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Bruno da Silva Alfaro OAB/RS 83.416.... AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE MM VARA CÍVEL RIO GRANDE – RS Com pedido de AJG Com pedido liminar de inversão do ônus da prova Com pedido liminar de abstenção de atos de cobrança Com pedido liminar de retirada/abstenção da inscrição do nome do Autor do SPC/SERASA XXXXXXXXXXXXXXXXXX, NACIONALIDADE, PROFISSÃO, ESTADO CIVIL, inscrito no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado nesta Cidade XXXXX, na Rua XXXXXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXXXX, CEP XXXXXX, neste ato representado por seu bastante procurador XXXXXXXXXXX, NACIONALIDADE, ESTADO CIVIL, advogado, inscrito na OAB/XX sob o nº XXXXX, com escritório profissional nesta Cidade do XXXXXXX, na Rua XXXXXXX, nº XXXXXXX, instrumento procuratório em anexo, vem perante V. Exa., com fundamento legal em toda a legislação atinente à matéria ajuizar a presente ação ORDINÁRIA em face de: AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. (SANTANDER FINANCIAMENTOS), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 07.707.650/0001-10, com sede na Cidade de São Paulo/SP, na Rua Amador Bueno, nº 474, Bloco “C”, 1º andar, Bairro Santo Amaro, CEP 04752-901; BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 90.400.888/0001-42, com sede na Cidade de São Paulo/SP, na Avenida Presidente Juscelino Kubitchek, nº 2041, E 2235 – Bloco “A”, Bairro Vila Olímpia, CEP 04543- 011 Pelas razões de fato e de direito que passa a narrar para, ao final, requerer:

MODELO AÇÃO CONSUMIDOR - Inscrição e cobrança indevida + Repetição de Indebíto

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Modelo completo de ação de Direito do consumidor que visa rever uma cobrança indevida que gerou uma negativação do nome do cliente junto aos órgãos de proteção ao crédito. Contém pedido liminar de retirada do nome do cliente do SPC/SERASA, abstenção dos atos de cobrança e juntada do contrato de financiamento, das ligações feitas com o SAC dos Bancos e da relação completa entre o banco e a parte.

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OAB/RS 83.416....

AUTORIDADE JUDICIÁRIA COMPETENTE MM VARA CÍVEL RIO GRANDE – RS Com pedido de AJG Com pedido liminar de inversão do ônus da prova Com pedido liminar de abstenção de atos de cobrança Com pedido liminar de retirada/abstenção da inscrição do nome do Autor do SPC/SERASA

XXXXXXXXXXXXXXXXXX, NACIONALIDADE, PROFISSÃO, ESTADO CIVIL, inscrito

no CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliado nesta Cidade XXXXX, na Rua XXXXXXXXXXX, nº XXX, Bairro XXXXXXX, CEP XXXXXX, neste ato representado por seu bastante procurador XXXXXXXXXXX, NACIONALIDADE, ESTADO CIVIL, advogado, inscrito na OAB/XX sob o nº XXXXX, com escritório profissional nesta Cidade do XXXXXXX, na Rua XXXXXXX, nº XXXXXXX, instrumento procuratório em anexo, vem perante V. Exa., com fundamento legal em toda a legislação atinente à matéria ajuizar a presente ação

ORDINÁRIA

em face de:

AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. (SANTANDER FINANCIAMENTOS), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 07.707.650/0001-10, com sede na Cidade de São Paulo/SP, na Rua Amador Bueno, nº 474, Bloco “C”, 1º andar, Bairro Santo Amaro, CEP 04752-901;

BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no

CNPJ sob o nº 90.400.888/0001-42, com sede na Cidade de São Paulo/SP, na Avenida Presidente Juscelino Kubitchek, nº 2041, E 2235 – Bloco “A”, Bairro Vila Olímpia, CEP 04543-011

Pelas razões de fato e de direito que passa a narrar para, ao final, requerer:

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DAS PRELIMINARES Da Competência

Dispõe o Código de Processo Civil, no artigo 100, inciso IV, alínea d, que “é competente o foro do lugar onde a obrigação deve ser satisfeita para a ação em que se lhe exigir o cumprimento.”

Também o Código de Defesa do Consumidor determina que a competência para julgar as causas que litiguem sob o pálio da Lei 8.078/90 é o foro do lugar onde ocorreu ou deva ocorrer o dano, quando de âmbito local (artigo 93, inciso I).

Destarte, é permitido ao autor ingressar com a demanda no foro de seu domicílio, para que seja facilitada a defesa dos seus direitos, em consonância não só com o disposto no art. 101, I, do CDC, mas com os princípios que norteiam a interpretação deste micro-sistema.

Nesse sentido:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. FORO DA SEDE DA PESSOA JURÍDICA E FORO DO DOMICÍLIO DO CONSUMIDOR. ART. 100, IV, A, DO CPC E ART. 101, I, DO CDC. A competência territorial do foro do domicílio do consumidor para as ações de responsabilidade civil que envolvam relação de consumo - art. 101, inc. I, do CDC - é regra posterior e especial, que prevalece, destarte, sobre a regra anterior e geral do foro da sede quando figurar no pólo passivo pessoa jurídica - art. 100, inc. IV, ‘a’, do CPC -.[…]” (Agravo de Instrumento n. 70 012 144 036, 6ª Câmara Cível, TJRGS, Rel. Des. Ubirajara Mach de Oliveira, julgado monocraticamente em 30.06.2005). RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZATÓRIA. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. DOMICÍLIO DA DEMANDANTE. Em razão das disposições do CDC, a ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos ou serviços pode ser proposta no domicílio da demandante. Inteligência do art. 101, inciso I, do Código de Defesa do Consumidor. Agravo interno provido. Unânime” (Agravo n. 70 008 247 827, 10ª Câmara Cível, TJRGS, Rel. Des. Jorge Alberto Schreiner Pestana, julgado em 01.04.2004). AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. DANO MORAL E ABALO DE CREQUERIDADITO. ILÍCITO CIVIL. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. ART. 101, I, DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ART. 100, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. O art. 101, I, do CDC dispõe que a ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços pode ser proposta no domicílio do autor. […] Em ação de reparação de dano por inscrição indevida em órgão de proteção ao crequeridadito, o autor tem a faculdade de ajuizar a demanda no seu domicílio. Deram provimento ao agravo” (Agravo de Instrumento n. 70 006 567 002, 9ª Câmara Cível, TJRGS, Rel. Des. Adão Sérgio do Nascimento Cassiano, julgado em 27.08.2003).

