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Moção de estratégia Global Apostar na Juventude André Filipe Machado Carreira Francisco Rodrigues dos Santos Mariana Brandão Rodrigues

Moção A - Apostar na Juventude

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Moção de estratégia Global

Apostar na Juventude

André Filipe Machado Carreira

Francisco Rodrigues dos Santos

Mariana Brandão Rodrigues

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2 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Índice

Índice ............................................................................................................................................. 2

Introdução ..................................................................................................................................... 3

Apostar na Implantação ................................................................................................................ 4

Apostar no Crescimento ................................................................................................................ 6

Apostar na Comunicação .............................................................................................................. 8

I. Intra-Comunicação ................................................................................................................ 8

II. Inter-Comunicação ................................................................................................................ 8

Apostar na Formação Politica ..................................................................................................... 10

Apostar na Educação ................................................................................................................... 12

I. Liberdade de escolha .......................................................................................................... 12

II. Bolsas de Estudo no Ensino Superior .................................................................................. 13

Apostar na Democracia Cristã e na Acção Social ........................................................................ 15

Conclusão .................................................................................................................................... 16

Guia por Pontos ........................................................................................................................... 17

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3 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Introdução

A Juventude Popular e o Distrito de Lisboa passam hoje por um momento bastante diferente

daquele em que estava no último congresso deste Distrito. Nestes dois anos muita coisa

mudou, somos hoje um Distrito mais implantado, mais interventivo e mais preparado. Hoje

temos o CDS no governo e temos de estar preparados para conseguir ajudar os nossos quadros

a governar.

O desígnio do Distrito neste momento deve ser apostar no crescimento, temos estabilidade na

nossa implantação e devemos agora estar mais focados nas Concelhias que são mais difíceis de

implantar, nomeadamente apoiar a zona Oeste do Distrito de Lisboa.

Deve ser também desígnio do Distrito apostar na formação politica, formar novos quadros,

melhorar a capacidade de intervenção política das Concelhias deste Distrito. Não se pode

esquecer que neste mandado teremos de preparar os nossos militantes para serem autarcas

e em caso de eleição fazerem um bom trabalho e serem identificados como eleitos da JP.

Apesar do Distrito de Lisboa ter Concelhias estáveis e a crescerem, é necessário continuar a

apostar na implantação, é necessário querer ir mais além e neste mandato temos a

capacidade de pela primeira vez na história da JP conseguir atingir o pleno de Concelhias

eleitas no Distrito de Lisboa.

Estamos no momento ideal para que a Distrital de Lisboa da JP consiga fazer mais intervenção

política, é necessário ter uma Distrital preparada para dar a sua opinião sobre a economia,

educação e acção social. Não basta apenas conseguir dar opinião sobre estes assuntos, é

necessário a Distrital ter uma estrutura que consiga passar esta mensagem para os jovens, é

necessário apostar na comunicação.

Para além de ter de conseguir chegar aos jovens lá fora, é necessário chegar aos nossos cá

dentro, é importante ter uma estrutura em que as Concelhias comuniquem entre si, para que

haja uma geração de sinergias entre todo o Distrito.

É importante também conseguir ter todo o Distrito a remar para o mesmo lado, todos

sabemos que o nosso Distrito unido vale mais do que apenas a soma das partes. É importante

apostar na união, espírito de equipa, team building. O Distrito de Lisboa tem de ser uma

equipa e trabalhar como tal, ter abertura a opiniões divergentes e perceber que com a

discussão de ideias se consegue progredir.

É importante reunir uma equipa capaz e que dê garantias de que o caminho a seguir é o mais

correcto, uma equipa que entenda que é necessário reunir o Distrito todo para apostar naquilo

que uma juventude partidária deve fazer…Apostar Na Juventude.

Apostar Na Juventude é apostar em ti, é apostar em nós!

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4 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Apostar na Implantação

O mapa geográfico do Distrito de Lisboa é composto por 16 Concelhos, sendo que a Juventude

Popular (JP) apenas está representada em 9 deles através de uma Comissão Política Concelhia

(CPC) eleita.

