grupoentreposto.pt

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D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e | 91

Morada Rua dos Desportistas, 833, 6.º andar, fracção NN5

Edifício JAT V-1MAPUTO — Moçambique

Telefone (+258) 21 344 000

Fax (+258) 21 344 099

E-mail [email protected]

Contacto Fabrícia de Almeida Henriques, Managing Partner

www.hrlegalcircle.com

O escritório Henriques, Rocha & Associados, membro do MLGTS Legal Circle como Mozambique Legal Circle (MLC) foi fundado por um grupo de advogados de nacionalidade moçambicana com a ambição de se tornar um escritório líder no mercado da advocacia moçambicana. A equipa da MLC tem uma sólida experiência local e internacional e um conhecimento em primeira mão do ambiente de negócios e do modus operandi do mercado moçambicano. Oferece um serviço especializado nos principais ramos do Direito e sectores de actividade da economia moçambicana. Sendo o membro moçambicano da rede internacional MLGTS Legal Circle, a MLC conta com uma equipa de advogados disponível em diversos países, designadamente nos países de expressão portuguesa, o que permite responder às necessidades dos seus clientes em diferentes jurisdições. O MLGTS Legal Circle assenta numa partilha de princípios comuns de actuação, de modo a garantir a qualidade e o profissionalismo do apoio prestado em qualquer das jurisdições onde está presente: Angola, Macau (China), Moçambique e Portugal.

A MLC tem experiência relevante nas seguintes áreas:› Administrativo e Contratação Pública› Bancário e Financeiro› Comercial e Societário› Construção, Obras Públicas, Projectos e Infra-estruturas› Contencioso e Arbitragem› Direito Mineiro e Indústria Extractiva› Fiscal› �Imobiliário› �Investimento Estrangeiro› Mercado de Capitais› Parcerias Público-Privadas› Petróleo e Gás› Project Finance› Propriedade Intelectual› Registos e Notariado› Seguros e Fundos de Pensões› TI e Telecomunicações› Trabalho e Segurança Social› Urbanismo e Ambiente

Henriques, Rocha & Associados

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MIRANDAMorada Av. Eng. Duarte Pacheco, 7

1070-100 LISBOA – PortugalTelefone (+351) 217 814 800

Fax (+351) 217 814 802E-mail [email protected]

Nº colaboradores 160Contacto Diogo Xavier da Cunha

Telefone (+351) 217 814 800E-mail [email protected]

PIMENTAMorada Rua Changamire Dombe (D. Diniz), nº 14

Bairro de Sommerschield, MAPUTO – MoçambiqueTelefone (+258) 21 493 050 /(+258) 21 495 527/8

Fax (+258) 21 493 042Morada Pemba Beach Hotel, Rua da Marginal, nº 5470

PEMBA – MoçambiqueTelefone (+258) 862 276 751

Nº colaboradores 30Contacto Paulo Pimenta

E-mail [email protected]

www.mirandaalliance.com

A Miranda é uma das mais reputadas sociedades de advogados portuguesas, sendo especialmen-te reconhecida pela sua marcada vocação internacional. Com cerca de 100 advogados sediados em Lisboa, prestamos serviços em todas as áreas do direito empresarial, sendo a nossa cliente-la composta maioritariamente por empresas e investidores internacionais. Ao longo dos anos temos acompanhado inúmeras empresas de origem portuguesa no arranque e/ou no reforço dos respectivos processos de internacionalização para diversos países africanos, assumin-do Moçambique uma posição de destaque. A Pimenta e Associados é um dos mais cotados escritórios de advogados moçambicanos, que integra 30 colaboradores. Destaca-se pela sua reputação internacional e experiên-cia nos sectores dos recursos naturais, bancário e seguros, turismo, infra-estruturas e energia, as principais áreas da economia moçambicana. A Miranda e a Pimenta são membros da Miranda Alliance, uma rede internacional de escritórios actualmente presente em 17 países, entre os quais todos os países de expressão portuguesa. A Miranda e a Pimenta mantêm uma estreita e sóli-da associação há diversos anos, tendo colaborado de forma muito próxima em diversos projectos comuns. A colaboração entre as duas firmas cobre, ainda, outras áreas, como a formação de colaboradores, nomeadamente através de estágios de longa duração dos colaboradores da Pimenta nos escritórios da Miranda, e o desenvolvimento de acções conjuntas de promoção, tais como conferências, seminários, artigos e divulgação de novidades legis-lativas. Realce-se, por fim, a assessoria conjunta a clientes comuns em projectos plurijurisdicionais, especialmente a clientes moçambicanos e portugueses, pois a colaboração entre os dois escritórios permite que estes possam beneficiar de um apoio mais próximo para acom-panhamento dos seus assuntos tanto em Moçambique como em Portugal. Dado o perfil marcadamente internacional das empresas e in-vestidores com que colaboramos, assumimos como desafio permanente e prioritário uma cooperação constante entre os nossos escritórios para assegurar sempre, tanto em Mo-çambique como em Portugal, padrões de qualidade inter-nacional e os valores que partilhamos e advogamos.

Miranda Correia Amendoeira & Associados – Soc. de Advogados, RLPimenta e Associados – Soc. de Advogados

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MOTA-ENGIL ÁFRICAMorada Oxford Corner

6th, 7th and 8th Floor 32A Jellicoe Avenue

West RosebankJOHANNESBURG

2196 – South AfricaTelefone +27 (0) 11 269 4960

E-mail [email protected] Gonçalo Moura Martins

CEO Gilberto Rodrigues

MOTA-ENGIL MOÇAMBIQUEMorada Edifício Millennium Park

14º/15º AndarAv. Vladimir Lenine, nº 179

2284 – MAPUTOTelefone (+258) 21 430 134

E-mail [email protected] Eng. Aníbal José Morais Leite

E-mail [email protected]

www.africa.mota-engil .pt

Viver Moçambique Construindo o Futuro

Presente em Moçambique há mais de 23 anos, o Grupo Mota-Engil tem vindo a implementar um percurso de expansão a par e passo com o crescimento do próprio país.

Responsável pela execução de várias obras públicas de referência nacional, o know-how e capacidade técnica demonstrados num vasto portefólio tornam a Mota-Engil numa empresa de referência em áreas de negócio tão diversificadas como Engenharia e Construção, Ambiente e Serviços, Logística e Concessões de Transportes.

Desta forma, a Mota-Engil contribui ativamente para a evolução da economia e bem-estar das populações locais.

MOTA-ENGIL MOÇAMBIQUE

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PKF MoçambiqueMorada Av. 25 de Setembro

nº1008 – 12º, MAPUTOTelefone (+258) 21 333 493/7

Email [email protected]

PKF PortugalPKF & Associados, SROC, Lda.

Morada Ed. Atrium Saldanha,Praça Duque de Saldanha, nº1 – 4º Piso

1050-094 LISBOATelefone (+351) 213 182 720

Fax (+351) 213 146 114Email [email protected]

www.pkf.pt

PKF – Accountants & Business Advisors

A PKF International constitui uma das mais importantes firmas de auditoria e consultoria mundial. Actualmente, a rede de sociedades legalmente independentes a operar sob a marca “PKF” conta com 23 500 partners e colaboradores, distribuídos por 440 escritórios em 125 países. No mundo lusófono a nossa presença tem vindo a ser reforçada por forma a responder ao crescente número de clientes. Além de Portugal, estamos também a operar em Moçambique (PKF Moçambique, Lda.), Angola (PKF Angola, Auditores e Consultores, SA) e Cabo Verde (PKF Cabo Verde, Lda.). Em qualquer um dos países onde actuamos o nosso objectivo é o mesmo: Oferecer soluções práticas para problemas específicos. Apoiamos as empresas através da prestação de serviços profissionais nas seguintes áreas: Auditoria e Serviços Relacionados; Assessoria Fiscal; Consultoria de Gestão; Assessoria Contabilística e Sistemas de Informação e Comunicação. Na PKF privilegiamos o relacionamento com os clientes, o trabalho de equipa e a consequente partilha de responsabilidades e de sucesso. Esta cultura cria uma atmosfera positiva que os nossos clientes experimentam quando trabalham connosco. Em resumo trabalhamos para apoiar os nossos clientes a responder, com sucesso, aos desafios colocados pela concorrência e pelas dinâmicas do mercado, a aumentar e criar cada vez mais valor para os seus negócios. Por isso perguntamos: O que podemos fazer por si?