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Portanto, corretamente está definido o foro competente para a presente ação, eis que em sintonia com a legislação especializada e geral.

Da legitimidade passiva do Banco SANTANDER S/A

Inicialmente, cumpre salientar a razão pela qual se incluiu o Banco Santander S/A como Réu na presente demanda. Trata-se o presente feito da hipótese em que o Banco integra o mesmo conglomerado econômico da Financeira, podendo o Banco responder pela contratação firmada entre as partes.

No caso em exame, deve ser aplicada a Teoria da Aparência, em face do princípio da boa-fé, concluindo-se pela legitimidade passiva para a causa do banco.

A responsabilização direta do fornecedor, aplicando-se a chamada teoria da aparência justifica-se pela “apropriação” que a empresa distribuidora faz do produto, assumindo a fabricação do mesmo, ao apor seu nome, marca ou signo distintivo, e aparecendo, então como produtora perante o consumidor.

É com fulcro na confiança e na boa-fé, pedras de toque da relação de consumo, que procura-se fazer a justiça, impondo-se a existência de certo grau de credibilidade mútua nos relacionamentos sinalagmáticos, para tornar possível a vida social dentro de um padrão médio de honestidade e moralidade.

É, assim, pela solidez dos negócios jurídicos que se dispensa proteção à boa-fé, a qual é exteriorizada, in casu, pela confiança depositada na aparência. Insculpidos estão, então, os alicerces da TEORIA DA APARÊNCIA.

Por óbvio, o consumidor só intentou adquirir o produto porque as circunstâncias criadas pelo preposto da empresa formaram sua convicção de ser este o real titular de um direito. A assertiva também nos remete ao PRINCÍPIO DA PROTEÇÃO AOS TERCEIROS DE BOA-FÉ, o qual, inclusive, parece-nos ser o genitor da teoria da aparência.

ORLANDO GOMES, na investigação da justificativa para a adoção do princípio da proteção aos terceiros de boa-fé por nosso ordenamento, elenca três razões principais a servir-lhe de fundamento. Eis elas:

“1 - para não criar surpresas à boa-fé nas transações do comércio jurídico; 2 - para não obrigar os terceiros a uma verificação preventiva da realidade do que evidencia a aparência; 3 - para não tornar mais lenta, fatigante e custosa a atividade jurídica. A boa-fé nos contratos, a lealdade nas relações sociais, a confiança que devem inspirar as declarações de vontade e os comportamentos exigem a proteção legal dos interesses jurisformizados em razão da crença em uma situação aparente, que tomam todos como verdadeira” 1

Sendo assim, o preposto da empresa, quando das tratativas para a concretização do negócio, incutiu no consumidor a franca convicção de que este estava a contratar com a empresa, posto que todos os formulários e o material publicitário utilizado continham o

1 Transformações Gerais do Direito das Obrigações, Rev. dos Tribs., São Paulo, 1967, p 96.

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logotipo, conforme se observa do Print Screen feito da página da Aymoré Financiamentos e anexado aos autos junto a presente e que remete diretamente para o site do Banco Santander Financiamentos.

Não custa frisar que a teoria da aparência recebe o mais amplo respaldo de nossos Tribunais, senão vejamos:

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE MÚTUO. BANCO SANTANDER. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DOS JUROS REMUNERATÓRIOS. DIFERENÇA ENTRE A TAXA EFETIVA ANUAL E MENSAL. PRECEDENTES DO STJ. RECURSO REPETITIVO (REsp n° 973827/RS). CLÁUSULA DE VENCIMENTO ANTECIPADO DA DÍVIDA. REPETIÇÃO DO INDÉBITO. AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. RETIFICAÇÃO DO POLO PASSIVO. Em se tratando a Aymoré, Crédito, Financiamento e Investimento S.A. de empresa integrante do mesmo conglomerado econômico do apelante, não há que se falar em retificação do polo passivo, mormente porquanto os contratos e boletos de pagamento foram todos emitidos com o logotipo do Banco Santander. Aplicação da Teoria da Aparência que impõe o afastamento da preliminar. CAPITALIZAÇÃO MENSAL. Com efeito, com a edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000 (atualmente reeditada sob o nº 2.170-36/2001), a incidência da capitalização mensal, anteriormente vedada pela Súmula nº 121 do STF, passou a ser aceita nas operações realizadas pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. No entanto, para que seja considerada legal a cobrança, a jurisprudência pátria consolidou entendimento de que necessária a previsão contratual expressa acerca da incidência da capitalização mensal. Caso em que a discrepância entre a taxa efetiva anual e a mensal, expressas no contrato, é suficiente a autorizar a cobrança do encargo, consoante entendimento sedimentado pelo Superior Tribunal de Justiça no julgamento do REsp nº 973827/RS. VENCIMENTO ANTECIPADO DA DÍVIDA. Por força do §2º, do art. 54 do CDC, é nula a cláusula que prevê o vencimento antecipado da dívida sem que haja prévia comunicação do devedor, que poderá optar por adimplir as parcelas vencidas e manter o contratação. DA REPETIÇÃO DO INDÉBITO. Ausência de interesse recursal no ponto, porquanto a decisão vergastada limitou-se a determinar a compensação de eventuais valores pagos a maior, caso aferidos estes em sede de liquidação de sentença. Apelo conhecido em parte e, na parte conhecida, parcialmente provido. Unânime. (Apelação Cível Nº 70058281668, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Dilso Domingos Pereira, Julgado em 26/03/2014)

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DECLARATÓRIA. MANUTENÇÃO DO BANCO SANTANDER S/A NO PÓLO PASSIVO DA DEMANDA. SUCESSOR POR INCORPORAÇÃO DE AYMORÉ CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A. INSTITUIÇÕES PERTENCENTES AO MESMO CONGLOMERADO ECONÔMICO. TEORIA DA APARÊNCIA. LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO SANTANDER PARA O PEDIDO REVISIONAL DE CONTRATOS REFERIDOS NA INICIAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70054592498, Décima Terceira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Lúcia de

Castro Boller, Julgado em 05/08/2013)

Ementa: AGRAVO DE INSTRUMENTO. SEGUROS. AÇÃO DE COBRANÇA. LEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO. APLICAÇÃO DA TEORIA DA

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APARÊNCIA. Legitimidade do Banco Santander S/A para figurar no pólo passivo da relação jurídico-processual, pois ele pertence ao mesmo conglomerado econômico da seguradora. AGRAVO DE INSTRUMENTO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70053890836, Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Artur Arnildo Ludwig, Julgado em 07/05/2013) [Grifo nosso]

Rematando o expendido, certo de que, se o contrato é celebrado por preposto que aparenta representar os interesses da empresa, deverá ser considerado perfeito e acabado desde que o terceiro contratante esteja de boa-fé. E, que neste caso, a pessoa jurídica deverá responsabilizar-se pelas obrigações assumidas por seu preposto, mesmo que não tenham poderes gerenciais ou administrativos revela-se cabal o dever da empresa de indenizar o consumidor.

