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MODELO DE ESTRUTURA DO CONHECIMENTO
Introdução
2
Módulo 1
4
Módulo 2
9
Módulo 3
12
Módulo 4
16
Módulo 5
20
Módulo 6
27
Módulo 7
35
Módulo 8
39
Bibliografia
40
Índice
Introdução
O Modelo de Estruturas do Conhecimento (MEC) é um instrumento que tem como principal finalidade ajudar na planificação por parte do professor de Educação Física acerca daquilo que irá encontrar ao longo do ensino de uma modalidade aos seus alunos. Será importante para analisar, decidir e aplicar os seus conhecimentos tendo em conta o contexto no qual se irá inserir, portanto, este instrumento deverá ser realizado de uma forma bastante cuidadosa e metódica.
Para seguir toda uma lógica de progressão, o MEC apresenta-se como um documento que requer uma conexão entre a planificação e metodologia de ensino à matéria a lecionar, pelo que será um instrumento passível de ser alterado, consoante a imprevisibilidade que o professor irá encontrar no terreno.
Este instrumento proposto por Joan Vickers, está dividido em 8 módulos que servem como uma estratégia ao professor para melhorar a eficácia do seu ensino, sendo portanto necessária toda uma organização que sustente a aplicação no terreno:
· Módulo 1 – diz respeito às categorias transdisciplinares do conhecimento: habilidades motoras, fisiologia do treino e condição física, cultura desportiva e conceitos psicossociais. Estas quatro categorias estarão sempre presentes na época desportiva e desencadeiam várias subcategorias subjacentes a estas. Sabendo que existe uma heterogeneidade bem patente nas escolas, estas subcategorias são ensinadas sequencialmente consoante a turma que o professor irá encontrar;
· Do Módulo 2 ao 8 está inserido o conhecimento processual, isto é, todo o procedimento que se realiza desde a análise do contexto à aplicação prática nas aulas:
· Módulo 2 – Conhecimento do Contexto;
· Módulo 3 – Conhecimento dos Alunos;
· Módulo 4 – Extensão e Sequência da Matéria;
· Módulo 5 – Definição dos Objetivos;
· Módulo 6 – Configuração da Avaliação;
· Módulo 7 – Criação de situações de aprendizagem e progressões de ensino;
· Módulo 8 – Aplicação (Unidades Temáticas, Planos de aula, Planeamento Anual).
Estes 8 módulos são desencadeados por 3 fases: Análise, Decisões e Aplicação.
Na fase da Análise, temos em consideração todo o tipo de conteúdo programático a ser abordado durante o ano letivo, para isso damos uma especial atenção ao material, condições de segurança, nível dos alunos, no fundo a todo o contexto em que nos inserimos para conseguirmos ter a tomada de decisão mais acertada.
A fase de Decisão implica definir uma sequencialidade lógica da matéria que iremos lecionar, tendo em conta o que foi analisado anteriormente (módulos 1, 2 e 3) é importante e indispensável decidir eficazmente, definindo objetivos, revelando as melhores formas de avaliação e criando progressões que se ajustem ao nível dos alunos para a modalidade específica.
A fase de Aplicação refere-se às unidades temáticas, planos de aula e planeamento anual. Estes podem estar sujeitos a alterações, pois a evolução dos alunos nem sempre corresponde ao esperado, poderá ser demasiado positiva ou negativa, pelo que terá de existir da nossa parte uma capacidade para prever possíveis imprevistos durante o ano letivo.
Pensamos que a realização do MEC para cada modalidade é de extrema importância pelo que poderá ser sempre o documento de apoio para as nossas aulas, um guião para tomarmos as melhores decisões consoante sempre o nível da turma. Importante mesmo é conseguirmos dar uma sequência analisando, instruindo, observando, refletindo ou avaliando. Este Modelo da Estrutura e do Conhecimento permitir-nos-á aumentar a nossa eficácia, tanto na tomada de decisão como no planeamento de estratégias para resolver os problemas que nos serão propostos e, assim, conseguirmos ensinar com o maior sucesso possível os nossos alunos.
Módulo 1 – Categorias Transdisciplinares do Conhecimento
O módulo 1 comporta e procura a análise da modalidade desportiva em estruturas do conhecimento declarativas. Uma estrutura de conhecimento declarativa, como definida no MEC, contém categorias de informação estruturadas para refletir uma abordagem interdisciplinar à modalidade. O módulo 1 é constituído por quatro categorias transdisciplinares, nomeadamente, Habilidades Motoras (técnicas e táticas), Conceitos Fisiológicos e de Condição Física (capacidades condicionais e coordenativas), Conceitos Psicossociais (psicológicos e sócio-afectivo), e ainda, Cultura Desportiva (história, regras e regulamento). Estas categorias serão de seguida discriminadas.
Técnica
Tática
Ativação Geral
Retorno à calma
Condição Física
MEC de Basquetebol
Cultura Desportiva
Habilidades Motoras
Conceitos Psicossociais
Fisiologia do Treino e Condição Física
Psicológicos
Sócio-afetivos
História
Regras
Fisiologia do Treino e Condição Física
Ativação Geral
Retorno à calma
Condição Física
Aquecimento cardiovascular
Mobilização articular
Alongamentos
Reforço Muscular
Capacidades Coordenativas
Capacidades Condicionais
Coordenação
Diferenciação Cinestésica
Orientação Espacial
Equilíbrio
Resistênciaaeróbia
Velocidade
Força
Flexibilidade
Cultura Desportiva
Regra/Sinalética
História
· O jogo foi criado por James Naismith.
· O primeiro jogo de basquetebol realizou-se em Dezembro de 1891 e foi arbitrado pelo próprio criador, sendo um sucesso imediato.
· O nome da modalidade foi sugerido por um aluno de James Naismith passando a denominar-se de “basketball”. O primeiro regulamento foi publicado um ano depois da criação (1892).
· Passos: Só se pode efetuar dois apoios com a bola nas mãos, sem driblar.
· Dribles: Não se pode voltar a driblar, após se ter driblado e agarrado a bola.
· Contacto Físico: Não podemos empurrar, nem tocar no colega da equipa adversária enquanto está a lançar.
Interesse
Autonomia
Empenho
Conceitos Psicossociais
Concentração
Determinação
Sócio-Afetivos
Psicológicos
Responsabilidade
Respeito
Cooperação
Fair-play
Espírito de Equipa
Dificultar a construção do ataque
Impedir a finalização
Habilidades Motoras
Tática
Técnica
Finalizar
Impedir a criação de situações de finalização
Continuidade do ataque
Criar oportunidades de finalização
Defensiva
Ofensiva
Jogo 3x3
Habilidades Motoras
Tática
Técnica
Peito
Proteção
Progressão
Picado
Na passada
Apoio
Drible
Lançamentos
Posição Base
Passes
Ofensiva
Defensiva
Módulo 2 – Análise do Envolvimento
Numa fase inicial de docência num novo local, a análise das condições de aprendizagem revela-se de extrema importância, uma vez que nos irá fornecer a informação necessária relativamente aos espaços disponíveis para a realização das aulas, do material disponível para esta, assim como das condições/fatores de segurança, tanto do espaço como do material.