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www.ren.pt

REN – Redes Energéticas Nacionais, SGPS, S.A.

Morada Av. dos Estados Unidos da América, 55

1749-061 LISBOATelefone (+351) 210 013 500

Fax (+351) 210 013 497Ano de Fundação 1994

Actividade › Transporte e gestão de electricidade em muito alta tensão

› Transporte e gestão de gás natural em alta pressão› Recepção, armazenamento e regaseificação de GNL

Capital Social 534 milhões de euros

PCADM Rodrigo Costa

Email [email protected]

A REN actua em duas grandes áreas de negócio, de forma referencial. A primeira diz respeito ao

transporte de electricidade em muito alta tensão e à gestão técnica global do Sistema Eléctrico

Nacional. Já a segunda vertente prende-se com o transporte de gás natural em alta pressão e a

gestão técnica do Sistema Nacional de Gás Natural, garantindo a recepção, armazenamento

e regaseificação de GNL, bem como o armazenamento subterrâneo de gás natural. A REN

posiciona-se como um dos poucos TSO (Transmision System Operator) mundiais a deter todas

as concessões de serviço público das redes de transporte de electricidade e gás natural.

A REN detém também a concessão, atribuída à ENONDAS – Energia das Ondas, SA,

para a exploração de uma zona piloto destinada à produção de energia eléctrica a par-

tir das ondas do mar. A REN está ainda presente no negócio das telecomunicações

através da RENTELECOM, SA, bem como na comercialização de energia através

da participação no OMIP – Operador do Mercado Ibérico de Energia, SA, para a

transacção de derivados de electricidade.

A REN está num processo de internacionalização que se manifesta através

de participações societárias em empresas de energia em outros países,

bem como disponibiliza serviços de consultadoria de engenharia, através

da utilização da profunda experiência dos seus recursos humanos nas

áreas da electricidade, gás natural e telecomunicações.

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www.savinodelbene.com

MAIA ( Head Office Portugal )

Morada Centro Empresarial AAARua Ponte da Pedra 240

Edifício Losa – Espaço DE – 8 – 3º Piso4470-108 Gueifães – MAIA

Telefone (+351) 229 997 300Fax (+351) 229 997 326

Email [email protected]

LISBOA

Morada Edifício SagresRua Professor Henrique de Barros, n.º 4 – 9ºC

2685-338 PRIOR VELHO

Telefone (+351) 211 936 456Fax (+351) 229 997 326

Email [email protected]

Fundada na cidade de Florença, a Savino Del Bene é uma empresa centenária de Logística Global que proporciona aos seus clientes soluções integradas e personalizadas de transporte. A Savino Del Bene possui uma rede de mais de 200 escritórios em todo o mundo, oferecendo serviços de transporte, desalfandegamento aduaneiro, gestão de armazéns e logística. Todos os dias trabalhamos para que a Savino Del Bene seja a sua empresa de confiança no transporte aéreo, marítimo, terrestre e em todos os serviços relacionados com a actividade de transporte. Os nossos profissionais são experientes e trabalham em equipa para responder de forma eficaz às necessidades dos nossos clientes. Esforçamo-nos continuamente para melhorar o nosso relacionamento com as principais companhias marítimas e aéreas, de quem a Savino Del Bene exige qualidade e flexibilidade para podermos oferecer aos nossos clientes serviços personalizados a preços competitivos. A nossa experiência centenária permite-nos continuar a olhar para o futuro com confiança e acreditar que seremos capazes de garantir o sucesso da empresa e dos nossos clientes. Junte-se a nós!

Savino Del Bene

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SRS ADVOGADOSMorada R. D. Francisco Manuel de Melo, n.º 21

1070-085, LISBOA – PortugalTelefone (+351) 21 313 2000

Fax (+351) 21 313 2001E-mail [email protected]

Contacto José Luís Moreira da SilvaCargo Sócio

BHIKHA & POPAT ADVOGADOSMorada Avenida 25 de Setembro, n.º 1383

6º Andar, porta 612MAPUTO – Moçambique

Telefone (+258) 82 31 90 904E-mail [email protected]

Contacto Nazir Bhikha e Momede PopatCargo Sócios

A SRS Advogados é uma sociedade de advogados multidisciplinar, com equipas alargadas de advoga-

dos capacitadas para dar resposta em operações mais complexas. Com mais de 100 advogados em

Lisboa, somos um escritório full-service, com plena capacidade de apoio em todos os sectores e áreas

de actividade, tais como: energia, telecomunicações, transportes, infra-estruturas, saúde, marítimo,

ambiente, bancário, comercial, concorrência, contencioso, público, fiscal, imobiliário, laboral, mercado

de capitais, project finance, regulação, societário ou tecnologia.

O projecto SRS Global veio permitir uma presença internacional de primeira linha garantida através

de parcerias com escritórios em vários países, tais como Moçambique, Angola, Brasil e Macau.

Em 2014, a SRS Advogados iniciou uma parceria com a Bhikha & Popat Advogados, um

escritório de advocacia moçambicano com uma estrutura dinâmica e moderna, que lhe

permite dar uma resposta célere e rigorosa, ajustada às necessidades dos seus clientes.

Sedeado em Maputo, o escritório conta com uma equipa independente e profissional,

assente num compromisso de qualidade e elevado grau de exigência, prestando

serviços em todas as áreas do Direito.

Para a SRS e Bhikha & Popat, a inovação funciona como motor na procura de

soluções para os melhores resultados. Somos multiculturais, multilinguísticos

e orgulhamo-nos da elevada criatividade que colocamos ao serviço do Cliente

na busca das melhores soluções jurídicas para contextos complexos.

www.srslegal .pt

SRS AdvogadosBhikha & Popat Advogados

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www.tta-advogados.com

A TTA – Sociedade de Advogados reúne um conjunto de Advogados Moçambicanos de excelência e com profundo conhecimento do mercado de advocacia local, com uma cultura jurídica de âmbito internacional. Esta equipa tem em comum o firme interesse e a satisfação de exercer a sua actividade em Moçambique e para Moçambique. A equipa de profissionais que integra a TTA é composta por vários Advogados com diferentes áreas de especialização, forte experiência na prestação de serviços jurídicos especializados que aportam elevada competência em prol dos melhores resultados para os Clientes.

Através desta equipa a TTA pretende marcar a diferença, combinando os mais elevados padrões profissionais e empenho para superar os objectivos traçados pelos Clientes, com uma capacidade ímpar para prestar serviços da maior qualidade, em observância das regras éticas e levando a cabo acções de responsabilidade social. Os profis-sionais da TTA são membros da “PLMJ International Legal Network”, uma rede internacional de profissionais independentes em diversas jurisdições, tais como Angola, Brasil, Cabo Verde, China, Macau, Moçambique, Reino Unido, Suíça e Portugal, com o intuito de potenciar sinergias e capacidade de resposta às mais variadas solicitações dos Clientes.

Advogados› Tomás Timbane (Sócio – Advogado)› Amina Abdala (Associada Sénior)› Josina Correia (Associada Sénior)› Alfiado Pascoal (Associado Sénior)› Natércia Sitoe (Advogada)› Pascoal Bie (Advogado)› Neusa Paruque (Advogada Estagiária)› Dioclécio David (Advogado Estagiário)› Télio Murrure (Advogado Estagiário)

Morada Edifício Millennium Park, Torre A,Av. Vladimir Lenine, nº 174, 6ºDt.