DOS FUNDAMENTOS FÁTICOS E JURÍDICOS

Dos Fatos

O Autor, no final do ano de 2013, celebrou com o Réu Aymoré Financiamentos contrato de financiamento para a compra de um veículo usado. O referido contrato, tombado sob o nº XXXXXXXXXXXX, prevê o pagamento de 48 parcelas de R$ 964,53 (novecentos e sessenta e quatro reais e cinquenta e três centavos), com vencimento da primeira parcela em 25/10/2013 e da última em 25/09/2017.

O Autor sempre pagou as parcelas em dia e, por vezes, antecipou o pagamento em alguns dias, conforme se verifica do extrato em anexo.

Inobstante o fato de antecipar o pagamento das mesmas, em nenhum momento o Autor recebeu o devido desconto referente à antecipação das parcelas, sendo diretamente prejudicado por isso.

Como se isso não bastasse, em janeiro do corrente ano, o Autor aproveitando o pagamento do ser 13º salário, resolveu antecipar o pagamento da parcela do mês de fevereiro, pagando as duas parcelas com o intervalo de cinco dias entre elas, ou seja, pagou a parcela com vencimento em Janeiro no dia 22/01/2015 e a parcela com vencimento para fevereiro, no dia 27/01/2015, conforme comprovantes em anexo.

Para realizar o pagamento antecipado da dita parcela, o Autor entrou em contato no dia 26/01/2015 com o número do Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC (0800-722-9090), informado no carnê de pagamento fornecido pelo Banco, e cuja cópia se traz em anexo.

Segundo as informações da atendente do SAC do Banco Santander, o Autor foi orientado a telefonar para o nº (11) 3412-0257, contato este que seria do setor jurídico da empresa. Ainda, segundo ela, seria este o setor responsável pela realização dos cálculos para pagamento antecipado da parcela.

Conforme se verifica da conta de telefone da residência do Autor, o mesmo telefonou três vezes para o dito número, uma vez no dia 26/01/2015 para encaminhamento

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dos dados do contrato e outras duas no dia 27/01/2015 para saber o valor que deveria pagar e a forma de pagamento.

Assim, no dia 27/01/2015, o Autor foi informado que o valor para pagamento antecipado da parcela do mês de fevereiro seria de R$ 810,90 (oitocentos e dez reais e noventa centavos) e que tal valor deveria ser depositado na conta corrente indicada pela atendente, e que, segundo ela, seria de titularidade da procuradora do Banco.

Acreditando estar tudo certo, o Autor se tranqüilizou quanto ao pagamento da parcela de fevereiro, uma vez que havia antecipado a mesma.

Para sua extrema surpresa, no dia 12 de março de 2015, lhe foi enviada

uma correspondência do órgão de proteção ao crédito SERASA EXPERIAN, informando que a parcela com vencimento em 25/02/2015 – a parcela antecipada – do contrato de financiamento objeto da presente demanda, não havia sido adimplida, causando o vencimento antecipado das demais parcelas e cobrando do Autor a quantia de R$ 30.864,96 (trinta mil oitocentos e sessenta e quatro reais e noventa e seis centavos)

Ainda, no dia 13 de março de 2015, o próprio Banco Santander enviou um correspondência alegando não acusar em seu sistema o recebimento da parcela com vencimento em 25/02/2015 e solicitando que o Autor comparecesse em uma agencia do Banco para esclarecimentos.

Em 17 de março de 2015 o Autor entrou em contato com o SAC do Banco Santander, gerando um protocolo de atendimento nº XXXXXXXXXX. Nessa ligação o Autor relatou o ocorrido para a atendente, requerendo primeiramente que lhe fosse fornecido o número de protocolo da ligação realizada para o SAC nos dias 26 e 27 de janeiro do corrente ano (data em que foi requerido o valor para pagamento antecipado da parcela de fevereiro de 2015), que de pronto lhe foi negado sob a justificativa de que “a data já venceu e é muito antigo”.

Ora Excelência, convenhamos, o desrespeito das instituições bancarias as normas a eles aplicáveis chega ao ponto de, mesmo não tendo transcorrido nem sessenta dias entre a data da primeira ligação e da segunda, os dados já haviam sido deletados (??), sendo que há a previsão legal para sua manutenção por no mínimo dois anos2.

2 Nesse sentido, os artigos 15 e 16 do Decreto nº 6.523/2008, verbis:

Art. 15. Será permitido o acompanhamento pelo consumidor de todas as suas demandas por meio de registro numérico, que lhe será informado no início do atendimento. § 1

o Para fins do disposto no caput, será utilizada seqüência numérica única para identificar todos os atendimentos.

§ 2o O registro numérico, com data, hora e objeto da demanda, será informado ao consumidor e, se por este solicitado,

enviado por correspondência ou por meio eletrônico, a critério do consumidor. § 3

o É obrigatória a manutenção da gravação das chamadas efetuadas para o SAC, pelo prazo mínimo de noventa dias,

durante o qual o consumidor poderá requerer acesso ao seu conteúdo. § 4

o O registro eletrônico do atendimento será mantido à disposição do consumidor e do órgão ou entidade fiscalizadora

por um período mínimo de dois anos após a solução da demanda.

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Novamente, em 24 de março de 2015, o Autor recebeu outra carta nos mesmos moldes da primeira carta que lhe fora enviada pela SERASA EXPERIAN, mas com valor total diverso daquele apresentado anteriormente, R$ 29.900,43 (vinte e nove mil e novecentos reais e quarenta e três centavos).

