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Modelo de Avaliação de Impacto da Linha 4 Amarela nas Condições de Vida e Viagem da População Pobre Residente em suas Áreas de Influência Maria Alice Cutrim (Fundação Seade) Maria Paula Ferreira (Fundação Seade)

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Modelo de Avaliação de Impacto da Linha 4

– Amarela nas Condições de Vida e Viagem

da População Pobre Residente em suas

Áreas de Influência

Maria Alice Cutrim (Fundação Seade)

Maria Paula Ferreira (Fundação Seade)

CONTEXTO DO PROJETO

Banco Mundial

Exigência contratual para o financiamento da linha 4: estudo de avaliação de

impacto nas condições de vida e viagem da população da área de influência

da linha

• Fundação Seade contratada pelo Metrô para:

• Execução das pesquisas domiciliares

• Processamento dos dados

Identificar os impactos dos investimentos realizados no âmbito da

construção da Linha 4 do Metrô sobre a população direta e

indiretamente afetada pela obra com relação a:

melhoria das Condições de Vida Urbana

melhoria das Condições de Viagem

melhoria da acessibilidade aos polos de emprego, educação e serviços

OBJETIVOS

Questões a serem consideradas

Como delimitar espacialmente os efeitos das ações na área de

transportes?

Quais segmentos populacionais são afetados (em diferentes graus e

tipos)?

Maior complexidade na avaliação, no que diz respeito à

conceituação do que é população–alvo e à mensuração dos

impactos nas distintas dimensões das condições de vida.

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS EM POLITICAS DE TRANSPORTES

DESENHO DA AVALIAÇÃO

Pesquisa de

Condições de Vida

e Viagem (PCVV)

Impacto nas Condições de

Vida e na Mobilidade e

Acesso aos Transportes da

População Residente

1997 e 2002

Pesquisas

Origem

Destino

Metodologia de Avaliação

Impacto nas Condições de

Vida e na Mobilidade e Acesso

aos Transportes de Famílias

Pobres

Tempos da Avaliação

2005

Pesquisa

Painel com

Grupo

Controle

Pesquisa

Qualitativa

2009 20102007

Área de Entorno Área de Influência Regional

Objetivo da Avaliação

Pesquisa

Qualitativa

Pesquisas

Origem

Destino

2012/13

(finalizada)

2014

AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA LINHA 4 DO METRÔ

Comparação entre as condições de vida e de viagem

de populações pobres e não pobres residentes nas

áreas de influência da linha, nos períodos de pré e

pós implantação;

Comparação das condições de vida e viagem das

populações foco e das populações pobres de outras

áreas metropolitanas, denominadas no estudo como

“áreas de controle”, visando medir o peso do fator

Metrô nas eventuais mudanças ocorridas.

Definição das áreas de influência da linha

Identificação da população pobre residente na área de influência da linha

Pesquisas quantitativas

Pesquisa domiciliar transversal comparados no tempo (períodos Pré e

Pós-implantação)

Constituição de um painel de domicílios com grupo controle

Pesquisas qualitativas – com entrevistas em domicílios do entorno da linha

Georreferenciamento de todos os endereços das viagens – pesquisa

quantitativa

METODOLOGIA

ÁREAS DE INFLUÊNCIA DA LINHA

Áreas de influência da linha:

Área Lindeira (entorno): Área que abrange cerca de 1 km ao redor do

traçado da linha, com os contornos de área definidos pelas zonas OD*

Área de Influência Regional: Área coberta pela bacia dos ônibus

(intermunicipais e municipais) que serão integrados na Fase 1 da Linha,

de modo a garantir que, na fase pós implantação, os entrevistados

tivessem acessibilidade a nova linha.

Área de controle

* Zonas OD : são unidades territoriais mínimas da Pesquisa de Origem e Destino do Metrô, compatíveis com os setores censitários,

recortadas segundo características do uso do solo, da estruturação urbana e do viário local, da localização de equipamentos públicos, entre

outros.

Área Lindeira: Área que abrange cerca de 1 km ao redor do traçado da linha,

com os contornos de área definidos pelas zonas OD*

Subdividida em três trechos, com diferentes características de ocupação

urbana

Trecho 1- abrange a área do Centro Histórico da Capital, distrito da Sé

e parte dos distritos Bom Retiro, República e Santa Cecília;

Trecho 2 - abrange a área da Avenida Paulista, com parte dos

distritos de Bela Vista, Consolação, Jardim Paulista, Pinheiros;

Trecho 3 - abrange a área além do Rio Pinheiros, com parte dos

distritos de Butantã, Morumbi e Vila Sônia

* Zonas OD : são unidades territoriais mínimas da Pesquisa de Origem e Destino do Metrô, compatíveis com os setores censitários,

recortadas segundo características do uso do solo, da estruturação urbana e do viário local, da localização de equipamentos públicos, entre

outros.

ÁREA LINDEIRA (entorno) E SEUS TRECHOS URBANOS

Fonte: Metrô / SP.