Esta informação prévia irá permitir uma melhor preparação da UT de acordo com a realidade do local, a fim de ir de encontro ao sucesso desta, possibilitando, se necessário, alternativas às condições e tempo suficiente para modificações pré planeadas, como por exemplo, a improvisação de material caso este seja escasso ou a alteração de estratégias e métodos para cobrir a inexistência destes.
Assim, surge a primeira grande preocupação, relativamente à gestão do equipamento, das condições de logísticas e de segurança.
2.1 – Recursos Espaciais
Quanto ao Basquetebol, podemos contar como um Pavilhão Gimnodesportivo, instalação que pode ser dividida para ser utilizada por duas turmas em simultâneo, assim como, um campo de jogos disponível no exterior, destinado também à prática desportiva. Quanto ao Pavilhão Gimnodesportivo apresenta excelentes condições para a prática das mais diversas modalidades, especialmente as coletivas, uma vez que inclui marcações, medidas regulamentares, e algum material que se encontra fixo, e outro amovível.
No espaço exterior existe uma área onde estão definidos três campos de Basquetebol com as devidas marcações e respetivas tabelas, num total de seis, mas apenas um dos campos reúne condições de segurança.
2.2 – Recursos Materiais
Material
Quantidade
Tabelas
2
Bolas
8
Sinalizadores
20 (pequenos) + 15 (grandes)
Coletes coloridos
24
2.3 – Recursos Humanos
É também importante perceber os recursos humanos existentes, pois a limpeza, a preservação, o controlo e a segurança, quer do espaço, quer dos materiais, é algo que deve ser levado em conta. Outro aspeto também importante é o controlo dos balneários. Para estas tarefas o pavilhão dispõe de pelo menos 2 funcionários, um homem e uma mulher, para fazem o controlo dos alunos e dos espaços.
2.4 – Recursos Temporais
Devido às condições climatéricas, uma vez que já começou o Outono, e os dias estão mais frios e chuvosos, o espaço para a prática do Basquetebol será o pavilhão gimnodesportivo.
Como já referido nos recursos espaciais o pavilhão pode ser dividido para ser utilizado por duas turmas em simultâneo, dispondo assim cada professor de apenas uma metade, ou então da sua totalidade. Para ter conhecimento da disponibilidade do pavilhão seguidamente será apresentado o Roulement que permite visualizar o horário dos diferentes docentes, e verificar quando o pavilhão está totalmente disponível, ou quando é necessário partilha-lo. De referir que a minha turma é o 7º A.
Horas
Segunda-feira
Terça-feira
Quarta-feira
Quinta-feira
Sexta-feira
08:30/09:15
6º D
7º C
9º B
7º A
9º C
6º B
9º A
09:15/10:00
6º D
7º C
9º B
7º A
9º C
6º C
9ºA
10:20/11:05
6º C
7º A
6º B
9 CEF
8º A
5º C
5º B
11:05/11:50
6º C
6º A
6º B
9 CEF
6º D
5º C
5º B
12:00/12:45
5º D
8º B
5º A
8º C
7º C
6º A
9º B
12:45/13:30
5º C
5º D
5º B
5º A
8º C
5º D
6º A
6º E
5º A
13:40/14:25
14:25/15:10
15:20/16:05
6º E
8º C
8º A
9º C
9º A
7 CEF
12º D
7º B
11º RB
8º B
16:05/16:50
6º E
8º A
7º B
7 CEF
12º D
7º B
11º RB
8º B
Professor Francisco
Professora Júlia e Estagiários
Professor José Mário
Professor Podstawski
2. 5 Regras e aspetos de segurança
No início da aula cabe ao docente:
· Verificar o piso do campo e se necessário recolher objetos que possam ser potencialmente prejudiciais ao desenrolar da atividade ou à integridade física dos alunos (exemplo: vidros);
· Não permitir a utilização de relógios, fios, pulseiras, brincos e objetos afins, que possam provocar ferimentos nos colegas ou no próprio aluno;
· Não permitir aos alunos e alunas que realizem as atividades com as sapatilhas desapertadas e exigir o uso de equipamento apropriado;
· Garantir que as meninas fazem a aula com o cabelo apanhado.
A aula:
· Deve iniciar com uma ativação específica ou geral, de forma a prevenir lesões;
· Os alunos e alunas só devem iniciar as atividades à ordem do professor;
· Quando a atividade a realizar estiver organizada por colunas, o aluno deve aguardar até estar a uma distância razoável do colega, antes de dar inicio à tarefa;
· No caso destas mesmas atividades, os alunos deverão regressar à posição inicial por fora dos corredores;
· Devem ser construídas rotinas, para evitar a ocorrência de situações de risco.
Módulo 3 – Análise dos Alunos
A análise dos alunos revela-se de extrema importância, fornecendo toda a informação útil relativamente à turma e à individualidade de cada aluno, das suas capacidades e necessidades. Irá fornecer a informação necessária para orientar todo o processo de decisão e planeamento da Unidade Didática, sendo este o ponto de partida do meu trabalho como professor, a partir do qual guiarei todo o processo de aprendizagem.
Esta análise será realizada na primeira aula, através de uma avaliação diagnóstica para obter informação sobre as dificuldades e potencialidades dos alunos. A avaliação é um elemento imprescindível do processo de ensino-aprendizagem, como tal, é algo que está, constantemente, a ser realizado, através da mera observação do professor sobre a turma. O grande objetivo da avaliação é o de verificar se o ensino tem como resultado a aprendizagem dos alunos, nos vários domínios (psico-motor, cognitivo e sócio afetivo). Ajudando-nos a determinar o nosso sucesso ou insucesso enquanto professores, refletido no nível final de aprendizagem dos alunos.
Para perceber melhor quais os objetivos a definir para que os alunos, no final, saiam beneficiados no seu processo de aprendizagem, é fundamental fazer uma caracterização inicial da turma. Isto, no sentido de perceber alguns aspetos fulcrais que, certamente influenciarão todo o processo de ensino-aprendizagem. De igual modo, é necessária a realização de uma avaliação diagnóstica, para averiguar qual o nível inicial dos alunos, de modo a preparar as aulas, traçando objetivos realistas, exequíveis, tangíveis. O grande propósito deste delineamento é o de que, no final da unidade didática, quando compararmos os resultados, possamos verificar se houve, ou não, uma evolução significativa no seu desempenho, traduzindo-se na consumação de aprendizagens significativas para os mesmos.
3.1 Caracterização da turma
A turma do 7º A é composta por 21 alunos, 13 dos quais são do género feminino e 8 do género masculino. Os alunos desta turma são, regra geral, bons alunos. Dos 21 alunos da turma, 13 nasceram no ano de 2000, 1 em 1997, outro em 1998 e 2 em 1999, ou seja, esta turma tem 4 repetentes.
Relativamente às questões de saúde, nesta turma existem 2 casos que exigem algum cuidado, nomeadamente a Iara Fonseca que tem asma, e o Pedro Alves tem um problema de coluna e os batimentos cardíacos acelerados.