E, mais uma vez, o Autor entrou em contato com o SAC do Banco Santander, com atendimento tombado com o mesmo número de protocolo anteriormente fornecido, sendo orientado a enviar novamente os comprovantes dos pagamentos realizados no dia 22/01/2015 (parcela de janeiro) e no dia 27/01/2015 (parcela de fevereiro) por e-mail para o mesmo endereço já anteriormente enviado, ou seja, [email protected].

Outra vez o Autor se tranqüilizou, pois enviou os comprovantes dos pagamentos para o Banco Santander, que não entrou em contato novamente com o mesmo para informar qualquer problema quanto aos pagamentos realizados. Assim, acreditou que os mesmos deveriam ter sido efetivados pelo Banco.

Acreditando ter saldado a dívida, o Autor ficou tranqüilo, até que, MAIS UMA VEZ, em 14 de abril de 2015, o Autor recebeu em sua residência um telegrama, com a alcunha de “Notificação Extrajudicial” remetido pelo Serviço Notarial e Registral de Joaquim Gomes/AL, informando que a dívida do Autor havia sido registrada em cartório naquela data.

Na notificação o valor cobrado é de R$ 1.028,00 (mil e vinte e oito reais), correspondendo ao valor da parcela com vencimento em 25/02/2015 de R$ 964,53 (novecentos e sessenta e quatro reais e cinquenta e três centavos), acrescidos de juros de R$ 44,36 (quarenta e quatro reais e trinta e seis centavos), multa de R$ 19,29 (dezenove reais e vinte e nove centavos) e honorários de R$ 22,08 (vinte e dois reais e oito centavos).

A origem dos débitos é a mesma, ou seja, o Contrato nº 20020740522 e, novamente, o valor total cobrado é diferente do anteriormente cobrado pelo banco Réu, R$ 22.331,95 (vinte e dois mil trezentos e trinta e um reais e noventa e cinco centavos).

Sem saber mais onde recorrer, e com o receio de ver seu nome registrado junto aos órgãos de proteção ao crédito, o Autor foi até o Banco Santander requerendo que lhe fosse fornecido novo boleto para pagamento da quantia já paga pelo mesmo em janeiro, o que de pronto foi fornecido pelo Réu.

Assim, o Autor pagou mais R$ 1.053,11 (mil e cinquenta e três reais e onze centavos), ou seja, pagou novamente a parcela que já havia sido adimplida em virtude da coação feita pelo Banco Réu.

Ademais, o Banco Réu ainda cobrou valor diverso daquele informado pelo seu próprio site, que identificou o pagamento como sendo no valor de R$ 1.031,01 (mil e trinta e um reais e um centavos), ou seja, diferença de R$ 22,10 (vinte e dois reais e dez centavos).

Art. 16. O consumidor terá direito de acesso ao conteúdo do histórico de suas demandas, que lhe será enviado, quando solicitado, no prazo máximo de setenta e duas horas, por correspondência ou por meio eletrônico, a seu critério. (Grifo nosso)

Bruno da Silva Alfaro

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Inobstante a isso, o Autor continua a receber cobranças com outras propostas para saldar a dívida apesar de ela JÁ TER SIDO ADIMPLIDA.

Assim, observa-se que as Rés, por total desorganização administrativa e certa dose de má-fé, cobrou novamente do Autor por uma dívida já paga, e o pior, AMEAÇOU NAGATIVAR SEU NOME JUNTO AOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO.

O Autor de boa-fé pagou por sua dívida, e honrou seu compromisso, e mesmo assim, viu seu nome vilipendiado pela desídia profissional das Rés.

Até hoje o Autor continua recebendo ligações cobrando a mesma dívida já paga, mesmo já tendo o Autor alertado as Rés, inúmeras vezes, que o pagamento já havia sido realizado.

Durante o período compreendido entre o dia 27 de Janeiro de 2015 até o dia em que realizou o pagamento, o crédito do Autor encontra-se frontalmente abalado perante as instituições financeiras e perante a sociedade, vendo-se obrigado a pagar juros para subsidiar suas necessidades básicas.

Resumindo, o Autor restou com seu crédito abalado por uma inscrição indevida no SCPC/SERASA, por uma dívida já paga. Tudo isso em virtude da enorme DESORGANIZAÇÃO E TOTAL DESRESPEITO das empresas para com os consumidores.

Fica claro, da análise do “Comprovante de Depósito em Poupança em Dinheiro”, que o Autor pode ter sido vítima de uma FRAUDE, sendo ludibriado a depositar valores em uma conta corrente utilizada para este fim, por isso é que requer seja encaminhado ofício ao Banco do Brasil S/A, para que informe:

1. O nome completo da titular da conta; 2. os dados completos da mesma; 3. onde fica localizada a Agência em que foram depositados os valores; 4. sobre a possibilidade de emissão de uma segunda via do referido

comprovante;

Ainda, há que se cogitar, segundo as informações trazidas aos autos, que o Autor possa ter sido vítima de uma FRAUDE, orquestrada por algum funcionário ou algum preposto dos Réus, que sabiam de muitos dados do Autor e tinham acesso a um gama de documentos extremamente personalíssimos.

A falta de cuidado com o resultado que estas cobranças indevidas geram na vida das pessoas é gigantesco, e apesar de ser amplamente divulgado nos meios de comunicação, nada é feito para que tais absurdos sejam repelidos, chegando-se ao desplante de um dos atendentes fazer a seguinte afirmação: ”O QUE ESTÁ ACONTECENDO COM O SENHOR, ACONTECE TODOS OS DIAS COM OUTRAS PESSOAS”.

Por tais fatos acima expostos, e pelo total descaso dos Réus é que se busca a tutela jurisdicional pretendida, através dos fundamentos jurídicos que a seguir serão expostos, no sentido de declarar a inexistência do débito e indenizar o Autor pelos danos por ela suportados.

Bruno da Silva Alfaro

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Do Direito

- Da Cobrança Indevida e da Repetição em Dobro

O Autor, como se infere do plano factual trazido aos autos, foi cobrado ilegalmente e negativado perante os órgãos de proteção ao crédito, por uma dívida comprovadamente já paga.

O Autor foi orientado a realizado o depósito conforme efetivamente realizado, no valor de R$ 810,90 (oitocentos e dez reais e noventa centavos) para pagamento da parcela com vencimento em 25/02/2015, sendo paga um mês antes de seu vencimento de forma antecipada no dia 27/01/2015.

Mesmo assim, os Réus não reconheceram os valores pagos, e continuaram a importunar o Autor até que o mesmo não tivesse outra escolha a não ser pagar novamente o débito.