MAPUTO – MoçambiqueTelefone +(258) 21 302 173

+ (258) 843 014 479E-mail [email protected]

Nº colaboradores 15Contacto Tomás Timbane (Advogado)

Telefone +(258) 843 141 820E-mail [email protected]

TTA – Sociedade de Advogados

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HOTEL AVENIDAMorada Av. Julius Nyerere, 627

3236 MAPUTOTelefone (+258) 21 484 400

E-mail [email protected] [email protected]

HOTEL TIVOLI MAPUTOMorada Av. 25 de Setembro, 1321

340 MAPUTOTelefone (+258) 21 307 600

E-mail [email protected] [email protected]

HOTEL TIVOLI BEIRAMorada Av. Bagamoio, 363

363 BEIRATelefone (+258) 23 320 300

E-mail [email protected] [email protected]

Central de reservas TD HotelsTelefone (+258) 21 484 448

Departamento comercial (+258) 21 484 400E-mail [email protected]

A TD Hotels está presente em Angola, Moçambique e Portugal onde possui unidades hoteleiras nas suas principais cidades. Na TD Hotels concebemos a hotelaria como um serviço assente na tradição, qualidade, conforto e simpatia. A nossa actividade tem sido movida por um dinamismo empreendedor que surge da vontade de querer servir sempre e melhor os nossos clientes. Em Moçambique, a TD Hotels conta com três hotéis à sua disposição com oferta direccionada para negócios e eventos e lazer.

Hotel AvenidaEm Maputo, o Hotel Avenida está vestido a preceito e é com mil e uma cores que recebe os visitantes. Venha descobrir um ambiente cosmopolita com o prestígio de um hotel que oferece aos hóspedes conforto e bem-estar em todas as ocasiões.

Hotel Tivoli MaputoTotalmente renovado, o Hotel Tivoli Maputo tem uma localização privilegiada, no centro comercial da cidade de Maputo, com fácil acesso às vias que ligam a capital ao resto do país e ao aeroporto. Uma decoração moderna e confortável a par de um serviço de grande qualidade, fazem deste uma das melhores opções para estadias de negócios e lazer.

Hotel Tivoli BeiraLocalizado no segundo centro económico de Moçambique e a poucos metros das inigualáveis praias da região, o Tivoli Beira é a melhor opção para as suas viagens de negócios ou lazer. Este hotel distingue-se pelo seu ambiente afável e acolhedor.

AngolaHotel Alvalade, Hotel Baía e Hotel Trópico. PortugalLagoas Park Hotel, Hotel Eva, Hotel Oriental e Hotel Sinerama.

www.tdhotels.com

TD Hotels Moçambique

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www.vda.ptwww.scan.co.mz

VIEIRA DE ALMEIDA & ASSOCIADOS, Sociedade de Advogados, RL

Morada Av. Duarte Pacheco, 26 1070-110 Lisboa – Portugal

Telefone (+351) 213 113 400Fax (+351) 213 113 406

E-mail [email protected]

SCAN – ADVOGADOS E CONSULTORES, LDAMorada Av. Kenneth Kaunda, 660

Bairro da SommershieldMaputo – Moçambique

Telefone (+258) 21 491 580/87/88Fax (+258) 21 491 576

E-mail [email protected]

A parceria VdA/SCAN traduz o compromisso entre duas firmas de referência em Portugal e Moçambique que

partilham o princípio da dedicação ao cliente no exercício da sua actividade. Apoiando local e internacionalmente

projectos e investimentos, esta parceria assegura a ligação dos mercados europeu e africano, concebendo

soluções à medida das necessidades dos clientes assentes em padrões uniformes de qualidade.

 

Vieira de Almeida & AssociadosFirma portuguesa independente, com mais de 290 colaboradores e presente em Lisboa, Porto e Timor-Leste.

Com forte presença no mercado português há quase 40 anos, temos estado envolvidos em transacções

significativas e criado relações privilegiadas com as maiores sociedades de advogados internacionais.

Através da VdAtlas, uma rede internacional de firmas gerida de forma integrada pela VdA,  com

foco em Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Congo, Gabão, República Democrática

do Congo e São Tomé e Príncipe, asseguramos aos clientes a prestação de um serviço

integrado, de acordo com padrões uniformes de qualidade e fiabilidade, que combinam

know-how especializado com um profundo conhecimento da realidade local.

Consolidamos a nossa presença internacional através de relações privilegiadas com as

firmas de maior prestígio na Europa, América – especialmente no Brasil –, Ásia e África.

 

SCAN – Advogados e Consultores, LdaFirma de referência no mercado moçambicano que reúne 4 sócios e um total de 15

advogados altamente reputados e com experiência de mais de 15 anos em áreas

estratégicas da advocacia em Moçambique, facultando soluções jurídicas eficientes

e dinâmicas, orientadas para o Cliente.

A SCAN associa a competência técnica a uma perspectiva comercial, numa

abordagem dinâmica e construtiva que confere valor acrescentado aos

negócios dos seus Clientes, concentrando a sua capacidade de prestação

de serviços, de modo a que os seus profissionais garantam a máxima

dedicação e empenho nos desafios colocados, conseguindo soluções de

valor acrescentado para o cliente.

Vieira de Almeida & Associados SCAN – Advogados e Consultores, Lda.

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foto ThinkstockPhotos

Listagem de Associados da CCPM

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D i r e c t ó r i o M o ç a m b i q u e | 103

Águas e Sistemasde Tratamento

ADP – Águas de Portugal Internacional – Serviços Ambientais, S.A.(m) Rua Visconde Seabra, n.º 3 1700-421 LISBOA(t) (+351) 212 469 800(f) (+351) 212 469 801(e) [email protected](w) www.adp.pt

Associações e fundações

FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (m) Rua do Sacramento à Lapa, n.º 211249-090 LISBOA (t) (+351) 213 935 800 (f) (+351) 213 963 358 (e) [email protected] (w) www.flad.pt

Comércio

CARTONEX – Artigos Escolares e de Escritório, Lda.(m) Zona Industrial n.º 1 – Apartado 276 3701-912 SÃO JOÃO DA MADEIRA(t) (+351) 256 823 475 (f) (+351) 256 822 911 (e) [email protected](w) www.cartonex.pt

FLORÊNCIO AUGUSTO CHAGAS, S.A.(m) Av. Jorge Manuel Vieira PereiraZona Industrial do Paúl, Apartado 922564-910 TORRES VEDRAS (t) (+351) 261 310 141 (f) (+351) 261 310 191 (e) [email protected] (w) www.chagas.pt

HASSE, S.A. (m) Rua Industrial, Lt. 7 - A 2130-111 BENAVENTE (t) (+351) 263 519 440 (f) (+351) 263 519 443 (e) [email protected] (w) www.hasse.pt

MARABUTO – Produtos Alimentares, S.A.(m) Rua da Paz, Quinta do Loureiro Apartado 30443800-587 CACIA – AVEIRO(t) (+351) 234 910 980 (f) (+351) 234 910 981(e) [email protected] (w) www.marabuto.com

SNF/AMBIENTAGUA – Técnicas de Tratamento de Águas, Lda.(m) Rua do Convento, 144 e 160 A Apartado 280 Zona Ind. Fontiscos 4780-427 SANTO TIRSO(t) (+351) 252 852 713 (f) (+351) 252 853 085 (e) [email protected]

SOTRAC – Comércio e Representações, S.A.(m) EN 379-2, Km 7.3Apartado 136 Olhos de Água2950-571 PALMELA (t) (+351) 212 333 833(f) (+351) 212 333 344(e) [email protected](w) www.sotrac.net

UDEX, S.A. (m) Rua do Outeiro, 884 Apartado 6008 – Outeiro 4476-908 MAIA (t) (+351) 229 439 420 (f) (+351) 229 439 421 (e) [email protected] (w) www.udex.pt

ComércioTradings

SIR – Comércio Internacional(m) Av. Karl Marx MAPUTO (t) (+258) 21 326 074 (f) (+258) 21 430 210 (e) [email protected]

SOCIMO (m) Rua do Kassuende nº 118-10º MAPUTO (t) (+258) 21 490 390 (f) (+258) 21 492 520 (e) [email protected]

SOTUX, Lda.(m) Rua Joaquim LapaMAPUTO(t) (+258) 21 323 440(f) (+258) 21 422 905(e) [email protected]

Empresas associadas por Sector de Actividade

ENKROTT – GESTÃO E TRATAMENTO DE ÁGUAS , S.A.(m) Quinta do Lavi, Bloco B, 7Zona Ind. da Abrunheira2710-089 SINTRA(t) (+351) 219 156 380(f) (+351) 219 156 420(c) Jorge Taboada(t) (+258) 846 962 327(t) (+351) 919 381 593(e) [email protected](e) [email protected](w) www.enkrott.com

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Construção Civil e Obras Públicas