Atentos a esta realidade, propomo-nos a atingir paulatinamente o pleno de CPC´s no Distrito,

alcançando um marco histórico no desenvolvimento e crescimento desta Estrutura. Falamos,

portanto, da refundação das Concelhias de Alenquer, Arruda dos Vinhos, Azambuja, Loures,

Lourinhã, Vila Franca de Xira e Sobral de Monte Agraço.

Nesse sentido, disponibilizaremos, primeiramente, todos os recursos humanos e logísticos

necessários para recrutar jovens que se identifiquem com o nosso ideário político, para que

sejam eles, contando com a cooperação institucional da Comissão Política Distrital (CPD), os

precursores da JP naqueles Concelhos.

Claro está que não podemos apostar meramente na quantidade, descorando a qualidade e a

exigência que devem assistir a prospecção, a rentabilidade e o futuro da nossa Juventude

junto daquelas localidades. Deste modo, assumimos o compromisso de reforçar a

sustentabilidade das novas CPC´s através de um acompanhamento permanente, fomentando

o espírito de missão e entreajuda no desbravar dos seus primeiros caminhos na afirmação

pública.

Seremos, pois, os seus primeiros aliados na resolução dos problemas, no incremento de

competências necessárias ao desempenho da sua actividade política e em todas as matérias

em que nos for solicitada ou entendermos ser necessária a nossa colaboração.

Sem nos substituirmos ao papel autónomo que as CPC´s desempenham, saber-nos-emos

posicionar estrategicamente, de forma a apostar profundamente no crescimento humano das

nossas fileiras, no fortalecimento das relações de cooperação e na capacidade de resposta às

diferentes realidades.

O Futuro passa por semear a JP em todos os terrenos onde nasce Portugal. Isto, sim, é a

Apostar na Juventude!

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5 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Mapa do Distrito de Lisboa:

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6 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Apostar no Crescimento

Após um mandato que apostou forte e bem na implantação é necessário preparar o futuro. É

importante que as Concelhias do Distrito de Lisboa se perpetuem a trabalhar no tempo e isso

só se consegue com uma estratégia assente no crescimento.

Para se conseguir atingir o objectivo de ter uma Distrital auto-sustentável em que as

Concelhias se renovem, é indispensável conseguir chegar aos jovens, fazer com o que estes se

identifiquem com aquilo que pensamos e com a maneira que agimos.

Para isso esta Moção propõe, para conseguir chegar aos jovens lá fora, a implementação de

uma forte estratégia de marketing e de renovação da marca JP. É fundamental para estrutura

a forma como comunica para o exterior, se a JP tiver uma imagem mais apelativa e que vá de

encontro ao que os jovens estão à procura, vamos conseguir com que o primeiro contacto

aconteça de forma mais fácil. É importante que a Distrital de Lisboa da JP tenha uma estratégia

definida de como vender o seu produto, de como o posicionar e de como o diferenciar das

outras juventudes partidárias.

A Distrital de Lisboa da JP terá de se preocupar em ter uma linha de filiação continuada que

passe por todo o Distritos, ir às escolas mostrar as nossas ideias e os nossos valores. A Distrital

de Lisboa da JP terá de ir de encontro aos jovens onde eles passam mais tempo, mas também

onde se aglomeram, por exemplo não apenas ir a escolas, mas também a eventos que reúnam

os jovens como feiras de juventude, feiras de emprego jovem, etc.

Apostar no associativismo jovem é também apostar na sustentabilidade da JP, o

associativismo pode ser uma fonte de prospecção de novos filiados. Normalmente quem se

interessa em dar o seu contributo no meio onde se insere está mais interessado e aberto a

conhecer as nossas ideias, para decidir qual o seu posicionamento politico.