3.2 Caracterização da turma através da avaliação diagnóstica
A avaliação diagnóstica foi realizada através da situação de jogo 3x3 em meio-campo, uma vez que, esta suscita uma maior participação dos jogadores, uma menor probabilidade para a ocorrência de atitudes passivas, uma elevada frequência de contactos com a bola e uma grande simplificação e maior sucesso na consumação das ações ofensivas. (Graça & Oliveira, 1998). Os conteúdos sujeitos à avaliação foram a manutenção da posse de bola (habilidades técnicas), a finalização, a tomada de decisão, o posicionamento ofensivo e defensivo (habilidades táticas). Para esta avaliação utilizei uma ficha onde estão presentes as diferentes habilidades técnicas e táticas da modalidade, para avaliação dos diferentes critérios será utilizada a seguinte escala de apreciação:
1- Não executa
2- Executa com muitas dificuldades
3- Executa com dificuldades
4- Executa com algumas dificuldades
5- Executa sem dificuldades
Avaliação Diagnóstica - Basquetebol
Alunos
Habilidades Técnicas
Habilidades Táticas
Nível do aluno (1-5)
Passe/ Receção
Drible
Lançamento
Posição Base
Atitude Ofensiva
Atitude Defensiva
Finalizar
Criar oportunidades para finalizar
Continuidade do ataque
Marcação individual
Interceta linhas de passe
1 – Ana Costa
3
3
2
1
2
2
2
2
2
2,111111111
2 – Ana José
3
3
3
1
3
2
2
2
2
2,333333333
3 – André Barbosa
3
3
3
1
3
3
2
3
2
2,555555556
4 – Andreia
3
3
3
1
2
2
2
2
2
2,222222222
5 – Beatriz Silva
3
3
2
1
2
2
2
2
2
2,111111111
6 – Daniel Matos
3
3
2
1
2
2
2
2
2
2,111111111
7 – Daniela Mirra
3
3
2
1
2
2
2
2
2
2,111111111
8 – Diana Moura
2
2
2
1
2
2
2
2
2
1,888888889
9 – Diogo Silva
10 – Francisco Rodrigues
4
4
4
1
3
3
3
3
3
3,111111111
11 – Francisco Coutinho
4
4
4
1
3
3
3
3
3
3,111111111
12 – Gonçalo Graça
4
4
4
1
3
3
3
3
3
3,111111111
13 – Iara Fonseca
2
2
1
1
1
1
1
1
1
1,222222222
14 – Joana Machado
3
3
3
1
2
2
2
2
2
2,222222222
15 – Joana Amorim
3
3
3
1
2
2
2
2
2
2,222222222
16 – Juliana Almeida
3
3
3
1
3
3
2
2
2
2,444444444
17 – Liliana Lopes
3
3
3
1
3
3
2
2
2
2,444444444
18 – Luís Nunes
4
4
4
1
3
3
3
3
3
3,111111111
19 – Pedro Alves
4
4
3
1
3
3
3
3
3
3
20 – Rui Barbosa
4
4
4
1
4
3
3
3
3
3,222222222
21 – Tânia Nunes
3
3
2
1
2
2
2
2
2
2,111111111
22 – Marlene Monteiro
4
4
4
1
3
3
3
3
3
3,111111111
1
Não Executa
2
Executa com muitas dificuldades
3
Executa com dificuldades
4
Executa com algumas dificuldades
5
Executa com sucesso
3.3 Análise dos resultados da avaliação diagnóstica
Segundo o Programa Nacional de Educação Física do Ensino Básico, referente ao 3º ciclo, os alunos do 7º ano deveriam encontrar-se no nível elementar da modalidade de basquetebol, por isso quando preparei a aula de avaliação diagnostica elaborei uma grelha de avaliação para identificar as principais dificuldades e facilidades dos alunos, com base nos conhecimentos que estes deviam ter adquirido no 6º ano de escolaridade, uma vez que, segundo o Programa Nacional de Educação Física referente ao 2º Ciclo, os alunos encontram-se no nível Introdução.
Contudo, logo no início da aula após ter explicado os objectivos desta, a maioria dos alunos disse que nunca tinham jogado, que não sabiam jogar, que não conheciam as regras. Por isso, antes da avaliação tive de explicar aos alunos o objectivo do jogo de basquetebol, e algumas regras essenciais para o desenrolar do jogo, tais como, o número de apoios, o drible, o contacto físico, e os limites do campo.
Os alunos de uma forma geral apresentaram dificuldades na receção e conservação da bola; no controlo da bola durante o drible; na desmarcação e criação de linhas de passe; e nos lançamentos; não havia definição de papéis (atacante e defensor), imperando a aglomeração em torno da bola. Em relação às regras, apesar de haver alunos a desempenhar a função de árbitros, com o auxílio de uma folha com as regras básicas (nº de passes, drible, contacto físico), fornecida por mim, devido ao seu desconhecimento pelas mesmas, havia constantes interrupções do jogo, e demasiada verbalização que impedia a fluidez do jogo. Considero que apesar de haver dificuldades comuns à maioria dos alunos, os rapazes estão num nível ligeiramente superior às meninas pois assumem atitudes ofensivas e defensivas, têm iniciativa, e procuram a finalização, enquanto as meninas têm uma atitude mais passiva, aliás algumas procuram “fugir” à bola. Considero portanto que os alunos se encontram na FBJ1.
Módulo 4 – Determinação da Extensão e Sequência da matéria
Unidade Didática de Basquetebol
Aulas
1
2/3
4
5/6
7
8/9
10
11
12/13
Conteúdos
45’
90’
45’
90’
45’
90’
45’
45’
90’
Habilidades Motoras
Técnica
Passe/Receção
Peito
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Picado
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Drible
Progressão
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Proteção
I/E
E
E
E
E
C
AS
Lançamento
Apoio
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Passada
I/E
E
E
Posição Base
Defensiva
I/E
E
E
E
E
AS
Ofensiva
I/E
E
E
E
E
C
AS
Tática
Ofensiva
Finalizar
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Criar oportunidades para finalizar
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Continuidade do ataque
I/E
E
E
E
C
AS
Defensiva
Marcação Individual
I/E
E
E
E
C
AS
Formas Jogadas
3x3
AD
I/E
E
E
E
E
E
C
AS
Fisiologia do Treino e Condição Física
Ativação Geral
·
·
·
·
·
·
·
·
·
Condição Física
Capacidades Condicionais
·
·
·
·
·
·
·
Capacidades Coordenativas
·
·
·
·
·
·
·
Retorno à calma
·
·
·
·
·
·
·
·
·
Conceitos psicossociais
Psicológicos
·
·
·
·
·
·
·
·
·
Sócio-afetivos
·
·
·
·
·
·
·
·
·
Cultura Desportiva
Histórias
·
·
·
·
·
·
·
·
Regras/Sinalética
·
·
·
·
·
·
·
·
Justificação da Unidade Didática
A elaboração/estruturação desta unidade didática de Basquetebol destina-se à turma do 7º A, do 3º ciclo do Ensino Básico.