AJFS Moçambique, Lda.(m) Rua 105, Talhão 216, Bloco 1, Cidade AltaNACALA PORTO(t) (+258) 26 520 090(e) [email protected]

CONDURIL – Engenharia, S.A.(m) Av. Eng.º Duarte Pacheco, 18354445-416 ERMESINDE(t) (+351) 229 773 920(f) (+351) 229 748 668(e) [email protected](w) www.conduril.pt

CONSTRUÇÕES JJR & FILHOS, S.A.(m) Rua da Capela, 4 – Quinta SardinhaApartado 10002499-002 STA. CATARINA DA SERRA(t) (+351) 244 749 730(f) (+351) 244 749 738(e) [email protected](w) www.jjr.pt

FERNANDO L. GASPARSinalização e Equipamentos Rodoviários, S.A(m) Estrada Nacional 249 – 4, Trajouce2785-034 SÃO DOMINGOS DE RANA(t) (+351) 214 440 706(f) (+351) 214 450 615(e) [email protected](w) www.flgaspar.pt

MOTA-ENGIL ENGENHARIA E CONSTRUÇÃO, S.A.(m) Rua do Rego Lameiro, 384300-454 PORTO(t) (+351) 225 190 300(f) (+351) 225 191 261(e) [email protected](w) www.mota-engil.pt

SETH – Soc. de Empreitadas e Trabalhos Hidráulicos, S.A.(m) Av. Tomás Ribeiro, n.º 145 2790-467 QUEIJAS(t) (+351) 219 431 479(f) (+351) 219 431 518(e) [email protected](w) www.seth.pt

SOCIEDADE DE CONSTRUÇÕES SOARES DA COSTA, S.A.(m) Rua de Santos Pousada, 2204000-478 PORTO(t) (+351) 228 342 200(f) (+351) 228 342 641(e) [email protected](w) www.soaresdacosta.pt

SOMAFEL – Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A.(m) Lagoas Park, Edifício 1, Piso 2 2740-264 PORTO SALVO(t) (+351) 217 990 330(f) (+351) 217 951 038(e) [email protected](w) www.somafel.pt

Construção e Manutenção

EIP MOÇAMBIQUE, Lda.(m) Av. 25 de Setembro nº 1230, 4º – Apartado 425MAPUTO – Moçambique(t) (+258) 21 303 960(f) (+258) 21 303 961(e) [email protected](w) www.eip-sa.pt

TELETEJOComunicações do Ribatejo, S.A.(m) Rua do Matadouro, n.º 12Apartado 672080-107 ALMEIRIM (t) (+351) 243 594 060 (f) (+351) 243 594 090(e) [email protected](w) www.electrotejo.pt

Consultoria de Projectos e Fiscalização

CONSTRUÇÕES JJR & FILHOS, MOÇAMBIQUE, Lda.(m) Rua das Palmeiras, 49Bairro Sommerschild 2MAPUTO – Moçambique(t) (+258) 21 494 130(f) (+258) 21 494 130(c) Domingos Rodrigues(e) [email protected](w) www.jjr.pt

MOTA-ENGIL ÁFRICA(m) Oxford Corner6th, 7th and 8th Floor 32A Jellicoe AvenueWest RosebankJOHANNESBURG2196 – South Africa(t) +27 (0) 11 269 4960(e) [email protected] MOTA-ENGIL MOÇAMBIQUE(m) Edifício Millennium Park14º/15º AndarAv. Vladimir Lenine, nº 1792284 – MAPUTO(t) (+258) 21 430 134(e) [email protected]

Ver ficha técnica na pág. 93

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Empresas associadas por Sector de Actividade

BETAR CONSULTORES, Lda.(m) Av. Elias Garcia nº 53 – 2º Esq. 1000-148 LISBOA(t) (+351) 217 826 110(f) (+351) 217 826 129(e) [email protected] (e) [email protected](w) www.betar.ptVer publicidade na pág. 7

CONSULMAR – Projectistas e Consultores, Lda.(m) Av. António Augusto de Aguiarnº 19, 2º Esq. 1050-012 LISBOA(t) (+351) 213 826 630(f) (+351) 213 862 679(e) [email protected](w) www.consulmar.pt

DENDRO – Engenharia e Arquitectura, Lda.(m) Av. de Berna, 35 – 5º Dt.1050-038 LISBOA(t) (+351) 217 981 400(f) (+351) 217 981 409(e) [email protected](w) www.dendro.pt

GLO – Global Architecture Office, Lda.(m) Av. da Liberdade, 227, Piso 91250-142 LISBOA (t) (+351) 309 716 003 (f) (+351) 309 737 724 (e) [email protected](m) www.glo-office.com

TECHNOEDIF ENGENHARIA S.A.(m) Taguspark, Edificio Qualidade A3Av. Prof. Dr. Cavaco Silva, 5b 2740-296 PORTO SALVO (t) (+351) 214 706 600 (f) (+351) 214 706 604(e) [email protected](m) www.technoedif.com

Consultoria, Advocacia, Auditoria e ContabilidadeABBC – Azevedo Neves, Benjamim Mendes, Carvalho e Associados, R.L. (m) Largo São Carlos, nº 3 1200-410 LISBOA (t) (+351) 213 583 620 (f) (+351) 213 159 434(e) [email protected] (e) [email protected] (w) www.abbc.ptVer ficha técnica na pág. 81

ABREU ADVOGADOS – Sociedade de Advogados, R.L.(m) Av. das Forças Armadas, 125 – 12º 1600-079 LISBOA(t) (+351) 217 231 800(f) (+351) 217 231 899(e) [email protected] (w) www.abreuadvogados.comVer ficha técnica na pág. 82

ACCENTURE – Consultores de Gestão, S.A.(m) Av. Eng. Duarte PachecoAmoreiras, Torre 1 – 16º Piso 1070-101 LISBOA(t) (+351) 213 803 500(f) (+351) 213 713 500(e) [email protected] (w) www.accenture.pt

AGROPROMOTORA – Coop. Prod. de Projectos Agrícolas, C.R.L.(m) R. Cardeal Mercier, 29 – 1º1600-026 LISBOA(t) (+351) 217 935 135(f) (+351) 217 935 417(e) [email protected](w) www.agropromotora.com

AGUIAR BRANCO E ASSOCIADOS Sociedade de Advogados, R.L.(m) Rua da Restauração, n.º 329 – 1º 4050-506 PORTO(t) (+351) 220 112 220(f) (+351) 220 112 200(e) [email protected](w) www.aguiarbranco.pt

AVM – Advogados, Sociedade de Advogados, R.L.(m) Rua Carlos Alberto da Mota PintoAmoreiras Square, n.º 17 A – 8º B 1070-313 LISBOA(t) (+351) 304 501 010(f) (+351) 304 501 009(e) [email protected](w) www.avm-advogados.com

BAKER TILLY CONSULTING, S.A.(m) Edifício Taurus, Campo Pequeno 48 – 4º Dt.1000-081LISBOA(t) (+351) 210 988 710(f) (+351) 210 988 719(e) [email protected] (w) www.bakertillyportugal.pt

BAPTISTA DA COSTA & ASSOCIADOS, SROC, S.A.(m) Rua Odette Saint-Maurice3 CK, Piso 0 – F1700-097 LISBOA (t) (+351) 217 520 250 (f) (+351) 217 520 259 (e) [email protected] (w) www.bca-sroc.pt

BDO & ASSOCIADOS, SROC, S.A.(m) Av. da República, 50 – 10º 1069-211 LISBOA (t) (+351) 217 990 420 (f) (+351) 217 990 439 (e) [email protected] (w) www.bdo.pt

COBA – CONSULTORES DE ENGENHARIA E AMBIENTE, S.A.(m) Av. 5 de Outubro, 323 1649-011 LISBOA(t) (+351) 210 125 000(f) (+351) 217 970 348(e) [email protected](w) www.cobagroup.com(c) Engº Carlos Lopes Gonçalves(e) [email protected]

DELEGAÇÃO EM MOÇAMBIQUE(m) Centro de Escritórios Pestana Rovuma HotelRua da Sé, nº 114, 4º – 401-A MAPUTO(t/f) (+258) 21 328 813(e) [email protected](c) Engº Rui Lima(t) (+258) 820 047 454