Por assim ser, criaremos uma base de dados com os contactos dos nossos dirigentes

associativos espalhados pelos Estabelecimentos de Ensino do Distrito. Conseguiremos, deste

modo, fomentar o contacto com os actuais e possíveis interessados em exercer cargos nas

Associações de Estudantes. Estas relações só enobrecem a acentuam a actuação política dos

nossos militantes como constituem uma rede de contactos bastante relevante para construir

novos projectos.

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7 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

É necessário a JP estar presente nas escolas secundárias e universidades, para que tenha mais

voz juntos dos jovens. Para isso pretendemos dar mais apoio à criação de NEPs, pois estes

devem servir como agregadores dos militantes da JP. Nos NEPs a possibilidade de integrarem

simpatizantes da JP, ou seja pessoas que se identificam com a JP mas que ainda não estão

filiadas, é uma forma de conseguir chegar a mais pessoas sem a barreira de obrigatoriamente

obter uma filiação imediata, é uma estratégia diferente de filiação que pode contar com o

boca-a-boca e com a experiencia de trabalhar em projectos no âmbito dos NEPs.

Ainda como estratégia de crescimento a Distrital de Lisboa da JP pretende que todos as

Concelhias tenham a possibilidade de poderem ser apoiadas da mesma forma e de terem as

mesmas oportunidades. A Zona Oeste do Distrito de Lisboa é a zona que, por ser mais longe da

capital de Distrito, é ao mesmo tempo a zona que precisa de uma maior intervenção e a que

tem menos apoio do Distrito. A necessidade de proximidade para com as Concelhias não deve

ser prejudicada com a distância que estas estão da capital.

Para combater esta falta de apoio devido à distância e à diferença social entre o Oeste e a

Grande Lisboa, esta Moção propõe a criação de um gabinete do Oeste que terá um

coordenador e três colaboradores, dependentes da secretaria-geral, que irão acompanhar as

Concelhias da zona do Oeste para que se consiga fazer crescer estas Concelhias e potencie a

criação de sinergias entre as mesmas, para que a Distrital de Lisboa e a JP beneficiem de

Concelhias fortes no Oeste. Assim conseguiremos ter Concelhias sustentáveis que se

perpetuem no tempo.

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8 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Apostar na Comunicação

I. Intra-Comunicação

Cada Comissão Política Concelhia do Distrito preserva a sua individualidade e autonomia face a

todas as outras. Não obstante as especificidades próprias do local onde estão circunscritas e

que moldam o seu modus operandi, podemos identificar um denominador comum em todas

elas: olharem na mesma direcção.

É sob esse signo transversal a todo o trabalho que iremos estabelecer laços de proximidade,

pontes de contacto e uma linha de cooperação entre as várias Concelhias. Pensamos num

projecto que congregue todo o Distrito de Lisboa e seja levado a cabo por toda a Estrutura e

não apenas por alguns dos seus intérpretes. Um plano de actuação de todos, para todos!

A abertura do Distrito a si mesmo permitirá apurar o debate na diferença, construir com a

colaboração das ideias de todas Concelhias, criar um espírito de equipa alargado à

universalidade que representamos e provar à sociedade que na JP o futuro faz-se a uma só

voz.

Urge, por isso, inovar para melhor servir. Assim, assumimos a vontade de elaborar uma rede

de contactos entre todas as Concelhias, disponível internamente, por forma a facilitar a troca

de notícias e informações úteis ao desenvolvimento das actividades conjuntas.

Não satisfeitos, queremos ir ainda mais além. Sugerimos a criação de um Senado Distrital, isto

é, um órgão colegial onde estejam reunidos todos os Presidentes das Comissões Políticas

Concelhias com o Presidente e o Secretário-Geral da Comissão Política Distrital. A solenidade

deste encontro com periodicidade definida, permitirá cumprir o desiderato de uma

comunicação eficaz e com repercussões práticas.

II. Inter-Comunicação

Não é somente no plano interno que procuramos enfatizar a área da comunicação. É

premente que consigamos projectar a nossa mensagem nas relações externas, maximizando

os recursos disponíveis, no sentido de despertarmos consciências ao maior número de

pessoas.