A realização da Unidade Temática de Basquetebol tem como principal objetivo ser uma proposta exequível que tenha em consideração uma série de aspetos, atendendo aos recursos materiais, temporais e humanos existentes, pois são variáveis imprescindíveis em todo o processo de ensino-aprendizagem, que podem influenciar e determinar a forma como os conteúdos podem ser ensinados. Assim, pretendo motivar os alunos, propondo exercícios que requeiram uma grande densidade motora e permitam que os alunos experienciem tarefas congruentes com os objetivos inicialmente propostos.
Os jogos desportivos coletivos (JDC) são ricos em situações imprevistas e configuram-se a partir da dimensão tática, exigindo dos praticantes um alto grau de adaptabilidade e a capacidade de realizar uma boa escolha (Thatiana Dilva & Rose Junior, 2005). Todos os JDC são fortemente condicionados pelo ponto de vista tático, por isso, quando nos referimos à dimensão das suas acções, estas são caracterizadas como tático-técnicas. “Como fazer”, ou seja, o modo de fazer (técnica) deve estar relacionado com “o que fazer” e com as razões de fazer (tática) (Grego, 1998; Garganta, 1998b). Assim, a técnica é necessária como suporte à tática. (Aguilà 1990).
Uma vez que, as acções no Basquetebol são predominantemente tático-técnicas, pois a dimensão principal é que determina o sucesso no jogo, para ensinar o Basquetebol apresento uma sequência de conteúdos do “Topo pada a Base”, ou seja, parto do jogo, onde existe cooperação direta com os companheiros da equipa e oposição aos adversários (Tavares, 1996), para ensinar o jogo, evitando assim situações “fechadas”, analíticas. O jogador precisa executar eficazmente a acção e para isso necessita da técnica, mas não da técnica descontextualizada (Loza & Castillo, 2000). Apenas no início da aula, como parte do aquecimento, farei uma mobilização geral para exercitar os passes, drible e lançamentos.
Na primeira aula da Unidade Didática será realiza a avaliação diagnóstica em situação de jogo 3x3 em meio-campo, os conteúdos sujeitos à avaliação serão os elementos técnicos (passe, drible, lançamento), e os elementos táticos ofensivos (finalizar, criar oportunidade de finalizar, continuidade do ataque) e os elementos táticos defensivos (marcação individual). Tendo em consideração o material, as infra-estruturas, o contexto escola e o nível de compreensão dos alunos opto pela forma de jogo adaptada do 3x3, pois segundo Scott (2008) os benefícios técnicos são muito maiores em consequência do maior número de contactos com a bola, havendo mais oportunidades de finalização, que são componentes extremamente motivacionais quando falamos de crianças e jovens, há maior velocidade de jogo, e um maior envolvimento dos jogadores no jogo ofensivo e defensivo. Nas palavras de Graça & Oliveira, 1998, o jogo 3x3 suscita uma maior participação dos jogadores, uma menor probabilidade para a ocorrência de atitudes passivas, uma elevada frequência de contactos com a bola e uma grande simplificação e maior sucesso na consumação das ações ofensivas.
Uma vez que os alunos se encontram na FBJ1 (Forma Básica de Jogo 1), e a maioria nunca teve contacto com a modalidade, e os elementos técnicos (passes, drible, lançamentos, posição base), são essenciais para jogar o jogo, após introduzidos estarão sempre presentes ao longo da UD. Quanto aos elementos táticos começarei por introduzir “finalizar”, seguido de “criar oportunidades de finalização”, posteriormente “continuidade do ataque”, e aquando desta, a “marcação individual”. Para trabalhar estes conteúdos utilizarei situações parciais de jogo, tais como (1x0), (2x0), (2x1), (3x1), (3x2), (1x1), (2x2), (3x3). No final de todas as aulas os alunos realizaram sempre jogo 3x3 em meio-campo, pois como já referi anteriormente, para que as aprendizagens sejam ricas, devem ser contextualizas, para além de que o jogo é extremamente motivacional para os alunos. Quanto à avaliação sumativa, esta será realizada na última aula da UD, através da situação de jogo 3x3 em meio-campo, pois como diz o Professor José Guilherme, o jogo é o início, e o fim do nosso ensino. De refeir, que apesar de introduzir e exercitar o lançamento na passada, este elemento técnico não será sujeito a avaliação diagnóstica, pois é um elemento de alguma complexidade para os alunos, e pelo que pude depreender da avaliação diagnóstica pouco o conseguiram realizar.
As restantes categorias transdisciplinares, cultura desportiva, condição física e conceitos psicossociais, estão presentes em quase todas as aulas da unidade didática, estando a sua abordagem dependente da sua maior ou menor justificação.
Quanto à cultura desportiva e aos conceitos psicossociais, segundo o Programa Nacional de Educação Física do 3º ciclo do Ensino Básico, 7º ano de escolaridade (1998), “o aluno coopera com os companheiros, quer nos exercícios, quer no jogo, escolhendo as ações favoráveis ao êxito pessoal e do grupo, admitindo as indicações que lhe dirigem e aceitando as opções e falhas dos colegas”. “Aceita as decisões da arbitragem, identificando os respetivos sinais, e trata com igual cordialidade e respeito os colegas da equipa e adversários”. Estes aspetos serão tidos em atenção durante a avaliação contínua. Considero também conveniente, que em todas as aulas, se introduza um “fun fact”, isto é, introduzir um aspeto curioso referente à história do Basquetebol.
Relativamente à Fisiologia do Treino e condição física, pelo facto do exercício físico gerar adaptações no organismo, é necessário que em todas as aulas se promova o desenvolvimento das capacidades coordenativas e condicionais, nomeadamente a força, a velocidade, a resistência aeróbia e a flexibilidade, assim como a orientação espacial, a diferenciação cinestésica, a coordenação e o equilíbrio, estas capacidades são automaticamente trabalhadas durante a aula, nas diferentes situações de aprendizagem propostas.
Módulo 5 – Definição dos objectivos
Antes de definir os objectivos penso que será conveniente fazer um breve enquadramento destes. Os objectivos são a descrição daquilo que os professores pretendem que os alunos atinjam, quer em grupo, quer individualmente, sendo elaborados sempre em função dos alunos e tendo em consideração as condições/situações e os critérios a serem trabalhados. São uma importante afirmação que revela a extensão da mudança que o professor acha que os alunos conseguem alcançar.
Tendo em consideração o que foi dito anteriormente, os objectivos para a Unidade Didática de Basquetebol foram definidos de acordo com os alunos e o seu nível inicial, e as aprendizagens a realizar estabelecidas pelo grupo disciplinar, procurando assim realizar uma correta articulação entre as capacidades dos alunos e o que estes serão capazes de realizar no final da UD, tendo sempre em atenção metas exequíveis.
Seguidamente serão definidos os objectivos por categoria transdisciplinar.
Habilidades Motoras (Técnica)
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
· Dominar a relação eu-bola.