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CESO-CI Internacional, S.A. (m) Av. Elias Garcia, 123 – 4º 1050-098 LISBOA (t) (+351) 217 999 600 (f) (+351) 217 968 997 (e) [email protected] (w) www.ceso.pt

CSA – Correia, Seara, Caldas, Simões e Associados, Sociedade de Advogados, RL(m) Av. 5 de Outubro, n.º 17, 7º Andar 1050-047 LISBOA (t) (+351) 213 552 250 (f) (+351) 213 552 268 (e) [email protected] (w) www.csca.pt

CSBA & Associados, Sociedade de Advogados, RL(m) Rua Castilho, 57, 3º Dto 1250-068 LISBOA – Portugal (t) (+351) 213 846 200 (f) (+351) 213 861 735 (e) [email protected] (w) www.csba-advogados.pt

CUATRECASAS, GONÇALVES PEREIRA – Sociedade de Advogados, R.L.(m) Praça Marquês de Pombal, 2 1250-160 LISBOA (t) (+351) 213 553 800 (f) (+351) 213 160 592 (e) [email protected](w) www.cuatrecasas.com/ptVer ficha técnica na pág. 88

DELOITTE CONSULTORES, S.A.(m) Edifício Atrium SaldanhaPraça Duque de Saldanha, 1 – 6º 1050-094 LISBOA (t) (+351) 210 422 500 (f) (+351) 210 422 950 (e) [email protected] (w) www.deloitte.com/pt

DR. AUGUSTO MACEDO PINTO (m) R. de Santa Catarina, 190 – 3º 4000-442 PORTO (t) (+351) 223 393 700 (f) (+351) 223 393 709 (e) [email protected]

DR. JOÃO CARLOS DE ALBUQUERQUE DE MOURA NAVEGA (t) (+258) 844 427 586 (t) (+258) 829 188 619(t) (+442) 032 906 576 (e) [email protected]

ENG. DANIEL PEDROSA LOPES(m) Alameda Quinta de Santo António, n.º 1 Núcleo 1 – 8 Dt. 1600-675 LISBOA (t) (+351) 217 161 630 (f) (+351) 217 153 829 (e) [email protected]

ERNST & YOUNG (m) Rua Belmiro Obadias Muianga, nº179MAPUTO(t) (+258) 21 353 000(f) (+258) 21 321 984(e) [email protected](w) www.ey.com/MZ

FCB&A – Sociedade de Advogados(m) Av. da Liberdade, nº 249 – 1º andar 1250-143 LISBOA(t) (+351) 213 587 500(f) (+351) 213 587 501(e) [email protected](w) www.fcblegal.com

FERREIRA ROCHA ADVOGADOS (m) Avenida Vladimir Lenine, Edifício Millennium Park, nº. 174, 12º D – 1100 MAPUTO(t) (+258) 21 317 159(f) (+258) 21 317 172(e) [email protected](w) www.fralaw.comVer ficha técnica na pág. 82

HORIZONE, LDA.(m) Av. Eng. Duarte Pacheco, Torre 2 Amoreiras – 8º Piso Sala 31070-102 LISBOA (t) (+351) 213 870 540 (f) (+351) 213 870 541 (e) [email protected] (w) www.horizone.pt

JOSÉ PEDRO AGUIAR BRANCO & ASSOCIADOS, R.L. (m) Rua José Falcão, 1104050-315 PORTO(t) (+351) 220 122 100(f) (+351) 220 122 101(e) [email protected](w) www.jpab.pt

MAZARS & ASSOCIADOS, SROC, S.A.(m) Rua General Firmino Miguel, n.º 3Torre 2, 1º Andar1600-100 LISBOA(t) (+351) 217 210 180(f) (+351) 217 267 961(e) [email protected](w) www.mazars.pt

MIRANDA CORREIA AMENDOEIRA & ASSOCIADOS(m) Av. Eng. Duarte Pacheco, 71070-100 LISBOA – Portugal(t) (+351) 217 814 800(f) (+351) 217 814 802(e) [email protected](c) Diogo Xavier da Cunha(e) [email protected](w) www.mirandalawfirm.com

PIMENTA E ASSOCIADOS(m) Rua Changamire Dombe (D. Diniz), nº 14Bairro de SommerschieldMAPUTO – Moçambique(t) (+258) 214 930 50

(+258) 214 955 27/8(f) (+258) 214 930 42

(m) Pemba Beach HotelRua da Marginal, nº 5470PEMBA – Moçambique(t) (+258) 862 276 751(c) Paulo Pimenta(e) [email protected]

Ver ficha técnica na pág. 92

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Empresas associadas por Sector de Actividade

MOZAMBIQUE LEGAL CIRCLE ADVOGADOS(m) JAT V–1, Rua dos Desportistas n.º 833, 6º andar – Fracção NN5MAPUTO(t) (+258) 21 344 000(e) [email protected](w) www.mlc.co.mzVer ficha técnica na pág. 91

PKF II Portugal, Lda. (m) Ed. Atrium Saldanha,Praça Duque de Saldanha, nº 1 – 4º Piso1050-094 LISBOA (t) (+351) 213 182 720 (f) (+351) 213 146 114(e) [email protected](w) www.pkf.ptVer ficha técnica na pág. 94

PLMJ – A. M. Pereira, Sáragga Leal, Oliveira Martins, Júdice & Associados – Sociedade de Advogados, R.L.(m) Av. da Liberdade, 224 – Ed. Eurolex 1250-148 LISBOA (t) (+351) 213 197 300 (f) (+351) 213 197 400 (e) [email protected] (w) www.plmj.comVer ficha técnica na pág. 98

PIMENTA, DIONÍSIO E ASSOCIADOS(m) Rua Changamire Dombe (D. Diniz)nº 14, Bairro de SommerschildMAPUTO – Moçambique(t) (+258) 21 493 050/495 527/8(f) (+258) 21 493 042(e) [email protected](w) www.pdalawfirm.comVer ficha técnica na pág. 92

QUIDGEST – Consultores de Gestão, S.A.(m) Rua Castilho, N.º 63 – 6º Andar 1250-068 LISBOA(t) (+351) 213 870 563(f) (+351) 213 870 697(e) [email protected](w) www.quidgest.pt

Rogério Fernandes Ferreira & Associados – Soc. de Advogados, RL(m) Praça Marquês de Pombal n.º 165º (Recepção)/6º 1250-163 LISBOA (t) (+351) 215 915 220 (f) (+351) 215 915 244(e) [email protected](w) www.rffadvogados.pt

VIEIRA DE ALMEIDA & ASSOCIADOS– Soc. de Advogados, R.L.(m) Av. Eng. Duarte Pacheco, n.º 26 1070-110 LISBOA(t) (+351) 213 113 400(f) (+351) 213 113 406(e) [email protected](w) www.vda.ptVer ficha técnica na pág. 101

VITOR MANUEL DOS SANTOS MARQUES DA CRUZ(m) Av. da Liberdade, n. 262, 4º Esq. 1250-149 LISBOA(t) (+351) 213 569 930(f) (+351) 213 569 939(e) [email protected](w) www.legalmca.com

Ensino, Formação e Formação Profissional

CATÓLICA LISBON SCHOOL OF BUSINESS & ECONOMICS(m) Palma de Cima1649-023 LISBOA(t) (+351) 217 214 239(f) (+351) 217 270 252(e) [email protected](w) www.clsbe.lisboa.ucp.pt

CENFIM – Centro de Formação Profissional da Indústria Metalúrgica e Metalomecânica(m) Rua do Açúcar – 881950-010 LISBOA(t) (+351) 218 610 150(f) (+351) 218 684 979(e) [email protected](w) www.cenfim.ptVer ficha técnica na pág. 87

COFAC – Cooperativa de Formação e Animação Cultural, C.R.L.(m) Av.ª do Campo Grande, 3761749-024 LISBOA(t) (+351) 217 515 500(f) (+351) 217 577 006(e) [email protected]

EPAR – Desenvolvimento Ensino Formação e Inserção, C.R.L.(m) Rua do Paraíso, n.º 1 – 5 1100-396 LISBOA(t) (+351) 218 844 130(f) (+351) 218 882 802(e) [email protected](w) www.epar.pt