Para isso, cabe-nos estabelecer pontes de ligação com a sociedade civil, nomeadamente

através das novas tecnologias, dos meios de comunicação social e das actividades públicas.

De nada nos vale guardar o nosso património de princípios e valores se não lhes dermos forma

através de tomas de posição públicas. Daí que seja uma das nossas prioridades exponenciar o

campo da comunicação para fora da nossa própria Estrutura.

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9 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Por assim ser, contaremos com o trabalho de um Gabinete de Comunicação e Imprensa que

irá gerir essas relações externas, procurando e estabelecendo os momentos em que a

oportunidade do momento seja convidativa à nossa participação e visibilidade junto das

populações.

Apostar na interacção com o meio que nos rodeia é acreditar que sabemos ter uma palavra

mesmo para aqueles que não nos conseguem ouvir.

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10 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Apostar na Formação Politica

A Formação Politica é um dos pilares da estratégia deste projecto, como organização política

de juventude cabe à JP formar os quadros que poderão governar Portugal nos dias de

amanha.

O objectivo principal da formação política deve ser o de preparar os nossos militantes para que

estes sejam capazes de passar a mensagem a todos os jovens, mesmo que estes não se

tenham apercebido dos ideais defendidos nesta Juventude. É ainda relevante referir que com

esta aposta na formação política os quadros já filiados na Juventude Popular terão com certeza

um elevado grau de preparação política e além disso poderão desenvolver a sua capacidade

argumentativa, tão importante nos dias de hoje para muitas actividades na sociedade civil.

Resolvemos, por estas razões, apostar em três pontos fulcrais.

O primeiro ponto é relativo a Debates e Conferências. Neste âmbito pretendemos que os

debates sejam trimestrais e que sejam moderados por personalidades especialistas na matéria

em causa. O facto de os debates serem trimestrais tem como objectivo criar um hábito na JP

de se participar em actividades realizadas pela mesma, unindo e criando uma maior

proximidade entre os nossos militantes. A preparação dos militantes para futuras intervenções

políticas também é um propósito alcançar com estas iniciativas.

O segundo ponto relaciona-se com o Associativismo Académico. Muitos dos jovens

portugueses estão inseridos em associações de estudantes, tanto do ensino secundário como

no ensino superior, isto é um ponto extra a favor da Juventude Popular, isto porque a

experiência que estes jovens têm a nível do associativismo académico poderá ser aplicada na

JP, pois já vêm com uma outra forma de entender uma organização hierarquizada em que cada

um tem um papel diferente, porém fundamental. O Associativismo é, portanto, um modo de

formação política. Por outro lado, a Juventude Popular irá formar jovens que poderão vir a ser

dirigentes de associações de estudantes, pois serão desenvolvidos nestas iniciativas de

formação política aspectos como a oratória, a argumentação, o respeito pelas instituições e a

transmissão dos ideais da JP a estes jovens.

Por fim, a Moção Apostar na Juventude, quer ainda debruçar-se sobre a formação autárquica.

Como é natural nos dias de hoje, muitos dos nossos jovens não sabem bem ao certo o que se

passa numa autarquia e como é que esta funciona. É fundamental haver uma formação

política também neste âmbito porque muitos dos nomes que aparecem nas listas quando há

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11 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

eleições autárquicas são de militantes da JP, e para que as autarquias fiquem bem

representadas os nossos militantes têm de estar a altura deste desafio.

Formar politicamente os quadros da Juventude Popular é uma das nossas maiores apostas,

pois se nos empenharmos em formar os jovens de hoje, o futuro de Portugal estará com

certeza assegurado.

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12 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Apostar na Educação

I. Liberdade de escolha

O Ensino deve representar uma forte aposta dos Jovens portugueses, na medida em que a

formação académica ministrada nas Instituições Escolares representa uma ferramenta basilar

na conquista da mobilidade social, cada vez mais difícil de conseguir atingir em tempos onde

reina o desemprego e a falta de oportunidades.