· Aprender e assimilar a execução dos gestos técnicos (passe, drible, lançamento, posição base) em situação de exercícios critério propostos.
· Jogar com o mínimo de fluidez em situação de jogo 3x3, recorrendo às técnicas aprendidas, adaptando as mesmas à situação de jogo.
Passe Peito
· Segurar a bola à frente do peito, com os cotovelos juntos ao tronco; estender os membros superiores energicamente para a frente, rodando os pulsos para fora; dirigir a bola para o peito do colega recetor, fazendo a bola sair pelos dedos;
Passe Picado
· Cumprir os mesmos aspectos apresentados no passe de peito, mas enviar energicamente a bola para o solo, para uma zona próxima do recetor.
Drible de Progressão
· Batera a bola à altura da cintura e ligeiramente ao lado; impulsionar a bola para a frente pela flexão e extensão do MS; contactar a bola com os dedos estendidos e afastados.
Drible de Proteção
· Bater a bola mais baixa, próxima do corpo; proteger a bola com os MS e MI contrários à mão de batimento.
Lançamento em apoio
· Orientar os apoios para o cesto; participar com todo o corpo no ato do lançamento; fletir o pulso e os dedos na fase final do lançamento.
Lançamento na passada
· Executar o 1º apoio no momento da paragem do drible ou receção da bola, e fazer o 2º apoio e impulsão com o outro pé; elevar o joelho do lado do MS lançador, após impulsão; estender o corpo, executando o lançamento no ponto mais alto do salto.
Posição Base (defensiva)
· MI à largura dos ombros, com um pé colocado mais à frente, ligeiramente flectidos; Inclinar o tronco ligeiramente à frente; colocar os MS à frente do tronco com um em posição mais elevada.
Posição Base (ofensiva)
· Fletir ligeiramente os MI, com um pé colocado à frente do outro e à largura dos ombros; fazer a pega da bola com as duas mãos junto ao abdómen.
Habilidades Motoras (Tática)
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
· Ocupar racionalmente o espaço, mantendo uma organização estrutural geométrica, num momento ofensivo e defensivo, em situações de jogo.
· Aplicar os gestos técnicos em situação de jogo, em função do contexto tático apresentado.
· Entender o jogo com sentido coletivo, cooperando com os companheiros de forma organizada para alcançarem o objetivo de jogo.
Ofensivos
Finalizar
· Enquadrar após receção;
· Identificar oportunidades de lançamento
Criar oportunidades para finalizar
· Enquadrar com o cesto, ver o cesto e os colegas;
· Observar antes de agir (posição de tripla ameaça);
· Abrir linhas de passe (desmarcação);
· Driblar para se aproximar do cesto;
· Passe e corte.
Continuidade do ataque
· Manter-se afastado do portador da bola;
· Manter o contacto visual entre passador e possíveis receptores:
Defensivos
Impedir a finalização
· Seguir o atacante e dificultar o lançamento.
Impedir a criação de situações de finalização e dificultar a construção do ataque
· Defender entre o atacante e o cesto;
· Impedir/ dificultar passes.
Fisiologia do Treino e Condição Física
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
· Promover o desenvolvimento fisiológico harmonioso dos alunos;
· Incrementar os níveis de aptidão e condição física dos alunos.
· Através da ativação geral predispor os alunos para as actividades a serem realizadas no decorrer da aula;
· Desenvolver e melhorar as capacidades condicionais (resistência; velocidade; força; flexibilidade) e coordenativas (diferenciação cinestésica; orientação espacial; ritmo; equilibrio) através dos exercícios propostos nas aulas;
· Através do retorno à calma melhorar a resistência muscular dos alunos.
Capacidades coordenativas:
· Desenvolver a Orientação Espacial – Importante na perceção espacial do jogo (relação jogador-bola; relação jogador-jogador);
· Desenvolver a Diferenciação Cinestésica – Sensibilidade no contacto com a bola, para conferir um cunho específico à ação motora.
· Desenvolver o Equilíbrio – Essencial para a mudança de posições corporais e espaciais, e ainda, para as paragens após o deslocamento rápido.
· Desenvolver o Ritmo – Importante para os deslocamentos e para a dinâmica do jogo.
Capacidades Condicionais:
· Desenvolver a sua força abdominal, dorsal, e dos MI, na sua faceta rápida e explosiva;
· Desenvolver a velocidade de reação, de deslocamento e de execução;
· Desenvolver a resistência aeróbia para jogar «o jogo» sem evidenciar fadiga precocemente;
· Desenvolver flexibilidade que é fulcral em alguns gestos do jogo, principalmente, nos de maior amplitude.
Conceitos Psicossociais
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
· Desenvolver positiva e plenamente os alunos, através do Desporto;
· Utilizar o Desporto como veiculo para desenvolver os conceitos psicossociais inerentes aos indivíduos.
Conceitos Psicológicos:
· Concentrar-se em todas as tarefas que tiver de executar (concentração);
· Interessar-se por esta modalidade, colocando todo o seu esforço e determinação nas tarefas a realizar (interesse e determinação);
· Nunca desistir, ser empenhado e explorar a força e a coragem para combater a insegurança (empenho);
· Ser capaz de organizar o seu próprio estudo relativamente à modalidade, assim como, ser independente na realização das tarefas (autonomia);
· Ser conhecedor da modalidade e ter um espirito curioso em relação a esta (interesse).
Conceitos Sócio-afetivos:
· Trabalhar em equipa para alcançar um mesmo objetivo (espirito de equipa);
· Ser respeitador das regras, ter uma boa atitude face às adversidades, e ter sempre presente a amizade e solidariedade pelo outro (Fair-play);
· Desenvolver o sentido de entreajuda (cooperação);
· Respeitar os colegas e o professor (respeito);
· Ser responsável em relação a tudo o que o envolve, manuseamento do material, pela sua aprendizagem, pelas atitudes/decisões que toma (responsabilidade).
Cultura Desportiva
Objetivos Gerais:
Objetivos Específicos:
· Formar jovens desportivamente cultos;
· Familiarizar os alunos com a modalidade.
· Conheça a história, evolução da modalidade e as figuras mais marcantes;
· Conhecer e saber aplicar as regras do jogo;
· Conheça e identifique o regulamento da modalidade.
Módulo 6 – Configuração da avaliação
O módulo 6 refere-se à avaliação, não só aos sistemas de avaliação que se utilizam para verificar o nível de alcance dos objetivos (com referência à norma e ao critério) mas também, quais são os tipos de avaliação que se podem administrar. Existem quatro tipos de avaliação que se podem administrar nas aulas de Educação Física, são eles: Avaliação Diagnóstica, Avaliação Formativa, Avaliação Sumativa e Avaliação Contínua.
A necessidade de avaliar é fulcral no processo de ensino – aprendizagem, na medida em que só através desta tarefa é possível determinar os resultados das ações de aprendizagem dos alunos, e o grau de realização dos objetivos.