FORMEDIA – Instituto Europeu de Formação Empresários e Gestores, Lda.(m) Rua Padre Américo, 12 – 1º 1600-548 LISBOA(t) (+351) 217 162 144/99(f) (+351) 217 162 223(e) [email protected](w) www.formedia.pt

Gestão de Participações Sociais

SRS ADVOGADOS(m) R. D. Francisco Manuel de Melo, n.º 211070-085, LISBOA, Portugal(t) (+351) 213 132 000 (f) (+351) 213 132 001(e) [email protected](c) José Luís Moreira da Silva(w) www.srslegal.pt

BHIKHA & POPAT ADVOGADOS(m) Avenida 25 de Setembron.º 1383, 6º Andar, porta 612MAPUTO, Moçambique(t) (+258) 823 190 904(e) [email protected](c) Nazir Bhikha e Momede Popat

Ver ficha técnica na pág. 97

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AMORIM HOLDING II S.G.P.S., S.A.(m) Rua da Corticeira, 34, Mozelos4536-902 VFR(t) (+351) 227 475 800(f) (+351) 227 475 876(e) [email protected] (w) www.amorim.com

EGORGEST, SGPS.S.A. (m) Rua Castilho, 5 – 2º Esq. 1250-066 LISBOA (t) (+351) 213 896 306 (f) (+351) 213 896 301(e) [email protected] (w) www.egor.pt

ENTREPOSTO – Gestão e Participações (S.G.P.S.) S.A.(m) Largo da Academia de Belas Artes, 101249-061 LISBOA(t) (+351) 213 233 300(f) (+351) 213 233 360(e) [email protected](w) www.grupoentreposto.ptVer ficha técnica na pág. 90

GALP ENERGIA S.G.P.S., S.A.(m) Rua Tomás da Fonseca, Torre C – 12º1600-209 LISBOA(t) (+351) 217 240 758(f) (+351) 217 242 976(e) [email protected] (w) www.galpenergia.com

GRUPO VISABEIRA SGPS, S.A.(m) Rua do Palácio do Gelo, n.º 1Palácio do Gelo Shopping, piso 33500-606 VISEU(t) (+351) 232 483 004(f) (+351) 232 483 100(e) [email protected](w) www.grupovisabeira.com

LVC – Gestão de Empresas, SGPS, Lda.(m) Avenida Maestro Jorge Peixinho, 5722870-426 MONTIJO(t) (+351) 214 873 300(e) [email protected](w) www.lvc.pt

Impressão e Indústria do Papel

PORTUCEL, S.A. (m) Mitrena – Apartado 55 2901-861 SETÚBAL (t) (+351) 265 709 000 (f) (+351) 265 709 165 (e) [email protected](w) www.portucelsoporcel.com

RENOVA – Fábrica de Papel do Almonda, S.A. (m) Lugar da Renova2354-001 TORRES NOVAS (t) (+351) 249 830 305 (f) (+351) 249 830 201 (e) [email protected] (w) www.wellbeingworld.com

Indústria Alimentar

NOVADELTA – Comércio e Indústria de Cafés, Lda. (m) Herdade das Argamassas 7370-171 CAMPO MAIOR (t) (+351) 268 680 000 (f) (+351) 268 688 961 (e) [email protected] (w) www.delta-cafes.pt

SICOSTA – Soc. Industrial de Carnes, Lda.(m) Chã do Rego D'Água, 41 – Lagoa 9560-301 AÇORES (t) (+351) 296 960 060 (f) (+351) 296 960 066 (e) [email protected] (w) www.gruposicosta.pt

SUMOL+COMPAL Marcas, S.A. (m) Estrada da Portela n.º 9 Portela de Carnaxide – Apartado 530 2791-901 CARNAXIDE (t) (+351) 214 243 423 (f) (+351) 212 487 750 (e) [email protected] (w) www.sumol.pt

Indústria Cerâmica

REVIGRÉS – Indústria de Revestimentos de Grés, Lda.(m) Apartado 13754-001 ÁGUEDA(t) (+351) 234 660 100(f) (+351) 234 666 555(e) [email protected](w) www.revigres.com

Indústria Cimenteira

CIMENTOS DE MOÇAMBIQUE (m) Av. 24 de Julho nº 7 – 9º e 10º pisos MAPUTO(t) (+258) 21 482 500(f) (+258) 21 487 868(e) [email protected](w) www.cimpor.com

Indústriade Cabos e Electricidade

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Empresas associadas por Sector de Actividade

CABELTE – Cabos Eléctricos e Telefónicos, S.A. (m) Rua do Espírito Santo, Arcozelo 4410-420 VILA NOVA DE GAIA (t) (+351) 227 537 500(f) (+351) 227 537 511(e) [email protected](f) www.cabelte.pt

SOLIDAL – Condutores Eléctricos, S.A.(m) Lugar do Paço – GandraApartado 274741-909 ESPOSENDE(t) (+351) 253 969 420(f) (+351) 253 964 910(e) [email protected](w) www.solidal.pt

Indústria Electrónica

EFACEC Capital, S.G.P.S., S.A.(m) Arroteia – Leça do Balio, Ap. 1018 4466-952 S. MAMEDE DE INFESTA(t) (+351) 229 562 300 (f) (+351) 229 518 933 (e) [email protected] (w) www.efacec.pt

EFAPEL – Empresa Fabril Produtos Eléctricos, S.A. (m) Apartado 3, Serpins 3200-902 LOUSÃ (t) (+351) 239 970 130 (f) (+351) 239 970 137 (e) [email protected] (w) www.efapel.pt

SIEMENS, S.A.(m) Rua Irmãos Siemens2720-093 AMADORA(t) (+351) 214 178 000(f) (+351) 214 178 051(e) [email protected](w) www.siemens.com

Indústria Energética

EDP Internacional, S.A.(m) Av. José Malhoa n.º 25 – 1º1070-157 LISBOA (t) (+351) 210 018 900 (f) (+351) 210 018 970 (e) [email protected] (w) www.edp.ptVer publicidade na pág. 11

HCB – Hidroeléctrica de Cahora Bassa(m) Av. 25 de Setembro nº 420Edifício JAT 1, 6º andarMAPUTO(t) (+258) 21 350 700(f) (+258) 21 314 148(e) [email protected](w) www.hcb.co.mz

Indústria Metalúrgica e Metalomecânica

AGRO-ALFA, S.A.R.L. (m) Av. de Angola nº 2475MAPUTO(t) (+258) 21 465 911(f) (+258) 21 466 003(e) [email protected](w) www.agroalfa.co.mz

CAPA – Engenharia e Construções Metalomecânicas, S.A.(m) Rua Ribeiro Cambado, 1491Alto da Serra – Apartado 31 4444-909 VALONGO (t) (+351) 224 219 600 (f) (+351) 224 219 609 (e) [email protected] (w) www.capa.pt

EXTRUSAL – Companhia Portuguesa de Extrusão, S.A.(m) Rua do Sacobão – Aradas3810-454 AVEIRO(t) (+351) 234 378 900(f) (+351) 234 378 902(e) [email protected](w) www.extrusal.pt

FERPINTA – Ind. Tubo Aço de F.P.T., S.A.(m) Carregosa, Apartado 263731-956 VALE DE CAMBRA(t) (+ 351) 256 411 400(f) (+ 351) 256 412 049(e) [email protected](w) www.ferpinta.pt

CACHAPUZ EQUIPAMENTOS PARA PESAGEM, Lda.(m) Parque Industrial de SobrepostaApartado 20124701-952 BRAGA – Portugal(t) (+351) 253 603 480(f) (+351) 253 603 485(e) [email protected](w) www.cachapuz.com(fb) facebook.com/CachapuzBilanciaiGroup

FERPINTA MOÇAMBIQUE(m) Av. Acordos de Lusaka,Talhão nº 3490 – MunhavaCP 251 BEIRA – Moçambique(t) (+ 258) 23 353 433(f) (+ 258) 23 352 031(e) [email protected](w) www.ferpinta.pt(c) Eng. Romeu Rodrigues(e) [email protected]

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FERMÓVEL – Fábrica de Mobiliário Escolar, Lda.(m) Av. Acordos de Lusaka,Talhão nº3490 – MunhavaCP 251 BEIRA(t) (+258) 233 534 33 (e) [email protected] (w) www.ferpinta.pt