Relativamente á liberdade de escolha do estabelecimento de Ensino, existe uma

enorme preocupação demonstrada pelos pais de uma forma constante. São

sistemáticos os problemas: a carreira do docente, condições das escolas, ou ao grau de

facilidade dos exames. Tudo se vai repetindo com o passar dos anos, sem grandes

diferenças ou alterações.

Defendemos que, de forma gradual, deve ser dada às famílias liberdade de escolha das

escolas frequentadas pelos seus filhos. Para esse efeito, deve surgir a ideia de serviço público

de educação baseado na qualidade. Não nos resignamos a uma falsa distinção entre educação

pública e privada baseada no proprietário da escola. Se a escola é propriedade do Estado, de

privados ou de cooperativas, o interessa às famílias é o serviço educativo que prestam.

A escolha deve ser livre e depender do juízo que se faça sobre o modelo de escola

apresentado e desenvolvido. Esta liberdade não pode estar limitada, como hoje sucede,

àqueles que mais posses têm ou, no caso do ensino do Estado, à alternativa entre a casa de

morada da família ou do emprego dos pais. Sabendo que a função do privado e servir, ter

lucro, deve ser o Estado o responsável por um ensino de qualidade, assegurando uma rede

de escolas públicas que torne desnecessário a recurso do privado.

O estado é promotor do bem comum e não do bem de alguns e tem de ter um papel

nivelador, harmonizador, esbatendo diferenças sociais criadas pela competitividade natural,

em que os maus fracos saem sempre a perder. Neste sentido, deve ser o Estado a chamar a si

os sectores fundamentais que a todos dizem respeito.

A escolha pode ter como aspecto essencial, entre outros factores, o ensino mais especializado

de uma determinada disciplina, a sua adequação ao destino profissional do aluno, as práticas

pedagógicas e disciplinares do estabelecimento, os métodos de ensino, a importância dada à

preparação física e ao desporto ou às artes, os resultados que se conseguem naquela escola…

Page 13: Moção A - Apostar na Juventude

13 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

A liberdade de escolha corresponde à maior alteração que se pode instituir na Educação em

Portugal, terminando com a ideia de um Ministério da Educação que tudo domina e

determina. A questão está em não demonizar um ou outro sistema mas compreender as

vantagens inerentes a ambos a arranjar o melhor caminho.

II. Bolsas de Estudo no Ensino Superior

A Juventude Popular, enquanto organização política de juventude, tem necessariamente que

pugnar pela defesa dos interesses dos jovens perante os órgãos de poder, tomando posições

públicas que vão de encontro às pretensões dos seus representados que se coadunem com o

seu programa e Carta Personalista.

Nesse sentido, jamais pode uma instituição como esta, durante um grave período de crise

sócio-económica, abster-se de participar activamente e na linha da frente, na proclamação de

uma política mais justa e equitativa de atribuição de Bolsas de Estudo aos alunos do Ensino

Superior.

No ano transacto, assistimos a um trabalho legislativo do Governo e uma actividade

administrativa da Direcção Geral do Ensino Superior, concretizados no Decreto-Lei 70/2010 de

16 de Junho, no Regulamento de Atribuição de Bolsas (16 de Setembro) e nas respectivas

Normas Técnicas Nacionais (19 de Outubro), que devido à morosidade e ao desfasamento

cronológico entre as várias publicações destes instrumentos legais, forçaram o início do ano

lectivo a começar sem que os antigos bolseiros pudessem ver renovada a sua bolsa e sem que

os novos alunos pudessem ter uma decisão sobre a apreciação do seu caso. Para colmatar esta

falha, aos primeiros foram atribuídos subsídios no valor de 98,7 euros mensais até que fossem

publicados os resultados definitivos da sua candidatura; aos segundos, restou-lhes a espera

pelos resultados. Note-se: tomou-se uma medida manifestamente insuficiente e provisória

para colmatar as carências dos antigos bolseiros e nada se fez para precaver o

desfavorecimento dos possíveis futuros beneficiários daquele regime legal. Exigia-se, no

mínimo, que a decisão definitiva fosse tomada da forma mais célere possível. Pasme-se, pois

nem isso aconteceu.