A avaliação pode-se definir como um processo para determinar se os objetivos educacionais foram alcançados pelos alunos. Numa visão um pouco mais específica, é “o processo de reunir informação para fazer um julgamento sobre produtos e processos na situação instrucional.” (Rink, 1993). A avaliação revela-se pois, um fator fundamental do ato educativo. Sem a avaliação, nunca saberíamos se o caminho percorrido foi, ou não, corretamente escolhido ou sequer se o ensino deu origem a uma aprendizagem real.
O processo de avaliação adotado terá como base o Modelo CIPP (contexto, inicial, processo e produto) preconizado por Stufflebeam:
· Contexto: corresponde à avaliação de fatores contextuais, que ajudam na designação de metas e inclui a cultura escolar, as características dos alunos, os materiais e equipamentos disponíveis;
· Inicial: encaminha-nos para a diagnose, e permite dar forma às propostas. Esta avaliação implica conhecer o nível de entrada dos alunos e é a partir deste momento que se estrutura o processo de ensino e aprendizagem;
· Processo: remete-nos para a avaliação formativa, que pode ser caracterizada por uma avaliação formal ou informal. Permite ajustar o planeamento face às necessidades dos alunos e alunas e ao seu ritmo de aprendizagem (revelando dificuldades e facilidades) sendo, por isso, um ponto central de regulação e monitorização.
· Produto: dirige-nos para a avaliação sumativa que é sempre formal. Permite confirmar a metódica, encerrando o ato de ensino e aprendizagem preconizado pelo professor e possibilitando um serviço importante para decisões futuras.
6.1 - Avaliação Diagnóstica
A função deste tipo de avaliação é referente ao momento de avaliação inicial (início do ano ou de uma unidade didáctica), procurando fornecer indicativos sobre a posição do aluno face a novas aprendizagens, fazendo-se assim, uma prognose para os objectivos a alcançar durante o processo ensino-aprendizagem. Os dados recolhidos funcionam apenas como indicadores para o professor, para seleccionar sequências de trabalho adaptadas ao desempenho dos alunos nesse momento.
6.2 – Avaliação Formativa
Avalia os alunos continuamente, pela sua progressão ao longo das aulas, permite verificar se os alunos estão a acompanhar aquilo que o professor planeou. Este tipo de avaliação dá a conhecer ao professor, como é que o processo de ensino-aprendizagem se está a desenvolver, assumindo assim uma função reguladora.
Contudo, devido ao reduzido número de aulas será realizada uma avaliação formativa informal. Esta avaliação será efetuada ao longo de todas as aulas, através de observação, não contemplando nenhuma tabela de classificação. Contudo, sempre que necessário poderão ser efetuados alguns registos acerca do domínio motor e do domínio psicossocial. Apenas a assiduidade/pontualidade será sujeita a registo em todas as aulas. Quer nos casos de dispensa por atestado médico, quer nos casos em que a avaliação decorre dentro parâmetros definidos, o item da assiduidade/pontualidade será avaliado da seguinte forma:
· Todas as aulas da Unidade Temática – 100%
· Percentagem do aluno = (número de presenças x 10) / Número de aulas
Relativamente à motivação/atenção/envolvimento será elaborada, no fim da modalidade, uma tabela onde os alunos serão avaliados de 1 a 5 de acordo com o seu desempenho.
O domínio motor será avaliado no final da modalidade num contexto igual ao da avaliação diagnóstica sendo utilizada uma tabela idêntica.
Para o domínio cognitivo será realizado um teste escrito que será cumprido no final do período, contemplando matéria das três modalidades abordadas no período.
Com a realização de uma avaliação formativa informal contínua, poderemos reajustar o planeamento, adaptando-o ao desempenho dos alunos.
6.3 – Avaliação Sumativa
Esta avaliação ocorre no final da unidade didática e permite verificar o nível atingido pelos alunos. Permite avaliar a eficácia do ensino e a evolução dos alunos, nos diferentes domínios, o psicomotor, o cognitivo e o sócio-afectivo. A avaliação sumativa será realizada na última aula da unidade didáctica.
Critérios de avaliação sumativa para os alunos que realizam as aulas:
· Domínio Motor – 60%
· Domínio Cognitivo – 15%
· Domínio Psicossocial – 25%:
· 10% assiduidade/pontualidade
· 15% motivação/atenção/envolvimento
Critérios de avaliação sumativa para os alunos com atestado médico:
Os alunos e alunas que não puderem realizar as aulas e que apresentem atestado médico, deverão permanecer no local da aula e observar a mesma. Ser-lhes-á entregue um relatório de observação da aula que deverá ser preenchido e entregue ao professor no final.
· Domínio de Conhecimento – 60%
Relatórios de observação das aulas – 15%
Trabalho de desenvolvimento sobre um tema a definir pelo professor – 20%
Teste escrito – 25%
· Domínio de Ação – 20%
Colaboração nas tarefas da aula (exemplo: preparar e arrumar o material) – 10%
Ajudas específicas nos exercícios – 10%
· Domínio de Atitude – 20%
Assiduidade/pontualidade – 10%
Motivação/atenção/envolvimento – 10%
No final do período, é feito o somatório dos resultados obtidos nos diferentes domínios, nas diferentes modalidades.
Relativamente à avaliação final do domínio motor, caso exista uma diferença significativa no número de aulas lecionadas nas diferentes modalidades será atribuída a cada modalidade uma diferente percentagem, de acordo com a seguinte fórmula: Peso de cada UT = Número de Aulas da UT x 100/ Número Total de Aulas. Posteriormente realizar-se-á o somatório das diferentes modalidades, com as respetivas percentagens, de forma a obter a avaliação final deste domínio: (UT x y%) + (UT x r%) + (UT x e%).
Avaliação da Assiduidade
Alunos
Basquetebol
Total de aulas
Presenças
Média Ponderada (10%)
1 – Ana Costa
13
13
1
2 – Ana José
13
11
0,846153846
3 – André Barbosa
13
13
1
4 – Andreia
13
5
0,384615385
5 – Beatriz Silva
13
13
1
6 – Daniel Matos
13
13
1
7 – Daniela Mirra
13
13
1
8 – Diana Moura
13
12
0,923076923
9 – Diogo Silva
10 – Francisco Rodrigues
13
11
0,846153846
11 – Francisco Coutinho
13
13
1
12 – Gonçalo Graça
13
13
1
13 – Iara Fonseca
13
8
0,615384615
14 – Joana Machado
13
10
0,769230769
15 – Joana Amorim
13
12
0,923076923
16 – Juliana Almeida
13
12
0,923076923
17 – Liliana Lopes
13
12
0,923076923
18 – Luís Nunes
13
12
0,923076923
19 – Pedro Alves
13
13
1
20 – Rui Barbosa
13
13
1
21 – Tânia Nunes
13
13
1
22 – Marlene Monteiro
13
13
1
· Sempre que o aluno apresenta justificação é considerada presença, mas registada aula assistida.
· Sempre que o aluno não traz material é considerada ½ presença, sendo registada falta de material.
· As aulas de 90´ sendo constituídas por dois tempos são contabilizadas como 2 aulas.