MOVEX – Produção, Venda e Aluguer de Módulos Pré-Fabricados, S.A.(m) E.N. 248 2630-263 ARRUDA DOS VINHOS (t) (+351) 263 979 240 (f) (+351) 263 979 279 (e) [email protected] (w) www.movex.pt

SOSOARES – Caixilharias e Vidros, S.A.(m) Zona Industrial de Coimbrões, Lt 101 e 102, São João de Lourosa3500-618 VISEU(t) (+351) 232 479 448(f) (+351) 232 478 643(e) [email protected](w) www.grupososoares.eu

Indústria Química e Farmacêutica

CUF – Quimicos Industriais, S.A.Lagoas Park, Edifício 76 – 2ºB2740-244 PORTO SALVO(t) (+351) 210 058 600(f) (+351) 210 058 698(e) [email protected](w) www.cuf.pt

DAGOL – Lda.E.N. 377 – Edifício Dagol, Zambujal2970-908 SESIMBRA(t) (+351) 212 689 810(f) (+351) 212 680 513(e) [email protected](w) www.dagol.pt

LABORATÓRIO EDOL – Produtos Farmacêuticos, S.A. (m) Av. 25 de Abril, N.º 6, Apartado 1512795-195 LINDA-A-VELHA (t) (+351) 214 158 130 (f) (+351) 214 158 131 (e) [email protected] (w) www.edol.pt

LABORIS FARMACÊUTICA, S.A. (m) Estrada da Quinta n.º 148Manique de Baixo 2645-436 ALCABIDECHE(t) (+351) 214 725 900(f) (+351) 214 725 990(e) [email protected](w) www.grupoazevedos.com

QUILABAN – Química Laboratorial Analítica, S.A.(m) Beloura Office ParkEdifício 11 – Quinta da Beloura 2710-693 SINTRA(t) (+351) 219 236 350(f) (+351) 219 236 389(e) [email protected](w) www.quilaban.pt

QUIMITÉCNICA.COM – Comércio e Indústria Química, S.A. (m) Parque Empresarial do Barreiro Rua 35, n.º 27 – CP 5106 2831-904 BARREIRO(t) (+351) 212 069 000(f) (+351) 212 069 196 (e) [email protected](w) www.quimitecnicambiente.pt

SAPEC AGRO, S.A. (m) Av. do Rio Tejo – Herdade das Praias2910-440 SETÚBAL(t) (+351) 265 710 100(f) (+351) 265 710 105 (e) [email protected](w) www.sapecagro.pt

SE GINWALA & FILHOS, Lda. (m) Av. Mahomed Siad Barre nº 63MAPUTOMoçambique(t) (+258) 21 427 391/2 (f) (+258) 21 321 976

Instituições Financeiras e de Seguros

J. F. METAL MOÇAMBIQUE, Lda.(m) Avenida de Namaacha, Bairro de Chinonanquila, Quarteirão 1 – Casa n.º 28MATOLA – Moçambique(t) (+258) 847 564 940(t) (+258) 21 777 288(e) [email protected]

J. F. METAL, Lda. (Portugal)(m) Rua de Salvador nº 2134775-224 SILVEIROS – BARCELOS(t) (+351) 252 963 636(f) (+351) 252 963 566

(w) www.jfmetal.pt 

ENGENHARIA CONSTRUÇÃOESTRUTURAS METÁLICAS

PAVILHÕES

FERRO MOÇAMBIQUE(m) E.N. N.º1 – Km 14CP 127 MAPUTO – Moçambique(t) (+ 258) 21 471 510(f) (+ 258) 21 471 516(e) [email protected](w) www.ferpinta.ptNacala – MOÇAMBIQUE(t) (+ 258) 26 912 365(e) [email protected](c) Eng. Romeu Rodrigues(e) [email protected]

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Empresas associadas por Sector de Actividade

BNI – BANCO NACIONAL DE INVESTIMENTO(m) Av. Julius Nyerere 3504 – AZ4668 MAPUTO (t) (+258) 21 498 581(f) (+258) 21 498 595(e) [email protected] (w) www.bni.co.mzVer publicidade na pág. 55

BANCO BPI, S.A. Direcção de Marketing de Empresas (m) Praça do Município, 31 – 2º1100-365 LISBOA (t) (+351) 213 226 579 (f) (+351) 213 226 950 (e) [email protected] (w) www.bancobpi.pt

CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL (m) Rua do Ouro, 219-241 1100-062 LISBOA (t) (+351) 213 476 450/3 (f) (+351) 213 223 171 (e) [email protected](w) www.montepiogeral.pt

CAIXA GERAL DE DEPÓSITOS DNI – Direcção de Negócio Internacional(m) Av. João XXI, 63 , 7º Piso1000-300 LISBOA (t) (+351) 217 905 000 (f) (+351) 217 905 068 (e) [email protected] (w) www.cgd.pt

COSEC – Companhia de Seguros de Crédito, S.A. (D.I.T.)(m) Av. da República, 58 1069-057 LISBOA (t) (+351) 217 913 700 (f) (+351) 217 934 614 (e) [email protected] (w) www.cosec.pt

FIDELIDADE – Companhia de Seguros, S.A.Gabinete de Comunicação e Imagem (m) Largo do Calhariz, 30 1249-001 LISBOA (t) (+351) 213 238 000 (f) (+351) 213 237 270 (e) [email protected](w) www.fidelidade.pt

MOZA BANCO (m) Av. Kwame Krumah nº 97 MAPUTO (t) (+258) 21 342 000(f) (+258) 21 342 001(e) [email protected](w) www.mozabanco.co.mz

NOVO BANCO(m) Av. da Liberdade, 1951250-142 LISBOA (t) (+351) 213 501 000(f) (+351) 218 557 491 (e) [email protected] (w) www.novobanco.pt

SIBS – International (m) Rua Soeiro Pereira Gomes, Lote 11649-031 LISBOA (t) (+351) 214 169 314 (f) (+351) 214 184 778 (e) [email protected] (w) www.sibs-international.com

STANDARD BANK (m) Praça 25 de Junho, N.º 1 MAPUTO (t) (+258) 21 301 959/21 430 041/5 (f) (+258) 21 426 967 (e) [email protected] (w) www.standardbank.co.mz

SOFID – Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento, IFIC, S.A.(m) Av. Casal Ribeiro, 14 – 4º1000-092 LISBOA(t) (+351) 213 137 760(f) (+351) 213 137 779(e) [email protected](w) www.sofid.pt

BCI – BANCO COMERCIAL E DE INVESTIMENTOS(m) Av. 25 de Setembro,Prédio John Orr’s, n.º 1465MAPUTO(t) (+258) 21 353 700(f) (+258) 21 309 831(w) www.bci.co.mz

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Seguradora Internacional de Moçambique, S.A.Rua dos DesportistasN. 873-879/5MAPUTO – Moçambique(t) (+258) 21 354 510(t) (+258) 21 354 500(e) [email protected](w) www.millenniumbim.co.mz

Delegações(t) (+258) 823 023 220 – Maputo(t) (+258) 823 074 364 – Matola(t) (+258) 825 017 280 – Beira(t) (+258) 823 036 425 – Quelimane(t) (+258) 823 050 812 – Nampula(t) (+258) 823 050 808 – Nacala(t) (+258) 823 077 391 – Tete(t) (+258) 823 138 038 – Pemba

MILLENNIUM BIM Direcção de Marketing e Comunicação(m) Rua dos Desportistas, 873/879Caixa Postal: 865 Maputo(t) (+258) 21 354 230(f) (+258) 21 354 415(w) www.millenniumbim.co.mz

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Organismos Públicos

CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA Gabinete de Relações Internacionais (m) Rua do Ouro, 49 – 4º1100-060 LISBOA (t) (+351) 213 227 365 (f) (+351) 213 227 009 (e) [email protected] (w) www.cm-lisboa.pt

Rent-a-Car

VELMAX, Lda.(m) Av. de Angola nº 2212MAPUTO(t) (+258) 823 028 330(f) (+258) 844 000 251(e) [email protected]

Serviços

ASST DEVELOPERS INTERNATIONAL, Lda. (m) Av. António Augusto de Aguiar n.º 13 – 5º Esq.1050-010 LISBOA(t) (+351) 213 330 087(f) (+351) 213 300 878(e) [email protected](w) www.assetdevelopersinternational.com