Foram necessários mais de seis meses do período de aulas para que fossem divulgadas as

listagens dos alunos abonados pelas bolsas de estudo. A acrescer à morosidade deste processo

de selecção, constatou-se que devido às alterações introduzidas nos critérios de atribuição,

nomeadamente na forma como se calculam os rendimentos mensais de cada agregado

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14 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

familiar, 50% dos processos de candidatura foram indeferidos e do universo dos deferidos

notou-se que 71% das bolsas baixaram o valor.

Face a esta conjuntura desprimorosa para a universalidade do Ensino Superior Português, e

após diversas manifestações por parte de várias Associações Académicas de todo o País, o

CDS/PP apresentou o Projecto de Lei nº 461/XI na Assembleia da República, com vista a retirar

as bolsas de estudo do âmbito do Decreto-lei 70/2010. Aprovado que foi, incumbirá o Governo

de elaborar legislação específica sobre a matéria supra mencionada.

É, pois, nesse sentido, e em estrita colaboração com a Comissão Política Nacional que

devemos apresentar a nossa alternativa: auscultando as sensibilidades das Direcções das

Faculdades, as Associações de Estudantes e aqueles que enfrentam diariamente uma batalha

pela sobrevivência escolar.

Participando na prossecução dos objectivos globais do CDS/PP para a sociedade portuguesa, e

sendo esta uma das suas bandeiras como ficou bem patente naquele Projecto de Lei

apresentado, urge reunir sinergias para combater as desigualdades sociais e proporcionar as

ferramentas de trabalho necessárias àqueles que apostam na formação académica para

conquistarem a mobilidade social num sistema de raiz meritocrática.

A voz da Juventude Popular tem que ecoar nas paredes do tempo presente, dando ânimo, vida

e força às pretensões de milhares de jovens em dificuldades para conciliar a renda da casa com

gastos de sobrevivência pessoal e as despesas que decorrem da condição de aluno do Ensino

Superior; tem que provar à sociedade que tem um papel importante e decisório na resolução

dos problemas de hoje, pois só assim haverá cada vez mais jovens a reverem-se no que somos

e a pensar como nós.

Porque a Acção Social no Ensino não é património da Esquerda, vamos trabalhar num futuro

mais justo e solidário.

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15 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Apostar na Democracia Cristã e na Acção Social

A Juventude Popular, assim como o CDS-PP, defende a Democracia Cristã como um dos seus

principais pilares e, como tal, consideramos que os princípios subadjacentes a esta ideologia

devem orientar a nossa forma de agir - neste caso, a da Distrital de Lisboa da Juventude

Popular.

A Democracia Cristã é uma ideologia baseada em princípios Cristãos como a liberdade, a

justiça social e a solidariedade. Não descurando nenhum dos outros princípios, a solidariedade

é aquele que deverá ser mais necessário a nível Distrital tendo em conta que nos deparamos

diariamente com problemas como a pobreza, a fome, o medo com que as famílias portuguesas

se deparam sempre que não têm dinheiro para pagar as contas no final do mês, a falta de

acompanhamento a idosos que necessitam dos mais variados tipos de auxilio, o desemprego,

os jovens que não têm como pagar os seus estudos, entre muitos outros casos de carência.

Por tudo isto revela-se de extrema importância que a Distrital de Lisboa da JP despenda uma

maior atenção a estas situações de emergência social!

Propomos, então, que juntamente com as instituições de caridade (de cariz Cristão ou laico),

as misericórdias, as juntas de freguesia do Distrito de Lisboa sejam desenvolvidas actividades

que possam minimizar estes problemas tão graves pelos quais a nossa população está a

passar, principalmente neste momento de crise económica e financeira.

A Moção Apostar na Juventude propõe, então, que se aposte na Acção Social mediante

iniciativas como campanhas de recolha de livros para os estudantes mais necessitados,

campanhas de recolha de roupas, brinquedos e alimentos, iniciativas de voluntariado no

acompanhamento a idosos, que tanto sofrem nos dias de hoje devido a solidão, e explicações

académicas a estudantes, sem qualquer custo, dadas pelos nossos militantes.