Assim, todas as cobranças que importunaram a vida do Autor assim como a própria negativação de seu nome constituem um verdadeiro constrangimento ilegal por parte das Demandadas, que buscaram a qualquer custo cobrar por uma dívida já paga por pura desorganização e irresponsabilidade.

Desta forma, sendo a cobrança indevida e tendo o Autor realizado o pagamento do valor que estaria pendente – R$ 1.053,11 (mil e cinquenta e três reais e onze centavos) – (comprovante em anexo) cabível a repetição, em dobro, perfazendo a quantia de R$ 2.106,22 (dois mil cento e seis reais e vinte e dois centavos).

Indiscutível é, também, o fato de que mesmo tendo o Autor notificado administrativamente os réus para que cessassem com as cobranças - o que não foi respeitado – fizeram pior, negativaram o nome do Autor gerando mais transtornos ainda, mais uma razão para o efetivo reconhecimento da cobrança indevida.

Nesse sentido vem decidindo a ampla e majoritária jurisprudência do E. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul.

Ementa: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. PRELIMINARES DE FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL E ILEGITIMIDADE PASSIVA AFASTADAS. FINANCIAMENTO BANCÁRIO PRÓ-LUZ QUITADO. COBRANÇA DAS PARCELAS NAS FATURAS DE ENERGIA ELÉTRICA. COBRANÇA INDEVIDA. INEXIGIBILIDADE DO DÉBITO. DEVOLUÇÃO DO VALOR PAGO (R$ 150,00), EM DOBRO. AUSENTE INSCRIÇÃO EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO. NÃO COMPROVADA SITUAÇÃO EXCEPCIONAL A CONFIGURAR O DANO MORAL. INDENIZAÇÃO AFASTADA. RECURSOS DAS RÉS PROVIDOS EM PARTE. RECURSO DO AUTOR PREJUDICADO. UNÂNIME. (Recurso Cível Nº 71005334586, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em 24/03/2015)

Ementa: PEDIDO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO, COMBINADO COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO, OBRIGAÇÃO DE FAZER E INDENIZAÇÃO POR

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DANOS MORAIS. INSTITUIÇÃO RÉ QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO ÔNUS PROBATÓRIO QUANTO À EXISTÊNCIA DE DÉBITO PENDENTE RELATIVO A CONTRATO PELO QUAL INSCREVEU O NOME DO AUTOR EM ÓRGÃO RESTRITIVO DE CRÉDITO. INSCRIÇÃO INDEVIDA. DEVER DE INDENIZAR. DANO MORAL PURO. 1 - Narra o autor que foi inscrito indevidamente pela ré por débito quitado. Postulou a devolução em dobro dos valores de parcelas do financiamento que diz ter quitado duplamente, bem como do valor que originou a inscrição, com a retirada do apontamento e indenização pelos danos morais suportados. 2 - A quitação do débito, referente ao empréstimo de contrato n. 11019006027764/107528526, foi comprovada pelo autor através dos documentos das fls. 19/30, havendo, inclusive a cobrança de uma 25ª parcelas (fl. 23), desconsiderando que o financiamento foi feito em 24 vezes (fls. 17/18), a qual deve ser restituída. 3 - A inscrição indevida, do valor de R$ 1.942,44, foi realizada em 25/10/2013 e feita com relação ao contrato quitado em junho/2013, de n. 11019006027764/107528526 (fls. 15 e 23), cujo valor o autor adimpliu novamente, como se vê à fl. 30 dos autos, o que enseja a restituição em dobro. 4 - A ré, em sua defesa, argumentou que o contrato supramencionado está em aberto, justificando a inscrição em órgão restritivo de crédito, e que o contrato quitado é o de n. 11019007541052/109116614, porém, a prova que acostou aos autos não é suficiente para esclarecer a respeito, pois cabe à ré comprovar a origem do débito, ônus do qual não se desincumbiu como lhe impõe o artigo 333, II, do Código de Processo Civil. 5 - A inscrição do autor nos órgãos restritivos de crédito foi indevida, constituindo dano moral in re ipsa, além de gerar ao autor angústias, aborrecimentos, frustrações e abalo em sua paz psíquica, transtornos que extrapolam os meros aborrecimentos do cotidiano, ensejando indenização por danos morais. 6 - O quantum arbitrado pelo Juízo de origem (R$ 7.240,00) não comporta minoração, uma vez que está de acordo com os parâmetros utilizados pelas Turmas Recursais em casos semelhantes, atingindo o caráter pedagógico, evitando que a recorrente volte a praticar os mesmos erros novamente. 7 - Astreintes ficadas que não comportam modificação, pois o intuito da multa é obrigar o devedor a cumprir a obrigação a que fora condenado, e tal análise deverá ocorrer na fase de cumprimento de sentença, se houver. RECURSO DEPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005012836, Terceira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Glaucia Dipp Dreher, Julgado em 29/01/2015)

Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DECLARATÓRIA. SENTENÇA EXTRA PETITA. DANOS MORAIS. CONDENAÇÃO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. Inexistindo pedido expresso de condenação da instituição financeira por danos morais, o julgamento que determina o pagamento dessa indenização é extra petita. Sentença desconstituída parcialmente. INEXISTÊNCIA DA DÍVIDA. A rescisão do contrato de prestação de serviços implica inexistência de dívida, tendo em vista a inexistência de prestação de serviço ou fornecimento de produto. CESSÃO DE CRÉDITO. EXCEÇÕES PESSOAIS. Na cessão de crédito, o credor transfere a terceiro os direitos que possui na relação obrigacional. O devedor pode opor ao cessionário as exceções pessoais que lhe competirem (art. 294 do CCB). RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos devem responder solidariamente (art. 25, §1º, do CDC). No caso concreto, inobstante o distrato, a prestadora de serviços não providenciou o