AQUAPOR – Serviços, S.A.(m) Av. Marechal Gomes da Costa, 33 – 1ºA 1800-255 LISBOA (t) (+351) 217 928 670 (f) (+351) 217 974 649 (e) [email protected] (w) www.aquaporservicos.pt

DATASERV, Lda.Sistemas de Informação(m) Av. 24 de Julho, n.º 1580CP 4490, MAPUTO – Moçambique(t) (+258) 21 300 600(f) (+258) 21 326 959(e) [email protected](w) www.dataserv-mz.com

FINARQUIMOZ, Lda. (m) Rua da Praia, Bairro de MuzuaneNacala – Porto NAMPULA (t) (+258) 827 006 375 (e) [email protected]

LISTAS TELEFÓNICAS DE MOÇAMBIQUE (m) Av. 25 de Setembro MAPUTO (t) (+258) 21 308 230/2 (f) (+258) 21 309 333 (e) [email protected] (w) www.paginasamarelas.co.mz

MEGARIM ILUMINAÇÃO, S.A.(m) Rua do Centro Cultural, N.º 11, Alvalade1700-106 LISBOA(t) (+351) 218 438 450(f) (+351) 218 438 451(e) [email protected](w) www.megarim.pt

SERVISIS MOÇAMBIQUE – Serviços e Sistemas de Informação, S.A.R.L.(m) Av. do Trabalho, nº 2106 2º Andar, CP 1155 – MAPUTOMoçambique(t) (+258) 21 220 330 (f) (+258) 21 220 334 (e) [email protected](w) www.servisis.co.mzVer publicidade na pág. 47

Transportes e Logística

ANA – Aeroportos de Portugal, S.A. (m) Rua C, Edificío 124 – 2º Piso gabinete 9, Aeroporto de Lisboa 1700-008 LISBOA (t) (+351) 218 413 872 (f) (+351) 218 413 996 (e) [email protected] (w) www.ana-aeroportos.pt

APL – ADMINISTRAÇÃO DO PORTO DE LISBOA, S.A.(m) Rua da Junqueira, 941349-026 LISBOA(t) (+351) 213 611 002(f) (+351)213 611 007(e) [email protected] (w) www.portodelisboa.pt

ETE – Logistica S.A. (m) Largo do Corpo Santo, 21 1200-982 LISBOA (t) (+351) 211 128 460 (f) (+351) 211 128 475 (e) [email protected] (w) www.ete-logistica.pt

CARGALPHA – Transportes Internacionais, Lda. (m) Quinta São João das AreiasRua A, Lote 21 2685-012 SACAVÉM (t) (+351) 218 461 699/1 702(f) (+351) 218 461 704(c) Carlos López de Almeida(t) (+351) 917 590 758(e) [email protected](e) [email protected](w) www.cargalpha.pt

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Empresas associadas por Sector de Actividade

EURO ATLANTIC AIRWAYS – Transportes Aéreos, S.A. (m) Rua das Sesmarias, 3Quinta da Beloura 2710-692 SINTRA (t) (+351) 219 247 302 (f) (+351) 219 247 390 (e) [email protected] (w) www.euroatlantic.pt

GARP-C.F. GAMA AFONSO (m) Av. da Maguiguana nº 1880 MAPUTO (t) (+258) 21 225 200 (f) (+258) 21 400 260 (e) [email protected] (w) www.garp.co.mz

LAM – Linhas Aéreas de Moçambique (m) Alameda do Aeroporto MAPUTO (t) (+258) 21 465 143 (f) (+258) 21 465 134 (e) [email protected] (w) www.lam.co.mz

MANICA FREIGHT SERVICES (MOÇAMBIQUE), S.A.R.L. (m) Praça dos trabalhadores nº 51 MAPUTO (t) (+258) 21 323 021/5 (f) (+258) 21 430 674 (e) [email protected]

TAP – Air Portugal, E.P.(m) Praça Marquês de Pombal nº15 – 1º 1269-134 LISBOA (t) (+351) 213 179 157 (p) (+351) 218 415 095 (w) www.flytap.com

TCO – Agentes Marítimos e Transportes Internacionais(m) Rua Massacre Wiriano Parcela, 803Bairro de Infulene MAPUTO (t) (+258) 21 752 916 (f) (+258) 21 752 835 (e) [email protected] (w) www.grupotco.co

TRANSINSULAR – Transportes Marítimos Insulares, S.A. (m) Edifício Gonçalves Zarco Doca de Alcântara (Norte) 1399-015 LISBOA (t) (+351) 211 128 430 (f) (+351) 213 927 065 (e) [email protected] (w) www.transinsular.pt

UNITRIP – Trânsitos e Navegação, Lda.(m) Estrada Nacional 10 Polígono das Actividades EconómicasLote C, Bloco 2 2625-437 FORTE DA CASA (t) (+351) 219 428 900(f) (+351) 210 439 955 (e) [email protected]

UNIVERSAL FORWARDING KEC, Lda.(m) Rua Antero de Quental, 236 – S/3014455-586 PERAFITA (t) (+351) 229 991 500 (f) (+351) 229 966 574 (e) [email protected] (w) www.kec.pt

Turismo

SALVINTUR – Sociedade de Investimentos Turísticos, S.A. (m) Rua Rodrigo da Fonseca, 77 - 5º 1250-190 LISBOA (t) (+351) 213 870 236(f) (+351) 213 859 332 (e) [email protected](w) www.pestana.comVer publicidade na pág. 15

NCL – Transitários(sede) Centro de Negócios doFreixieiro – Edifício Europa – 2º Piso4455-586 PERAFITA – Portugal(t) (+351) 229 998 810(f) (+351) 229 967 813(e) [email protected](w) www.ncl.pt(skype) ncl-porto (filial) R. de Xabregas, Lote A, Sala 1251900-440 LISBOA – Portugal(t) (+351) 218 610 720(f) (+351) 218 681 266(e) [email protected](skype) ncl-lisboa DAYTRAVEL – Agência de Viagens(sede) Centro de Negócios doFreixieiro – Edificio Europa – 1º Piso4455-586 PERAFITA – Portugal(t) (+351) 220 309 890(t) (+351) 961 764 015/6(e) [email protected](w) www.daytravel.pt(skype) ncl-daytravel

ALIVEMoçambique Agência de Viagens, Lda.FCm Travel Solutions(m) Rua 1301 (antiga Rua dos Governadores) n.º 61, SommerschieldMAPUTO – Moçambique(t) (+258) 21 485 515(t) (+258) 847 219 854(t) (+258) 843 140 583

ALIVE(m) Avenida da Boavistan.º 50834100-141 PORTO – Portugal(t) (+351) 226 198 930(f) (+351) 226 198 979(w) www.alivetravel.com

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Desde Julho de 2008 que o “Ibo Restaurante” localizado no Cais do Sodré defronte ao rio Tejo e instalado num antigo armazém de sal dos princípios do séc. XX, reconstruído com um design moderno, tornou-se num ponto de encontro e de cruzamento de culturas e paladares moçambicanos e portugueses.

O nome do restaurante transporta-nos para a “Ilha do Ibo” situada no Arqui-pélago das Quirimbas, no norte de Moçambique, e em pleno oceano Índico que, desde tempos longínquos, é também local de encontro e cruzamento de povos e culturas.

O “Ibo Restaurante” proporciona sabores da gastronomia portuguesa e da gastronomia moçambicana, através de saborosos pratos de peixe e marisco (predominando os famosos camarões de Moçambique), pratos de carne e sobremesas artesanais. Apresenta uma carta de vinhos muito diversificada e composta exclusivamente por vinhos de origem portuguesa.

O “Ibo Restaurante” foi galardoado com o “Certificado de Excelência 2013, 2014 e 2015” pelo Tripadvisor, que é o maior site mundial de viagens e que distingue 10% das empresas que receberam a classificação “Excelente” por parte dos seus clientes.

Gastronomia de Moçambique em Lisboa

[Morada]Cais do Sodré – Armazém A – Comp. 21200-450 Lisboa[Telefone]+ 351 213 423 611[Telemóvel] +351 961 332 024[E-mail] [email protected][Site]www.ibo-restaurante.pt