Releva, para este efeito, o desenvolvimento de iniciativas de sensibilização junto da sociedade

civil, para que a realidade desta fatia da população mais vulnerável seja conhecida por aqueles

que mais podem contribuir para inverter essa condição.

A celebração anual de uma Missa para a Juventude é um bom exemplo de uma actividade que

aproximaria os jovens dos princípios Cristãos, o que os tornaria cientes da importância da

intervenção Igreja na sociedade portuguesa.

Isto é Apostar na Democracia Cristã. Isto é Apostar na Acção Social. Isto é apostar na

Juventude Popular.

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16 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Conclusão

Esta Moção compreende um leque alargado de opções para o futuro do Distrito, suportadas

por uma base substantiva e ideológica devidamente consolidada e definida.

Como projecto congregador e unificador que ousamos ser, contamos trabalhar activamente

junto das nossas bases, alargando a falange de apoio jovem e renascendo onde não temos sido

capazes de mostrar a força e a voz que se exige que saibamos sempre ter.

Queremos ser do tamanho do nosso valor e, para isso, devemos construir um capital de

confiança crescente na nossa sociedade. Isso só se consegue se formos capazes de nos irmos

renovando no tempo e adaptando à diversidade das novas realidades. Não somos estanques e

sabemos apostar nos nossos quadros, pois estes últimos são o nosso património activo mais

valioso.

Vamos conseguir incrementar competências no seio da nossa Estrutura Política, para que

saibamos ter uma resposta para aqueles que confiam em nós. Vincaremos a importância do

valor ancestral que é o Ensino e da escolha da respectiva Escola, como meios necessários para

subir no elevador social.

Orientaremos, também, o sentido das nossas actividades para a acção social e para a

preocupação com o estado do próximo. É isso que a nossa matriz Cristã nos ensina.

Provaremos a nós próprios e aos outros que vale a pena Apostar… na Juventude!

Page 17: Moção A - Apostar na Juventude

17 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Guia por Pontos

Apostar na Implantação:

Atingir o pleno de Concelhias no Distrito;

Aliar a quantidade à qualidade;

Sustentabilidade reforçada pelo acompanhamento permanente.

Apostar na comunicação:

Intra-comunicação: estimular a cooperação estratégica entre as várias Concelhias –

criação de um Senado Distrital;

Inter-comunicação: estabelecer pontes de ligação com a sociedade civil;

nomeadamente através das novas tecnologias, dos meios de comunicação social e das

actividades públicas.

Apostar no Crescimento:

Forte aposta numa estratégia de Marketing e de renovação da marca JP;

Fomentar uma linha de filiação continuada no tempo, junto dos maiores centros de

aglomeração da população jovem nas várias Concelhias;

Aproximar os nossos quadros no plano do Associativismo Académico e dos NEP’s;

Criar uma base de dados com os contactos dos dirigentes Associativos que são

militantes da JP;

Criação de um gabinete do Oeste.

Apostar na Formação Politica:

Debates e Conferências

1. Debates trimestrais com personalidades especialistas nas matérias;

2. Preparar os militantes para futuras intervenções políticas.

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18 Moção de Estratégia Global – Apostar na Juventude

Associativismo

1. Formar dirigentes associativos;

2. Associativismo como formação política.

Autarcas JP

1. Saber como agir nas autarquias.

Objectivos da Formação Politica

1. Melhor preparação;

2.Capacidade de divulgação de mensagem;

3.Capacidade de argumentação.

Apostar na Educação

1. Liberdade de Escolha;

2. Bolsas de Estudo no Ensino Superior.

Apostar na Democracia Cristã e na Acção social

1. Principal aposta na solidariedade;

2. Campanhas e iniciativas para o combate de situações de emergência social;

3. Iniciativas de sensibilização dos militantes;

4. “ Missa para a Juventude”.