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cancelamento do débito da autora junto à instituição financeira (cessionária), a qual, por sua vez, persistiu na cobrança indevida, registrando o nome da demandante em órgãos restritivos de crédito. Por isso, ambas devem responder pelos prejuízos sofridos pela consumidora. REPETIÇÃO EM DOBRO DO INDÉBITO. Na cobrança indevida, o consumidor tem direito à repetição do indébito em dobro, salvo engano justificável do fornecedor (art. 42, parágrafo único, do CDC). Na hipótese, a cobrança de parcelas mesmo após o distrato configura engano injustificável da prestadora de serviços e da instituição financeira, o que implica repetição em dobro dos valores pagos nesse período. Outrossim, as parcelas pagas antes do distrato devem ser objeto de devolução na forma simples. DANO MORAL. VALOR INDENIZATÓRIO. MAJORAÇÃO. O quantum indenizatório, atendido o princípio da razoabilidade, deve ser fixado considerando as circunstâncias do caso, o bem jurídico lesado, a situação pessoal do autor, inclusive seu conceito, o potencial econômico do lesante, a idéia de atenuação dos prejuízos do demandante e o sancionamento do réu a fim de que não volte a praticar atos lesivos semelhantes contra outrem. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MAJORAÇÃO. Tratando-se de sentença condenatória, os honorários advocatícios devem ser fixados entre 10 e 20% sobre o valor da condenação nos termos do art. 20, caput, do CPC, observadas as normas das alíneas "a", "b" e "c" do § 3º do mesmo dispositivo legal. Manutenção do valor estabelecido na sentença. SENTENÇA PARCIALMENTE DESCONSTITUIDA, DE OFÍCIO. APELAÇÃO DA RÉ AYMORE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A. DESPROVIDA. RECURSO ADESIVO DA AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70055985469, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Julgado em 17/12/2013)

Afora isso, por evidente, em se tratando de relação consumerista a interpretação deve ser mais favorável a consumidora.

A cobrança foi indevida uma vez que se tratava de dívida que já havia sido alvo de renegociação e acordo entre partes e sendo completamente adimplida pelo Autor, conforme se infere dos comprovantes em anexo.

DOS DANOS MORAIS - Das Consequências Trazidas à Psique Do Autor

Diante dos fatos acima relatados, mostra-se patente a configuração dos “danos morais” sofridos pelo Autor, dano que se caracterizam de forma ínsita ou in re ipsa, isto é, pelo constrangimento a que foi submetido o Autor ante indisponibilidade do seu crédito perante toda a sociedade, e por ser compelido ao pagamento valor de dívidas já adimplidas, constrangendo o Autor de forma ilegal e por diversas formas e maneiras a realizar o pagamento de tal dívida.

Assim, pela reiterada prática, que vem ocorrendo há mais de UM ANO, inobstante os inúmeros contatos obtidos para que cessassem as cobranças amigavelmente, ocorrendo assim a quebra de confiança (abuso) das instituições requeridas, com quem possuía relações negociais, e que detém TODOS OS DADOS

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CADASTRAIS E INFORMAÇÕES SIGILOSAS DO MESMO, TAIS COMO, NÚMERO DE CPF, RG, CONTA BANCÁRIA, ENDEREÇO, entre outros.

Como é sabido, a moral é reconhecida como bem jurídico, recebendo dos mais diversos diplomas legais a devida proteção, inclusive amparada pelo art. 5º, inc. V, da Carta Magna de 1988 e arts. 186 e 927, ambos do CCB. Também, o Código de Proteção e Defesa do Consumidor, no seu artigo 6°, protege a integridade moral dos consumidores.

Isto posto, a reparabilidade moral da honra e psique do Autor deve ser imposta ao Demandado, o qual não satisfeito com o pagamento já efetuado, procurou (por desorganização e desrespeito já conhecidos) se apropriar indevidamente de dinheiro alheio, simulando que o contrato existente não teria sido cumprido pelo Autor (mesmo com toda a prova em contrário) e constrangendo o Autor a pagar novamente por uma dívida já paga, causando-lhe prejuízos e a constrangendo em buscar solução para o impasse.

Tais circunstâncias não têm como ser restabelecidas e, por ocasião disso, precisam ser compensadas pecuniariamente, como é a forma de fixação/liquidação dos danos de natureza moral.

Ademais, inobstante a demonstrada culpa dos Bancos-Demandados, pelos princípios advindos do CDC, subsiste a responsabilidade objetiva desta, o que impõe o dever de indenizar, independente da existência de culpa, conforme preceitua o art. 14 daquele diploma.

A conduta abusiva do fornecedor enseja reparação. Os danos morais sobrevêm à prática de um ato que, sem embasamento contratual, ofende o patrimônio do consumidor, indevidamente.

Nesse caminhar, a jurisprudência dos tribunais vem decidindo reiteradamente sobre a prescindibilidade da demonstração do abalo à honra, fazendo com o que o dano moral se torne presumível, até mesmo pelo fato de que tal tipo de dano é intangível, tornando sua aferição material impraticável.

EMENTA: NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. INDENIZATÓRIA. MOVIMENTAÇÃO INDEVIDA NA CONTA CORRENTE DO AUTOR. Falta de autorização expressa obvia que o Banco movimente valores de conta corrente, ainda mais se para quitar débito próprio mas referente a outro contrato (de cartão de crédito). Autotutela inaceitável. Prática abusiva que configura ilicitude. Responsabilidade objetiva, na forma do CDC. Revelia do fornecedora réu/apelado. Dever de indenizar. Procedência da demanda. Apelo PROVIDO. (Apelação Cível Nº 70022740617, Décima Nona Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Francisco Pellegrini, Julgado em 19/08/2008)

Assim:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores

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por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Como ensina Sérgio Cavalieri Filho (PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE CIVIL, 2ª edição, 4ª tiragem, Malheiros Editores, 2001, p. 306):

“Não será demais lembrar que, se estiver em jogo relação de consumo, responderá o banco objetivamente pelo fato do serviço, com fundamento no art. 14 do CDC, como nas hipóteses seguintes: cheque equivocadamente creditado na conta de outro correntista; conta corrente movimentada por pessoa não autorizada a fazê-lo; débito em conta corrente sem autorização; conta de poupança conjunta transformada em individual, sem a autorização de ambos os titulares da conta, com saque de importância vultuosa; inclusão indevida do nome do correntista no rol dos clientes negativos; extravio de títulos de crédito depositados para custódia e cobrança; furto de talão de cheque do cliente ou de cartão magnético quando ainda em poder do banco.” (grifou-se)

Por conseguinte, diante do fato ilícito, nasce o dever de indenizar. Cuidando-se de dano moral in re ipsa é de ser reconhecida a procedência do pedido neste aspecto.

É presumível a alteração negativa causada à psique da consumidora, legalmente vulnerável, vendo seu nome inscrito irregularmente no cadastro de proteção ao crédito, em virtude de uma dívida já adimplida e sendo cobrada por ela por mais de 12 meses.