· Quando um aluno falta a uma aula de 90´ são assinaladas duas faltas, mas quando tem falta de material é assinalado apenas ½ presença.
Avaliação da Atenção/Envolvimento/Motivação
Alunos
Basquetebol
Atenção/Envolvimento/Motivação (1-5)
Média Ponderada (15%)
1 – Ana Costa
4
0,6
2 – Ana José
4
0,6
3 – André Barbosa
4
0,6
4 – Andreia
2
0,3
5 – Beatriz Silva
4
0,6
6 – Daniel Matos
4
0,6
7 – Daniela Mirra
3
0,45
8 – Diana Moura
3
0,45
9 – Diogo Silva
10 – Francisco Rodrigues
4
0,6
11 – Francisco Coutinho
4
0,6
12 – Gonçalo Graça
4
0,6
13 – Iara Fonseca
2
0,3
14 – Joana Machado
3
0,45
15 – Joana Amorim
3
0,45
16 – Juliana Almeida
4
0,6
17 – Liliana Lopes
4
0,6
18 – Luís Nunes
4
0,6
19 – Pedro Alves
4
0,6
20 – Rui Barbosa
4
0,6
21 – Tânia Nunes
3
0,45
22 – Marlene Monteiro
4
0,6
Avaliação Sumativa - Basquetebol
Alunos
Habilidades Técnicas
Habilidades Táticas
Conceitos Psicossociais
Nível do aluno (1-5)
Média Ponderada (60%)
Passe/ Receção
Drible
Lançamento
Posição Base
Atitude Ofensiva
Atitude Defensiva
Finalizar
Criar oportunidades para finalizar
Continuidade do ataque
Marcação individual
Interceta linhas de passe
Fair-play
Espirito de Grupo
1 – Ana Costa
4
4
4
3
4
3
3
3
3
3
3
3,0909091
1,854545455
2 – Ana José
4
4
4
4
4
4
3
4
3
4
3
3,4545455
2,072727273
3 – André Barbosa
4
4
4
3
4
4
3
3
3
4
3
3,2727273
1,963636364
4 – Andreia
4
4
3
3
3
2
2
3
2
4
3
2,7272727
1,636363636
5 – Beatriz Silva
4
4
3
4
3
3
3
3
3
4
3
3,0909091
1,854545455
6 – Daniel Matos
4
4
4
3
3
3
3
3
3
4
3
3,0909091
1,854545455
7 – Daniela Mirra
4
4
3
3
3
3
3
3
3
4
3
2,8888889
1,733333333
8 – Diana Moura
4
4
3
3
3
3
3
3
3
3
3
2,9090909
1,745454545
9 – Diogo Silva
10 – Francisco Rodrigues
5
5
4
4
5
5
5
5
5
3
3
4,1818182
2,509090909
11 – Francisco Coutinho
5
5
4
4
5
5
5
5
5
3
3
4,1818182
2,509090909
12 – Gonçalo Graça
5
5
4
4
5
5
5
5
5
3
3
4,2222222
2,533333333
13 – Iara Fonseca
2
2
2
2
2
1
1
1
1
4
3
1,6363636
0,981818182
14 – Joana Machado
4
4
3
3
3
3
2
2
2
4
3
2,7272727
1,636363636
15 – Joana Amorim
4
4
3
3
3
3
2
2
2
4
3
2,7272727
1,636363636
16 – Juliana Almeida
4
4
4
4
4
3
3
4
3
4
3
3,3333333
2
17 – Liliana Lopes
4
4
3
4
4
3
3
3
3
3
3
3,0909091
1,854545455
18 – Luís Nunes
5
5
4
4
5
5
5
5
5
3
3
4,1818182
2,509090909
19 – Pedro Alves
4
4
4
3
4
4
4
4
4
4
3
3,5454545
2,127272727
20 – Rui Barbosa
4
4
4
3
4
4
4
4
4
4
3
3,5454545
2,127272727
21 – Tânia Nunes
4
4
3
4
3
3
3
3
3
4
3
3,0909091
1,854545455
22 – Marlene Monteiro
5
5
4
4
5
5
5
5
5
4
3
4,2727273
2,563636364
Para as Habilidades Motoras (técnica e tática), assim como para os conceitos psicossociais (Fair-play e Espirito de Grupo), foram definidos 5 níveis, que funcionam da seguinte maneira:
Habilidades Motoras:
1 – Não executa
2 – Executa com muitas dificuldades
3 – Executa com dificuldades
4 – Executa com algumas dificuldades
5 – Executa com Sucesso
Conceitos Psicossociais:
1 – Muito Fraco
2 – Fraco
3 – Razoável
4 – Bom
5 – Muito Bom
Módulo 7 – Progressões de ensino e aprendizagem
O módulo 7 é caracterizado pelas situações de aprendizagem relativas aos conteúdos a serem leccionados, neste caso especifico o Basquetebol. O ensino destes conteúdos é constituído por quatro fases, sendo elas: fase introdutória, fase de extensão, fase de refinamento e fase de aplicação.
Relativamente às aulas, irá tentar-se elaborar uma metodologia que promova uma elevada densidade motora, proporcionando a todos os alunos a passagem pelas mais variadas e construtivas situações de aprendizagem, incentivando-os e motivando-os para a modalidade.
Manutenção da posse de bola (elementos técnicos)
Exercício
Critérios de Êxito
Introdução
Jogo dos 10 passes: Em grupos de 4 elementos (4x4), executam passes entre eles, sendo que os elementos da outra equipa tentam intercetar os passes. A bola não pode sair do campo, voltando a contagem a zero caso tal ocorra. Outro grupo de alunos encontra-se no 3º campo, movimentando-se pelo espaço executam gestos como driblar a bola, passar a bola de mão em mão em torno do tronco, passar a bola por entre os MI.
Passe de peito:
Extensão dos M.S. na direção do alvo;
Passe picado:
O ressalto da bola deverá ir ao encontro da mão alvo do colega ou de zonas próximas do peito.
Drible de progressão: Contactar a bola com a palma da mão e com esta numa posição um pouco em concha, altura do ressalto da bola ao nível da cintura, com olhar dirigido para a frente.
Drible proteção:
Contactar a bola com a palma da mão e com esta numa posição um pouco em concha;
Altura do ressalto da bola um pouco a baixo do nível da cintura, com inclinação do troco à frente.
Extensão
Os alunos encontram-se 2 a 2, frente a frente, no sentido longitudinal do campo. Nos primeiros 5 minutos realizam passe de peito um para o outro. Nos últimos 5 minutos, os alunos, juntam-se em grupos de quatro (2 de um lado e 2 do outro e nas linhas laterais), e realizam deslocamento em drible em direção ao colega que está em frente. Chegando perto do colega realiza passe picado para este e dirige-se para trás da coluna, onde se encontra o colega que recebe. Este realiza a mesma ação mas no sentido oposto, e assim sucessivamente.
Refinamento
A turma é dividida em grupos de 2 elementos. Cada grupo tem uma bola. Os dois alunos realizam passe entre si. Ao sinal da professora, os alunos desempenham diferentes tarefas:
1 Apito: O aluno com posse de bola terá de a proteger em drible impedindo o desarme por parte do colega. O colega tenta tirar a bola. Se este conseguir conquistar a posse de bola trocam de funções.