Área de Influência Regional: Área coberta pela bacia dos ônibus

(intermunicipais e municipais) que serão integrados na Fase 1 da Linha, de

modo a garantir que, na fase pós implantação, os entrevistados tivessem

acessibilidade a nova linha.

Composta por três eixos viários:

Eixo Corifeu (Av. Vital Brasil/Corifeu de Azevedo Marques/Av. dos

Autonomistas), envolvendo zonas dos municípios de Osasco e Carapicuíba;

Eixo Raposo (Rodovia Raposo Tavares) envolvendo zonas do município de

Cotia e distritos da região oeste do Município de São Paulo)‏

Eixo Francisco Morato (Av. Francisco Morato/Régis Bittencourt e Estrada do

Campo Limpo)‏ envolvendo os municípios de Taboão, Embu, Itapecerica da

Serra e zonas de distritos da região oeste do Município de São Paulo.

ÁREA DE INFLUÊNCIA REGIONAL

Bacia de ônibus integrados na

Área de Influência Regional

Fonte: Metrô / SP.

Áreas de Controle – conjuntos de zonas OD com perfil urbano semelhante à

Área Regional, sem linhas de Metrô nas proximidades. São áreas localizadas:

na Região Leste do Município de São Paulo,

nas zonas localizadas no norte do município de Osasco,

nas zonas do município de Diadema e São Bernardo do Campo

DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE CONTROLE

Total de Macro-áreas: 134

Área de Estudo: 14

Outras Áreas da RMSP: 120

Similar

2 Distritos 23 Distritos e 6 Municípios

2 Distritos 15 Distritos e 15 Municípios

2 Distritos e 1 Município

2 Distritos e 5 Municípios

13 Zonas OD 34 Zonas OD

12 Zonas OD 127 Zonas OD

Total de Zonas OD

Estruturada

Não Estruturada

Macro-área: distritos do

Município de São Paulo e

demais municípios da RM

Predominantemente Ricos

Predom. Classe Média

Transição p.Classe Média

Predominantemente Pobre

Transição p.Classe Média

Predominantemente Pobre

25 Zonas OD 161 Zonas OD

Área de EstudoOutras Áreas da

RMSP

Estruturada

Não Estruturada

Perfil

Socioeconômico da

Macro-área

Perfil

Socioeconômico da

Macro-área

Perfil Urbano e de

Viagem da Zona

OD/1997

Perfil Urbano e de

Viagem da Zona

OD/1997

ÁREAS ESTRUTURADAS E NÃO ESTRUTURADAS (Categorias utilizadas na análise dos dados)

Mobilidade

Infra-estrutura e Emprego

Piores indicadores (Em média)

Melhores indicadores (Em média)

Menor Mobilidade (Índice de mobilidade motorizada dos residentes inferior a média da RMSP (1,23) e Mais de 50% das viagens produzidas são a pé)

Não Estruturada (54 Zonas OD)

Não Estruturada (73 Zonas OD)

Maior Mobilidade (Índice de mobilidade motorizada dos residentes superior a média da RMSP (1,23) e Mais de 50% das viagens produzidas são por modo coletivo ou individual)

Não Estruturada (12 Zonas OD)

Estruturada

(47 Zonas OD)

ÁREAS LINDEIRA (entorno), REGIONAL E DE CONTROLE

Fonte: Metrô / SP.

• Linha de Pobreza*

• RMSP em março de 2007:

• Linha de Indigência: 0,21 SM ou R$72,00 per capita (ou

R$2,40 / dia ou US$ 1,15/dia)

• Linha de Pobreza: 0,77 SM ou R$ 269,00 per capita (ou

R$8,97/dia ou US$ 4,29/dia)

* Baseada na linhas de pobreza construídas por Sonia Rocha

IDENTIFICAÇÃO DA POPULAÇÃO POBRE RESIDENTE NA ÁREA DE

INFLUÊNCIA DA LINHA

1.500 domicílios (500 domicílios por trecho)

Amostragem probabilística estratificada em dois estágios:

unidade do primeiro estágio: setor censitário do IBGE/2000

Unidade de segundo estágio: domicílio particular permanente

Estratos amostrais: definidos a partir da classificação dos setores censitários

segundo o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social – IPVS 2000:

Estrato 1 (setores censitários de nenhuma ou muito baixa vulnerabilidade);

Estrato 2 (setores censitários de vulnerabilidade baixa) e

Estrato 3 (setores censitários de média e alta vulnerabilidade social).

o O estrato 3 foi sobrerrepresentado na amostra, garantindo-se assim a

representatividade dos resultados para a população de baixa renda em

todos os trechos.

PCVV (ÁREA LINDEIRA OU ENTORNO) – AMOSTRA

PCVV (ÁREA LINDEIRA OU ENTORNO) – AMOSTRA

Erros Amostrais para o Número Médio de Viagens, Tamanho da Amostra, Número de Setores Censitários da Amostra e Número Médio de Domicílios a Selecionados por

Setor Censitário, segundo Trechos da Área de Entorno

Área de Entorno Erro Amostral

(%) (1)

Tamanho da Amostra

(Número de

Domicílios)

Número de

Setores

Censitários na

Amostra

Número Médio de

Domicílios

Selecionados por

Setor Censitário

Total 5,57 1.500 100 15

Trecho 1 12,53 500 34 15

Trecho 2 10,99 500 33 15

Trecho 3 3,14 500 33 15

Fonte: Fundação Seade. Metrô – Aferição da OD/2002; processamento Fundação Seade.