A conduta abusiva do fornecedor enseja reparação. Os danos morais sobrevêm à prática de um ato que, sem embasamento contratual, ofende o patrimônio do consumidor, indevidamente.

Ainda, na mesma esteira ensina Aguiar Dias ‘o dano moral é o efeito não patrimonial da lesão de direito e não a própria lesão abstratamente considerada.’

Nesta senda, resta cristalino o dever de indenizar o Autor dos prejuízos causados a sua psique, caracterizados estes por todo o transtorno ocasionado pelos Bancos-Requeridos e pela conduta perniciosa e inescrupulosa perpetrada por eles.

ALÉM DISSO, não se pode olvidar o fato de que o Autor pode ter sido vítima de uma FRAUDE, sendo enganado basicamente em virtude das graves falhas na segurança das informações bancárias do AUTOR, que entrando em contato com as formas de comunicação do consumidor com os Réus, FOI ORIENTADO A REALIZAR O DEPÓSITO NA REFERIDA CONTA CORRENTE DE TERCEIRO. A FALTA DE CUIDADO E RESPEITO, CAUSARAM UM ENORME TRANSTORNO AO AUTOR QUE ATÉ O MOMENTO SOFRE COM ESSA HISTÓRIA.

Nesse sentido:

Ementa: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. FINANCIAMENTO. AÇÃO DE DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. FRAUDE. INSCRIÇÃO INDEVIDA NOS CADASTROS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. DANO MORAL NÃO

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CONFIGURADO. 1. A parte ré BANCO SANTANDER SA pede provimento ao recurso para reformar "in totum" a sentença, a fim de que se julgue improcedente a ação. Alternativamente, requer a minoração do quantum indenizatório. 2. Relação de consumo que opera a inversão do ônus da prova, nos termos do art. 6º, inciso VIII, do CDC. Logo, cabia às partes rés demonstrar que o financiamento foi efetivamente feito pelo autor e não por terceiro , consoante o art. 333, inciso II, do CPC,o que não ocorreu. 3. Cumpre salientar que nos documentos acostados pela ré TIPO COMERCIO DE VEÍCULOS LTDA. verifica-se documento com os dados do autor (fl.60), porém com foto diferente do documento original (fl.11), corroborando a hipótese de fraude de terceiro. 4. Assim, indevido o débito de R$ 24.680,64, devendo o mesmo ser desconstituído. 5. Importa salientar que o fornecedor de produtos responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores, nos termos do art. 12 do CDC, salvo hipótese de culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro prevista no parágrafo terceiro, inciso III, do referido artigo. 6. Assim, concluindo-se que a fraude foi bem elaborada através de terceira pessoa que, munida de documento de identidade falso, se fez passar pelo autor (fl. 60), não se pode imputar às rés responsabilidade pelos danos morais decorrentes do débito contraído, visto que o dever de cautela do fornecedor, nas relações de consumo, deve ser exigido nos limites de suas possibilidades. 7. Merece ser reformada, portanto, a sentença no ponto que condenou as rés ao pagamento solidário da quantia de R$2.000,00 a título de danos morais, por estar configurada a culpa exclusiva de terceiro no caso concreto, estando eximidas as rés, no caso concreto, da sua responsabilidade objetiva, conforme preconiza o art. 12, parágrafo terceiro, inciso III, do CDC, em relação aos danos morais. SENTENÇA REFORMADA EM PARTE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005210232, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Fabiana Zilles, Julgado em 30/06/2015

Por outro lado, dentre as mais recentes tendências acerca da Responsabilidade Civil suscitam a transformação do instituto da responsabilidade civil de um instituto de função reparatória para um instituto de função primeiramente dissuasória e punitiva e que, diante disso, relega a figura do dano à um plano secundário, por não se preocupar mais com a simples reparação do dano, mas sim com o fulcro de evitar que estes danos voltem a acontecer.

Assim, em caso não entenda existir abalo a moral do Autor – o que está claramente comprovado nos autos – e confirmada seja a inexistência de dano moral, nenhuma punição será imposta ao Banco por suas condutas lesivas e ilegais perpetrada contra o patrimônio do Autor.

Verifica-se, portanto, que na hipótese de Vossa Excelência entender não existir dano moral na conduta execrável praticada pelos Bancos, e nenhuma punição for imposta consequentemente, corre-se o risco de “autorizar” as instituições bancárias a perpetrarem ações ilegais e indevidas ao seu bel prazer, sem que exista qualquer conseqüência para estas atitudes, contrariando aquela velha afirmativa feita por Pablo Neruda - que mesmo não sendo um autor civilista, reconhece a autonomia da vontade como seu primado e a essa adiciona a inafastável responsabilidade civil decorrente – em seu tempo:

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“Você é senhor de suas escolhas, e escravo de suas conseqüências”.

Diante de tais fatos ilícitos, nasce o dever de indenizar, tratando-se de dano moral in re ipsa, requerendo a fixação em sentença de indenização pelos danos suportados pelo Autor.

Contrariamente, estará V. Excelência. negando o passado histórico de vanguarda do TJ/RS, posto que estará desconhecendo a novel tendência da função dissuasória e punitiva da Responsabilidade Civil em detrimento da própria existência do dano.

A sociedade, maior interessada nesta hermenêutica exige uma postura adiante. E é por isso que é impositiva a reforma da decisão, que afasta esses primados da Responsabilidade Civil, enxergando o dano pelo pára-brisa, quando deveria vê-lo pelo retrovisor.

Dos Pedidos Liminares - Da Inversão do Ônus da Prova

Em sendo patente a relação consumerista formada, impõe-se aqui o reconhecimento da vulnerabilidade do Autor, e, nesta seara, visto a total omissão de informações de que foi vítima, impõe-se a declaração de hipossuficiência com a devida inversão do ônus da prova, tudo nos termos dos artigos do CDC:

Art. 4º - A Política Nacional de Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria de sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípios: I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo; Art. 6º - São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

Veja, Excelência, que no caso, para a aplicação da inversão do ônus probatório desinteressam os critérios definidos para a antecipação da tutela, mas, cabe a análise da verossimilhança das alegações ou da hipossuficiência, quer dizer, a maior dificuldade do consumidor em produzir os elementos necessários a ratificação das suas alegações.