2 Apitos: O aluno com posse de bola terá que apanhar o colega através do drible de progressão. O colega sem bola terá que fugir em pé coxinho.
Aplicação
Jogo 3x3 em meio campo
Apenas numa tabela os alunos realizam jogo reduzido 3x3. Após recuperar a bola, essa equipa terá que ir a meio campo para iniciar o ataque. Os alunos devem aplicar os conteúdos aprendidos.
Jogos de 5’. Uma das equipas de cada jogo mantém-se no campo e a outra roda.
Elementos Táticos
Exercício
Critérios de Êxito
Introdução
Jogo dos 10 passes: Em grupos de 5 elementos (5x5), executam passes entre eles, sendo que os elementos da outra equipam tentam recuperar a bola. A bola não pode sair fora do campo, voltando a contagem a zero caso tal ocorra.
Passa e corta (progride no terreno, movimenta-se em direção ao cesto e procura espaço vazio)
Se não receber a bola após passe ocupa o “spot” livre.
Driblar em direção ao cesto quando o caminho estiver livre;
Recebe a bola e olha para o cesto e posição dos colegas (enquadramento);
Extensão
Em grupos de 4 alunos, 3 “atacam” e um defende. Existem 4 espaços onde os atacantes podem estar, havendo sempre um local vago. O aluno com bola tem que ter sempre duas linhas de passe. Sempre que se realiza um passe os atacantes ajustam as suas posições repondo as duas linhas de passe. Nesta fase o defesa é passivo mas toma posição defensiva em relação ao colega com bola. Ao fim de 7 minutos o atacante com bola depois de passar para um dos lados, corta em frente (para o local vago). O aluno que recebe, realiza posição de tripla ameaça, e o restante atacante ocupa o local deixado vago pelo passador. O defensor tenta intercetar os passes.
Refinamento
Os alunos são divididos em 4 grupo distribuídos pelos 4 campos. O aluno 1 com bola passa a bola para o jogador em frente, correndo para ir defender o atleta sem bola no outro lado do campo. O aluno 2 passa a bola ao aluno 3 que vai atacar o cesto, jogando com o aluno 2.
Aplicação
Situações de jogo 3x2 - Os atacantes dispostos nos três spots atacam o cesto, que está protegido por 2 defesas. Quando o colega com bola se dirige para o local de outro colega, este (o sem bola) deverá afastar-se para abrir espaço ao aluno com bola. Serão colocados cones de forma a criar um espaço de baixo do cesto onde os defesas não podem entrar. Os alunos realizam 5 ataques e trocam de funções. Um dos alunos que está a atacar permanece com a sua função e os outros dois defendem. O aluno que permanece no papel vai mudando de troca para troca.
Elementos Táticos
Exercício
Critérios de Êxito
Introdução
Os alunos são divididos em 4 grupo distribuídos pelos 4 campos. O aluno 1 com bola passa a bola para o jogador em frente, correndo para ir defender o atleta sem bola no outro lado do campo. O aluno 2 passa a bola ao aluno 3 que vai atacar o cesto, jogando com o aluno 2.
A bola deve estar preferencialmente no corredor central
Passe e corte para o cesto com contacto visual
Não recebendo ocupa o lugar do colega que o compensou
Enquadrar com o cesto
Encontrar e aproveitar situações de finalização
Criação de situações de vantagem numérica
Criação de linhas de passe.
Extensão
Situação de jogo 3x2
Os atacantes dispostos nos três spots atacam o cesto, que está protegido por 2 defesas. Quando o colega com bola se dirige para o local de outro colega, este (o sem bola) deverá afastar-se para abrir espaço ao aluno com bola. Serão colocados cones de forma a criar um espaço de baixo do cesto onde os defesas não podem entrar. Os alunos realizam 5 ataques e trocam de funções. Um dos alunos que está a atacar permanece com a sua função e os outros dois defendem. O aluno que permanece no papel vai mudando de troca para troca.
Refinamento
Jogo 3x3 em meio campo: Em grupos de 6 e em apenas numa tabela os alunos realizam jogo reduzido 3x3. Após recuperar a bola, essa equipa terá que ir a meio campo para iniciar o ataque. Os alunos devem aplicar os conteúdos aprendidos.
Aplicação
Jogo 3x3 a campo inteiro: Os alunos realizam situação de jogo reduzido de 3x3 a campo inteiro aplicando todos os conteúdos abordados.
Módulo 8 – Aplicação
Este módulo corresponde a todo o tipo de planificações, avaliações, reflexões.
Como o próprio nome indica, é a fase onde aplicamos tudo aquilo que reunimos nos módulos anteriores, que se traduz nos planos de aula, no plano da unidade didáctica e no plano anual da disciplina.
Remeto para a consulta do portefólio digital, onde estão presentes todos os documentos elaborados e necessários ao longo do estágio profissional e cujo link é:
http://portefoliodigitalnicolaunasoni.webnode.pt/
Bibliografia
Griffin, Linda L., Mitchell, A. Stephen, Oslin, Judith L., (1997). Teaching Sport Concepts and Skills. A Tactical Games Approach. Human Kinetics.
Mesquita, I. (1997): Pedagogia do Treino. A formação em Jogos Desportivos Coletivos. Ed. Livros Horizonte. Lisboa.
Oliveira, J. C., (2001). O Ensino do Basquetebol. Gerir o Presente, Ganhar o Futuro. Coleção Desporto e Tempos Livres. Editorial Caminho.
Rink, E. Judith, (1993). Teaching Physical Education for Learning. 2nd Edition. Mosby.
Siedentop, D., Tannehill, D., (2001). Developing Teaching Skills in Physical Education. 4th Edition. Mayfield Publishing Company.
Tavares, F., (1999). Estudo dos Jogos Desportivos. Conceções, Metodologias e Instrumentos. Centro de Estudos dos Jogos Desportivos. Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física. FCDEF. Universidade do Porto.
Anexos
O árbitro de Basquetebol
Regras de Jogo
Passos: Só se pode efetuar dois apoios com a bola nas mãos, sem driblar.
Dribles: Não se pode voltar a driblar, após se ter driblado e agarrado a bola.
Empurrar Agarrar
Contacto Físico: Não podemos empurrar, nem tocar no colega da equipa adversária enquanto está a lançar.
Limites do Campo: Ter em atenção as linhas do campo, se pisar a linha está fora.
Ficha de Registo
Juiz de Mesa:___________________________
Elementos da equipa
Pontos marcados
Faltas cometidas
Recuperações de bola
Juiz de Mesa:___________________________
Elementos da equipa
Pontos marcados
Faltas cometidas
Recuperações de bola
Juiz de Mesa:___________________________
Elementos da equipa
Pontos marcados
Faltas cometidas
Recuperações de bola
Juiz de Mesa:___________________________
Elementos da equipa
Pontos marcados
Faltas cometidas
Recuperações de bola