(1) Com coeficiente de confiança de 95%.

2.000 domicílios:

1.000 domicílios na área de influência regional

1.000 domicílios na área de controle

1ª Tomada: amostragem probabilística estratificada em dois estágios:

unidade do primeiro estágio: setor censitário do IBGE/2000

Unidade de segundo estágio: domicílio particular permanente

2ª Tomada: mesmos domicílios entrevistados na primeira tomada

PESQUISA PAINEL COM GRUPO CONTROLE – AMOSTRA

PESQUISA PAINEL COM GRUPO CONTROLE – AMOSTRA

Total de Setores Censitários e Domicílios Particulares no Universo e na Amostra

Áreas de Estudo e de Controle

Área Total de Setores

Censitários(1)

Total de

Domicílios

Amostra

Total de Setores Censitários

(1)

Total de Domicílios

Estudo 1.975 465.774 100 1.000

Corredor

Corifeu/Vital 927 214.323 33 330

Raposo Tavares 164 38.049 33 330

Franciso Morato 884 213.402 34 340

Tipo de Zona OD

Estruturada 1.066 247.629 44 440

Não Estruturada 909 218.145 56 560

Controle 1.384 325.950 100 1.000

Região

Sudeste I 630 148.349 25 250

Sudeste II 102 23.286 25 250

Leste 306 77.901 25 250

Oeste 346 76.414 25 250

Tipo de Zona OD

Estruturada 936 226.250 50 500

Não Estruturada 448 99.700 50 500

Fonte: Fundação IBGE; Fundação Seade. (1) Em alguns casos os setores censitários foram divididos e as respectivas partes entraram para

sorteio como conglomerados distintos. Nota: Em cada setor censitário o número de domicílio a ser selecionado é 10.

POPULAÇÃO

• Em 2007, nas áreas de influência da nova linha – 2,5 milhões de pessoas –cerca de 712 mil

viviam abaixo da linha de pobreza:

• 5% na área lindeira

• 95% em sua área de influência regional

• 56,1 mil eram situados em favelas

• 7,1% do total de domicílios das áreas em estudo

• localizados principalmente nas regiões periféricas, e no Trecho 3 da área do entorno

• 5,5 mil eram cortiços e pensões concentrados basicamente na área central da cidade

LINHA DE BASE – 2007

LINHA DE BASE – 2007

ÁREA DE INFLUÊNCIA REGIONAL VS ÁREA DE CONTROLE

• Não há diferença estatisticamente significante em relação a renda média

das famílias residentes nas áreas painel e controle (p = 0,459)

• Não há diferença estatisticamente significante em relação ao número de

viagens entre a população residente nas áreas painel e controle

(p=0,922)

• Não há diferença estatisticamente significante em relação ao custo da

viagem entre a população residente nas áreas painel e controle (p =

0,526)

LINHA DE BASE – 2007

POPULAÇÃO POBRE

• Não há diferença estatisticamente significante em relação a média de

renda entre as famílias pobres residentes nas áreas de painel e controle

(p = 0,922)

• Não há diferença estatisticamente significante em relação ao número de

viagens entre a população pobre residente nas áreas de painel e

controle (p = 0,174)

• Não há diferença estatisticamente significante em relação ao custo da

viagem entre a população pobre residente nas áreas painel e controle (p

= 0,744)

Em %

Nota: Entrevista realizada inclui realizada com viagem, realizada sem viagem e

incompleta.

DESEMPENHO DA AMOSTRA PESQUISA PAINEL GRUPOR CONTROLE –

2013

CONTROLE: entrevistas realizadas

segundo áreas

60,4

72,0

60,1

65,0

54,0

56,0

58,0

60,0

62,0

64,0

66,0

68,0

70,0

72,0

74,0

Corredor Corifeu/Vital

Corredor Raposo Tavares

Corredor Francisco

Morato

Total

Em %

PAINEL: entrevistas realizadas

segundo Corredores

48,2

59,2 62,9

55,2 56,4

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Área Estruturada

Sudeste

Área Estruturada

Leste

Área não Estruturada

Sudeste

Área não estruturada

Oeste

Total

Em %

Nota: Entrevista realizada inclui realizada com viagem,

realizada sem viagem e incompleta.

DESEMPENHO DA AMOSTRA PESQUISA PAINEL GRUPOR CONTROLE –

2013

PESQUISA PAINEL COM GRUPO CONTROLE

2013

• Fator de Ponderação

• Domicílios e pessoas: peso original (tomada de 2007)

corrigido pelo fator de não resposta e projeção populacional de

2013

• Viagens: fator de ponderação de domicílios e pessoas corrigido

pelo número de viagens

• Linha de Pobreza