Com amparo nos argumentos fáticos e jurídicos corroborados pela prova que ora se colaciona, constatando-se a presença de verossimilhança das alegações e da hipossuficiência do Autor diante dos réus, detentores de poderio técnico-econômico em relação àquele, faz jus o Autor a inversão do ônus da prova com lastro no art. 6º, VIII e 51, VI, ambos do CDC c/c art. 333, II do CPC.

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Carlos Roberto Barbosa Moreira3 afirma que "o ato judicial, devidamente motivado, indicará a ocorrência de um dentre essas duas situações: a) a alegação do consumidor é verossímil; ou b) o consumidor é hipossuficiente. O emprego da conjunção alternativa e não da aditiva ‘e’, significa que o juiz não haverá de exigir a configuração simultânea de ambas as situações, bastando que ocorra a primeira ou a segunda".

Ora, é indiscutível a verossimilhança das alegações do Autor, assim como sua hipossuficiência, respaldada pelos documentos ora juntados. Também, diversas informações constam apenas e tão somente em poder dos réus, e daí o reconhecimento da hipossuficiência com a devida inversão do ônus da prova.

Nesse sentido é que se requer seja efetivada a inversão do ônus da prova no sentido de que os Réus tragam aos autos os seguintes documentos:

Contrato de Financiamento nº XXXXXXXXX;

O número do Protocolo e o respectivo áudio da ligação feita no dia 27/01/2015;

O áudio das ligações realizadas nos dias 17/03/2015 e 24/03/2015 tombadas sob o protocolo nº XXXXXXXX;

Por fim, com a possibilidade de o Autor ter sido vítima de uma FRAUDE, requer seja encaminhado ofício ao Banco do Brasil S/A, para que informe:

1. O nome completo da titular da conta; 2. os dados completos da mesma; 3. onde fica localizada a Agência em que foram depositados os valores; 4. sobre a possibilidade de emissão de uma segunda via do referido

comprovante;

- Do reconhecimento da vulnerabilidade jure et jure do Autor

Não restam dúvidas acerca da natureza consumerista que vige em dita ação. A política Nacional de Relações de Consumo, conforme o artigo 4º, do Código de Defesa e Proteção do Consumidor, estabelece como objetivo, o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo.

O Código de Defesa do Consumidor estabelece nos artigos 2º e 3º:

Art.2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. (...) Art.3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção,

3 MOREIRA, Carlos Roberto B. Notas sobre a inversão do ônus da prova em benefício do consumidor. RePro, n.º 86

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transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. §1º Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. §2º Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista. (grifei)

Diz ainda a Lei Consumerista no artigo 17 que se considera consumidor todas as vítimas do evento, ou seja, ainda que não tenha firmado qualquer relação jurídica com a requerida, por ter sofrido danos e constrangimentos decorrentes desta relação inexistente, está ele protegido pelo CDC.

Portanto, clara está a relação jurídica de consumo havida entre as partes.

Estabelece ainda como princípio basilar seu o reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo.

Este reconhecimento é absoluto, jure et jure, conforme preleciona José Geraldo Brito Filomeno:

“No âmbito de tutela especial do consumidor, efetivamente, é ele sem dúvida a parte mais fraca, vulnerável, se se tiver em conta que os detentores dos meios de produção é que detêm todo o controle do mercado, ou seja, sobre o que produzir, como produzir e para quem produzir, sem falar-se na fixação de suas margens de lucro.”

Ainda, nunca é demais lembrar que em se tratando de relação de consumo, independente da inversão do ônus da prova, ainda assim cabe às requeridas refutar as afirmações do requerente, nos termos do CDC.

Ademais, comprovado inclusive documentalmente os fatos narrados na inicial, e neste sentido há que se reconhecer a abusividade da cobrança feita, declarando-se a inexistência de qualquer débito inadimplido do Autor para com as instituições Demandadas, e a consequente retirada/abstenção da inscrição do nome do Autor dos cadastros de proteção ao crédito SPC/SERASA, uma vez que comprovados os pagamentos dos valores.

Dos Pedidos Ante o exposto, REQUER: a. Liminarmente, seja determinada a retirada do nome do Autor dos Órgãos de

Proteção ao Crédito SPC/SERASA, no prazo de 05 (cinco) dias, sob pena de multa diária em caso de descumprimento, a ser fixada por Vossa Excelência;

b. Liminarmente, seja reconhecida a hipossuficiência do Autor, invertendo-se o ônus da prova, requerendo-se desde já que os Réus tragam aos autos o “Contrato de Financiamento nº XXXXXXXXXXX”; o número do Protocolo e o respectivo áudio da ligação feita no dia 27/01/2015; o áudio das ligações realizadas nos dias 17/03/2015 e 24/03/2015 tombadas sob o protocolo nº XXXXXXXXXXXXX;

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c. Liminarmente, seja determinado aos réus que se abstenham da prática de quaisquer atos de cobrança , sob pena de multa diária a ser fixada por Vossa Excelência;

d. Liminarmente, seja enviado ofício ao Banco do Brasil S/A, para que informe onde fica a agência em que foi depositado o valor constante do comprovante de depósito em poupança assim como para que informe ao Juízo os dados completos da titular da conta e uma cópia do comprovante em melhor qualidade;

e. A citação, via postal, dos réus para contestar querendo, sob as penas da revelia e confissão;

f. No mérito, seja DECLARADA a inexistência de qualquer dívida inadimplida entre o Autor e os Réus, rescindindo-se qualquer ato firmado contrário a vontade e conhecimento do Autor, bem como sejam CONDENADAS a devolver os valores cobrados indevidamente, em dobro, perfazendo R$ 2.106,22 (dois mil cento e seis reais e vinte e dois centavos), devendo ser devidamente atualizado e corrigido segundo parâmetros legais;

g. Ainda no mérito, seja fixada a condenação dos Demandados ao pagamento de indenização compensatória por danos morais, caracterizados pelo abalo de crédito gerado pela indevida inscrição nos órgão de proteção ao crédito e pelas importunas e inúmeras cobranças indevidas realizadas pelos Réus, em valor a ser arbitrado por Vossa Excelência;

h. A concessão de AJG nos termos da lei n. 1060/50; i. A produção de todo o tipo de prova em Direito admitido, especialmente prova

documental, depoimento pessoal e prova testemunhal cujo rol será apresentado oportunamente.

Dá a causa o valor de Alçada. Nestes termos, pede deferimento.

CIDADE/DATA

ADVOGADO OAB XXXX